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C Capítulo 1 OBJECTIVOS: Conhecer os princípios básicos da organização da Higiene e Segurança Laboral. Regime jurídico dos acidentes de trabalho.

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CCapítulo 1

OBJECTIVOS: Conhecer os princípios básicos da organização da Higiene e Segurança Laboral. Regime jurídico dos acidentes de

trabalho.

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Ambiente, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

Curso de Automação, Robótica e Controlo Industrial

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Capítulo 1 Capítulo 1 Capítulo 1 Capítulo 1 ---- A higiene e A higiene e A higiene e A higiene e segurança no trabalhosegurança no trabalhosegurança no trabalhosegurança no trabalho

• Introdução • Organização da segurança e da higiene no

trabalho • Doenças profissionais • Analise gráfica de acidentes de trabalho • Gestão da Segurança

1.11.11.11.1 IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução A higiene e a segurança são duas actividades que estão intimamente relacionadas com o objectivo de garantir condições de trabalho capazes de manter um nível de saúde dos trabalhadores que, segundo a O.M.S.- Organização Mundial de Saúde, “é um estado de bem - estar físico, mental e social e não somente a ausência de doença e enfermidade”.

A higiene do trabalho propõe-se combater, dum ponto de vista não médico, as doenças profissionais, identificando os factores que podem afectar o ambiente do trabalho e o trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais ( condições inseguras de trabalho que podem afectar a saúde, segurança e bem estar do trabalhador ).

1.2 Áreas de Acção da HSST Higiene no Trabalho

Visa a luta contra as doenças profissionais, identificando as factores que podem afectar o ambiente de trabalho e os trabalhadores, procurando eliminar ou reduzir os riscos existentes.

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Segurança no Trabalho Visa a luta contra os acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras de trabalho, quer sensibilizando os trabalhadores à utilização de medidas preventivas.

Medicina do Trabalho Ciência que, partindo do conhecimento do funcionamento do corpo humano e do meio em que este desenvolve a sua actividade, neste caso, a laboral, tem como objectivos a promoção da saúde (ou Prevenção da perda da saúde), a cura das doenças e a reabilitação.

Ergonomia

Conjunto de técnicas cujo objectivo é a adequação do trabalho ao indivíduo.

Psicossociologia do Trabalho

Estuda os factores de natureza psicossocial e organizacional existentes no trabalho, que podem ter repercussões na saúde do trabalhador.

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Regime Jurídico dos Acidentes de TrabalhoRegime Jurídico dos Acidentes de TrabalhoRegime Jurídico dos Acidentes de TrabalhoRegime Jurídico dos Acidentes de Trabalho

Conceito de Acidente de Trabalho Segundo o n.º 1 do artigo 6º da Lei Nº 100/97 , de 13 de Setembro, é acidente de trabalho o acidente que se verifique no local e tempo de trabalho e produza directa ou indirectamente lesão corporal perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte. Contudo, a Lei admite também, como acidente de trabalho certos acidentes ocorridos que se verifiquem: a) no local e no tempo de trabalho, satisfeitos os (outros) requisitos previstos no n.º. 1 do artigo 6º; b) no trajecto de ida e de regresso para e do local de trabalho, nos termos em que vier a ser definido em regulamentação posterior; c) na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito económico para a entidade empregadora d) no local de trabalho, quando no exercício do direito de reunião ou de actividade de representante dos trabalhadores, nos termos da lei; e) no local de trabalho, quando em frequência de curso de formação profissional ou, fora do local de trabalho, quando exista autorização expressa da entidade empregadora para tal frequência; f) em actividade de procura de emprego durante o crédito de horas para tal concedido por lei aos trabalhadores com processo de cessação de contrato de trabalho em curso; g) fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execução de serviços determinados pela entidade empregadora ou por esta consentidos.

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Prova do Acidente de Trabalho (nº 5 e 6 do artigo 6º da Lei 100/97) Se a lesão corporal, perturbação ou doença for reconhecida após um acidente presume-se consequência deste. Se a lesão corporal, perturbação ou doença não for reconhecida a seguir a um acidente, compete ao sinistrado ou aos beneficiários legais provar que foi consequência dele.

Descaracterização do Acidente de Trabalho (Artigo 7º da Lei) Estamos, agora, perante casos em que o acidente pode aparecer formalmente como de trabalho, mas em que a Lei o descaracteriza como tal. Há uma causa inerente ao trabalho, mas há, também, uma causa estranha que com ela se combina e, dada a sua importância, a Lei retira à primeira a sua protecção. O nº 1 do artigo 7º da Lei indica-nos os casos em que o acidente deixa de se considerar de trabalho, não dando, em consequência, lugar a reparação. a) o que for dolosamente provocado pelo sinistrado ou provier de um seu acto ou omissão, que importe violação, sem causa justificativa, das condições de segurança estabelecidas pela entidade empregadora ou previstas na lei; b) o que provier exclusivamente de negligência grosseira do sinistrado; c) o que resultar de privação permanente ou acidental do uso da razão do sinistrado, nos termos da lei civil, salv9 se tal privação derivar da própria prestação do trabalho, ou se a entidade empregadora ou o seu representante, conhecendo o estado do sinistrado, consentir na prestação; O caso mais frequente é o do acidente provocado por embriaguez, que privou, parcialmente, o trabalhador do uso da razão; para que o acidente provocado nestas circunstâncias não dê direito a reparação, é necessário que resulte, exclusivamente, do estado de embriaguez - o que não sucederá se a entidade empregadora, conhecendo o estado da vitima, consentiu na prestação do trabalho.

d) o que provier de caso de força maior. Só se considera de força maior o que, sendo devido a forças inevitáveis da natureza, independentes de intervenção humana, não constitua risco criado pelas condições de trabalho, nem se produza ao executar serviço expressamente ordenado pela entidade empregadora em condições de perigo evidente.

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Acidente de Trabalho não Indemnizável (Artigo 8º da Lei) Os acidentes de trabalho dão lugar a reparação. Todavia, há certas espécies de acidentes que se podem considerar como de trabalho mas que não conferem direito à protecção conferida pela Lei, que expressamente os exclui do seu âmbito no n.º 1 artigo 8º. Trata-se de: a) acidentes ocorridos na prestação de serviços eventuais ou ocasionais, de curta duração, a pessoas singulares sem actividades que não tenham por objecto exploração lucrativa; b) acidentes ocorridos na execução de trabalhos de curta duração, se a entidade a quem for prestado o serviço trabalhar habitualmente só, ou com membros da sua família, e chamar para a auxiliar, acidentalmente, um ou mais trabalhadores.

Acidente de Trabalho INCAPACIDADES IPA = incapacidade permanente absoluta IPP = incapacidade permanente parcial ITA = incapacidade temporária absoluta ITP = incapacidade temporária parcial REPARAÇÃO 1 - EM ESPÉCIE

• Assistência médica e cirúrgica, geral ou especializada, assim como os elementos complementares de diagnóstico;

• Assistência farmacêutica, de enfermagem; • Hospitalização, tratamento e hospedagem; • Transporte para observação, tratamento ou comparência a actos judiciais;z • Próteses, sua renovação ou reparação; • Reabilitação funcional.

2 - EM DINHEIRO

• Indemnização por ITA ou ITP; • Indemnização em capital ou pensão vitalícia por redução da capacidade de trabalho ou de ganho em

caso de incapacidade permanente; • Pensões aos familiares da vítima; • Despesas de funeral;

Os empregadores são obrigados a transferir a responsabilidade pela reparação (dos acidentes) para entidades legalmente autorizadas a realizar o seguro. Lei nº100/97, artº14º A retribuição do dia do acidente é paga pela entidade empregadora.

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CCapítulo 2

OBJECTIVOS: Conhecer os diferentes tipos de equipamentos de protecção individual. Normas de utilização e sinalética

respectiva.

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CapítuCapítuCapítuCapítulo 2lo 2lo 2lo 2 ---- Dispositivos de protecção individualDispositivos de protecção individualDispositivos de protecção individualDispositivos de protecção individual

• Definições • Selecção e ensaio de dispositivos de protecção individual

• Principais tipos de protecção individual • Protecção da cabeça • Protecção dos olhos e rosto • Protecção das vias respiratórias • Protecção dos ouvidos • Protecção do tronco • Protecção dos pés e dos membros inferiores • Protecção das mãos e dos membros superiores • Protecção contra quedas

2.12.12.12.1 DDDDefiniçõesefiniçõesefiniçõesefinições Os riscos são fontes potenciais de acidentes. O seu controlo, dentro de limites aceitáveis, é o objectivo a atingir, já que a sua eliminação só muito raramente é possível. Há, fundamentalmente, quatro processos para o fazer:

Limitar / eliminar o perigo

Envolver o perigo

Afastar o homem

Proteger o homem O primeiro e o segundo casos envolvem medidas que se designam por construtivas ou de engenharia, as quais actuam sobre meios de trabalho ( máquinas ). A supressão de uma fuga de ar comprimido, com vista à redução do nível de ruído produzido, e o encapsulamento de uma máquina com o mesmo objectivo constituem exemplos dessas medidas.

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No terceiro caso temos as medidas organizacionais, que actuam no sistema Homem – Máquina - Ambiente. Ainda na perspectiva de controlo de ruído seria, por exemplo, proceder à rotação periódica de trabalhadores expostos ao risco de trauma acústico.

Por último, surgem medidas individuais ou protecção individual, que actuam no homem. Neste caso, e por analogia com anteriores, teríamos a utilização de protectores de ouvidos. 2.2.2.2.2.2.2.2. Selecção e ensaio de dispositivos de protecção individualSelecção e ensaio de dispositivos de protecção individualSelecção e ensaio de dispositivos de protecção individualSelecção e ensaio de dispositivos de protecção individual Os equipamentos individuais de protecção exigem do trabalhador um sobre esforço no desempenho das suas funções, quer pelo peso, quer pela dificuldade respiratória, quer ainda pelo desconforto geral que podem provocar. Devem, portanto, ser usados apenas na impossibilidade de adopção de medidas de ordem geral. A selecção dos dispositivos (ou equipamentos ) de protecção individual – E.P.I. – deverá ter em conta: 1. os riscos a que está exposto o trabalhador. 2. as condições em que trabalha. 3. a parte do corpo a proteger. 4. as características do próprio trabalhador. Os E.P.I. devem obedecer aos seguintes requisitos: serem cómodos, robustos, leves e adaptáveis. Nesta problemática, proteger significa a seguinte máxima:

Tão pouco quanto possível, mas tanto quanto necessário. Um aspecto muito importante a considerar na selecção dos e.p.i é a certificação dos mesmos . No que se refere aos ensaios dos dispositivos de protecção individual na empresa, devesse tanto quanto possível, escolher trabalhadores com um critério objectivo de apreciação. È indispensável a sua elucidação quanto aos riscos a controlar, bem como o ensaio de mais de um tipo de protecção. A decisão final sobre a utilização do e.p.i. deve ser tomada com base numa análise cuidada do posto de trabalho, análise essa em que devem participar chefias e trabalhadores. A decisão conjunta conduz a uma maior motivação para o seu uso.

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2.32.32.32.3 Principais tipos de protecção individualPrincipais tipos de protecção individualPrincipais tipos de protecção individualPrincipais tipos de protecção individual

Figura 2.1 - Distribuição percentual dos acidentes de trabalho por local de lesão ( Dados : 1.º semestre de 1995 )

2.3.12.3.12.3.12.3.1 Protecção da cabeçaProtecção da cabeçaProtecção da cabeçaProtecção da cabeça A cabeça deverá ser adequadamente protegida perante o risco de queda de objectos pesados, pancadas violentas ou projecção de partículas. A protecção da cabeça obtém-se mediante o uso de capacetes de protecção, os quais devem apresentar elevada resistência ao impacto e à penetração.

Figura 2.2 - Protecção obrigatória da cabeça

O capacete é composto por duas partes, a carcaça ou capacete propriamente dito e a armação interior de apoio, devendo esta ultima adaptar-se à forma da cabeça. Segundo a norma portuguesa NPEN 397 ( 1996 ), o capacete é basicamente constituído pelo casco e pelo arnês, analisemos a figura seguinte:

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Figura 2.3 - Elementos constituintes de um capacete de protecção

O casco é a arte exterior e resistente do capacete, com bordos livres e arredondados, sendo constituído por:

• Calote - elemento resistente, que dá a forma ao casco. • Aba - parte que circunda a calote, de dimensão variável. • Viseira ou Pala - parte frontal da aba.

O arnês é o conjunto de elementos destinados a absorver a energia transmitida pelo choque e a manter uma correcta posição do capacete sobre a cabeça do utilizador. È constituído por:

• Cintas de Amortecimento - conjunto de fitas resistentes ( precintas ) ligando o casco à banda e destinadas a absorver e a distribuir a energia cinética resultante do impacto sobre o capacete.

• Banda de cabeça - cinta flexível que envolve e se ajusta ao perímetro do crânio, estando ligada ao suspensor.

• Precinta da nuca - apêndice da banda com funções de ajustamento e consequente manutenção de uma posição correcta do capacete.

Para os capacetes de protecção industriais são aconselháveis os seguintes materiais:

• Plásticos termoendurecidos - resistem ao calor, ao frio, aos produtos químicos e ao envelhecimento. • Liga de alumínio - permite uma boa irradiação de calor, não é suportável durante longo tempo em

empresas quentes devido á transmissão de calor, permite a penetração de partículas incandescentes, apresenta uma resistência limitada à fractura e ás baixas temperaturas e fraca resistência a produtos químicos. É utilizável, sobretudo, em pedreiras. Também pode ser utilizado no combate a incêndios, devido ao seu baixo peso.

• Termoplástico s - apresentam fraca resistência a elevadas temperaturas e ás radiações ultravioletas.

São contudo, muito resistentes a baixas temperaturas. São aplicáveis em oficinas, trabalhos de montagem e construção civil, câmaras frigoríficas, etc.

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Figura 2.4 - Exemplos de dispositivos de protecção individual - Protecção da cabeça Capacete de protecção em plástico termoendurecido, capacete de bombeiro e barrete de pano

A norma portuguesa NPEN 397 de 1997, define ensaios obrigatórios ( absorção e choque e resistência à penetração, ambos a alta e a baixa temperaturas e após absorção de água) e ensaios facultativos ( isolamento eléctrico e rigidez lateral ) a que se devem submeter os capacetes de protecção. Todos os capacetes que satisfaçam os requisitos das normas devem apresentar uma marcação de garantia com as seguintes informações: número das referidas normas, país de origem, nome do fabricante, mês e ano de fabrico e eventual referência a características opcionais. A protecção da cabeça contra a projecção de partículas ou líquidos corrosivos pode fazer-se através de capuzes, que em certos casos asseguram também a protecção ocular e das vis respiratórias ( respectivamente por meio de uma viseira e de máscara acopladas). Um caso especial de protecção é o do capacete integral em decapagens com jactos de areia ou grenalha de aço. A protecção da cabeça pode ainda fazer-se através do uso de um barrete de tecido, quando está em causa a sujidade provocada por poeiras ou o risco de projecção de líquidos.

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2.3.2 2.3.2 2.3.2 2.3.2 Protecção dos olhos e do rostoProtecção dos olhos e do rostoProtecção dos olhos e do rostoProtecção dos olhos e do rosto ....

Os olhos constituem uma das partes mais sensíveis do corpo onde os acidentes podem atingir a maior gravidade.

Figura 2.5 - Protecção dos olhos e do rosto

As lesões nos olhos, ocasionadas por acidentes de trabalho, podem ser devidas a diferentes causas:

1. Acções mecânicas , através de poeiras, partículas ou aparas. 2. Acções ópticas , através de luz visível ( natural ou artificial ), invisível (radiação ultravioleta

ou infravermelha ) ou ainda raios laser. 3. Acções químicas , através de produtos corrosivos ( sobretudo ácidos e bases ) no estado

sólido, líquido ou gasoso. 4. Acções térmicas , devidas a temperaturas externas.

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Os olhos e também o rosto protegem-se com óculos e viseiras apropriadas, cujos vidros deverão resistir ao choque e ás radiações, conforme os casos. Os óculos de protecção devem ajustar-se correctamente e não devem limitar excessivamente o campo de visão ( no máximo 20 % ). Os vidros dos óculos e viseiras e protecção são fundamentalmente, de dois tipos:

• Vidros de segurança - transparentes, contra acções mecânicas ou químicas. Utiliza-se o vidro temperado ou plástico ( termoplástico ou termoendurecido ). Exemplo de aplicação : trabalhos de rebardagem e esmerilagem;

• Vidros coloridos - de efeito filtrante, contra acções ópticas. Utiliza-se os materiais anteriormente referidos ou ainda vidro normal ( sempre que não é previsível qualquer acção mecânica ). Exemplo de aplicação: trabalhos de soldadura.

Figura 2.6 - Exemplos de dispositivos de protecção individual - Protecção dos olhos e rosto

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2..32..32..32..3 Protecção das vias respiratóriasProtecção das vias respiratóriasProtecção das vias respiratóriasProtecção das vias respiratórias A atmosfera dos locais de trabalho encontra-se, muitas vezes, contaminada em virtude da existência de agentes químicos agressivos, tais como gases, vapores, neblinas, fibras, poeiras, etc. A protecção das vias respiratórias é feita através dos chamados dispositivos de protecção respiratória . Os aparelhos filtrantes ( máscaras ) só devem ser utilizados quando a concentração de oxigénio na atmosfera é de, pelo menos, 17% em volume. Por sua vez, a concentração dos contaminantes não poderá exceder um determinado valor, que em função do seu grau de toxicidade.

Figura 2.7 - Protecção das vias respiratórias Os filtros de gases e vapores destinam-se à retenção de gases e vapores do ar. Os filtros físicos ou mecânicos impõem-se na protecção contra partículas em suspensão no ar ( aerossóis sólidos ou líquidos ). Por último, existem os filtros mistos ( combinação de filtros de gases e vapores e filtros de partículas ), que se destinam à retenção de partículas sólidas e / ou líquidas, bem como gases e vapores do ar. A norma europeia EN 141 ( 1990 ) classifica os filtros de gases e vapores segundo o tipo de concentração a reter e segundo a sua capacidade.

Figura 2.8 - Semimáscara com filtro de partículas

Figura 2.9 - Semimáscara com filtro misto (pré-filtro + filtro de gases e vapores + filtro de partículas) á direita e conjunto (capacete + viseira + protecção respiratória por ventilação forçada) á esquerda

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2.3.42.3.42.3.42.3.4 Protecção dos ouvidosProtecção dos ouvidosProtecção dos ouvidosProtecção dos ouvidos O ruído constitui uma causa de incomodo para o trabalho, um obstáculo ás comunicações verbais e sonoras, podendo provocar fadiga geral e, em casos extremos, trauma auditivo e alterações fisiológicas extra-auditivas.

Figura 2.10 - Protecção obrigatória dos ouvidos

Tipos de Ruído Uniforme e contínuo – Com pequenas flutuações como um motor eléctrico; Uniforme intermitente – Ruído constante que inicia e pára alternadamente, como uma máquina automática; Flutuante – Varia mas mantém um valor médio constante num longo período, como na rebarbagem; Impulsivo – Com a duração menor que um segundo, como a rebitagem.

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Grandezas Físicas e Unidades Acusticas

Fases das Perdas Auditivas I

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Classificação de protectores auditivos:

1. Segundo o modo de utilização:

Abafadores ( Protectores Auriculares)

• Com banda sobre a cabeça • Com banda por trás da nuca • Montados com capacete de protecção

Tampões Auditivos

• Pré - moldados • Moldados pelo utilizador (compressíveis) • Realizados por medida • Reunidos por uma banda

2. Segundo modo de funcionamento:

Aparelhos Passivos - A atenuação acústica não depende do nível de pressão sonora

Aparelhos não lineares - A atenuação acústica não depende do nível de pressão sonora exterior

Aparelhos Activos - A atenuação é reforçada, sobretudo nas baixas frequências, por um dispositivo electroacústico

Aparelhos de Comunicação - Permitem a transmissão de mensagens ou a percepção de sinais importantes para a realização das diferentes tarefas.

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Os tampões são introduzidos no canal auditivo externo e visam diminuir a intensidade das variações de pressão que alcançam o tímpano. Os materiais empregues são: o algodão (simples, impregnado com cera ou plastificado), a borracha, os plásticos e a lã mineral. Os abafadores são feitos em material rígido, revestido internamente por material flexível. Devem adaptar-se ao pavilhão auditivo, cobrindo-o totalmente. A protecção individual deverá ser implementada em locais onde a exposição pessoal diária for susceptível de exceder 85 decibéis.

Figura 2.11 - Sequência para colocação de um tampão auditivo em espuma de poliuretano no canal auditivo

Figura 2.12 - Tampões pré-moldados ( á esquerda ) e Protectores de tipo abafador ( á direita )

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2.3.52.3.52.3.52.3.5 Protecção do troncoProtecção do troncoProtecção do troncoProtecção do tronco

O tronco é protegido através do vestuário, que pode ser confeccionado em diferentes tecidos. O vestuário de trabalho deve ser cingido ao corpo para se evitar a sua prisão pelos órgãos em movimento. A gravata ou cachecol constituem, geralmente, um risco, devendo, por isso, ser evitados.

Em certos casos podem ser utilizados aventais contra a projecção de líquidos (corrosivos ou não) ou contra radiações. Há uma grande variedade de tecido cuja utilização é condicionada pelo tipo de agente agressor. São utilizáveis fibras naturais ( algodão, lã) ou sintéticas (poliéster, poliamidas) no vestuário normal de trabalho. A lã resiste melhor que o algodão a elevadas temperaturas, podendo ambos ser impregnados com substâncias incombustíveis. A sua resistência a produtos químicos é limitada, sendo preferentemente substituídos por fibras sintéticas. Estas, contudo, apresentam, geralmente, maior inflamabilidade. Certas fibras poliamídicas (ex.: aramid ) constituem excepção a esta regra, sendo utilizadas em trabalhos sob calor intenso e no combate a incêndios. Para protecção contra óleos e outros produtos químicos serão de preferir materiais plásticos como o PVC, o neopreno e o polietileno de baixa densidade. Na defesa contra as radiações é aconselhável o couro. Cita-se, como exemplo, o caso dos soldadores, que ficarão igualmente protegidos contra os riscos das queimaduras.

Figura 2.13 - ( Da esquerda para a direita) - Fato de trabalho de 2 peças; Fato de trabalho de 1 peça e Fato de protecção contra produtos químicos

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2.3.62.3.62.3.62.3.6 Protecção dos pés e dos membros inferioresProtecção dos pés e dos membros inferioresProtecção dos pés e dos membros inferioresProtecção dos pés e dos membros inferiores

A protecção dos pés deve ser considerada quando há possibilidade de lesões a partir de efeitos mecânicos, térmicos, químicos, ou eléctricos. Quando há possibilidade de queda de materiais, deverão ser usados sapatos ou botas (de couro, borracha ou matéria plástica) revestidos anteriormente com biqueiras de aço, eventualmente com reforço no artelho ( tornozelo ) e no peito do pé. É o caso de determinados trabalhos de manutenção e de conservação. Em certos casos verifica-se o risco de perfuração da planta dos pés

(ex.: trabalhos de construção civil), devendo, então, ser incorporada uma palmilha de aço no respectivo calçado. A sola é um componente muito importante do calçado de protecção. O neopreno, o poliuretano, e, mais recentemente, o elastómero de acrilonitrilo são os materiais mais utilizados na sua confecção. Os trabalhos em meios húmidos ou encharcados obrigam à utilização de botins de borracha de cano alto, de preferência com solas antiderrapantes ( em PVC ou neopreno) para melhor aderência ao solo. Para resistir ao calor deve ser utilizado o couro, ou, em casos mais graves, fibras sintéticas com revestimento reflector ( aluminizado). O couro é muito utilizado nas polainas dos soldadores, com vista à protecção dos membros inferiores. Também os joelhos podem ser protegidos, utilizando joelheiras apropriadas.

Figura 2.14 - Bota com biqueira de aço ( á esquerda ) e Botim de borracha ( á direita

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2.3.72.3.72.3.72.3.7 Protecção das mãos e dos membros superioresProtecção das mãos e dos membros superioresProtecção das mãos e dos membros superioresProtecção das mãos e dos membros superiores

Os ferimentos nas mãos constituem o tipo de lesão mais frequente que ocorre na indústria. Daí a necessidade da sua protecção. O braço e o antebraço estão, geralmente, menos expostos do que as mãos, não sendo, contudo, de subestimar a sua protecção.

Como dispositivos de protecção individual usar-se-ão luvas, dedeiras, mangas ou braçadeiras. As luvas são os dispositivos mais frequentes e podem dispor de 2, 3, ou 5 dedos. Tal como já foi anteriormente referido, os materiais utilizados dependem do agente agressor e são, fundamentalmente, os seguintes: Couro

Tem boa resistência mecânica e razoável resistência térmica. Pode ser utilizado em trabalhos com exposição a calor radiante, desde que impregnados com uma película reflectora, que permite a respiração cutânea em virtude da sua porosidade; Tecidos

São utilizados em trabalhos secos, que não exijam grande resistência térmica ou mecânica. Dada a sua porosidade e flexibilidade, são, geralmente, agradáveis para o utilizador, permitindo a realização de trabalhos finos. Com determinados acabamentos é possível obter uma razoável resistência térmica e mecânica.

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Borracha natural (látex)

É utilizável em trabalhos húmidos e em presença de ácidos ou bases. É contra-indicada para óleos , gorduras ou solventes. Não é porosa, no caso de utilização demorada, pode provocar irritação na pele. As luvas de protecção contra a corrente eléctrica (alta tensão ) são em borracha natural, tendo gravados o nome da identidade testadora e a tensão de ensaio. Plásticos

São de vários tipos (PVC, neopreno, polietileno, etc.) e utilizados, em geral, para substâncias como óleos, solventes, gorduras e outros. Resistem aos líquidos, gases e, em certos casos, a substâncias radioactivas. Não podem ser utilizados em trabalhos ao calor. Determinados tipos de luvas destes materiais são, também, bastante flexíveis e resistentes aos corte. Malha mecânica

É utilizada contra o risco de corte ou ferimentos graves nas mãos em trabalhos com lâminas afiadas (em talhos ou matadouros) A luva de malha pode ser combinada com uma luva de couro ou de tecido para maior comodidade de utilização. Como meio de protecção da pele das mão contra a acção agressiva de certos produtos químicos (ácidos, bases, detergentes, solventes), podem, ainda, utilizar-se cremes protectores. Estes são aplicáveis depois de lavar as mãos e formam uma película muito fina que não altera a sensibilidade táctil e resiste durante algumas horas. A sua protecção não é, obviamente, tão eficiente como a que se obtém pelo uso de luvas.

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2.3.82.3.82.3.82.3.8 Protecção contra QuedasProtecção contra QuedasProtecção contra QuedasProtecção contra Quedas

Em todos os trabalhos que apresentam risco de queda livre por exemplo na construção civil, montagens deve utilizar-se o cinto de segurança. Este deve ser ligado a um cabo de boa resistência, que pela outra extremidade se fixará num ponto conveniente. O comprimento do cabo deve ser regulado segundo as circunstâncias, não devendo exceder 1,4 metros de comprimento.

O cinto de segurança poderá ser reforçado com suspensórios fortes e, em certos casos, associado a dispositivos mecânicos amortecedores de quedas.

Figura 2.15 - Utilização do cinto de segurança

Figura 2.16 - Utilização do cinto de segurança e dispositivo amortecedor de quedas

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CCapítulo 3

OBJECTIVOS: Conhecer as formas e cores da sinalização de Segurança Laboral.

Aplicações.

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CapítuCapítuCapítuCapítulo 3lo 3lo 3lo 3 ---- Sinais e sinalização de segurançaSinais e sinalização de segurançaSinais e sinalização de segurançaSinais e sinalização de segurança

• Definições • Formas de sinalização

1.11.11.11.1 DefiniçõesDefiniçõesDefiniçõesDefinições A sinalização de segurança tem por objectivo chamar a atenção, de forma rápida e sem dúvidas, para um sem número de situações que comportem riscos, quer para todos os colaboradores que habitualmente trabalhem na empresa, quer para outros que só aí se encontrem temporariamente, por exemplo, visitantes, fornecedores, colaboradores de empresas prestadoras de serviços, etc. A falta ou erros de sinalização podem conduzir a acidentes, de maior ou menor gravidade, para pessoas e bens. O número e a localização dos meios ou dispositivos dependerão da importância dos riscos, dos perigos existentes e da extensão da zona a cobrir. A sinalização de segurança deverá ser eficaz, devendo ser garantida a acessibilidade e a clareza da mensagem ( dimensão e características colorimétricas e fotométricas correctas ). Todos os equipamentos de sinalização de segurança deverão ser mantidos em bom estado de conservação ( limpeza e funcionamento ), não devendo ser confundidos ou afectados por qualquer outro tipo de sinalização ou fonte emissora estranha à sinalização de segurança. 1.21.21.21.2 Formas de sinalizaçãoFormas de sinalizaçãoFormas de sinalizaçãoFormas de sinalização Existem várias formas universais de sinalização e que se completem entre si: Sinais coloridos – ( pictogramas ou luminosos ), para assinalar riscos ou dar indicações. Sinais acústicos – habitualmente para assinalar situações de alarme e de evacuação. Comunicação verbal Sinais gestuais – para que, quando a comunicação de viva voz não seja possível, se possam dar as indicações necessárias.

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Relativamente, aos sinais coloridos ( pictogramas ), a sua forma geométrica, bem como a combinação das formas e das cores e seu significado nos seus sinais estão indicados abaixo: Sinais de obrigação e de proibição

Sinais de perigo Sinais de emergência, de indicação e sinais adiciona is

FORMA CORES

VERMELHO

Proibição/Perigo/Alarme

-

Material de combate a incêndio

AMARELO

-

Aviso/Precaução

-

VERDE

-

-

Indicação de

segurança/Salvamento de emergência

AZUL

Obrigação

-

-

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De acordo com a legislação vigente, apresentam-se seguidamente os sinais relativos à sinalização de segurança. De qualquer forma, existem disponíveis no mercado outros sinais que poderão complementar as prescrições mínimas exigidas por lei: SINAIS DE PROIBIÇÃO

Figura 3.1 - Sinais de proibição

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SINAIS DE AVISO

Figura 3.2 - Sinais de aviso

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SINAIS DE OBRIGAÇÃO

Figura 3.4 - Sinais de obrigação

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SINAIS DE SALVAMENTO OU DE SAÚDE

Figura 3.5 - Sinais de salvamento ou de saúde

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SINAIS RELATIVOS A MATERIAL DE COMBATE A INCÊNDIOS

Figura 3.6 - Sinais relativos a material de combate a incêndios

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SINAIS RELATIVOS A OBSTÁCULOS E LOCAIS PERIGOSOS A sinalização de obstáculos e locais permanentemente perigosos, tais como degraus de escadas, buracos no pavimento ou locais que apresentem risco de choque, quedas ou passos em falso de pessoas ou ainda risco de queda de materiais, deverá ser feita com ajuda de faixas de cor preto / amarelo ou vermelho / branco, tendo em conta as dimensões do obstáculo ou local perigoso.

Figura 3.7 - Sinais relativos a obstáculos e locais perigosos

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CCapítulo 4

OBJECTIVOS: Conhecer os efeitos da passagem da

corrente eléctrica no corpo humano.

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CapítuCapítuCapítuCapítulo 4lo 4lo 4lo 4 ---- Riscos eléctricosRiscos eléctricosRiscos eléctricosRiscos eléctricos

• Introdução ao conceito de risco eléctrico • Como se manifesta o risco eléctrico. Lei de

Joule e Lei de Ohm • Noções sobre electrofisiologia • Efeitos fisiopatológicos da corrente eléctrica

no corpo humano • Limiar da percepção • Limiar no não largar. Tetanização • Paragem respiratória • Fibrilação ventricular • Queimaduras

4.14.14.14.1 Introdução ao conceito de risco eléctricoIntrodução ao conceito de risco eléctricoIntrodução ao conceito de risco eléctricoIntrodução ao conceito de risco eléctrico A electricidade não se vê, não se ouve e não se det ecta por olfacto. No entanto o risco eléctrico está presente e é bem conhecido pela gravidade das suas consequências.

Desde a existência da terra que a electricidade tem demonstrado serem os seus efeitos perniciosos quando não controlados. De facto, as descargas atmosféricas, longe de poderem ser controladas em benefício do homem, produziram sempre no ser humano um efeito psicológico mais perturbador que os próprios efeitos. As actuais formas de a produzir são diversas, mas a utilização da electricidade carece sempre de medidas de segurança eficazes para não provocar danos pessoais que poderão levar á morte.

4.34.34.34.3 Noções sobre electrofisiologiaNoções sobre electrofisiologiaNoções sobre electrofisiologiaNoções sobre electrofisiologia Para se compreender, ainda que resumidamente, o mecanismo da acção da corrente eléctrica sobre o corpo humano, necessitamos de algumas noções elementares de electrofisiologia. O tecido animal é constituído por células que se encontram imersas no líquido intersticial, separadas do citoplasma por uma finíssima membrana. Quer o líquido intersticial, quer o líquido intracelular ( citoplasma ) são electrólitos onde os iões potássio, sódio, cloro, etc., se movem segundo um gradiente de concentração, isto é, tendem a difundir-se para a zona de menor concentração.

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A membrana celular, que apresenta uma permeabilidade selectiva aos iões, origina uma diferença de potencial de 70 a 90 milivolt entre as duas faces da célula, sendo a interna negativa em relação á externa – trata-se do potencial de repouso. Alguns tipos de células como, por exemplo, as nervosas e as musculares, sujeitas á acção de um dado estímulo ( de natureza eléctrica, térmica, mecânica ou química ), entram em actividade alterando a permeabilidade da membrana. Gera-se, então, uma corrente iónica e modifica-se a diferença de potencial entre as duas faces, a qual, posteriormente, regressa ao valor primitivo. O estímulo excita a célula somente se existir uma intensidade suficiente em relação á sua duração. No caso do estímulo eléctrico, a célula é sensível, em primeira aproximação, á quantidade de electricidade trocada entre o interior e o exterior da célula.

Estas considerações também são válidas para o músculo cardíaco, pois o coração é formado por um elevado número de fibras musculares dispostas em feixes paralelos. A diferença essencial do coração em relação a todos os outros músculos do corpo humano reside no facto de os estímulos necessários á sua operação serem produzidos por si próprio. O músculo cardíaco denomina-se de miocárdio .

Figura 4.1 - Coração em corte

O ponto de origem do potencial que determina a contracção rítmica do músculo cardíaco é o nódulo sinusal . Por sua vez, o nódulo auriculoventricular recebe o impulso e transmite-o através do feixe de His aos ventrículos posicionados na parte inferior do coração.

Figura 4.2 - Coração humano

As células cardíacas são carregadas ou polarizadas no estado de repouso, mas quando electricamente estimuladas despolarizam-se e contraem-se. Define-se diástole como o repouso total do músculo cardíaco e sístole como a contracção do músculo cardíaco. O tempo de relaxamento do coração, 0,4 segundos, é igual ao tempo de actividade, só assim podemos compreender como este órgão funcione ao longo de toda a vida de um indivíduo.

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Figura 4.3 - Electrocardiograma e fenómenos associados

A onda P representa a formação do estímulo no nódulo sinusal, com a consequente despolarização ( o interior da células torna-se positivo ) e a subsequente contracção de ambas as aurículas. Na linha equipotencial PQ , o estímulo que percorre os ramos esquerdo e direito do feixe de His é difundido nos ventrículos, despolarizando-os. Na linha equipotencial ST , os ventrículos permanecem excitados sem que se gere novo fenómeno eléctrico. A onda T representa a repolarização dos ventrículos ( as células voltam a ser negativas ), que podem novamente ser estimuladas.

4.44.44.44.4 Efeitos fisiopatológicos da corrente eléctrEfeitos fisiopatológicos da corrente eléctrEfeitos fisiopatológicos da corrente eléctrEfeitos fisiopatológicos da corrente eléctrica no corpo humanoica no corpo humanoica no corpo humanoica no corpo humano A passagem da corrente eléctrica, através do corpo humano, pode determinar alterações e lesões temporárias ou permanentes. A corrente eléctrica produz uma acção directa sobre os vasos sanguíneos, sobre o sangue e sobre as células nervosas e pode determinar alterações permanentes no sistema cardiovascular, na actividade cerebral e no sistema nervoso central. Pode ainda ocasionar danos nos aparelhos auditivo, visual, etc. Os efeitos mais frequentes e mais importantes que a corrente eléctrica produz no corpo humano e que contribuem para definir limites de perigosidade são, fundamentalmente:

• Tetanização • Paragem respiratória • Fibrilação ventricular • Queimaduras

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Em análise geral teremos:

• Movimentos reflexos a partir de correntes relativamente fracas; Para correntes até 0,5 mA os efeitos não são normalmente percebidos pelas pessoas. O limiar da percepção começa normalmente a partir dos 0,5 mA. Este limiar varia de pessoa para pessoa.

• Efeitos térmicos, que podem ser desde queimaduras superficiais nos pontos de contacto do corpo com as peças em tensão a partir de intensidades da ordem dos 10 mA, durante alguns minutos até queimaduras profundas para correntes de intensidade e duração superiores. Para além dos efeitos térmicos resultantes da passagem da corrente podem existir ainda queimaduras devido a um arco eléctrico ( descarga eléctrica ) que pode atingir no seu núcleo temperaturas da ordem das centenas ou milhares de graus Kelvin;

• Contracções musculares, em que os músculos flectores ficam contraídos provocando a colagem da vítima à peça em tensão (por exemplo, não permitindo abrir a mão para largar um condutor em tensão ou uma ferramenta que empunhava e tocou numa peça em tensão);

• Efeitos de tetanização, resultantes das contracções dos músculos respiratórios e do diafragma, bloqueando os movimentos respiratórios, provocando a asfixia da vítima. Estas correntes são da ordem dos 20 a 30 mA.

• Efeitos circulatórios: as pulsações do coração são reguladas por impulsos eléctricos provenientes do nódulo sinusal, este é o verdadeiro gerador biológico de impulsos eléctricos que comandam o coração. Uma corrente eléctrica exterior de intensidade suficiente perturba esse funcionamento e as pulsações regulares são substituídas por movimentos espasmódicos rápidos e desordenados que não asseguram ou asseguram mal a circulação sanguínea: é a síncope cardíaca e a vítima está em perigo de morte. Este fenómeno é conhecido como fibrilação.

4.4.14.4.14.4.14.4.1 Limiar de percepçãoLimiar de percepçãoLimiar de percepçãoLimiar de percepção O limiar de percepção – valor mínimo da corrente sentida por uma pessoa atravessada pela mesma – depende de vários parâmetros. Entre eles destacam-se a n superfície do corpo, as condições de contacto (superfície de contacto, pele seca ou húmida, pressão, etc.) e as características fisiológicas do indivíduo. Segundo a publicação 479-1 CEI 1984, 0,5 miliamperes constitui esse limite para correntes alternadas compreendidas entre 15 e 100 Hertz. Em corrente contínua o limite é de 2 miliamperes. Quando a mão é atravessada por corrente contínua, a pessoa tem uma ligeira sensação de calor, enquanto que a estimulação dos centros nervosos, por uma corrente alternada, se traduz por uma breve sensação de formigueiro.

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4.4.24.4.24.4.24.4.2 Limiar de não largar. Tetanização.Limiar de não largar. Tetanização.Limiar de não largar. Tetanização.Limiar de não largar. Tetanização. Sob acção de um estímulo eléctrico, o músculo contrai-se para depois regressar ao estado de repouso. Se ao primeiro estímulo se seguirem outros, periodicamente intervalados, a força de contracção do músculo aumenta de maneira progressiva, originando uma contracção que se designa por tetânica ou tetanização. Se o fenómeno descrito acontece em corrente alternada, o contacto da vítima com eléctrodo em tensão perdura no tempo e pode produzir asfixia, conduzindo, eventualmente, a um estado de inconsciência. A corrente contínua pode também produzir tetanização se for suficiente a sua intensidade e o seu tempo de actuação. O valor mais elevado da corrente para a qual uma pe ssoa é ainda capaz de largar o objecto em tensão com que está em contacto é o limiar de não largar.

Este valor varia de pessoa para pessoa, é menor para as mulheres e crianças e para indivíduos de baixo peso, os quais, em geral, são mais sensíveis á corrente eléctrica. Para corrente alternada de frequência entre os 15 Hz e 100 Hz, esse limite é considerado pela CEI como sendo 10mA. Em corrente contínua o limiar é mais elevado e impreciso, não sendo possível definir um limiar de não largar para intensidades inferiores a aproximadamente 300 mA. 4.4.34.4.34.4.34.4.3 Paragem respiratóriaParagem respiratóriaParagem respiratóriaParagem respiratória Intensidades de corrente superiores ás acima indicadas para o limite de não largar produzem nas vítimas dificuldades respiratórias e sinais de asfixia. A passagem da corrente determina uma contracção dos músculos adstritos à respiração ou uma paralisia dos centros nervosos que superintendem à função respiratória. Se a corrente perdurar, aumenta, rapidamente, o risco de morte por asfixia. Por isso, é fundamental realizar no mais curto lapso de tempo ( 3 a 4 minutos no máximo ) a respiração artificial, afim de evitar a asfixia da vítima ou, lesões irreversíveis no tecido cerebral. 1.4.4.1.4.4.1.4.4.1.4.4. Fibrilação ventricularFibrilação ventricularFibrilação ventricularFibrilação ventricular Conforme foi referido, a contracção das fibras musculares cardíacas é devida a impulsos eléctricos provenientes do nódulo sinusal. Este é o verdadeiro gerador biológico de impulsos eléctricos que comandam o coração. Se á corrente eléctrica fisiológica normal se sobrepuser uma corrente eléctrica de origem externa muitíssimo maior, é fácil imaginar a perturbação que esta última ocasiona no equilíbrio eléctrico do corpo humano, principalmente a nível dos ventrículos.

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Á actividade eléctrica normal corresponde o pulsar ritmado do músculo cardíaco; sob a acção da actividade eléctrica perturbadora as fibras passam a contrair-se de maneira desordenada, surgindo, então, o fenómeno de fibrilação ventricular. Este fenómeno constitui a principal causa de morte por acção da corrente eléctrica. A fibrilação ventricular foi, durante muito tempo, considerada um fenómeno irreversível, isto é, mesmo que cessasse a causa que a produziu, ela persistia até ocasionar a morte. Actualmente, com o recurso ao desfribilador, pode parar-se a fibrilação assim conseguir-se a recuperação da vítima. No entanto, como se referiu, é imprescindível não perder tempo na prestação dos primeiros socorros – massagem cardíaca e respiração boca a boca, até que o desfribilador possa ser utilizado. É difícil definir um limiar para a fibrilação ventricular pois é impossível a experimentação directa sobre o homem e é difícil extrapolar para este os resultados obtidos nos animais. Além disso, a corrente que atinge o coração é só uma parte da corrente que flui através do corpo humano. Para quantificar a influência do trajecto da corrente alternada no início da fibrilação ventricular introduz-se um coeficiente de correcção – factor de corrente no coração – designado por F. Toma-se como referência o trajecto mão esquerda – pés. O facto de corrente do coração permite calcular as correntes I para vários trajectos, representando o mesmo perigo de fibrilação que o correspondente á corrente de referência Iref entre a mão esquerda e os dois pés, assim:

I = I ref / F

TRAJECTO DA CORRENTE

FACTOR DE CORRENTE DO CORAÇÃO

Mão esquerda - pé esquerdo, pé direito ou dois pés

1,0

Duas mãos - dois pés

1,0

Mão esquerda - mão direita

0,4

Mão direita - pé esquerdo, pé direito ou dois pés

0,8

Costas - mão direita

0,3

Costas - mão esquerda

0,7

Peito - mão direita

1,3

Peito - mão esquerda

1,5

Nádega - mão esquerda, mão direita ou duas mãos

0,7

Por exemplo uma corrente de 200 mA mão - mão ( factor 0,4 ) tem o mesmo efeito que uma corrente de 80 mA mão esquerda - pés ( factor 1,0 )

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Existe um breve intervalo de tempo no ciclo cardíaco, no qual o ventrículo é electricamente instável. Se os estímulos são aplicados nesta fase do ciclo cardíaco, a probabilidade de fibrilação ventricular aumenta consideravelmente. Este intervalo de tempo designa-se por período vulnerável e corresponde à primeira parte da onda T no electrocardiograma. Representa cerca de 10% a 20% do ciclo cardíaco.

Figura 4.5 - Aparecimento da fibrilação ventricular no período vulnerável.

4.4.54.4.54.4.54.4.5 QueimadurasQueimadurasQueimadurasQueimaduras As queimaduras representam a consequência mais frequente dos acidentes devido à electricidade. A gravidade das queimaduras eléctricas está associada aos seguintes factores físicos: tensão, intensidade de corrente e tempo de passagem da corrente. Deve notar-se que as queimaduras eléctricas devidas a correntes de alta tensão são particularmente graves, pois, para além das queimaduras nos pontos de contacto, podem surgir queimaduras profundas ao longo do trajecto da corrente eléctrica, ao nível das massas musculares, dos tensões, etc.

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CCapítulo 5

OBJECTIVOS: Tipos de contacto com a electricidade. Medidas de protecção. Classes de isolamento.

Terra de protecção.

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CapítuCapítuCapítuCapítulo 5 lo 5 lo 5 lo 5 ---- Protecção contra riscos eléctricos Protecção contra riscos eléctricos Protecção contra riscos eléctricos Protecção contra riscos eléctricos

• Características da rede de distribuição de

energia • Linhas de Alta Tensão ( AT ) ou

Transporte • Linhas de Média Tensão ( M.T. ) • Linhas de Baixa Tensão ( B.T. ) • Subestações • Postos de Transformação

• Trabalhos em instalações eléctricas e na proximidade de linhas

• Noção e tipos de contacto • Concepção da instalação eléctrica • Protecção contra choques eléctricos -

sistemas de protecção de pessoas • Resistência de terra

Noção e tipos de contactoNoção e tipos de contactoNoção e tipos de contactoNoção e tipos de contacto

O que é perigoso não é tocar num condutor sob tensão, mas tocar ao mesmo tempo um outro objecto condutor de electricidade ou tornando condutor e elevado a um potencial diferente por circunstâncias acidentais. Existem dois tipos de contactos :

• Contacto directo – contacto das pessoas com as partes activas dos materiais e dos equipamentos.

Parte activa – sãos os condutores activos e peças condutoras de uma instalação eléctrica susceptíveis de estarem em tensão em serviço normal. Condutores activos – condutores afectos á transmissão de energia eléctrica ( inclui fase e neutro, no caso da corrente alternada ).

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• Contacto indirecto – contacto de pessoas com massas ou elementos condutores postos

acidentalmente sob tensão. Massa – todo o elemento metálico de um material eléctrico susceptível de ser tocado, é normalmente isolado as partes activas, mas podendo ser posto acidentalmente sob tensão. Elemento condutor – elemento metálico estranho à instalação eléctrica susceptível de propagar um potencial.

Em termos de electrização existem cinco modos possíveis de contacto das pessoas e as partes eléctricas das instalações, assim: Contacto bipolar

1. Contacto com uma parte activa do circuito sob tensão e com uma segunda parte activa

igualmente sob tensão. Frequente e particularmente perigoso . 2. Contacto com uma parte activa sob tensão e com uma massa

posta sob tensão. Raro . 3. Contacto com uma massa posta eventualmente sob tensão e

contacto com outra massa posta acidentalmente sob tensão. Muito raro .

Figura 5.10 - Contacto bipolar Contacto unipolar

Figura 5.11 - Contacto unipolar

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4. Contacto com uma parte activa sob tensão e a terra. Muito frequente . 5. Contacto com a massa posta acidentalmente sob tensão e a terra. Muito frequente . Exemplos concretos:Exemplos concretos:Exemplos concretos:Exemplos concretos:

Contacto entre um elemento activo sob tensão e um outro elemento activo sob tensão diferente. Contacto directo bipolar .

Figura 5.12 - Exemplo de um contacto directo

Contacto entre a massa ( elemento susceptível de poder ser tocado, em regra isolado das partes activas do material ou aparelho eléctrico, podendo estar acidentalmente sob tensão ) acidentalmente sob tensão e a terra. Contacto indirecto .

Figura 5.13 - Exemplo de um contacto indirecto Concepção da instalação eléctricaConcepção da instalação eléctricaConcepção da instalação eléctricaConcepção da instalação eléctrica Uma instalação eléctrica é o conjunto de:

• Componentes que permitem ou podem permitir a passagem da corrente (fios condutores, protecções);

• Componentes que não permitindo a passagem de corrente são essenciais ao seu funcionamento, tais como tubos, caixas, suportes, isoladores, etc.

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Protecção da instalação e canalizaçõesProtecção da instalação e canalizaçõesProtecção da instalação e canalizaçõesProtecção da instalação e canalizações

Para eliminar ou reduzir os riscos eléctricos na sua origem, é fundamental a adopção de uma série de medidas no sentido de proteger as instalações e canalizações eléctricas, nomeadamente contra sobreintensidades provocadas por:

• Sobrecargas

• Curto-circuitos Os dispositivos mais importantes são:

• Contactores - disjuntores providos de relés térmicos para protecção contra sobrecargas;

• Relés electromagnéticos e corta circuitos fusíveis para protecção contra curto - circuitos.

Segundo a potência pedida pelo utilizador, o grupo distribuidor de energia nacional assegura a distribuição:

• Através de um ou vários postos de transformação. • Através da rede de distribuição pública. Monofásica ( 230 V ) , trifásica ( 230-400V )

Figura 5.14 - Representação esquemática de um utilizador alimentado através da rede de

distribuição pública de baixa tensão Nos postos de transformação, o transformador trifásico de potência tem, a maioria das vezes, o secundário ligado em estrela, cujo ponto comum é o neutro. A situação do neutro em relação à terra permite, tendo em conta a situação das massas da instalação, definir o regime de neutro a utilizar na exploração de instalação eléctrica.

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A publicação 364-1 CEI define três regimes de neutro, que são designados pela associação de duas ou três letras: Primeira letra _Situação do neutro em relação à terra

• T – ligação directa do neutro á terra; • I – Ausência de ligação do neutro à terra ou ligação por intermédio de uma impedância.

Segunda Letra _ Situação das massas da instalação

• T – Ligação das massas a uma tomada de terra distinta da do neutro. • N – Ligação das massas ao neutro.

Terceira Letra

• C – Condutor, assegurando ao mesmo tempo as funções de condutor neutro e de

condutor de protecção, designado por PEN; • S – Condutor de protecção, PE, e condutor neutro, N, separados.

Assim teremos, 1_SISTEMA TT

O neutro está ligado à terra e as massas são ligadas directamente à terra através de eléctrodos próprios, distintos do neutro. Este sistema é maioritariamente utilizado em instalações industriais e domésticas. 2_SISTEMA TN

O neutro está ligado à terra e as massas estão ligadas ao ponto neutro por condutores de protecção.

• Se o condutor neutro e o de protecção se confundem, o sistema é designado de TNC. • Se o condutor neutro e o de protecção são separados, o sistema é designado de TNS.

3_SISTEMA IT

O neutro não está ligado à terra (neutro isolado) ou está ligado por intermédio de uma impedância (neutro impedante).

Protecção contra choques eléctricos Protecção contra choques eléctricos Protecção contra choques eléctricos Protecção contra choques eléctricos ---- sistemas de protecção de pessoas sistemas de protecção de pessoas sistemas de protecção de pessoas sistemas de protecção de pessoas A protecção contra choques eléctricos está dependente de uma série de variáveis, entre as quais se destacam o tipo de contactos. As situações susceptíveis de ocasionar o choque eléctrico devem-se fundamentalmente a dois tipos de contactos vistos anteriormente, contactos directos e contactos indirectos. Meios de protecção contra contactos directosMeios de protecção contra contactos directosMeios de protecção contra contactos directosMeios de protecção contra contactos directos

• Afastamento das partes activas; • Por isolamento das partes da instalação normalmente sob tensão;

• Por interposição de obstáculos que impeçam qualquer contacto acidental com as partes activas;

• Utilizando tensões baixas, não excedendo os 25 / 50 V.

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Meios de protecção contra contactos indirectosMeios de protecção contra contactos indirectosMeios de protecção contra contactos indirectosMeios de protecção contra contactos indirectos Estas medidas ou meios devem assegurar que em qualquer massa ou elemento condutor estranho à instalação eléctrica, não exista uma tensão superior à de segurança. Podem incluir-se em dois grupos: Grupo I - Medidas ou disposições destinadas a suprimir o próprio risco, fazendo com que os contactos não sejam perigosos ou impedindo contactos simultâneos de massas com elementos condutores, entre os quais possa surgir uma diferença de potencial perigosa; Grupo II - Medidas ou disposições com o objectivo de ligar as massas à terra, directamente ou por intermédio do neutro da instalação, associando-se a um dispositivo de corte automático que desligue a instalação ou parte da instalação defeituosa. MEDIDAS DE PROTECÇÃO DO GRUPO I

• Separação de circuitos de utilização das fontes de energia, por via de transformadores (CA) ou de conversores (CC);

• Utilização de tensões reduzidas de segurança; • Separação entre as partes activas e as massas acessíveis, através de isolamento de protecção (classe II); • Inacessibilidade simultânea de massas e elementos condutores; • Isolamento de protecção; • Estabelecimento de ligações equipotenciais ( igualar as tensões entre duas massas distintas ).

Considerações:

Utilização de tensão reduzida de segurança - Esta medida consiste no emprego de tensões abaixo dos 50 V. A utilização destas tensões deve ter em conta as condições do meio:

• 25 V, de valor eficaz para locais húmidos; • 50 V, para locais secos.

Nestes circuitos deve ainda tomar-se em consideração:

• Os circuitos de muito baixa tensão, não podem ter qualquer contacto por terra com outros circuitos de tensão superior;

• material isolante empregue nestes circuitos deve ser igual ao utilizado para 250 V; • Os cabos flexíveis de alimentação devem ser resistentes ao óleo e a dobragens.

Isolamento de protecção - esta medida consiste em isolar as partes metálicas de um aparelho ou equipamento eléctrico, de modo a evitar que se possam tocar partes metálicas que, não devendo estar normalmente em tensão, o podem estar por defeito. Este tipo de isolamento deve ser obrigatório em todas as pequenas ferramentas eléctricas manuais: berbequins, rectificadoras, etc. Os equipamentos ou ferramentas assim isolados não necessitam de ligação à terra. São designados de CLASSE II , e devem obrigatoriamente apresentar o símbolo.

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MEDIDAS DE PROTECÇÃO DO GRUPO II

A protecção por ligação à terra consiste na união, por meio de condutores, de todas as partes metálicas de uma instalação com uma derivação final à terra, através de um eléctrodo. Esta medida, obriga:

• A ligação das massas à terra; • Um dispositivo de corte automático que garanta o corte da corrente em tempo oportuno.

Considerações:

Ligação das massas à terra - Numa instalação sem ligação à terra a corrente ocasionada por um defeito passa totalmente através do corpo humano e, se a tensão de massa for superior a 50 V, a corrente pode ser perigosa. Se a massa estiver ligada à terra através de uma resistência de pequeno valor, a maior parte da corrente passará através da resistência e não pelo corpo humano.

Figura 5.15 - Ligação das massas á terra

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Classes de isolamentoClasses de isolamentoClasses de isolamentoClasses de isolamento

Classe I

Classe II

Classe III

Equipamentos providos com pelo menos um tipo de isolamento principal em todas as suas partes construtivas. Deve ser dotado de ligação de terra ou cabo de alimentação não destacável com condutor de ligação à terra.

Equipamentos providos com duplo isolamento e/ou isolamento reforçado principal em todas as suas partes construtivas. Não necessitam de qualquer ligação de terra.

Equipamentos cujos circuitos internos são alimentados exclusivamente com recurso a muito baixas tensões de segurança (abaixo de 50 volt).

Simbolo

Simbolo

Simbolo

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5.6.15.6.15.6.15.6.1 Resistência de terraResistência de terraResistência de terraResistência de terra A terra de protecção é então aquela onde são ligadas as massas das instalações de utilização. Existe um condutor derivado de protecção destinado a ligar a massa a um condutor geral de protecção.

Figura 5.16 - Eléctrodo de terra __________________________ LEGENDA: 1 _ Piquete de aço com revestimento de cobre

2 _ Ligador cónico 3 _ Abraçadeira para ligação ao condutor de protecção 4 _ Cruzeta rotativa para enterrar no terreno

O eléctrodo de terra é um conjunto de materiais condutores enterrados destinados a assegurar boa ligação eléctrica com a terra e ligado, num único ponto ( ligador de eléctrodo ), ao condutor geral de protecção. A resistência de terra é a resistência eléctrica conjunta de um eléctrodo e do terreno circundante. Deve ter um valor baixo ( ≈ 5 a 20 Ω ) para que escoe facilmente as correntes de fuga e o disjuntor diferencial actue rapidamente. O neutro da rede é ligado á terra de serviço através de um contacto de eléctrodo ( indicado na figura seguinte como ponto A ). No ponto B mostra a ligação das massas da instalação. Se todo o circuito de protecção estiver em boas condições, as correntes de fuga vão para a terra, caso contrário, se houver um defeito no próprio circuito de protecção, por exemplo um condutor partido, então é como se não existisse circuito de protecção e o utilizador ficará sujeito a perigos redobrados.

Figura 5.17 - Instalação eléctrico com ênfase do eléctrodo terra

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CCapítulo 6

OBJECTIVOS: Conhecer as características dos diferentes tipos de aparelhos de

protecção.

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CapítuCapítuCapítuCapítulo lo lo lo 6666 ---- Aparelhagem de comando e protecçãoAparelhagem de comando e protecçãoAparelhagem de comando e protecçãoAparelhagem de comando e protecção

• Conceito de circuito aberto e circuito fechado

• Conceito de sobreintensidade, sobrecarga e curto-circuito

• Aparelhos de protecção • Fusível • Disjuntores • Protecção diferencial

1.11.11.11.1 Conceito de circuito aberto e circuito fecConceito de circuito aberto e circuito fecConceito de circuito aberto e circuito fecConceito de circuito aberto e circuito fechadohadohadohado Quando no circuito da figura o interruptor estiver aberto e, consequentemente, não houver passagem de corrente , diz-se que o circuito está aberto . Se o interruptor estiver fechado verifica-se passagem de corrente eléctrica e diremos então que o circuito está fechado . 1.21.21.21.2 Conceito de sobreintensidade, sobrecarga e curtoConceito de sobreintensidade, sobrecarga e curtoConceito de sobreintensidade, sobrecarga e curtoConceito de sobreintensidade, sobrecarga e curto----circuitocircuitocircuitocircuito Diz-se que um elemento de um circuito está sujeito a uma sobreintensidade quando a intensidade da corrente que passa através dele ultrapassa em muito o valor normal de funcionamento , chamado de valor nominal , facto este que resulta sempre de uma avaria, defeito ou operação errada no circuito. Uma das causas mais frequentes de sobreintensidades é o curto-circuito . Diz-se que há um curto-circuito quando existe uma diminuição brusca da resistência , para valores próximos de zero, entre dois pontos sob tensões diferentes. Diremos que se verifica uma sobrecarga quando os valores normais do circuito são excedidos por virtude de uma maior solicitação em potência. 1.31.31.31.3 Aparelhos de protecçAparelhos de protecçAparelhos de protecçAparelhos de protecçãoãoãoão 1.3.11.3.11.3.11.3.1 FusívelFusívelFusívelFusível Os dispositivos fusíveis constituem a protecção mais tradicional dos circuitos e sistemas eléctricos. A sua operação consiste na fusão do elemento fusível contido no fusível. O elemento que funde é um condutor de pequena acção transversal, que sofre um aquecimento maior que o dos outros condutores á passagem da corrente eléctrica.

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O elemento fusível é um fio ou lâmina, geralmente de cobre, prata, estanho, chumbo ou liga, colocado no interior do corpo do fusível, em geral de porcelana, esteatite ou papelão, hermeticamente fechado. Alguns fusíveis possuem um indicador, que permite verificar se o dispositivo fusível operou ou não. Este é composto por um fio, de aço, por exemplo, ligado em paralelo com o elemento fusível e que liberta uma mola após operação. Essa mola actua sobre a plaqueta ou botão, ou mesmo parafuso, preso na tampa do corpo. A maioria dos fusíveis contém no seu interior, envolvendo por completo o fusível, material granulado extintor; para isso utiliza-se, em geral, areia de quartzo de granulometria conveniente. A figura 6.1 mostra a composição de um fusível:

Figura 6.1 - Componentes de um fusível 1.3.21.3.21.3.21.3.2 DisjuntoresDisjuntoresDisjuntoresDisjuntores Um disjuntor é definido como um aparelho de corte, comando e protecção dotado do respectivo poder de corte para correntes de curto-circuito e cuja actuação se pode produzir em condições predeterminadas. Será, portanto, similar a um interruptor automático, que desliga automaticamente no caso de uma anomalia, isto é, um interruptor que corta o circuito em condições bem definidas como, por exemplo, quando a intensidade da corrente atinge determinado valor. Conforme o tipo de disparador, os disjuntores de máxima intensidade, como também são designados, dividem-se em:

• Disjuntores magnetotérmicos • Disjuntores térmicos ( ou electrotérmicos ) • Disjuntores electromagnéticos

Figura 6.4 - Disjuntor magnetomagnético

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1.3.31.3.31.3.31.3.3 Protecção diferencialProtecção diferencialProtecção diferencialProtecção diferencial Os dispositivos diferenciais permitem a protecção contra os perigos dos contactos acidentais, usando aparelhos de alta sensibilidade na protecção contra contactos directos ou de média sensibilidade na protecção contra contactos indirectos. O dispositivo diferencial é concebido para proteger as pessoas e as instalações contra correntes de fuga à terra, provocando automaticamente a colocação fora de tensão do circuito defeituoso. È constituído por um núcleo magnético toroidal que mede as correntes que entram e saem, um dispositivo de disparo e um mecanismo de fecho. O núcleo magnético abraça todos os condutores necessários à passagem da corrente. Numa instalação sem defeito, a soma da correntes que entram é igual à soma das correntes que saem. No núcleo magnético estas correntes produzem fluxos magnéticos de sentido contrário, pelo que o fluxo total é nulo. Havendo defeito, há uma passagem de corrente à terra, as correntes já não são iguais e o fluxo total não é nulo. No caso da figura ao lado a corrente que entra não é igual á corrente que sai. Haverá um fluxo alternado no núcleo magnético que produzirá no enrolamento sobre o anel uma tensão induzida que actua no disparador, abrindo o circuito.

Figura 6.5 - Protecção diferencial

Figura 6.4 - Interruptor diferencial ( á esquerda ) e Disjuntor diferencial ( á direita )

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CCapítulo 7

OBJECTIVOS: Conhecer as características do programa “Lockout-Tagout” destinado ao controlo de fontes de energia

perigosas.

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CapítuCapítuCapítuCapítulo 7lo 7lo 7lo 7 ---- Programa “ LockoutPrograma “ LockoutPrograma “ LockoutPrograma “ Lockout----Tagout ”Tagout ”Tagout ”Tagout ”---- Controlo de fontes de energia perigosasControlo de fontes de energia perigosasControlo de fontes de energia perigosasControlo de fontes de energia perigosas

• Conceito • Exemplos de aplicação do programa “ Lockout-Tagout ”

7.17.17.17.1 ConceitoConceitoConceitoConceito LOCKOUT ( bloqueamento )

Lockout é um método de bloqueio do equipamento de forma que esta não entre em movimento colocando os trabalhadores em riscos de acidentes. É a colocação do dispositivo de Lockout num dispositivo de isolamento de energia com o objectivo de garantir que o equipamento, sob controle, não possa ser operada ou entre em operação até que o dispositivo de Lockout seja removido. TAGOUT ( etiquetagem )

Tagout é a colocação da etiqueta de aviso no dispositivo de isolamento de energia do equipamento para indicar ou alertar que o dispositivo de isolamento de energia e o equipamento sob o controle não possam ser operados ou abertos sem antes ter a liberação intencional do trabalhador autorizado.

7.27.27.27.2 Exemplos de aplicação do programa “ LockoutExemplos de aplicação do programa “ LockoutExemplos de aplicação do programa “ LockoutExemplos de aplicação do programa “ Lockout----Tagout ”Tagout ”Tagout ”Tagout ”

Figura 7.13 – Exemplos de aplicação do sistema Lockout_Tagout

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CCapítulo 8

OBJECTIVOS: Conhecer as características da contaminação química. Definição das formas de exposição.

Medidas de protecção.

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CapítuCapítuCapítuCapítulo 8lo 8lo 8lo 8 Higiene Industrial Higiene Industrial Higiene Industrial Higiene Industrial –––– Contaminação Quimica Contaminação Quimica Contaminação Quimica Contaminação Quimica

• Conceito • Definições gerais • Controlo de fontes de contaminação química • Verificação dos valores limite de exposição • Exemplos de aplicação

8.18.18.18.1 ConceitoConceitoConceitoConceito AGENTES QUIMICOS

Os agentes químicos podem apresentar-se em suspensão na atmosfera no estado sólido líquido ou gasoso. 8.28.28.28.2 Definições geraisDefinições geraisDefinições geraisDefinições gerais No estado sólido apresentam-se normalmente sob a forma de poeiras, fibras ou fumos. No estado líquido apresentam-se normalmente sob a forma de aerossóis ou neblinas. Finalmente, no estado gasoso apresentam-se normalmente sob a forma de gases ou vapores. 8.38.38.38.3 Controlo de fontes de Controlo de fontes de Controlo de fontes de Controlo de fontes de Contaminação QuimicaContaminação QuimicaContaminação QuimicaContaminação Quimica O modo como se processa a intervenção num ambiente de risco deve obedecer aos seguintes critérios principais:

• Substituição das substâncias ou processos perigosos por outros englobando menores riscos. • Isolamento do contaminante, impedindo que entre em contacto com o trabalhador. • Captação do contaminante no ponto da sua formação. • Ventilação da área de trabalho. • Confinamento do contaminante confinando-o fisicamente a um espaço onde não entre em contacto com o

trabalhador. • Diminuição dos tempos de exposição do trabalhador. • Protecção individual.

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8.48.48.48.4 Controlo de fontes de RadiaçãoControlo de fontes de RadiaçãoControlo de fontes de RadiaçãoControlo de fontes de Radiação

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CCapítulo 9

OBJECTIVOS: Conhecer as características do fogo. Classificação dos diferentes tipos de fogos. Agentes extintores adequados para cada tipo de fogo. Manutenção dos extintores e

instalações. Medidas de prevenção e de

protecção.

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CapítuCapítuCapítuCapítulo lo lo lo 9999–––– Protecção contra incêndiosProtecção contra incêndiosProtecção contra incêndiosProtecção contra incêndios

O fogo é uma energia poderosa que, quando não é controlada, pode destruir vidas humanas e ocasionar perdas graves no nosso meio ambiente. A segurança contra incêndios contempla todo um conjunto de medidas destinadas, no terreno, a evitar a deflagração dos referidos incêndios, além de controlar e eliminar a sua propagação. Quando a actuação se encarrega de evitar o início do incêndio, é denominada Prevenção contra Incêndios. Para que o fogo seja iniciado, é necessário que se conjuguem uma série de factores no tempo e no espaço, denominados factores do fogo: combustível, comburente e calor. FACTORES DO FOGO COMBUSTÍVEL: é qualquer substância capaz de arder: Pode ser sólida, líquida ou gasosa. COMBURENTE: o comburente normal é o AR que contém aproximadamente 21% de oxigénio. CALOR: Tem de existir um foco que proporcione calor suficiente para que o fogo se produza. Os focos mais comuns podem ser: cigarros, faíscas, fogos mal apagados, falhas eléctricas, trabalhos de soldadura, etc.

IMPORTANTE! Para evitar o início, basta eliminar alguns dos factores do fogo.

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Prevenção do Incêndio: Normas gerais para evitar o início • Armazenar os produtos inflamáveis e combustíveis em locais isolados e afastados das zonas de trabalho. • Utilizar recipientes fechados hermeticamente, tanto para o armazenamento como para o transporte e depósito de resíduos. • Licenças de trabalho especiais para intervenções de manutenção ou reparação de instalações que tenham contido ou pelos quais tenham circulado materiais inflamáveis. • Proibição de fumar e de introduzir utensílios susceptíveis de gerar chamas ou faíscas. • Afastar das zonas de incêndio as fontes de calor como fornos, caldeiras, estufas, etc. • Evitar que a instalação eléctrica seja origem de focos de calor. No fim do dia, o trabalhador deverá certificar-se de que todos os aparelhos eléctricos estão desligados da rede. • Não misturar substâncias químicas cuja reacção se desconheça, porque pode gerar-se calor suficiente para fazer deflagrar o incêndio. • As empresas contratadas que trabalhem nas nossas instalações terão conhecimento das nossas normas de Prevenção contra incêndios. Protecção Contra Incêndios • Consiste no conjunto de medidas destinadas a realizar a acção preventiva. • Uma boa protecção está directamente associada a um bom sistema de detecção, extinção e alarme. • Após a deflagração do incêndio, o tempo de actuação é fundamental. Por este motivo, é muito importante dotar os LOCAIS de TRABALHO com detecção automática ou, pelo menos, fazê-lo nas zonas em que os riscos de incêndios podem ser maiores. Os fogos não são todos iguais, e nem todos os agentes extintores são os adequados para todos os fogos. Um uso incorrecto do agente extintor face a um determinado tipo de fogo pode agravar o problema em vez de o atenuar. Portanto, é necessário conhecer os diferentes tipos de fogo que se podem apresentar e os agentes extintores adequados a cada um desses tipos.

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O que é um extintor? É um equipamento que contém uma substância extintora que pode ser projectada sobre o fogo por acção de uma pressão interna. Os extintores são colocados em localizações determinadas de acordo com o tipo de fogo. Devem estar perfeitamente assinalados e serem de fácil acesso, não devendo ficar num ponto com altura superior a 1,70 m. do solo. Como se realiza a manutenção dos extintores? Comprovando a acessibilidade, o bom estado, precintos, estado de carga (peso e pressão), estado dos componentes mecânicos (bocal, válvulas, mangueiras, etc.) Estas operações serão realizadas todos os 3 meses. Além disso, os extintores deverão ser revistos todos os anos por um técnico especializado. LEMBRE-SE! A Prevenção contra incêndios é o conjunto de acções tendentes a impedir a deflagração de incêndios, através da eliminação de algum dos três factores do fogo. A protecção contra incêndios é um conjunto de acções destinadas a completar a acção preventiva, para que, em caso de deflagração de um incêndio, este seja reduzido no que diz respeito à sua propagação e às suas consequências.

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CCapítulo 10

OBJECTIVOS: Conhecer os efeitos do stress sobre o trabalho e sobre o trabalhador.

Medidas de protecção e prevenção.

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CapítuCapítuCapítuCapítulo 10 lo 10 lo 10 lo 10 –––– Trabalho sob Stress Trabalho sob Stress Trabalho sob Stress Trabalho sob Stress Trabalhar com Stress O stress é já considerado como um das epidemias do séculoXXI. Os seus efeitos são tão negativos para as pessoas, como para as empresas. O stress custa anualmente à indústria norte-americana cerca de 34 mil milhões de contos. Uma quantia preocupante que levou os gestores americanos a colocar na agenda de prioridades das empresas a prevenção deste problema. É que quando se fala nas implicações do stress no trabalho os prejuízos são para a saúde das pessoas como para a saúde das organizações. Segundo números da União Europeia, que foram divulgados em 1996, um em cada quatro trabalhadores europeus queixa-se do stress no trabalho, e um em cada cinco de estado grave de fadiga física e emocional (mais conhecido por burnout).

Em Portugal, o stress laboral ainda não é uma prioridade das empresas. Julgamos que os decisores das empresas e das instituições públicas limitam o seu horizonte a indicadores económicos e às urgências de tempo e rapidez, donde lhes parecerá mais viável gerir do que prevenir. Assumir a luta contra o stress é um acto de inteligência estratégica (…) e as organizações que utilizarem a prevenção do stress como prática de gestão corrente, adquirem uma mais-valia competitiva. Existem várias definições para stress. O stress é um estado emocional cujas manifestações físicas e cerebrais demonstram a quebra de equilíbrio interno, apresentando sinais próximos das emoções de raiva, medo e tristeza. Pode também ser definido como uma relação desajustada com o mundo, na qual sentimos que nos é pedido mais do que temos para dar. Este desequilíbrio pessoal tem consequências negativas para as empresas. O stress dificulta ou impede que os seus recursos (conhecimentos, capacidades, etc.) sejam utilizados na prossecução dos objectivos organizacionais, o que pode corresponder a consequências negativas para as organizações. Atrasos, absentismo, redução da produtividade, aumento do número de acidentes de trabalho, erros na tomada de decisão, e boatos, são alguns dos principais exemplos. Mesmo os mais modernos espaços de trabalho, como os open space, são responsáveis pelo aumento de stress. Além do aumento do barulho, estes podem ainda estar associados a outra fonte de stress própria do espaço de trabalho: a falta de privacidade. Na sociedade actual são vários os factores que contribuem para que uma pessoa «entre em stress». O sentido de responsabilidade, o perfeccionismo, a culpabilização, o autocriticismo, a carga de trabalho, a responsabilidade familiar ou profissional, e as dificuldades financeiras, são os exemplos mais frequentes. O futuro não parece promissor na redução de casos deste problema. As exigências que vão surgir nas próximas décadas vão certamente potenciar situações de stress, levando muitos indivíduos ao desequilíbrio e pondo em risco a sobrevivência de muitas organizações.

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Para evitar estas situações é necessário que as pessoas criem válvulas de segurança. Por vezes temos que abrir as nossas válvulas de segurança para deixar o stress sair. A abertura dessas válvulas de segurança pode ser feita em termos físicos assim como emocionais. Os exemplos são bem conhecidos: rir, gritar sozinho, escrever, bater numa almofada, nadar, correr, dançar, etc. Um estudo realizado em trinta países, em Setembro de 1999, e publicado na Roper Reports Worldwide, identifica algumas das estratégias primordiais para reduzir o stress:

1º – Ouvir música 56% da população

2º – Ver televisão 53% da população

3º – Tomar banho ou duche 49% da população

4º – Estar com os amigos 34% da população

5º – Ler um livro 27% da população

6º – Praticar desporto 27% da população

FONTES DE STRESS NUMA EMPRESA

Características físicas do ambiente de trabalho

• Poluição atmosférica ou sonora (Ruído ou vibrações) • Temperatura (excesso de calor ou de frio) • Humidade • Pressão atmosférica • Desrespeito pelas regras ergonómicas

Características organizacionais e sociais

• Prolongamento do horário normal de trabalho • Trabalho por turnos • Tarefas com tempos-limite curtos • Irracionalidade administrativa ou organizacional • Monotonia • Sobrecarga de responsabilidade • Ausência de participação • Hipótese de demissão • Mudança constante • Incerteza face ao futuro quer da empresa quer do posto de trabalho • Falta de apoio de superiores • Iniquidade nas recompensas salariais • Falta de autonomia

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NOTAS BIOGRÁFICAS AUTOR Mário Afonso Esteves da SILVA Apartado 1130 4102-02 PORTO PORTUGAL Formado em "Engenharia Electrotécnica - Electrónica Industrial" pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto Pós-graduação em Higiene e Segurança do Trabalho pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Técnico Superior de Higiene e Segurança do Trabalho – nível V Técnico responsável pelo projecto, execução e exploração de Electricidade Projectista de Redes de Gás Projectista de Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios Avaliador de bens imóveis Responsável pela coordenação de acções de formação para electricistas auto e outros profissionais da área da electricidade e electrónica Formador nas áreas de Electrónica Digital, Básica e Analógica, Electricidade, Electrotecnia, Laboratórios e Oficinas, Robótica, Organização e Gestão da Manutenção, Gestão de Projecto, Higiene e Segurança do Trabalho, CAD Electrónico, TIC etc. Desenvolvimento das acções, elaboração dos manuais e avaliações, elaboração de trabalhos práticos e de actividades extracurriculares. Júri de exames e provas de aptidão. Professor da Escola Profissional de Espinho

Desenvolvimento de acções de formação para as empresas; RTP, ANFEI, ATEC, Autoeuropa, Infineon, Siemens, Bosch, Vulcano, Volkswagen, IEFP, Multidominium, Inicativas Empresariais Beira Aguieira, SIRMAF, Esola de Hotelaria e Turismo do Porto, Regimento de Engenharia nº 3 do Exécito Português, etc.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - Miguel, Alberto Sérgio S. R. – Manual de Higiene e Segurança do Trabalho. 7ª edição: Livraria Porto Editora, 2004. ISBN 972-0-01168-8. - Arezes, Pedro Miguel F. Martins – Ruído Ocupacional. Apontamentos, módulo de Higiene do Trabalho, Janeiro 2005. - Arezes, Pedro Miguel F. Martins – Protecção Individual Auditiva em Meio Industrial. Apontamentos, módulo de Higiene do Trabalho, Janeiro 2005. - Gaspar, Cândido Dias – O Ruído nos Locais e Postos de Trabalho. 1ª edição: Instituto do Emprego e Formação Profissional – Universidade Aberta, 2002. ISBN 972-732-743-5. - Otero, Carlos; Matos, Cristina; Costa, João – Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. 1ª edição: Instituto do Emprego e Formação Profissional , 2001. ISBN 972-732-701-X. - Peixoto, Paulo – Higiene e Segurança. Apontamentos, módulo de Higiene e Segurança. 1ª edição: ANFEI, Associação Nacional de Formação Electrónica Industrial, Outubro 2003 - ARCIP 10.03. - Silva, Mário Afonso Esteves – Higiene e Segurança no Trabalho. Apontamentos, módulo de Higiene e Segurança do Trabalho. 1ª edição: ANFEI, Associação Nacional de Formação Electrónica Industrial, Dezembro 2004 - CEC 12.04 B. - Silva, Mário Afonso Esteves – Higiene e Segurança no Trabalho. Apontamentos, módulo de Higiene e Segurança do Trabalho. 2ª edição: ANFEI, Associação Nacional de Formação Electrónica Industrial, Fevereiro 2005 - CEC 12.04 A. - Silva, Mário Afonso Esteves – Higiene e Segurança no Trabalho. Apontamentos, módulo de Higiene e Segurança do Trabalho. 1ª edição: ATEC, Academia de Formação Volkswagen, Siemens, Bosch, AHK, Maio 2005 - ARCIP 01.05. - Silva, Mário Afonso Esteves – Noções Básicas de Higiene e Segurança no Trabalho. Apontamentos, módulo de Noções Básicas de Higiene e Segurança do Trabalho. 1ª edição: ATEC, Academia de Formação Volkswagen, Siemens, Bosch, AHK, Julho 2005 - FPQP 06.05 Formação Prática Qualificante de Nível V. - Silva, Mário Afonso Esteves – Higiene e Segurança no Trabalho. Apontamentos, módulo de Higiene e Segurança do Trabalho. 1ª edição: ATEC, Academia de Formação Volkswagen, Siemens, Bosch, AHK, Abril 2007 - CEC 04.07. - Diário da República Portuguesa – D.L. n.º 292/2000, 14 de Novembro. - Diário da República Portuguesa – D.L. n.º 259/2002, 23 de Novembro. - Instituto Português da Qualidade – NP 1730, partes 1, 2 e 3, 1996. - http://www.fe.up.pt - http://paginas.fe.up.pt/~mam/ - http://paginas.fe.up.pt/~deminas/ - http://www.diramb.gov.pt - http://www.ishst.pt/ - http://www.uminho.pt - http://www.amla.pt/ - http://www.osha.gov - http://www.iefp.pt - http://ew2005.osha.eu.int/ - http://europa.eu.int/eur-lex/pt/ - http://agency.osha.eu.int/index_pt.htm