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Manual do Investidor

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Page 2: Manual do Investidor

251

PREFEITURA DE FORTALEZA

Luizianne de Oliveira Lins

Prefeita

SECRETARIA DE FINANÇAS

Alexandre Sobreira Cialdini

Secretário

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

José de Freitas Uchôa

Secretário

ELABORAÇÃO

Francisco José Soares Teixeira - (Assessor/SDE)

Tatiana Teófilo Scipião Araújo (Assessora/SEFIN)

COLABORAÇÃO

Jair do Amaral Filho (Consultor)

Camila Josino (Técnica/SEFIN)

Luiz Cavalcante (Técnico/SEFIN)

EDITORAÇÃO

Fernanda Lisieux

Page 3: Manual do Investidor

351

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO....................................................................................................... 5

2. PORQUE INVESTIR EM FORTALEZA.......................................................................... 10

2.1. Localização geográfica............................................................................................. 11

2.2. Transporte............................................................................................................... 12

a) Transporte rodoviário......................................................................................... 13

b) Transporte metroviário...................................................................................... 14

c) Transporte ferroviário........................................................................................ 14

d) Transporte aéreo................................................................................................ 15

e) Transporte marítimo.......................................................................................... 17

2.3 Infraestrutura básica................................................................................................ 21

a) Abastecimento de água e esgoto............................................................................. 21

b) Energia............................................................................................................... 22

c) Saúde................................................................................................................. 26

2.4 Atividades econômicas em expansão........................................................................ 28

a) Indústria............................................................................................................. 28

b) Comércio........................................................................................................... 31

c) Turismo.............................................................................................................. 32

2.5 Perfil social.............................................................................................................. 34

2.6 Facilidade de acesso ao crédito................................................................................... 38

a) Linhas de crédito..................................................................................................... 38

b) Linhas de microcrédito............................................................................................ 39

c) Relação de instituições operadoras de microcrédito............................................... 43

2.7 Ambiente de negócios.................................................................................................... 45

a) Política de apoio às micro e pequenas empresas..................................................... 46

3. VOCAÇÃO PARA PESQUISA E DESENVOLVIMENTO (P&D) ....................................... 49

3.1. Instituições de P&D........................................................................................................ 50

3.2. Instituições de Ensino................................................................................................... 51

3.3. Incubadoras de empresas............................................................................................. 54

4. PASSO-A-PASSO PARA ABRIR UM NEGÓCIO EM FORTALEZA................................... 56

4.1 Aspectos tributários.................................................................................................... 58

Page 4: Manual do Investidor

451

5. ANÁLISE REGIONAL DE FORTALEZA......................................................................... 62

5.1. Secretaria executiva regional I.................................................................................... 64

5.5. Secretaria executiva regional II................................................................................... 68

5.3. Secretaria executiva regional III.................................................................................. 72

5.4. Secretaria executiva regional IV.................................................................................. 76

5.5. Secretaria executiva regional V................................................................................... 80

5.6. Secretaria executiva regional VI................................................................................. 83

6. O PRODEFOR.......................................................................................................... 87

7. CONTATOS............................................................................................................. 90

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................... 92

9. ANEXOS................................................................................................................... 94

Page 6: Manual do Investidor

651

Uma estratégia de desenvolvimento sustentável para Fortaleza precisa se consolidar com uma

atuação ampla em diversas frentes, envolvendo o poder público, a sociedade civil e a iniciativa

privada. Nesse sentido, na Prefeitura Municipal procura-se cumprir esse papel e construir essa

agenda com uma visão integrada. Em relação à própria Prefeitura, pautam-se os trabalhos na

obtenção e garantia da saúde financeira do Município e na melhoria dos processos e da gestão

pública. A participação com o Ministério da Fazenda no Programa Nacional de Apoio à Gestão

Administrativa e Fiscal dos Municípios Brasileiros (PNAFM), por exemplo, proporcionou

recursos para serem investidos na modernização fiscal e administrativa e nos investimentos na

atualização da estrutura de tecnologia da informação.

Dessa forma, busca-se agora renovar a concepção com um modelo de atendimento com foco

no cidadão. Um exemplo importante é a implantação em andamento das Praças de

Atendimento nas Secretarias Executivas Regionais – SERs, com o objetivo de centralizar,

facilitar e dar celeridade no acesso da população aos serviços da Prefeitura. Um outro

exemplo, a parceria com a Corporação Financeira Internacional – IFC, braço privado do Banco

Mundial, está ajudando a reduzir a burocracia para formalização de empresas, utilizando como

referência melhores práticas internacionais.

Quanto às ações da Prefeitura voltadas para sociedade civil, esta é uma grande prioridade da

atual gestão. Acredita-se que a participação e o empoderamento popular são fundamentais

para estimular o desenvolvimento endógeno e fortalecer a identidade desta Capital. Nesse

sentido, o Plano Diretor Participativo (PDP) e o Orçamento Participativo (OP), constituem-se

nos pilares dessa estratégia. O primeiro proporciona a definição das prioridades de políticas

públicas, orientando como a cidade deve crescer, que setores devem ser estimulados e quais

infra-estruturas são necessárias para dar o devido suporte.

Já o Orçamento Participativo é um espaço no qual se compartilham decisões,

responsabilidades, recursos, realizações e experiências, entendendo-se que é possível

estimular a formação cidadã e abrir espaço para o controle social, na qual a fiscalização da

execução não acontece apenas em termos de prazos, mas também em qualidade das ações

executadas.

Quanto às ações da Prefeitura voltadas especificamente para a iniciativa privada, busca-se

compor a atuação do Município desde o empreendedor informal, passando às micro e

pequenas empresas até às grandes empresas. Nesse sentido, é importante destacar, entre

outros, os programas de microcrédito, como o Credjovem e o Programa Agência Cidadã de

Page 7: Manual do Investidor

751

Crédito, além da implantação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa em Fortaleza, (a

Prefeitura de Fortaleza, através da Secretaria de Finanças, participa do Comitê Gestor do

Simples Nacional) que permite o tratamento diferenciado às MPEs nas licitações de bens,

serviços e obras no âmbito da Administração Pública.

Finalmente, complementa-se essa atuação com os exemplos do PRODEFOR – Política de

Incentivo aos Arranjos Produtivos Locais, o qual tem o objetivo de implementar ações voltadas

para atração seletiva de investimentos produtivos que fortaleçam a economia local, e deste

Manual do Investidor, ora apresentado, esperando-se que seja uma ferramenta de apoio,

disponibilizando informações úteis e apresentando vantagens e oportunidades que Fortaleza

proporciona.

Espera-se assim, dentro desse contexto de atuação integrada, que Fortaleza possa se

desenvolver de forma equilibrada e sustentável, com um poder público responsável, a

sociedade participante e uma iniciativa privada que invista nas oportunidades e no futuro da

cidade. Ainda há muito que avançar, aguardando-se que este Manual seja mais uma

contribuição nessa direção, a de uma Fortaleza Bela, que o investidor possa ajudar a

Administração Municipal a construir e a desfrutar dela.

Luizianne de Oliveira Lins

Prefeita Municipal de Fortaleza

Page 8: Manual do Investidor

851

Fortaleza é, hoje, uma metrópole de quase 2,5 milhões de habitantes, a quinta maior capital

do Brasil em termos de população, depois de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador (dados do

IBGE/ano 2005) e Brasília; além disso, tem o nono maior PIB dentre as capitais brasileiras,

sendo o segundo maior no Nordeste (R$ 19,7 milhões no ano de 2005 / dados do IBGE).

A cidade demonstra um potencial de progresso em suas dimensões social, infra-estrutural e

econômica, disponibilizando aos investidores boas opções de negócios, sobretudo nas áreas

turística, de entretenimento e comercial. Mas, não se pode deixar de considerar os ativos

industriais e intelectuais do Município.

Para estimular ainda mais os negócios locais, a Prefeitura de Fortaleza faz um esforço de

saneamento de suas finanças públicas, bem como de recuperação da sua capacidade de

geração de poupança e investimentos. Nesse sentido, Fortaleza, por meio da Secretaria de

Finanças, implementou uma série de ações que têm possibilitado a melhoria de seus

resultados, seja proporcionando uma maior celeridade à fiscalização como um todo, seja

otimizando o planejamento das ações fiscais, racionalizando as despesas públicas.

Quanto ao desenvolvimento socioeconômico municipal, a Secretaria de Desenvolvimento

Econômico tem executado projetos para a geração de emprego e renda no âmbito da

agricultura urbana, de apoio às pequenas e microempresas, bem como aos empreendimentos

de economia solidária. Além dessas ações, linhas de atividade de qualificação profissional e

pesquisas nas áreas de empregabilidade e de implementação de políticas públicas vêm sendo

realizadas.

A cidade de Fortaleza oferece ainda uma boa infra-estrutura de base tecnológica, sinergia

entre entidades de pesquisa e desenvolvimento, além de instituições financeiras,

governamentais e não governamentais, trabalhando de forma conjunta para promoção de

pequenas e médias empresas do setor em questão.

Nesse cenário, a Prefeitura Municipal de Fortaleza vem direcionando esforços para fortalecer a

economia local, dos quais nasceu a Política de Incentivo aos Arranjos Produtivos Locais -

PRODEFOR. Tal política tem por objetivo implementar ações voltadas para atração seletiva de

investimentos produtivos, visando a formação, o adensamento de aglomerações, assim como

a estruturação de redes de cooperação de empresas.

Visando apoiar as decisões dos investidores na cidade de Fortaleza, a Prefeitura local também

elaborou o Manual do Investidor. Aproveita-se este Manual para apresentar os elementos

Page 9: Manual do Investidor

951

essenciais que caracterizam o Programa Municipal de Incentivos Fiscais para Fortaleza, não só

em termos normativos, mas também no que diz respeito às nuances acessórias e necessárias

ao amadurecimento das decisões empresariais.

Nesse sentido, este documento apresenta, entre outras, informações sobre infra-estrutura de

transporte, serviços financeiros, atividades econômicas, perfil social, instituições de ensino e

pesquisa, aspectos tributários e incentivos fiscais. Espera-se que seja mais um instrumento na

direção do conhecimento do potencial de Fortaleza.

Alexandre Sobreira Cialdini José de Freitas Uchoa

Secretário de Finanças Secretário de Desenvolvimento Econômico

Page 11: Manual do Investidor

1151

Fortaleza possui localização estratégica, por estar geograficamente próxima de mercados

consumidores e importadores, como os Estados Unidos e a Europa, o que lhe proporciona

vantagens no comércio internacional, especialmente em relação ao tempo e custo de

transporte (para maiores detalhes, ver transporte marítimo e transporte aeroviário).

Internamente, posiciona-se entre as metades que separam as regiões Norte e Sudeste do país,

favorecendo o escoamento da produção e as condições de comercialização a elas relacionadas.

Page 12: Manual do Investidor

1251

O sistema de transporte do Ceará está em constante modernização, tornando mais ágil o

escoamento da produção. A malha viária do Estado possui mais de 52 mil km, sendo 2.439km

sob responsabilidade do Governo Federal, 10.671km estadual, 38.908km municipal. Os acessos

à capital foram duplicados, bem como melhoradas as rodovias que ligam o Ceará a todos os

Estados vizinhos.

QUADRO 1 – Dados gerais sobre as Estradas do Ceará

Rodovias Estaduais Rodovias Federais

Leito natural: 3.120kmNão pavimentadas: 319km

Não pavimentadas: 1.800km

Pavimentadas: 5.653 kmPavimentadas: 2.120km

Duplicadas: 98km

Total: 10.671km Total: 2.439km

Fonte: DERT, 2006

Page 13: Manual do Investidor

1351

A Região Metropolitana de Fortaleza conta com uma frota de aproximadamente 631 mil

veículos, sendo mais de 390 mil automóveis (aproximadamente 62%), 124 mil motocicletas

(20%), 46 mil camionetas (7%) e 8,5 mil ônibus/microônibus (1,3%) (dados do DETRAN-CE, de

dezembro/2007). Em 2007, entraram em circulação mais de 55 mil veículos novos na capital.

O Sistema Integrado de Transporte de Fortaleza (SIT-FOR) teve iniciada sua operação em 1992,

com o objetivo de proporcionar ao usuário a opção de deslocamento através da integração

física e tarifária em Terminais de Integração. A rede de linhas do SIT-FOR é baseada em dois

tipos:

• Uma linha que faz a integração bairro-terminal e

• Outra que integra o Terminal ao Centro da cidade ou ainda a outro terminal.

Atualmente, Fortaleza possui sete terminais integrados (Parangaba, Lagoa, Messejana,

Siqueira, Papicu, Antônio Bezerra e Conjunto Ceará) e dois terminais abertos (Coração de Jesus

e Estação Ferroviária). Segundo a ETUFOR - Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza S/A,

cerca de 900 mil passageiros utilizam diariamente o SIT-FOR, através de 218 linhas de ônibus

regulares (157 ligadas aos terminais integrados e 61 não integradas). São 25 empresas

operantes somando uma frota de 1.630 ônibus.

Destaque-se também que, desde dezembro de 2004, Fortaleza tem mantido a mesma tarifa no

transporte de ônibus, sendo hoje uma das tarifas mais baratas do país. Esse esforço faz parte

da política da Prefeitura de incentivar o transporte público e coletivo de forma inclusiva,

facilitando seu acesso. Nesse sentido a Prefeitura reduziu o Imposto sobre Serviços (ISSQN) das

empresas de ônibus de 4% para 2%. Ao contrário do que vinha acontecendo até 2004, quando

o sistema de transporte registrava repetidas quedas de demanda, de 2005 até este ano, houve

um acréscimo de cerca de 17% de pessoas transportadas. São aproximadamente 40 mil

pessoas por mês que voltaram a andar de ônibus na cidade.

Page 14: Manual do Investidor

1451

O metrô de Fortaleza - METROFOR será um importante sistema de transporte coletivo da

Região Metropolitana que ligará Fortaleza aos Municípios circunvizinhos de Caucaia,

Maracanaú, Maranguape e Pacatuba. Suas

linhas terão por base o antigo sistema da

Companhia Brasileira de Trens Urbanos –

CBTU, que passa por uma adaptação para

atender aos parâmetros do sistema

metroviário. Atualmente estão em operação

22 estações de trem urbano: 13 na linha sul

e 08 na linha oeste além da estação central,

e que, segundo o METROFOR, transportam

em média 30 mil passageiros por dia. Com a entrada em operação do metrô serão implantadas

mais 14 estações, três delas serão subterrâneas. O METROFOR, quando concluído, deverá

possuir 40 estações e 62,8 km de extensão e transportar cerca de 485 mil usuários/dia.

O sistema Ferroviário de Fortaleza está integrado modalmente ao Porto de Fortaleza.

Atualmente é de competência da Companhia Ferroviária do Nordeste – CFN e está interligado

FOTO 1 - Linha a ser utilizada pelo METROFOR

Page 15: Manual do Investidor

1551

à rede nacional de ferrovias. Dentre os principais produtos transportados, destacam-se:

granéis sólidos e líquidos, contêineres e produtos industrializados.

Destaque-se o Projeto da Nova Transnordestina, que deverá ter 1.860 quilômetros de

extensão e ligará os Portos de Pecém (CE) e Suape (PE) ao Cerrado do Piauí, no município de

Elizeu Martins. Este é a maior obra prevista no PAC - Programa de Aceleração do Crescimento

do Governo Federal para o Nordeste, ao todo sendo previsto a aplicação de mais de R$ 4,5

bilhões, e tendo, entre seus objetivos escoar com mais eficiência a produção de grãos do

cerrado. A ferrovia deverá ter capacidade de movimentar 30 milhões de toneladas de carga

por ano.

O Aeroporto Internacional Pinto Martins passou por uma reforma completa em 1998, sendo

considerado um dos mais modernos e bem equipados do Brasil, colocando o Ceará na rota das

grandes empresas aéreas nacionais e internacionais. Operam regularmente as companhias

aéreas GOL, Ocean Air, TAF, TAM, TAP, Transportes Aéreos Cabo Verde e Varig, além de vôos

fretados nacionais e internacionais. Atualmente é a principal "porta de entrada" de Fortaleza

para o turismo.

A seguir alguns dados do aeroporto:

• Área construída: 36.000m2 (totalmente climatizada);

• Capacidade: 2,5 milhões de passageiros/ano;

• 50 mil pousos e decolagens/ano;

• Centro distribuidor de carga doméstica (7 mil toneladas/ano);

• Vôos ligando Fortaleza - Budapeste, Caiena, Lisboa, Milão, Praga e Zurich.

• Pista: 3.200 m.

A seguir um comparativo das distâncias de Fortaleza e São Paulo para a América do Norte e

Europa e depois um quadro com vôos internacionais regulares partindo de Fortaleza.

Page 16: Manual do Investidor

1651

QUADRO 2 – Tempo de vôo de Fortaleza e São

Paulo para Estados Unidos e Europa

De Fortaleza para: Duração

Miami5h50min

Lisboa

De São Paulo para: Duração

Miami8h40min

Lisboa

QUADRO 3 – Vôos Internacionais Regulares Partindo de Fortaleza

Destino Escalas Tempo de Vôo

Argentina (Buenos Aires) São Paulo/Salvador 9h

Cabo Verde (Sal/Praia) Direto 4h10min

Estados Unidos (Miami) Manaus/Belém 10h

Espanha (Madrid) Lisboa 12h

Guiana Francesa (Caiena) Belém/Macapé 7h

Portugal (Lisboa) Direto 7h

Freqüentemente, Fortaleza recebe ainda vôos charter vindos da Itália, Suécia, Hungria,

Holanda, Finlândia, Suíça e Polônia.

Destaque-se também que está em fase de construção o novo Terminal de Logística de Carga -

TECA, com um investimento total de aproximadamente R$ 34,5 milhões. A obra consiste em

um terminal, um pátio para aeronaves cargueiras e vias de acesso. Com o novo TECA, a

capacidade será expandida para 5 mil toneladas de carga (importação e exportação), com três

câmaras frigoríficas (para flores, frutas e pescados), obtendo uma área total de

aproximadamente 9.000 m².

Page 17: Manual do Investidor

1751

O Terminal passará a ser área alfandegária, ou seja, autorizada a operar com importação e

exportação de mercadorias. As cargas domésticas continuarão sendo armazenadas nos galpões

das próprias empresas transportadoras e as cargas internacionais serão armazenadas

exclusivamente no TECA, onde passam

pela fiscalização da Receita Federal, Anvisa

e Ministério da Agricultura.

O Aeroporto Internacional Pinto Martins

também deverá contar com uma nova

Torre de Controle (TWR). A obra tem

investimento total de aproximadamente

R$ 20 milhões. A nova torre terá 40m de

altura (a atual tem 18m) e proporcionará

maior segurança aos pousos e decolagens.

Também deverá entrar em funcionamento um segundo radar, o Star 2000, que auxiliará no

pouso e decolagem das aeronaves, ampliando o monitoramento do espaço aéreo da região.

O Porto de Fortaleza está localizado na enseada do Mucuripe. O cais tem 1.054 metros de

extensão, com uma plataforma de atracação exclusiva

para petrolíferos. Sua área de armazéns tem seis mil

metros quadrados e mais de 100 mil metros quadrados

de pátio para contêineres.

Está se especializando no transporte de grãos,

notadamente por possuir três grandes moinhos de

trigo (moinhos M. Dias Branco, J. Macêdo e Grande

FOTO 2 - Aeroporto de Fortaleza

FOTO 3 - Porto do Mucuripe

Page 18: Manual do Investidor

1851

Moinho Cearense - ver mais sobre o destaque de Fortaleza na área de moagem de trigo na

seção 2.4, item A) além de estar interligado ao sistema ferroviário por um extenso pátio de

manobras. Recebe navios de até 10 metros de calado, tendo capacidade de operar com

granéis sólidos e líquidos e operação simultânea de cinco navios.

Do total da carga movimentada em 2007, 3,28 milhões de toneladas, 695 mil toneladas foram

de carga geral (sua movimentação de contêineres foi de 43.156 unidades e de 62.321 teu's)

sobressaindo-se a importação em volume de arroz, sucata de ferro e papel kraft liner e a

exportação em volume de sal, tarugo e vergalhão, castanha de caju e líquido de sua casca,

tambor de freio, cera de carnaúba, camarão, frutas (uva e manga em destaque) e calçados;

959 mil toneladas de granel sólido, principalmente importação de longo curso de trigo, coque

de petróleo e malte; e 1,62 milhão de toneladas de granel líquido, em grande parte

correspondentes ao petróleo e seus derivados e de importação de cabotagem, com destaque

para o óleo diesel, gasolina, o gás liquefeito de petróleo (GLP), petróleo cru e gasolina comum,

além de querosene de aviação.

A cidade de Fortaleza tem também a 45km de distância os serviços do Terminal Portuário do

Pecém Governador Mário Covas, que permite a atracação de navios de até 16m de calado e

oferece os menores custos de operação portuária do País. Integrado ao Porto do Mucuripe,

em Fortaleza, gera um incremento substancial na capacidade de transporte marítimo. Pelo

Porto do Pecém, passam rotas regulares para os EUA, União Européia, Mar Mediterrâneo,

Américas Central e do Sul e a Ásia Oriental.

QUADRO 4 – Dados gerais sobre os portos do Ceará

Porto do Mucuripe (Fortaleza) Porto do Pecém (Off-shore)

Calado: 10m Calado: 16m

Capacidade de operação de granéis sólidos e líquidos 2 piers independentes

Operação simultânea de 5 navios Linhas regulares para USA, Europa e Caribe

Movimentação: 70 mil containeres/anoIntermodal

Área alfandegada

Fonte: Secretaria de Infra-estrutura do Ceará, 2006.

Page 19: Manual do Investidor

1951

QUADRO 5 – Transporte Marítimo Partindo do Ceará/Serviços Regulares de Diversas Companhias

DestinoTempo de

TransporteDestino

Tempo de

Transporte

Lãs Palmas (Espanha) 6 dias New York (EUA) 9 dias

Valência (Espanha) 10 dias Baltimore (EUA) 14 dias

Barcelona (Espanha) 10 dias Caucedo (República Dominicana) 19 dias

Fos Sur Mer (França) 14 dias Port of Spain (Trinidad e Tobago) 22 dias

Istanbulk (Turkia) 18 dias Buenos Aires (Argentina) 20 dias

Genova (Itália) 14 dias Montevideo (Uruguai) 21dias

Livorno (Itália) 15 dias New Jersey (EUA) 11 dias

Puerto Cabello (Venezuela) 7 dias Cabo Verde (Sal-Praia/via Lãs Palmas) 19 dias

Rotterdan (Holanda) 13 dias Senegal 15 dias

Lê Harve (França) 19 dias Guiné Bissau 18 dias

Bremerhaven (Alemanha) 17 dias Leixões (Portugal) 12 dias

Hamburg (Alemanha) 16 dias Lisboa (Portugal) 12 dias

Greeport (Bahamas) 10 dias Angola (África) 13 dias

Monrovia (Libéria) 22 dias - -

O total geral de cargas movimentadas no Porto do Pecém em 2007 foi de 2,2 milhões de

toneladas, sendo 1,6 milhão de importação e 589 mil de exportação. A carga geral

movimentada foi de 320 mil toneladas, a movimentação em contêiner foi de 1,02 milhão de

toneladas, e em granel líquido foi movimentada

884 mil toneladas, todas de importação.

Integrando a estrutura do Porto do Pecém foi

implantado o Complexo Industrial e Portuário do

Pecém que tem o objetivo de fortalecer e dar

sustentabilidade ao crescimento do parque

industrial do Ceará, possibilitando a promoção de

atividades industriais integradas. Totalizando 320

km2, a área é dotada de infra-estrutura necessária para garantir condições de sustentabilidade

FOTO 4 - Porto do Pecém

Page 20: Manual do Investidor

2051

a um parque industrial metal-mecânico e petroquímico, especialmente um terminal portuário

moderno, em condições de propiciar operações portuárias eficientes, com tarifas competitivas,

acessos rodoviários e ferroviários livres e independentes de confinamentos provocados por

centros urbanos.

O sistema de distribuição de energia elétrica do Complexo é composto de três subestações

assim denominadas:

1- Subestação da CHESF - Cia. Hidrelétrica do São Francisco, com capacidade de 200 MVA

/ 230 KV.

2- Subestação do Pecém, de 40 MVA / 69 KV da concessionária COELCE.

3- Subestação do Terminal Portuário do Pecém, de 20 MVA / 69 KV também da

concessionária COELCE.

4- A energia elétrica da 1ª subestação (CHESF) é distribuída para as outras duas

subestações através de linha de transmissão de 69 KV, com 19,50 Km de extensão.

O abastecimento de água é fornecido pelo Sistema Adutor Sítios Novos / Pecém

compreendendo: Canal Adutor (23,5 km de extensão, capacidade máxima de condução de 2,00

m3/seg), Estação de Bombeamento Principal (700 CV, com 04 conjuntos de moto-bombas),

Adutora Principal de Recalque (3.350 m de extensão), Reservatório de Compensação (volume

de reservação de 50.320 m3) e Adutora Complementar de Distribuição (3.047m de extensão). A

expansão futura do sistema prevê a interligação dos açudes Pereira de Miranda e Sítios Novos,

através de canal, a construção dos açudes Cauhípe, Anil e Ceará e a integração com o Sistema

Metropolitano de Fortaleza com a entrada em operação do Açude Castanhão.

Page 21: Manual do Investidor

2151

No tópico sobre infra-estrutura básica estão disponíveis informações notadamente no que se

refere ao abastecimento de água e esgoto, atendido pela CAGECE, disponibilidade de energia,

com destaque para eólica, e equipamentos de saúde pública.

O sistema de abastecimento de água de Fortaleza é feito pela Companhia de Água e Esgoto -

Cagece, com a cidade possuindo índice de cobertura de 99,8%. O fornecimento é assegurado

por meio do sistema de interligação das bacias do Estado e da construção de grandes

reservatórios, compostos pelos Açudes Pacajús, Pacoti/Riachão/Gavião. Em 1993, este sistema

foi reforçado através da construção do Canal do Trabalhador que recebe água do Açude Orós,

captada do Rio Jaguaribe, em Itaiçaba, interligando essa captação de Itaiçaba ao Açude

Pacajús, através de estações elevatórias. Do Açude Pacajús, a água é recalcada para o Sistema

Integrado Pacoti/Riachão/Gavião.

Junto ao Açude do Gavião está implantada uma Estação de Tratamento com capacidade

nominal de 6,9 m3/s. A transferência de água tratada é feita pela adutora do Ancuri que

alimenta um reservatório apoiado com capacidade de armazenagem de 40.000 m3, e uma

segunda adutora que conduz água para Maracanaú, Caucaia e parte da zona oeste de

Fortaleza.

Ressalte-se a construção em andamento do Canal da Integração, que constitui-se de um

complexo de estação de bombeamento, canais, sifões, adutoras e túneis, que realizam a

Page 22: Manual do Investidor

2251

transposição das águas do Açude Castanhão (açude com capacidade para acumular 6,7 bilhões

de m3 de água) para reforçar o abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza, assim

como do Complexo Portuário e Industrial do Pecém, fazendo a integração das bacias

hidrográficas do Jaguaribe e Região Metropolitana. A projeção é que a obra deva garantir o

abastecimento humano de água da capital cearense por, pelo menos, 30 anos, bem como de

todas as comunidades ao longo de seu trajeto.

O sistema sanitário, também realizado pela Cagece, por sua vez possui uma taxa de cobertura

de 61% da cidade. Em termos do espaço urbano, a rede de esgotamento é mais restrita à faixa

litorânea e central da cidade, e a alguns conjuntos habitacionais. A fossa rudimentar surge

como alternativa de solução popular e complementa os espaços deixados pela ausência da

rede coletora, apesar de ainda existir número de domicílios sem banheiro ou sanitário, cuja

predominância ocorre na periferia e naqueles lugares com características mais rurais do que

urbanas. Porém, com o projeto Sanear II, em execução em vários bairros da cidade, a

expectativa da CAGECE é que o percentual de cobertura sanitária chegue aos 80% até 2011.

Quase 99% da energia consumida em Fortaleza é fornecida pelas hidrelétricas da CHESF

(sistemas Sobradinho-Paulo Afonso e Tucuruí) e distribuída pela COELCE (estatal criada em

1971 e privatizada em 1998 com a outorga de 30

anos de direitos exclusivos sobre a distribuição de

energia elétrica no Estado do Ceará). Em 2005, a

capital consumiu 2.614.321 mwh (aproximadamente

40,8% do consumo do Estado do Ceará, de

6.410.091 mwh), tendo sido responsáveis por 41% a

classe residencial, 33% o comércio, 14% a indústria e

12% o setor público.

FOTO 5 - Usina Eólica do Mucuripe

Page 23: Manual do Investidor

2351

Destaque-se ainda no Estado do Ceará o potencial eólico assim como as termoelétricas

existentes. O parque eólico de Fortaleza localiza-se próximo ao Porto do Mucuripe e conta

com 04 aerogeradores, com capacidade total de 2,4 mega watts (MW). Somando os dois

outros parques eólicos, próximos de Fortaleza, o da Taíba, com capacidade de 5 MW, e o da

Prainha, com capacidade de 10 MW, o Estado possui capacidade instalada de 17,4 MW. Esse

total, poucos anos atrás compunha mais de 60% da produção nacional. Recentemente, o

cenário se inverteu com os novos parques do Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

Segundo especialistas, estes 02 Estados, junto com o Ceará, são os Estados mais fortes para a

geração desse tipo de energia.

Destaque-se ainda que, segundo estudo realizado pelo Atlas Eólico, produzido pelo Centro de

Pesquisas de Energia Elétrica da Eletrobrás, o Ceará possui capacidade de gerar 25 mil MW de

energia eólica em terra (cerca de 20 vezes o consumo médio no Estado hoje), e outros 10 mil

MW off-shore. Segundo o mesmo estudo, esse valor total é quase 25% do potencial do Brasil.

Nessa direção, estão sendo construídos, entre outros, mais 14 parques eólicos no litoral

cearense, dentro do Programa Federal de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica

(Proinfa), com capacidade de geração em torno de 500 MW.

Quanto às termoelétricas no Estado do Ceará, estas são 18 com capacidade de geração elétrica

instalada de 687,02 MW. As duas maiores, localizadas no Complexo do Pecém, são a

TermoCeará (da Petrobrás) e a TermoFortaleza (do Grupo Endesa), ambas inclusive estão

sendo alteradas para operar tanto a gás quanto a óleo diesel.

Destaque-se também que duas plantas de regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL)

fazem parte da estratégia da Petrobrás para atender rapidamente à crescente demanda

nacional, principalmente depois dos problemas contratuais no fornecimento de gás com a

Bolívia. Uma destas plantas será localizada no Pecém, no navio “Golar Spirit”, e deverá ter

capacidade para processar sete milhões de metros cúbicos de gás por dia. Este total é

suficiente para viabilizar o atendimento da demanda do Estado e de parte do Nordeste,

mesmo com as 02 térmicas referidas acima em pleno funcionamento.

Atualmente a cidade já é abastecida por gás natural. O suprimento do gás natural distribuído

pela CEGÁS para o Estado do Ceará é feito através de duas fontes independentes e distintas:

Plataforma de produção de gás em Paracuru com o Gasoduto Paracuru-Fortaleza, com

extensão de 96km; e o Gasoduto Guamaré-Fortaleza-Pecém, com extensão de 382km e 12/10

polegadas de diâmetro (faz a interligação desde Salvador na Bahia até o Pecém). A

Page 24: Manual do Investidor

2451

distribuição do gás natural na Grande Fortaleza e demais municípios atendidos se faz através

de uma rede de gasodutos com cerca de 160km e atende consumidores em 07 municípios:

Fortaleza, Eusébio, Maracanaú, Pacatuba, Caucaia, Horizonte e Pacajús.

Sendo um dos maiores usuários, já existem mais de 70 postos de combustíveis com gás natural

em Fortaleza. A seguir estão descriminadas as estruturas de preços do gás natural, para os fins

industriais, automotivos, autoprodução, residenciais e comerciais.

QUADRO 6 – Para fins industriais

Faixa de consumo (m³/dia) Preço base sem impostos e contribuiçõesPreço de venda a prazo (médio:

11 dias) R$/m³

1 a 200 0,6765 0,9254

201 a 1.000 0,662 0,9055

1.001 a 10.000 0,6475 0,8857

10.001 a 30.000 0,6349 0,8685

30.001 a 60.000 0,6625 0,8515

60.001 acima 0,6104 0,835

Fonte: Cegas, Abril 2008

QUADRO 7 – Para fins automotivos

Faixa de consumo (m³/dia) Preço base sem impostos e contribuiçõesPreço de venda a prazo (médio:

11 dias) R$/m³

Qualquer Volume 0,5525 1,0318

Fonte: Cegas, Abril 2008

Page 25: Manual do Investidor

2551

QUADRO 8 – Para fins de autoprodução, cogeração e termeletricidade

Faixa de consumo (m³/dia) Preço base sem impostos e contribuiçõesPreço de venda a prazo (médio:

11 dias) R$/m³1 a 70.000 0,574 0,7852

70.001a 130.000 0,567 0,7756

130.001 a 230.000 0,5599 0,7659

230.001 a 330.000 0,5529 0,7563

330.001 a 670.000 0,5458 0,7466

670.001 acima 0,5247 0,7177

Fonte: Cegas, Abril 2008

QUADRO 9 – Para todos os fins

Faixa de consumo (m³/dia) Preço base sem impostos e contribuiçõesPreço de venda a prazo (médio:

11 dias) R$/m³

Qualquer Volume 1,2157 1,6629

Fonte: Cegas, Abril 2008

QUADRO 10 – Para fins residenciais, comerciais e de serviços1

Faixa de consumo

(m³/dia)

Preço base sem impostos

e contribuições

Preço de venda a prazo (médio:

11 dias) R$/m³

Até 5 5,04 -

6 a 50 0,87 1,6661

51 a 130 14,57 1,4779

131 a 1.000 97,55 1,5162

1.001 a 5.000 165,82 1,3204

5.001 a 50.000 3189,03 1,067

50.001 acima 16810,98 0,7945

Fonte: Cegas, Abril 2008

1 Fórmula de cálculo do Importe no período: I = f + ( Cp x v ), onde: f = valor do termo fixo, em R$; Cp =consumo no período, em m³; e v = valor do termo variável, em R$/m³.

Page 26: Manual do Investidor

2651

Fortaleza possui uma infra-estrutura básica de saúde composta por 125 estabelecimentos

públicos de saúde, com 5,5 mil leitos disponíveis ao Sistema Único de Saúde, e 99 da rede

privada (IBGE, 2005). No total, possui 2,89 médicos/1000 habitantes e 2,85 leitos/1000

habitantes. Vale salientar que, atualmente, Fortaleza é a capital nordestina com a maior

estrutura de saúde pública, gastando 22,5% do seu orçamento nesta área, segundo dados da

Secretaria de Finanças do Município.

O sistema municipal de saúde tem sob sua responsabilidade direta 05 hospitais. De acordo

com as características de cada unidade, o atendimento é diversificado. Nos chamados

“Gonzaguinhas”, por exemplo, prevalecem os

serviços de obstetrícia, embora existam

profissionais nas áreas de clínica geral e pediatria

no pronto atendimento. Já os “Frotinhas” são

hospitais predominantemente de urgência e

emergência, com atendimento nas áreas de

traumatologia, cirurgia geral, clínica e pediatria.

Há também o Hospital Nossa Senhora da

Conceição que se assemelha aos Gonzaguinhas.

O município mantém um hospital especializado em atendimento infantil denominado CAC -

Centro de Assistência à Criança. Lá é oferecido atendimento de emergência 24 horas. Para

ampliar a oferta de serviços, a rede municipal também mantém convênios com outras

instituições, como a Santa Casa de Misericórdia.

O maior hospital de emergência de Fortaleza é o Instituto Dr. José Frota - IJF, de administração

municipal. Desde o ano de 2000, o Ministério da Saúde o reconheceu como Centro de

Referência em Atendimento a Queimados - Alta Complexidade. Atualmente, o IJF possui a

seguinte capacidade de atendimentos:

• 303 leitos de internação

FOTO 6 – Instituto Dr. José Frota

Page 27: Manual do Investidor

2751

• 32 leitos de observação

• 22 leitos do Centro de Tratamento de Queimados

• 32 leitos de Convênios e Particulares

• 26 leitos de UTI Adultos

• 06 leitos de UTI Pediátricos

• 04 leitos de UTI Queimados

A seguir estão resumidos alguns dos serviços de referência nos hospitais públicos em

Fortaleza:

• Instituto Dr. José Frota (IJF) – trauma, intoxicação, queimadura

• Hospital Geral de Fortaleza (HGF) – paciente clínico

• Hospital do Coração de Messejana – doenças cardiovasculares

• Frotinhas – traumas menores

• Gonzaguinhas – maternidade

• Hospital Infantil Albert Sabin – atendimento clínico infantil

• São Gerardo de Messejana – psiquiatria

Destaque-se também o SARAH-Fortaleza, mantido pelo Governo Federal e gerido por uma

associação sem fins lucrativos, que é hospital referência no atendimento de vítimas de

politraumatismos e problemas locomotores, objetivando sua reabilitação.

Por fim, além dessa estrutura de hospitais públicos, Fortaleza revela-se na área privada, com

uma medicina de ponta, na qual estão os inúmeros hospitais, clínicas, laboratórios, com

equipamentos modernos e capacidade de realização de intervenções complexas.

Page 28: Manual do Investidor

2851

A economia da cidade de Fortaleza é bastante diversificada, tendo como eixos propulsores os

setores de comércio e serviços.

Em 2005, segundo o IPECE, Fortaleza registrou um total de 6.948 unidades industriais ativas,

sendo responsáveis por 34% do seu PIB. Os segmentos industriais mais representativos são:

calçados, confecções, têxteis e alimentos, notadamente derivados do trigo.

Vale ressaltar o fato de que as indústrias de têxteis e confecções estão intimamente associadas

à indústria da moda, sendo realizado anualmente em Fortaleza uma série de feiras

especializadas, tais como: Ceará Summer Fashion, Festival da Moda de Fortaleza, Salão da

Moda Íntima, Salão do Jeans, Semana de Moda

de Fortaleza - Iguatemi Fashion Mall, Dragão

Fashion Brasil, Fashion Tour, dentre outros.

Em relação as demais atividades industriais,

Fortaleza tem instalada próximo ao Porto do

Mucuripe a menor refinaria da Petrobrás,

denominada Lubnor. Essa refinaria tem

subprodutos de alto valor agregado, como

lubrificantes finos. Dentre as grandes empresas

de alimentos do Brasil, notadamente ligadas à produção de massas e farinhas, estão sediadas

FOTO 7 – LUBNOR – Refinaria da Petrobrás

Page 29: Manual do Investidor

2951

na capital os moinhos M. Dias Branco, J. Macedo e Grande Moinho Cearense (o Ceará é o

terceiro pólo moageiro do País, perdendo na produção de trigo apenas para São Paulo e Rio de

Janeiro). No segmento da indústria naval, o estaleiro INACE é um dos mais importantes, em

nível nacional, fabricantes de iates e barcos (inclusive para a marinha nacional). Fortaleza é

ainda sede empresas de grande porte na área de transporte, como por exemplo, a Companhia

Ferroviária do Nordeste – CFN e a Expresso Guanabara (transporte rodoviário).

As empresas sediadas em Fortaleza exportaram no ano de 2006 o total de US$ 251.240.144,

sendo US$ 4,6 mil em Bens de Capital, US$ 44,2 mil em Bens Intermediários (com destaque

para insumos industriais), US$ 149,8 mil em Bens de Consumo (com destaque para bens de

consumo não duráveis), US$ 5,2 mil em Combustíveis e Lubrificantes, e US$ 47 mil nas demais

operações. O QUADRO 11 descreve os 40 principais produtos exportados pelas empresas de

Fortaleza.

QUADRO 11 – Principais produtos exportados por Fortaleza – 2006

2006 US$ Part. %

TOTAL EXPORTADO 251.240.144 100

TOTAL DOS PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS 244.658.314 97,38

1 castanha de caju,fresca ou seca,sem casca 115.207.928 45,86

2 consumo de bordo - combustíveis e lubrif. p/aeronaves 31.376.254 12,49

3 consumo de bordo - combustíveis e lubrif. p/embarcacoes 13.854.587 5,51

4 ceras vegetais 12.135.353 4,83

5 camarões, inteiros, congelados, exceto "krill" 10.374.241 4,13

6 outras lagostas, congeladas, exceto as inteiras 8.749.240 3,48

7 fio algodão>=85%,simples,fibra pent.232.56d<=t<714.29d 6.528.914 2,6

8 óleos lubrificantes sem aditivos 5.260.101 2,09

9 cápsulas de coroa,de metais comuns,p/embalagem 3.941.582 1,57

10 outs.barcos/embarcações de recreio/esporte,incl.canoas 3.480.000 1,39

11 sucos e extratos,de outros vegetais 3.238.954 1,29

12 outros contadores mofasicos,p/corr.eletr.alternada 2.705.134 1,08

13 outs. frutas de casca rij,outs.sementes,prepars/conserv 2.444.245 0,97

14 outros camarões congelados,exceto "krill" 2.282.723 0,91

15 fio algodão>=85%,simples,fibra n/pent.232.56<=t<714.29d 2.140.491 0,85

16 fio algodão>=85%,simples,fibra pe.106.38d<=tit<125d 2.110.475 0,84

Page 30: Manual do Investidor

3051

17 melões frescos 1.929.501 0,77

18 fio algodão>=85%,cru,simpl.fibra pent.192.3d<=t<232.56d 1.846.167 0,73

19 fio algodão>=85%,cru,simpl.fibra n/pent.192.3<=t<232.5d 1.581.489 0,63

20 fio algodão>=85%,simples,fibra pent.125d<=tit<192.31d 1.421.311 0,57

21 peles depilad.de ovinos,curt.cromo "wet blue" 1.125.121 0,45

22 cachaça e caninha (rum e tafia) 951.907 0,38

23 consumo de bordo - qq.outra mercadoria p/embarcacoes 945.430 0,38

24 redes de malhas com nós, etc.de outras materias têxteis 899.437 0,36

25 outros calcados de couro natural ou reconstituído 891.799 0,35

26 fio de fibras de poliésteres com algodão 735.483 0,29

27 maqs.p/limpeza,seleção,etc.de grãos,prods.hortic.secos 593.415 0,24

28 tecido poliest<85% c/algod.p<=170g/m2,tafeta,cru/branq. 592.343 0,24

29 aparas e outs.desperdícios de couros,etc. 571.914 0,23

30 consumo de bordo - qq.outra mercadoria p/aeronaves 526.695 0,21

31 gesso moído,apto para uso odontológico 523.591 0,21

32 fenol-formaldeido,lipossoluvel,puro ou modificado 523.113 0,21

33 tecido de algodão>=85%,cru,ponto tafeta,p<=100g/m2 471.782 0,19

34 quartzo 463.746 0,18

35 calcas,etc.de malha de algodão,de uso feminino 423.416 0,17

36 joalheria de ouro do capitulo 71 da ncm 422.176 0,17

37 fio algodão>=85%,simples,fibra pent.83.33d<=tit<106.38d 383.826 0,15

38 outros contadores bifásicos de eletricidade 349.952 0,14

39 pargos congelados 337.803 0,13

40 outros peixes frescos,refrig.exc.files,outs.carnes,etc. 316.675 0,13

41 demais produtos 6.581.830 2,62

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio, 2007.

Page 31: Manual do Investidor

3151

QUADRO 12 – Principais Blocos Econômicos destino das exportaçõesde Fortaleza – 2006

BLOCO ECONÔMICO US$

1 Estados Unidos (inclusive Porto Rico) 100.973.909

2 Não declarados 45.196.627

3 Uniao Europeia – EU 39.334.294

4 Mercado Comum do Sul – MERCOSUL 20.428.477

5 ALADI (exclusive mercosul) 11.123.6906 Demais Blocos 34.183.147

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio, 2007.

A Cidade de Fortaleza vem crescendo a uma taxa geométrica de 2,15% ao ano e tem no setor

serviços o responsável por quase 66% do Produto Interno Bruto. Possui uma densidade

geográfica de 6,8 mil habitantes/km2 e a renda per capita é de R$ 6.772.

Em 2005, a Secretaria da Fazenda do Ceará registrou um total de 28.826 estabelecimentos

comerciais na capital, sendo 92% varejistas e 08% atacadistas, representando 36% de todos os

estabelecimentos do Ceará. Dentre os estabelecimentos varejistas, suas áreas de atuação são

bastante diversificadas, merecendo um maior destaque para minimercados (26%) e tecidos e

vestuário (18%).

A principal área de comércio está localizada no centro da cidade, com o maior número de

estabelecimentos. Outras importantes áreas comerciais são a avenida Monsenhor Tabosa,

próxima ao pólo turístico da Praia de Iracema e a avenida Gomes de Matos, no bairro

Montese. Dispõe ainda de vários shoppings, dentre os quais se destacam o Iguatemi, North

Shopping, Aldeota e Del Passeo.

Page 32: Manual do Investidor

3251

O desenvolvimento da política de turismo ensejou uma grande melhoria na infra-estrutura da

cidade, ampliando as oportunidades de emprego e renda. De acordo com pesquisa realizada

pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Município - SDE, em junho de 2005, 75,92%

dos turistas que visitam Fortaleza, nos períodos de alta estação, vêm de outros estados

brasileiros, contra 11,25%, provenientes de outros países. Quanto à estrutura de apoio ao

turismo, o Governo do Estado2 e a prefeitura realizam trabalhos, para incentivar o turismo de

eventos e de negócios.

Na orla marítima de Fortaleza, localizam-se os principais meios de hospedagem da cidade, com

vários restaurantes e outras atrações turísticas, como as barracas de praia e parques

aquáticos, clubes, boates e casas de shows. A cidade é nacionalmente conhecida por ter uma

vida noturna bastante agitada. Segundo o IBGE, Fortaleza abrigava em 2004 mais de 4 mil

unidades locais de empresas de alojamento e alimentação, dispondo ainda de vários

consulados que fornecem assistência ao turista estrangeiro. Abaixo uma lista dos consulados e

comunidades na cidade:

1) Cônsules honorários:

· Cônsul da Alemanha· Cônsul da Áustria· Cônsul da Bélgica· Cônsul de Belize· Cônsul Britânico· Cônsul do Chile· Cônsul da República de Chipre· Cônsul da Colômbia· Cônsul da República do Congo-Brazzaville· Cônsul da Espanha· Cônsul dos Estados Unidos Escritório Virtual· Cônsul da Finlândia· Cônsul da França· Cônsul do Reino dos Países Baixos - Holanda· Cônsul da República da Hungria

2 Fortaleza é contemplada pelo Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste – PRODETUR.

Page 33: Manual do Investidor

3351

· Cônsul da Itália· Cônsul do Líbano· Cônsul do México· Cônsul da Noruega· Cônsul do Panamá· Cônsul de Portugal· Cônsul da República Dominicana· Cônsul da Romênia· Cônsul do Uruguai

2) Comunidades

· Comunidade Argentina· Comunidade Armênia· Comunidade de Israel· Instituto Nipo-Brasileiro

De acordo com o Governo do Estado, o turismo responde por mais de 11% do PIB da cidade de

Fortaleza. Em 2005, chegaram quase 2 milhões de turistas, com permanência média de 4,3

dias. O QUADRO 13 descreve o número de estabelecimentos hoteleiros da capital. Do total de

estabelecimentos hoteleiros de Fortaleza, existem 08 classificados com 5 estrelas (Othon

Palace, Blue Tree, Marina Park, Seara Praia Hotel, Vila Galé, Diogo Praia Hotel, Gran Marquise

Meliá, Praia Centro Hotel).

QUADRO 13 – Oferta dos meios de hospedagem de Fortaleza – 2004/2006

Oferta dos meios de hospedagem de Fortaleza

DiscriminaçãoEstabelecimentos

Unidades

habitacionaisLeitos

2004 2005 2004 2005 2004 2005

Total 222 219 10.251 10407 24.089 24641

Hoteis 103 103 7.140 7568 15.963 16796

Pousadas 91 88 1.282 1226 3.261 3240

Apart hotel ou flats 25 25 1.781 1565 4.653 4371

Albergues 3 3 48 48 212 234

Page 34: Manual do Investidor

3451

Quando a opção é desfrutar o sol e mar, a Praia do Futuro é a preferida de fortalezenses e

turistas para banhos e mergulhos. A praia tem águas limpas e ventos fortes que provocam

ondas altas (boas para surf e windsurfe). Outra atração da Praia do Futuro diz respeito às

barracas com excelente infra-estrutura de apoio ao banhista. As maiores barracas de praia

contam não apenas com centenas de mesas (algumas sobre a areia da praia, outras dentro das

barracas), mas com uma estrutura comparável a hotéis: piscinas, play ground, palcos para

shows de música e humorismo.

Fortaleza é uma cidade com ampla população jovem, sendo que quase 59% da mesma possui

idade até 29 anos. Esse valor é aproximadamente o mesmo (56%) para toda Região

Metropolitana.

QUADRO 14 – População Residente, por grupo deidade – Fortaleza – 2000

Grupos de Idade Residentes % Total % Acum.

Total 2.141.402 100% 100%

0 a 9 anos 410.563 19.2% 19.2%

10 a 19 anos 454.927 21.2% 40.4%

20 a 29 anos 400.640 18.7% 59.1%

30 a 39 anos 339.951 15.9% 75.0%

40 a 49 anos 230.307 10.8% 85.8%

50 a 59 anos 144.866 6.8% 92.5%

60 a 69 anos 88.405 4.1% 96.6%

70 a 79 anos 51.733 2.4% 99.1%

80 anos ou mais 20.01 0.9% 100.0%

Fonte: IBGE, Resultados da Amostra do Censo Demográfico2000.

Page 35: Manual do Investidor

3551

QUADRO 15 – População Residente, por grupo deidade – Região Metropolitana de Fortaleza – 2006

Grupos de idade Total (em mil) % Total % Acum.

Total 3.427 100% 100%

0 a 9 anos 591 0,17 0,17

10 a 19 anos 694 0,2 0,37

20 a 29 anos 648 0,19 0,56

30 a 39 anos 541 0,16 0,72

40 a 49 anos 417 0,12 0,84

50 a 59 anos 264 0,08 0,92

60 a 69 anos 152 0,04 0,96

70 anos ou mais. 121 0,04 1

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação deTrabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra deDomicílios 2006.

Quanto ao nível de instrução da população residente de Fortaleza, segundo o censo do IBGE

de 2000, destaque-se que a maior parte possui até 7 anos de estudo (56,6%), sendo que 26%

possui 11 anos ou mais de estudo enquanto 5,4% possui 15 anos ou mais de estudo.

QUADRO 16 – Nível de instrução – Fortaleza – 2000

Anos de estudo Residentes (10 anos ou mais) % Total % Acum.

Sem instrução e menos de 1 ano de estudo 137.803 8.0% 8.0%

1 a 3 anos de estudo 266.938 15.6% 23.6%

4 a 7 anos de estudo 563.682 32.9% 56.6%

8 a 10 anos de estudo 299.968 17.5% 74.1%

11 a 14 anos de estudo 351.814 20.5% 94.6%

15 anos ou mais de estudo 92.202 5.4% 100.0%

Fonte: IBGE, Resultados da Amostra do Censo Demográfico 2000.

Page 36: Manual do Investidor

3651

Comparando os mesmos dados com a Região Metropolitana de Fortaleza, nesse caso já para o

ano de 2006, percebe-se uma ligeira melhora. Apesar dos mesmos 5% possuírem 15 anos ou

mais de estudo, 32% da população possui 11 anos ou mais de estudo.

QUADRO 17 – Nível de instrução – Região Metropolitana de Fortaleza – 2006

Anos de estudoResidentes - 10 anos

ou mais (em mil)% Total % Acum.

Total 2 836 100% 100%

Não determinados e sem declaração 23 0,01 0,01

Sem instrução e menos de 1 ano 252 0,09 0,1

de 1 a 3 anos de estudo 337 0,12 0,22

de 4 a 7 anos de estudo 818 0,29 0,5

de 8 a 10 anos de estudo 509 0,18 0,68

de 11 a 14 anos de estudo 748 0,26 0,95

15 anos ou mais 149 0,05 1

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, PesquisaNacional por Amostra de Domicílios 2006.

Quanto aos aspectos relacionado à renda, infelizmente é visível sua má distribuição em

Fortaleza, com 82% das pessoas residentes e com 10 anos ou mais de idade com rendimento

nominal mensal abaixo de 3 salários mínimos, enquanto apenas 2% com rendimento acima de

20 salários mínimos. Essa situação, no entanto, denota oportunidades de investimentos no

mercado voltado para os segmentos populares.

Page 37: Manual do Investidor

3751

QUADRO 18 – Renda de pessoas residentes – Fortaleza – 2000

Rendimento Nominal MensalResidentes 10 anos

ou mais% Total % Acum.

sem rendimento 743.495 43.0% 43.0%

até 1 salário mínimo 306.724 17.7% 60.7%

mais de 1 a 2 salários mínimos 279.379 16.1% 76.8%

mais de 2 a 3 salários mínimos 104.841 6.1% 82.9%

mais de 3 a 5 salários mínimos 103.807 6.0% 88.9%

mais de 5 a 10 salários mínimos 104.277 6.0% 94.9%

mais de 10 a 20 salários mínimos 53.746 3.1% 98.0%

mais de 20 salários mínimos 34.568 2.0% 100.0%

Fonte: IBGE, Resultados da Amostra do Censo Demográfico 2000.

Por fim, analisando informações de Rendimento Médio Domiciliar para toda Região

Metropolitana, os dados são próximos, com 65% dos domicílios com rendimento até 3 salários

mínimos e apenas 2% dos domicílios com rendimento acima de 20 salários mínimos.

QUADRO 19 – Rendimento Médio Domiciliar – Região Metropolitana de Fortaleza – 2006

Classes de rendimento mensal domiciliar(1)Domicílios

(em mil)% Total % Acum.

Valor do rendimento

médio mensal (R$) (2)

Sem declaração 13 1% 1% -

Sem rendimento (3) 11 1% 3% -

Até 1 salário mínimo 146 16% 18% 262

Mais de 1 a 2 salários mínimos 256 28% 46% 526

Mais de 2 a 3 salários mínimos 173 19% 65% 872

Mais de 3 a 5 salários mínimos 155 17% 81% 1 341

Mais de 5 a 10 salários mínimos 102 11% 92% 2 432

Mais de 10 a 20 salários mínimos 49 5% 98% 4 910

Mais de 20 salários mínimos 22 2% 100% 11 091

Total 928 100% - 1 379

Page 38: Manual do Investidor

3851

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra deDomicílios 2006.(1) Exclusive os rendimentos dos moradores cuja condição no domicílio era pensionista, empregado doméstico eparente do empregado doméstico.(2) Exclusive os domicílios sem declaração do valor do rendimento. (3) Inclusive os domicílios cujos moradoresreceberam somente em benefícios.

Fortaleza, no ano de 2005, contava com 182 agências de estabelecimentos bancários,

movimentando aproximadamente R$ 4 milhões em operações de crédito. A seguir estão

descritas as principais linhas de financiamento disponíveis no mercado.

Banco do Nordeste – BNB

Linha de crédito: Fundo Constitucional do Nordeste – FNE (indústria, comércio e

serviços)

Finalidade: Investimento fixo ou misto

Itens financiáveis: Máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, veículos utilitários,

instalações, construção civil e capital de giro associado.

Prazo: 12 anos, incluindo até 04 anos de carência.

Encargos: Juros de 7,25% a.a. (microempresa) e 8,25% a.a. (pequena empresa)

Garantias: Aval ou garantia real

Page 39: Manual do Investidor

3951

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES

Linha de crédito: Fundo Tecnológico - FUNTEC

Finalidade: Estimular o desenvolvimento tecnológico e a inovação de interesse

estratégico para o País, em conformidade com os Programas e Políticas

Públicas do Governo Federal

Itens financiáveis: (1) Energias renováveis provenientes da biomassa particularmente os

desenvolvimentos tecnológicos amplamente promissores, capazes de

assegurar a longo prazo posição de destaque ou mesmo liderança para

o País nesta área;

(2) Semicondutores, softwares e soluções biotecnológicas voltadas

para o equacionamento de problemas associados ao

desenvolvimento da agropecuária brasileira;

(3) Medicamentos e insumos para doenças negligenciadas e fármacos

obtidos por biotecnologia avançada;

Linha de crédito: CRIATEC

Finalidade: capitalizar as micro e pequenas empresas3 inovadoras de capital

semente e de lhes prover um adequado apoio gerencial.

Duração : 10 anos

No que diz respeito ao microcrédito, a Prefeitura de Fortaleza criou o Programa Agência

Cidadã de Crédito (PAC), que tem como missão impulsionar o desenvolvimento de

microempreendedores. O programa oferece duas linhas de crédito. A primeira, para

3 Faturamento anual máximo de R$ 6 milhões imediatamente anterior à capitalização do Fundo. Asempresas deverão ser dos seguintes ramos: Tecnologia da Informação, Biotecnologia, NovosMateriais, Nanotecnologia, Agronegócios e outros.

Page 40: Manual do Investidor

4051

investimento fixo (compra de máquinas e equipamentos), disponibiliza créditos que variam de

R$ 100,00 a R$ 5.000,00. A capacitação para o negócio é dada pelo próprio PAC. A segunda

linha de crédito, para capital de giro, oferece recursos que vão de R$ 100,00 a R$ 1.000,00.

Para obter estes recursos é necessário formar um grupo solidário de microempreendedores,

constituído por 4 a 10 integrantes.

A Prefeitura de Fortaleza criou ainda o Programa de Crédito Solidário para Juventude

(Credjovem Solidário). Essa iniciativa visa proporcionar incentivos financeiros e apoio

institucional a jovens na faixa etária entre 16 e 29 anos, que estudam ou estudaram em

escolas públicas, a fim de que possam desenvolver atividades sócio-culturais que contribuam

com o desenvolvimento econômico e com a diversidade cultural no município de Fortaleza.

Para participar, os jovens devem formar um grupo e depois deverão informar-se na Secretaria

de Desenvolvimento Econômico de Fortaleza - SDE sobre uma instituição de apoio que atue na

regional do grupo e construir seu projeto para a SDE analisá-lo. Os jovens envolvidos nos

projetos aprovados serão capacitados, financiados e receberão um acompanhamento técnico

da instituição proponente, por um período de 16 meses, além de um monitoramento por parte

de técnicos da SDE. O financiamento poderá chegar até R$ 20.000.

Fortaleza conta ainda com as seguintes organizações de linhas de crédito:

Page 42: Manual do Investidor

4251

Cont

inua

ção

Page 43: Manual do Investidor

4351

Instituição Dados

Fundação Caixa do Povo

Av. Santos Dumont, 3060 – Salas 505 e 506,Aldeota60150-160 - Fortaleza – CE

Tel: (85) 3264-1282

E-mail: [email protected]

Banco do Nordeste do Brasil S/A -Programa CrediAmigo

Endereço: Av. Paranjana, 5700 - Passaré

60743-902 - Fortaleza – CE

Telefone: (85) 3299-3148 - Fax: (85) 3299-3181

Cliente Consulta: 0800-783030

E-mail: [email protected]

Site: www.bnb.gov.br

http://www.bnb.gov.br/

Instituto Sol de Desenvolvimento –Programa Credissol

Endereço: Av. Senador Virgilio Távora, 1701, sala901, Aldeota60170-251 - Fortaleza – CE

Telefone: (85) 4006-4481

E-mail: [email protected]

Site: www.institutosol.org.br

http://www.institutosol.org.br/

Associação para DesenvolvimentoLocal Co-Produzido – ADELCO

Endereço: Av. Desembargador. Moreira, 2020,Sala 311, Aldeota60.170-002 - Fortaleza – CE

Telefone: (85) 3264-4492

E-mail: [email protected]

Site: www.adelco.org.br

http://www.adelco.org.br/

Agência Nacional de DesenvolvimentoMicroempresarial – ANDE

Endereço: Travessa Pará, 12, 2º andar, Centro

60.025-120 - Fortaleza – CE

Telefone: (85) 3454-1744

Cliente Consulta: 0800-783030

E-mail: [email protected]

Site: www.visaomundial.org.br

Site: www.agenciaande.org.br

Agência de Desenvolvimento Local eSocioeconomia Solidária – FUNDESOL

Endereço: Avenida Osório de Paiva, 5710, BairroCanindezinho60.731-000 - Fortaleza – CE

Page 44: Manual do Investidor

4451

Telefone: (85) 3497-2162 Fax: (85) 3498.5099

E-mail: [email protected]

Site: www.fundesol.com.br

Associação de Moradores do ConjuntoPalmeira/Banco Palmas

Av. Val Paraíso, 698, Conjunto Palmeira

60870-440 – Fortaleza – CE

Telefones: (85) 3269-3800, (85) 3250-8279

E-mail: [email protected]

FORTBRASIL Sociedade de Crédito aoMicroempreendedor Ltda (SCM)

AV. Bezerra de Menezes, 100, Otávio Bonfim

60325-000 – Fortaleza – CE

Telefone:(085) 3288-3300

E-mail: [email protected]

Site: www.fortbrasil.com.br

Cooperativa de Crédito de Fortaleza –CREDZAT

Rua Costa Barros, 941, Loja 05, Centro

60.160-280 - Fortaleza - CE

Telefone: (85) 3253-1155

E-mail: [email protected]

Page 45: Manual do Investidor

4551

Fortaleza está em constante processo de melhoria do Ambiente de Negócios, participando

inclusive do Programa Nacional de Apoio à Gestão Administrativa e Fiscal dos Municípios

Brasileiros – PNAFM, do Governo Federal. Do total de municípios brasileiros, 65 aderiram ao

Programa. O órgão executor é a Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda, por intermédio

da Unidade de Coordenação de Programas - UCP, a quem compete gerenciar sua

implementação, de forma descentralizada, com apoio da Caixa Econômica Federal, agente

financeiro e co-executor.

O PNAFM está orientado para apoiar a gestão municipal participativa, modernização fiscal (por

meio do fortalecimento da autonomia financeira), modernização administrativa (via eficácia e

transparência da gestão pública nas áreas de planejamento, recursos humanos e

administração geral) e modernização de gestão e estrutura.

As ações do PNAFM junto à Prefeitura de Fortaleza abrangem pontos importantes, como a

concepção de um modelo de atendimento com foco no cidadão, a redefinição dos canais de

acesso à Prefeitura (atendimento presencial, telefone, internet, etc) e o redesenho dos

processos de atendimento e dos serviços oferecidos à população.

Dentre as ações a serem executadas estão a implantação de Praças de Atendimento4 nas

Secretarias Executivas Regionais - SERs. Todos os serviços disponíveis nas SERs estão sendo

redesenhados com o objetivo de dar celeridade ao processo em vigência e incluir novas

atividades. Atualmente, a SER oferece 40 diferentes serviços, dentre os quais: Concessão de

Alvarás de Funcionamento, Alvarás de Construção, Usucapião, Licenças de

Publicidade/Propaganda, Habite-se, Demolição, Cancelamento de Autos de Infração,

Certidões, Licença Ambiental, Desmembramento de Lotes e Concessão de Registro Sanitário.

Paralelamente às ações do PNAFM, a Prefeitura de Fortaleza firmou uma parceria com a

Corporação Financeira Internacional – IFC, braço privado do Banco Mundial que concede

serviços de consultoria para o desenvolvimento do setor privado nos países em

desenvolvimento.

4 As Praças de Atendimento serão locais que o cidadão poderá solicitar os serviços disponibilizadospela Prefeitura de Fortaleza, bem como obter informações sobre investimentos.

Page 46: Manual do Investidor

4651

As ações da IFC visam reduzir os custos de transação para a formalização de empresas pela

redução de custos, tempos, passos e requerimentos na obtenção de licenças de

funcionamento e alvarás de construção na Prefeitura Municipal de Fortaleza. Tudo isso será

feito com base em experiências de sucesso e aprendizado de projetos já realizados pelo

escritório de assistência técnica da IFC. Adicionalmente ao modelo de melhores práticas

internacionais, o projeto inclui a consulta a empreendedores sobre requerimentos e

procedimentos e a formação de um comitê para reformas e melhoria contínua.

No processo de melhoria do ambiente de negócios no município, a Prefeitura de Fortaleza tem

buscado também promover avanços específicos para a promoção e fortalecimento das Micro e

Pequenas Empresas.

Entre esses avanços destaque-se que a Prefeitura de Fortaleza, através da Secretaria de

Finanças de Fortaleza é representante da Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das

Capitais (ABRASF) junto ao Comitê Gestor do Simples Nacional.

Nesse sentido, a Prefeitura de Fortaleza está implementando a regulamentação, aprovada em

novembro de 2007, do Capítulo V (Acesso aos Mercados), da Lei Complementar 123/2006 (Lei

Geral das Micro e Empresas de Pequeno Porte), cujo objetivo é instituir o tratamento

favorecido, diferenciado e simplificado às microempresas-ME e as empresas de pequeno

porte-EPP. Entre os resultados principais dessa regulamentação estão:

• Divulgação do planejamento anual das compras públicas, com quantitativos e datas;

• Elaboração de editais em lotes menores, sempre que possível;

• Desburocratização na documentação exigida para habilitação das empresas;

o Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, será

assegurado o prazo de 2 (dois) dias úteis, para a regularização da

Page 47: Manual do Investidor

4751

documentação, pagamento ou parcelamento do débito, e emissão de

eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa.

• Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de

contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte;

o Entende-se por empate aquelas situações em que as ofertas apresentadas

pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10%

(dez por cento) superiores ao menor preço.

o Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido corresponderá à

diferença de até 5% (cinco por cento) superior ao valor da menor proposta.

• Processo licitatório destinado exclusivamente à participação de microempresas e

empresas de pequeno porte nas contratações de até R$ 80.000,00;

• A Administração Pública Municipal poderá realizar processo licitatório em que seja

exigida dos licitantes a subcontratação de microempresas ou de empresas de pequeno

porte;

• Nas licitações para a aquisição de bens e serviços, a Administração Pública Municipal

deverá reservar, cota de até 25% (vinte e cinco por cento) do objeto, para a

contratação de microempresas e empresas de pequeno porte.

Nessa direção destaque-se ainda a determinação da Prefeitura de Fortaleza, através de

Portaria, de que o pagamento de empenhos referentes a aquisições de bens e serviços

adquiridos de microempresas e empresas de pequeno porte deverão ser efetuados com

prioridade sobre os demais empenhos da mesma natureza. Preenchidos todos os requisitos e

implementados todos os procedimentos administrativos relativos à aquisição, a Administração

Pública Municipal direta e indireta, inclusive suas autarquias e fundações, terá o prazo máximo

de 20 dias, após o estágio de liquidação da despesa, para efetuar o pagamento do crédito.

Para facilitar o acesso das micro e pequenas empresas de Fortaleza obterem informações se

podem aderir ou não ao Simples Nacional, foi criado o Serviço de Consulta para Habilitação ao

Simples Nacional. Está disponível um link na página principal do site da SEFIN

(www.sefin.fortaleza.ce.gov.br) onde a MPE pode informar seu CNPJ e, além disso, foi

realizada uma capacitação do plantão fiscal da SEFIN para orientar pessoas físicas e jurídicas

sobre o Simples Nacional.

Page 48: Manual do Investidor

4851

Por fim, ressalte-se a implantação em andamento do Projeto de Compras Governamentais,

cujo finalidade é utilizar o poder de compras da prefeitura de fortaleza como instrumento de

fortalecimento das atividades produtivas locais, principalmente as desenvolvidas pelas Micro e

Pequenas Empresas. Dessa forma, espera-se ampliar o espaço mercadológico para as ME e EPP

de Fortaleza; internalizar a renda, melhorar os índices de geração de trabalho e de

recolhimento de impostos por meio do estímulo às atividades produtivas locais; reduzir os

valores das propostas, pelo aumento da participação e da competitividade das MPE’s

Fortalezenses, nos processos licitatórios; ampliar e renovar constantemente, o cadastro de

fornecedores; entre outros resultados.

Page 50: Manual do Investidor

5051

Em Fortaleza existem várias instituições de pesquisa e desenvolvimento tecnológico como, por

exemplo, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos – FUNCEME, Rádio

Observatório Espacial do Nordeste - ROEN, o maior radiotelescópio do Brasil, a Empresa

Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA, especializada em Agroindústria Tropical.

Na área que abrange a Secretaria Executiva Regional III estão instaladas algumas instituições

de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, próximos ao campus do Pici, da Universidade

Federal do Ceará – UFC. Lá estão sediadas Embrapa Tropical, Núcleo de Tecnologia Industrial –

NUTEC, Parque de Desenvolvimento Tecnológico – PADETEC e vários laboratórios e cursos das

áreas de tecnologia da UFC.

O PADETEC5 possui reconhecimento nacional na incubação de empresas de base tecnológica e,

no final do ano de 2007 possuía 19 empresas incubadas, 06 empresas associadas e 17

empresas graduadas6. Possui um Escritório de

Propriedade Intelectual cujo objetivo é

estimular inventores, pesquisadores e

empresários a protegerem produtos, processos

e serviços especializados, inovadores. Possui os

seguintes serviços: Elaboração de relatório de

Patentes, Requerimento de Registro de

Marcas, Acompanhamento de Patentes,

Acompanhamento de Marcas e Transferência

de Tecnologia.

Outra área de Fortaleza que concentra empresas voltadas para o desenvolvimento

tecnológico, especificamente tecnologia da informação, é na Secretaria Executiva Regional VI,

especificamente no bairro “Cidade dos Funcionários”. Nesse bairro estão instalados o Instituto

do Software – INSOF, o Instituto Atlântico, além da Fundação Cearense de Amparo à Pesquisa

5 O PADETEC foi selecionado para ser um dos 06 centros regionais do Fundo CRIATEC do BNDES.6 Importantes empresas de Fortaleza foram incubadas pelo PADETEC, como, por exemplo, a POLYMAR

S/A, que foi considerada a melhor pequena empresa de base tecnológica do País e a FOTOSENSORESTecnologia Eletrônica Ltda, que recebeu diversos prêmios da FINEP.

FOTO 8 – PADETEC

Page 51: Manual do Investidor

5151

– FUNCAP (vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Governo

Estadual) que, apesar de não desenvolver tecnologia, financia bolsas de estudos e pesquisa

acadêmica.

O Instituto Atlântico atua nas áreas de Telecomunicações e Tecnologia da Informação,

objetivando o desenvolvimento e difusão de tecnologias. Conta com mais de 150 profissionais

entre graduados, mestres e pós-graduandos nas áreas de computação e engenharia. Atua nas

seguintes áreas: Aplicações financeiras, Gestão de projetos, Computação móvel, Comunicação

sem fio, TV digital, Data mining, Embedded systems (hardware e firmware), Gerência de redes,

Segurança da informação, Gestão de conhecimento, Controle de processos,

Telecomunicações, Workflow (integração de aplicações corporativas), Web services e

Computação gráfica.

Existem ainda em Fortaleza outras instituições na área de tecnologia, tais como o CENTEC,

CEFET, TITAN, CENAPAD, Núcleo de Aplicação em Tecnologia da Informação - NATI-Unifor

(formado por células das seguintes empresas: IBM, BORLAND, MICROSOFT, ORACLE,

STEFANINI, TELEMAR, LANLINK, entre outras).

Fortaleza dispõe de um importante centro educacional, tanto de ensino médio como

superior. Possui 449 escolas públicas e 846 privadas. É sede de duas importantes

escolas de ensino médio federal: Colégio Militar de Fortaleza e Centro Federal de

Educação Tecnológica do Ceará – CEFET. Conta com 95 cursos de pós-graduação, dos

quais 23 são de doutorado; todos aprovados pela Coordenação de Aperfeiçoamento

de Pessoal de Nível Superior - CAPES. Dentre as suas 31 instituições de ensino superior,

destacam-se:

Page 52: Manual do Investidor

5251

Públicas Privadas

Centro Federal de Educação Tecnológica do

Ceará (CEFET)

Universidade de Fortaleza (UNIFOR)

Faculdade 7 de Setembro (FA7)

Universidade Federal do Ceará (UFC) Faculdade Integrada do Ceará (FIC)

Universidade Estadual do Ceará (UECE) Faculdades do Nordeste (FANOR)

Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA)Faculdade Christus

Faculdade Farias Brito (FFB)

O curso de Administração de Empresas é ofertado em aproximadamente 20 faculdades

em Fortaleza, dentre as quais pelo menos em 10 há cursos de pós-graduação e MBA. A

FANOR, por exemplo, oferece dois MBA Executivos, um em Finanças e outro em

Gestão de Negócios, ambos em convênio com o IBMEC. A MRH oferece 06 MBAs em

convênio com a Fundação Getúlio Vargas – FGV (Gestão Empresarial, Gestão

Financeira e Controladoria, Gestão de Pessoas, Gestão de Projetos, Marketing, Gestão

Hospitalar e Sistemas de Saúde).

No que concerne aos cursos ligados à área de tecnologia da informação, existentes em

faculdades de Fortaleza, estão descritos a seguir:

QUADRO 20 – Dados gerais sobre as Instituições de Ensino Tecnológico em Fortaleza

Universidade Nível Curso

UFC

Graduação

Ciência da ComputaçãoEngenharia Elétrica

Engenharia em Teleinformática

Especialização

Engenharia de Telecomunicações (redes de comunicação)

Informática

Tecnologia aplicada ao gerenciamento da informação

MestradoCiência da Computação

Engenharia Elétrica

Page 53: Manual do Investidor

5351

DoutoradoEngenharia de Telecomunicações- Processamento de

sinais

UNIFOR

Graduação

Engenharia Elétrica/EletrônicaInformática

Engenharia de Automação e Controle

Engenharia de Telecomunicações

Mecatrônica- Controle e Automação

Especialização

Engenharia de Software - Internet

Sistemas de Telecomunicações

Redes elétricas de distribuição

Tecnologias de Redes e Internet

Tecnologia de Banco de Dados

Mestrado Informática Aplicada

UECE

Graduação Ciências da Computação

EspecializaçãoSistemas de Internet

Banco de Dados

Mestrado Mestrado Profissional em Computação

FIC

Graduação Sistemas de Informações

Sequencial

Projetos e implementação de ambientes de Internet

Análise de sistema informatizado

Projeto e Desenvolvimento de software

Gestão em redes de computadores

Telecomunicações

Faculdade

Gama Filho

SequencialWebmaster e webdesignAnálise de sistemas

Graduação Ciências da computação

Faculdade 7 de

Setembro - FA7

Graduação Sistema de Informação

Especialização Sistema de banco de dados com Tecnologia Oracle

IESC Graduação Computação

UNICEGraduação Processamento de Dados

Especialização Ambiente Internet

Lourenço Filho Graduação Ciência da Computação

Faculdade Graduação Sistema de Informação

Page 54: Manual do Investidor

5451

Christus

CEFET

Técnico

InformáticaTelecomunicações

Eletrotécnica

Sistemas Elétricos

Sistemas Eletrônicos

Conectividade

Desenvolvimento de Software

SuperiorMecatrônica

Telemática

Fonte: IPECE, 2002

A seguir encontra-se a relação das Incubadoras de Empresas de Fortaleza, por

localização geográfica:

Secretaria ExecutivaRegional II

INCUBASOFT – Incubadora de Software (Insoft)Endereço: Av.Oliveira Paiva, nº 941-ABairro: Cidade dos FuncionáriosFone: (85) 3279 2188 – Fax (85) 3279 5776

Secretaria ExecutivaRegional III

PADETEC – Parque de Desenvolvimento TecnológicoEndereço: Bloco 310 , Campus do Pici – UFCBairro: ParquelândiaFone: (85) 3366.9983, (85) 3287.6720 – Fax: (85) 3287.4778

Page 55: Manual do Investidor

5551

PARTEC – Parque Tecnológico do NUTECEndereço: Professor Rômulo Proença s/n, Campus do Pici –UFCBairro: ParquelândiaFone: (85) 3101 2445 – Fax (85) 3101 2436

Secretaria ExecutivaRegional VI

INCEFET – Incubadora do Centro Federal de EducaçãoTecnológica – CEFET

Av. 13 de Maio nº 2081Bairro: BenficaFone: (85) 3288.3690

INTECE – Incubadora do Instituto Centro de EnsinoTecnológico – CENTEC

Endereço: Rua Silva Jardim nº 515Bairro: BenficaFone: (85) 3066 7048 – Fax (85) 3066 7052

Secretaria ExecutivaRegional VI

UNIFOR – Fundação Edson QueirozEndereço: Av. Washington Soares nº 1321, Bloco MBairro: Edson QueirózFone: (85) 3477 3000 - (85) 3477.3039 – Fax (85) 3477 3055

As áreas de atuação das empresas hospedadas nessas incubadoras estão inseridas nos

seguintes segmentos: tecnologia da informação, mecânica, alimentos, produtos

plásticos, eletro-mecânica, produtos farmacêuticos, maricultura/pscicultura, sistemas

construtivos, couros e afins, química, biotecnologia e engenharia elétrica.

Page 57: Manual do Investidor

5751

- Decisão da Natureza Jurídica

Escolher a natureza jurídica do negócio, por exemplo, Empresário, Sociedade Ltda,

Sociedade SIMPLES

- Consulta prévia do local de funcionamento da empresa

O interessado deve se dirigir à Secretaria Executiva Regional mais próxima do

empreendimento e fazer uma consulta referente ao alvará de funcionamento.

- Verificar nome da empresa com a Junta Comercial do Estado de Ceará (JUCEC)

Deverá ser realizada uma consulta prévia na Junta Comercial ou Cartório (no caso de

Sociedade SIMPLES) para saber se já foi registrado o mesmo nome escolhido da

empresa.

- Pagamento das taxas de registro à Junta Comercial do Estado ou cartório de registro

de títulos e documentos

Deverá ser registrado o nome escolhido para a empresa no órgão competente.

- Requerer o número de identificação de contribuinte na Secretaria da Receita Federal

do Brasil

Solicitar a expedição do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ.

- Registro na Secretaria de Finanças de Fortaleza - SEFIN e/ou Secretaria da Fazenda do

Ceará - SEFAZ

O interessado deverá ir ao órgão competente para solicitar a concessão da inscrição.

No caso de empresa e profissionais autônomos, que praticarem atividades de

prestação de serviços de qualquer natureza, estarão obrigados a se cadastrar no

Município, solicitando o ISS. No caso de empresas que praticarem atividades de

indústria, comércio ou serviços que caracterizem ICMS, estarão obrigadas a se

cadastrar na fazenda estadual (CCF).

- Alvará de funcionamento e licença sanitária

Page 58: Manual do Investidor

5851

O interessado deverá ir à Secretaria Executiva Regional correspondente ao bairro em

que a empresa irá funcionar dar entrada à documentação necessária para o Alvará de

funcionamento e licença sanitária.

Abaixo estão relacionados os principais impostos que podem incidir num negócio em

Fortaleza. Maiores esclarecimentos consultar a Secretaria de Finanças de Fortaleza

(www.sefin.fortaleza.ce.gov.br) e/ou Secretaria da Fazenda do Ceará (www.sefaz.ce.gov.br)

Impostos Municipais:

Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza -ISSQN

Tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa da Lei Complementar

nº 14/2003.

Regra geral: alíquota de 5%

Exceções: saúde (3%), educação (2%), construção civil (3%) com dedução de materiais

aplicados na obra.

Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU

É o imposto recolhido anualmente que incide sobre todos os imóveis do Município de

Fortaleza.

Regra geral: é calculado mediante a aplicação de uma alíquota sobre o valor venal do imóvel.

Este valor venal é calculado com base em diversos fatores, como: tamanho do terreno, do

prédio, sua localização, o tipo de acabamento, os tipos de equipamentos urbanos existentes

no logradouro, etc. As alíquotas usadas no cálculo do IPTU estão descritas no QUADRO 21.

Page 59: Manual do Investidor

5951

QUADRO 21 – Alíquotas do Imposto sobre Propriedade Territorial de Fortaleza

IMÓVEL RESIDENCIAL

Valor Venal Alíquota Redutor

Até R$58.500,00 0,60% Não há redutor

Acima de R$58.500,00 e até R$ 210.600,00 0,80%Aplicar um redutor de R$ 117,00 sobre o

valor do imposto

Acima de R$ 210.600,00 1,40%Aplicar um redutor de R$ 1.380,60 sobre o

valor do imposto

IMÓVEL NÃO RESIDENCIAL

até R$ 210.600,00 1,00% Não há redutor

acima de R$ 210.600,00 2,00%Aplicar um redutor de R$ 2.106,00 sobre o

valor do imposto

Fonte: Secretaria de Finanças de Fortaleza, 2007

TERRENOS NÃO EDIFICADOS

Localização Alíquota Redutor

Localizados em áreas desprovidas de infra-estrutura urbana 1,00% Não há redutor

Localizados em áreas que possuam infra-estrutura urbana. 2,00% Não há redutor

Fonte: Secretaria de Finanças de Fortaleza, 2007

Exceções: Imóveis com valor venal não superior a R$ 23.914,00 (vinte e três mil e novecentos e

quatorze reais) para o exercício orçamentário de 2006, desde que o contribuinte possua 1(um)

único imóvel no município de Fortaleza e que nele resida. (Lei Complementar 27/2005).

Descontos especiais: Imóveis residenciais situados na área compreendida entre as ruas: a

leste, com a Rua João Cordeiro; a oeste, a Av. Padre Ibiapina e a Av. Filomeno Gomes; ao

norte, com a Av. Leste Oeste; e ao sul, Av. Antônio Sales e Av. Domingos Olímpio, terão

redução de 50% sobre o valor do imposto;

Page 60: Manual do Investidor

6051

Imóveis comerciais situados na área compreendida entre as ruas: a leste, com a Rua João

Cordeiro; a oeste, a Av. Padre Ibiapina e a Av. Filomeno Gomes; ao norte, com a Av. Leste

Oeste; e ao sul, Av. Antônio Sales e Av. Domingos Olímpio, terão redução de 20% sobre o valor

global do imposto;

Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis - ITBI

O recolhimento do ITBI ao Município é feito pelo adquirente ou cessionário do bem ou direito,

podendo ser efetuado também, pelo cedente ou transmitente como responsável. No caso

especial de permuta (troca de imóveis) o ITBI passa a incidir sobre o valor de cada um dos bens

permutados.

Regra geral: A alíquota do ITBI é calculada em 2% sobre o valor do imóvel.

Exceções: No caso de financiamento pelo Sistema Financeiro de Habitação, e somente por ele,

o proprietário paga somente 0,5% sobre o valor financiado.

Impostos Estaduais

Imposto sobre Circulação de Mercadorias – ICMS

O fato gerador é a saída da mercadoria do estabelecimento do contribuinte, fornecimento de

refeições, prestação de serviços de transporte, entre outros.

Regra geral: alíquota de 17%

Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores - IPVA

A base de cálculo do imposto, em se tratando de veículo usado, é o valor corrente do veículo

automotor, considerando-se os preços praticados no mercado e os divulgados em publicações

especializadas.

Regra: 2,5% - para automóveis, caminhonetes e embarcações recreativas ou desportivas;

1,0% - para ônibus, microônibus, caminhões (>= 3.500kg), cavalos mecânicos e veículos

automotores de propriedade de estabelecimentos exclusivamente locadores de veículos,

desde que utilizados na atividade de locação;

Page 61: Manual do Investidor

6151

2,0% - para motocicleta e similares;

1,5% - para aeronaves;

2,5% - para qualquer outro veículo automotor não citado anteriormente.

Page 63: Manual do Investidor

6351

Fortaleza está dividida em 114 bairros. A partir de 1997 a prefeitura dividiu a administração

executiva da cidade em Secretarias Executivas Regionais - SERs. A seguir estão descritas as

principais características econômicas em cada uma das Secretarias Executivas Regionais - SERs.

Page 64: Manual do Investidor

6451

População de aproximadamente 340.134 habitantes (16,49% de Fortaleza), sendo 46%

homens e 54% mulheres. Sua remuneração média é de 4 salários mínimos, sendo classificada

por classe “C”. Os bairros com maior taxa de emprego formal são Vila Elery e Jacarecanga,

respectivamente, enquanto que Arraial Moura Brasil e Alagadiço predominam o emprego

informal.

Esta Secretaria Executiva Regional concentra 645 estabelecimentos industriais, empregando

formalmente quase 15.000 pessoas. Os setores predominantes estão descritos no QUADRO

22.

Page 65: Manual do Investidor

6551

QUADRO 22 – Estabelecimentos Industriais - SER I

Atividade Bairros (No estabelecimentos) Estabelecimentos Empregos

Têxtil, vestuário e artefatos

de tecidos

Barra do Ceará (98), Vila Velha (32), Alagadiço

(29), Álvaro Weyne (26), Jacarecanga (22),

Monte Castela (21), Cristo Redentor (9), Vila

Elery (8), Farias Brito (3) e Moura Brasil (1)

249 5.284

Produtos Alimentares

Barra do Ceará (24), Vila Velha (20),

Jacarecanga (18), Alagadiço (13), Álvaro

Weyne (7), Farias Brito (7), Vila Elery (7),

Cristo Redentor (6), Monte Castelo (4) e

Moura Brasil (2)

108 3.822

Transporte e comunicações

Barra do Ceará (20), Alagadiço (17),

Jacarecanga (9), Álvaro Weyne (8), Vila Ellery

(6), Vila Velha (6), Monte Castelo (5), Cristo

Redentor (5), Farias Brito (3) e Moura Brasil

(1)

80 2.444

Metal-mecânica

Jacarecanga (22), Barra do Ceará (16), Vila

Velha (11), Álvaro Weyne (11), Cristo

Redentor (11), Vila Ellery (5), Alagadiço (5),

Farias Brito (5), Moura Brasil (1) e Monte

Castelo (1)

87 1.324

Papel, papelão, editorial e

gráfica

Jacarecanga (18), Barra do Ceará (6), Álvaro

Weyne (5), Farias Brito (5), Alagadiço (5), Vila

Ellery (2), Monte Castelo (1) e Moura Brasil (1)

43 291

Química, produtos

farmacêuticos, veterinários e

perfumaria

Barra do Ceará (11), Álvaro Weyne (4), Cristo

Redentor (4), Jacarecanga (3), Alagadiço (3),

Monte Castelo (1), Farias Brito (1) e Vila Velha

(1)

28 467

Borracha, fumo, couros e

peles

Álvaro Weyne (8), Barra do Ceará (5),

Jacarecanga (4), Vila Velha (3), Alagadiço (3) e

Cristo Redentor (2)

25 555

Page 66: Manual do Investidor

6651

Calçados

Barra do Ceará (8), Jacarecanga (8), Vila Velha

(3), Cristo Redentor (2), Vila Ellery (1) e Álvaro

Weyne (1)

23 2.077

Madeira e Mobiliário

Jacarecanga (6), Barra do Ceará (4), Álvaro

Weyne (3), Monte Castelo (2), Cristo Redentor

(2), Vila Velha (1), Alagadiço (1) e Vila Ellery (1)

20 239

Fonte: MTE, CAGED, 2005.

As empresas pertencentes à Secretaria Executiva Regional I têm um relativo dinamismo no

setor terciário, contando com 148 comércios atacadistas, 1.395 comércios varejistas, 135

estabelecimentos de construção civil, 115 instituições de ensino, 363 unidades de serviços de

alojamento e alimentação, e 122 unidades de serviços médicos, odontológicos e veterinários.

Dentre os estabelecimentos de comércio varejista, os bairros que se destacam nessa atividade

são: Barra do Ceará (206), Vila Velha (194), Alagadiço São Gerardo (140), Farias Brito (124) e

Álvaro Weyne (115). Os 15 segmentos com maior predominância estão descritos no Quadro

23.

QUADRO 23 – Descrição do Comércio Varejista – SER I

Descrição Qtde

Mercearias, bodegas, Mercadinhos e mercantil 552

Material de construção 114

Confecções em geral 109

Panificadoras e padarias 43

Autopeças 41

Mecânicas de automóveis 38

Móveis 37

Óticas 31

Papelarias 20

Calçados e Sapatarias 19

Page 67: Manual do Investidor

6751

Frigoríficos e Açougue 17

Serviços gráficos 16

Metalúrgica 15

Tecidos 15

Assistência técnica em eletrônicos 15

Fonte: MTE, CAGED, 2005.

Page 68: Manual do Investidor

6851

População de 311.842 habitantes (14,64% de Fortaleza), sendo 44% homens e 56% mulheres.

Melhor remuneração média de Fortaleza, com 13,2 salários mínimos, com destaque para os

bairros Meireles, Guararapes, Cocó, Aldeota e Dionísio Torres. População classificada como

classe “A”. Os bairros com maiores taxas de emprego formal são Meireles e Centro e os

empregos informais estão nos bairros Guararapes e Cidade 2000.

Esta Secretaria Executiva Regional concentra 1.765 estabelecimentos industriais, empregando

formalmente quase 25.000 pessoas. Os setores predominantes estão descritos no QUADRO

24.

Page 69: Manual do Investidor

6951

QUADRO 24 – Estabelecimentos Industriais – SER II

Atividade Bairros (No estabelecimentos) Estabelecimentos Empregos

Transporte e

comunicações

Centro (141), Meireles (94), Aldeota (69),

Papicu (25), Joaquim Távora (24), Vicente

Pinzón (15), Cocó (13), Dionísio Torres (8),

Mucuripe (5), Tauape (5), Varjota (5), Praia de

Iracema (4) e Antônio Diogo (2)

410 5.702

Têxtil, vestuário e

artefatos de tecidos

Centro (143), Meireles (53), Cocó (31), Aldeota

(29), Papicu (19), Joaquim Távora (17), Tauape

(16), Dionísio Torres (7), Varjota (7), Praia de

Iracema (5), Mucuripe (2), Antônio Diogo (1) e

Vicente Pinzón (1)

341 2.664

Produtos Alimentares

Centro (64), Meireles (43), Aldeota (30), Cocó

(27), Joaquim Távora (18), Papicu (15),

Dionísio Torres (10), Tauape (7), Varjota (7),

Mucuripe (6), Vicente Pinzón (6) e Praia de

Iracema (2)

235 4.336

Borracha, fumo, couros e

peles

Centro (38), Meireles (9), Aldeota (5), Dionísio

Torres (5), Cocó (4), Joaquim Távora (3),

Tauape (1), Varjota (1), Vicente Pinzón (1)

67 415

Metal-mecânica

Centro (25), Praia de Iracema (13), Papicu (9),

Aldeota (7), Cocó (6), Dionísio Torres (6),

Joaquim Távora (4), Mucuripe (4), Tauape (2),

Vicente Pinzón (2), Meireles (1) e Varjota (1)

62 344

Produtos farmacêuticos

Centro (17), Papicu (8), Cocó (7), Aldeota (7),

Joaquim Távora (5), Tauape (3), Dionísio

Torres (2), Meireles (2), Vicente Pinzón (2) e

Varjota (1)

53 735

Mobiliário

Centro (12), Cocó (7), Dionísio Torres (7),

Papicu (7), Tauape (5), Aldeota (1), Joaquim

Távora (1) e Meireles (1).

40 405

Page 70: Manual do Investidor

7051

CalçadosCentro (14), Meireles (2), Joaquim Távora (1),

Papicu (1), Praia de Iracema (1) e Tauape (1)20 258

Fonte: MTE, CAGED, 2005.

Devido o Centro da Cidade de Fortaleza pertencer à Secretaria Executiva Regional II,

esta se destaca pioneiramente em relação às demais regionais. A SER II conta com 724

comércios atacadistas, 5.500 comércios varejistas, 929 estabelecimentos de

construção civil, 303 instituições de ensino, 2.321 unidades de serviços de alojamento

e alimentação, e 1.445 unidades de serviços médicos, odontológicos e veterinários.

Dentre os estabelecimentos de comércio varejista, os bairros que se destacam nessa

atividade são: Centro (2.854), Meireles (702), Aldeota (519), Cocó (443), Joaquim

Távora (263), Papicu (240), Tauape (156), Dionísio Torres (132), Vicente Pinzón (164),

Mucuripe (47), Praia de Iracema (38), Varjota (33), Antônio Diogo (9). Os 15

segmentos com maior predominância estão descritos no Quadro 25.

QUADRO 25 – Descrição do Comércio Varejista – SER II

Classificação Qtde

Mercearias, bodegas, mercadinhos e mercantil 470

Confecções em geral 295

Material de Construção 139

Óticas 137

Mecânica de automóveis 124

Calçados e sapatarias 105

Serviços gráficos 102

Turismo, receptivos e operadoras 98

Ferragens e Ferramentas 85

Equipamentos de informática e computadores 77

Móveis 77

Page 71: Manual do Investidor

7151

Veículos e Concessionárias 77

Assistência técnica em eletrônicos 72

Papelarias 68

Serviços fotográficos 62

Fonte: MTE, CAGED, 2005.

Page 72: Manual do Investidor

7251

População de 340.516 habitantes (16,51% de Fortaleza), sendo 46% homens e 54% mulheres.

Remuneração média de 4,62 salários mínimos, com destaque para os bairros Parquelândia e

Amadeu Furtado. População classificada como classe “C”. Os empregos formais estão

concentrados nos bairros Jóquei Clube e Bela Vista, enquanto que os informais estão

prioritariamente no Amadeu Furtado e Autran Nunes. A maior parcela escolarizada da

população de Fortaleza está sediada nesta Regional, no que diz respeito a doutores e mestres.

Page 73: Manual do Investidor

7351

Esta Secretaria Executiva Regional concentra 540 estabelecimentos industriais, empregando

formalmente 7.000 pessoas. Os setores predominantes estão descritos no QUADRO 26.

QUADRO 26 – Estabelecimentos Industriais - SER III

Atividade Bairros (No estabelecimentos) Estabelecimentos Empregos

Têxtil, vestuário e artefatos

de tecidos

Henrique Jorge (93), Bonsucesso (59),

Antônio Bezerra (55), Bela Vista (29),

Jóquei Clube (21), Rodolfo teófilo (29), Pici

(17), Parquelândia (6) e Amadeu Furtado

(4)

303 4.951

Produtos Alimentares

Antônio Bezerra (18), Henrique Jorge (17),

Bonsucesso (9), Jóquei Clube (7), Pici (6),

Rodolfo Teófilo (6), Bela Vista (5),

Parquelândia (3) e Amadeu Furtado (2)

73 511

Transporte e comunicações

Antônio Bezerra (13), Henrique Jorge (9),

Rodolfo Teófilo (7), Bela Vista (5), Jóquei

Clube (2), Parquelândia (2), Amadeu

Furtado (1) e Pici (1)

40 654

MobiliárioBonsucesso (10), Henrique Jorge (10),

Antônio Bezerra (8), Bela Vista (2) e Pici (2)31 135

Metal-mecânica

Antônio Bezerra (12), Henrique Jorge (9),

Pici (3), Bonsucesso (2), Rodolfo Teófilo

(2), Bela Vista (1) e Jóquei Clube (1)

30 105

Papel, papelão, editorial e

gráfica

Henrique Jorge (7), Antônio Bezerra (6),

Rodolfo Teófilo (4), Jóquei Clube (3), Bela

Vista (2), Parquelândia (2), Amadeu

Furtado (1) e Bonsucesso (1)

26 77

Page 74: Manual do Investidor

7451

Produtos farmacêuticosHenrique Jorge (7), Antônio Bezerra (6),

Bela Vista (3) e Parquelândia (1)17 471

Fonte: MTE, CAGED, 2005.

A Secretaria Executiva Regional III conta com 92 comércios atacadistas, 817 comércios

varejistas, 37 estabelecimentos de construção civil, 93 instituições de ensino, 182 unidades de

serviços de alojamento e alimentação, e 44 unidades de serviços médicos, odontológicos e

veterinários.

Dentre os estabelecimentos de comércio varejista, os bairros que se destacam nessa atividade

são: Henrique Jorge (199), Antônio Bezerra (178), Bela Vista (108), Bonsucesso (94),

Parquelândia (66), Jóquei Clube (61), Rodolfo Teófilo (60), Pici (33) e Amadeu Furtado (18). Os

15 segmentos com maior predominância estão descritos no Quadro 27.

QUADRO 27 – Descrição do Comércio Varejista – SER III

Classificação Qtde

Mercearias, bodegas, mercadinhos e mercantil 676

Material de Construção 131

Confecções em geral 125

Veículos e Concessionárias 89

Móveis 70

Panificadoras e Padarias 59

Autopeças 35

Óticas 31

Frigoríficos 29

Papelarias 23

Calçados e sapatarias 21

Metalurgia 17

Serviços gráficos 15

Page 75: Manual do Investidor

7551

Postos de gasolina 14

Madeireira e Serrarias 14

Fonte: MTE, CAGED, 2005.

Page 76: Manual do Investidor

7651

População de 259.831 habitantes (12,13% de Fortaleza), sendo 46% homens e 54% mulheres.

Remuneração média de 5,72 salários mínimos, segunda melhor classificação dentre os bairros

de Fortaleza, com destaque para os bairros de Fátima e Benfica. Mesmo assim, sua população

é classificada como classe “C”. Os empregos formais estão concentrados na Vila Peri e Benfica,

enquanto que nos bairros Panamericano e Fátima estão os informais. A Regional IV concentra

a maior parcela da população com nível superior e ensino médio concluídos.

Esta Secretaria Executiva Regional concentra 911 estabelecimentos industriais, empregando

formalmente 17.165 pessoas. Os setores predominantes estão descritos no QUADRO 28.

Page 77: Manual do Investidor

7751

QUADRO 28 – Estabelecimentos Industriais - SER IV

Atividade Bairros (No estabelecimentos) Estabelecim Empregos

Têxtil, vestuário e

artefatos de tecidos

Parangaba (94), Vila União (64),

Montese (59), Serrinha (44), Benfica

(37), Bom Futuro (35), Fátima (23),

Jardim América (20), Demócrito

Rocha (19), Damas (15), Itaperi (7) e

José Bonifácio (5)

442 8.626

Transporte e

comunicações

Vila União (32), Parangaba (23), José

Bonifácio (22), Montese (17), Benfica

(16), Fátima (15), Damas (9), Serrinha

(9), Bom Futuro (7), Itaperi (2),

Jardim América (2), Demócrito Rocha

(1)

155 4.179

Produtos Alimentares

Parangaba (26), Vila União (15),

Fátima (14), Benfica (13), Demócrito

Rocha (9), Serrinha (8), Montese (7),

Jardim América (6), Bom Futuro (5),

Damas (2), Itaperi (1) e José

Bonifácio (1)

107 1.510

Metal-mecânica

Parangaba (13), Benfica (7), Serrinha

(7), Vila União (6), José Bonifácio (4),

Montese (4), Demócrito Rocha (2),

Damas (2) e Bom Futuro (1)

53 225

Papel, papelão,

editorial e gráfica

José Bonifácio (9), Parangaba (9),

Montese (7), Benfica (7), Vila União

(7), Bom Futuro (3), Fátima (3),

Damas (1), Itapari (1), Jardim

América (1) e Serrinha (1)

50 1.058

Page 78: Manual do Investidor

7851

Mobiliário

Parangaba (12), Serrinha (4),

Demócrito Rocha (3), Montese (3),

Benfica (2), Bom Futuro (2), Jardim

América (2), Vila União (2), Fátima

(1), Itaperi (1), José Bonifácio (1)

33 378

Borracha, fumo,

couros e peles

Jardim América (5), Benfica (4), José

Bonifácio (4), Fátima (2), Parangaba

(2), Serrinha (2), Damas (1), Montese

(1) e Vila União (1)

22 143

Calçados

Vila União (6), Benfica (3), Parangaba

(3), Bom Futuro (2), Damas (2),

Jardim América (2), Montese (1)

21 279

Produtos

farmacêuticos

Parangaba (7), Vila União (4), Damas

(2), Montese (2), Serrinha (2), Benfica

(1), Fátima (1), Itaperi (1)

20 400

Fonte: MTE, CAGED, 2005.

A Secretaria Executiva Regional IV conta com 283 comércios atacadistas, 1.703

comércios varejistas, 187 estabelecimentos de construção civil, 123 instituições de

ensino, 497 unidades de serviços de alojamento e alimentação, e 226 unidades de

serviços médicos, odontológicos e veterinários.

Dentre os estabelecimentos de comércio varejista, os bairros que se destacam nessa

atividade são: Parangaba (355), Benfica (264), Fátima (217), José Bonifácio (212),

Montese (193), Jardim América (133), Vila União (105), Serrinha (61), Bom Futuro (54),

Demócrito Rocha (54), Damas (45), Itaperi (10). Claramente percebemos uma

especialização comercial para automóveis. Os 15 segmentos com maior predominância

estão descritos no Quadro 29.

Page 79: Manual do Investidor

7951

QUADRO 29 – Descrição do Comércio Varejista – SER IV

Classificação Qtde

Mercearias, bodegas, mercadinhos e mercantil 424

Confecções em geral 129

Mecânica automotiva 98

Veículos e concessionárias 75

Auto peças 41

Serviços automotivos 34

Parafusos 34

Postos de gasolina 29

Serviços gráficos 25

Tecidos 21

Frigoríficos 21

Manutenção de telefones 21

Manutenção de computadores 20

Metalurgia 19

Lava jatos 19

Fonte: MTE, CAGED, 2005.

Page 80: Manual do Investidor

8051

População de 452.875 habitantes (21,15% de Fortaleza), sendo 49% homens e 51% mulheres.

Remuneração média de 3,07 salários mínimos, tendo sua população classificada como classe

“C”. Os Conjuntos Ceará I e II concentram os empregos formais, enquanto que Parque São José

e Parque Presidente Vargas estão a maior parte dos empregos informais.

Esta Secretaria Executiva Regional concentra 566 estabelecimentos industriais, empregando

formalmente 6.812 pessoas. Os setores predominantes estão descritos no QUADRO 30.

Page 81: Manual do Investidor

8151

QUADRO 30 – Estabelecimentos Industriais - SER V

Atividade Bairros (No estabelecimentos) Estabelecim Empregos

Têxtil, vestuário e

artefatos de tecidos

Momdubim (38), Vila Peri (37), Vila Manoel Sátiro

(33), Maraponga (32), Bom Jardim (30), Conjunto

José Walter (30), Conjunto Ceará (29), Genibaú

(13), Conjunto Esperança (13), Granja Portugal (8),

Parque São José (5), Parque Presidente Vargas (2)

266 3.101

Produtos Alimentares

Bom Jardim (18), Mondubim (18), Conjunto José

Walter (12), Conjunto Ceará (9), Granja Portugal

(7), Maraponga (6), Vila Peri (5), Vila Manoel

Sátiro (4), Parque São José (4), Genibaú (3),

Conjunto Esperança (1), Presidente Vargas (1)

88 991

Transporte e

comunicações

Conjunto Ceará (13), Modubim (12),Conjunto José

Walter (9), Bom Jardim (6), Vila Pery (6), Parque

São José (4), Maraponga (3), Granja Portuga (2),

Vila Manoel Sátiro (2), Genibaú (1) e Presidente

Vargas (1)

59 1.792

Mobiliário

Bom Jardim (12), Mondubim (7), Vila Peri (7),

Maraponga (5), Conjunto Ceará (4), Vila Manoel

Sátiro (4), Parque São José (4), Genibaú (3),

Conjunto Esperança (1), Granja Portugal (1) e

Conjunto José Walter (1)

49 282

Produtos

farmacêuticos

Bom Jardim (6), Mondubim (4), Conjunto Ceará

(2), Vila Manoel Sátiro (2), Maraponga (2), Granja

Portugal (1) e Presidente Vargas (1).

18 135

Papel, papelão,

editorial e gráfica

Conjunto Ceará (3), Conjunto José Walter (3), bom

Jarim (2), Genibaú (2), Vila Manoel Sátiro (2),

Mondubim (2), Granja Portugal (1)

15 55

Fonte: MTE, CAGED, 2005.

Page 82: Manual do Investidor

8251

A Secretaria Executiva Regional V conta com 189 comércios atacadistas, 1.014 comércios

varejistas, 64 estabelecimentos de construção civil, 108 instituições de ensino, 184 unidades

de serviços de alojamento e alimentação, e 33 unidades de serviços médicos, odontológicos e

veterinários.

Dentre os estabelecimentos de comércio varejista, os bairros que se destacam nessa atividade

são: Conjunto Ceará (185), Bom Jardim (169), Conjunto José Walter (128), Mondubim (104),

Vila Pery (94), Maraponga (76), Vila Manoel Sátiro (68), Parque São José (60), Granja Portugal

(49), Genibaú (36), Conjunto Esperança (35), Parque Presidente Vargas (9) e Alto Alegre (1). Os

15 segmentos com maior predominância estão descritos no Quadro 31.

QUADRO 31 – Descrição do Comércio Varejista – SER V

Classificação Qtde

Mercearias, bodegas, mercadinhos e mercantil 714

Material de Construção 177

Confecções em geral 137

Móveis 80

Panificadoras e padarias 63

Auto peças 37

Óticas 27

Frigorificos 25

Madeiras e serrarias 24

Mecânica automotiva 22

Metalurgia 17

Supermercados 17

Serviços gráficos 16

Roupas Masculinas 13

Papelarias 12

Calçados e sapatarias 11

Fonte: MTE, CAGED, 2005.

Page 83: Manual do Investidor

8351

População de 436.204 habitantes (20,37% de Fortaleza), sendo 47% homens e 53% mulheres.

Remuneração média de 4,67 salários mínimos, tendo destaque para os bairros do Parque

Manibura, Cidade dos Funcionários e Cambeba. População classificada como classe “C”. Os

bairros Aerolândia e Alagadiço Novo concentram a maior parcela da mão-de-obra formal da

Regional VI, enquanto que Edson Queiroz e Parque Iracema concentram a mão-de-obra

informal.

Esta Secretaria Executiva Regional concentra 760 estabelecimentos industriais, empregando

formalmente 14.471 pessoas. Os setores predominantes estão descritos no QUADRO 32.

Page 84: Manual do Investidor

8451

QUADRO 32 – Estabelecimentos Industriais - SER VI

Atividade Bairros (No estabelecimentos) Estabelecimentos Empregos

Transporte e

comunicações

Messejana (126), Alto da Balança (34),

Cidade dos Funcionários (17), Passaré

(10), Cajazeiras (8), Castelão (6),

Alagadiço Novo (5), Jangurussu (5), Dias

Macêdo (4), Lagoa Redonda (4),

Cambeba (2), Edson Queiros (1),

Tancredo Neves (1)

223 6.661

Têxtil, vestuário e

artefatos de tecidos

Messejana (40), Passaré (36), Jangurussu

(17), Cidade dos Funcionários (14), Edson

Queiroz (9), Alto da Balança (8), Lagoa

Redonda (6), Cambeba (5), Castelão (5),

Dias Macêdo (5), Cajazeiras (4), Alagadiço

Novo (2), Tancredo Neves (1)

152 1.792

Produtos Alimentares

Messejana (49), Jangurussu (15), Passaré

(12), Cidade dos Funcionários (10), Alto

da Balança (9), Lagoa Redonda (6),

Alagadiço Novo (4), Edson Queiroz (4),

Cajazeiras (3), Cambeba (3), Castelão (3),

Tancredo Neves (2), Dias Macedo (1)

121 2.375

Mobiliário

Messejana (15), Lagoa Redonda (6), Alto

da Balança (5), Castelão (5), Passaré (5),

Alagadiço Novo (4), Jangurussu (3),

Cidade dos Funcionários (2), Cambeba

(1), Dias Macedo (1), Edson Queiroz (1)

48 502

Metal-mecânica

Alto da Balança (10), Messejana (9),

Castelão (7), Dias Macedo (4), Edson

Queiroz (3), Jangurussu (2), Cajazeiras (1),

Cidade dos Funcionários (1), Lagoa

Redonda (1), Passaré (1)

46 430

Page 85: Manual do Investidor

8551

Produtos

farmacêuticos

Messejana (11), Passaré (7), Lagoa

Redonda (5), Castelão (4), Jangurussu (4),

Alto da Balança (2), Cajazeiras (1),

Cambeba (1), Dias macedo (1), Edson

Queiroz (1), Tancredo Neves (1)

38 491

Minerais não

metálicos

Messejana (12), Castelão (4), Alto da

Balança (3), Dias Macedo (3), Edson

Queiroz (3), Jangurussu (3), Lagoa

Redonda (3), Passaré (3), Alagadiço Novo

(2), Cajazeiras (1), Cidade dos

Funcionários (1)

38 359

Borracha, fumo,

couros e peles

Messejana (11), Passaré (4), Alto da

Balança (2), Cajazeiras (2), Edson Queiroz

(2), Castelão (1), Dias Macedo (1),

Jangurussu (1)

24 361

Papel, papelão,

editorial e gráfica

Messejana (8), Passaré (5), Edson Queiroz

(4), Alto da Balança (2), Cajazeiras (1),

Cidade dos Funcionários (1), Dias Macedo

(1), Jangurussu (1) e lagoa Redonda (1)

24 225

Fonte: MTE, CAGED, 2005.

A Secretaria Executiva Regional VI conta com 240 comércios atacadistas, 1.285 comércios

varejistas, 296 estabelecimentos de construção civil, 117 instituições de ensino, 346 unidades

de serviços de alojamento e alimentação, e 45 unidades de serviços médicos, odontológicos e

veterinários.

Dentre os estabelecimentos de comércio varejista, os bairros que se destacam nessa atividade

são: Messejana (430), Alto da Balança (147), Cidade dos Funcionários (139), Jangurussu (106),

Edson Queiroz (103), Passaré (91), Alagadiço Novo (71), Dias Macedo (53), Lagoa Redonda

(49), Cajazeiras (33), Castelão (24), Tancredo Neves (22), Cambeba (17). Os 15 segmentos com

maior predominância estão descritos no Quadro 33.

Page 86: Manual do Investidor

8651

QUADRO 33 – Descrição do Comércio Varejista – SER VI

Classificação Qtde

Mercearias, bodegas, mercadinhos e mercantil 655

Material de Construção 175

Confecções em geral 97

Panificadoras e padarias 67

Auto peças 61

Móveis 54

Mecânica automotiva 47

Frigorificos 42

Óticas 29

Posto de gasolina 25

Calçados e sapatarias 23

Papelarias 21

Madeiras e serrarias 18

Ferragens e ferramentas 16

Roupas Masculinas 15

Floricultura 12

Fonte: MTE, CAGED, 2005.

Page 88: Manual do Investidor

8851

Para incentivar o desenvolvimento econômico e social do Município, em dezembro de 2006, a

Prefeitura de Fortaleza instituiu a Lei Complementar No 35/06, que concede incentivo fiscal às

empresas, que vierem a se instalar e/ou se expandir. Essa lei estabelece um sistema de

pontuação para obtenção dos incentivos, tais como: redução de alíquota do ISSQN; redução do

valor apurado do IPTU e redução da base de cálculo do ITBI. (Ver Anexo 01).

Os critérios estabelecidos para o sistema de pontuação são: geração de postos de trabalho,

renda e o valor agregado. As empresas e as prestadoras de serviços, que atingirem as metas

estabelecidas, considerando-se os requisitos determinados, poderão ter redução nas alíquotas

dos respectivos impostos.

Para se beneficiar da lei, as empresas interessadas deverão apresentar o Projeto de Viabilidade

(ver Anexo 02), com estudos técnicos e de planejamento. A proposta deve conter ainda a

demonstração da viabilidade do empreendimento, conforme explicações detalhadas na

Regulamentação do PRODEFOR (Anexo 03).

A análise dos projetos apresentados pelas empresas será realizada pelo Grupo de Análise de

Pleitos – GAP, formado por profissionais da Secretaria de Finanças, Secretaria de

Desenvolvimento Econômico, Secretaria do Planejamento, Procuradoria Geral do Município e

Gabinete da Prefeita. A decisão final caberá ao Comitê de Avaliação de Incentivos Fiscais –

CAIF, que tem como presidente o Secretário de Finanças. O prazo de concessão dos benefícios

será de sessenta meses, podendo ser ampliado por igual período. A cada 12 meses, contados a

partir da concessão, as empresas e prestadoras de serviços deverão comprovar o

cumprimento das metas.

Para incentivar o desenvolvimento econômico e social do Município, em dezembro de 2006, a

Prefeitura de Fortaleza instituiu a Lei Complementar No 35/06, que concede incentivo fiscal às

empresas, que vierem a se instalar e/ou se expandir. Essa lei estabelece um sistema de

pontuação para obtenção dos incentivos, tais como: redução de alíquota do ISSQN; redução do

valor apurado do IPTU e redução da base de cálculo do ITBI. (Ver Anexo 01).

Os critérios estabelecidos para o sistema de pontuação são: geração de postos de trabalho,

renda e o valor agregado. As empresas e as prestadoras de serviços, que atingirem as metas

estabelecidas, considerando-se os requisitos determinados, poderão ter redução nas alíquotas

dos respectivos impostos.

Page 89: Manual do Investidor

8951

Para se beneficiar da lei, as empresas interessadas deverão apresentar o Projeto de Viabilidade

(ver Anexo 02), com estudos técnicos e de planejamento. A proposta deve conter ainda a

demonstração da viabilidade do empreendimento, conforme explicações detalhadas na

Regulamentação do PRODEFOR (Anexo 03).

A análise dos projetos apresentados pelas empresas será realizada pelo Grupo de Análise de

Pleitos – GAP, formado por profissionais da Secretaria de Finanças, Secretaria de

Desenvolvimento Econômico, Secretaria do Planejamento, Procuradoria Geral do Município e

Gabinete da Prefeita. A decisão final caberá ao Comitê de Avaliação de Incentivos Fiscais –

CAIF, que tem como presidente o Secretário de Finanças. O prazo de concessão dos benefícios

será de sessenta meses, podendo ser ampliado por igual período. A cada 12 meses, contados a

partir da concessão, as empresas e prestadoras de serviços deverão comprovar o

cumprimento das metas.

Page 91: Manual do Investidor

9151

Para mais informações entrar em contato no horário de 8h às 12h, 13h às 17h, de

segunda à sexta, com os seguintes locais:

Secretaria de Finanças - SEFIN

Rua Gal. Bezerril, 755, Centro

Fortaleza/CE • CEP 60.055-100

E-mail: [email protected]

Fone: 3105-1238 e 3105-1239

Secretaria de Desenvolvimento Econômico - SDE

Av. Aguanambi, 1770, Bairro de Fátima

Fortaleza/CE – CEP 60.055-403

Fone: 3105 – 1517 e 3105-1516

Page 93: Manual do Investidor

9351

O Programa de Incentivo aos Arranjos Produtivos Locais para o Desenvolvimento do Município

de Fortaleza – PRODEFOR, e as ações da Prefeitura voltadas à melhorar o ambiente de

negócios da cidade, compõe uma série de instrumentos que objetivam, basicamente, a

ampliação do nível de investimentos produtivos em Fortaleza, aumentando a capacidade

produtiva da economia, fortalecendo seu mercado de trabalho, o empreendedorismo local e

as cadeias produtivas baseadas em arranjos de produção interativa entre pequenas, médias e

grandes empresas.

Esse modelo busca o desenvolvimento local num ambiente de globalização, focando as ações

não só no grande empreendimento, mas também na organização da pequena produção a ele

associada, o que gera uma relação de cooperação na busca pelo crescimento e fortalecimento

dos arranjos e sistemas produtivos locais.

A idéia é que todo o sistema apresente, como resultado, um ambiente produtivo baseado na

inovação e na competitividade, favorecendo o surgimento de novos negócios. Vale lembrar

que toda essa busca pela sustentabilidade econômica e competitividade produtivo-comercial,

não pode nem deve esquecer as questões sócio-ambientais; pois, sem essa preocupação, todo

o esforço de mudança na forma de produzir e interagir no processo de desenvolvimento

pretendido nada mais significará que uma simples troca de comando do sistema, e não uma

transformação social, como se pretende com o PRODEFOR.

Promover uma união entre pesquisa, financiamento, produção e consciência ecológica é

importante para consolidar ações de maior qualidade e, portanto, maior possibilidade de auto-

sustentação, fortalecendo as bases da economia e sociedade locais.

Page 95: Manual do Investidor

9551

ANEXO 1

LEI COMPLEMENTAR Nº 35, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2006

Dispõe sobre o Programa de Incentivo aos Arranjos

Produtivos Locais para o Desenvolvimento do Município de

Fortaleza - PRODEFOR, e dá outras providências.

FAÇO SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA

APROVOU E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI

COMPLEMENTAR:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Seção I

Do Programa de Incentivo

Art. 1º Fica instituído o PROGRAMA DE INCENTIVO AOS ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS PARA

O DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA – PRODEFOR visando à concessão de

incentivos fiscais a pessoas jurídicas, inclusive a Organizações Não Governamentais – ONGs e

Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIPs, que aqui se instalarem ou

expandirem, observados os requisitos e condições estabelecidas nesta Lei.

§ 1º O Programa ora instituído se destina a pessoas jurídicas que contribuam para o

desenvolvimento e regulação do mercado de trabalho, para o desenvolvimento sustentado do

meio ambiente e para a consolidação ou expansão das atividades produtivas do Município.

§2º O PRODEFOR privilegiará os arranjos produtivos locais e os segmentos econômicos

considerados relevantes para o Município.

§ 3º Não se aplica o disposto nesta Lei às pessoas jurídicas que exercem as atividades de

prestação de serviços dos itens 10 (dez) e 15 (quinze) e seus subitens do Anexo Único da Lei

Complementar no 14, de 26 de dezembro de 2003, excluindo-se as organizações que

promovem exclusivamente operações de microcrédito.

Page 96: Manual do Investidor

9651

Seção II

Da Estrutura de Gestão

Subseção I

Do Comitê de Avaliação de Incentivos Fiscais

Art. 2º Fica instituído, no âmbito da Secretaria de Finanças do Município, o Comitê de

Avaliação de Incentivos Fiscais - CAIF, que terá a seguinte composição:

I – Secretário de Finanças, como seu Presidente;

II – Secretário do Planejamento e Orçamento;

III – Secretário de Desenvolvimento Econômico;

IV – Procurador Geral do Município;

V – Chefe de Gabinete da Prefeita.

§ 1º O CAIF terá suas normas de funcionamento estabelecidas no Regimento Interno, por meio

de resolução, que será aprovado por Decreto do Chefe do Poder Executivo.

§ 2º As decisões do CAIF serão aprovadas sob forma de resolução e terão validade após serem

publicadas no Diário Oficial do Município de Fortaleza.

Art. 3º Caberá ao CAIF examinar as demandas de incentivos, à luz dos seguintes critérios:

I – impacto das atividades da requerente no desenvolvimento do Município;

II- alcance social do empreendimento da requerente;

III- localização dos condomínios empresariais e dos arranjos produtivos locais em que a

requerente se situa, inclusive das incubadoras de empresas;

IV- compatibilidade com o Plano Diretor da Cidade;

V- Fortalecimento de pessoas jurídicas locais;

VI- efeito multiplicador do emprego;

VII- aquisição de bens e serviços e contratação de mão-de-obra locais, bem como o

emplacamento de veículos no Município, mediante a devida comprovação;

VIII- regularidade no cumprimento das obrigações tributárias.

Parágrafo único. O CAIF examinará, preliminarmente, a admissibilidade dos pleitos e, se aceito,

num segundo momento, o mérito da solicitação.

Subseção II

Do Grupo de Análise de Pleitos

Page 97: Manual do Investidor

9751

Art. 4º Como equipe de assessoria e consultoria do CAIF, fica instituído o Grupo de Análise de

Pleitos - GAP, formado por técnicos dos órgãos integrantes do Comitê.

§ 1º Fica criado, em cada órgão integrante do CAIF, o cargo de Assessor de Desenvolvimento,

nível DNS-1, a ser preenchido por técnico de comprovado conhecimento em desenvolvimento

econômico, incentivos fiscais e direito econômico, visando compor o GAP.

§ 2º O Presidente do CAIF, ouvidos seus pares, designará o coordenador do GAP.

§ 3º O coordenador, a que se refere o § 2º, terá mandato de dois anos,permitida uma

recondução.

Subseção III

Do Conselho Consultivo para o Desenvolvimento do Município

Art. 5º No âmbito da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Município de Fortaleza

(SDE), fica instituído o Conselho Consultivo para o Desenvolvimento do Município de Fortaleza

(CCD), composto de representantes das seguintes instituições:

I- Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará;

II- Centro Federal de Educação Tecnológica - CEFET;

III- Superintendência de Estudos Econômicos (ETENE) do Banco do Nordeste do Brasil S.A.;

IV- Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior (SECITECE) do Governo do Estado

do Ceará;

V- Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará - IPECE;

VI- Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual do CEARÁ - UECE;

VII- Secretaria da Fazenda do Ceará - SEFAZ/CE;

VIII- Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado - SDE/CE;

IX- Secretaria de Desenvolvimento Local e Regional (SDLR), do Governo do Estado;

X- Secretaria de Planejamento e Orçamento do Município de Fortaleza - SEPLA;

XI- Secretaria de Finanças do Município - SEFIN;

Page 98: Manual do Investidor

9851

XII- Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Municipal - SDE;

XIII- Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano - SEMAM;

XIV- Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Infra-estrutura - SEINF;

XV- Federação das Indústrias do Estado do Ceará - FIEC;

XVI- Federação do Comércio do Estado do Ceará - FECOMERCIO;

XVII- Conselho Municipal do Trabalho - COMUT/Fortaleza;

XVIII- Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa - SEBRAE/CE;

XIX- Instituto Atlântico;

XX- Sindicato das Empresas de Informática, Telecomunicações e Automação do Ceará -

SEITAC;

XXI- Instituto Titan;

XXII-Laboratório de Ciências do Mar - LABOMAR/UFC.

XXIII- Membro da Câmara Municipal de Fortaleza, indicado pelo Plenário;

XXIV- Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE).

§ 1º O CCD terá seus membros titulares e suplentes indicados pelas instituições representadas

ao Presidente do CAIF, que os nomeará para um mandato de 2 (dois) anos, permitida uma

recondução.

§ 2º O CCD elaborará seu Regimento Interno e o submeterá à consideração do CAIF, que o

encaminhará à Chefe do Poder Executivo, para aprovação por Decreto.

§ 3º Os serviços prestados pelos membros do CCD serão considerados de relevante interesse

público e não serão remunerados.

§ 4º Através de Decreto, a Chefe do Poder Executivo poderá alterar a composição do CCD,

com base em proposta apresentada pelo CAIF.

Art. 6º A seleção e a atualização anual dos setores, subsetores, ramos e gêneros a serem

beneficiados pelo PRODEFOR contará com os subsídios do CCD.

Seção III

Page 99: Manual do Investidor

9951

Dos Procedimentos e Condições para Concessão dos Benefícios

Art. 7º O CAIF poderá a qualquer tempo e independentemente da fase de concessão ou gozo

do incentivo, notificar a beneficiária para que comprove, através de documentação hábil, o

cumprimento das condições que o habilitaram a requerer ou a receber o incentivo e que

permitam a sua continuidade.

Art. 8º Os incentivos previstos nesta Lei deverão ser expressamente requeridos pelo

interessado, em procedimento específico, apresentado à Secretaria de Finanças e concedidos

com base no Regulamento do PRODEFOR, aprovado através de decreto do chefe do Poder

Executivo.

Parágrafo único. O projeto de viabilidade de instalação ou expansão será aprovado pelos

órgãos competentes da Prefeitura Municipal de Fortaleza.

Art. 9º Somente as pessoas jurídicas regulares perante os Fiscos Federal, Estadual e Municipal,

inclusive com relação à Previdência Social, relativamente a obrigações principais e acessórias,

poderão participar do programa de incentivos proposto na presente Lei.

§ 1º A situação de irregularidade fiscal ou contábil, desde que comprovada através de

processo regular, será causa de cancelamento do benefício concedido, através de resolução do

CAIF.

§ 2º Na hipótese de irregularidade a que se refere o parágrafo anterior ser sanável, o benefício

será suspenso até a regularização da situação.

Art. 10. As pessoas jurídicas instaladas em áreas definidas por Decreto específico do Poder

Executivo Municipal terão redução do IPTU e ITBI em dobro, conforme o disposto nas Tabelas

IV e V do Anexo Único desta Lei.

Parágrafo único. Para fins desse benefício, a circunscrição da Secretaria Extraordinária do

Centro, como identificada na Lei Complementar nº 25, de 14 de outubro de 2005, já é

considerada área incentivável nas condições do caput, independentemente de edição de

Decreto.

Art. 11. O prazo de concessão deste incentivo será de até 60 (sessenta) meses,podendo ser

ampliado por igual período, a pedido do interessado e de acordo com a conveniência e

oportunidade do Município.

Art. 12. As beneficiárias contempladas com o incentivo deverão no prazo de 12 (doze) meses,

contados a partir da data de início da concessão, comprovar o cumprimento das metas

Page 100: Manual do Investidor

10051

estabelecidas nos projetos de viabilidade de instalação ou expansão apresentados, e do

cronograma de execução do empreendimento ajustado com o CAIF.

§ 1º Caberá ao CAIF o cancelamento do incentivo e o novo enquadramento da beneficiária nas

Tabelas do Anexo Único desta Lei, notificando-se o interessado, quando não cumpridas as

metas.

§ 2º Nos anos subseqüentes, a beneficiária do gozo de incentivos fiscais deverá enviar ao CAIF,

no prazo de 60 (sessenta) dias após o encerramento de seu exercício social, um relatório de

avaliação e monitoramento, em modelo expedido pelo CAIF.

§ 3º Verificada a impossibilidade de enquadramento nas Tabelas, a beneficiária estará sujeita

ao recolhimento do valor correspondente ao incentivo concedido, com a atualização

monetária realizada segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, a partir da data do

descumprimento dos requisitos.

Art. 13. Comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação na obtenção do benefício, a

beneficiária estará sujeita às penalidades previstas na legislação tributária municipal, sem

prejuízo das demais medidas cabíveis.

CAPÍTULO II

DOS INCENTIVOS A SEREM CONCEDIDOS

SEÇÃO I

DO IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA - IPTU

Art. 14. Às requerentes que atenderem as condições desta Lei será concedida redução no valor

do IPTU do imóvel sede do estabelecimento.

§ 1º Para as pessoas jurídicas instaladas no Município, o incentivo concedido será calculado em

função do percentual de acréscimo de área construída, conforme a Tabela IV do Anexo Único

desta lei.

§ 2º Para as pessoas jurídicas que vierem a se instalar no Município, o incentivo será calculado

em função da área construída utilizada pelo empreendimento, conforme a Tabela V do Anexo

Único desta lei.

Art. 15. O incentivo será calculado sobre o valor do IPTU relativo ao imóvel utilizado

exclusivamente como estabelecimento, já descontados todos os demais incentivos previstos

na legislação aplicável.

Page 101: Manual do Investidor

10151

Art. 16. O incentivo será concedido à pessoas jurídicas que estiverem com seus respectivos

imóveis registrados, bem como com o cadastro do IPTU devidamente atualizado.

Art. 17. O incentivo, caso deferido, será aplicável a partir do primeiro dia do exercício seguinte

ao protocolo do pedido ou na data indicada pelo CAIF.

SEÇÃO II

DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA - ISSQN

Art. 18. Às requerentes que atenderem as condições desta lei será concedida redução da

alíquota do ISSQN, mediante aprovação de projeto de viabilidade de instalação ou expansão.

§ 1º Para as pessoas jurídicas instaladas no Município, o incentivo concedido será calculado

em função do acréscimo da média anual de postos de trabalho, acréscimo da receita anual de

prestação de serviços tributáveis e acréscimo do valor adicionado.

§ 2º O percentual de redução do ISSQN será obtido através do maior valor entre as médias

aritméticas obtidas através das Tabelas I e II e III do Anexo Único desta Lei.

§ 3º O benefício será obtido:

I - para o primeiro ano, de acordo com as metas estabelecidas no projeto de viabilidade;

II – para os demais anos, pelo enquadramento aprovado pelo CAIF, nas faixas das Tabelas I, II e

III do Anexo Único desta Lei.

§ 4º O incentivo mencionado no caput não poderá resultar em alíquota inferior a 2% (dois por

cento).

Art. 19. O incentivo produzirá efeitos a partir da data do deferimento do pedido, salvo

indicação de data posterior na decisão.

SEÇÃO III

DO IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO INTER-VIVOS DE BENS IMÓVEIS - ITBI

Art. 20. Às pessoas jurídicas que atenderem as condições desta lei será concedida redução de

30% (trinta por cento) no valor do ITBI, incidente sobre a aquisição do imóvel utilizado

exclusivamente para seu estabelecimento.

Parágrafo único. A redução somente será concedida às requerentes que declararem

ocorrência do fato gerador por ocasião da escrituração do respectivo título aquisitivo, lavrado,

Page 102: Manual do Investidor

10251

exclusivamente, em um dos Cartórios de Notas pertencentes à circunscrição do Município de

Fortaleza.

Art. 21. As construtoras e incorporadoras associadas ao Sindicato das Indústrias da

Construção Civil do Estado do Ceará - SINDUSCON, que optarem por recolher

antecipadamente o ITBI dos novos empreendimentos imobiliários, em nome dos adquirentes,

terão redução de 20%(vinte por cento) no valor do imposto apurado.

§ 1º Considera-se antecipado o pagamento que ocorrer em até 60 (sessenta) dias após a

emissão do Habite-se ou do cadastramento do imóvel na SEFIN.

§ 2º A beneficiária do incentivo encaminhará à SEFIN, por ocasião da declaração do ITBI, os

compromissos de compra e venda lavrados, exclusivamente, em um dos Cartórios de Notas

pertencentes à circunscrição do Município de Fortaleza, concernentes à aquisição dos imóveis

já transacionados, bem como indicará as unidades imobiliárias ainda não negociadas.

§ 3º Os contratos na conformidade do § 2º deste artigo, relativos às unidades imobiliárias

negociadas após o pagamento do ITBI antecipado, deverão ser encaminhados à SEFIN, no

prazo de 30 (trinta) dias, contados da assinatura.

§ 4º Excepcionalmente, no prazo de 60 (sessenta) dias, as construtoras e incorporadoras

poderão receber o benefício previsto no caput dos empreendimentos imobiliários cadastrados

na SEFIN ou com Habite-se a partir de Janeiro de 2006.

§ 5º O CAIF deverá ser comunicado pela Célula de Gestão do ITBI, do benefício concedido, no

prazo de 30 (trinta) dias.

CAPÍTULO III

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 22. Para os fins desta Lei, considera-se projeto de viabilidade de implantação ou expansão

a proposta do interessado contendo estudo técnico e planejamento, que possibilite a avaliação

do investimento, dos métodos e do prazo de execução, com demonstração da viabilidade do

empreendimento comprovada através de adequada documentação, de acordo com o disposto

no Regulamento a que se refere o art. 8º desta Lei.

Art. 23. Para fazer jus à concessão dos incentivos desta Lei, o requerente e os imóveis

envolvidos no projeto devem estar adimplentes com os fiscos municipal, estadual e federal,

inclusive com a previdência, comprovado na forma das normas regulamentares.

Page 103: Manual do Investidor

10351

Art. 24. Para os efeitos desta Lei, a cisão, incorporação, transformação ou qualquer

reestruturação societária de pessoas jurídicas, inclusive entrada e saída de sócios, não serão

consideradas isoladamente como instalação ou ampliação.

Art. 25. A concessão do benefício será limitada à receita tributária municipal apurada na época

do requerimento, não podendo resultar em redução da receita.

Art. 26. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em

contrário.

PAÇO MUNICIPAL DE FORTALEZA, 27 DE DEZEMBRO DE 2006

LUIZIANNE DE OLIVEIRA LINS

PREFEITA DE FORTALEZA

Page 104: Manual do Investidor

10451

ANEXO 2

ROTEIRO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETO DE VIABILIDADE

A Lei Complementar no 0035, de 27, de dezembro de 2006, que criou o PROGRAMA DE

INCENTIVOS FISCAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA,

regulamentada pelo Decreto no 12351 , DE 19 DE FEVEREIRO DE 2008, tem por objetivo o

desenvolvimento de atividades econômicas no Município de Fortaleza, com ênfase na

regulação do mercado de trabalho e no desenvolvimento sustentado do meio ambiente. Para

tanto, este roteiro contém as informações básicas a serem observadas pelos pleiteantes ao

gozo dos benefícios do Programa.

O Projeto de Viabilidade deve ser elaborado, observando-se:

1.A seqüência dos dados e informações deverá atender as formas sugeridas no roteiro;

2.A pessoa jurídica pleiteante deverá fornecer ao CAIF 03 (três) vias do projeto,

juntamente com CD contendo o projeto completo;

3.Apresentação do nome, a formação, a função e os telefones do(s) técnico(s)

responsável(is) pela elaboração dos estudos técnicos, econômico e financeiro do Projeto.

I. Caracterização da Empresa

•Razão Social:

•Nome fantasia:

•CNPJ:

•Endereço:

Fábrica:

Sede:

•Setor de Atividade Econômica (Código CNAE):

•Data de Constituição:

•Objetivos sociais:

•Capital social (valor): R$

•Composição do capital social (sócios/quotistas):

Page 105: Manual do Investidor

10551

•Dirigentes (nome, cargo, função, período do mandato):

•Histórico resumido da empresa/grupo econômico, a que pertence.

II. Pleito

(a) Antecedentes

Indicar se a pleiteante, e/ou o grupo econômico a que pertence, goza ou não de incentivos

fiscais e/ou financeiros administrados por algum Município, Estado ou União, indicando o tipo

e o instrumento concedente:

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

(b) Atual

Mencionar os incentivos pretendidos, citando o enquadramento de acordo com o Decreto

no__, de __, de ____, de 2007:

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

PROJETO

Produção Anual (Estimativa):

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

Apresentar:

Discriminação da atividade;

Quantitativo de atividade;

Custo unitário da atividade;

Capacidade instalada.

Page 106: Manual do Investidor

10651

Vendas Anuais (Estimativa)

Apresentar:

Quantidade a ser vendida;

Preço unitário de venda;

Faturamento projetado.

Estudo de Mercado:

Quantificar a demanda e a oferta de mercado acerca dos bens e/ou serviços da empresa,

indicando a pretensa participação no mercado e relacionando os principais concorrentes.

Aspectos Técnicos

Relacionar:

a)Caracterização dos resultados da atividade, indicando inclusive a formatação final de

apresentação para venda;

b)Tecnologia adotada;

c)Descrição do processo produtivo, com fluxograma;

d)Turnos de trabalho;

e)Relação de instalações, máquinas e equipamentos necessários à atividade;

f)Indicar impacto ambiental (atual e futuro) do processo produtivo;

g)Certificações de Qualidade (ISO’s, p.ex.);

h)Benefício tecnológico oriundo do processo produtivo;

i)Informar possível atração de fornecedores, em função da instalação do processo produtivo;

j)Demonstrar os efeitos econômicos para o Município de Fortaleza, da instalação do

empreendimento.

Page 107: Manual do Investidor

10751

Mão-de-Obra:

a)Discriminar tipos de mão-de-obra a ser utilizada (administração, ligada à produção,

terceirizada, etc.) com seu respectivo nível de escolaridade;

b)Indicar impactos sociais na comunidade oriundos da instalação do empreendimento;

c)Informar a procedência dos gestores da empresa;

d)Informar projetos sociais direcionados à mão-de-obra utilizada;

e)Apresentar programa de profissionalização adotado pela empresa;

f)Indicar, se houver, estrutura de transporte/alimentação para a mão-de-obra empregada;

g)Apresentar relação de certificados de responsabilidade social, obtidos pela empresa;

h)Informar se a empresa disponibiliza vaga para portador de deficiência;

i)Apresentar informações sobre programas de saúde utilizados pela empresa.

Fontes e Usos de Recursos

Discriminar Usos - Investimentos Fixos (terrenos, instalações, equipamentos, máquinas,

veículos, despesas de implantação, capital de giro, etc).

Fontes - Recursos Próprios e de Terceiros

Page 108: Manual do Investidor

10851

Projeção dos Resultados

DISCRIMINAÇÃOPROJETADOS PARA A PRODUÇÃO

ESTABILIZADA %

1.RECEITA OPERACIONAL BRUTA2.(-) IMPOSTOS FATURADOS3.RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA4.CUSTOS DA ATIVIDADE

4.1 Matérias-primas4.2 Materiais secundários4.3 Salário4.4 Encargos Sociais4.5 Depreciação4.6 Custos Industriais Diversos

5.(=) LUCRO BRUTO6.(-) DESPESAS OPERACIONAIS7.(=) LUCRO8.(-) DESPESAS DE FINANCIAMENTO9.(=) LUCROS ANTES DO IMPOSTO DE RENDA10.(-) PROVISÃO PARA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL11.(-) PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA12.(=) LUCRO APÓS DEDUÇÃO DP IMPOSTO DE RENDA

Perspectiva do empreendimento, após a extinção dos subsídios

Indicar as perspectivas de futuro do empreendimento, bem como os indicadores da

performance esperada durante a vigência do Programa.

Page 109: Manual do Investidor

10951

ANEXO 3

DECRETO No 12351 , DE 19 DE FEVEREIRO DE 2008

Regulamenta o Programa deIncentivo aos ArranjosProdutivos Locais para oDesenvolvimento doMunicípio de Fortaleza(PRODEFOR).

A PREFEITA DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA, no uso das atribuições que lhe confere o inciso VIdo art. 83 Lei Orgânica do Município, tendo em vista o disposto do Art. 8° da LeiComplementar n° 35, de 27 de Dezembro de 2006;

CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar a legislação inerente ao Programa deIncentivo aos Arranjos Produtivos Locais para o Município de Fortaleza (PRODEFOR);

CONSIDERANDO a necessidade de atualização permanente das políticas públicas, combinadacom a manutenção de uma eficiente administração pública e de uma gestão fiscal adequada;

CONSIDERANDO a importância do PRODEFOR como instrumento de atração de investimentospara Fortaleza, e

CONSIDERANDO, ainda, a criação do Comitê e Avaliação de Incentivos Fiscais (CAIF), na formadas disposições da sessão II, sub-sessão I da Lei Complementar n° 35, de 2006, que inclui noâmbito da Secretaria de Finanças a responsabilidade de examinar as demandas de incentivosfiscais e dá outras providências,

DECRETA:

CAPÍTULO IDOS OBJETIVOS

Art. 1º - Este decreto regulamenta o Programa de Incentivo aos Arranjos Produtivos Locaispara o Desenvolvimento do Município de Fortaleza (PRODEFOR), instituído pela LeiComplementar nº 35, de 27 de dezembro de 2006, que tem por objetivo fomentar a política deatração e apoio a investimentos produtivos em Fortaleza.

Art. 2º - A política, a que se refere o art. 1º deste decreto, compreende:

I - ações voltadas para atração seletiva de investimentos produtivos, visando à formação e aoadensamento de arranjos produtivos locais em Fortaleza;

II - apoio e indução ao desenvolvimento econômico local objetivando: a) fortalecimento dearranjos produtivos locais, especialmente aqueles considerados estratégicos para o Município;b) geração de emprego e renda; c) fortalecimento de instituições locais voltadas para odesenvolvimento sócio-econômico e a absorção e disseminação de novas tecnologias; d)desenvolvimento sustentado do meio ambiente; e) desenvolvimento e regulamentação domercado de trabalho.

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CAPÍTULO II

DAS DEFINIÇÕES

Art. 3º - Para a plena observância deste regulamento, considera-se:

I - Valor Adicionado: o valor que foi agregado ou transformado pela empresa; para suamensuração é aplicada a fórmula: Valor Adicionado = Valor Bruto da Produção (faturamento) -Consumo Intermediário (insumos e matérias-primas);

II - Organização não Governamental (ONGs): entidades que, juridicamente constituída sob aforma de fundação ou associação, sem fins lucrativos, notadamente autônoma e pluralista,tenha compromisso com a construção de uma sociedade democrática, participativa e com ofortalecimento dos movimentos sociais de caráter democrático;

III - Organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP): a pessoa jurídica de direitoprivado, sem fins lucrativos, conforme dispõe a Lei Federal nº 9.790, de 23 de março de 1999;IV - Regulação do mercado de trabalho: as relações contratuais de compra e venda da força detrabalho que observam a legislação trabalhista vigente, de modo a garantir os direitos sociaisdo trabalhador;

V - Efeito multiplicador do emprego: a criação de novos postos de trabalhado, induzidos pelaexpansão ou instalação de novas empresas;

VI - Desenvolvimento sustentado do meio ambiente: as atividades produtivas que atendem asdemandas atuais da sociedade, sem comprometer a capacidade das gerações futuras desatisfazer suas necessidades, pressupondo a proteção do meio ambiente, o crescimentoeconômico e a igualdade social;

VII - Arranjo produtivo local: aglomeração de empresas localizadas num mesmo território, queapresentam especialização produtiva e mantêm algum vínculo de articulação, interação,cooperação e aprendizagem entre si e com outras entidades locais, tais como governo,associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa;

VIII - Operação de microcrédito: ação que procura facilitar e ampliar o acesso ao crédito entreos microempreendedores formais e informais, visando à geração de renda e trabalho e àredução das taxas de juros nos financiamentos; IX - condomínio empresarial: centro delocalização para empresas e instituições, que queiram compartilhar serviços condominiais ecriar sinergia por aproximação física entre seus parceiros e colaboradores;

X - Cisão: o processo de transferência, por uma empresa, de parcelas de seu patrimônio a umaou mais sociedades, existentes ou constituídas para esse fim, extinguindo-se a empresacindida se houver versão de todo o seu patrimônio;

XI - Incorporação: a absorção de uma ou várias sociedades por outra, que lhes sucede emtodos os direitos e obrigações, conforme artigo 1.116 do Código Civil;

XII - Transformação: a alteração do tipo societário presente, não se constituindo em dissoluçãoou extinção da sociedade transformada, mas, sim, em sua modificação para outro tiposocietário;

XIII - reestruturação: processos pelos quais passam as empresas para aprimorar suacapacidade produtiva, com vistas a maximizar suas receitas.

CAPÍTULO III

DA FORMA E PRAZO DO BENEFÍCIO

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Seção I

Da Forma

Art. 4º - O Comitê de Avaliação de Incentivos Fiscais (CAIF) concederá incentivos fiscais parainstalação e expansão às pessoas jurídicas, inclusive organizações não governamentais (ONGs)e organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs), consideradas estratégicas paraconsolidação ou expansão das atividades produtivas do Município, na forma definida nestedecreto.

§ 1º - Sem prejuízo de outras exigências feitas pelo CAIF, somente serão concedidos incentivospara instalação, quando os projetos forem previamente submetidos à análise do Grupo deAnálise de Pleitos (GAP), do PRODEFOR, e objetivem integrar setores consideradosestratégicos para o Município de Fortaleza.

§ 2° - O benefício, a que se refere o parágrafo anterior, deve ser calculado sobre:

I - a área construída utilizada pelo empreendimento, conforme Tabela V do Anexo Único da LeiComplementar n° 35, de 2006, para o caso do Imposto sobre a Propriedade Predial eTerritorial Urbana (IPTU);

II - as metas estabelecidas no projeto de viabilidade econômico-financeira somente para oprimeiro ano de funcionamento da empresa e para os demais anos conforme as faixas dasTabelas I, II e III do Anexo Único da Lei Complementar nº 35, de 2006, para o caso do Impostosobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).

§ 3° - Sem prejuízo de outras exigências feitas pelo CAIF, somente serão concedidos incentivosde expansão, quando os projetos forem previamente submetidos à análise do GAP e queproporcionem um incremento de, no mínimo, 30% (trinta inteiros por cento) da produçãomédia da empresa nos últimos dois anos.

§ 4° - O benefício, a que se refere o parágrafo anterior, deve ser calculado sobre:

I - o percentual de acréscimo de área construída, conforme Tabela IV do Anexo Único da LeiComplementar nº 35, de 2006, para o caso do Imposto sobre a Propriedade Predial eTerritorial Urbana (IPTU);

II - o maior valor entre as médias aritméticas, obtidas a partir da média anual dos postos detrabalho, acréscimo da receita anual de prestação de serviços tributáveis e acréscimo do valoradicionado, conforme as faixas das Tabelas I, II e III do Anexo Único da Lei Complementar n°35, de 2006, para o caso do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).

Art. 5° - O CAIF concederá incentivos fiscais para instalação e expansão às pessoas jurídicasque atenderem as condições deste Regulamento, sendo concedida redução de 30% (trinta porcento) no valor do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), incidente sobre aaquisição do imóvel utilizado exclusivamente para seu estabelecimento, exceto no que trata oart. 21, da Lei Complementar nº 35, de 2006.

§ 1º - A redução somente será concedida às requerentes que declararem ocorrência do fatogerador por ocasião da escrituração do respectivo título aquisitivo, lavrado, exclusivamente,num dos Cartórios de Notas pertencentes à circunscrição do município de Fortaleza.

§ 2° - O direito ao incentivo fica assegurado até a data da efetiva regularização do registro doimóvel.

Art. 6° - Não poderão usufruir dos benefícios previstos neste Decreto empresas que exerçamas atividades de prestação de serviços dos itens 10 (dez) e 15 (quinze) e seus subitens doAnexo Único da Lei Complementar nº 14, de 26 de dezembro de 2003, excluindo-se asorganizações que promovem exclusivamente operações de microcrédito.

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Art. 7° - O percentual do benefício, tendo por base o ISSQN relativo às operações de serviçospróprios gerados pela sociedade empresária beneficiária, na forma prevista na legislação doPRODEFOR, não poderá resultar numa alíquota inferior a 2% (dois por cento).

Seção II

Do Prazo

Art. 8° - O prazo de concessão dos incentivos fiscais será de até 60 (sessenta) meses, podendoser ampliado por igual período, a pedido do interessado e de acordo com a conveniência eoportunidade do Município.

CAPÍTULO IV

DA HABILITAÇÃO, CONTRATAÇÃO E LIBERAÇÃO

Seção I

Da Habilitação

Art.9° - Para se habilitarem aos benefícios do PRODEFOR, as sociedades empresariais deverãoencaminhar seu pleito ao CAIF, acompanhado do respectivo projeto de viabilidade, em duasvias, o qual será remetido ao GAP.

§1º - O projeto de viabilidade mencionado no "caput" deste artigo deverá seguir roteirofornecido pelo órgão gestor do PRODEFOR, onde serão detalhados:

I - as informações sobre previsão de recursos a investir;

II - os prazos de maturação do investimento;

III - os produtos e as suas respectivas quantidades;

IV - o cronograma físico-financeiro das obras civis, de instalação e operação dosequipamentos; e

V - a previsão de empregos a serem gerados.

§ 2° - O projeto de viabilidade econômica deve ser aprovado pelo CAIF, através de resolução.

Art. 10º - O GAP terá o prazo de 30 (trinta) dias contados a partir da data de entrada do pleito,para elaboração do parecer técnico sobre a concessão de incentivos, cuja análise deverádemonstrar a viabilidade econômico-financeira do empreendimento.

§ 1° - Concluída a análise do GAP, o pro-cesso retornará ao CAIF para apreciação.

§ 2° - Estando o processo instruído, o CAIF emitirá parecer conclusivo, no prazo de 30 (trinta)dias, do qual deverá constar obrigatoriamente a discriminação do enquadramento do pleito.

Art. 11º - No caso de não aprovação do projeto pelo CAIF, este será arquivado pelo órgãogestor do PRODEFOR.

Art. 12º - Para habilitação aos benefícios previstos na Lei Complementar nº 35, de 2006, asempresas deverão comprovar, através de laudo técnico emitido pelo GAP, do PRODEFOR, que:I - no caso de empresa nova, o início da atividade ocorreu há menos de 180 (cento e oitenta)dias contados da apresentação do projeto ao Grupo;

II - no caso de expansão da empresa, que o projeto foi concluído a menos de 180 (cento eoitenta) dias, contados a partir da apresentação do projeto ao Grupo.

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Art. 13º - Além do projeto de viabilidade, as requerentes deverão apresentar os seguintesdocumentos:

a) ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, e, no caso desociedade por ações, os documentos de eleição de seus administradores, devidamenteregistradas e atualizadas;

b) prova de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);

c) indicação e qualificação (nome, número do RG e CPF) de quem subscreve os documentos ede quem assinará o instrumento legal que concederá o benefício, na hipótese da aprovação dorequerimento, acompanhado de procuração com fé pública, quando for o caso;

e) certidão de regularidade fiscal da Secretaria da Fazendo do Estado do Ceará - SEFAZ dosúltimos três meses;

f) certidão conjunta de regularidade com a Receita Federal do Brasil e do Instituto Nacional doSeguro Social dos últimos três meses;

g) certidão de regularidade do FGTS dos últimos três meses;

h) solicitação de licença à Secretaria do Meio Ambiente do Estado (SEMACE) e do município(SEMAM);

i) documento que comprove a propriedade ou a posse do imóvel, objeto do benefício, seja elecontrato particular de compra e venda ou escritura pública, caso o imóvel seja da empresa, oucontrato de locação do imóvel devidamente registrado no Cartório de Títulos e Documentos,caso o imóvel seja de terceiros;

j) licença de funcionamento ou seu protocolo de pedido ou documento que vier a substituí-los,expedido pelo órgão municipal competente, consoante seu ramo de atividade;

k) descrição dos serviços a que se refere o incentivo pleiteado.

Art. 14º - No que se refere aos benefícios instituídos pelos arts. 14, 18 e 20 da LeiComplementar nº 35, de 2006, as requerentes deverão anexar ao projeto de viabilidadeeconômica, além dos documentos relacionados no art. 15 deste Decreto, as seguintesinformações:

a) documento que comprove o número médio anual de empregados do último exercício queantecede ao pedido, para as requerentes já instaladas no Município, bem como a estimativade novos postos de trabalho esperados;

b) estimativa do número médio de empregados, para as requerentes que vierem a se instalarno Município;

c) Declaração de Informações Econômico-Fiscais - DIEF, relativa ao valor adicionado doexercício anterior e à estimativa do valor adicionado, para as requerentes já instaladas noMunicípio;

d) estimativa do valor adicionado para as requerentes que vierem se instalar no Município;

e) declarações, na forma que dispuser o regulamento do ISSQN, que comprovem o diferencialpositivo da receita anual de prestação de serviços tributáveis; ocorrido nos últimos dois anosanteriores ao exercício pretendido.

Art. 15º - Os documentos referidos neste Decreto devem ser apresentados em original ou porqualquer processo de cópia, que possibilite a leitura e pleno entendimento, autenticado porTabelião de Notas, ou por funcionário da unidade municipal que o receba.

Parágrafo Único - Todos os documentos deverão, ainda, ser apresentados rubricados pelorepresentante legal do requerente, devidamente identificado.

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Art. 16º - As empresas beneficiárias do PRODEFOR, que sofram processo de incorporação,fusão ou cisão, transferirão para as empresas que dela resultem, todos os direitos e obrigaçõesdecorrentes de benefícios concedidos às operações produtivas originalmente incentivadaspelo aludido Programa, pelo prazo remanescente, desde que permaneçam atendidos osrequisitos legais previstos na legislação.

Art. 17º - As empresas, que fizerem opção pelos benefícios disciplinados por este Decreto,ficam obrigadas a apresentar anualmente, contados a partir da data de início da concessão,formulários de acompanhamento aplicados pelo GAP, para verificação do cumprimento dasmetas estabelecidas no projeto de viabilidade e sempre que solicitado pelo CAIF.

Parágrafo Único - Para efeito desse artigo, as beneficiárias deverão anexar os seguintesdocumentos:

a) Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED);

b) Declaração de Informações Econômico-Fiscais (DIEF);

c) Declarações, na forma que dispuser o regulamento do ISSQN;

d) Declarações, na forma que dispuser o regulamento do ITBI.

Art. 18º - Conforme disposto no art. 13 da Lei Complementar nº 35, de 2006, ficandocomprovado que a beneficiária laborou com má fé, incorrendo em fraude ou distorcendoinformações para auferir dos benefícios oferecidos pelo Poder Público Municipal, ficará, sujeitaàs quaisquer penalidades previstas na legislação criminal, cabendo-lhe reembolsar o Municípiode todas as despesas a que deu causa, sem prejuízo de outras penalidades previstas nalegislação.

Art.19º - Em caso de falência, extinção ou liquidação da beneficiária, os incentivos concedidoscessarão a partir da data dessas ocorrências.

Art. 20º- A redução do período dos benefícios concedidos, ou o seu cancelamento, seráefetuado mediante processo administrativo sumário.

Seção II

Do Desembolso e das Garantias

Art. 21º - Os recursos do PRODEFOR integram o orçamento da Secretaria de Finanças deFortaleza (SEFIN).

Art. 22º - Cada parcela do benefício será liquidada de uma só vez, no último dia do mês devencimento, nos prazos estabelecidos na legislação.

§ 1º - O valor da parcela do benefício concedido à sociedade empresária, para pagamento atéo vencimento, corresponderá ao percentual aferido com base no Anexo Único da LeiComplementar nº 35, de 2006.

§ 2º - Qualquer parcela do benefício, liquidada após a data do vencimento será acrescida,desta data até a data da efetiva liquidação, de:

I - variação integral, acumulada no período, da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) ou outrataxa que venha a substituí-la, além do acréscimo moratório de 0,3% (três décimos por cento)por dia de atraso até o limite máximo de 10% (dez por cento);

II - juros monetários de 1% (um por cento) ao mês ou fração, sobre o saldo devedor atualizado.

Art. 23º - A sociedade empresária, que atrasar por mais de 60 (sessenta) dias o recolhimentode ISSQN, terá esse débito inscrito na Dívida Ativa Municipal.

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§ 1º - O crédito tributário, a que refere o "caput", será recomposto ao seu valor integral, comose benefício algum houvesse, desde a data do vencimento do ISSQN originalmente apurado,acrescido dos encargos previstos na legislação para o atraso de recolhimento.

§ 2º - O contribuinte e seus representantes legais terão seus nomes inscritos no Cadastro deInadimplentes da Fazenda Pública Municipal (CADIM).

CAPÍTULO V

DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 24º - O PRODEFOR será operado pelo seu órgão gestor, segundo critérios propostos peloConselho Consultivo para o Desenvolvimento do Município - CCD, e aprovado pelo CAIF.

Art. 25º - O CAIF é um colegiado de deliberação superior e de definição normativa da políticade incentivos fiscais, sendo presidido pelo Secretário de Finanças e integrado pelo Secretáriodo Planejamento e Orçamento, Secretário de Desenvolvimento Econômico, Procurador Geraldo Município e Chefe de Gabinete da Prefeita.

Art. 26º. - Compete ao CAIF:

I - aprovar as operações de PRODEFOR;

II - firmar protocolos de intenções com as sociedades empresariais que desejarem investir noMunicípio de Fortaleza;

III - expedir resoluções concedendo benefícios fiscais;

IV - estabelecer prioridades para aplicação dos recursos.

Art. 27º - Compete ao CAIF:

I - manter o controle financeiro do Programa;

I - elaborar e remeter à SEFIN os planos financeiros mensais, relativos aos desembolsos dasoperações contratadas;

III - receber e analisar propostas de operações para fins de enquadramento no PRODEFOR;

IV - manter núcleos técnicos para analisar, contratar, liberar e fiscalizar as aplicações dosrecursos do PRODEFOR;

V - estabelecer, mediante resolução, as normas e procedimentos operacionais;

VI - elaborar e apreciar as propostas de operações do PRODEFOR, acompanhadas de parecertécnico do GAP;

VII - celebrar contratos, devidamente aprovados por resolução do CAIF, referentes àsoperações ativas deste colegiado;

VIII - fiscalizar periodicamente, juntamente com a SDE, as sociedades empresárias assistidaspelo PRODEFOR;

IX - elaborar roteiros de informações à habilitação das sociedades empresárias.

Art. 28º - O GAP terá a finalidade de proceder à avaliação econômica, financeira, operacional etributária dos projetos apresentados pelas sociedades empresarias interessadas em investirem Fortaleza, bem como gozarem dos benefícios disciplinados na legislação do PRODEFOR.

Parágrafo Único - O grupo, de que trata o "caput" deste artigo, é integrado por representantesda Secretaria de Finanças (SEFIN), Secretaria do Planejamento e Orçamento (SEPLA), Secretariade Desenvolvimento Econômico (SDE), Procuradoria Geral do Município (PGM) e Chefia deGabinete da Prefeita.

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CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 29º - O prazo de fruição dos benefícios previstos nesse Decreto poderá ser alterado pormeio de legislação específica.

Art. 30º - As sociedades empresarias beneficiárias de operações do PRODEFOR são obrigadasa manter rigorosamente em dia suas obrigações para com o órgão gestor e com o FiscoMunicipal, sob pena de ter automaticamente suspenso todos os benefícios deste Programa.

Art. 31º - Para fruição dos benefícios do PRODEFOR, as empresas e seus respectivos dirigentesdetentores do controle efetivo da sociedade empresária, terão que se enquadrar nas regrasfixadas pelo órgão gestor para concessão de benefícios fiscais, inclusive comprovação deregularidade junto ao CADIM municipal.

Art. 32º - A paralisação das atividades da sociedade empresária beneficiária, ou oencerramento de suas atividades no Município implicarão na rescisão automática do contrato,devendo o órgão gestor do PRODEFOR promover as medidas legais cabíveis.

Art. 33º - Compete privativamente ao CAIF propor alterações neste Regulamento.

Art. 34º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA, aos 19 dias do mês de fevereiro de 2008.

Luizianne de Oliveira Lins

PREFEITA DE FORTALEZA.