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SANDRA MARIA GOMES TEDOLDI MANUAL DE NORMAS TÉCNICAS E ROTEIROS DE TRABALHOS ACADÊMICOS ADOTADOS NA FIPAG 5ª edição revista, atualizada e ampliada GUARAPARI/ES-2007

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Page 1: Manual Normas Tecnicas

SANDRA MARIA GOMES TEDOLDI

MANUAL DE NORMAS TÉCNICAS E ROTEIROS DE TRABALHOS ACADÊMICOS

ADOTADOS NA FIPAG

5ª edição revista, atualizada e ampliada

GUARAPARI/ES-2007

Page 2: Manual Normas Tecnicas

PREFÁCIO

A FIPAG prima pela qualidade dos seus trabalhos acadêmicos e pela elaboração do

TCC (o nosso Trabalho de Conclusão de Curso). Pensando nisso, busca ainda no

ingresso de novos alunos uma organização lógica do pensamento, fator

indispensável para se almejar o método científico, necessário à vida acadêmica e

profissional.

A metodologia científica desponta no ambiente institucional como necessidade

primaz para se alcançar o êxito. Partindo dessa premissa, logo se apresentam as

dificuldades no entendimento e discussão dos métodos científicos. Sendo assim, as

professoras Sandra Maria Gomes Tedoldi e Maria Lúcia Gomes Tedoldi (que me

apresentou uma perspectiva nova acerca da metodologia) muito contribuíram e

contribuem para que a FIPAG tenha parâmetros claros para os trabalhos

acadêmicos e os TCC’s.

Faço saber que a FIPAG, com esta nova edição do Manual, torna-se uma Instituição

mais forte e com caminhos bem delineados. Aos nossos professores, alunos e

colaboradores conto com o compromisso ético de utilizar e divulgar esta importante

contribuição das nossas professoras.

O meu muito obrigado por fazer parte deste novo momento. Congratulações pelo

excelente trabalho.

João Everaldo Assis dos Santos

Page 3: Manual Normas Tecnicas

SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................. 5 PARTE I – MANUAL DE NORMAS TÉCNICAS PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS E DE CONCLUSÃO DE CURSO ..... 8 1. FORMATAÇÃO DO TRABALHO ................................................................... 9 1.1 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO ..................................................... 9 1.1.1 FORMATO ............................................................................................ 9 1.1.2 FONTE ................................................................................................. 9 1.1.3 MARGEM .............................................................................................. 9 1.1.4 ESPACEJAMENTO ................................................................................. 10 1.1.5 INDICATIVO DE SEÇÃO .......................................................................... 10 1.1.6 PAGINAÇÃO ......................................................................................... 10 1.1.7 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA ................................................................. 11 2. ESTRUTURA, DISPOSIÇÃO E SEQUÊNCIA DO TRABALHO .................... 12 2.1 ELEMENTOS PRELIMINARES OU PRÉ-TEXTUAIS .................................... 12 2.2 ELEMENTOS TEXTUAIS ............................................................................ 12 2.3 ELEMENTOS POSLIMINARES OU PÓS-TEXTUAIS .................................... 12 3. ELEMENTOS PRELIMINARES OU PRÉ-TEXTUAIS ................................. 13 3.1 CAPA ....................................................................................................... 13 3.1.1 LOMBADA ............................................................................................. 13 3.2 FOLHA DE ROSTO .................................................................................... 14 3.2.1 ANVERSO DA FOLHA DE ROSTO ............................................................ 14 3.2.2 VERSO DA FOLHA DE ROSTO ................................................................. 14 3.3 ERRATA .................................................................................................... 15 3.4 FOLHA DE APROVAÇÃO ........................................................................... 15 3.5 DEDICATÓRIA ........................................................................................... 15 3.6 AGRADECIMENTOS .................................................................................. 16 3.7 DECLARAÇÃO DO(A) AUTOR(A) ................................................................ 16 3.8 EPÍGRAFE ................................................................................................. 16 3.9 PREFÁCIO ou APRESENTAÇÃO ................................................................ 16 3.10 RESUMO EM LÍNGUA VERNÁCULA ......................................................... 16 3.11 RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA ..................................................... 17 3.12 LISTA DE ILUSTRAÇÕES ......................................................................... 18 3.13 LISTA DE TABELAS ................................................................................. 18 3.14 LISTA DE ABREVIATURAS e SIGLAS ....................................................... 18 3.15 LISTA DE SÍMBOLOS ...................................................................................... 18 3.16 SUMÁRIO ................................................................................................ 18 4. ELEMENTOS TEXTUAIS .............................................................................. 19 4.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 19 4.2 DESENVOLVIMENTO ....................................................................................... 19 4.3 CONCLUSÕES E/OU RECOMENDAÇÕES ...................................................... 19 5 ELEMENTOS PÓS-LIMINARES OU PÓS-TEXTUAIS .................................. 20

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5.1 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 20 5.1.1 EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS ................................................................ 21 5.2 GLOSSÁRIO .............................................................................................. 23 5.3 APÊNDICE ................................................................................................. 24 5.4 ANEXO ...................................................................................................... 24 6. INFORMAÇÕES ADICIONAIS ...................................................................... 25 6.1 NUMERAÇÃO DE SEÇÕES DO TEXTO DO TRABALHO ............................. 25 6.2 UNIDADES DE MEDIDA ............................................................................. 25 6.3 SIGLAS ..................................................................................................... 26 6.4 ILUSTRAÇÕES .......................................................................................... 26 6.4.1 FIGURAS .............................................................................................. 27 6.4.2 QUADROS ........................................................................................... 28 6.4.3 TABELAS ............................................................................................. 29 6.5 CITAÇÕES ................................................................................................ 30 6.5.1 REGRAS GERAIS ................................................................................. 30 6.5.2 CITAÇÕES DIRETAS .............................................................................. 32 6.5.3 CITAÇÕES INDIRETAS ........................................................................... 34 6.5.4 CITAÇÃO DE CITAÇÃO ........................................................................... 34 6.6 NOTAS DE RODAPÉ .................................................................................. 35 PARTE II - ROTEIROS DE TRABALHOS ACADÊMICOS ................................ 36 7. PESQUISA .................................................................................................... 37 7.1 O QUE É PESQUISA .................................................................................. 38 7.2 ASPECTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA ......................................... 39 7.3 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ................................................................ 44 7.3.1 COM BASE EM SEUS OBJETIVOS ............................................................ 44 7.3.2 COM BASE NOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS (METODOLOGIA) ............... 46 8. PROJETO DE PESQUISA E RELATÓRIO DE PESQUISA .......................... 54 8.1 PROJETO DE PESQUISA .......................................................................... 54 8.2 RELATÓRIO DE PESQUISA ....................................................................... 57 8.3 ELEMENTOS DE ANTEPROJETOS E DE RELATÓRIOS ............................. 59 8.3.1 ELEMENTOS DE ANTEPROJETOS (COM CARÁTER DE PESQUISA) ............. 59 8.3.2 ELEMENTOS DE ANTEPROJETOS (COM CARÁTER DE PROJETO) .............. 60 8.4 ROTEIROS DE ANTEPROJETOS ................................................................ 61 8.4.1 COM CARÁTER DE MONOGRAFIA ........................................................... 61 8.4.2 COM CARÁTER DE PROJETO ................................................................. 63 8.5 ROTEIROS DE RELATÓRIOS ..................................................................... 65 8.5.1 ROTEIROS DE RELATÓRIOS DESCRITIVOS (MONOGRAFIAS) .................... 65 8.5.2 ROTEIROS DE RELATÓRIOS DE ATIVIDADES (PROJETOS) ........................ 67 8.5.3 ROTEIROS DE RELATÓRIOS DE ESTÁGIO ................................................ 68 REFERÊNCIAS ................................................................................................. 69 APÊNDICE - MODELOS DAS PÁGINAS DO RELATÓRIO FINAL .................. 71

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INTRODUÇÃO Toda comunicação técnica e científica necessita de uma apresentação sistematizada para poder transmitir adequadamente seu conteúdo. Assim, a originalidade de um trabalho científico depende de dois elementos básicos, indispensáveis: o teor do seu conteúdo e a forma da sua apresentação, senão vejamos.

a) Quanto ao conteúdo - este deve ser escrito por meio de uma linguagem clara e objetiva, com um texto compreensível a qualquer pessoa com razoável cultura geral.

b) Quanto à forma de apresentação - esta deve estar enquadrada segundo as Normas Brasileiras, publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que é o Fórum Nacional de Normalização.

Livrarias de todo o país oferecem uma quantidade considerável de livros e cadernos com manuais - tais como os das Universidades Federais – que abordam a temática de normalização para a elaboração de trabalhos acadêmicos, técnico-científicos e outros, embasados na Norma Brasileira. No entanto, uma leitura mais apurada de duas ou mais dessas obras acusa a particularização que cada autor imprime na forma de apresentação dos Relatórios, ou seja, dos trabalhos finais a serem entregues como cumprimento de cada disciplina, ou até mesmo os de conclusão do curso. Isso, inevitavelmente, acaba dificultando o processo de produção acadêmica do aluno e o de orientação, por parte dos docentes. Essa particularização indica que cada Instituição de Ensino Superior pode, respeitando as Normas Brasileiras, adquirir o seu padrão de produção técnico-científico. Assim, cumprindo o que estabelece as Normas Brasileiras e vislumbrando a possibilidade de adotar-se um padrão de qualidade na produção dos seus trabalhos acadêmicos, a direção das Faculdades Integradas “Padre Anchieta de Guarapari” institui no ano de 2000, através de Portaria, o primeiro “Manual de Normas Técnicas para a Apresentação de Trabalhos de Conclusão de Curso”, da FIPAG. Surge o “padrão FIPAG” de qualidade na sua produção científica. O objetivo do “Manual de Normas Técnicas e Roteiros de Trabalhos Acadêmicos adotados na FIPAG” é nortear a produção científica dos alunos e facilitar o trabalho de orientação dos docentes, dentro do padrão FIPAG. O grande diferencial deste manual, em relação aos demais, é que ele contém um apêndice denominado “Modelos das páginas do relatório final”, especificamente destinado à apresentação dos modelos de formatação e conteúdo das páginas pré-textuais e pós-textuais do relatório, com a finalidade de facilitar o trabalho do aluno na hora da confecção destas páginas.

O manual adotado pela FIPAG vem recebendo sucessivas revisões e atualizações nos anos de 2002, 2003, 2005, se tornando este, o do ano de 2007, a sua quinta edição.

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No ano de 2003, além de ser revisado e atualizado, o manual é ampliado com a inclusão de um breve texto explicativo sobre pesquisa, abrangendo: sua finalidade, aspectos metodológicos, detalhamentos sobre projetos e relatórios de pesquisa, e demonstração de esboços sobre os elementos de projetos de pesquisa, para nortear a produção acadêmica dos alunos da FIPAG.

Já em 2005, em acatamento às sugestões dos gabaritados professores João Everaldo Assis dos Santos, Maria Lúcia Gomes Tedoldi e Marleidi Mocelin, inclui-se um capítulo especificamente voltado para roteiros de trabalhos acadêmicos, ou seja, esboços de anteprojetos e projetos de pesquisa (como são comumente denominados), e dos diversos relatórios finais que culminam nos produtos de TCC aceitos pela FIPAG, a saber: Trabalhos Monográficos Descritivos, Projetos de Atividades e Projetos de Estágio. Nesta oportunidade, divide-se o conteúdo do manual em duas partes distintas, a saber:

• Parte I – Manual de normas técnicas para apresentação de trabalhos acadêmicos e de conclusão de curso; e

• Parte II – Roteiros de trabalhos acadêmicos. O manual de 2007 é revisado e atualizado pela NBR n° 14724:2005, publicada em 30.12.2005, que trata de “Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação”, e pela NBR n° 6028, que versa sobre “Informação e documentação – Resumo – Apresentação”, além de ser ampliado com a inclusão de novos elementos facilitadores da pesquisa acadêmica, preservando-lhe a qualidade. Para se ter mais clareza sobre a natureza dos trabalhos acadêmicos comumente solicitados pelos docentes da FIPAG, apresenta-se a sua classificação:

• Trabalho de Graduação (TG) – solicitado por cada professor no decorrer do Curso;

• Trabalho de Graduação Interdisciplinar (TGI) – um único trabalho que atende a várias disciplinas;

• Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – que é o produto final do curso, ou seja, o Relatório que atende aos requisitos finais do curso, podendo ser ele: a) Monografia – que se classifica em: bibliográfica/documental; estudo de

caso; pesquisa-ação; pesquisa participante, história de vida, entre outros; b) Projeto de Atividades - que varia de acordo com o objeto de estudo, seja

ele um produto tangível, um conceito, um evento, um idéia, serviços, formas de produção etc.

c) Projeto de Estágio – que é um relatório bem detalhado, e comprovado, das atividades práticas do discente durante o cumprimento do seu estágio probatório.

Também é interessante o aluno saber a distinção entre os diferentes trabalhos exigidos ao final de cada nível de graduação, ou seja, que estes trabalhos representam o resultado de estudos - pesquisa - sobre as diferentes abordagens metodológicas, com a utilização de métodos e técnicas apropriadas para cada caso, devendo expressar o conhecimento do assunto escolhido. Podem ser eles:

Monografia – é um relatório técnico-científico de uma pesquisa sobre determinado tema e que, por conseguinte, é decorrência de uma investigação científica, cujo grau de profundidade vai variar em função do nível de

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conhecimento e de interesse do próprio pesquisador. É feito sob a coordenação de um(a) orientador(a) - pós-graduado(a) ou mestre -, e visa a obtenção do título de bacharel.

Dissertação – documento que representa o resultado de um trabalho

experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento da literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. É feito sob a coordenação de um(a) orientador(a) (doutor(a), visando a obtenção do título de mestre.

Tese - documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou

exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão. Sua aprovação depende de defesa pública perante a banca examinadora. É feito sob a coordenação de um(a) orientador(a) doutor(a) e visa a obtenção do título de doutor(a), ou similar.

Faz-se questão, neste momento, de ressaltar alguns esclarecimentos necessários quanto à metodologia utilizada para a elaboração deste manual, ou seja, de enfatizar alguns detalhes que o distingue dos trabalhos acadêmicos e de TCC a serem elaborados pelos alunos, tendo em vista a intenção da racionalidade econômica para com estes. Para facilitar este entendimento, opta-se por apresentá-los através do um quadro explicativo a seguir:

O Manual Produção do aluno 1. O conteúdo deste manual foi digitado

com espaçamento simples entrelinhas, por questões de racionalidade econômica para o aluno.

• A Norma Brasileira exige o espaçamento de 1,5cm entrelinhas, para as produções acadêmicas: trabalhos cotidianos e de TCC.

2. As seções primárias estão iniciando em nova página, como deve ser realizado no trabalho do aluno.

• As seções primárias - títulos dos capítulos - sempre iniciam em nova página. As demais subseções de cada capítulo apenas dão continuidade ao texto.

3. As páginas de modelos contêm alguns parênteses explicativos e informações que devem ser substituídas pelo(a) aluno(a), ou pela equipe de alunos(as) durante a realização do seu trabalho, conforme segue: a) (nome do autor(a)); b) (opcional) – indica que aquele

elemento é opcional, portanto, dispensável. Ex: agradecimentos, dedicatória, etc.

c) (epígrafe)

• Nesses casos, cada aluno(a), ou grupo de alunos, deverá proceder das seguintes maneiras, conforme os exemplos citados:

a) (nome do autor(a)) – substituir esta informação pela inclusão do seu nome, ou dos nomes dos componentes do grupo que elaborou o trabalho;

b) (opcional) – é apenas um lembrete sobre os elementos opcionais. Portanto, não deve ser digitada esta informação.

c) (epígrafe) – a informação entre parênteses serve apenas como lembrete do conteúdo da página. Portanto, não deve ser digitada.

Quadro 1 – Quadro explicativo do conteúdo do manual em relação à produção do aluno

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PARTE I

MANUAL DE NORMAS TÉCNICAS PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS

E DE CONCLUSÃO DE CURSO

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1. FORMATAÇÃO DO TRABALHO 1.1 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO

A formatação do trabalho é o primeiro passo para a apresentação sistematizada da obra elaborada pelo discente, sendo o projeto gráfico de inteira responsabilidade do autor do trabalho. Nesta seção do manual estão descritas as regras gerais de apresentação de trabalhos acadêmicos e de conclusão de curso, exigidas pela 14724:200. Aproveita-se a oportunidade para incluir os detalhes adicionais que compõem o estilo e padrão FIPAG de produção científica, sem ferir as regras da Norma Brasileira. Adota-se o procedimento metodológico de apresentar as exceções em caixas de texto, para destacar os elementos que configuram detalhamentos diferenciados da regra geral, senão vejamos. 1.1.1 FORMATO Os textos devem ser apresentados em papel branco, formato A4 (21cm x 29,7cm), digitados ou datilografados no anverso das folhas, com exceção da Folha de Rosto cujo verso deve conter a ficha catalográfica, impressos em cor preta, podendo se utilizar outras cores somente para as ilustrações.

1.1.2 FONTE Recomenda-se, para digitação, a utilização de fonte tamanho 12 para todo o texto.

1.1.3 MARGEM As folhas devem apresentar as seguintes medidas de margem, a partir da borda da folha:

⇒ superior e esquerda = 3cm; ⇒ direita e inferior = 2cm;

Exceções: ⇒ Para as citações de mais de três linhas, notas de rodapé, paginação e

legendas de ilustrações e das tabelas que dever ser digitadas em tamanho menor e uniforme, com fonte tamanho 10; e

⇒ Para os títulos e subtítulos que utilizam outros tamanhos de fonte, cujo detalhadamente encontra-se descrito no corpo do manual, pois eles são responsáveis pelo estilo e padrão FIPAG de produção científica.

Exceção: ⇒ Para a folha de rosto cujo verso deve conter a ficha catalográfica, impressa em

cor preta, segundo determina a NBR 14724:2005.

⇒ cabeçalho e rodapé - 2cm.

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1.1.4 ESPACEJAMENTO Todo o texto deve ser digitado ou datilografado com espaço de 1,5cm entrelinhas.

1.1.5 INDICATIVO DE SEÇÃO O indicativo numérico de uma seção precede seu título, alinhado à esquerda, separado por um espaçamento simples de caractere. 1.1.6 PAGINAÇÃO Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, mas não numeradas. A numeração é colocada a partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2cm da borda direita da folha. No caso de o trabalho ser constituído de mais de um volume, deve-se manter uma única seqüência de numeração das folhas, do primeiro ao último volume.

Exceções: ⇒ No caso das citações de mais de três linhas, deve-se observar um recuo de

4cm a partir da margem esquerda. ⇒ No caso da nota explicativa da folha de rosto, deve observar um recuo de

7,5cm da margem esquerda.

Exceções: ⇒ Excetuam-se as citações com mais de três linhas, notas de rodapé, referências,

legendas das ilustrações e das tabelas, ficha catalográfica, nota explicativa da folha de rosto, que devem ser digitados ou datilografados em espaço simples.

⇒ As referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por dois espaços simples.

⇒ Os títulos das seções devem ser posicionados na parte superior da página (primeira linha), separados da parte textual por dois espaços de 1,5cm entrelinhas.

⇒ Da mesma forma, os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede e que os sucede por dois espaços de 1,5cm.

Exceções: ⇒ Títulos sem indicativo numérico – tais como errata, agradecimentos, lista de

ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumo, sumário, introdução, conclusão, referências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice(s), devem ser centralizados, conforme a ABNT NBR 6024.

⇒ Elementos sem título e sem indicativo numérico – fazem parte desses elementos: a folha de aprovação, a dedicatória e a epígrafe.

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Havendo apêndice(s) e anexo(s), suas folhas devem ser numeradas de maneira contínua, em seguimento à paginação do texto principal. 1.1.7 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA Para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho, deve-se adotar a numeração progressiva para as seções do texto. Os títulos das seções primárias, por serem as principais divisões de um texto, devem iniciar em folha distinta. Os títulos das seções (numeração progressiva) são destacados, gradativamente, através da utilização de recursos como: tamanho de fonte, negrito, grifo, itálico, caixa alta e baixa, conforme a ABNT NBR 6024, no texto e de forma idêntica no sumário. Exemplo de numeração progressiva, dentro do estilo e padrão FIPAG: 1. METODOLOGIA DA PESQUISA (seção primária) 1.1 PLANO DA PESQUISA (seção secundária) 1.1.1 SELEÇÃO DO PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO (seção terciária) 1.1.1.1 COLETA DE DADOS – INSTRUMENTOS (seção quaternária)

Observação: Para as pessoas que têm dificuldades de compreensão e domínio sobre a régua de comandos do documento Word, basta seguir os passos indicados no menu, explicados abaixo. (Vide Apêndice, p.72 - modelo das margens nos padrões das Normas Técnicas da ABNT)

Arquivo - clicar o cursor na palavra Arquivo, na régua de comandos do Word. Quando abrir o menu, clique o cursor no opção

• Configurar página... – logo aparecem as ofertas de margens, papel e lay-out. Especificar imediatamente os espaçamentos necessários das margens e do papel, ou seja:

Superior = 3cm Esquerda = 3cm

Inferior = 2cm o Margens Direita = 2cm

Cabeçalho Superior = 2cm

Inferior = 2cm

o Papel A4. Confirmar a escolha clicando sobre OK. A opção configurar página desaparece automaticamente.

Formatar – clicar o cursor no comando Formatar. Quando abrir o menu, clique o cursor na

opção • Fonte escolha: Arial ou Fonte Tamanho = 12

Times New Roman Confirmar a escolha clicando sobre OK. A seguir, clicar o cursor novamente no comando Formatar, e clicar sobre a opção

• Parágrafo o Recuo e espaçamentos Alinhamento = justificado

Espaçamento entrelinhas = 1,5cm Confirme a escolha clicando sobre OK. Seu trabalho estará dentro das normas técnicas.

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2. ESTRUTURA, DISPOSIÇÃO E SEQÜÊNCIA DO TRABALHO

Todo trabalho técnico-científico - seja ele Tese, Dissertação, Trabalho de Conclusão de Curso, Trabalho de Graduação e Trabalho Interdisciplinar - apresenta uma estrutura fundamental que compreende três partes básicas, a saber:

A) Elementos preliminares ou pré-textuais B) Elementos textuais C) Elementos pós-liminares ou pós-textuais

Cada uma das partes dessa estrutura, que compõe o Relatório final, é constituída por elementos bem distintos e específicos – alguns obrigatórios e fundamentais, outros opcionais e valorativos - cuja disposição de elementos se apresenta, obrigatoriamente, na seguinte ordem conforme a NBR n° 14724:2005. 2.1 ELEMENTOS PRELIMINARES OU PRÉ-TEXTUAIS:

• Capa (obrigatório) • Folha de Rosto (obrigatório) • Errata (quando for o caso) • Folha de Aprovação (obrigatório para TCC, Dissertação e Tese) • Dedicatória(s) (opcional) • Agradecimento(s) (opcional) • Declaração do(a) Autor(a) (opcional) • Epígrafe (opcional) • Prefácio ou Apresentação (NBR 6029-restrita a relatórios a serem publicados) • Resumo na língua vernácula (obrigatório para TCC, Dissertação e Tese. Para

TG e TGI, só se for exigido) • Resumo em língua estrangeira (obrigatório para Dissertação e Tese) • Lista de ilustrações (quando for o caso) • Lista de tabelas (quando for o caso) • Lista abreviaturas e siglas (quando for o caso) • Lista de símbolos (quando for o caso) • Sumário (obrigatório) • Lista de Anexos (quando existirem mais de cinco unidades de títulos

(assuntos) diferentes) 2.2 ELEMENTOS TEXTUAIS – indispensáveis, pois eles são as essências do

trabalho. • Introdução • Desenvolvimento • Conclusão

2.3 ELEMENTOS POSLIMINARES OUPÓS-TEXTUAIS • Referências (obrigatório) • Glossário (quando for o caso) • Apêndice(s) (quando for o caso) • Anexo(s) (quando for o caso)

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3. ELEMENTOS PRELIMINARES OU PRÉ-TEXTUAIS 3.1 CAPA - Elemento obrigatório. (Vide Apêndice, p.73 - modelo da folha da capa) É um elemento de valorização, proteção e apresentação de todos os trabalhos acadêmicos da FIPAG, ou seja, dos Trabalhos de Graduação – TG, Trabalhos de Graduação Interdisciplinares – TGI, e Trabalhos de Conclusão de Curso, e antecede a folha de rosto, contendo os seguintes elementos: a) Nome completo do(a) autor(a) – responsável intelectual do trabalho. Impresso

na 1ª linha; centralizado; letra maiúscula; fonte tamanho 16, em negrito; b) Título principal – deve ser claro e preciso, identificando o seu conteúdo.

Impresso no meio da página; centralizado; letra maiúscula; fonte tamanho 22, ou maior, em negrito;

c) Subtítulo (se houver) – deve ser evidenciada sua subordinação ao título principal, precedido de dois pontos. Impresso centralizado, abaixo do título; letra maiúscula; fonte tamanho 16, em negrito. Se o subtítulo for muito grande, pode ser escrito com letras minúsculas, com fonte tamanho 16, em negrito.

d) Local – escreve-se GUARAPARI/ES (que é o nome da cidade onde está localizada a Instituição de Ensino à qual o trabalho é apresentado). Impresso na última linha; centralizado; letra maiúscula; fonte tamanho 16, em negrito;

e) Ano de depósito (da entrega). Vem logo após o local, separado por hífem. Fonte tamanho 16, em negrito.

Exemplo: GUARAPARI/ES – 2007 3.1.1. LOMBADA (ou dorso) – Elemento obrigatório para os TCC.

(Vide Apêndice, p.74 - modelo da lombada) A lombada é a parte lateral externa da capa dos TCC, por onde as folhas são unidas. Nela, as informações devem ser impressas conforme a ABNT n° 12225.

a) Nome do autor(a) – impresso longitudinalmente e legível do alto para o pé da lombada, digitado com letras douradas, fonte tamanho 14, em negrito. Esta forma possibilita a leitura quando o trabalho está no sentido horizontal, com a face voltada para cima;

b) Título do trabalho – impresso da mesma forma que o nome do(a) autor(a); c) Elementos alfanuméricos de identificação, por exemplo: v.2.

Observações importantes: ⇒ Os Trabalhos de Graduação (TG) e os Trabalhos de Graduação

Interdisciplinares (TGI) devem ser encadernados com capa plástica transparente e arame em espiral.

⇒ Os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) das Faculdades Integradas

Padre Anchieta de Guarapari devem ser encadernados com material resistente, preto, contendo as mesmas informações da capa, na mesma ordem, transcritas com letras douradas.

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3.2 FOLHA DE ROSTO - Elemento obrigatório. (Vide Apêndice, p. 75 - modelo da folha de rosto) Essa folha é de extrema importância, pois ela contém os elementos essenciais à identificação do trabalho. A NBR 14724:2005 aponta nova regra para a elaboração da folha de rosto, exigindo informações claras e precisas no anverso, e acrescentando a inclusão da ficha catalográfica no verso da folha. 3.2.1 ANVERSO DA FOLHA DE ROSTO Os elementos devem figurar na seguinte ordem: a) Nome do(a) autor(a) – digitado na 1ª linha; centralizado; letras maiúsculas; fonte

tamanho 16, em negrito, b) Título e subtítulo – obedecem aos mesmos critérios da capa; c) Nota explicativa – Elemento obrigatório

Seu objetivo é indicar a natureza do trabalho; sua finalidade; nome da instituição a que é submetido; área de concentração; nome do(a) professor(a) orientador(a) e, se houver, do(a) co-orientador(a). A nota explicativa é justificada, com recuo de 7,5cm da margem esquerda. O espaçamento entrelinhas é simples, e fonte tamanho 12. Ocupa a quarta parte inferior direita da página. Para tanto, basta utilizar a régua de comando do Word: Formatar, parágrafo, recuo à esquerda = 7,5cm.

d) Local/UF – Guarapari/ES, impresso na penúltima linha da página; centralizado; só a 1ª letra é maiúscula; fonte tamanho 16, em negrito. As duas letras da unidade federativa são escritas com letras maiúsculas;

e) Data - mês/ano da entrega do relatório. Impresso na última linha da página; centralizado. Nome do mês abreviado; só a 1ª letra é maiúscula; fonte tamanho 16, em negrito.

Exemplo: Guarapari/ES Dez/2007

3.2.2 VERSO DA FOLHA DE ROSTO – Elemento obrigatório Deve conter a ficha catalográfica conforme o Código Catalográfico Anglo-Americano, vigente. Basicamente, os elementos dessa ficha resumem-se na referência completa do(a) autor(a) do trabalho, ou autores, impressos dentro de um retângulo, com fonte tamanho 10, sem espaçamento entrelinhas. Em linha separada deve ser especificada a natureza do trabalho (monografia, projeto de atividade etc.) Exemplo:

TEDOLDI, Sandra Maria Gomes. Manual de normas técnicas e roteiros de trabalhos acadêmicos adotados na FIPAG. 5.ed. rev. atual. ampl. Guarapari, 2007. (Vide Apêndice p.76 – modelo da ficha catalográfica) FIPAG: Manual.

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3.3 ERRATA – Elemento opcional Só é utilizado quando o(a) autor(a) identifica erros de digitação após o trabalho encadernado. Por isso, normalmente é uma folha de papel avulsa, raramente encartada, que se acrescenta ao trabalho depois de impresso, cuja finalidade é retificar os erros gráficos do trabalho. É constituído pela referência do trabalho e pelo texto da errata e disposto da seguinte maneira: Exemplo: ERRATA Folha Linha Onde se lê Leia-se 32 3 publicacão publicação 65 19 aviamento aviltamento 3.4 FOLHA DE APROVAÇÃO - Elemento obrigatório. (Vide Apêndice, p. 77 – modelo da folha de aprovação) A NBR 14724:2005 altera, consideravelmente, a apresentação dos elementos pertinentes à folha de aprovação, a partir da exclusão do título principal. Os elementos essenciais à aprovação do trabalho são apresentados em um texto único, contendo as seguintes informações: a) Texto específico - constituído pelo nome do(a) autor(a) do trabalho, título do

trabalho e subtítulo (se houver), natureza, objetivo, nome da instituição a que é submetido, área de concentração, escritos com fonte tamanho 12, com espaçamento de 1,5cm entrelinhas;

b) Titulação requerida – escrita em letras maiúsculas a partir de 7,5cm da margem esquerda; fonte tamanho 12, em negrito;

c) Data de aprovação – centralizada, a um espaçamento da titulação; d) Banca de Avaliação – composição de vocábulos escritos em letras maiúsculas a

7,5cm da margem esquerda, fonte tamanho 12, em negrito. e) Membros componentes da Banca de Avaliação - guardando os devidos

espaçamentos entrelinhas para assinaturas, são incluídos os nomes dos docentes que participam da Banca de Avaliação do trabalho, com as devidas distinções de suas funções, Presidente e Vogais.

f) Revisão de metodologia – escrita a partir da margem esquerda, somente com a primeira letra em maiúscula, fonte tamanho 12, em negrito,e, logo à frente, o nome do(a) docente que procedeu essa revisão;

g) Revisão de Português - escrita a partir da margem esquerda, somente com a primeira letra em maiúscula, fonte tamanho 12, em negrito,e, logo à frente, o nome do(a) docente que procedeu essa revisão;

3.5 DEDICATÓRIA - Elemento opcional. (Vide Apêndice, p.78 - modelo da folha de dedicatória) Folha que o autor(a) presta homenagem ou dedica seu trabalho a alguém, ou até mesmo faz uma apologia a alguma coisa. A folha destinada à dedicatória não apresenta o título.

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3.6 AGRADECIMENTOS - Elemento opcional. (Vide Apêndice, p. 79 - modelo da folha de agradecimentos) Folha que o(a) autor(a) reserva aos agradecimentos dirigidos àquelas pessoas que efetivamente contribuíram, de maneira relevante, para a elaboração do trabalho. Exemplo: Deus, familiares, professores, colegas de classe e amigos (se for o caso). 3.7 DECLARAÇÃO DO(A) AUTOR(A) - Elemento opcional. (Vide Apêndice, p.80- modelo da folha de declaração do autor) Nela, o(a) autor(a) declara que o trabalho está disponível à pesquisa, desde que se faça citação da fonte e da autoria. Esta página antecede à da epígrafe. 3.8 EPÍGRAFE - Elemento opcional. (Vide Apêndice, p.81 - modelo da folha de epígrafe) Folha que o(a) autor(a) apresenta uma citação (seguida de indicação de autoria) relacionada com a matéria tratada no corpo do trabalho. São aceitas epígrafes nas folhas de abertura das seções primárias, posicionada logo abaixo do título de cada capítulo. A folha destinada à epígrafe não apresenta o título. 3.9 PREFÁCIO ou APRESENTAÇÃO - Elemento opcional. (Vide Apêndice, p.82 – explicação sobre prefácio. Como modelo, vide prefácio deste manual) É constituído por esclarecimento, justificação e/ou apresentação do documento. Via de regra, é elaborado por outra pessoa que não o(a) autor(a) do trabalho. Normalmente seu uso deve ser restrito a relatórios a serem publicados, conforme NBR n° 6029. O prefácio deste manual é um exemplo de modelo para o aluno, uma vez que ele obedece a Norma Brasileira, digitado com espaçamento 1,5cm entrelinhas, fonte tamanho 12. 3.10 RESUMO EM LÍNGUA VERNÁCULA - Elemento obrigatório. (Vide Apêndice, p.83 - modelo da folha de resumo em língua vernácula) A folha de resumo é normalizada pela ABNT NBR 6028:2003, e consiste numa apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento, seguido, logo abaixo, das palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave. Os resumos são classificados em: resumo crítico; resumo indicativo; resumo informativo.

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o Resumo crítico – é aquele redigido por especialistas com análise crítica de um documento. Também chamado de resenha. Quando analisa apenas uma determinada edição entre várias, denomina-se recensão. Os resumos críticos, por suas características, não estão sujeitos a limites de palavras.

o Resumo indicativo – indica apenas os pontos principais do documento, não apresentando dados qualitativos, quantitativos etc. de modo geral, não dispensa a consulta ao original.

o Resumo informativo – informa ao leitor finalidades, objetivos, metodologia, resultados e conclusões do documento, de tal forma que este possa, inclusive, dispensar a consulta ao original.

Portanto, ao elaborar o resumo o aluno deve observar as regras que o norteiam.

Regras gerais de apresentação: a) Recomenda-se o uso de parágrafo único, com espaçamento de 1,5cm

entrelinhas; b) Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular; c) O resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões

do documento. A ordem e a extensão destes itens dependem do tipo de resumo (informativo ou indicativo) e do tratamento que cada item recebe no documento original (prevalecendo a extensão dos resumos determinada no quesito h)

d) O resumo deve ser composto de uma seqüência de frases concisas, afirmativas e não de enumeração de tópicos;

e) A primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do documento. A seguir, deve-se indicar a informação sobre a categoria do tratamento (memória, estudo de caso, análise da situação etc.);

f) As palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão Palavras-chave:, separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto.

g) Devem ser evitados símbolos e contrações que não sejam de uso corrente; fórmulas, equações, diagramas etc., que não sejam absolutamente necessários. Quando seu emprego for imprescindível, defini-los na primeira vez que aparecem;

h) Quanto à sua extensão, os resumos devem ter: a. de 150 a 500 palavras os de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações

e outros) e relatórios técnico-científicos; b. de 100 a 250 palavras os de artigo de periódicos; c. de 50 a 100 palavras os destinados a indicações breves.

A FIPAG adota o resumo informativo como elemento pré-textual dos seus trabalhos acadêmicos. 3.11 RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA – Elemento obrigatório O resumo em língua estrangeira é obrigatório para os trabalhos de Dissertação e Tese, com as mesmas características do resumo em língua vernácula, digitado ou datilografado em outra folha (em inglês Abstract, em espanhol Resumen, em francês

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Resume, por exemplo). Deve ser seguido das palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores, na mesma língua. 3.12 LISTA DE ILUSTRAÇÕES - Elemento opcional. (Vide Apêndice, p.84 - modelo da folha de ilustrações) Refere-se à relação das ilustrações contidas no texto, de acordo com a ordem apresentada, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da página. Quando necessário, recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros). 3.13 LISTA DE TABELAS – Elemento opcional. (Vide Apêndice, p.85 - modelo da folha de tabelas) Elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número de página. 3.14 LISTA DE ABREVIATURAS e SIGLAS - Elemento opcional Consiste na relação alfabética das abreviaturas e sigla utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões correspondentes grafadas por extenso. Recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo. 3.15 LISTA DE SÍMBOLOS - Elemento opcional Deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com o devido significado. 3.16 SUMÁRIO - Elemento obrigatório (Vide Apêndice, p.86 - modelo da folha de sumário) (Vide Apêndice, p.87 - modelo da folha de sumário) (Vide Apêndice, p.88 – modelo de lista de anexos) Enumeração das principais divisões, seções, subseções e outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia apresentadas no texto do corpo do trabalho, acompanhadas do(s) respectivo(s) número(s) de página(s). Havendo mais de um volume, em cada um deles deve constar o sumário completo do trabalho, conforme a ABNT NBR 6027:80.

Também fazem parte do sumário os títulos dos apêndices e dos anexos. Quando o quantitativo do número de anexos excede a cinco unidades, há necessidade de elaborar-se a LISTA DE ANEXOS, que é um tipo de sumário específico para os anexos, contendo os títulos dos assuntos e a respectiva numeração de página, inserido logo após o sumário do trabalho.

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4. ELEMENTOS TEXTUAIS São os elementos essenciais e que constituem o corpo do trabalho: introdução, desenvolvimento (em capítulos ou partes) e conclusão (nos casos de monografia). Para os tipos de “Projetos de Atividades” e “Relatório de Pesquisa”, observar os elementos descritos na Parte II desta obra. (Vide Parte II, p.36-68) 4.1 INTRODUÇÃO Parte inicial do texto, onde devem constar a delimitação do assunto tratado, o problema a ser resolvido, os objetivos da pesquisa, os aspectos metodológicos, e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho. A introdução não deve repetir ou parafrasear o resumo, nem dar detalhes sobre a teoria experimental, o método ou os resultados, nem antecipar as conclusões. 4.2 DESENVOLVIMENTO Parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, tantas quantas forem necessárias para o detalhamento da pesquisa, e variam em função da abordagem do tema, do método, do procedimento experimental, e da discussão do resultado etc. Todas as ilustrações e tabelas essenciais à compreensão do texto devem ser incluídas nesta parte do relatório, sendo obrigatória a citação da fonte quando copiadas de outros autores/publicações. 4.3 CONCLUSÃO Parte final do texto, na qual são apresentadas as conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses. Dados quantitativos não devem aparecer na conclusão, nem resultados comprometidos e passíveis de discussão. • NOTA: é opcional apresentar os desdobramentos relativos à importância,

síntese, projeção, repercussão, encaminhamento e outros. Recomendações são declarações concisas de ações julgadas necessárias, a partir das conclusões obtidas, a serem usadas no futuro. As conclusões e/ou recomendações constituem uma seção à parte, que deve finalizar a parte textual do relatório.

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5. ELEMENTOS PÓS-LIMINARES OU PÓS-TEXTUAIS Nesta parte são incluídos todos os elementos complementares ao texto, abrangendo o material de referência e a parte de extensão do texto (apêndice(s), anexo(s) e glossário, se houver). 5.1 REFERÊNCIAS - Elemento obrigatório. (Vide p.69-70 – referências utilizadas para a elaboração deste manual) Todo relatório técnico-científico exige a apresentação das referências. Referências é o conjunto padronizado de elementos descritivos retirados de um documento, que permite a sua identificação individual. Os elementos essenciais a uma referência são aqueles indispensáveis à identificação de um documento, a saber: autor, título da obra (seja ela livro, artigo de jornal ou revista etc.) edição, local, nome da editora, data de publicação e página. Consiste em um conjunto padronizado de elementos descritivos retirados de um documento, que permite sua identificação individual, conforme a NBR 6023. Os elementos complementares (imprenta), são: volume, tomo, número, ano. Alunos e professores devem prestar muita atenção à pontuação exigida na elaboração das referências. Eis uma dica que pode contribuir muito:

A. L. e. C: E, d, i. p. (Dica interessante para a referência de livros) Essa dica - expressa pela fórmula A. L. e. C: E, d, i. p. – ajuda o aluno a memorizar os elementos essenciais e os complementares de uma referência, bem como a pontuação exigida, representada pela seguinte convenção: - A. = autor da obra. Inicia-se a informação pelo último sobrenome do autor,

escrito em letras maiúsculas, [vírgula], nome completo do autor, só com as primeiras letras maiúsculas [ponto];

- L. = título da obra. Escrito em negrito até a primeira pontuação existente no título (com exceção da vírgula). As informações posteriores são digitadas sem negrito [ponto]. Observar as exceções de negrito da obra consultada, demonstradas nos exemplos apresentados;

- e. = refere-se à edição [ponto]. Ex: 2.ed. 5.ed. 10.ed. (não se informa a primeira edição, ou seja, 1.ed.);

- C: = local onde a obra foi impressa. Nome da cidade [dois pontos]; - E, = nome da editora. Somente o nome próprio da editora, sem a inclusão da

palavra editora, e das figuras jurídicas, ou seja, Ltda e S.A. [vírgula]; - d. = data. Ano de publicação da obra [ponto] - i. = imprenta. Elementos complementares tais como v. = volume, n. = número,

ano seguidos por [ponto]. Ex: v.3 n.32 ano 5. ou ano V. (conforme a obra); - p. = página. Quando a informação numérica está anterior à letra “p”, indica o

total de páginas da obra. Ex: 482 p. Quando a informação numérica vem posterior à letra “p”, indica a página, páginas ou espaçamento de páginas consultadas. Ex: p.482. p.35,38,44. p. 54-67.

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A Norma Brasileira indica duas apresentações das referências, a saber: Sistema numérico - as referências serão ordenadas respeitando a numeração

que recebem no texto, de acordo com as notas de rodapé, independentemente de ordem alfabética.

Sistema alfabético - as referências são ordenadas alfabeticamente, porque elas foram informadas no corpo do texto (e não em notas de rodapé). Este é o sistema adotado na elaboração dos trabalhos acadêmicos e de conclusão de curso da FIPAG, porque as notas de rodapé são destinadas às explicações complementares do texto, e tradução de palavras estrangeiras, entre outros.

Cada referência deve ser indicada de forma a ser individualizada, usando-se o sinal de hífen (-). A utilização de marcadores cria condições ideais de margens justificadas, não ferindo as exigências das Normas Técnicas. Exemplo: - TACHIZAWA, Takeshy; MENDES, Gildásio. Como fazer monografia na prática.

6.ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: FGV, 2001. 140p. 5.1.1 EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS

Com indicação de autoria: um autor - ANDRADE, José Vicente de. Turismo: fundamentos e dimensões. São Paulo:

Ática, 1992.

Com indicação de autoria: dois autores - LAGE, Beatriz Helena Gelas; MILONE, Paulo Cesar. Economia do turismo.

2.ed. Campinas: Papirus, 1996.

Com indicação de autoria: três autores - GOELDNER, Charles R.; RITCHIE, J. R. Brent; MCINTOCSH, Robert W.

Turismo: princípios, práticas e filosofias. Tradução: Roberto Cataldo Costa. 8.ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. 478 p.

- SCHINEIDER, J.O.; LENZ, M.M.; PETRY, A. A realidade brasileira: estudos de

problemas brasileiros. 10.ed. rev. atual. Porto Alegre: Sulina, 1990. 425 p.

Com indicação de autoria: mais de três autores - basta indicar o primeiro autor seguido da expressão latina et al1 .

- JAGUARIBE, H. et al. Brasil, sociedade democrática. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985. 500 p.

- COOPER, Chris et al. Turismo, princípios e práticas. Tradução: Roberto

Cataldo Costa. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. 559 p.

Autores Corporativos: órgão com denominação específica - AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO EM REDE DO ESPÍRITO SANTO –

ADERES. Turismo do Espírito Santo: diretrizes e ações 97/98. Vitória, 1997.

1Et al –que significa: “e outros”

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- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. Referências: NBR 6023. Rio de Janeiro: ABNT, 1989.

Autores Corporativos: órgãos com denominação genérica

- ESPÍRITO SANTO (Estado). Constituição (1989). Constituição [do] Estado do Espírito Santo 1989. Vitória: Assembléia Legislativa, 1989.

- ESPÍRITO SANTO. Secretaria Extraordinária de Turismo. Pontos turísticos do

Espírito Santo. Vitória: DIO, 2000.

Artigo em periódicos com indicação de autoria - BRIDI, Rita. Grande Vitória já soma um milhão de subnutridos. A Gazeta. Vitória:

A Gazeta, p.5, 20 fev. 1994. - LIMA, João Gabriel de. O bom senso está on sale. Veja. 1664.ed. São Paulo:

Abril, ano 33. n.35. p.86-7, 30 ago. 2000.

Artigo em periódicos sem indicação de autoria - CORÉIAS comovem o mundo. A Tribuna. Vitória: Nassau, ano LXI. n.19.905.

p.37, 16 set. 2000. - LEMBRANÇAS de setembro. Época. Rio de Janeiro: Globo, ano III. n.121. p.32,

11 set. 2000

Entrevista publicada - CANHIM, R. Parasitas do Estado. Veja. São Paulo, v.7. n.3. p.9-13, 19 jan. 1994.

Entrevista concedida a Eurípedes Alcântara.

Entrevista original - DEBECKER, Paul. Gestão ambiental. Entrevista concedida a Juliana Marinho,

Vitória, 5 jul. 2000.

Obra anônima - DESAFIOS éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993. 291p.

Autores de partes (ou capítulos) de livros organizados por outros - FREIRE, Paulo. Novos tempos, velhos problemas. In2: ZERBINO, Raquel Volpato

(org.) et al. Formação de professores. São Paulo: Fundação da UNESP, 1998. p.41-7.

Eventos (Congressos, Simpósios, Seminários)

- ORLANDO FILHO, José; LEME, Edson José de. A utilização dos resíduos da agroindústria canavieira. In3: SIMPÓSIO SOBRE FERTILIZANTES NA AGROINDÚSTRIA BRASILEIRA, 1984, Brasília. Anais...Brasília: EMBRAPA, Departamento de Estudos e Pesquisas, 1984. p.451-75.

2 In – significa “na obra tal” ou “dentro da obra tal” 3 In – significa: “em”, “na obra tal”

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Pesquisas via Internet: artigo de periódicos Dar entrada pelo autor(a) do artigo (último sobrenome em letras maiúsculas [vírgula] nome completo só com as primeiras letras maiúsculas [ponto], seguido pelo título do artigo [ponto]. É obrigatória a apresentação do endereço eletrônico entre brackets (< >), e da data de acesso, com a utilização das seguintes expressões: Disponível em: < >. Acesso em:

- ARAGÃO, Cláudia T. Receitas. Disponível em: <http://www.guarapari.com.>.

Acesso em: 18 set. 2004. - VILLASCHI FILHO, Arlindo. Vantagens do atraso. Gazeta Online [online]. Vitória.

3 out. 1996. Disponível: <http://www.redegazeta.com.br>. Acesso em: 3 out. 1996.

Filmes, fitas de vídeo, DVD e outros materiais similares

As referências de filmes, fitas de vídeo, DVD e outros materiais similares exigem a indicação das seguintes informações:

- Créditos (diretor, produtor, roteirista etc.); - Elenco mais destacado; - Especificação do suporte em unidades físicas; - Especificação da duração.

- CENTRAL do Brasil. Direção: Walter Salles Júnior. Produção: Martire de

Clemont-Tonnere e Artur Cohn. Roteiro: Marcos Bernstein, João Emanuel Carneiro e Walter Salles Júnior. Intérpretes: Fernanda Montenegro; Marília Pera; Vinícios de Oliveira; Sônia Lira; Othon Bastos; Mateus Nachtergaele e outros. São Paulo: Le Studio Canal; Riofilme; MACT Productions, 1998. 1 filme (106min), son., color., 35mm. Na referência de discos, a especificação do suporte passou a ser assim identificada:

- Disco sonoro - para disco em vinil (LP); - CD - para compact disc.

Documento cujo suporte não é papel - a identificação do suporte virá após a data

de publicação. - BONINO, Paulo. Vista aérea da ilha do cercado. Vitória-ES, 1968. 1fot, p&b,

16x24cm. - BONINO, Paulo. Vista aérea da ilha do cercado. Vitória-ES, 1968. 1 fita de

vídeo (30min). 5.2 GLOSSÁRIO - Elemento opcional É uma relação, em ordem alfabética, de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, ou ainda de uso regional, que são utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições.

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5.3 APÊNDICE - Elemento opcional Consiste em texto ou documento elaborado pelo autor(a) do trabalho, a fim de complementar sua argumentação sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho> Fazem parte do apêndice: questionário, ficha de entrevista, resultados gráficos e documentação fotográfica de sua autoria). São indicados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos significado do documento. Exemplo: APÊNDICE A – INSTRUMENTO DA PESQUISA – Questionário APÊNDICE B – DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA APÊNDICE C - AVALIAÇÃO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO 5.4 ANEXO - Elemento opcional O anexo consiste em um texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração do trabalho, destacado deste para evitar descontinuidade na seqüência lógica das seções. Elementos que compõem os anexos: trechos de outras obras ou contribuições que servem para documentar, esclarecer, provar ou confirmar as idéias apresentadas no texto e que são importantes para sua perfeita compreensão. Normalmente o conteúdo dos anexos refere-se a:

• Ilustrações que não são diretamente citadas no texto; • Descrição de equipamentos para ressaltar em pormenores os aspectos de

máquinas, e/ou discriminar procedimentos de uma técnica específica ou programa utilizado;

• Material de acompanhamento que não pode ser incluído livremente no corpo do relatório, quer por sua dimensão, quer pela forma de apresentação (fotografias, originais, microfichas, plantas e mapas especiais);

• Modelos de formulários e/ou impressos citados no texto. • Documentação fotográfica de terceiros.

Os anexos devem ser identificados através de letras maiúsculas consecutivas e seus respectivos títulos. Exemplo:

ANEXO A – MODELO DE FORMULÁRIO PADRÃO ANEXO B – REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES SOCIAIS As ilustrações próprias do anexo devem ter numeração arábica seqüencial independentemente das ilustrações textuais, sendo estes números precedidos da letra maiúscula correspondente ao Anexo. Exemplo: ANEXO C – DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

C1 – Vista parcial da cidade de Londres C2 – Torre do Castelo de Windsor

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6. INFORMAÇÕES ADICIONAIS 6.1 NUMERAÇÃO DE SEÇÕES DO TEXTO DO TRABALHO O texto do trabalho constitui a parte central do relatório, via de regra a mais longa, e, por isso, necessita de uma divisão mais detalhada de seções, através da utilização da numeração progressiva. Os títulos devem ser impressos de forma que sobressaia a hierarquia utilizada nas subdivisões, como descritos abaixo, respeitando-se o padrão FIPAG de qualidade: a) seção primária – os títulos das seções primárias, por serem as principais divisões

de um texto, devem iniciar em folha distinta (nova página), alinhados à esquerda, localizados na primeira linha da página, escritos com letra maiúscula, fonte tamanho 16, em negrito, e separado do texto por dois espaçamentos de 1,5cm;

b) seção secundária – a primeira subdivisão do capítulo. Dá seqüência ao trabalho (não há necessidade de iniciar uma nova página), alinhado à esquerda, com o indicativo numérico das seções precedendo seu título, separado por um espaço de caractere. Letras maiúsculas; fonte tamanho 14, em negrito;

c) seção terciária – subdivisão da seção secundária. Alinhado à margem esquerda, letras maiúsculas; fonte tamanho 12, em negrito.

d) seção quaternária – deve ser a menor das subdivisões. Letras maiúsculas; fonte tamanho12, sem negrito.

Exemplo: 1. METODOLOGIA DA PESQUISA (seção primária) 1.1 PLANO DA PESQUISA (seção secundária) 1.1.1 SELEÇÃO DO PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO (seção terciária) 1.1.1.1 COLETA DE DADOS – INSTRUMENTOS (seção quaternária) 1.1.1.1.1 Instrumentos da pesquisa 6.2 UNIDADES DE MEDIDA Os símbolos das unidades de medida são invariáveis e grafados sem ponto abreviativo, sem “s” para o plural, e não há espaço entre o numero e os símbolos. Exemplo: 10m, 15h, 100km Na indicação de tempo, empregam-se os símbolos h, min, s na mesma linha de grandeza, sem espacejamento, com letra minúscula. Exemplo: 12h30min20s, 16h45min.

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Equações e fórmulas, para facilitar a leitura, devem ser destacadas no texto e, se necessário, numeradas com algarismos arábicos entre parênteses, alinhados à direita. Na seqüência normal do texto é permitido o uso de uma entrelinha maior, de modo que comporte as expressões numéricas (expoente, índices e outros). Exemplo: x2 + y2 = z2 ...(1)

(x2 + y2)/5 = n ...(2) (5x + 2y) = z ...(3) (x +1) 6.3 SIGLAS A NBR 14724 (2005. p.9) assim descreve sobre a sigla: “Quando aparece pela primeira vez no texto, a forma completa do nome precede a sigla, colocada entre parênteses.” Daí em diante aceita-se só a indicação da sigla. Exemplos:

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) Diário de Imprensa Oficial (DIO) Teoria Geral da Administração (TGA)

6.4 ILUSTRAÇÕES As ilustrações compreendem as figuras, desenhos e imagem que acompanham um texto. Qualquer que seja o seu tipo (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos, além de fórmulas matemáticas, físicas, químicas e outros), sua identificação aparece na parte inferior, precedida da palavra designativa, seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto, e da fonte. Toda ilustração inserida no trabalho deve ser mencionada no texto a que se refere, e deve estar o mais próximo possível deste, salvo quando, por razões de dimensão, isto não for possível. Portanto, no trabalho não devem ser incluídas ilustrações que não sejam citadas no texto. As ilustrações devem ser preparadas com a maior simplicidade e clareza possível, e respeitar a normalização existente para cada tipo de ilustração: figuras, quadros e tabelas. As ilustrações devem ter numeração arábica seqüencial, ao longo da parte textual, mantendo a independência de cada uma, ou seja, para as figuras, para os quadros e para as tabelas. As ilustrações existentes no texto, que forem produzidas pelos acadêmicos, dispensam citação da fonte. Mas, quando as ilustrações são de outros autores, exige-se a informação da fonte. O uso de colagem de ilustrações é terminantemente proibido.

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Para facilitar o entendimento dos alunos a respeito do uso de ilustrações nos seus trabalhos científicos, a versão do Manual de Normas Técnicas 2007 traz exemplos explicativos e práticos, conforme poderá ser observado em cada caso, a seguir. 6.4.1 FIGURAS São elementos que explicam ou complementam o texto. Elas podem ser imagens visuais extensivas ao texto, tais como: mapas, plantas, fotografias, desenhos, esquemas, diagramas, organogramas, gráficos, entre outros. A legenda deste tipo de ilustração localiza-se sob o elemento ilustrativo, e sua identificação é precedida da palavra Figura, seguida do seu número de ordem no texto, em algarismo arábico, e do respectivo título, escritos em fonte tamanho 10. Caso a figura seja de autoria de terceiros torna-se obrigatória a indicação da fonte, também escrita em fonte tamanho 10. Exemplos de apresentação de figuras: PASSADO PRESENTE FUTURO AMBIENTE EXTERNO O EMPRESA p o A ? r Pontos Pontos m t Fortes Fracos e u a ? n Pontos ç i Neutros a ? d s a d e s Figura 1 - Escolha de um caminho de ação pela empresa.4 4 A NBR 14724 rege que as legendas das ilustrações, figuras, quadros e tabelas sejam digitadas em fonte tamanho 10.

Observação: É obrigatória a citação da fonte de todas as ilustrações extraídas (transcritas) de outros autores.

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Fonte: FERRARI, 2002. p.36. Figura 2 - Organograma da empresa Andradina Ltda. Grau de escolaridade EF Completo = 25 EM Completo = 43 ES Completo = 32 Total = 100

32%

43%

25%

EF CompletoEM CompletoES Completo

Figura 3 – Demonstração gráfica do grau de escolaridade dos participantes do seminário x Local de origem Bahia = 43 Minas Gerais = 25 Interior do ES = 19 Outros estados = 13 Total = 100

43%

25%19%

13%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

Bahia MinasGerais

Interior ES Outrosestados

Figura 4 – Gráfico representativo da origem dos participantes do seminário x 6.4.2 QUADROS São informações dispostas em linhas e colunas, ou não, mas que agregam valor ao estudo. Os quadros são ilustrações guarnecidas de moldura, ou seja, têm os lados externos fechados.

PRESIDÊNCIA

Diretoria Financeira Diretoria Administrativa Diretoria de Comercial

Assessoria da Presidência

Observação: No caso dos gráficos, todos os elementos internos e informativos constantes nos mesmos, ou seja, quantitativos percentuais, legendas e nome devem ser escritos com fonte tamanho 8.

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A legenda se posiciona sob a ilustração, e sua identificação é precedida da palavra QUADRO, seguida do seu número de ordem no texto, em algarismo arábico (ambos em negrito), e do respectivo título. Todos escritos com fonte tamanho 10. Há obrigação de se indicar a fonte, se necessário. Exemplo de apresentação de quadro: Principais Destinos do Mundo

– 1998 Principais Destinos do Mundo

- 2020 Principais Países Emissores

- 2020 País Chegada País Chegada País Saída

1. França 70,2 1. China 137,1 1. Alemanha 163,5 2. Espanha 65,3 2. EUA 102,4 2. Japão 141,5 3. EUA 52,8 3. França 93,3 3. EUA 123,3 4. Itália 40,4 4. Espanha 71,0 4. China 100,0 5. Reino Unido 30,1 5. Hong Kong 59,3 5. Reino Unido 96,1 6. China 28,5 6. Itália 52,9 6. França 37,6 7. México 22,7 7. Reino Unido 52,8 7. Holanda 35,4 8. Canadá 19,1 8. México 48,9 8. Canadá 31,3 9. Polônia 18,3 9. Fed. Russa 47,1 9. Fed. Russa 30,5 10. Hungria 16,2 10. Taiwan 44,0 10. Itália 29,7

Fonte: BENI, Mário Carlos. Análise estrutural do turismo. 5.ed. São Paulo: SENAC, 2001. p.220-1. QUADRO 1. Quadro comparativo da projeção do turismo no mundo (em milhões de turistas) 6.4.3 TABELAS Conjunto de linhas e colunas que contêm informações sobre a variável em estudo. Todas as tabelas, numeradas consecutivamente, devem figurar no corpo do relatório e não devem conter nada além dos pontos aí considerados. As primeiras linhas e a primeira coluna à esquerda têm funções específicas, conforme explicações abaixo. No bloco do meio vem o conteúdo da tabela distribuído em linhas e colunas, sendo que as colunas externas da tabela são sempre abertas. A legenda se posiciona sobre a ilustração, centralizada, e sua identificação é precedida da palavra TABELA, seguida do seu número de ordem no texto, em algarismo arábico, e o respectivo título. Todos escritos com letra maiúscula, em negrito, fonte tamanho 10. Não esquecer a indicação da fonte original, se existir.

Tabela de altura excessiva, que não couber em uma página, deve ser continuada na página seguinte. Neste caso, a tabela interrompida não é delimitada por traço horizontal na parte inferior, devendo conter a expressão “continua...”. Assim, a primeira linha da outra página deve conter a expressão “...continuação”, imediatamente seguida pela repetição do cabeçalho, e da continuidade de informação dos dados. Quando não for possível dispor a tabela na posição de leitura (retrato), ela deverá ser apresentada na forma de paisagem. Isso significa que as informações serão digitadas com a folha deitada, e o cabeçalho deverá ocupar a posição da margem que receberá o grampeamento.

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Parte de uma tabela: - título – conjunto de informações completas, localizadas sobre a tabela, que

respondem às seguintes perguntas: O quê? Quando? Onde? - cabeçalho – parte superior que especifica o conteúdo das colunas; - coluna indicadora – parte da tabela que especifica o conteúdo das linhas; - linha – retas imaginárias que facilitam a leitura, no sentido horizontal - casa ou célula – espaço destinado a uma só informação numérica; Exemplo de apresentação de tabela:

TABELA 1 PESSOAL DOCENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO - 1988

REDES ENSINO FUNDAMENTAL

ENSINO MÉDIO

Estadual 171.910 38.281 Municipal 18.429 1.304 Particular 31.514 19.902

Total 221.853 59.487 FONTE: Secretaria de Estado da Educação (1995) 6.5 CITAÇÕES Citações são conceitos, idéias e informações retirados dos documentos pesquisados (livros, revistas, jornais, periódicos etc.) e que são importantes para confirmar as idéias defendidas pelo autor, em seu estudo. Servem para dar maior clareza e autoridade ao texto. Citação também é entendida como menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte. As citações são normalizadas pela ABNT NBR 10520:2002, com atualizações na NBR 14724:2005, senão vejamos. 6.5.1 REGRAS GERAIS A. Incorreções – quando o texto a ser citado apresenta incorreções (erros de

grafia, lapso e outros), o(a) autor(a) do trabalho deve colocar entre colchetes a expressão latina [sic] onde ocorreu o fato, e continuar a citação. O elemento [sic] isenta você, autor(a) do trabalho, da responsabilidade do erro existente no texto original.

Observação: há de se considerar os elementos complementares da tabela, que são: fonte, as notas e as chamadas, colocadas, de preferência, no seu rodapé.

Citar é lícito, desde que sejam respeitadas as regras básicas. Mencionar sempre a fonte que você tirou a citação.

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Exemplo: “O Brasil é o 7° [sic] país do mundo em extensão de terra”. (Estudos geográficos mostram que o Brasil é o 5° maior país do mundo em área)

“A violência que assola o país já atingiu repercução [sic] mundial, deixando o Brasil em situação de descrédito perante o mundo”. (Neste caso, a grafia correta é repercussão)

B. Supressões – significam opção por apenas parte de um trecho da obra

pesquisada. Para tanto, pode-se suprimir a parte que antecede, permeia e/ou sucede o texto que interessa ao autor, bastando indicar com reticências entre colchetes, tanto no início, como no meio ou ao final da citação. Exemplos: Para Marconi & Lakatos (2005. p.188), “[...] as fases da pesquisa de campo requerem, em primeiro lugar, a realização de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema em questão. [...] Como segundo passo, permitirá que se estabeleça um modelo teórico inicial de referência [...]”.

C. Ênfase/destaque na citação – quando a citação é literal ou copiada é possível o

autor do trabalho dar algum destaque especial (negrito ou itálico) em uma ou mais palavras, desde que seja colocada entre colchetes a expressão [sem grifo no original] Exemplo:

“Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos [sem grifo no original] acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta [...]” (MARCONI & LAKATOS, 2005. p.188)

D. Obra citada várias vezes – quando a mesma obra é citada várias vezes pode

ser referenciada cada uma por si só, ou de forma abreviada pelas seguintes expressões latinas: a) apud – tradução: citado por, conforme, segundo; b) ibidem ou ibid. – tradução: na mesma obra; c) idem ou id. – tradução: igual a anterior; d) opus citatum ou op. cit. - tradução: obra citada; e) passim - tradução: aqui e ali; f) sequentia ou seq. - tradução: seguinte, ou que se segue;

E. Informação verbal nas citações – quando a citação é proveniente de dados

obtidos por meio de palestras, conferências, debates, comunicações etc., colocar entre parênteses a expressão (informação verbal), dando maiores esclarecimentos em nota de rodapé.

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Exemplo: F. Citações em outro idioma – quando a citação é trecho de um texto extraído de

outro idioma, exige-se a tradução do texto a ser citado. Ao final da citação é obrigada a colocação de parênteses com a expressão (tradução nossa). Pode o texto no idioma original ser colocado em nota de rodapé.

As seis regras acima apresentadas podem ser utilizadas nos diversos tipos de citação, a saber: diretas, indiretas, citação de citação e outras. 6.5.2 CITAÇÕES DIRETAS São transcrições literais (cópias) de frases ou trechos da obra dos autores consultados, respeitando todas as suas características. Corresponde ao original em redação, ortografia e pontuação, devendo ser apresentada entre aspas duplas em caso de citação curta; e com recuo de parágrafo e alteração do tamanho da fonte em caso de citação longa, como será explicado mais adiante. Caso o trecho transcrito já contenha expressões ou palavras entre aspas, essas serão transformadas em aspas simples ou apóstrofo. As citações diretas exigem a indicação da página da obra consultada. As citações diretas são apresentadas das seguintes formas: a) Quando elas têm até 3 linhas - são chamadas de citações curtas e vêm no

corpo do parágrafo, entre aspas. Exemplos:

Visando superar as limitações das pesquisas até então desenvolvidas, estão sendo difundidas novas metodologias de pesquisas qualitativas. Sobre elas explica Lüdke (1986. p.11): “...tem gerado muita confusão o uso de termos como pesquisa qualitativa, etnográfica, naturalística, participante, estudo de caso e estudo de campo, muitas vezes empregados indevidamente como equivalentes”.

Texto: A duplicação da Samarco Mineração S.A. vai envolver recursos da ordem de um bilhão de dólares1.

(Inserir nota de rodapé (basta seguir os seguintes passos: Inserir – Referências – Notas). Automaticamente o cursor do computador já se posiciona na margem inferior da página para a inclusão do esclarecimento da informação escrita no texto.)

_______________ 1 Informação obtida por meio de palestra proferida pelo economista Franklin Martins, no FIPAG IN do ano de 2006, realizado no SESC de Guarapari.

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Os especialistas na área discutem que “conceitos fundamentais para o uso de sinalização indicam que a sinalização ‘feita em casa’ mostra apenas boa-vontade, mas na verdade ocasiona poluição visual” (FIGUEIREDO, 1999. p.108).

Nos dois exemplos de citações curtas, acima demonstrados, já estão incluídos outros dois grandes detalhes indicados pela Norma Brasileira que norteia a atualização deste manual. Dizem respeito à forma diferenciada de grafia dos sobrenomes dos autores citados, ora somente com a primeira letra maiúscula, ora com todas as letras maiúsculas, independentemente da citação ser curta ou longa. Isso se deve às seguintes regras: • Indicação do autor, no texto – quando o autor é citado no texto, fora dos

parênteses, só a primeira letra do seu sobrenome é maiúscula e as demais minúsculas. Logo após a indicação do sobrenome coloca-se entre parênteses a informação da data e da devida paginação da obra consultada;

• Indicação do autor, entre parênteses - quando o autor é citado no texto, entre

parênteses, todas as letras do seu sobrenome são maiúsculas. Logo após a indicação do sobrenome pontua-se com vírgula e procede a informação da data e da devida paginação da obra consultada; Exemplos:

b) Quando ultrapassam 3 linhas - são chamadas de citações longas e são

digitadas em parágrafo próprio, com recuo de 4,0cm a partir da margem esquerda da página, sem alterar a margem direita, com espaçamento interno entrelinhas simples, fonte tamanho 10, destacadas do texto com um espaçamento tanto no seu início como no final. Nesse caso as aspas duplas desaparecem e a autoria deve ser colocada ao final da citação, sempre dentro dos parênteses. Exemplos: Que são pesquisas qualitativas? Pesquisas qualitativas são aquelas que

Visando superar as limitações das pesquisas até então desenvolvidas, estão sendo difundidas novas metodologias de pesquisas qualitativas. Sobre elas explica Lüdke (1986. p.11): “...tem gerado muita confusão o uso de termos como pesquisa qualitativa, etnográfica, naturalística, participante, estudo de caso e estudo de campo, muitas vezes empregados indevidamente como equivalentes”. Os especialistas na área discutem que “conceitos fundamentais para o uso de sinalização indicam que a sinalização ‘feita em casa’ mostra apenas boa-vontade, mas na verdade ocasiona poluição visual” (FIGUEIREDO, 1999. p.108). Detalhes comentados

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prevêem a mensuração de variáveis preestabelecidas, procurando verificar e explicar sua influência sobre outras variáveis, mediante a análise da freqüência de incidências e correlações estatísticas. O pesquisador descreve, explica e prediz. Fundamentam-se em dados coligidos nas interações interpessoais, na co-participação das situações dos informantes, analisadas a partir da significação que estes dão aos seus atos. O pesquisador participa, compreende e interpreta. (CHIZZOTTI, 1995. p.52)

No mundo moderno (e isto vem se apresentando cada vez mais para nós),

A tecnologia está tão avançada que podemos dispor de um computador para resolver nossos problemas ‘caseiros’. Podemos também nos comunicar, na hora que desejamos, via telefone, com o outro lado do mundo. E, essas conquistas da ciência, da pesquisa e da capacidade intelectual do ser humano fazem com que vivamos melhor. (CORTEZ, 1985. p.40)

E essa realidade vem transformando nossas vidas num ritmo, às vezes imperceptível.

6.5.3 CITAÇÕES INDIRETAS Quando se comenta o conteúdo e as idéias do texto original pesquisado. Também denominada paráfrase, é o desenvolvimento do texto de um livro ou de um documento, conservando-se as idéias originais do autor. É indispensável a identificação imediata da fonte, por meio de chamadas referenciais. Exemplo: A descrição do método histórico consiste na investigação de fatos e acontecimentos ocorridos no passado, com a intenção de se verificar as possíveis projeções de suas influências na sociedade contemporânea. (FACHIN, 2001; DENKER, 2001; SANTOS, 2003). 6.5.4 CITAÇÃO DE CITAÇÃO Quando o trecho que você escolheu na obra consultada, para ser incluído no seu trabalho, já é uma citação. A isso, dá-se o nome de “citação de citação”. Neste caso, procede-se a indicação do nome do autor do trecho citado (original), seguido da expressão “apud” (que significa “citado por”) seguido do nome do autor da obra diretamente consultada, levando-se para as Referências a autoria da obra consultada. Exemplos: São dois os tipos de dissertação, conforme Salomon (1994. p.182-3, apud SANTOS, 2003. p.130): “[...] dissertação monográfica, que cuida do estudo escrito e de caráter didático; e dissertação científica, que decorre de pesquisa pura ou aplicada e segue metodologia própria”.

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A tecnologia pode ser definida como a aplicação de conhecimentos à produção de bens e serviços. Porém, Martino apresenta outra proposta de definição de tecnologia:

Embora a tecnologia inclua especificamente equipamentos mecânicos, não está limitada a esse sentido, pois também inclui procedimentos e métodos para organizar a atividade humana e meios de manipular ou estruturar o comportamento humano. (MARTINO, 1975. p.1, apud MAXIMIANO, 2000. p.100)

6.6 NOTAS DE RODAPÉ As notas de rodapé são informações complementares que o(a) autor(a) do trabalho direciona para o rodapé da página, com o intuito de evitar a interrupção da leitura do texto. Geralmente são traduções de palavras estrangeiras, explicações de termos menos usuais, fontes consultadas, comentários adicionais, explanações e traduções, que não são incluídas no texto para não haver interrupção da seqüência lógica do mesmo. Um traço de 6cm, a partir da margem inferior, separa as notas de rodapé da parte textual. Detalhe importante: as notas de rodapé dos trabalhos acadêmicos e científicos da FIPAG são apenas explicativas – padrão FIPAG, porque as referências devem ser mencionadas na parte textual, como já descrito na seção 6.5.

Isso significa que o aluno está consultando a obra de Santos, quando depara-se com uma citação importante de Salomão. Então, ele resolve trazer aquela citação para o seu trabalho. Contudo, a obra a ser levada para as Referências, ao final do texto, é a obra consultada, ou seja, a de Santos. SANTOS, izequias, Estevam dos. Textos selecionados de métodos e técnicas de pesquisa científica. 4.ed. rev. ampl. atual. Rio de Janeiro: Impetus, 2003.

Obra consultada pelo aluno, que irá para as Referências, ao final do trabalho: MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Introdução à administração. 5.ed. rev. ampl. São Paulo: Atlas, 2000.

Observação: Para as pessoas que têm dificuldades de compreensão e domínio sobre a régua de comandos do documento Word, basta seguir os passos indicados no menu, explicados abaixo.

Inserir - clicar o cursor na palavra Inserir, na régua de comandos do Word. Quando abrir o menu, clique o cursor no opção

• Referências... – logo aparecem as ofertas: Notas..., Legendas..., Referências cruzadas..., Índices...

Clique o cursor na palavra Notas... Assim que abrir o quadro, clique o cursor na palavra Inserir, constante no quadro. Imediatamente o quadro some e o cursor aparece localizado no rodapé da página para que você possa digitar a informação necessária. Quando concluir sua informação, basta localizar o cursor na parte textual desejada.

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PARTE II

ROTEIROS DE TRABALHOS ACADÊMICOS

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7. PESQUISA A proposta de ampliação do texto sobre pesquisa - Parte II deste Manual – foi um desafio audacioso, e exigiu rigorosa busca de informações e conhecimentos a respeito do tema. A intenção pretendida é apresentar ao aluno um instrumento de pesquisa de fácil manuseio e entendimento, atendendo ao objetivo geral do Manual, que é o de nortear a produção científica dos alunos e facilitar o trabalho de orientação dos docentes, dentro do padrão FIPAG. Enfim, valeu a pena! Para tanto, buscou-se esmiuçar o assunto e desmistificar a pesquisa, de modo que ela deixe de ser o “bicho papão” no meio acadêmico e passe a despertar no aluno o interesse pelo mundo da ciência, seus métodos, técnicas e instrumentos, estimulando-o a ingressar, sem medo, no campo da pesquisa científica. Assim, tornam-se necessários alguns esclarecimentos quanto à metodologia adotada para a apresentação do texto da Parte II deste Manual, senão vejamos. Toda a parte textual referente à “pesquisa”, ao “projeto de pesquisa” e ao “relatório de pesquisa” é uma síntese dos conteúdos de obras de autores renomados, cujas fontes de referência estão listadas abaixo, além de algumas interferências propositais desta autora, para facilitar o processo de pesquisa do aluno5. È árdua a tarefa daqueles que se dedicam a escrever sobre essas temática, o que não é diferente no caso deste Manual. Vale a pena reforçar que mesmo preservando os conteúdos teóricos a respeito da pesquisa, cada autor utiliza uma estruturação didática própria na sua apresentação do assunto, principalmente no que tange aos aspectos referentes às tipologias das pesquisas, sua classificação, métodos de procedimentos, entre tantos outros detalhes, o que dificulta o processo de pesquisa. 5 FONTES DE REFERÊNCIA: - CHIZZOTTI, Antônio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 6.ed. São Paulo: Cortez, 2003.

(biblioteca da educação. Série 1. Escola; v.16) - DENCKER, Ada de Freitas Maneti. Métodos e técnicas de pesquisa em turismo. 5.ed. São

Paulo: Futura, 2001. - DENCKER, Ada de Freitas Maneti; CHUCID DA VIÁ, Sarah. Pesquisa empírica em ciências

humanas. 2.ed. São Paulo: Futura, 2002. - FACHIN, Adília. Fundamentos de metodologia. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2001. - GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1996. - HAGUE, Paul; JACKSON, Peter. Faça sua própria pesquisa de mercado. Tradução: Luzia

Roxo Pimentel. São Paulo: Nobel, 1997. - JUNG, Carlos Fernando. Metodologia para pesquisa e desenvolvimento. Aplicada a novas

tecnologias, produtos e processos. Rio de Janeiro: Axcel Books, 2004. - MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia

científica. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2005. - MEZZAROBA, Orides; MONTEIRO, Cláudia Servilha. Manual de metodologia na pesquisa no

direito. 3.ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2006. - RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. Petrópolis: Vozes, 1986. - SANTOS, Izequias Estevam dos. Textos selecionados de métodos e técnicas de pesquisa

científica. 4.ed. rev. atual. ampl. Rio de Janeiro: Impetus, 2003. - TEDOLDI, Maria Lúcia Gomes. Mestra em Educação. Área de concentração: Avaliação de

sistemas educacionais. Consultoria e assessoramento. Guarapari/ES, 2007.

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Desta forma, este Manual apresenta um esboço compilado dos autores consultados, com algumas adaptações, uma vez que cada um deles adota uma vertente da fundamentação dos termos empregados oriundos ou da Epistemologia (Teoria do Conhecimento) ou da Sociologia do Conhecimento. 7.1 O QUE É PESQUISA? O homem sempre busca verdades que possam dar alívio às suas preocupações e permanentes interrogações sobre os porquês do mundo que o cerca, sobre seu passado e sua origem, sobre o seu presente e os motivos pelos quais está aqui, sobre seu futuro e seu fim último. Estes três pontos: a origem, os objetivos e o fim último das coisas sempre foram, são, e sempre serão as bases para que ele se remeta à pesquisa. Portanto, pode-se entender a pesquisa como um procedimento racional, sistemático e dialético que tem por objetivo estabelecer uma série de compreensões no sentido de descobrir respostas para as indagações e questões que existem em todos os ramos do conhecimento humano, envolvendo o mundo animal, vegetal e mineral, além do espaço que nos cerca, e o mundo das idéias. Para Santos (2003. p.170), “A pesquisa é o instrumento de ação para que os conhecimentos possam ser úteis à coletividade”. Contudo, esse instrumento de ação necessita de estar embasado em procedimentos metodológicos - métodos, procedimentos e técnicas – capazes de dar sustentação à investigação dos fatos e à transmissão dos resultados da investigação, ou seja, o relatório final da pesquisa.

POR QUE SE FAZ PESQUISA? - Por razões de ordem teórica (pura) ou intelectual – para reconceituação e

reconstrução do conhecimento e busca de novos paradigmas. - Por razões de ordem prática (aplicada) – para solução de problemas factuais

(existentes).

QUAL O OBJETIVO DA PESQUISA? Descobrir respostas para as indagações e questões que existem em todos os ramos do conhecimento humano, envolvendo o mundo que nos cerca e o mundo das idéias, através do emprego de procedimentos metodológicos e científicos.

QUAL A FINALIDADE DA PESQUISA?

A pesquisa tem por finalidade a solução dos problemas propostos, ou seja, tentar conhecer e explicar os fenômenos e as relações que ocorrem nas suas mais diferentes manifestações, e a maneira como se processam os seus aspectos estruturais, funcionais e dialéticos, no mundo real e no campo das idéias.

QUAIS AS FONTES DE INFORMAÇÃO PARA SE FAZER UMA PESQUISA? Realizar uma pesquisa sobre um problema determinado vai depender das fontes de informação sobre o mesmo, ou seja, sobre o objeto de estudo. Assim, a

Pesquisa é a busca de informações e conhecimentos acerca dos problemas que são propostos.

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determinação de um problema a ser pesquisado pode originar-se, ou provir, das seguintes fontes de informação: - Observação direta; - Experimentação; - Reflexão pessoal sobre fatos observáveis; - De fontes documentais orais - pessoas que adquiriram experiências pelo

assunto ou pela participação em eventos; - De fontes documentais escritas - do acervo de conhecimentos reunidos em

bibliotecas, centros de documentação bibliográfica, ou de qualquer registro que contenha dados.

O QUE É NECESSÁRIO PARA SE FAZER UMA PESQUISA?

1. Qualidades pessoais do pesquisador: - Conhecimento do assunto a ser pesquisado; - Curiosidade; - Criatividade; - Integridade intelectual; - Atitude autocorretiva; - Sensibilidade social; - Imaginação disciplinada; - Perseverança; e - Paciência.

2. Recursos: humanos, materiais (e equipamentos) e financeiros 7.2 ASPECTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA A pesquisa, ou produção científica, é um saber que se adquire pela leitura; pela observação; pela investigação da experiência dos fatos, com a utilização dos métodos (e seus procedimentos) e técnicas (instrumentos próprios de coleta de dados), pelo aprofundamento empírico (através da análise e síntese dos resultados dos dados coletados), culminando num conjunto de conhecimentos afins (relacionados; iguais; contrários; causas e efeitos), em permanente evolução. A palavra método vem do latim methodus, que por sua vez tem origem nas palavras gregas: meta = lugar, e hodos = caminho. Logo, método quer dizer “caminho para se chegar a determinado lugar”, também compreendido como “modo de proceder, maneira de agir, meio para se chegar a determinado lugar”. É a ordem que se segue na investigação da verdade, ou seja, a marcha racional da inteligência para se chegar ao conhecimento ou à demonstração de uma verdade. O método é o que fazer = “estratégia” a ser utilizada pelo pesquisador. Didaticamente, método quer dizer caminho para se alcançar os objetivos estipulados em um planejamento de ensino, ou caminho para se chegar a um fim. O método orienta a seleção dos procedimentos de pesquisa que deverão ser seguidos pelo pesquisador.

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A palavra técnica é a substantivação do adjetivo técnico, cuja origem por intermédio do grego, está na palavra technicu, e por via do latim, na palavra technicus, que quer dizer “relativo à arte”, ou conjunto de processos de uma arte, ou de uma fabricação. A técnica é a aplicação prática das regras e princípios de uma ciência, com orientação geral do método, na solução dos problemas levantados. Refere-se aos procedimentos concretos empregados pelo pesquisador para levantar os dados e as informações necessárias para esclarecer o problema que está pesquisando. A técnica é o como fazer = “tática”. É a tática que permite que as diversas etapas do método sejam alcançadas. Geralmente as técnicas de pesquisa estão relacionadas com aplicações práticas da coleta de dados e obtenção de informações necessárias para o embasamento teórico e prático, visando à solução do problema. Assim, o método indica o caminho, e a técnica mostra como percorrê-lo. No entendimento de Fachin (2001)

Vale a pena salientar que métodos e técnicas se relacionam, mas são distintos. O método é um plano de ação, formado por conjunto de etapas ordenadamente dispostas, destinadas a realizar e antecipar uma atividade na busca de uma realidade, enquanto a técnica está ligada ao modo de realizar a atividade de forma mais hábil, mais perfeita. [...] o método refere-se ao atendimento de um objetivo, enquanto a técnica operacionaliza o método. (FACHIN, 2001. p.29)

Método e técnica representam as maneiras de como conduzir o pensamento e as ações para se atingir as metas preestabelecidas. Representam o disciplinamento do pensamento e das ações para obter-se maior eficiência no que se deseja realizar, pois, pensar ou agir sem determinada ordem quase sempre resulta em perda de tempo, de esforços, quando não, também de material... Mezzaroba & Monteiro (2006. p.8) sintetizam a forma como Passold (2002) distingue o método e a técnicas, da seguinte forma:

Assim, enquanto o método pode ser definido como “a forma lógico-comportamental-investigatória na qual se baseia o pesquisador para buscar os resultados que pretende alcançar”, a técnica pode ser definida como “um conjunto diferenciado de informações reunidas e acionadas em forma instrumental para realizar operações intelectuais ou físicas, sob o comando de uma ou mais bases lógicas de investigação”. (PASOLD, 2002. p.87-91, apud MEZZAROBA & MONTEIRO, 2006. p.8)

Seguindo esta linha de raciocínio surge o entendimento da metodologia científica – do grego “meta” (ao largo), “hodos” (caminho) e “logos” (estudo) – que pode ser traduzida como “o conjunto de procedimentos didáticos expressos pelos métodos (e seus procedimentos) e técnicas (instrumentos) de pesquisa, que devem conduzir o educando à auto-educação, à autonomia, à emancipação intelectual”. Constitui o procedimento que deve seguir todo conhecimento científico para comprovar sua verdade e ensiná-la.

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Diante do exposto, conclui-se que qualquer pesquisador deve conhecer amplamente os aspectos metodológicos da pesquisa, e deve saber utilizar os procedimentos e técnicas necessárias no seu processo de investigação. Os objetivos da pesquisa definem a adoção dos procedimentos metodológicos adequados, embasados no método de abordagem intelectual (formas básicas de organização do raciocínio), métodos de procedimento, técnicas e instrumentos de pesquisa, necessários e indispensáveis para a cientificidade da pesquisa e para a obtenção da finalidade desejada do estudo.

Aspectos metodológicos da pesquisa: I. Quanto ao método de abordagem intelectual (formas básicas de organização

do raciocínio) II. Quanto aos enfoques da pesquisa (método de abordagem empírica) III. Quanto aos métodos de procedimentos adequados para a coleta de dados e

informações (pode ser utilizado mais de um) IV. Quanto às técnicas diversas (plenamente relacionadas com os métodos de

procedimentos escolhidos, pode ser usada mais de uma técnica) V. Quanto aos instrumentos compatíveis com as técnicas definidas VI. Quanto à delimitação do universo a ser pesquisado VII. Quanto aos tipos de amostragem VIII. Quanto ao tratamento dos dados

Maiores detalhamentos dos aspectos metodológicos da pesquisa:

I. Quanto ao método de abordagem intelectual (formas básicas de organização do raciocínio): a. Indutivo b. Dedutivo c. Hipotético-dedutivo d. Dialético e. Sistêmico

II. Quanto aos enfoques da pesquisas:

a. Quantitativo b. Qualitativo

III. Quanto aos métodos de procedimentos adequados para a coleta de dados (pode

ser utilizado mais de um): a. Método histórico b. Método comparativo c. Método monográfico d. Método estudo de caso e. Método ex-post facto f. Método estatístico g. Método tipológico h. Método etnográfico i. Método observacional j. Método experimental k. Método clínico

Podem ser utilizados diversos métodos de procedimentos em uma única pesquisa (ou estudo) Exemplo: Uma pesquisa descritiva, embasada na indução, pode envolver o método histórico e o estudo de caso, culminando num relatório com caráter monográfico.

Para descobrir respostas ao problema determinado, o pesquisador norteia seu estudo por um, “apenas um”, dos métodos de abordagem intelectual, pois cada uma deles tem sua característica própria e conduz a pesquisa por um caminho diferente. É o método de abordagem intelectual que define o enfoque da pesquisa e os procedimentos - métodos, técnicas e instrumentos - utilizados na investigação do problema, na seleção das fontes de informação, na coleta e tratamento dos dados.

O primeiro (a) é típico das pesquisas experimentais do paradigma científico tradicional; o segundo (b) é característico da ruptura desse paradigma nas ciências, em especial, humanas e sociais.

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l. Método e quadro de referência m. Fenomenológico n. Funcionalista o. Estruturalista

IV. Quanto às técnicas diversas:

1. Documentação indireta (fontes de papel): a. Pesquisa documental (fontes primárias) b. Pesquisa bibliográfica (fontes secundárias)

2. Documentação direta intensiva: a. Pesquisa de campo b. Pesquisa de laboratório c. Observação

a) Sistemática b) Assistemática c) Participante d) Não-participante e) Individual f) Em equipe g) Vida real h) Laboratório

d. Entrevista (realização de) e. Questionário (aplicação de) f. Amostragem (definir e selecionar)

3. Documentação direta extensiva: a. Pessoas fontes:

a) Pesquisa ex-post-facto b) Pesquisa levantamento c) Pesquisa estudo de caso

- Estudo de caso institucional - Estudo de caso de categoria aplicada - Estudo de caso factual - Estudo de caso comparado - Estudo de caso de processos administrativos/judiciais

d) Pesquisa-ação e) Pesquisa participante

III. Medidas de opinião IV. Testes V. Sociometria VI. Análise de conteúdo VII. História de vida VIII. Pesquisa de mercado (estudo de)

a) Estudos exploratórios b) Estudos descritivos c) Estudos descritivos de caso

h. Pesquisa experimental a) Teórica ou fundamental b) Aplicada c) Descritiva d) Analítica

Tem por objetivo conhecer o mercado (tamanho, estrutura, tendências, segmentação); o consumidor (perfil, motivações, necessidades, percepções), o produto/serviço oferecido, visando investimentos futuros e ações de marketing.

Podem ser utilizadas diversas técnicas em uma única pesquisa (ou estudo). Normalmente as pesquisas bibliográfica e documental dão suporte e embasamento teórico às demais pesquisas científicas. Pode-se utilizar a pesquisa de campo para a aplicação de questionário, ou para a sondagem de fenômenos que ocorrem em ambiente diferente do habitual utilizado pelo pesquisador. Exemplo: Uma pesquisa exploratória pode utilizar a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental, e entrevista. Exemplo: Uma pesquisa descritiva pode utilizar a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental, além da pesquisa de campo com a aplicação de questionário para coletar as informações sobre o assunto junto à pessoa ou grupo pesquisado.

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e) Quantitativa f) Qualitativa g) Nomotética h) Clínica i) Pesquisa intervenção

V. Quanto aos instrumentos compatíveis com as técnicas definidas:

a. Fichas diversas: bibliográfica, de citação, de esboço, de observação etc. b. Formulário de entrevista: estruturado ou padronizado; semi-estruturado; não

estruturado ou não padronizado. c. Questionário: estruturado; semi-estruturado. d. Formulários diversos etc.

VI. Quanto à delimitação do universo a ser pesquisado:

Universo da pesquisa é o conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum. Delimitação do universo da pesquisa consiste em explicitar que pessoas, coisas ou fenômenos etc. serão pesquisados, enumerando suas características comuns, como, por exemplo, sexo, faixa etária, organização a que pertencem; comunidade onde vivem etc. Sendo N o número total de elementos do universo, o mesmo pode ser representado pela letra latina maiúscula X, tal que XN = X1; X2; X3;...; XN.

VII. Quanto ao tipo de amostragem (subconjunto do universo)

Só ocorre quando a pesquisa não é censitária, isto é, não abrange a totalidade dos componentes do universo, surgindo a necessidade de investigar apenas uma parte dessa população. O maior problema da amostragem é escolher uma parte – a amostra – de forma que ela seja a mais representativa possível do todo. Assim, a partir dos resultados obtidos, relativos a essa parte, pode-se inferir, o mais legitimamente possível, os resultados da população total, se esta fosse verificada. O conceito da amostra é ser uma porção ou parcela, convenientemente selecionada do universo, por isso ela é considerada subconjunto do universo. Sendo n o número de elementos da amostra, esta pode ser representada pela letra latina minúscula x, tal que xn = x1; x2; x3;...; xn, onde xn <XN e n<N. Os tipos de amostragem são subdivididos em: 1. Não-probabilística

a. Intencional b. Por júris c. Por tipicidade d. Por quotas

2. Probabilística a. Aleatória simples b. Sistemática c. Aleatória de múltiplo estágio d. Por área e. Por conglomerados ou grupos

Não faz uso da forma aleatória de seleção da amostra. É pouco utilizada.

Escolha aleatória dos pesquisados, de modo que cada membro do universo tenha a mesma probabilidade de ser escolhido.

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f. De vários degraus ou estágios múltiplos g. De fases múltiplas h. Estratificada i. Amostra-tipo (amostra a priori, ou amostra padrão) j. Técnica de comparação de par k. Randomização.

VIII. Quanto ao tratamento dos dados:

a. Codificação b. Medidas

a) Escala nominal b) Escala ordinal c) De intervalo dos números d) De proporção

c. Tabulação a) Folha-sumário b) Simples c) De respostas múltiplas d) De perguntas encadeadas e) De perguntas em aberto f) Com escalas g) Por grupos separados h) Eletrônica

d. Análise e descrição dos dados a) Casual b) Condicional c) Estrutural d) Funcional e) Relacional f) Diferencial g) Específica

7.3 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA A pesquisa pode ser classificada ou dividida de duas maneiras muito importantes:

I. A primeira, com base nos objetivos pretendidos; e II. A segunda, com base nos procedimentos técnicos utilizados pelo

pesquisador, senão vejamos. 7.3.1 COM BASE NOS SEUS OBJETIVOS6 Com base nos seus objetivos, as pesquisas podem ser classificadas em três grandes grupos:

A. Pesquisa Exploratória; B. Pesquisa Descritiva; e C. Pesquisa Explicativa.

6 GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1996. p.45-61

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PESQUISA EXPLORATÓRIA Tem como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições. Ela objetiva proporcionar maior familiarização com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito. Seu planejamento é bastante flexível, e possibilita a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. Na maioria das vezes, essa pesquisa envolve as seguintes técnicas: a. levantamento bibliográfico; b. entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema

pesquisado; c. análise de exemplos similares. As formas mais comuns de pesquisas exploratórias são: a pesquisa bibliográfica e o estudo de caso - que geram o relatório bibliográfico e o estudo de caso, com caráter monográfico.

PESQUISA DESCRITIVA Seu objetivo primordial é a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título. A pesquisa descritiva está interessada em descobrir e observar fenômenos, procurando descrevê-los, classificá-los e interpretá-los. Dentre as pesquisas descritivas, salientam-se aquelas que têm por objetivos: • estudar as características de um grupo: distribuição por idade, sexo,

procedência, nível de escolaridade, estado de saúde física e mental etc; • estudar o nível de atendimento dos órgãos públicos de uma comunidade; as

condições de habitação de uma determinada população; o índice de criminalidade que aí se registra etc;

• levantar as opiniões, crenças e atitudes de uma população; • descobrir a existência de associações entre variáveis, como, por exemplo, as

pesquisas eleitorais que indicam a relação entre preferência político-partidário e nível de rendimentos ou de escolaridade;

As formas mais comuns de elaboração das pesquisas descritivas são a pesquisa bibliográfica e o estudo de caso, que geram o relatório bibliográfico e o estudo de caso, com caráter monográfico. Uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário, a observação sistemática e o levantamento.

Metodologia indicada para as fases de revisão da literatura, formulação de problemas, levantamento de hipóteses, identificação e operacionalização das variáveis.

Metodologia indicada para orientar a forma de coleta de dados quando se pretende descrever determinados fenômenos.

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PESQUISA EXPLICATIVA Sua preocupação central é identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. É a pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Normalmente as pesquisas exploratórias e descritivas constituem etapas prévias indispensáveis para que possamos obter explicações científicas. As pesquisas explicativas valem-se quase exclusivamente do método experimental (nas ciências físicas) e observacional (nas ciências sociais). As formas mais comuns de elaboração das pesquisas explicativas são: a pesquisa experimental e a ex-post-facto, que geram o relatório experimental e o relatório ex-post-facto, com caráter monográfico.

7.3.2 COM BASE NOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS (METODOLOGIA) Há vários tipos distintos de pesquisa para a obtenção de dados que dão suporte às pesquisas exploratórias, descritivas e explicativas, a saber:

A) Pesquisa Documental B) Pesquisa Bibliográfica C) Pesquisa de Campo D) Pesquisa Ex-post-facto E) Pesquisa Levantamento F) Pesquisa Estudo de Caso G) Pesquisa-Ação H) Pesquisa Participante I) Pesquisa de Laboratório J) Pesquisa de Mercado K) Pesquisa Experimental

PESQUISA DOCUMENTAL A característica da pesquisa documental é que a fonte de dados está restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias. Estas podem ser feitas no momento em que o fato ou fenômeno ocorre, ou depois. A pesquisa documental difere da pesquisa bibliográfica por utilizar material que ainda não recebeu tratamento de análise e síntese, e que ainda pode ser redefinido. As fontes documentais estão subdivididas em documentos contemporâneos e retrospectivos, discriminados no quadro abaixo:

Metodologia indicada para orientar a coleta de dados em pesquisas que procuram estudar a influência de determinados fatores na determinação de uma ocorrência, situação, ou fenômeno

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ESCRITOS OUTROS Doc. de primeira mão Doc. de segunda mão Primários Secundários Compilados na ocasião pelo autor da pesquisa

Transcritos de fontes primárias contemporâneas

Feitos pelo autor Feitos por outros

CO

NTE

MPO

NEO

S

Exemplos: - Documentos de arqui- vos públicos e privados; - Publicações parlamen- tares e administrativas; - Documentos jurídicos; - Fontes estatísticas (censos e outros); - Cartas; - Contratos;

Exemplos: - Relatórios de pesquisa baseados em trabalho de campo de auxiliares; - Estudo histórico recorrendo aos documentos originais; - Pesquisa estatística basea- da em dados do recensea- mento; - Pesquisa usando a corres- pondência de outra pessoa.

Exemplos: - Fotografias; - Gravuras em fita magnética; - Filmes; - Gráficos; - Mapas; - Outras ilustra- ções.

Exemplos: - Material cartográfico; - Filmes comerciais; - Rádio; - Cinema; - Televisão.

ESCRITOS OUTROS Doc. de primeira mão Doc. de segunda mão Primários Secundários

Compilados pelo autor da pesquisa após o acontecimento

Transcritos de fontes primárias retrospectivas

Analisados pelo autor

Feitos por outros

RET

RO

SPEC

TIVO

S

Exemplos: - Diários; - Autobiografias; - Relato de visita técnica; - Relato de viagens.

Exemplos: - Pesquisa recorrendo a diários ou autobiografias.

Exemplos: - Iconografia; - Objetos; - Gravuras; - Pinturas; - Desenhos; - Fotografias; - Canções folcló- ricas; - Vestuário; - Folclore

Exemplos: - Filmes Comerciais; - Rádio; - Cinema; - Televisão.

Os documentos são fontes estáveis de dados e permitem levantamentos históricos, mas o pesquisador deve verificar se realmente são representativos, além de procurar interpretá-los corretamente.

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange a bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo. Pode-se dizer que essa pesquisa investiga o problema a partir do referencial teórico existente em material já elaborado, tais como livros, dicionários, enciclopédias, periódicos como jornais e revistas, monografias, teses, pesquisas, material cartográfico e gráficos7, além de publicações como comunicação (trabalhos de congressos, simpósios etc.), artigos científicos, resenhas e ensaios críticos, e de A pesquisa bibliográfica constitui o ato de ler, selecionar, fichar, organizar e arquivar tópicos de interesse para a pesquisa que está sendo elaborada. É a pesquisa por excelência na área das ciências humanas; muito utilizada como pesquisa resumo para os iniciantes. Ela também é a primeira etapa das

7 Material cartográfico (mapas com divisão política e administrativa; mapa hidrográfico; de relevo; climatológico; ecológico, etnográfico; demográfico; de rede de comunicação; com indicações do modo de ocupação do solo); gráficos e pirâmides da população; gráficos de importação e exportação, produto interno bruto etc. Meios audiovisuais: filmes; rádio; cinema; televisão, fitas cassete, DVD

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pesquisas descritiva e experimental, que requerem uma fase preliminar de levantamento e revisão de literatura existente, para elaboração conceitual e definição dos marcos teóricos. A principal limitação da pesquisa bibliográfica, entretanto, é a possibilidade de reprodução de erros das fontes consultadas, exigindo do pesquisador uma análise criteriosa dos dados colhidos e confronto com outras fontes, a fim de reduzir a possibilidade de erros. (DENCKER, 1998)

PESQUISA DE CAMPO

Assim é denominada porque a coleta de dados é efetuada “em campo” (local diferente do habitual do pesquisador), onde ocorrem espontaneamente os fatos e fenômenos, e não há interferência do pesquisador sobre eles. Ela é utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese que se queira comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles. Esta pesquisa dá suporte a vários trabalhos científicos. Desenvolvida principalmente nas Ciências Sociais como: Sociologia, Psicologia, Política, Economia, Antropologia, Turismo, Pedagogia, Administração, Ciências Contábeis, Comunicação, Direito etc. É bom esclarecer que a pesquisa de campo propriamente dita é bem mais complexa do que uma simples coleta de dados. Marconi & Lakatos (2005) citam o entendimento de Trujillo (1982. p.229) a respeito deste assunto, senão vejamos:

A pesquisa de campo propriamente dita ‘não deve ser confundida com a simples coleta de dados (este último corresponde à segunda fase de qualquer pesquisa); é algo mais que isso, pois exige contar com controles adequados e com objetivos preestabelecidos que determinam suficientemente o que deve ser coletado’ (TRUJILLO, 1982. p.229, apud MARCONI & LAKATOS, 2005. p.188)

Assim, a pesquisa de campo exige preparação prévia das fases que a antecede, a saber:

Pesquisa de campo - observação Pesquisa de campo - experimento

Fases: - Realizar uma pesquisa bibliográfica sobre o

tema em questão; - Determinar as técnicas que serão

empregadas na coleta de dados; - Determinar a amostra que deverá ser

representativa e suficiente para apoiar as conclusões;

- Estabelecer as técnicas de registro dos dados coletados;

- Estabelecer as técnicas de análise dos dados.

Fases: - Realizar uma pesquisa bibliográfica sobre o

tema em questão; - Selecionar e enunciar o problema, levando

em consideração a metodologia apropriada; - Apresentar os objetivos da pesquisa, sem

perder de vista as metas práticas; - Estabelecer a amostra correlacionada com a

área de pesquisa e o universo de seus componentes;

- Estabelecer os grupos experimentais e de controle;

- Introduzir os estímulos; - Controlar e medir os efeitos.

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Perfil das pesquisas de campo: As pesquisas de campo com perfil quantitativo-descritivo, consistem em investigações de pesquisas empíricas cuja finalidade principal é o delineamento ou análise das características de fatos e fenômenos, a avaliação de programas, ou o isolamento de variáveis principais ou chaves. São caracterizadas pela precisão e controle estatísticos, com a finalidade de fornecer dados para a verificação de hipóteses. Geralmente empregam artifícios quantitativos tendo por objetivo a coleta sistemática de dados sobre populações, programas, ou amostra de populações e programas. Utilizam várias técnicas como entrevistas, questionários, formulários etc. e empregam procedimentos de amostragem. As pesquisas de campo com perfil exploratório são investigações de pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de questões ou de um problema, com a tríplice finalidade: desenvolver hipóteses; aumentar a familiaridade do pesquisador um ambiente, fato ou fenômeno (para a realização de uma pesquisa futura mais precisa); e modificar ou clarificar conceitos. Obtém-se frequentemente descrições tanto quantitativas como qualitativas do objeto de estudo, e utiliza uma variedade de procedimentos de coleta de dados como entrevistas, observação participante, análise do conteúdo etc. (geralmente sem o emprego de técnicas probabilísticas de amostragem). As pesquisas de campo com perfil experimental consistem em investigações de pesquisa empírica cujo objetivo principal é o teste de hipóteses que dizem respeito a relações de tipo causa-efeito. Os estudos desse tipo geralmente incluem os seguintes fatores: grupos de controle; seleção da amostra por técnica probabilística; e manipulação das variáveis independentes com a finalidade de controlar ao máximo os fatores pertinentes. Os diversos tipos de estudos experimentais podem ser desenvolvidos tanto “em campo”, ou seja, em ambiente natural, quanto em laboratório, onde o ambiente é rigorosamente controlado.

PESQUISA EX-POST-FACTO Na pesquisa ex-post-facto tem-se um “experimento” que se realiza depois dos fatos, ou seja, o experimento é efetivado depois dos fatos. Nela, o pesquisador não tem controle sobre as variáveis. É bastante usada no campo das ciências sociais. Quase todos os trabalhos destinados à investigação de determinantes econômicos e sociais do comportamento de grandes aglomerados sociais fundamentam-se numa lógica deste tipo, assim como os estudos que envolvem sociedade global; estruturas políticas etc. Nos estudos que envolvem a sociedade global, a pesquisa ex-post-facto é insubstituível, posto que é a única que possibilita a consideração dos fatores históricos, que são fundamentais para a compreensão das estruturas sociais. Assim, por exemplo, o estudo das crises econômicas, do desenvolvimento das

A diferença que geralmente se estabelece entre os conceitos descrever e explicar pode, aproximadamente, indicar como a pesquisa descritiva se distingue da pesquisa experimental. “Descrever é narrar o que acontece”. “Explicar é dizer por que acontece”.

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estruturas políticas e das diversas formações sociais conduz, inevitavelmente, a este tio de delineamento.

LEVANTAMENTO

Consiste na coleta de dados referentes a uma dada população a partir de uma amostra selecionada dentro de critérios estatísticos. As conclusões obtidas com a amostra são projetadas para a totalidade do universo, levando em consideração a margem de erro, que é obtida mediante cálculos estatísticos. Exemplos precisos são os censos realizados pelo governo federal, e que buscam informações de todos os componentes de um determinado universo pesquisado, através de amostras.

ESTUDO DE CASO É caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira que permita um grande conhecimento com riquezas de detalhes do(s) objeto(s) estudado(s), tarefa praticamente impossível mediante os outros delineamentos considerados. De acordo com a área de conhecimento abrangida, o estudo de caso acaba recebendo denominações específicas, por exemplo: perfil psicológico, etnografia etc. A maior utilidade do estudo de caso é verificada nas pesquisas exploratórias. O objeto do estudo de caso pode ser um indivíduo, um grupo, uma organização, um conjunto de organizações, uma destinação ou até mesmo uma situação.8 Sua principal função é a explicação sistemática das coisas (fatos) que ocorrem no contexto social, e geralmente se relacionam com uma multiplicidade de variáveis. Quando assim ocorre, os dados devem ser representados sob a forma de tabelas, quadros, gráficos estatísticos, e por meio de uma análise descritiva que os caracterizam. Vale a pena mencionar que o estudo de caso é um método também usado nas pesquisas mercadológicas.

8 O Estudo de caso pode vir a ser uma “História de Vida”. Esta é um procedimento de pesquisa que privilegia a coleta de informações contidas na vida pessoal de um ou vários informantes. Pode ter a forma literária bibliográfica tradicional como memória, crônicas ou retratos de homens ilustres que, por si mesmos ou por encomenda própria ou de terceiros, relatam os feitos vividos pela pessoa. As formas novas valorizam a oralidade, as vidas ocultas, o testemunho vivo de épocas ou períodos da história. A história de vida pode ter a forma autobiográfica, onde o autor relata suas percepções pessoais, os sentimentos íntimos que marcaram a sua experiência ou os acontecimentos vividos no contexto da sua trajetória de vida. No caso da psicobiografia, o autor se situa no interior de uma trama de acontecimentos aos quais atribui uma significação pessoal e diante dos quais assume uma posição particular. Ela reúne informações tanto sobre fatos quanto sobre o significado de acontecimentos vividos que forjaram os comportamentos, a compreensão da vida e do mundo da pessoa. Com evolução crescente no meio da pesquisa, a história de vida tende a romper com a ideologia de a biografia modelar, de outras vidas, para trabalhar os trajetos pessoais no contexto das relações pessoais e definirem-se como relatos práticos das relações sociais. (CHIZZOTTI, 2003. p.95-6)

O estudo de caso tem aplicação em qualquer área do conhecimento.

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PESQUISA-AÇÃO A pesquisa-ação se propõe a uma ação deliberada visando uma mudança no mundo real, ou resolução de um problema coletivo. O pesquisador (ou pesquisadores) e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. Seu objetivo é agir sobre a realidade imediata. Não obedece a um plano rígido de pesquisa (o plano é redefinido continuamente em função dos resultados e do andamento das pesquisas), utiliza critérios qualitativos, o pesquisador se integra no processo e os membros da situação pesquisada integram-se na pesquisa. Promove a intervenção direta e contínua na realidade. É útil para a solução de problemas comunitários e pode ser utilizada na realização de estágios no contexto das organizações.

PESQUISA PARTICIPANTE

Pesquisa realizada mediante a integração do pesquisador, que assume uma função no grupo pesquisado, mas sem obedecer a uma proposta predeterminada de ação. O objetivo é obter conhecimento mais profundo do grupo. O grupo pesquisado tem conhecimento da finalidade, dos objetivos da pesquisa e da identidade do pesquisador. Essa metodologia permite a observação das ações no próprio momento em que ocorrem. Oferece uma visão dinâmica dos processos de interação e de relação entre grupos. Especialmente indicada para estudos de grupos e comunidades.

PESQUISA DE LABORATÓRIO A pesquisa de laboratório é um procedimento de investigação mais difícil, porém mais exato. Ela analisa e descreve o que será ou ocorrerá em situações controladas. Exige instrumental específico, preciso, e ambientes adequados. O objetivo da pesquisa de laboratório depende daquilo que se propôs alcançar; deve ser previamente estabelecido e relacionado com determinada ciência ou ramo de estudo. As técnicas utilizadas também variam de acordo com o estudo a ser feito. Quatro aspectos devem ser levados em consideração: objeto, objetivo, instrumental e técnicas. Na pesquisa de laboratório, as experiências são efetuadas em recintos fechados (casas, laboratórios, salas) ou ao ar livre; em ambientes artificiais ou reais, de acordo com o campo da ciência que está realizando-as, e se restringem às determinadas manipulações. Erroneamente, tem-se a impressão que a pesquisa de laboratório é específica dos estudos físicos e químicos. Mas, os objetos de estudos tanto podem ser pessoas ou animais, quanto vegetais ou minerais.

O pesquisador deverá tomar cuidado para não perder a objetividade ao registrar os dados.

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No laboratório, o cientista observa, mede e pode chegar a certos resultados, esperados ou inesperados. No caso das pessoas, às vezes tem-se de observar o comportamento de indivíduos ou grupos em circunstâncias mais naturais e sob controles menos rígidos. Na observação de indivíduos ou grupos, a pesquisa de laboratório está mais relacionada ao campo da Psicologia Social e ao da Sociologia. (MARKONI & LAKATOS, 2005. p.192)

PESQUISA DE MERCADO

A pesquisa de mercado tem por objetivo conhecer o mercado - tamanho, estrutura, tendências, segmentação, forças (oportunidades e ameaças), o consumidor - perfil, motivações, necessidades, desejos, percepções, e os produtos/serviços oferecidos visando investimentos futuros e ações de marketing. As pesquisas de mercado variam de acordo com o objeto de estudo do pesquisador, ou seja, algumas exigem mais severidade na busca da informação. Assim, temos dois tipos de pesquisa: - Pesquisa de opinião – trabalha-se com qualquer assunto que seja do

interesse do pesquisador. Não tem padrão definido, nem modelo ou parâmetros.

- Pesquisa de mercado (propriamente dita) – tem objetivo determinado: análise de mercado, empresa, produto ou serviço. Qualquer estudo de viabilidade parte da pesquisa do ambiente mercadológico (macroambiente), que está constantemente em mudanças, oferecendo oportunidades e apresentando ameaças. Estas forças são fatores não-controláveis pela empresa, mas que ela deve monitorar e responder. Por falar em estudo de viabilidade, este exige várias pesquisas de mercado: análise de viabilidade técnica-econômica, análise de viabilidade financeira, análise de aceitação do produto, análise de preferência etc.

Da mesma forma, existem dois tipos de resultados de pesquisa: quantitativa e qualitativa: - Quantitativa – interessa-se pelo resultado numérico – quantidade. - Qualitativa – interessa-se pela essência: o íntimo, o interior, o gosto, o desejo,

a preferência. Aprofunda-se no assunto, ao máximo possível, como já dito anteriormente.

Na área de marketing, quanto mais próximo se chegar da preferência ou da necessidade do cliente, mais chances de sucesso: tanto para a campanha de marketing, quanto para a aceitação do produto. Veja algumas áreas comuns que podem ser levantadas através da pesquisa de mercado.

O Mercado Produtos/serviços

- Tamanho total do mercado; - Perfil dos consumidores; - Desejos dos consumidores; - Segmentação do mercado; - Tendências do mercado (crescimento,

declínio, estagnação); - Análise dos fornecedores.

- Análise de produtos e serviços disponíveis; - Uso do produto e padrões de consumo; - Diferenciação dos produtos/serviços; - Ligação do produto/serviço com o mercado e

com segmentos de mercado; - Inovação do produto/serviço e seu ciclo de vida; - Satisfação do consumidor com os produtos e

com a manutenção

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Estrutura de mercado Determinação de preços - Principais participantes de mercado; - Percentuais de participação no mercado; - As marcas e as suas fatias de mercado; - Estrutura de distribuição; - Tendências nas posições alcançadas.

- Estruturas atuais de determinação dos preços; - Tendências de preços anteriores; - Sensibilidade aos preços; - Previsão dos efeitos das mudanças de preços.

Percepção do consumidor Distribuição/Varejo - Necessidades básicas do consumidor; - Satisfação do consumidor; - Percepção de marcas; - Percepção de fornecedores e das

marcas; - Percepção de fornecedores e varejistas

- Níveis de distribuição atingidos; - Vendas no varejo e por tipo de estabelecimento; - Exigências dos varejistas.

Desenvolvimento de novos produtos

Propaganda e promoção

- Necessidades de produtos/serviços ainda não satisfeitas (análise da defasagem);

- Aceitação de novos produtos/serviços; - Divulgação de novos produtos/serviços; - Marcas de novos produtos/serviços.

- Planejamento de campanha; - Desenvolvimento criativo; - Avaliação das promoções; - Planejamento das atividades de vendas; - Dados da mídia

Fonte: HAGUE & JACKSON (1997. p.15)

PESQUISA EXPERIMENTAL Pesquisa experimental consiste em submeter um fato à experimentação em condições de controle e observá-lo coerentemente, com critérios de rigor, mensurando a constância das incidências e suas exceções, e admitindo como científicos somente os conhecimentos passíveis de apreensão em condições de controle, legitimados pela experimentação e comprovados pela mensuração. No experimento controlado, nas ciências humanas e sociais, separam-se dois grupos semelhantes (potencialmente iguais) para comparação final dos resultados, denominados: grupo de controle – no qual não se realiza intervenção, e grupo experimental – no qual a intervenção é realizada. Pesquisa experimental é investigação de pesquisa empírica que têm como principal finalidade testar hipóteses que dizem respeito a relações de causa e efeito. Envolvem grupos de controle, seleção aleatória e manipulação das variáveis independentes. Empregam rigorosas técnicas de amostragem para aumentar a possibilidade de generalização das descobertas com a experiência. Após ter-se realizado a intervenção no grupo experimental, os dois grupos são submetidos novamente à observação. As diferenças que vierem a ser constatadas no grupo experimental, em relação ao grupo de controle, são atribuídas ao experimento realizado.

Enfim, a pesquisa é a alma do negócio! É o melhor sistema de coleta de informação. Ela capta o problema e revela os caminhos para a solução do mesmo. Hoje, praticamente a pesquisa embasa todos os estudos e trabalhos realizados, seja no campo acadêmico ou no mercado de trabalho.

VAMOS PESQUISAR!

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8. PROJETO DE PESQUISA e RELATÓRIO DE PESQUISA Projeto de pesquisa e relatório de pesquisa são os dois elementos fundamentais dos trabalhos científicos. Um antecede a pesquisa propriamente dita. O outro é o resultado final da pesquisa realizada. Por isso, é de fundamental importância que o aluno compreenda as funções de cada um, se atentando para os aspectos que os tornam diferentes, tendo em vista que tanto os roteiros dos projetos de pesquisa, ou anteprojetos como são denominados, quanto os dos relatórios de pesquisa apresentam algumas similaridades entre eles, senão vejamos. 8.1 PROJETO DE PESQUISA Antes de mais nada, é preciso que o aluno se familiarize com o vocábulo projeto pesquisa e suas aplicações. Segundo o Novo Dicionário Aurélio (1999),

Projeto [Do lat. Projectu, ‘lançar para diante’]. S. m. 1. Idéia que se forma de executar ou realizar algo, no futuro; plano, intento, desígnio. 2. empreendimento a ser realizado dentro de determinado esquema: projetos administrativos; projetos educacionais. 3. Redação ou esboço que se faz preparatório ou provisório de um texto: projeto de estatuto; projeto de tese. 4. Esboço ou risco de obra a se realizar; plano, projeto de cenário. 5. Arquit. Plano geral de edificação.[...] (FERREIRA, 1999. p.1647)

Para Marconi & Lakatos (2005. p.217), “projeto é uma das etapas componentes do processo de elaboração, execução e apresentação da pesquisa”. Santos (2003. p.191) diz que “qualquer tipo de pesquisa requer a elaboração de um projeto, que vulgarmente se denomina ‘projeto de pesquisa’”. Para Fachin (2001),

O projeto de pesquisa é uma seqüência de etapas estabelecidas pelo pesquisador, no qual se direciona a metodologia a ser aplicada no desenvolvimento da pesquisa. [...] O projeto de pesquisa científica tem como prioridade demonstrar as atividades indispensáveis para o desenrolar da pesquisa. (FACHIN, 2001. p.105)

Todos os autores pesquisados, já mencionados no capítulo 7, caminham para o entendimento comum a respeito do assunto, sempre reforçando que projeto de pesquisa é o estabelecimento de etapas e a definição da metodologia a ser aplicada no transcorrer da pesquisa. Esse pensamento conduz à idéia de planejamento. Logo, pode-se dizer que projeto é um processo de planejamento, e, como tal, exige um procedimento lógico, com base no conhecimento racional, que leva ao estabelecimento de um conjunto de ações, visando à consecução de determinados objetivos.

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Sendo projeto um processo de planejamento, e pesquisa a busca de informações e conhecimentos acerca dos problemas que são propostos, visando a solução dos mesmos, podemos afirmar que No meio acadêmico, o projeto de pesquisa é comumente denominado de anteprojeto, que é um esboço da pesquisa que vai ser realizada. O projeto de pesquisa, ou anteprojeto, permite que o pesquisador decida antecipadamente o que deve ser feito, de modo que todas as tarefas sejam mais bem realizadas, e os objetivos sejam mais facilmente atingidos. Nele, o pesquisador ordena as ações e dá prioridades a elas, podendo mapear as dificuldades ou obstáculos, e, assim, tem a possibilidade da escolha prévia dos caminhos alternativos a serem seguidos. Pois bem, planejamento é um processo dinâmico de mudança, que exige um constante repensar com permanente revisão e correção de rumo, mesmo após a concretização dos objetivos. Rudio (1986. p.55) traz para o seu livro uma citação de Churchman (1971. p.190), que diz “planejar significa traçar um curso de ação que podemos seguir para que nos leve às nossas finalidades desejadas”. E diz ainda que “o objetivo do planejamento é organizar a ação de tal maneira que nos leve a evitar surpresas, pois, para o planejador, a surpresa é uma situação insatisfatória”. Em uma pesquisa, nada se faz por acaso - a escolha do tema, a definição do problema, a fixação dos objetivos, os recursos necessários (humanos, materiais e financeiros), a determinação da metodologia, a coleta de dados, a análise e interpretação dos dados, a elaboração do relatório final - tudo é previsto no projeto de pesquisa. Assim, todo projeto de pesquisa, ou anteprojeto, tal qual o processo de planejamento, envolve, portanto, um modo de pensar. E um salutar modo de pensar envolve indagações que respondem essencialmente às seguintes perguntas:

• O que fazer, ou o que quero descobrir? • Por que fazer? • Para que fazer? • Para quem fazer? • Onde fazer? • Como fazer? • Com que fazer? • Quando fazer? • Com quanto fazer? • Como pagar? • Quem vai fazer?

Vamos conhecer o que cada uma dessas perguntas representa:

Projeto de pesquisa é o processo de planejamento da pesquisa que se quer realizar.

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• O que fazer ou o que quero descobrir? (Definição do tema e formulação do problema, enunciação das hipóteses, estabelecimento das bases teóricas, isto é, a relação existente entre a teoria, a formulação do problema e o enunciado das hipóteses);

• Por que fazer? (Justificativa da pesquisa e da escolha do problema. Motivos que justifiquem a pesquisa - motivos de ordem teórica e motivos de ordem prática que ensejam pesquisar o assunto -, e o que ela vai representar de benefício para a ciência e para a sociedade);

• Para que fazer? (Objetivos - propósitos do estudo. É a definição clara do que se

deseja conseguir com a realização da pesquisa. Expõe-se o objetivo geral de maneira precisa e abrangente, sem ser muito prolixo. Deve-se iniciar a descrição do objetivo com um verbo no infinitivo, pois ele determina o rumo do trabalho. Digo sempre que o verbo é o “senhor da ação”; é ele que dá o “tom da pesquisa”);

• Para quem fazer? (Objetivos específicos da pesquisa. Fazer aplicação do

objetivo geral a situações particulares); • Onde fazer? (Refere-se ao local da pesquisa - campo de observação da pesquisa

ou da ação que se pretende realizar); • Como fazer? (Metodologia da pesquisa (é a essência do estudo). São os

aspectos metodológicos que norteiam os procedimentos adotados na pesquisa: métodos, técnica e instrumentos de coleta de dados, as variáveis que são importantes para o estudo, as características da população estudada, justificativa do uso de amostra (se for o caso), e plano de experimento que será usado na pesquisa.)

• Com que/quem fazer? (Recursos necessários: humanos, materiais e financeiros

(se necessários). Discriminar os recursos materiais/equipamentos necessários, os recursos humanos envolvidos, com a descrição da função de cada um, e os recursos financeiros);

• Quando fazer? (Cronograma de execução da pesquisa. Compreende a descrição

das etapas da pesquisa, dentro de um período de tempo, envolvendo as três fases: planejamento, execução e apresentação do trabalho final, para nortear o trabalho do pesquisador);

• Com quanto fazer? (Orçamento ou plano de custos - visualização explícita dos

gastos necessários e do valor total do projeto); • Como pagar? (Cronograma de desembolso, ou seja, forma de pagamento do

financiamento da pesquisa.) • Quem vai fazer? (Responsável, ou responsávies, pela pesquisa. Se for o caso:

coordenador da pesquisa; entidades co-participantes; participantes de nível técnico; pessoal auxiliar etc);

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Mediante o exposto, os alunos já entenderam a importância do projeto de pesquisa para a elaboração de qualquer trabalho científico, seja ele apenas um trabalho acadêmico de determinada disciplina, seja interdisciplinar, e, mais ainda, os que dão origem aos TCC’s da FIPAG. Assim, Vale mencionar que qualquer tipo de pesquisa tem a priori três fases que se integram e interagem, a saber: 1ª Fase - O planejamento – fase em que o estudioso esboça o perfil da sua

pesquisa, expondo em linhas gerais os caminhos que pretende seguir para solucionar o problema, denominada de projeto de pesquisa ou anteprojeto.

2ª Fase - A execução – nesta fase, o estudioso dá início à pesquisa propriamente

dita. Ele se remete à busca de informações e dados que culminem na solução do problema, com a utilizando os métodos e técnicas científicas. Vale insistir na observação de que essas duas primeiras etapas se materializam por meio do projeto de pesquisa.

3ª Fase - A apresentação – esta é a última fase da pesquisa, denominada relatório de pesquisa - descreve as atividades realizadas ou desenvolvidas e os resultados alcançados.

8.2 RELATÓRIO DE PESQUISA Denomina-se “relatório de pesquisa” o documento final que apresenta a pesquisa realizada, totalmente digitado e encadernado, contendo a descrição das atividades realizadas ou desenvolvidas e os resultados alcançados. É importante o aluno observar que o vocábulo projeto, nos tempos atuais, é a palavra da moda. Todo mundo solicita projeto, mas são poucas as pessoas capacitadas na elaboração de projetos. Você, aluno da FIPAG, também vai ouvir falar em projeto, mas você vai saber elaborar uma projeto. Assim, frisa-se que quando o projeto de pesquisa tem por objetivo uma ação prática, ou seja, ele é voltado para uma atividade, o relatório final desta pesquisa simplesmente recebe o nome de projeto. Quando determinado projeto de pesquisa culmina em um relatório com caráter de projeto, propriamente dito, tanto o roteiro do projeto de pesquisa como o do relatório do projeto vão apresentar algumas similaridades, esclarecidas nesta oportunidade:

Anteprojeto é um projeto de pesquisa que antecede a pesquisa que se quer realizar. Nele, o pesquisador delineia o caminho a ser percorrido

durante a realização da pesquisa propriamente dita.

Projeto é o documento final (relatório), resultante de um projeto de pesquisa que

tem por objetivo a realização de uma atividade prática.

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- os roteiros dos projetos de pesquisa, ou anteprojetos, revelam o delineamento da pesquisa que se quer realizar, ou seja, trabalham com pretensões (propostas) de como solucionar o problema, envolvendo as fases de planejamento e execução da pesquisa;

- os roteiros dos relatórios de projetos apresentam os resultados (produto final) e descrevem as atividades realizadas ou desenvolvidas e os resultados alcançados.

Daí acrescenta-se que os projetos de pesquisa podem culminar em relatórios de pesquisa com caráter monográfico e com caráter de projetos, propriamente ditos, a saber:

Monografias – “estudo minucioso que se propõe esgotar um tema restrito”. Exige investigação científica. É baseada em leitura e experiências, para comprovações dos fatos. Elas podem ser: explicativa, descritiva, experimental, bibliográfica, documental, ex-post-facto, levantamento, estudo de caso, pesquisa ação, pesquisa participante etc.

Projetos – de Atividade e de Estágio, têm razões de ordem prática para agregar

valor ao meio. Portanto, projeto “é um empreendimento temporário ou uma seqüência de atividades com começo, meio e fim programados, que tem por objetivo fornecer um produto singular, dentro de restrições financeiras”.

Diante do exposto, deduz-se que o perfil do relatório de projeto vai depender do produto a ser elaborado. Assim como o projeto de pesquisa apresenta indagações que norteiam a fase de planejamento e de execução da pesquisa, a fase da apresentação, ou seja, o relatório de pesquisa, para ser completo, também precisa obedecer a certa seqüenciação de idéias e técnicas, que facilitam o trabalho do pesquisador, e podem ser facilmente lembradas através de algumas perguntas norteadoras, tais como9: 1. O que quero escrever? 2. Quais são os limites da minha pesquisa? 3. De onde surgiu meu tema? 4. O que já tem sido escrito sobre ele? 5. Que aspectos já foram abordados sobre esse tema? 6. Que lacunas existem nestes trabalhos? 7. Posso fazer uma revisão teórica, empírica ou histórica para começar o trabalho

escrito? 8. Por que fazer essa pesquisa? 9 É bom observar que essa série de questões também podem ser utilizadas na elaboração do projeto de pesquisa, e durante a realização do estudo.

Observação importante: O aluno precisa saber que por produto singular, entende-se: ⇒ produtos físicos (bens tangíveis), ⇒ conceitos (bens intangíveis), e ⇒ eventos (serviços/produção, idéias), para o atendimento de uma necessidade.

Em geral, um projeto sempre combina elementos físicos, conceitos e serviços.

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9. Que razões me levaram à escolha desse tema? 10. Qual a importância desse tema perto dos demais? 11. Que benefícios e vantagens essa pesquisa vai proporcionar? 12. Que problema minha pesquisa pretende resolver? 13. Este problema é importante? Para quem? 14. Qual a minha intenção ao propor essa pesquisa? 15. O que pretendo alcançar com essa pesquisa? 16. Qual é o objetivo fundamental desse trabalho? 17. Quais são os objetivos específicos? 18. Para que estou propondo essa pesquisa? 19. Que resultados pretendo alcançar? 20. Onde foi realizada a pesquisa? 21. Como foi realizada a pesquisa? 22. Que instrumentos utilizei para alcançar meus objetivos? 23. Qual o recorte do meu trabalho? 24. Como tabular e analisar os dados? 25. Os instrumentos utilizados ajudam a definir os objetivos? Eles me ajudam a

chegar aos resultados? 26. A coleta de dados está relacionada ao problema, à hipótese e aos objetivos? 27. Como foi feita a pesquisa de campo? Onde? Com quem? Por que com essas

pessoas? Por que neste local? 28. Como foram organizados os dados obtidos na pesquisa de campo? 29. Corno analisar os dados tabulados, à luz da teoria indicada na fundamentação

teórica do projeto? 30. A análise está de acordo com o objetivo da pesquisa? 31. Como sintetizar os resultados? 32. Os dados obtidos confirmam ou rejeitam a hipótese levantada no projeto? 33. Minha pesquisa traz benefícios e contribuições para o meio acadêmico, para a

sociedade, para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia? Conclui-se que 8.3 ELEMENTOS DE ANTEPROJETOS E DE RELATÓRIOS 8.3.1 ELEMENTOS DE ANTEPROJETOS (COM CARÁTER DE PESQUISA) ⇒ Introdução – contextualização e delimitação do assunto. Determina o tipo de

enfoque, bem como a sua extensão e profundidade, especificando o problema (ou problemas) a ser resolvido (normalmente apresentado em forma de

Relatório de pesquisa é o documento final que apresenta a pesquisa realizada, totalmente digitado e encadernado, dentro das normas da ABNT, contendo a descrição das atividades realizadas ou desenvolvidas e os resultados alcançados. Os relatórios da FIPAG podem ter caráter monográfico ou de projeto – tanto de atividade quanto de estágio.

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pergunta), que será respondido por meio da investigação, e as hipóteses (proposições de respostas ao problema) a serem verificadas.

⇒ Objetivos – esclarecem o que se pretende e quais os resultados que se deseja obter com a pesquisa.

⇒ Justificativa – por que foi escolhido o tema em questão, a relevância e a oportunidade do assunto e a importância de se buscar soluções para a resolução do(s) problemas(s).

⇒ Marco teórico – apresenta uma lista de bibliografias que contenham obras referentes aos pressupostos do tema ou embasamento teórico do assunto. Esta referência não precisa ser completa, exaustiva, mas deverá ser elaborada de acordo com as normas da ABNT.

⇒ Metodologia – define os métodos e técnicas que serão utilizados na pesquisa. Pode-se incluir um roteiro com as principais etapas e procedimentos do trabalho. Delimita o universo da pesquisa, ou seja, a seleção dos sujeitos que serão investigados e ou amostra dos grupos a serem pesquisados.

⇒ Cronograma - apresenta o tempo necessário para se desenvolver cada fase da pesquisa: discriminar quantas semanas ou quantos meses serão destinados a cada etapa.

⇒ Orçamento – especifica os recursos humanos e materiais indispensáveis para a realização do projeto, com uma estimativa dos custos, quando este item for necessário.

⇒ Conclusão – é o fechamento do trabalho ⇒ Referências – listagem em ordem alfabética da bibliografia consultada. 8.3.2 ELEMENTOS DE ANTEPROJETOS (COM CARÁTER DE ATIVIDADE) ⇒ Identificação do projeto:

- Título; - Cliente; - Natureza do projeto (tipo); - Agência; - Data; - Gerente do projeto.

⇒ Apresentação – diagnóstico ou descrição da situação atual (marco teórico, com informações quantitativas e qualitativas sobre a área a que o Projeto se refere). Problema(s) que o projeto propõe solucionar ou minorar. Justificativa: (importância do Projeto para resolver o(s) problema(s); necessidade, viabilidade e abrangência do Projeto, indicando os setores e locais beneficiados com sua implantação).

⇒ Objetivos – o que se pretende realizar? Objetivo geral – indica o que é esperado com a implantação do projeto. Objetivos específicos – detalha os benefícios mais importantes que serão alcançados com a implantação do projeto.

⇒ Metas – referem-se aos quantitativos físicos a serem atingidos (quantidade de pessoas; reuniões etc) em determinado período de tempo.

⇒ Metodologia – o que se faz; como se faz; com que se faz, quando se faz e quem faz? Descreve as ações a serem desenvolvidas, em seqüência lógica de atividades necessárias à implantação do projeto, para o atendimento dos objetivos propostos, buscando a solução do(s) problema(s) identificado(s).

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⇒ Legislações que afetam o projeto – legislações que podem dificultar a implantação do projeto;

⇒ Necessidades priorizadas para o projeto – infra-estrutura; equipamentos e recursos: materiais, humanos e financeiros.

⇒ Parcerias possíveis – nas ações; nas necessidades; ⇒ Cronograma de ação – dimensionar o tempo compreendido em cada etapa de

execução do Projeto, e citar as datas previstas para o início e término das etapas do cronograma, com indicação dos responsáveis por cada ação.

⇒ Resultados esperados – identificar os benefícios quantitativos e qualitativos do Projeto, bem como seus efeitos multiplicadores e benefícios indiretos esperados.

⇒ Ações de acompanhamento/avaliação – especificar as ações que podem dar sustentabilidade ao projeto, incluindo as formas de avaliação constante, visando atualização ou mudanças de rumo futuras.

⇒ Considerações finais 8.4 ROTEIROS DE ANTEPROJETOS O Manual 2007 continua apresentando outros roteiros de projetos (anteprojetos), atendendo às solicitações dos competentes professores João Everaldo Assis dos Santos, Maria Lúcia Gomes Tedoldi, Marleide Mocelin e do grupo de professores orientadores da FIPAG, para facilitar a linha de pesquisa do aluno. Registra-se que as propostas apresentadas não são rígidas, portanto, podem sofrer adequações. 8.4.1 COM CARÁTER MONOGRÁFICO:

PROPOSTA N° 1 IDENTIFICAÇÃO: TÍTULO: ................................................................................................................................................... AUTOR: ................................................................................................................................................... CURSO: .................................................................................................................................................. ROTEIRO: 1. ESBOÇO DA INTRODUÇÃO 1.1 APRESENTAÇÃO DA REALIDADE ATUAL 1.2 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA A SER RESOLVIDO 1.3 HIPÓTESE 1.4 JUSTIFICATIVA 1.5 OBJETIVOS: GERAL E ESPECÍFICOS; 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA; 3. METODOLOGIA/ESTRATÉGIA; 4. CRONOGRAMA DE TRABALHO; 5. RECURSOS NECESSÁRIOS – HUMANOS, MATERIAIS E FINANCEIROS; 6. ESTRUTURA ESQUEMÁTICA DO SUMÁRIO; REFERÊNCIAS

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PROPOSTA N° 2 IDENTIFICAÇÃO: TÍTULO: ................................................................................................................................................... AUTOR: ................................................................................................................................................... CURSO: .................................................................................................................................................. ROTEIRO: 1. JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA; 2. MARCO TEÓRICO; 3. OBJETIVOS DA PESQUISA: GERAL E ESPECÍFICOS; 4. PROBLEMA(S); 5. HIPÓTESE(S) 6. TIPO DE PESQUISA – EXPLICATIVA, DESCRITIVA, EXPLORATÓRIA 7. OPERACIONALIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS 8. METODOLOGIA – amostra, instrumentos de coleta de dados; 9. PLANO DE ANÁLISE DOS DADOS – tabulação, cruzamento dos dados; 10. ORÇAMENTO; 11. CRONOGRAMA DE TRABALHO; 12. RECURSOS NECESSÁRIOS – HUMANOS, MATERIAIS E FINANCEIROS; 13. ESTRUTURA ESQUEMÁTICA DO SUMÁRIO; REFERÊNCIAS

PROPOSTA N° 3 – ESTUDO DE CASO IDENTIFICAÇÃO: TÍTULO: .................................................................................................................................................. AUTOR: ................................................................................................................................................... CURSO: .................................................................................................................................................. ROTEIRO: 1. ESBOÇO DA INTRODUÇÃO 1.1 APRESENTAÇÃO DA REALIDADE ATUAL 1.2 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA/SITUAÇÃO A SER ANALISADA (UNIDADE-CASO) 1.3 DELIMITAÇÃO DO TRABALHO 1.4 HIPÓTESE 1.5 JUSTIFICATIVA 1.6 OBJETIVOS: GERAL E ESPECÍFICOS; 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA; 3. METODOLOGIA/ESTRATÉGIA;

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4. CRONOGRAMA DE TRABALHO; 5. ESTRUTURA ESQUEMÁTICA DO SUMÁRIO; REFERÊNCIAS 8.4.2 COM CARÁTER DE PROJETO:

PROPOSTA N° 4 – PROJETO DE ATIVIDADE IDENTIFICAÇÃO: TÍTULO: ................................................................................................................................................... AUTOR: ................................................................................................................................................... CURSO: ................................................................................................................................................... ROTEIRO: IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO:

- Título; - Cliente; - Natureza do projeto (tipo); - Agência; - Data; - Gerente do projeto.

1. APRESENTAÇÃO; 2. OBJETIVOS – GERAL E ESPECÍFICOS; 3. METAS; 4. METODOLOGIA; 5. NECESSIDADES PRIORIZADAS PARA O PROJETO; 6. LEGISLAÇÕES QUE PODEM AFETAR A IMPLANTAÇÃO DO PROJETO; 7. PARCERIAS POSSÍVEIS - nas ações; nas necessidades; 8. CRONOGRAMA DE AÇÃO; 9. RESULTADOS ESPERADOS; 10. AÇÕES DE ACOMPANHAMENTO/AVALIAÇÃO REFERÊNCIAS

PROPOSTA N° 5 – PROJETO DE ATIVIDADE IDENTIFICAÇÃO: TÍTULO: ................................................................................................................................................... AUTOR: ................................................................................................................................................... CURSO: ...................................................................................................................................................

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ROTEIRO: IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO:

- Título; - Cliente; - Natureza do projeto (tipo); - Agência; - Data; - Gerente do projeto.

1. APRESENTAÇÃO; 2. JUSTIFICATIVA; 3. OBJETIVOS – GERAL E ESPECÍFICOS; 4. MERCADO/PÚBLICO ALVO/CONCORRÊNCIA; 5. METAS; 6. METODOLOGIA; 7. PRODUTO/SERVIÇO/PRODUÇÃO – OBEJTO DO ESTUDO - descrição; 8. NECESSIDADES PRIORIZADAS PARA O PROJETO – recursos humanos, materiais e

financeiros; instalações, equipamentos e serviços de terceiros; 9. LEGISLAÇÕES QUE AFETAR O PROJETO E SEU PRODUTO; 10. PARCERIAS POSSÍVEIS - nas ações; nas necessidades; 11. ORÇAMENTO; 12. CRONOGRAMA DE AÇÃO; 13. CRONOGRAMA DE PAGAMENTO; 14. RESULTADOS ESPERADOS; 15. AÇÕES DE ACOMPANHAMENTO/AVALIAÇÃO REFERÊNCIAS

(Bem abrangente, atendendo a quase todos os tipos de projetos)

PROPOSTA N° 6 – PROJETO DE ATIVIDADE (Muito restrito e pouco flexível, necessitando adequações)

IDENTIFICAÇÃO: TÍTULO: ................................................................................................................................................... AUTOR: ................................................................................................................................................... CURSO: .................................................................................................................................................. ROTEIRO: INDRODUÇÃO – deve ser explicada a origem da idéia (oportunidades de investimentos; pressões internas e/ou externas; caráter social etc, e a natureza do produto ou serviço; 1. DIMENSIONAMENTO DO PROJETO – ASPECTOS ECONÔMICOS – identificação das

potencialidades da demanda e da oferta (incluir importação), para posterior previsão da

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capacidade a ser instalada. - a demanda do produto ou serviço; - a oferta; - conclusões para o dimensionamento do projeto 2. ESTUDOS TÉCNICOS – definir a tecnologia que melhor se enquadra no contexto do projeto; o

tamanho do projeto (anteprojeto com a planta); a localização analisada sob o ponto de vista econômico; a estrutura administrativa e seus aspectos econômicos; as questões legais e ambientais e seus aspectos econômicos. Tudo objetivando estimar a rentabilidade do projeto.

- a tecnologia; - tamanho do projeto a ser implantado/nível da demanda; - a administração; - aspectos legais; - aspectos do meio ambiente. 3. ESTUDOS FINANCEIROS – definir a constituição do capital: explicar quais índices financeiros

serão adotados e suas justificativas; propor um cronograma físico-financeiro envolvendo as fases: projeto detalhado e implantação. Após os dados financeiros e econômicos terem sido propostos, procede-se ao estudo da viabilidade, com a sua conclusão.

- composição do capital financeiro; - proposta do cronograma físico-financeiro; - análise de viabilidade. 4. PLANEJAMENTO DE IMPLANTAÇÃO – deverá ser apresentado um cronograma com as

seguintes fases: anteprojeto; projeto detalhado; projeto de implantação e funcionamento. Exige a explicação das ferramentas a serem utilizadas no acompanhamento do projeto.

- cronograma final; - critérios de acompanhamento e controle. REFERÊNCIAS 8.5 ROTEIROS DE RELATÓRIOS Relatório é o conteúdo final de qualquer trabalho acadêmico, seja ele um relatório descritivo, uma monografia, uma pesquisa acadêmica, um projeto de pesquisa de natureza prática, um projeto de atividades, um relatório de atividades, de estágio. É a descrição dos resultados da execução do projeto. 8.5.1 ROTEIRO DE RELATÓRIOS DESCRITIVOS (MONOGRAFIAS) Aplicável a uma monografia que é sempre o resultado de um estudo bibliográfico ou descritivo sobre determinado tema. O relatório monográfico contém as seguintes partes essenciais:

INTRODUÇÃO – é a primeira seção do texto. É a amarração das propostas do projeto, onde se concentram: - Contextualização do tema (as razões de sua elaboração); - Define com muita clareza o objetivo geral e os específicos do trabalho; - Delimitação do problema a ser resolvido e/ou das hipóteses a serem

pesquisadas; - Justificativa (ou sejam, a importância de analisar o assunto ou resolver o

problema); - Metodologia adotada;

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- Limitações ou restrições do trabalho (justificativa especial, mostrando que o estudo poderia ter outros enfoques e abordagens, mas que neste “texto” se limitou a somente um determinado enfoque, remetendo para estudos futuros as demais possibilidades).

A introdução não deve repetir ou parafrasear o resumo, nem dar detalhes sobre a teoria experimental, o método ou os resultados, nem antecipar as conclusões e as recomendações.

DESENVOLVIMENTO – é a parte mais importante do texto, onde se exige

raciocínio lógico e clareza. É obrigatória a citação das fontes quando se copia trecho de outros autores/publicações. Deve ser dividida em tantas seções e subseções quantas forem necessárias para o detalhamento da pesquisa e/ou estudo realizado (descrição dos métodos, teorias, o procedimento experimental, discussão do resultado etc.). Todas as ilustrações ou quadros essenciais à compreensão do texto devem ser incluídos nesta parte do relatório, sendo obrigatória a citação da fonte quando copiadas de outros autores/publicações. Cada capítulo deve acompanhar o desenvolvimento das proposições: - primeiro capítulo – deve apresentar os marcos teóricos de referência, ou seja,

o que os outros autores dizem sobre o assunto, como ele evoluiu e está sendo tratado pelos “experts” da área;

- segundo capítulo – no caso das pesquisas exploratórias e descritivas, deve detalhar o local ou a situação estudada, demonstrando os antecedentes e a situação atual (com especificidades, aspectos legais, culturais, políticos,econômicos etc). Se qualquer deles for muito importante para o estudo, abre-se novo capítulo para tratá-lo em detalhes;

- terceiro capítulo – apresenta os resultados obtidos na pesquisa; - quarto capítulo – analisa os resultados obtidos, ou seja, a contribuição da

pesquisa para a melhoria da situação ou a solução do problema pesquisado. Comprova se as hipóteses foram verdadeiras ou se foram refutadas. Fica esclarecido que não há um controle rígido sobre o número de capítulos, mas deixa-se claro que o tema deve ser tratado da forma mais enxuta e específica possível.

CONCLUSÃO - constitui uma seção à parte, que deve finalizar a parte textual do

relatório. Nesta seção deve figurar, clara e ordenadamente, as deduções tiradas dos resultados do trabalho ou levantadas ao longo da discussão do assunto. Dados quantitativos e resultados comprometidos, passíveis de discussão, não devem aparecer na conclusão.

RECOMENDAÇÕES (se for o caso) - são declarações concisas de ações,

julgadas necessárias, a partir das conclusões obtidas, a serem usadas no futuro.

REFERÊNCIAS – lista em ordem alfabética, por autoria, conforme as especificações da ABNT.

APÊNDICE(S)/ANEXO(S) – (se houver)

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8.5.2 ROTEIRO DE RELATÓRIO DE ATIVIDADES (PROJETOS) Descrevem as pesquisas desenvolvidas ou as atividades realizadas, e os resultados alcançados. Daí a similaridade entre os roteiros de projetos e relatórios, porque enquanto um trabalha com proposição (proposta), o outro descreve as atividades realizadas.

É importante registrar que o relatório de atividades – projeto - vai ter o perfil do anteprojeto, porém mais elaborado e com resultados a serem apresentados. Perfil de relatórios de atividades (projetos):

APRESENTAÇÃO – onde se apresenta o diagnóstico da situação atual (marco

teórico); o(s) problema(s) a ser(em) resolvido(s); e a justificativa (onde se enfatiza a importância, necessidade e viabilidade do projeto para a solução do(s) problema(s));

1. OBJETIVOS - geral e específicos; 2. METAS - a serem atingidas, especificando o(s) grupo(s) que será(ão)

beneficiado(s); 3. METODOLOGIA - descrição das ações a serem desenvolvidas para atendimento

do(s) objetivo(s) proposto(s); 4. RECURSOS

- materiais – indicar os bens materiais necessários para a implantação do projeto; - humanos – quantitativo e descrição da capacitação técnica dos profissionais envolvidos; - financeiros – fontes de recursos para a execução do projeto.

5. PARCERIAS POSSÍVEIS - nas ações; nas necessidades; 6. ORÇAMENTO - detalhamento dos custos de implantação do projeto; 7. CRONOGRAMA DE PAGAMENTO 8. RESULTADOS OBTIDOS - indicar os benefícios diretos e indiretos do projeto,

identificando seus efeitos multiplicadores. 9. AÇÕES DE ACOMPANHAMENTO/MANUTENÇÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS – lista em ordem alfabética, por autoria, conforme as especificações da ABNT. APÊNDICE(S)/ANEXO(S) – (se houver).

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8.5.3 ROTEIRO DE RELATÓRIOS DE ESTÁGIOS Descrição minuciosa das atividades desenvolvidas no cumprimento do estágio obrigatório de cada curso. Partes essenciais: 1. CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO – local e suas características; período;

horário de atuação etc; 2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS – incluindo a descrição das tarefas, as

dificuldades e os obstáculos, os resultados alcançados; 3. ANÁLISE CRÍTICA – da importância e significado do Estágio para sua formação

acadêmica agregando a prática ao quadro teórico recebido no curso, para consolidá-lo, criticá-lo etc.;

4. ATESTADO DE ESTÁGIO – endosso comentado da entidade, foco do estágio,

sobre a atuação do estagiário; 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS/RECOMENDAÇÕES

Page 69: Manual Normas Tecnicas

69

REFERÊNCIAS - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724:2005.

Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.

- ______. NBR 10520:2001. Informação e documentação. Apresentação de

citações em documentos. Rio de Janeiro: ABNT, 2001. - ______. NBR 6023:2000. Informação e documentação - Referências -

Elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2000. - ______. NBR 12256/92. Apresentação de originais:. Rio de Janeiro: ABNT, 1992. - ______. NBR 10719/89. Apresentação de relatórios técnicos científicos. Rio de

Janeiro: ABNT, 1989. - CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 4.ed. São Paulo:

McGraw-Hill, 1996. - CHIZZOTTI, Antônio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 6.ed. São

Paulo: Cortez, 2003. - DENCKER, Ada de Freitas Maneti. Métodos e técnicas de pesquisa em

turismo. 5.ed. São Paulo: Futura, 2001. - DENCKER, Ada de Freitas Maneti; DA VIÁ, Sarah. Pesquisa empírica em

ciências humanas (com ênfase em comunicação). 2.ed. São Paulo: Futura, 2002.

- FACHIN, Adília. Fundamentos de metodologia. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2001. - GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3.ed. São Paulo:

Atlas, 1996. - HAGUE, Paul; JACKSON, Peter. Faça sua própria pesquisa de mercado.

Tradução: Luzia Roxo Pimentel. São Paulo: Nobel, 1997. - JUNG, Carlos Fernando. Metodologia para pesquisa e desenvolvimento.

Aplicada a novas tecnologias, produtos e processos. Rio de Janeiro: Axcel Books, 2004

- LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia do trabalho científico. 4.ed.

São Paulo: Atlas, 1994. - LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli. Pesquisa em educação: abordagens

qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

Page 70: Manual Normas Tecnicas

70

- MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2005.

- MEZZAROBA, Orides; MONTEIRO, Cláudia Servilha. Manual de metodologia

na pesquisa no direito. 3.ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2006. - PADUA, Elisabete Matallo Marchesini de. Metodologia de pesquisa: abordagem

teórica-prática. 2 ed. Campinas: Papirus, 1997. - RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. Petrópolis:

Vozes, 1986. - SALOMON, D. V. Como fazer uma monografia. 3. ed. São Paulo: Martins

Fontes, 1994. - SANTOS, Izequias Estevam. Textos selecionados de métodos e técnicas de

pesquisa científica: TCC. Monografia. Dissertação. Tese. 4.ed. rev. atual. ampl. Rio de Janeiro: Impetus, 2003.

- TACHIZAWA, Takeshy; MENDES, Gildásio. Como fazer monografia na prática.

6.ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: FGV, 2001. - TEDOLDI, Maria Lúcia Gomes. Mestra em Educação. Área de concentração:

Avaliação de sistemas educacionais. Consultoria e assessoramento. Guarapari/ES, 2007.

- UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. Biblioteca Central. Guia

para normalização de referências bibliográficas: NBR 6023/89. 3.ed. Vitória: A Biblioteca, 1998.

- UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para

apresentação de trabalhos. 6.ed. Curitiba: Ed. da UFPR, v.8, 1996. - ZENTGRAF, Maria Christina. Pesquisa em educação. Rio de Janeiro:

UFRJ/EAD [Curso de Pós-Graduação Docência do Ensino Superior], 2000.

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APÊNDICE:

MODELOS DAS PÁGINAS DO RELATÓRIO FINAL

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Estas linhas tracejadas indicam as margens configuradas para o trabalho

padrão, ou seja, iguais a: • Margem superior = 3cm • Margem esquerda = 3cm • Margem inferior = 2cm • Margem direita = 2cm • Cabeçalho = 2cm • Rodapé = 2cm

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NOME E SOBRENOME DO(A) AUTOR(A) (1ª linha, letra maiúscula; centralizado; fonte tamanho 16, em negrito)

TÍTULO (Meio da página, centralizado. Use letras maiúsculas para títulos pequenos. Para

títulos de mais de três linhas, faça opção da 1ª letra minúscula e as demais minúsculas)

(última linha; letra maiúscula; centralizado; fonte tamanho 16, em negrito) GUARAPARI/ES-2007

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Capa - Lombada

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NOME E SOBRENOME DO(A) AUTOR(A) (1ª linha; letra maiúscula; centralizado; fonte tamanho 16, em negrito)

(anverso da folha de rosto)

TÍTULO (Meio da página, centralizado. Use letras maiúsculas para títulos pequenos. Para

títulos de mais de três linhas, faça opção da 1ª letra minúscula e as demais minúsculas. Repetir o título da capa)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado às Faculdades Integradas Padre Anchieta de Guarapari, como requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel em Direito, orientado pelos(as) Professores(as)

(Duas últimas linhas da página. Só a 1ª letra é maiúscula. Centralizado, fonte tamanho 14, em negrito; mês abreviado em três letras)

Guarapari-ES Dez/2005

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Verso da folha de rosto

(Fonte tamanho 10)

TEDOLDI, Sandra Maria Gomes. Aplicação do Direito nos tempos modernos. Guarapari/ES, 2007. FIPAG: Monografia

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Eu, Sandra Maria Gomes Tedoldi, elaborei o presente Trabalho de Conclusão de

Curso, com caráter monográfico, intitulado Aplicação do Direito nos tempos modernos, e apresentado ao Curso de Direito das Faculdades Integradas Padre

Anchieta de Guarapari, que, após qualificado e aprovado pelos membros da Banca

de Avaliação, foi aceito pelo Conselho de Ensino como requisito parcial à obtenção

do título de

BACHAREL EM DIREITO

Guarapari/ES, dezembro de 2007.

BANCA DE AVALIAÇÃO

Prof. Fulano de tal

Orientador(a) do Trabalho

Presidente

Profª. fulano de tal

Vogal

Profª. fulano de tal

Vogal

Revisão metodológica: Prof. Fulano de tal Revisão de Português: Prof. Fulano de tal

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(Dedicatória é um elemento opcional e não se coloca o título)

Caso exista, siga as seguintes orientações:

• Se for mais longa, inicia-se a 3 espaços da margem superior;

• Se for mais curta, ela pode ser apresentada de duas maneiras, a saber:

- ela deve ser digitada de modo que o texto, atingindo parte central da folha (a

partir da linha 19, mais ou menos);

- ou ela deve ser deslocada a 7,5cm da margem esquerda (utilizando o recuo

de parágrafo) e ocupar a 4ª parte inferior da página.

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AGRADECIMENTOS (Letra maiúscula; centralizado; fonte tamanho 16, em negrito)

(elemento opcional)

Caso exista, siga as seguintes orientações:

• Recomenda-se o uso do título.

• Se for mais longa, inicia-se a 2 espaços do título;

• Se for curta, pode estar no centro da página.

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DECLARAÇÃO DO(A) AUTOR(A) (Letra maiúscula; centralizado; fonte tamanho 16, em negrito)

(elemento opcional)

Declaro, para os devidos fins de pesquisa acadêmica, didática e técnica-científica,

que o presente Trabalho de Conclusão de Curso pode ser parcial ou totalmente

utilizado, desde que se faça citação da fonte e do(a) autor(a).

Guarapari-ES, de dezembro de 2007.

NOME E SOBRENOME DO(A) AUTOR(A)

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(Epígrafe é um elemento opcional e não se coloca título)

Caso exista, a epígrafe pode ser apresentada das seguintes maneiras:

- ela deve ser digitada de modo que o texto, atingindo a parte central da folha

(a partir da linha 18, mais ou menos);

- ou ela deve ser deslocada a 7,5cm da margem esquerda (utilizando o recuo

de parágrafo) e ocupar a 4ª parte inferior da página.

Veja os exemplos abaixo “É trabalhando que as mulheres e os homens transformam o mundo, e transformando o mundo se transformam também”.

(Paulo Freire)

“É trabalhando que as mulheres e os homens transformam o mundo, e transformando o mundo se transformam também”

(Paulo Freire)

Page 82: Manual Normas Tecnicas

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PREFÁCIO ou APRESENTAÇÃO (Letra maiúscula; centralizado; fonte tamanho 16, em negrito)

(elemento opcional)

Nota: o Prefácio deste trabalho serve de modelo e foi elaborado dentro das especificações estabelecidas para espaçamentos diversos, a saber: • Entre linhas = 1,5 linha

• Entre o título e a 1ª linha do trabalho = 3 espaços (equivalentes a 4,5 linhas)

• Entre parágrafos = 1 espaço (equivalente a 1,5 linha)

Page 83: Manual Normas Tecnicas

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RESUMO (Letra maiúscula; centralizado; tamanho da fonte = 16, em negrito)

Este documento é um importante instrumento de normalização da produção

científica docente e discente das Faculdades Integradas Padre Anchieta de

Guarapari. Apresentado à comunidade acadêmica da FIPAG, a partir do ano de

2000, o Manual de Normas Técnicas sofreu sucessivas revisões, sendo a primeira

delas realizada no ano de 2002. Em 2003 foram incorporados novos assuntos para

facilitar o desenvolvimento das atividades inerentes aos aspectos metodológicos e

orientadores dos trabalhos científicos. A versão 2005 prima pela inclusão de

elementos de pesquisa, voltados para projetos e relatórios, facilitadores do processo

de profissionalização. Assim, esta nova versão revista, atualizada e ampliada

contém duas partes distintas, didaticamente: a primeira trata das normas técnicas

para apresentação de trabalhos de conclusão de curso, e a segunda, dos roteiros de

trabalhos acadêmicos. O apêndice apresenta os modelos de elaboração das

páginas do relatório, em conformidade com a Norma Brasileira da Associação

Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, que vão garantir cada vez mais a melhoria

da qualidade das produções acadêmicas da FIPAG. No ano de 2007, além de

revisado e atualizado, o manual adquire um caráter ainda mais explicativo, com a

finalidade de facilitar o processo de consulta na hora da elaboração do trabalho

acadêmico.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES (Letra maiúscula; centralizado; fonte tamanho 16, em negrito)

(elemento opcional)

Figura 1 – Escolha de um caminho de ação pela empresa ........ 22 Figura 2 – Organograma da empresa tal ........................................ 22 Figura 3 – Gráfico representativo do grau de escolaridade ........ 22

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LISTA DE TABELAS (Letra maiúscula; centralizado; fonte tamanho 16, em negrito)

(elemento opcional)

TABELA 1 – PESSOAL DOCENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO – 1988 ............................................................ TABELA 2 – FACULDADES DE DIREITO EXISTENTES NO BRASIL, NO ANO DE 2006, COM RESPECTIVO NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS ................. TABELA 3 -

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SUMÁRIO (Letra maiúscula; centralizado; fonte tamanho 16, em negrito)

INTRODUÇÃO (fonte 14, sem negrito)........................................................ 8 1. BREVE HISTÓRICO DO TURISMO ................................................. 10 2. A QUESTÃO DO MÉTODO EM TURISMO .................................... 16 2.1 A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA ...(fonte 12, sem negrito).................. 16 2.2 TURISMO E INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA ........................................ 18 2.2.1 A MEMÓRIA CIENTÍFICA..(fonte 11, sem negrito)......................... 20 2.2.2 REFLEXÃO SOBRE A METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO EM TURISMO ...................................................... 24 3. METODOLOGIA DA PESQUISA .............................................. 26 3.1 PLANO DA PESQUISA ...................................................................... 26 3.1.1 SELEÇÃO DO PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO ............................ 27 3.1.2 AMOSTRAGEM ............................................................................. 29 3.1.3 COLETA DE DADOS ............................................................................ 30 3.1.3.1 COLETA DE DADOS – INSTRUMENTOS.............................. 31 3.1.3.2. INSTRUMENTOS DA PESQUISA......................................... 32 3.1.4 TABULAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ........................... 33 3.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS .......................................................... 35 CONCLUSÃO ............................................................................................. 38 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 41

APÊNDICE ................................................................................................... 43 ANEXOS ....................................................................................................... 45ANEXO A – O CASO DA ESPANHA ............................................................. 46ANEXO B – INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA PESQUISA........................ 47ANEXO C – GRÁFICOS.................................................................................. 49ANEXO D - ...................................................................................................... 50ANEXO E - ...................................................................................................... 51 Obs: Este é um modelo de sumário dos trabalhos que contém até 5 anexos NOTA: os títulos das seções e subseções devem ser rigorosamente iguais aos utilizados no corpo do trabalho, e impressos de forma a sobressair a hierarquia utilizada nas subdivisões (a única diferença é o tamanho da fonte). O tamanho da fonte dos números das páginas é 12, sem negrito.

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SUMÁRIO (Letra maiúscula; centralizado; fonte tamanho 16, em negrito)

LISTA DE ANEXOS .................................................................................. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 8 1. BREVE HISTÓRICO DO TURISMO ................................................. 10 2. A QUESTÃO DO MÉTODO EM TURISMO .................................... 16 2.1 A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA ........................................................ 16 2.2 TURISMO E INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA ....................................... 18 2.2.1 A MEMÓRIA CIENTÍFICA.................................................................... 17 2.2.2 REFLEXÃO SOBRE A METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO EM TURISMO .......................................................... 18 3. METODOLOGIA DA PESQUISA ...................................................... 20 3.1 PLANO DA PESQUISA ...................................................................... 24 3.1.1 SELEÇÃO DO PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO .............................. 26 3.1.2 AMOSTRAGEM ................................................................................... 26 3.1.3 COLETA DE DADOS ............................................................................ 27 3.1.3.1 COLETA DE DADOS – INSTRUMENTOS................................ 29 3.1.3.2. INSTRUMENTOS DA PESQUISA........................................... 30 3.1.4 TABULAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ............................ 31 3.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS .......................................................... 35 CONCLUSÃO ............................................................................................. 38 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 41 APÊNDICE .................................................................................................. 43 ANEXOS ....................................................................................................... 45

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LISTA DE ANEXOS (Letra maiúscula; centralizado; fonte tamanho 16, em negrito)

ANEXO A – (legenda do anexo) ............................................................ 46 ANEXO B – (idem) ..................................................................................... 48 ANEXO C – (idem) ....................................................................................... 49 C1 – .................................................................................................. 50 C2 – .................................................................................................. 51 ANEXO D – .................................................................................................. 54 ANEXO E – .................................................................................................. 55 ANEXO F – .................................................................................................. 56 F1 – .................................................................................................. 57 F2 – .................................................................................................. 58 F3 – .................................................................................................. 59 ANEXO G – .................................................................................................. 60

ANEXO H – .................................................................................................. 61 ANEXO I – ................................................................................................... 62