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FACULDADE DE TECNOLOGIA DO IPIRANGA
Manual de Normatização para Trabalhos Acadêmicos da FATEC do Ipiranga
SÃO PAULO 2012
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................... 7
1 TIPOS DE TRABALHOS ACADÊMICOS ............................................................................................ 8
1.1 Projeto de pesquisa ....................................................................................................................... 8
1.1.1 Tema /Delimitação do tema .............................................................................................. 10
1.1.2 Justificativa da escolha...................................................................................................... 10
1.1.3 Objetivos ............................................................................................................................ 10
1.1.4 Revisão da literatura .......................................................................................................... 10
1.1.5 Formulação do problema .................................................................................................. 11
1.1.6 Enunciado da hipótese ...................................................................................................... 11
1.1.7 Metodologia ....................................................................................................................... 11
1.1.8 Discussão dos Resultados ................................................................................................ 13
1.1.9 Orçamento ......................................................................................................................... 13
1.1.10 Cronograma de execução ............................................................................................. 13
1.1.11 Referências ................................................................................................................... 13
1.1.12 Início do trabalho ........................................................................................................... 13
1.2 Pós-graduação ............................................................................................................................ 14
1.2.1Tese ....................................................................................................................................... 14
1.1.2 Dissertação ........................................................................................................................ 15
1.3 Graduação ................................................................................................................................... 15
1.3.1 Atividade Autônoma de Projeto (AAP) .................................................................................. 16
1.3.2 Projeto Integrador Multidisciplinar (PRIMT) .......................................................................... 17
1.3.3 Projeto de Conclusão de Curso ou Projeto de Trabalho de Graduação I e o II ................... 17
1.4 Apresentação de Trabalho em Congressos ................................................................................ 17
1.4.1 Comunicação Científica ........................................................................................................ 18
1.4.2 Pôster .................................................................................................................................... 19
1.4.3 Artigo ..................................................................................................................................... 19
1.4.5 Apresentação Oral de Trabalhos Científicos ........................................................................ 20
2 ESTRUTURA DO TRABALHO ACADÊMICO .................................................................................... 22
2.1 Elementos Pré-textuais ................................................................................................................ 22
2.1.1 Capa ...................................................................................................................................... 23
2.1.2 Lombada ............................................................................................................................... 24
2.1.3 Folha de Rosto ...................................................................................................................... 24
2.1.4 Errata..................................................................................................................................... 25
2.1.5 Folha de Aprovação .............................................................................................................. 25
2.1.6 Dedicatória ............................................................................................................................ 26
2.1.7 Agradecimentos .................................................................................................................... 26
2.1.8 Epígrafe ................................................................................................................................. 27
2.1.9 Resumo ................................................................................................................................. 27
2.1.10 Lista de Ilustrações ............................................................................................................. 28
2.1.11 Lista de Abreviaturas e Siglas ............................................................................................ 29
2.1.12 Lista de Símbolos ................................................................................................................ 30
2.1.13 Sumário ............................................................................................................................... 30
2.2.1 Introdução ............................................................................................................................. 32
2.2.2 Desenvolvimento ................................................................................................................... 32
2.2.3 Conclusões ........................................................................................................................... 32
2.2.4 Notas de Rodapé .................................................................................................................. 33
2.3 Elementos Pós-Textuais .............................................................................................................. 33
2.3.1 Referências ........................................................................................................................... 34
2.3.2 Glossário ............................................................................................................................... 34
2.3.3 Apêndice ............................................................................................................................... 34
2.3.4 Anexos .................................................................................................................................. 34
2.3.5 Índice ..................................................................................................................................... 35
3 APRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS TRABALHOS ............................................................................. 36
3.1 Formatação de Trabalhos Acadêmicos ....................................................................................... 37
3.3.1 Títulos sem indicativos numéricos ........................................................................................ 39
3.3.2 Elementos sem título e sem indicação numérica ................................................................. 39
4.1 Citação Direta .............................................................................................................................. 40
4.1.1Citação inserida dentro do texto: ........................................................................................... 40
4.1.2 Citação com mais de três linhas: .......................................................................................... 41
4.2 Citação Indireta ............................................................................................................................ 42
5 NORMAS PARA REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 44
5.2 Regras para o Registro ................................................................................................................ 44
5.1.1 Obras com um, dois ou três autores ................................................................................. 44
5.1.2 Obras com mais de três autores ....................................................................................... 44
5.1.3 Obras de organizadores .................................................................................................... 45
5.1.4 Monografia, dissertação e tese ......................................................................................... 45
5.1.5 Artigos de jornais ............................................................................................................... 45
5.1.6 Artigos de revistas ............................................................................................................. 46
5.1.7 Internet .............................................................................................................................. 46
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 47
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Modelo de Capa dos trabalhos da FATEC Ipiranga. ............................................................ 23
Figura 2 - Modelo da Ficha Catalográfica. ............................................................................................ 24
Figura 3 - (a) Modelo do anverso folha de rosto; (b) Modelo do verso da folha de rosto. .................... 25
Figura 4 – (a) Modelo de uma folha de errata; (b) Modelo da folha de aprovação .............................. 26
Figura 5 - (a) Modelo da Dedicatória; (b) Modelo de agradecimento. .................................................. 27
Figura 6 - (a) Exemplo da epígrafe; (b) Exemplo de um resumo. ......................................................... 28
Figura 7 - Exemplo de uma lista de figuras. .......................................................................................... 29
Figura 8 - Exemplo de uma lista de Abreviaturas e Siglas. .................................................................. 30
Figura 9 - Exemplo de Sumário. ............................................................................................................ 31
Figura 10 - Exemplo da numeração progressiva. ................................................................................. 39
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Exemplo de um cronograma de execução. ......................................................................... 13
Quadro 2 - Elementos de um Trabalho acadêmico. ............................................................................. 22
Quadro 3 – Exemplos de referências da Internet. ................................................................................ 46
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APRESENTAÇÃO
O objetivo deste manual de normatização é, de um lado, apresentar as
principais normas que norteiam os trabalhos acadêmicos brasileiros, com base na
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e, de outro, adaptá-las aos
trabalhos científicos que fazem parte da matriz curricular dos cursos ministrados na
FATEC do Ipiranga, tais como o Projeto Integrador Multidisciplinar (PRIMT) a
Atividade Autônoma de Projeto (AAP) e o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) ou
Monografia.
Para tanto, em um primeiro momento, serão apresentados os diferentes tipos
de trabalhos acadêmicos; em um segundo momento, serão elencados os elementos
que compõem a estrutura de um trabalho científico; posteriormente, serão expostas
as regras de apresentação para os trabalhos acadêmicos; por fim, serão exibidas as
normas para citação e referências.
Esse documento foi elaborado pelas professoras que ministram as disciplinas
de Metodologia da Pesquisa Científica e Tecnológica nos cursos da FATEC
Ipiranga, que formam a comissão de Pesquisa da FATEC Ipiranga. Sendo elas:
Prof.ª Ma Aline Correia de Sousa Colantuono (Eventos)
Prof.ª Ma Silza Maria Librelon Raia (GCOM)
Prof.ª Título Elisabete Helena Villas Boas (RH)
Prof.ª Ma Ana Cláudia Melo Tiessi Gomes de Oliveira. (ADS).
As professoras citadas tiveram também a colaboração da professora Prof. Esp.
Eliane Regina Rodrigues Message, que nos cedeu material de suma importância
para a elaboração deste manual.
Esta é a primeira versão do manual de normalização da FATEC do Ipiranga,
sendo assim, sugestões e críticas serão bem vindas.
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1 TIPOS DE TRABALHOS ACADÊMICOS
Neste capítulo, tem-se como objetivo apresentar os diferentes tipos de
trabalhos acadêmicos, bem sua suas características e níveis de exigência.
Antes da elaboração efetiva de um trabalho acadêmico sendo ele em nível de
pós-graduação ou graduação é necessário elaborar um projeto de pesquisa para
nortear o trabalho a ser realizado. Os itens necessários em um projeto de pesquisa
são apresentados na Seção 1.1.
1.1 Projeto de pesquisa
As instituições de fomento de pesquisa possuem formulários próprios para a
realização do projeto, que devem ser utilizados, quando necessário. Esse projeto
inicial pode também ser modificado ao longo do desenvolvimento da pesquisa.
Neste manual é apresentado o modelo proposto pelo Centro Paula Souza.
Pesquisas científicas normalmente nascem de um projeto, ou seja, ao aparecimento
de uma ideia deve se seguir o planejamento de como ocorrerá essa pesquisa. É
como o projeto de uma casa – imaginam-se suas partes, como se dará seu
desenvolvimento, o que será feito antes, depois, como o imóvel será erguido. Além
disso, o projeto é o documento que levará (ou não) à autorização para o
desenvolvimento da pesquisa, assim como para a liberação de verbas, quando
necessárias.
O “aparecimento” da ideia tema de pesquisa é antecedido (e sucedido) pela
aquisição de conhecimentos sobre o assunto. De acordo com Manual do Centro
Paula Souza,
A aquisição de conhecimentos sobre o material a ser pesquisado não se confunde com a própria pesquisa em si. O investigador dificilmente será capaz de resolver um problema em pesquisa aplicada ou tecnológica sem ter adquirido previamente os conhecimentos básicos e genéricos sobre a área de estudo. Adicionam-se aqui os conhecimentos necessários sobre outras disciplinas que eventualmente venham a ser usadas como ferramenta de apoio à solução do problema. Esta aquisição de conhecimentos, normalmente, é resultante de:
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a) frequência a cursos, b) leitura de trabalhos publicados, livros e relatórios de pesquisa, c) informação verbal, conversa e discussões com pessoas
experientes e d) experiência própria (2008, p. 6) (grifo nosso).
Com base nesse conhecimento prévio sobre o assunto, o pesquisador pode
ter claras para si as características de seu trabalho. Então, será capaz de delimitar
um tema para a pesquisa1.
A partir da ideia inicial, é necessário fazer um estudo exploratório a fim de
verificar a possibilidade de se desenvolver o trabalho. Nesse momento, examinam-
se a existência de bibliografia acessível e confiável, a capacidade teórico-técnica do
aluno de realizar a pesquisa (seu nível acadêmico, seus conhecimentos a respeito
do tema), além de outros aspectos práticos, como o tempo de que será necessário
dispor, os materiais e o orçamento para o desenvolvimento da investigação.
A pesquisa deve fazer parte dos gostos e interesses do aluno, ou corre-se o
risco de não conseguir terminá-la. Deve ainda ser relevante, ou seja, precisa ter
importância prática e/ou teórica para a comunidade acadêmica e/ou para a
sociedade.
Examinadas essas questões e aprovado o tema, redige-se o PROJETO DE
PESQUISA. De acordo com o Centro Paula Souza,
Seria interessante sublinhar a unanimidade do meio técnico-científico sobre a afirmação de que a pesquisa tecnológica não é coisa de gênios. Para obter sucesso em pesquisa o indispensável é ter um plano de pesquisa (projeto) organizado. Dessa forma, a organização e o planejamento da pesquisa passam por uma fase, na qual escrever é fundamental (2008, p. 7).
Destaca-se, dessa forma, a importância do plano de pesquisa para a
organização dos trabalhos, como também a necessidade de uma redação precisa,
clara, objetiva – mesmo em se tratando de uma pesquisa tecnológica.
Esse projeto é tão importante para o desenvolvimento dos trabalhos como a
planta de uma casa – sem ela, como saber onde fazer o primeiro buraco, onde
1 Este pode se originar de aulas, material didático, estudos, revistas, jornais, artigos científicos,
congressos, experiência profissional.
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colocar tijolos? Dessa mesma forma, o projeto de pesquisa indica ao estudioso por
onde começar sua investigação, ao mesmo tempo orientando-o sobre a onde
chegar.
De forma geral, um projeto de pesquisa deve ser seguido da seguintes itens:
(a) Tema/Delimitação do tema; (b) Justificativa; (c) Objetivos; (d) Revisão da
Literatura; (e) Formulação do problema; (f) Enunciado da hipótese; (g) Metodologia;
(h) Discussão dos Resultados; (i) Orçamento e (j) Cronograma de Execução. Cada
um desses itens é detalhado das seções subsequentes.
1.1.1 Tema /Delimitação do tema
Dentro do tema escolhido deve-se ainda selecionar um tópico a ser estudado.
Ao limitar a extensão do trabalho, possibilita-se o aprofundamento da abordagem -
quanto mais delimitado, maior a possibilidade de aprofundamento do tema.
1.1.2 Justificativa da escolha
É necessário justificar a escolha do tema em questão, a partir de sua
relevância teórica e/ou técnica para a sociedade, a ciência, a academia, o
desenvolvimento tecnológico. Pode-se realizar a justificativa por meio de uma
contextualização do tema, explicando a importância de se realizar (mais) um estudo
sobre ele.
1.1.3 Objetivos
Os objetivos da pesquisa, devem apontar o que se buscará conhecer,
compreender, construir, aprimorar, enfim, o que a pesquisa pretende realizar.
1.1.4 Revisão da literatura
Apresenta-se aqui, sucintamente, o “estado da arte” a respeito daquele tema – a
situação atual do problema e as pesquisas já realizadas sobre ele. De acordo com
Cervo e Bervian (2002), essa revisão serve para orientar o próprio desenvolvimento
do trabalho.
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1.1.5 Formulação do problema
Apresenta-se, de forma interrogativa, o objeto de estudo da pesquisa. Esse
problema deve surgir de reflexão pessoal do pesquisador sobre a revisão
bibliográfica.
1.1.6 Enunciado da hipótese
A hipótese é uma possibilidade de resolução do problema – ou uma
“explicação provisória” -, à qual se chega também por meio do estudo bibliográfico e
a reflexão do pesquisador. Nem todo projeto de pesquisa precisa ter uma hipótese,
uma vez que um estudo exploratório é justamente a busca de uma resposta. Uma
pesquisa de doutorado, por outro lado, deve ter uma “tese”, ou seja, uma “resposta”
pronta, que se busca provar ao longo do desenvolvimento do trabalho.
1.1.7 Metodologia
Neste item deve-se explicar como se desenvolverá o trabalho. Como guia
para a descrição da metodologia, podem-se usar as seguintes questões:
– Qual o tipo de pesquisa?
– Como se procederá à pesquisa? Quais os caminhos para se chegar aos
objetivos propostos?
– Qual o universo da pesquisa (total de indivíduos que possuem as mesmas
características definidas para um determinado estudo)? – Será utilizada
amostragem?
– Quais os instrumentos de coleta de dados?
– Como foram construídos os instrumentos de pesquisa?
– Qual a forma que será usada para a tabulação de dados?
– Como interpretará e analisará os dados e informações?
– Será realizada pesquisa de campo ou de laboratório? Com que
metodologia?
–Como pretende acessar suas fontes de consulta bibliográfica, fichá-las, lê-
las e resumi-las, construir seu texto, entre outros.
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Geralmente fazem parte da metodologia da pesquisa os seguintes itens: (a)
Amostragem; (b) Instrumentos; (c) Procedimentos e (d) Análise e Tratamento de
Dados.
A amostragem é uma das etapas do processo estatístico e estabelece um
grupo de indivíduos (população ou universo) “que representem a totalidade de
indivíduos que possuam as mesmas características definidas para um estudo”
(CERVO, p. 73). Esses indivíduos constituintes da amostra devem ser selecionados
de acordo com critérios que assegurem sua representatividade.
Ao descrever-se a amostra, é necessário especificar como ocorreu sua seleção,
assim como justificar os procedimentos de amostragem.
São definidos como instrumentos a descrição das Técnicas utilizadas para a
coleta de dados (instrumentos de medida). Na pesquisa de campo, os instrumentos
de pesquisa mais utilizados são: Observação, Entrevista, Questionário (perguntas
abertas, fechadas e de múltipla escolha) e Formulários. Na Pesquisa experimental,
indicam-se os instrumentos e materiais ou técnicas a serem utilizados (testes,
escalas, instrumentos de laboratório).
Os procedimentos representam os métodos utilizados para a elaboração do
trabalho acadêmico. Nas pesquisas descritivas, aqui se descrevem os passos da
coleta e registro dos dados.
Quem? (pesquisador, equipe treinada ou outro) Como? (em grupo, individual
ou outro) Quando? (período) Onde? “Descrevem-se ainda as dificuldades, as
preocupações, a supervisão e o controle” (CERVO, p. 73).
Em caso de pesquisa experimental, indica-se a forma de fazer a observação e
manipulação da variável em estudo, tipo de experimento, utilização ou não de grupo
de controle e maneira de registro dos resultados.
Finalmente, no item Tratamento e Análise dos dados explicita-se qual será
o tratamento e a forma pelos quais os dados coletados serão analisados, a fim de
serem interpretados. Deve-se considerar, para isso, sempre “o referencial teórico ou
conceitual adotado na pesquisa [e] os resultados de pesquisas anteriores” (CENTRO
PAULA SOUZA, 2008, p. 9). É necessário ainda especificar o tratamento estatístico
antes da coleta de dados, quando se tratar de estudo quantitativo.
13
1.1.8 Discussão dos Resultados
Neste item devem se relacionados os resultados da pesquisa com o material
teórico estudado, a fim de se chegar a conclusões sobre o tema.
1.1.9 Orçamento
Previsão de despesas com pessoal, serviços e de material.
1.1.10 Cronograma de execução
Escalonamento do tempo da pesquisa nas atividades a serem realizadas.
Esse cronograma varia conforme as especificações da pesquisa. Como exemplo,
desenhamos um cronograma de um estudo de caso hipotético, que se realizaria em
12 meses. Exemplo pode ser verificado no Quadro 1.
Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Leitura e Fichamento do material bibliográfico X X X
Elaboração instrumentos de coleta de dados na pesquisa de campo
X
Coleta de dados X X X X
Elaboração dos dados X X X
Elaboração das conclusões X X
Redação e formatação do relatório de pesquisa X X X X
Quadro 1- Exemplo de um cronograma de execução.
1.1.11 Referências
Levantamento inicial das obras que serão utilizadas no trabalho. As
referências devem seguir o formato proposto pela ABNT.
1.1.12 Início do trabalho
Após a provação do projeto, inicia-se a pesquisa bibliográfica, procedendo-se
ao levantamento, seleção e fichamento das obras a serem utilizadas no trabalho.
Momento que surge a seguinte dúvida. Onde Pesquisar?
Além da biblioteca, podem-se utilizar para pesquisa artigos encontrados na
internet. Neste caso, é importante observar a confiabilidade das informações
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encontradas, assim como distinguir aquelas que são científicas, portanto adequadas
a um trabalho desse tipo. De acordo com Cervo e Bervian (2002)
Como fontes confiáveis para referências acadêmicas e científicas deve-se privilegiar dissertações, teses, tratados, revistas periódicas vinculadas às instituições de ensino ou de pesquisa e artigos publicados em revistas científicas catalogadas nos respectivos órgãos normatizadores e fiscalizadores (p. 157). (grifo nosso)
Algumas universidades dão a seus alunos senhas para acesso a portais que
agrupam revistas científicas eletrônicas, mas há revistas gratuitas, passíveis de
serem encontradas e acessadas por intermédio do “Google Acadêmico”, ou
“Periódicos” da Capes, Scielo e BDBComp, entre outras. Basta entrar na página do
buscador e digitar o tema da pesquisa. Ao recolher material da internet, cuidado
para não deixar faltar os elementos necessários para fazer a citação do texto,
quando for montar as referências.
1.2 Pós-graduação
Considera-se a existência de uma ascendência entre monografia, dissertação
e tese, “em relação à originalidade, à profundidade e à extensão” (MARCONI, 2010,
p. 221). Assim, da graduação à pós-graduação, os trabalhos vão exigindo cada vez
mais embasamento, aprofundamento e originalidade. Na pós-graduação lato senso,
geralmente se pede a realização de uma monografia; no strictu senso, realizam-se a
dissertação de mestrado e depois a tese de doutorado.
1.2.1Tese
Resultado de pesquisa (experimental ou não), com tema único. Difere da
dissertação pela necessidade de se tratar de pesquisa original, a fim de se obter o
título de doutor. É também realizada com a coordenação de um professor orientador.
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1.1.2 Dissertação
Resultado de pesquisa científica (experimental ou não), com um único tema, e
com o objetivo de “reunir, analisar e interpretar informações” (ISKANDAR, 2009, p.
25). Para sua realização, são importantes o conhecimento da literatura existente até
o momento sobre o tema e a capacidade de sistematização do aluno. A pesquisa é
coordenada por um orientador professor doutor, visando à obtenção do título de
mestre.
1.3 Graduação
Na graduação, realizam-se desde o resumo de capítulos ou livros a
recensões bibliográficas a respeito de um tema, ou até mesmo, uma pesquisa
experimental mais extensa – como o caso do trabalho de conclusão de curso TCC e
de pesquisas interdisciplinares PRIMT e AAP. Mesmo estes últimos, vários autores
preferem classificar como “pesquisas exploratórias” ou “estudos iniciais de pesquisa”
(MARCONI, 2010, p. 222), pois são ainda o início de uma atividade de pesquisa.
Existem várias maneiras de resumir um texto acadêmico, são elas: Resumo,
Resenha e Fichamento. Sendo que o resumo pode ser:
Indicativo ou descritivo: Presente na introdução do trabalho,
apresenta as partes mais importantes deste, em frases curtas. Não
dispensa a leitura do texto completo.
Informativo ou analítico (sinopse): mais completo que o resumo
indicativo, é colocado antes do início do texto e apresenta todas as
partes deste, dispensando sua leitura completa para a compreensão de
seus elementos. Quando colocado no início do relatório de pesquisa,
deve ser feito em um só parágrafo e conter por volta de 500 palavras.
O tempo verbal deve ser o presente e as frases devem ser curtas e
objetivas (OLIVEIRA, 2010).
A Resenha consiste em um resumo crítico, que contém as ideias do autor do
resumo (opiniões e comentários). Já o fichamento é um tipo de resumo em que se
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realiza um compêndio das ideias de cada obra que será utilizada na pesquisa. O
fichamento é fundamental para qualquer trabalho, porque permite ao pesquisador
selecionar e guardar o material bibliográfico que será usado na produção do
relatório. Pode ser realizado em fichas de papel, mas é mais prático criar arquivos
do Word para esse fim. Deve ser feita uma ficha (ou arquivo) para cada documento
utilizado na bibliografia. Devem fazer parte das fichas:
a referência bibliográfica da obra a ser fichada
o conteúdo do texto
as citações textuais e contextuais e
as críticas
Apesar de a confecção dos fichamentos ser pessoal (cada pesquisador ficha
de acordo com os seus hábitos de estudo e as suas necessidades em relação
àquele material), é preciso sempre atentar para o seguinte:
separar citações contextuais de textuais (estas entre parênteses e com o
número da página na sequência) e
as ideias do autor do texto fichado e o que é criação do autor do
fichamento.
Problemas nesses aspectos levam à impossibilidade de utilização da ficha,
pois seus dados não serão confiáveis.
1.3.1 Atividade Autônoma de Projeto (AAP)
Pesquisa interdisciplinar desenvolvida no Centro Paula Souza, deve resultar
em uma monografia (trabalho a respeito de um tema delimitado) (MARCONI, 2010,
p. 219). De acordo com CESU (2012) os pressupostos de uma AAP são:
As atividades autônomas de projeto, como o próprio nome salienta, partem do pressuposto que devem ser desenvolvidas pelos estudantes, autonomamente, de forma individual ou em grupo. Elas não eliminam o trabalho de orientação docente, mas o requerem de forma diferenciada. Por exemplo: um dado curso pode estabelecer que as suas AAPs de um dado semestre sejam um desafio que envolva conhecimentos abordados pelas disciplinas daquele semestre e de semestres anteriores. Neste caso, o desafio do(s) aluno(s) será propor a resolução de um dado problema a partir dos conhecimentos que detêm ou que está desenvolvendo naquele semestre. Essa autonomia, inicialmente “vigiada”, deve possibilitar o amadurecimento do aluno, com o reforço de seus acertos e reflexão
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de seus erros. Assim, o trabalho docente fica muito mais ligado a um diálogo instigador de ações do que propriamente à condução das práticas a serem desenvolvidas. Trata-se, portanto, de uma nova forma de encarar o processo de aprendizagem, muito mais centrado nas ações dos estudantes do que nos ensinamentos dos docentes.
Para a apresentação do relatório, deve-se fazer uma capa, resumo, sumário e
texto, contendo: introdução, capítulos, considerações finais e referências.
1.3.2 Projeto Integrador Multidisciplinar (PRIMT)
Integra as disciplinas de cada semestre através de pesquisa, monografia,
projeto ou outra forma de desenvolvimento que corrobore para a formação sistêmica
e holística do aluno, dando-lhe condições de perceber a interação entre várias áreas
de conhecimento e, simultaneamente, preparando-o a cada semestre para a
elaboração de seu Projeto de Conclusão de Curso (Trabalho de Graduação).
1.3.3 Projeto de Conclusão de Curso ou Projeto de Trabalho de Graduação I e o II
O Projeto de Conclusão de Curso é uma exigência curricular na formação
acadêmica e profissional dos cursos de tecnologia e consiste no desenvolvimento de
um projeto de estudo individual, ou em grupo sobre temas do conteúdo dos cursos e
relacionado à prática profissional do aluno.
A formatação do relatório de pesquisa de conclusão de curso deve seguir as
normas da ABNT, contendo todos os itens obrigatórios para esse tipo de documento.
1.4 Apresentação de Trabalho em Congressos
Quando se pretende apresentar um trabalho científico em um congresso,
inicialmente se pede que o candidato envie um resumo do trabalho à comissão
organizadora do evento. Este tem como finalidade a seleção daqueles trabalhos que
serão apresentados, assim como, posteriormente, orientar a classificação do
trabalho em sessões. Pode-se inscrever um trabalho em sessões de comunicação
oral ou em apresentações de pôsteres (geralmente, congressos que aceitam
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trabalhos desenvolvidos por alunos de graduação, fazem-no apenas para as
sessões de pôsteres).
O resumo, do tipo informativo, deve conter todo o trabalho – breve
contextualização, apresentação do tema, metodologia, resultados e conclusões, em
um único parágrafo, com o número de palavras ou caracteres normalmente pré-
estabelecido.
Se o trabalho for escolhido para ser apresentado, esse resumo aparecerá no
“Caderno de Resumos”, o qual todos os inscritos recebem, e posteriormente, nos
Anais do evento.
A apresentação do trabalho pode gerar a publicação do texto completo, cada
evento determina as regras para que isso ocorra.
1.4.1 Comunicação Científica
A Comunicação científica é um trabalho feito para ser apresentado oralmente,
em um congresso científico. Podem ser utilizados quaisquer tipos de trabalhos
acadêmicos para a preparação dessas apresentações. Tradicionalmente, o autor lê
seu texto diante de uma plateia, com o tempo de 20 a 30 minutos. Em seguida, há
um tempo para que responda a questionamentos da plateia. Ultimamente, vários
congressos têm oferecido a utilização de Datashow, o que, sem dúvida, torna muito
mais atraente a apresentação, podendo-se prescindir da leitura do texto e utilizar
slides.
Deve-se observar, na preparação da Comunicação, que, devido ao fato de o
texto se destinar à leitura:
o tempo de apresentação deve ser rigorosamente observado – não se pode
excedê-lo. Por isso, é importante que se façam leituras do texto em casa, em
voz pausada e clara, a fim de quantificar o número de páginas que se pode
escrever para o tempo determinado (esse número varia conforme o leitor).
Se o número de páginas preparadas for excessivo, será necessária uma
“adaptação” no momento da apresentação, pulando-se trechos e “correndo”
com a leitura, o que diminuirá o interesse e o entendimento da plateia;
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não se deve utilizar uma quantidade muito grande de citações, pois estas
tornam aborrecida a leitura – o tempo todo se deve dizer “abre aspas”,
“fecha aspas”, “citando”;
se forem utilizados slides feitos no Power Point, deve-se respeitar as regras
desse instrumento, apresentadas em sessão posterior (Apresentação Oral
de Trabalhos Científicos, item 1.3.2).
1.4.2 Pôster
O pôster é uma espécie de resumo do trabalho científico, que serve como
“chamariz” ou apresentação deste para o público. O autor do trabalho
necessariamente deve permanecer ao seu lado durante seu período de exposição,
pois pode ser instado a explicar com mais detalhes aquilo que se encontra resumido.
Ao abrir sessões de pôsteres, o congresso determina as normas para a
formatação destes (tamanho, principalmente). Quando não especificado, deve-se
observar o tamanho das letras a serem utilizadas, considerando-se que o leitor se
postará a aproximadamente um metro de seu trabalho. A utilização de tabelas,
ilustrações, gráficos é muito interessante, por se tratarem de instrumentos de síntese
do trabalho e serem atrativos para o público2.
1.4.3 Artigo
Após a realização do congresso, geralmente são publicados em seus “Anais”,
um livro – ou livros, ou revista eletrônica – que contém o texto integral das
apresentações dos oradores convidados e o resumo ou texto completo (artigo) das
apresentações orais – ou de algumas delas.
2 O modelo de pôster que deve ser usado pela FATEC se encontra no Manual de Identidade Visual
do Centro Paula Souza (2010), p. 12. Disponível em: http://www.centropaulasouza.sp.gov.br/quem-somos/manual-de-identidade/manual/manual-de-identidade.pdf
20
O texto do artigo pode ser entregue antes ou durante a apresentação da
comunicação – cada evento pré-determina. Esses textos passarão por uma
“Comissão Editorial”, que escolherá aqueles que serão publicados, utilizando fatores
como “relevância científica”, “redação”, “adequação à ABNT”, “tamanho” e outros. É
importante frisar que nenhuma comissão editorial corrige os textos – na melhor das
hipóteses, se seu artigo contiver problemas, ele lhe será enviado para correção. Na
maioria das vezes, textos com problemas são descartados.
O número de páginas do artigo sempre é pré-determinado, e sua estrutura,
quando não estabelecida previamente pela organização do congresso, é a mesma
da comunicação oral.
1.4.5 Apresentação Oral de Trabalhos Científicos
Para a apresentação oral dos trabalhos em congressos, é comum que se
ofereça Datashow. Nesse caso, o apresentador pode optar por criar um arquivo em
Power Point ou Slide Show. De qualquer forma, esse recurso audiovisual, que pode
enriquecer muito a apresentação do trabalho, deve seguir algumas regras
fundamentais para que sua utilização seja positiva:
cores de fundo: devem ser claras, para que a audiência enxergue o texto e
não tenha sono;
em cada slide deve ser colocada uma pequena quantidade de texto, para que
se possam usar letras grandes e não se dificulte a leitura;
o texto a ser colocado deve ser um roteiro para o acompanhamento da
exposição do trabalho, não o trabalho completo. É preciso que a audiência se
concentre na voz do expositor e tenha, na tela, ilustrações, tópicos e uma ou
outra citação fundamental. Não são os slides, mas o apresentador que deve
dominar a plateia;
o uso de imagens é desejável e muito interessante, mas estas devem ser
criteriosamente escolhidas para que não provoquem um congestionamento
visual dos slides;
o apresentador não deve ler o texto dos slides, mas apenas utilizá-los como
referência, apoio. Segundo Castro (2010): “Há uma regra clássica: se alguém
21
que não assistiu à aula recebe o PowerPoint e o entende, está errado por
excesso. (...) O texto dos slides deve ser apenas um recurso mnemônico,
para fixar os conceitos mencionados e para criar a arquitetura mental das
principais ideias” (CASTRO, 2010, p. 26);
os slides são propícios também à inserção de gráficos e tabelas, que serão
explicados pelo expositor.
22
2 ESTRUTURA DO TRABALHO ACADÊMICO
O trabalho acadêmico exige o cumprimento de regras para torná-lo
organizado e válido. Por sua vez, essas regras são estabelecidas pelas instituições
baseadas em normas da ABNT.
De acordo com a ABNT, a estrutura de um trabalho científico, normalizado
pela NBR 14724:2005, é constituída de elementos pré-textuais, textuais e pós-
textuais, sendo alguns obrigatórios e outros opcionais. No Quadro 2 são
apresentados todos os elementos de um TCC.
Elementos TG AAP PRIMT
CAPA Obrigatório X X
LOMBADA Obrigatório - -
FOLHA DE ROSTO Obrigatório - -
FOLHA DE APROVAÇÃO Obrigatório - -
Ficha catalográfica Obrigatório (verso da folha de rosto)
- -
ERRATA Opcional - -
DEDICATÓRIA Opcional - -
AGRADECIMENTOS Opcional - -
EPÍGRAFE Opcional - -
RESUMO DA LÍNGUA VERNÁCULA
Obrigatório X X
RESUMO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA
Obrigatório X X
LISTA DE ILUSTRAÇÕES Opcional - -
LISTA DE TABELAS Opcional - -
LISTA DE SÍMBOLOS Opcional - -
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Opcional - -
SUMÁRIO Obrigatório X X
INTRODUÇÃO Obrigatório X X
DESENVOLVIMENTO Obrigatório X X
REFERÊNCIAS Obrigatório X X
GLOSSÁRIO Opcional - -
APÊNDICE(S) Opcional X X
ANEXOS(S) Opcional X X
ÍNDICE (S) Opcional - -
Quadro 2 - Elementos de um Trabalho acadêmico.
2.1 Elementos Pré-textuais
Os elementos pré-textuais são representados pela parte que antecede o texto
com informações que ajudam na identificação e utilização do trabalho.
23
2.1.1 Capa
Parte obrigatória do trabalho científico, serve para a proteção do trabalho
após a encadernação. As informações que devem constar na capa são as seguintes:
nome da instituição (opcional), nome do(s) autor(es) da pesquisa, título do trabalho
(subtítulo se houver), local e data da entrega (somente ano), conforme Figura 1.
Figura 1 - Modelo de Capa dos trabalhos da FATEC Ipiranga.
24
2.1.2 Lombada
Parte opcional do trabalho, de acordo com a ABNT. Deve conter: nome da
instituição, nome do(s) aluno(s), título do trabalho e data (somente ano). Porém, na
Fatec do Ipiranga a lombada será elemento obrigatório para o Trabalho de
Conclusão de Curso.
2.1.3 Folha de Rosto
Elemento obrigatório, deve conter nome do(s) autor(es), título do trabalho,
dados sobre a natureza e o objetivo do trabalho, nome do orientador, local e data
(somente ano).
Nos trabalhos de graduação da FATEC Ipiranga, no verso dessa página,
deve-se colocar a ficha catalográfica, elaborada pelo bibliotecário, a partir de dados
fornecidos pelo autor do trabalho3. Na Figura 2 pode ser observado um exemplo da
Ficha Catalográfica. Na Figura 3 (a) é apresentado um modelo do anverso da folha
de rosto e na Figura 3 (b) está o modelo da ficha catalográfica inserida no anverso
da folha de rosto.
Sobrenome, Nome do Aluno Título do trabalho de conclusão de curso/Nome completo do aluno; orientador: Professor Nome completo do orientador – Local (cidade da Instituição), Ano (de depósito) ____ f. (quantidade de folhas do trabalho) Monografia (Graduação) – Faculdade de Tecnologia do Ipiranga (FATEC Ipiranga ) 1-__________ 2-___________ (áreas de concentração) – Sobrenome do aluno, Nome do aluno Trad II – FATEC Ipiranga CDU: ________
Figura 2 - Modelo da Ficha Catalográfica.
3 Este elemento deve ser colocado apenas nos Trabalhos de Graduação, dado que serão
armazenados na Biblioteca.
25
(a) (b) Figura 3 - (a) Modelo do anverso folha de rosto; (b) Modelo do verso da folha de rosto.
2.1.4 Errata
Elemento opcional, em papel avulso ou encartado, apresenta os erros que
porventura sejam encontrados no trabalho após a sua encadernação, assim como,
suas respectivas correções e o número das páginas em que ocorrem. Na Figura 4
(a) Erro! Fonte de referência não encontrada. é apresentada um modelo de uma
errata.
2.1.5 Folha de Aprovação
Parte pré-textual obrigatória para os trabalhos de graduação, dissertações e
teses. Deve conter: nome do(s) autor(es), título, identificação do trabalho, nomes
dos componentes da banca, local e data de aprovação. Na Figura 4 (b) pode ser
visto o modelo da folha de aprovação.
26
Figura 4 – (a) Modelo de uma folha de errata; (b) Modelo da folha de aprovação
2.1.6 Dedicatória
Elemento opcional a ser utilizado pelo autor para homenagem ou indicação de
pessoas a quem dedica seu trabalho. O texto contido neste item tem formatação
livre, quanto a tamanho e formato a fonte, deve ser alinhado a direita. Um exemplo
de dedicatória é apresentado na Figura 5 (a).
2.1.7 Agradecimentos
Elemento opcional traz agradecimentos àqueles que contribuíram para a
elaboração da pesquisa. É de bom tom que se agradeçam o orientador, a secretaria
acadêmica, demais professores e colegas que tenham colaborado com a pesquisa,
instituição financiadora, empresas ou outras instituições de ensino que tenham dado
acesso ao pesquisador a dados e documentos. Na Figura 5 (b) pode ser observado
um exemplo de Agradecimentos.
27
(a) (b) Figura 5 - (a) Modelo da Dedicatória; (b) Modelo de agradecimento.
2.1.8 Epígrafe
Também conhecido como dístico, é um pensamento, uma parte de um texto,
frase, verso entre outros, que tenha alguma relação com o trabalho. Elemento
opcional, colocado após os agradecimentos. Podem também constar epígrafes nas
folhas de abertura das seções primárias. Toda epígrafe é considerada uma citação
direta, e desse modo, necessita de chamada bibliográfica (AUTOR, DATA, p.) e
indicação na lista de referência, o texto deve aparecer alinhado à direita. Na Figura 6
(a) pode ser visto um modelo de uma epígrafe.
2.1.9 Resumo
Parte obrigatória do relatório de pesquisa, o resumo deve ser do tipo
informativo ou analítico. O texto é separado do título por dois espaços de 1,5 cm. O
Resumo deve ser redigido na terceira pessoa do singular com verbo na voz ativa,
28
em parágrafo único, e conter no mínimo 150 palavras e no máximo 500 palavras.
Não devem aparecer abreviações, nem símbolos, nem citações, de acordo com a
Figura 6 (b). Em seguida, colocam-se as “palavras-chave”, descritivas do tema da
pesquisa. As palavras-chave devem aparecer em ordem alfabética, iniciadas com
letra maiúsculas e separadas por ponto entre si. Devem ter no mínimo três e no
máximo seis palavras-chave.
O resumo sempre deve ser redigido após o término do relatório. No trabalho
de graduação da Faculdade de Tecnologia do Ipiranga deve-se colocar também um
resumo em língua estrangeira, mais comumente em inglês o “Abstract”, seguido das
“Keywords”.
(a) (b) Figura 6 - (a) Exemplo da epígrafe; (b) Exemplo de um resumo.
2.1.10 Lista de Ilustrações
Elemento opcional deve ser colocado no relatório que tiver 10 ou mais
ilustrações (quadros, tabelas, fotografias, gráficos, fluxogramas, organogramas,
29
esquemas, estampas, mapas e desenhos). Cada tipo de ilustração deve ter uma
lista específica, na qual deve constar o número da figura, título e página onde se
encontra. Na Figura 7 é apresentado um modelo de uma lista de Figuras. As listas
dos demais tipos de ilustrações deve utilizar o mesmo formato.
Figura 7 - Exemplo de uma lista de figuras.
2.1.11 Lista de Abreviaturas e Siglas
Também opcional, neste item se colocam em ordem alfabética as
abreviaturas e siglas utilizadas no texto, com os respectivos significados. É
necessário, também, fazer uma lista para cada tipo. Na Figura 8 é apresentado um
exemplo da lista de abreviaturas e siglas.
30
Figura 8 - Exemplo de uma lista de Abreviaturas e Siglas.
2.1.12 Lista de Símbolos
Neste elemento opcional, os símbolos devem ser apresentados na ordem em
que aparecem no texto. Deve ser utilizada a mesma formatação da lista de
abreviaturas e siglas.
2.1.13 Sumário
Apresenta de forma numerada os capítulos, títulos, subtítulos e partes do
trabalho, indicando também a sua página. A numeração e formatação devem ser
apresentadas exatamente como apareceram no texto.
Os elementos pré-textuais não aparecem no Sumário. E deve ser respeitado
um alinhamento para a escrita do texto. Recomenda-se alinhar o texto após uma
barra de espaço, da indicação de tópico mais longa, como na Figura 9.
31
O título da página (SUMÁRIO) deve vir grafado centralizado, em letras
maiúsculas e em negrito, fonte Arial, tamanho 12. O texto desta seção é separado
por três espacejamentos duplos, e entre cada linha do texto, deve haver um
espacejamento duplo. Ainda é necessário inserir o pontilhado entre o texto e o
número da página. Na Figura 10 é apresentado um exemplo de sumário.
Figura 9 - Exemplo de Sumário.
32
2.2 Elementos Textuais
Neste item, o autor apresenta a pesquisa propriamente dita, com suas ideias,
dados e provas. Ao preparar o texto, deve-se levar em consideração o
desenvolvimento lógico da argumentação, a adesão ao tema e a apresentação da
sequência correta ou do encadeamento das informações e provas na direção da
conclusão.
2.2.1 Introdução
Na apresentação do trabalho devem ser inseridos os elementos anteriormente
colocados no projeto de pesquisa – tema, problema, justificativa, objetivos,
metodologia e um breve resumo (um parágrafo) de cada capítulo do trabalho. É
importante que esta parte do trabalho seja redigida após o término do
desenvolvimento, a fim de que o relatório científico alcance a coerência
argumentativa, sem a qual não poderia ser considerado um “texto”.
A introdução a partir de agora, de acordo com a ABNT será um item
numerado.
2.2.2 Desenvolvimento
Aqui se relata o desenvolvimento da pesquisa, apresentando-se as leituras
que foram feitas, pesquisas teóricas ou práticas e as ideias delas decorrentes.
Divide-se em seções didáticas a fim de facilitar a exposição das ideias ao leitor.
É muito importante observar a necessidade da coerência argumentativa: não
basta fazer uma pesquisa, é preciso que a apresentemos de forma clara, coerente,
progressiva, a fim de preparar o encaminhamento para a conclusão do trabalho.
2.2.3 Conclusões
Ao encerrar o trabalho, devem-se retomar os elementos apresentados na
introdução (objetivos, problema, justificativa, hipóteses) e os dados levantados ao
33
longo do desenvolvimento a fim de “fechar” o encadeamento lógico das ideias,
constituindo a análise final do assunto. De acordo com o Centro Paula Souza (2008,
p. 14), a conclusão “é uma reafirmação das ideias principais tratadas no documento,
a partir dos resultados da pesquisa”.
Em trabalhos realizados ao longo do curso é interessante que se denomine
esta parte final de “Considerações Finais”, por se tratar de “estudos exploratórios”
que não possuem, necessariamente, uma conclusão definitiva.
2.2.4 Notas de Rodapé
São anotações colocadas ao pé da página ou no final do capítulo ou do
trabalho, identificadas por números com a finalidade de indicar a fonte de consulta
(no caso de se utilizar o sistema alfanumérico para as citações), esclarecer ou
complementar o texto. Deve-se utilizar esse recurso quando esse esclarecimento ou
complementação não se adequar ao desenvolvimento argumentativo do texto. A
sequência numérica das notas de rodapé é ordenada por numeração única, em
ordem crescente, por capítulo ou para todo o trabalho.
Exemplo:
____________
1 MESSAGE, Eliane Regina Rodrigues. Manual de Normalização de Trabalho de Conclusão de
Curso. 1.ed. São Paulo: FATECSBC, 2012. p.8.
Exemplo:
____________
2 Stakeholder, é o termo utilizado para definir todos os envolvidos num determinado projeto.
2.3 Elementos Pós-Textuais
Esses elementos complementam o trabalho, trazendo documentos
comprobatórios das pesquisas realizadas, informações adicionais e as fontes às
quais o relatório científico faz referência.
34
2.3.1 Referências
Cada fonte consultada e mencionada na pesquisa deve ser descrita nessa
seção obrigatória, que serve como um “mapa” para a localização dos livros, revistas,
sites, documentos, congressos, entre inúmeros outros textos a que o texto se refira.
As referências devem ser apresentadas em ordem alfabética, de acordo com
determinações da ABNT NBR 6023.
2.3.2 Glossário
Opcional, o glossário é uma lista alfabética de palavras ou expressões de
sentido obscuro ou técnicas que aparecem no texto, assim como sua definição.
2.3.3 Apêndice
Opcional, essa seção apresenta alguns documentos elaborados pelo autor ao
longo da produção da pesquisa, e cuja inclusão serve para complementar a
argumentação apresentada no relatório científico – por exemplo, cálculos ou
números apurados por uma pesquisa que no corpo do texto será apresentada
apenas em forma de gráfico.
De acordo com a ABNT NBR 14724 (2005, p. 7), os apêndices devem ser
indicados como “APÊNDICE A – Título”, por letras maiúsculas consecutivas,
travessão e título.
2.3.4 Anexos
Opcional, esse elemento pós-textual se constitui de documentos não
produzidos pelo autor da pesquisa, mas que servirão para fundamentar, ilustrar ou
comprovar a argumentação – por exemplo, entrevistas. Deve ser indicado como os
elementos do Apêndice.
35
2.3.5 Índice
Opcional, esse item se refere à um lista de palavras ou frases, ordenadas
segundo determinado critério, que localiza ou remete para as informações contidas
no corpo do texto.
36
3 APRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS TRABALHOS
No Brasil, as normas definidas pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) fornecem a base necessária ao desenvolvimento tecnológico do
país. É uma entidade privada, sem fins lucrativos, fundada em 1940, reconhecida
como Fórum Nacional de Normalização; é membro fundador da International
Organization for Standardization (ISO), da Comissão Pan-Americana de Normas
Técnicas (COPANT), e da Associação MERCOSUL de Normalização (AMN), sendo
a única e exclusiva representante, no Brasil, dessas entidades.
A elaboração de trabalhos acadêmico-científicos também é orientada por
regras de formatação que definem um padrão de qualidade universal.
A seguir, são apresentadas algumas das normas da ABNT, aplicáveis à
produção acadêmico-científica, em vigor desde maio de 2006:
NBR 6021:2003 (NB 62) – esta norma especifica os requisitos para
apresentação dos elementos que constituem a estrutura de organização física
de uma publicação periódica científica impressa.
NBR 6022:2003 (NB 61) – esta norma estabelece um sistema para a
apresentação dos elementos que constituem o artigo em publicação periódica
científica impressa
NBR 6023:2002 (NB 66) – esta norma especifica os elementos a serem
incluídos em referências. Fixa a ordem dos elementos e estabelece
convenções para a transcrição e a apresentação da informação originada dos
documentos e/ou outras fontes de informação.
NBR 6024:2003 (NB 69) – estabelece um sistema de numeração progressiva
das seções de documentos escritos, de modo a expor numa sequência lógica
o inter-relacionamento da matéria e a permitir sua localização.
NBR 6027:2003 (NB 85) – estabelece os requisitos para apresentação de
sumário de documentos que exijam visão de conjunto e facilidade de
localização das seções e outras partes.
NBR 6028:2003 (NB 88) – estabelece os requisitos para redação e
apresentação de resumos.
37
NBR 6034:2004 (NB 124) – estabelece os requisitos e os critérios básicos
para a elaboração de índices e aplica-se, no que couber, aos índices
automatizados.
NBR 10520:2002 (NB 896) – especifica as características exigíveis para a
apresentação de citações em documentos.
NBR 14724:2005 – especifica os princípios gerais para a elaboração de
trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros), visando sua
apresentação à instituição (banca, comissão examinadora, especialistas
designados e/ou outros).
3.1 Formatação de Trabalhos Acadêmicos
(a) Estilo da Fonte Usada no Texto
Tamanho do papel: A4 (210 x 297 mm)
Texto geral: arial tamanho 12 - estilo: normal
Título capítulo: arial tamanho 12 - estilo: negrito, título em CAIXA ALTA
Tópico: tamanho 12 - estilo: negrito
Subtópico: arial tamanho 12 - estilo: itálico, com letra negritada
(b) Configuração de Página
Margem superior: 3,0 cm
Margem inferior: 2,0 cm
Margem esquerda: 3,0 cm (justificada)
Margem direita: 2,0 cm (justificada)
Cabeçalho: 1,25 cm
Rodapé: 1,25 cm
(c) Paragrafação e Espaçamento
Paragrafação direta com recuo da primeira linha de 1,25 cm
Espaçamento antes: 6 pt
Espaçamento depois: 0 pt
38
Espaçamento do texto geral: 1,5 linha
Espaçamento entre o capítulo e o texto: 1,5 linha
Espaçamento entre o tópico e texto: 1,5 linha
Espaçamento entre o subtópico e o texto: 1,5 linha
Transcrições longas, notas de rodapé, resumos: simples
Quadros e tabelas: de acordo com o necessário para a visualização
dos dados da ilustração.
Títulos, subtítulos e intertítulos: 1x 1,5 cm tanto do texto precedente
quanto do que o sucede.
Transcrições longas: separação de 1,5 cm do texto precedente e do
que o sucede.
3.2 Numeração de Páginas
As páginas devem ser numeradas em algarismos arábicos na margem
superior direita da folha (2 cm da borda superior e 2 cm da inferior).
Apenas a partir do primeiro elemento textual (a Introdução) deve aparecer a
numeração da página, mas todas as pré-textuais devem ser contadas (a partir da
folha de rosto – NBR 14724). Dessa maneira, se um trabalho tiver 9 páginas a partir
da folha de rosto, e a Introdução for a décima, nesta primeira página numerada
aparecerá o número “10”.
Se houver apêndice e anexo, a numeração deverá dar continuidade à do
corpo do texto.
3.3 Numeração Indicativa de Seções
Existem divisões e subdivisões do texto que devem ser utilizadas a fim de
melhor apresentar o conteúdo dos trabalhos. Estas divisões ocorrem nos títulos e
subtítulos das divisões menores, podendo ser inseridas até no máximo a quinta
divisão. A partir da terceira divisão, o subtítulo não se apresenta mais em negrito e
nem letras maiúsculas. Na ABNT aparece até a nona divisão, porém sugerimos que
os alunos da FATEC utilizem no máximo até a quarta divisão
39
Observa-se também que uma seção não deve conter somente uma frase.
Nem uma seção de nível 1 vir seguida de uma seção 1.1, sem conter nenhum texto.
Na Figura 10 é dado um exemplo de como os níveis devem aparecer no sumário.
Figura 10 - Exemplo da numeração progressiva.
3.3.1 Indicativos de seção
O indicativo numérico de uma seção deve preceder seu título, separado deste
por um espaço de caractere e com alinhamento à esquerda. Não se utilizam ponto
hífen, travessão ou qualquer sinal após o indicativo de seção.
3.3.1 Títulos sem indicativos numéricos
Os itens que não recebem indicativo numérico são: errata, agradecimentos,
resumo, listas, sumário, referências, glossário, apêndice(s), anexo(s), índice(s)
devem ser apresentados em folhas distintas e centralizados.
3.3.2 Elementos sem título e sem indicação numérica
Os itens que não recebem nem indicativo número nem título são: dedicatória,
epígrafe e folha de aprovação.
40
4 CITAÇÕES
No trabalho científico é necessário fazer as referências precisas às ideias ou
conclusões dos autores que estamos utilizando para embasamento. Citamos a fonte
de onde extraímos esses dados.
As fontes podem ser primárias - obra do próprio autor que é objeto de estudo
ou pesquisa, ou secundárias - obra do autor que pesquisa outro autor ou faz
referência a ele.
Conforme a ABNT (NBR 6023), as citações podem ser registradas tanto em
notas de rodapé chamadas de Sistema Numérico, como no corpo do texto, chamado
de Sistema Alfabético. Na FATEC Ipiranga adotamos o Sistema Alfabético -
colocamos após as aspas finais do trecho citado as informações entre parênteses da
referência. (SOBRENOME do autor em letras maiúsculas, data da publicação do
texto citado, página referenciada).
4.1 Citação Direta
É cópia fiel cópia fiel de um texto. Até três linhas inserimos no parágrafo,
acompanhada de aspas no início e no final.
4.1.1Citação inserida dentro do texto:
As características da “educação militar compartilhada pelos homens e pelas
mulheres espartanas” são tão conhecidas que não vale a pena perdermos tempo em
descrevê-las. (PONCE, 1994, p.42).
Outro exemplo de citação inserida dentro do texto: “[...] durante a missa, a
figura de Conceição interpôs mais de uma vez, entre mim e o padre; fique isto à
contra dos meus dezessete anos”. (ASSIS, 1999, p.169).
“Entenda-se metodologia como processo, onde se aplicam diferentes métodos,
técnicas e materiais, tanto laboratoriais como instrumentos e equipamentos para
coleta de dados no campo” (OLIVEIRA, 2005, p.28, grifo do autor).
41
4.1.2 Citação com mais de três linhas:
O texto reproduzido tem que ser registrado com letra menor a do texto
principal (usar fonte 10), com recuo de parágrafo (4 cm) em relação ao texto
principal e usar espaçamento simples. Obrigatoriamente, mencionar o nome do
autor, ano de publicação da obra e página onde se encontra aquele fragmento
copiado. Exemplos:
O conceito de headhunter (caçador de talentos) está ligado aos profissionais especializados em recrutamento de executivos. No entanto, o conceito traz em si o foco no ser humano (ou animal) que deve ser caçado (ou morto) com alguma arma (instrumento de guerra) e é típico da estratégia militar e agressiva que predominou durante décadas nas nossas empresas (CHIAVENATO, 2009, p.167, grifo do autor).
Analisando outros aspectos, verificamos que no diálogo, Dona Conceição
sabia que o rapaz estava na sala e, ela não estava conseguindo dormir, então foi até
a sala para estar junto ao rapaz. Como podemos ver, nesse fragmento:
Entretanto, um pequeno rumor que ouvi dentro veio acordar-me da leitura. Logo depois vi assomar à porta da sala o vulto de Conceição. Conceição entrou na sala, arrastando as chinelinhas de alcova. Ela foi sentar-se na cadeira que ficava acordado, sem querer, fazendo barulho, respondeu com presteza, acordei por acordar. [...] Pouco a pouco, tinha-se reclinado; fincava os cotovelos no mármore da mesa e metera o rosto entre as mãos espalmadas. Não estando abotoadas as mangas, caíram naturalmente, e eu vi-lhe metade dos braços, muito claros, e menos magros do que se poderia supor. A presença de Conceição espertava-me ainda mais que os livros. (ASSIS, 1999, p. 171-173).
Supressão: é a omissão de parte da citação, e são representadas por
reticências entre colchetes, como no exemplo a seguir.
A visão constitui a “cola” que mantém a coesão e a coerência e que garante a consonância e consistência interna da organização. A visão não deve ser o elemento conservador do status quo, mas deve refletir uma postura não-conformista [...] em relação aos resultados da empresa (CHIAVENATO, 2010, p.68, grifo do autor).
42
4.2 Citação Indireta
É a ideia de um autor, sem a transcrição fiel do texto. Ao final da
apresentação da ideia, menciona-se o nome do autor e o ano de publicação da obra.
No início do parágrafo: o sobrenome do autor pesquisado é apresentado em letras minúsculas e o ano da obra entre parênteses.
Exemplo: Oliveira (2005) aponta que para se realizar um projeto acadêmico, é
necessário primeiro que se desenvolva uma pesquisa científica. Segundo Oliveira (2005), para se realizar um projeto acadêmico, é necessário
primeiro que se desenvolva uma pesquisa científica.
No final do parágrafo: o sobrenome do autor pesquisado é apresentado em letras maiúsculas. O sobrenome e o ano da obra são apresentados entre parênteses.
Exemplo: Para se realizar um projeto acadêmico, é necessário primeiro que se
desenvolva uma pesquisa científica (OLIVEIRA, 2005).
4.3 Citação de citação
Não faz diferença se a citação é direta ou indireta, porém, cita-se um texto que não foi pesquisado no original, e retira-se apenas o conteúdo da fonte citada pelo autor pesquisado. É a chamada citação apud.
Exemplo: Segundo Goldenberg (apud MATIAS; PEREIRA, 2007, p.71), a pesquisa
qualitativa se preocupa com o aprofundamento da compreensão de um grupo social ou problema.
Entenda-se: a ideia é de Goldenberg, e tivemos acesso a ela através do livro
de Matias-Pereira, página 71. É uma citação indireta apud. “a pesquisa-ação é um tipo de pesquisa com base empírica que é concebida
e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema” (THIOLLENT, apud GIL, 2009, p.55).
43
Entenda-se: o texto é de Thiollent, retirado da página 55 do livro de Gil, através de Gil, É uma citação direta apud.
4.4 Tradução em citação
Não há problema na sua utilização, porém, deve ser indicada a expressão tradução nossa, entre parênteses. Exemplo: “texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto
texto texto texto texto texto texto texto.” (NOME DO AUTOR, 2011, p.133, tradução nossa).
44
5 NORMAS PARA REFERÊNCIAS
Em ordem alfabética por sobrenome dos autores, obedece à sequência:
sobrenome do autor (em letras maiúsculas), nome do autor, título da obra ( em
negrito), nome do tradutor (quando for tradução), edição, cidade de publicação,
editora, ano de publicação, total de páginas e série ou coleção quando houver.
5.2 Regras para o Registro
colocar todos os prenomes dos autores por extenso;
colocar por extenso os títulos de periódicos;
deixar um espaço duplo entre uma referência e outra, para melhor
visualização;
dar um espaço após as pontuações;
alinhar no primeiro caractere à esquerda todas as linhas de cada referência;
separar os autores por ponto-e-vírgula;
ao consultar periódicos, anotar o local de publicação, volume, número (ou
fascículo) e data.
5.1.1 Obras com um, dois ou três autores
CITELLI, Adilson. Linguagem e persuasão. 4º. ed. São Paulo: Ática, 1989.
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Gramática
reflexiva: texto, semântica e interação. 6ª ed. São Paulo: Atual, 1999.
CINTRA, Anna Maria Marques; FONSECA, José Ismar da; MARQUESI, Sueli
Cristina. Português Instrumental: para a área de Ciências Contábeis. São
Paulo: Atlas, 1992.
5.1.2 Obras com mais de três autores
PINTO, Aníbal et al. A inflação recente no Brasil e na América Latina. Rio
de Janeiro: Graal, 1978.
45
5.1.3 Obras de organizadores
BRAIT, Beth. (Org.). Bakhtin, dialogismo e construção do sentido. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1997.
5.1.4 Monografia, dissertação e tese
CHAGAS, Marcio Zalceu, 2002. Fatores associados à dengue no bairro São José, Município de São Caetano do Sul – São Paulo. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Biologia) – Universidade do Grande ABC, Santo André, 2002. PEREIRA, Sandra Francisca. Controle de estoque. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Controladoria e Finanças) – Pós-Graduação em Controladoria e Finanças, Centro Universitário Fundação Santo André, Santo André, 2001.
MELO, Ricardo. Violência na escola. Um enfoque dialógico. Dissertação (Mestrado em Educação) Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2001.
MARQUEZ, Karem Garcia. Estudo dos metais e outros elementos presentes nos sedimentos das regiões costeiras de São Sebastião e Ubatuba: Litoral norte do Estado de São Paulo. 2001. Tese (Doutorado) – Instituto de Química, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.
a) Obras produzidas por sociedades, associações, empresas, entidades públicas ou similares
EMPRESA GOIANA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Relatório técnico 1981. Goiânia, 1982. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: referências – elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 24p.
5.1.5 Artigos de jornais
Com autor:
PINTO, João Nogueira. Programas explora tema raro na TV. O Estado de S.Paulo, São Paulo, 12 out. 1981.
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Autoria desconhecida:
LIXO Político. Folha de S.Paulo. São Paulo. Caderno A, 26 fev. 2004.
5.1.6 Artigos de revistas
Com autor: LINHARES, Juliana. Arte sobre rodinhas. Veja, São Paulo, edição 1840, ano 37, n. 6, 11 fev. 2004.
5.1.7 Internet
Na internet é possível achar trabalhos individuais, artigos de jornais, revistas e ainda os
artigos de entidade. No Quadro 3 pode ser observado um exemplos de cada tipo.
Trabalho
individual
MOURA, Gomes Agar. Citações e referências a documentos
eletrônicos. Rio de Janeiro, 2000.
Disponível:<http://www.elogica.com.br/users/gmoura/refere/html>. Acesso
em: 15 dez. 2000, 19h33min.
Artigo de
jornal
ZANARDI, Olga; REIS, Renato. A luta diária dos políticos. Gazeta
Mercantil, São Paulo, 11 nov. 2001. Disponível em:
<http://www.uol.com.br/reuters/adc27094.htm>. Acesso em: 25 nov. 2001.
22h46min.
Artigo de
revista
FALZETTA, Ricardo. Navegar é preciso. Nova Escola, n. 131, abr. 2000.
Disponível em: <http://www.uol.com.br/novaescola/>. Acesso em: 27 maio
2000. 16h49min;
Quadro 3 – Exemplos de referências da Internet.
47
REFERÊNCIAS
BARRASS, Robert. Os cientistas precisam escrever: guia de redação para cientistas, engenheiros, estudantes. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1979.
CASTRO, Cláudio M. Power point com carteirinha. Revista Veja, 11.08.2010, p. 26. CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A. Metodologia Científica. 5 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
CENTRO PAULA SOUZA. Diretrizes para a apresentação de projetos e relatórios de estudos e pesquisas. Comissão Permanente de Regime de Jornada Integral. São Paulo: Centro Paula Souza, 2008 (atualiz.).
ISKANDAR, Jamil. Normas da ABNT: comentadas para trabalhos científicos. 4. ed. rev. ampl. Curitiba: Juruá, 2009.
MANZANO, André L. N. G.; MANZANO, Maria Izabel N. G. TCC: Trabalho de Conclusão de Curso utilizando o Microsoft Office Word 2007. São Paulo: Ética, 2008.
MARCONI, Marina A; LAKATOS, Eva M. Fundamentos de Metodologia Científica. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
OLIVEIRA, Sheila F. P. e. Estrutura e formatação de trabalhos acadêmicos: compilação e discussão das normas da ABNT. Franca: UniFACEF, 2006.
______________________. Estrutura e formatação de trabalhos acadêmicos: compilação e discussão das normas da ABNT. 2 ed. rev Franca: UniFACEF, 2010.
WEBER, Eva F.; OLIVEIRA, Lauro C. de (orgs.). Manual de normalização de trabalhos acadêmicos. Itapetininga: Via 7 Editorial, 2008.