manual - petição na justiça estadual cearense

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Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário Fortaleza-CE, dezembro de 2011 E STADO DO C EARÁ P ODER J UDICIÁRIO T RIBUNAL DE J USTIÇA E STADO DO C EARÁ P ODER J UDICIÁRIO T RIBUNAL DE J USTIÇA Fortaleza-CE, dezembro de 2011 Manual de Rotinas Procedimento Cível Comum Ordinário

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Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

Fortaleza-CE, dezembro de 2011

ESTADO DO CEARÁPODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADO DO CEARÁPODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Fortaleza-CE, dezembro de 2011

Manual de Rotinas Procedimento Cível Comum Ordinário

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Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

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Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

C387m Ceará. Tribunal de Justiça. Secretaria Especial de Planejamento e Gestão. Manual de rotinas do procedimento cível comum ordinário. Fortaleza: Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, 2011. 161 p. ilust. 1. Ceará. Tribunal de Justiça. 2. Secretaria Judiciária. 3. Manual. I. Título.

CDDir: 341.416

Impresso no Brasil

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Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

ESTADO DO CEARÁPODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇASECRETARIA ESPECIAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

MANUAL DE ROTINAS DO

PROCEDIMENTO CÍVEL COMUM ORDINÁRIO

FORTALEZA

DEZEMBRO / 2011

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Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

Tribunal de Justiça do Estado do CearáCentro Administrativo Governador Virgílio TávoraAvenida General Afonso Albuquerque de Lima S/NCambeba - Fortaleza - CE - CEP: 60.822-915Fone: (85) 3207.7000 | www.tjce.jus.br

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ Manual de rotinas do procedimento cível comum ordinário EQUIPE RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO GRUPO GESTOR Gestor Des. Jucid Peixoto do Amaral

Cogestores Sérgio Luiz Arruda Parente - Juiz Coordenador das Varas Cíveis, de Família e de Sucessões Ana Katarina Fonteles Soares - Secretária Especial de Planejamento e Gestão

Membros Antônio Pádua Silva – Juiz Corregedor Auxiliar Carlos Olegário Cavalcante Pinheiro Clara Leonor Távora Teixeira Denise Aguiar Fernandes Natália Maria Fernandes Pereira Raimundo Ribeiro da Cunha Neto Viviane Brasil Apolinário

COLABORAÇÃO ESPECIAL Juízes Emílio de Medeiros Viana – Coordenador da ESMEC João Everardo Matos Biermann – Coordenador da Distribuição do FCB Magno Gomes de Oliveira - Comarca de Caucaia Roberto Viana Diniz de Freitas – Comarca de Aquiraz

APOIO Idalberto da Silva Carvalho Neto

EDITORAÇÃO, ARTE GRÁFICA Felipe Andrade da Silva IMPRESSÃO E ACABAMENTO Departamento Editorial Gráfi co do TJCE

NORMALIZAÇÃO Departamento de Gestão de Documentos Bibliotecária – Maria Claudia de Albuquerque Campos CRB-3/214

REVISÃO ORTOGRÁFICA Natália Maria Fernandes Pereira

c

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Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

AGRADECIMENTOS

Em nome do servidor Epaminondas Gomes Rolim, ex-diretor da 4ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza “in memoriam”, agradecemos aos Direto-res de Secretaria das Varas Cíveis das Comarcas da Capital e do Interior, que participaram das Ofi cinas de Mapeamento e Modelagem de Processos, vindo a contribuir, sobremaneira, na elaboração deste manual.

Aos Juízes, Antônia Dilce Rodrigues Feijão, Cid Peixoto do Amaral Netto, Daniel Carvalho Carneiro, Emílio de Medeiros Viana, Elison Pacheco Oli-veira Teixeira, Fábio Medeiros Falcão de Andrade, Francisco Anastácio Caval-cante Neto, Francisco Gladyson Pontes Filho, João Everardo Matos Biermann, Magno Gomes de Oliveira, Patrícia Fernanda Toledo Rodrigues e Roberto Viana Diniz de Freitas, que participaram das Ofi cinas, o nosso especial agradecimento.

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ESTADO DO CEARÁPODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PresidenteDes. José Arísio Lopes da Costa

Vice-PresidenteDes. Luiz Gerardo de Pontes Brígido

Corregedor Geral da JustiçaDesa. Edite Bringel Olinda Alencar

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Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

LISTA DE SIGLAS

AR - Aviso de RecebimentoCF - Constituição FederalCGJ - Corregedoria Geral da JustiçaCNJ - Conselho Nacional de JustiçaCODOJECE - Código de Organização Judiciária do Estado do CearáCPC - Código de Processo CivilDJE - Diário da Justiça EletrônicoOAB - Ordem dos Advogados do BrasilTJCE - Tribunal de Justiça do Estado do CearáTRF5 - Tribunal Regional Federal da 5ª Região

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Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

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Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

SUMÁRIO

Resolução ............................................................................................17

Apresentação ...................................................................................... 17

1. PROTOCOLO .................................................................................... 21

2. DISTRIBUIÇÃO ................................................................................ 29

3. PROCEDIMENTO ORDINÁRIO .................. ..................................... 37

3.1. Análise da petição inicial .............................................................39

3.2. Citação .......................................................................................... 42

3.3. Da defesa do réu ...........................................................................45

3.3.1. Generalidades ............................................................................45

3.3.2. Da contestação ..........................................................................46

3.3.3. Da reconvenção ........................................................................ 46

3.3.4. Das exceções instrumentais .................................................... 47

3.3.4.1.Peculiaridades da exceção de incompetência relativa ....... 49

3.3.4.2. Peculiaridades das exceções de impedimento e suspeição...51

3.4. Despacho Saneador .....................................................................53

3.5. Audiência Preliminar ................................................................... 54

3.6. Audiências Instrutórias ................................................................55

3.6.1. Depoimentos Pessoais ............................................................. 56

3.6.2. Oitiva de Testemunhas .............................................................. 56

3.6.3. Prova Documental ..................................................................... 58

3.6.4. Prova Pericial ............................................................................. 58

3.6.5. Encerramento formal da fase instrutória ................................ 59

3.7. Sentença ........................................................................................60

3.7.1. Recomendações preliminares ................................................. 60

3.7.2. Das espécies de sentença ........................................................62

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3.7.2.1. Da extinção do processo sem resolução do mérito ........... 63

3.7.2.2. Da extinção do processo com resolução do mérito ........... 66

3.7.3. Providências após a prolação da sentença ............................68

3.7.3.1 Da publicação da sentença ....................................................68

3.7.3.2 Da juntada, do registro da sentença e publicação no DJE .68

3.7.3.3 Do controle do prazo e da certificação do trânsito em julgado ...69

3.7.3.4 Do procedimento de Baixa e Arquivamento .........................72

3.7.4. Dos Recursos .............................................................................75

3.7.4.1. Dos Embargos de Declaração ...............................................76

3.7.4.2. Da Apelação ............................................................................77

3.7.4.3. Do Recurso Adesivo ...............................................................78

4. ATOS DO SERVENTUÁRIO ..............................................................79

4.1. Autuação ....................................................................................... 81

4.2. Atos Ordinatórios ......................................................................... 85

4.3. Juntada e Desentranhamento de Documentos .........................86

4.3.1. Juntada de Documentos em Geral .......................................... 87

4.3.2. Desentranhamento de documentos dos autos ...................... 88

4.4. Apensamento/Desapensamento .................................................88

4.5. Vista e Carga de autos ................................................................. 89

4.5.1. Considerações Gerais ...............................................................89

4.5.2. Cobrança de Autos ................................................................... 97

4.6. Movimentação de Processos ...................................................... 97

4.6.1. Como Movimentar os Processos do SPROC ..........................99

4.6.2. Como fazer ajuste de movimentação ......................................104

4.6.3. Como Movimentar o Declínio de Competência ..................... 106

4.6.4. Como Movimentar o Processo quando há interposição

de recurso......................................................................................108

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5. DAS COMUNICAÇÕES DOS ATOS ................................................. 109

5.1. Considerações Gerais ................................................................. 111

5.2. Classificação das Comunicações dos Atos .............................. 112

5.2.1. Pelo Diário da Justiça Eletrônico .............................................112

5.2.2. Por comparecimento pessoal da parte ...................................113

5.2.2.1. Citação/Intimação por termo .................................................113

5.2.2.2. Emissão de certidões e entrega de documentos às parte .....114

5.2.3. Por Carta .....................................................................................114

5.2.4. Por Oficial de Justiça ................................................................115

5.2.5. Por Edital ....................................................................................118

5.2.6. Por Carta Precatória/De ordem/Rogatória ..............................119

6. ANEXOS ............................................................................................121

6.1. Fluxo da Gestão de Processos de Trabalho do Poder

Judiciário do Estado do Ceará ..................................................123

6.2. Fluxo do Procedimento Cível Comum Ordinário ..................... 124

6.3. Principais Expedientes ...............................................................126

6.4. Convite ao Servidor .................................................................... 143

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Apresentação

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário Meta Prioritária 05 de 2010

Apresentação

O Judiciário cearense passa por profundas transformações com a implan-tação do processo eletrônico no 1º e 2º graus e com as reformas na estrutura do Fórum Clóvis Beviláqua.

O trabalho das Secretarias de Vara vem sendo remodelado por meio da im-plementação de novas rotinas informatizadas que estimulam o autoatendimento e que se mostram fortes aliadas à celeridade processual. Mais servidores preci-sam ser envolvidos nas atividades de assessoramento ao magistrado, fazendo-se cada vez mais necessários treinamento e redistribuição da força de trabalho para a atividade fi m do Judiciário: decidir confl itos.

Seguindo nesse intento, a Diretoria do Fórum Clóvis Beviláqua (FCB) enca-minhou ao Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) projeto de padroniza-ção de rotinas do processo eletrônico, alinhado ao objetivo do Plano Estratégico 2010-2014, qual seja, “assegurar uma prestação jurisdicional célere e efetiva”. Referida iniciativa foi aprovada pela Comissão Participativa de Elaboração e Execução do Orçamento e do Planejamento Estratégico do TJCE e contará com a participação, além da Diretoria do Fórum, da Corregedoria Geral da Justiça, da Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará (Esmec), da Secretaria Especial de Planejamento e Gestão (Seplag), da Secretaria Judiciária (Sejud) do Tribunal de Justiça, entre outros segmentos.

O projeto remetido almeja não somente a elaboração de manuais de rotina, mas também discutir a nova realidade advinda do processo eletrônico, estimu-lando amplo debate acerca de como prosseguir ante as novéis circunstâncias, tendo em vista a alteração que a automação vem promovendo nas Secretarias de Vara.

O Sistema de Automação Judicial (SAJ) contempla, atualmente, apenas a Capital, em cerca de 57 unidades, quando, na realidade, o Judiciário cearense possui 442 unidades. Infelizmente, não foi possível direcionar este Manual de Rotinas para o novo SAJ, senão descumpriríamos a Meta 05 do CNJ, que exige uma implementação em pelo menos metade das unidades judiciárias.

Nunca foi tão necessário unifi car procedimentos, de forma a delimitar re-gras claras, discutidas e estabelecidas através da ampla participação de servi-dores e magistrados, sendo este – ressalte-se – o objetivo precípuo da Meta 05.

A legislação acena para a adoção de novos códigos que prometem alterar, em curto prazo, o conteúdo de qualquer manual de rotinas, por mais completo

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Apresentação

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

que se possa apresentar. Por outro lado, as rotinas de padronização não se exaurem com a regula-mentação do rito ordinário cível. Ao contrário, esta é apenas a nascente, pois, quando chegarmos ao veio do rio, não veremos sequer a margem, de tanto que ainda há de ser feito, dado que o trabalho de uniformização é permanente.

Vários e bons manuais de rotinas já foram elaborados, não é novidade. O que se propõe, contudo, é algo que consideramos inédito: a interação e a conti-nuidade!

O modelo apresentado pelo grupo de trabalho responsável pela Meta 05 prevê a criação de uma equipe especial de acompanhamento, indicada pelo Corregedor Geral da Justiça e formada por magistrados e servidores, distribu-ídos em Comarcas estratégicas, que se utilizarão de sítio eletrônico especial-mente criado para a divulgação, inclusão e alteração das rotinas de trabalho.

O caminho ora proposto assegura à Corregedoria Geral da Justiça a im-portante missão de estimular a atualização e a ampliação do presente Manual, cujas alterações serão submetidas anualmente ao Órgão Especial do TJCE.

Este compêndio será ampliado e modifi cado de acordo com as necessida-des apontadas pelos usuários, exigindo, assim, respostas urgentes e condizen-tes com a realidade.

O Manual apresentado é parte de um grande projeto que já não é mais um embrião; respira.

A todos nós incumbe mantê-lo vivo.

Des. Jucid Peixoto do Amaral Gestor da Meta 05

Sérgio Luiz Arruda Parente Juiz Cogestor da Meta 05

Ana Katarina Fonteles Soares Cogestora da Meta 05

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Protocolo

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

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Protocolo

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1. PROTOCOLO

O Serviço de Protocolo serve para o recebimento concentrado de docu-mentos encaminhados ao Fórum da Comarca (ex: petições iniciais, petições in-termediárias, ofícios recebidos, manifestações oriundas do Ministério Público, laudos periciais etc.) e, por conseguinte, o encaminhamento dos referidos docu-mentos ao respectivo destinatário.

Nota: O Juiz Diretor do Fórum deverá regulamentar o local de recebimento de documentos administrativos, quais sejam, aqueles que não são petições iniciais ou não se referem a um processo judicial específi co (ex: ofícios dirigidos ao Di-retor do Fórum, relacionados à sua atividade administrativa).

Nota: O Juiz Diretor do Fórum também deverá regulamentar, considerando a estrutura de cada foro, se a(s) Secretaria(s) de Vara também receberá(ão) as petições intermediárias, os ofícios, os laudos, as manifestações do Ministério Público e outros documentos que se refi ram a processos já em tramitação na(s) referida(s) unidade(s).

O responsável pelo protocolo é o servidor designado pelo Juiz Diretor do Fórum, se existir Seção de Protocolo devidamente instalada na Comarca, ou, caso contrário, o servidor da Secretaria de Vara, desde que, também, regular-mente designado. Caso não exista designação formal de nenhum servidor para o exercício do Serviço de Protocolo, o Juiz Diretor do Fórum deverá expedir a respectiva portaria, com a fi nalidade de suprir a ausência. A atribuição do servidor responsável pelo protocolo é garantir a integrida-de da informação de data e hora em que os documentos ingressaram no Poder Judiciário e lhes dar pronto encaminhamento ao destinatário.

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Protocolo

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

O cadastro das petições é feito no SPROC pela Divisão de Protocolo da Comarca através do Menu > Protocolo de Processos > Cadastrar Petição:

Nota: Até mesmo nas Comarcas de Vara Única, o acesso para protocolo no SPROC deve se dar selecionando-se a opção Divisão de Protocolo da Comarca.

Protocolo de petição inicial

Esse protocolo se refere às petições que dão ensejo a novos procedimen-tos judiciais, aptos, portanto, a distribuição, devendo o servidor responsável en-caminhá-las ao Setor de Distribuição.

a) O servidor deverá verifi car a regularidade da documentação re-cebida, e, em caso contrário, certifi car as eventuais inconsistências, para eventual controle pelo Juiz que receber a causa, bem como:

• se o endereçamento da petição inicial corresponde à Comarca para a qual foi dirigida;

• se a quantidade das cópias da petição inicial (contrafé) correspon-de à quantidade de réus e se a documentação entregue está com-pleta;

• se houve o recolhimento das custas processuais iniciais ou a emis-

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Protocolo

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

são da respectiva guia para recolhimento no prazo legal (30 dias, art. 257 do CPC); ou se há pedido de concessão de assistência judi-ciária gratuita; ou se o caso se enquadra nas hipóteses de isenção (art. 10 da Lei Estadual nº 12.381/1994).

• se a petição inicial se encontra devidamente assinada e se está acompanhada de procuração, salvo nas hipóteses do art. 254/CPC (ex: postulação em causa própria, pedido de exibição posterior do instrumento de mandato).

b) Protocolizar duas vias da petição inicial, promovendo todos os registros necessários, e devolver uma via ao interessado;

c) Promover o encaminhamento da petição inicial e documentos ao Distribuidor, onde houver, ou ao responsável pela Distribuição na Se-cretaria de Vara, conforme designado pelo Juiz Diretor do Fórum.

O protocolo de petições iniciais deve ser feito através do caminho indicado anteriormente, escolhendo-se no campo Tipo de Petição a opção “Originária”.

Protocolo de expedientes em geral (petição intermediária, mani-festações etc.):

Esse protocolo se refere a:

a) expedientes judiciais que devam ser juntados/entranhados aos autos de processos judiciais em tramitação (petição intermediária, mani-festações oriundas do Ministério Público, ofícios recebidos, laudos periciais etc.);

b) incidentes processuais que devam ser autuados em apartados, mas que não ensejam distribuição (art. 46, § 1º do Provimento nº 01/2007 da Corregedoria Geral de Justiça); e

c) expedientes administrativos que não dizem respeito a autos de pro-cessos judiciais em tramitação, por exemplo, ofício dirigido ao Juiz

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Protocolo

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

Diretor do Fórum.

O servidor responsável deve promover as seguintes diligências, certifi -cando as eventuais inconsistências:

• verifi car se o endereçamento da petição corresponde à Unidade Ju-diciária;

• se houver requerimento acerca da prática de determinado ato, veri-fi car se houve o recolhimento das custas intermediárias;

• protocolizar duas vias do expediente, promovendo todos os registros necessários (data e hora), e devolver uma via ao interessado;

• promover, mediante registro, o encaminhamento do expediente pro-tocolado à unidade a que se destina.

Quando recebida a petição intermediária pela unidade judiciária, o proces-so deve ser localizado para que seja realizada a respectiva juntada.

Para facilitar a localização dos processos, recomenda-se a utilização do plano cartesiano.

O protocolo de petições intermediárias deve ser feito através do caminho indicado anteriormente, escolhendo-se no campo “Tipo de Petição” a opção “Acompanhamento”.

Protocolo de pedidos de urgência

Pode ser considerado urgente, condicionado à apreciação do Juiz Distri-buidor, para efeito de protocolo e distribuição, o exame das seguintes matérias, dentre outras:

• mandados de segurança;

• pedidos de busca e apreensão de pessoas, bens ou valores, desde que objetivamente comprovada a urgência;

• medida cautelar de natureza cível que não possa ser realizada no horário normal de expediente ou de caso em que da demora possa resultar risco de grave prejuízo ou de difícil reparação;

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Protocolo

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• os pedidos de tutela antecipada, fundados em risco de morte, tal como fornecimento de medicamentos, pedidos de internação em UTI etc.;

• os alimentos provisórios e provisionais;

• as curatelas provisórias;

• pedidos da infância e da juventude

A petição considerada urgente deve ser identifi cada com carimbo específi -co, a fi m de que as providências necessárias ao atendimento da urgência sejam efetivamente cumpridas em todas as fases que antecedem o recebimento do pedido pelo Juiz competente.

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Protocolo

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Distribuição

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2. DISTRIBUIÇÃO

A previsão legal dos atos de distribuição e registro está no Código de Pro-cesso Civil, nos artigos 251 a 257. A distribuição tem a função de dividir os pro-cessos entre juízos da mesma competência, em Comarcas com mais de uma Vara, impedindo a sobrecarga de uma em prejuízo da outra, e deve ser o mais equânime possível, obedecendo aos critérios da igualdade e da alternatividade.

Devem ser observadas as recomendações constantes do Provimento nº 01/2007 da CGJ, arts. 102 a 111.

A distribuição deve ser efetivada por meio do sistema processual que esti-ver em funcionamento na Comarca. Em caso de falha, por qualquer motivo, do sistema informatizado, o servidor responsável deverá promover a distribuição manual, mediante autorização do Juiz Diretor do Fórum ou do Juiz Distribuidor, regularizando todos os atos praticados no sistema informatizado tão logo seja restaurado o seu funcionamento.

O responsável pela distribuição deverá observar atentamente a vinculação eletrônica de documentos, adotando medidas que impeçam a multiplicidade de registros referentes ao mesmo feito.

É proibida a distribuição de petição não acompanhada da procuração ou-torgada ao advogado (art. 254 do CPC), salvo:

• se o requerente postular em causa própria;

• se a procuração estiver junta aos autos principais;

• a fi m de evitar decadência ou prescrição, bem como intervir, no pro-cesso, para praticar atos reputados urgentes. Nestes casos, o advo-gado requererá a exibição posterior, no prazo legal (15 dias, art. 37 do CPC).

Mesmo as ações que tramitam em segredo de justiça devem ser registra-das e distribuídas, apenas não se deve dar publicidade a esses atos.

Nota: O não recolhimento das custas iniciais não impede a distribuição da peti-ção inicial, conforme se extrai da interpretação do art. 257 do CPC, cabendo ao Juiz a quem for dirigida a inicial decidir pelo cancelamento da distribuição.

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Distribuição

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

O responsável pelo Serviço de Distribuição é o servidor designado pelo Juiz Diretor do Fórum, se existir Seção de Distribuição devidamente instalada na Comarca ou, caso contrário, o servidor da Secretaria de Vara, desde que tam-bém regularmente designado.

O Serviço de Distribuição, ao receber a petição vinda do Serviço de Proto-colo, deve realizar as seguintes atividades, certifi cando eventuais inconsistên-cias quando for o caso:

a) cadastrar as partes e advogados no sistema processual, observando a obrigatoriedade da inclusão dos números relativos ao CPF e/ou CNPJ e a habilitação do advogado na OAB;

b) conferir se a petição inicial está acompanhada do instrumento de mandato, habilitando o advogado. Em caso negativo, a petição não será distribuída, salvo as exceções já mencionadas.

Nota: Poderá, todavia, o advogado, em nome da parte, intentar ação, a fi m de evitar decadência ou prescrição, bem como intervir no processo para praticar atos reputados urgentes. Nesses casos, o advogado se obrigará, independen-temente de caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável até outros 15 (quinze), por despacho do Juiz (art. 37 do CPC).

Nota: Os Procuradores da Fazenda Pública, Promotores de Justiça e Defenso-res Públicos estão, por força de lei, dispensados de juntar procuração. No caso de Defensor Público, fi ca dispensada a apresentação de procuração, exceto no que tange aos poderes especiais de receber citação inicial, confessar, reconhe-cer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ação, receber, dar quitação e fi rmar compromisso, dentre outros (CPC, art. 38, LC nº 080/94, art. 128, XI).

c) verifi car se houve o recolhimento das custas processuais iniciais ou a emissão da respectiva guia para recolhimento no prazo legal (art. 257 do CPC) ou, ainda, se há pedido de concessão de assistência judiciária gratuita (ressalva-se a hipótese de incidente que não ense-ja o recolhimento de custas, por exemplo, a exceção de suspeição);

d) cadastrar o tipo de ação de acordo com a Tabela de Classes do

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Distribuição

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

Conselho Nacional de Justiça – CNJ, instituída pela Resolução nº 46/2007;

e) incluir o valor da causa;

f) defi nir a competência;

g) sortear, por distribuição, a Vara (onde houver mais de uma);

Nota: Será alternada a distribuição entre juízes, obedecendo a rigorosa igualda-de (art. 252, CPC).

h) promover, mediante registro, o encaminhamento da petição e demais documentos à Secretaria de Vara à qual foi distribuída, tanto fi sica-mente, quanto no sistema processual, para registro e atuação.

Nota: Caso não esteja acompanhada da guia de custas judiciais recolhida, a petição inicial, depois de distribuída, deverá aguardar na Secretaria, pelo prazo máximo de 30 (trinta dias), fi ndos os quais, não sendo comprovado o recolhi-mento, deverá ser encaminhada em conclusão ao Juiz, acompanhada da res-pectiva certidão, para os fi ns do art. 257 do CPC.

A distribuição de processos no SPROC somente pode ser feita pela Divisão de Protocolo da Comarca, mesmo em caso de Varas únicas, através do Menu do SPROC > Distribuição > Distribuir/Redistribuir Processos:

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Distribuição

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

2.1. Tipos de Distribuição

Distribuição por Dependência

Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada (art. 102/105 do CPC); quando, tendo sido extinto o processo, sem julgamento de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda; e quando houver ajuizamento de ações idênticas, ao juízo prevento (art. 253 do CPC).

Estão sujeitos à distribuição por dependência os embargos do devedor, de terceiros, a reconvenção, a ação principal em relação à cautelar, e a cautelar in-cidental em relação ao processo principal. Nos demais casos, a distribuição por dependência somente será realizada à vista de despacho do Juiz competente que a determinar (art. 110 do Provimento nº 01/2007 da CGJ).

A distribuição por dependência pressupõe processo anterior que já fi xou a competência de determinado Juízo.

Os pedidos de distribuição por dependência serão devidamente recebidos, cabendo ao juízo da causa principal decidir sobre a possível conexão ou conti-nência.

Distribuição Automática

A distribuição das ações será aleatória dentre os juízos competentes para o julgamento da ação. Será efetuada por meio eletrônico, imediatamente após o término do seu registro no sistema informatizado, sob a responsabilidade do Juiz Distribuidor. Na distribuição das ações, adotar-se-á numeração contínua con-forme a ordem de apresentação, ressalvada a precedência dos casos urgentes.

Distribuição urgente

Nas ações em que houver alegação de urgência, decorrente da possibili-dade de perecimento de direito ou de frustração do objeto da ação, poderá ser requerida pela parte interessada, ou seu procurador, a distribuição urgente para fi ns de apreciação do pedido de remessa extraordinária pelo juízo sorteado.

A autorização para a distribuição urgente ocorrerá logo após a classifi cação do processo e formação dos autos, dependendo seu encaminhamento imediato de prévia autorização do Juiz Distribuidor.

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Distribuição

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

Distribuição Manual

Na hipótese de falha no sistema informatizado, ou outra circunstância re-levante e intransponível que impeça a realização da distribuição automática, o Juiz Distribuidor realizará, a fi m de evitar perecimento de direito ou frustração do objeto das ações, imediata distribuição manual, em audiência pública, mediante elaboração de ata respectiva, com a especifi cação do motivo que ensejou tal procedimento.

O servidor responsável pela distribuição deverá providenciar as comunica-ções necessárias, a fi m de se prevenirem novas indisponibilidades.

Redistribuição

A redistribuição das ações ocorrerá em cumprimento à decisão proferida pelo Juiz responsável pela condução do processo, nos casos de declínio de competência, alteração da competência do juízo, ou qualquer outra circunstân-cia, devidamente fundamentada, que justifi que tal providência, inclusive insta-lação de novos juízos, conforme disciplinado em norma própria, mediante com-pensação (art. 255/CPC).

Registre-se que é incabível pedido de desistência de distribuição, incum-bindo exclusivamente ao Juiz competente por sorteio apreciar eventual pedido de desistência da ação, ainda que formulado antes de efetivada a distribuição.

Em caso de declinação de competência, havendo recusa do juízo para o qual houve a declinação, deve este suscitar o confl ito de competência (e não simplesmente devolver o processo para a Distribuição), mediante ofício, instru-ído com cópias das peças essenciais à apreciação da matéria pelo Tribunal de Justiça.

Não haverá, entretanto, necessidade de suscitar o confl ito quando o juízo que receber a ação por declínio declarar-se incompetente em relação a um ter-ceiro juízo.

Desta forma, os autos devem permanecer sobrestados na Secretaria, com a informação devidamente atualizada no sistema processual, sendo dispensável sua remessa ao segundo grau de jurisdição.

A redistribuição do processo no SPROC, por declínio de competência, deve ser feita conforme descrito no item 4.6.3.

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Distribuição

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

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Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

3. PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

3.1. Análise da petição inicial

É através de petição inicial que o autor vem a Juízo, descrevendo os fatos que ensejam a pretensão e formulando o(s) pedido(s) que reputa adequado(s). É exatamente o pedido formulado que delimita a atividade que será desenvolvi-da pelo Juiz, fi xando pontos por serem objeto da decisão fi nal.

Detido exame da petição inicial evita desperdício de tempo e prática de atos judiciais desnecessários. Enseja correção de vícios sanáveis e, se for o caso, pronta extinção, sem julgamento de mérito (isto quando os vícios detecta-dos não forem passíveis de correção e/ou não for atendida a ordem de emenda). Oportuniza, ademais, o pronto julgamento de demandas repetitivas, a respei-to de cuja improcedência já tenha havido manifestação do juízo (art. 285-A do CPC).

O pronto e detido exame da inicial igualmente viabiliza, se for o caso, deli-beração a respeito de pedidos de antecipação da tutela porventura formulados, evitando perecimento do direito alegado.

Muito embora não haja expressa previsão legal no Código de Processo Ci-vil, recomendam-se como úteis, antes do encaminhamento do processo para análise da petição inicial, medidas conciliatórias em processos em que se discu-tem direitos patrimoniais disponíveis, especialmente nas comarcas onde existi-rem centrais de conciliação instaladas, em conformidade com o disposto no art. 26, XLIV, do Provimento nº 01/2007 da Corregedoria Geral de Justiça do Ceará.

Após registro e autuação, a petição inicial deve ser encaminhada ao analis-ta judiciário, ou outro servidor designado, que:

• verifi cará critério de distribuição (informação fornecida pela etiqueta do SPROC), de forma a identifi car eventual existência de demanda que a tenha prevenido;

• se a distribuição houver ocorrido por prevenção, devem ser sepa-rados, para exame pelo Juiz, os autos que a ensejaram, de forma a permitir deliberação a respeito da correção do critério eleito para a realização da mesma;

• observará preenchimento dos requisitos impostos pelos arts. 282 e 283 do CPC, inclusive quanto à correção do valor atribuído à causa nos termos do art. 259 do CPC;

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

• examinará se a inicial foi instruída com tantas cópias quantos sejam os réus, para servirem de contrafé, devendo, caso contrário, o Dire-tor de Secretaria intimar o patrono da causa para regularizar a situa-ção (art. 46, § 2º do Provimento nº 01/2007 da CGJ);

• verifi cará comprovação de recolhimento de custas devidas e/ou exis-tência de requerimento de gratuidade judiciária;

• na eventualidade de detectar vícios sanáveis, minutará despacho or-denando emenda da inicial, submetendo-o ao Juiz;

Nota: O despacho que ordena emenda da inicial deve ser claro, apontar vícios por serem corrigidos, advertir sobre a possibilidade de extinção (art. 284 do CPC), de forma a evitar desperdício de tempo e repetição da determinação.

• após prazo para emenda, os autos deverão ser novamente encami-nhados ao Juiz, para extinção ou para impulsionar o feito;

• se não houver vícios, nem pedidos de gratuidade judiciária e/ou de antecipação de tutela, deve ser minutado despacho ordenando cita-ção, para posterior submissão ao Juiz;

• havendo pedidos de gratuidade judiciária e/ou de antecipação de tutela, os autos deverão ser submetidos ao julgador imediatamente depois da autuação e registro, para deliberação;

Nota: A afi rmação da parte de que não tem condições de arcar com os custos do processo não implica, por si só, em deferimento do pleito de gratuidade. O juízo deve cotejá-lo com elementos objetivos (como valor do bem objeto do li-tígio, evidências de patrimônio, profi ssão e endereço do autor etc.), de modo a permitir formação do convencimento.

• também deve ser imediatamente submetido ao Juiz o processo que contenha demanda repetitiva, a respeito de cuja improcedência já se haja manifestado o juízo, de forma a permitir aplicação do art. 285-A do CPC;

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

• ao fi nal, deve ser cumprida integralmente a determinação judicial exarada.

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Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

3.2. Citação

A citação é o ato pelo qual se chama o réu a Juízo, para defender-se. Sob pena de nulidade absoluta de todos os atos subsequentes, deve obedecer, com o máximo rigor, às regras que a disciplinam.

O CPC estabelece como regra a citação pela via postal e, somente em ca-sos excepcionais, permite que a citação se faça por meio de ofi cial de justiça ou por edital (art. 222 do CPC).

Nota: A forma de citação a ser efetivada não pode se afastar daquela prevista em lei para o caso concreto.

Atente-se, por outro lado, para o fato de que as citações por meio de cartas (precatória, rogatória e de ordem) e a citação por hora certa são espécies do gênero citação por ofi cial de justiça. Somente devem ser efetivadas quando per-mitidas por lei, observadas as respectivas formalidades.

Nota: Diante do eventual comparecimento do réu na Vara, o Diretor de Secreta-ria deve realizar a citação por termo, entregar a contrafé ou certifi car sua recusa.

Após despacho do Juiz que ordenar a citação, o servidor encarregado deve providenciar a elaboração da correspondência e/ou do mandado pertinente.

A confecção deve observar formalidades da lei. O texto da carta e/ou man-dado deve ser o mais objetivo possível, sem rebuscamentos. É indispensável que a carta de citação e/ou o mandado contenha as formalidades descritas nos arts. 223 (citação pelo correio) e 225 (citação por mandado) do CPC, tais como identifi cação do citando, prazo de defesa (inclusive regra do art. 188 do CPC), local do comparecimento (se for o caso) e advertência do art. 285 do CPC (de que serão presumidos verdadeiros os fatos não impugnados).

A carta ou o mandado também deve ser instruído com cópia da inicial, do despacho que ordenou a citação e, se for o caso, da decisão que antecipou o provimento.

Recomenda-se, para as situações em que couber, a utilização do despa-cho-mandado, em que o próprio despacho é entregue ao Ofi cial de Justiça, des-de que contenha todas as informações necessárias ao cumprimento (art. 225 do CPC), devendo o referido documento ser assinado e selado em duas vias (uma para o processo e outra a ser remetida para o Ofi cial de Justiça).

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

Nota: No caso de concessão de antecipação da tutela, o mesmo mandado cita o réu para se defender e o intima da decisão antecipatória.

A Secretaria deve providenciar, imediatamente após devolução, a juntada aos autos do comprovante de que a citação se efetivou regularmente (assim, deve ser juntado o AR, no caso de citação pelo correio, e o mandado, nos casos de citação por meio de ofi cial de justiça). É a partir da juntada que fl ui o prazo de defesa.

Se a Secretaria verifi car imperfeição na realização da citação (por exemplo, que foi citado terceiro ou que o réu não foi localizado), deve imediatamente fazer conclusão dos autos, para a determinação de providências pelo Juiz. Se tiver sido realizada por hora certa, deve-se dar cumprimento ao art. 229 do CPC, en-viando carta ou telegrama ao citando.

A citação por edital é absolutamente excepcional. No caso de ser realizada, devem ser juntados aos autos comprovantes das publicações dos três editais previstos em lei. A Secretaria deve observar se não foi excedido o prazo de 15 dias entre o primeiro e o último dos editais (art. 232, III, do CPC) e providenciar afi xação do edital no local de praxe.

Nota: Na eventualidade de o réu citado por edital não comparecer e nem cons-tituir advogado, deve ser cumprida a determinação do art. 9º, II do CPC, com a nomeação de curador especial.

Por fi m, efetivada a citação, deve a Secretaria aguardar fl uência do prazo, observando eventuais dilações previstas em lei (prazos da Fazenda Pública e de réus com procuradores diferentes – arts. 188 e 191 do CPC, respectivamente).

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

Quando informada a movimentação antes referida, indicar qual o documen-to na resposta ao campo “tipo de documento”:

3.3. Da defesa do réu

3.3.1. Generalidades

Concretizada a citação, abre-se a oportunidade para que o réu apresente defesa. Na estrutura do CPC atual, são três as modalidades de defesa, a saber: contestação, exceções instrumentais e reconvenção.

Nota: Há incidentes que podem ser instaurados pelo réu na primeira vez que vier aos autos, mas que não constituem, na atual estrutura do CPC, espécies de defesa. São exemplos o incidente de impugnação ao valor da causa (art. 261 do CPC) e o incidente de impugnação ao benefício da gratuidade judiciária (arts. 4º, § 2º e 7º da Lei 1.060/50). Quanto a eles, deve ser observado o rito próprio.

A contestação constitui o meio usual de defesa. Nela são suscitadas ques-

tões processuais (preliminares) e de mérito. A reconvenção, por sua vez, traduz-se em meio de o réu contra-atacar. Por

ela, o réu formula pedido em seu prol, ampliando o tema por ser decidido pelo Juiz.

Por meio das exceções instrumentais são alegados o impedimento e a sus-peição do Juiz e a incompetência relativa do juízo.

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

3.3.2. Da contestação

A contestação deve concentrar a defesa do réu e conter, a um só tempo, matérias processuais (preliminares – art. 301 do CPC) e de mérito.

Ao receber a contestação, a Secretaria deve, antes de tudo, verifi car se a mesma foi apresentada dentro do prazo legal. Em caso negativo, deve certifi cá-lo, fazendo imediata conclusão dos autos ao Juiz, para, se for o caso, adoção da providência prevista no art. 324 do CPC. Na mesma oportunidade, se não for o caso de aplicação do aludido dispositivo, o Juiz proferirá julgamento conforme o estado do processo.

Se a contestação for tempestiva e contiver matérias processuais (art. 301 do CPC), a parte autora deve ser intimada para réplica, em dez dias (art. 327 do CPC).

Também enseja réplica, em dez dias, a contestação que contiver fatos im-peditivos, modifi cativos ou extintivos do direito do autor (art. 326 do CPC).

Se o réu contestar o direito que constitui fundamento do pedido do autor, este poderá solicitar a prolação de ação declaratória incidente (art. 325 do CPC).

Nota: O teor da matéria contida na contestação indica os atos subsequentes. A Secretaria deve realizar cuidadoso exame e, na dúvida, submeter o ato seguinte ao julgador. Observe-se que, não raras vezes, são designadas de preliminares defesas que nada possuem de processual. Em tais casos, não há lugar para a réplica.

Nota: A oportunidade para réplica, na estrutura do CPC, é excepcional e restrita às hipóteses já referidas. Contestação que não se insere em qualquer das situa-ções apontadas não enseja réplica. Poderá a contestação, contudo, trazer consi-go documentos, circunstância que imporá ordem de manifestação do autor, mas apenas em cinco dias (art. 398 do CPC).

Após adoção das providências preliminares antes aludidas, terá início a fase intermédia ou de saneamento do processo.

3.3.3. Da reconvenção

Como já restou anotado, reconvenção é o meio pelo qual o réu, assumindo conduta ativa, contra-ataca, formulando pretensão própria e, portanto, amplian-do o objeto de conhecimento e deliberação do Juiz.

Page 47: Manual - Petição na Justiça Estadual Cearense

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

A reconvenção deve ser apresentada no prazo da contestação, simultane-amente.

Contestação e reconvenção devem ser apresentadas em peças diferen-tes, mas ao mesmo tempo. O réu pode contestar sem reconvir e reconvir sem contestar, mas, se desejar produzir as duas espécies de defesa, deve fazê-lo ao mesmo tempo (art. 299 do CPC).

A inicial da reconvenção está sujeita aos requisitos de qualquer outra ini-cial, salvo recolhimento de custas.

Após recebimento, a Secretaria deve providenciar juntada da reconvenção aos autos do processo principal e, a seguir, providenciar intimação do reconvin-do para responder, em 15 dias (art. 316 do CPC). A intimação deve ser feita por meio do advogado.

Nota: Ação e reconvenção são autônomas, pelo que a extinção de uma delas não importa em extinção da outra (art. 317 do CPC). Se ambas prosseguirem até julgamento fi nal de mérito, contudo, devem ser destramadas por uma única sentença (art. 318 do CPC).

3.3.4. Das exceções instrumentais

Por meio de exceção instrumental, são alegáveis o impedimento e a suspei-ção do Juiz e a incompetência relativa do órgão jurisdicional.

Tais matérias podem ser alegadas a qualquer tempo, no prazo de 15 dias, contados do fato que originou a alegação (art. 305 do CPC).

Na maioria das vezes, tal prazo coincide com o da resposta do réu (somen-te excepcionalmente há causas supervenientes de impedimento ou suspeição).

A exceção deve ser deduzida em petição própria, será autuada em aparta-do (sujeita, portanto, a novo registro no SPROC) e provoca imediata suspensão do processo principal, até que seja destramada.

Nota: As exceções instrumentais não estão, ao menos em princípio, sujeitas a custas. A possibilidade de sua imposição diz com o acolhimento, pelo Tribunal, de exceção de impedimento ou suspeição rejeitada pelo Juiz (art. 314 do CPC).

Nota: Todos os incidentes processuais, tão logo sejam resolvidos, devem ser baixados e arquivados após a intimação das partes e o decurso do prazo legal, observando-se o cuidado de que se trasladem, mediante certidão, a respectiva decisão e eventuais documentos essenciais para os autos principais, evitando-se, assim, o indevido manuseio do caderno processual baixado.

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

3.3.4.1. Peculiaridades da exceção de incompetência relativa

No caso de alegação de incompetência relativa, o que se discute é a pos-sibilidade de o processo ser julgado pelo órgão jurisdicional contemplado pela distribuição.

Recebida a exceção, o processo principal fi cará suspenso. O excepto de-verá ser ouvido, em 10 dias (intimação por meio do advogado). A seguir, se for o caso, o Juiz colherá breve instrução e promoverá julgamento.

Eventual acolhimento da exceção de incompetência relativa importa em re-messa dos autos ao juízo competente (art. 311 do CPC).

Nota: No caso de acolhimento da exceção de incompetência relativa, a Secre-taria deve providenciar anotação da decisão no SPROC. Se o juízo competente também utilizar o SPROC e estiver na jurisdição do TJ/CE, é preciso fazer não só encaminhamento do processo pelo sistema, mas também providenciar para que haja redistribuição, sob pena de não ser modifi cado efetivamente o órgão julgador. Se o juízo competente for outro tribunal (Justiça Federal, Justiça do Tra-balho), informa-se o acolhimento da exceção de incompetência e faz-se a baixa do processo.

Nota: A incompetência absoluta deve ser alegada como preliminar da contesta-ção. A forma de alegação e de apreciação são diversas. No caso de acolhimento, contudo, devem ser realizadas a redistribuição e a remessa dos autos ao Juízo competente, inclusive pelo SPROC, sem baixa na distribuição (art. 113 do CPC).

Se a parte deixar de alegar a incompetência relativa no prazo legal, perde a oportunidade de fazê-lo, sobrevindo o fenômeno processual da prorrogação.

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

3.3.4.2. Peculiaridades das exceções de impedimento e suspei-ção

Em tais casos, o que se discute é a viabilidade de que o processo seja jul-gado pelo Juiz com exercício no órgão jurisdicional ao qual tocou a distribuição.

Referida circunstância impõe tramitação diversa.Após recebimento, a petição de exceção (de impedimento ou suspeição) é

submetida ao Juiz da causa. Se reconhecer a alegação, ordenará remessa dos autos ao substituto legal. Caso contrário, exporá razões para rejeição, em dez dias, ordenando remessa dos autos ao Tribunal para decisão (art. 313 do CPC).

Anote-se que os autos que devem ser remetidos ao Tribunal são os da ex-ceção. Enquanto a mesma tramita, o feito principal resta suspenso. A Secreta-ria deve providenciar não apenas a remessa física, mas também a remessa no SPROC, viabilizando atualização da tramitação pelo Tribunal.

Nota: Diz o CPC que, no caso de acolhimento da exceção, os autos devem ser remetidos ao substituto do impedido ou suspeito. Anote-se, porém, que o impe-dimento ou suspeição é do Juiz, não do órgão. Assim, não há necessidade de redistribuição. Se acolhida a exceção, a Secretaria fará conclusão dos autos ao substituto automático do Juiz impedido ou suspeito, devendo o processo princi-pal continuar a tramitar perante a mesma Vara/juízo.

Após destrame da exceção, o processo principal será retomado, passando às fases subsequentes.

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

3.4. Despacho Saneador

Frequentemente desprezado, o despacho saneador se mostra fundamen-tal para servir como delimitador da fase postulatória e marco inicial da fase ins-trutória.

Através do saneador, o Juiz deve:

a) Verifi car a possibilidade de julgamento antecipado do feito, por sen-tença terminativa ou defi nitiva (CPC, art. 329), OU:

b) Aferir a presença das condições de admissibilidade da ação (pos-sibilidade jurídica do pedido, legitimidade das partes e interesse de agir);

c) Apreciar eventuais circunstâncias preliminares suscitadas pela parte promovida (CPC, art. 301);

d) Avaliar as provas que deverão ser produzidas no processo, caso frus-trada a tentativa conciliatória, inclusive quanto ao aspecto da eventu-al necessidade de fi xação ou inversão do ônus da prova;

e) Determinar que as partes esclareçam as provas que pretendem pro-duzir, e justifi quem a necessidade de cada uma das modalidades de prova diante do caso concreto, ao invés de simplesmente requerer genericamente todos os meios de prova em direito admitidos;

f) Designar audiência conciliatória e determinar a intimação das partes e seus patronos.

Caso incabível o julgamento do processo no estado em que se encontra, a prolação de despacho saneador serve para que o Juiz realize uma cognição su-mária, e aponte data para a audiência conciliatória, imprescindível mesmo que as partes não a requeiram expressamente (CPC, art. 125, IV).

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

3.5. Audiência Preliminar

Deve ser precedida da intimação das partes e de seus patronos, todavia, mesmo que as partes não compareçam, observando o Juiz se os patronos res-pectivos ostentam poderes para transigir (CPC, art. 38). Havendo outorga de tais poderes nos instrumentos procuratórios, nada impede a realização do ato processual, ainda que seja para consignar a recusa de alguma ou de ambas as partes em transigir.

Nota: Embora se possa admitir como dispensável a intimação pessoal das par-tes para audiência conciliatória inaugural, essa prática tem-se mostrado muito favorável à economia de expedientes por parte da Secretaria e de novas diligên-cias por parte do ofi cial de justiça, na medida em que a parte, presente à audiên-cia, mesmo que frustrada a tentativa de conciliação, já deve fi car intimada para a audiência seguinte destinada à eventual colheita do depoimento pessoal, que deve preceder a inquirição de testemunhas.

É importante consignar na ata de audiência a proposta e contra-proposta, especialmente em ações que envolvem valores, tais como cobranças, ou re-defi nição de verbas alimentícias, por exemplo. A alusão às cifras indicadas por cada uma das partes por vezes favorece a celebração de acordo na audiência seguinte.

Deve-se ainda aproveitar a audiência conciliatória inexitosa para:

a) Fixar os pontos controvertidos da lide;

b) Designar a realização de prova pericial, mas apenas quando esta for imprescindível à solução do litígio, eis que se trata de prova dispen-diosa e demorada;

c) Designar data para a próxima audiência, dela deixando intimadas as partes, seus procuradores e o Ministério Público, nas causas em que intervenha (CPC, art. 82). Tal atitude economiza a necessidade de elaboração de mandados e publicação de despacho no Diário da Justiça.

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

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35899 AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO ADIADA35900 AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO CANCELADA35901 AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO DESIGNADA

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35903 AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO REALIZADA

35904 AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO REDESIGADA

Movimentações Aplicáveis

CÓD. MOVIMENTAÇÃO35968 AUDIÊNCIA PRELIMINAR ADIADA35969 AUDIÊNCIA PRELIMINAR CANCELADA35970 AUDIÊNCIA PRELIMINAR DESIGNADA35971 AUDIÊNCIA PRELIMINAR PRORROGADA35972 AUDIÊNCIA PRELIMINAR REALIZADA35973 AUDIÊNCIA PRELIMINAR REDESIGNADA

3.6. Audiências Instrutórias

O processo não é fi m em si mesmo, mas mero instrumento para resolução do confl ito, e por isso a colheita probatória deve se voltar para a coleta de provas necessárias ou úteis.

Deve o Juiz reprimir a colheita de provas inúteis à causa, ainda que sejam invocados os preceitos constitucionais do contraditório e da ampla defesa. O ar-gumento de eventual cerceamento de provas merece ser enfrentado com zelo e atenção, mas não raras vezes é manejado apenas para protelar o julgamento da causa, e, por isso mesmo, o Juiz não deve ter receio de indeferir provas inúteis ou eminentemente protelatórias.

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

3.6.1. Depoimentos Pessoais

Sendo o Juiz o destinatário da prova, deve ele interrogar as partes, mesmo sem o intuito de lhes obter confi ssão para formar convicção mais plena possível, ou colher depoimentos pessoais, ainda que não tenham sido requeridos pelas partes. Com efeito, não raras vezes uma colheita de depoimentos pessoais bem feita torna desnecessária a oitiva de testemunhas, isso porque frequentemente os pontos controvertidos da lide acabam sendo esclarecidos pelos próprios liti-gantes.

Nota: O interrogatório feito de ofício pelo Juiz difere do depoimento pessoal requerido pela parte, principalmente porque, neste último caso, se presumirão confessados os fatos contra a parte alegados, caso não compareça ou, compa-recendo, recuse-se a depor. (art. 343, § 1º do CPC)

Finalizada a colheita de depoimentos pessoais, caso se mostre necessária a inquirição de testemunhas, deve o Juiz consignar em ata a data da próxima audiência, deixando desde já intimadas as partes e seus patronos, bem como o Ministério Público, nas causas em que seja obrigatória sua intervenção (CPC, art. 82). Frise-se ainda que, a depender da quantidade de testemunhas informa-das pelas partes na audiência preliminar, pode o Juiz esclarecer que ouvirá as testemunhas de ambos os litigantes, e estimular as partes e seus patronos para que já tragam as testemunhas cuja oitiva pretendem, dentro do espírito do novo CPC. Embora exista a previsão legal de que a audiência de instrução seja una, não raras vezes, por força da complexidade da causa ou pelo grande número de testemunhas, é prudente que seja dedicada uma audiência para as testemu-nhas da parte autora e outra para as testemunhas da parte promovida.

3.6.2. Oitiva de testemunhas

Em atenção ao art. 125, IV do CPC, deve o Juiz renovar a proposta con-ciliatória, e sendo ela novamente rechaçada, deverá proceder à inquirição das testemunhas apresentadas pela parte autora e depois daquelas apresentadas pela parte promovida, priorizando sempre as que prestam o compromisso legal (CPC, art. 405) e, somente se imprescindível, ouvindo meros declarantes.

Caso existam testemunhas residentes em outras comarcas, elas deverão ser inquiridas nas comarcas de sua residência através de cartas precatórias, salientando-se que a colheita do restante da prova não deverá ser suspensa em

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Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

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Imperativo advertir às testemunhas compromissadas sobre as consequên-cias legais impostas aos que cometem perjúrio.

Page 58: Manual - Petição na Justiça Estadual Cearense

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

3.6.3. Prova Documental

Em regra, todos os documentos relevantes para a cognição judicial devem ser juntados com a inicial, ou com a contestação, contudo o Juiz deve admitir excepcionalmente a juntada de documentos outros na fase instrutória, desde que a parte interessada demonstre que não os detinha quando da propositura da exordial, ou no momento legal destinado ao oferecimento de defesa.

Por razões óbvias, é desnecessário colher prova oral sobre tema já esclare-cido por meio de evidências documentais.

Caso suscitada a falsidade documental, esta deve render ensejo à instau-ração de incidente próprio (CPC, art. 390), o qual deve ser dirimido com a maior brevidade possível, inclusive porque representará prejudicial de mérito. Por outro lado, se o documento impugnado for irrelevante ao deslinde da causa, o Juiz pode indeferir sua juntada e com isso exaurir preventivamente o objeto do inci-dente de falsidade documental.

3.6.4. Prova Pericial

O acolhimento ou rejeição da prova pericial deve se dar logo no despacho saneador, ou no máximo por ocasião da audiência preliminar destinada à tenta-tiva conciliatória, eis que, frustrada a tentativa de acordo, deverá o Juiz fi xar os pontos controvertidos da questão.

Apenas e tão somente se algum dos pontos controvertidos da lide exigir a realização de prova pericial é que a mesma deve ser acolhida, e nesse caso é importante que se esclareça se aquela modalidade de prova é do interesse da parte autora, da parte promovida, ou de ambas, especialmente para saber quem suportará as despesas da prova pericial (CPC, art. 33).

Admitindo-se a prova pericial como necessária, deve o Juiz verifi car:

a) O custo da mesma e se a parte que requereu esta modalidade de prova tem condição fi nanceira de suportá-la;

b) Em caso de incapacidade fi nanceira da parte interessada na prova pericial, buscar a possibilidade de que aquele meio de prova seja implementado gratuitamente através de algum órgão ou entidade de classe, tais como CREA, CRM etc.;

c) Superadas as hipóteses anteriores, fi xar à parte interessada prazo razoável para depósito dos honorários periciais, sob pena de indefe-rimento da prova.

Page 59: Manual - Petição na Justiça Estadual Cearense

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

É preciso ter objetividade no trato da prova pericial, pois não raras vezes as tratativas visando a defi nir e recolher honorários periciais representam enorme desperdício de tempo e recursos do Poder Judiciário, o qual fi ca impossibilitado de julgar a causa.

Não se deve esquecer que o ônus da prova incumbe a quem alega (CPC, art. 333) e, diante da impossibilidade material ou econômica da colheita de prova pericial, deve o Juiz julgar a causa a partir dos meios de prova de que dispõe, ao invés de manter o processo suspenso por longo prazo, vulnerando inclusive o princípio constitucional da razoável duração do processo.

3.6.5. Encerramento formal da fase instrutória

Realizada a última audiência, deve o Juiz declarar concluída a fase instru-tória e fi xar prazo para a entrega de memoriais, isto somente se a complexidade da causa for de tal envergadura que torne não recomendável a oferta de razões fi nais orais ou mesmo remissivas.

Na hipótese de alguma das partes se insurgir contra o encerramento da prova, deve o Juiz consignar os motivos invocados pela parte e as razões pelas quais a instrução merece ser ultimada, valendo destacar que mesmo a interposi-ção dos recursos de agravo retido ou agravo de instrumento não trazem consigo qualquer efeito suspensivo automático.

Na sequência, e apenas se confi gurada alguma das hipóteses do art. 82 do CPC, deve o Juiz determinar remessa dos autos ao Ministério Público para seu parecer. Contudo, nada obsta que tal consulta já seja feita por ocasião da audi-ência derradeira, seja para que o Ministério Público decline da oportunidade de intervir meritoriamente, seja para que o parecer seja verbal, e com isso o feito já retorne concluso para sentença.

Para todos os tipos de audiência, a Secretaria deverá manter pauta organi-zada conforme a conveniência do juízo, bem como, após a realização das mes-mas, deve registrar e escriturar em livro próprio as audiências realizadas e lançar no SPROC as movimentações correspondentes.

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

3.7. Sentença

3.7.1. Recomendações preliminares

Recomenda-se que, tão logo o feito se ache preparado para sentença, a Secretaria de Vara adote as seguintes providências:

• o Diretor de Secretaria, ou outro servidor por ele designado, deverá, antes de fazer conclusão, revisar os autos, verifi cando a sua integri-dade, numeração ou inexistência de peças a juntar. Caso verifi que alguma pendência que seja passível de correção pelo próprio Diretor de Secretaria, deverá fazê-lo, por meio de certidão e renovar a con-clusão.

• caso identifi que pendência que reclame provimento jurisdicional, deve lançar certidão a relatar o ocorrido e submeter a questão à apreciação do magistrado.

• após, não havendo pendências, deve apor nos autos o carimbo de conclusão e registrá-la no sistema informatizado de acompanha-mento processual, de preferência já consignando que se trata de conclusão para julgamento;

A conclusão para julgamento pode ser especifi cada no SPROC (Menu>Movimentação de Processos>Movimentação Individual) através do lan-çamento da movimentação “CONCLUSO AO JUIZ” (cód. 36349), e, após, res-ponder à pergunta “tipo de conclusão” com a resposta “julgamento”:

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

• separar as ações por classes e temas, de forma a racionalizar e oti-mizar o trabalho decisório;

• ordená-las conforme as prioridades legais (v.g. Estatuto do Idoso, Mandado de Segurança, obrigação alimentar etc.), atentando sem-pre para o critério cronológico (organizar da ação mais antiga para a mais moderna, de forma a possibilitar que o Juiz controle a ordem da fi la de julgamentos);

As movimentações de julgamento estão disponíveis em tela específi ca do SPROC: Menu > Julgamento > Julgamento 1º Grau:

Além das informações acima, podem ser preenchidos os campos Dispositi-vo da Decisão (Resumo da Sentença) e Texto do Inteiro Teor da Decisão:

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

3.7.2. Das espécies de sentença

Um dos objetivos primordiais do processo civil é a formulação da norma jurídica individual, que é concretizada através do ato processual chamado sen-tença, cuja prolação deve ocorrer em tempo útil e razoável. Sentença é o ato por meio do qual o Juiz extingue o processo com ou sem resolução de mérito.

O Juiz poderá proferir a sentença de forma antecipada (art. 330 do CPC) ou após o encerramento da instrução. A sentença, conforme o caso, pode ser proferida em audiência (após debates orais) ou em gabinete, após a entrega de memoriais escritos pelas partes.

Pode ocorrer, contudo, que somente ao receber os autos para sentenciar, perceba o julgador que o juízo não é competente. Incumbe-lhe, nesta hipótese, reconhecer a incompetência e mandar remeter os autos ao juízo competente (art. 113, § 2º, do CPC). Afi rmada, no entanto, a competência para processar e julgar a causa, cabe ao Juiz conhecer dos fatos alegados e subsumi-los às normas de direito material e processual e elaborar a norma jurídica adequada à composição da lide.

O art. 458 do CPC enumera os requisitos essenciais das sentenças:I – relatório contendo os nomes das partes, a suma do pedido do autor e da

resposta do réu, bem como os registros, de forma sucinta, das principais ocor-rências havidas no curso do processo.

Nota: Recomenda-se, sempre que possível, que o relatório seja o mais sintético, não precisando registrar minudências inúteis e que seja usada uma linguagem neutra (descritiva).

II – fundamentação – é nesta parte que o Juiz analisará todas as questões de fato e de direito da causa, dando suas razões fáticas e jurídicas de decidir (art. 93, IX, da CF.).

III – dispositivo – é a parte decisória da sentença em que o Juiz efetivamen-te resolve a controvérsia posta para decisão.

Nota: O dispositivo é, por assim dizer, a norma jurídica concreta que servirá de lei entre as partes e, portanto, deve ser redigido de modo claro, objetivo e já con-templando todas as questões, (v.g. data a partir da qual incidirá juros de mora e correção monetária, fi xando os índices de correção, arbitramento de honorários de advogado). Esse cuidado, além de facilitar a intelecção pelas partes do con-teúdo da decisão, evita que se oponham embargos de declaração a atrasar a prestação jurisdicional.

Page 63: Manual - Petição na Justiça Estadual Cearense

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

Nota: De acordo com a redação do art. 475-J do CPC (acrescido pela Lei nº 11.232/2005), deverá o Juiz na própria redação do dispositivo (em caso de sen-tença líquida – obrigação de pagar) determinar a intimação do devedor para cumprir a sentença, em quinze dias, sob pena de imposição de multa de 10%. Referido prazo começa a fl uir após o término do prazo recursal.

A sentença resolutiva de mérito se verifi ca quando o Juiz acolhe ou rejeita, no todo ou em parte, o pedido formulado pelo autor (art. 459, primeira parte, CPC). Já a sentença de extinção do feito sem resolução de mérito ocorre quan-do o Juiz se convence da procedência de alguma preliminar invocada pelo réu, em contestação, ou que seja passível de apreciação de ofício e não tenha sido alcançada pela efi cácia preclusiva da decisão interlocutória de saneamento.

3.7.2.1. Da extinção do processo sem resolução de mérito

O art. 459, segunda parte, do CPC autoriza que a sentença extintiva sem resolução de mérito seja elaborada de forma concisa, a fi m de garantir a celeri-dade. Assim, apesar de não estar desobrigado de fundamentar, aceita-se que a fundamentação seja concisa (porém sufi cientemente clara) e que o relatório seja extremamente sintético.

Os casos em que ocorre a extinção do processo sem resolução de mérito estão expressos no art. 267 do CPC e, em regra, não sendo a parte autora be-nefi ciária da assistência judiciária gratuita, deve ser arbitrada a verba honorária na forma do art. 20, § 4º, do CPC e serem calculadas as custas eventualmente devidas.

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Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

3.7.2.2. Da extinção do processo com resolução de mérito

Já o art. 269 do CPC elenca as hipóteses em que se prolata sentença com resolução do mérito da causa. De ordinário, a extinção do feito com resolução de mérito ocorre quando o Juiz acolhe ou rejeita o pedido do autor, consoante a hipótese descrita no inciso I do mencionado artigo.

No caso do art. 269, II, do CPC, ou seja, quando o réu reconhecer a pro-cedência do pedido do autor, deve-se atentar para que seja este condenado nas custas processuais e honorários de advogado, conforme dispõe o art. 26 do CPC.

O art. 269, III, do CPC determina que o processo deva ser extinto com re-solução de mérito, sempre que as partes transigirem e, nesta hipótese, deverá haver compensação nas despesas processuais, exceto se as partes houverem disposto em sentido contrário na própria transação.

O art. 269, IV, do CPC enuncia a extinção do processo pelo reconhecimento da decadência ou prescrição.

O art. 269, V, do CPC versa a hipótese em que o autor renuncie à pretensão veiculada na ação, oportunidade em que deve arcar com as despesas proces-suais.

Nas hipóteses dos incisos II, III e V, do art. 269, do CPC, caberá ao Juiz proferir sentença meramente homologatória da vontade das partes, contudo é sentença de mérito para os efeitos da lei.

Nota: A sentença proferida nas hipóteses dos incisos II, III e V, do art. 269, do CPC também poderá ter redação sucinta, sem necessidade de maiores funda-mentações, atentando-se apenas para a regularidade da representação e limita-ções à disponibilidade do direito.

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Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

3.7.3. Providências após a prolação da sentença

3.7.3.1. Da publicação da sentença

Ao contrário do que se supõe, a publicação da sentença não ocorre com a sua veiculação no Diário da Justiça, mas se opera com sua entrega formal pelo Juiz em Secretaria, fi cando, a partir de então, inalterável, salvo nas hipóteses do art. 463, I e II, do CPC. A publicação da sentença no DJE tem a função de intimação dos advogados.

3.7.3.2. Da juntada, do registro da sentença e publicação no DJE

Tão logo receba a sentença das mãos do Juiz, deve a Secretaria de Vara providenciar o seguinte:

• extração de cópia(s) da sentença;

• promover a juntada aos autos da sentença, formalizando o ato por meio de certidão de juntada devidamente datada;

• registrar a sentença no Livro de Registro de Sentenças e, caso tenha sido a sentença proferida em audiência, providenciar a inserção de cópia no Livro de Registro de Audiências;

• lançar no SPROC a movimentação correta a fi m de que se registre no sistema de estatística o efetivo julgamento daquela causa, cui-dando para que a parte dispositiva da sentença seja transcrita para disponibilização às partes pelo sistema informatizado;

A Secretaria é obrigada a manter atualizado o banco de dados correspon-dentes aos processos ali existentes, para tanto consignado-se através do sis-tema informatizado de atualização processual, todos os dados, de forma de-talhada, da movimentação a eles inerentes, a fi m de que a consulta dos dados armazenados seja fi el e efetiva. (art. 35 do Provimento nº 01/2007 da CGJ)

• encaminhar os autos ao servidor competente para a confecção do boletim de publicação da sentença no Diário da Justiça Eletrônico (DJE), cuidando para que, na publicação, também se reproduza o conteúdo completo da parte dispositiva da sentença;

Page 69: Manual - Petição na Justiça Estadual Cearense

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

CÓD. MOVIMENTAÇÃO

36415 SENTENÇA DISPONIBILIZADA NO DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO

36410 SENTENÇA ENVIADA PARA DISPONIBILIZAÇÃO NO DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO

36421 SENTENÇA REDISPONIBILIZADA NO DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO

• atentar para a necessidade de expedição de ofícios para órgãos como DETRAN, Cartórios etc., bem como para a confecção de to-dos os expedientes determinados na parte dispositiva da sentença;

Após a circulação do boletim respectivo no DJE, operacionaliza-se a inti-mação das partes (salvo casos em que deva ocorrer a intimação pessoal); para fi ns de desburocratização, recomenda-se que se dispense a aposição do ca-rimbo de circulação (disponibilização), podendo ser juntada aos autos a própria cópia da página do DJE em que veiculado o respectivo boletim.

Nota: Recomenda-se que, a cada sentença prolatada, já se tenha um servidor designado para planilhá-la em formulário próprio, para facilitar a confecção da Estatística ao fi nal do mês.

3.7.3.3. Do controle dos prazos e certifi cação do trânsito em julgado

Um dos pontos que mais gera atrasos no fl uxo processual é o controle efetivo dos prazos processuais. É comum que um processo fi que no escaninho “aguardando decurso de prazo” por vários meses, ainda que não tenha havido recurso das partes, quando um controle efetivo poderia já propiciar que aquele feito fosse levado à consideração do Juiz para eventual providência de baixa e arquivamento.

Por essa razão, recomenda-se que, após as intimações, seja movimentada a localização física do processo e que a Secretaria de Vara organize o esca-ninho em três diferentes seções identifi cadas pelos números “10”, “20” e “30”.

Page 70: Manual - Petição na Justiça Estadual Cearense

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

Tal mecanismo determina que se o término de um prazo de recurso está previsto para o dia 9, por exemplo, o feito será encaminhado para o escaninho “aguar-dando trânsito em julgado - 10” e, assim, permite-se que, logo após o transcurso do dia dez de cada mês, o servidor responsável cheque todos os processos ali depositados e, verifi cando o efetivo decurso de prazo, possa já certifi cá-lo com o mínimo de perda de tempo possível.

Atentar para o seguinte:

• quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público, o pra-zo será computado em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer;

• quando a parte estiver sob o patrocínio da Defensoria Pública todos os prazos serão computados em dobro; e

• quando houver litisconsortes com diferentes advogados, o prazo para recorrer será computado em dobro.

Cabe relembrar (art. 506 do CPC) que o prazo para a interposição de re-curso contar-se-á: a) da leitura da sentença em audiência; b) da intimação às partes, quando a sentença não for proferida em audiência e c) da publicação no Diário da Justiça.

Importa lembrar que o art. 242 do CPC enuncia que, em caso de interposi-ção de recursos, o respectivo prazo, bem como o trânsito em julgado, conta-se da data em que os advogados são intimados da decisão, não havendo, de ordi-nário, necessidade de intimação pessoal das partes (salvo em casos de deter-minação expressa do magistrado).

Nota: Havendo sucumbência recíproca – ou seja, tanto o autor quanto o réu não tiveram o total acolhimento de seus pedidos na sentença –, importa lembrar que, no decurso do prazo, é vedada a concessão de carga a uma das partes, uma vez que o prazo é comum. A critério do Juiz, as partes podem celebrar convenção em que estipulem a divisão do prazo.

Após a verifi cação do prazo e não tendo havido a interposição de nenhum recurso, o servidor responsável verifi cará se, de fato, não há qualquer petição para juntar aos autos e, não havendo, deverá apor imediatamente o carimbo ou certifi cação do trânsito em julgado (com data e hora).

Page 71: Manual - Petição na Justiça Estadual Cearense

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

CÓD. MOVIMENTAÇÃO GLOSSÁRIO - CNJ

36300 DECORRIDO PRAZO

Abrange todas as hipóteses de decurso de prazo, exceto aquelas que ensejam o trânsito em julgado. Para este caso, utilizar movimento “trânsito em julgado”.

36121 TRANSITADO EM JULGADO

Deve ser incluída a data do trânsito em julgado, para possibilitar a contagem do prazo para propositura de ação rescisória.

Nota: Caso o Juiz já tenha determinado, no dispositivo da sentença que, não havendo recurso, encaminhar ao arquivo, os autos já deverão ser encaminhados para a rotina de baixa e arquivamento. Em caso de dúvida sobre a necessidade de cumprimento de alguma providência ou pendência antes do arquivamento, poder-se-á fazer conclusão ao julgador que ordenará o cumprimento da eventu-al diligência ou, caso contrário, o próprio arquivamento.

Nota: Nos procedimentos de jurisdição voluntária, como não há interesse recur-sal, deve-se certifi car de logo o trânsito em julgado, salvo quando possa existir intervenção do Ministério Público em sentido contrário, devendo-se aguardar, nesse caso, a respectiva manifestação.

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

A movimentação “DECORRIDO PRAZO” (CÓD. 36300) está disponível no Menu do SPROC > Movimentação de Processos > Movimentação em Função das Partes, sendo possível escolher a parte para qual o prazo decorreu:

3.7.3.4. Do procedimento de Baixa e Arquivamento

O procedimento de baixa e arquivamento do processo somente ocorrerá após a certifi cação do trânsito em julgado e depois de se verifi car o cumprimento de todas as providências comandadas na sentença.

Recomendam-se as seguintes providências para arquivamento dos autos:

• alimentar no SPROC a informação de baixa defi nitiva, a fi m de que o registro processual passe a não mais fi gurar nos relatórios de con-gestionamento processual.

• alimentar no SPROC a informação de arquivamento dos autos com remessa ao arquivo, fazendo referência ao número da caixa em que arquivado o feito;

• certifi car nos autos o arquivamento, com a respectiva data, e fazen-do referência, na própria certidão, ao número da caixa em que arqui-vado o feito. Na certidão de arquivamento e no SPROC, tanto quanto possível, deve-se fazer referência ao número total de páginas do pro-

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

cesso e à quantidade de volumes processuais e, ainda, a eventual existência de apensos e se estes foram arquivados na mesma caixa;

• encaminhar, por ofício, ou outro meio determinado pela Diretoria do Foro, os autos físicos para o Setor de Arquivo, devendo ser arqui-vados em livro próprio, na Secretaria, os ofícios ou o protocolo de encaminhamento dos autos ao arquivo.

Se for o caso, havendo condenação ao pagamento de custas, o Diretor de Secretaria deverá intimar a parte para efetuá-lo no prazo de trinta dias;

Escoado o prazo sem pagamento, o Diretor de Secretaria deverá lançar certidão respectiva e fazer conclusão ao Juiz que poderá determinar a expedi-ção de Certidão para Inscrição na Dívida Ativa Estadual, constando os valores devidos.

A Secretaria de Vara expedirá ofício, assinado pelo Juiz, à autoridade fi scal competente para a inscrição na Dívida Ativa.

Nota: Em casos em que aplicável o duplo grau de jurisdição obrigatório (art. 475 do CPC), o trânsito em julgado não ocorrerá, ainda que nenhuma das partes oponha recurso de apelação e embargos de declaração.

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Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

3.7.4. Dos Recursos

Recurso é o instrumento processual por meio do qual a parte, insatisfeita com o teor da decisão judicial, pode provocar sua mudança, na mesma instância ou em instância superior.

Em primeiro grau de jurisdição, no juízo cível, uma vez prolatada a sentença, as partes podem interpor dois recursos: a) recurso de apelação; e b) recurso de embargos de declaração. Há, ainda, o recurso de agravo retido que é interposto no primeiro grau de jurisdição, contudo, geralmente ataca alguma decisão inter-locutória e implica que o TJCE, em caso de eventual apelação, deva examiná-lo como matéria preliminar.

Atentar para os casos em que aplicável o duplo grau de jurisdição obrigató-rio, previsto no art. 475 do CPC.

Nota: Mesmo na hipótese de Duplo Grau de Jurisdição Obrigatório, o Diretor de Secretaria deve atentar para (in)tempestividade do recurso voluntário, e se as custas incidentes foram devidamente recolhidas (art. 511 do CPC), certifi cando o ocorrido, e renovar a conclusão para apreciação do magistrado.

Um dos fatores que mais entravam e atrasam a prestação jurisdicional é a renitência das partes em cumprir espontaneamente a sentença.

Nota: O novo parágrafo único do art. 14 do CPC, acrescentado pela Lei 10.358/2001, também pode ser um bom “estímulo” ao cumprimento de decisões judiciais pela Fazenda Pública. Agora, o magistrado pode aplicar multa direta-mente ao responsável pelo (des)cumprimento da decisão judicial.

Os recursos que são protocolados no 1° Grau, aparecem no sistema como uma petição de acompanhamento (ENTRADA DE PETIÇÃO DE ACOMPANHA-MENTO), pois somente no 2° Grau são autuados com a classe recursal corres-pondente. Assim, a Vara deve juntar a referida petição, através da movimentação “JUNTADA DE PETIÇÃO DE ACOMPANHAMENTO” (cód. 36115), sendo pos-sível especifi car o documento juntado através da resposta à pergunta “Tipo de Petição de Acompanhamento”:

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Procedimento Ordinário

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3.7.4.1. Dos Embargos de Declaração

O recurso de embargos de declaração deve ser interposto no prazo de cin-co dias, contados da intimação da sentença, sendo direcionado ao próprio juízo que a proferiu, sempre que: I - houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição; II - for omitido ponto sobre o qual devia se pronunciar o Juiz ou tribunal.

Nota: Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das partes.

A petição de embargos deve ser recebida, no protocolo, como petição inter-mediária nos próprios autos, com aposição de carimbo de recebimento com data e hora, devendo-se proceder a imediata conclusão, alimentando-se no SPROC a respectiva movimentação.

Os embargos devem ser decididos pelo Juiz no prazo de cinco dias.

Nota: Havendo possibilidade de que, com o eventual provimento dos embargos, haja substancial modifi cação no teor da sentença, recomenda-se que, antes da decisão dos embargos, o Juiz oportunize à parte embargada prazo de cinco dias para contraminutar referido recurso, em obediência ao princípio constitucional do contraditório.

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Procedimento Ordinário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

Nota: Como medida de desestímulo ao uso gracioso dos declaratórios, apenas para “ganhar tempo”, o Juiz poderá advertir as partes quanto ao parágrafo único do art. 538 do CPC.

3.7.4.2. Da Apelação

A apelação é recurso interposto pela parte que se considera prejudicada com o teor da sentença proferida e se direciona a possibilitar o reexame da ma-téria, pelo Órgão de 2º Grau (p. ex. TJCE, TRF5).

Nota: Nas hipóteses em que seja aplicável o duplo grau de jurisdição obrigatório (art. 475 do CPC), caso não haja a interposição de recurso voluntário (das par-tes), e já tendo o Juiz determinado a remessa dos autos ao Tribunal, após o es-gotamento do prazo para o recurso voluntário, o Diretor de Secretaria já deverá promover o encaminhamento dos autos ao tribunal, com as anotações devidas no SPROC e todas as certifi cações nos autos.

A apelação é interposta, ordinariamente, no prazo de quinze dias – art. 508 do CPC. Recebida a petição de apelação no protocolo, com aposição de ca-rimbo de recebimento com data e hora, recomenda-se a adoção das seguintes rotinas (sempre com alimentação concomitante no SPROC):

• recebida a petição do recurso, juntá-la imediatamente aos autos;

• verifi car se houve recolhimento com exação das custas incidentes, certifi cando a ocorrência nos autos;

• certifi car a tempestividade do oferecimento do recurso;

• encaminhar os autos conclusos ao Juiz para decisão de recebimen-to ou não do recurso;

• se o processamento do recurso for indeferido, o Diretor de Secre-taria deverá promover a intimação da parte recorrente, por meio de seu advogado, expedindo-se o que for necessário;

• se o processamento do recurso for deferido, o Diretor de Secretaria deverá promover a intimação da parte recorrida, por seu advogado, para que apresente as contrarrazões, também no prazo de 15 dias (art. 508 do CPC);

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Procedimento Ordinário

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• decorrido o prazo e apresentada a petição de contrarrazões, o Dire-tor de Secretaria promoverá a sua juntada nos autos e certifi cará sua tempestividade;

Não havendo ao que proceder e já tendo o Juiz determinado a remessa dos autos ao TJCE, o Diretor de Secretaria deverá providenciar o encaminhamento do feito ao Tribunal de Justiça, sem necessidade de nova conclusão, por meio de malote ou pelos Correios (ou ainda conforme o sistema determinado pela Presidência do TJCE).

3.7.4.3. Do Recurso Adesivo

Em caso de sucumbência recíproca, ao recurso interposto por qualquer das partes, poderá aderir a outra parte (art. 500 do CPC). A este fenômeno pro-cessual se dá o nome de recurso adesivo.

Atentar para a normatização do recurso adesivo, observando as mesmas cautelas quanto ao juízo de admissibilidade, ressalvando-se o disposto no artigo do CPC abaixo transcrito:

“[..] Art. 500. Cada parte interporá o recurso, independentemente, no prazo e observadas as exigências legais. Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao re-curso interposto por qualquer deles poderá aderir a outra parte. O recurso adesi-vo fi ca subordinado ao recurso principal e se rege pelas disposições seguintes: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

I - será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso principal, no prazo de que a parte dispõe para responder; (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)

II - será admissível na apelação, nos embargos infringentes, no recur-so extraordinário e no recurso especial; (Redação dada pela Lei nº 8.038, de 25.5.1990)

III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele declarado inadmissível ou deserto. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

Parágrafo único. Ao recurso adesivo se aplicam as mesmas regras do re-curso independente, quanto às condições de admissibilidade, preparo e julga-mento no tribunal superior. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)”.

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Atos do Serventuário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

4. ATOS DO SERVENTUÁRIO

4.1. Autuação

Autuar é organizar os papéis e outros documentos encaminhados pelas partes de forma ordenada, formando um volume sequencial lógico.

A autuação da petição é feita pela Divisão de Protocolo da Comarca, in-clusive em relação às Comarcas de Vara Única, através do Menu do SPROC > Autuação de Processo > Autuar Processo/Petição.

Na tela do SPROC, os campos abaixo mencionados devem ser preenchi-dos da seguinte forma:

a) Tipo de petição: originária (petição inicial) ou intermediária (demais petições);

b) Documento de Origem: petição inicial, carta precatória, inquérito po-licial;

c) Valor da Causa e Data Valor;

d) Local de Origem Quando Unidades do Poder Judiciário: quando se tratar de uma unidade pertencente ao Poder Judiciário do Estado do Ceará, selecioná-la na lupa; caso contrário, preencher o campo “Lo-cal de Origem se Externo ao Poder Judiciário”, apenas digitando o nome da origem;

e) Ação Origem: digitar o nome da ação;

f) Número Origem: número do protocolo;

g) Natureza Processo: selecionar uma das opções (cível, criminal, ad-ministrativo);

h) Ação Infração: selecionar na árvore a ação respectiva e depois mar-car obrigatoriamente a caixa “Ação Principal”; após, clicar no botão “incluir Ação Infração/Classe CNJ”;

i) Preencher os campos referentes ao nome da parte, tipifi cação, ende-reço;

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Atos do Serventuário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

j) Por fi m, clicar no botão “Gravar”.

Nota: Nas Comarcas de Vara Única, antes de clicar no botão “Gravar”, a Divisão de Protocolo da Comarca deve preencher o campo “Número Volumes Processo” e marcar a caixa “Permtir Distribuição”.

Uma vez distribuída eletronicamente, a petição inicial e os documentos que a acompanham serão remetidos, através do Setor de Distribuição, para a Se-cretaria de Vara sorteada, juntamente com o Termo de Distribuição, devendo o servidor responsável pelo seu recebimento, antes de qualquer coisa, efetuar a conferência do(s) documento(s) e assinar termo de entrega do que lhe for apre-sentado, o qual geralmente relaciona diversos feitos através de guias geradas no SPROC, as quais são arquivadas em pasta própria.

Em seguida, esses documentos deverão ser encaminhados ao servidor da Secretaria responsável pela sua autuação, ou seja, pela formação dos autos propriamente ditos, com o capeamento e organização das peças de tal forma que o Termo de Registro e Autuação preferencialmente anteceda a petição ini-cial e esta anteceda os documentos que a instruem (inclusive a procuração), vindo por fi m o documento que comprove recolhimento de custas.

A petição inicial protocolada (na Divisão de Protocolo da Comarca) deverá ser recebida no SPROC pela Vara, através do acesso ao Menu > Protocolo de Processo > Receber Processo/Petição, digitando-se o número do processo/pe-tição ou clicando-se no botão “Exibir Encaminhamento”.

Para cadastrar o representante jurídico, a Vara tem duas opções no SPROC:

1) Tratando-se de Ministério Público, Defensor Público, Procurador, Defensor Dativo, Assistente do Ministério Público, Promotor de Justi-ça, Curador Especial: Menu > Autuação de Processos > Represen-tante Jurídico da Petição:

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Atos do Serventuário

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2) Para os demais representantes: Menu > Autuação de Processos > Representante Jurídico das Partes:

Após o recebimento da petição inicial, a Secretaria da Vara deverá registrá-la e autuá-la, sob o número de distribuição, numerando e rubricando as folhas, contendo cada uma o número do processo.

Todas as folhas do processo devem ser numeradas (insere-se numeração a partir da segunda, fl . 02) e assinadas, como forma de garantir a sua integrida-de, evitando que dele se retirem folhas ou que lhe alterem a ordem. A numeração também facilita a citação de um documento específi co do processo. Ex: a certi-dão de fl .4.

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Atos do Serventuário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

Nota: A numeração deve ser realizada sem rasuras, com caneta e/ou impressa. Na eventual ocorrência de erro, não se pode usar corretivo. Nesse caso, o corre-to é a utilização de carimbo “sem efeito”, devendo ser realizada renumeração, de tudo lavrando-se certidão.

Os autos do processo não excederão 200 folhas em cada volume, salvo de-terminação expressa em contrário. O encerramento e abertura dos volumes se-rão certifi cados em folhas suplementares. Os novos volumes serão numerados de forma bem destacada e a sua formação também será anotada na autuação do primeiro volume (art. 53 do Provimento nº 01/2007 da CGJ).

A capa do processo pode ser impressa através do Menu do SPROC > Re-latórios > Capa de Processo:

A etiqueta e o Termo de Distribuição podem ser impressos através do Menu do SPROC > Relatórios > Etiqueta/Termo de Distribuição:

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Atos do Serventuário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

4.2. Atos Ordinatórios

Segundo o artigo 162, § 4º, do CPC, os atos meramente ordinários são aqueles que devem ser praticados “de ofício pelo servidor e revistos pelo Juiz quando necessários”.

O ato ordinatório, pois, é aquele praticado por qualquer servidor, inclusive pelo Diretor de Secretaria (art. 166 a 171 do CPC e art. 389 do CODOJECE).

No entanto, existem atos ordinatórios que, por sua importância, devem ser praticados exclusivamente pelo Diretor de Secretaria ou seu(s) substituto(s) designado(s) pelo Juiz:

a) Certidão de tempestividade de ato processual;

b) Certidão de decurso de prazo;

c) Certidão de trânsito em julgado;

d) Certidão narrativa;

e) Certidão para fi ns de substituição automática do Juiz (art. 100 CO-DOJECE);

f) Certidão para instruir agravo de instrumento;

g) Certidão de citação da parte em Secretaria ou intimação de seu pa-trono sobre despacho judicial ainda não veiculado no DJ.

h) Abertura de vista a membros do Ministério Público ou da Defensoria Pública ou da Advocacia Pública;

O Diretor de Secretaria poderá assinar os documentos expedidos pela Se-cretaria, com exceção dos seguintes atos, cuja assinatura é privativa do Juiz:

a) carta precatória;

b) alvarás de qualquer natureza;

c) mandados de prisão cível;

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d) ofícios e demais expedientes para órgãos administrativos ou jurisdi-cionais do Poder Judiciário dos Estados ou da União;

e) informações para instruir agravos de instrumento;

f) mandados de desocupação voluntária ou compulsória de imóveis;

g) mandado de busca e apreensão de bens; e

h) qualquer outro ato e/ou expediente de que possa resultar lesão grave e de difícil reparação, a exemplo das medidas coercitivas e das que importem em alienação ou na liberação de garantias, de valores ou de bens.

A Secretaria deverá afi xar em local visível às partes e advogados a relação dos servidores que detêm a atribuição de direção da Secretaria, inclusive subs-titutos, de forma que não haja solução de continuidade em relação ao cargo de Diretor.

Os ofícios dirigidos a outro Juiz, a tribunal ou às demais autoridades consti-tuídas deverão ser redigidos e sempre serão assinados pelo Juiz remetente. Os dirigidos a outras serventias e a pessoas físicas e jurídicas em geral poderão ser assinados pelo Diretor de Secretaria, com a observação de que o ato é praticado de ordem do Juiz.

4.3. Juntada e Desentranhamento de documentos

Juntada é o termo que corresponde à inserção de qualquer documento aos autos do processo. Para isso, o processo deve ser localizado e este evento deve ser devidamente registrado no SPROC.

Para facilitar a localização dos processos físicos na unidade, recomenda-se a utilização do plano cartesiano.

Nota: Em nenhuma hipótese será admitida a afi xação de documentos, expe-dientes ou peças processuais na contracapa dos autos.

A juntada de documento deve ser informada no processo através da movi-mentação “JUNTADA DE DOCUMENTO” (cód. 36295), sendo possível especifi -car o documento juntado através da resposta à pergunta “Tipo de Documento”:

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4.3.1. Juntada de documentos em geral

A juntada deve ser realizada em rigorosa ordem cronológica de apresenta-ção.

Deve-se apor carimbo ou certidão expedida em folha separada, preceden-do o documento juntado, no qual deverá constar a data, o número de folhas do documento, o nome do servidor que procedeu ao ato, tudo de forma legível.

É dispensável o registro da juntada de cópia de expediente produzido pela própria Secretaria, salvo quando nele constar o resultado da diligência de co-municação dos atos processuais. Exemplo: cópia do mandado de citação com a certidão lançada pelo ofi cial de justiça sobre o desfecho da diligência.

Em caso de juntada de documento transmitido via fax, a Secretaria deverá proceder da seguinte forma:

a) em caso de expediente cujo original não será encaminhado, por exemplo, uma carta de ordem enviada unicamente por esse meio, o Diretor de Secretaria deverá determinar a reprodução do documento em fotocópia, a fi m de se evitar o perecimento do papel térmico, e certifi car o ocorrido; ou

b) em caso de expediente cujo original deva ser encaminhado no prazo legal, por exemplo, uma petição, o Diretor de Secretaria deverá pro-mover a juntada nos autos, procedendo ao registro do ato na forma supra descrita, e aguardar o decurso do prazo.

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Na hipótese descrita na letra “b”, se o documento em sua forma original não for protocolizado no prazo legal, o Diretor de Secretaria certifi cará a ocorrência e encaminhará os autos em conclusão ao Juiz para despacho.

Nota: Caso a juntada seja de algum objeto, deverá o Diretor de Secretaria fazer nos autos certidão detalhada do seu estado, lacrá-lo, se possível, em envelope devidamente identifi cado com a sua descrição, o número do processo e nome das partes, bem como o local onde o mesmo permanecerá guardado.

Nota: Em se tratando de documentos recebidos via fac-símile, (Lei nº 9.800/1999), a Secretaria deverá juntar provisoriamente os documentos recebidos nos autos, fotocopiando-os quando for o caso, e aguardar a entrega dos originais que de-verão ser encaminhados no prazo de até 5 (cinco) dias, contados do término do prazo para a prática do ato, após o que devem substituir as cópias juntadas provisoriamente. Caso os originais não tenham sido protocolados no prazo legal, essa circunstância deve ser certifi cada nos autos.

4.3.2. Desentranhamento de documentos dos autos

Quanto ao desentranhamento, observar o disposto nos arts. 51 e 52 do Provimento nº 01/2007 da CGJ, conforme a seguir:

Desentranhada dos autos alguma de suas peças, será certifi cado o fato, renumerando-se as folhas.

As peças desentranhadas dos autos, enquanto não entregues ao interes-sado, serão guardadas em local adequado. Nelas o Diretor de Secretaria certi-fi cará, em lugar visível e sem prejudicar a leitura do seu conteúdo, o número e a natureza do processo de que foram retiradas.

4.4. Apensamento/Desapensamento

O apensamento ocorre quando há necessidade de se reunirem autos inde-pendentes, seja porque guardem alguma relação de dependência ou conexão, seja porque se trata de um incidente processual que deve tramitar em apartado.

O desapensamento é o ato de separar processos outrora apensados. Pro-ceder-se-á ao desapensamento, a critério do Juiz, certifi cando-se o fato e ane-xando cópia da decisão referida nos autos principais.

O apensamento de um processo a outro pode ser feito através do Menu do SPROC > Autuação de Processos > Juntar Autos do Processo:

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Basta preencher o campo relativo ao “Processo Identifi cador da Juntada”, clicar no botão “Pesquisar”, preencher o campo “Processo Juntado” e, após, cli-car no botão “Incluir”. Ao fi nal, clicar no botão “Gravar” para concluir a operação.

Para desapensar algum processo anteriormente apensado, basta acessar no Menu do SPROC > Atuação de Processos > Juntar Autos. Ao inserir o núme-ro do “Processo Identifi cador da Juntada” e clicar no botão “Pesquisar”, o pro-cesso a ele já juntado será exibido, sendo necessário desmarcar a caixa “Enviar” ao lado do número e ao fi nal clicar no botão “Gravar”:

4.5. Vista e Carga de autos

4.5.1. Considerações Gerais

A vista dos autos é prerrogativa pela qual a parte, por seu advogado, o Mi-nistério Público e os demais atores envolvidos no processo têm a oportunidade de se manifestar nos autos, podendo retirá-los da Secretaria com carga, deven-do este evento ser rigorosamente formalizado através de certidão nos autos e da informação alimentada no SPROC.

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Atos do Serventuário

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

O correto registro da carga/vista evita o deslocamento do processo e deve ser feito em todos os casos.

Recomenda-se não adotar a prática de colocar em estantes ou escaninhos processos com “vista” para o membro do Ministério Público ou da Defensoria Pública sem que a carga seja registrada no sistema processual, com a informa-ção de data do início da vista (marco para início do prazo quando for o caso) e de data prevista para devolução dos autos à Secretaria, a critério do juízo, para efetivo controle de devolução dos autos.

Quando se tratar de mera ciência desses entes a atos processuais, ou de casos em que a vista não importar em carga, como a intimação para compareci-mento a audiências, a Secretaria deve registrá-la e datá-la por meio de certidão específi ca.

O registro da carga é feito através do lançamento da movimentação de car-ga, no Menu do SPROC > Movimentação de Processos > Movimentação Indivi-dual:

É de fundamental importância responder às perguntas associadas à movi-mentação de carga, principalmente no que diz respeito ao prazo inicial e fi nal da carga, o que possibilita a alimentação do relatório de carga extrapolada:

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Além da movimentação, a carga deve ser registrada no processo através da juntada do termo de carga gerado no SPROC (Menu > Relatórios > Carga > Fazer Carga) e de carimbo nos autos, em que deve constar a data inicial e fi nal, o número de folhas do processo, o nome do servidor que procedeu ao ato, tudo de forma legível.

O Relatório de Carga Extrapolada permite que a Vara controle seus proces-sos com carga que já ultrapassaram a data de devolução lançada no SPROC. O acesso se dá através do Menu do SPROC > Relatórios > Consulta Processos com Carga Extrapolada:

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Atos do Serventuário

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A devolução da carga também deve ser registrada no processo, através da movimentação “Recebidos os Autos” (cód. 36120), bem como do preenchimento das respostas às perguntas “De quem” e “Proveniente de”:

Além disso, através do Menu do SPROC > Relatórios > Carga > Devolução de Carga, o servidor responsável pelo recebimento do processo, após conferir a integridade dos autos, pode emitir o recibo de devolução gerado pelo SPROC.

A carga somente poderá ser deferida nos seguintes casos:

a) com a possibilidade de retirada dos autos da Secretaria, somente para os advogados devidamente constituídos e se a fase processual não for incompatível (audiência designada, autos conclusos, aguar-dando juntada de mandado etc.), salvo na hipótese de autorização prévia do Juiz;

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Nota: No caso de prazo comum, a retirada dos autos pelos advogados constitu-ídos nos autos depende de prévio ajuste por petição, ressalvada a possibilidade de obtenção de cópias para a qual cada procurador poderá retirá-los pelo prazo de 01 (uma) hora independentemente de ajuste (art. 40 e § 2º do CPC - carga rápida).

b) ao Ministério Público ou Defensor Público ofi ciante no feito;

c) ao perito designado nos autos, mediante autorização do Juiz;

Não é permitida a retirada de autos de processo da Secretaria por pessoa estranha à relação processual ou advogado não constituído, ainda que o feito não tramite em segredo de justiça, salvo se, em caso de advogado, houver peti-ção deferida pelo Juiz (Lei nº 8906/94, art. 7°, XVI).

Nota: Qualquer pessoa, advogado constituído ou não, poderá ter acesso aos autos, em Secretaria, caso o processo não tramite em segredo de justiça, ve-dando-se, no entanto, sua retirada mediante carga (art. 155 do CPC).

Também pode retirar os autos da Secretaria, mediante carga, o estagiário de direito, inscrito na OAB e regularmente constituído por meio de instrumento de mandato com poderes específi cos, juntamente com advogado, ou portando autorização do advogado previamente habilitado.

Antes de realizar a carga, o servidor deve adotar as seguintes providências:

a) verifi car se a fase processual é compatível com a carga pretendida;

b) conferir se o solicitante da carga é advogado constituído nos autos ou estagiário devidamente autorizado, ou se é Promotor de Justiça ou Defensor Público ofi ciante no feito, ou, ainda, se é perito designa-do e com vista autorizada pelo Juiz;

c) caso se pretenda a retirada dos autos da Secretaria, proceder-se-á ao registro no sistema SPROC, devendo a Secretaria guardar em pasta própria o comprovante de entrega dos autos, devidamente as-sinado pelo advogado, substituindo-se o livro de carga;

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Nota: Qualquer advogado, mediante petição deferida pelo Juiz, poderá retirar os autos de processos fi ndos, mesmo sem procuração, pelo prazo de 10 (dez) dias (Lei Federal nº 8.906/94 (EOAB), art. 7°, XVI).

d) conferir a regularidade dos autos, bem como sua numeração;

e) expedir certidão ou apor carimbo nos próprios autos após sua retira-da, fazendo constar o número de páginas, data, bem como o nome daquele que os retirou.

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4.5.2. Cobrança de autos

O Provimento nº 01/2007 da CGJ, em seus arts. 97 e seguintes, abaixo refe-ridos, estipula o procedimento para restituição de autos com carga extrapolada.

Além disso, desde que fi elmente lançados os eventos da carga, o sistema SPROC emite relatório para controle de processos com carga extrapolada.

O Diretor de Secretaria deve manter controle sobre o cumprimento do pra-zo de cargas de autos dos advogados, sendo recomendável regular cobrança mensal mediante intimação pelo Diário da Justiça Eletônico ou pessoalmente, a proceder devolução em 24 (vinte e quatro) horas, sob as penas do art. 196 do CPC.

No caso de não atendimento neste prazo, o Diretor de Secretaria certifi cará a ocorrência, levando-a ao conhecimento do Juiz, para as providências contidas no art. 196 do CPC.

Ao receber petição de cobrança de autos, a Secretaria de Vara nela certifi -cará não poder efetuar a juntada por indevida retenção dos mesmos, providen-ciando a intimação determinada no artigo anterior.

No caso de não devolução dos autos, o Diretor de Secretaria levará ao co-nhecimento do Juiz.

A seguir o Juiz determinará a expedição de “mandado de exibição e entre-ga dos autos”, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de caracterizar o crime de sonegação de autos.

O Juiz determinará, ainda, que: no retorno dos autos, certifi que o Diretor de Secretaria que o advogado perdeu o direito de vista dos autos, em questão, fora do cartório; a remessa de peças ao Ministério Público para oferecimento de denúncia contra o advogado pelo crime de sonegação de autos, conforme art. 356, do CP.

Na devolução de autos, o Diretor de Secretaria depois de seu minucioso exame, certifi cará a data e o nome de quem os retirou e devolveu. Diante da constatação ou suspeita de alguma irregularidade, o fato será pormenorizada-mente certifi cado, fazendo-se conclusão imediata.

Aplicam-se, no que couber, as normas desta seção aos autos com carga aos órgãos do Ministério Público, da Defensoria Pública e Representantes da Fazenda Pública.

4.6. Movimentação de Processos

A movimentação de processos no sistema de acompanhamento processu-al é algo extremamente importante, haja vista que acontecimentos que se de-

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Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

sencadeiam no processo devem ser refl etidos no sistema para que seja possível a extração correta e confi ável de dados. A desatualização da movimentação pro-cessual ou mesmo a má alimentação do sistema causa grandes prejuízos por impossibilitar a extração de dados que refl itam, verdadeiramente, a realidade das Varas e do Tribunal como um todo.

No SPROC, há uma ferramenta processual que auxilia muito a gestão da atualização das movimentações processuais chamada Relatório Gerencial de Processos (Menu > Relatórios > Relatório Gerencial de Processos):

Através dessa ferramenta é possível visualizar, por fase ou por ação, todos os feitos distribuídos para a unidade e que ainda não estão extintos. É possível, ainda, identifi car há quanto tempo o processo está tramitando e há quanto tem-po está parado numa mesma fase, sem movimentação, o que facilita o trabalho de atualização.

O manual sobre como utilizar a ferramenta encontra-se disponível em link situado na primeira página do relatório. Vale ressaltar que referido relatório não deve ser confundido com estatística, justamente por ser, como dito, uma ferra-menta de gestão. Prova disso é que, um processo encaminhado ao TJ/CE em grau de recurso, por exemplo, permanecerá no Relatório Gerencial da unidade do 1º grau, por não ter sido extinto. Este processo pode retornar ao 1º grau ou para execução, ou para reforma da sentença, ou para diligência, ou mesmo para que seja proferido novo julgamento, no caso de anulação, motivos pelos quais não sairá do relatório.

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4.6.1. Como movimentar os processos no SPROC

As movimentações podem ser feitas individualmente ou em lote.

1) Movimentação Individual:Caso o usuário deseje movimentar um único processo, deve proceder da

seguinte forma:Após acessar o sistema SPROC, através de login e senha, no Menu, deve

escolher a opção Movimentação de Processos e, após, Movimentação Individu-al de Processos.

Em seguida, deve ser preenchido o número do processo a ser movimenta-do. A fase pode ser escolhida de três formas:

a) digitando-se o código correspondente à movimentação no campo “Fase” e clicando-se no ícone da lupa, o nome da fase é preenchido ao lado do código:

b) clicando-se diretamente no ícone da lupa, todas as fases disponíveis são exibidas para que o usuário escolha a fase desejada, através da seta que fi ca do lado do nome da fase:

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c) é possível, ainda, escolher a fase através de uma palavra ou expres-são que a caracterize. Por exemplo, se a fase desejada é um tipo de suspensão do processo, pode-se digitar a expressão “susp” e clicar no ícone da lupa para que todas as fases com essa expressão sejam exibidas, devendo o usuário escolher a fase adequada através da seta ao lado do nome da fase:

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Escolhida a fase, basta clicar no botão “Gravar” para que a movimentação do processo seja concluída.

Os campos “Data Despacho”, “Juiz do Despacho” e “Observação”, apesar de serem facultativos, podem ser preenchidos para uma movimentação mais completa do processo. Lembrando que algumas fases exigem campos obriga-tórios nas perguntas que devem necessariamente ser respondidos para que a movimentação seja concluída.

2) Movimentação em Lote:

Caso o usuário deseje movimentar mais de um processo com a mesma fase, deve proceder da seguinte forma:

Após acessar o sistema SPROC, através de login e senha, no Menu, deve escolher a opção Movimentação de Processos e, após, Movimentação em Lote:

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Na tela de Movimentação em Lote, o usuário deve escolher a fase que irá movimentar todos os processos que se encontram na mesma situação, através de uma das três formas descritas anteriormente. Após, deve preencher o núme-ro do processo no campo “Número do Processo/Petição” e clicar em “Incluir na Lista”, fazendo esse procedimento para quantos processos queira movimentar com a mesma fase:

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Depois de incluir na lista todos os processos a serem movimentados, o usu-ário deve clicar no botão “Gravar” para que a movimentação seja concluída.

É possível reaproveitar a digitação do número dos processos listados para serem movimentados em outra fase, sem que seja necessário digitar o número novamente. Veja como:

1. Digite os processos normalmente incluindo-os na lista;

2. Clique no botão “Gravar Digitação”;

3. Clique no botão “Gravar”, confi rmando a movimentação atual;

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4. Retorne à tela de movimentação para incluir uma nova fase para os processos;

5. Clique no botão “Recuperar Digitação”, dessa forma todos os pro-cessos digitados na movimentação anterior aparecerão na lista para receber uma nova fase.

Nota: Não esquecer que as movimentações de julgamento estão disponíveis em uma tela específi ca: Menu > Julgamento > Julgamento 1º Grau.

4.6.2. Como fazer ajuste da movimentação

O ajuste da movimentação é feito através do Menu do SPROC > Movimen-tação de Processos > Ajuste da Movimentação:

Na nova tela, o usuário deve clicar no botão “Consultar”:

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Em seguida, preenche-se o número do processo e clica-se no botão “Pes-quisar”:

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Serão exibidas todas as movimentações do processo, devendo o usuário escolher a que deseja ajustar. A tela de movimentação será exibida, sendo pos-sível excluir a movimentação, clicando-se no botão “Excluir”, ou alterar o campo fase, ou o campo “Data Despacho” e “Data Expediente”, ou mesmo preencher o campo observação. Ao fi nal da alteração/exclusão, clicar no botão “Gravar”.

Nota: Algumas movimentações, em razão de confi gurações do sistema, não po-dem ser excluídas ou alteradas.

4.6.3. Como movimentar o DECLÍNIO DE COMPETÊNCIA

Se o declínio de competência for para alguma unidade do TJ/CE que utilize o sistema SPROC, o processo deve ser movimentado da seguinte forma:

- “Declarada Incompetência” (cód. 36137);- Após, com a fase “Processo Apto a ser Redistribuído” (cód. 36108); - Por fi m, é preciso encaminhar o processo para a unidade de destino ou

para a Divisão de Protocolo da Comarca (quando houver a possibilidade de mais de uma unidade de destino).

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Na nova tela, deve-se selecionar a Unidade Judiciária de Destino, preen-cher o campo “Número do Processo/Petição”, clicar no botão “Incluir na Lista” e, ao fi nal, clicar no botão “Gravar”.

Nota: A redistribuição só será concluída, retirando o processo da unidade re-metente e alterando o órgão julgador, quando a unidade de destino receber o processo. Por isso, é importante que a Vara verifi que se houve esse recebimento e se o processo realmente saiu de sua competência.

Se o declínio de competência for para uma unidade não pertencente ao TJCE (Ex: Justiça Federal, Justiça Trabalhista, TJ de outros estados), o processo deve ser movimentado com as seguintes fases:

• “Declarada Incompetência” (cód. 36137);

• Após, com a fase “Remessa dos Autos” (cód. 36289), preenchendo-se a Resposta do campo “Destino”;

• Encaminhar o processo, Menu > Encaminhar Processo/Petição, se-lecionando a opção “Local Externo de Destino”, marcando a caixa “Identifi cador Sem Retorno”.

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• Por fi m, movimentar com a fase “Baixa Defi nitiva” (cód. 36283).

4.6.4. Como movimentar o processo quando há interposição de RECURSO

O recurso interposto no 1º Grau aparece como “entrada de petição de acompanhamento”, a qual deve ser juntada, através da movimentação “Juntada de Petição de Acompanhamento” (cód. 36115). Após, deve ser preenchido o campo “Resposta” da pergunta “Tipo de Petição de Acompanhamento”:

No caso de interposição de RECURSO DE APELAÇÃO, a movimentação a ser lançada é “Remessa de Apelação ao TJ” (cód. 36358)

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Das Comunicações dos Atos

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5. DAS COMUNICAÇÕES DOS ATOS (citação e intimação)

5.1. Considerações Gerais

O Provimento nº 01/2007 da CGJ traz as seguintes normas sobre intimação e citação:

No processo civil as citações e intimações serão sempre feitas pelo correio, salvo nos casos taxativamente enumerados no art. 222 do CPC, quando serão feitas pelo Ofi cial de Justiça, o mesmo ocorrendo quando frustrada a citação pelo correio.

Os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público serão intimados pessoalmente com observância dos prazos legais.

A pessoa jurídica de direito público deverá ser intimada pessoalmente. A intimação poderá ser feita mediante a remessa dos autos ao representante judi-cial da Fazenda Pública, consoante dispõe o parágrafo único, do art. 25, da Lei nº 6.830/80. Nas intimações do Estado do Ceará, em qualquer processo em tra-mitação nas comarcas do interior do Estado, os autos deverão ser remetidos por SEDEX à Procuradoria Geral do Estado, valendo a data do recebimento como termo inicial do prazo e a data da postagem de retorno, como o dia da devolução.

Expedida a citação ou intimação, deve ser lançada no processo a movi-mentação “EXPEDIÇÃO DE DOCUMENTO” (cód. 36288), selecionando-se o tipo de documento:

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Das Comunicações dos Atos

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5.2. Classifi cação das Comunicações dos Atos

5.2.1. Pelo Diário da Justiça Eletrônico

O Diário da Justiça Eletrônico é o veículo que serve de comunicação ofi cial para publicação de atos processuais e administrativos do Poder Judiciário do Estado do Ceará.

A publicação no Diário da Justiça é a principal ferramenta para intimação de advogados e partes, devendo seu uso ser incentivado para economia de atos processuais.

A rotina segue as normas do Provimento nº 01/2007 da CGJ:O sistema de intimação pelo Diário da Justiça não exclui outras formas pre-

vistas em lei, que poderão ser utilizadas segundo as peculiaridades do caso concreto.

O Juiz providenciará para que, nos processos tramitantes sob segredo de justiça, as eventuais intimações pelo Diário da Justiça não o viole, indicando a natureza da ação, número dos autos e apenas as iniciais das partes, mas com o nome completo do advogado.

As intimações a serem efetuadas pelo Diário da Justiça serão encaminha-das, em relações próprias e pela rede de acesso ao sistema informatizado do tribunal, pelos Diretores de Secretaria das Varas, obedecidos os parâmetros preestabelecidos de paginação, tamanho do texto etc., no prazo de 02 (dois) dias úteis, contado do recebimento dos autos que necessariamente conterão:

I – a natureza do processo, o número dos autos, o nome das partes;

II – a natureza daquilo que, de forma precisa, deva ser dado conheci mento aos advogados das partes;

III – os nomes dos advogados das partes, com o respectivo número de inscrição na OAB. No caso de existir mais de um advogado de cada parte, será mencionado somente o nome daquele que em primeiro lugar tenha subscrito a petição inicial, ou a contestação, ou a primei-ra intervenção nos autos, salvo manifestação expressa do advoga-do, apreciada pelo Juiz. Se os litisconsortes tiverem procuradores diferentes fi gurará o nome do advogado de cada um deles.

Se houver mais de uma pessoa no pólo ativo ou no pólo passivo, será men-cionado o nome da primeira, acrescido da expressão “e outros(s)”. Da publica-ção somente constará o nome do advogado da parte a que tenha pertinência a intimação.

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As decisões e sentenças serão publicadas somente na sua parte disposi-tiva, suprimindo-se relatório, fundamentação, data, nome do prolator e expres-sões dispensáveis. As homologações e a simples extinção do processo dispen-sam sua integral transcrição, devendo fazer-se, tão somente, concisa menção do fato.

Feita a publicação, o Diretor de Secretaria deverá conferi-la e, em seguida, lançar a correspondente certidão nos autos, mencionando o número do jornal, a data e o número da página.

Havendo erro ou omissão de elemento indispensável na publicação efetua-da, outra será feita, independentemente de despacho judicial ou de reclamação da parte. Nesse caso, o Diretor de Secretaria juntará aos autos o recorte de uma e outra publicação.

Nota: Com o advento do Diário da Justiça Eletrônico, a contagem do prazo pro-cessual passa a ter novos marcos para o início do prazo: considera-se como data da publicação o dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça (art. 4º, § 3º da Lei 11.419/2006).

Movimentações Aplicáveis

CÓD. MOVIMENTAÇÃO36412 DESPACHO/DECISÃO DISPONIBILIZADO NO

DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO36408 DESPACHO/DECISÃO ENVIADO PARA DISPO-

NIBILIZAÇÃO NO DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔ-NICO

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5.2.2. Por comparecimento pessoal da parte

5.2.2.1. Citação/Intimação por Termo

Na hipótese de comparecimento espontâneo da parte (art. 238 do CPC), somente o Diretor de Secretaria poderá efetivar a citação/intimação, identifi can-do-a mediante documento idôneo, colhendo sua assinatura nos autos, entregan-do-lhe a contrafé no caso de citação ou discriminando o lugar, a data e o horário, no caso de intimação.

Tal ocorrência deve ser certifi cada nos autos, inclusive se houver recusa da parte, explicitando em todo caso as advertências próprias da citação.

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Das Comunicações dos Atos

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5.2.2.2. Emissão de certidões e entrega de documentos às par-tes

Mediante requerimento, a Secretaria deve entregar à parte ou seu repre-sentante documento de que necessite para prática de outros atos, em especial certidões informativas sobre o processo, aplicando custas, se for o caso, confor-me tabela afi xada em local visível.

O Provimento nº 01/2007 da CGJ, em seus arts. 79 e seguintes, é esclare-cedor a este respeito:

No recinto da serventia, em lugar visível e de modo legível, será afi xado um quadro contendo a tabela vigente das custas dos respectivos atos, bem como um aviso de que o prazo máximo para a expedição de certidão é de 24 (vinte e quatro) horas.

A serventia fornecerá ao interessado um protocolo, contendo a sua data e previsão da respectiva entrega.

Conforme o pedido do interessado e ressalvadas situações especiais, a certidão será lavrada em inteiro teor ou por resumo, sempre devendo ser auten-ticada pelo Diretor de Secretaria ou seu substituto legal.

Nos casos de processos fi ndos, os autos do processo podem ser remetidos para o arquivo, desde que os alvarás e outros documentos que devam ser entre-gues às partes sejam guardados em pastas próprias, devidamente registrados no SPROC, evitando-se que o processo fi que durante muito tempo aguardando comparecimento da parte.

5.2.3. Por Carta

Expedir-se-á carta postal com aviso de recebimento quando o ato proces-sual a ser comunicado for dirigido às partes ou a seus representantes.

O Diretor de Secretaria subscreverá, de ordem, as cartas que veiculem ci-tações e intimações, mas não poderá subscrever as cartas precatórias ou roga-tórias.

Não poderão ser veiculadas pela via postal as comunicações nas seguintes hipóteses (art. 222 do CPC): a) nas ações de Estado; b) quando for ré pessoa incapaz; c) quando for ré pessoa de direito público; d) nos processos de exe-cução; e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; e f) quando o autor a requerer de outra forma.

A Secretaria deve verifi car se o expediente elaborado contém o último e

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Das Comunicações dos Atos

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

completo endereço da parte, sua qualifi cação, a fi m de se evitarem diligências inúteis, bem como selar e postar conforme procedimento padrão pelos Correios.

No caso de carta de citação, deverá haver expressa menção à advertência do art. 285 do CPC “não sendo contestada a ação, se presumirão aceitos pelo réu, como verdadeiros, os fatos articulados pelo autor”, comunicando, ainda, o prazo para resposta, o juízo, a Secretaria respectiva e o endereço, conforme previsto no art. 223 do CPC.

O Aviso de Recebimento devolvido pelo correio deverá ser juntado aos au-tos imediatamente após o seu retorno, com a certifi cação criteriosa da data da juntada, posto que esta marca o início do prazo para a parte.

Toda expedição ou juntada de documento deve ser atualizada no sistema SPROC.

Movimentação EXPEDIÇÃO DE DOCUMENTO:

Movimentação JUNTADA DE DOCUMENTO:

5.2.4. Por Ofi cial de Justiça

Será feita por ofi cial de justiça a citação quando o autor assim a requerer, quando restar frustrada a citação pelo Correio, nas ações de Estado, quando for ré pessoa incapaz, quando for ré pessoa de direito público, nos processos de execução, quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência (art. 224 do CPC).

Deverá constar no mandado de citação ou intimação, conforme o caso (art. 225 do CPC): os nomes do autor e do réu, bem como os respectivos domicílios ou residências; o fi m da citação, com todas as especifi cações constantes da pe-tição inicial, bem como a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte,

Pergunta(s) Resposta(s)

Tipo de DocumentoCarta de Citação

Carta de Intimação

Pergunta(s) Resposta(s)

Tipo de Documento

2ª Via Carta de Citação

2ª Via Carta de Intimação

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do CPC, se o litígio versar sobre direitos disponíveis; a cominação, se houver; o dia, hora e lugar do comparecimento; a cópia do despacho; o prazo para a defe-sa; e a assinatura do Juiz ou do Diretor de Secretaria, de ordem.

O ofi cial de justiça, mediante certidão, deverá informar se o réu recebeu ou recusou a contrafé e se apôs ou não o seu ciente.

Nas Comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma região metropolitana, o art. 230 do CPC autoriza que o ofi cial de justiça efetue a diligência em qualquer delas.

Quanto à intimação por mandado, aplica-se, no que for pertinente, o dis-posto em relação ao mandado de citação.

Quando, por três vezes, o ofi cial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência, em dias e horários alternados, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família, ou em sua falta, qualquer vizinho, de que, no dia imediato, voltará a fi m de efetuar a citação, na hora que designar (art. 227 do CPC). Independentemente de novo despa-cho, no dia e hora designados, o ofi cial de justiça comparecerá ao domicílio ou residência do citando para realizar a diligência e, se este não estiver presente, procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando tenha se ocultado em outra comarca. O ofi cial de justiça certifi cará tal ocorrência e deixará contrafé com pessoa da família ou com qualquer vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.

Feita por hora certa a citação e/ou intimação, o Diretor de Secretaria en-viará ao réu carta ou telegrama, dando-lhe de tudo ciência (art. 229 do CPC), devendo juntar aos autos a cópia dessa carta.

O prazo começa a correr da data da juntada aos autos do mandado devida-mente cumprido (art. 241, II do CPC).

Caso o requerido não compareça, deverá o Diretor de Secretaria ou seu substituto certifi car a ocorrência e remeter os autos à Defensoria Pública para a nomeação de curador especial (art. 9°, II do CPC).

Havendo Central de Mandados, o mandado deve ser para ela encaminha-do, devendo ser aplicadas as normas que lhe forem próprias.

Quando uma das partes não for encontrada, o Diretor de Secretaria intima-rá a parte contrária para se manifestar, por meio de despacho ordinatório, em 05 (cinco dias).

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Das Comunicações dos Atos

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

5.2.5. Por Edital

Tanto a citação quanto a intimação podem ser feitas pela via editalícia.A citação por edital será feita quando desconhecido ou incerto o réu, quan-

do ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando e nos casos expressos em lei (art. 231 do CPC).

Uma cópia do edital deverá ser juntada aos autos. Publicado o edital e de-corrido o prazo legal sem manifestação da parte requerida, o Diretor de Secre-taria deverá certifi car a ocorrência e fazer a remessa dos autos à Defensoria Pública, por meio de ato ordinatório, para fi ns da curadoria especial prevista no art. 9º, II, do CPC ou, onde não houver Defensoria Pública instalada, para o Juiz designar advogado que funcionará como curador especial.

O edital deverá conter (art. 232 do CPC): o nome do autor e do réu, bem como os respectivos domicílios ou residências, quando for o caso; a fi nalida-de da citação, com todas as especifi cações constantes da petição inicial, bem como a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, CPC, se o litígio versar sobre direitos disponíveis; o dia, hora e lugar do comparecimento (se for o caso); o prazo para defesa e a assinatura do Diretor de Secretaria e a declaração de que o subscreve por ordem do Juiz.

A publicação do edital deverá ser no prazo máximo de 15 (quinze) dias, uma vez no órgão ofi cial e pelo menos duas vezes em jornal local de grande circulação, onde houver (art. 232, III, do CPC), sendo a publicação neste dispen-sável quando o autor for benefi ciário de assistência judiciária gratuita. O prazo do edital variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, conforme determinação judicial, correndo da data da primeira publicação.

Pergunta(s) Resposta(s)

Tipo de Documento

Mandado de Citação

Mandado de Intimação

Mandado de Notifi cação

Pergunta(s) Resposta(s)

Tipo de DocumentoMandado

Intimação

Movimentação EXPEDIÇÃO DE DOCUMENTO (cód. 36288):

Movimentação JUNTADA DE DOCUMENTO (cód. 36095):

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Das Comunicações dos Atos

Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

Pergunta(s) Resposta(s)

Tipo de Documento Edital

O Diretor de Secretaria deve verifi car se houve o pagamento das custas relativas à comunicação do ato, quer seja por meio de custas iniciais ou por in-termediárias, e certifi car nos autos.

Movimentação EXPEDIÇÃO DE DOCUMENTO (cód. 36288):

Movimentação JUNTADA DE DOCUMENTO (cód. 36095):

Pergunta(s) Resposta(s)

Tipo de Documento Edital

5.2.6. Por Carta Precatória/De Ordem/Rogatória

O Provimento nº 01/2007 da Corregedoria Geral de Justiça, em seus arts. 62 e seguintes, estabelece que:

A carta precatória será remetida com a cópia da inicial e/ou peças necessá-rias, bem assim endereços das partes, dos advogados e até mesmo telefones, reservando-se espaço para o despacho do Juiz deprecado, além de informação se a ordem deprecada é abrangida pela gratuidade judiciária.

No âmbito do Estado do Ceará, a carta precatória só será expedida após o cálculo das custas e porte de retorno, quando for o caso, e sua remessa ao juízo deprecado fi ca condicionada ao depósito do valor correspondente, a ser também encaminhado (art. 65 do Provimento nº 01/2007 da CGJ).

A carta precatória recebida servirá de mandado para cumprimento, quando por si só, atender à sua fi nalidade, e, ao Juiz deprecante, compete a juntada tão somente dos documentos essenciais.

Salvo determinação judicial em contrário, as cartas precatórias terão 30

CÓD. MOVIMENTAÇÃO

36413 EDITAL DISPONIBILIZADO NO DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO

36409 EDITAL ENVIADO PARA DISPONIBILIZAÇÃO NO DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO

36419 EDITAL REDISPONIBILIZADO NO DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO

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Das Comunicações dos Atos

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CÓD. MOVIMENTAÇÃO GLOSSÁRIO - CNJ

36363 DEVOLUÇÃO DE CARTA DE ORDEM OU PRECATÓRIA

Indica o movimento de devolução da Carta de Ordem ao Tribunal ou da Carta Precatória ao juízo deprecante

Pergunta(s) Resposta(s)

DestinoAo Juízo Deprecante

Ao Juízo Deprecado

(trinta) dias para cumprimento, após o que deverão ser devolvidas pelo juízo deprecado, que deverão registrar tal fato no SPROC (ilustrar com as movimen-tações específi cas).

A carta precatória, após a sua devolução pelo juízo deprecado, será junta-da, tão somente quanto aos seus documentos essenciais, nos autos da ação em tramitação no juízo deprecante (art. 62 do Provimento nº 01/2007 da CGJ).

A carta precatória possui caráter itinerante. Mesmo depois de confecciona-da e dirigida a determinado juízo poderá ser apresentada em juízo diverso a fi m de se praticar o ato. Trata-se de medida que busca garantir a efi cácia do meio de comunicação.

Além da carta precatória, existem outros dois tipos: cartas de ordem e car-tas rogatórias.

A carta de ordem serve para cumprir ato processual emanado pelo TJCE, no âmbito do juízo a este subordinado.

A carta rogatória serve para cumprir ato processual perante autoridade judi-ciária estrangeira. No juízo deprecante, deferida a expedição da carta rogatória, a parte interessada depositará o valor correspondente ao porte de remessa e re-torno ao Ministério da Justiça, responsabilizando-se pelas despesas ulteriores.

O cumprimento de carta rogatória no Brasil depende de autorização ema-nada do Superior Tribunal de Justiça, nos termos do art. 211 do CPC, obedecen-do-se o disposto no respectivo Regimento Interno.

Pergunta(s) Resposta(s)

Tipo de DocumentoCarta de Ordem

Carta Precatória

Movimentação REMESSA DOS AUTOS (cód. 36288):

Movimentação EXPEDIÇÃO DE DOCUMENTO (cód. 36288):

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Das Comunicações dos Atos

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Anexos

6.1. Fluxo da Gestão de Processos de Trabalho do Poder Judi-ciário do Estado do Ceará

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Anexos

6.1. Fluxo do Procedimento Cível Comum Ordinário

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Anexos

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Anexos

6.2 Principais Expedientes

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Anexos

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Anexos

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Anexos

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Anexos

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Anexos

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Anexos

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Anexos

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Anexos

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Anexos

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Anexos

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Anexos

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Anexos

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Anexos

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Anexos

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Anexos

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Convite ao Servidor

6.4 Convite ao ServidorPor Clara Leonor Távora Teixeira

O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, através de sua equipe técnica, tem percebido a importância da adoção de práticas que venham melhor atender as suas demandas internas e externas. A busca pela excelência de gestão que assegure uma prestação jurisdicional célere e efetiva exige uma mudança na sua gerência estratégica, nas técnicas de trabalho com rotinas otimizadas e na busca de soluções criativas que resultem em respostas rápidas e positivas para a sociedade. Tais iniciativas, para o alcance dos objetivos e metas propostas, depen-dem do comprometimento e do envolvimento de seus gestores e servidores em geral, desde a mais simples tarefa à execução da mais complexa decisão. Os valores, vistos como crenças, princípios e compromissos, orientam as ações de uma gestão comprometida com a efi ciência na realização do serviço público, do qual somos ao mesmo tempo prestadores e usuários. Nesta altura da nossa conversa, você deve estar se perguntando o que um Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário tem a ver com o que estamos a tratar. Veremos que, ao longo deste nosso diálogo - de servidor para servidor -, discorreremos, embora de forma descontraída e despretensiosa, acerca de atendimento, relações interpessoais, programa 5s, princípios consti-tucionais, plano estratégico 2010 – 2014 do TJCE, compromisso e importância da postura ética do servidor público, dentre outros aspectos. Para que isso aconteça da melhor forma possível, é preciso que tenhamos claras as nossas aspirações e desejos e, assim, possamos defi nir as nossas es-colhas e, em função delas, buscar parâmetros para tomar as nossas decisões. Com isso, ratifi camos a importância de que os valores nos quais acreditamos, defendemos e colocamos em prática, estejam em sintonia com o verdadeiro sentido da missão, visão e valores da organização para a qual optamos traba-lhar, quais sejam:

Missão: “Prover Justiça em busca da harmonia social”.

Visão: “Ser reconhecido pela sociedade como modelo de instituição moderna, ética e que assegure o direito e a cidadania”.

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Convite ao Servidor

Valores

• Celeridade • Efetividade • Acessibilidade • Transparência • Responsabilidade social e ambiental • Imparcialidade • Coerência

A forma como desenvolvemos as nossas atividades determina o marco di-ferencial entre nós e as outras pessoas. Portanto, o ideal é que exerçamos algo que tenhamos afi nidade. Quando nos identifi camos com determinado ofício, o esforço é simplifi cado, a disposição para o aperfeiçoamento é maior, o prazer e a alegria geram oportunidades de crescimento interior e, consequentemente, a autorrealização, a motivação, o comprometimento e tudo mais de bom! Todos esses fatores são importantes para obtenção de sucesso profi ssional e somos nós os maiores responsáveis por esta conquista diária.

Assim sendo, é fundamental que saibamos exatamente o que queremos. Não importa a atividade que abraçamos. É necessário, sim, que a dedicação e o constante aperfeiçamento perpassem cada etapa de nossas vidas. Lembremo-nos de que nós somos os maiores responsáveis pelo nosso su-cesso. Se estivermos certos daquilo que queremos, será bem mais fácil realizar sonhos. O caminho pode até apresentar algumas difi culdades, mas estejamos convictos de que, muitas vezes, são esses obstáculos e desafi os que nos impul-sionam a desbravar novos caminhos ou a permanecer onde estamos por termos realizado a nossa opção preferencial, no caso, pelo serviço público.

ATENDIMENTO AO PÚBLICO COM QUALIDADE

A qualidade no atendimento ocorre quando os profi ssionais de uma orga-nização trabalham de forma integrada e sistêmica, visando o mesmo objetivo: a satisfação plena do público ao qual prestam serviço.

É importante que tenhamos conciência de nossas responsabilidades, pos-sibilidades e limitações. Nós que fi zemos a opção preferencial pelo serviço pú-blico temos o dever de servir bem ao público, sendo imprescindível termos cla-ras as noções de um bom atendimento. Assim, é aconselhável que, além de recorrermos ao bom senso, atentemos para algumas regras de conduta simples que poderão nos auxiliar no momento de atender ao público, seja ele interno

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Convite ao Servidor

(nossos colegas de trabalho), seja ele externo (o usuário da justiça).

Regras para um atendimento de qualidade:

• praticar a assertividade. É no dizer de William Shakespeare: “Dê a todas as pessoas os seus ouvidos, mas a poucos a sua voz”.

• fazer com que o público se sinta acolhido. Receber bem e ser cortez. A boa educação não custa nada;

• levar os problemas das pessoas a sério. Caso não esteja ao alcance resolvê-los, encaminhar ao setor competente;

• descobrir a necessidade do cliente e mostrá-lo de que forma a orga-nização pode ajudá-lo;

• tratar os outros exatamente como gostaria de ser tratado. É a velha regra de ouro: “Não faça com o outro aquilo que não gostaria que fi zessem com você”;

• e, acima de qualquer outra coisa, gostar e, por que não dizer, amar aquilo que faz. Caso isso não seja possível, busque uma outra opção que o torne realizado profi ssionalmente e verá que isso fará a dife-rença em sua vida. Não se esqueça de que muitas outras pessoas desejariam estar no seu lugar, fazendo o que você faz com dedica-ção e esmero. PENSE NISSO!

Nunca é demais lembrar que: independente de estarmos conversando com nossos colegas de trabalho ou com pessoas que procuram o Poder Judiciário, é preciso que atentemos, ainda, para as seguintes orientações:

• Ouvir: o que não signifi ca necessariamente fi car calado. É importante que se demonstre interese na conversa, ouvindo o interlocutor atenta-mente e, se necessário, perguntando, confi rmando, gesticulando com a cabeça, ou seja, sinalizando de forma positiva;

• Falar: falar corretamente, na hora certa, sem ser prolixo, nem reticen-te e com voz natural e agradável. O nosso tom de voz diz muito de nós mesmos e de como estamos emocionalmente naquele momento;

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Convite ao Servidor

• Calar: há ocasiões em que o silêncio representa mais do que as pala-vras; não existe nada mais sensato do que calar-se no momento exato;

• Sorrir: o sorriso sincero facilita a aproximação e inibe posturas defen-sivas e arrogantes. Você já ouviu dizer que o corpo fala. Se você se inte-ressar pelo assunto, leia o livro O Corpo Fala, de autoria de Pierre Weil;

• Acolher: em qualquer ambiente que cheguemos, sem medo de errar, é muito imortante ser acollhido, bem recebido com a célebre pergunta: Posso ajudá-lo (a), Senhor(a)?;

• Ser Empático: colocar-se no lugar do outro nos ajuda a perceber a importância do bom atendimento. Que tal nos perguntarmos: será que eu gostaria que agissem comigo da mesma forma que estou agindo com o outro?

LEMBREMO-NOS: Ao sermos atenciosos, educados, simpáticos, acolhe-dores e respeitosos, veremos como as pessoas que estão ao nosso redor ten-dem a se sentir mais motivadas e a se aproximar daquelas que possuem estas qualidades. Todos nós já devemos ter ouvido falar no círculo virtuoso. Pensa-mentos e atitudes positivas atraem coisas positivas. Às vezes, de forma inespe-rada, fatos maravilhosos acontecem em nossas vidas e fi camos a nos perguntar: Como é que foi possível isso acontecer? Será que eu sou merecedor(a) de ta-manha bondade? Provavelmente sim. Colhe-se o que se planta, não é verdade?

RELAÇÕES INTERPESSOAIS

Não há como falar em atendimento sem nos reportarmos às relações entre as pessoas. Uma coisa “puxa” a outra. O homem é um ser social e, como tal, ne-cessita se relacionar permanentemente com as outras pessoas. Por isso, deve desenvolver condutas que venham a estreitar laços com os colegas. Passamos considerável parte de nossas vidas no ambiente de trabalho. Portanto, nada mais sugestivo do que assimilar e colocar em prática determinadas normas que:

• Facilitem o nosso relacionamento com os colegas de trabalho, fazen-do com que todos atuem de maneira harmônica e felizes;

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Convite ao Servidor

• Maximizem nosso desempenho como profi ssional e, consequen-temente, gerem o crescimento funcional e o desenvolvimento da or-ganização.

A consideração e o respeito pelo outro é o ponto de partida para as relações interpessoais. Quando mantemos contato com as outras pessoas, estamos ge-renciando relações. O que nos custa: “bom dia”, “muito obrigado”, “com licença”, “posso ajudá-lo(a), senhor(a)”. Portanto, é importante que se construam novas posturas individuais e coletivas e que sejamos capazes de nos relacionarmos de maneira positiva com os nossos colegas e com os clientes externos. Não nos esqueçamos das palavras de Paulo Freire: “o homem é um ser incompleto e inacabado e são as suas relações com os outros e com o mundo que o torna possível, portanto, é no relacionamento com o outro que vamos nos construindo como pessoas humanas e gerando condições de sermos felizes”.

Sugestões para manter um bom relacionamento com os colegas:

• Por mais estranho que possa parecer, o autoconhecimento é essen-cial para que o relacionamento entre as pessoas aconteça de manei-ra satisfatória. Quando nos conhecemos bem, passamos a nos rela-cionar melhor com os outros, através do respeito à individualidade, às diferenças, às limitações e possibilidades de cada um;

• integre-se ao grupo, trabalhe em equipe;

• procure conhecer um pouco cada um dos integrantes da equipe em que você trabalha a fi m de compreendê-los e permita também se conhecer por eles;

• cumprimente ao chegar ao trabalho e despeça-se ao sair dele. O que custa fazer isso?

• seja educado, agradável, solidário e cortez. Como é bom quando chegamos em algum local e somos bem recebidos;

• respeite o tempo das pessoas. Cada uma delas tem seu próprio rit-mo, da mesma forma que você também tem o seu;

• você que trabalha no serviço público e lida com assuntos confi den-ciais, seja discreto e fi el;

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Convite ao Servidor

• ouça com atenção. O “olho no olho” é muito importante. Evite falar com mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Fica difícil atender a dois senhores a uma só vez;

• desenvolva o hábito da cooperar. Concluiu suas atividades diárias, sempre que possível, pergunte se pode ajudar de alguma forma o colega;

• aprenda e ensine o tempo todo. O conhecimento precisa ser com-partilhado. No entanto, é preciso ter humildade para admitir que não somos seres acabados e que constantemente estamos sendo lapi-dados.

• reconheça quando o outro está com a razão. É claro que, quando defender determinado ponto de vista e acreditar realmente nele, é importante que sustente a sua tese. No entanto, se, no desenrolar da discussão, for convencido de uma outra, seja humilde o sufi ciente para admitir e parabenizar o outro.

• Seja sensível: esteja atento ao que fala e como fala com os colegas de trabalho.

PORTANTO NUNCA SE ESQUEÇA DESTAS SÁBIAS PALAVRAS DE AUTORIA DESCONHECIDA:

“ Vigie seus Pensamentos, porque eles se tornarão palavras;

Vigie suas Palavras, porque elas se tornarão atos;

Vigie seus Atos, porque eles se tornarão seus hábitos;

Vigie seus Hábitos, porque eles se tornarão seu caráter;

Vigie seu Caráter, porque ele será o seu destino.”

Por estes motivos, é preciso que estejamos atentos aos valores que culti-vamos, aos discursos que proferimos e às ações que praticamos para que pos-samos estar cada dia mais convictos das nossas possibilidades, limites e res-ponsabilidades para conosco e para com o próximo para que vivamos de forma mais consciente e melhor.

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Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

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Convite ao Servidor

E o mais interessante de tudo isto é que, ao agirmos assim, buscamos o nos-so aperfeiçoamento humano e melhoramos as nossas relações e a autoestima, à medida que nos sentirmos seres humanos melhores. E aí teremos um círculo virtuoso em que boas ações implicam novas boas ações, produzindo uma si-nergia no ambiente em que todos só têm a ganhar: o serviço público, o servidor público e o cliente do serviço público.

Sugestões para ter um bom desempenho profi ssional na organização:

• conheça a organização na qual você trabalha: em especial, as suas normas (leis, resoluções, provimentos, portarias), além de in-ternalizar a missão, a visão e os valores para bem representá-la. Ob-viamente que você precisa acreditar neles;

• seja profi ssional: projete uma boa imagem ao registrar a sua marca nos setores por onde você passar. Portanto, não deixe que as infor-mações e o conhecimento por você construídos se percam no tempo e no espaço. Manualize as suas rotinas e deixe esse legado para a organização;

• busque, seja curioso e desenvolva com competência as atri-buições de seu cargo. Por isso, aproprie-se das atividades ineren-tes a ele, sem se acomodar. Ao contrário disso, pesquise em outros tribunais o que de novo está sendo realizado, inove com responsa-bilidade e prudência para adequar as boas práticas dos outros TJs à realidade local;

• seja criativo: use a capacidade de obter situações novas, adequa-das e originais. Não perca a oportunidade de buscar alternativas outras para a sua organização. Cabe aqui lembrar, no entanto, que podemos recorrer a nossa imaginação; porém obrigatoriamente a conduta deverá ser previamente defi nida e amparada por lei, trans-parente, idônea, ética, impessoal, abstrata, genérica e sem discri-minações, proibido todo e qualquer tipo de favorecimento pessoal. Não bastam o talento e a perspicácia do servidor público. Por mais criativo e habilidoso que ele seja, qualidades por demais importan-tes para um profi ssional, deve ele conscientizar-se de que não age em nome próprio, mas, sim, em nome do Estado e, refl examente, em nome da coletividade, dos interesses dela não podendo se afastar.

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Manual de Rotinas do Procedimento Cível Comum Ordinário

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Convite ao Servidor

• Seja efi ciente e dinâmico: nós, servidores públicos, devemos bus-car o aperfeiçoamento de nossas atividades, melhorando a quali-dade dos serviços prestados, com economia de despesas, gerando o binômio – qualidade nos serviços com racionalidade de gastos e respeitando o cidadão e o meio ambiente, no sentido de que haja presteza, rendimento funcional e responsabilidade no cumprimento dos deveres.

• tenha iniciativa: vamos trazer para discussão em nosso grupo de trabalho formas inovadoras de realizar atividades e de solucionar problemas. Se tivermos sugestões, não percamos a oportunidade de fazê-las, obviamente que devemos agir com cautela e humildade. Não podemos nos esquecer de que não somos donos da verdade e, que, portanto, nem sempre estamos com a melhor solução. Precisa-mos também observar a hierarquia;

• seja proativo: que nada mais é do que termos capacidade de tomar iniciativa, assumindo responsabilidade diante das nossas escolhas e decisões;

• seja fl exível: sabemos que o Poder Judiciário do Estado do Ceará vem passando por profundas transformações. A adaptação às di-versas situações, neste momento, é imprescindível. Vamos buscar conhecimentos, treinamentos, novas tecnologias, inteirar-mo-nos do processo e colaborar para que as mudanças sejam menos desafi a-doras. Em um futuro próximo, olharemos para trás e veremos como e o quanto avançamos juntos. Somos atores e autores deste processo;

• coopere: esteja disponível para o outro, mostrando-se interessado a ajudar na solução de problemas, respeitando o próximo como ser humano;

• seja organizado, disciplinado e pontual. É preciso administrar o tempo. A agenda é um instrumento importante. Use-a. Tudo é uma questão de hábito. Agendou reunião, prepare pauta e seja objetivo. Registre o evento através de ata.

ATENÇÃO: Se você vai trabalhar alegre e feliz, é sinal de que você faz o que gosta e, muito provavelmente, faz bem feito. Parabéns!

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Convite ao Servidor

Programa 5sVocê já deve ter ouvido falar no Programa 5s. Que tal agora conversarmos

um pouco sobre o assunto?No trabalho, investimos nossas forças, ocupamo-nos em diferentes tarefas

para produzir algo para nós e para a sociedade, especialmente nós que traba-lhamos no serviço público.

O ambiente em que vivemos ou trabalhamos tem refl exo direto em nossas vidas. Por isso, deve ser agradável, organizado e funcional. Para tanto, existe o Programa 5S que pode ser utilizado no nosso dia a dia para melhorar a nossa qualidade de vida nos mais diversos espaços.

Há quem diga que praticar o 5S é praticar “bons hábitos” ou recorrer ao “bom senso”. Apesar da simplicidade dos conceitos e da facilidade de aplica-ção na prática, a sua implantação efetiva não constitui uma tarefa simples. Isto porque a essência dos conceitos é a promoção de mudança de atitudes e de hábitos das pessoas. Hábitos e atitudes construídos e incorporados pela convi-vência e experiência acumulada ao longo de nossas vidas.

Vocês já prestaram atenção que muitas vezes agimos e insistimos em reali-zar algo, mesmo sabendo que não vai dar certo? Sabemos que em determinada ocasião devemos mudar a forma como agimos, fi car calados evitando insultos, mas não fi camos. E aí obtemos resultados que não gostaríamos, fi cando insatis-feitos com as nossas atitudes. Houve assim frustração e desperdício de tempo e de atos, difi cultando a nossa rotina. No entanto, nunca é tarde para começar, não é mesmo? A vida é assim! É no dizer de Tânia Maria Zambelli de Almeida Costa “Se em determinado momento, não acertamos o passo ao ritmo da músi-ca tocada, porque não trocar o passo, em vez de parar ou ir ao descompasso”?

Estamos a todo tempo guardando objetos, informações, lembranças... Será necessário armazenarmos tantos registros? São os papéis que insistimos em imprimir e guardar - superlotando os nossos armários -, os sentimentos negati-vos, que só nos fazem mal... E aí vem a pergunta: O que estaria por trás destes armários que guardamos tantos papéis e das recordações que insistimos em permanecer com elas? Fica a pergunta para respondermos se e quando achar- mos conveniente.

Entre outras vantagens do Programa 5s, destacamos: liberação de es-paços, tornando-os mais funcionais e arejados; maior organização e produ-tividade durante o dia (trabalhei o dia todo e não fi z praticamente nada); ma-nutenção do ambiente limpo e organizado; prevenção contra acidentes e trabalhos desnecessários, deixando a nossa convivência grupal mais agradável.

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E falar em qualidade de vida, é falar em saúde física e mental, é interiorizar hábi-tos saudáveis, é agregar novos conhecimentos - amando a vida e ao próximo -, mantendo uma relação saudável e sustentável com o meio ambiente, preservan-do-o. Como você pode perceber, o Programa 5s traz inúmeros benefícios para todos. É um convite à organização, limpeza, higiene e saúde. Se você já faz isso, parabéns! Se ainda não faz, que tal começar? PENSE NISSO!

POR QUE 5S?

A denominação “5S” provém de cinco palavras japonesas iniciadas pela letra “S”: SEIRI, SEITON, SEISO, SEIKETSU e SHITSUKE.:

QUAIS OS 5S?

SEIRI - UtilizaçãoSEITON – Organização e OrdenaçãoSEISO - LimpezaSEIKETSU - SaúdeSHITSUKE – Autodisciplina

Como em português não existiam palavras com o signifi cado respectivo que começassem pela letra “s”, achou-se por bem associá-lo a senso.

SENSO DE UTILIZAÇÃO (SEIRI) é saber utilizar sem desperdiçar. Ter senso de utilização é separar o necessário do desnecessário, mantendo em nosso ambiente de trabalho apenas o que realmente precisamos e usamos e na quantidade certa. É identifi car materiais, equipamentos, utensílios, dados e informações necessárias e desnecessárias, descartando ou dando a devida destinação àquilo considerado desnecessário em nossas vidas e que certamen-te deve ter utilidade para outras pessoas.Em um sentido mais amplo, o senso de utilização abrange outras dimensões. Quer ver? Como somos apegados a coisas e pessoas, não é verdade? No entanto, ter senso de utilização é preser-var consigo apenas os sentimentos valiosos como amor, amizade, sinceridade, companheirismo, compreensão, descartando aqueles sentimentos negativos e criando atitudes positivas para fortalecer e ampliar a convivência, apenas com sentimentos.

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SENSO DE ORDENAÇÃO (SEITON) - signifi ca um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar para pronto uso. É saber arrumar para facilitar o acesso e a reposição das coisas.

Refere-se à disposição dos objetos, comunicação visual e facilitação do fl u-xo de pessoas. Com isso, há diminuição do cansaço físico, economia de tempo, facilitando a tomada de medidas emergenciais.

O primeiro passo é defi nir um lugar para as coisas.O segundo passo é como guardar as coisas.O terceiro passo é obedecer às regras.

Cada coisa tem que ter nome. Dê nome a tudo! Nenhum item sem lugar de-fi nido. Mesmo que alguém esteja usando o item. Assim fi ca mais fácil localizar as coisas. Devemos usar etiquetas em tudo que há no local de trabalho: nas pastas, nos armários, nas ferramentas e materiais que utilizamos no dia a dia.

Vocês já prestaram atenção como a gente perde tempo procurando objetos que não sabemos onde se encontram justamente porque não possuem um local certo para serem guardados? Como isso é prejudicial à nossa saúde. O senso de ordenação pode nos ajudar muitíssimo. Ter senso de ordenação é determinar um local único e exclusivo para cada coisa, para que não percamos tempo pro-curando tudo o que precisamos. É guardar cada coisa no seu devido lugar para encontrar quando precisar.

SENSO DE LIMPEZA (SEISO) é saber usar sem sujar. Manter o ambiente em que vivemos e trabalhamos limpo e higienizado, faz a diferença. Ambiente limpo não é o que mais se suja, mas o que menos se limpa.

SENSO DE SAÚDE (SEIKETSU) é manter saudável o ambiente físico, além do corpo e da mente. Manter condições favoráveis para a nossa saúde físi-ca, mental e emocional. Engloba cuidado com a saúde, segurança e bem estar do espaço.

SENSO DE AUTODISCIPLINA (SHITSUKE) - É a aplicação constante dos outros 4 sensos em todos os aspectos de nossas vidas. A autodisciplina é o estágio mais elevado do ser humano, pois representa educação comportamen-tal. Pensar em cada um dos sensos não é difícil. Mas colocá-los em prática e mantê-los, demanda mudança de hábitos. Por isso, faz-se necessário uma maior

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conscientização dos valores: respeito, responsabilidade, compromisso, respon-sabilidade sócio-ambiental entre tantos outros.

De repente, ao tomarmos conhecimento destes conceitos tão óbvios (utili-zação, organização, saúde, limpeza e autodisciplina), nos sentiremos seduzidos a iniciar já a sua implantação.

ATENÇÃO: A aplicação dos 5 sensos evidencia que, com uma boa UTILIZAÇÃO e

ORGANIZAZAÇÃO dos materiais, com uma LIMPEZA constante, com SAÚDE e, acima de tudo, com AUTODISCIPLINA, atinge-se um maior bem estar e um melhor relacionamento no meio profi ssional, social e familiar, alcançando um melhor DESEMPENHO nas nossas atividades diárias.

Concluímos esta nossa conversa, parabenizando a todos nós que fazemos do serviço público uma atividade de qualidade e efi ciente, cuja importante mis-são é de bem servir ao público. Parabéns a nós servidores!

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