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1 ESTADO DE GOIÁS SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS NÚCLEO DE PROJETOS ESPECIAIS - NPE UNIDADE DE COORDENAÇÃO DO PROJETO - UCP MANUAL OPERACIONAL DO PROJETO CERRADO SUSTENTÁVEL GOIÁS VERSÃO 03 Goiânia Fevereiro 2013

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ESTADO DE GOIÁS

SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS

NÚCLEO DE PROJETOS ESPECIAIS - NPE

UNIDADE DE COORDENAÇÃO DO PROJETO - UCP

MANUAL OPERACIONAL

DO PROJETO

CERRADO SUSTENTÁVEL GOIÁS

VERSÃO 03

Goiânia

Fevereiro 2013

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ABREVIAÇÕES E SIGLAS

APP Área de Preservação Permanente

BIRD Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Banco

Mundial)

CEMAm Conselho Estadual de Meio Ambiente

DCBio Departamento de Conservação da Biodiversidade/MMA

FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente

GEF Fundo Mundial para o Meio Ambiente

ICMBio Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

MMA Ministério do Meio Ambiente

NPE Núcleo de Projetos Especiais

PCSG Projeto Cerrado Sustentável Goiás

POA Plano Operativo Anual

PPA Plano Pluri-Anual do Governo do Estado de Goiás

RL Reserva Legal

SUGESP Superintendência de Gestão, Planejamento e Finanças

SEMARH Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Estado de

Goiás

SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservação

SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservação

UC Unidade de Conservação da Natureza

UCP Unidade de Coordenação do Projeto

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ÍNDICE

1. APRESENTAÇÃO......................................................................................................03

2. O PROJETO CERRADO SUSTENTÁVEL GOIÁS..................................................04

2.1 Antecedentes..............................................................................................................04

2.2 Objetivo do Projeto....................................................................................................05

2.3 Áreas de Abrangência................................................................................................06

2.4 Financiamento do Projeto..........................................................................................07

2.5 Componentes do Projeto............................................................................................07

2.5.1 Componente 1 – Proteção da Biodiversidade pela Expansão e Consolidação de

Áreas Protegidas no Corredor Paranã-Pirineus e na APA do João Leite........................07

2.5.2 Componente 2 – Uso Sustentável da Paisagem Produtiva no Corredor Paranã-

Pirineus e APA do João Leite..........................................................................................08

2.5.3 Componente 3 – Fortalecimento Institucional e Desenvolvimento de Políticas....08

2.5.4 Componente 4 – Monitoramento Ambiental de Imóveis Rurais no Bioma Cerrado

Goiás................................................................................................................................09

2.5.5 Componente 5 – Coordenação Técnica, Monitoramento e Avaliação do Projeto..09

3. ARRANJOS INSTITUCIONAIS E ESTRUTURA DE GESTÃO.............................10

3.1 A Unidade de Coordenação do Projeto.....................................................................10

3.1.1 Atribuições dos Membros da Equipe da UCP........................................................11

3.2 A Superintendência de Gestão, Planejamento e Finanças –

SUGESP..........................................12

4. GESTÃO FINANCEIRA DO PROJETO...................................................................13

4.1 Origem dos Recursos.................................................................................................13

4.2 Fluxo Financeiro........................................................................................................14

4.3 Desembolso dos Recursos.........................................................................................14

4.4 Plano Operacional Anual...........................................................................................16

4.5 Relatórios Financeiros...............................................................................................17

4.6 Auditorias Externas...................................................................................................17

4.7 Transparência no Uso dos Recursos..........................................................................18

4.8 Aquisições no Âmbito do Projeto..............................................................................18

4.8.1 Plano de Aquisições................................................................................................19

4.8.2 Métodos de Aquisições a Serem Utilizados no Projeto..........................................19

5. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO............................................21

5.1 Relatórios do Projeto.................................................................................................21

6. AVALIAÇÃO SÓCIO-AMBIENTAL DO PROJETO...............................................25

6.1 Avaliação Ambiental.................................................................................................25

6.2 Habitats Naturais.......................................................................................................25

6.3 Recursos Culturais e Históricos ................................................................................25

6.4 Povos Indígenas.........................................................................................................25

6.5 Reassentamento Involuntário....................................................................................26

6.6 Vegetação Nativa.......................................................................................................26

7. ANEXOS.....................................................................................................................27

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Anexo 1- Portaria.de Criação da UCP............................................................................27

Anexo 2 - Portaria de instituição da Comissão de Licitação pelas regras do

BIRD...........................................28

Anexo 3- Modelo de

IFR……………………………………………………….……………………………..29

Anexo 4- Modelo de Declaração de

Despesas.........................................................................................................................30

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Anexo 5 – Modelo de Termo de Referência para Auditoria Externa.............................1.

APRESENTAÇÃO

O presente projeto é parte integrante da Iniciativa Cerrado Sustentável,

coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, que inclui quatro projetos com o

objetivo comum de conservar a biodiversidade do Cerrado.

O Manual Operacional (MOP) descreve os procedimentos operacionais

específicos para a execução do Projeto Cerrado Sustentável Goiás (PCSG), para o qual

foram destinados recursos do Fundo Mundial de Meio Ambiente (Global Environment

Facility – GEF), em conformidade com o Acordo de Doação nº TF097157, firmado

entre o Governo do Estado de Goiás e o Banco Mundial em 14 de junho de 2010. Este

projeto está também subordinado à Iniciativa Cerrado Sustentável.

O objetivo deste manual é normatizar os procedimentos técnicos e

operacionais para a implementação das ações do PCSG, de modo a apoiar a execução

das atividades pelos seus responsáveis. O Manual inclui:

Procedimentos gerenciais a serem utilizados pela SEMARH/NPE/UCP como

executor do Projeto;

Procedimentos para solicitar a liberação de recursos;

Procedimentos para aquisição de bens e serviços, incluindo consultorias;

Procedimentos para a elaboração dos relatórios de acompanhamento e

monitoramento das atividades.

Funções e responsabilidades dos responsáveis pela implementação do projeto,

relacionadas à gestão, coordenação, monitoramento e avaliação.

A revisão periódica do manual será realizada pela UCP e a versão revisada

será identificada por numeração seqüencial (Versão xx) indicada no cabeçalho. As

versões revisadas serão submetidas à aprovação do Banco Mundial e, uma vez

aprovadas, serão incorporadas ao material disponibilizado para os interessados.

As informações contidas neste Manual são sobre a estrutura e

implementação do PCSG. Nesse sentido, serve tanto aos agentes internos que nele estão

envolvidos diretamente, em todos os níveis, como aos agentes externos que desejem

obter uma visão ampla de sua atuação. Pode ser também utilizado como fonte de

informação para sua divulgação.

A partir da execução do Projeto, e de acordo com os seus processos de

avaliação, ou ainda, com base em sugestões posteriormente apresentadas, algumas

informações contidas no Manual podem sofrer atualização. Uma vez identificada a

defasagem de informação, a UCP providenciará as devidas alterações, procedendo a

distribuição destas a todos os usuários.. As sugestões de atualização podem ser

remetidas à UCP, entretanto, o acatamento das sugestões feitas dependerá da coerência

dessas com os objetivos do Projeto, da manutenção dos indicadores de resultados e do

objeto do Acordo de Doação com o BIRD.

Quadro de Controle de Revisões Deste Manual

Revisão nº Data Descrição das alterações

Versão 01 25/02/2010 Versão inicial

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Versão 02

Versão 03

28/02/2011

25/02/2013

Versão intermediária

Versão intermediária

2. O PROJETO CERRADO SUSTENTÁVEL GOIÁS

2.1 Antecedentes

Grande parte do recente desenvolvimento agrícola brasileiro teve lugar no

bioma Cerrado, cuja maior parte está localizada na região Centro-Oeste. O Cerrado

oferece bom clima e solos planos e profundos que, apesar de pouco férteis, são bastante

adequados para a agricultura moderna. O desenvolvimento de novas tecnologias

agrícolas na década de 1970 resolveu problemas de deficiência de fertilidade do solo e

transformou o Cerrado na nova fronteira agrícola brasileira.

Goiás é um grande Estado do Brasil no Centro-Oeste, com 340.166 km²

(34.166.000 ha) e uma população de 5.230.000 habitantes, totalmente dentro do bioma

Cerrado. O Estado tem uma economia em crescimento, moderna e diversificada. O

montante do seu produto interno bruto é de 31.229 milhões de reais (o produto interno

do estado é o décimo maior do Brasil) distribuídos uniformemente entre os setores

econômicos importantes. Apesar de sua complexidade, a economia de Goiás ainda é

altamente dependente dos recursos naturais. A atividade agrícola representa 23% do

PIB e cerca de 24% do emprego gerado.

A economia do Estado de Goiás tem sido tradicionalmente baseada na

pecuária extensiva, mas ao longo das últimas três décadas, a região tem visto um

desenvolvimento muito rápido da agricultura, principalmente milho e soja, e da

indústria. Goiás tem o quarto maior rebanho bovino do Brasil e é o terceiro maior

produtor de soja no país, contribuindo significativamente para as exportações

brasileiras. Sua produtividade de soja, milho e algodão estão entre as mais altas do

mundo. Atualmente, mais de 55% da soja e produção de carne bovina do país vem do

Cerrado.

Biologicamente, o Cerrado é a savana mais rica do mundo e cobre 25% (200

milhões de hectares) do território brasileiro. É considerado um dos 34 hotspots mundiais

de biodiversidade, abrigando mais de 12.000 espécies de plantas (44% delas

endêmicas), 195 espécies de mamíferos, 605 espécies de aves e 800 espécies de peixes

de água doce (25% deles endêmicos).

As nascentes de três importantes bacias hidrográficas da América do Sul –

Amazonas, Platina e São Francisco – estão no Cerrado, o que torna o Bioma importante

também para a conservação dos ecossistemas inseridos nessas bacias.

Estudos têm mostrado que o Cerrado está seriamente ameaçado. Um número

considerável de espécies animais e vegetais está ameaçado de extinção. O

desmatamento foi extremamente elevado nas últimas décadas, atingindo 2,6 milhões de

hectares (ha) por ano, o que equivale a 7.000 hectares por dia. Estimativas indicam que

apenas 20% da cobertura vegetal original permanecem em um estado próximo do

natural, mas menos de 9% mantém-se em fragmentos maiores que 1.000 ha,

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considerada a dimensão mínima viável para a manutenção de populações geneticamente

viáveis. Seguindo essa tendência, o bioma desaparecerá até 2030.

Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu

alterações com a ocupação humana. Com a crescente pressão para a abertura de novas

áreas, visando incrementar a produção de carne e grãos para exportação, tem havido um

progressivo esgotamento dos recursos naturais da região. Nas três últimas décadas, o

Cerrado vem sendo degradado pela expansão da fronteira agrícola brasileira. Além

disso, o bioma Cerrado é palco de uma exploração extremamente predatória de seu

material lenhoso para produção de carvão.

A promoção da conservação da biodiversidade em áreas produtivas e em

áreas naturais no Brasil e no estado de Goiás depende atualmente de dois instrumentos

de política: 1) a criação de áreas protegidas públicas - de proteção integral e de uso

sustentável no âmbito do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei SNUC de

2000) e do Sistema Estadual de Unidades de Conservação (Lei do SEUC, de 2002) e 2)

do Código Florestal Brasileiro (Lei Federal 4.771, de 1965) e da Lei Florestal do Estado

de Goiás (Lei nº 12.596/95). Para serem eficazes, estas políticas ainda tem desafios

importantes a superar. As áreas protegidas são atingidas pela falta de regularização

fundiária, financiamento instável e pessoal insuficiente. O Código Florestal é muitas

vezes desrespeitado e vários proprietários não têm quaisquer remanescentes de

vegetação natural. Além disso, as instituições responsáveis pela aplicação dos

instrumentos de política são relativamente frágeis.

Goiás possui atualmente 5,77% do seu território dentro de áreas protegidas sob a

forma de Unidades de Conservação (UCs). As áreas que compõem o Sistema Estadual

de Unidades de Conservação (SEUC) correspondem a 3,58% do território (12.173

km2), dos quais 1,1 milhões de hectares são de uso sustentável e 113.300 ha são de

proteção integral. As áreas protegidas sob a forma de Unidades de Conservação

Federais correspondem a 2,19% (744.400 ha) do território do Estado, dos quais 364.400

ha são de proteção integral e 378.000 ha são de uso sustentável. Há desafios importantes

em matéria de regularização fundiária, gestão, elaboração de planos de manejo e de

pessoal nas UCs Estaduais.

O Código Florestal é o principal instrumento de política pública para promover a

conservação da biodiversidade em paisagens de produção. A aplicação efetiva do

Código Florestal no que diz respeito aos mecanismos de RL e APP também apresenta

desafios. Em áreas onde o preço da terra é elevado, principalmente por causa do valor

da produção agrícola, os incentivos para infringir esta norma são elevados. Nas regiões

Sul e Sudoeste de Goiás, onde a agricultura é mais desenvolvida, estima-se que 80-90%

das propriedades rurais não estão em conformidade com o Código Florestal. Deve ser

notado que, mesmo quando há o cumprimento RL e APP, a sustentabilidade ecológica

na paisagem não é garantida. Isto é devido ao fato de que a maioria das RL é, na

verdade, ilhas de vegetação natural em um “mar” de agricultura. Sob essa condição, a

maior parte do fluxo de genes necessária para a perpetuação das espécies não vai

ocorrer porque muitas delas não conseguem sobreviver ao longo do tempo, ou mesmo

ultrapassar as extensões de áreas agrícolas existentes entre suas populações. Isto pode

levar a numerosas extinções locais nas RLs existentes e um conseqüente

empobrecimento biológico do bioma.

A proposta do Projeto Cerrado Sustentável Goiás –PCSG é parte da

Iniciativa GEF Cerrado Sustentável, que envolve, além do Estado de Goiás, o Estado do

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Tocantins, o Ministério do Meio Ambiente – MMA e o Instituto Chico Mendes de

Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O PCSG irá contribuir, em integração com

os demais subprojetos da Iniciativa, com os objetivos regionais e nacionais de

conservação do Bioma Cerrado. Para tanto, estão previstas ações de criação e

consolidação de Unidades de Conservação, fortalecimento das instituições estaduais de

meio ambiente, desenvolvimento de políticas, desenvolvimento de ferramentas de

monitoramento do bioma, e mecanismos de mercado para implementação de Reservas

Legais.

2.2 Objetivo do Projeto

O objetivo do PCSG é contribuir para o aumento da conservação da

biodiversidade e para melhorar a gestão ambiental e dos recursos naturais na paisagem

produtiva e nas áreas protegidas do Bioma Cerrado no Estado de Goiás, com aumento

de inclusão social. É também um objetivo apoiar a prioridade estratégica de capacitação

(atividades de capacitação), através do fortalecimento das instituições ambientais,

especificamente a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

(SEMARH), o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cemam) e o Fundo Estadual do

Meio Ambiente (FEMA), bem como órgãos ambientais municipais e organizações da

sociedade civil.

Para a consecução dos seus objetivos, o PCSG está estruturado em cinco

componentes, a saber:

1. Expansão e consolidação de Áreas Protegidas no Corredor Paranã-Pireneus e na

APA do João Leite.

2. Gestão Sustentável da paisagem produtiva no Corredor Paranã-Pireneus e APA

do João Leite.

3. Fortalecimento institucional e desenvolvimento de Políticas.

4. Monitoramento ambiental de propriedades rurais no Bioma Cerrado em Goiás.

5. Coordenação técnica, monitoramento e avaliação do Subprojeto.

2.3 Áreas de Abrangência

O projeto terá a parte do Corredor Paranã-Pireneus localizado no Estado de

Goiás como uma de suas áreas-alvo, cuja área total é mais ou menos delimitada pelas

bacias hidrográficas do Paranã e do Rio Tocantins. Este corredor tem uma área total de

aproximadamente 9,9 milhões de hectares, composto de partes dos Estados de

Tocantins, Goiás e Distrito Federal. O corredor foi definido como uma área-alvo do

Projeto, pelas seguintes razões:

• O Corredor envolve sete polígonos de importância "extremamente alta" e uma de

"muito alta", a partir dos 17 definidos pelo Projeto GEF para a Conservação e

Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (PROBIO), do Ministério do

Meio Ambiente.

• Os 34 municípios abrangidos pelo Corredor contêm 56,6% da cobertura vegetal

remanescente em Goiás incluindo os mais significativos em termos de área. Além disso,

em Goiás, o Corredor envolve áreas de alto valor ecológico (6,7 milhões ha), incluindo

11 dos 39 principais polígonos considerados como prioridades para a conservação da

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biodiversidade, conforme definido pelo Projeto de Identificação de Áreas Prioritárias

para Conservação da Biodiversidade em Goiás.

• O corredor coincide com uma grande parte da Reserva da Biosfera do Cerrado, fase II,

instituído pela UNESCO, devido ao seu elevado valor ecológico e elevado potencial de

desenvolvimento sustentável.

• Algumas das principais áreas protegidas em Goiás, onde são necessárias ações

urgentes para a sua proteção efetiva, estão localizadas dentro do corredor, e incluem o

Parque Estadual de Terra Ronca, o Parque Estadual dos Pireneus e a APA Pouso Alto.

Outra zona-alvo para as ações do sub-projeto é a Área de Proteção

Ambiental do Ribeirão João Leite (APA do João Leite), criada através do Decreto

Estadual 5.704, de 27 de dezembro de 2002, com 77.200 hectares, compreendendo a

bacia hidrográfica do Ribeirão João Leite, que é a mais importante bacia hidrográfica de

abastecimento de água da capital do Estado. Segundo este Decreto, esta área tem o

objetivo de proteger os recursos hídricos da bacia hidrográfica do Ribeirão João Leite.

Esta APA visa também garantir condições de utilização das terras compatíveis com a

conservação dos recursos hídricos, a harmonização das atividades econômicas e

proteção do meio ambiente, protegendo ainda os remanescentes do Bioma Cerrado.

Dessa forma, busca-se a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais,

fornecendo-lhes orientação quanto à exploração das atividades econômicas, regulando o

ecoturismo e promovendo a educação ambiental da comunidade local.

A APA do João Leite está localizada dentro de uma das áreas prioritárias

identificadas pelo projeto "Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade no

Bioma Cerrado", executado pelo MMA em 2000. A biodiversidade nesta área é

considerada de altíssima prioridade. A vegetação na bacia hidrográfica do Ribeirão João

Leite é composta de remanescentes de cerrado e florestas do tipo de Mato Grosso

Goiano, que estão seriamente ameaçadas por atividades agrícolas, já que crescem em

solos muito férteis. Entre as áreas protegidas do Estado de Goiás, essa APA é de

fundamental importância e exerce o papel de zona de amortecimento para o Parque

Estadual Altamiro de Moura Pacheco, que possui uma área de 3.100 hectares de

proteção integral situada dentro da área de proteção ambiental. Ela também inclui cerca

de 74.000 hectares de propriedades rurais. Esta APA contém remanescentes da

vegetação original que, para propiciarem a conservação da biodiversidade nesta área,

devem ser interligados e conectados com o Parque Estadual e com outros remanescentes

existentes dentro das propriedades rurais, como reservas legais (RLs) e áreas de

preservação permanente (APPs).

2.4 Financiamento do Projeto

A execução do Projeto prevê a alocação de recursos oriundos da doação do Global

Environment Facility – GEF, por intermédio do Banco Mundial (Acordo de Doação TF

097157-BR) e da contrapartida do Estado, por intermédio da Secretaria do Meio

Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMARH, conforme a Tabela 1.

Tabela 1 - Recursos do Projeto por Fonte de Financiamento

Fonte VALOR

(milhões US$)

% Observações

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Estado GO 9,0 75 Contrapartida do Governo de Goiás, proveniente

de recursos de compensação ambiental e de

recursos próprios da arrecadação da SEMARH.

GEF 3,0 25 Doação

Total 12,0 100

2.5 Componentes do Projeto

O Projeto é composto por cinco componentes, descritos a seguir:

2.5.1 Componente 1 – Proteção da Biodiversidade pela Expansão e Consolidação

de Áreas Protegidas no Corredor Paranã-Pireneus e na APA do João Leite.

Este componente visa contribuir para a expansão e consolidação das

Unidades de Conservação no Corredor Paranã-Pireneus e na APA do João Leite, com os

seguintes indicadores de resultados: (1.1) No mínimo 80.000 ha adicionais de área do

Bioma Cerrado protegido através da criação de Unidades de Conservação de Proteção

Integral e (1.2) Pelo menos 50% das medidas básicas de proteção1 em vigor nas UCs de

Proteção integral situadas no Corredor Paranã-Pieneus. Desta Forma, o componente irá

apoiar uma avaliação detalhada da situação atual das UCs existentes no Corredor,

incluindo o mapeamento de stakeholders, para identificar necessidades em termos de

regularização fundiária, demarcação, investimentos em infraestrutura, planos de

manejo, campanhas de conscientização, conselhos consultivos, etc. As atividades a

serem desenvolvidas envolvem: (i) identificação de terras públicas devolutas para

criação de UCs, (ii) análise combinada dos alvos de conservação e das terras públicas

devolutas, (iii) suporte legal à regularização fundiária, (iv) desenvolvimento de estudos

e procedimentos para lidar com restrição de acesso em UCs e (v) elaboração de minutas

dos instrumentos legais de criação das UCs. Estudos sociais e ambientais, assistência

técnica, treinamentos e viagens serão financiados também por este componente.

2.5.2 Componente 2 – Uso Sustentável da Paisagem Produtiva no Corredor

Paranã-Pireneus e APA do João Leite.

O componente 2 visa promover a conectividade entre fragmentos de

Cerrado através da implementação de mecanismos de adequação ambiental legal da

propriedade rural (mecanismos de mercado de reserva legal) complementares ao Código

Florestal Brasileiro. Mais especificamente, esses mecanismos buscarão promover o

1 As “medidas básicas de proteção” para cada UC, conforme definido no Projeto Cerrado Sustentável

são (i) limites físicos da UC definidos, demarcados e amplamente divulgados, (ii) infraestrutura

básica (guaritas, etc) implementada, (iii) equipamentos básicos (administrativos, de comunicação,

fiscalização, combate a incêndio, etc.) instalados, (iv) Pelo menos três empregados em dedicação

integral para cada UC, (v) Implementação de campanhas de conscientização da população afetada

pela UC, (vi) Processo de criação dos Conselhos Consultivos das UCs iniciado e (vii) Plano de

Manejo para as UCs e suas zonas de amortecimento em preparação.

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agrupamento de Reservas Legais – RLs para permitir a conexão de RLs com APPs,

particularmente com matas ciliares. Os indicadores de resultados deste componente são:

(2.1) pelo menos 10% das propriedades rurais na área do projeto (mínimo de 200.000

ha), utilizando proteção da biodiversidade e/ou gestão sustentável através da

implementação do mecanismo de mercado de reserva legal, para garantir a manutenção

da RL e das APPs para a criação de corredores biológicos. Este componente financiará

estudos técnicos e legais e reuniões para mobilizar comunidades locais, treinamento,

aquisição de equipamentos e produção de materiais de divulgação (manuais e

cartilhas).

2.5.3 Componente 3 – Fortalecimento Institucional e Desenvolvimento de

Políticas

O componente 3 integra o PCSG visando o fortalecimento das instituições

ambientais, especificamente a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos

Hídricos – SEMARH, o Conselho Estadual de Meio Ambiente (CEMAm) e o Fundo

Estadual de Meio Ambiente (FEMA), bem como organizações da sociedade civil, para

aumentar sua capacidade de gestão compartilhada do Bioma Cerrado no Corredor

Paranã-Pireneus e na APA do João Leite. Fazem parte deste, os seguintes indicadores de

resultados: (3.1) as três instituições selecionadas (SEMARH, CEMAm e FEMA)

fortalecidas através de treinamento em processos específicos de gestão ambiental e

ferramentas associadas, (3.2) dois conselhos consultivos de UCs fortalecidos através do

estabelecimento de regras formais e procedimentos, e treinamentos para representar as

opiniões da sociedade civil e (3.3) novas políticas públicas (instrumentos legais

complementares necessários para a implementação do mercado de reserva legal)

desenvolvidos e em operação em Goiás. A capacitação será provida para as equipes do

FEMA, da SEMARH e do CEMAm para: (i) desenvolvimento e operação de um

sistema de monitoramento do uso da terra, (ii) desenvolvimento de projetos e

implementação de estratégias de conservação da biodiversidade, (iii) lidar com questões

de reassentamento involuntário, (iv) desenvolver gestão compartilhada com a sociedade

civil em pelo menos duas UCs no Corredor Paranã-Pireneus, (v) treinamento das

agências executivas nas ferramentas de monitoramento do GEF e (vi) gestão do FEMA.

Através deste componente o projeto apoiará o desenvolvimento de um modelo

administrativo para o mercado de Reserva Legal e irá elaborar submeter e aprovar o

instrumento legal adequado recomendado pelo modelo, para permitir a implementação

dessa política de gestão da paisagem. Haverá também o financiamento de estudos

sociais e ambientais, treinamento, aquisições de equipamentos e viagens.

2.5.4 Componente 4 – Monitoramento Ambiental de Imóveis Rurais no Bioma

Cerrado em Goiás

O objetivo deste componente é apoiar o desenvolvimento de um sistema de

monitoramento ambiental capaz de prover informações precisas e oportunas para os

gestores da SEMARH e para o público em geral. O sistema será capaz de monitorar o

desmatamento ao nível da propriedade rural para monitorar e fiscalizar RLs e APPs e

garantir a adequação com a legislação nacional e estadual. Os dados para o sistema

serão coletados em parceria com o setor privado (proprietários rurais e associação de

produtores rurais). Este componente tem como indicador de resultado: (4.1) informação

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ambiental no Estado monitorada periodicamente atualizada e disponível gratuitamente

ao público. Este componente financiará estudos, treinamentos, assistência técnica e

aquisição de softwares e computadores. Para implementar o mercado de Reserva Legal,

também será desenvolvido e implementado nesse componente um Sistema de

Monitoramento e Informações Ambientais Unificado para o Estado. Este Sistema será

compatível e consistente com o Sistema de Monitoramento do Bioma Cerrado a ser

desenvolvido pelo MMA, e incluirá dados específicos, em uma escala adequada, para

abordar as necessidades e prioridades ao nível do Estado de Goiás

2.5.5 Componente 5 – Coordenação Técnica, Monitoramento e Avaliação do

Projeto.

Este componente visa garantir coordenação e gestão adequadas do projeto,

através de treinamentos apropriados, planejamento, monitoramento, avaliação e

comunicação dos resultados. O indicador de resultado deste componente é: (5.1) Equipe

da unidade de coordenação técnica capacitada para conduzir as atividades de

coordenação, monitoramento e avaliação. Este componente irá financiar viagens,

treinamentos e aquisição de software e computadores.

3. ARRANJOS INSTITUCIONAIS E ESTRUTURA DE GESTÃO

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Goiás –

SEMARH é a agência responsável pela coordenação e execução técnica e financeira

desse Projeto, através da Unidade de Coordenação do Projeto – UCP e da

Superintendência de Gestão, Planejamento e Finanças – SUGESP, conforme o

organograma da Figura 1.

Figura 1 – Organograma de coordenação e execução do Projeto

A Secretaria de Agricultura - SEAGRO e a Procuradoria Geral do Estado

serão parceiras na implementação do projeto. A SEAGRO fará a identificação de terras

SEMARH

Função: Entidade implementadora

SEMARH/NPE/UCP

Unidade de Coordenação do Projeto

Função: Coordenação e execução técnica, e gestão financeira e de aquisições

Superintendência –de Gestão, Planejamento e Finanças - SUGESP

da SEMARH

Função: execução financeira

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públicas para a criação de UCs e a Procuradoria do Estado será responsável por

reivindicar essas áreas.

Um representante do Banco será responsável por coordenar o diálogo entre a

SEMARH e o Banco Mundial a respeito do Programa e da implementação deste

Projeto, além de organizar e participar de reuniões com os parceiros relevantes para

discutir aspectos específicos. O representante irá também participar do processo de

revisão anual do Projeto, e oferecerá orientações para o coordenador, conforme

necessário, a respeito das atividades de apoio a obtenção de resultados acordados.

A UCP trabalhará em conjunto com as demais áreas da SEMARH que

tenham atribuições relacionadas a alguma das ações do projeto. Para cada Componente

do Projeto será designado um servidor da área relacionada àquele Componente para ser

o responsável pela elaboração dos Termos de Referência das aquisições e para

acompanhar o desenvolvimento das ações do Componente, atividades a serem

realizadas sob a supervisão da UCP. Dessa forma, o Projeto envolverá técnicos de

diversos setores da SEMARH, o que irá propiciar o envolvimento, a capacitação e o

aprimoramento técnico dos servidores das áreas relacionadas ao Projeto, contribuindo

para o fortalecimento institucional da SEMARH.

3.1 A Unidade de Coordenação do Projeto – UCP

A Unidade de Coordenação do Projeto (UCP) está localizada no Núcleo de

Projetos Especiais – NPE, unidade da SEMARH diretamente ligada ao Gabinete do

Secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, e é responsável pela

coordenação técnica e financeira do Projeto. O NPE foi instituído na SEMARH com o

objetivo de gerir recursos externos para financiamento de projetos ambientais, tendo

iniciado suas atividades em 2007 com a preparação do Componente Ambiental da

segunda fase do Acordo de Empréstimo do Banco Mundial para o Programa Rodoviário

do Estado de Goiás. A Unidade de Coordenação do Projeto Cerrado Sustentável Goiás

está inserida no NPE por se tratar também de um projeto financiado com recursos

externos, tendo o Banco Mundial como agência implementadora do doador dos recursos

– GEF, o que vai ao encontro das atribuições do NPE.

A UCP é constituída atualmente de um Coordenador, um Vice-coordenador

e três técnicos, todos estes funcionários efetivos do Estado de Goiás, sendo três da

carreira de Gestor Governamental e dois da carreira de Analista Ambiental. O

Coordenador do NPE não poderá acumular a função de coordenador do presente

projeto. Para o Projeto Cerrado Sustentável Goiás, o Secretário do Meio Ambiente

nomeu o Coordenador e o Vice-coordenador do Projeto e definiu suas atribuições, bem

como a estrutura da UCP, através da Portaria nº47/2010- SEMARH, conforme Anexo 1.

O coordenador é o responsável pelas definições macro do Projeto e pelos contatos com

o GEF / Banco Mundial.

A UCP tem as seguintes responsabilidades:

coordenar e gerir o Projeto, cuidando da integração dos diferentes componentes

e da compatibilização das ações;

monitorar o cumprimento das cláusulas e condições estabelecidas no Acordo de

Doação;

elaborar os relatórios para o BIRD/GEF e realizar as solicitações de desembolso;

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elaborar os Planos Operativos Anuais e os relatórios de Monitoramento e

Avaliação do Projeto;.

mobilização e articulação com órgãos da administração pública estadual

(Secretaria de Agricultura – SEAGRO e Procuradoria Geral do Estado – PGE),

órgãos externos e não governamentais envolvidos na implementação do Projeto;

auxiliar as áreas técnicas da SEMARH na preparação de termos de referência

para as aquisições do projeto;

realizar, através da Comissão Especial de Licitações de acordo com as Diretrizes

para Aquisições e Contratações do Banco Mundial (BIRD), instituída pela

Portaria nº 234/2012 (Anexo 2), as aquisições realizadas para o Projeto com o

recurso da doação do GEF.

Para atender demandas específicas, poderão ser chamados a atuar na

execução do Projeto servidores do quadro da SEMARH lotados nas suas diversas

gerências. Também poderão ser contratados consultores individuais, dentro das normas

exigidas pelo Banco Mundial e pela legislação nacional.

3.1.1 Atribuições dos membros da equipe da UCP:

O Coordenador do Projeto será responsável por:

coordenar o Projeto, atuando como interlocutor da equipe da UCP com o Banco

Mundial;

encaminhar ao Banco os relatórios técnicos e financeiros elaborados pela equipe

do Projeto;

representar a equipe do Projeto em eventos, reuniões e workshops.

O Vice-coordenador do Projeto será responsável por:

responder pelas atribuições do Coordenador, na sua ausência;

auxiliar o coordenador no desempenho das suas atribuições.

O especialista em gestão financeira será responsável por:

coordenação da execução financeira do Projeto (orçamento, finanças e

contabilidade) e na preparação de relatórios periódicos e relatórios de gestão

financeira e prestação de assistência técnica específica para a SUGESP para

reforçar o planejamento, gestão e sistemas de controle.

elaborar a proposta orçamentária de acordo com o planejamento previsto nos

POAs;

revisar relatórios de prestação de contas;

fornecer subsídios ao Coordenador para a elaboração de POAs no que se refere a

aspectos orçamentários e financeiros;

analisar, em conjunto com o Coordenador, a necessidade de remanejamento de

recursos, propondo as alterações cabíveis;

acompanhar e avaliar a execução financeira do Projeto;

revisar e encaminhar ao coordenador, para submissão ao Banco Mundial,

relatórios financeiros periódicos;

manter adequadamente as informações administrativas e financeiras do Projeto

em arquivo específico;

acompanhar as auditorias financeiras e adotar as medidas corretivas

recomendadas;

O especialista em aquisições será responsável por:

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elaborar editais de licitação e demais procedimentos para as licitações,

contratações e aquisições para o Projeto.

planejar, coordenar e supervisionar os processos de contratação de consultorias e

serviços e de aquisições;

revisar e encaminhar ao coordenador, para submissão ao Banco Mundial, toda a

documentação referente a contratações e aquisições previstas no Acordo de

Doação;

Os técnicos e administrativos serão responsáveis por:

auxiliar na elaboração de termos de referência, de relatórios técnicos e

financeiros, bem como no desenvolvimento das atividades técnicas, financeiras e

de aquisições do projeto.

3.2 A Superintendência de Gestão, Planejamento e Finanças – SUGESP

A Superintendência de Gestão, Planejamento e Finanças da SEMARH é a

responsável pela execução financeira, incluindo pagamentos e contabilidade, no âmbito

do Projeto Cerrado Sustentável Goiás.

Os técnicos da SUGESP serão paulatinamente treinados nas ferramentas de

aquisições e gestão financeira do Banco Mundial, através da participação em

treinamentos dessa natureza oferecidos pelo Banco.

4. GESTÃO FINANCEIRA DO PROJETO

A SEMARH irá coordenar, no âmbito da gestão financeira do PCSG: (i) o

registro de todas as transações relacionadas ao Projeto, (ii) a preparação de

demonstrações financeiras (iii) a salvaguarda dos ativos do Projeto e (iv) os

procedimentos de auditoria aceitáveis para o Banco.

4.1 Origem dos recursos

O valor total do Projeto Cerrado Sustentável Goiás – PCSG é de US$ 12

milhões, ao longo de três anos. Desse total, US$ 3 milhões serão de doação do GEF e

US$ 9 milhões de contrapartida do Estado de Goiás, com recursos próprios da

SEMARH. Estes recursos provêm da arrecadação própria da SEMARH, da cobrança de

taxas e multas previstas na legislação ambiental, e de recursos de compensação

ambiental, provenientes da aplicação do Art. 35 da Lei nº 14.247/2002, que instituiu o

SEUC – Sistema Estadual de Unidades de Conservação. Serão computados como

contrapartida para o Projeto os recursos provenientes das fontes acima que forem

utilizados para custear atividades relacionadas ao escopo do Projeto.

Os recursos provenientes de arrecadação da SEMARH e da compensação

ambiental são administrados pelo Fundo Estadual de Meio Ambiente – FEMA. Assim, o

detentor do recurso e administrador das contas de contrapartida será o FEMA. A UCP

desenvolverá e manterá um sistema de controle dos recursos de contrapartida que,

devido à sua natureza, não serão depositados em uma conta única, mas serão

provenientes de várias contas existentes no FEMA. Esse controle será realizado pelo

especialista em gestão financeira do Projeto, em conjunto com a equipe do FEMA.

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Os recursos da contrapartida e da doação para o Projeto serão aplicados

conforme a Tabela 2.

Tabela 2 – Custos do Projeto por componente e por fonte de financiamento (em

US$ 1.000.000) Componente Conrapartida GEF

Total

%

Fonte da

Contrapartida*

Componente 1. Expansão e

consolidação de Áreas

Protegidas no Corredor Paranã-

Pireneus e na APA do João

Leite.

5.24 1.40 6.64 55.3 CA; SEMARH

Componente 2. Gestão

Sustentável da paisagem

produtiva no Corredor Paranã-

Pireneus e APA do João Leite.

1.08 0.90 1.98

16.5 CA; SEMARH

Componente 3. Fortalecimento

institucional e desenvolvimento

de Políticas.

2.43 0.20 2.63 21.9 SEMARH

Componente 4. Monitoramento

ambiental de imóveis rurais no

Bioma Cerrado em Goiás.

0.10 0.40 0.50 4.2 CA; SEMARH

Componente 5. Coordenação

Técnica, Monitoramento e

Avaliação do Projeto.

0.15 0.10 0.25 2.1 SEMARH

Custos Totais 9.00 3.00 12.00 100

*CA – recursos de Compensação Ambiental

SEMARH – recursos da arrecadação da SEMARH e, eventualmente, do Tesouro do Estado.

4.2 Fluxo Financeiro

De acordo com os procedimentos normais do Banco Mundial, os

desembolsos serão realizados para as despesas elegíveis efetuadas ou a efetuar no

âmbito do Projeto e da percentagem de despesas a serem financiadas por Despesas

Elegíveis em cada categoria, conforme estipulado no acordo de doação (Secção IV -

Retiradas dos proventos da doação). Os recursos da doação irão da Conta de Doação

para uma Conta Designada em dólares americanos (US$) no Banco do Brasil, em Nova

York, em nome da SEMARH, para identificar o projeto. Os recursos da doação serão

transferidos da Conta Designada para uma Conta Operacional em reais (R$), em nome

da SEMARH, para identificar o projeto. Esses recursos serão usados para pagamentos

utilizando o Sistema Orçamentário e Financeiro – SIOF do Estado de Goiás. O fluxo

financeiro descrito está representado na Figura 2.

A SUGESP será a responsável, sob a supervisão da UCP, por movimentar os

recursos financeiros do projeto. Toda a movimentação financeira (empenho,

contabilidade e pagamento) será registrada no Sistema Orçamentário e Financeiro do

Estado – SIOF, pela SUGESP, que também realizará os desembolsos do Projeto e

auxiliará o especialista em gestão financeira, lotado na UCP, na preparação dos

relatórios financeiros.

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Após a execução orçamentária de uma despesa, a UCP receberá a nota fiscal

de bens/obras/serviços, atestará sua execução e a enviará à SUGESP para a liquidação

do pagamento.

4.3 Desembolso dos Recursos

Não haverá necessidade de pagamentos de contrapartida para as mesmas

despesas, uma vez que o Banco pode financiar 100% de qualquer atividade do Projeto.

No entanto, 75% das atividades do PCSG serão pagas com recursos de contrapartida,

despesas estas que serão comunicadas ao Banco através dos Interim Financial Reports –

IFRS (Relatórios Financeiros Intercalares), conforme modelo apresentado nos Anexos

1A e 1B.

Figura 2 – Fluxo dos recursos da doação do GEF para o Projeto

Plano de Aquisições e Relatórios Fluxo de recursos

Durante a execução do Projeto, a SEMARH utilizará os seguintes métodos

de desembolso: (i) reembolso (para financiamento retroativo), (ii) adiantamentos, e (iii)

pagamentos diretos. A prestação de contas e documentação de despesas dos recursos da

doação será feita através das planilhas de Summary Sheets – SSs (Folhas Resumo) e

Statement of Expenditures – SOEs (Declaração de Despesas) com comprovantes de

despesa, cujos modelos são apresentados nos Anexos 2A e 2B, respectivamente. O

Banco depositará os recursos da doação (adiantamentos) em dólares na conta designada

para o projeto, aberta no Banco Itaú. O recurso será transferido para uma conta

operativa, em Reais, que será aberta pela SEMARH no Banco Itaú, em Goiânia.

O teto do desembolso para a Conta Designada será fixado em US$

600.000,00 e o valor mínimo de aplicação para os reembolsos e pagamentos diretos será

de US$ 120.000,00. Os pedidos de pagamentos diretos serão documentados através de

registros que comprovem as despesas elegíveis (por exemplo, cópias de recibos e Notas

Fiscais do fornecedor).

Projeto GEF Cerrado Sustentável Goiás

Conta Designada

Conta Operacional

SEMARH

Banco Mundial

Pagamentos

realizados

pela

SEMARH

Solicitação de retiradas

com base nos

SOEs/Folhas

Resumo/Registros

NPE/SEMARH

Unidade de Coordenação do

Projeto

Fornecedores de bens e serviços para o Projeto

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O Estado de Goiás irá retirar os recursos da doação de acordo com a Seção

IV do Plano 2 do Acordo de Doação, e a documentação de apoio é detalhada na Carta

de Desembolso ao Beneficiário. A freqüência dos relatórios das despesas elegíveis

pagas da Conta Designada será, no mínimo, trimestral.

Os desembolsos para o Projeto serão baseados em relatórios trimestrais,

conforme previsto nas Diretrizes para os Mutuários, editadas pela Divisão de Políticas

Operacionais e Serviços aos Países do Banco Mundial em novembro de 2002. Para

tanto os pedidos de saques enviados ao Banco Mundial serão instruídos com

documentos constantes do Termo de Doação.

Caberá à UCP preparar as solicitações de desembolso ao Banco, de acordo

com o cronograma atualizado com base no monitoramento da evolução de cada

atividade do Projeto. Periodicamente, a UCP fará as prestações de contas exigidas no

contrato com o GEF.

A seguinte documentação de apoio é requerida para reembolsos e para a

documentação de despesas pagas a partir da Conta Designada: (i) Folhas Resumo com

Comprovantes de Despesa evidenciando as despesas elegíveis (p. ex. cópias de recibos,

faturas de fornecedores) para pagamentos feitos sob: a) contratos de bens, obras e

serviços de não-consultoria iguais a ou maiores que US$ 100.000,00 por contrato; b)

contratos de empresas de consultoria iguais a ou maiores que US$ 100.000,00 por

contrato; c) contratos de consultorias individuais iguais a ou maiores que US$

50.000,00 por contrato; (ii) Declaração de Despesas na Carta de Desembolsos, extratos

bancários da Conta Operacional e conciliação bancária da Conta Operacional para

pagamentos que não excedam os limites estabelecidos acima. Solicitações de

pagamentos diretos serão documentadas com registros que evidenciem despesas

elegíveis (p.ex. cópias de recibos, faturas de fornecedores) Detalhes adicionais serão

incluídos na Cara de Desembolsos que Banco enviará ao Beneficiário.

As despesas para os itens e categorias de desembolso constantes na Tabela 3

podem ser financiadas pelos recursos da doação e serão usados exclusivamente para a

finalidade a que se destinam.

Os termos relacionados na Tabela 3 por categoria de desembolso referem-se

às contratações descritas a seguir:

Os termos “workshops e treinamentos” significam: (i) materiais para

treinamento e aluguel de salas e equipamentos e (ii) taxas de inscrição, viagens,

hospedagem e diárias de instrutores, instituições de treinamento e de pessoal em

treinamento;

O termo “Custos Operacionais” significa custos recorrentes associados com a

coordenação e implementação do Projeto pelo Beneficiário, através da Unidade

de Coordenação do Projeto, incluindo: (i) manutenção e operação de veículos,

reparos, combustível e peças de reposição; (ii) manutenção de equipamentos e

computadores; (iii) custos de frete (quando esses custos não estiverem incluídos

no custo dos bens); (iv) equipamentos e materiais de escritório; (v) aluguel de

equipamentos de escritório e de salas; (vi) despesas de água, luz, energia e

similares; (vii) viagens, hospedagens e diárias para a equipe técnica responsável

pelas atividades de supervisão e controle de qualidade, (viii) custos de

comunicação, incluindo publicações para fins de aquisições e (ix) todos os

custos associados com auditorias;

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O termo “serviços de não-consultoria” significa despesas razoáveis incorridas

por conta da implementação do projeto para cobrir custos de aluguel de

softwares, serviços de coleta de dados e outros serviços que não são prestados

por consultores e que não estão cobertos nas definições de Workshops e

Treinamento, e Custos Operacionais.

O financiamento retroativo poderá ser realizado até o valor de US$

300.000,00, para pagamentos realizados durante os doze meses imediatamente após a

data de assinatura do Acordo de Doação, nas despesas elegíveis das categorias 1 e 2 da

Tabela 3.

Tabela 3 – Alocação de recursos da doação por categoria de desembolso Categoria de Desembolso Total da Doação Alocada

(US$ milhões)

Percentagem de

despesas a serem

financiadas,

incluindo

impostos (%)

(1) Bens, obras, serviços de não-consultoria,

serviços de consultoria, workshops e

treinamentos.

2.7 100

(2) Custos Operacionais 0.30 100

Custos Totais do Projeto 3.00 100

4.4 Plano Operacional Anual

A UCP irá preparar e enviar ao Banco, por volta do dia 30 de novembro de

cada ano de execução do Projeto, um Plano Operacional Anual - POA para o ano

seguinte. As despesas previstas no POA serão incluídas no Projeto de Lei Orçamentária

do Estado.

O POA será elaborado com base nas necessidades físicas e financeiras para a

implementação das ações do ano subseqüente à sua elaboração. Deverá levar em conta

as metas e os prazos estabelecidos para o Projeto, bem como a capacidade de execução

de sua equipe, e resultará na apresentação do planejamento anual de gastos previstos

com recursos do GEF e da contrapartida, discriminados pela natureza da despesa em

cada tarefa. No POA serão estabelecidas as ações programadas, seus estágios de

execução, bem como os seus custos estimados e categorias de despesas previstas no

contrato.

A cada ano, o POA incorporará também os resultados das avaliações

realizadas no ano anterior, de modo a atualizar o planejamento da execução do Projeto.

4.5 Relatórios Financeiros

O sistema de orçamento e contabilidade da SEMARH faz parte do sistema

geral de gerenciamento financeiro do Estado e, portanto, todas as transações serão

executadas através dos sistemas de contabilidade pública do Estado, de acordo com os

procedimentos contábeis e de emissão de relatórios previstos na Lei n. º 4.320/64 e

alterações, Plano Plurianual - PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias do Estado -

16.676/09, Lei do Orçamento Anual - 16.860/09 e Decreto - 7.046/10, que seguem

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procedimentos padrão internacionais. O SIOFnet é utilizadopara a execução do

orçamento e realização de pagamentosdo Projeto.

Relatórios financeiros trimestrais não auditados (Interim Financial Reports

– IFRs) são preparados e fornecidos ao Banco Mundial em até quarenta e cinco dias

após o fim de cada trimestre, cobrindo o trimestre. A descrição dos IFRs é indicada a

seguir, e o formato dos mesmos encontra-se no Anexo 1 deste Manual.

IFR 1 – recursos (da doação e da contrapartida) aplicados por fontes e categorias

de desembolso do projeto no trimestre, e acumulados por ano e por período de

duração do projeto, bem como a previsão de gastos para os três meses seguintes.

IFR 2 – recursos (da doação e da contrapartida) aplicados por componentes do

projeto no trimestre e acumulados por ano e por período de duração do projeto,

apresentando despesas planejadas versus aplicadas (i. e, despesas

documentadas), incluindo apresentação da variação entre ambas.

Os IFRs são preparados em planilhas Excel, a partir de informações obtidas

do SIOFnet, tanto de pagamentos realizados com o recurso da Doação quanto dos

recursos de contrapartida. Optou-se por utilizar planilhas Excel para a preparação dos

IFRs em virtude de, após consulta realizada pela UCP à Secretaria de Planejamento do

Estado de Goiás, responsável pela administração do SIOFnet, constatar-se a

impossibilidade de adaptar o referido Sistema para a geração dos IFRs.

Missões de supervisão da gestão financeira do Projeto serão realizadas pelo

Banco, com o objetivo de observar o desempenho e a adequação dos mecanismos de

gestão financeira, monitorar os procedimentos de documentação de despesas e de

realização das auditorias externas independentes.

4.6 Auditorias Externas

A SEMARH manterá registros contábeis adequados e documentação em

ordem, disponibilizando-os, a qualquer tempo, para auditorias e verificações de rotina.

Serão realizadas auditorias com o objetivo de assegurar que os recursos da

doação sejam usados com economia e eficiência e somente para os propósitos pré-

estabelecidos. Os registros financeiros e de aquisições serão mantidos, desde o início da

implementação, com a observância de práticas contábeis adequadas e sujeitos aos

controles e verificação necessários.

As auditorias externas seguirão o disposto nas diretrizes e políticas de

auditoria do Banco Mundial, conforme os Padrões Internacionais de Auditoria

(International Standards on Auditing - ISAs), emitidos pela Federação Internacional de

Contadores (International Federation of Accountants – IFAC).

A empresa de auditoria independente será contratada em até seis meses após

a data de efetivação do Acordo de Doação e, posteriormente, logo após o fim de cada

ano fiscal, com base no modelo de Termo de Referência constante do Anexo 5.

As auditorias serão realizadas por empresa independente utilizando padrões

internacionais para auditorias contábeis e as contas serão auditadas a cada ano fiscal. Os

relatórios de auditoria deverão ser encaminhados pela UCP ao Banco para análise e

aprovação em até seis meses após o final de cada ano fiscal. Portanto, os auditores

deverão endereçar e entregar seu relatório final ao Beneficiário da Doação até 15 dias

antes desta data.As auditorias anuais devem incluir a análise e emissão de parecer, por

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escrito, sobre a execução do Projeto, indicando o grau em que o demonstrativo

financeiro e a documentação de apoio refletem corretamente a condição financeira e o

desempenho do Projeto. O auditor deve apresentar, também, em separado, uma

recomendação à administração do Projeto referente a quaisquer aperfeiçoamentos

requeridos pelos sistemas de controle financeiros e/ou pela melhoria do uso dos

recursos.

Se o período entre a data em que a Doação for declarada efetiva e o

encerramento do ano fiscal do Beneficiário não for maior do que seis meses, o primeiro

relatório da auditoria poderá cobrir demonstrações financeiras para o período da data de

efetividade do empréstimo até o encerramento do segundo ano fiscal (ou seja, um

período de até 18 meses). Se a data do último desembolso não estiver a mais de seis

meses do início do último ano fiscal do projeto, o relatório final da auditoria poderá

cobrir o período do início do penúltimo ano fiscal até a data do último desembolso (ou

seja, um período de até 18 meses).

4.7 Transparência no uso dos recursos

Para dar transparência ao uso dos recursos do Projeto, o website que será

desenvolvido para o Projeto terá, dentre outras informações, descrição de

procedimentos para denúncias de irregularidades e regras anticorrupção. Além disso, na

página do PCSG na Internet haverá um link para o site do Portal de Transparência do

Governo de Goiás.

4.7 Aquisições no âmbito do Projeto

As atividades de aquisições para o Projeto, realizadas com o recurso do GEF,

são conduzidas pela Comissão Especial de Licitações de acordo com as Diretrizes para

Aquisições e Contratações do Banco Mundial (BIRD), instituída pela Portaria nº

234/2012 - SEMARH (Anexo 2), ligada à Unidade de Coordenação do Projeto.

As aquisições no âmbito do PCSG serão conduzidas de acordo com o

disposto nos documentos “Diretrizes para Aquisições no Âmbito de Empréstimos do

BIRD e Créditos da AID”, datado de maio de 2004 e revisado em outubro de 2006, e

“Diretrizes: Seleção e Contratação de Consultores pelos Mutuários do Banco Mundial”,

datado de maio de 2004 e revisado em outubro de 2006. As aquisições também seguirão

as disposições do Acordo de Doação.

Os modelos de Documentos de Licitação e de Solicitação de Propostas

(RFPs) do Banco serão utilizados para a aquisição de bens e de serviços de consultoria,

respectivamente, que forem financiadas pelo Banco por meio de Licitações

Internacionais (International Competitive Bidding – ICB). Para a aquisição de bens e

serviços de não-consultoria através de Licitação Nacional (National Competitive

Bidding – NCB), a SEMARH utilizará documentos de licitação aceitáveis ao Banco. No

caso de aquisição de bens, o Pregão Eletrônico, estabelecido na Lei Federal nº

10.520/08, poderá ser utilizado assim que o Banco forneça uma homologação formal ao

sistema Comprasnet.

Os vários itens a serem contratados para o Projeto, sob diferentes categorias

de despesa, são descritos, de forma geral, a seguir:

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Aquisições de Obras: pequenas obras a serem contratadas no âmbito do Projeto

incluem: construção de centros de visitantes, guaritas em UCs, centros de

treinamento ou similares.

Aquisições de Bens: os bens adquiridos para o Projeto incluem, entre outros:

computadores, softwares, equipamentos e veículos.

Aquisições de serviços de não-consultoria: logística e transporte para realização

de seminários e workshops, serviços de impressão, material de treinamento,

produção de vídeos, campanhas de comunicação e custos de telecomunicações.

Seleção de consultores: estudos para a criação de UCs, assistência técnica,

atividades de capacitação, estudos para o estabelecimento do Mercado de

Reserva Legal, entre outros. Para o Projeto também poderá ser necessária a

contratação de universidades e instituições governamentais de pesquisa.

Outros: o projeto financiará a participação da equipe e representantes de

insituições parceiras do Projeto em conferências e seminários, incluindo as taxas

de participação, viagem, hospedagem e diárias.

4.8.1 Plano de Aquisições

Para cada contrato a ser financiado pela doação, os diferentes métodos de

aquisição ou métodos de seleção de consultores, a necessidade de pré-qualificação, os

custos estimados, requisições de revisão prévia e prazos estão acordados entre o

Beneficiário e o Banco no Plano de Aquisições.

O Plano de Aquisições será atualizado anualmente ou quando necessário

para refletir as necessidades reais na implementação do projeto e as melhorias na

capacidade institucional de execução das aquisições.

4.8.2 Métodos de Aquisição a serem utilizados no Projeto

a) Licitação Nacional (National Competitive Bidding - NCB) - Todas as obras, contratos

de serviços técnicos e bens cujo custo estimado seja inferior a US$ 500.000 e maior que

US$ 200.000 por contrato podem ser adquiridos no âmbito de contratos celebrados com

base nos procedimentos desta modalidade.

b) Shopping - bens e serviços técnicos com custo estimado inferior a US$ 100.000,00

por contrato, e obras com custo estimado inferior a US$ 200.000,00 por contrato,

poderão ser adquiridos com base nos procedimentos de shopping.

c) Seleção Baseada em Qualidade e Custo (Quality and Cost Based Selection - QCBS) -

esses procedimentos serão utilizados para contratos de serviços de consultoria,

assistência técnica e treinamentos.

d) Seleção baseada nas Qualificações do Consultor (Selection based on Consultant’s

Qualifications - CQS) - esses procedimentos serão utilizados para pequenas tarefas para

as quais a necessidade de elaboração e avaliação de propostas competitivas não se

justifica, conforme o item 3.7 das Diretrizes para Contratação de Consultores.

e) Seleção pelo Menor Custo (Least-Cost Selection - LCS)- Esses procedimentos serão

utilizados para serviços de natureza rotineira, conforme item 3.6 das Diretrizes para

Contratação de Consultores.

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23

f) Contratação de Consultores Individuais com base em Qualificações (Individual

Consultants Based on Qualifications - IC) - esses procedimentos serão utilizados para

situações que satisfaçam os critérios especificados na Seção V das Diretrizes para

Contratação de Consultores.

g) Seleção de fonte única (Single-Source Selection - SSS)- esses procedimentos serão

utilizados para situações que satisfaçam os critérios especificados na Secção III das

Diretrizes para Contratação de Consultores.

Os métodos de aquisição para o Projeto, por categoria de desembolso e por

limites de custo estão expressos na Tabela 4.

Tabela 4 – Métodos de aquisição para o Projeto, por categoria de desembolso e

limites de custo

Categoria de despesa

Limite de valor

do contrato Método de

Aquisição Contratos sujeitos a revisão prévia

(US$ mil)

Bens

>500 ICB Todos os processos

≥ 200 <500 NCB ou Pregão

Eletrônico

Primeiros processos de cada ano e

todos aqueles com custo superior a

US$ 200.000,00.

≤ 200 Shopping ou Pregão

Eletrônico Primeiros dois processos de cada ano

Serviços de não-

consultoria

>500 ICB Todos os processos

≥ 100< 500 NCB ou Pregão

Eletrônico

Primeiros processos de cada ano e

todos aqueles com custo superior a

US$ 250.000,00.

≤ 100 Shopping ou Pregão

Eletrônico Primeiros dois processos de cada ano

Consultoria (pessoa

jurídica)

>200 QCBS

Primeiros dois processos de cada ano e

em todos os contrataos acima de

US$100.000,00.

≤ 100 QCBS/CQS/LCS Primeiro processo em cada ano e todos

os contratos acima de US$100.000

Consultoria (pessoa

física)

Seção V das

Diretrizes

Todos os casos acima de US$ 25.000 e

todos os contratos de fonte única.

Contratação Direta Todos os casos, independentemente do

valor do contrato.

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24

5. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO

O monitoramento e a avaliação serão conduzidos pela equipe da Unidade de

Coordenação do Projeto na SEMARH, de acordo com os resultados e indicadores

expressos na Tabela 3, a seguir. A UCP também preparará, em conjunto com a

SUGESP, os relatórios financeiros para o Projeto, e avaliará regularmente a sua

implementação com base em relatórios de execução físico-financeira e em relatórios

técnicos, em conjunto com as instituições parceiras, quando for o caso.

5.1 Relatórios do Projeto

Relatórios de progresso serão elaborados para cada período de seis meses e

enviados ao Banco até um mês após o período coberto pelo relatório. Esses relatórios

servirão de subsídio à Coordenação do Projeto, ao Banco e ao DCBio para,

conjuntamente às missões de supervisão, monitorar a contribuição e a aderência do

projeto aos objetivos gerais e às diretrizes da Iniciativa Cerrado Sustentável. Estes

relatórios conterão, no mínimo, o desempenho monitorado do projeto e suas despesas

por resultados. Adicionalmente, um Relatório Anual de Monitoramento e Avaliação do

Projeto também será submetido ao DCBio e ao Banco. Este relatório demonstrará o

desempenho monitorado em dois formatos paralelos: (i) o desempenho monitorado do

projeto e (ii) a contribuição esperada à Iniciativa Cerrado Sustentável. Esses relatórios

conterão, no mínimo: (i) despesas do Projeto por resultado e (ii) atividades a serem

inseridas, modificadas ou eliminadas, de forma a atingir os objetivos do Projeto e (iii)

os objetivos gerais da Iniciativa.

Ao final do Projeto, a UCP preparará um Relatório de Conclusão, que será

enviado ao Banco até seis meses após a data de encerramento do Projeto.

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25

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26

Tabela 3 – Monitoramento dos resultados Indicadores de

resultado do Projeto

Linha de base Ano 1 Ano 2 Ano 3 Freqüência e

Relatórios

Instrumentos de coleta de

dados

Responsáveis pela coleta de

dados

Pelo menos uma

política adotada e

contribuindo para a

conservação da

biodiversidade do

Cerrado em Goiás.

Macro

políticas

estaduais em

vigor (Código

Florestal,

Sistema

Estadual de

Unidades de

Conservação),

mas não

eficazes.

Desenvolvimento

de política

pública.

Instrumento legal

efetivo.

Política

adotada e

contribuindo

para a

conservação da

biodiversidade.

Relatórios semestrais

do Projeto.

Missões Supervisão

Conjunta, baseadas em

evidencias documentais,

relatórios e visitas de campo.

SEMARH, Banco Mundial.

Mecanismos de

conservação e/ou uso

sustentável da

biodiversidade

adotados em uma

paisagem produtiva

prioritária do bioma

Cerrado no Estado de

Goiás.

Ausência de

Sistema

Unificado de

Informação

Ambiental

Ausência de

um Mercado

de Reserva

Legal

Sistema

Unificado de

Informação

Ambiental

estabelecido no

Estado e estudos

para criação de

UCs concluídos.

Mercado de

Reserva Legal

estabelecido e

processo para

instituição legal

de UCs iniciado.

Mercado de

Reserva Legal

implementado

na área piloto e

UCs criadas.

Relatórios semestrais

do Projeto.

Missões de Supervisão

Conjunta, baseadas em

evidências documentais,

relatórios e visitas de campo.

SEMARH, Banco Mundial.

Indicadores de Resustado para cada Componente Componente 1 1.1 Pelo menos 80.000

ha de area adicional no

Bioma Cerrado

protegidos através da

criação de UCs de

Proteção Integral.

0.0 Estudos para

criação de UCs

concluídos.

Processos para

criação de UCs

iniciados.

80.000 ha de

UCs de

Proteção

Integral

criados.

Relatórios semestrais

do Projeto.

Missões de Supervisão

Conjunta, baseadas em

evidências documentais,

relatórios.

SEMARH, Banco Mundial.

1.2 No mínimo 50%

das medidas básicas de

Dois Parques

Estaduais com

Levantamento de

necessidades

Implementação

das

Implementação

das

Relatórios semestrais

do Projeto.

Missões de Supervisão

Conjunta, baseadas em

SEMARH, Banco Mundial.

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27

proteção em vigor nas

UCs Estaduais de

Proteção Integral no

Corredor Paranã-

Pireneus, cobrindo

cerca de 1,0 milhão de

ha.

parte de suas

medidas

básicas de

proteção em

vigor.

concluído;

implementação

das

recomendações

iniciada (15%).

recomendações

parcialmente

concluída em um

Parque Estadual

(30%).

recomendações

concluída no

segundo

Parque

Estadual

(50%).

evidências documentais,

relatórios e visitas de campo.

Componente 2 2.1 Mais de 10% das

propriedades rurais na

área alvo do Projeto

(pelo menos 200.000

ha), utilizando

mecanismos de

proteção da

biodiversidade e/ou

gestão sustentável

através da

implementação do

Mercado de Reserva

Legal, para garantir a

manutenção de RLs e

APPs para a criação de

corredores.

Não há. Estudos para

seleção de áreas

piloto concluído,

censo agrário e

mapeamento de

RLs e APPs

iniciado.

Censo agrário e

mapeamento

concluídos;

negociações para

o Mercado de RL

iniciadas para

beneficiar pelo

menos 100.000

ha.

200.000 ha

beneficiados

pela operação

do Mercado de

Reserva Legal.

Relatórios semestrais

do Projeto.

Missões de Supervisão

Conjunta, baseadas em

evidências documentais,

relatórios e visitas de campo.

SEMARH, Banco Mundial.

Componente 3 3.1 CEMAm,

SEMARH e FEMA

fortalecidos através de

treinamento em

processos específicos

de gestão ambiental e

ferramentas associadas.

Conselho

Estadual do

Meio

Ambiente –

CEMAm

estabelecido e

funcionando.

Estabelecimento

de regras e

procedimentos e

treinamentos

iniciados.

15% do pessoal

técnico treinado.

Estabelecimento

de regras e

procedimentos e

treinamentos

concluídos.

30% do pessoal

técnico treinado.

50% do

pessoal técnico

Relatórios semestrais

do Projeto.

Missões de Supervisão

Conjunta, baseadas em

evidências documentais, e

relatórios.

SEMARH, Banco Mundial.

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28

Não há.

(Pessoal

técnico sem

treinamentos

específicos.)

treinado.

3.2 Duas redes da

sociedade civil

(conselhos consultivos

de UCs) fortalecidos

através do

estabelecimento de

regras formais e

procedimentos, e

capacitação para

representar as opiniões

da sociedade civil.

Não há. Identificação dos

conselhos que

serão

fortalecidos;

capacitação

iniciada.

Um conselho

consultivo de UC

em operação.

Segundo

conselho

consultivo de

UC em

operação.

Relatórios semestrais

do Projeto.

Missões de Supervisão

Conjunta, baseadas em

evidências documentais, e

relatórios.

SEMARH, Banco Mundial.

3.3 Novas políticas

públicas (instrumentos

legais complementares

necessários para a

implementação do

Mercado de Reserva

Legal) desenvolvidos e

operantes em Goiás.

Não há. Preparação do

modelo modelo

do Mercado de

Reserva Legal

parcialmente

concluído.

Modelo

concluído e

Mercado de

Reserva Legal

estabelecido.

Mercado de

Reserva Legal

em operação

na área piloto.

Relatórios semestrais

do Projeto.

Missões de Supervisão

Conjunta, baseadas em

evidências documentais,

relatórios e visitas de campo.

SEMARH, Banco Mundial.

Componente 4 4.1 Informação

Ambiental do Estado

monitorada,

periodicamente

atualizada e disponível

gratuitamente ao

público.

Não há. -- Sistema em

operação, com

dados gerais

ambientais do

Estado e dados

de RL e APP da

área piloto.

Sistema em

operação e

gratuitamente

disponível ao

público.

Relatórios semestrais

do Projeto.

Estatísticas de acesso ao

website, declarações de

satisfação de usuários,

Missões de Supervisão

Conjunta, baseadas em

evidências documentais, e

relatórios.

SEMARH, Banco Mundial.

Component 5 5.1 Equipe da Unidade

de Coordenação do

Estrutura e

equipe da

Unidade de

Coordenação do

Unidade de

Coordenação do

Unidade de

Coordenação

Relatórios semestrais

do Projeto.

Missões de Supervisão

Conjunta, baseadas em

SEMARH, Banco Mundial.

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29

Proejto capacitada para

conduzir as atividades

de coordenação,

monitoramento,

avaliação e elaboração

de relatórios.

SEMARH

parcialmente

estruturada

para a

coordenação

do projeto.

Projeto

capacitada, com

representantes da

SEMARH.

Projeto

capacitada, com

representantes da

SEMARH.

do Projeto

capacitada,

com

representantes

da SEMARH.

evidências documentais, e

relatórios.

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6. AVALIAÇÃO SÓCIO-AMBIENTAL DO PROJETO

Para este Projeto serão considerados os seguintes documentos de

salvaguardas: (i) Avaliação Ambiental para a Iniciativa, (ii) Relatório Setorial de Meio

Ambiente, elaborado para a segunda fase do Programa Rodoviário do Estado de Goiás,

(iii) Política de Reassentamento para a Iniciativa, (iv) Política de Reassentamento

Involuntário para Obras Rodoviárias e (v) Política para Povos Indígenas para a

Iniciativa. Todos os documentos citados encontram-se disponíveis para consulta na

Unidade de Coordenação do Projeto, localizada na SEMARH-GO.

As atividades incluídas no Projeto Cerrado Sustentável Goiás apresentam

baixo impacto ambiental e baixo impacto sobre as comunidades tradicionais da região

do Cerrado. As políticas de salvaguarda desencadeadas pelo projeto serão: (i) Avaliação

Ambiental, (ii) Habitats Naturais (iii) Recursos Culturais e históricos; (iv)

Reassentamento Involuntário, e (v) Povos Indígenas.

6.1. Avaliação Ambiental

Os impactos ambientais resultantes de ações no âmbito do projeto deverão

ser todos positivos, com aumento da conservação da biodiversidade. Qualquer

probabilidade de impactos negativos devem ser identificados e mitigados, em

conformidade com as disposições do quadro projetado durante a preparação da segunda

fase do Programa Rodoviário do Estado de Goiás.

6.2. Habitats Naturais

Não se espera que a implementação das atividades do projeto tenham

qualquer impacto negativo nos habitats naturais. A seleção de fragmentos de habitat

para integrar o Mercado de Reserva Legal seguirá o planejamento estratégico com base

em áreas prioritárias para conservação da biodiversidade do Estado e deve resultar em

uma maior conectividade de habitats. Nenhum investimento no uso sustentável dos

recursos naturais está prevista em qualquer componente deste projeto.

6.3. Recursos Culturais e históricos

Essa salvaguarda não deve ser engatilhada pelo projeto GEF, mas pode ser

desencadeada por outros componentes do Programa de Rodoviário do Estado de Goiás.

Nesse sentido, o Brasil possui um desenvolvido quadro legislativo e normativo, que está

sob a superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

(IPHAN). Além disso, o Estado de Goiás tem uma experiência comprovada e

procedimentos adequados para recuperar estas descobertas de acordo com estes

procedimentos e regras. Estes procedimentos são descritos e destacados no Relatório

Ambiental Setorial, elaborado para a segunda fase do Programa Rodoviário do Estado

de Goiás.

6.4. Povos Indígenas

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31

Não estão previstos impactos negativos sobre as populações indígenas ou

outros grupos étnicos. Como precaução, de acordo com o Banco Mundial, um quadro

dos Povos Indígenas foi preparado para a Iniciativa GEF Cerrado Sustentável, que

contém orientações e procedimentos para a elaboração e divulgação de um Plano de

Povos Indígenas no caso de qualquer atividade afetar as comunidades indígenas.

6.5. Reassentamento Involuntário

A criação de novas áreas protegidas no âmbito do projeto em áreas

prioritárias para conservação da biodiversidade não deverá resultar em qualquer

processo de reassentamento involuntário. No entanto, o quadro de reassentamento

involuntário que foi preparado para obras civis durante a preparação do Programa de

Rodoviário do Estado de Goiás - Fase I. Adicionalmente, foi elaborada uma Política

para Povos Indígenas para a Iniciativa, que será também adotada, caso necessário.

Embora o reassentamento involuntário de populações e/ou impactos na

subsistência dessas populações não estejam previstos, quando o reassentamento

involuntário for inevitável para a criação de UCs, a SEMARH realizará um cadastro

técnico e sócio-econômico das populações afetadas durante a realização dos estudos

técnicos para a criação dessas UCs. O cadastro irá avaliar os meios de vida de cada

família afetada. Uma vez definido esse cadastro, a SEMARH irá discuti-lo com a

população afetada e finalizá-lo com base nessa discussão. A SEMARH então, avaliará a

assistência técnica e financeira necessária para permitir que a população afetada

recupere seus meios e padrões de vida ou que os melhore. Um Plano de Reassentamento

será então preparado pela SEMARH, que indicará um plano de ação a ser

implementado. Esse plano será discutido e acordado com a população afetada e, no

mínimo, as seguintes opções serão oferecidas às famílias: (i) indenização, (ii)

reassentamento ou (iii) auto-reassentamento. O plano deverá ser aprovado pela

população afetada e submetido ao Banco para aprovação antes da realização que

qualquer processo de aquisição para a criação da UC seja iniciado. O Plano será

publicado no site da SEMARH e do Projeto e disponibilizado para as populações

afetadas antes e durante a execução dos trabalhos. Todos os passos serão conduzidos em

estreita consulta com as populações afetadas. O plano será proposto em conformidade

com a rotina proposta para o processo de criação de UCs.

6.6. Vegetação nativa

As atividades propostas no Projeto apóiam principalmente a conservação e a

recuperação da vegetação nativa do Cerrado, especialmente ao longo de cursos d’água,

com a adequação das propriedades rurais quanto às APPs e, em áreas críticas para a

conexão de fragmentos, a adequação e recuperação de RLs.

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32

Anexo 1 – Portaria de criação da UCP.

PORTARIA Nº. 047/2010

O SECRETÁRIO DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS, no uso de suas atribuições legais, nos termos do Art. 40 da Constituição Estadual e demais preceitos legais, RESOLVE: Art. 1º - CRIAR a Unidade de Coordenação do Projeto – UCP para o Projeto Cerrado Sustentável Goiás, dentro do Núcleo de Projetos Especiais – NPE da Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMARH, a ser financiado com recursos de contrapartida do Estado de Goiás e com doação do Global Environment Facility – GEF (Fundo Global para o Meio Ambiente), em conformidade com o “Acordo de Doação nº TF097157”, firmado entre o Governo do Estado de Goiás e o Banco Mundial no dia 14 de junho de 2010. § 1º - A UCP será responsável pela coordenação, implementação, monitoramento e avaliação do Projeto de acordo com o Manual Operacional (MOP) do Projeto, com a colaboração, sempre que necessário, de servidores de outras unidades da SEMARH. § 2º - A UCP existirá dentro do NPE no período de duração do Projeto. § 3º - A UCP terá a seguinte constituição:

- 01 Coordenador - 01 Vice-coordenador - 01 Especialista em Gestão Financeira - 01 Especialista em Aquisições - 05 Funcionários Técnico-administrativos

Art. 2º - NOMEAR a servidora Susete Araújo Pequeno como Coordenadora e a servidora Elda Maria Pereira Cunha como Vice-coordenadora do Projeto Cerrado Sustentável Goiás. Art. 3º - ATRIBUIR à coordenação e vice-coordenação do Projeto Cerrado Sustentável Goiás a coordenação técnica e financeira do projeto, segundo a orientação do Manual Operacional (MOP) do Projeto Cerrado Sustentável Goiás.

Parágrafo único. Para a realização de suas funções, a coordenação e vice-coordenação do Projeto Cerrado Sustentável Goiás ficam autorizadas a convocar reuniões e solicitar servidores de outras unidades da SEMARH diretamente aos seus superiores para executar tarefas relativas ao referido Projeto. Art. 4° - Esta Portaria entra em vigor na data de sua assinatura. DÊ-SE CIÊNCIA, CUMPRA-SE E PUBLIQUE-SE. GABINETE DO SECRETÁRIO DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS, em Goiânia, aos 17 dias do mês de junho do ano de 2010.

ROBERTO GONÇALVES FREIRE

Secretário

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33

Anexo 2 – Portaria de instituição da Comissão de Licitação

pelas regras do BIRD.

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34

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35

Anexo 3 – Modelos de IFR

PROJETO CERRADO SUSTENTÁVEL GOIÁS

P121671 - TF097157

RELATÓRIO DE FONTES E USOS POR CATEGORIAS DE DESPESA- IFR 1-A (em R$)

Período - XXXXXXX

DESCRIÇÃO REALIZADO PLANEJADO VARIAÇÃO (Real-Plan) PROJETO

1

ORÇADO

ORIGINAL

SALDO DO

PROJETO TRIM.

ATUAL

ANO

ATUAL

PROJ.

ACUM.

TRIM.

ATUAL

ANO

ATUAL PROJ. ACUM.

TRIM.

ATUAL

ANO

ATUAL

PROJ.

ACUM.

A. FONTES DE FUNDOS

A.1 Saldo Inicial

BIRD

Rendimentos

da Conta

Operativa

Contrapartida

Total

A.2. Recursos do

Período

BIRD

Rendimentos

da Conta

Operativa

Contrapartida

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36

Total

TOTAL

FONTES (A1+

A2)

BIRD

Rendimentos

da Conta

Operativa

Contrapartida

Total

B. CATEGORIAS DE USOS DOS FUNDOS

1. Bens, obras,

consultoria e

treinamento

BIRD

Contrapartida

Total

2. Custos

operacionais

BIRD

Contrapartida

Total

Total das

Despesas

(CATEGORIAS)

BIRD

Contrapartida

Total

C. SALDO

(A - B)

BIRD

Rendimentos

da Conta

Operativa

Contrapartida

Total

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37

PROJETO CERRADO SUSTENTÁVEL GOIÁS

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38

P121671 - TF097157

RELATÓRIO DE APLICAÇÃO POR COMPONENTES E

SUBCOMPONENTES - IFR 1-B (em R$)

Período - XXXXXXX

COMPONENTE

REALIZADO PLANEJADO VARIAÇÃO (Real-Plan) PROJETO 1

ORÇADO

ORIGINAL

SALDO DO

PROJETO TRIM.

ATUAL

ANO

ATUAL

PROJ.

ACUM.

TRIM.

ATUAL

ANO

ATUAL

PROJ.

ACUM.

TRIM.

ATUAL

ANO

ATUAL

PROJ.

ACUM.

1.Proteção da

Biodiversidade pela

expansão de áreas

protegidas no Corredor

Paranã-Pirineus e na

APA do João Leite

BIRD

CP

SUBTOTAL 1

2. Uso Sustentável da

paisagem produtiva no

Corredor Paranã-

Pireneus e APA do João

Leite

BIRD

CP

SUBTOTAL 2

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39

3.Fortalecimento

institucional e

desenvolvimento de

políticas

BIRD

CP

SUBTOTAL 3

4. Monitoramento

ambiental de

propriedades rurais no

Bioma Cerrado em Goiás

BIRD

CP

SUBTOTAL 4

5.Coordenação técnica,

monitoramento e

avaliação do Subprojeto

BIRD

CP

SUBTOTAL 5

TOTAL DO PROJETO

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40

Anexo 4 – Modelo de Declaração de Despesas

Data:

Pagamentos realizados durante o período de:

________________________ a ________________________ Pedido Nº.:

Empréstimo

N:

Para despesas realizadas com: igual ou maior

que US$:

• Bens, Obras e Servicos nao de Consultoria com contratos de valor igual ou maior que:

100.000 equivalentes

• Firmas de Consultoria com contratos de valor igual ou maior que:

100.000 equivalentes

• Consultores Individuais com contratos de valor igual ou maior que:

50.000 equivalentes

PARA CONTRATOS QUE NÃO REQUEREM REVISÃO PRÉVIA SEGUNDO O PLANO DE AQUISIÇÕES

Categoria Nº

<Inserir No.

Categoria>

Conta Designada

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Item No. Nome do

fornecedor/firma/consultor ou beneficiário

Número do

Contrato

Valor Total do Contrato

Número

da fatura

Valor Total das

Faturas

% Financ. pelo BIRD

Valor Financiado pelo Banco Mundial

(6x7)

Data do Pagamento

Observações Taxa de cambio Data do Débito da Conta Designada

Quantidade Debitada da

Conta Designada

Total Total

PARA CONTRATOS QUE REQUEREM REVISÃO PRÉVIA SEGUNDO O PLANO DE AQUISIÇÕES

Categoria Nº

<Inserir No.

Categoria>

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41

Conta Designada

1 2 3 4a 4b 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Item No. Nome do

fornecedor/firma/consultor ou beneficiário

Número do

Contrato

Valor Total do Contrato

Data de BIRD's

"No Objection"

para o Contrato

Número da

fatura

Valor Total das

Faturas

% Financ. pelo BIRD

Valor Financiado pelo Banco Mundial

(6x7)

Data do Pagamento

Observações Taxa de cambio Data do Débito da Conta Designada

Quantidade Debitada da

Conta Designada

Total Total

Obs.: Comprovantes de despesas em anexo.

Indicar as despesas Retroactivas se for o caso

Preparar uma Folha de Resumo por Categoria

Data:

Pagamentos realizados durante o período de:

____________ a _____________ Pedido Nº.:

Empréstimo

Nº.

Para despesas realizadas com: inferior a

US$:

• Bens, Obras e Servicos nao de Consultoria com contratos de valor inferior a:

100.000 equivalentes

• Firmas de Consultoria com contratos de valor inferior 100.000 equivalentes

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42

a:

• Consultores Individuais com contratos de valor inferior a:

50.000 equivalentes

• Custos Operacionais e Formacao: Todos

PARA CONTRATOS QUE NÃO REQUEREM REVISÃO PRÉVIA SEGUNDO O PLANO DE AQUISIÇÕES

Categoria Nº

<Inserir No.

Categoria>

Conta Designada

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Item No.

Nome do fornecedor/firma/consultor ou beneficiário

Número do

Contrato

Valor Total do Contrato

Número

da fatura

Valor dos Pagamentos

para este SOE

% Financ. pelo BIRD

Valor Financiado pelo Banco

Mundial (6x7)

Data do Pagamento

Observações Taxa de cambio

Data do Débito da

Conta Designada

Quantidade Debitada da Conta

Designada

Total

Total

PARA CONTRATOS QUE REQUEREM REVISÃO PRÉVIA SEGUNDO O PLANO DE AQUISIÇÕES

Categoria Nº

<Inserir No.

Categoria>

Conta Designada

1 2 3 4a 4b 5 6 7 8 9 10 11 12 13

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43

Item No.

Nome do fornecedor/firma/consultor ou beneficiário

Número do

Contrato

Valor Total do Contrato

Data de BIRD's

"No Objection"

para o Contrato

Número da

fatura

Valor dos Pagamentos

para este SOE

% Financ. pelo BIRD

Valor Financiado pelo Banco

Mundial (6x7)

Data do Pagamento

Observações Taxa de cambio

Data do Débito da

Conta Designada

Quantidade Debitada da Conta

Designada

Total

Total

Obs.: Documentos de Suporte para este SOE recebidos em ______________________________

Indicar as despesas Retroactivas se for o caso

Preparar uma Declaração de Gasto por Categoria

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Anexo 5 – Modelo de Termo de Referência para Auditoria

Externa

TERMO DE REFERÊNCIA nº TERMO DE REFERÊNCIA Nº006/2012 -

UCP/NPE/SEMARH

Termo de Referência para

contratação de Auditoria

Externa para o Projeto

Cerrado Sustentável Goiás

(Acordo de Doação nº TF

097157).

SUMÁRIO

OBJETIVO DA

CONTRATAÇÃO..................................................................................... . 2

ANTECEDENTES E CONTEXTO DO

PROJETO............................................................ 2

ESCOPO DA

AUDITORIA.................................................................................................. 3

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO PROJETO

...................................................... 5

REQUISITOS BÁSICOS DA AUDITORIA EXTERNA

.................................................... 6

RESULTADOS E PRODUTOS

ESPERADOS..................................................................... 6

ESPECIFICAÇÃO DA EQUIPE

CHAVE............................................................................. 7

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45

RESPONSABILIDADES DA

CONTRATANTE.................................................................. 8

RESPONSABILIDADES DO

CONSULTOR....................................................................... 8

PRAZO DE

EXECUÇÃO...................................................................................................... 9

PAGAMENTO....................................................................................................................

.... 9

GESTÃO DA

CONSULTORIA............................................................................................. 9

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1. OBJETIVO DA CONTRATAÇÃO

Contratação de Pessoa Jurídica para realização de Auditoria Externa do Cerrado

Sustentável Goiás. A empresa contratada deverá atender às especificações

contidas neste documento.

Projeto Cerrado Sustentável Goiás. A empresa contratada deverá atender às

especificações contidas neste documento.

2. ANTECEDENTES E CONTEXTO DO PROJETO

A Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Estado de Goiás –

SEMARH recebeu uma doação do Fundo Global para o Meio Ambiente – GEF,

via Banco Mundial – BIRD, para a execução do Projeto Cerrado Sustentável

Goiás. O período de execução do Projeto foi negociado em 03 (três) anos, do ano

2010 até o ano 2013. O valor total do Acordo é de US$ 12 milhões, sendo US$ 3

milhões o valor da doação do GEF e US$ 9 milhões o valor da contrapartida do

Beneficiário.

O objetivo do Projeto é contribuir para o aumento da conservação da

biodiversidade e para a melhoria da gestão ambiental e dos recursos naturais na

paisagem produtiva e nas áreas protegidas do Bioma Cerrado no Estado de Goiás,

com aumento de inclusão social. São objetivos também apoiar a prioridade

estratégica de Capacitação / atividades de capacitação, pelo fortalecimento das

instituições ambientais, especificamente a Secretaria de Estado de Meio Ambiente

e Recursos Hídricos (SEMARH), o Conselho Estadual do Meio Ambiente

(CEMAm),o Fundo Estadual do Meio Ambiente (FEMA) bem como órgãos

ambientais municipais e organizações da sociedade civil. Além disso, o sub-projeto

abordará o princípio da repartição eqüitativa dos benefícios derivados da utilização

da biodiversidade da Convenção sobre a Diversidade Biológica, nomeadamente

através da partilha de conhecimentos e o empoderamento das comunidades locais.

Para a consecução do seu objetivo, o Projeto Cerrado Sustentável Goiás está

estruturado em cinco componentes:

3 - Expansão e consolidação de Áreas Protegidas no Corredor Paranã-Pireneus e

na APA do João Leite;

4 - Gestão sustentável da paisagem produtiva no Corredor Paranã-Pireneus e

APA do João Leite;

5 - Fortalecimento institucional e desenvolvimento de Políticas;

6 - Monitoramento ambiental de propriedades rurais no Bioma Cerrado em

Goiás;

7 - Coordenação técnica, monitoramento e avaliação do Projeto.

A Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Estado de Goiás –

SEMARH é a agência implementadora do Projeto e o Banco Mundial é a agência

executora de projetos do GEF. A coordenação e gestão do Projeto, assim como o

planejamento, acompanhamento, avaliação e comunicação dos resultados e todas

as operações financeiras e relatórios serão realizados pela Unidade de Coordenação

do Projeto – UCP, localizada no Núcleo de Projetos Especiais – NPE da Secretaria

do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Estado de Goiás – SEMARH. A

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UCP manterá um sistema de gerenciamento financeiro, incluindo registros e

contas, e demonstrativos financeiros de acordo com normas contábeis

internacionais ou nacionais compatíveis às internacionais, adotando os formatos

apresentados nas IPSASs do Regime de Base de Caixa denominadas Preparação de

Relatórios Financeiros pelo Regime Contábil de Base de Caixa (Financial

Reporting Under the Cash Basis of Accounting), e a orientação adicional obtida

nas IFAC-PSCs Diretrizes para o Setor Público Internacional e Estudos sobre o

Setor Público Internacional (International Public Sector Guidelines and

International Public Sector Studies).

Os Relatórios de Monitoramento Financeiro/Relatórios Financeiros Interinos,

(FMR/IFR do inglês Financial Monitoring Report/Interim Financial Report), no

formato acordado com o Banco, podem ser considerados como os Demonstrativos

Financeiros para ser auditados.

3. ESCOPO DA AUDITORIA

A consultoria deverá emitir uma opinião profissional sobre: (i) a situação financeira

nos períodos auditados e as normas e os procedimentos de licitação utilizados pelo

Projeto; (ii) a adequação dos controles internos e (iii) sua conformidade com o

Acordo de Doação e com as leis e regulamentos aplicáveis.

A Auditoria deve ser realizada de acordo com as normas internacionais de Auditoria,

(ISAs), emitidas pela Federação Internacional de Contadores (IFAC). Em situações

especiais, entretanto, o Banco pode aceitar o uso de normas compatíveis com as da

IFAC ou com as da Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras

Superiores (INTOSAI), se esta for executada por um dos órgãos de controle

governamental, observando ainda os arranjos específicos de gerenciamento financeiro

acordados com o Banco Mundial.

Estas normas requerem que o Consultor planeje e realize a Auditoria para obter

segurança razoável de que as demonstrações financeiras não incluem erros

materiais. A Auditoria inclui uma revisão, baseada em amostras, de evidências que

apóiam os valores e outras informações apresentadas nas demonstrações

financeiras. A Auditoria inclui também uma avaliação das normas contábeis

utilizadas, as estimativas feitas pela entidade auditada e a apresentação geral das

demonstrações financeiras.

Com a finalidade de obter evidências quanto ao cumprimento das cláusulas do

Acordo de Doação, os Consultores deverão realizar trabalhos de Auditoria para

confirmar que:

7. Todos os relatórios (SOEs e IFRs) que prestam conta ao Banco durante o

período refletem fielmente os registros do projeto e que as despesas financiadas ou

reembolsadas pelo Banco com base nestes relatórios são elegíveis, isto é, razoáveis e

necessárias para a execução do projeto descrito no Acordo de Doação e no

Documento do Projeto (Project Appraisal Document – PAD), com atenção especial

aos requisitos de economia e eficiência e aos critérios de elegibilidade específicos

definidos para o Projeto;

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8. Os recursos de contrapartida foram proporcionados e executados de acordo com

o Manual Operativo do Projeto (MOP).

9. Os bens, obras, Auditorias e outros serviços (não Auditoria) foram adquiridos de

acordo com os métodos e procedimentos estipulados no Acordo de Doação e no

Plano de Aquisições previamente aprovado pelo Banco, dando atenção especial aos

requerimentos das Diretrizes para Aquisições no Âmbito de Empréstimos do BIRD e

Créditos da AID e das Diretrizes para Seleção e Contratação de Consultores;

10. O Projeto mantém todos os documentos necessários, incluindo os registros

contábeis; documentos de suporte aos pagamentos; contas, extratos e conciliações das

contas bancárias do projeto (Conta Designada e Conta Operativa); e outra

documentação acessória ao Projeto, que dão respaldo às despesas reportadas nas

demonstrações financeiras, Declarações de Despesas e relatórios financeiros não

auditados - IFRs;

11. Os saldos do Projeto na data das demonstrações financeiras se conciliam com os

registros do Banco no sistema “Client Connection”;

12. Os bens e obras existem e foram adequadamente recebidos e patrimoniados, e os

produtos resultantes dos serviços de Auditoria e serviços (que não os de Auditoria)

foram produzidos, entregues e aceitos pelo Cliente;

13. Os pedidos de não objeção foram devidamente obtidos pelo Projeto quando

requeridos pelo Acordo de Doação ou Plano de Aquisições.

O Consultor deverá revisar toda correspondência entre o Projeto e o Banco Mundial

incluindo as Ajudas Memória, Relatórios de Missões, e avaliar a situação com

relação a todos os tópicos e itens relativos à administração financeira do Projeto. O

Consultor deverá dar atenção especial a quaisquer áreas de risco identificadas nos

documentos do Projeto (tais como o PAD, etc).

A reconciliação dos saldos e movimentação da doação será feita pela UCP com base

em seus

registros contábeis e com os dados obtidos diretamente do “Client Connection” e/ou

ICS no portal do Banco na Internet. Os Consultores deverão revisar esta

reconciliação.

Em cumprimento das normas internacionais de Auditoria (NIAs), emitidas pelo IFAC,

o Consultor deve prestar atenção especial aos assuntos seguintes:

ISA 240: Indícios de Fraudes e Corrupção e/ou outros atos ou Despesas Ilegais;

ISA 250: Consideração das Leis e Regulamentos numa Auditoria de

Demonstrações Financeiras;

ISA 260: Comunicações de Assuntos de Auditoria com os Oficiais

Responsáveis com Governança da Entidade;

ISA 265: Comunicações de Deficiências nos Controles Internos aos responsáveis

pela Governança e Administração da Entidade;

ISA 330: Os Procedimentos do Consultor em Resposta à Avaliação de Riscos;

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ISA 402: Considerações de Auditoria Relacionadas com uma Entidade

Utilizando uma Organização Prestadora de Serviços;

ISA 580: Representações por Escrito;

ISA 600: O Trabalho de Outros Consultores;

ISA 800: A Discussão das Fragilidades nos Controles Internos que Poderiam ter

um Impacto Material às Demonstrações Financeiras.

Em cumprimento das normas internacionais de Auditoria do INTOSAI, o Consultor

deve prestar atenção especial aos assuntos seguintes:

Exame e Avaliação do Controle Interno;

Observância às Leis e Regulamentos Aplicáveis;

Normas para Elaboração dos Relatórios de Auditoria Pública.

4. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO PROJETO

O Consultor deve verificar se as demonstrações financeiras foram preparadas de

acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade Aplicada no Setor Público

– NICSP, publicadas pela Comissão de Normas Internacionais de Contabilidade

Aplicada no Setor Público (IPSASB) da Federação Internacional dos Contadores

(IFAC), ou normas contábeis nacionais, desde que as normas nacionais não se

desviem significativamente das normas internacionais. O efeito desses desvios deve

ser devidamente divulgado e explicado nas demonstrações financeiras.

As demonstrações financeiras para o projeto Cerrado Sustentável Goiás são os

relatórios financeiros (IFR) trimestrais do período a ser auditado. Neste caso as

demonstrações financeiras incluem:

7. Demonstrativo de Origens e Aplicações de Recursos por categoria;

8. Demonstrativo das despesas do projeto por componente;

9. Demonstrativo de Conciliação da Conta Designada (se houver uma conta

designada);

10. Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras;

As Notas Explicativas apresentam, de maneira sistemática, as políticas contábeis

adotadas e qualquer outra informação explicativa, estabelecendo-se referência

cruzada entre os itens das Demonstrações Financeiras e as Notas. Devem incluir

uma conciliação entre os valores que o Projeto recebeu do Banco Mundial e os

valores que o Banco Mundial desembolsou conforme o sistema Client Connection e

um resumo dos movimentos da(s) conta(s) designada(s).

5. REQUISITOS BÁSICOS DA AUDITORIA EXTERNA

O Consultor deve ter competência técnica e ser independente da entidade e do

projeto que está sendo auditado. Deve ser registrado no CRC e credenciado na

CVMF, segundo as normas estabelecidas pela Instrução CVM n.º 308, de 14 de

maio de 1999. Deverá ainda ser cadastrado no Cadastro Nacional de Consultores

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Independentes (CNAI) na forma da Resolução n.º 1002, de 23 de Julho de 2004,

do Conselho Federal de Contabilidade. Um Consultor tecnicamente competente é

um Consultor adequadamente estabelecido e com boa reputação; com experiência

em Auditoria de entidades que recebem suporte financeiro e técnico ao

desenvolvimento de projetos; que utiliza procedimentos e métodos que estão em

conformidade com práticas de Auditoria geralmente aceitas; conta com

mecanismos eficientes para a garantia da qualidade; emprega funcionários em

número adequado e que possuem a devida qualificação profissional e experiência.

6. RESULTADOS E PRODUTOS ESPERADOS

O principal produto a ser entregue decorrente da contratação da Auditoria é o

Relatório de Auditoria, referente ao período de janeiro de 2012 a dezembro de

2012, onde os Consultores emitirão um parecer sobre as demonstrações

financeiras e a execução técnica do projeto.

Estrutura básica do Relatório de Auditoria

O Relatório de Auditoria deverá ser completo, apresentados em 3 (três) vias

originais, em português, sem rasuras, devidamente assinado e encadernado com

páginas numeradas e com a seguinte estrutura e seqüência:

7. Uma página com o título;

8. Uma página com o índice/sumário;

9. Uma carta endereçada ao Cliente com o parecer ou opinião única sobre as

demonstrações financeiras do Projeto ou Entidade;

10. As notas explicativas;

11. Parecer único de Auditoria sobre as Contas do Projeto em referência, que

necessariamente engloba a análise aos procedimentos e SOEs e Conta Especial,

devendo estar incluso relatório financeiro não auditado (IFR);

12. Demonstrações Financeiras Básicas do Projeto preparadas pela UCP e auditadas;

13. Nota sobre o cumprimento de cláusulas contratuais de caráter contábil-

financeiro-gerencial, leis e disposições oficiais;

14. Carta Gerencial (breve descrição da estrutura de controles internos com uma

avaliação dos Consultores, quaisquer exceções ou pontos falhos que tenham sido

levantados pelos Consultores durante o transcorrer da Auditoria e que já não

tenham sido objeto de ressalva nos pareceres, recomendações para melhoria dos

procedimentos gerenciais e de controle interno, comentários sobre o

cumprimento de recomendações feitas em relatórios anteriores);

15. Demonstrativo da Conta Operativa, se aplicável;

16. Demonstrativo da Reconciliação com a conta de doação (Conta Designada),

conforme aplicável;

17. Comentários sobre a extensão dos exames e detalhes dos procedimentos de

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Auditoria utilizados;

18. Reavaliação das pendências indicadas na Auditoria anterior;

Carta Gerencial

Quando falhas significativas que não estiverem representadas no parecer sobre a

Auditoria chamarem a atenção do Consultor no decorrer da Auditoria, as mesmas

deverão ser relatadas em uma carta gerencial endereçada à Coordenação do

projeto:

4.6.Deficiências no sistema de controle interno, incluindo os procedimentos de

controle na preparação dos SOEs/IFRs;

4.7.Práticas e políticas contábeis inadequadas;

4.8.Falta de cumprimento das disposições legais do Acordo de Doação;

4.9.Questões relativas à conformidade com provisões gerais tais como a execução

do projeto com economia e eficiência;

4.10. O valor de despesas consideradas inelegíveis pagas da conta designada

ou apresentadas para reembolso do Banco Mundial;

4.11. Assuntos identificados no decorrer da Auditoria que poderiam ter um

impacto significativo sobre a execução do projeto;

4.12. Quaisquer outras questões que o Consultor considere que devam ser

trazidas à atenção do Beneficiário do Acordo;

A Carta Gerencial deverá informar também se as recomendações contidas em

cartas anteriores foram levadas em consideração pela entidade responsável

pelo Projeto.

7. ESPECIFICAÇÃO DA EQUIPE CHAVE

Estima-se que, para a realização dos trabalhos de Auditoria Externa para os anos-

calendário de 2012 e 2013 do Projeto Cerrado Sustentável Goiás, será necessário um

total de 240 horas-homem, conforme discriminado a seguir:

Profissional Horas-Homem

Ano-calendário 2012 TOTAL

Auditor Pleno 80 80

Auditor Sênior 40 40

TOTAL 120 120

8. RESPONSABILIDADES DA CONTRATANTE

a) A Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Estado de Goiás

– SEMARH é a responsável:

b) Pela apresentação formal dos documentos básicos do Projeto;

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c) Pela preparação de todos os Demonstrativos Financeiros e Notas Explicativas

necessárias;

d) Pelo atendimento às solicitações formalizadas pelos Consultores, devendo

assegurar-se de que todos os registros necessários lhes estejam disponíveis; e

e) Por todos os lançamentos e ajustes contábeis que tenham sido feitos durante o

período que está sendo auditado e todas as ações necessárias para a emissão

do “Relatório Final de Auditoria”, pelos Consultores, dentro do prazo

estipulado no Acordo de Doação.

f) Os Consultores, no decorrer dos trabalhos, deverão formalizar, por escrito,

suas solicitações de documentos, relatórios e demonstrativos que considerem

necessários para o desenvolvimento de seu trabalho e os manterão arquivados

por um período de 03 (três) anos, em locais adequados, depois de encerrada a

Auditoria. Durante este período os Consultores deverão disponibilizar a

documentação sempre que solicitada pelo Banco.

9. RESPONSABILIDADES DO CONSULTOR

a) Conduzir as reuniões de início e de término da Auditoria com a equipe do

Beneficiário do Acordo para apresentar o Plano de Trabalho de Auditoria e

receber do Beneficiário seus comentários e aprovação;

b) Iniciar o seu trabalho de Auditoria em forma tempestiva de acordo com o

combinado com o cliente, permitindo a entrega do relatório de Auditoria na

data estipulada neste Termo de Referência;

c) Examinar, preliminarmente, todos os documentos do Projeto (Acordo de

Doação, Carta de Desembolso, PAD, Manual Operativo, Plano de Aquisições

aprovados pelo Banco e quaisquer outros documentos que receberam a não

objeção do Banco);

d) Revisar toda correspondência entre o Projeto e o Banco Mundial, incluindo as

Ajudas Memória e os Relatórios das Missões;

e) Pesquisar, especificamente, pela eventual ocorrência de irregularidades ou

fraudes, quando da Auditoria das Demonstrações Financeiras. As Auditorias

devem ser planejadas e conduzidas de forma que os Consultores tenham uma

razoável certeza de que tais eventos serão detectados caso ocorram e impactem

significativamente os Demonstrativos Financeiros do Projeto – DFP;

f) Reportar imediatamente quaisquer fraquezas significativas de controle interno,

fraudes, irregularidades e inconsistências contábeis que tenham chegado ao seu

conhecimento durante o curso normal do trabalho de Auditoria, diretamente ao

representante da Entidade responsável pelo Projeto e ao Banco Mundial.

10. PRAZO DE EXECUÇÃO

O prazo estimado é de 12 meses a partir da data da contratação.

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As demonstrações financeiras auditadas, juntamente com quaisquer outros

relatórios adicionais exigidos conforme este termo de referência devem ser

preparados para o período auditado e devem ser apresentadas ao Banco num prazo

de até seis meses após o final deste período. Portanto, os Consultores deverão

endereçar e entregar seu relatório final ao Beneficiário da Doação até 30 dias

antes desta data.

11. PAGAMENTO

O contrato será pago em até 15 dias após a entrega e aprovação pelo Beneficiário

do Relatório final de Auditoria, acompanhado da Nota Fiscal de Serviços.

Caberá ao Contratado a responsabilidade sobre o recolhimento de todos os

impostos estaduais, federais e municipais vigentes.

12. GESTÃO DA CONSULTORIA

A UCP será a responsável pela supervisão dos trabalhos a serem realizados e pela

aprovação dos produtos elaborados pela Contratada.

Caso o Relatório não seja aceitável pelo Banco, ou não seja considerado

totalmente satisfatório devido a deficiências do trabalho de Auditoria, ou porque o

Relatório não cumpre com todos os requisitos indicados neste Termo de

Referencia ou nas Diretrizes do Banco, o Consultor deverá executar o trabalho

adicional necessário sem custo adicional para o Beneficiário, para o Projeto ou

para o Banco.

A Contratada assinará um termo de sigilo de informações: todas as informações

produzidas ao longo do contrato serão consideradas confidenciais e de uso

privativo da Contratante.

Estará disponível para a Contratada, para uso exclusivo na execução das

atividades e serviços para os quais for contratado:

Espaço físico para realização das atividades;

Acesso a “internet” via cabo;

Acesso a telefonia, reprografia e impressão;

Documentação e materiais técnicos sobre o Projeto Cerrado Sustentável

Goiás;

Demais materiais técnicos utilizados para a execução da atividade.

A Contratada será responsável pela observação do atendimento às normas técnicas

e especificações a serem seguidas pelo executor do Projeto;

Se houver inadimplemento ao contrato por parte dos Consultores, a entidade

responsável pelo Projeto poderá cancelar o contrato de Auditoria antes do seu

prazo, após consulta ao Banco Mundial.

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A Supervisão do contrato será de responsabilidade da servidora Elda Maria

Pereira Cunha

Vice-Coordenadora do Projeto Cerrado Sustentável Goiás/SEMARH

Endereço: Rua 82, s/n – Palácio Pedro Ludovico Teixeira, 1° andar, Ala Leste.

CEP: 74015-908 – Goiânia – GO.

Tel/Fax: (62) 3201-5173 ou 5174

A Supervisão do contrato será de responsabilidade da servidora Elda Maria Pereira

Cunha

Vice-Coordenadora do Projeto Cerrado Sustentável Goiás/SEMARH

Endereço: Rua 82, s/n – Palácio Pedro Ludovico Teixeira, 1° andar, Ala Leste.

CEP: 74015-908 – Goiânia – GO.

Tel/Fax: (62) 3201-5173 ou 5174