manual para aquisiÇÃo e adaptaÇÃo de arquivos deslizantes ministerio da fazenda 2014.pdf

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  • 2014Gesto de Documentos e da Informao

    Recomendaes

    para construo

    e adaptao

    de Arquivos

    MINISTRIO DA FAZENDA

    SECRETARIA EXECUTIVA

    SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORAMENTO E ADMINISTRAO

  • Ministro da Fazenda

    GUIDO MANTEGA

    Secretrio-Executivo

    PAULO ROGRIO CAFFARELLI

    Secretrio-Executivo Adjunto

    DYOGO HENRIQUE DE OLIVEIRA

    Subsecretrio de Planejamento, Oramento e Administrao

    PAULO DE TARSO CANCELA CAMPOLINA DE OLIVEIRA

    Subsecretrio-Adjunto de Planejamento, Oramento e Administrao

    ERASMO VERSSIMO DE CASTRO SAMPAIO

    Coordenadora-Geral de Recursos Logsticos

    ALEXANDRA MENDES LEO RIBEIRO

    Coordenadora de Documentao e Sistemas De Logstica

    CAROLINE LOPES DURCE

    Chefe de Diviso de Documentao e Sistemas

    AMANDA FREITAS GOMES

    Equipe Tcnica Grupo de Trabalho (Portaria MF n. 940, de 11/11/2013)

    MEMBROS TITULARES:

    CAROLINE LOPES DURCE (SPOA)

    EDINA LOPES GUERRA (PGFN)

    ELIOMAR GOMES LIMA (SE)

    MARCO ANTNIO AZEVEDO JACOB DE ARAJO (SRF)

    RENATA DE SOUZA CABRAL (GMF)

    VITOR AUGUSTO NINI (STN)

    MEMBROS SUPLENTES:

    CAROLINA RODRIGUES NASCIMENTO (GMF)

    CHRISTIANE CABRAL CASTRO (SE)

    DANIELE CRISTINA BASSO UNO (SPOA)

    DAYSE CRISTINA DE SOUZA (PGFN)

    GUILHERME GONZAGA BERNARDES CABRAL (SRF)

    SONYA MARIA DE ALBUQUERQUE PEIXOTO (PGFN)

    VLADIMIR REIS JOAQUIM LOPES (STN)

    CONVIDADOS:

    EDUARDO FERNANDES AUGUSTO (SPOA)

    ISABELLA DE M. RIBEIRO PEREIRA (GMF)

    MARIA AUGUSTA GOMES (SRF)

    PATRCIA DIAS PEIXOTO (SPOA)

    Colaborao

    GABINETE DO MINISTRO DA FAZENDA GMF

    PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL PGFN

    SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL SRF

    SECRETARIA EXECUTIVA SE

    SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL STN

    Diagramao

    DANIELE CRISTINA BASSO UNO

    BRASIL. Ministrio da Fazenda. Secretaria Executiva. Subsecretaria de Planejamento, Oramento e

    Administrao. Coordenao-Geral de Recursos Logsticos. Recomendaes para construo e adaptao de

    Arquivos. Braslia, 2014. 38 p.

    Impresso no Brasil/ Printed in Brazil

  • Braslia-DF

    Maro/2014

    MINISTRIO DA FAZENDA

    SECRETARIA EXECUTIVA

    SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORAMENTO E ADMINISTRAO

    Recomendaes

    para construo

    e adaptao

    de Arquivos

  • Brasil. Ministrio da Fazenda. Secretaria Executiva. Subsecretaria de

    Planejamento, Oramento e Administrao. Coordenao-Geral de

    Recursos Logsticos .

    Recomendaes para construo e adaptao de Arquivos : verso

    1.0. Braslia : MF/SPOA/COGRL, 2014.

    p. : il. ; 30 cm.

    Contm Apndice

    1. Construo, recomendaes. 2. Adaptao, recomendaes. 3.

    Arquivos, construo. 4. Arquivos, adaptao. I. Ttulo.

    CDD -

    38

    025.8

    MINISTRIO DA FAZENDA

    Secretaria Executiva

    Subsecretaria de Planejamento, Oramento e Administrao

    Coordenao-Geral de Recursos Logsticos

    Coordenao de Documentao e Sistemas de Logstica

    Diviso de Documentao

    SAS Quadra 6 - Bloco O - Ed. rgos Centrais - 7 andar

    CEP 70070-917 - Braslia - Distrito Federal - Brasil

    Tel.: 55 (61) 3412-5701

    E-mail: [email protected]

    http://www.fazenda.gov.br/

    Registre sua manifestao no Servio de Ouvidoria do

    Ministrio da Fazenda.

    http://portal.ouvidoria.fazenda.gov.br/ouvidoria/

    Telefone: 0800 702 1111

    E-mail: [email protected]

    A SPOA agradece!

  • SUMRIO

    CONSIDERAES INICIAIS ................................................................................................... 1

    1. PLANEJAMENTO ........................................................................................................ 3

    2. ESPAO FSICO ........................................................................................................... 4

    2.1 PREVISO DE CRESCIMENTO ..................................................................................................... 4

    2.2 DIVISO DO ESPAO ............................................................................................................... 5

    3. INSTALAES ............................................................................................................. 7

    3.1 INSTALAES ELTRICAS .......................................................................................................... 7

    3.2 INSTALAES HIDRULICAS ...................................................................................................... 7

    3.3 COBERTURA .......................................................................................................................... 8

    3.4 CONSTRUO E REVESTIMENTO ................................................................................................ 8

    3.5 PORTAS E JANELAS ................................................................................................................. 9

    4. MOBILIRIO ............................................................................................................. 10

    5. CONDIES AMBIENTAIS ......................................................................................... 13

    5.1 TEMPERATURA, UMIDADE E VENTILAO ................................................................................. 13

    5.2 ILUMINAO ....................................................................................................................... 14

    6. SEGURANA ............................................................................................................. 15

    6.1 PROTEO CONTRA FOGO E GUA .......................................................................................... 15

    6.2 PROTEO CONTRA ROUBO E VANDALISMO .............................................................................. 16

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ......................................................................................... 17

    APNDICE

    ESPECIFICAES TCNICAS PARA CONTRATAES ........................................................... 19

    1. ARQUIVOS DESLIZANTES ........................................................................................................ 21

    2. SOLUES PARA CLIMATIZAO .............................................................................................. 24

    3. SISTEMA DE SEGURANA CONTRA INCNDIO ............................................................................. 25

    4. SISTEMA DE SEGURANA CONTRA ROUBO E VANDALISMO ........................................................... 28

    5. RESUMO ............................................................................................................................ 29

  • Ministrio da Fazenda | Recomendaes para construo de arquivos 1

    CONSIDERAES INICIAIS

    A realidade da gesto documental no Ministrio da Fazenda MF aponta para a necessidade de racionalizar os procedimentos, operaes e rotinas de trabalho. Nesse sentido, faz-se necessrio adequar recursos, bem como desenvolver e aplicar instrumentos arquivsticos para tornar o acesso s informaes de auxlio tomada de decises e a construo do repositrio do conhecimento em processos estratgicos.

    Diante do exposto, foi criado o Projeto de Modernizao da Gesto Documental e da Informao no Ministrio da Fazenda para garantir qualidade e agilidade nos processos de produo, recebimento, tramitao, expedio, arquivamento, descarte, recuperao e acesso.

    Visando ao aperfeioamento dessa gesto e racionalizao dos espaos destinados guarda da documentao arquivstica do Ministrio, o Grupo de Trabalho sobre Gesto Documental, criado pela Portaria MF n 940, de 11 de novembro de 2013, apresentou proposta de tratamento para os processos digitalizados; acompanhou aes inerentes definio do Cdigo de Classificao e da Tabela de Temporalidade de documentos de atividades-fim do MF e definiu a padronizao para localizao, infraestrutura e funcionamento de arquivos no mbito deste Ministrio.

    Esta carta de recomendaes um dos produtos apresentados pelo Grupo de Trabalho, dirigida aos gestores das Superintendncias de Administrao e Secretarias do Ministrio da Fazenda, e tem por objetivo orientar o planejamento para construo, adaptao e reforma de edifcios, de forma que atendam s funes especficas de arquivo.

  • Ministrio da Fazenda | Recomendaes para construo de arquivos 3

    1. PLANEJAMENTO

    Um arquivo deve oferecer servios para as suas unidades produtoras, possibilitar o trabalho tcnico-administrativo e possuir reas de depsito reservadas, com condies climticas e de segurana especial. Assim, o planejamento de um edifcio ou a adaptao de um espao deve prever trabalhos relacionados com transferncia, organizao, classificao, ordenao, guarda, preservao e segurana do acervo, bem como atividades de consulta.

    Uma srie de consideraes deve ser integrada ao planejamento do local de guarda da documentao. A primeira delas a escolha do local, a qual condicionada pela disponibilidade de recursos financeiros, pelo acesso a um local j existente e pela necessidade de atendimento a demandas futuras quanto gesto documental. Quando se trata de adaptao de um arquivo j existente, a escolha do local no ser, obviamente, parte integrante do planejamento.

    O planejamento deve atender s necessidades de preservao da documentao e de economia de espao. Quanto preservao, o objetivo evitar ou mitigar possveis riscos integridade fsica dos documentos. J quanto economia do espao, visa-se, tanto quanto possvel, otimizar a rea de armazenamento, tendo em vista que num arquivo intermedirio os documentos aguardam sua destinao final.

    As reas de trabalho e de consulta podem ficar em locais que recebam maior iluminao, natural ou artificial; e, nesses locais, o condicionamento de ar pode ser regulado com temperatura diferente da rea do acervo, alm de ser acionado somente durante o horrio de expediente.

  • 4 Ministrio da Fazenda | Recomendaes para construo de arquivos

    2. ESPAO FSICO

    A adequao do espao fsico deve considerar o tamanho do acervo (medido em metros lineares ou em caixas arquivo) e o quanto se pode otimizar do local que se tem disponvel. Esse aspecto inclui a previso do espao que o arquivo necessita, seu crescimento progressivo e seu melhor aproveitamento.

    O importante ter sempre em mente que o arquivo exige um espao adaptado s suas reais necessidades. Vrios aspectos dessas necessidades precisam ser considerados para conceber o melhor layout. Por exemplo, se os documentos precisam ser consultados frequentemente, se preciso ter uma equipe alocada permanentemente ou se preciso espao para o trabalho de classificao documental.

    Atualmente, a maior parte dos documentos arquivsticos constituda de papel. Entretanto, a quantidade de documentos em outros materiais, como filmes, discos e meios magnticos aumenta rapidamente. As necessidades especficas para a consulta, guarda e preservao desses documentos tambm devem ser consideradas no planejamento do edifcio.

    Recomenda-se que o espao seja dividido em trs reas, em ordem decrescente de tamanho: rea de armazenamento (local do acervo), rea de atividades tcnico-administrativas (estaes de trabalho, mesas para classificao e cmaras de higienizao) e rea de consulta aos documentos (se houver necessidade).

    2.1 PREVISO DE CRESCIMENTO

    importante prever o crescimento do acervo e a necessidade futura, dentro de um prazo mdio de cinco anos, de ampliao das reas de depsito. Sugere-se que o clculo seja feito utilizando os quantitativos de transferncia dos ltimos cinco anos, acrescidos de 20%.

    Exemplo Qual a mdia de crescimento do arquivo? - 50 caixas arquivo por ano. Clculo: 50 caixas x 5 anos = 250 caixas arquivo 250 caixas + 20% = 300 No planejamento de espao para este arquivo especfico, deve-se prever uma sobra para o arquivamento de 300 caixas, alm das j armazenadas pela unidade.

  • Ministrio da Fazenda | Recomendaes para construo de arquivos 5

    2.2 DIVISO DO ESPAO

    A rea para instalao do acervo, em geral, dever ocupar um espao maior e, por isso, abranger de 60% a 80% da rea disponvel. A rea administrativa, reservada para os trabalhos tcnicos, como acondicionamento, arquivamento e desarquivamento, higienizao e classificao, devem ser reservados ao menos 20% da rea disponvel.

    Deve-se prever ainda o espao para consulta dos documentos no local, podendo ou no ser compartilhado com a rea administrativa. Para a rea de consulta, deve ser avaliada qual a funo do arquivo. Se o arquivo for corrente, o espao para consulta deve ser mnimo. Se o arquivo for intermedirio, imprescindvel que haja previso para a funo de consulta.

    REA DE ARMAZENAMENTO

    A rea de armazenamento precisa ficar isolada do restante das atividades e recomendvel que fiquem nos andares mais baixos. Essa distribuio garante que, em casos de emergncias com fogo ou gua, a retirada dos documentos localizados em andares mais baixos seja facilitada. O andar trreo ainda mais adequado recepo de documentos, com reas especiais para a triagem, higienizao e desinfestao dos documentos.

    No entanto, a construo subterrnea no recomendada, em princpio, pelas condies de umidade que geralmente apresentam. A construo subterrnea gera inmeros riscos relacionados a infiltraes e infestaes de cupins. Alm disso, a manuteno e os custos de condicionamento de ar so muito elevados quando h excessiva umidade.

    Alm das questes apresentadas, os projetos de construo ou adaptao devem se orientar pelas condies do terreno e do espao, pelas condies climticas, pelos regulamentos da instituio e por outras caractersticas locais.

    Cada depsito deve ter uma rea mxima de 200 m2, levando em considerao que os espaos menores so mais eficientes para a manuteno das condies ambientais, necessrias preservao, do que as construes amplas e abertas ou com grandes vos. Uma rea de 170 m2 pode conter cerca de 1.000 metros lineares de prateleiras. No caso de se optar por estantes deslizantes, o espao para armazenagem diminui em 40%1.

    No caso de arquivos que estejam sobre outros andares, e devido ao peso das estantes com carga completa, a estrutura do prdio deve ser projetada para suportar as seguintes cargas:

    1.000 kg/m2 para a instalao de estantes metlicas fixas de 2,20 de altura; e 2.000 kg/m2 para estantes deslizantes.

    1 Ver Apndice, item 1.

  • 6 Ministrio da Fazenda | Recomendaes para construo de arquivos

    REA DE ATIVIDADES TCNICO-ADMINISTRATIVAS E REA DE CONSULTAS

    Para o planejamento dessas reas, devemos definir alguns dados e aspectos que no s garantam o conforto, mas tambm atendam s necessidades inerentes rea:

    Tipo de equipamentos necessrios (computadores, cmeras de higienizao, etc.);

    Tipo de atividades; Nmero de funcionrios; Frequncia de uso dos conjuntos documentais. Desse modo, podemos definir o mobilirio, a iluminao, a questo da acomodao

    para consulta e trabalho, bem como o uso dos equipamentos.

  • Ministrio da Fazenda | Recomendaes para construo de arquivos 7

    3. INSTALAES

    3.1 INSTALAES ELTRICAS

    Todas as instalaes eltricas devem estar de acordo com as normas tcnicas em vigor.

    A chave geral de energia, que desliga o fornecimento de energia de todo o espao, deve estar localizada de forma a permitir sua fcil visualizao e o rpido acesso dos funcionrios em casos emergenciais, alm de ser dotada de painel de controle e luzes de emergncia.

    Quanto ao acionamento da luz eltrica, o ideal seria que os corredores das estantes tivessem sensores de presena. No caso de instalaes adaptadas, necessrio que os interruptores de luz eltrica estejam localizados em locais visveis e de fcil acesso, entrada dos depsitos, e/ou no incio de cada bloco de estantes ou mdulos deslizantes.

    As tomadas de energia eltrica devem ser instaladas a cada quatro ou seis metros, para permitir o uso de aspiradores de p e outros equipamentos. A instalao ser feita a um metro do cho e instalados em dutos preferencialmente aparentes, conforme as normas de segurana em vigor.

    As reas de trabalho e de consulta devem ser adaptadas com um nmero suficiente de tomadas eltricas. Os computadores devem contar com sistema de energia eltrica independente, devidamente aterrada e estabilizada. Recomenda-se uma previso de aumento de carga correspondente ao processo de informatizao dos servios.

    3.2 INSTALAES HIDRULICAS

    Nas instalaes adaptadas, todas as vlvulas para fechamento de gua devem ser claramente indicadas pela sinalizao. Os funcionrios devem ter fcil acesso a esses registros, e no caso da sinalizao de emergncia, dever indicar as direes abre e fecha nos registros.

    As canalizaes de guas pluviais devem ser dimensionadas para o escoamento prximo ao edifcio e conduo at as redes de coleta, evitando-se a penetrao de gua no solo.

  • 8 Ministrio da Fazenda | Recomendaes para construo de arquivos

    3.3 COBERTURA

    As coberturas inclinadas se adaptam melhor aos climas com forte insolao e precipitaes volumosas. No caso das lajes de cobertura, recomendam-se tratamentos de impermeabilizao e isolamento trmico. O emprego de cores claras sobre a cobertura refora a reflexo das radiaes solares.

    Para se obter um bom isolamento trmico em relao s condies climticas externas, deve-se prever um afastamento entre o ltimo andar e o telhado, alm da utilizao de revestimento com material termo-isolante, que seja prova de fogo.

    A impermeabilizao de reas de cobertura muito importante, pois evitam-se problemas de vazamento que poderiam comprometer a segurana do acervo.

    3.4 CONSTRUO E REVESTIMENTO

    As paredes externas devem ser espessas para retardar a passagem do calor. Os revestimentos internos devem ser de cores claras por sua capacidade de proporcionar isolamento contra calor e umidade, bem como facilitar a limpeza e conservao. Devem tambm ser isentos de formaldedos e outros qumicos poluentes em sua composio, e apresentar resistncia contra fogo.

    As fachadas devem ser tratadas com substncias repelentes gua e com cores claras de propriedade reflexiva, influindo na reduo do calor interno nos locais de clima mido. No caso dos pisos, recomendam-se revestimentos lavveis, de alta resistncia, como forma de prevenir o acmulo de poeira e resistir ao peso.

    Extensas superfcies de vidro so desaconselhadas porque no protegem os acervos das variaes climticas externas, e promovem o efeito estufa no acervo.

    O uso de madeira no recomendado, tendo em vista tratar-se de material inflamvel e suscetvel a insetos.

    Os materiais usados para construo e revestimento devem ser escolhidos pelas suas caractersticas de durabilidade, isolamento trmico e umidade. As fundaes devem ser projetadas para evitar a absoro de umidade por capilaridade. Dentre outros materiais de boa aceitao, podemos citar a pedra, o tijolo e o ao.

  • Ministrio da Fazenda | Recomendaes para construo de arquivos 9

    3.5 PORTAS E JANELAS

    Mesmo considerando os efeitos benficos da luz solar como agente microbicida, o acervo deve ficar protegido de suas radiaes. Por isso, recomenda-se limitar a rea de abertura a 20% da rea de fachada. As aberturas no podem ser feitas em paredes voltadas para o lado de maior aporte energtico (leste/oeste), devendo-se evitar ao mximo as aberturas em direo aos ventos midos e marinhos.

    Onde no houver climatizao, as janelas devem permitir uma boa aerao e ao mesmo tempo serem dotadas de boa vedao, proteo contra a entrada de insetos (utilizando-se telas de trama pequena) e radiaes solares (instalando-se persianas e filtros).

    Recomenda-se a climatizao do ambiente associada ao controle da temperatura e umidade, a reduo de aberturas, e se possvel, supresso de janelas.

    As edificaes devem conter sadas de emergncias, portas corta-fogo e escadas de incndio, que atendam s normas vigentes. As demais portas das edificaes devem ter 1,40m de largura, para permitir a entrada e transferncia de documentos, bem como de grandes equipamentos.

  • 10 Ministrio da Fazenda | Recomendaes para construo de arquivos

    4. MOBILIRIO

    A escolha do mobilirio deve ser pautada pelos seguintes critrios: qualidade (da matria prima e do acabamento), funcionalidade (adequada ao uso), esttica, flexibilidade e modularidade (que possam ser juntados e separados), ergonomia, praticidade de manuteno e durabilidade2.

    Vrios tipos de mveis podem ocupar a rea de armazenamento. O que deve ser levado em conta o que se pretende armazenar, por exemplo: caixas com documentos textuais, encadernaes, dossis de funcionrios, fitas magnticas de udio e vdeo, ou mdias de armazenamento digital.

    Cada bloco de estantes fixas ou mdulo deslizante pode ter uma altura de 2m a 2,3m e comportar cinco a sete prateleiras. As estantes e seus suportes devem resistir a um peso distribudo de 100 kg/m de prateleiras. Nas estantes fixas, recomenda-se o emprego de elementos de reforo com formato em X e tirantes metlicos interligando os mdulos ou fixados ao piso, para que tenham mais estabilidade.

    As prateleiras devem ter 40 cm de profundidade e o comprimento deve ser suficiente para armazenar sete caixas, para isso no devendo ultrapassar 1 m de comprimento. As colunas das estantes e dos mdulos deslizantes devem conter perfuraes a cada 5 cm para permitir a regulagem das prateleiras, que podero receber documentos acondicionados em diversos tipos e dimenses de embalagens. As estantes devem ser instaladas em fileiras geminadas3.

    A disposio do mobilirio deve ter a seguinte padronizao:

    Entre as fileiras de estantes deve haver uma distncia de no mnimo 70 cm para uma passagem segura das pessoas e uma boa circulao do ar, alm disso, essa distncia precisa ser suficiente para a limpeza, evitando a proliferao de micro-organismos e insetos;

    Nas passagens em ngulos deve haver uma distncia de 1 m para a passagem segura das pessoas;

    Entre as paredes e as estantes deve haver uma distncia de no mnimo 30 cm, para manter a passagem de ar e possibilitar inspees peridicas de infestaes;

    A prateleira mais baixa deve ter um afastamento mnimo de 10 cm do piso e o vo livre, acima da estante, no deve conter documentao.

    2 Para informaes sobre contratao do mobilirio, ver Apndice. 3 Fileiras geminadas so fileiras com estantes, de mesmo tamanho (largura, comprimento e altura), dispostas igualmente, de forma que a parte de trs das estantes encoste na parte de trs das outras estantes.

  • Ministrio da Fazenda | Recomendaes para construo de arquivos 11

    O layout de distribuio das estantes deve estar de acordo com o projeto de ventilao, iluminao e de preveno e combate a incndio, no devendo haver fonte de iluminao muito prxima s caixas. As fileiras de estantes precisam ser dispostas no sentido da circulao do ar, de forma a nunca bloquear o seu movimento, evitando-se, assim, a formao de bolses de ar estagnado.

    Figura 1 Padro para a disposio do mobilirio do Arquivo.

    A denominao do mobilirio distribudo no local precisa ser padronizada. Cada unidade de estante convencional, onde esto as prateleiras com as caixas, so chamadas de mdulos. A disposio geminada dos mdulos que formam os corredores so blocos e cada lado do bloco possui uma ou duas faces.

  • 12 Ministrio da Fazenda | Recomendaes para construo de arquivos

    Figura 2 Padronizao da nomenclatura do mobilirio fixo do Arquivo.

    Nas estantes deslizantes, chama-se de mdulo deslizante o conjunto de estantes que se movem sobre os trilhos. Um mdulo deslizante pode ter vrias estantes, dependendo do tamanho do projeto de instalao. Assim como nas estantes convencionais, cada mdulo deslizante pode possuir uma ou duas faces.

    Figura 3 Padronizao da nomenclatura do mobilirio deslizante do Arquivo.

  • Ministrio da Fazenda | Recomendaes para construo de arquivos 13

    5. CONDIES AMBIENTAIS

    5.1 TEMPERATURA, UMIDADE E VENTILAO

    O acervo do arquivo sensvel a mudanas excessivas de temperatura e de umidade acentuada. Essas mudanas podem ocasionar o surgimento de fungos e bactrias nos diversos tipos de suportes. O ideal que, nas reas de armazenamento, o ar condicionado funcione 24 horas para que no haja variaes de temperatura. As variaes constantes de temperatura ocasionam a expanso e a contrao das fibras do papel, o que pode levar perda de flexibilidade, causando danos ao documento. Na impossibilidade de manter o ar condicionado permanentemente ligado e controlado, a recomendao manter o ambiente com um bom sistema de circulao de ar.

    No caso de no existir a possibilidade de se instalar um sistema de climatizao ideal4, com controle de temperatura e de umidade, com filtro para os agentes poluentes e uma boa circulao de ar, recomenda-se a instalao dos seguintes equipamentos de controle:

    Aparelho de ar-condicionado, para diminuir a temperatura do local; Desumidificador, para retirar a umidade do ambiente; e Exaustores e ventiladores, para promover a circulao e renovao do ar. Para a medio e o posterior controle dos agentes de deteriorao mais comuns dos

    documentos, que so temperatura e umidade, podem ser instalados os seguintes equipamentos:

    Higrmetro, para medir a umidade relativa do ar; ou Termo-higrmetro, para medir a temperatura e a umidade.

    As condies ambientais ideais variam conforme o tipo de suporte da informao.

    4 Para informaes sobre as contrataes de climatizao, ver Apndice.

  • 14 Ministrio da Fazenda | Recomendaes para construo de arquivos

    Tabela 1 Recomendaes para temperatura e umidade relativa do ar, de acordo com o tipo de documento.

    Tipo Temperatura Umidade

    Papel 19C 21C 40% 60%

    Fotografias em preto e branco 11C 13C 30 % 40%

    Fotografias em cor 4C 6C 30 % 40%

    Registros magnticos5 17C 19C 35% 45%

    Mdias digitais6 15C 17C 45% - 55%

    5.2 ILUMINAO

    As radiaes luminosas podem causar srios danos pelas reaes fsico-qumicas que desencadeiam nos materiais. A radiao produz um efeito cumulativo, quer dizer que o dano causado pela radiao se relaciona intensidade e ao tempo de exposio.

    As lmpadas fluorescentes, embora mais frias que outros tipos de lmpadas e de fcil manuteno, tambm prejudicam o papel, deixando-o amarelado. Portanto, deve-se ter cuidado para que essas lmpadas no causem danos ao acervo, colocando-as na mesma direo das estantes e entre os blocos, evitando que o calor dos reatores fique prximo da documentao.

    Se houver uma rea separada para consulta, esta deve ser a mais iluminada, enquanto que a rea do acervo pode ser mantida na sombra e, somente na ocasio do acesso, a iluminao ser acionada automaticamente ou mecanicamente.

    As recomendaes referentes luminosidade so:

    Uso de pelculas escuras nas janelas ou claraboias; Sistema de iluminao setorizado e controlado, desligando a fonte de luz

    artificial aps um perodo pr-determinado, reduzindo o tempo de exposio dos documentos s radiaes, e economizando energia;

    Prateleiras das estantes perpendiculares s janelas, de forma a evitar a incidncia direta das radiaes sobre os materiais.

    Assim, devido intensa emisso de radiao ultravioleta (UV), devem ser evitados:

    Exposio direta luz solar nas caixas ou nas estantes; Uso de lmpadas incandescentes, de mercrio ou sdio.

    5 Fitas de udio e vdeo, microfilmes e microfichas. 6 Servidores de backup, discos flash, pendrives e HDs em geral.

  • Ministrio da Fazenda | Recomendaes para construo de arquivos 15

    6. SEGURANA

    6.1 PROTEO CONTRA FOGO E GUA

    A segurana das edificaes de arquivos contra o risco de incndio e inundaes est essencialmente associada boa gesto de preveno de riscos por parte de seus usurios e responsveis. O controle da carga de incndio7, a reviso peridica das instalaes eltricas, os equipamentos de proteo ativa contra incndio (extintores, hidrantes e sprinklers), aptos ao pronto emprego, e os ambientes internos compartimentados, organizados e limpos so, por excelncia, essenciais.

    A exigncia mnima para a proteo contra fogo que haja ao menos um sistema de combate a incndio, seja por meio de extintores automticos, manuais ou supresso de incndio por gs CO2. 8

    Os extintores automticos, do tipo aspersores ou sprinklers, devem atuar de forma setorizada, excluindo as reas ainda no atingidas pelo fogo. Quanto aos extintores manuais, h diversas variveis para a determinao do nmero de extintores por metro quadrado num arquivo. A distribuio e a quantidade desses extintores devem ser avaliadas respeitando a norma ABNT NBR 12.693, edio 2013.

    Se houver pessoas alocadas no prdio do arquivo, a recomendao a presena de um sistema de deteco automtica de incndio, ligado ao quadro de alarme do prdio, de acordo com os padres vigentes. Os detectores mais adequados so os de fumaa, dos tipos ionizao e fotoeltrico.

    A brigada de incndio tambm importante, pois atua no combate inicial ao fogo e organiza a evacuao das pessoas que estiverem no prdio. Os brigadistas devem ser treinados constantemente para colaborar no salvamento das pessoas e do acervo.

    Se o arquivo for grande o suficiente para conter mais de um ambiente, eles devem ser compartimentados. O objetivo da compartimentao confinar o incndio ou a inundao sala onde este se originou e retardar o seu progresso.

    Os materiais do prdio tm que ser preferencialmente incombustveis e receber proteo especial retardadora de calor e de chamas. A norma de referncia para isso a NBR 14432, edio de 2001 Exigncias de resistncia ao fogo de elementos construtivos de edificaes Procedimento.

    7 A carga de incndio a soma das energias calorficas possveis de serem liberadas pela combusto completa de todos os materiais de um espao, incluindo os revestimentos das paredes, divisrias, pisos e tetos. 8 Para mais informaes sobre contrataes de sistema de segurana contra incndio, ver Apndice.

  • 16 Ministrio da Fazenda | Recomendaes para construo de arquivos

    A recomendao para o combate a incndio um sistema de supresso por gs CO2 (considerado um agente limpo) e deteco precoce de incndio, de forma a no colocar em risco a vida das pessoas ali presentes e evitar o dano ao acervo documental.

    Durante o planejamento da rea de armazenamento dos documentos, devem ser evitados:

    Grandes espaos abertos e escadas ornamentais, pois podem criar correntes de ar vertical e ajudar na propagao do incndio;

    Extintores manuais base de gua pressurizada para combate a incndios de classe A (papel e madeira). A gua em excesso pode causar mais danos ao papel do que o prprio fogo;

    Proximidade a ambientes com materiais inflamveis, qumicos ou com alto ndice de poluio atmosfrica, como almoxarifados, estoques e garagens;

    Tubulaes de gua percorrendo o interior do depsito, com exceo daquelas destinadas aos aspersores automticos para a extino do fogo.

    Quanto ao uso de extintores, os recomendados so os extintores com p qumico seco, indicados para incndios de classe B (lquidos inflamveis) e os extintores com gs carbnico, CO2, indicados para incndios de classe C (equipamento eltrico energizado).

    6.2 PROTEO CONTRA ROUBO E VANDALISMO9

    As entradas do edifcio devem ser bem iluminadas e livres de quaisquer obstculos que prejudiquem a viso da equipe de segurana. Os sistemas de alarme devem ser instalados para se evitar riscos de invaso e todas as aberturas e passagens no andar trreo protegidas por grades.

    importante a separao entre a rea de depsito e os locais onde o pblico circula livremente. As reas abertas, principalmente salas de consulta e de circulao de pessoas devem ser supervisionadas por funcionrios, utilizando-se circuito fechado de televiso.

    Os depsitos devem estar especialmente protegidos. As janelas tm de ser providas de grades, e nenhuma porta externa pode abrir diretamente para o seu interior.

    9 Para mais informaes sobre contrataes de sistemas de proteo contra roubo e vandalismo, ver Apndice.

  • Ministrio da Fazenda | Recomendaes para construo de arquivos 17

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    BRANDO, Emiliana; PERALDA, Lcia. Acondicionamento e guarda de documentos de arquivo. In: SEMINRIO INTERNACIONAL ARQUIVOS DE TRADIO IBRICA, 7., 2011, Rio de Janeiro. Apresentaes de slides, partes 2 e 4. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2011. CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS. Recomendaes para construo de arquivos. Disponvel em: . Acesso em: 22 jan. 2014. TRINKLEY, Michael. Consideraes sobre preservao na construo e reforma de bibliotecas: planejamento para preservao. 2. ed. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2001. 118 p.

  • APNDICE

    MINISTRIO DA FAZENDA

    SECRETARIA EXECUTIVA

    SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORAMENTO E ADMINISTRAO

    Especificaes Tcnicas

    para Contrataes

  • Ministrio da Fazenda | Apndice Especificaes tcnicas para contrataes 21

    ESPECIFICAES TCNICAS PARA CONTRATAES

    1. ARQUIVOS DESLIZANTES

    Atualmente, a melhor opo no mercado para arquivos, sejam eles de fase corrente ou intermediria, a instalao de estantes deslizantes mecnicas confeccionadas em ao, com fechamento manual. As vantagens das estantes deslizantes a grande economia de espao e o fechamento para a proteo contra luz e poeira.

    A rea economizada pela eliminao dos corredores pode ser usada para outras atividades de gesto documental ou para aumentar a capacidade de armazenamento, de acordo com as necessidades do gestor.

    Figura 1 Espao economizado pela substituio de estantes convencionais por

    estantes deslizantes.

  • 22 Ministrio da Fazenda | Apndice Especificaes tcnicas para contrataes

    A unidade de medida para a referncia de quantidade deve ser em metros lineares, onde cada prateleira de uma estante capaz de armazenar sete caixas, aproximadamente um metro linear. Durante a confeco do termo de referncia para compra e instalao do sistema de arquivamento, as descries tcnicas recomendadas so as seguintes:

    Objeto Sistema de arquivamento e armazenamento confeccionado em ao, com

    modularidade bsica predefinida e configurvel mediante projeto. Bases com deslocamento lateral sobre trilhos e movimentao atravs de volante acoplado a sistemas de engrenagens. Composto por mdulos/faces fixos e/ou deslizantes com 1,00m de largura interna til. Quadros com furaes a cada 25 mm para ajuste de componentes internos (prateleiras, gavetas para pastas, dentre outros), com sistemas de encaixes que dispensem o uso de ferramentas. Painis frontais tripartidos. Sistema construtivo com total flexibilidade de modificaes, permitindo alteraes relativas altura e comprimento, alm da mecanizao de mdulos fixos e da implementao de recursos tecnolgicos para a automao do equipamento.

    Estrutura Mdulos e colunas devero ser confeccionados em chapa de ao dobrado. As colunas devero ter medidas aproximadas de 30 mm de largura e espessura variando entre 0,9 e 2,0 mm, devendo possuir vedaes laterais, traseira e entre as faces para conteno de materiais arquivados.

    Movimentao Eixos de Transmisso - Produzidos em ao e com dimetro aproximado de 20 mm, fixados aos mancais da roda em formato meia cana ou similar.

    Rodas - Macias e usinadas em ao ou ferro com medidas aproximadas de 110(dimetro) X 30(largura)mm, providas de canal para encaixe nos trilhos. Fixadas ao eixo por meio de buchas e chavetas, sustentadas por mancais.

    Rolamentos - Devero ser rgidos, de esferas, blindados, de modo a no requerer lubrificao extra. Bases deslizantes - Conjunto composto por: rodas, travessas, eixos, mancais e rolamentos. Produzido em ao, estruturado em perfis laterais e frontais com aproximadamente 2,0 mm de espessura. Travessas de sustentao das rodas com aproximadamente 2 mm de espessura, soldadas aos perfis laterais.

    Volante - Dispositivo para movimentao dos arquivos dotado de manpulos e travas individuais de segurana.

    Trilhos Devero ser confeccionados em chapa de ao com aproximadamente 2,0 mm de espessura e largura aproximada de 130 mm, constitudo de perfil de curso em ao trefilado com formato meia-cana com dimetro aproximado de 25 mm. Devero possuir garras de segurana em toda sua extenso, para evitar acidentes com tombamento e descarrilamento dos corpos.

  • Ministrio da Fazenda | Apndice Especificaes tcnicas para contrataes 23

    Componentes Suporte universal Confeccionado em ao, que possibilite o encaixe de prateleiras ou vares para pasta pendular, com espessura aproximada de 1,2 mm.

    Tampo Inferior Com altura externa aproximada de 20 mm e espessura variando entre 0,75 e 1,2 mm, com resistncia para cargas iguais ou superiores a 150 kg.

    Prateleira - Com altura externa aproximada de 20 mm e espessura variando entre 0,75 e 1,2 mm, com reforo longitudinal estampado ou soldado, apresentando larguras e profundidades variadas, com capacidade para suportar cargas iguais ou superiores a 150 Kg.

    Gavetas/Quadros Corredios para pastas suspensas - Confeccionadas em chapa de ao, possibilitando o acondicionamento de pastas na posio lateral ou frontal, montadas em corredias telescpicas, com resistncia para carga mnima aplicada de 40Kg. Gavetas corredias Confeccionadas em chapa de ao com espessura variando entre 0,75 e 1,2 mm, com dimenses externas aproximadas de 1000(L) e profundidades variveis de acordo com projeto, montadas em trilhos corredios telescpicos de esferas em ao, com resistncia para carga mnima aplicada de 50Kg.

    Corredias - Produzidas em ao com caractersticas de resistncia e durabilidade para cargas de aproximadamente 50Kg.

    Suporte para Pasta Pendular - Dever ser composto por dois vares confeccionados em tubos de ao sem reforos intermedirios, regulveis na altura e composto por duas peas, com capacidade de cargas de aproximadamente 50 Kg.

    Prateleira Corredia - Confeccionada em ao, com espessura variando entre 0,75 e 1,2 mm, montada em um par de trilhos corredios telescpicos em ao, com resistncia para carga mnima aplicada de 50Kg. Mapoteca Vertical - Confeccionada em ao com espessura mdia de 1,2 mm. Deslizante por dois pares de trilhos corredios telescpicos; composto por dez lanas em ao trefilado com 15 mm (ou quantidades e dimetro compatveis). Deve possuir uma rgua com a funo de guia do material a ser armazenado. Destinado guarda de plantas, projetos, fotolitos, radiografias etc, o material armazenado suspenso por sua borda por uma tarja em papelo ou cristal (acetato) com a mesma configurao (furos) para encaixe nas lanas do quadro. Porta Etiquetas - Confeccionado em PVC ou acrlico com visor translcido, fixado nos painis frontais para identificao do contedo dos mesmos.

    Tratamento anti-ferruginoso e pintura

    A estrutura do arquivo e seus componentes confeccionados em chapa de ao devero ser protegidos por tratamento antiferruginoso atravs de processo contnuo passando por um tratamento decapante e fosfatizante por imerso atravs de 08 banhos e aps sua secagem deve seguir para uma cabine de pintura a base de resina epxi-p, por processo eletrosttico na cor a ser definida.

  • 24 Ministrio da Fazenda | Apndice Especificaes tcnicas para contrataes

    Segurana Trava Geral - Trava Geral Mecnica, acompanhada de 01 (um) par de chaves, permitindo o seu bloqueio diretamente nos trilhos do sistema, evitando furar o piso existente. Garras de segurana - Sistema anti-tombamento. Localizadas na parte inferior das bases deslizante dos corpos mecnicos. Devem ser engatadas s garras dos trilhos do sistema, evitando acidentes com tombamento e descarrilamento dos corpos, garantindo uma sistemtica de segurana ao usurio.

    Kit de Vedao Composto por 01 (um) par de perfis de borracha medindo aproximadamente 2050mm de comprimento, instalados atravs de perfil metlico tipo canaleta parafusado na estrutura ou sistema similar e localizados na frente e no fundo dos vo de consulta dos mdulos de arquivo. Proteo anti-impacto, oferecendo maior segurana para as mos dos usurios e evitando o choque fsico entre os mdulos.

    Adaptabilidade estrutural, funcional e ergonmica

    O arquivo deslizante mecnico dever permitir total flexibilizao estrutural, objetivando o atendimento s adequaes futuras de leiaute e dever dispor de sistemtica construtiva e de montagem que garanta a relao funcional e ergonmica em face de possveis readequaes do leiaute dos sistemas de arquivos, garantindo assim um melhor investimento por parte deste Ministrio. Como respaldo s possveis transformaes estruturais e funcionais e as consequentes alteraes da relao torque e peso dos arquivos deslizantes mecnicos importa que a transmisso seja realizada atravs de, no mnimo, um sistema de dupla reduo, constitudo de engrenagens e correntes de ao devidamente dimensionados para exigir o menor esforo para os usurios. Toda a manuteno do sistema de trao dever ser realizada pelo painel frontal sem a necessidade de esvaziar por completo os arquivos. O sistema de dupla reduo dever possibilitar transformaes futuras para mltipla reduo, com o objetivo de manter adequadas caractersticas ergonmicas para a fcil movimentao dos arquivos pelos usurios.

    2. SOLUES PARA CLIMATIZAO

    So diversas as solues para climatizao do ambiente do arquivo. As melhores so aquelas que possuem integrao com os sistemas de segurana contra incndio. Um estudo deve ser feito para que a climatizao possa ser direcionada para as condies e a especificidade do arquivo.

    Portanto, durante o processo de compra, recomenda-se que esteja descrito que os condicionadores de ar sejam parte integrante do sistema central de deteco e alarme de incndio. A recomendao que o escopo do fornecimentos dos equipamentos, materiais e servios sejam descritos da seguinte forma:

  • Ministrio da Fazenda | Apndice Especificaes tcnicas para contrataes 25

    Objeto Condicionadores de ar 18.000 BTUs de alta eficincia tipo piso-teto

    Especificaes Dever acompanhar circuito de alimentao entre o quadro eltrico e a condensadora (distncia 20 metros) e disjuntor de alimentao;

    Dever possuir condensadora com descarga vertical utilizando serpentina tipo "Spine-Fin" em Alumnio;

    Dever possuir controle remoto sem fio; Dever possuir tenso de 220 v-1Ph-60Hz; Dever possuir defletor frontal; Dever possuir modo de desumidificao; Dever possuir vazo de ar mnima de 590 m/h; Dever possuir ciclo frio somente; Dever utilizar gs refrigerante R410A; Dever possuir tubulao de drenagem (com todos os acessrios necessrios

    instalao);

    Dever garantir o rudo interno menor que 50 Db; Dever possuir certificao energtica ARHI SEER 15 ou superior para modelos

    tipo piso-teto;

    Dever possuir ref. PISO-TETO STYLUS - MCX518G1 e 4TTR5018E1 ou equivalente.

    3. SISTEMA DE SEGURANA CONTRA INCNDIO

    Como apresentado anteriormente, a recomendao a instalao de um sistema de segurana contra incndio com supresso por gs. No entanto, a deteco precoce de incndio tambm importante para a preveno. Durante a contratao de equipamentos para climatizao do ambiente do arquivo, necessrio que os sistemas estejam interligados para o funcionamento e ativao de todo o processo.

    Tal integrao torna-se evidente na medida em que, no sistema de ar condicionado, faz-se necessrio o desligamento das mquinas quando houver princpio de incndio, para o acionamento do gs.

    Durante a confeco do termo de referncia para compra e instalao do sistema de arquivamento, as descries tcnicas recomendadas so as seguintes:

    Objeto O subsistema de deteco e alarme de incndio dever oferecer eficaz proteo

    contra incndio no arquivo e devero ser compostos da instalao de detectores pticos de fumaa analgicos, distribudos estrategicamente nos ambientes a serem protegidos, levando-se em considerao as quantidades de trocas de ar nas reas protegidas.

  • 26 Ministrio da Fazenda | Apndice Especificaes tcnicas para contrataes

    Itens Deteco precoce de incndio: o Subsistema de deteco de alta sensibilidade a laser; o Subsistema de Monitoramento Remoto.

    Supresso por Gs: o Subsistema de supresso por Gs HFC 227ea (FM-200).

    Premissas 1. Pr-Alarme Um primeiro detector acionado espera-se os seguintes eventos: - Ser sinalizada na Central de deteco e alarme de incndio, atravs de alarme sonoro e visual, o detector e a rea em emergncia; - Sero acionadas as sirenes instaladas nas portas de acesso das salas com som intermitente indicando pr-alarme de incndio.

    2. Alarme Um segundo detector acionado esperam-se os seguintes eventos: - Ser sinalizada na Central de deteco e alarme de incndio, atravs de alarme sonoro e visual, o detector e a rea em emergncia; - Sero acionadas as sirenes instaladas nas portas de acesso das salas em regime de alarme de incndio. As sirenes alteram o som intermitente para o som contnuo emitindo luz estroboscpica.

    3. Contagem Regressiva de Descarga Durante a contagem regressiva de 0/30 segundos programado na Central de deteco e alarme de incndio, as sirenes audiovisuais devero manter-se em estado de alarme. Neste intervalo de tempo podem ser tomados procedimentos de evacuao da rea em emergncia ou de combate manual por extintores portteis, sendo que, nesta ltima situao dever ser ativado o bloqueio do gs atravs da chave de bloqueio. Na eventual falha dos procedimentos de combate manual, dever se realizar o destravamento da chave de bloqueio para liberao imediata da descarga do HFC-227ea.

    4. Desligamento de Ar Condicionado No incio da contagem regressiva, sero desligadas a mquinas de ar condicionado para evitar a perda de agente extintor pela troca de ar nos ambientes protegidos.

    5. Descarga do Agente Extintor HFC-227ea Ao final da contagem regressiva, ser acionado automaticamente o subsistema de supresso por gs HFC-227ea, com a descarga uniforme do gs na rea em emergncia.

    Subsistema de Deteco de Alta Sensibilidade a Laser

    Para a proteo contra incndio sero instalados 02 detectores de alta sensibilidade para a proteo das salas do arquivo. O sistema visa deteco de situaes pr-incndio com antecedncia que permite intervenes de menor impacto em ambientes complexos e crticos. Os subsistemas de deteco de alta sensibilidade devero: Monitorar os eventos de incndio, em um nvel de sensibilidade bastante

    superior queles dos detectores de fumaa pticos, permitindo aes preventivas na fase mais precoce da ignio do incndio;

    Prover a deteco de superaquecimento de circuitos eltricos, antes da ignio do isolamento trmico dos cabos;

    Evitar a descarga desnecessria do agente limpo gs HFC-227ea.

  • Ministrio da Fazenda | Apndice Especificaes tcnicas para contrataes 27

    Subsistema de Monitoramento Remoto

    O subsistema de monitoramento remoto dever monitorar local e a distncia,

    remotamente por 24 horas, a temperatura, a umidade e o subsistema de deteco

    da sala de arquivo, mediante a comunicao entre a Central de deteco e alarme

    de incndio e a Central de monitoramento, que ter como funo enviar

    mensagem de voz para nmeros de telefones e/ou celulares a serem definidos

    mediante programao.

    Sero sinalizados pelo subsistema de monitoramento os seguintes eventos:

    PLACA DE COMUNICAO 01 Emergncia, Temperatura alta na Sala de Arquivo;

    PLACA DE COMUNICAO 02 Emergncia, Umidade alta na Sala de Arquivo;

    PLACA DE COMUNICAO 03 Emergncia, Alarme de Incndio acionado. A Central de monitoramento dever iniciar automaticamente seu processo de

    chamadas para os nmeros programados em sua memria, atravs de uma linha

    ou ramal telefnico conectado s placas de comunicao. Assim que ocorrer a

    chamada do ltimo nmero programado e no for obtida resposta de 100% das

    chamadas efetuadas, o processo dever reiniciar sequencialmente, eliminando os

    nmeros que obteve resposta e rediscando apenas para os nmeros que no

    atenderam.

    A Central de monitoramento dever ter como programao o armazenamento de

    at 08 (oito) nmeros de telefones e/ou celulares por placa de comunicao, a

    serem definidos, para o envio das chamadas de voz caso alguma ocorrncia seja

    detectada.

    Subsistema de supresso por Gs HFC 227ea (FM-200)

    Os subsistemas de supresso por agente limpo, gs HFC-227ea, a serem

    implantados devero ser compostos da instalao de cilindros com gs HFC-

    227ea, que devero ser conectados s redes de distribuio, com a funo de

    conduzir o gs at o local de descarga. O gs dever ser descarregado no

    ambiente das reas atravs de difusores especiais de maneira a possibilitar a

    descarga uniforme do gs em todo o ambiente a ser protegido. Os subsistemas de

    supresso para a proteo do arquivo devero ser pelo mtodo de inundao

    total do Agente Limpo.

    Os cilindros devero:

    Ser providos de vlvulas de descarga rpida, atuador eltrico 24Vcc, atuadores manuais e adaptadores para interligao dos cilindros com as

    redes de distribuio de HFC-227ea;

    Ser fixados em parede atravs de suportes e abraadeiras apropriadas, fabricadas em cantoneiras tipo L e ferro chato, de maneira a permitir

    facilidades no caso de manuteno e operao dos subsistemas;

  • 28 Ministrio da Fazenda | Apndice Especificaes tcnicas para contrataes

    Ser instalados nas redes de distribuio do gs HFC-227ea, prximo aos cilindros comutadores.

    Os subsistemas de HFC-227ea devero ser totalmente automticos, sendo

    acionados atravs do subsistema de deteco e alarme de incndio. As vlvulas

    dos cilindros de HFC-227ea devero ser providas de dispositivo para acionamento

    eltrico atravs do subsistema de deteco, bem como de atuadores manuais

    para possibilitar o acionamento manual do mesmo, caso necessrio.

    As redes de distribuio de HFC-227ea devero: Ser confeccionadas em tubo Schedule 40, com conexes classe 20. As redes

    de distribuio dos subsistemas de HFC-227ea devero ser fixadas, de forma

    que as conexes no fiquem sujeitas as tenses mecnicas e de maneira que

    no sofram flexes considerveis;

    Ser limpas. leos e graxas devero ser removidos com solventes e recebero duas demos de primer antiferruginoso e acabamento com duas demos de

    tinta esmalte sinttico na cor vermelho segurana;

    Ser dimensionadas hidraulicamente, atravs do software Flow Calculation HFC-227ea, de maneira a permitir a descarga do agente limpo, gs HFC-

    227ea, em no mximo 10 segundos, e uma concentrao mnima de 7,0% de

    gs, quando da descarga.

    4. SISTEMA DE SEGURANA CONTRA ROUBO E VANDALISMO

    Durante o processo de contratao desse tipo de sistema, as descries tcnicas recomendadas so as seguintes:

    Itens

    Subsistema de Circuito Fechado de Televiso Digital (CFTV); Subsistema de Alarme de Intruso.

    Subsistema de Circuito Fechado de Televiso Digital (CFTV)

    O subsistema de CFTV DIGITAL visa o monitoramento e a segurana do arquivo e

    dever ser composto da instalao de cmeras de vdeo coloridas distribuda

    estrategicamente nas salas de arquivos.

    As cmeras de vdeo devero ser de primeira linha com lentes VARIFOCAIS AUTO IRIS MANUAL e devero possuir subsistema de ajuste automtico de acordo com a luminosidade de cada ambiente, possibilitando desta forma sempre uma

    imagem ntida de todo o ambiente. As cmeras devero ser providas de feixe

    infravermelho de maneira a permitir o monitoramento da rea em horrios

    noturnos. Devero ser interligadas a um mdulo, que transmita ao monitor as

    imagens simultaneamente das cmeras, permitindo superviso total das Salas de

  • Ministrio da Fazenda | Apndice Especificaes tcnicas para contrataes 29

    Arquivos. As imagens em tempo real ou gravadas devero permitir a visualizao

    remotamente atravs de rede TCP-IP, pelas pessoas autorizadas pelo

    monitoramento das salas de arquivos.

    Dever ser fornecido software de captao de imagem a ser instalado no

    microcomputador, permitindo visualizao simultnea ou alternada de at 16

    cmeras em tempo real. As imagens devero ser gravadas no microcomputador.

    As cmeras devero ser alimentadas por 01 (uma) fonte de alimentao 05 A/h x

    12 Vcc.

    Subsistema de Alarme de Intruso

    Para proteo contra intruso no arquivo em horrios no autorizados dever ser

    instalado subsistema de alarme de intruso. Dever ser provido de Central contra

    intruso, sensores infravermelhos passivos e sirenes de alarme. Dever estar

    interligado Central de alarme e ter como funo o monitoramento e registros

    atravs de alarmes sonoros e visuais da presena de pessoas no autorizadas na

    sala de arquivo.

    O subsistema contra intruso tambm dever possibilitar o acionamento e

    desligamento manualmente na Central de alarme. Dever ser provido de fonte de

    alimentao 110 / 220 Volts e carregador flutuador de baterias 12 Vcc., a serem

    dimensionadas para 24 horas e mais 15 minutos em estado de alarme, na falta da

    energia comercial.

    Para proteo mecnica dos circuitos de alimentao dever estar previsto a

    instalao de redes de eletrodutos galvanizados, providas de conduletes de

    alumnio, caixas de passagens e pontos de fixao apropriados. Os cabos sero do

    tipo anti-chama e de bitola mnima de 1,50mm.

    5. RESUMO

    Recomenda-se, por fim, que a contratao dos materiais siga a diviso de lotes abaixo apresentada:

    Lote 1 Sistema de segurana contra roubo e vandalismo: para se evitar riscos de

    incompatibilidade entre os subsistemas, deve-se contratar o CFTV e o alarme de intruso em um nico lote.

    LOTE 1 Item Descrio dos materiais Unidade de medida

    1 Circuito fechado de televiso digital (CFTV) m2

    2 Alarme de intruso m2

  • 30 Ministrio da Fazenda | Apndice Especificaes tcnicas para contrataes

    Lote 2 Sistema de segurana contra incndio e Climatizao: para se evitar riscos de incompatibilidade entre os subsistemas, deve-se contratar os condicionadores, os subsistemas de deteco precoce de incndio, de monitoramento remoto e de supresso por gs em um nico lote.

    LOTE 2 Item Descrio dos materiais Unidade de medida

    1 Deteco precoce de incndio m2

    2 Monitoramento remoto m2

    3 Supresso por gs HFC-227ea m3

    4 Condicionador de ar Pea

    Lote 3 Arquivos deslizantes: no h necessidade de associar a aquisio desse sistema a outros equipamentos.

    LOTE 3 Item Descrio dos materiais Unidade de medida

    1 Sistemas de arquivamento mecnico confeccionados em ao Metro linear

  • P A S R I C O P A S S E M P O B R E Z A

    G O V E R N O F E D E R A LMINISTRIO DA FAZENDA

    Secretaria Executiva

    Subsecretaria de Planejamento, Oramento e Administrao

    Coordenao-Geral de Recursos Logsticos

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