manual do produtor ancine

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4

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Presidente da República

LUÍS INÁCIO LULA DA SILVA

Ministro da Cultura

GILBERTO GIL

ANCINE - AGÊNCIA NACIONAL DO CINEMA

Diretor-Presidente

GUSTAVO DAHL

Diretor

JOÃO EUSTÁQUIO DA SILVEIRA

Diretor

AUGUSTO SEVÁ

Superintendente de Desenvolvimento Industrial

LUIZ FERNANDO NOEL

Page 5: Manual Do Produtor ANCINE

5

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Sumário

Apresentação

Introdução

Legislação - História e Usos

Classificação de Empresas

Apresentação de Projetos (por tipo)

Acompanhamento de Projetos

Prestação de Contas

Perguntas Freqüentes

Contabilidade

Auditoria

Page 6: Manual Do Produtor ANCINE

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Page 7: Manual Do Produtor ANCINE

7

Apresentação

Medida Provisória nº 2228-1 trouxe

para a Agência Nacional do Cinema a

gestão dos processos de utilização dos recursos

originados de incentivos fiscais criados pelas

leis nº 8.685/1993, 8.313/1991, 10.179/2001

e por ela mesma. Estes mecanismos foram

responsáveis pela gradual evolução artística

e econômica do cinema brasileiro, na fase que

se convencionou denominar “retomada”,

amadurecida nos últimos dez anos. O impacto

do manejo da transferência desta tarefa, da

então Secretaria do Desenvolvimento

Audiovisual/MinC, representou um grande

desafio para a ANCINE. Ou seja, não permitir

que os percalços da instalação do órgão

significassem prejuízo ao funcionamento dos

mecanismos. Há um razoável reconhecimento

de que isto foi conseguido.

Era preciso, no entanto, avançar.

A democratização da informação, após sua

sistematização, apresentava-se como condição

de melhoria da gestão e do controle dos

projetos, tanto por parte dos produtores

quanto da Agência. Em palavras simples,

arrumar a casa para criar condições de

aperfeiçoar o modelo. A destinação e a

produtividade dos recursos públicos investidos

na atividade começam por aí. Por modesto

que pareça, é do conhecimento e do correto

uso dos procedimentos que nascerá a noção

de responsabilidade na utilização destes

recursos. A transparência e a gestão da

informação farão o resto, dando conta ao País

dos resultados do significativo investimento

que ele faz no fomento à atividade

cinematográfica e audiovisual.

Numa dimensão mais corriqueira, a

normatização do conhecimento adquirido

deve ser uma meta de toda e qualquer gestão.

Dá conta do que nela é permanente,

independentemente de sua ocasional

aplicação daquele conhecimento pelo agente

público, por força, passageiro. O esforço pela

realização deste “Manual do Produtor”

requereu alguns meses e o envolvimento de

vários setores da ANCINE, movidos por este

gosto de atender o melhor possível.

A valorização do usuário, do cliente, é tambéma valorização da coisa pública.

Gustavo Dahl

DIRETOR-PRESIDENTE - ANCINE

A

Page 8: Manual Do Produtor ANCINE

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Page 9: Manual Do Produtor ANCINE

9

Introdução

A Agência Nacional de Cinema (ANCINE)

nasceu da necessidade de integração

entre os diversos elos da atividade de cinema

e vídeo no Brasil, visando o aprimoramento e

o crescimento do setor na economia nacional.

Desde sua implantação em 2002, o fomento

à produção audiovisual constitui-se como um

setor fundamental dentro da ANCINE, com

crescente reconhecimento da classe

cinematográfica pelo atendimento às

demandas geradas na aprovação,

acompanhamento e prestação de contas de

projetos incentivados através dos diversos

mecanismos de incentivo fiscal operados pela

Superintendência de Desenvolvimento

Industrial (SDI).

O “Manual do Produtor” surgiu desse contato

diário com os realizadores audiovisuais, que

demandam informação unificada, correta e

eficaz para utilização dos incentivos fiscais na

efetivação de suas obras, frente à legislação

específica instituída desde a década passada.

Esperamos que a publicação deste Manual

cumpra sua tarefa de suprir dúvidas e ampliar

o entendimento das formas e dos critérios de

utilização dos incentivos fiscais, mantendo

nossa qualidade de atendimento aberta a todos

os profissionais da área audiovisual que

venham a nos procurar para participar dessas

modalidades de fomento.

Para a elaboração deste “Manual do Produtor”,

determinada pela Diretoria Colegiada da

ANCINE a este Superintendente, obtive a

generosa contribuição dos seguintes

colaboradores a quem debito minha gratidão:

Vera Zaverucha, Ronaldo Amaral, Rodrigo

Camargo, Sandra Pedroso, Lenira Lima Duarte

e Lúcio Aguiar.

Luiz Fernando Noel

SUPERINTENDENTE DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL - ANCINE

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11

1.1 MISSÃOCONSTITUCIONAL

A Constituição Federal,em seu artigo 216, definePatrimônio Cultural:

“Constituem patrimônio culturalbrasileiro os bens de naturezamaterial e imaterial, tomadosindividualmente ou em conjunto,portadores de referência àidentidade, à ação, à memóriados diferentes grupos formado-res da sociedade brasileira ...”

Legislação História e Usos Capítulo 1

entre esses bens, destacam-se para

as finalidades deste Manual:

· as formas de expressão;

· as criações científicas, artísticas

e tecnológicas;

· as obras, objetos, documentos,

edificações e demais espaços

dest inados às manifes tações

artístico-culturais;

Nos artigos 215 e 216, a Constituição

atribui ao Estado a garantia do direito

à cu l tura , ao acesso às fontes de

cu l tu ra nac iona l , a p ro teção à s

manifestações e patrimônio culturais,

a l ém de preve r, na fo rma da le i ,

i ncen t i vos pa ra a p rodução e o

conhec imen to de bens e va lo re s

culturais.

A Const i tu ição Federal es tabelece,

ainda, em seu artigo 174, que o Estado

exercerá na forma da lei, as funções

de f i s ca l i z ação , incen t i vo e

planejamento da atividade econômica,

na condição de agente normativo e

regulador.

D

Page 12: Manual Do Produtor ANCINE

12

1.2 HISTÓRICO

Em 18 de novembro de 1966,através do Decreto-lei nº 43, foicriada uma autarquia federal,denominada Instituto Nacionaldo Cinema - INC, que tinha porfunção estabelecer orientaçõesnormativas e fiscalizar as ativi-dades cinematográficas no País.

Lei nº 6.281, de 9 de dezembro

de 1975, extinguiu o INC e ampliou

as atribuições da Empresa Brasileira de

Filmes S/A – Embrafilme, dando-lhe,

inclusive, competência pela execução

da política cinematográfica nacional.

No t ex to l ega l , a Embra f i lme fo i

“autorizada a incluir outras atividades

no seu campo de ação” , a f im de

abranger:

· c o - p r o d u ç ã o , a q u i s i ç ã o ,

exportação e importação de

filmes;

· f i nanc i amen to à indús t r i a

cinematográfica;

· d i s t r i b u i ç ã o , e x i b i ç ã o e

comercialização de filmes no

território nacional e no exterior;

· p romoção e rea l i zação de

festivais e mostras cinemato-

gráficas;

· c r iação, quando convier, de

subsidiárias para atuarem em qual-

quer dos campos de atividade

cinematográfica;

· concessão de prêmios e incen-

tivos a filmes nacionais;

· pesquisas, prospecção, recupe-

ração e conservação de filmes;

· p rodução , co -p rodução e

difusão de filmes educativos,

científicos, técnicos e culturais;

· formação profissional;

· documentação e publicação; e

· manifestações culturais cinema-

tográficas.

Criado em 1976 através do Decreto

nº 77.299, o CONCINE foi vinculado ao

Min i s t é r io da Cu l tu ra a t r avés do

Decreto 91.144, de 1985, e tinha por fi-

nalidade disciplinar as atividades cinema-

tográficas em todo o território nacional,

por meio da sua normatização, contro-

le e fiscalização.

A primeira lei de incentivo à cultura foi

criada em 02 de julho de 1986, sob o

número 7.505 e ficou conhecida como

Le i Sa rney , t endo o ob je t i vo de

es t imu la r o desenvo lv imen to das

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1H

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ico

Page 13: Manual Do Produtor ANCINE

13

sociedades empresárias no patrocínio

de eventos cul tura is , permit indo a

dedução de 2% do Imposto de Renda

devido por Pessoas Jurídicas e de 10% por

pessoas físicas. Não existia uma

sistematização para obtenção do patrocínio,

havendo apenas uma relação direta entre

o investidor e a empresa produtora ou o

produtor, bastando para tanto o

cadastramento da empresa, e não do

projeto.

Em 27 de abril de 1990, o Presidente Collor

por meio do Decreto nº 99.226, extinguiu to-

dos os organismos culturais de âmbito federal.

Em 1991, o então Secretário de Cultura, Ser-

gio Rouanet, apresentou proposta para cria-

ção de uma lei que substituísse a chamada Lei

Sarney, tendo recebido o número 8.313 e que

ficou conhecida como Lei Rouanet. Ela utili-

zou um mecanismo de aprovação e de incen-

tivo à cultura, dentro de moldes internacionais,

através do qual as empresas passaram a utili-

zar parte do imposto de renda devido no apoio

a projetos culturais de modo geral.

A Lei nº 8.685, de 20 de julho de 1993,

mais conhecida como Lei do Audiovisual,

foi criada para fomentar a indústria do

cinema e do audiovisual e passou a dividir

o espaço com a chamada Lei Rouanet. O

novo mecanismo permitiu às pessoas

jurídicas e físicas a investir em produções

cinematográficas brasileiras de produção

independente.

Com a expansão desta atividade econômica,

passou a ser necessária a criação de uma

Agência Reguladora, com a função de

fomentar, regular e fiscalizar a indústria

cinematográfica e videofonográfica. Assim,

em 06 de setembro de 2001, através da

Medida Provisória nº 2.228-1, com texto

atualizado pela Lei nº 10.454 de 13 de maio

de 2002, foi criada a Agência Nacional do

Cinema – ANCINE.

A Medida Provisória também autorizou a

criação do FUNCINES – Fundo de

Financiamento da Indústria Cinematográfica

Nacional, instituiu o PRODECINE –

Programa de Apoio ao Desenvolvimento

do Cinema Nacional, em fase de

regulamentação, e alterou a legislação so-

bre a Contribuição para o Desenvolvimen-

to da Indústria Cinematográfica Nacional –

CONDECINE.

O presente manual foi elaborado com base

na legislação em vigor e nas Instruções

Normativas da ANCINE, que regulamentam

os procedimentos para apresentação de

projetos, a saber: IN nº 13, de 06/02/2003;

IN nº 14, de 14/05/2003, IN nº 17, de

07/11/2003, IN nº 20, de 17/11/2003,

IN nº 21, de 30/12/2003, IN nº 22, de

30/12/2003 e IN nº 36, de 14/12/2004.

Cap

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ico

As atualizações das Instruções Normativas estão

disponíveis na página da Ancine na Internet:

www.ancine.gov.br sob a aba “Legislação –

Instruções Normativas da Ancine”.

Page 14: Manual Do Produtor ANCINE

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1.3 DEFINIÇÕES

Para os fins deste Manuale sem prejuízo das definiçõesconstantes na MedidaProvisória no 2.228-1, de 2001,modificada pela Lei no 10.454,de 2002, serão consideradas asseguintes definições:

I - proponente: empresa brasileira que, a partir

da entrega do projeto à ANCINE, torne-se

responsável por todos os procedimentos e

compromissos necessários à realização do

mesmo, respondendo administrativa, civil e

penalmente, perante a ANCINE e demais

órgãos e entidades públicas, nos termos da

legislação vigente;

II - conta de captação: conta corrente bancária

ou conta de aplicação financeira especial,

vinculada ao projeto, a ser aberta no Banco

do Brasil por solicitação da ANCINE, de

titularidade da proponente para a finalidade

única de depósito de recursos provenientes

de incentivos fiscais, bloqueada para saques

e movimentações;

III - conta de movimentação: conta corrente

bancária vinculada ao projeto, de titularidade

da proponente, a ser mantida em qualquer

estabelecimento bancário, com a finalidade

exclusiva de movimentação dos recursos

transferidos da conta de captação, por

autorização expressa da ANCINE e

destinados à realização do projeto;

IV - conta de recolhimento: conta corrente

bancária de aplicação financeira especial,

bloqueada para saques e movimentações,

a ser mantida no Banco do Brasil, titulada

pelo representante da empresa estrangeira

beneficiária do crédito ou remessa relativa

aos rendimentos da exploração do mercado

audiovisual brasileiro, para depósito dos

recursos decorrentes da opção pelos

benefícios do art. 3º, da Lei nº 8.685, de

1993, e do inciso X, do art. 39, da Medida

Provisória nº 2.228-1, de 2001, modificada

pela Lei nº 10.454, de 2002;

V - movimentação de recursos incentivados:

toda e qualquer movimentação realizada nas

contas de recolhimento, captação e

movimentação relativas, exclusivamente, à

realização do projeto, de acordo com os

termos e condições de sua aprovação pela

ANCINE;

VI - reinvestimento: transferência de

recursos incentivados investidos através do

art. 1º da Lei nº 8.685, de 1993 e da

Lei nº 8.313, de 1991, de um determinado

projeto para outro projeto, de acordo com

a autorização e condições estabelecidas

pela ANCINE;

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Page 15: Manual Do Produtor ANCINE

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VII - redimensionamento de projeto: alteração

nos valores autorizados para captação, em

decorrência da reformulação do orçamento

aprovado pela ANCINE, resultado de altera-

ções no roteiro ou nas condições de realização

da obra;

VIII - remanejamento: redistribuição dos

valores entre os mecanismos de incentivo

aprovados, ou da contrapartida, sem

alteração do valor global do orçamento;

IX - programas para televisão de caráter

educativo e cultural: obra audiovisual bra-

s i le i ra de produção independente,

produzida para primeira veiculação nos

segmentos de mercado de serviços de

radiodifusão de sons e imagens e de

comunicação eletrônica de massa por

assinatura, que tenha como temática a

cultura, a educação, a história ou o meio

ambiente bras i le i ros e com a

quantidade mínima em seu conteúdo, de

95% (noventa e cinco por cento) das

imagens produzidas no Brasil;

X - sinopse: descrição abreviada ou

síntese do projeto, sua história e seus

personagens, quando for o caso;

XI - argumento: texto com desenvol-

vimento dramatúrgico, com ou sem

diálogos, com ou sem divisão de

seqüências;

XII - roteiro: texto realizado a partir de ar-

gumento para realização de obra audio-

visual, contendo a descrição dos perso-

nagens, o desenvolvimento dramatúrgico,

divisão em seqüências e os diálogos;

XIII - fest ival internacional: mostra

competitiva ou não, de obras audiovisuais

brasileiras realizadas no exterior ou de

obras audiovisuais estrangeiras realizadas

no Brasil;

XIV - prorrogação ordinária do prazo de

captação: autorização concedida pela

ANCINE para que projetos aprovados nas

leis de incentivo tenham prorrogado seu

prazo para captação de recursos

incentivados, dentro do prazo regular;

XV - prorrogação extraordinária do prazo

de captação: autorização concedida pela

ANCINE, em caráter excepcional e motiva-

damente, para que projetos aprovados

nas leis de incentivo tenham prorrogado

seu prazo de captação de recursos

incentivados, além do prazo regular;

XVI - obra audiovisual: produto da fixação

ou transmissão de imagens, com ou sem

som, que tenha a finalidade de criar a

impressão de movimento, indepen-

dentemente dos processos de captação,

do suporte utilizado inicial ou posterior-

mente para fixá-las ou transmiti-las, ou

dos meios utilizados para sua veiculação,

reprodução, transmissão ou difusão;C

apítu

lo 1

Def

iniç

ões

Page 16: Manual Do Produtor ANCINE

16

XVII – obra cinematográfica: obra audiovisual

cuja matriz original de captação é uma pelí-

cula com emulsão fotossensível ou matriz

de captação digital, cuja destinação e exibi-

ção seja prioritária e inicialmente o merca-

do de salas de exibição;

XVIII – obra videofonográfica: obra

audiovisual cuja matr iz or iginal de

captação é em meio magnético com

capacidade de armazenamento de infor-

mações, que setraduzem em imagens em

movimento, com ou sem som;

XIX – obra c inematográf ica ou

videofonográfica brasileira é aquela que

atende a um dos seguintes requisitos:

a) ser produzida por empresa

produtora brasileira registrada na

ANCINE, dirigida por diretor brasileiro

ou estrangeiro residente no País há

mais de 3 (três) anos, e utilizar para

sua produção, no mínimo, 2/3 (dois

terços) de ar t i s tas e técnicos

brasileiros ou estrangeiros residentes

no Brasil há mais de 5 (cinco) anos;

b) ser realizada por empresa produtora

registrada na ANCINE, em associação

com empresas de outros países com

os quais o Brasil mantenha acordo de

co-produção cinematográfica e em

consonância com os mesmos;

c) ser realizada, em regime de co-

produção, por empresa produtora

brasileira registrada na ANCINE, em

associação com empresas de outros

países, assegurada a titularidade de,

no mínimo, 40% (quarenta por cento)

dos direitos patrimoniais da obra à

empresa produtora brasileira e utilizar

para a sua produção, no mínimo, 2/3

(dois terços) de artistas e técnicos

brasileiros ou estrangeiros residentes

no Brasil há mais de 3 (três) anos.

XX – obra cinematográfica de produção

independente: aquela cuja empresa

produtora brasileira, detentora majoritária dos

direitos patrimoniais sobre a obra, não

tenha qualquer associação ou vínculo, direto

ou indireto, com empresas de serviços de

radiodifusão de sons e imagens ou

operadoras de comunicação eletrônica de

massa por assinatura;

XXI – empresa produtora brasileira:

empresário individual ou sociedade

empresária, que tenham como atividade

principal a produção de obras audiovisuais

e que reúnam as seguintes condições:

a) empresário individual: pessoa física

brasileira, nata ou naturalizada há mais

de 10 (dez) anos, residente e

domiciliada no País, regularmente

inscr i ta no Regis t ro Públ ico de

Empresas Mercantis, do município

onde a empresa tenha sede; ou

b) sociedade empresária: pessoa jurídica

Cap

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s

Page 17: Manual Do Produtor ANCINE

17

constituída sob as leis brasileiras, com

sede e administração no País, cuja maio-

ria do capital total e votante seja de

titularidade, direta ou indireta, de pesso-

as f í s icas bras i le i ras , natas ou

naturalizadas brasileiras há mais de 10

(dez) anos, as quais devem

exercer, de fato e de direito, o poder

decisório da empresa;

XXII – obra cinematográfica ou videofono-

gráfica de curta-metragem: a de duração

igual ou inferior a 15 (quinze) minutos;

XXIII – obra cinematográfica ou

videofonográfica de média-metragem: a de

duração superior a 15 (quinze) minutos ou

igual ou inferior a 70 (setenta) minutos;

XXIV – obra cinematográfica ou

videofonográfica de longa-metragem: a de

duração superior a 70 (setenta) minutos;

XXV – obra c inematográf ica ou

videofonográfica seriada: a que, sob o

mesmo t í tu lo, se ja produzida em

capítulos;

XXVI – telefi lme: obra documental,

f iccional ou de animação, com, no

mínimo, 50 (cinqüenta) e, no máximo,

120 (cento e vinte) minutos de duração,

produzida para primeira exibição em

meios eletrônicos;

XXVII – minissérie: obra documental,

ficcional ou de animação produzida em

película ou matriz de captação digital ou em

meio magnético, com, no mínimo, 3 (três)

e, no máximo, 26 (vinte e seis) capítulos,

com duração máxima de 1.300 (um mil e

trezentos) minutos;

XXVIII – FUNCINES: Fundo de Investimen-

to, constituído sob a forma de condomí-

nio fechado, sem personalidade jurídica,

na forma da Instrução Normativa nº 398

da Comissão de Valores Mobiliários -

CVM, que tenha como objetivo o investi-

mento em projetos de produção, distri-

buição ou exibição, aprovados pela

Agência Nacional de Cinema – ANCINE, e

XXIX – projeto: conjunto de informações,

documentação e detalhamento técnico,

necessários à aprovação para captação de

recursos incentivados.

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1.4 MECANISMOSFEDERAIS DE INCENTIVOFISCAL

Os principais mecanismosfederais de incentivo fiscal paraa atividade audiovisual são osseguintes:

Page 18: Manual Do Produtor ANCINE

18

1.4.1 LEI nº 8.685, DE 1993

(LEI DO AUDIOVISUAL)

A chamada Lei do Audiovisual foi alterada

pela Lei nº 9.323, de 1996 e pela Medida

Provisória nº 2.228-1, de 2001, esta, mo-

dificada pela Lei nº 10.454 de 2002 e esta-

belece dois mecanismos de incentivos

fiscais, que possibilitam não apenas a

produção de obras audiovisuais brasileiras

de produção independente, como também

a realização de projetos nas áreas de

exibição, distribuição e infra- estrutura

técnica.

São dois os incentivos fiscais criados pela

Lei do Audiovisual

1.4.1.1 ARTIGO 1º

O artigo 1º da Lei do Audiovisual permite

que Pessoas Físicas ou Jurídicas possam

abater 100% dos recursos despendidos na

compra de Certificados de Investimentos

(CI) representat ivos dos direi tos de

comercialização de obras cinematográficas

de produção independente e de projetos

de distribuição, de exibição e de infra-

estrutura técnica, desde que estes valores

não ultrapassem 3% do imposto de renda

devido, no caso de pessoa jurídica, e 6%

no caso de pessoa física. A pessoa jurídica

que recolhe o imposto de renda com base

no lucro real poderá, também, abater o

total dos investimentos como despesa

operacional.

A dedução poderá ser efetuada nos paga-

mentos mensais por estimativa, no apurado

trimestralmente ou no saldo do imposto

apurado na declaração de ajuste anual

(Base legal: Lei nº 8.685, de 1993, art. 1º,

§§ 2º e 3º; Lei nº 8.981, de 1995, art. 34;

Lei nº 9.065, de 1995, art. 1º; Lei nº 9.323,

de 1996, art. 3º; Lei nº 9.430, de 1996, arts.

1º e 2º, § 4º, inciso I; e Decreto nº 3.000,

de 1997).

VANTAGENS E LIMITES

· Limite de captação por projeto:

R$ 3.000.000,00 (três milhões de

reais);

· Contrapartida obrigatória da em-

presa responsável pelo projeto:

5%;

· Projetos: obras audiovisuais cine-

matográficas brasileiras de longa-

metragem, média-metragem, curta-

metragem, de produção indepen-

dente e projetos das áreas de dis-

t r ibuição, exibição e infra-

estrutura;

· Vantagens para o investidor pes-

soa jurídica: abatimento de 100%

do valor investido na compra dos

Certificados de Investimento – CI,

até o limite de 3% do Imposto de

Renda devido, além de abatimen-

to de 100% dos valores investidos

como despesa operacional;

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Page 19: Manual Do Produtor ANCINE

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· Vantagens para o investidor pessoa

física: abatimento de 100% do va-

lor investido na compra dos Certi-

ficados de Investimento – CI, até o

limite de 6% do Imposto de Renda

devido.

1.4.1.2 ARTIGO 3º

O artigo 3º da Lei do Audiovisual permite

que a empresa estrangeira, contribuinte do

Imposto de Renda pago sobre o crédito

ou a remessa de rendimentos decorrentes

da exploração de obras audiovisuais no

mercado brasileiro, abata 70% do imposto

de renda devido, desde que invista o

referido valor em:

· desenvolvimento de projetos de

produção de obras cinematográfi-

cas brasileiras de longa-metragem

de produção independente;

· co-produção de obras cinematográ-

ficas brasileiras de curta, média e

longa metragens, de produção in-

dependente;

· co-produção de te lef i lmes e

minisséries brasileiras de produção

independente.

As empresas que optarem pela utilização

deste benefício ficam isentas do pagamento

da Contribuição Para o Desenvolvimento de

Indústria Cinematográfica Nacional –

CONDECINE, incidente em 11% sobre o

crédito ou remessa para o exterior, dos

rendimentos decorrentes da exploração do

mercado audiovisual brasileiro.

VANTAGENS E LIMITES:

· Limite de captação por projeto:

R$ 3.000.000,00 (três milhões de

reais);

· Contrapartida obrigatória da empre-

sa responsável pelo projeto: 5%;

· Prazo máximo para aplicação dos

recursos recolhidos pelo contribu-

inte: 180 dias a contar da data de

cada depósito realizado na conta

de recolhimento;

· Vantagens para o investidor: não

pagamento da CONDECINE

incidente sobre o crédito ou

remessa; co-produtor da obra

audiovisual brasileira.

1.4.2 LEI nº 8.313, DE 1991 (LEI

ROUANET OU LEI FEDERAL DE INCEN-

TIVO A CULTURA)

A chamada Lei Rouanet, permite que

pessoas jur ídicas e pessoas f ís icas

descontem do imposto de renda devido

parte dos valores destinados a doações

ou patrocínios em projetos culturais.

O l imite anual de abat imento para

pessoas jurídicas é de 4% do total do

imposto devido e de 6% no caso de

pessoas físicas.

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Page 20: Manual Do Produtor ANCINE

20

As alterações feitas na Lei Rouanet pela

Lei nº 9.874, de 1999 e pela Medida

Provisória nº 2228-1, de 2001, modificada

pela Lei nº 10.454, de 2002, possibilitaram

a criação de duas modalidades distintas

de incentivo, que contemplam projetos

audiovisuais de duração específica.

1.4.2.1 ARTIGO 18

O artigo 18 da Lei Rouanet permite às pes-

soas jurídicas deduzir do imposto de renda

devido 100% do valor utilizado para o patro-

cínio ou doação de obras audiovisuais de cur-

ta e média-metragem, de festivais e projetos

de preservação e de difusão de obras

audiovisuais.

A ANCINE tem competência para aprovar os

projetos de festivais internacionais. Por outro

lado, projetos de curtas e médias-metragens

podem ser aprovados pela ANCINE, desde

que o proponente tenha solicitado o enqua-

dramento dos mesmos projetos, em outros

mecanismos de incentivo (por exemplo, na

Lei do Audiovisual). Os projetos de festivais

nacionais, de preservação e de difusão de

acervo são aprovados pelo Ministério da Cul-

tura/SAV, assim como os projetos de curta e

média-metragem, quando beneficiários

apenas desta modalidade de incentivo.

A empresa patrocinadora de projetos

aprovados neste ar t igo não poderá

deduzir o valor da doação ou do

patrocínio como despesa operacional.

VANTAGENS E LIMITES

· Limite de captação: não há.

· Contrapartida da proponente:

Quando aprovado apenas neste

mecanismo de incentivo não há

exigência de contrapartida.

Entretanto, quando o projeto tiver

aprovação em mais de um

mecanismo de incentivo, a

contrapartida será de 5%.

· Projetos: Curta e média-metragem,

festivais nacionais e internacionais

e projetos de difusão e preservação;

· Vantagens para o investidor:

abatimento de 100% do valor

destinado ao patrocínio dos

projetos, no Imposto de Renda

devido, desde que não ultrapasse

4% no caso de pessoas jurídicas e

de 6% no caso de pessoas físicas.

1.4.2.2. ARTIGO 25

O artigo 25 da Lei Rouanet permite às pes-

soas jurídicas deduzir do imposto de renda

devido 30% do valor utilizado no patrocí-

nio de projetos e 40% dos valores doados a

projetos de obras audiovisuais. O contribu-

inte poderá deduzir os valores das doações

e patrocínios como despesa operacional.

A ANCINE tem competência para aprovar

os projetos de longa-metragem, séries,

telefilmes, minisséries e programas de

televisão de caráter educativo e cultural.

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Page 21: Manual Do Produtor ANCINE

21

VANTAGENS E LIMITES

· Limite de investimento: não há;

· Contrapartida: 5% quando com-

binado com outro mecanismo de

incent ivo; quando aprovado

apenas para o benefício da Lei

Rouanet não há exigência de

contrapartida;

· Projetos: Obras audiovisuais de

longa-metragem; telefilme; minissérie;

obra seriada; programa para televi-

são de caráter educativo e cultural;

· Limites de Deduções:

1.4.3 MP nº 2.228-1, DE 2001

A Medida Provisória nº 2.228-1, de 2001,

modificada pela Lei nº 10.454, de 2002,

além de alterar dispositivos já existentes,

como os da Lei do Audiovisual e da Lei

Rouanet, criou dois novos mecanismos

de incentivo fiscal: o previsto no inciso

X do artigo 39,e o FUNCINES.

1.4.3.1 ARTIGO 39, INCISO X

A Medida Provisória nº 2.228-1, de 2001,

modificada pela Lei nº 10.454, de 2002, cria

no parágrafo único do artigo 32 e no § 2º do

art. 33, uma contribuição cuja alíquota

de 11% incide sobre “o pagamento, o

crédito, o emprego, a remessa ou a

entrega aos produtores, distribuidores,

intermediários no exterior, de

importâncias relativas a rendimento

decorrente da exploração de obras

cinematográficas e videofonográficas ou

por sua aquisição ou importação a

preço fixo”.

O inciso X do artigo 39 da MP nº 2.228-1,

de 2001, permite que programadoras

internacionais de televisão por assinatura se-

jam isentas da CONDECINE, desde que optem

por aplicar 3% do valor do crédito ou da

remessa, em projetos de produção de obras

cinematográficas e videofonográficas

brasileiras de produção independente;

telefilmes; minisséries; e programas de

televisão de caráter educativo e cultural,

brasileiros, e de produção independente.

VANTAGENS E LIMITES

· Limite de investimento: não há;

· Contrapartida: 5%

· Projetos: obras audiovisuais de longa-

metragem, média-metragem e curta-

metragem; telefilmes; minisséries; eC

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Page 22: Manual Do Produtor ANCINE

22

programas de televisão de caráter

educativo e cultural.

· Prazo máximo para aplicação dos

recursos recolhidos pelo contri-

buinte: 270 dias, a contar da data

de cada depósito realizado na

conta de recolhimento;

· Vantagens para o investidor: não

pagamento da CONDECINE inci-

dente sobre o crédito ou remessa.

1.4.3.2 ARTIGO 41 (FUNCINES)

Os FUNCINES – Fundos de Financiamento

da Indústria Cinematográfica Nacional,

criados pelo Capítulo VII da MP nº 2.228-

1, de 2001, são fundos de investimento

constituídos na forma de condomínio

fechado, sem personalidade jurídica, e

administrados por instituição financeira

autorizada a funcionar pelo Banco Central

do Brasil. Os recursos captados deverão

ser apl icados, exclus ivamente, em

projetos aprovados pela ANCINE.

Os fundos têm seu prazo de duração

determinado em regulamento próprio,

sendo de, no máximo, 360 dias para sua

constituição e outros 360 dias para o

investimento propriamente dito.

Os recursos dos FUNCINES podem ser

destinados a:

· Projetos de obras cinematográficas

brasileiras de produção indepen-

dente e de obra cinematográfica

ou videofonográfica seriada,

produzida com no mínimo 3 (três)

e no máximo 26 (vinte e seis) capí-

tulos, e ainda, telefilmes brasileiros

de produção independente;

· Projetos de construção de salas de

exibição;

· Projetos de reforma ou recupera-

ção de salas de exibição;

· Projetos de distribuição de obra

isolada ou de conjunto de obras

em salas;

· Projetos de distribuição de obra

isolada ou de conjunto de obras

em vídeo;

· Projetos de distribuição de obra

isolada ou de conjunto de obras

no exterior;

· Projetos de aquisição de ações de

empresas brasileiras de capital

aberto, constituídas para a produ-

ção, comercialização, distribuição

ou exibição de obras cinemato-

gráficas brasileiras de produção

independente;

· Projetos de aquisição de direitos

de distribuição de filmes como

avanço sobre dis t r ibuição,

apresentado por distribuidoras;

Cap

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Page 23: Manual Do Produtor ANCINE

23

Até o período de apuração relativo ao

ano-calendário de 2010, inclusive, as

pessoas jurídicas sujeitas à tributação com

base no lucro real poderão deduzir do

imposto de renda devido, parcela do

valor correspondente às quant ias

aplicadas na aquisição de quotas dos

FUNCINES.

A parcela a ser deduzida será calculada apli-

cando-se percentual correspondente à soma

das alíquotas do imposto de renda das pes-

soas jurídicas e da contribuição social sobre

o lucro líquido, inclusive adicionais, sobre o

valor de aquisição de quotas dos FUNCINES,

limitada a 3% do imposto devido.

Os valores investidos na compra das quotas

dos FUNCINES poderão ser abatidos como

despesa operacional nos seguintes

percentuais:

· cem por cento, até o ano-calendá-

rio de 2005;

· cinqüenta por cento, nos anos-

calendário de 2006 a 2008;

· vinte e cinco por cento, nos anos-

calendário de 2009 a 2010.

1.4.4 LEI nº 10.179, de 2001 (CONVER-

SÃO DA DÍVIDA)

O inciso V, artigo 1º, da lei nº 10.179, de

2001, combinada com o artigo 74 da

Medida Provisória nº 2.228-1, de 2001,

permite a ut i l ização de recursos

provenientes da Conversão da Dívida

Bras i le i ra em projetos de obra

cinematográf ica e videofonográf ica

brasileira de produção independente, dis-

tribuição, exibição e divulgação no Brasil

e no exterior, bem como de preservação

de sua memória e da documentação a

ela relativa.

As proponentes dos projetos a serem reali-

zados com a utilização do incentivo previs-

to na Lei nº 10.179, de 06.02.01, deverão

apresentar no momento anterior à conver-

são de títulos, os seguintes documentos:

I - carta da proponente da conversão, cons-

tituindo, como mandatária, instituição

financeira integrante do Sistema Especial de

Liquidação e Custódia – SELIC, com

poderes para negociar no mercado

secundário, ao par, com ágio ou deságio, as

NTN-D, de que trata a Portaria nº 202/96,

do Ministério da Fazenda;

A relação dos títulos para a conversão

poderá ser apresentada juntamente com o

projeto a ser analisado ou após a sua

aprovação.

Na apresentação da relação de títulos a

serem convertidos, após a aprovação do

projeto, será necessária a revalidação dos

documentos com prazos vencidos.C

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Page 24: Manual Do Produtor ANCINE

24

Na relação dos títulos a serem convertidos

deverão ser indicados: séries, números,

datas de emissão, valores, identificação dos

titulares com nomes e endereços, observa-

das as normas procedimentais

subseqüentes previstas no art. 7º da

Portaria nº 202/96, do Ministério da

Fazenda.

VANTAGENS E LIMITES

· Limite de investimento: não há;

· Contrapartida: não há;

· Projetos: obras audiovisuais de lon-

ga-metragem, média-metragem, cur-

ta-metragem; telefilme; minissérie;

projetos de distribuição, exibição e

divulgação no Brasil e no exterior.

Enquadramento de Projetos Audiovisuais (Resumo)

Cap

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Page 25: Manual Do Produtor ANCINE

25

Classificação de Empresas Capítulo 2

Para fins de obtençãode autorização para captaçãode recursos nos diversosmecanismos de fomentoexistentes, destinados àprodução de obras audiovisuaisbrasileiras, as empresasprodutoras brasileiras sãoclassificadas pela ANCINEpor níveis, de acordo com aInstrução Normativa nº 36,de 14 de dezembro de 2004, edevem ter mencionadosno objeto do contrato sociale no CNPJ, a atividade “produção de obrasaudiovisuais”.

empresa proponente deverá estar

registrada na ANCINE, junto à Superin-

tendência de Registro, Controle e Fiscaliza-

ção - SCRF, previamente à solicitação de

aprovação do seu projeto nos mecanismos

de incentivo, devendo ainda estar com sua

documentação legal atualizada.

A responsabilidade civil, penal e adminis-

trativa da empresa proponente, engloba

todos os atos e procedimentos relativos à

administração e execução do projeto, bem

como os compromissos assumidos em

virtude do projeto junto à Administração

Pública e à iniciativa privada.

2.1 CRITÉRIOS DECLASSIFICAÇÃO

A classificação da empresa proponente

dar-se-á com base no conjunto das obras

audiovisuais por ela produzidas ou

co-produzidas, demonstrado na solici-

tação de classificação, conforme modelo

anexo à Instrução Normativa nº 36,

respeitados os seguintes critérios:

A

Page 26: Manual Do Produtor ANCINE

26

· Nível A: empresa t i tu lar da

produção de obras audiovisuais

que, individualmente ou em

conjunto, totalizem a duração

máxima de até 70 (setenta)

minutos, inclusive;

· Nível B: empresa t i tu lar da

produção de obras audiovisuais,

de curta ou média-metragem que,

individualmente ou em conjunto,

a lcancem a duração mínima

superior a 70 (setenta) minutos,

exigida a quantidade mínima de 03

(três) obras audiovisuais com

cópia final em película cinemato-

gráfica de 16 mm ou de 35 mm.;

· Nível C: empresa t i tu lar da

produção de obras audiovisuais,

com a quantidade mínima de

1(uma) obra audiovisual de longa-

metragem com cópia final em pelí-

cula cinematográfica de 35 mm.;

· Nível D: empresa t i tu lar da

produção de obras audiovisuais,

com a quantidade mínima de

2(duas) obras audiovisuais de

longametragem com cópia final

em película cinematográfica de

35 mm.;

· Nível E: empresa t i tu lar da

produção de obras audiovisuais,

com a quantidade mínima de

3(três) obras audiovisuais de

longa-metragem com cópia final

em película cinematográfica de

35 mm.;

Não serão consideradas para fins de

classificação as obras audiovisuais institu-

cionais; publicitárias, de treinamento e

assemelhadas.

A comprovação da titularidade da

produção das obras audiovisuais pelas

empresas proponentes, far-se-á mediante

apresentação do Certificado de Produto

Brasileiro - CPB emitido pela ANCINE ou

de documento de validade jurídica

equivalente, de emissão dos seguintes

órgãos ou entidades, ainda que extintos:

1) Cinemateca Brasileira, no caso de

obras audiovisuais concluídas até

18 de novembro de 1966;

2) Instituto Nacional do Cinema

Educativo – INCE;

3) Instituto Nacional do Cinema –

INC;

4) Empresa Brasileira de Filmes S/A

– EMBRAFILME;

5) Conselho Nacional de Cinema –

CONCINE;

6) Secretaria da Cultura da Presi-

dência da República – SEC/PR;

Cap

ítulo

2C

ritér

ios d

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lass

ifica

ção

Page 27: Manual Do Produtor ANCINE

27

7) Secretaria para o Desenvolvimen-

to Audiovisual do Ministério da

Cultura – SDAv/MinC; e

8) Secretaria do Audiovisual do

Ministério da Cultura – Sav/MinC,

anteriormente a 07 de junho de

2002;

2.2 LIMITES

A autorização de captação de incentivos

fiscais observará os seguintes limites:

1) Proponente Nível A:

a) autorização máxima de captação:

R$ 500.000,00

b) somatória dos orçamentos:

R$ 1.000.000,00

2) Proponente de Nível B:

a) autorização máxima de captação:

R$ 1.000.000,00

b) somatória dos orçamentos:

R$ 2.000.000,00

3) Proponente de Nível C:

a) autorização máxima de captação:

R$ 3.000.000,00

b) somatória dos orçamentos:

R$ 6.000.000,00

4) Proponente de Nível D:

a) autorização máxima de captação:

R$ 6.000.000,00

b) somatória dos orçamentos:

R$ 12.000.000,00

5) Proponente de Nível E:

a) autorização máxima de captação:

R$ 12.000.000,00

b) somatória dos orçamentos:

R$ 24.000.000,00

Cap

ítulo

2Li

mite

s

Os casos excepcionais serão examinados e

decididos pela Diretoria Colegiada da

Agência Nacional do Cinema - ANCINE

A classificação da empresa proponente

poderá ser revista, pela ANCINE, mediante

solicitação e apresentação de documen-

tação comprobatória de alteração do

histórico de suas atividades.

Page 28: Manual Do Produtor ANCINE

28

Capítulo 3 Apresentação de Projetos

Para que um projeto sejaapresentado à ANCINE,é necessário a observância dasInstruções Normativas que regema matéria e dos procedimentosespecíficos de cada mecanismo defomento, conforme sua utilizaçãono projeto.

Este Manual não substitui asInstruções Normativas.

documentação básica necessária à

apresentação de qualquer tipo de

projeto, com a finalidade de aprovação em

um ou mais mecanismos de fomento

previstos em lei é a constante no Anexo A

deste Manual.

3.1. PROJETOS DEPRODUÇÃO DE OBRASAUDIOVISUAIS

efinição: Projetos de obras cinemato-

gráficas e videofonográficas de curta,

média e longa-metragem, telefilmes,

minisséries, e programas de televisão

A

D

Page 29: Manual Do Produtor ANCINE

29

Mecanismos de Incentivo a Projetos de Produção

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Page 30: Manual Do Produtor ANCINE

30

Os projetos deverão constituir-se dos se-

guintes documentos a serem entregues em

2 (duas) vias, sem encadernação, conforme

determinado pela Instrução Normativa nº 22:

1. solicitação de análise e enqua-

dramento firmada pelo titular da

proponente, de acordo com o mo-

delo definido no Anexo I;

2. currículo da empresa proponente;

3. currículo do(s) diretor(es) do pro-

jeto, quando indicado;

4. pré-contrato ou carta de anuência

do(s) diretor(es) do projeto, com

firma reconhecida em cartório, con-

firmando a sua participação na

direção da obra, quando indicado;

5. regis t ro prof iss ional do(s)

diretor(es) do projeto, quando hou-

ver indicação;

6. cópia autenticada do certificado de

registro do roteiro na Fundação

Biblioteca Nacional;

7. contrato de cessão ou opção de di-

reitos de adaptação de obra literá-

ria ou de realização de roteiro en-

tre o detentor dos direitos e a pro-

ponente, pelo prazo mínimo de 01

(um) ano, com firma reconhecida

em cartório;

8. roteiro;

9. orçamento analítico e cronograma de

produção, de acordo com o modelo

constante do Anexo II;

10. indicação de agência bancária no

Banco do Brasil S/A, para abertura

de conta-corrente de captação de

recursos incentivados;

11. carta de interesse de programadora

estrangeira, para projetos que utili-

zarem os incentivos previstos no

inciso X do art. 39 da MP 2.228-1,

de 06.09.01, modificada pela Lei

nº 10.454, de 2002;

12. contratos de co-produção, quando

houver.

O orçamento constante no Anexo II da IN

nº 22 poderá ser elaborado em modelo

diverso do sugerido pela ANCINE, desde que

respeitada a organização por etapas de

produção. A ANCINE poderá solicitar à

proponente, a qualquer tempo, outros

documentos que entenda necessários à

análise do projeto.

Para os projetos de filmes não-ficcionais,

poderão ser aceitos como substitutivos do

roteiro os seguintes documentos que com-

provem o conhecimento do tema e das con-

dições de produção da obra proposta:

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Page 31: Manual Do Produtor ANCINE

31

· Pesquisa sobre o tema;

· Fotos e ilustrações sobre o tema;

· Fotos e ilustrações dos locais de fil-

magem ou gravação, dos cenários

ou dos personagens;

· Descrição da dramaturgia e das téc-

nicas a serem utilizadas;

· Texto contendo o resumo da obra

proposta.

Em caráter excepcional, para os projetos de

minisséries, obras seriadas e programas para

televisão de caráter educativo e cultural,

poderá ser aceito o roteiro do primeiro ca-

pítulo e o argumento ou escaletas dos de-

mais. A aceitação da documentação, como

substitutiva do roteiro, ficará a critério da

ANCINE e condicionada à comprovação da

viabilidade artística, técnica e financeira do

projeto.

As proponentes dos projetos a serem reali-

zados com a utilização do incentivo previs-

to na Lei nº 10.179, de 06.02.01, deverão

apresentar no momento anterior à conver-

são de títulos, os seguintes documentos:

I - carta da proponente da conversão, cons-

tituindo, como mandatária, instituição finan-

ceira integrante do Sistema Especial de

Liquidação e Custódia - SELIC, com pode-

res para negociar no mercado secundário,

ao par, com ágio ou deságio, as NTN-D, de

que trata a Portaria nº 202/96, do Ministério

da Fazenda;

II - contrato de co-produção, quando

houver.

A relação dos títulos para a conversão

poderá ser apresentada juntamente com o

projeto a ser analisado, ou após a sua

aprovação.

Na apresentação da relação de títulos a

serem convertidos, após a aprovação do

projeto, será necessário a revalidação dos

documentos com prazos vencidos.

Na relação dos títulos a serem convertidos,

deverão ser indicados: séries, números,

datas de emissão, valores, identificação dos

titulares com nomes e endereços, observa-

das as normas procedimentais subseqüentes

previstas no art. 7º da Portaria nº 202/96,

do Ministério da Fazenda.

3.1.1 PROJETOS DE CO-PRODUÇÃO

INTERNACIONAIS, BASEADOS EM

ACORDOS ENTRE O BRASIL E OUTROS

PAÍSES

Os projetos a serem realizados em associa-

ção com empresas de outros países através

de acordos de co-produção internacional

com o Brasil deverão apresentar, além da

documentação especificada, a seguinte do-

cumentação complementar em cópias

reprográficas autenticadas:C

apítu

lo 3

Proj

etos

de

Prod

ução

de

Obr

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udio

visu

ais

Page 32: Manual Do Produtor ANCINE

32

I - documentação referente ao enquadra-

mento no convênio ou acordo internacio-

nal de co-produção, com referência especí-

fica do projeto, consularizado e traduzido;

II - contrato de co-produção da proponente

com a empresa estrangeira, notarizado,

consularizado, com tradução juramentada e

regis t rado na ANCINE, at ravés da

Superintendência de Registro, Controle e

Fiscalização-SCRF, contendo as seguintes

informações:

a) especificação dos valores e origem

dos aportes financeiros;

b) especi f icação dos dire i tos

patrimoniais de cada co-produtor;

III – ato constitutivo da empresa de outro

país, consularizado e com tradução

juramentada.

3.1.2 PROJETOS DE CO-PRODUÇÃO

INTERNACIONAIS NÃO BASEADOS EM

ACORDOS ENTRE O BRASIL E OUTROS

PAÍSES

Os projetos a serem realizados em co-pro-

dução ou associação com empresas de ou-

tros países com os quais o Brasil não man-

tenha ou não estejam baseados em acordos

de co-produção, que se pretendam

brasileiros, deverão apresentar a seguinte

documentação:

I. contrato de co-produção onde deverá

estar estabelecido:

a) o compromisso de utilização para a

produção da obra de, no mínimo, dois

terços de artistas e técnicos brasilei-

ros ou residentes no Brasil há mais

de três anos;

b) quarenta por cento dos direitos

patrimoniais sobre a obra para a

co-produtora brasileira.

II - contrato de co-produção da proponente

com a empresa estrangeira, notarizado,

consularizado, com tradução juramentada e

registrado na ANCINE, através da Superin-

tendência de Registro, Controle e Fisca-

lização- SCRF, contendo as seguintes

informações:

a) especificação dos valores e origem

dos aportes financeiros;

b) especificação dos direitos patrimoniais

de cada co-produtor;

III – ato constitutivo da empresa de outro

país, consular izado e com tradução

juramentada.

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Page 33: Manual Do Produtor ANCINE

33

3.2. PROJETOS DEINFRA-ESTRUTURA

efinição: Entende-se como projeto de

infra-estrutura técnica :

a) Aqueles destinados à produção, fil-

magem, gravação e finalização, in-

clusive acessórios e equipamentos

de maquinária, edição, montagem

e finalização sonora;

b) Aqueles destinados à exibição, inclu-

sive acessórios e equipamentos

para emissão e controle de venda

de bilhetes, poltronas para salas de

exibição, tratamento acústico e te-

las de projeção.

c) Projetos de reforma e de adaptação

de imóveis destinados à execução

de serviços técnicos de imagem e

som, e aqueles que tenham como

objetivo a reforma interna de espa-

ços adquiridos ou locados para abri-

gar estúdios destinados à execução

de serviço nas áreas de imagem e

som, bem como de laboratórios de

imagem ou som.

A empresa proponente deverá ter como

objeto social uma das seguintes atividades:

a) Produção cinematográf ica e

videofonográfica;

b) Distribuição de obras cinematográ-

ficas e videofonográficas;

c) Exibição de obras cinematográficas e

videofonográficas;

d) Locação de equipamentos cinemato-

gráficos e videofonográficos;

e) Prestação de serviço para a produ-

ção de obras cinematográficas e

videofonográficas.

No orçamento dos projetos não é permitida

a inclusão de custos relativos a aquisição ou

locação de imóveis.

MECANISMOSDE INCENTIVOA INFRA-ESTRUTURA

Os projetos deverão conter os seguintes

documentos:

· requerimento contendo valor solici-

tado e indicação do mecanismo de

incentivo pretendido;

D

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Page 34: Manual Do Produtor ANCINE

34

· exposição sobre a relevância do

projeto para a indústria nacional;

· cópia do folheto/manual técnico

descritivo dos equipamentos e

acessórios, acompanhado de tradu-

ção do texto, quando em idioma

estrangeiro;

· comprovação do preço na origem

(do fornecedor), bem como do pre-

ço final, quando se tratar de bem

importado;

· no caso de acessório(s) e peça(s)

de reposição ou complemento(s),

identificação do equipamento a que

se destina, comprovação de propri-

edade do equipamento e do local

de instalação;

· exposição sobre a destinação de

uso/função do bem a ser

adquirido;

· indicação do número de registro da

proponente na ANCINE;

· alterações contratuais posteriores

ao registro na ANCINE;

· Certidão Negativa de Débitos de

Tributos e Contribuições Federais da

proponente, emitida pela Secreta-

ria da Receita Federal;

· Certidão Quanto à Dívida Ativa da

União da proponente, emitida pela

Procuradoria Geral da Fazenda

Nacional;

· Certificado de Regularidade peran-

te o Fundo de Garantia por Tempo

de Serviço - FGTS da proponente,

emitido pela Caixa Econômica

Federal;

· Certidão Negativa de Débito - CND

da proponente, emit ida pelo

Instituto Nacional de Seguro Social

(INSS).

Quando a proponente tiver como objeto

social a atividade de exibição de obras

cinematográficas e videofonográficas e de

prestação de serviço de som e imagem será

exigida, ainda:

· indicação da localização da(s) sala(s)

ou espaço(s), em que conste ende-

reço completo;

· comprovação do direito real de pro-

priedade da(s) sala(s) ou espaço(s),

quando for o caso;

· comprovação do direito real de

posse da(s) sala(s) ou espaço(s)

destinados à instalação da(s) sala(s)

exibidora(s), por período igual ou

superior a 10(dez) anos, quando for

o caso;

Cap

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Page 35: Manual Do Produtor ANCINE

35

· comprovação do arrendamento da

sociedade empresária prestadora de

serviço por período igual ou supe-

rior a 10(dez) anos, quando for o

caso;

· documento que comprove o cum-

primento da cota de tela.

3.3 PROJETOS DE REFORMADE SALAS E DE REFORMA EADAPTAÇÃO DE IMÓVEISDESTINADOS A EXECUÇÃODE SERVIÇOS TÉCNICOS DEIMAGEM E SOM

Definição: projetos de reformade salas de exibição são aquelesque tenham como objetivo areforma interna de espaçosadquiridos ou locados paraabrigar salas de exibição oucomplexos de exibição.

Mecanismos de Incentivoa Exibição

Os projetos deverão conter os seguintes

documentos:

· requerimento contendo valor solici-

tado e indicação do mecanismo de

incentivo pretendido;

· exposição sobre a relevância do

projeto para a indústria nacional;

· cópia do folheto/manual técnico

descritivo dos equipamentos e aces-

sórios, acompanhado de tradução

do texto, quando em idioma estran-

geiro;

· comprovação do preço na origem

(do fornecedor), bem como do pre-

ço final, quando se tratar de bem

importado;

· no caso de acessório(s) e peça(s)

de reposição ou complemento(s),

identificação do equipamento a que

se dest ina, comprovação de

propriedade do equipamento e do

local de instalação;C

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Page 36: Manual Do Produtor ANCINE

36

· exposição sobre a destinação de

uso/função do bem a ser

adquirido;

· cópia do projeto ( i tens:

arquitetônico, de instalação elétrica,

de insta lação hidrául ica , de

segurança e etc) previamente

aprovado pela Prefeitura Municipal

e pelo Corpo de Bombeiros;

· indicação de período de duração da

instalação;

· cronograma de execução;

· orçamento detalhado;

· plantas e croquis;

· documento que comprove o

cumprimento da cota de tela;

· indicação do número de registro do

proponente na ANCINE;

· alterações contratuais posteriores

ao registro na ANCINE;

· Certidão Negativa de Débitos

de Tr ibutos e Contr ibuições

Federais da proponente, emitida

pela Secretaria da Receita Federal;

· Certidão Quanto à Dívida Ativa da

União da proponente, emitida pela

Procuradoria Geral da Fazenda

Nacional;

· Cer t i f icado de Regular idade

perante o Fundo de Garantia por

Tempo de Serviço - FGTS da

proponente, emitido pela Caixa

Econômica Federal;

· Certidão Negativa de Débito - CND

da proponente, emit ida pelo

Instituto Nacional de Seguro Social

(INSS).

No caso de proponente que tenha como

objeto social a atividade de exibição de obras

cinematográficas e videofonográficas e de

prestação de serviço de som e imagem será

exigida, ainda:

· indicação da localização da(s)

sala(s) ou espaço(s), em que conste

endereço completo;

· comprovação do direito real de

propriedade da(s) sa la(s) ou

espaço(s), quando for o caso;

· comprovação do direito real de

posse da(s) sala(s) ou espaço(s)

destinados à instalação da(s) sala(s)

exibidora(s), por período igual ou

superior a 10(dez) anos, quando for

o caso;

· comprovação do arrendamento da

sociedade empresária prestadora de

serviço por período igual ou superior

a 10(dez) anos, quando for o caso.

Cap

ítulo

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Page 37: Manual Do Produtor ANCINE

37

3.4. PROJETOS CANDIDATOS AOS BENEFÍCIOS DOARTIGO 41 DA MP nº 2.228-1, DE 2001 (FUNCINES)

Projetos que podem compor carteiras dos FUNCINES

s projetos deverão constituir-se dos

seguintes documentos a serem en-

tregues em envelopes separados, com base

na Instrução Normativa nº 17, conforme a

seguir especificado:

I – No envelope nº 1 - “Documentação”,

deverão constar os documentos abaixo:

· Carta de intenção do administrador

do FUNCINES confirmando seu

interesse na inclusão do projeto na

carteira de projetos do FUNCINES;

· sol ic i tação de anál ise e

enquadramento firmada pelo titular

da proponente, de acordo com

o modelo definido no Anexo I

da Instrução Normativa nº 17,

indicando o valor pleiteado para

aprovação;

· cópia autenticada de todas as

alterações efetuadas no Contrato

Socia l após o regis t ro da

proponente na ANCINE,

registradas no órgão competente,

· currículo da proponente;

· curr ículo do t i tu lar da

proponente;

· Certidão Negativa de Débitos de

Tributos e Contribuições Federais

da proponente, emitida pela

Secretaria da Receita Federal;

· Certidão quanto à Dívida Ativa da

União da proponente, emitida pela

Procuradoria Geral da Fazenda

Nacional;

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Page 38: Manual Do Produtor ANCINE

38

· Certificado de Regularidade pe-

rante o Fundo de Garantia por

Tempo de Serviço – FGTS da pro-

ponente, emit ido pela Caixa

Econômica Federal;

· Certidão Negativa de Débito – CND

da proponente, emitida pelo Insti-

tuto Nacional de Seguro Social

(INSS);

· Indicação da Agência Bancária onde

será aberta a conta de captação.

II – No envelope nº 2 – “Detalhamento

Técnico”, deverão constar documentos que

variam de acordo com a especificidade do

projeto, conforme relacionado abaixo:

Projetos de obras cinematográficas brasilei-

ras de produção independente e de obra

cinematográfica ou videofonográfica

seriada, produzida com no mínimo três

e no máximo vinte e seis capítulos, e

te lef i lmes bras i le i ros de produção

independente.

· Roteiro;

· resumo da análise técnica (Anexo

II da Instrução Normativa nº 17);

· cópia do certificado de registro do

roteiro na Fundação Biblioteca

Nacional;

· contrato de cessão ou opção de

direitos de adaptação de obra

literária ou de realização de roteiro

entre o detentor dos direitos e a

proponente;

· orçamento analítico;

· cronograma de execução;

· garantia de veiculação e distribuição

comprovada através de carta de

interesse de empresa distribuidora.

Projetos de construção de salas de exibição:

· Anteprojeto de engenhar ia e

plantas;

· anteprojeto arquitetônico e plantas;

· anteprojeto das instalações de ar,

elétrica, hidráulica, segurança e rota

de fuga;

· aprovação dos projetos no corpo de

bombeiros;

· alvará de construção;

· orçamento;

· relação de equipamentos;

· cronograma de execução.Cap

ítulo

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Page 39: Manual Do Produtor ANCINE

39

Projetos de reforma ou recuperação de

salas de exibição:

· Licença de reforma ou cópia da

legislação, no caso de municípios

que não o exijam;

· projeto de reforma;

· orçamento;

· cronograma de execução;

· relação de equipamentos.

Projetos de Distribuição de obra isolada ou

de conjunto de obras em salas:

· Especificações da obra ou das obras

(título, bitola, duração);

· documento da produtora da obra

concordando em ceder a obra para

dis t r ibuição ou contrato de

distribuição;

· currículos dos diretores;

· currículo da distribuidora;

· orçamento;

· plano de mídia detalhado;

· número mínimo de cópias por obra;

· indicação das praças de lançamen-

to da obra;

· cronograma de execução.

Projetos de Distribuição de obra isolada

ou de conjunto de obras em vídeo:

· Especificações da obra ou das obras

(título, bitola, duração);

· documento da produtora da obra

concordando em ceder a obra

para distribuição ou contrato de

distribuição;

· currículos dos diretores;

· currículo da distribuidora;

· orçamento;

· plano de mídia detalhado;

· número de cópias;

· percentual destinado ao produtor

por fita vendida;

· cronograma de execução.

Projetos de Distribuição de obra isolada ou

de conjunto de obras no exterior:

· Especificações da obra ou das obras

(título, bitola, duração);

· documento da produtora da obra

concordando em ceder a obra

para distribuição ou contrato de

distribuição;

· currículos dos diretores;

· currículo da distribuidora;C

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Page 40: Manual Do Produtor ANCINE

40

· orçamento;

· plano de mídia detalhado;

· número mínimo de cópias por obra;

· indicação das cidades e países;

· cronograma de execução.

Projetos de aquisição de ações de empre-

sas brasileiras de capital aberto constituídas

para a produção, comercialização, distribui-

ção ou exibição de obras cinematográficas

brasileiras de produção independente.

· Currículos dos sócios.

· Estudos e avaliações realizadas,

que justificam o investimento e o

preço das ações, incluindo:

· análise mercadológica;

· análise econômico-finan-

ceira, incluindo análise retros-

pectiva e prospectiva

(projeções de fluxo de caixa e

dos demons- trativos financei-

ros);

· avaliação do investimento;

* Estruturação financeira daoperação;

* Aspectos societários;* Aspectos jurídicos;* Estratégia de investimento.

· Apresentação de comprovante de

registro da companhia na CVM.

Projetos de aquisição de direitos de distri-

buição de obras como avanço sobre distri-

buição, apresentado por distribuidoras;

· Carteira de projetos.

· Contrato com cláusula suspensiva

entre o distribuidor e a empresa

produtora de cada projeto da

carteira.

3.5. PROJETOS DECOMERCIALIZAÇÃO /DISTRIBUIÇÃO

A Instrução Normativareferente a projetos decomercialização e distribuiçãode que trata o art. 1º daLei 8.685, de 1993, estáem fase de elaboração.

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Page 41: Manual Do Produtor ANCINE

41

3.6 REGULARIDADEFISCAL PARA TODOS OSTIPOS DE PROJETOS

Para todos os projetosdeverá ser apresentadaa documentação jurídicada empresa, compostados seguintes documentos:

1. cópia do certificado de registro da

empresa proponente na ANCINE;

2. cópia(s) autenticada(s) do contrato

social ou ato constitutivo da

empresa proponente e última alte-

ração contratual, registradas no

órgão público competente;

3. cópia do CNPJ;

4. cópia autent icada do RG do

representante legal da proponente;

5. cópia autenticada do CPF/MF do

representante legal da proponente;

6. currículo da proponente;

7. currículo do titular da proponente;

8. Certidão Negativa de Débitos de

Tributos e Contribuições Federais da

proponente, emitida pela Secreta-

ria da Receita Federal;

9. Certidão Quanto à Dívida Ativa da

União da proponente, emitida pela

Procuradoria Geral da Fazenda Na-

cional;

10. Certificado de Regularidade peran-

te o Fundo de Garant ia por

Tempo de Serviço – FGTS da

proponente, emitido pela Caixa

Econômica Federal;

11. Certidão Negativa de Débito - CND

da proponente, emit ida pelo

Instituto Nacional de Seguro Social

(INSS);

comprovação de regularidade fiscal,

previdenciária e com o FGTS, também

poderá ser feita através de registro no

Sistema de Cadastramento Unificado de

Fornecedores – SICAF, na forma da Por-

taria nº 5, de 21 de julho de 1995, com

as alterações procedidas pela Portaria nº

9, de 16 de abril de 1995, ambas do

Ministério da Administração e Reforma

do Estado.

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Page 42: Manual Do Produtor ANCINE

42

Capítulo 4 Acompanhamento de Projetos

O acompanhamento do projetoé feito pela ANCINE, desde adata da publicação da suaaprovação no Diário Oficial daUnião, até a aprovação da suaprestação de contas.

Os recursos incentivados podemser depositados, dependendo domomento e do projeto,em 3 tiposde conta corrente bancárias:

4.1 CONTAS DERECOLHIMENTO

s contas de recolhimento serão abertas

no Banco do Brasil - Agência Governo,

do Rio de Janeiro, a pedido e titulada pelo

representante da empresa estrangeira

beneficiária do crédito ou remessa relativa

aos rendimentos da exploração do mercado

audiovisual brasileiro. Nestas contas serão

depositados os recursos decorrentes da

opção pelos benefícios do art. 3º, da Lei

nº 8.685, de 1993, e do inciso X, do art. 39,

da Medida Provisória nº 2.228-1, de 2001,

modificada pela Lei nº 10.454, de 2002;

4.2 CONTAS DE CAPTAÇÃO

s contas de captação serão abertas a

pedido da ANCINE, no Banco do Brasil

S/A, em nome da proponente, na agência

por ela indicada, atendendo às seguintes

condições:

a) estar vinculada somente a um

mecanismo de incentivo;

A

A

Page 43: Manual Do Produtor ANCINE

43

b) estar vinculada somente a um

projeto.

Nas contas de captação somente serão

permitidos depósitos de valores que sejam

oriundos das captações de recursos

incentivados, autorizadas pela ANCINE, e

exclusivamente para o projeto para a qual

foi aberta.

Os valores depositados nas contas de

captação poderão ser aplicados em

caderneta de poupança, fundo de aplicação

financeira de curto prazo ou em operação

de mercado aberto, lastreada em títulos da

dívida pública federal, a critério da

proponente.

Os rendimentos financeiros das aplicações

das contas de captação somente poderão

ser utilizados na execução do projeto ao qual

a conta de captação estiver vinculada.

Os rendimentos financeiros das contas de

captação serão considerados como aporte

complementar ao projeto, estando sujeitos

às mesmas condições de prestação de

contas exigidas para o projeto.

Os valores das contas de captação deverão

ser obrigatoriamente transferidos para a(s)

conta(s) de movimentação, após a autoriza-

ção de movimentação de recursos pela

ANCINE, junto ao Banco do Brasil.

4.3 CONTAS DEMOVIMENTAÇÃO

As contas de movimentaçãodeverão ser abertas em nome daproponente e do projeto, eminstituição bancária de seuinteresse, atendendo às seguintescondições:

a) estarem vinculadas somente a um

projeto;

b) serem informadas à ANCINE, no

momento da solicitação para movi-

mentação de recursos, especifican-

do o nome do banco, número da

agência e da conta-corrente.

Nas contas de movimentação somente

serão permitidos depósitos de valores que

sejam oriundos das contas de captação do

projeto.

Os valores depositados nas contas de

movimentação poderão ser aplicados a

critério da proponente.

Os rendimentos financeiros das contas de

movimentação serão considerados como

aporte complementar ao projeto, estando

sujeitos às mesmas condições de prestação

de contas exigidas para o projeto.C

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Page 44: Manual Do Produtor ANCINE

44

4.4 TRANSFERÊNCIA DERECURSOS DA CONTA DERECOLHIMENTO PARA ACONTA DE CAPTAÇÃO –ART 3º, LEI 8.685/93 EART. 39, MP 2.228-1/01:

A transferência dos recursosrecolhidos pelos contribuintesque optaram pelos benefícioscriados pelos art. 3º, da lei8.685/93 e art. 39, inciso X,da MP nº 2.228-1, de 2001,modificada pela Lei nº 10.454,de 2002, para os projetosaudiovisuais, deve ser solicitadapela própria contribuinte,acompanhada da seguintedocumentação:

a. Contrato de co-produção entre a

empresa proponente do projeto e a

empresa contribuinte, devidamente

autenticado e com reconhecimento

de f i rmas e quando o caso,

notarizado, consularizado e traduzi-

do por tradutor juramentado;

b. Procuração notarizada, consularizada

e traduzida por tradutor juramentado

da empresa contribuinte nomeando

representante da empresa estrangei-

ra, quando for o caso;

c. Relação dos recolhimentos a serem

destinados ao projeto, especificando:

data do depósito, número do boleto

bancário, valor total do recolhimen-

to, valor a ser transferido para o pro-

jeto.

s valores das contas de recolhimento

serão transferidos parcial ou integral-

mente para a conta de captação vinculada

ao projeto aprovado, que deverão perma-

necer bloqueados até que o contribuinte so-

licite, formalmente, a liberação de cada par-

cela, respeitando o cronograma de desem-

bolso do contrato de co-produção. Os rendi-

mentos do valor principal serão transferidos

ao projeto audiovisual e estarão sujeitos à

prestação de contas.

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ítulo

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Page 45: Manual Do Produtor ANCINE

45

4.5 LIBERAÇÃO DERECURSOS

A solicitação de liberação derecursos das contas de captaçãopoderá ser feita pela empresaproponente de um projetoincentivado quando os valoresdepositados nas contas atingirem,no mínimo, 25% (vinte e cincopor cento) do orçamentoaprovado para a realização doprojeto, que somados aoscontratos abaixo listadosatinjam, no mínimo, 50% doorçamento:

a) Contratos de fornecimento de

insumos e serviços para a

realização do projeto, firmados pela

produtora com fornecedores e

prestadores de serviço, que atuem

efetiva e comprovadamente no

objeto referente à sua participação na

produção da obra cinematográfica;

b) contratos de patrocínio celebrados

entre a produtora e empresas

estatais, multinacionais ou de

grande porte;

c) contratos de patrocínio decorrentes

de Editais Públicos Federais, Muni-

cipais ou Estaduais;

d) contratos de co-produção

internacionais;

e) contratos de co-produção pelo

art. 3º, da Lei nº 8.685/93 e inciso

X, do art. 39 da Medida Provisória

nº 2.228-1, de 06.09.01, modificada

pela Lei nº 10.454, de 2002;

f) recursos próprios gastos no projeto,

desde que seja apresentado um de-

monstrativo de despesas, relacio-

nando a nota fiscal emitida pela

empresa prestadora do serviço ou

fornecedora e item orçamentário

correspondente.

Documentação necessária:

1. Carta solicitando a Movimentação

de Recursos – anexo IV da IN nº 22.

2. Relatório Completo de Captações

relativas ao projeto – anexo III da

IN nº 22.

3. Extrato bancário com todos os

depósitos efetuados na conta-

corrente de captação de recursos

incentivados, que comprovem

haver em conta-corrente, no míni-

mo, o valor correspondente a 25%

do orçamento de produção.C

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Page 46: Manual Do Produtor ANCINE

46

4. Recibos de captação de incentivos

da Lei nº 8.313/91.

5. Boletim de subscrição de certificado

de investimento audiovisual.

6. Contrato com Auditor com firma

reconhecida em cópia autenticada.

7. Certidão de regularidade do CRC

(Conselho Regional de Contabilidade),

declarando a habi l i tação da

empresa de auditoria.

8. Cronograma de realização.

9. Indicação da conta-corrente de mo-

vimentação, especificando banco,

agência e conta-corrente.

10. Contratos de patrocínio/apoio/co-

produção, quando houver.

Para a liberação de recursos incentivados

será considerado o orçamento de produção,

deduzindo-se os montantes relativos

ao agenciamento e, no caso de obras audio-

visuais, o orçamento de comercialização.

Após a primeira liberação de recursos, a

conta-corrente de captação permanece

bloqueada. As captações realizadas após a

primeira liberação de recursos, deverão ser

comunicadas à ANCINE, que efetivará nova

l iberação de recursos, mediante a

apresentação de:

1. Extrato bancário comprovando o(s)

depósito(s),

2. Recibos de captação de incentivos

da Lei nº 8.313/91.

3. Boletim de subscrição de Certifica-

do de Investimento Audiovisual da

Lei nº 8.685/93.

4.5.1 LIBERAÇÃO DE RECURSOS NO

CASO DE CONVERSÃO DA DÍVIDA

Após aprovação do projeto e após a

efetivação da compra dos títulos da Dívida

Externa, de acordo com a Portaria do Minis-

tério da Fazenda nº 202, a proponente do

projeto encaminhará à Agência Nacional do

Cinema – ANCINE, a relação dos títulos a

serem convertidos, bem como a indicação

da proponente, do título do projeto e da ins-

tituição financeira. A ANCINE providenciará

que estas informações cheguem à Secreta-

ria do Tesouro Nacional.

A autorização para conversão dos títulos apre-

sentados para financiamento dos projetos,

cujo período de execução seja superior a

doze meses, fica limitada aos valores previs-

tos no cronograma de desembolso para cada

período fiscal.

O crédito das NTN de que trata o art. 16 da

Portaria nº. 202/96, do Ministério da Fazen-

da, será depositado em conta junto à insti-

Cap

ítulo

4Li

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ção

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ecur

sos

Page 47: Manual Do Produtor ANCINE

47

tuição financeira, em nome do projeto e de

responsabilidade da proponente.

A instituição financeira, mediante comuni-

cado da Agência Nacional do Cinema –

ANCINE, negociará as NTN no mercado se-

cundário, podendo ser colocadas ao par, com

ágio ou deságio.

A instituição financeira estabelecerá o valor

parcial ou total das NTN, mediante a

anuência da proponente do projeto.

Enquanto não negociadas no mercado se-

cundário, as NTN ficarão custodiadas na ins-

tituição financeira em nome do projeto e

sob a responsabilidade da proponente.

4.6 COMISSÃO DEAGENCIAMENTO

Para as negociações relativasaos Títulos da Dívida, ainstituição financeira poderádeduzir dos recursos decorrentesda negociação das NTN, ou dovalor do resgate dos referidostítulos, caso não sejam negociadosno mercados secundário, 0,50%(cinqüenta centésimos porcento), a título de comissão deadministração que lhe é devida.

4.7 PRAZO DE CAPTAÇÃO

Após aprovação do projeto, aproponente pode solicitar até3 (três) prorrogações de prazopara a captação de recursos.Os projetos cuja publicação deaprovação no Diário Oficial daUnião ocorrer no último trimestredo ano, terá direito a 4 (quatro)prorrogações.

4.8 PEDIDOS DEPRORROGAÇÃO

Os pedidos de prorrogaçãoordinária devem ser feitospreferencialmente a partir dasegunda quinzena de dezembro.O prazo para entrega dasolicitação é, impreterivelmente,31 de março do ano seguinte aoúltimo ano autorizado paracaptação. C

apítu

lo 4

Praz

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Cap

acita

ção

Page 48: Manual Do Produtor ANCINE

48

proponente deverá encaminhar

trimestralmente relatório completo de

captação, conforme Anexo III da IN nº

22, a té o dia 10 (dez) do mês

subseqüente ao trimestre de referência,

acompanhados dos recibos de captação

pela Lei nº 8 .313/91 e recibos de

subscr ição de Cert i f icados de

investimento audiovisual pelo art. 1º da

Lei nº 8.685/93, referentes às captações

realizadas no período, quando houver.

Para projetos aprovados pelo FUNCINES,

deverão ser encaminhados trimestralmente

apenas os relatórios de evolução física, con-

forme anexo III da IN nº 17.

A solicitação de prorrogação dos prazos

de captação de recursos incentivados

para os projetos audiovisuais, deve estar

acompanhada da seguinte documentação:

a) Solicitação da proponente;

b) Relatório global de captação;

c) Certidão Negativa de Débitos de

Tributos e Contribuições Federais da

proponente, emitida pela Secretaria

da Receita Federal;

d) Certidão Quanto à Dívida Ativa da

União, emitida pela Procuradoria

Geral da Fazenda Nacional;

e) Certificado de Regularidade perante

o Fundo de Garantia por Tempo

de Serviço - FGTS, emitido pela

Caixa Econômica Federal;

f) Certidão Negativa de Débito –

CND, emit ida pelo Inst i tuto

Nacional de Seguro Social (INSS);

g) Comprovante de inscrição no CNPJ;

h) Revalidação do contrato de cessão

de direitos do roteiro e/ou obra lite-

rária, quando necessário.

A comprovação de regularidade fiscal,

previdenciária e com o FGTS, também

poderá ser feita através de registro no

Sistema de Cadastramento Unificado de

Fornecedores - SICAF, na forma da Portaria

nº 5, de 21 de julho de 1995, com as altera-

ções procedidas pela Portaria nº 9, de 16 de

abril de 1995, ambas do Ministério da

Administração e Reforma do Estado.

4.9 PRORROGAÇÕESEXTRAORDINÁRIAS

Será autorizada extraordinaria-mente a prorrogação do prazode captação de projetos nãoconcluídos, somente no caso dehaver captação de recursos,observadas as seguintescondições:

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Page 49: Manual Do Produtor ANCINE

49

· Com recursos liberados:

Apresentada a prestação de contas

parc ia l , caso a l iberação de

recursos tenha ocorrido a prazo su-

perior a 12 meses da data de

solicitação da prorrogação extra-

ordinária, caso contrário fica

dispensada a apresentação da

prestação de contas parcial.

· Sem recursos liberados:

Será concedida prorrogação por ape-

nas mais um exercício fiscal. Ao fi-

nal deste novo exercício, uma nova

prorrogação extraordinária será

considerada aprovada apenas se o

montante de recursos for suficiente

para a aprovação da liberação da

conta corrente de captação de

recursos incentivados.

Documentação necessária (além da regula-

ridade fiscal, com o FGTS e previdenciária):

1. Carta justificando a solicitação do

pedido de prorrogação.

2. Relatório global das captações –

anexo III da IN nº 22.

3. Cronograma de real ização

atualizado.

4. Revalidação do contrato de cessão

de direitos do roteiro e/ou obra

literária, quando necessário.

4.10 REDIMENSIONAMENTO

O redimensionamento deve sersolicitado quando a empresaproponente alterar, para maisou para menos, o orçamentodo projeto. Só será aceita umaúnica solicitação deredimensionamento.

s pedidos de redimensionamento

deverão vir acompanhados da seguinte

documentação:

a) Carta de solicitação de redimensio-

namento – anexo VI da IN nº 22;

b) novo orçamento analítico, destacan-

do os itens redimensionados, em

negrito, sombreamento ou em fon-

te vermelha;

c) novo roteiro, plano de produção ou

características técnicas, quando

modificado;

d) relatório completo de captação e

evolução física do projeto, con-

forme Anexo III;

O

Cap

ítulo

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Page 50: Manual Do Produtor ANCINE

50

e) recibos de captação pela Lei

nº 8.313/91 e recibo de subscrição

de certificados de investimento

audiovisual, para captações pelo

art. 1º, da Lei nº 8.685/93, quando

houver;

f) prestação de contas parcial, para

projetos que já obtiveram autoriza-

ção para movimentação de conta-

corrente de captação;

g) Certidão Negativa de Débitos de

Tributos e Contribuições Federais da

proponente, emit ida pela

Secretaria da Receita Federal;

h) Certidão Quanto à Dívida Ativa da

União da proponente, emitida pela

Procuradoria Geral da Fazenda

Nacional;

i) Certificado de Regularidade peran-

te o Fundo de Garantia por Tempo

de Serviço - FGTS da proponente,

emitido pela Caixa Econômica

Federal;

j) Certidão Negativa de Débito CND

da proponente, emitida pelo

Instituto Nacional de Seguro Social

(INSS).

k) carta de anuência dos investidores

do projeto ou declaração da

proponente afirmando que o

redimensionamento não altera as

características do projeto e emissão

pública;

l) Indicação de Agência Bancária do

Banco do Brasil, em caso de solicita-

ção de enquadramento em novo

mecanismo de incentivo.

4.11 REMANEJAMENTO

O remanejamento deve sersolicitado pela empresaproponente quando houvernecessidade de alteração dosvalores autorizados paracaptação de algum dos incentivosfiscais já aprovados e demaisfontes de receitas, sem alteraçãodo valor total do projeto.Não há restrição quanto àquantidade de pedidos.

Cap

ítulo

4R

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ento

Page 51: Manual Do Produtor ANCINE

51

s pedidos de remanejamento deverão

vir acompanhados da seguinte documentação:

a) “Solicitação de remanejamento” -

anexo VI da IN nº 22;

b) Relatório completo de captação

e evolução f ís ica do projeto,

conforme Anexo III da IN nº 22;

c) Recibos de captação pela Lei

nº 8.313/91 e recibo de subscrição

de certificados de investimento

audiovisual, para captações pelo

art. 1º da Lei nº 8.685/93, quando

houver;

d) Certidão Negativa de Débitos de

Tributos e Contribuições Federais

da proponente, emitida pela Secre-

taria da Receita Federal;

e) Certidão Quanto à Dívida Ativa da

União da proponente, emitida pela

Procuradoria Geral da Fazenda

Nacional;

f) Certificado de Regularidade peran-

te o Fundo de Garantia por Tempo

de Serviço - FGTS da proponente,

emit ido pela Caixa Econômica

Federal;

g) Certidão Negativa de Débito CND

da proponente, emit ida pelo

Instituto Nacional de Seguro Social

(INSS);

h) Indicação de agência bancária do

Banco do Brasil, em caso de solici-

tação de enquadramento em novo

mecanismo de incentivo.

4.12 PRAZO DE CONCLUSÃODE PROJETOS

OBRAS AUDIOVISUAIS:Após a primeira liberação derecursos, a proponente terá oprazo de 24 meses para concluiro projeto.

prazo máximo para a conclusão dos

demais projetos é aquele estipulado

no cronograma de execução apresentado, a

contar da data do término da captação de

recursos. Em caráter excepcional e mediante

justificativa que comprove caso fortuito, a

ANCINE poderá autorizar a prorrogação do

prazo de conclusão do projeto.

A conclusão do projeto somente se dará após

o encaminhamento, pela proponente e

aprovação pela ANCINE, do seguinte

material:

O

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ítulo

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Page 52: Manual Do Produtor ANCINE

52

a) Cópia da obra no formato e bitola

aprovados pela ANCINE para o

projeto e cópia da obra em

formato VHS (PAL-M ou NTSC), no

caso de projeto de produção e de

investimento, através do

FUNCINES, na forma de avanço

sobre distribuição;

b) Habite-se das salas no caso de cons-

trução e reforma;

c) No caso de projetos de distribuição:

borderôs do distribuidor dos 3

primeiros meses de exibição ou de

vendas de fitas;

d) Subscrição das ações, no caso de

venda de ações;

e) Em todos os casos prestação de

contas de acordo com Instrução

Normativa específica da ANCINE.

Após a análise do material, a ANCINE

enviará à proponente correspondência

informando a aprovação ou não da

prestação de contas do projeto.

4.13 CANCELAMENTO DEPROJETO

A proponente poderá solicitaro cancelamento do projeto aqualquer momento.A documentação exigida deveobservar as seguintes situações:

Projetos ainda não aprovados:

Solicitação da empresa proponente de

cancelamento da análise do projeto,

acompanhada de justificativa.

Projetos aprovados, sem captação de

recursos:

a) Solicitação da empresa proponente

de cancelamento da autorização de

captação;

b) Extrato bancário das contas de

captação abertas em nome do

projeto desde a data de suas

aberturas;

c) Carta ao Banco do Brasil, solicitando

o cancelamento da(s) conta(s) de

captação.

Cap

ítulo

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Proj

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Page 53: Manual Do Produtor ANCINE

53

Projetos aprovados, com captação de

recursos:

a) Solicitação da empresa proponente;

b) Relatório global de captação –

anexo III da INnº22;

c) Apresentação de recibos de

Mecenato (Lei nº 8.313/91);

d) Apresentação de recibos de

subscrição de Certificados de

Investimento Audiovisual (Lei

nº 8.685/93);

e) Extrato bancário de todas as contas

correntes utilizadas no projeto

desde a abertura;

f) Recolhimento dos recursos captados

na conta corrente abaixo

especificada através de depósito

identificado:

Banco: 0001 – Banco do Brasil SA

Agência: 4.201-3

Conta-corrente: 170.500-8

Código de identificação: 20300320203026-X

A ANCINE poderá providenciar o cance-

lamento do projeto, sem que haja

solicitação da proponente, quando:

a) A diligência documental não for

atendida em até 30 (trinta) dias da

data do recebimento de carta da

ANCINE, enviada via correio, com

aviso de recebimento;

b) A solicitação de prorrogação do

prazo de captação de recursos não

tenha sido feita até o dia 31 de

março do ano seguinte ao último

ano autorizado para captação.

Nas hipóteses acima, a ANCINE comunicará

o cancelamento do projeto à proponente e

à Comissão de Valores Mobiliários - CVM,

quando for o caso.

As proponentes com projetos cancelados

pela ANCINE ou que solicitaram cancelamen-

to e que tenham captações realizadas para

o projeto cancelado poderão solicitar o

reinvestimento dos recursos em outro(s)

projeto(s).

Cap

ítulo

4C

ance

lam

ento

de

Proj

eto

Page 54: Manual Do Produtor ANCINE

54

4.14 REINVESTIMENTO

Recursos captados através dasleis de incentivo para umdeterminado projeto canceladoe transferido para outro proje-to, desde que aprovado pelaANCINE e pelos investidoresou patrocinadores.

re invest imento somente poderá

ocorrer para fins de viabilização ime-

diata da liberação de recursos do projeto

beneficiário do reinvestimento.

Documentação que deverá ser entregue

pela empresa proponente, cujo projeto está

sendo cancelado:

a) Carta da empresa proponente

consentindo a transferência de

recursos;

b) Carta de todos os investidores do

projeto, concordando com a

transferência de recursos para o

projeto beneficiário dos mesmos,

em papel timbrado da empresa;

c) Extrato completo das contas-

correntes de captação e movi-

mentação – quando for o caso.

Documentação necessár ia relat iva à

proponente de projeto beneficiário de

recursos reinvestidos:

a) Solicitação de recebimento dos

recursos;

b) Caso o projeto não tenha tido

recursos liberados, deverá ser

encaminhada solici tação para

liberação de recursos;

c) Extrato completo das contas de

captação de recursos incentivados.

O reinvestimento referente aos recursos

incent ivados at ravés do ar t . 1 º, da

Lei no 8.685/93 deverá ser comunicado pela

proponente cujo projeto está sendo

cancelado à CVM . Esta comunicação deverá

ser feita pela Distribuidora de Títulos

e Valores Mobiliários – DTVM. Para o

reinvestimento referente aos recursos

incentivados através do art. 1º, da Lei

nº 8.685/93, será considerado o valor de face

dos Certificados de Investimento Audiovisual,

sendo vedadas quaisquer remunerações pela

operação.

A transferência de recursos incentivados da

conta de captação do projeto cancelado para

a conta de captação do projeto beneficiário

do reinvestimento ocorrerá após autorização

expressa da ANCINE, encaminhada à

Agência Governo do Banco do Brasil S/A.

O

Cap

ítulo

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Page 55: Manual Do Produtor ANCINE

55

O prazo para o reinvestimento será de

90 (noventa) dias, contado a partir do

encerramento do prazo de captação do

projeto que será cancelado.

O reinvestimento de recursos referentes ao

art. 3 da Lei 8.685/93 ou dos recursos

referentes ao inciso X do art. 39 da

MP nº 2228-1, de 2001 , modificada pela

Lei nº10.454, de 2002 deverão ter a

concordância expressa do contribuinte.

4.15 PRESTAÇÃO DECONTAS PARCIAIS EFISCALIZAÇÃO DAEXECUÇÃO DO PROJETO

A Superintendência deDesenvolvimento Industrial -SDI poderá solicitar, sempreque julgar necessário, desdeque devidamente justificado,a prestação de contas parcial,que será apresentada na datadesignada e composta dadocumentação especificada.

facultada a Agência Nacional do

Cinema - ANCINE, a qualquer tempo, a

fiscalização da execução do projeto, dos con-

troles internos no local de execução do pro-

jeto e/ou local onde esteja arquivada a do-

cumentação.

4.16 LOGOMARCA DAANCINE

Deverá constar nos créditos dasobras audiovisuais e em todomaterial de divulgação dasmesmas o texto e a logomarcaANCINE. Nos Créditosiniciais, (cinco) segundosem cartela exclusiva, conformemanual de identidade visualda ANCINE e segundo as nor-mas da IN nº 28.

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Page 56: Manual Do Produtor ANCINE

56

o caso de re forma de sa las de

exibição, de aquisição de equipamen-

tos de exibição ou de reforma e adaptação

de imóveis destinados à execução de ser-

viços técnicos de imagem e som, em placa

no saguão principal, em local de fácil aces-

so e leitura, os seguintes dizeres:

“ESTE PROJETO FOI FINANCIADO COM RE-

CURSOS INCENTIVADOS DA LEI Nº _

APROVADO PELA AGÊNCIA NACIONAL DO

CINEMA - ANCINE.”, conforme definido

em manual de identidade visual da

ANCINE.

A proponente deverá fazer constar, no caso

de aquis ição de equipamentos de

produção, em placa na recepção de sua

sede, em local de fácil acesso e leitura, os

seguintes dizeres:

“NOSSA EMPRESA CONTA COM RECURSOS

INCENTIVADOS DA LEI Nº -

APROVADO PELA AGÊNCIA NACIONAL DO

CINEMA - ANCINE.”, conforme definido em

manual de identidade visual da Agência.

4.17 DISPOSIÇÕES GERAIS

A proponente do projeto deveráencaminhar à ANCINE cópianova, na bitola original, da obraaudiovisual que resultar dautilização dos recursos, noprazo máximo de 90 (noventa)dias após a conclusão doprojeto.

Comprovante do depósito da obra

audiovisual emitida pela Cinemateca

Brasileira deverá ser apresentado juntamente

com a prestação de contas.

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Page 57: Manual Do Produtor ANCINE

57

Prestação de Contas Capítulo 5

É obrigatória a apresentaçãoda prestação de contasreferentes aos recursosaportados em projetosbeneficiados pelos mecanismosde incentivos, criados pelasLeis nº 8.313/91, nº 8.685/93,nº 10.179/01 e pelo inciso Xdo art. 39 e o art. 43 daMedida Provisória nº 2.228/1,modificada pela Lei 10.454,de 2001. A prestação de contasestá regulamentada naInstrução Normativa nº 21,de 30 de dezembro de 2003.

prestação de contas, juntamente com

parecer e relatório do auditor externo,

deverão ser apresentados à Agência

Nacional do Cinema - ANCINE, 120 (cento

e vinte) dias após a conclusão do projeto

incentivado, conforme determinado em

Instrução Normativa nº 21, de 30/12/2003.

Quando a prestação de contas não for

apresentada no prazo determinado, a

Superintendência de Desenvolvimento

Industrial - SDI da ANCINE emitirá

notificações à proponente, solicitando-a.

Permanecendo a proponente omissa duran-

te o prazo de 60 (sessenta) dias, o Diretor-

Presidente da ANCINE expedirá ofício, por

sol ic i tação da Superintendência de

Desenvolvimento Industr ia l – SDI,

reiterando ao interessado que a ausência da

prestação de contas ou ressarcimento ao

erário público dos valores captados ensejará

a abertura de Tomada de Contas Especial -

TCE, conforme preconiza a legislação em

vigor.

A

Page 58: Manual Do Produtor ANCINE

58

5.1 DOCUMENTOSA SEREM APRESENTADOS

ntegram a prestação de contas os

seguintes documentos:

I- Relatório de cumprimento do objeto -

Anexo I da IN nº 21;

II- Demonstrativo de recursos aprovados

x recursos captados - Anexo II da IN nº 21;

III- Demonstrativo do orçamento aprovado

x orçamento executado - Anexo III da

IN nº 21;

IV- Demonstrativo da execução da receita -

Anexo IV da IN nº 21;

V- Relação de pagamentos - Anexo V da

IN nº 21;

VI- Conciliação bancária - Anexo VI da

IN nº 21;

VII- Demonstrativo financeiro do Extrato

Bancário - Anexo VII da IN nº 21;

VIII - Ficha técnica resumida - Anexo VIII

da IN nº 21;

IX- Comprovante de encerramento das

contas-correntes de captação e de movimen-

tação de recursos incentivados;

X- Comprovante do depósito identificado

referente ao recolhimento do saldo das

contas correntes de captação e de movi-

mentação de recursos incentivados à

Agência Nacional do Cinema - ANCINE,

quando houver. (Banco do Brasil S/A,

agência 4.201-3, conta corrente 170.500-8,

código de identificação 20300320203026-X);

XI - Extra to das contas bancár ias

específicas do projeto, compreendendo o

período de recebimento da 1ª parcela até o

último pagamento;

XII - Relatório e parecer de auditoria

independente; e

XIII- Quando se tratar de produção

cinematográfica ou videofonográfica,

comprovante de entrega da cópia da obra

à Agência Nacional do Cinema - ANCINE.

As obras audiovisuais deverão ter sua cópia

final realizada nos seguintes formatos e

sistemas:

a) obras cinematográficas de longa-

metragem:

- cópia em película cinematográfi-

ca na bitola de 35 milímetros, quan-

do a captação de imagens tiver sido

feita nas bitolas de 16 mm ou de

35 mm; ou

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Page 59: Manual Do Produtor ANCINE

59

- cópia em sistema digital de alta

definição, quando a captação de

imagens tiver sido feita em fita

magnética ou sistema digital.

b) obras c inematográf icas ou

videofonográf icas de cur ta

e média-metragem, ser iadas,

telefilme, minissérie e programas

para televisão:

- cópia em película cinemato-

gráfica nas bitolas de 16 mm ou de

35 mm: quando a captação de ima-

gens tiver sido feita nas bitolas de

16 mm ou de 35 mm, ou cópia em

sistema digital de alta definição,

quando a captação de imagens ti-

ver sido feita em fita magnética ou

sistema digital.

c) projetos de dis t r ibuição,

comercialização ou exibição de

obras audiovisuais cinematográficas

e videofonográficas :

- material de divulgação referente à

distribuição, comercialização e

distribuição.

Em casos excepcionais, a Agência Nacional

do Cinema - ANCINE, por decisão de sua

Diretoria Colegiada, poderá autorizar a

entrega de cópia em outro formato.

No caso de projetos de reforma e

construção de salas deverá constar carta do

engenheiro ou arquiteto responsável da

empresa contratada para execução da obra

declarando que as obras foram concluídas.

Os valores captados nas Leis de incentivos

federais, estaduais e municipais não podem

ser considerados para efeito de comprova-

ção de contrapartida.

5.2 DOS CONTROLESFISCAIS

A proponente deverá possuircontroles próprios, onde estarãoregistrados, de forma destacada,os créditos e os débitos doprojeto, bem como ter oscomprovantes e documentosoriginais em boa ordem, ficandoà disposição dos órgãos decontrole interno e externo peloprazo de 5 (cinco) anos,contados a partir da aprovaçãoda prestação de contas. C

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Page 60: Manual Do Produtor ANCINE

60

s documentos fiscais que comprovem

as despesas realizadas pela proponen-

te deverão ser emitidos em seu nome e

devidamente identificados com o título do

projeto incentivado, revestidos das forma-

lidades legais, numerados seqüencial-

mente, em ordem cronológica e classifica-

dos com o número dos itens macros do

orçamento a que se relacionar a despesa.

Não serão admitidos documentos fiscais que

comprovem despesas realizadas em data

anterior a da aprovação do projeto incenti-

vado.

5.3 DA ANÁLISE DAPRESTAÇÃO DE CONTAS

A prestação de contas parcialou final, acompanhada deparecer de auditoriaindependente, será analisada eavaliada pela Superintendênciade Desenvolvimento Industrial -SDI, com base nos documentosapresentados, que emitiráparecer sobre os seguintesaspectos:

I - técnico - quanto à execução física e

alcance dos objetivos do projeto;

II - financeiro - quanto à correta e regular

aplicação dos recursos públicos.

part ir da data do recebimento da

prestação final de contas, a Agência

Nacional do Cinema - ANCINE, terá o prazo

de 60 (sessenta) dias para pronunciar-se

sobre a aprovação ou não da prestação de

contas apresentada.

Aprovada a prestação final de contas, a

Superintendência de Desenvolvimento

Industrial - SDI fará constar do processo

declaração expressa de que os recursos

captados tiveram boa e regular aplicação,

enviando à proponente ofício informando

sobre sua aprovação.

Na hipótese da prestação de contas não ser

aprovada, e exauridas todas as providên-

cias cabíveis, aplica-se o procedimento pre-

visto na legislação em vigor.

Não será aprovada a prestação de contas

em qualquer hipótese em que ocorrer:

I - A não execução total do objeto pactuado;

II - O atendimento parcial dos objetivos

avençados;

III - Desvio de finalidade;

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ítulo

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Page 61: Manual Do Produtor ANCINE

61

IV - Impugnação de despesas;

V - O não cumprimento dos recursos da

contrapartida;

VI - A não aplicação de rendimentos de

aplicações financeiras no objeto pactuado;

VII - A não apresentação do parecer e do

relatório de auditoria independente; e

VIII – A não constatação da aplicação da

logomarca da ANCINE nos projetos especí-

ficos da área audiovisual, cinematográfica de

exibição, distribuição e infra-estrutura

técnica.

Da decisão da não aprovação da prestação

de contas, cabe pedido de reconsideração,

com efeito devolutivo, à autoridade com-

petente.

5.4 TOMADA DE CONTASESPECIAL – TCE

Com o transcurso dos prazosestabelecidos na legislação, aSuperintendência deDesenvolvimento Industrial -SDI adotará, no prazo máximode 60 (sessenta) dias, o seguinteprocedimento:

I - Atualizará o valor no Demonstrativo

Financeiro do Débito, de acordo com as

normas do Tribunal de Contas da União; e

II - Elaborará relatório qualificando o

responsável.

pós a providência aludida acima,

conforme disciplina a legislação em

vigor, a autoridade competente instaurará a

Tomada de Contas Especial - TCE, dentro

do prazo de 30 (trinta) dias, baseada no

relatório elaborado e aplicando a legislação

específica em vigor.

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Page 62: Manual Do Produtor ANCINE

62

Cumpridas as formalidades necessárias, os

autos do processo serão encaminhados à

Gerência de Orçamento e Finanças da

ANCINE que atualizará o Demonstrativo

Financeiro do Débito e realizará a inscrição

do responsável no Sistema Integrado de

Administração Financeira do Governo

Federal-SIAFI, na conta “diversos

responsáveis”.

Analisado o processo pela Procuradoria-Ge-

ral e, posteriormente, pela Auditoria Inter-

na, o Diretor-Presidente fará remessa do

mesmo aos órgãos de controle interno da

Controladoria-Geral da União para a análise

e posterior envio ao Tribunal de Contas da

União - TCU, por intermédio do Ministério

da Cultura.

5.5 PENALIDADES

A irregularidade ou ausênciada prestação de contas dosrecursos incentivados, facultaà ANCINE inabilitar seusresponsáveis à aprovaçãode novos projetos por um prazode até 3 (três) anos.

Cap

ítulo

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Page 63: Manual Do Produtor ANCINE

63

PERGUNTA: As despesas feitas antes da

aprovação do projeto podem ser ressarci-

das ou reembolsadas pelos recursos obtidos

através de incentivos fiscais?

As despesas feitas antes da aprovação do

projeto não podem ser ressarcidas ou

reembolsadas.

PERGUNTA: As despesas realizadas antes

da aprovação do projeto podem ser lançadas

como contrapartida do proponente?

As despesas feitas antes da aprovação do

projeto podem ser lançadas como

contrapartida do projeto.

Os prazos dos contratos assinados não

podem divergir da data limite autorizada

para captação do projeto. Solicite a

prorrogação com prazo superior a data

final do contrato. Ex. contrato com a

última parcela em 04/2002, a prorrogação

era até 04/2002, o patrocinador depositou

somente em 05 e 06/2002: a ANCINE não

considera os depósitos, pois estavam fora

do limite de recebimento.

Perguntas Freqüentes Capítulo 6

PERGUNTA: Por quanto tempo devem

ser guardados os documentos fiscais de

um projeto incentivado?

Os documentos f iscais devem ser

guardados durante 5 anos após a

aprovação da prestação de contas, bem

como os extratos bancários emitidos pelo

banco. Não são aceitos os extratos

emitidos pela internet, por fax e no auto

atendimento (válidos apenas para o

controle interno do dia-a-dia).

PERGUNTA: Tarifas bancárias podem ser

lançadas como despesas do projeto?

Tarifas bancárias devem ser lançadas no

formulário de prestação de contas como

demonstradas nos extratos bancários;

As multas, juros, IOC, IOF e encargos

contratuais pagos, mesmo que

decorrentes da falta de recursos

incentivados ou por atraso no depósito de

parcela do investidor, não serão aceitos na

prestação de contas. No caso de ocorrerem

pagamentos indevidos, o proponente

Page 64: Manual Do Produtor ANCINE

64

deverá ressarcir o projeto com recursos

próprios e registrar no anexo “Demons-

tração da Execução da Receita”.

PERGUNTA: Como deve estar incluído o

valor do ISS na nota fiscal de serviço?

O ISS deverá estar incluso no serviço, nun-

ca acrescentado ao serviço;

EXEMPLO:

PERGUNTA: Como devo proceder com o

IR a ser retido no ato do pagamento da Nota

Fiscal?

No corpo da Nota Fiscal deverá constar a

observação do valor que está sendo retido

e o pagamento ao prestador de serviço ou

fornecedor deverá ser feito pelo valor

líquido, devendo ser anexado ao

documento fiscal uma cópia do DARF

referente ao recolhimento do imposto, na

prestação de contas.

PERGUNTA: Encargos Sociais podem ser

lançados como despesas do projeto?

Os encargos tipo IR, FGTS, INSS e Rescisão

de Contrato de Trabalho, se forem

pertinentes ao projeto, devem e podem ser

pagos pelo projeto e lançados na relação

de pagamento; devendo os originais serem

guardados de for ma distinta e em

separado ao restante da documentação do

projeto, já que a empresa, neste caso, é

responsável por eles, por tempo

indeterminado.

PERGUNTA: Podem ser feitos reembolsos

de gastos com telefonia?

Telefones e reembolsos devem ser pagos

ou ressarcidos sempre, e de preferência,

com recibo de quem está recebendo o re-

curso, tendo a identificação de quem está

pagando e de quem está recebendo.

Somente colocar a parcela que cabe ao

projeto.

Caso o telefone não pertença a empresa

produtora, deverá ser celebrado contrato

com o proprietário do telefone

mencionando o período que será

utilizado no projeto.

PERGUNTA: Como devem ser os recibos

de serviços, aluguel e assemelhados?

Cap

ítulo

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Page 65: Manual Do Produtor ANCINE

65

Recibo de prestação de serviço, aluguel e

afins, tem que ter sempre nome completo

da empresa que está pagando, endereço,

CNPJ e também dados completos de quem

está recebendo (nome completo, CPF

ou CNPJ e endereço). Deve ser assinado.

Não podendo assinar, ou não sabendo, utili-

zar a impressão digital.

PERGUNTA: Como devem ser os recibos

de taxi?

Recibo de taxi tem que ter placa do carro,

data, trajeto e valor de maneira clara.

Se for possível, o nome e CPF do taxista ou

do motorista.

PERGUNTA: Como devem ser os recibos

de estacionamento?

Tíquetes de estacionamento tem que ter

identificação. Solicite o recibo ou o cupom

fiscal.

PERGUNTA: Como devem ser emitidas as

notas fiscais?

A data de emissão deve ser anterior à data

de emissão do cheque e nunca posterior à

data de compensação do mesmo no

banco;

Respeitar a data limite da emissão e/ou

prazo de validade da NF;

Ausência de rasuras;

Carimbo de “recebemos” ou de quitação;

A discriminação do serviço tem que ser

clara e compatível com o orçamento;

Deve constar a descrição do serviço e o

nome do projeto;

Devem estar preenchidos os campos da NF

referentes ao nome da empresa, CNPJ e

endereço completo.

PERGUNTA: Como devem ser os cupons

fiscais?

Deve constar o nome da empresa, CNPJ e

endereço completo da emitente;

O serviço, o produto ou a mercadoria

devem estar especificados corretamente.

(Exemplo: código 01 R$ 12,00 – não é

válido, pois não especifica o que foi

adquirido; neste caso, solicite ao emitente

um recibo especificando o produto).

PERGUNTA: As notas fiscais de gasolina

devem ter alguma especificação própria?

Estas são as que apresentam maiores

problemas na prestação de contas, pois

muitas vezes não são tiradas em talonárioC

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Page 66: Manual Do Produtor ANCINE

66

próprio. As notas fiscais, quer sejam de

gasolina, quer sejam de outros produtos,

deverão sempre ter impresso no seu corpo:

“NOTA FISCAL DE VENDA AO

CONSUMIDOR”.

PERGUNTA: Como comprovar despesas

no exterior?

Para comprovação de despesas realizadas

fora do país, em moeda estrangeira, de-

vem ser observadas as determinações con-

tidas no artigo 30 da Instrução Normativa

nº 1, do Ministério da Fazenda, de 15/01/

97, onde fica estabelecido que as despesas

serão comprovadas mediante documentos

originais fiscais ou equivalentes, devendo

as faturas, recibos, notas fiscais e quais-

quer outros documentos comprobatórios

ser emitidos em nome do executor. Os com-

provantes devem identificar claramente o

nome do projeto.

Caso ocorra pagamentos com “cartão de

crédito”, todas as taxas referentes

cobradas pelo cartão serão de responsabi-

lidade da produtora, devendo ser pagas

com recursos próprios.

A conversão deve ser feita com base nos

índices das moedas publicadas pelo Ban-

co Central da data de emissão da nota

fiscal ou do documento. O comprovante

de aquisição de dólares não servem para

a prestação de contas.

PERGUNTA: Como proceder com com-

provantes de pagamentos a pessoas

analfabetas ou menores de idade?

Para pagamentos a analfabetos e

menores fazer um recibo e uma pessoa

devidamente qualificada e identificada

assina o recibo de pagamento à rogo

deste.

PERGUNTA: Como fazer um pagamento a

um sócio da empresa proponente?

Quando o sócio da empresa exercer

função técnica ou artística na produção,

o mesmo deverá emitir recibo mencionan-

do o serviço e o valor cobrado.

PERGUNTA: O projeto pode pagar à

empresa proponente a remuneração pela

uti l ização de equipamentos de sua

propriedade?

Os equipamentos e materiais da

proponente ou responsável que forem

usados no projeto podem ser pagos ou

reembolsados, devendo ser emitido um

recibo ou uma Nota Fiscal, observando

que a emissora é PROPONENTE –

PROJETO “x x x”, devendo ser entregue

na prestação de contas a comprovação

do recolhimento dos impostos, que e

poderão também ser considerados como

contrapartida.

Cap

ítulo

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Page 67: Manual Do Produtor ANCINE

67

PERGUNTA: Como pagar a taxa de ad-

ministração? A taxa de administração

pode ser paga à proponente?

Se for a própria proponente, deve-se

emitir um recibo ou uma Nota Fiscal

observando que a emissora é PROPONENTE

– PROJETO “x x x”, devendo ser entregue na

prestação de contas a comprovação do re-

colhimento dos impostos.

RECOMENDAÇÕESADICIONAIS

I - Evitar pagamentos de várias despesas

com um mesmo cheque;

II - No caso de pagamentos de despesas

diversas através de adiantamento de caixa,

recomenda-se registrar no verso das notas,

para melhor controle, o número do cheque

sacado para cobrir aquelas despesas;

III - Evitar cheques de valor elevado para

“despesas de caixa”. Limitar-se aos casos de

atendimento às necessidades de equipes

em trabalhos de campo, em locais de

poucos recursos. A comprovação das

despesas deverá ser realizada tão logo a

equipe regresse à sede do proponente;

IV - Procurar ao máximo efetuar o pagamento

de cada nota com seu respectivo cheque

para facilitar o controle;

V - Pode-se pagar cobranças bancárias,

contas de telefones, entre outras, num

mesmo cheque;

VI - Não pagar impostos ou encargos junto

a outras despesas;

VII - Os controles devem ser mensais, com

as despesas relativas ao projeto, devidamente

enquadradas conforme as rubricas constantes

do orçamento aprovado pela ANCINE;

VIII - Recursos financeiros oriundos de

diferentes mecanismos de incentivo devem

ser movimentados em contas distintas;

IX - A comprovação das despesas e a

verificação dos documentos deverão ser

sempre realizadas imediatamente após a

ocorrência;

X - Ao pagar uma Nota Fiscal, deve-se

anexar um comprovante de quitação que

pode ser um carimbo na própria nota de

“recebemos”, um depósito na conta do

emitente ou um boleto bancár io

autenticado;

XI - Todas as Notas Fiscais e comprovantes

devem ter um carimbo:

PROJETO: XXXXXX

SALIC: 000000

RECURSOS: LEI

ITEM DO ORÇAMENTO: XXX

Cap

ítulo

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Freq

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Page 68: Manual Do Produtor ANCINE

68

A contabilidade terá sempre afunção de dar amparo erespaldo legal e contábil àprodução. Tem a obrigação defazer a escrituração contábilque, posteriormente, darásuporte à prestação de contas.

Capítulo 7 Contabilidade

contabilidade cabe efetuar os registros

contábeis e as possíveis regularizações,

o acompanhamento das receitas extra-

orçamentárias e suas aplicações financeiras

e conciliar os saldos das contas dos projetos

incentivados pelas leis de incentivo à cultura.

Cabe, ainda, à Setorial Contábil, consignar os

responsáveis na Conta dos Devedores da

União, “Diversos Responsáveis – em

Apuração” do Sistema Integrado de

Administração Financeira e Orçamentária –SIAFI, pela não apresentação do produto final

e pela omissão no dever de prestar contas

ou, ainda pela comprovação da ocorrência

de danos ao erário decorrente de ato ilegal

ou ilegítimo.

A

Page 69: Manual Do Produtor ANCINE

69

A exigência de auditoriaindependente nos projetosincentivados está prevista naInstrução Normativa nº 22da ANCINE, que buscacomplementar as leis deincentivo à cultura(Leis nºs. 8.313/1991e 8.685/1993) no que se refereà sistemática de controle.

A

Auditoria Capítulo 8

auditoria faz o acompanhamento

da execução do projeto, sendo con-

tratada pela proponente do projeto

incentivado e é subordinada às Normas

do Conselho Federal de Contabilidade

– CFC e às da própria Comissão de

Valores Mobiliários – CVM.

Nesse caso, tem obrigatoriamente que

acompanhar a execução financeira do

projeto, com independência, verificando

a regularidade dos registros contábeis,

anal isando a per t inência dos

documentos, verificando a regularidade

da captação de recursos incentivados,

bem como a liquidação e o pagamento

das despesas, emitindo declaração de

que foram cumpridas as obrigações

contratuais e legais incidentes sobre o

projeto, como as de natureza tributária,

fiscal e previdenciária, reconhecendo a

probidade dos responsáveis pela guar-

da e aplicação dos recursos da União,

atestando a eficiência dos controles

contábeis, financeiros e orçamentários e,

o mais importante, prestando

assessoramento aos auditados, com o

propósito de aumentar a eficiência dos

controles existentes.

Page 70: Manual Do Produtor ANCINE

70

Relação de documentação por tipo de solicitação eprojeto, conforme Instruções Normativas Específicas

Page 71: Manual Do Produtor ANCINE

71

AUDITORIA GOVERNAMENTAL

É importante registrar que os recursos cap-

tados para serem aplicados nos projetos in-

centivados são públicos. Portanto, sujeitos

a inspeções dos Controles Externo e Inter-

no da Administração Pública Federal. Assim

sendo, todos os documentos referentes a

prestação de contas do projeto incentivado

devem ficar à disposição e, devidamente

em ordem, dos Órgãos de Controle até 05

(cinco) anos após o julgamento e aprova-

ção das contas pelo Tribunal de Contas da

União – TCU.

CONTROLE EXTERNO

A Constituição da República Federativa do

Brasil, na Seção IX, Da Fiscalização Contábil,

Financeira e Orçamentária, estabelece

no artigo 70 que a fiscalização contábil, fi-

nanceira, orçamentária, operacional e

patrimonial da União e das entidades da

administração direta e indireta, quanto à le-

galidade, legiti-midade, economicidade,

aplicação das subvenções e renúncia de

receitas, será exercida pelo Congresso

Nacional, mediante controle externo e

pelo sistema de controle interno de

cada Poder. E o artigo 71, preconiza que

esse controle externo, a cargo do Congres-

so Nacional, será exercido com o auxílio do

Tribunal de Contas da União – TCU.

O TCU é um órgão auxiliar do Congresso

Nacional e tem suas competências e juris-

dição elencadas na Lei n° 8.443, de 16 de

julho de 1992, de conformidade com a Cons-

tituição da República Federativa do Brasil.

Uma das principais competências do TCU:

“I – julgar as contas dos administradores e

demais responsáveis por dinheiros, bens e

valores públicos das unidades dos poderes

da União e das entidades da administra-

ção indireta, incluídas as fundações e

sociedades instituídas e mantidas pelo

poder público federal, e as contas daque-

les que derem causa a perda, extravio ou

outra irregularidade de que resulte dano

ao erário”

O Tribunal de Contas da União tem jurisdi-

ção própria e privativa, em todo o território

nacional, sobre as pessoas e matérias sujei-

tas à sua competência.

Segundo a Lei n° 8.443, de 16 de julho de

1992, essa jurisdição abrange, por exemplo:

“I – qualquer pessoa física, órgão ou

entidade a que se refere o inciso I do art.

1° desta lei, que utilize, arrecade, guar-

de, gerencie ou administre dinheiros,

bens e valores públicos ou pelos quais

a União responda, ou que, em nome

desta assuma obrigações de natureza

pecuniária.”C

apítu

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Aud

itoria

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Con

trol

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xter

no

Page 72: Manual Do Produtor ANCINE

72

CONTROLE INTERNO DENTRO DO

PODER EXECUTIVO FEDERAL

A Controladoria-Geral da União, que é

dirigida pelo Ministro de Estado do Contro-

le e da Transparência, é o Órgão Central

do Sistema de Controle Interno do Poder

Execut ivo Federal e integrante da

estrutura da Presidência da República.

Conta ainda, na sua estrutura organizacional,

com a Secretaria Federal de Controle Inter-

no – que desempenha as funções

operacionais do Sistema de Controle Inter-

no do Poder Executivo Federal, entre as

muitas competências elencadas no Decre-

to n° 4.785, de 21 de julho de 2003 – e

com as Unidades da Controladoria-Geral

da União nos estados.

Unidade de Controle Interno

A Auditoria Interna da ANCINE é uma

unidade de controle interno do Sistema

de Controle Interno do Poder Executivo

Federal e tem como propósito principal

fortalecer a gestão e racionalizar as ações

de controle.

A Auditoria Interna é uma unidade

organizacional vinculada à Diretoria

Colegiada da Agência.

De acordo com o artigo 20 do Regimento

Interno da Agência e legislação em vigor,

cabe também a Auditoria Interna:

Auditar os processos administrativos apoia-

dos com recursos oriundos das leis federais

de incentivo à cultura.

Cap

ítulo

8 A

udito

ria:

Con

trol

e In

tern

o

Page 73: Manual Do Produtor ANCINE

73

Índice

Apresentação 5Introdução 7

Capítulo 1 - LEGISLAÇÃO – HISTÓRIA E USOS 91.1 MISSÃO CONSTITUCIONAL 9

1.2 HISTÓRICO 10

1.3 DEFINIÇÕES 12

1.4 MECANISMOS FEDERAIS DE INCENTIVO FISCAL 15

1.4.1 LEI nº 8.685, DE 1993 (Lei do Audiovisual) 16

1.4.1.1 ARTIGO 1º 16

1.4.1.2 ARTIGO 3º 17

1.4.2 LEI nº 8.313, DE 1991 (Lei Rouanet ou Lei Federal de Incentivo à Cultura) 17

1.4.2.1 ARTIGO 18 18

1.4.2.2. ARTIGO 25 20

1.4.3 MP nº 2.228-1, DE 2001 21

1.4.3.1 ARTIGO 39, INCISO X 19

1.4.3.2 ARTIGO 41 (FUNCINES) 20

1.4.4 LEI nº 10.179, de 2001 (Conversão da Dívida) 21

Capítulo 2 - CLASSIFICAÇÃO DE EMPRESAS 23

2.1 CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO 23

2.2 LIMITES 25

Capítulo 3 - APRESENTAÇÃO DE PROJETOS (por tipo) 26

3.1. PROJETOS DE PRODUÇÃO DE OBRAS AUDIOVISUAIS 26

3.1.1 PROJETOS DE CO-PRODUÇÃO INTERNACIONAIS, BASEADOS EM ACORDOS ENTRE O

BRASIL E OUTROS PAÍSES 29

3.1.2 PROJETOS DE CO-PRODUÇÃO INTERNACIONAIS NÃO BASEADOS EM ACORDOS ENTRE

O BRASIL E OUTROS PAÍSES 313.3 PROJETOS DE REFORMA DE SALAS E DE REFORMA E ADAPTAÇÃO DE IMÓVEIS DESTINADOS

A EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS DE IMAGEM E SOM 333.4. PROJETOS CANDIDATOS AOS BENEFÍCIOS DO ARTIGO 41 DA MP nº 2.228-1, DE 2001

(FUNCINES) 35

3.5. PROJETOS DE COMERCIALIZAÇÃO/DISTRIBUIÇÃO 38

3.6 REGULARIDADE FISCAL PARA TODOS TIPOS DE PROJETOS 39

Page 74: Manual Do Produtor ANCINE

74

Capítulo 4 - ACOMPANHAMENTO DE PROJETOS 40

4.1.CONTAS DE RECOLHIMENTO 3

4.2 CONTAS DE CAPTAÇÃO 3

4.3 CONTAS DE MOVIMENTAÇÃO 3

4.4 TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS DA CONTA DE RECOLHIMENTO PARA A CONTA DE

CAPTAÇÃO - ART 3 , DA LEI 8.685/93 E ART. 39, MP 2.228-1/01 42

4.5 LIBERAÇÃO DE RECURSOS 43

4.5.1 LIBERAÇÂO DE RECURSOS NO CASO DE CONVERSÃO DA DÍVIDA 44

4.6 COMISSÃO DE AGENCIAMENTO 45

4.7 PRAZO DE CAPTAÇÃO 45

4.8 PEDIDOS DE PRORROGAÇÂO 45

4.9 PRORROGAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS 46

4.10 REDIMENSIONAMENTO 46

4.11 REMANEJAMENTO 48

4.12 PRAZO DE CONCLUSÃO DE PROJETOS 49

4.13 CANCELAMENTO DE PROJETO 50

4.14 REINVESTIMENTO 52

4.15 PRESTAÇÃO DE CONTAS PARCIAIS E FISCALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO DO PROJETO 53

4.16 LOGOMARCA DA ANCINE 53

4.17 DISPOSIÇÕES GERAIS 54

Capítulo 5 - PRESTAÇÃO DE CONTAS 55

5.1 DOCUMENTOS A SEREM APRESENTADOS 56

5.2 DOS CONTROLES FISCAIS 57

5.3 DA ANÁLISE DA PRESTAÇÃO DE CONTAS 58

5.4 TOMADA DE CONTAS ESPECIAL – TCE 59

5.5 PENALIDADES 60

Capítulo 6 - PERGUNTAS FREQÜENTES 60RECOMENDAÇÕES ADICIONAIS 65

Capítulo 7 - CONTABILIDADE 66

Capítulo 8 - CAPÍTULO 8 - AUDITORIA 67

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