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MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA República de Moçambique Ministério da Educação Maputo - 2014

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MANUAL DOS PADRÕES EINDICADORES DE QUALIDADE

PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

República de MoçambiqueMinistério da Educação

Maputo - 2014

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

Ficha Técnica

Texto: Ministério da Educação

Redacção: Ministério da Educação

Arranjo Gráfico: Académica, Lda.

Impressão: Académica, Lda.

Tiragem: 500 Exemplares

Ano: 2014

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA i

Índice

Prefácio 1

I. Introdução 3

II. Enquadramento Conceptual 5

III. Padrões e Indicadores 6

3.1. Dimensão 1: Planificação, Administração e Gestão Escolar 6

3.2. Dimensão 2: Infra-Estruturas, Equipamento e Ambiente Escolar 9

3.3. Dimensão 3: Processo de Ensino-Aprendizagem 12

IV. Avaliação da Qualidade das Escolas 14

4.1. Avaliação da Dimensão Planificação, Administração e Gestão Escolar 15

4.2. Avaliação da Dimensão Infra-Estruturas Equipamento e Ambiente Escolar 19

4.3. Avaliação da Dimensão Processo de Ensino-Aprendizagem 24

4.4. Procedimentos de Auto-Avaliação 27

4.5. Procedimentos da Avaliação Externa 35

Bibliografia 36

Anexos 39

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIAii

Tabela 3.1. Planificação, Administração e Gestão Escolar

Tabela 3.2. Infra-estruturas, Equipamento e Ambiente Escolar

Tabela 3.3. Processo de Ensino-Aprendizagem

Tabela 4.1. Ficha de Avaliação da Planificação, Administração e Gestão

Escolar

Tabela 4.2. Ficha de Avaliação das Infra-Estruturas, Equipamento e

Ambiente Escolar

Tabela 4.3. Ficha de Avaliação do Processo de Ensino-Aprendizagem

Tabela 4.4. Passos a Seguir no Processo de Auto-Avaliação

Lista de Tabelas

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA iii

CAE Comissão de Avaliação da Escola

CAZIP Comissão de Avaliação da Zona de Influência Pedagógica

CDA Comissão Distrital de Avaliação

CPA Comissão Provincial de Avaliação

CP Campos de Pontuação

DPEC Direcção Provincial de Educação e Cultura

DEE Departamento de Educação Especial

DGGQ Direcção de Gestão e Garantia da Qualidade

DINEP Direcção Nacional do Ensino Primário

DINAEA Direcção Nacional de Alfabetização e Educação de Adultos

INDE Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação

Mined Ministério da Educação

ONG´s Organizações não-governamentais

SDEJT Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia

SGGQ Sistema de Gestão e Garantia de Qualidade

ZIP Zona de Influência Pedagógica

Abreviaturas

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIAiv

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA 1

A Educação é uma alavanca decisiva na preparação do capital humano indispensável ao combate à pobreza, à promoção do desenvolvimento socio-ecónomico e do bem-estar do cidadão.

No quadro dos Objectivos e Metas de Desenvolvimento do Milénio, o Programa Quinquenal do Governo (2010-2014) e o Plano Estratégico da Educação (2012-2016), seu instrumento operacional, estabelecem como prioridade a escolarização universal.

Constituem principais objectivos do Ministério da Educação (MINED): assegurar que todas as crianças ingressem no ensino na idade certa (6 ou 7 anos) e que permaneçam até completar 7 anos de escolaridade; melhorar a qualidade de ensino expressa pelo desempenho escolar dos alunos, sobretudo no que se refere às competências de leitura, escrita, cálculo numérico, habilidades para a vida e o reforço da capacidade institucional.

Para o alcance destes objectivos, o Sistema Educativo, ao longo dos últimos anos, tem vindo a implementar um conjunto de estratégias, sendo de destacar a introdução do novo currículo, a construção de escolas, a alocação de fundos às escolas, a formação de professores e de gestores educacionais, a provisão do livro escolar e o incremento de acções de supervisão pedagógica, monitoria e avaliação do desempenho, entre outras.

Apesar destes esforços muitos são ainda os desafios. Por exemplo, o nível de rendimento escolar dos alunos registou uma ligeira queda a partir de 2008, comparativamente aos anos lectivos precedentes. Há ainda crianças que no fim do 1º ciclo, do Ensino Primário (2ª classe) apresentam dificuldades de leitura e escrita.

Os resultados do estudo SACMEQ III (2007) mostram que um número considerável de alunos na 6ª classe ainda não atingiu as competências básicas em leitura e cálculo. Estudos realizados pela sociedade civil (MEPT, 2011) indicam que a percepção dos pais e da comunidade em geral é de que a qualidade de ensino é baixa.

Prefácio

2 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

É neste contexto que o Ministério da Educação, na perspectiva de imprimir e estimular o desenvolvimento de uma cultura institucional virada para a melhoria permanente do desempenho e dos serviços prestados pelas instituições de ensino, pretende estabelecer um Sistema de Gestão e Garantia de Qualidade assente em padrões e indicadores de qualidade que sirvam de orientação ao trabalho que deve ser desenvolvido pelas escolas. Os padrões e indicadores são complementados por uma escala de avaliação a base do processo de auto-avaliação e avaliação externa.

Pretende-se com estes dispositivos, estimular as instituições, a toda comunidade escolar, que inclui os alunos, professores, gestores, pais e encarregados de educação, não só a fazerem uma introspecção sobre as acções por eles realizadas, mas sobretudo assegurar uma melhoria constante da sua actuação no que concerne ao processo de ensino-aprendizagem, gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros, colocados à disposição das escolas.

Esta é a razão pela qual foi concebido este manual, como um instrumento de apoio às escolas na implementação do Sistema de Gestão e Garantia de Qualidade, cuja elaboração contou com a contribuição de gestores e técnicos pedagógicos da Educação a diferentes níveis, professores, alunos, membros do Conselho de Escola, parceiros de cooperação e da sociedade civil.

Espera-se que este instrumento seja útil, para a melhoria da qualidade de Ensino.

“Vamos Aprender, Construindo Competências para um Moçambique em Constante Desenvolvimento”

O Ministro da Educação

_____________________________Augusto Jone Luís

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA 3

O mundo vem sendo palco de profundas e aceleradas transformações económicas, políticas e sociais, que têm levado as nações e seus governos a adoptarem estratégias diferenciadas e criativas para elevar a qualidade de vida das suas populações.

Neste contexto, o papel da educação na produção do conhecimento, na elevação do nível global de competitividade da economia e promoção do bem-estar social é reconhecido por todos.

É assim que, melhorar a qualidade de educação, para o Governo de Moçambique, constitui uma das suas prioridades.

A qualidade de educação é um conceito multidimensional e nem sempre consensual, daí a pertinência da sua delimitação e explicitação.

A maioria das pessoas certamente concorda com o facto de que uma escola boa é aquela em que os seus alunos aprendem coisas essenciais para sua vida, tais como ler e escrever, resolver problemas matemáticos, conviver com os colegas, respeitar regras e trabalhar em grupo.

Para tal, é muito importante que se tenha em conta o contexto e ambiente em que se aprende, os processos inerentes para a obtenção de resultados satisfatórios.

A elaboração do presente Manual dos Padrões e Indicadores de Qualidade, consistiu na sistematização e harmonização das experiências do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação (INDE), Direcção Nacional do Ensino Primário (DINEP), Direcção Provincial de Educação e Cultura de Cabo Delgado, Direcção Provincial de Educação e Cultura de Inhambane, Programa Integrado da Reforma da Educação Profissional (PIREP), e de outras experiências de âmbito nacional e internacional. Contou ainda com a contribuição de uma equipa técnica composta por profissionais da Direcção de Gestão e Garantia da Qualidade (DGGQ), Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação (INDE), Direcção Nacional do Ensino Primário (DINEP), Direcção Nacional de Formação de Professores (DNFP), Direcção Nacional de Alfabetização e Educação de Adultos (DINAEA) e Departamento de Educação Especial (DEE).

I. Introdução

4 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

O processo de concepção incluiu a auscultação a vários segmentos do sector e da sociedade em todo o país, sendo de destacar técnicos das Direcções Nacionais, Parceiros de cooperação, ONG´s, DPEC´s, SDEJT´s, Escolas, Organizações da Sociedade Civil, Conselhos Consultivo e Coordenador do MINED, que precedeu a pré-testagem, seguida da revisão da proposta inicial cuja experimentação está prevista em 260 escolas no ano lectivo de 2013.

Este manual é parte do Sistema de Gestão e Garantia de Qualidade e contém os padrões e indicadores de qualidade relativos a Infra-estruturas e Ambiente Escolar, Planificação, Administração e Gestão Escolar, Processo de Ensino-Aprendizagem das escolas primárias. Os diferentes intervenientes (professores, pais, encarregados de educação, Direcção de Escola, Conselho de Escola, Sociedade Civil e Parceiros de cooperação) dispõem assim de um instrumento valioso que lhes permitirá, com base em indicadores e evidências, saber “onde estão”, relativamente a “onde deveriam estar”, através do processo de auto-avaliação e avaliação externa e “o que se pode e se deve fazer relativamente ao esperado”, através da elaboração de um plano de acção. Conscientes dos seus pontos fortes e fracos, a escola tem condições de intervir para melhorar o processo e os resultados.

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA 5

Para efeitos de análise da qualidade de educação em Moçambique a seguir definem-se alguns conceitos:

Sistema de Gestão e Garantia de Qualidade: Programa de acompanhamento sistemático, avaliação dos diferentes aspectos de um projecto ou serviço, para garantir o cumprimento dos padrões de qualidade com o máximo de eficácia e eficiência.

Dimensão: área-chave dos diferentes processos educativos, cujo funcionamento concorre para a aquisição de competências.

Padrão: condição ideal que se espera que uma escola atingiu e que serve de critério de avaliação a partir dos resultados e das rspectivas evidências.

Indicador: facto observável que exprime e permite medir ou avaliar o nível do cumprimento ou do alcance dos padrões, com base numa escala qualitativa ou quantitativa.

Evidência: facto observável que comprova o grau de alcance do padrão.

Auto-avaliação ou avaliação interna: conjunto de normas, mecanismos e procedimentos operados pelas próprias instituições para avaliarem a qualidade dos seus próprios serviços. Visa diagnosticar o nível de organização das instituições, identificando os aspectos fortes e os aspectos a superar através da execução dum plano de acção de auto superação. Visa ainda, proporcionar uma base fundamentada para o processo de avaliação externa.

Avaliação externa: conjunto de normas, mecanismos e procedimentos que são operados por instituições externas para avaliarem a qualidade dos serviços de outras instituições da educação. Visa diagnosticar o nível de organização das instituições, identificando os aspectos fortes e os aspectos a superar através da execução dum plano de acção de auto superação. Visa ainda, apurar a qualidade dos serviços prestados pela instituição para a respectiva certificação.

II. Enquadramento Conceptual

6 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

Os padrões e indicadores estão agrupados em três dimensões, nomeadamente: Planificação, Administração e Gestão Escolar; Infra-estrutura, Equipamento e Ambiente Escolar; e Processo de Ensino-Aprendizagem.

3.1. Dimensão 1: Planificação, Administração e Gestão Escolar

Nesta dimensão pretende-se cobrir aspectos ligados à planificação, administração e gestão de uma escola. Estes apontam, essencialmente, as formas de organização e planificação do trabalho do pessoal docente e não docente, acesso e assiduidade dos alunos à escola, disponibilidade do material básico necessário para o funcionamento da escola e controlo das actividades pedagógicas.

Na tabela 3.1., atinente à Dimensão Planificação, Administração e Gestão Escolar, são apresentados os padrões, indicadores e as respectivas evidências.

III. Padrões e Indicadores

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA 7

Dimensão1: Planificação, Administração e Gestão EscolarPadrão Indicador Evidências

1.1. Eficientegestão da escola

1.1.1. Planificação da escola

Existência do Plano de Desenvolvimento da Escola e do Plano Anual da Escola e seu grau de cumprimentoRelatórios de monitoria dos planos

1.1.2. Planificação financeira e execução orçamental da escola

Existência do Plano Financeiro da Escola e seu grau de cumprimentoBalancetes de execução

1.1.3. Participação inclusiva dos actores na planificação e transparência na gestão escolar.

Actas de reuniões

1.1.4. Preenchimento e conservação dos documentos de escrituração escolar

Documentos de escrituração escolar mencionados no artigo 57 do REGEB devidamente preenchidos

Documentos de escrituração escolar, mencionados no artigo 57 do REGEB, conservados

1.1.5. Adequação aos requisitos e qualificações dos gestores e dos professores

Certificado de habilitações e currículum vitae

1.1.6. Formação contínua dos professores

Mapa de controlo de formação contínua

1.1.7. Estabilidade do corpo docente

Permanência de professores na escola num intervalo mínimo de cinco anos

8 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

1.2. Assegurado o acesso, permanência e sucesso escolar

1.2.1. Proporção de crianças matriculadas com seis anos de idade na 1ª classe

Mapas estatísticos da escola

1.2.2. Tendência do aproveitamento escolar dos últimos três anos

Mapas de aproveitamento pedagógico

1.2.3. Proporção de alunos por sexo Mapas estatísticos da escola

1.2.4. Permanência dos alunos, em especial da rapariga

Percentagem de desistência da rapariga em função do número total das raparigas no levantamento 3 de Março

1.3.Disponibilizadoo material de ensino

1.3.1. Distribuição do livro gratuito

Plano de distribuiçãoLista dos beneficiários

1.3.2. Conservação do livro de distribuição gratuita

Mapa de recolha do livro em condições de utilização

1.3.3. Material para os alunos com necessidades educativas especiais

Existência de material compensatório de acordo com a deficiência

1.4. Eficiente controlo das Actividades Pedagógicas

1.4.1. Controlo da planificação de aulas.

Actas das sessões de planificação Planos de aula assinados pelo Director Adjunto Pedagógico ou coordenador de ciclo ou de área

1.4.2. Assistência às aulasPlano de assistência às aulasFichas de assistência

1.4.3. Controlo da assiduidade dos alunos

Mapa de controlo de assiduidade dos alunos

1.4.4. Controlo da assiduidade dos professores

Mapa de controlo de assiduidade dos professores

1.4.5. Rácio professor/ aluno Listas dos alunos por turma

1.5. Eficiente gestão de evidências de qualidade

1.5.1. Conservação de evidências

Existência de espaço ou pastas de arquivo

1.5.2. Uso das evidências para a melhoria do desempenho da escola

Plano de acção para melhoria do desempenho

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA 9

3.2. Dimensão 2: Infra-Estruturas, Equipamento e Ambiente Escolar

Nesta dimensão, estão arroladas as condições mínimas necessárias para garantir o processo de ensino-aprendizagem inclusivo, são e seguro, onde as crianças desenvolvem o respeito pelo seu semelhante e pela sociedade. Na tabela 3.2, atinente à Dimensão Infra-Estruturas, Equipamento e Ambiente Escolar , são apresentados os padrões, indicadores e as respectivas evidências.

Tabela 3.2. Infra-Estruturas, Equipamento e Ambiente Escolar

Dimensão2: Infra-Estrutura, Equipamento e Ambiente Escolar Padrão Indicador Evidências

2.1. Garantida a criação, manutenção e conservação das condições físicas da escola e de todo o património existente na instituição

2.1.1. Suficiência de salas de aula e equipamentos

Sala com dimensões aprovadas.

Todos os alunos estudam em salas de aulaCinquenta alunos por salaCarteiras para todos os alunosUm quadro fixo com dimensões mínimas de 2,40mx1,20m numa altura mínima de 90cm a partir do solo Uma secretária e cadeira para o professor

2.1.2. Existência de gabinetes e mobiliário para os gestores da escola

Gabinetes e mobiliário para os gestores da escola

2.1.3. Existência de espaço para recreação e desportos

PátioCampos de jogos

2.1.4. Placas de identificação da escola, das salas e sectores

Escola, salas e sectores devidamente identificados

2.1.5. Inventariação, manutenção e conservação do mobiliário da sala de aula

Mobiliário da sala de aula em bom estado de conservação e inventariado

10 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

2.2. Asseguradas as condições básicas de segurança, higiene e saneamento

2.2.1. Existência de vedação, local de concentração em caso de emergência

VedaçãoSaída de emergênciaLocal de concentração

2.2.2. Existência de um jardim Jardim2.2.3. Existência de árvores de fruta e de sombra

Árvores de fruta e de sombra

2.2.4. Saneamento da escola Recipientes de lixo e/ou aterros sanitários

2.2.5. Disponibilidade de água potável

Existência de fontanária, água canalizada, poços de água, tanques, cisternas

2.2.6. Existência de sanitáriosUm sanitário para 25 alunos e um sanitário para 20 alunas

2.2.7. Kit de Primeiros Socorros e pessoal capacitado para aconselhamento em infecções de transmissão sexual, HIV/Sida e violência

Ligadura, água oxigenada, pensos higiénicos, penso rápido, álcool medicinal, algodão e tintura.Espaço de aconselhamento; fichas de atendimento; lista dos activistas capacitados; plano de actividades dos activistas e relatórios

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA 11

2.3. Garantido um Ambiente de inclusão apropriado para o ensino-aprendizagem

2.3.1. Medidas especiais e interventivas para os alunos com necessidades educativas especiais

Utensílios da casa de banho adequados à deficiência Portas, lavatórios, barras de apoioCarteiras e cadeiras adequadas à deficiênciaCorrimãos nas rampas e escadasSinais de orientação traduzidos em braille, em todos os locais do edifícioRampas de acesso padronizadasMáquina de braille, pautas, punção, cubaritos e alfabeto manual

2.3.2. Medidas especiais para os alunos com deficiência

Plano e listas de equipas desportivas, material desportivo e recreativo, incluindo modalidades que possam ser praticadas por alunos com deficiênciaPlano e listas de grupos culturais e recreativos, incluindo modalidades que possam ser praticadas por alunos com deficiência

2.4. Assegurado o respeito pelos direitos da criança

2.4.1. Divulgação e defesa dos direitos da criança

Documentos sobre os direitos da criançaActas/relatórios

2.4.2. Crianças vulneráveis com acesso à escola e apoiadas em material escolar

Lista dos beneficiáriosLista dos materiais distribuídos

2.5. Assegurada a promoção de valores cívicos e patrióticos

2.5.1. Existência dos símbolos de soberania

Bandeira Nacional, fotografia oficial do Chefe do Estado

12 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

3.3. Dimensão 3: Processo de Ensino-Aprendizagem

Um eficiente processo de ensino-aprendizagem constitui a chave para a aquisição de competências definidas no currículo. Nesta dimensão, os indicadores de qualidade referem-se a todos os aspectos que, no seu conjunto, favorecem a aprendizagem e a ampliação da capacidade de leitura e escrita, contagem e cálculo numérico de todas as crianças e adolescentes ao longo do Ensino Básico. Na tabela 3.3, atinente à Dimensão Processo de Ensino-Aprendizagem, são apresentados os padrões, indicadores e as respectivas evidências.

Tabela 3.3. Processo de Ensino-Aprendizagem

Dimensão 3: Processo de Ensino-AprendizagemPadrão Indicador Evidências

3.1. Adequada utilização dos materiais curriculares básicos

3.1.1. Disponibilidade, uso do programa de ensino, manual do professor e outros materiais

Programa de ensino, manual do professor e dosificaçãoPlano de aula, livro da turma e caderno do alunoTextos de apoio e livro do aluno

3.1.2. Utilização de materiais de demonstração didáctica de todas as áreas de aprendizagem

Existência de mapas, caixa métrica, quadro silábico, geográficos, globos terrestres, esqueleto humano, materiais em forma de relevo e outros materiais localmente produzidosPlano de aula, livro da turma e caderno do aluno

3.1.3. Acesso e bom aproveitamento da biblioteca ou do acervo bibliográfico

Livros adequados ao ensino primárioRegistos dos alunos que frequentam a biblioteca

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA 13

3.2. Utilizadas metodologias participativas

3.2.1. Organização e orientação de trabalhos dos alunos (individual e/ou em grupo)

Plano de aula, livro da turma e caderno do alunoCópias de trabalhos realizadosCaderneta do professor

3.2.2. Realização do ditado, redacção, trabalhos práticos, dramas, canções e jogos

Plano de aula, livro da turma e caderno do alunoLista de canções e jogosCópias de ditados, projectos, redacções e TPCExposição dos trabalhos feitos

3.3. Proficiente leitura, escrita e cálculo numérico

3.3.1. Domínio de competências de oralidade, leitura e escritas definidas para cada ciclo de aprendizagem

Ficha de monitoria de competências básicas Resultados de avaliações de acordo com o programa de ensinoCaderno de desempenho pedagógico

3.3.2. Domínio de contagem e cálculo de acordo com o programa de ensino

Ficha de monitoria de competências básicas

Resultados de avaliações de acordo com o programa de ensinoCaderno de desempenho pedagógico e caderno diário

14 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

A avaliação, sendo uma operação que consiste em verificar se os objectivos, metas ou resultados estão a ser atingidos, pressupõe sempre um confronto entre os resultados alcançados e os esperados. Esta operação realiza-se através de vários instrumentos que facilitam a interpretação dos resultados e a emissão de juízos de valor.

Os instrumentos de avaliação disponíveis, permitem fazer uma avaliação interna e externa das escolas, dando a possibilidade que cada actor (Direcção da Escola, professores, alunos, pais e encarregados de educação e a comunidade local), do processo de Ensino-Aprendizagem identifique, no contexto da sua escola, as acções concretas para auto-superação das dificuldades identificadas, com vista à melhoria de qualidade.

A realização correcta e sistemática da auto-avaliação permitirá à avaliação externa encontrar bases e elementos fiáveis sobre o desempenho da escola. A seguir apresentam-se os principais instrumentos de avaliação da qualidade das escolas primárias.

Nas tabelas 4.1, 4.2 e 4.3 estão apresentados quatro níveis de classificação de cada uma das dimensões, através da escala de classificação que varia de 1(um ) a 4(quatro), de acordo com as evidências encontradas. Após a atribuição da classificação efectua-se o registo na coluna de pontuação.

IV. Avaliação da Qualidade das Escolas

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA 15

4.1. Avaliação da Dimensão Planificação, Administração e Gestão Escolar

Tabela 4.1. Ficha de avaliação da Dimensão, Planificação, Administração e Gestão Escolar

Dimensão1: Planificação, Administração e Gestão Escolar

Classificação

PontuaçãoIndicador Evidências Muito Bom

(4)Bom(3)

Satisfatório (2)

Não satisfatório

(1)

1.1.1. Planificação da escola

Existência do Plano de Desenvolvi-mento da Escola e Plano Anual da Escola e seu grau de cumpri-mento

Execução em mais de 85% das actividades do plano anual, de acordo com o cronograma aprovado, até ao momento da avaliação

Execução entre 60% e 84% das actividades do plano anual, de acordo com o cronograma aprovado, até ao momento da avaliação

Execução entre 35% e 59% das actividades do plano anual, de acordo com o cronograma aprovado, até ao momento da avaliação

Execução em menos de 35% das actividades do plano anual, de acordo com o cronograma aprovado, até ao momento da avaliação

Relatórios de monitoria do plano

1.1.2. Planificação financeira e execução orçamental da escola.

Existência do Plano Financeiro da Escola e seu grau de cumpri-mento

Execução em mais de 85% das actividades do plano financeiro até ao momento da avaliação

Execução entre 60% e 85% das actividades do plano financeiro até ao momento da avaliação

Execução entre 35% e 59% das actividades do plano Financeiro até ao momento da avaliação

Execução em menos de 35% das actividades do plano financeiro até ao momento da avaliação

Balancetes de execução

1.1.3. Par-ticipação in-clusiva dos actores na planificação e transpar-ência na gestão escolar.

Actas de reuniões

Participação em mais de 85% dos membros do Conselho da Escola no processo de planificação e gestão

Participação entre 60% e 85% dos membros do Conselho da Escola no processo de planificação e gestão

Participação entre 35% e 59% dos membros do Conselho da Escola no processo de planificação e gestão

Participação em menos de 35% dos membros do Conselho da Escola no processo de planificação e gestão

16 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

1.1.4. Preenchi-mento e conserva-ção dos documen-tos de escrituração escolar

Documen-tos de escrituração escolar mencio-nados no artigo 57 do REGEB devi-damente preenchidos

Mais de 85% de documen-tos devida-mente preenchidos até ao mo-mento da avaliação

Entre 60% e 85% de documen-tos devida-mente preenchidos até ao mo-mento da avaliação

Entre 35% e 59% de do-cumentos devidamen-te preenchi-dos até ao momento da avaliação

Menos de 35% de do-cumentos devida--mente preenchidos até ao mo-mento da avaliação

Documen-tos de escrituração escolar, mencio-nados no artigo 57 do REGEB, con-servados

Docu-mentos arquivados nas pastas, organizados por ordem cronológica e temática em bom estado de conserva-ção

Docu-mentos arquivados nas pastas, organizados em estado de conserva-ção aceitável

Existência de todos os documen-tos, mas arquivados de forma desorde-nada

Docu-mentos incompletos arquivados nas pastas

1.1.5. Adequação aos requisi-tos e qualifi-cações dos professores e gestores

Certificado de habilitações e currículum vitae

Mais de 85% de professores e gestores com formação adequada às funções que exercem

Entre 85% e 80% de professores e gestores com formação adequada às funções que exercem

Entre 79% e 75% de professores e gestores com formação adequada às funções que exercem

Menos de 75% de professores e gestores com formação adequada às funções que exercem

1.1.6. Formação contínua dos professores

Plano e mapa de controlo de formação contínua

Mais de 85% de professores participa-ram em ca-pacitações, seminários, jornadas pedagógicas e formação académica nos últimos dois anos

Entre 85% e 80% de professores participa-ram em ca-pacitações, seminários, jornadas pedagógicas e formação académica nos últimos dois anos

Entre 79% e 75% de professores participa-ram em ca-pacitações, seminários, jornadas pedagógicas e formação académica nos últimos dois anos

Menos de 75% de professores participa-ram em ca-pacitações, seminários, jornadas pedagógicas e formação académica nos últimos dois anos

1.1.7.Es-tabilidade do corpo docente

Permanên-cia de pro-fessores na escola num intervalo mínimo de cinco anos

Mais de 85% de professores em exercício a mais de 5 anos

Entre 80% e 85% de professores em exercício num intervalo de 4 e 5 anos

Entre 75% e 80% de professores em exercício num intervalo de 2 e 3 anos

Menos de 75% professores em exercício a menos de 2 anos

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA 17

1.2.1. Proporção de crianças matricu-ladas com seis anos de idade na 1ª classe

Mapas estatísticos da escola

100% de alunos ma-triculados na 1ª classe com 6 anos de idade

Entre 75% e 100% de alunos ma-triculados na 1ª classe com 6 anos de idade

Entre 50% e 75% de alunos ma-triculados na 1ª classe com 6 anos de idade

Menos de 50% de alunos ma-triculados na 1ª classe com 6 anos de idade

1.2.2. Tendência do aprovei-tamento escolar dos últimos três anos

Mapas de aproveita-mento pedagógico

Mais de 80% do aproveita-mento esco-lar positivo (percenta-gem dos aprovados em função do levanta-mento 3 de Março)

Entre 60% e 80% do aproveita-mento esco-lar positivo (percenta-gem dos aprovados em função do levanta-mento 3 de Março)

Entre 50% e 60% do aproveita-mento esco-lar positivo (percenta-gem dos aprovados em função do levanta-mento 3 de Março)

Menos 50% do aprovei-tamento escolar positivo (percenta-gem dos aprovados em função do levanta--mento 3 de Março)

1.2.3. Per-manência dos alunos por género

Mapa estatístico de levanta-mento 3 de Março

Desistência da rapariga entre 0% e 2%

Desistência da rapariga entre 2% e 4%

Desistência da rapariga entre 4% e 7%

Mais de 7% de desistências da rapariga

Desistência de rapazes entre 0% e 2%

Desistência de rapazes entre 2% e 4%

Desistência de rapazes entre 4% e 7%

Mais de 7% de desistências de rapazes

1.3.1. Distribuição do livro gratuito

Plano de distribuição Um livro

de cada disciplina por aluno

Um livro de cada disciplina por dois alunos

Um livro de cada disciplina por três alunos

Um livro de cada disciplina por mais de três alunos

Lista dos beneficiári-os

1.3.2. Con-servação do livro de distribuição gratuita

Mapa de recolha do livro em condições de utilização

Mais de 70% de livros de reposição em condições de utilização

Entre 65% e 70% de livros de reposição em condições de utilização

Entre 60% e 65% de livros de reposição em condições de utilização

Menos de 60% de livros de reposição em condições de utilização

1.3.3. Ma-terial para os alunos com ne-cessidades educativas especiais

Existência de material compen-satório de acordo com a deficiên-cia

Todos alunos com material compen-satório de acordo com a deficiên-cia

Entre 75% e 100% de alunos com material compen-satório de acordo com a deficiên-cia

Entre 50% e 75% de alunos com material compen-satório de acordo com a deficiên-cia

Menos de 50% de alunos com material compen-satório de acordo com a deficiên-cia

18 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

1.4.1. Controlo da planificação de aulas.

Actas das sessões de planificação

Controlo diário dos

planos

Controlo semanal

dos planos

Controlo quinzenal dos planos

Controlo ocasional

Planos de aula assi-nados pelo Director Adjunto Pedagógico ou coorde-nadores de ciclo ou de área

1.4.2. Assistência às aulas

Plano de assistência às aulas

100% de aulas planificadas

Entre75% a 100% de aulas planificadas

Entre 50% a 75% de aulas planificadas

Menos de 50% de aulas planificadas

Fichas de assistência assistidas assistidas Assistidas assistidas

1.4.3. Controlo da assiduidade dos alunos

Mapa de controlo da assiduidade dos alunos

Controlo semanal das faltas dos alunos por parte do director de turma

Controlo quinzenal das faltas dos alunos por parte do director de turma

Controlo Mensal das faltas dos alunos por parte do director de turma

Controlo ocasional das faltas dos alunos por parte do director de turma

1.4.4. Controlo da assiduidade dos professores

Mapa de controlo da assiduidade dos professores

Controlo semanal das faltas dos professores por parte do director adjunto pedagógico

Controlo quinzenal das faltas dos professores por parte do director adjunto pedagógico

Controlo mensal das faltas dos professores por parte do director adjunto pedagógico

Controlo ocasional das faltas dos professores por parte do director adjunto pedagógico

1.4.5. Rácio professor/aluno

Listas dos alunos por turma

Um professor para um máximo de 50 alunos

Um professor para 51 a 55 alunos

Um professor para 56 a 60 alunos

Um professor para mais de 60 alunos

1.5.1. Con-servação de evidências

Existência de espaço ou pastas de arquivo

Todas evidências encontradas e devida-mente con-servadas

Todas evidências encontra-das mas algumas não devida--mente con-servadas

Algumas evidências encontradas devidamen-te conser-vadas

Algumas evidências encontradas mas não devida--mente con-servadas

1.5.2. Uso das evidên-cias para a melhoria do desem-penho da escola

Plano de acção para melhoria do desempe-nho

Mais de 90% de execução do plano de acção

Entre 85% e 90% de execução do plano de acção

Entre 80% e 85% de execução do plano de acção

Menos de 80% de execução do plano de acção

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA 19

4.2 Avaliação da Dimensão Infra-Estruturas, Equipamento e Ambiente Escolar

Tabela 4.2. Ficha de Avaliação da Dimensão Infra-Estruturas, Equipamento e Ambiente Escolar

Dimensão2: Infra-Estruturas, Equipamento e Ambiente Escolar

Classificação

PontuaçãoIndicador Evidências Muito Bom

(4)Bom(3)

Satisfatório (2)

Não satisfatório

(1)

2.1.1. Sufi-ciência de salas de aula e equipa-mentos

Sala com dimensões de 7mx6m.

Todas as salas com medidas pa-dronizadas

Entre 95% e 100% de salas com medidas pa-dronizadas

Entre 90% e 95% de salas com medidas pa-dronizadas

Menos de 90% de salas com medidas pa-dronizadas

Todos os alunos estudam em salas de aula

Todos os alunos estudam em salas de aula

Entre 95% e 100% de alunos estudam em salas de aula

Entre 90% e 95% de alunos estudam em salas de aula

Menos de 90% alunos estudam em salas de aula

Cinquenta alunos por sala

Todas as turmas não excedem 50 alunos

Entre 95% e 100% de turmas não excedem 50 alunos

Entre 90% e 95% de turmas não excedem 50 alunos

Menos de 90% de turmas não excedem 50 alunos

Carteiras para todos os alunos

Todas salas com 25 carteiras duplas

Entre 95% e 100% de salas com 25 carteiras duplas

Entre 90% e 95% de salas com 25 carteiras duplas

Menos de 90% de salas com 25 carteiras duplas

Um quadro fixo com dimensões mínimas de 2,40m x 1,20m numa altura mínima de 90cm a partir do solo

Todas as salas com um quadro fixo com dimensões mínimas de 2,40mx1,20m numa altura mínima de 90cm a partir do solo

Entre 95% e 100% de salas com quadro fixo com dimensões mínimas de 2,40mx1,20m numa altura mínima de 90cm a partir do solo

Entre 90% e 95% de salas com quadro fixo com dimensões mínimas de 2,40mx 1,20m numa altura mínima de 90cm a partir do solo

Menos de 90% de salas com quadro fixo com dimensões mínimas de 2,40m x 1,20m numa altura mínima de 90cm a partir do solo

Uma secretária e cadeira para o professor

Todas as salas com uma secretária e cadeira para o professor

Entre 95% e 100% de salas com uma secretária e cadeira para o professor

Entre 90% e 95% de salas com uma secretária e cadeira para o professor

Menos de 90% de salas com uma secretária e cadeira para o professor

20 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

2.1.2. Existência de gabinetes e mobiliário

Gabinetes e mobiliário para os gestores da escola

Gabinetes do Director, Director Adjunto Pedagógico, Chefe da Secretaria, Secretaria e Sala dos professores mobilados

Gabinetes do Director, Director Adjunto Pedagógico, Chefe da Secretaria e Secretaria mobilados

Gabine-tes não devidamente mobilados

Não Existência de gabinetes

2.1.3. Existência de espaço para recreação e desportos

Pátio

Campo de Jogos

Escola com pátio e campos de jogos

Escola com pátio

Escola com campos de jogos

Escola sem pátio nem campos de jogos

2.1.4.Placas de identificação da escola, das salas e sectores

Escola, Salas e sectores devidamente identificados

Escola e to-das as salas e sectores devidamente identificados

Todas as salas e sectores devidamente identificados

Salas devidamente identificadas

Sem placas de identifi-cação

2.1.5.Inventa-riação, manutenção e conser-vação do mobiliário da sala de aula

Mobiliário da sala de aula em bom estado de conservação e inventari-ado

Entre 90% e 100% do mobiliário conservado e inventa-riado

Entre 80% e 90% do mobiliário conservado e inventa-riado

Entre 70% e 80% do mobiliário conservado e inventa-riado

Menos de 70% do mobiliário conservado e inventa-riado

2.2.1 Exis-tência de vedação e local de con-centração em caso de emergência

Vedação

Saída de emergência

Local de con-centração

Vedação com material convencional e portão

Saída de emergência

Local de con-centração

Vedação com material convencional e portão

Saída de emergência

Local de con-centração

Vedação com material não conven-cional

Saída de emergência

SemVedação

Nem saída de emer-gência

2.2.2. Existência de jardim

JardimJardim com relva e flores devidamente tratado

Jardim com relva e flores

Jardim com relva Sem jardim

2.2.3. Existência de árvores de fruta e de sombra

Árvores de fruta e sombra

Escola com árvores de fruta e sombra devidamente tratadas

Escola com árvores de fruta e sombra

Escola com árvores de sombra

Escola sem árvores

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA 21

2.2.4.Saneamento da escola

Recipientes de lixo e/ou aterros sanitários

Pátio, salas de aula, corredores, gabinetes de trabalho devidamente limpos com recipientes de lixo e/ou aterros sanitários devidamente tratados

Pátio, salas de aula, corredores limpos, com recipientes de lixo e/ou aterros sanitários

Gabinetes de trabalho devidamente limpos

2.2.5. Dis-ponibilidade de água potável

Existência de fontanário, água canalizada, poços de água, tanques, cisternas

Existência de água potável em quantidade suficiente, bem conservada e acessível aos alunos

Existência de água potável devida-mente conservada, em quantidade insuficiente

Existência de água potável não devidamente conservada

Sem água na escola

2.2.6. Existência de sanitários

Um sanitário para 25 alunos e um sanitário para 20 alunas, em função do turno

Um sanitário para 25 alunos e um sanitário para 20 alunas em uso, devidamente limpos com água limpa para lavar as mãos

Um sanitário para 45 alunos e um sanitário para 35 alunas em uso, com água limpa para lavar as mãos

Um sanitário para 55 alunos e um sanitário para 45 alunas em uso, sujos, sem água para lavar as mãos

Sanitários não usados

2.2.7.Kit de Primeiros Socorros e pessoal capacitado para acon-selha-mento em infecções de transmissão sexual, HIV/Sida e violência

Ligadura

Água oxigenada

Pensos higiénicos

Penso rápido

Algodão

Tintura

Pessoal capacitado, kit dos primeiros socorros completo, conservado e ficha de controlo devida-mente preenchida

Pessoal não capacitado, kit dos primeiros socorros completo, conservado e ficha de controlo devida-mente preenchida

Pessoal não capacitado, kit dos primeiros socorros completo, conservado sem ficha de controlo

Sem kit dos primeiros socorros

Espaço de aconselha-mento

Lista dos activistas

Plano de ac-tividades dos activistas e relatório

Activistas capacitados, espaço, plano de actividades, fichas de atendi-mento devida-mente preenchidas

Activistas não capacitados, plano de actividades, espaço, fichas de atendimento devida-mente preenchidas

Activistas não capacitados, sem plano de actividades, espaço, sem fichas de atendimento devidamente preenchidas

Sem activistas

Somente gabinetes de trabalho devida-mente limpos com recipientes de lixos e/ou aterros sanitários

22 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

2.3.1. Medi-das especiais e interventi-vas para os alunos com necessidades educativas especiais

Utensílios da casa de banho adequados a deficiência

Portas, lavatórios, barras de apoio

Carteiras e cadeiras adequadas a deficiência

Corrimão nas rampas e escadas

Sinais de orientação traduzidos em braille, em todos os locais do edifício

Rampas de acesso pa-dronizadas

Manual de braille, pau-tas, punção e alfabeto manual

Escola equipada para atender todos os alunos de acordo com a deficiência

Escola equipada para atender entre 95% e 100% dos alunos de acordo com a deficiência

Escola equipada para atender entre 90% e 95% dos alunos de acordo com a deficiência

Escola equipada para atender menos de 90% dos alunos de acordo com a deficiência

2.3.2. Promoção de actividades desportivas e recreativas inclusivas

Plano e listas de equipas desportivas, material desportivo e recreativo, incluindo modalidades que possam ser praticadas por alunos com deficiência

Equipas criadas, de ambos sexos, orientadas; calendário dos jogos e respectivos registos de resultados; material desportivo acessível aos alunos e bem conservado

Equipas criadas, de ambos sexos, orientadas; calendário dos jogos sem registo dos resultados; material desportivo acessível aos alunos e bem conservado

Equipas criadas, com material desportivo sem orientação

Sem equipas criadas

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA 23

2.3.2. Promoção de actividades desportivas e recreativas inclusivas

Plano e listas de grupos culturais e recreativos, incluindo modalidades que possam ser praticadas por alunos com deficiência

Grupos culturais criados, de ambos os sexos, orientados, com programa de ensaio

Grupos cult-urais criados, de ambos os sexos, com indu-mentária específica, orientados e com pro-grama de ensaio

Grupos culturais criados, de ambos os sexos

Sem grupos culturais

2.4.1. Divulgação e defesa dos direitos da criança

Documentos sobre os direitos da criança

Actas/relatórios

Activistas capacitados; documentos sobre direitos da criança disponíveis, relatórios de palestras realizadas; existência de panfletos

Activistas não capacitados, documentos sobre direitos da criança disponíveis; relatórios de palestras realizadas

Activistas não capacitados, documentos sobre direitos da criança disponíveis; sem relatórios de palestras realizadas

Sem activistas; com ou sem documentos sobre direitos da criança; sem relatórios de palestras realizadas

2.4.2. Crianças vulneráveis com acesso à escola e apoiadas em material escolar

Lista dos beneficiários

Lista dos materiais distribuídos

100% de alunos vulneráveis e órfãos registados e apoiados com material escolar

Entre 95% e 100% de alunos vulneráveis e órfãos registados e apoiados com material escola

Entre 90% e 95% de alunos vulneráveis e órfãos registados e apoiados com material escolar

Menos de 90% de alunos vulneráveis e órfãos registados e apoiados com material escolar

2.5.1. Existência dos símbolos de soberania

Bandeira Nacional e fotografia oficial do Chefe do Estado

Bandeira Nacional içada; fotografia oficial do Chefe do Estado no gabinete do Director; entoação do Hino Nacional no início de cada período de aulas; bom estado de conserva-ção dos símbolos de soberania

Bandeira Nacional içada; fotografia oficial do Chefe do Estado no gabinete do Director; entoação do Hino Nacional no início de cada período de aulas; estado de conserva-ção dos símbolos de soberania deficiente

Bandeira Nacional sem mastro; fotografia oficial do Chefe do Estado no gabinete do Director; entoação do Hino Nacional no início de cada período de aulas

Sem os símbolos de soberania ou símbolos de soberania incompletos

24 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

4.3 Avaliação da Dimensão Processo de Ensino-AprendizagemTabela 4.3. Ficha de avaliação da Dimensão Processo de Ensino-Aprendizagem

Dimensão3: Processo de ensino-aprendizagem

Indicador Evidências

Classificação

PontuaçãoMuito Bom (4)

Bom(3)

Satisfatório (2)

Não satisfatório

(1)

3.1.1. Disponibi-lidade, uso do programa de ensino, manual do professor e outros materiais

Programa de ensino, manual do professor e dosificação;

Planos de aula; Textos de apoio

Todos os professores têm programa de ensino (do primeiro ao terceiro ciclo), manual do professor, dosificação, planos de aulas, textos de apoio e livro do aluno

Todos os professores têm programa de ensino do ciclo que leccionam, manual do professor, dosificação, planos de aulas e livro do aluno

Todos os professores têm programa de ensino do ciclo que leccionam, manual do professor, dosificação, planos de aulas, sem todos os títulos do livro do aluno do ciclo que lecciona

Programa de ensino par-tilhado por um grupo de professores; Os profes-sores têm manual do professor e dosificação; Planos de aulas in-completos; Sem todos os títulos do livro do aluno do ciclo que leccionam

3.1.2. Utilização de materiais de demonstra-ção didác-tica de todas as áreas de aprendiza-gem

Existência de mapas, caixa métrica, quadro silábico, mapas geográficos, globos terrestres, esqueleto humano, materiais em forma de relevo e outros materiais localmente produzidos;

Plano de aula;

Livros adequados ao ensino primário;

Mapas, caixa métrica, quadro silábico, globos terrestres, esqueleto humano, materiais em forma de relevo e outros materiais localmente produzidos

Mapas, caixa métrica, quadro silábico, globos terrestres, materiais em forma de relevo e outros materiais localmente produzidos

Mapas, caixa métrica, quadro silábico, globos terrestres e outros materiais localmente produzidos

Mapas, quadro silábico,

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA 25

3.1.3. Aces-so e bom aproveita-mento da biblio-teca ou do acervo bibliográfico

Registo dos alunos que frequentam abiblioteca

Biblioteca com livros oficiais e de leitura complemen-tar; mesas e pelo menos 20 assentos; um biblio-tecário; um catálogo; livro de registo de leitura e empréstimo de livros

Biblioteca com livros oficiais e de leitura complemen-tar; mesas e pelo menos 20 assentos; um bibliote-cário; sem catálogo e livro de registo de leitura e empréstimo de livros

Biblioteca móvel, com livros oficiais e de leitura complemen-tar

Acervo bibliográfico não utilizado pelos alunos

3.2.1. Organização e orientação de trabalhos dos alunos individual, em grupo e Trabalhos para Casa (TPC)

Plano de aula

Cópias de trabalhos realizados

Caderneta do professor

Planos de aula, sumários, fichas de assistência às aulas que reflectem a realização de ditados, redacções, trabalhos práticos, dramas, canções e jogos; orientação dos trabalhos em grupo; orientação dos trabalhos de casa;exposição dos materiais produzidos

Planos de aula,sumários efichas de assistência às aulas que reflectem a realização de ditados, redacções, trabalhos práticos, dramas, canções e jogos; orientação dos trabalhos em grupo;orientação dos trabalhos de casa;sem exposição dos materiais produzidos

Planos de aula, fichas de assistência às aulas que não reflectem a realização de ditados, redacções, trabalhos práticos, dramas, canções e jogos; orientação dos trabalhos em grupo; sem exposição dos materiais produzidos

Planos de aula e fichas de assistência às aulas que não reflectem a realização de ditados, redacções, trabalhos práticos, trabalhos de casa, dramas, canções e jogos; sem exposição dos materiais produzidos

3.2.2. Realização do ditado, redacção, trabalhos práticos, dramas, canções e jogos

Plano de aula;Lista de canções e jogos;Ditados redigidos, projectos e redacções; Exposição dos trabalhos feitos

Mais de 95% de professores aplicam as estratégias de orali-dade, leitura e escrita e registam as competên-cias básicas

Entre 90% e 95% de professores aplicam as estratégias de orali-dade, leitura e escrita e registam as competên-cias básicas

Entre 85% e 90% de professores aplicam as estratégias de orali-dade, leitura e escrita e registam as competên-cias básicas

Menos de 85% de professores aplicam as estratégias de orali-dade, leitura e escrita e registam as competên-cias básicas

26 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

3.3.1. Domínio de competências da oralidade, leitura e escrita definidas para cada ciclo de aprendizagem

Ficha de monitoria de com-petências básicas

Resultados de avaliações de acordo com o programa de ensino

Caderno de desem-penho pedagógico

Mais de 85%de alunos da escola dominam as competên-cias básicas da oralida-de, leitura e escrita

Entre 75% e 85%de alunos da escola dominam as competên-cias básicas da oralida-de, leitura e escrita

Entre 65% e75% de alunos da escola dominam as competên-cias básicas da oralida-de, leitura e escrita

Menos de65% de alunos da escola dominam as competên-cias básicas da oralida-de, leitura e escrita

3.3.2. Domínio de contagem e cálculo de acordo com o programa de ensino

Ficha de monitoria de com-petências básicas ; Resultados de avalia-ções de acordo com o programa de ensino;Caderno de desem-penho pedagógico e caderno diário

Mais de 85% de alunos da escola dominam as competên-cias básicas de cálculo

Entre 75% e 85% de alunos da escola dominam as competên-cias básicas de cálculo

Entre 65% e 75% de alunos da escola dominam as competên-cias básicas de cálculo

Menos de 65% de alunos da escola dominam as competên-cias básicas de cálculo

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA 27

4.4. Procedimentos de Auto-Avaliação

Ao nível da província, a estrutura do Sistema de Gestão e Garantia de Qualidade (SGGQ) é constituída pelas seguintes comissões de avaliação: Comissão Provincial de Avaliação (CPA), Comissão Distrital de Avaliação (CDA), Comissão de Avaliação da Zona de Influência Pedagógica (CAZIP) e Comissão de Avaliação da Escola (CAE).

4.4.1. Comissão Provincial de Avaliação

A Comissão Provincial de Avaliação é um órgão que coordena o processo de avaliação da qualidade de educação ao nível da Província e subordina-se ao Ministério da Educação.

Compete ao Director Provincial de Educação e Cultura: a) Criar a (CPA);b) Indicar o presidente da CPA dentre os membros.

1. A CPA tem as seguintes funções:a) Operacionalizar o SGGQ a nível da província;b) Aprovar e enviar o plano de acção à DGGQ;c) Implementar o plano de acção de melhoria da qualidade de

educação na província;d) Proceder a monitoria dos planos de acção dos SDEJTs;e) Garantir a capacitação da Comissão Distrital de Avaliação;f) Proceder à avaliação externa dos SDEJTs;g) Proceder à avaliação externa das escolas da província por

amostragem.

2. A Comissão Provincial de Avaliação tem a seguinte composição:a) Chefe do Departamento de Direcção Pedagógica;b) Chefe do Departamento de Planificação;c) Um técnico do Departamento de Direcção Pedagógica;d) Um técnico do Departamento de Planificação;e) Um representante de uma Universidade Pública;f) Um representante da Sociedade Civil;g) Um representante dos parceiros locais;h) Um representante da ONP.

3. Os membros da CPA têm as seguintes competências:4.1. Presidente:

28 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

a) Presidir as sessões da CPA;b) Representar a CPA;c) Garantir a fiabilidade e transparência do processo de avaliação.

4.2. Técnico do Departamento de Direcção Pedagógica: a. Produzir propostas de planos de acção para a melhoria da

qualidade da educação na província.b. Elaborar convocatórias das sessões da CPA; c. Elaborar actas das sessões da CPA; d. Elaborar relatórios de avaliação da província;

4.3. Técnico do Departamento de Planificação:a. Sistematizar os dados dos relatórios de avaliação interna da

província;b. Fazer a gestão da base de dados.

4.4.2. Comissão Distrital de Avaliação

O Director Provincial que superintende a área da educação, é responsável pela criação da Comissão Distrital de Avaliação (CDA).

1. A CDA tem as seguintes funções:

a) Operacionalizar o SGGQ a nível do Distrito;b) Aprovar e enviar o relatório de avaliação interna e o Plano de

acção à CPA;c) Aprovar o Plano de Acção de melhoria da qualidade da educação

do distrito;d) Garantir a capacitação da Comissão de Avaliação das Zonas de

Influencia Pedagógica (ZIPs) para acções de avaliação interna;e) Fazer a avaliação externa das escolas por amostragem.

2. A CDA tem a seguinte composição:a) Director do Serviço Distrital de Educação, Juventude e

Tecnologia;b) Chefe da Repartição de Educação Geral;c) Chefe da Repartição de Planificação;d) Um técnico da Repartição de Educação Geral;e) Um técnico da Repartição de Planificação;f) Um representante da Sociedade Civil;g) Um representante do Conselho Consultivo do Distrito;h) Um formador do Instituto de Formação de Professores;

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA 29

a) Um representante da ONP.

1. Os membros da CDA têm as seguintes competências:1.1. Director do SDEJT:

a) Presidir as sessões da CDA;b) Representar a CDA;c) Garantir a fiabilidade e transparência do processo de avaliação.

1.2. Técnico da Repartição de Educação Geral: a) Convocar as sessões da CDA; b) Elaborar actas das sessões da CDA; c) Compilar os relatórios de avaliação da qualidade da educação ao

nível do distrito;d) Prôpor planos de acção de melhoria da qualidade da educação

ao nível do distrito.

1.3. Técnico da Repartição de Planificação:a) Sistematizar os relatórios de avaliação interna do distrito;b) Fazer a gestão da base de dados.

4.4.3. Comissão de Avaliação da Zona de Influência Pedagógica

O Director do Serviço Distrital que superintende a área da educação, é responsável pela criação da Comissão de Avaliação da Zona de Influência Pedagógica (CAZIP), que coordena o processo de avaliação da qualidade da educação ao nível da ZIP e subordina-se à Direcção do SDEJT.

1. A CAZIP tem as seguintes funções:a) Operacionalizar o SGGQ a nível da ZIP;b) Aprovar e enviar à CDA o relatório de avaliação interna e o plano

de acção;c) Aprovar os planos de acção para a melhoria da qualidade da

educação na ZIP;d) Garantir a capacitação da Comissão de Avaliação Interna das

instituições de ensino; e) Proceder à avaliação externa das instituicões de ensino.

2. A CAZIP tem a seguinte composiçãoa) Coordenador da ZIP;b) Um professor, membro da Comissão de Avaliação da Escola, em

representação de cada uma das escolas da ZIP;

30 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

c) Um educador de adultos em representação de todos os centros de alfabetização e educação de adultos;

d) Um membro do Conselho Consultivo da Localidade;e) Um representante da Sociedade Civil;f) Um representante da ONP.

3. Os membros da CAZIP têm as seguintes competências:1.1. Coordenador da ZIP:

a) Representar a Comissão da ZIP;b) Convocar e presidir as sessões da Comissão da ZIP;c) Indicar o secretário da Comissão da ZIP;d) Garantir a fiabilidade e transparência do processo de

avaliação.

1.2. Secretário indicado pelo presidente da comissão de avaliação: a) Elaborar as convocatórias e as actas das sessões;b) Prôpor planos de acção e todos os documentos

inerentes à melhoria da qualidade de educação na ZIP.

4.4.4. Comissão de Avaliação da Escola

Compete ao Presidente da Comissão de Avaliação da ZIP criar a Comissão de Avaliação da Escola (CAE)

1. A CAE tem as seguintes funções:a) Operacionalizar o SGGQ a nível da Instituição de ensino;b) Proceder à avaliação interna da instituição de ensino;c) Aprovar e enviar o relatório de avaliação interna e o Plano de acção

da instituição de ensino, ao órgão hierarquicamente superior;d) Garantir a operacionalização do plano de acção.

2. A CAE tem a seguinte composição:a) Presidente do Conselho da escola que preside a comissão de

avaliação da escola;b) Director da Instituição de ensino;c) Director Adjunto Pedagógico;d) Três professores; e) Dois representantes de pais ou encarregados de educação;f) Dois representantes dos alunos; g) Um representante da ONP;

h) Um representante da Comunidade.

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA 31

3. Os membros da CAE têm as seguintes competências:1.1 Presidente do Conselho da instituição de ensino:

a) Convocar e presidir as sessões da CA;b) Indicar um secretário, que não seja director da escola nem

director adjunto pedagógico;c) Garantir a fiabilidade e transparência do processo de avaliação;d) Representar a CA.

1.1 São funções do secretário as seguintes:a) Elaborar as convocatórias das sessões; b) Redigir as actas das sessões e todos os documentos inerentes.

1.2 Funções dos outros membros da Comissão: a) Proceder a auto-avaliação; b) Prôpor o relatório de avaliação à CAE;c) Prôpor o Plano de Acção para a melhoria da qualidade da

Instituição;d) Garantir a conservação das evidências;e) Enviar, ao órgão hierarquicamente superior, as cópias das actas

de avaliação, planos de acção e todos os documentos inerentes.

4.4.5. Periodicidade das sessões das comissões de avaliação

As comissões de avaliação reúnem-se nos seguintes períodos:a) Ordinariamente, pelo menos uma vez por trimestre para proceder

à avaliação. b) Extraordinariamente, sempre que for necessário, com a presença

de, pelo menos, dois terços dos seus membros.

4.4.6. Mandato das comissões de avaliação

As comissões de avaliação têm um mandato de três anos.

4.4.7. Passos para a auto-avaliação

A auto-avaliação deverá observar, dentre outros os passos constantes do quadro que se segue:

32 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

Actividade Operacionalização Intervenientes Responsabilidades

1. Convocação do Conselho da Escola

• Marcação da reunião da Comissão de Avaliação com agenda especificamente definida para a auto-avaliação da escola

Director da escola Secretário

Presidente da comissão de Avaliação da Escola

2.Apresentação da agenda da Reunião

• Os membros do Conselho da Escola previamente deverão estar informados sobre os objectivos das sessões que se seguirão bem como da importância da auto-avaliação.

Director da Escola

Presidente da comissão de Avaliação da Escola

3. Estudo do Manual de Avaliação da Qualidade das Escolas

• Os Membros da Comissão de Auto-avaliação da Escola deverão proceder ao estudo do Manual de modo a conhecer a estrutura do sistema: dimensões, padrões, indicadores, evidências e o processo de avaliação.

Todos membros da Comissão da Avaliação de qualidade

Director da Escola

4. Recolha e análise das evidências para cada indicador

• Comparar as evidências com os critérios de classificação da Ficha de avaliação.

Coordenadores dos CiclosDois representantes de pais e encarregados de educação

Director Adjunto Pedagógico

5.Preenchi-mento da ficha de avaliação

• O preenchimento da ficha de avaliação deve ocorrer ao mesmo tempo que ocorre a análise das evidências. Assim, ao fim da análise de cada conjunto de evidências de um determinado indicador o conselho deve consensualmente apurar o nível da respectiva classificação (em conformidade com a escala de classificação) e escrever na ficha a pontuação correspondente. • A pontuação não deve ter números decimais.• O preenchimento poderá ser manual ou digital.• O preenchimento manual é feito através da escolha das pontuações 4, 3, 2 e 1, correspondente a classificação de Muito Bom (MB), Bom(B), Satisfatório(S) e Não Satisfatório (NS) respectivamente, tendo em conta as condições reais da escola.• O preenchimento digital é feito na base de dados em Excel que permite a classificação em cada janela previamente preparada para o efeito. Assim, dever-se-á escrever a pontuação escolhida (4, 3, 2 ou 1), correspondente a classificação de Muito Bom (MB), Bom(B), Satisfatório(S) e Não Satisfatório (NS).

Coordenadores dos CiclosDois representantes de pais e encarregados de educação

Director Adjunto Pedagógico

Tabela 4.4. Passos a Seguir no Processo de Auto-Avalição

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA 33

6. Apuramento manual dos resultados parciais

a. Terminado o preenchimento das fichas de avaliação deve-se somar o número de pontos obtidos em cada dimensão. Esta pontuação deve estar descriminada pela escala de classificação da ficha de avaliação (Muito Bom (MB), Bom(B), Satisfatório(S) e Não Satisfatório (NS).

b. A seguir calcula-se a média total da pontuação dentro da dimensão, que se obtém a partir da seguinte fórmula:

Média da dimensão = soma dos pontos obtidos nas quatro escalas de classificação ( MB, B, S, NS) dividido pelo número total de campos da pontuação da dimensão, ou seja: (MB+B+S+NS):CP; onde CP é o número total de campos da pontuação da dimensão.

Todos membros da Comissão da Avaliação de qualidade

Presidente da comissão de Avaliação da Escola

7.Apuramento manual dos resultados globais

• Feito o apuramento dos resultados das três dimensões, deve-se fazer o apuramento final, que consiste no cálculo da média global, que se obtém através da seguinte fórmula:

Média Global = multiplicar por dois os pontos obtidos na terceira dimensão, adicionar o respectivo resultado aos pontos obtidos na primeira e segunda dimensão. O resultado desta operação deve ser dividido pelo número total de campos da pontuação das três dimensões.

As escolas poderão ser classificadas de acordo com os seguintes níveis: escola do tipo A, do tipo B, do tipo C e do tipo D. Com base na média global obtida deve-se fazer o devido enquadramento da escola em função da seguinte tabela:

Todos membros da Comissão da Avaliação de qualidade

Presidente da comissão de Avaliação da Escola

8.Apuramento Digital dos resultados parciais e globais

• A base de dados está tecnicamente comandada para fazer todos os apuramentos necessários, à medida que se faz a introdução da classificação em cada indicador.

Todos membros da Comissão da Avaliação de qualidade

Director da Escola

Classificação Final da Escola

De acordo com a média global da classificação, enquadra a escola em função da tabela ao lado

A B C D

Entre 3,5 e 4,0

pontos

Entre 2,5 e 3,4

pontos

Entre 1,5

e 2,4 pontos

Entre 0,0 e

1,4 ponto

34 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

9.Elaboração do Relatório de auto-avaliação

• O relatório deverá ser elaborado obedecendo o modelo em anexo.

Director Adjun-to PedagógicoDois pais e encarregados de educação

Secretário

10. Elaboração do Plano de Acção

• O Plano de Acção deverá ser elaborado após o relatório da avaliação conforme o modelo em anexo.

Todos membros da Comissão da Avaliação de qualidade

Presidente da comissão de Avaliação da Escola

11. Validação do relatório de Auto-avaliação e do Plano de Acção

• Apresentação do relatório de Auto-avaliação e da proposta do Plano de Acção aos membros do Conselho da Escola e convidados para a validação

Todos membros da Comissão da Avaliação de qualidade

Presidente da comissão de Avaliação da Escola

12. Divulgação do relatório de Auto-avaliação e do Plano de Acção na Assembleia da escola

• Apresentação da acta de Auto-avaliação e do Plano de Acção na reunião da abertura do ano lectivo .

• Terminados todos os trabalhos inerentes à auto-avaliação, a acta, o plano de acção bem como todas as evidências devem ser devidamente arquivados.

Toda a comunidade escolar

Director da Escola

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA 35

4.5 Procedimentos da Avaliação Externa

A avaliação interna é uma operação para gerar uma visão da qualidade oferecida pela escola. Uma boa auto-avaliação oferece de forma analítica e crítica a visão de qualidade na escola. Contudo, ela não é suficiente, sendo necessário o concurso de outras sensibilidades fora do sistema, de modo a ajudar a esta a identificar as suas potencialidades e fraquezas que não tenham sido identificadas na auto-avaliação.

A avaliação externa confere uma maior credibilidade à auto-avaliação e a participação de outros intervenientes no processo educativo, mostrando de forma clara a relevância dos padrões definidos. Para efeitos estatísticos esta avaliação decorrerá entre Fevereiro e Março de cada ano, no entanto, depois deste período qualquer outra entidade devidamente autorizada poderá realizá-la.

Uma avaliação externa requer uma boa colaboração da escola, bem como, uma boa preparação dos avaliadores externos. A equipa dos avaliadores deverá fazer uma combinação de várias estratégias como:

• Analisar os resultados de auto-avaliação;• Estabelecer um diálogo com os intervenientes da auto-avaliação;• Elaborar um relatório e partilhar com a escola.

A Direcção da Escola deve ter em conta os resultados apresentados no relatório da avaliação externa para reajustar o seu Plano de Acção.

36 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

CENTRO DE APRENDIZAGEM E CAPACITAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL (2011). Avaliação da Qualidade dos Serviços da Educação na Óptica dos Beneficiários: Estudo de Caso Realizado em 3 Províncias. Maputo, Moçambique.

CNES (2007). Sistema Nacional de Avaliação e Qualidade do Ensino Superior. Maputo, Moçambique.

CNES (2010). Regulamento do Quadro Nacional de Qualificações do Ensino Superior, Maputo, Moçambique.

DINEP (s/d ). Critério para a avaliação das escolas primárias, Mined. Maputo, Moçambique.

DPEC-CABO DELGADO (2010). Uma Aposta na Qualidade: Manual para Auto- Avaliação das Escolas do Ensino Básico. Maputo, Moçambique.

DPEC-CABO DELGADO (2010). Uma Aposta na Qualidade: Manual para Auto- Avaliação dos Institutos de Formação de Professores. Maputo, Moçambique.

DPEC-INHAMBANE (2011). Padrões e Indicadores de Qualidade. Maxixe, Inhambane.

EDUCATION DEPARTMENT- (2001). Performance Indicator for pre-primary Institution: Domain on Learning and Teaching. Hong Kong: Second Edition.

INDE (2009). Padrões de Qualidade de Ensino na China e Lições para Moçambique. Maputo, Moçambique.

INDE (2011). Padrões e Indicadores de Qualidade da Escola Primária, Mined. Maputo, Moçambique.

INED (2011). Ferramentas e instrumentos da Amostra para Auditoria Institucional e Revisão do Programa: Normas e Indicadores de Desempenho de Garantia da Qualidade das Instituições e Programas do Ensino Superior a Distância, Mined. Maputo, Moçambique.

Bibliografia

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LONGO, Rose Mary Juliano (1996). Gestão da Qualidade: Evolução Histórica, Conceitos Básicos e Aplicação na Educação. Brasília, Brasil.

LYMAN, Ana Alécia, et.al (2010). Monitoria e Avaliação, Mined. Maputo, Moçambique.

MINED (1995), Política Nacional de Educação e Estratégias de Implementação. Maputo, Moçambique.

MINED (2003). Plano Curricular do Ensino Básico: Objectivos, Política, Estrutura, Plano de estudos e Estratégias de Implementação. Maputo, Moçambique.

MINED (2009), Regulamento Geral do Ensino Básico, Maputo, Moçambique.

MINISTRY OF EDUCATION – TAHSAS (1999). School Improvement-School Self-Assessment Form, Ethiopia.

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MNED (2012). Plano Estratégico do Sector da Educação 20012-2016, Maputo, Moçambique.

NADEOSA (2005). Guidelines for Quality Provision in Cross-border. South Africa: Higher Education.

NADEOSA (2005). Quality Instrument for Internal Programme Reviews, South Africa.

NADEOSA (s/d), Sample tools and Instruments for Institutional Audits & Programme Review, South Africa.

NADEOSA (s/d). The NADEOSA Quality Criteria for Distance Education in South Africa. South Africa.

PIREP (2008). Manual A de Qualificações Preparação de Qualificações, 2ª Edição. Maputo, Moçambique.

38 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

PIREP (2008). Orientações Metodológicas e Instrumentos para a Elaboração de Qualificações. Maputo, Moçambique.

PIREP (2008). Relatório sobre os arranjos do Desenho, Gestão e Controlo de Qualidade para o Quadro Nacional de Qualificações Profissional. Maputo, Moçambique.

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THE INTER-UNIVERSITY COUNCIL FOR EAST AFRICA (2010). Road Map for Quality: Guideline for Self-Assessment at Program Level, DAAD. Tanzania.

THE REPUBLIC OF UGANDA (2009). Basic Requirements and Minimum Standards Indicators for Education Institutions. Uganda.

UNICEF, PNUD, Inep-MEC (2004). Ensino e Aprendizagem da Leitura e da Escrita: Ensino Fundamental. São Paulo, Brasil.

UNICEF, PNUD, Inep-MEC (2004). Indicadores da qualidade na educação / Ação Educativa. São Paulo, Brasil.

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA 39

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUEMINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Acta da Avaliação da Qualidade das Escolas do Ensino Primário

Província

Distrito

Escola

Tipo de Avaliação: Auto-avaliação

Intermédia Avaliação Externa

Final

Dia Mês Ano 201____

Participantes

Nome Função

Anexos

40 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

Apuramento dos Resultados de Avaliação

Dimensão1: Planificação, Administração e Gestão Escolar

Escala de Classificação MB B S NS

Pontuação

Média da Classificação da Dimensão

Dimensão2: Infra-estrutura e Ambiente Escolar

Escala de Classificação MB B S NS

Pontuação

Média da Classificação da Dimensão

Dimensão3: Processo de Ensino-aprendizagem

Escala de Classificação MB B S NS

Pontuação

Média da Classificação da Dimensão

Resultados Globais

Escala de Classificação MB B S NS

Pontuação

Média da Classificação da Dimensão

Classificação Final da Escola

De acordo com a média global da classificação, marcar na tabela a baixo a classificação final da escola

A B C D

Entre 3,5 a 4,0 pontos

Entre 2,5 a 3,4 pontos

Entre 1,5 a 2,4 pontos Entre 0,0 a 1,4 ponto

MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA 41

Observações/Comentários Sobre a Avaliação

Assinaturas

Secretário da Comissão de Avaliação

Director da Escola

Presidente do Conselho da Escola

42 MANUAL DOS PADRÕES E INDICADORES DE QUALIDADE PARA A ESCOLA PRIMÁRIA

Plano de Acção

Província

Distrito

ZIP

Escola

Dimensão Indicador Problemas Detectados O Que fazer Quando Responsável

Director da Escola Data

Presidente do conselho de Escola

Data

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUEMINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

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