manual dos recursos nos juizados especiais … · jorge renato reis luis alberto petit guerra paulo...

28
MANUAL DOS RECURSOS NOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

Upload: dinhnguyet

Post on 07-Nov-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

MANUAL DOS RECURSOSNOS JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAIS

JOSÉ ANTONIO SAVARISFLAVIA DA SILVA XAVIER

Curitiba - 2015

PrefácioMINISTRO TEORI ALBINO ZAVASCKI

5ª EDIÇÃORevista e Atualizada

MANUAL DOS RECURSOSNOS JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAIS

Rua Itupava, 118 - Alto da Rua XV, CEP 80045-140 Curitiba – ParanáFone: (41) 3075.3238 • Email: [email protected]

www.alteridade.com.br

Catalogação: Mª Isabel Schiavon KinaszRevisão: Débora Ouriques

Diagramação e Capa: Jonny M. Prochnow

Carlos Luiz StrapazzonClaudia Rosane Roesler

Daniela Cademartori Guido Aguila GradosIngo Wolfgang Sarlet

Jairo Enrique Herrera PérezJairo Gilberto Schäfer

Conselho EditorialJosé Antonio SavarisMarcos Garcia Leite

Joyciane Bezerra de MenezesJorge Renato Reis

Luis Alberto Petit GuerraPaulo Márcio Cruz

Zenildo Bodnar

S265

Savaris, José AntonioManual dos recursos nos juizados especiais federais / José Antonio Savaris, Flavia da Silva Xavier - 5.ed. rev. atual. – Curitiba: Alteridade Editora, 2015.510p.; 21cm

ISBN 978-85-65782-08-1

1. Juizados especiais federais. 2. Recursos (Direito).I. Xavier, Flavia da Silva. II. Título.

CDD 347.04 (22. ed)CDU 347.9

5

AgrAdecimentos

É impossível nomear todas as pessoas que contribuíram para a re-alização desse livro. Por isso rendemos nossos agradecimentos a todos os que nos auxiliaram na idealização e na materialização desse trabalho nas pessoas abaixo mencionadas.

Inicialmente, à servidora da Seção Judiciária do Paraná Mariana Amélia Flauzino Gonçalves, que além de colaborar na feitura deste trabalho foi nossa fiel assessora junto ao Gabinete da 2ª Turma Recursal do Paraná, auxiliando-nos, ainda, nos trabalhos ligados às turmas de uniformização.

Em segundo lugar, à equipe de servidores da Biblioteca da Seção Ju-diciária do Paraná, por meio de Maria Emilia Loyola Ponestk, Ester Rosário de Godoy e Carmen Salete Camargo, as quais colocaram à nossa disposição toda estrutura daquele setor, além do costumeiro carinho quando do auxí-lio nos trabalhos de pesquisa.

Por outro lado, segue o agradecimento às servidoras da Turma Na-cional de Uniformização Viviane da Costa Leite, Eva da Conceição Ferreira Brito e Luana Carvalho de Almeida, que nos abasteceram de informações que ainda se encontravam apenas no seio daquela Turma de Uniformiza-ção. Da mesma forma, à servidora da Coordenadoria dos Juizados Especiais Federais – COJEF do TRF da 4ª Região, Lílian Rose Cunha Motta, pelo apoio ao trabalho e pela contínua troca de ideias sobre o papel das turmas de uni-formização e sobre os rumos dos Juizados Especiais Federais.

Aos nossos colegas dos Juizados Especiais Federais, especialmente àqueles que compuseram e aos que ainda conosco compõem as instâncias recursais, pelos debates e pelo contínuo aprendizado. Ao Juiz Federal Anto-nio César Bochenek, pelos diversos debates e pelo apoio amigo.

Por fim, mas não por último em ordem de importância, agradece-mos à Clarissa Albuquerque Costa e à Raquel Müller dos Santos, que não apenas atuaram nas tarefas cotidianas do gabinete da 1ª Turma Recursal do Paraná, como nos auxiliaram nas tarefas de pesquisa e articulação do

6

JOSÉ ANTONIO SAVARIS – FLAVIA DA SILVA XAVIER

estudo. Ainda quanto a este grupo é necessário registrar agradecimento à nossa primeira revisora, Gabriela Duleba, especial e dedicada estagiária da Justiça Federal, que colabora nos serviços da 1ª Turma Recursal do Paraná.

7

Prefácio

É muito recente, em nossa história judiciária, a institucionalização normativa dos Juizados especiais. Na Justiça Estadual, isso ocorreu há cer-ca de quinze anos, pela Lei 9.099/95; e na Justiça Federal, os Juizados foram criados há uma década apenas, com a Lei 10.259/01. Pode-se dizer, portanto, que se trata de um sistema ainda em fase de acomodação, de definição do seu espaço, de sedimentação de seus institutos. Embora seja uma experiên-cia irreversível, pelos seus múltiplos resultados positivos, é de se reconhe-cer que os Juizados Especiais, como todas as novas instituições jurídicas, devem ser objeto de um continuado esforço no sentido de preservar sua identidade e de manter acesa a chama dos princípios à base dos quais foram modelados. Esse esforço não se resume a eventuais ajustes no plano do di-reito positivo, que são importantes para manter o instrumento afinado com o mutante perfil da sociedade em que atua, mas, sobretudo, no domínio da interpretação e da aplicação das normas já existentes. Nesse campo é parti-cularmente destacado o papel dos juízes, no plano empírico; e dos doutri-nadores, no plano teórico, na tarefa de identificar e indicar o caminho certo para que o novo modelo de jurisdição, reconhecidamente revolucionário, crie raízes não apenas em nossa prática, mas também em nossa cultura. E essa última é, provavelmente, a tarefa mais penosa: modificar o direito, no plano normativo, é apenas o passo inicial, que não produzirá os resultados desejados se não for seguido de outros, destinados a modificar também os padrões culturais, adaptando-os ao espírito do direito modificado.

Se a doutrina e os juízes têm papel destacado nesse mister, os autores da presente obra estão em posição absolutamente privilegiada, pois aliam sua incursão doutrinária à larga experiência na magistratura, com atuação justamente na área sobre a qual escrevem. Flavia da Silva Xavier, Juíza Fe-deral da Vara do Juizado Especial Cível de Ponta Grossa, no Estado do Para-ná, foi Presidente da 2ª Turma Recursal no seu Estado e Membro da Turma Regional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (2008-2009); e José Antonio Savaris, Juiz Federal da 1ª Vara do Juizado Especial Federal

8

JOSÉ ANTONIO SAVARIS – FLAVIA DA SILVA XAVIER

Previdenciário de Curitiba, é Membro da 1ª Turma Recursal e Coordenador dos Juizados Especiais Federais na Seção Judiciária do Estado do Paraná. Ambos têm, ademais, vivência acadêmica como professores da Escola da Magistratura Federal do Paraná (Esmafe-PR), o que contribui de modo sig-nificativo para a qualidade do seu escrito.

O tema do livro é de singular atualidade. O controle das decisões proferidas no âmbito dos juizados – que pela configuração original deveria, em regra, ficar restrito ao recurso para a respectiva turma recursal e, even-tualmente, à turma de uniformização ou, excepcionalmente, para o Supre-mo Tribunal Federal – acabou ganhando instrumentos mais sofisticados e ampliando seus domínios para alcançar, inclusive, o Superior Tribunal de Justiça. Esse fenômeno tem raízes na própria transformação, verificada nos últimos anos, do conceito e, sobretudo, do conteúdo das “pequenas causas”, originalmente imaginadas como próprias dos juizados. Com efeito, resulta inquestionável, do exame da Lei 9.099/95, que as controvérsias nela supos-tas como típicas dos juizados seriam controvérsias de natureza privada, sobre relações jurídicas individuais, com objeto juridicamente disponível, fundadas em questões predominantemente de fato. Esse perfil de causas, embora mantido em grande medida (de modo especial perante os Juizados Estaduais), foi modificado significativamente no âmbito dos Juizados Espe-ciais Federais, a partir da Lei 10.259/01. Aqui, com a participação de entida-des públicas no polo passivo das demandas, as questões trazidas a juízo já não se fundam marcantemente nos fatos da causa, mas sim na legitimidade ou na interpretação das normas aplicáveis. Em outras palavras: não se tra-tam de questões de fato, mas de questões de direito. E mais: são questões que, em geral, não se restringem ao patrimônio jurídico individual de um ou outro jurisdicionado, mas que têm tendência a alastrar-se para grandes grupos de indivíduos, envolvidos, todos, em situações semelhantes. É o que se costuma denominar de direitos individuais homogêneos. É certo que as ações coletivas – que propiciariam o manejo dessas questões num processo único – foram excluídas da competência dos Juizados Especiais Federais (e, nesse ponto, agiu acertadamente o legislador, já que tais demandas assu-mem um perfil sob todos os aspectos inadequado ao das características e dos princípios da jurisdição especial); entretanto, essa exclusão não impe-diu que cada um dos titulares dos direitos homogêneos acorresse indivi-dualmente aos juizados especiais. Não é difícil imaginar o fenômeno que daí acabou resultando: uma grande quantidade de processos individuais com o mesmo objeto, distribuídos a diferentes juízos. Considerando que a questão jurídica assim judicializada poderia ter soluções não uniformes no âmbito singular e das turmas recursais, revelou-se indispensável à criação de formas próprias de controle das decisões conflitantes, submetidas a um

9

MANUAL DOS RECURSOS NOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

órgão uniformizador. Ademais, considerando que a mesma questão jurídi-ca estaria sujeita também a decisões perante a jurisdição comum, amplian-do o leque de possíveis soluções diferentes, tornou-se imperioso, em nome do princípio da igualdade na aplicação da lei, a criação de um sistema que propiciasse a uniformidade de interpretação em âmbito geral. Daí a previ-são de acesso ao Superior Tribunal de Justiça para dirimir eventuais diver-gências em questões sobre direito federal infraconstitucional (Lei 10.259/01, art. 14, § 4º).

Esse mesmo fenômeno, da proliferação em grande escala de questões semelhantes disseminadas em processos diferentes, se verificou também no âmbito das relações privadas, de competência dos Juizados Especiais Federais. As relações entre consumidores e prestadores de serviço público (v.g.: telefonia) têm se mostrado pródigas, nos últimos anos, em ocorrências dessa espécie. Mostrou-se incontornável, por isso mesmo, a necessidade de entronizar nesse ambiente mecanismos de acesso a órgãos jurisdicionais de uniformização. Relativamente ao direito federal, ganhou realce o papel do Superior Tribunal de Justiça, cuja missão constitucional é justamente a de zelar pela aplicação uniforme a todos os jurisdicionados e por todos os órgãos judiciários do País dos preceitos normativos infraconstitucionais de caráter federal ou nacional. E, conforme registram os autores da presente obra, até mesmo soluções heterodoxas, como a da reclamação, foram auto-rizadas, em caráter excepcional, pelo Supremo Tribunal Federal (RE-Emb.Decl. 571572, Min. Ellen Gracie, DJ de 26.08.2009) para propiciar o acesso ao Superior Tribunal de Justiça a fim de preservar o princípio constitucional da igualdade, que supõe, necessariamente, a aplicação isonômica da lei a casos idênticos. Com esse objetivo, a recente Lei 12.153, de 22.12.2009, que dispôs sobre os Juizados Especiais da Fazenda Pública no âmbito estadual, instituiu, a partir do seu art. 17, um método de uniformização jurispru-dencial aplicável não apenas a esses Juizados da Fazenda, mas sim a todo o “Sistema dos Juizados Especiais” (que, segundo o disposto no parágrafo único do art. 1º, “é formado pelos Juizados Especiais Cíveis, Juizados Espe-ciais Criminais e Juizados Especiais da Fazenda Pública”). Conforme esta-belece o art. 19, abre-se agora, também nos Juizados Estaduais, a exemplo do que já ocorria nos Federais, via de acesso à instância superior para di-rimir divergências e preservar a autoridade da orientação assentada pelo Superior Tribunal de Justiça.

O que se quer enfatizar, com essas observações, é o que antes ficou anotado: a importância do temário objeto dessa obra, que trata dos recursos e dos outros meios de controle das decisões proferidas nos Juizados; que, conforme se pode constatar são, atualmente, variados e sofisticados. A ma-téria foi organizada e enfrentada, na obra, em várias partes, cada uma com

10

JOSÉ ANTONIO SAVARIS – FLAVIA DA SILVA XAVIER

capítulos específicos. Inicia com uma visão introdutória do sistema geral de recursos no processo civil e dos órgãos colegiados nos Juizados Especiais (Parte I). A seguir, o enfoque é dirigido para os recursos típicos “nas instân-cias ordinárias” (Parte II) para, nas partes finais, tratar dos instrumentos de acesso às instâncias extraordinárias (Parte III) e de outras formas de impugnação de decisões judiciais aplicáveis no âmbito dos Juizados (Parte IV). A abordagem, como se percebe, é exaustiva.

Já ficou registrada a especial qualificação dos autores, na sua condição também de magistrados que atuam no sistema dos Juizados Federais. Por isso mesmo, a par do desenvolvimento doutrinário da matéria, é riquíssi-mo o cenário de situações práticas trazidas a exame, o que confere à obra uma distinguida singularidade. Registra-se, ademais, a elegância e a clare-za da linguagem, de apurada técnica, mas sem afetações, qualidades que acompanham os bons textos, alçando-os a uma posição acima da comum. O trabalho está amparado em fontes doutrinárias de grande autoridade, bem como em extenso embasamento jurisprudencial, produzidos não apenas no âmbito dos Juizados, mas também em outros importantes órgãos jurisdicio-nais, inclusive das instâncias extraordinárias.

Recursos cíveis nos Juizados Especiais Federais é, em suma, um livro de singular atualidade e de superior qualidade, que deve envaidecer, com ra-zão, os seus talentosos autores, e que certamente terá dos leitores, estudio-sos e profissionais do direito entusiástica e proveitosa acolhida.

Teori Albino ZavasckiMinistro do Supremo Tribunal Federal

11

notA dos Autores à 5ª edição

“Pois a sabedoria é mais preciosa do que rubis; nada do que vocês possam desejar compara-se a ela”. (Provérbios, 5:11)

Boa parte da presente obra foi reescrita para esta nova edição. Antes de tudo, convém esclarecer aos nossos leitores que, em relação

às edições passadas, o nosso objeto de estudo passou por um importante recorte. Até a 4ª edição, o Manual prestava-se como ferramenta de consul-ta também para a compreensão dos Juizados Especiais da Fazenda Públi-ca. Por ocasião dos estudos preparatórios para a presente edição, tantas se revelaram as sutilezas (complexidades?) do sistema recursal dos Juizados Especiais Federais, quando comparados aos da Fazenda Pública, que foi preciso, por uma questão didática, separar o que era fundamental ao objeti-vo primeiro do presente trabalho: a compreensão da dinâmica recursal do sistema dos Juizados Especiais Federais. Por essa razão, foram excluídas as incursões que se relacionavam aos Juizados Especiais da Fazenda Pública.

Também por uma motivação didática, em face das particularidades dos incidentes de uniformização, optamos por elaborar roteiros de interpo-sição e de análise desses recursos. Ainda com esse objetivo, oferecem-se, aos leitores, roteiros ilustrados das diferentes espécies de pedidos de uni-formização. Os quadros sinópticos foram revistos e ampliados.

Por outro lado, foi muito significativa a alteração operada no sistema normativo. Desde a publicação da última edição, tivemos a publicação do Novo Código de Processo Civil, do Novo Regimento Interno da TNU, e também nova disciplina aos Regimentos Internos das Turmas Recursais e Turmas Regionais de Uniformização.

O livro se encontra devidamente atualizado, quanto a todos esses pontos. E não poderia ser diferente. Sua finalidade é a de oferecer informa-ções precisas ao leitor, de modo que este tenha em mãos uma ferramenta segura para a pesquisa e para a prática jurídica.

12

JOSÉ ANTONIO SAVARIS – FLAVIA DA SILVA XAVIER

Uma vez mais foi necessária a atualização da obra quanto às novas orientações das Turmas de Uniformização, em seus precedentes, súmulas e questões de ordem.

Agradecemos a Deus pela força concedida para vencermos mais este empreendimento. Agradecemos à Juruá Editora, pela porta aberta, pela amizade de sempre e por ter apostado nesta iniciativa editorial quando ain-da era apenas um projeto distante. Da mesma forma, segue nossa gratidão à Alteridade Editora, pela acolhida fraterna e por andar conosco pelo Brasil todo, com este e outros desafios intelectuais.

Curitiba, julho de 2015.

13

notA dos Autores à 4ª edição

A superveniência da Lei 12.665, de 13 de junho de 2012, que dispôs sobre a criação de estrutura permanente para as Turmas Recursais e criou os respectivos cargos de Juízes Federais justificava, por si só, a atualização deste Manual de Recursos, orientado que ele estava pela lógica de manda-tos temporários para a composição das Turmas Recursais.

De outra parte, a reflexão mais detida sobre alguns pontos exigiu a revisão do trabalho original e isso não apenas de uma perspectiva formal. A alteração de nossa compreensão sobre alguns temas também é coloca-da de modo expresso no texto, esclarecendo-se as razões da mudança de perspectiva.

Para fins didáticos e buscando facilitar a compreensão do leitor quan-to aos temas chaves dos recursos nos Juizados Especiais Federais, elabora-mos quadros sinópticos que se encontram ao final do exame de cada espé-cie recursal.

Uma vez mais foi necessária a atualização da obra quanto às novas orientações das Turmas de Uniformização, em seus precedentes, súmulas e questões de ordem.

A preocupação continua sendo a de manter o leitor atualizado em relação ao sistema recursal dos Juizados Especiais Federais, de modo a as-segurar que a presente obra se preste como referência segura à pesquisa e à prática jurídica.

15

notA dos Autores à 3ª edição

É compreensível que o desafio imposto por novas realidades impul-sione a alteração do arranjo normativo integrante do sistema dos Juizados Especiais Federais. Não por outra razão foi editada pelo Conselho da Justi-ça Federal a Resolução 163, de 09.11.2011, que alterou substancialmente a Re-solução/CJF 22/08. A edição deste ato normativo nos levou à reformulação do trabalho anteriormente editado.

Também foi necessária a atualização da obra quanto às novas orienta-ções das Turmas de Uniformização, em seus precedentes, súmulas e ques-tões de ordem.

A preocupação, evidentemente, foi a de manter o leitor atualizado em relação ao sistema recursal dos Juizados Especiais Federais, de modo a assegurar que a presente obra se preste como bússola fiel à pesquisa e à prática jurídica.

17

notA dos Autores à 2ª edição

Partindo da ótica que os Juizados Especiais primam pela minimização das arenas ou pontos de conflito, buscando, tanto quanto possível a solução pela via conciliatória, o texto original desta obra já trazia reflexões acerca do indesejável crescimento do aporte de recursos nesse sistema processual.

Por outro lado, reconhecemos que o estudo sistematizado das no-vas figuras recursais introduzidas pela Lei 10.259/01, e também pela Lei 12.153/09, é um importante aliado para a concretização dos princípios nor-teadores dos Juizados Especiais, o que é abordado em inúmeras passagens da obra.

Contudo, o crescente aporte de recursos nos processos que tramitam perante Juizados Especiais e o progresso da jurisprudência sobre o tema impulsionaram-nos a trabalhar novos pontos e a aprofundar algumas refle-xões na 2ª edição desta obra.

Se não bastasse a ampliação e a atualização dos assuntos abordados no texto original, incluímos a análise dos recursos criminais nos Juizados Especiais, cujas particularidades merecem adequado tratamento.

Em suma, buscamos apresentar uma nova edição da obra com con-teúdo ampliado e atualizado e que trate de todo o universo recursal nos Juizados Especiais, o que nos impôs, inclusive, a alteração do título original.

Por derradeiro, cumpre registrar nosso desejo de que todas as horas dedicadas a este projeto, com a materialização de nosso estudo, não faça iludir o ideal dos Juizados Especiais, qual seja, a pacificação dos conflitos pela via conciliatória.

19

notA dos Autores

É de evidente compreensão que o microssistema processual dos Juiza-dos Especiais guarda como norte a implementação de um procedimento judi-cial célere, descomplicado e informal, pois foi idealizado para conferir acesso à justiça e solucionar conflitos, tanto quanto possível, pela via conciliatória.

Presididos pela ideia de minimização das arenas ou pontos de confli-to, os Juizados Especiais primam pela redução dos pontos de intervenção jurisdicional.

Nesse contexto de pacificação de litígios pela via conciliatória, o siste-ma recursal, ao menos em tese, não deveria ter grande relevo em tal modelo de jurisdição.

Não é o que se verifica, contudo, nesses quase nove anos de implan-tação dos Juizados Especiais Federais. A prática da conciliação ainda é in-cipiente, pois a alteração de paradigma demanda tempo. Persiste, além dis-so, a cultura de revisão das decisões judiciais, tantas vezes quantas forem possíveis.

Por mais paradoxal que possa parecer, a boa estruturação e o adequado funcionamento do sistema recursal dos Juizados Especiais pode contribuir decisivamente para a realização dos valores últimos que eles hospedam.

A Lei 10.259/01 veiculou novas figuras recursais (v.g., os incidentes de uniformização) e conferiu estrutura singular às instâncias recursais (turmas recursais e turmas de uniformização), de modo que o recurso, ao tempo em que custa – em termos de tempo e recursos pessoais e materiais – para o processo específico em que interposto, pode contribuir, ele próprio, para a racionalização do sistema, mediante a uniformização da interpreta-ção da lei federal em questões de direito material.

Para tanto, revela-se importante termos adequada compreensão do funcionamento dos órgãos colegiados e das novéis figuras recursais intro-duzidas pela Lei dos Juizados Especiais Federais.

20

JOSÉ ANTONIO SAVARIS – FLAVIA DA SILVA XAVIER

Por outro lado, o cotidiano forense tem evidenciado a relativa dificul-dade dos operadores do direito em enfrentar um sem número de questio-namentos oferecidos por aquilo que é novo, por aquilo que ninguém ainda tratava de modo sistematizado.

Isso foi por nós sentido no exercício da jurisdição dos Juizados Espe-ciais Federais, das Turmas Recursais e das Turmas de Uniformização.

Pois é justamente das dificuldades apresentadas pela prática, das dú-vidas eventualmente brotadas em salas de aula e das reflexões propiciadas pela contemplação da dialética do ser e dever ser dos Juizados Especiais Federais que inspiraram a pesquisa, o estudo e a realização do presente trabalho.

Ocorre que durante a realização desse estudo, adveio a Lei 12.153/09, instituidora dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, que se pode dizer elaborada à imagem e semelhança da Lei dos Juizados Especiais Federais. Por tal razão, nosso estudo foi adaptado para abranger igualmente as novas figuras recursais desse diploma legal.

Com essas ponderações, buscamos nos explicar acerca da maior ên-fase emprestada aos Juizados Especiais Federais e a determinadas figuras recursais, como os incidentes de uniformização (que respondem por três capítulos deste trabalho). Nada obstante, o leitor perceberá que o conteúdo deste texto é igualmente aplicável aos Juizados Especiais da Fazenda Públi-ca, mudando-se o que se deve mudar.

Com as experiências/problemáticas colhidas dos Juizados Especiais Federais ora sistematizadas, esperamos oferecer uma contribuição para o estágio inicial de funcionamento das turmas de uniformização dos Juiza-dos Especiais da Fazenda Pública.

É necessário um último ponto quanto ao título do presente estudo. Neste sentido, conquanto fosse mais pertinente que o tema expressasse com fidelidade a circunstância deste trabalho abordar, para além dos recursos, outras formas impugnativas de decisões nos Juizados Especiais, a opção pela locução “Recursos Cíveis” responde suficientemente à ideia subjacente de que se está a tratar de impugnação das decisões em um sentido amplo.

Por fim, cumpre registrar nosso desejo de que todas as horas dedica-das a este projeto, com a materialização de nosso estudo, não faça iludir o ideal dos Juizados Especiais, qual seja, a pacificação dos conflitos pela via conciliatória.

21

sumário

Parte I – INTRODUÇÃO AOS RECURSOS CÍVEIS NOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

Capítulo 1 – ELEMENTOS DA TEORIA GERAL DOS RECURSOS ............... 31

1.1 - Conceito e natureza jurídica do recurso ..................................................... 32

1.2 - Fontes normativas dos recursos nos Juizados Especiais ............................... 34

1.3 - Constituição da República como fundamento do sistema recursal ................. 36

1.4 - Fontes normativas dos recursos no âmbito dos Juizados Especiais ............... 391.4.1 - Aplicação subsidiária do CPC ............................................................ 42

1.4.1.1 - Aplicabilidade do Novo CPC nos Juizados Especiais Federais. Alguns pontos de interesse ..................................................................... 45

1.4.1.1.1 - Contagem dos prazos processuais em dias úteis ................... 451.4.1.1.2 - Suspensão do curso do prazo processual para férias ............. 461.4.1.1.3 - Supressão de instância, conhecimento de questões novas e “não surpresa” ................................................................................. 461.4.1.1.4 - A flexibilização do prequestionamento para os recursos extraordinários ................................................................................ 471.4.1.1.5 - A integração da decisão colegiada pelo voto vencido, para fins de prequestionamento ................................................................. 481.4.1.1.6 - Embargos de declaração sem efeito suspensivo, mas interrompendo prazo para outros recursos ........................................... 491.4.1.1.7 - Ônus recursal de impugnação específica ............................ 491.4.1.1.8 - Dever de fundamentação específica quanto à inexistência de similitude fática .......................................................................... 501.4.1.1.9 - Outros deveres argumentativos decorrentes do dever de fundamentação ................................................................................ 501.4.1.1.10 - Relativização de formalidades recursais ............................. 52

1.5 - Princípios informadores do sistema recursal brasileiro ................................. 54

22

1.5.1 - Princípio da proibição da reformatio in pejus ...................................... 541.5.2 - Princípio da irrecorribilidade das interlocutórias ................................... 551.5.3 - Princípio da taxatividade dos recursos .............................................. 561.5.4 - Princípios da singularidade e da correlação do recurso ........................ 581.5.5 - Princípio da fungibilidade dos recursos .............................................. 60

1.6 - Princípios dos Juizados Especiais Federais ................................................. 651.6.1 - Princípio da oralidade ...................................................................... 651.6.2 - Princípio da simplicidade ................................................................. 681.6.3 - Princípio da informalidade ................................................................ 701.6.4 - Princípio da economia processual ..................................................... 711.6.5 - Princípio da celeridade..................................................................... 72

1.7 - Aplicabilidade dos princípios do sistema recursal nos Juizados Especiais ....... 74

1.8 - Pressupostos de admissibilidade dos recursos em geral .............................. 751.8.1 - Cabimento do recurso ..................................................................... 761.8.2 - Legitimação para recorrer ............................................................... 771.8.3 - Interesse recursal .......................................................................... 781.8.4 - Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer ........... 811.8.5 - Tempestividade, regularidade formal e preparo ................................... 811.8.6 - Pertinência material do recurso em relação à decisão .......................... 83

1.9 - Juízo de admissibilidade e juízo de mérito ................................................. 84

1.10 - Efeitos dos recursos .............................................................................. 86

1.11 - Classificação dos recursos ...................................................................... 89

1.12 - Recurso adesivo – cabimento nos Juizados Especiais ................................ 91

1.13 - O Novo CPC e o Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas ............. 931.13.1 - Pressupostos para o cabimento do incidente de resolução de demandas repetitivas ................................................................................. 951.13.2 - Suspensão dos processos que versem idêntica questão de direito ........ 961.13.3 - Admissão, instrução e julgamento do incidente no Tribunal ................. 981.13.4 - Efeitos do julgamento .................................................................... 991.13.5 - Constitucionalidade da sistemática ................................................1011.13.6 - Nova arena de uniformização para os Juizados Especiais Federais .....1071.13.7 - Eficácia do novo mecanismo para redução de demandas previdenciárias ........................................................................................ 109

1.13.7.1 - A problemática do tempo para o julgamento do incidente ......... 1091.13.7.2 - A problemática da postura da Administração Pública Previdenciária ......................................................................................111

23

Capítulo 2 – ÓRGÃOS COLEGIADOS NOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS ........................................................................................115

2.1 - Turmas Recursais ..................................................................................1152.1.1 - Composição das Turmas Recursais ...................................................1162.1.2 - Competência das Turmas Recursais e atribuição dos magistrados integrantes...............................................................................................119

2.2 - Turmas Regionais de Uniformização ........................................................ 1222.2.1 - Composição das Turmas Regionais de Uniformização ........................ 1222.2.2 - Competência das Turmas Regionais de Uniformização e atribuição dos magistrados integrantes ............................................................................ 125

2.3 - Turma Nacional de Uniformização .......................................................... 1272.3.1 - Composição da Turma Nacional de Uniformização............................. 1272.3.2 - Competência da Turma Nacional de Uniformização e atribuição dos magistrados integrantes ............................................................................ 128

Parte II – FIGURAS RECURSAIS NAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS

Capítulo 3 – RECURSO CONTRA SENTENÇA ....................................... 133

3.1 - Legitimidade para recorrer ..................................................................... 135

3.2 - Interesse recursal ................................................................................. 137

3.3 - Prazo de interposição ............................................................................ 138

3.4 - Forma de interposição e preparo ............................................................ 139

3.5 - Representação por advogado ..................................................................141

3.6 - Efeitos da interposição do recurso contra a sentença ................................. 143

3.7 - Limites do conhecimento pela instância ad quem ..................................... 145

3.8 - A ausência de reexame necessário ...........................................................147

3.9 - A técnica da motivação por remissão e o dever de fundamentar as decisões judiciais ...................................................................................................... 148

3.9.1 - Simplicidade, celeridade e informalidade nos Juizados Especiais e o dever de fundamentação ........................................................................... 152

3.10 - Decisão monocrática do relator ............................................................. 154

3.11 - Condenação no pagamento das verbas de sucumbência .......................... 155

Quadro Sinóptico: Recurso contra sentença ..................................................... 160

Capítulo 4 – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ..........................................161

4.1 - Hipóteses de cabimento .........................................................................161

24

4.2 - Omissão sobre ponto relevante ............................................................... 163

4.3 - Contradição interna do julgado ............................................................... 165

4.4 - Obscuridade e dúvida advinda da decisão ................................................ 166

4.5 - Prazo e forma para interposição ............................................................. 168

4.6 - Legitimidade e interesse para embargar ....................................................169

4.7 - Cabimento dos embargos de declaração contra decisão interlocutória ...........170

4.8 - Embargos de declaração e decisão monocrática em órgãos colegiados .........171

4.9 - Suspensão e interrupção do prazo para interposição de recurso ...................173

4.10 - Atribuição excepcional de efeito infringente .............................................177

4.11 - Erro material e erro de fato ...................................................................179

4.12 - Embargos de declaração e prequestionamento ........................................ 1824.12.1 - Embargos de declaração e tese inovadora ....................................... 184

4.13 - Embargos de declaração, ausência de integração e a anulação de Acórdão de Turma Recursal ....................................................................................... 185

Quadro Sinóptico: Embargos de declaração ...................................................... 187

Capítulo 5 – RECURSO CONTRA DECISÃO QUE APRECIA TUTELA DE URGÊNCIA ....................................................................................... 189

5.1 - Pressupostos de cabimento ....................................................................1915.1.1 - Prazo para interposição ...................................................................1915.1.2 - Legitimidade recursal .................................................................... 193

5.2 - Medida cautelar ou tutela antecipada concedida em sentença .................... 195

5.3 - Juízo de retratação ............................................................................... 196

Quadro Sinóptico: Recurso contra medida cautelar ........................................... 197

Parte III – FIGURAS RECURSAIS NAS INSTÂNCIAS EXTRAORDINÁRIAS

Capítulo 6 – INCIDENTES DE UNIFORMIZAÇÃO E SEUS PRESSUPOSTOS GERAIS DE CABIMENTO ........................................... 201

6.1 - A função paradigmática dos incidentes de uniformização no sistema recursal dos Juizados Especiais ...................................................................... 205

6.2 - Pressupostos gerais de cabimento dos incidentes de uniformização .............2116.2.1 - Legitimidade para interposição dos incidentes de uniformização ...........2116.2.2 - Interesse recursal e a necessidade de impugnação de todos os fundamentos autônomos da decisão recorrida ............................................. 212

25

6.2.3 - Prazo de interposição dos incidentes de uniformização .......................2176.2.4 - A divergência na interpretação acerca de questões de direito material ...219

6.2.4.1 - Atualidade da divergência na interpretação da lei federal ............ 2206.2.4.2 - Configuração da similitude fático-jurídica entre a decisão recorrida e o acórdão paradigma ........................................................... 222

6.2.5 - Decisão proferida por Turmas Recursais .......................................... 2266.2.6 - Interpretação da lei em questões de direito material ......................... 228

6.2.6.1 - Questões de fato, reexame de prova e nova qualificação jurídica da prova ............................................................................................ 2326.2.6.2 - Incidente de uniformização e erro evidente de turma recursal na apreciação da prova ............................................................................ 2406.2.6.3 - Impossibilidade de discussão de matéria processual .................. 242

6.2.7 - Imprescindibilidade de prequestionamento ....................................... 251

Capítulo 7 – OUTRAS CARACTERÍSTICAS COMUNS AOS INCIDENTES DE UNIFORMIZAÇÃO ........................................................................ 255

7.1 - Efeitos da interposição do incidente de uniformização ................................ 255

7.2 - Efeitos da decisão proferida em incidente de uniformização ........................ 2587.2.1 - Efeito interno da decisão uniformizadora ........................................... 2587.2.2 - Efeito externo da decisão uniformizadora .......................................... 260

7.3 - Interposição simultânea de incidentes de uniformização ............................. 265

7.4 - Juízo de admissibilidade e agravo da decisão que inadmite incidente .......... 269

7.5 - Limites de devolução dos incidentes de uniformização ............................... 272

7.6 - Retenção de incidentes de uniformização idênticos.................................... 273

7.7 - Juízo de adequação e juízo de retratação do julgado .................................. 277

7.8 - Decisão monocrática em incidentes de uniformização ................................ 279

Capítulo 8 – INCIDENTES DE UNIFORMIZAÇÃO EM ESPÉCIE ................ 283

8.1 - Incidentes de Uniformização dos Juizados Especiais Federais ..................... 2838.1.1 - Incidente de uniformização regional ................................................. 283

8.1.1.1 - Pressupostos específicos do incidente de uniformização regional .. 284Quadro Sinóptico: Incidente de Uniformização Regional ........................... 286– Roteiro para Interposição do recurso ................................................... 287– Roteiro para análise da admissibilidade ............................................... 291– Roteiro ilustrado do recurso ............................................................... 295

8.1.2 - Incidente de uniformização nacional ................................................ 3048.1.2.1 - Pressupostos específicos do incidente de uniformização nacional ... 305

26

8.1.2.1.1 - Divergência entre decisões de turmas de diferentes Regiões ... 3058.1.2.1.2 - Contrariedade a súmula ou jurisprudência dominante do STJ ou da TNU .............................................................................. 307

8.1.2.2 - Juízo de adequação pela turma de origem .................................312Quadro Sinóptico: Incidente de Uniformização Nacional ............................314– Roteiro para interposição do recurso ....................................................315– Roteiro para análise da admissibilidade ................................................319– Roteiro ilustrado do recurso ............................................................... 322

8.1.3 - Incidente de uniformização para o Superior Tribunal de Justiça ........... 3298.1.3.1 - Amparo constitucional do incidente de uniformização dirigido ao STJ ............................................................................................... 3298.1.3.2 - Pressupostos específicos de cabimento .................................... 3308.1.3.3 - Efeito externo do incidente de uniformização dirigido ao STJ ....... 3328.1.3.4 - Processamento do incidente de uniformização dirigido ao STJ ..... 334Quadro Sinóptico: Incidente de Uniformização Dirigido ao STJ .................. 336– Roteiro para interposição do recurso ................................................... 337– Roteiro para análise da admissibilidade ............................................... 340– Roteiro ilustrado do recurso ............................................................... 343

8.1.4 - Consulta em questão de direito processual ....................................... 349

Capítulo 9 – RECURSO EXTRAORDINÁRIO .......................................... 355

9.1 - Pressupostos de cabimento .................................................................... 3569.1.1 - A ofensa direta ao texto constitucional ............................................ 3599.1.2 - O esgotamento das vias recursais ordinárias .................................... 3609.1.3 - O prequestionamento da questão constitucional na decisão recorrida .. 3629.1.4 - A repercussão geral da questão constitucional discutida no recurso ..... 363

9.2 - Juízo de admissibilidade e retenção dos recursos extraordinários ................ 365

Quadro Sinóptico: Recurso extraordinário......................................................... 369

Parte IV – OUTRAS FORMAS IMPUGNATIVAS DE DECISÕES NOS JUIZADOS ESPECIAIS

Capítulo 10 – MANDADO DE SEGURANÇA NO ÂMBITO DOS JUIZADOS ESPECIAIS ....................................................................... 373

10.1 - Pressupostos de cabimento do mandado de segurança contra ato jurisdicional ..................................................................................................374

10.2 - Pressupostos de cabimento do mandado de segurança contra ato jurisdicional no âmbito dos Juizados Especiais ................................................ 377

27

10.3 - Competência do mandado de segurança contra ato de juiz do juizado especial federal ............................................................................................ 382

10.4 - Procedimento do mandado de segurança nas turmas recursais ................ 385

10.5 - Impugnação de decisão da turma recursal em sede de mandado de segurança ................................................................................................... 386

10.6 - Correição parcial no âmbito dos Juizados Especiais ................................ 387

Capítulo 11 – O INSTITUTO DA RECLAMAÇÃO ......................................391

11.1 - Hipóteses de cabimento de Reclamação no Novo CPC ............................. 392

11.2 - Processamento da Reclamação no Tribunal ............................................ 395

11.3 - A Reclamação no sistema dos Juizados Especiais Federais ...................... 39511.3.1 - Reclamação dirigida à Turma Nacional de Uniformização .................. 396

Capítulo 12 – A REVISÃO DA COISA JULGADA NO ÂMBITO DOS JUIZADOS ESPECIAIS ........................................................................ 399

12.1 - A vedação da ação rescisória como restrição ao direito fundamental a um processo justo ............................................................................................ 400

12.1.1 - O direito fundamental a um processo justo .................................... 40112.1.2 - Direitos fundamentais como princípios ........................................... 40512.1.3 - Categorização das restrições segundo sua previsão constitucional ...... 40812.1.4 - Colisão de direitos fundamentais – a ponderação dos valores envolvidos no caso concreto .......................................................................41112.1.5 - Proporcionalidade como passo fundamental à análise da legitimidade da restrição .............................................................................................415

12.1.5.1 - A máxima da adequação ou conformidade ...............................41712.1.5.2 - A máxima da necessidade da medida restritiva .........................41712.1.5.3 - A máxima da proporcionalidade no sentido estrito .....................41812.1.5.4 - A preservação do núcleo essencial do direito fundamental ..........419

12.1.6 - A restrição ao uso de ação rescisória nos Juizados Especiais vis a vis do direito fundamental à proteção judicial .................................................. 424

12.2 - Quebra da coisa julgada nos Juizados Especiais ..................................... 425

12.3 - Da ação anulatória de sentença homologatória de acordo ........................ 428

Capítulo 13 – AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA JURÍDICA ......... 431

13.1 - Contornos para identificação de sentença juridicamente inexistente ........... 433

13.2 - Meios de impugnação de sentença juridicamente inexistente .................... 435

28

Parte V – MEIOS DE IMPUGNAÇÃO NOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS CRIMINAIS

Capítulo 14 – RECURSOS NOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS .......... 441

14.1 - Recurso de apelação .......................................................................... 442

14.2 - Embargos de declaração ...................................................................... 445

14.3 - Habeas Corpus ................................................................................... 447

14.4 - Revisão criminal ................................................................................. 451

Apêndice

LEI 10.259, DE 12.07.2001 ............................................................... 455

RESOLUÇÃO/CJF 345, DE 02.06.2015 ............................................... 461Regimento Interno Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais ...................................................................... 462

RESOLUÇÃO/CJF 347, DE 02.06.2015 .................................................479

SÚMULAS DA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO ....................... 483

QUESTÕES DE ORDEM DA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO ..... 493

REFERÊNCIAS .................................................................................. 501