manual prÁtico dos prazos especÍficos e … · amplo e minucioso manual dos prazos especÍficos e...

13

Click here to load reader

Upload: hoangdan

Post on 30-Nov-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MANUAL PRÁTICO DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E … · amplo e minucioso MANUAL DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E DIFERENCIADOS (Partes A e B; Partes I a VI). Outras questões relacionadas aos

MANUAL PRÁTICO DOS PRAZOS

ESPECÍFICOS E DIFERENCIADOS

NO NOVO CPC

Page 2: MANUAL PRÁTICO DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E … · amplo e minucioso MANUAL DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E DIFERENCIADOS (Partes A e B; Partes I a VI). Outras questões relacionadas aos

ADRIANA CASALE DA PALMAFormada em Letras pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCar. Mestre pela Universidade de São Paulo – USP. Doutora pela Universidade de São Paulo – USP. Especialista pela Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI. Pesquisadora Científica e Consultora Pedagógica. Professora Titular da Faculdade de Tecnologia em Saúde de Ribeirão Preto – FATESA-EURP.

JOÃO AUGUSTO DA PALMAAdvogado – Consultor de Empresas – Professor de Direito Material e Processual (Universidade de Ribeirão Preto--UNAERP, Universidade de São Paulo – USP, Instituto Paulista de Ensino Superior Unificado-IPESU-SP) – Membro Fundador da Academia Nacional de Direito do Trabalho, da Academia Ribeirãopretana de Letras Jurídicas, filiada à Academia Brasileira de Letras Jurídicas – Pesquisador visitante da Universitá Degli Estudi di Roma e no Department of Labor dos Estados Unidos da América – Autor de 24 obras jurídicas publicadas no período 1978/2013, dentre as quais: Novo Código Civil e Comercial – Anotado e Comparado, Código Penal Aplicado ao Trabalho, CLT – Anotada, Pro-fissões Regulamentadas, Lei do Divórcio nos Tribunais, Prazos Trabalhistas – Contrato Provisório & Banco de Horas, além de outras de igual importância jurídica – Palestrante e Articulista de periódicos especializados.

Page 3: MANUAL PRÁTICO DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E … · amplo e minucioso MANUAL DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E DIFERENCIADOS (Partes A e B; Partes I a VI). Outras questões relacionadas aos

ADRIANA CASALE DA PALMAJOÃO AUGUSTO DA PALMA

MANUAL PRÁTICO DOS PRAZOS

ESPECÍFICOS E DIFERENCIADOS

NO NOVO CPC

Page 4: MANUAL PRÁTICO DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E … · amplo e minucioso MANUAL DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E DIFERENCIADOS (Partes A e B; Partes I a VI). Outras questões relacionadas aos

EDITORA LTDA.

Rua Jaguaribe, 571CEP 01224-003São Paulo, SP — BrasilFone (11) 2167-1151www.ltr.com.brAgosto, 2016

Produção Gráfica e Editoração Eletrônica: Pietra DiagramaçãoProjeto de capa: Fábio GiglioImpressão: Paym Gráfica

Versão impressa — LTr 5630.2 — ISBN 978-85-361-8967-3 Versão digital — LTr 9016.0 — ISBN 978-85-361-8979-6

Todos os direitos reservados

Índice para catálogo sistemático:

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Palma, Adriana Casale da Novo CPC : manual prático dos prazos : específicos e diferenciados / Adriana Casale da Palma, João Augusto da Palma. -- São Paulo : LTr, 2016.

Bibliografia 1. Processo civil – Brasil 2. Processo civil – Leis e legislação - Brasil I. Palma, João Augusto da. II. Título.

16-05596 CDU-347.9(81)(094.4)

1. Brasil : Código de processo civil 347.9(81)(094.4)

Page 5: MANUAL PRÁTICO DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E … · amplo e minucioso MANUAL DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E DIFERENCIADOS (Partes A e B; Partes I a VI). Outras questões relacionadas aos

NOTA DA EDITORA

As Resoluções recém-editadas pelo Conselho Nacional de Justiça-CNJ e Supremo Tribunal Federal--STF, dirigidas aos procedimentos da nova processualística civil REGULAMENTAM o NOVO CPC e estão neste livro nas Partes IX e X, acompanhadas dos extratos dos PRAZOS PROCESSUAIS nelas fixados, separadamente de cada Resolução, com ÍNDICES distintos, tudo para permitir rápido acesso ao que se deseja saber.

Este livro, especializado nos PRAZOS PROCESSUAIS CIVIS, apresenta todo esse conteúdo de várias formas e com nítida objetividade, facilitando a localização e compreensão dos prazos no Novo CPC, num amplo e minucioso MANUAL DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E DIFERENCIADOS (Partes A e B; Partes I a VI).

Outras questões relacionadas aos PRAZOS e às NOVAS PRÁTICAS PROCESSUAIS são tratadas neste livro, tais como os PRAZOS NÃO REVOGADOS, A CITAÇÃO E AS INTIMAÇÕES PELO DJEN, ENUNCIA-DOS DA MAGISTRATURA, SÚMULAS EM CONFLITO, RISCOS NAS INTIMAÇÕES DOS ADVOGADOS e os recentes PRAZOS NOS JULGAMENTOS VIRTUAIS em AMBIENTE ELETRÔNICO (Partes VII a X).

Elaborado com muito zelo e competência, este livro se destina a assessorar os profissionais do direito em todas as áreas onde se utilizam as normas processuais civis.

Page 6: MANUAL PRÁTICO DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E … · amplo e minucioso MANUAL DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E DIFERENCIADOS (Partes A e B; Partes I a VI). Outras questões relacionadas aos
Page 7: MANUAL PRÁTICO DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E … · amplo e minucioso MANUAL DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E DIFERENCIADOS (Partes A e B; Partes I a VI). Outras questões relacionadas aos

7

SUMÁRIO

PRAZOS ESPECÍFICOS E PRAZOS DIFERENCIADOS (POR QUE ? QUAL A DIFERENÇA ?).............................11

PARTE B

COMO LOCALIZAR OS PRAZOS NOS QUADROS DESTE LIVRO........................................................................ 19

QUADRO DOS PRAZOS ORGANIZADOS POR ASSUNTO ....................................................................................... 23

(em ordem alfabética e com remissão)(para a sua orientação, este Quadro também tem a função de Índice)

PARTE II

QUADRO DOS PRAZOS DIFERENCIADOS E SUAS PARTICULARIDADES ......................................................... 77

(em ordem numérica dos artigos)

PARTE III

QUADROS DOS PRAZOS ORGANIZADOS CONFORME SUA DURAÇÃO (crescente) ...................................... 87

(em ordem numérica dos artigos)

PARTE IV

QUADRO DOS PRAZOS DE ESPECIAL INTERESSE DOS ADVOGADOS .............................................................105

(em ordem numérica dos artigos)

PARTE V

QUADRO DOS PRAZOS EXCLUSIVAMENTE A CRITÉRIO DO JUIZ OU RELATOR .........................................111

(em ordem numérica dos artigos)

PARTE VI

QUADRO DOS PRAZOS ORGANIZADOS POR ASSUNTO......................................................................................117

(em ordem numérica dos artigos)

(para a sua orientação foram conservados os títulos dos artigos que não contêm prazos)

(Vide PRAZOS em ordem alfabética e com remissão na Parte I deste livro)

PARTE VII

NOVO CPC E OS ENUNCIADOS DA MAGISTRATURA .......................................................................................161

PARTE I

PARTE A

Page 8: MANUAL PRÁTICO DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E … · amplo e minucioso MANUAL DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E DIFERENCIADOS (Partes A e B; Partes I a VI). Outras questões relacionadas aos

8

PARTE VIII

CONTROVÉRSIAS DO NOVO CPC ...........................................................................................................................167

1. Vigência, Temas e Prazos Regulamentados ................................................................................................................167

2. Ministros do STJ apontam prazos recursais não revogados ......................................................................................169

3. A formação dos Mediadores e Conciliadores .............................................................................................................169

4. Súmulas em conflitos com o novo CPC .......................................................................................................................170

5. Riscos nas intimações dos Advogados: critérios dos correios .................................................................................172

PARTE IX

AUDIÊNCIAS ELETRÔNICAS E VIDEOCONFERÊNCIA E OS PRAZOS NOS JULGAMENTOS

VIRTUAIS ............................................................................................................................................................................175

(texto e legislação)

NORMAS REGULAMENTADORAS DO NOVO CPC...............................................................................................191

(índices alfabéticos detalhados, prazos fixados e legislação; toda a matéria da Regulamentação além da Parte IX )

PARTE X

Page 9: MANUAL PRÁTICO DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E … · amplo e minucioso MANUAL DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E DIFERENCIADOS (Partes A e B; Partes I a VI). Outras questões relacionadas aos

PARTE A

Page 10: MANUAL PRÁTICO DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E … · amplo e minucioso MANUAL DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E DIFERENCIADOS (Partes A e B; Partes I a VI). Outras questões relacionadas aos
Page 11: MANUAL PRÁTICO DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E … · amplo e minucioso MANUAL DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E DIFERENCIADOS (Partes A e B; Partes I a VI). Outras questões relacionadas aos

11

PRAZOS ESPECÍFICOS E PRAZOS DIFERENCIADOS

(POR QUE? QUAL A DIFERENÇA?)

Consideramos que específicos são os prazos processuais de duração determinada, aqueles estabe-lecidos, vinculados a uma das unidades de tempo, como segundos, minutos, hora, dia, mês, ano, que podem ser rígidos, fatais, peremptórios ou flexíveis, prorrogáveis, dilatórios, sujeitos à ampliação pela vontade das partes ou pela estipulação do juiz.

Consideramos que diferenciados são os prazos processuais de duração aproximada, não estabe-lecidos, indeterminados, apenas vinculados a um certo acontecimento de relativa previsão, que, ainda assim, podem ser rígidos pela consumação do evento cuja previsibilidade se exauriu, tornando-se fatais, ou até serem flexíveis, prorrogáveis, dilatórios, porque também ampliáveis pela vontade das partes ou pela deliberação de comando do juiz.

É, também, possível dizer que os diferenciados são aqueles em que atendendo ao princípio da sua finalidade, definem-se num momento útil, sem precisar o período temporal, como segundos, minutos, hora, dia, mês, ano, para a prática do ato pelos sujeitos da relação processual, ou pelo juiz, ou pelos intervenientes (Ministério Público, por exemplo), ou pelo serventuário (cartório).

Serem específicos ou diferenciados assim expressam uma característica da sua terminação.

Algumas noções ainda cabem.

1. Conceitos

Do termo inicial (dies a quo) ao termo final (dies ad quem), estabelece-se o período denominado prazo. Este sempre é a especificação de um momento que limita a oportunidade para a consumação de determinado ato ou para não fazê-lo. Seu regime é manuscrito, datilografado, fotocopiado, carimbado, digitado, microfilmado, ainda que previamente gravado em fita sonora nas audiências ou diligências (externas) do Juiz. É certificado nos autos do processo pelo serventuário da Justiça. Por sua vez, ato é a prática processual com fins específicos; é público; integra o processo que objetiva a sentença. Já a expressão termo é designativa da grafia do ato processual, no idioma da língua nacional, até traduzindo os documentos estrangeiros.

2. Características

O prazo é marcantemente caracterizado por um elemento temporal, adotando-se uma unidade de tempo: o ano, o mês, o dia, ou a hora, o minuto, o segundo (aqui temos prazo fixado em segundos), conforme a escolha feita pelo legislador, ou pelo juiz, não podendo ser trocado pelas partes.

3. Natureza

Pela sua natureza, tem-se que os prazos, em geral, podem ser divididos em administrativos, no âmbito do Direito Material (substantivo), e judiciais, no âmbito do Direito Processual (adjetivo).

4. Fontes

Constituem o nascedouro dos prazos: as leis, no mais amplo sentindo (Constituição Federal, Lei Complementar, Decreto, Decreto-lei, Lei, Medida Provisória, Portaria, Resolução, Instrução Norma-tiva, Resoluções etc.); as decisões judiciais, quando a critério do julgador; as convenções das partes, quando permitidas pelo ordenamento jurídico-legal. Por exemplo, no direito processual do trabalho restritamente os prazos estão na CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, bem como na sua legislação

Page 12: MANUAL PRÁTICO DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E … · amplo e minucioso MANUAL DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E DIFERENCIADOS (Partes A e B; Partes I a VI). Outras questões relacionadas aos

12

complementar (esparsa) e, supletivamente, no CPC – Código de Processo Civil em razão das lacunas da legislação trabalhista (CLT, Art. 769 e Art. 15 do NCPC).

5. Fluência

O prazo inicia-se quando dele se toma conhecimento, mas é no período de sua fluência (quando transcorre) que os atos processuais são praticados; em geral nos dias úteis, não se compreendendo sábados, domingos, feriados (arts. 214, 216, do NCPC), aqueles em que não há expediente forense. Excepcionalmente, também nos dias não úteis, com prévia ordem judicial. Em dias não úteis não se inicia nem vence sua contagem. Esta era contínua, salvo quando expressamente sujeita à causa suspen-siva ou interruptiva, como acontece agora (só dias úteis); é inevitável, salvo quando ocorra motivo de força maior, que é uma justa causa, algo indesejado, não provocado, incontrolável.

6. Efeitos

Quanto aos efeitos, duas situações podem ser perfeitamente detectadas. Uma, quando o seu venci-mento cessa a oportunidade para a prática do ato, sendo fatal, peremptório, preclusivo. Outra, quando diante da ocorrência de forte motivo, uma justa causa, tipificar força maior que imponha relevar a ausência da prática do ato, dilatando o prazo, prorrogando o seu vencimento ou renovando-o no todo ou em parte.

7. Classificação

Não há unanimidade na melhor doutrina (Carnelutti, Pontes de Miranda, Moniz Aragão, Frederico Marques, Gabriel Saad, Liebman, Amauri Mascaro Nascimento e outros).

Entendemos que os prazos se dividem, especialmente, em próprios e impróprios, comuns e particula-res, legais, judiciais e convencionais.

Dentre eles, inserimos os que consideramos estratégicos, além de outras espécies que veremos a seguir.

7.1 Prazo Próprio (Prazo Extintivo)

É aquele destinado às partes ou a uma das partes componentes da lide, com o fim de praticar(em) fazê-lo ao seu vencimento, gerando preclusão. É também chamado “prazo extintivo”, porque cessa o direito da(s) parte(s) após sua fluência.

7.2 Prazo Impróprio

É o que volta-se para o desempenho da atividade jurisdicional do Juiz que dirige a causa, e dos atos de seus auxiliares, os serventuários do Judiciário, compreendendo práticas decisórias ou não (NCPC, Art. 227).

7.3 Prazo Legal

É todo aquele que é, foi, ou vier a ser, previsto no ordenamento jurídico, criado e delimitado pelo legislador, independentemente da natureza da matéria por ele alcançada ou da órbita da sua aplicação, de direito material ou processual (NCPC, Art. 218).

7.4 Prazo Judicial

É considerado como tal aquele que o legislador deixou a cargo do julgador sua estipulação, para que aplique conforme as circunstâncias da lide, do(s) ato(s) a ser(em) praticado(s), do lugar, deliberando segundo seu livre-arbítrio e os critérios que julgue convenientes em cada oportunidade (NCPC, Art. 218).

Page 13: MANUAL PRÁTICO DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E … · amplo e minucioso MANUAL DOS PRAZOS ESPECÍFICOS E DIFERENCIADOS (Partes A e B; Partes I a VI). Outras questões relacionadas aos

13

7.5 Prazo Convencional

É definido como sendo aquele que o legislador deixou a critério das próprias partes litigantes estipular, podendo representar a convergência dos seus interesses em determinado momento, em que pese persistir o conflito, com o fim de chegarem a uma composição amigável ou por mera necessidade comum e distinta no curso da demanda (NCPC, Arts. 225 313, II e § 4º).

7.6 Prazo Estratégico

Estratégico é o prazo gerado pela inteligente interpretação das leis processuais.É toda a criatividade do exercício profissional dos Juízes, dos Procuradores, dos Advogados,

dos Serventuários da Justiça, que procuram encontrar fórmulas para a maior efetividade do devido processo legal.

Cada qual procede, na sua área, conforme os fins de suas atribuições, até explorando as lacunas da lei.

Os Advogados, de um lado, tentam buscar os resultados desejados pelos seus constituintes e, para tanto, provocam inovações, geram situações inusitadas que não foram previstas pelo legislador nas audiências, na produção de provas, em todo o ardor e extensão do conflito.

Os Juízes, desafiados pelo volume de feitos, muitas vezes surpreendem ao perseguirem a presta-ção jurisdicional reclamada pelos litigantes, causam recursos, nasce a jurisprudência. A contribuição é de todos.

Na verdade, verifica-se que os prazos previstos nos diplomas legais não são todos os praticados. Os processos dependem também daqueles não codificados, ainda não reconhecidos pelo legislador, mas que nos tribunais são aceitos, úteis às partes e aos julgadores, principalmente para buscar a verdade e encaminhar a solução do conflito. Fazem parte de uma autêntica arte desenvolvida pelos operadores do Direito nas contendas. São estratégicos, também da espécie judicial.

Nosso propósito foi o de pesquisar para reunir os prazos que são adotados nas lides forenses, nos dissídios individuais, coletivos, nas diversas instâncias, no mais amplo sentido. Certamente ainda outros existem, não tão difundidos. Seria muita pretensão querer saber de todos, especialmente os que alcançam as particularidades dos conflitos localizados, regionalizados, num país de dimensão conti-nental.

Enfim, há toda uma cultura dos prazos processuais que, agora reunida, poderá ser mais bem estu-dada, desenvolvida, ampliada ou restringida.

É desse incrível exercício do estressante cotidiano forense que o legislador se inspira para proceder às mudanças necessárias nos textos legais.

Nem sempre as reformas legislativas representam avanços, mas devem ser, no mínimo, adapta-ções à realidade vivida e às naturais tendências impostas pelos novos tempos.

7.7 Prazo Único

Entende-se como sendo o que é atribuído a todas as partes que compõem a lide, constituindo um só período para que todos os litigantes procedam conforme a determinação emanada da lei ou da deci-são judicial, podendo ser sucessivo ou não. Difere do chamado “prazo comum”, porque este pode ser destinado só a algumas das partes e flui simultaneamente.

7.8 Prazo Comum

É quando se estabelece o mesmo prazo para mais de uma das partes ou a todas elas, sempre com fluência simultânea. Contrasta com o “prazo único”, porque este é direcionado para todas as partes integrantes da lide, fluindo sucessivamente ou não. Difere de prazo particular. Flui com os autos em Cartório ou Secretaria, para que qualquer delas possa consultá-los, a qualquer momento, ou serem reti-rados por meio de pedido individualizado ou até por petição única, ou assinando o livro de carga em conjunto (CPC, Arts. 181, 298).