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MANUAL PARA O OFICIAL CIRURGIÃO-DENTISTAAUDITOR DO SISTEMA DE SAÚDE PMMG-CBMMG-

IPSM

CRITÉRIOS TÉCNICOS

2009

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ORIGINAL – 2003............................................................................. 05APRESENTAÇÃO DE 2009............................................................................................ 06

PARTE I – ASPECTOS GERAIS DA AUDITORIA ODONTOLÓGICA.......................... 07

1 O AUDITOR ODONTOLÓGICO NA PMMG/CBMMG/IPSM....................................... 071.1 Atribuições do Auditor Odontológico do SISAU................................................... 071.2 Perfil do Auditor Odontológico do SISAU............................................................. 08

2 RELAÇOES JURÍDICAS DO AUDITOR E SUAS RESPONSABILIDADESDECORRENTES.......................................................................................................... 09

2.1 A Responsabilidade Ética..................................................................................... 102.2 A Responsabilidade Civil...................................................................................... 102.3 A Responsabilidade Administrativa...................................................................... 122.4 A Responsabilidade Penal................................................................................... 12

3 CONDUTAS GERAIS PARA AUDITORIAS ODONTOLÓGICAS NO SISAU............. 133.1 Identificação do Usuário....................................................................................... 133.2 Tabela de Honorários Odontológicos................................................................... 133.3 Encaminhamento do Usuário à Rede Credenciada............................................. 133.4 Preenchimento da Ficha Odontológica................................................................ 143.5 Considerações sobre as Glosas.......................................................................... 143.6 Arquivo para Registro de Ocorrências................................................................. 153.7 Faltas do Usuário às Consultas........................................................................... 163.8 Auditorias de Tratamentos Interrompidos / Abandonados................................... 16

PARTE II – CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DAS AUDITORIAS POR ESPECIALIDADEODONTOLÓGICA.......................................................................................................... 17

4 Diagnóstico, Plano de Tratamento, Promoção de Saúde e ProcedimentosPreventivos..................................................................................................................... 194.1 Consultas............................................................................................................. 194.2 Fluorterapia Intensiva........................................................................................... 204.3 Raspagem Supragengival, Polimento Coronário e Aplicação Tópica de Flúor

(ATF) e Educação para Saúde, Evidenciação e Controle de Placa Bacteriana.. 204.4 Polimento Coronário, Aplicação Tópica de Flúor (ATF) e Educação para

Saúde................................................................................................................... 204.5 Curação Generalizada ou Selamento em Massa................................................. 20

5 Exames Complementares........................................................................................... 215.1 Considerações Gerais.......................................................................................... 215.2 Exames Radiográficos......................................................................................... 21

6 Urgências Odontológicas........................................................................................... 236.1 Consulta de Urgência........................................................................................... 236.2 Controle de Hemorragias, Drenagem de Abscessos........................................... 236.3 Restabelecimento de Estética de Dentes Anteriores após Fraturas Coronárias. 24

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6.4 Curativos Provisórios em Casos de Odontalgias................................................. 246.5 Imobilização Temporária e Reimplante Dentário................................................. 246.6 Tratamento de Processos Agudos (GUNA, GEHA, alveolites, pericoronarites).. 246.7 Refixação de Provisórias e Próteses Fixas.......................................................... 246.8 Pulpectomia de Urgência..................................................................................... 24

7 Odontopediatria........................................................................................................... 257.1 Condicionamento Psicológico.............................................................................. 257.2 Aplicação de Selante Oclusal............................................................................... 257.3 Capeamento Direto e Tratamento Expectante..................................................... 25

8 Dentística................................................................................................................... 268.1 Restaurações Plásticas........................................................................................ 268.2 Restaurações Metálicas Fundidas....................................................................... 278.3 Restaurações em Cerômero................................................................................ 278.4 Pinos de Retenção Intracanal.............................................................................. 278.5 Microabrasão........................................................................................................ 278.6 Reparos de Restauração...................................................................................... 278.7 Tração Ortodôntica............................................................................................... 27

9 Endodontia................................................................................................................... 289.1 Preparo para Pino ou Núcleo Intra-radicular........................................................ 289.2 Remoção de Pino ou Núcleo Metálico................................................................. 299.3 Clareamento Dental Endógeno............................................................................ 299.4 Tratamento não Cirúrgico de Perfuração Radicular............................................. 299.5 Tratamento e Retratamento Endodôntico............................................................ 29

10 Periodontia................................................................................................................. 3010.1 Raspagem e Alisamento Radicular Subgengival................................................. 3010.2 Cirurgia a Retalho................................................................................................. 3110.3 Cunha Mesial/Distal.............................................................................................. 3110.4 Cirurgia a Retalho para Aumento de Coroa Clínica............................................. 3110.5 Cirurgia a Retalho com Ressecção/Hemiressecção Radicular............................ 3110.6 Enxerto Livre Gengival......................................................................................... 3110.7 Dessensibilização Dentária.................................................................................. 3110.8 Manutenção Periodontal....................................................................................... 3110.9 Cirurgia a Retalho para Enxerto Ósseo Autógeno/Heterógeno/Regeneração

Tecidual Guiada...................................................................................................10.10 Vestibuloplastia.................................................................................................... 31

11 Prótese........................................................................................................................ 3211.1 Planejamento em Prótese.................................................................................... 3311.2 Ajuste Oclusal....................................................................................................... 3311.3 Restaurações Provisórias..................................................................................... 3311.4 Núcleos Metálicos................................................................................................ 3311.5 Próteses Fixas Unitárias (coroas totais e parciais).............................................. 3311.6 Próteses Fixas de mais de um Elemento (pontes fixas)...................................... 3311.7 Facetas Laminadas em Porcelana....................................................................... 3411.8 Próteses Removíveis............................................................................................ 34

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12 Ortodontia.................................................................................................................. 3612.1 Tratamento ortodôntico corretivo.......................................................................... 3712.2 Tratamento Ortodôntico Corretivo (Extensão)...................................................... 3812.3 Procedimentos de tratamento Ortodôntico Interceptativo.................................... 38

13 Cirurgias Orais Ambulatoriais.................................................................................. 3913.1 Ulotomia/ ulectomia.............................................................................................. 3913.2 Exodontias............................................................................................................ 4013.3 Apicetomias.......................................................................................................... 4013.4 Biópsias................................................................................................................ 4013.5 Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial...................................................... 40

14 Clínica de Dor e Disfunção Temporomandibular................................................... 4114.1 Consultas.............................................................................................................. 4114.2 Placas................................................................................................................... 4114.3 Agulhamento de “Trigger Points”.......................................................................... 42

15 Procedimentos de Laboratório de Prótese............................................................. 43

16 Pacientes com Necessidades Especiais................................................................. 45

17 Atendimento Domiciliar............................................................................................ 46

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APRESENTAÇÃO ORIGINAL – 2003

Esta publicação objetiva direcionar o trabalho dos oficiais cirurgiões-dentistas que desempenham a função/atividade de auditoria odontológica noSistema de Saúde PMMG-CBMMG-IPSM (SISAU).

O Plano Diretor de Saúde tem como um dos seus pilares a descentralizaçãodas ações de saúde. Assim, torna-se imperativo treinar, calibrar e especialmentenormatizar os procedimentos da auditoria a fim de orientá-los segundo critériosinstitucionais.

O SISAU adota dois instrumentos que têm se mostrado aptos a fornecerbons resultados nesta regulação: o uso de tabelas parametrizadas, sintonizadascom as necessidades do momento atual e a adoção de critérios técnicos claros quedetalham e estabelecem as regras para a interpretação e aplicação dessas tabelas.Desta forma dinamiza-se esta relação tripolar que se estabelece entrecredenciado/auditor/usuário.

A Tabela Odontológica de Honorários Profissionais de Odontologia doSISAU contempla todos os procedimentos que têm previsão de cobertura peloSistema. Além da codificação de tais procedimentos, detalha o enquadramento dotipo de assistência em que estão classificados – básica ou complementar, bem comoalguns critérios técnicos e prazos de carência para eles estabelecidos.

Este Manual apresenta a Tabela Odontológica de forma mais simples,contendo apenas os códigos e respectivos procedimentos, para melhor orientaçãodo oficial dentista. Seu objetivo principal é detalhar os critérios e regras que devemser levados em conta nas auditorias, enfatizando alguns pontos que merecematenção especial do oficial dentista na função de auditor. Traz ainda algumasconsiderações sobre as auditorias em seus aspectos éticos e legais.

Embora a informatização do nosso sistema ainda não seja completa,caminha-se neste sentido e sabendo-se que atualmente nenhum instrumento degestão de sistema de saúde pode prescindir deste tipo de tecnologia, a aplicaçãoplena dessas regras pressupõe um sistema completo e eficazmente informatizado.

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APRESENTAÇÃO DE 2009

Nesta versão atualizada do Manual do Oficial Dentista Auditor foramincorporadas modificações importantes que almejam esboçar uma articulação entreo trabalho das duas redes de atendimento odontológico – a orgânica e acredenciada, além da atualização técnico-científica.

Para a integração das redes odontológicas de atendimento destacam-se doisinstrumentos estratégicos: o sistema de referenciamento e contra-referenciamento eas auditorias. Ambos devem se propugnar para a interlocução mais apropriada dasredes visando ao direcionamento dos usuários pelos diferentes níveis de atençãooferecidos no SISAU, ou seja, a atenção primária, secundária e terciária.

A experiência acumulada pelo Sistema, que desde 1970 adotou a auditoriaodontológica presencial de forma censitária para o controle da rede credenciada,possibilitou o redirecionamento proposto nesse Manual. No início dessa experiência,a auditoria se voltava muito mais para o controle e avaliação, enquanto atualmenteagrega outros objetivos mais amplos - reproduzir no âmbito da rede credenciada asdiretrizes de trabalho do SISAU, a filosofia de atenção, a hierarquização deatividades em níveis de atenção.

Trata-se, portanto, de um processo em contínua construção e aprimoramento,que não se viabiliza somente com a elaboração desse Manual, mas depende devárias iniciativas de integração. O sistema de informação que conjuga a redeorgânica à credenciada já está sendo implantado e acompanhado pelos auditoresanalíticos contratados. A Tabela de Procedimentos e Honorários Odontológicos éconstantemente revisada, no sentido de estabelecer os parâmetros para a auditoria.

A configuração advinda do crescimento aleatório das redes de atençãoodontológica do SISAU pode e deve ser trabalhada no sentido de aliar esforços dasduas redes e coordenar o trabalho por elas realizado de modo a evitar sobreposiçãode ações e, com isso, desenvolver um produto final de alta qualidade, comresultados e satisfação dos seus usuários.

O que se pretende inicialmente é o estabelecimento de um processo dereferenciamento dos beneficiários por parte da rede orgânica para a atençãosecundária, terciária e de alta complexidade na rede credenciada. Em contrapartida,caberá à rede credenciada o contra-referenciamento do beneficiário de volta à redeorgânica para que esta última cumpra sua atividade de promoção de assistênciabásica e controle do paciente.

Nesta interrelação dinâmica de trabalho, novas e futuras revisões do Manualserão necessárias em busca de instrumentos de integração das redes deatendimento e da coesa divisão de esforços de ambas, sempre no intuito defavorecer o acesso e fortalecer a qualidade do atendimento do beneficiário, combase nos pressupostos da humanização e do compromisso.

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PARTE I - ASPECTOS GERAIS DA AUDITORIA ODONTOLÓGICA

Capítulo 1

O AUDITOR ODONTOLÓGICO NA PMMG/CBMMG/IPSM

Todos os cirurgiões-dentistas regularmente inscritos no Conselho Regionalde Odontologia e que tenham sido designados para a função de auditor porautoridade responsável é considerado habilitado a realizar auditorias, não sendonecessário nenhum outro pré-requisito ou especialização. No entanto, ao analisar arotina e as atribuições de um auditor no Sistema de Saúde PMMG/CBMMG/IPSM(SISAU), identificam-se traços e potencialidades que são necessárias ao profissionalque atua nesta área.

Isso porque o auditor deve estabelecer ou manter o equilíbrio entre osinteresses da instituição para a qual trabalha e os do credenciado, sempre com ofoco na proteção da integridade física do paciente, convergindo tais interesses a umponto comum. A partir deste equilíbrio surge a satisfação das necessidades e dosanseios do usuário final do SISAU.

A rotina do auditor no SISAU o leva a transitar a todo momento entreimportantes dimensões: ele é o profissional de odontologia, com uma bagagemtécnica, um código de conduta e uma formação específica que lhe conformoucaracterísticas próprias da profissão. Também é um funcionário público, o que já lhetraz outras exigências, um outro código de conduta, neste caso, ainda com asespecificidades de sua condição de militar. Com isto, embora situam-se comodimensões que podem se compatibilizar por serem apenas diferentes e nãoantagônicas, o auditor, com certeza, tem a percepção de que a sua rotina diária detrabalho não é tarefa fácil e não o isenta de conflitos.

O trabalho do auditor estará sempre apoiado por dois pilares: oconhecimento técnico da matéria auditada e o conhecimento administrativo,gerencial e filosófico da instituição da qual faz parte, particularmente no que dizrespeito às políticas de saúde adotadas.

1.1 Atribuições do Auditor Odontológico do SISAUa) realizar as modalidades de auditoria adotadas pelo Sistema de Saúde;b) cumprir as normas técnicas e administrativas da instituição, observando se as

mesmas estão de acordo com os preceitos éticos e legais que norteiam aprofissão odontológica;

c) sugerir critérios para seleção, manutenção e otimização da rede credenciada;d) participar dos programas de promoção de saúde e de integração das redes e

unidades de atenção;e) preservar um nível saudável de relacionamento profissional e pessoal com os

credenciados e pacientes;f) colaborar para um alto índice de satisfação do beneficiário, do credenciado e da

instituição;g) analisar críticas, reclamações, sugestões e reivindicações dos beneficiários e dos

profissionais credenciados em assessoria à gerência do Sistema;h) observar o correto preenchimento dos formulários utilizados na auditoria, no

referenciamento e no contra-referenciamento;i) orientar os pacientes auditados quanto às normas do plano de assistência

odontológica;

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j) manter atualização científica;k) organizar e manter arquivos de documentações específicas do setor;l) colaborar na revisão de tabelas, contratos, regulamentação e documentos afetos

à auditoria, sempre que solicitado;m) selecionar e rever periodicamente os critérios de auditoria;n) assessorar o processo de informatização e o registro, análise e utilização de

dados epidemiológicos da auditoria.

1.2 Perfil do Auditor Odontológico do SISAUO perfil é algo a ser construído, é uma obra sempre inacabada; é um

caminhar para e não um ponto de chegada. Construir um perfil deve conduzir cadapessoa para dentro de si mesma, para lá encontrar sua singularidade, suaspotencialidades, sua aptidão sejam pessoais ou profissionais.

Auditar é exercer uma especialidade da odontologia que como todas asoutras, possui especificidades, técnicas e regras próprias. No caso desta atividadeno SISAU, a natureza de sua abrangência exige conhecimento e formaçãogeneralista consistente e especialmente a capacidade de administrar conflitos. Écom base nessas habilidades que se conforma o perfil do auditor.

Por dever de ofício, os cirurgiões-dentistas da rede orgânica, eventual ouregularmente assumem a realização das auditorias. É uma tarefa que serádesempenhada com menor ou maior gosto e facilidade, dependendo dascaracterísticas individuais de cada um, mas certo é que todos podem fazê-lo deforma correta e eficiente; a própria condição de oficiais dentistas confere a cada ume à instituição esta certeza.

Cada vez que se experimenta algo novo, também se aprende algo novo eisto tem um efeito transformador. Assim cada um descobrirá dentro de si, depois deexperimentar fazer, qual é o perfil do auditor. E na imagem deste perfil, plasmada apartir do critério de experiência, cada um se verá minimamente ou de forma tãointeira que se surpreenderá ao dizer: mas este profissional sou eu!

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Capítulo 2

RELAÇÕES JURÍDICAS DO AUDITOR E SUAS RESPONSABILIDADESDECORRENTES

Este texto tem por objetivo chamar a atenção do auditor para algumasquestões legais que devem ser consideradas no exercício desta função. Oimportante é que os auditores tenham clara a noção de que a sua atividade, comoquase todas as atividades humanas, estabelece uma série de fatos jurídicos que sãoregulamentados por leis, cuja não observância pode levar a questionamentosadministrativos e mesmo judiciais. No entanto, não se trata de motivo para receios,uma vez que, assim como na prática da Odontologia, aqui também a adoção decuidados simples e medidas preventivas evitarão, na sua origem, quase a totalidadedos problemas que poderiam surgir.

O SISAU se estrutura tendo como base um sistema orgânico e uma rede deprofissionais e estabelecimentos credenciados como pessoas jurídicas. Convênios ecredenciamentos em sua essência representam uma das formas lícitas deterceirizar. No entanto, a terceirização, embora crie uma relação jurídica especial,onde inexiste o vínculo direto entre o prestador de serviços e o contratante dosmesmos, não exime o segundo de certas responsabilidades. Com isso, cada vezque um serviço externo é contratado, o convênio PMMG/CBMMG/IPSM além deestar assumindo compromissos financeiros, está também se sujeitando aresponsabilidades jurídicas que possam decorrer de ações ou omissões deprocedimentos de profissionais que são estranhos aos seus quadros.

É neste contexto que se insere a figura do auditor, ao qual cabemresponsabilidades básicas como: zelar pela obtenção dos melhores resultados nostratamentos segundo a técnica e os conhecimentos científicos da odontologia, eneutralizar a possibilidade de prejuízos e danos para os usuários do SISAU, evitandodesta forma também, os possíveis problemas jurídicos conseqüentes.

São elencados a seguir os principais cuidados que o auditor deve ter em suaprática diária:a) não só a fiscalização dos planos de tratamento, como do efetivo serviço

prestado, deve ser feita com cuidado pois, pode haver responsabilizaçãosolidária da PMMG/CBMMG/IPSM com os credenciados;

b) é importante a cautela com a seleção dos profissionais a serem credenciados;c) dedicar especial cuidado ao avaliar sinais de culpa do executor, seja de

negligência, imprudência ou imperícia, já que daí afloram as maiorespossibilidades de responsabilização;

d) documentar tudo o que for possível, já que o auditor pode ser instado a provarque não agiu com culpa em seu trabalho, e os documentos são meios de provaeficientes. Sempre constar no arquivo as observações e ressalvas pertinentes.Anotar as cientificações feitas aos pacientes acerca de procedimentos sobre osquais pode haver algum questionamento futuro e colher o “ciente” do mesmo;

e) quando envolvidos serviços de alta complexidade, cuja autorização recomendelaudo especializado, não hesitar em buscar suporte e ajuda, especialmente doCentro Odontológico;

f) desenvolver o espírito do trabalho em equipe, solicitando sempre a opinião deoutros profissionais de formação confiável, especialmente nos casos maiscomplexos ou de interpretações diversas;

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g) tratar a Ficha Odontológica – FiOd e os formulários de referenciamento/contra-referenciamento como documentos de natureza legal e verificar se opreenchimento está legível, sem rasuras. Ressalvar o que julgar necessário,colhendo o “ciente” do paciente, já que o dever de informação ao mesmo éclaramente previsto na legislação.

2.1 A Responsabilidade ÉticaÉ essencial para todos os dentistas, não só os auditores, conhecer o Código

de Ética que rege a profissão. Cabe ressaltar que o mesmo não é observadosomente “interna corporis” isto é, dentro do órgão disciplinador da classe profissional(no caso dos dentistas, o Conselho Federal e os Conselhos Regionais deOdontologia). É rotineiramente subsídio para exame da conduta profissional peloJudiciário.

2.2 A Responsabilidade CivilCada vez que o SISAU autoriza um serviço de sua rede credenciada,

através de seus auditores, está concomitantemente assumindo responsabilidadesjurídicas sobre esta prestação de serviços. Quando um paciente é atendido por umconvênio ou credenciamento, a entidade mantenedora deste convênio respondepelos danos sofridos por seus usuários. No dizer de Marilise Kostelnaki Baú: “oconvênio mantém para com o paciente uma obrigação de resultados no tocante aobom atendimento médico que oferece, através do contrato ou através de qualquerpropaganda veiculada pela imprensa”.

No caso do SISAU a questão se torna ainda mais delicada, por ser um planode assistência gerido por entidades públicas. As entidades públicas respondemobjetivamente pelos eventuais danos sofridos no mau atendimento prestado, ouseja, independente de que se faça a prova da culpa. Desta forma, muitas vezes serámais conveniente para o paciente acionar não só o credenciado, mas também aentidade que mantém o credenciamento.

O auditor, sendo funcionário público, poderá nesta condição vir a causardanos a terceiros. Nestes casos, aplica-se o art 37, parágrafo 4 da ConstituiçãoFederal - CF, em decorrência do qual o Estado responde objetivamente, ou seja,independente de culpa, mas ficando com o direito de regresso contra o servidor quecausou o dano, desde que seja provado que este agiu com culpa.

A responsabilidade vista em seu sentido mais amplo, encerra a noção deque uma pessoa tem o dever de assumir as conseqüências de suas ações ouomissões, reparando o dano quando este ocorrer. No campo da responsabilidadecivil, interessam todas as condutas que acarretem obrigação de indenizar; umapessoa é responsável quando passível de ser sancionada, independente de tercometido pessoalmente o ato que deu causa ao dano ou prejuízo.

A responsabilidade civil pode ser contratual (quando, em face de umaviolação contratual de uma das partes, ocorrer prejuízo para a outra) ouextracontratual que é a responsabilidade definida no art 186 do novo Código Civilaqui transcrito: “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ouimprudência, violar direito ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar odano”. Esta distinção nem sempre é visível, sendo que os dois tipos deresponsabilidade muitas vezes se confundem; fato é que quem transgride um deverde conduta, com ou sem contrato formal, pode ser obrigado a ressarcir o dano. Aresponsabilidade civil odontológica é contratual, sendo que o contrato não precisaser escrito para que exista; contratos podem ser verbais ou tácitos.

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Outra definição importante é o conceito de culpa. Adianta-se umaobservação: assim como é comum pensar que contrato só existe quando há umpapel formalmente assinado criando obrigações entre as partes, o senso comum nosdiz que culpa existe quando fizemos uma coisa errada querendo fazer. No Direito,provar culpa não tem relação com provar que houve a vontade de causar aqueledano. Este tipo de culpa, ou seja, culpa da pessoa que procura intencionalmente oresultado, chama-se dolo ou culpa em estrito senso. No entanto, a culpa em sentidoamplo é a inobservância de um dever que o agente devia conhecer e observar.Assim, na definição de José de Aguiar Dias temos:

“A culpa é falta de diligência na observância da norma de conduta, isto é, odesprezo, por parte do agente, do esforço necessário para observá-la, com resultadonão objetivado, mas previsível, desde que o agente se detivesse na consideraçãodas conseqüências eventuais de sua atitude”.

Esta culpa, sem a vontade de produzir o resultado danoso, ocorre em geralpor imperícia (falta de aptidão, habilidade ou conhecimento para o ato); imprudência(comportamento positivo, que a cautela esteja a indicar que não deva ser feito) enegligência (que ao contrário da imprudência é a inação, a indolência, a inércia, apassividade, ou seja, a não observância dos deveres exigidos pelas circunstâncias).

É importante salientar que, no que diz respeito ao dever de indenizar, asconseqüências de agir com culpa no estrito senso (dolo) ou culpa no seu sentidomais amplo, incluindo todas as suas modalidades, são as mesmas. Isto posto,passa-se à aplicação do conceito de culpa como base para classificar os tipos deresponsabilidades.

Responsabilidade civil subjetiva - o prejudicado deve comprovar ter o agenteagido com culpa; a culpa deve sempre ser provada por este, não podendo se basearem deduções.

Responsabilidade civil objetiva - nestes casos, não depende da culpa;importante é apenas estabelecer o nexo causal entre a atitude do agente e o danocausado pelo mesmo; havendo esta relação de causa-efeito, nasce o dever deindenizar, independente de culpa.

Responsabilidade por culpa presumida ou Responsabilidade com inversãodo ônus da prova - nestes casos há uma presunção de culpa do agente “até que seprove o contrário”. Caso esta prova seja feita, o autor se exime do dever de reparar.Este é o tipo de responsabilidade que diz respeito aos auditores dentistas do SISAU,como é colocado a seguir.

Prosseguindo com estas considerações a respeito da responsabilidade civile suas fontes geradoras, faz-se uma menção ao importante aspecto da verificaçãodo maior ou menor risco, conforme a atividade acarrete responsabilidade de meio oude resultado. A chamada obrigação de meio é aquela que decorre de situações emque o profissional tem apenas o dever de prestar serviços cuidadosos,conscienciosos e atentos, segundo os progressos científicos de sua profissão. Já naobrigação de resultado, o profissional assume a obtenção do sucesso doprocedimento. A distinção é importante porque variam num caso e noutro, aatribuição de responsabilidade e a obrigação de provar a culpa além de outrosdetalhes, sendo que a obrigação de meio é sempre menos valorada que a deresultado. É o caso típico da maioria das situações médicas em que a cura e a vidanão podem ser garantidas, estando o profissional obrigado apenas a dar o melhor desi, sem prometer sucessos. Já no caso do dentista, embora se possa encontrardiferentes entendimentos quanto a quais especialidades têm responsabilidade de

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meio e quais de resultado, é certo que na maioria das vezes a responsabilidade dodentista é com o resultado.

O conceito deve ser levado em conta, tanto nas informações dadas aopaciente, como na assunção de compromissos.

Por último, ressalte-se que, desde a CF de 88, o dano moral também épassível de responsabilização.

2.3 A Responsabilidade AdministrativaConsidera os aspectos da responsabilidade do auditor em relação à sua

condição de funcionário público. Se a Administração entender que houve um ilícitoadministrativo na conduta do auditor, esta deverá apurar administrativamente a falta,assegurando sempre ao servidor o direito ao contraditório e a ampla defesa,garantidos pela CF. Com relação aos ilícitos administrativos, a maior parte não édefinida com precisão, limitando-se a lei em regra a falar em falta do cumprimentodos deveres, procedimento irregular, incontinência pública, etc. Poucas são asinfrações definidas; em geral o são quando os ilícitos correspondem a crimes oucontravenções. Isto significa que a Administração dispõe de uma grandediscricionariedade no enquadramento das faltas de seus servidores, tendo em vistaa natureza, a gravidade e os danos dela advindos para o serviço público.

2.4 A Responsabilidade PenalOcorre apenas em casos excepcionais, quando a infração cometida pelo

auditor for tipificada na lei como crime.

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Capítulo 3

CONDUTAS GERAIS PARA AUDITORIAS ODONTOLÓGICAS NO SISAU

Há algumas informações e critérios de natureza administrativa e burocráticaa serem considerados pelos oficiais dentistas que desempenham atividades deauditoria e referenciamento/contra-referenciamento no SISAU.

3.1 Identificação do UsuárioTodo paciente a ser submetido à auditoria odontológica ou

referenciamento/contra-referenciamento deverá estar munido da identidade debeneficiário do SISAU. Cabe ao oficial dentista, por meio do auxiliar odontológico,solicitar a apresentação da mesma, observando a data de validade e certificando-se,em caso de dúvida, sobre a situação do paciente junto ao Instituto de Previdênciados Servidores Militares - IPSM (se militar, dependente legal ou outra categoria debeneficiário).

3.2 Tabela de Honorários OdontológicosA Tabela de Honorários Odontológicos contém as referências para

aprovação do plano e/ou tratamento realizado. Procedimentos e materiais nãoprevistos na mesma, como regra, não serão custeados ou financiados pelo SISAU. ATabela é taxativa e sua interpretação feita restritivamente, não podendo o oficialdentista liberar ou referenciar procedimentos que nela não constem, entendendo-oscomo tratamentos similares ou substitutos aos elencados na mesma.

O “período de validade” (carência) previsto na Tabela representa o intervalode tempo no qual o CDC se responsabiliza pela manutenção do tratamento por elerealizado, sem ônus para o beneficiário ou para o SISAU. Qualquer procedimento,que a juízo do CDC deva ser repetido antes de ultrapassado o período de validade,deverá ser solicitado ao oficial dentista responsável pelo referenciamento ou aoauditor, em relatório circunstanciado e sua autorização fica condicionada à avaliaçãoprévia das justificativas apresentadas.

A “periodicidade de realização” tem a finalidade de definir o intervalo mínimoentre a confirmação da execução de um procedimento e o registro de uma novanecessidade do mesmo procedimento, nas mesmas circunstâncias (dente, face,segmento, hemiarco, material, etc.).

3.3 Encaminhamento do Usuário à Rede CredenciadaOs encaminhamentos de pacientes realizados a partir da rede orgânica se

destinam, primordialmente, aos casos em que o plano de tratamento envolvaprocedimentos de atenção secundária e terciária. É chamado de “referência” eocorre por meio dos formulários de referenciamento devidamente preenchidos,assinados e carimbados ou por meio das auditorias iniciais. O CDC somente deveiniciar o atendimento se o referenciamento foi realizado por oficiais dentistas da redeorgânica ou mediante a liberação pela perícia inicial nos casos que exigem auditoria.

Assim, os planos de tratamentos que envolvam apenas procedimentosbásicos não necessitam submeter-se a auditorias, mas devem ser procedentes deum encaminhamento (referenciamento) a partir da rede orgânica.

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3.4 Preenchimento da Ficha OdontológicaPor se tratar de um documento legal, a FiOd deverá ser completa e

corretamente preenchida, contemplando todas as informações importantes sobre aproposta e o tratamento realizado, de acordo com os seguintes critérios:a) preenchimento necessário para todos os procedimentos executados pela rede

credenciada, embora os de atenção primária não necessitem ser auditados;b) preenchimento em duas vias, sendo a primeira à tinta. A primeira via será

enviada pelo CDC para o processamento de contas; a segunda servirá para ocontrole do CDC. Os NAIS/SAS ainda não informatizados, para efeito decontrole, poderão fazer uma terceira via carbonada, que ficará arquivada noprontuário do paciente;

c) o campo de procedimentos realizados e seus correlatos não podem apresentarnenhuma rasura e devem conter os códigos dos procedimentos efetivamenterealizados com o valor total definitivo. Haja vista que o processamento decontas é informatizado, os dados devem estar corretamente preenchidos;

d) nos planos de tratamento auditados nenhuma alteração deverá ser feita sem aanuência do auditor. O CDC deve confeccionar nova FIOD e enviar ambaspara auditoria final (a rasurada e a nova). De posse das duas, o auditor tornarásem efeito a primeira e assinará a segunda (definitiva) nos campos paraauditoria inicial e final. No campo reservado para “observações”, fará constarque aquela nova FiOd substitui a primeira, registrando o número da FiOdsubstituída, a data em que a auditoria inicial havia sido feita e o nome do oficialque na ocasião assinou a mesma;

e) quando da auditoria final, o oficial dentista verificará se os campos da FiOdguardam coerência entre valores e procedimentos, uma vez que o Setor deProcessamento de Contas pagará de acordo com os códigos referenciados naFicha;

f) nos casos que exigem auditoria presencial, cabe ao CDC, antes de iniciar osprocedimentos, se certificar de que a FiOd contém a assinatura do oficialdentista responsável pela liberação do tratamento acompanhado do carimbo,nos campos apropriados da Ficha;

g) nos casos que não exigem auditoria presencial, cabe ao CDC, antes de iniciaros procedimentos, se certificar de que a guia de referenciamento estádevidamente assinada pelo oficial dentista responsável pelo encaminhamento,acompanhada por FiOd cujo verso deve ter o registro de “REFERENCIADO”,conter assinatura e carimbo do oficial dentista responsável;

h) ainda que o oficial dentista responsável pelo referenciamento faça indicaçõessobre as necessidades odontológicas do beneficiário, caberá ao CDCestabelecer o plano de tratamento e preencher a FiOd.

3.5 Considerações sobre as GlosasUma das dificuldades mais sentidas pelos auditores é glosar planos de

tratamento ou procedimentos preconizados por CDC. Sempre é um ponto de tensãona relação CDC/auditor, especialmente porque são colegas de profissão, sujeitos aomesmo Código de Ética.

O Conselho Federal de Odontologia – CFO estabeleceu na Resolução20/2001 os aspectos éticos a serem observados nas glosas odontológicas. Sualeitura na íntegra, bem como a leitura do Código de Ética é obrigatória para o oficialdentista que está envolvido com o trabalho de auditoria.

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O auditor pode glosar (suspender) um procedimento descrito na FiOd, tendoem vista critérios técnicos e administrativos, em dois momentos:a) na auditoria inicial (quando o tratamento não for previsto pelo SISAU ou quando

o preenchimento da Ficha apresentar incorreções ou o procedimento solicitadofor contra-indicado do ponto de vista técnico);

b) na auditoria final (quando o procedimento estiver realizado de forma insatisfatóriaou feito sem autorização do auditor).

As demais modalidades de auditoria (auditoria técnica de documentos,auditoria de acompanhamento, por amostragem, analítica, etc) são tambéminstrumentos para as glosas.

Diante da necessidade de glosar procedimentos, o auditor deve observar osseguintes aspectos:a) a maneira apropriada, ética e legalmente correta de se pronunciar é através de

laudos técnicos ou relatórios enviados, sempre de forma isenta, imparcial esigilosa; em nenhuma circunstância fazer anotações e/ou riscar a FiOd dopaciente;

b) quando for o caso, solicitar por escrito os esclarecimentos necessários aoexercício de suas atividades;

c) não fazer perante o usuário, comentários ou observações sobre os serviços aserem executados ou já executados e não indicar outro profissional pararealizar o tratamento;

d) as observações serão feitas preferencialmente por correspondência assinadaem envelope lacrado, de forma a preservar o sigilo.

3.6 Arquivo para Registro de OcorrênciasOs NAIS/SAS manterão um Arquivo de Documentação com a finalidade de

controle do desempenho dos CDC, sendo de utilidade para embasamento depedidos de descredenciamento de profissionais que não estejam atendendo àsexpectativas do SISAU.

A gravidade das falhas observadas é variável, ocorrendo desde anecessidade de pequenos reajustes até iatrogenias com graves conseqüências parao paciente. Também a freqüência com que são observadas é variável. É importanteque os auditores tenham elementos para detectar os casos mais graves ereincidentes.

É importante que o auditor saiba que embora possa glosar e manter arquivocom documentação para controle, não poderá ultrapassar os limites de suasatribuições, que não incluem imputar punições ao profissional. Neste sentido reza oart.14 da Resolução CFO 20/2001:

“Não compete ao cirurgião-dentista, na função de auditor, a aplicação dequaisquer medidas punitivas ao cirurgião-dentista assistente ou instituição de saúde,cabendo-lhe somente recomendar as medidas corretivas em seu relatório, para o fielcumprimento da prestação da assistência odontológica”.

Visando padronizar a linguagem usada pelos auditores do SISAU naavaliação do desempenho dos CDC, cada Unidade onde são feitas auditorias deverámanter um arquivo contendo fichas individualizadas dos credenciado, onde serãolançados dados relativos a cada um ao longo do tempo. As observações positivastambém devem ser computadas. O acesso a este arquivo será restrito aos auditores.

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3.7 Faltas do Usuário às ConsultasA falta do paciente sem justificativa a três consultas programadas,

alternadas ou não, dá ao CDC a opção de suspender o tratamento, encaminhando aFiOd ao auditor, sob a alegação de abandono de tratamento, para que este tome asprovidências cabíveis preconizadas na Resolução Conjunta 10/98. O caso serátratado como abandono/interrupção de tratamento.

3.8 Auditorias de Tratamentos Interrompidos / AbandonadosNos casos de interrupção ou abandono de tratamento pelo beneficiário, sem

a devida conclusão do tratamento, o CDC deverá discriminar na FiOd a parterealizada e encaminhar tal documentação para o setor de auditorias. Nesses casos,nenhuma FiOd deve ser enviada diretamente do CDC para o processamento decontas.

De posse deste documento o auditor providenciará o contato formal com opaciente ou seu responsável legal, convocando-o para a auditoria final no prazo decinco dias úteis, contados a partir da data do comunicado.

Comparecendo o beneficiário, a auditoria final será efetuada e a FiOdencaminhada para processamento. Caso o beneficiário não compareça no prazoestipulado, o valor da FiOd será cobrado integralmente, independente de auditoria,como assistência complementar, conforme a Resolução Conjunta 10/98.

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PARTE II - CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DAS AUDITORIAS POR ESPECIALIDADEODONTOLÓGICA

O usuário deve ser referenciado para a rede credenciada a partir doencaminhamento pela rede orgânica, não devendo o CDC iniciar nenhum tratamentose o referenciamento não for realizado ou, no caso dos procedimentos que exigemauditorias, se o campo da auditoria inicial não estiver liberado pelo oficial dentista.

O auditor deve ter em mente que, dentro dos parâmetros e limitesestabelecidos pela Tabela, haverá vários planos de tratamento possíveis, de acordocom o domínio das diferentes técnicas pelo CDC e ainda da vontade/escolhamanifestada pelo paciente. Não cabe ao auditor interferir no plano de tratamento,devendo se limitar a verificar a previsão do procedimento no plano de assistênciaodontológica e a existência de indicação técnica para o caso.

São dispensadas as auditorias odontológicas inicial e final de caráterpresencial os beneficiários que necessitarem dos seguintes procedimentos/sub-grupos da Tabela de Honorários Profissionais de Odontologia:

CÓDIGO DESCRIÇÃO

80010008 DIAGNÓSTICO/PLANO DE TRATAMENTO/PROMOÇÃO DESAÚDE E PROCEDIMENTOS PREVENTIVOS

80020003 EXAMES COMPLEMENTARES80030009 PROCEDIMENTOS DE URGÊNCIA80040004 PROCEDIMENTOS DE ODONTOPEDIATRIA80050000 PROCEDIMENTOS DE DENTÍSTICA, EXCETO os de nº

80050123, 8005013, 80050140,80050158 e 8005018280110002 PROCEDIMENTOS DE CIRURGIAS ORAIS AMBULATORIAIS80190006 ATENDIMENTOS A PACIENTES COM NECESSIDADES

ESPECIAIS80200001 ATENDIMENTO DOMICILIAR (HOME CARE

ODONTOLÓGICO)

Os beneficiários cujos planos de tratamentos envolvam apenas essesprocedimentos/subgrupos não necessitam submeter-se a auditorias, mas devem serprocedentes de um encaminhamento/referenciamento a partir da rede orgânica.

Ao realizar o encaminhamento/referenciamento para a rede credenciada, ooficial dentista deve registrar a expressão “REFERENCIADO”, carimbar e assinar noverso da Ficha Odontológica, como condição para o seu processamento.

A dispensa da auditoria presencial para os beneficiários submetidos a essesprocedimentos/subgrupos não isenta o oficial dentista do controle dos tratamentosrealizados na rede credenciada, podendo a qualquer momento, a critério daadministração, submetê-los a auditoria presencial.

São exigidas as auditorias odontológicas inicial e final de caráter presencialpara os beneficiários que necessitarem dos seguintes procedimentos/subgrupos daTabela de Honorários Profissionais de Odontologia:

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Na RMBH, nos NAIS/SAS PM/BM:CÓDIGO DESCRIÇÃO

80050123 Restaurações metálicas fundidas inlay/onlay80050131 Pinos de retenção intra canal metálicos80050140 Restaurações inlay/onlay em cerômeros80050158 Pinos de retenção intra canal não metálicos80050182 Tração ortodôntica80060005 PROCEDIMENTOS DE ENDODONTIA80070000 PROCEDIMENTOS DE PERIODONTIA80080006 PROCEDIMENTOS DE PRÓTESE

No Centro Odontológico (COdont):CÓDIGO DESCRIÇÃO

80130003 PROCEDIMENTOS DA CLÍNICA DE DOR OROFACIAL EDISFUNÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR

80050182 Tração ortodôntica

No interior do Estado, nos NAIS/SAS PM/BM das UnidadesPMMG/CBMMG, onde houver Oficial Cirurgião-Dentista:

CÓDIGO DESCRIÇÃO80050123 Restaurações metálicas fundidas inlay/onlay80050131 Pinos de retenção intra canal metálicos80050140 Restaurações inlay/onlay em cerômeros80050158 Pinos de retenção intra canal não metálicos80050182 Tração ortodôntica80060005 PROCEDIMENTOS DE ENDODONTIA80070000 PROCEDIMENTOS DE PERIODONTIA80080006 PROCEDIMENTOS DE PRÓTESE80130003 PROCEDIMENTOS DA CLÍNICA DE DOR OROFACIAL E

DISFUNÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR80140009 PROCEDIMENTOS DE LABORATÓRIO DE

PRÓTESE/ORTODONTIA

O Centro Odontológico manterá um serviço de auditoria para onde poderãoreferenciados os casos em que o auditor odontológico dos NAIS/SAS PM/BM dacapital ou interior julgar necessária a assessoria técnica para conclusão de auditoria.Ao encaminhar o usuário para o serviço de referência do COdont, o auditor deverápreencher devidamente a ficha de referenciamento e enviá-la juntamente com aFiOd e com os exames complementares disponíveis. Por sua vez, o COdont, apósrealização da auditoria, encaminhará o beneficiário para o CDC, respeitando osprincípios de referenciamento/contra-referenciamento.

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Capítulo 4

DIAGNÓSTICO, PLANO DE TRATAMENTO, PROMOÇÃO DE SAÚDE EPROCEDIMENTOS PREVENTIVOS

CÓDIGO PROCEDIMENTO80.01.001-6 Consulta/ Plano de tratamento80.01.002-4 Consulta de Controle e Manutenção80.01.007-5 Fluorterapia Intensiva

80.01.003-2Raspagem supra gengival, polimento coronário, aplicação tópica deflúor (ATF), educação para a saúde, evidenciação e controle deplaca bacteriana

80.01.004-0 Polimento coronário, aplicação tópica de flúor (ATF) e educaçãopara a saúde

80.01.006-7 Curação Generalizada ou Selamento em Massa

Esta parte inicial da Tabela revela a filosofia de trabalho que o SISAU tembuscado implantar na sua rede orgânica e estender à sua rede credenciada. Sãoprocedimentos que vistos em conjunto ou ainda separadamente, objetivam prevenirou deter o curso das doenças bucais. Sua previsão vai ao encontro da idéia de quea odontologia predominantemente restauradora, não trouxe a resposta esperada nocombate às doenças bucais dando lugar a uma nova atitude, respaldada pelosprincípios da Promoção de Saúde. Já se delineia claramente em nossos serviços aopção pela odontologia voltada para práticas educativas, ações preventivas ediagnóstico precoce, que possibilitem tratamentos mais simples, menosdispendiosos e minimamente invasivos. Todos esses procedimentos estãodispensados de auditorias inicial e final.

4.1 ConsultasNa visão da promoção de saúde a consulta é a oportunidade para a avaliação

integral do paciente; percepção dos condicionantes biológicos, ambientais esocioculturais do processo saúde-doença; acolhimento do paciente e elaboração doplano de tratamento ou de controle.

Há previsão de dois tipos distintos de consultas:a) Consulta Inicial - Um dos aspectos mais importantes na atividade do profissionalde saúde é o correto diagnóstico. A consulta odontológica inicial se reveste,portanto, de grande responsabilidade, pois a partir dela serão determinadas adireção, a seqüência e as prioridades de todo tratamento. Seu conceito encerra aanamnese, exame clínico completo, diagnóstico, plano de tratamento eesclarecimento ao paciente sobre o planejamento a ser executado, bem comoriscos, custos e alternativas do tratamento.

Durante o tempo de duração do tratamento, independente de seu período, ocredenciado responsável pelo atendimento deve registrar apenas uma consulta.Quando o paciente em tratamento necessitar exame de um especialista, estetambém cobrará a sua consulta, realizando o tratamento ou elaborando seu relatóriosobre as conclusões da consulta.

A periodicidade de realização é de 365 dias, contados a partir da alta dopaciente. Qualquer exceção deve ser justificada em relatório pelo CDC e seráanalisada caso a caso. Comprovada a necessidade de nova consulta com o mesmo

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CDC em intervalos menores, fica indicado o código previsto na Tabela como“Consulta de Controle e Manutenção”.b) Consulta de Controle e Manutenção - Além de constituir oportunidade dereforço das instruções de educação para saúde, proporciona ao profissionalcredenciado rever os trabalhos realizados. A periodicidade de realização é de 180dias, podendo, em casos excepcionais, ser reduzida a critério do auditor, quando orisco individual à cárie, doença periodontal e outras doenças bucais justifiquem talredução.

4.2 Fluorterapia IntensivaA fluorterapia intensiva será indicada somente para pacientes com alta

atividade de cárie, visando a remineralização do esmalte dentário. Inclui os quatrohemiarcos e o máximo de quatro aplicações, devendo os intervalos entre elas serde, no máximo, sete dias. O atendimento será pago por sessão.

4.3 Raspagem Supragengival, Polimento Coronário, Aplicação Tópica de Flúor(ATF), Educação para Saúde, Evidenciação e Controle de Placa Bacteriana

É indicada para pacientes com cálculo supragengival visível. Inclui todos osprocedimentos descritos como um único ato clínico, ou seja, o polimento coronário, aaplicação tópica de flúor, a educação para saúde, a evidenciação e controle de placabacteriana não podem ser dissociados desse procedimento, tampouco, podem sercobrados separadamente. A periodicidade de realização é de 180 dias e anecessidade deste procedimento em tempo menor que o preconizado pela carênciadeve ser fundamentado em relatório. Não pode ser solicitado concomitante com oPolimento Coronário e Aplicação Tópica de Flúor (código 80.01.004-0). Deve serindicado e realizado por hemiarco.

4.4 Polimento Coronário, Aplicação Tópica de Flúor (ATF) e Educação paraSaúde

Este código foi incluído na Tabela para atender pacientes que nãoapresentem cálculo supragengival, necessitando apenas polimento e a aplicaçãotópica de flúor, quando esta última for tecnicamente indicada. É previsto porhemiarco e inclui a evidenciação e controle de placa bacteriana, assim como aeducação para saúde. A periodicidade de realização é de 180 dias, sendo que anecessidade de prazos menores deverá ser fundamentada mediante relatório.

4.5 – Curação Generalizada ou Selamento em MassaA curação generalizada ou selamento em massa compreende uma série de

atos clínicos preparatórios para a fase reabilitadora do tratamento, a seremrealizados em uma única intervenção. Deve ser compreendida como remoçãosuperficial do tecido cariado e selamento de cavidades, correção de restauraçõescom sobrecontornos, remoção de fatores de retenção e polimento das restauraçõesanteriormente executadas. O valor a ser pago inclui os dois arcos.

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Capítulo 5

EXAMES COMPLEMENTARES

CÓDIGO PROCEDIMENTO80.02.001-1 RX Periapical80.02.002-0 RX Bite Wing80.02.003-8 RX Oclusal80.02.004-6 RX Panorâmica80.02.005-4 Teleperfil em cefalostato-sem traçado80.02.006-2 Teleperfil em cefalostato-com traçado (computadorizado)80.02.007-0 ATM seriada - 4 incidências80.02.008-9 ATM seriada - 6 incidências80.02.009-7 RX de Mão e Punho para Idade Óssea80.02.010-0 RX de ATM Bilateral80.02.011-9 Crânio: P.A. - lat.80.02.012-7 Crânio: P.A. - lat. obl-ou Bretton-Hirtz80.02.013-5 Crânio: P.A. - lat. Bretton ou Towne80.02.015-1 Seios da face-F. N. - M.N. - lat.80.02.016-0 Seios da face-F. N. - M.N. - lat. - Hirtz80.02.017-8 Maxilar inferior: P.A. - oblíqua80.02.020-8 Fotografia80.02.021-6 Slide80.02.022-4 Modelo de Estudo80.02.024-0 Documentação ortodôntica completa (sistema de pacote)

5.1 – Considerações GeraisEsta parte da Tabela contém além dos exames radiológicos rotineiramente

usados em odontologia, os demais exames complementares e aqueles utilizadospara planejar tratamentos ortodônticos.

A sua realização não demanda auditorias presenciais, mas todas astomadas radiográficas e/ou exames deste subgrupo, deverão ser encaminhadosjunto ao paciente nos casos de procedimentos que exigem auditorias, visandosubsidiar o exame odontológico pericial.

5.2 – Exames RadiográficosA radiografia propriamente dita não necessita de auditorias para ser

realizada pela rede credenciada. No entanto, quando das auditorias deprocedimentos que exigem auditorias, o paciente deverá levar para o auditor suasradiografias e outros exames complementares. Este procedimento visa evitar onúmero significativo de repetições que foram anteriormente observadas, que alémde gerarem gastos adicionais, expõem desnecessariamente o paciente à radiação.O CDC é o responsável pelo controle de qualidade dos serviços prestados pelasclínicas e serviços de radiologia credenciados; é sua responsabilidade solicitar aosmesmos, repetição de radiografias que eventualmente não tenham valor diagnóstico.

As radiografias produzidas pelo próprio CDC e enviadas para auditoriadevem estar aptas a auxiliar no diagnóstico.

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O exame radiográfico é documento de valor legal; faz parte do prontuário dopaciente e deve ser preservado. Portanto as radiografias, especialmente as iniciais efinais deverão estar cartonadas e identificadas com nome completo do paciente,região ou dente e data.

Observar que as radiografias periapicais são limitadas ao máximo de 20(vinte) incidências por ano, por usuário. Da mesma forma, as radiografias bite wingsão cobradas por incidência e limitadas em quantidade: para crianças até nove anosduas incidências e para adultos até quatro incidências.

A solicitação de tomografia computadorizada deverá ser feita através docódigo 34010084 e segue os critérios da Tabela Médica do SISAU. A apreciação dopedido de exame, para estes fins, cabe à Supervisão Odontológica.

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Capítulo 6

URGÊNCIAS ODONTOLÓGICAS

CÓDIGO PROCEDIMENTO80.03.001.7 Consulta de Urgência80.03.002-5 Controle de hemorragias orais80.03.003-3 Drenagem de abscesso agudo intra-oral80.03.004-1 Drenagem de abscesso agudo extra-oral

80.03.005-0 Restabelecimento de estética de dentes anteriores após fraturascoronárias

80.03.006-8 Curativos provisórios em casos de odontalgia80.03.007-6 Reimplante de dentes permanentes80.03.008-4 Imobilização dentária temporária com fio e/ou resina

80.03.009-2 Tratamento de processos agudos (GUNA, GEHA, Alveolite,Pericoronarite, Pericementite, etc)

80.03.010-6 Exodontias de dentes decíduos em caráter de urgência80.03.011-4 Exodontias de dentes permanentes em caráter de urgência80.03.012-2 Confecção de restaurações provisórias em caráter de urgência

80.03.013-0 Conserto simples de Prótese Parcial ou Total Removível (emconsultório)

80.03.014-9 Refixação de provisórias e próteses fixas80.03.015-7 Pulpectomia

É considerada urgência, a situação em que o paciente não corre riscoiminente de vida, mas necessita pronto atendimento. Esta necessidade, na grandemaioria das vezes, está associada a quadros agudos, em outras, se associa àsocorrências que trazem um comprometimento estético tal que causa ao paciente umprofundo desconforto psicológico que deve ser entendido e respeitado.

O atendimento de urgência será pago uma única vez por elemento dentárioou região e está dispensado de auditorias presenciais.

É importante que o auditor esteja ciente de que todas as intervenções deurgência incluem o acompanhamento do caso após o atendimento na fase aguda,sempre que necessário.

Os exames complementares não estão incluídos no valor da consulta deurgência, sendo cobrados separadamente.

6.1 Consulta de UrgênciaPrevista para remunerar clínicas/profissionais credenciados exclusivamente

para atender os casos de urgências noturnas de segunda à sexta feira (18:00 às7:00 horas) e as diurnas e noturnas de sábados, domingos e feriados (24 horas).Aos demais credenciados será pago o valor previsto para a consulta clínica.

O CDC/Clínica credenciado exclusivamente para o atendimento de urgênciaodontológica deverá registrar na FiOd a data e o horário de atendimento.

6.2 Controle de Hemorragias, Drenagem de AbscessosInclui o controle do atendimento e acompanhamento do paciente.

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6.3 Restabelecimento de Estética de Dentes Anteriores após FraturasCoronárias

Este procedimento exclui o uso concomitante do código 80050026 previstono subgrupo da dentística, que trata da restauração fotopolimerizável e colagem defragmento coronário em condições eletivas de atendimento.

6.4 Curativos Provisórios em Caso de OdontalgiasA Tabela se refere aos dentes, que abertos, causam dor aguda ao paciente.

Será considerada urgência a colocação ou troca de curativo nas situações deodontalgia. As demais condições (cárie crônica, perdas de curativos ou provisória,trocas de curativos endodônticos, etc.) não caracterizam urgência e devem serencaminhadas para o selamento eletivo.

6.5 Imobilização Temporária e Reimplante DentárioVisa devolver a fixação óssea ao elemento dentário que sofreu algum

trauma, resultando ou não em avulsão. É estendida a, no mínimo, dois dentesvizinhos ao(s) dente(s) abalado(s), ser atraumática para os tecidos moles, eapresentar bom polimento. Se realizada em dentes decíduos, o estágio dereabsorção fisiológica dos mesmos é critério para indicação do procedimento.Apesar de constar na Tabela apenas no grupo de procedimentos de urgências, aimobilização poderá ser indicada também em casos eletivos, diante necessidadescausadas por problemas periodontais.

O reimplante dentário inclui necessariamente a imobilização e é indicadopara dentes permanentes que sofreram avulsão total. Será remunerado porsegmento e deve respeitar os seguintes aspectos funcionais: oclusão do pacienteapós imobilização e reimplante, alinhamento dentário obtido e o posicionamento dofio e/ou resina em relação ao colo do dente, bem como a proximidade adequada dagengiva para evitar reações inflamatórias e facilitar a higienização.

6.6 Tratamento de Processos Agudos (GUN, GEHA, alveolites, pericoronarites)Estão incluídas todas as sessões de trocas de curativos, medicação e

acompanhamento do paciente.

6.7 Refixação de Provisórias e Próteses FixasImportante observar que, sendo o CDC responsável pelo acompanhamento

do seu paciente, a ele caberá a responsabilidade de, durante o tratamento, refixarseus trabalhos sem ônus para o paciente. Portanto, o pagamento de refixação deprovisórias e próteses como urgência é indicado desde que não realizada pelopróprio CDC, nos casos em que haja comprometimento estético-funcional importantee o remanescente dentário esteja íntegro para receber de volta a provisória eprótese.

6.8 Pulpectomia de UrgênciaPaga por elemento dentário e inclui o selamento provisório.

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Capítulo 7

ODONTOPEDIATRIACÓDIGO PROCEDIMENTO

80.04.001-2 Condicionamento psicológico80.04.002-0 Aplicação de selante oclusal80.04.004-7 Pulpotomia de dentes decíduos ou permanentes80.04.005-5 Endodontia de dentes decíduos anteriores80.04.006-3 Endodontia de dentes decíduos posteriores80.04.007-1 Capeamento direto80.04.008-0 Tratamento expectante80.04.009-8 Coroa de aço80.04.010-1 Coroa de Policarbonato80.04.011-0 Exodontia de decíduo80.04.012-8 Slice (desgaste dental)80.04.013-6 Mantenedor de espaço móvel ou banda alça

Os procedimentos do grupo de odontopediatria não requerem auditoriasinicial e final presenciais. Ressalta-se a importância de um atendimento onde existauma interação com a família do paciente e o envolvimento dinâmico da equipemultiprofissional (ortodontistas, psicólogos, fonoaudiólogos, médicos pediatras,otorrinolaringologistas e outros). Outro aspecto de relevância é a educação parasaúde. É fundamentada numa assistência odontológica que busca agregar açõeseducativas, preventivas e restauradoras, construindo-se o plano de ação, dentro deuma percepção integral do paciente. O enfoque do atendimento odontopediátricoestá na ênfase a condutas preventivas e ações de promoção de saúde. Otratamento preferencial é o mais conservador possível.

7.1 Condicionamento PsicológicoIndicado para crianças de até 7 anos de idade, focalizando aquelas que

nunca tiveram contatos anteriores com a equipe odontológica e/ou apresentamdificuldades de adaptação ao ambiente e tratamento. São previstas no máximo duassessões.

7.2 Aplicação de Selante OclusalNos critérios técnicos da Tabela vem descrita a indicação mais comum dos

selantes, que limita-se aos sulcos oclusais profundos ou retentivos de pacientescárie ativos com até 14 anos de idade, nos dentes permanentes posteriores, recémirrompidos, até dois anos após erupção.

7.3 - Capeamento Direto e Tratamento ExpectanteNestes casos as restaurações definitivas serão liberadas após controle de

sessenta dias, mediante ausência de sinais e sintomas. Aceita-se como indicação docapeamento direto a tentativa de fazê-lo em caso de exposição pulpar também paradentes que apresentavam dor provocada (quadros de hiperemia). Os pacientesdevem ser orientados quanto aos riscos e à necessidade de controle periódicodestes dentes.

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Capítulo 8

DENTÍSTICA

CÓDIGO PROCEDIMENTO

80.05.001-8 Resina fotopolimerizável em dente anterior Classe I, III e V ecorreção de desgaste incisal

8005.002-6 Resina fotopolimerizável em dente anterior Classe IV / fraturascoronárias/colagens de fragmentos

80.05.003-4 Facetas diretas em resina fotopolimerizável80.05.004-2 Resina fotopolimerizável de 1 face em dente posterior80.05.005-0 Resina fotopolimerizável de 2 faces em dente posterior80.05.006-9 Resina fotopolimerizável de 3 ou mais faces em dente posterior80.05.007-7 Restauração em Ionômero de Vidro80.05.008-5 Restauração de Amálgama 1 face80.05.009-3 Restauração de Amálgama 2 faces

80.05.010-7 Restauração de Amálgama 3 ou mais faces – Amálgama retido apin; Amálgama com pinos e canaletas

80.05.011-5 Reconstrução morfológica80.05.012-3 Restauração Metálica Fundida – Inlay/Onlay80.05.013-1 Pinos de retenção intracanal metálicos80.05.014-0 Restauração Inlay/Onlay em Cerômero (Resinas indiretas)80.05.015-8 Pinos de retenção intracanal não metálicos80.05.016-6 Microabrasão80.05.017-4 Reparo de restaurações80.05.018-2 Tração ortodôntica

Este subgrupo de procedimentos está dispensado de auditorias presenciaisexceto para os códigos: 80.05.012-3 (Restauração Metálica Fundida – Inlay/Onlay;80.05.013-1 (Pinos de Retenção Intracanal Metálicos); 80.05.014-0 (RestauraçãoInlay/Onlay em Cerômero - Resinas indiretas); 80.05.015-8 Pinos de RetençãoIntracanal Não Metálicos e 80050182 - Tração ortodôntica.

Eventualmente, a critério da administração, quando submetidos a auditorias,serão observados os seguintes aspectos: adaptação do material restaurador,escultura, estética, oclusão, contorno, pontos de contato, extensão dos preparos,fraturas, acabamento e polimento.

Os procedimentos de dentística serão considerados finalizados somentequando o paciente não relatar sintoma de dor ou outras queixas relacionadas aotrabalho realizado.

8.1 Restaurações PlásticasIncluídas todas as etapas, desde o preparo de cavidades até o ajuste e

polimento das mesmas. São considerados os seguintes aspectos:a) sulcos profundos e pigmentados, manchas brancas ou lesões inativas, onde não

há comprometimento dentinário, deverão ser controlados e não restaurados;

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b) só poderão ser substituídas em caso de existência de cárie, infiltrações ouevidente comprometimento da estética, não sendo autorizadas pelo desejo dopaciente ou do CDC em mudar o material das mesmas;

c) nas lesões cervicais classe V diagnosticadas como abfração, abrasão ou erosão,as restaurações só poderão ser liberadas depois de afastados os fatoresetiológicos, em caso de comprometimento estético evidente ou como últimaalternativa no tratamento de hipersensibilidade dentinária.

8.2 Restaurações Metálicas FundidasAs auditorias iniciais e finais presenciais são compulsórias. O preço da

Tabela separa a parte referente ao honorário do CDC e a parte do laboratório. Aparte do dentista já inclui preparo, fixação e ajustes, sendo que o CDC éresponsável pelo trabalho do laboratório, cabendo-lhe por isto, fazer a auditoria finalna Ficha do mesmo.

8.3 Restaurações em CerômeroAs auditorias iniciais e finais são compulsórias. São indicadas

essencialmente para casos em que as restaurações plásticas não atendam devido àmaior proporção de perda de estrutura dentária ou quando as restauraçõesmetálicas impliquem em maior desgaste para os dentes ou estejam contra indicadaspor razões ligadas à estética. Não serão autorizadas trocas de restauraçõesmetálicas por cerômero apenas por uma questão de preferência do paciente; aquestão estética deve ser relevante para liberação da troca, devendo o auditor agircom discernimento.

8.4 Pinos de Retenção IntracanalAs auditorias iniciais e finais são compulsórias. Para colocação destes pinos,

o tratamento endodôntico do elemento dentário deve ser observado e estarsatisfatoriamente realizado. Podem ser usados pinos pré-fabricados metálicos(unimetric e similares) e os metálicos (fibra de carbono ou fibra de vidro e similares),já incluídos o custeio nos honorários.

8.5 MicroabrasãoIndicada para casos de fluorose, com influência na estética quando se

apresentar como um bom prognóstico para clareamento. Este código inclui todas assessões e é previsto por elemento dental.

8.6 Reparos de RestauraçãoIndicados para a recuperação de restaurações com excessos de material,

escultura precária, polimento deficiente, onde a intervenção do profissional consigarecuperar a anatomia e funcionalidade, tornando-a satisfatória, dispensando a opçãopela troca de restaurações, sempre mais invasivas que os reparos.

8.7 Tração OrtodônticaAs auditorias iniciais e finais são compulsórias. Liberada para fins de

aumento de coroa clínica, sendo que o procedimento cirúrgico não está incluído novalor.

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Capítulo 9

ENDODONTIA

CÓDIGO PROCEDIMENTO

80.06.001-3 Preparo (desobstrução) do conduto para pino ou núcleo intra-radicular

80.06.002-1 Remoção de pino intra-radicular ou núcleo metálico fundido80.06.003-0 Clareamento dental endógeno80.06.010-2 Tratamento não cirúrgico de perfuração radicular80.06.011-0 Tratamento de dentes com rizogênese incompleta80.06.012-9 Tratamento não cirúrgico de perfuração radicular com MTA80.06.004-8 Tratamento endodôntico - 1 conduto80.06.005-6 Tratamento endodôntico - 2 condutos8006.006-4 Tratamento endodôntico - 3 ou mais condutos80.06.007-2 Retratamento endodôntico - 1 conduto80.06.008-0 Retratamento endodôntico - 2 condutos80.06.009-9 Retratamento endodôntico - 3 ou mais condutos

As auditorias iniciais e finais de todos os procedimentos do subgrupo deendodontia são compulsórias. O auditor deve estar atento para os seguintesaspectos gerais:a) o CDC que realiza tratamentos endodônticos deverá ter obrigatoriamente em seu

consultório o aparelho de RX;b) a pulpectomia é etapa do tratamento endodôntico; não pode ser cobrada

separadamente, exceto quando for realizada em caráter de urgência;c) por razões éticas e legais qualquer fato inesperado durante o tratamento

endodôntico, tais como fraturas de instrumentos intracanal, extravasamento depasta de obturação, reações periapicais, etc, deverá ser objeto de relatóriocircunstanciado, onde deve constar o ciente do paciente. É responsabilidade doprofissional que realizou o tratamento fazer o controle e acompanhamento clínicoe radiográfico do caso;

d) as radiografias estão incluídas no valor dos tratamentos e retratamentosendodônticos e o CDC deverá enviar as radiografias inicial e final cartonadas,identificadas e datadas, uma vez que são documentos essenciais para arealização das auditorias;

e) repetições de RX não poderão ser cobradas;f) os equipamentos tecnológicos utilizados no tratamento e retratamento

endodôntico, tais como o microscópio eletrônico, o localizador de ápice e o ultra-som, não interferem no valor final dos procedimentos.

9.1 Preparo para Pino ou Núcleo Intra-radicularEste código é utilizado uma única vez para cada elemento dentário, pois se

refere ao dente e não ao número de condutos. Quando solicitado isoladamente deveser comprovado por RX.

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9.2 Remoção de Pino ou Núcleo MetálicoO procedimento previsto na Tabela diz respeito à remoção,

preferencialmente realizada com ultra-som, reduzindo-se os riscos de fraturas eperfurações radiculares.

9.3 Clareamento Dental EndógenoAutorizado para dentes anteriores e pré-molares não vitais, que apresentem

alteração de cor ou anomalias estruturais e que possuam coroa remanescentesuficiente para indicar o tratamento. O valor especificado na Tabela inclui todas asetapas (inclusive desobstrução parcial e selamento do conduto) e sessõesnecessárias. É imprescindível confirmar com o paciente se este foi esclarecido sobreo custo-benefício e o prognóstico do tratamento. Na auditoria inicial o tratamentoendodôntico deve ser avaliado como pré-requisito para liberação do procedimento.

9.4 Tratamento não Cirúrgico de Perfuração RadicularInclui até três trocas de curativo e uma única cobrança de consulta. No caso

de opção pelo uso do MTA, deverá ser utilizado o código específico, descrito naTabela, cujo custeio é complementar.

9.5 Tratamento e Retratamento EndodônticoÉ importante que o auditor ao liberar um retratamento endodôntico verifique

se o paciente está orientado no sentido de dar continuidade à reabilitação do dente,bem como se o mesmo apresenta condições de arcar com os custos advindos, emcaso de optar pela reabilitação que inclua a assistência complementar.

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Capítulo 10

PERIODONTIA

CÓDIGO PROCEDIMENTO80.07.001-9 Raspagem e alisamento radicular subgengival80.07.002-7 Cirurgia a retalho80.07.004-3 Gengivoplastia/Gengivectomia80.07.005-1 Cunha Mesial / Distal80.07.006-0 Cirurgia a retalho para aumento de coroa clínica80.07.007-8 Cirurgia a retalho com ressecção/hemissecção radicular80.07.008-6 Deslize do retalho coronal /apical/lateral80.07.009-4 Bridectomia / Frenectomia80.07.010-8 Enxerto livre gengival80.07.011-6 Enxerto de tecido conjuntivo subepitelial80.07.012-4 Dessensibilização dentária80.07.013-2 Manutenção Periodontal

80.07.014-0 Cirurgia a retalho para enxerto ósseo autógeno/ heterógeno/Regeneração Tecidual Guiada

80.07.003-5 Vestibuloplastia

As auditorias iniciais e finais de todos os procedimentos do subgrupo deperiodontia são compulsórias. O paciente em tratamento periodontal deve serinstruído no sentido de que o controle da patologia é condição primordial para osucesso da terapêutica prescrita. Os seguintes aspectos devem ser considerados naauditoria:a) um procedimento mais complexo engloba outros menos complexos, excluindo-se

a cobrança concomitante destes;b) os planejamentos periodontais serão enviados para auditoria, com radiografias e

o perfil periodontal do paciente;c) nos casos de pacientes parcialmente desdentados, considera-se um hemiarco

como aquele que contém no mínimo cinco elementos dentários;d) os procedimentos cirúrgicos somente serão liberados, depois de realizados e

auditados os procedimentos do preparo inicial;e) quando a tabela se referir a segmento entenda-se os espaços compreendidos de

canino a canino, de pré-molar a terceiro molar, ou espaços intermediáriosenvolvendo até quatro elementos contíguos.

10.1 Raspagem e Alisamento Radicular SubgengivalÉ permitida a cada doze meses e inclui a raspagem supragengival e o

polimento coronário do hemiarco em tratamento. Se o paciente for de alto risco paraa doença periodontal e houver necessidade deste procedimento em menor prazo, oCDC o solicitará mediante relatório circunstanciado. Caberá ao responsável peloreferenciamento ou auditor a liberação do pedido como “Manutenção Periodontal”(código 80070132). É realizada por hemiarco e exclui a cobrança concomitante doscódigos 80010083 e 80010091 para o mesmo hemiarco, uma vez que a raspagemsupragengival e o polimento coronário já estão incluídos no procedimento.

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10.2 Cirurgia a RetalhoProcedimento liberado por segmento, assim como a gengivoplastia/

gengivectomia e/ou deslize de retalho coronal/apical/lateral, independe de estarassociada ou não com osteotomia.

10.3 Cunha Mesial / DistalProcedimento liberado por elemento dental, o qual receberá somente uma

cunha (M ou D) ou as duas cunhas (M e D) incluídas no mesmo código.

10.4 Cirurgia a Retalho para Aumento de Coroa ClínicaProcedimento liberado para dentes permanentes, por segmento, e inclui

acesso cirúrgico e restabelecimento do espaço biológico.

10.5 Cirurgia a Retalho com Ressecção / Hemissecção RadicularProcedimento liberado por elemento dentário, podendo o retalho estender

aos dentes vizinhos.

10.6 Enxerto Livre GengivalInclui área de até três elementos dentários permanentes. Ultrapassando este

limite ou necessitando ser realizado em outra região não contígua, será cobradocomo outro procedimento. O mesmo aplica-se para os enxertos de tecido conjuntivosubepitelial.

10.7 Dessensibilização DentáriaInclui os dois arcos e todas as sessões necessárias. Prazo de carência de 6

meses; a necessidade de novo procedimento em prazo inferior deve serfundamentada em relatório.

10.8 Manutenção PeriodontalEnvolve os quatro hemiarcos. Inclui reforço da educação para saúde,

raspagem supragengival e polimento nos quatro hemiarcos, além da raspagemsubgengival nas áreas indicadas, bem como aplicação tópica de flúor, casonecessário. Não será liberada concomitantemente aos códigos 80010016,80070019, 80010024, 80010032 e 80010040. Mediante solicitação de Raspagem eAlisamento Radicular em periodicidade de realização menor que a prevista, pelomesmo CDC, fica indicada a “Manutenção Periodontal”.

10.9 Cirurgia a Retalho para Enxerto Ósseo Autógeno / Heterógeno /Regeneração Tecidual Guiada

Não inclui material utilizado (osso liofilizado, membranas, PRP, hidroxiapatitae outros), que deve ser pago pelo paciente ao CDC diretamente, sem ônus para oSISAU.

10.10 VestibuloplastiaProcedimento liberado por arcada.

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Capítulo 11

PRÓTESE

CÓDIGO PROCEDIMENTO80.08.001-4 Planejamento em prótese80.08.002-2 Ajuste oclusal80.08.003-0 Restauração provisória imediata (acrílico)80.08.004-9 Restauração provisória prensada80.08.005-7 Núcleo metálico fundido80.08.006-5 Núcleo Metálico Fundido Bipartido80.08.007-3 Coroa total em Cerômero (Artglass, Solidex e similares)80.08.008-1 Coroa 4/580.08.009-0 Coroa Total Metálica80.08.010-3 Coroa Metaloplástica (face em acrílico)80.08.011-1 Coroa Metalocerâmica80.08.012-0 Coroa de Cerâmica pura80.08.013-8 Faceta laminada em porcelana80.08.014-6 Prótese Parcial Removível bilateral com grampos80.08.015-4 Prótese Total Removível

80.08.016-2 Prótese Parcial Removível em acrílico com ou sem grampos(provisória)

80.08.017-0 Prótese Total Imediata (provisória)80.08.018-9 Reembasamento de Prótese Parcial ou Total80.08.019-7 Casquete para moldagem80.08.020-0 Jig ou Front Plateau80.08.021-9 Prótese Fixa Metaloplástica (face em acrílico)80.08.022-7 Prótese Fixa Metalocerâmica80.08.023-5 Prótese Fixa Adesiva Direta (provisória)80.08.024-3 Prótese Fixa Adesiva Indireta em Cerômero80.08.025-1 Prótese Fixa Provisória80.08.026-0 Coroa Metaloplástica (face em cerômero)80.08.027-8 Faceta em cerômero80.08.028-6 Prótese Fixa Metaloplástica (face em cerômero)

As auditorias iniciais e finais de todos os procedimentos do subgrupo deprótese são compulsórias. Os trabalhos feitos em metalocerâmica ou porcelanapura, bem como a parte laboratorial dos trabalhos em cerômero, são consideradoscomo assistência complementar e o titular participa com parte do custeio.

Não se aceitam acordos entre CDC/paciente no sentido de complementar opreço da Tabela “por fora” e lançar um código que não corresponda ao trabalho doqual será feita auditoria final.

O período de validade mínimo para os procedimentos de prótese é de 365dias. Não é aceita a utilização do metal duracast nos casos das próteses unitárias efixas.

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11.1 Planejamento em PróteseIndicado para os casos de reabilitação oral e para os de grande

complexidade, mediante relatório circunstanciado do CDC. Envolve a confecção demodelos e montagem em articulador semi-ajustável para análise oclusal. Osmodelos de estudo devem ser guardados até a conclusão do tratamento, podendoneste período, ser eventualmente solicitados, a critério do auditor.

11.2 Ajuste OclusalO ajuste oclusal é indicado para casos em que se verifica a presença de

sinais e sintomas de patologias oclusais após o tratamento ortodôntico e oureabilitações protéticas extensas. O CDC deverá enviar à auditoria inicial relatóriocircunstanciado constando o motivo da indicação deste procedimento, o resultadoesperado e o prognóstico do caso. O ajuste oclusal será cobrado por sessão e serãoliberadas no máximo três sessões.

11.3 Restaurações ProvisóriasA Tabela prevê dois tipos de restaurações provisórias:

a) Provisória imediata - A confecção deste tipo será liberada para todos os casosque incluam a necessidade de aguardar a fase laboratorial da prótese fixa, sejade dentes anteriores ou posteriores, visando a manutenção do contorno gengivale estabilização temporária da oclusão. Na avaliação da provisória o auditordeverá observar a integridade da adaptação marginal, os pontos de contatoproximais, escultura, oclusão, contorno, acabamento e polimento. Provisórias quenão estejam em acordo com estes itens deverão ser repetidas.

b) Provisória prensada - A liberação de sua confecção fica restrita aos casos dereabilitação, casos que possuam grande envolvimento estético e/ ou aqueles emque a provisória deva justificadamente permanecer durante um períodoprolongado na boca.

11.4 Núcleos MetálicosO auditor deve observar se o comprimento intra-radicular do núcleo está

proporcional ao tamanho da coroa dental íntegra daquele elemento, levando emconsideração o remanescente coronário e o nível ósseo. Os planos de tratamentoque incluam núcleos metálicos devem prever uma radiografia periapical do trabalhofixado para que seja enviado à auditoria final. É importante salientar que a confecçãodo núcleo só deve ser autorizada para aqueles dentes com tratamento endodônticosatisfatório ou dentes que não tenham indicação para retratamentos.

11.5 Próteses Fixas Unitárias – (coroas totais e parciais)Ao propor procedimentos de prótese unitária o CDC deverá prever uma

radiografia a fim de registrar o resultado final do trabalho e enviá-la à auditoria final.

11.6 Próteses Fixas de mais de um Elemento (pontes fixas)Os critérios para liberação de ponte fixa são objetivos e devem ser

conhecidos por todos os auditores. A liberação desses procedimentos, de custo maiselevado, deve ser feita com critério e seguir o fluxo estabelecido no protocolopróprio.

A concessão está condicionada à comprovação de comprometimento dafisiologia ou de grave prejuízo estético, em arcadas em bom estado e em condiçõesde controle de placa bacteriana, atendendo aos seguintes critérios objetivos:

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a) estrutura óssea e dental em condições de dar suporte à ponte fixa;b) espaço protético preservado em altura e largura;c) adequada inclinação dos elementos dentários que são pilares da ponte fixa;d) ausência de problemas de oclusão, dor ou disfunção da articulação têmporo-

mandibular, que possa comprometer a realização do trabalho;e) faixa de gengiva inserida condizente com o uso da ponte, ausência de doença

inflamatória gengival ou periodontal que comprometam a realização do trabalho;f) condições endodônticas e periapicais dos pilares condizentes com a função e

sobrecarga mastigatória que irão receber (o auditor deverá avaliar a realnecessidade de tratamentos endodônticos dos dentes incluídos como bases naspontes fixas). Caso estes elementos dentários já apresentem tratamentoendodôntico será observado se estão em condições técnicas satisfatórias, comausência de sintomatologia e de qualquer suspeita de perfuração e fraturaradicular.

Caberá ao auditor avaliar, segundo critérios técnicos, a indicação da pontefixa convencional e da ponte adesiva, observando:a) a ponte fixa adesiva poderá ser autorizada para dentes anteriores e posteriores

desde que as bases sejam elementos hígidos com esmalte intacto, ou dentescom pequenas restaurações e espaço protético adequado;

b) as pontes fixas adesivas anteriores e posteriores devem ser restritas a trêselementos dentários, indicadas de acordo com a técnica da odontologia estética,com reforço de fibras, metais, fios ou material que promova resistência final paraa mesma;

c) as pontes adesivas diretas são permitidas somente para a região bucal anterior edevem receber reforço com fibra ou metal;

d) as pontes adesivas indiretas podem ser indicadas para região anterior ouposterior e também devem receber reforço em fibra ou metal.

Na auditoria final o auditor observará sua adaptação através de RX.Conforme previsto no protocolo de descentralização das autorizações para

ponte fixa, é importante que todas as liberações sejam arquivadas no NAIS/SAS,que o relatório mensal contendo o número de liberações seja enviado a DS-PMMGou AAS-CBMMG subsidiando com dados epidemiológicos o planejamento dagerência.

11.7 Facetas Laminadas em PorcelanaPermitidas apenas em dentes anteriores que apresentarem alterações de

esmalte ou dentina incompatíveis com a estética ou função. A FiOd deve estaracompanhada de relatório do CDC circunstanciando a necessidade do paciente.Antes de autorizar o procedimento é muito importante que o auditor faça umaavaliação da relação custo/benefício, observando as condições gerais de saúdebucal do paciente, ausência de problemas periodontais, endodônticos, oclusais eoutros.

11.8 Próteses RemovíveisAs próteses removíveis, quando bem indicadas e bem executadas

solucionam o problema estético e funcional de muitos pacientes e, por serem decusto menor em relação a outros tipos de reabilitação, cumprem uma função socialmuito importante.

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Ao autorizá-las o auditor deve levar em consideração os períodos devalidade (até que o sistema informatizado esteja completamente implantado, cadaNAIS/SAS deverá manter um cadastro com registros apropriados para estecontrole). A concessão de nova prótese removível em prazos menores que oprevisto poderá ocorrer nas seguintes situações:a) fratura ou perda da prótese, resultante de acidente em serviço do militar,

devidamente comprovado;b) desgaste oclusal que venha comprometer o aspecto funcional da oclusão ou

causar riscos à integridade da articulação têmporo-mandibular, ou dos demaiscomponentes do sistema estomatognático;

c) perda de novos elementos dentários que levem à necessidade de extensão daprótese parcial ou adoção da prótese total removível;

d) outros casos, analisados individualmente, mediante relatório circunstanciado doCDC.

Observação importante a se considerar é que as próteses removíveisprovisórias (códigos 80080162 e 80080170) têm sua indicação restrita aos casos decirurgia pré-protética ou de extrema necessidade estética/funcional, avaliada caso acaso, a critério do auditor.

Os prazos para auditoria final deste tipo de trabalho são alongados, para queo paciente possa detectar com o uso, a eventual necessidade de ajustes. O CDCdeverá orientar o paciente a comparecer à auditoria no quarto ou quinto dia útil apósa alta, prazo que possibilita os ajustes da prótese pelo CDC, previamente à auditoriafinal. A partir daí o paciente, terá o prazo de oito dias úteis para devolver a FIOD aoCDC com a auditoria final assinada.

( - SEPARATA DO BGPM Nº 27 DE 14 DE ABRIL DE 2009 -) Página: ( - 36 - )

Capítulo 12

ORTODONTIA

CÓDIGO PROCEDIMENTO80.09.001-0 Tratamento Ortodôntico Corretivo80.09.002-8 Tratamento Ortodôntico Corretivo (extensão)80.10.001-5 Manutenção Ortodôntica Mensal80.10.002-3 Aparelho Extra oral80.10.003-1 Placa de Contenção Móvel80.10.004-0 Contenção inferior 3 X 380.10.005-8 Aparelhos Bimler / Frankel / Planas / Bionator / Monobloco ou similar80 10.006-6 Tratamento Ortodôntico Fixo Parcial (4 X 2)80.10.007-4 Placa Verticalizadora de Molares80.10.008-2 Aparelho Móvel com parafuso/arco de projenia80.10.009-0 Grade palatina móvel80.10.010-4 Aparelho móvel com molas80.10.011-2 Mentoneira ou Skyhook80.10.012-0 Arco lingual/Barra transpalatina / Botão de Nance / PLA80.10.013-9 Aparelho para disjunção palatina (Haas/Hirax)80.10.014-7 Grade palatina fixa ou Esporão80.10.015-5 Colagem de botão/bracket80.10.016-3 Aparelho Quadrihélice ou Bihélice80.10.017-1 Aparelho de Thurow80.10.018-0 Levante de mordida80.10.019-8 Máscara Facial80.10.020-1 Pendex/Jones Jig/similares80.10.021-0 Herbst

Na RMBH, os pacientes que necessitam de terapêutica ortodôntica deverãoser submetidos somente à auditoria inicial, no Centro Odontológico, para arealização dos procedimentos dos subgrupos 80090001 – procedimento deortodontia corretiva e 80100007 - procedimento de ortodontia interceptativa,enquanto no interior do Estado serão realizadas auditorias inicial e finaladministrativas de modo censitário e auditorias presenciais por amostragem. Essainiciativa que visa disponibilizar o oficial dentista para o atendimentoclínico/ortodôntico, não o exime da responsabilidade de manter o controle eavaliação da rede credenciada, por meio da auditagem de casos mais complexos ouduvidosos.

As liberações para tratamentos ortodônticos devem ser realizadas medianteo preenchimento do Protocolo para Requerimento de Autorização de TratamentoOrtodôntico junto à Diretoria de Saúde-PMMG;

São critérios gerais para o desempenho desta especialidade:a) os procedimentos de ortodontia somente poderão ser realizados por CDC que

possua título de especialista em ortodontia devidamente registrado no ConselhoFederal de Odontologia;

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b) por sua complexidade e custo, os tratamentos deverão ser autorizados segundoas previsões legais nos protocolos de liberação adotados pelo SISAU;

c) tratando-se de atendimento para público previdenciário, o auditor verificará acondição de dependência legal paciente/titular antes de avaliar a solicitação.Caso haja o surgimento de causa superveniente extinguindo esta relação dedependência (sendo por idade, não havendo prorrogação junto ao IPSM), ocusteio do restante do tratamento ortodôntico não será mais financiado peloSistema, devendo se estabelecer neste sentido acordo direto entrecredenciado/paciente;

d) havendo rescisão do contrato por parte do ortodontista, o profissional deveráenviar a relação de pacientes com tratamentos em andamento. Os casosdeverão ser concluídos, obedecendo aos mesmos prazos e critérios previstos noplano de tratamento inicial (ou repassados para outro profissional credenciado,desde que haja anuência do mesmo e do usuário neste sentido);

e) a Tabela de procedimentos de ortodontia interceptativa poderá ser utilizada paraos casos de eventual necessidade de reconfecção de aparelhos ortodônticoscorretivos devido à perda, quebra por uso indevido, desuso ou qualquer outromotivo não atribuído à qualidade da confecção ou colocação indevida doaparelho pelo CDC. Havendo a necessidade da reconfecção de algum aparelhopor responsabilidade do ortodontista credenciado, o mesmo assumirá o custo,inclusive da fase laboratorial;

f) a taxa de manutenção somente será paga ao ortodontista credenciado uma únicavez ao mês, independente de quantas vezes o paciente comparecer aoconsultório do mesmo. Por outro lado, o não comparecimento do paciente àconsulta de manutenção previamente agendada para aquele mês, não o isentado pagamento da mesma;

g) toda documentação ortodôntica deverá ser arquivada na SAS para o devidocontrole. Deve-se registrar o número da FiOd do tratamento, o relatório dotratamento, o número das FiOd de manutenções mensais, bem como o mês e onúmero de ordem da manutenção.

12.1 Tratamento Ortodôntico CorretivoTratamento ortodôntico corretivo é aquele que tem por objetivo o equilíbrio

estético e funcional do sistema ortognático através do nivelamento e alinhamentodos dentes, obtenção das seis chaves de oclusão de Andrews, obtenção de guiasfuncionais e estabilidade da oclusão pós-tratamento dentro das limitações biológicasde cada paciente. É realizado no final do segundo período transitório (erupção dosegundo pré-molar) e em dentição permanente. Serão observados os seguintescritérios específicos:a) o tratamento ortodôntico corretivo inclui todos os procedimentos terapêuticos

(aparelho ortodôntico completo, aparelhos de ancoragem, barra transpalatina,arco lingual, disjuntor, placa lábio ativa) e outros que se fizerem necessários pararealização do tratamento, inclusive os aparelhos de contenção, taxaslaboratoriais e as manutenções mensais;

b) o valor total do pacote completo é fixo, definido na Tabela com limite de coberturade 7200 US e será descontado no pagamento do titular junto ao IPSM em 24(vinte e quatro) vezes sucessivas e iguais no valor de 300 US mensais e isentasde auditorias. Para os tratamentos menos complexos que demandam menoresprazos de duração, o número de parcelas corresponderá ao número de meses deefetivo tratamento;

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c) os casos de tratamento corretivo cuja conclusão não se efetivar nos vinte equatro meses previstos, serão analisados pelos auditores da rede orgânica,mediante um relatório circunstanciado do CDC responsável, relatando o tempoadicional previsto para o término do tratamento (o qual não deve ultrapassar 12meses) e informações sobre os motivos da prorrogação. Após avaliação dessesdados, cabe ao auditor definir a liberação da prorrogação do tratamento. Nestescasos não será utilizado o código 80090010. O CDC será remuneradomensalmente durante o novo período estipulado, em valor fixado na Tabela pelocódigo 80090028;

d) o período de contenção máximo do tratamento reabilitador (corretivo) é de vinte equatro meses, sendo autorizadas consultas de manutenção da seguinte forma:no primeiro ano consultas de manutenção trimestrais; no segundo ano, asconsultas de manutenção serão semestrais, nos mesmos valores.

12.2 Tratamento Ortodôntico Corretivo (Extensão)A extensão do tratamento poderá abranger até 12 meses. É indicada para

os casos complexos em que o tratamento ortodôntico corretivo, código 80090010,ultrapassar o prazo de 24 meses, mediante autorização prévia pela auditoria, apósanálise da documentação e comprovação da necessidade de prorrogação dotratamento.

12.3 Procedimentos de Tratamento Ortodôntico InterceptativoRealizado em dentadura mista ou decídua, tem como objetivo a eliminação

de interferências existentes com os fatores envolvidos no crescimento edesenvolvimento crânio-facial, bem como no desenvolvimento oclusal. Visa reduzir aseveridade da má oclusão podendo até mesmo eliminar a necessidade derealização de futuros tratamentos mais complexos. Serão observados os seguintescritérios para auditoria:a) os procedimentos são enumerados de forma individualizada e serão cobrados

por aparelho;b) as manutenções mensais também serão descontadas mensalmente, isentas de

auditorias, e têm um valor fixo definido na Tabela;c) cabe também ao auditor certificar se o paciente foi informado pelo credenciado

de que os procedimentos interceptativos podem ser uma etapa do tratamento, àqual muitas vezes deverá seguir a parte corretiva.

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Capítulo 13

CIRURGIAS ORAIS AMBULATORIAIS

CÓDIGO PROCEDIMENTO80.11.001-0 Ulectomia / Ulotomia80.11.002-9 Exodontia de dente permanente via alveolar80.11.003-7 Exodontia via não alveolar (decíduo ou permanente)

80.11.004-5 Exodontia de raiz residual/ remoção de fragmentos dentais e corposestranhos

80.11.005-3 Cirurgia com finalidade de tracionamento ortodôntico80.11.006-1 Alveoloplastia80.11.007-0 Apicetomia com obturação retrógada (incisivos / caninos)80.11.008-8 Apicetomia (incisivos / caninos)80.11.009-6 Apicetomia com obturação retrógada (pré-molares)80.11.010-0 Apicetomia (pré-molares)80.11.011-8 Apicetomia com obturação retrógada (molares)80.11.012-6 Apicetomia (molares)80.11.013-4 Cirurgia para exodontia de dente semi incluso, incluso ou impactado80.11.014-2 Cirurgia para enucleação de lesões císticas, tumorais ou inflamatórias80.11.015-0 Tratamento de lesão cística (marsupialização ou descompressão)80.11.016-9 Biópsia Excisional ou Incisional80.11.017-7 Cirurgia para remoção de Tórus Palatino80.11.018-5 Cirurgia para remoção de Tórus Mandibular unilateral80.11.019-3 Cirurgia para remoção de Tórus Mandibular bilateral80.11.020-7 Sulcoplastia

80.11.021-5 Cirurgia para excisão de Rânula ou Mucocele ou retirada de CálculoSalivar via intra-oral

80.11.022-3 Frenectomia lingual ou labial80.11.023-1 Fístula oro-antral-correção cirúrgica80.11.024-0 Fístula oro-nasal-correção cirúrgica

Os procedimentos cirúrgicos constantes da Tabela são aqueles realizados emambiente ambulatorial. Deve-se observar que todas as intervenções cirúrgicasprevistas incluem o preparo pré-operatório, o acompanhamento pós-operatório, aremoção de sutura e troca de eventuais curativos, se necessário. Todos osprocedimentos de cirurgia ambulatorial estão dispensados de auditoria presencial.

13.1 Ulotomia/ UlectomiaEste procedimento deverá ser realizado uma única vez para cada elemento

dentário, desde que afastada a indicação posterior de exodontia e que haja gengivainserida suficiente ao redor do dente.

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13.2 ExodontiasNas diferentes modalidades de exodontia considera-se incluída a

alveoloplastia, quando necessária.

13.3 ApicetomiasDevem ser esgotadas todas as possibilidades de tratamento não cirúrgico,

antes da opção pela apicetomia.

13.4 - BiópsiasInclui o acondicionamento do material em recipiente próprio, devidamente

identificado e o encaminhamento para o laboratório, acompanhado do relatórioclínico do caso.

13.5 Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-FacialOs outros procedimentos cirúrgicos, referentes à traumatologia

bucomaxilofacial têm como objetivo o diagnóstico e o tratamento cirúrgico dasdoenças, traumatismos, lesões e anomalias congênitas e adquiridas do sistemaestomatognático e estruturas crânio-faciais associadas.

Por sua complexidade só podem ser realizados por profissionais com estaespecialidade, dentro dos limites legais previstos para profissão. Em geral estascirurgias de maior porte são feitas em ambiente hospitalar por uma equipemultidisciplinar. Por estas razões estes procedimentos constam da Tabela deHonorários Médicos do SISAU.

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Capítulo 14

PROCEDIMENTOS DE DOR OROFACIAL E DISFUNÇÃO TEMPORO-MANDIBULAR

CÓDIGO PROCEDIMENTO

80.13.001-1 Consulta de controle para dor orofacial e disfunçõestemporomandibulares

80.13.002-0 Placa estabilizadora/Placa de bruxismo80.13.003-8 Placa reposicionadora80.13.004-6 Manutenção de placas80.13.005-4 Infiltração intra-articular80.13.006-2 Infiltração intramuscular80.13.007-0 Agulhamento de Trigger Point

A especialidade “Dores Orofaciais e Distúrbios Têmporo-mandibulares” foirecentemente registrada pelo Conselho Federal de Odontologia e, no seu conjunto,os procedimentos desta especialidade são utilizados na tentativa de resolver ouminimizar sintomatologias dolorosas. A inclusão desta parte da Tabela foi feita com ointuito de ampliar a cobertura da demanda, que é crescente. As auditorias iniciais efinais de todos os procedimentos desse grupo são compulsórias.

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte todos os pacientes sãoacolhidos para avaliação e auditorias inicial e final no Centro Odontológico, naClínica de Dores Orofaciais e Desordens Têmporo-mandibulares. A partir destaavaliação, os pacientes somente são referenciados à rede credenciada paratratamento, caso a rede orgânica esteja saturada.

No interior, o oficial dentista dos NAIS/SAS é responsável peloencaminhamento e pelas auditorias dos casos. Havendo necessidade, poderárecorrer ao COdont, que servirá como referência técnica para a rede orgânica.

O auditor deve estar ciente que, neste campo, estudos atuais apontam queuma abordagem multidisciplinar do paciente (especialistas nas diversas áreas daodontologia, trabalhando em conjunto com médicos, fisioterapeutas e outrosprofissionais da saúde) em geral está mais próxima da solução do que qualquerintervenção isolada.

O ajuste oclusal, também contemplado nesta especialidade, foi mantido naTabela de prótese.

14.1 ConsultasA consulta inicial com o CDC será realizada com o intuito de diagnóstico e

planejamento do caso. As consultas de controle serão realizadas durante otratamento de dores orofaciais para revisões. Não devem exceder duas consultasmês/paciente durante o tratamento, e uma consulta trimestral, após a alta, paramanutenção. Nestas consultas poderão ser realizados procedimentos terapêuticos.(as infiltrações articulares ou musculares serão realizadas como terapêutica ou comoforma de diagnóstico diferencial).

14.2 PlacasSão dois os tipos de placas:

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a) Placa Estabilizadora - Deve ser confeccionada em acrílico e utilizada comoarsenal terapêutico nos casos de desordens musculares e ou articularesassociadas a hábitos parafuncionais. A auditoria não deve liberá-la como meiodiagnóstico. Também não serão liberadas placas de acetato/ silicone paraadultos. A utilização deste material só será aceita na confecção de placas paracrianças em fase de crescimento. O auditor poderá liberar consultas demanutenção e controle da placa da seguinte forma: uma manutenção 15/45 e 90dias após a incorporação e a cada seis meses, enquanto o paciente usar a placa.

b) Placa Reposicionadora - A placa reposicionadora deve ser confeccionada emacrílico rígido ou acetato rígido e será indicada nos casos de desordensarticulares envolvendo o complexo côndilo-disco e ou tecido retrodiscal. Não seráautorizada para controle de hábitos parafuncionais, diagnóstico diferencial oucasos de deslocamento de disco articular com redução, sem sintomatologiadolorosa e ou travamento intermitente. O auditor liberará consultas demanutenção da seguinte forma: uma manutenção sete dias após a incorporaçãoda placa e uma manutenção mensal enquanto esta for usada, lembrando queseu uso não deverá ultrapassar três meses contínuos.

14.3 Agulhamento de “Trigger Points”Recurso terapêutico para dores miofaciais que deverá ser usado

preferencialmente após tentativa do fisioterapeuta de desativação desses pontos.

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Capítulo 15PROCEDIMENTOS DE LABORATÓRIO DE PRÓTESE

CÓDIGO PROCEDIMENTO80.14.001-7 Restauração metálica fundida80.14.004-1 Núcleo Metálico Fundido80.14.005-0 Coroa 4/580.14.006-8 Coroa total80.14.007-6 Casquete para moldagem80.14.014-9 Coroa Metaloplástica (face em acrílico)80.14.015-7 Coroa Metaloplástica face em cerômero80.14.016-5 Prótese Fixa Metaloplástica (face acrílico)80.14.017-3 Prótese Fixa Metaloplástica em cerômero80.14.018-1 Coroa Metalocerâmica80.14.019-0 Prótese Fixa Metalocerâmica80.14.020-3 Coroa de porcelana pura80.14.021-1 Faceta em Cerâmica80.14.022-0 Coroa Provisória Prensada em acrílico80.14.031-9 Ponto de solda em ouro80.14.032-7 Ponto de solda em ouro branco80.14.033-5 Ponto de solda em Palliag80.14.034-3 Ponto de solda metalocerâmica80.14.035-1 Coroa total em cerômero (Artglass, Solidex e similares)80.14.036-0 Ponte Fixa Adesiva Indireta em Cerômero80.14.037-8 Faceta em cerômero80.14.038-6 Restauração Inlay e Onlay em cerômero80.14.039-4 Placa Estabilizadora/bruxismo80.14.040-8 Placa Estabilizadora/acetato80.14.041-6 Placa Estabilizadora/acetato de silicone80.14.042-4 Mantenedor de espaço80.14.043-2 Guia cirúrgico80.14.044-0 Placa Reposicionadora (em acrílico)80.14.045-9 Placa Reposicionadora (acetato)80.14.046-7 PPR bilateral – completo - Dentoruim80.14.047-5 PPR provisória80.14.049-1 Acréscimo de PPR com solda80.14.050-5 Blindagem em PPR ou contra placas80.14.051-3 Solda em PPR80.14.055-6 Acréscimo para prensagem de PPR ou PTR em Coloform80.14.056-4 PTR simples80.14.057-2 PTR imediata provisória80.14.063-7 Acréscimo para prensagem PTR com palato incolor80.14.066-1 Tela de reforço de nylon ou metálica80.14.067-0 Grampos fundidos para PTR80.14.068-8 Chapa metálica para PTR

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80.14.070-0 Conserto de PPR ou PTR80.14.071-8 Colocação de elemento dental em PPR ou PTR80.14.072-6 Limpeza em PTR ou PPR80.14.073-4 Reembasamento de PTR80.14.074-2 Reembasamento de PPR

80.14.075-0 Aparelho ortodôntico Bimler/ Frankel/Planas/Bionator/ Monobloco ousimilar

80.14.076-9 Aparelho para Disjunção Palatina (Haas/Hirax)80.14.077-7 Aparelho Quadrihélice ou Bihélice80.14.078-5 Placa Verticalizadora de molares80.14.079-3 Placa de Contenção (3 X 3)80.14.080-7 Mentoneira ou SKYHOOK80.14.081-5 Grade Palatina Fixa ou Esporão80.14.082-3 Thurow80.14.083-1 Grade Palatina Móvel80.14.084-0 ArcoLingual/BarraPalatina/Botãode Nance/PLA80.14.085-8 Aparelho Móvel com Parafuso/Arco de progenia80.14.086-6 Aparelho móvel com molas80.14.087-8 Levante de Mordida80.14.088-2 Pendex/Jones Jig/similares80.14.089-0 Herbst80.14.095-5 PPR bilateral

Todos os procedimentos de laboratório de prótese/ortodontia exigemauditorias presenciais. É importante salientar que a auditoria final caberá ao CDCresponsável pelo atendimento. Se a qualidade do serviço realizado pelo laboratórionão for aprovada pelo CDC, o SISAU não se responsabilizará pelo pagamento domesmo. À rede orgânica caberá somente a auditoria inicial, que autoriza a realizaçãodo procedimento.

Todos os procedimentos de prótese incluem ajuste oclusal e polimento dostrabalhos, e o tipo de material utilizado na confecção de próteses deve serespecificado no campo próprio para o detalhamento do plano de tratamento da FiOd.

Considerando que somente a rede orgânica, por meio do CentroOdontológico, realiza os procedimentos de implantodontia, as auditorias finais dafase laboratorial ficam restritas ao COdont, para os seguintes procedimentos:

CÓDIGO DESCRIÇÃO80250009 PROCEDIMENTOS DE LABORATÓRIO DE PRÓTESE EM

IMPLANTODONTIA80260004 ÓRTESES, PRÓTESES E MATERIAIS ESPECIAIS (OPME)80270000 PROCEDIMENTOS DE LABORATÓRIO DE PRÓTESE EM

IMPLANTODONTIA80280005 ÓRTESES, PRÓTESES E MATERIAIS ESPECIAIS (OPME)

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Capítulo 16

PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS

PROCEDIMENTOS DIVERSOSCÓDIGO PROCEDIMENTO CRITERIOS DE CUSTOS

80.19.000-6Atendimento a pacientescom necessidadesespeciais

O valor dos procedimentos realizados nestespacientes serão os da Tabela de Honoráriosde Odontologia, acrescidos de 30%, exceto:8014000-9, 8017000-5, 8018000-0.

O valor do honorário de anestesia não estaconcluído no valor do procedimentoodontológico devendo ser cobrado de acordocom a Tabela de Honorários Médicos doSiSau: Código 1603011-7 em anestesia geralpara atendimento a pacientes comnecessidades especiais em realização derecurso diagnóstico odontológico ou Código1603012-5 em anestesia geral paraatendimentos a pacientes com necessidadesespeciais em procedimento clínico / cirúrgicoodontológico.

A previsão desses procedimentos visa a alcançar aqueles pacientes que pordificuldade física, sensorial ou psicológica estão à margem do atendimentoambulatorial rotineiro. Traduz um dos princípios organizativos do SISAU, o princípioda equidade, que é definido no Plano Diretor como: “tratar adequadamente asdesigualdades, investindo-se mais onde a carência é maior”.

Devido às condições físicas e ou mentais, estes pacientes são atendidos emambiente hospitalar ou em consultórios ou clínicas onde haja aparatologiaapropriada e equipe odontológica ou multidisciplinar preparada para estamodalidade de atendimento. São exemplos de pacientes que se enquadram nestacategoria: pacientes com patologias sistêmicas crônicas ou agudas que contraindiquem o atendimento odontológico convencional sob anestesia local, pacientescom deficiências neurológicas graves, pacientes com doenças degenerativas doSNC, autistas e pacientes com alterações genéticas associadas a distúrbios decomportamento.

Os tratamentos odontológicos realizados pela rede credenciada nestepúblico específico estão dispensados de auditoria presencial inicial e final.

Os preços praticados serão os previstos pelo SISAU com um acréscimo de30% (trinta por cento) no valor total, excluída a anestesia geral, cujo custeio éreferenciado na Tabela Médica.

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Capítulo 17

ATENDIMENTO DOMICILIAR

PROCEDIMENTOS DIVERSOSCÓDIGO PROCEDIMENTO CRITERIOS DE CUSTOS

80.20.000-1 Home Care Odontológico(Atendimento Domiciliar)

Pacientes que apresentem incapacidadepermanente ou temporária (de longo prazo)para se locomover. Necessário laudomédico. Todos os atendimentos realizadosnos mesmos deverão acompanhar oshonorários da Tabela acrescidos de 70% dovalor total.

É o atendimento odontológico previsto para os beneficiários que apresentamincapacidade permanente ou temporária de longo prazo para se locomover. Ostratamentos odontológicos realizados pela rede credenciada no público especifico depacientes que apresentam necessidades especiais estão dispensados de auditoriainicial e final.