manual do formando - hst construção
TRANSCRIPT
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8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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Mala Pedaggica de Apoio Formao
Segurana,
Higiene e Sadeno TrabalhoSector daConstruo Civil
Manual do Formando
Autor. Hugo Monteiro
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IntroduoContedo do conjunto didctico
ObjectivosPblico-alvo
Metodologia ormativaAvaliao
Suporte digitalObjectivos especfcos do conjunto didctico - 1 Parte
GlossrioDL 273/2003 de 29 de OutubroAcidente de trabalho
lcool no trabalhoRudo
Organizao do estaleiroManuteno do estaleiro
Manuteno de equipamentosArmazenamento
Sinalizao de segurana
Objectivos especfcos do conjunto didctico - 2 ParteMovimentao mecnica de cargas
Movimentao manual de cargasMquinas/Ferramentas portteis
Escadas de moUtilizao de ar comprimido
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Substncias perigosasTrabalhos na proximidade de guaTrabalhos na proximidade de trnsitoTrabalhos em alturaAndaimesEquipamentos de proteco individualObjectivos especfcos do conjunto didctico - 2 ParteIntererncia com inra-estruturas
EscavaesEscavao de valasTrabalhos com electricidadeDemoliesEspaos confnadosExecuo de trabalhos de estruturaExecuo de trabalhos de alvenariaTrabalhos de montagem de instalaes especiaisTrabalhos em CoberturasTrabalhos de aplicao de pavimentos e revestimentos
Trabalhos de carpintaria (limpos)Trabalhos de serralharia
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ndice
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Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
Precisam-se homens para jornada perigosa.
Baixo salrio, frio intenso, longas horas de completa escurido.
Regresso em segurana no garantido.
Honra e reconhecimento em caso de sucesso
Anncio de trabalho publicado no jornal London Times, incio do sculo XX
Ao contrrio da realidade um sculo atrs, o objectivo hoje dos tcnicos de segurana garantiruma qualidade de vida aos trabalhadores de forma a que estes terminem cada jornada de trabalhosos e salvos.Pretende-se com este manual contribuir para a melhoria das condies de trabalho, criando umaferramenta que possibilite aos trabalhadores, a identicao de perigos e/ou de situaes perigo-sas, desenvolvendo desta forma uma cultura de segurana e, assim, transformar cada local detrabalho num Lugar Seguro, tanto para estes como para todos os que nele trabalhem.
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Manual do Formando
Introduo
Atendendo ao elevado nmero de acidentes
de trabalho e de doenas prossionais que se
vericam, falta de formao dos trabalha-
dores, pequena dimenso das empresas,
disponibilidade reduzida dos trabalhadores para
a formao, ao tempo e aos custos elevadosenvolvidosnos processos de formao, a elabo-
rao de um instrumento de fcil aprendizagem,
esclarecedor e que acompanhe os ritmos de
aprendizagem de cada trabalhador; conciliando
imagens com explicaes prticas de como
proceder e actuar, tem como nalidade contri-
buir para que, os trabalhadores vejam melhora-
das as suas competncias no mbito da segu-
rana higiene e sade no trabalho. Pretende-se
ainda contribuir para a reduo do nmero de
acidentes que se verica neste sector de ac-
tividade to agelado. Este produto tem como
nalidade promover a utilizao generalizada,
autnoma e reectida das medidas preventivas
pelos trabalhadores Pretende-se que, de forma
autnoma e responsvel, o trabalhador invista
na sua aprendizagem ao longo da vida.
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Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
Contedo do conjuntodidtico
O conjunto didctico sobre regras de seguran-
a higiene e sade no trabalho, para o sectorda construo civil composto pelos seguintes
elementos:
Manual do formandoEste guia de formao constitui o principal ins-
trumento do conjunto e contem:
Neste manual so descritos os riscos e
medidas preventivas que usualmente se en-contram em actividades de construo civil e
obras pblicas.
Actividades didcticas para os formandos.
CD-ROMEste suporte electrnico contem o conjunto dos
documentos que compem o presente manual,
adaptados aos formatos adequados.
Figura em anexo ao guia de formao um vdeo
ilustrando situaes reais de obra
Objectivos
O projecto tem como nalidade transmitir de
uma forma clara e precisa informao aos tra-
balhadores. Os objectivos de desenvolvimen-
to que podem ser alcanados utilizando esteconjunto de ferramentas de formao so os
seguintes:
Consciencializao dos trabalhadores para
a segurana e sade;
Mudar prticas e vcios adquiridos;
Diminuio dos acidentes de trabalho e das
doenas prossionais;
Identicao das medidas preventivas a uti-
lizar perante determinada situao;
Melhorar a movimentao manual de cargas;
Melhorar a movimentao mecnica de cargas;
Utilizao correcta de mquinas e equipa-
mentos;
Identicar os perigos elctricos;
Actuao em situaes de acidente e de
emergncia; Identicar a sinaltica e rotulagem.
Pblico alvo
Este conjunto foi preparado para os trabalha-
dores encarregues de dirigir trabalhos nas fren-
tes de obra, encarregados e/ou chefes de equipa.
Metodologia formativa
Os mtodos de ensino tradicionais so funda-
mentalmente baseados na transmisso dos con-
hecimentos, e na recepo passiva do conheci-
mento.
Neste manual, a formao construda tanto a
partir dos contedos programticos, como de
experincias dos formandos que constituem
uma contribuio essencial para o processo
de formao. Pretende-se desta forma trans-
cender a fronteira da formao tradicional.
Decorre da que a formao est centrada no
participante, e que o formador desempenha o
papel de facilitador, guiando e apoiando o
processo de aprendizagem na transmisso dascompetncias tcnicas que devem interagir
com a experincia do formando.
AvaliaoEsto previstos diversos exerccios que fun-
cionam como avaliao durante o decorrer da
formao, com a nalidade de controlar os di-versos elementos e de modo a contribuir devi-
damente para o cumprimento dos objectivos
gerais da formao.
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7Manual do Formando
Mudar prticas e vcios adquiridos;
Identicar prticas erradas;
Identicar prticas adequadas a cada tipo
de trabalho.
Diminuio dos acidentes de trabalho e das
doenas prossionais;
Identicar um acidente de trabalho;
Identicar as principais causas de aciden-
tes de trabalho;
Identicar as consequncias de um aci-
dente de trabalho;
Identicar a sinaltica e rotulagem.
Identicar os diferentes tipos de sinalizao
existente.
Adoptar a sinalizao adequada a cada
situao;
Identicar a informao existente na rotulagem;
Identicar simbologia dos rtulos.
No nal do manual existe um exerccio de ava-
liao que abrange a totalidade dos contedos
do manual.
Suporte Digital - CD-ROMO CD-ROM contido neste conjunto foi conce-
bido de modo a desenvolver e publicar os con-
tedos da formao em formato electrnico
para que os formandos possam usufruir das
ferramentas informticas para explorar o ma-
nual de formao.
Neste CD-ROM, encontraro a totalidade dos
mdulos do manual de formao.So estabelecidos vnculos dentro destes do-
cumentos e entre documentos, para permitir
ao utilizador navegar facilmente atravs dos
distintos contedos.
Objectivos especcos doconjunto didctico
A esta primeira parte do manual de formao
engloba um conjunto de temas relacionados
com o enquadramento da segurana nos es-
taleiros de construo civil e a organizao da
segurana nos estaleiros.
Ao nal deste primeiro ciclo de formao, o for-
mando dever atingir os seguintes objectivos:
Consciencializao dos trabalhadores para
a segurana e sade;
Identicar a especicidade do sector da
construo;
Situar o lugar e o papel de cada um dos
intervenientes numa obra de construo;
Percepo dos riscos existentes na activi-
dade desenvolvida; Percepo das consequncias de um aci-
dente de trabalho;
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Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
Glossrio
Acidente de Trabalho
Acidente que se verique no local e tempo de
trabalho e produza directa ou indirectamenteleso corporal, perturbao funcional ou doen-
a de que resulte reduo na capacidade de
trabalho ou de ganho ou a morte.
Risco
Expressa uma probabilidade de possveis da-
nos dentro de um perodo especco de tempo
ou nmero de ciclos operacionais.
Risco aceitvel
Risco que foi reduzido a um nvel que possa
ser aceite pela Empresa, tendo por objectivo
o cumprimento da legislao aplicvel e a sua
prpria poltica da Segurana, se aplicvel.
Perigo
Fonte ou situao para o dano, em termos de
leses ou ferimentos para o corpo humano oude danos para a sade, para o patrimnio, para
o ambiente do local de trabalho, ou uma com-
binao destes.
Danos
a gravidade (severidade) da perda humana,
material, ambiental ou nanceira que pode
resultar, caso no exista controle sobre um
risco.
Causa
Poder ser de carcter humano, material ou
fortuito relacionado com o evento catastrco
(acidente ou falha), resultante da materializao
de um risco, provocando danos.
SeguranaImunidade ocorrncia de danos resultantes
de um risco inaceitvel. frequentemente
denida como iseno de riscos. No entanto,
praticamente impossvel a eliminao comple-
ta de todos os riscos. Segurana , portanto,
um compromisso de uma relativa proteco de
exposio a riscos.
Perdas
o prejuzo sofrido por uma empresa, sem ga-
rantia de ressarcimento por seguro ou outros
meios.
Incidente de trabalho
Acontecimento que esteve na origem de um
potencial acidente de trabalho, gerando ape-
nas danos materiais. Este pode ser designado
por quase acidente.
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9Manual do Formando
DL 273/2003 de 29 deOutubro
As condies de segurana no trabalho desen-
volvido em estaleiros temporrios ou mveisso, frequentemente, decientes e esto na
origem de um elevado nmero de acidentes de
trabalho com consequncias graves e mortais,
provocados, sobretudo por quedas em altura,
esmagamentos e soterramentos.
O plano de segurana e sade constitui um dos
instrumentos fundamentais do planeamento e
da organizao da segurana no trabalho emestaleiros temporrios ou mveis. Este plano
deve ser elaborado a partir da fase projecto da
obra, sendo posteriormente desenvolvido e es-
pecicado antes de se passar execuo da
obra, com a abertura do estaleiro.
Trata-se assim de um nico plano de seguran-
a e sade para a obra, cuja elaborao acom-
panha a evoluo desde a fase de projecto da
obra para a fase de execuo, at concluso
da mesma.
O desenvolvimento do Plano de Segurana e
Sade (PSS) da fase de projecto para a exe-
cuo da obra da responsabilidade da enti-
dade executante.
Caber ao coordenador de segurana em obravalidar tecnicamente o desenvolvimento e as
eventuais alteraes ao plano, cuja aprovao
competir sempre ao dono de obra.
A coordenao de segurana divide-se em
duas fases, fase de projecto e fase de obra,
cabendo ao dono de obra a sua nomeao e
divulgao em obra atravs da axao da co-
municao prvia.
O coordenador de segurana em obra e plano
de segurana e sade no so obrigatrios em
todas as obras. Contudo, se houver neces-
sidade de executar trabalhos que apresentem
riscos especiais, a entidade executante deve
dispor de chas de procedimentos de segu-
rana que indiquem as medidas de prevenonecessrias para executar esses trabalhos.
O artigo 7 do decreto-lei 273/2003 de 29 de
Outubro dene que trabalhos com riscos espe-
ciais, so trabalhos que:
exponham os trabalhadores a risco de so-
terramento, de afundamento ou queda em
altura;
exponhamos trabalhadores a riscos qumi-
cos ou biolgicos susceptveis de causar
doenas prossionais;
exponham os trabalhadores a radiaes
ionizantes;
sejam efectuados na proximidade de linhas
elctricas de mdia ou alta tenso;
sejam efectuados em vias ferrovirias ourodovirias que se encontrem em utilizao
ou na sua proximidade;
de mergulho com aparelhagem ou que im-
pliquem risco de afogamento;
em poos, tneis, galerias ou caixes de ar
comprimido;
envolvam a utilizao de explosivos ou at-
mosferas explosivas;
sejam de montagem e desmontagem de ele-mentos prefabricados ou outros;
o dono de obra, o autor do projecto ou coorde-
nadores de segurana entenda consider-los.
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10 Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
Acidente de trabalho
Por qu prevenir os acidentes? Porque prevenir
mais econmico e sensato que corrigir.
Acidente de Trabalho, umacidente ou sinis-
tro, entendido como acontecimento sbito
e imprevisto, sofrido pelo trabalhador que se
verique no local e no tempo de trabalho.
Descaracterizao do Acidente de Trabalho
Existem casos em que o acidente pode apa-
recer formalmente como de trabalho, mas em
que a lei o descaracteriza como tal. H umacausa inerente ao trabalho, mas h, tambm,
uma causa estranha que com ela se combina
e, dada a sua importncia, a lei retira primeira
a sua proteco.
A legislao indica-nos os casos em que o aci-
dente deixa de se considerar de trabalho, no
dando, em consequncia, lugar a reparao:
o que for dolosamente provocado pelo sinis-
trado ou provier de um seu acto ou omisso,
que importe violao, sem causa justicativa,
das condies de segurana estabelecidas
pela entidade empregadora ou previstas na
lei;
o que provier exclusivamente de neglign-
cia grosseira do sinistrado;
o que resultar de privao permanente ou
acidental do uso da razo do sinistrado, nos
termos da lei civil, salvo se tal privao derivar
da prpria prestao do trabalho, ou se a en-
tidade empregadora ou o seu representante,
conhecendo o estado do sinistrado, consentir
na prestao;
o que provier de caso de fora maior.
Os acidentes de trabalho podem ter vrias
causas:
Causas humanas (faltas de ateno, des-
cuidos, etc.);
Causas tcnicas ou materiais (deciente
proteco de mquinas,avarias sbitas, mau estado do equipamen-
to, etc.);
Causas fortuitas (factores causais).
Consequncias de um acidente:
Embora sejam muitas as consequncias de um
acidente de trabalho, o maior prejudicado o
trabalhador. Os prejuzos materiais podem ser
reparados com a compra e reposio dos ob-
jectos ou mquinas danicadas, mas o traba-
lhador no pode ser recuperado com a mesma
facilidade.
lcool no trabalho
O trabalho na construo civil envolve um ele-vado nmero de riscos devido realizao de
operaes perigosas, tais como: trabalhos em
Plano Humano Plano Material
SinistradoSofrimento fsi-co; Sofrimentomoral
Perda de salrio;Diminuio depotencial: pros-sional
Famlia Diminuio dasfaculdades dosinistrado
Diculdadesnanceiras
Empresa
Perda de ima-gem; Desmotiva-o do pessoal
Perda deproduo;Agravamentodos custos;Diminuio doPatrimnio
Pas
Diminuiodo potencialhumano
Agravamentodos custoscom SeguranaSocial; Custosde reinserosocial
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11Manual do Formando
altura, trabalho em espaos connados, es-
cavaes, etc.
O consumo de drogas e lcool aumenta o risco
de acidente. Esta situao particularmente
grave quando consumido por quem manuseia/
manobra mquinas e/ou equipamentos. Pois aocorrncia de um acidente pode ter consequn-
cias graves sobre os outros trabalhadores.
O tempo de absoro do lcool pelo organismo
depende da quantidade de lcool e alimentos
ingeridos.
A maior quantidade de lcool absorvida pelo
estmago e pelo intestino.
O lcool absorvido entra na corrente sangunea
e transportado para os vrios rgos, sendo
decomposto na sua maior parte pelo fgado e
o restante excretado atravs dos rins, dos pul-
mes e das fezes.
A absoro do lcool pelo organismo comea
com a ingesto do primeiro golo. Cerca de 10 a15 minutos aps o primeiro golo o organismo j
absorveu 50% da totalidade de lcool ingerido,
e aps meia hora a quantidade de lcool in-
gerida atinge os 2/3. Uma hora aps o incio da
ingesto, a absoro do lcool total.
A ingesto de lcool combinada com a ingesto
de alimentos no anulam os efeitos do lcool,
apenas retardam a sua absoro por parte doorganismo.
Efeitos do lcool a curto prazo:
Reduo da percepo e dos reexos;
Retarda as reaces;
Diminui o poder de concentrao;
Altera as noes de distncias;
Altera o equilbrio;
Altera o campo de viso.
Rudo
O som uma vibrao que se propaga peloar em forma de ondas e que percebida pelo
ouvido humano. uma sensao agradvel,quando em nvel suportvel e que no irrita.
O som pode ser mais ou menos perigoso de-
pendendo da sua frequncia e intensidade.
O rudo um som prejudicial sade humana,que causa sensao desagradvel e irritante. O
grau de risco tambm depende de outros fac-
tores como tempo de exposio.
A intensidade, medida em decibel (dB), afora ou presso que o som exerce nos nossos
ouvidos. conhecido como altura ou volume.
Um lugar tranquilo tem sons de baixa intensi-
dade, enquanto que uma mquina ruidosa pro-
duz sons de alta intensidade.
Quando a intensidade alcana valores altos,
o som transforma-se em risco para a audio
dos trabalhadores.
Factores que inuenciam:
Tempo de exposio: Quanto maior for este
tempo maior o risco;
Distncia fonte geradora: Quanto mais
prximo da origem do rudo maior a ex-
posio ao risco;
Intensidade: Quanto maior a intensidade,
maior o risco para o trabalhador.
A exposio ao rudo provoca a perda de
audio por:
Danos nas clulas nervosas do ouvido in-
terno;
Reduo gradual da sensibilidade da audio.
A perda de audio IRREVERSVEL
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12 Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
Utilizao de protectores auriculares (tampes) durante uma
operao de furao.
Outros efeitos:
Acelerao da pulsao;
Aumento da presso sangunea; Estreitamento dos vasos sanguneos;
Dilatao da pupila;
Aumento do ritmo cardaco;
Reaces musculares;
Medidas preventivas / proteco
Interveno na fonte emissora:
Eliminar ou substituir as mquinas ruidosas;
Realizar manuteno preventiva de modo a
evitar o aumento de rudo produzido pelos equi-
pamentos devido degradao dos mesmos.
Interveno sobre a propagao:
Utilizao de painis absorventes;
Encapsulamento (blindagem) dos elemen-
tos ruidosos; Aumentar a distncia fonte emissora;
Interveno sobre o trabalhador:
Diminuir o tempo de exposio;
Utilizao de Equipamento de Proteco
Individual.
Utilizao de protectores auriculares (abafadores) em operao
de demolio. Proteco combinada com capacete de pro-
teco e culos de proteco.
Organizao do estaleiro
Durante a fase de construo de uma obra
torna-se necessria a montagem de um esta-
leiro de apoio. Na montagem/desmontagem eutilizao do estaleiro existe um conjunto de
riscos, que devem ser tidos em considerao
para denio das medidas de preveno a
implementar de modo a evitar a ocorrncia de
acidentes.
Riscos mais frequentes: Acidentes de viao;
Electrocusso; Atropelamento;
Entalamento;
Quedas ao mesmo nvel;
Cortes/ perfuraes;
Incndio.
Medidas preventivas / preveno (es-taleiro):
Manter o estaleiro limpo e arrumado; Organizar as actividades no estaleiro de
modo a evitar sobreposio de actividades;
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13Manual do Formando
Implementar um plano de sinalizao glo-
bal que inclua sinalizao de segurana bem
como sinalizao rodoviria; Efectuar a manuteno e limpeza das vias
de circulao;
Prever vias de circulao distintas para tra-
balhadores e veculos.
Medidas preventivas / preveno (es-critrios):
Instalar meios de combate a incndio ade-
quados;
Instalar iluminao adequada s tarefas a
serem desenvolvidas;
Prever a ventilao das instalaes, assim
como um ambiente trmico dentro dos par-
metros de conforto;
Prever instalaes sanitrias de acordo com o
nmero de trabalhadores presentes em estaleiro.
Manuteno do estaleiro
As operaes de manuteno e limpeza do esta-
leiro tm por objectivo garantir as condies de
salubridade para todos os intervenientes.
A limpeza e arrumao da responsabilidade de
todos. Deste modo, todos devem contribuir para:
Que as zonas de trabalho estejam limpas e
arrumadas, sem objectos que possam causar
leses;
Que sejam removidos os pregos das tbuas
ou armazenar as tbuas de forma a evitar aci-
dentes; Limpar combustveis, leos, gorduras,
qumicos o mais rapidamente possvel, e co-
locar sinais de aviso nos locais de derrame;
Que as instalaes e os acessos estejam
adequados aos diferentes equipamentos do
estaleiro;
Que os caminhos de circulao devem es-
tar desimpedidos e limpos.
Que a iluminao deve estar adequada tan-
to ao trabalho nocturno, como diurno ou de
fraca visibilidade;
Que a iluminao danicada deve substituda; Garantir o acesso a veculos e equipas de
emergncia a todos os locais do estaleiro;
Que a sucata e o lixo devem ser retirados das
zonas de trabalho o mais rapidamente poss-
vel e so colocados nos locais denidos.
Armazenamento de materiais efectuado sem denio dos
caminhos de circulao. Caminhos de circulao impedidos.
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1 Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
Manuteno de equipamentos
As operaes de manuteno de equipamentos
nos estaleiros temporrios representam um fac-
tor de risco acrescido, uma vez que estes locaisno se encontram concebidos como ocinas de
mecnica.
Assim sendo, por forma a minimizar os riscos
decorrentes desta actividade:
As reparaes nos equipamentos s podem
ser efectuadas por tcnicos habilitados:
A manuteno deve ser efectuada em localdenido para o efeito.
Antes de efectuar a manuteno, isolar o lo-
cal, vericar a presso hidrulica, efectuar o
corte geral,
Assinalar e informar os responsveis das fa-
lhas detectadas nos veculos;
Devem ser tomados cuidados especiais no
manuseamento de lubricantes, materiais e
componentes a alta temperatura. Os leos usados devem ser armazenados
em bacias de reteno e recolhidos por opera-
dores autorizados para efectuar a reciclagem.
Estabilizao incorrecta. Em caso de coliso o equipamento
pode cair.
Armazenamento
Uma correcta organizao do estaleiro reduz a
probabilidade de ocorrncia de acidentes.
Devero ser criadas zonas especcas de ar-mazenamento, diferenciando os materiais
pelas suas caractersticas, nomeadamente,
tipo, dimenso e forma dos mesmos.
Os materiais devem ser arrumados e orde-
nados nos locais denidos e de acordo com
as indicaes do fabricante;
Prever acessos adequados que devem ser
mantidos em boas condies, para movimen-tao dos materiais, bem como para situa-
es de emergncia, etc
Os materiais devem ser correctamente em-
pilhados, por forma a que no caiam;
Os materiais de maior dimenso devem -
car na base e os de menor no topo;
As substncias perigosas devem ser arma-
zenadas tendo em ateno a cha de dados
de segurana;
Os materiais devem ser armazenados por
forma a evitar a movimentao sucessiva;
Sempre que possvel, os locais de arma-
zenagem devem estar fechados, evitando o
acesso de pessoas no autorizadas;
Os locais de armazenagem devem estar
devidamente sinalizados. Os materiais com arestas cortantes devem
ser protegidos;
Armazenamento de vares de ao.
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1Manual do Formando
obrigaes;
meios de salvamento ou de socorro;
equipamento de combate a incndios;
assinalar recipientes e tubagens;
riscos de choque ou queda;
vias de circulao.
A sinalizao deve ser ocasional para: assinalar acontecimentos perigosos;
chamada de pessoas (bombeiros, enfermei-
ros, etc.);
evacuao de emergncia;
orientao dos trabalhadores que efectuam
manobras.
Meios e dispositivos de sinalizao Os meios e os dispositivos de sinalizao
devem ser regularmente limpos, conserva-
dos, vericados e, se necessrio, reparados
ou substitudos;
O bom funcionamento dos sinais luminosos
e acsticos devem ser vericados antes da
sua entrada em servio e, posteriormente,devem ser alvo de vericaes peridicas;
O nmero e a localizao dos meios ou
dispositivos de sinalizao dependem da im-
portncia dos riscos, dos perigos e da exten-
so da zona a cobrir.
No caso de dispositivos de sinalizao que
funcionem atravs de uma fonte de energia
deve ser assegurada uma alimentao alter-
nativa de emergncia; O sinal luminoso ou acstico que indique o
incio de uma determinada aco deve pro-
Sempre que necessrio devem ser utiliza-
dos equipamentos de proteco individual
adequados para transportar os materiais ar-
mazenados;
Sinalizao de Segurana
A utilizao de sinais, sonoros, luminosos ou
visuais, entendida como um processo de co-
municao rpida e ecaz.
A sinalizao de segurana aquela que, rela-
cionada com um objecto ou uma situao de-
terminada, d ao trabalhador uma indicao
por meio de um som, uma cor ou de um sinal
de segurana.
Objectivo da sinalizao de seguranaA sinalizao de segurana tem como objec-
tivo, chamar a ateno, de uma forma rpida
e inteligvel, para objectos e situaes suscep-
tveis de provocar determinados riscos.
A sinalizao, no dispensa, nunca, a neces-
sidade de aplicao de medidas de proteco
impostas por diplomas legais.
A sinalizao deve ser permanente para: proibies;
avisos;
Recolha selectiva de . resduos de obra
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1 Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
longar-se durante o tempo que a situao o
exigir e deve ser rearmado imediatamente
aps cada utilizao;
As zonas, as salas ou os recintos utilizados
para armazenagem de substncias perigosas
devem ser assinalados com sinais de aviso,excepto nos casos em que a rotulagem das
embalagens ou dos recipientes for suciente
para o efeito.
Condies de utilizao dos sinais Os sinais devem ser instalados em local
bem iluminado, a uma altura e em posio
adequadas, tendo em conta eventuais im-
pedimentos sua visibilidade;
Em caso de iluminao deciente devem
usar-se cores fosforescentes, materiais re-
ectores ou iluminao articial na sinaliza-
o de segurana;
Os sinais devem ser retirados sempre que a situ-
ao que os justicava deixar de se vericar.
A utilizao de diferentes cores na sinalizaode segurana tem como objectivo uma rpida
percepo da nalidade da mesma:
Sinais de Proibio
Cor Plano Humano
VermelhoSinal de proibio
Perigo - Alarme
Material e equipamento de com-bate a incndios
Amareloou Amareloalaranjado
Sinal de obrigao
Azul Sinal de aviso
Verde Sinal de Salvamento ou desocorro
Situao de segurana
Proibio de fumar
Proibio de fazer lume e defumar
Passagem proibida a pees
Proibio de apagar com gua
Proibida a entrada a pessoasno autorizadas
Passagem proibida a veculos
de movimento de cargas
gua no potvel
No tocar
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17Manual do Formando
Substncias inamveis
Substncias explosivas
Substncias txicas
Veculos de movimentao decarga
Perigo de electrocusso
Perigos vrios
Radiaes no ionizantes
Forte campo magntico
Tropeamento
Substncias corrosivas
Substncias radioactivas
Perigo de exploso
Queda com desnvel
Risco biolgico
Substncias comburentes
Baixa temperatura
Sinais de Aviso
-
8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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1 Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
Substncias nocivas ou irri-tantes
Cargas suspensas
Proteco obrigatria dos olhos
Proteco obrigatria de cabea
Proteco obrigatria dos ou-
vidos
Proteco obrigatria dos ps
Proteco obrigatria das maos
Proteco obrigatria do corpo
Proteco individual obrigatriacontra quedas
Obrigaes vrias (acompan-hada eventualmente de umaplaca adicional
Passagem obrigatria parapees
Proteco obrigatria das viasrespiratrias
Proteco obrigatria do rosto
Utilizao obrigatria de co-lete de sinalizao
Sinais de Obrigao
-
8/2/2019 manual do formando - HST Construo
19/73
19Manual do Formando
Signifcado Descrio Ilustrao
INCIO
Ateno
Comando As-
sumido
Ambos os braosabertos horizon-
talmente, palmasdas mos voltadaspara a frente
STOP
Interrupo
Fim do movi-
mento
Brao direito le-vantado, palma damo direita para afrente
FIM
das operaes
Mos juntas ao
nvel do peito
Sinais gestuaisEm diversas situaes, est tambm prevista a
utilizao de sinais gestuais nos estaleiros, nas
empresas ou em qualquer outra actividade.
CARACTERSTICAS DOS SINAIS GESTUAIS
Um sinal gestual deve ser simples, preciso,
fcil de executar e de compreender;
O sinal gestual deve ser diferente de; outros
sinais;
A utilizao dos dois braos pode ser si-
multnea, simtrica e para um nico sinal;
Podem ser utilizados outros sinais gestuais
habitualmente utilizados mas, com um signi-
cado e uma compreenso equivalentes.
Regras de Utilizao
Distinguem-se dois tipos de intervenientes:
O sinaleiro:
Deve poder seguir o conjunto das mano-
bras comandadas sem ser posto em perigopor elas;
Deve dedicar-se exclusivamente ao co-
mando das manobras.
O operador:
o receptor dos sinais, que executa a
manobra;
Deve suspender a manobra, caso esta no
possa ser executada com segurana, e pe-dir novas instrues.
Para que o sinaleiro possa ser facilmente visto
pelo operador, devem ser usados os seguintes
acessrios: casaco, capacete, mangas, braa-
deiras, etc..
Gestos de carcter geral
Movimentos verticais
Signifcado Descrio Ilustrao
SUBIR
Brao direito este-ndido para cima,
com a palma damo virada para afrente descre-vendo um crculolentamente
DESCER
Brao direito esten-dido para baixo,com a palma damo virada paradentro descre-vendo um crculo
lentamente
DISTNCIA
VERTICAL
Mos colocadasde modo a indicara distncia
-
8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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20 Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
Signifcado Descrio Ilustrao
PERIGO
Stop ouparagem de
emergncia
Ambos os braosestendidos para cima
com as palmas dasmos voltadas paraa frente
MOVIMENTO
RPIDO
Os gestos codica-dos que comandamos movimentos soexecutados comrapidez
MOVIMENTOLENTO
Os gestos que codi-cados que coman-dam os movimentosso exeutados muitolentamente
Signifcado Descrio Ilustrao
AVANAR
Ambos os braosdobrados, palmas
das mos voltadaspara dentro; os an-tebraos fazem movi-mentos lentos emdireco ao corpo
RECUAR
Ambos os braos do-brados, palmas dasmos voltadas parafora; os antebraosfazem movimentoslentos afastando-seao corpo
PARA A DIREITArelativamente aosinaleiro
Brao direito esten-dido mais ou menoshorizontalmente,com a palma damo direita voltadapara baixo, fazendopequenos movi-mentos lentos nadireco pretendida
PARA A ES-QUERDArelativamente aosinaleiro
Brao esquerdo este-ndido mais ou menoshorizontalmente,com a palma da moesquerda voltadapara baixo, fazendopequenos movi-mentos lentos nadireco pretendida
DISTNCIAHORIZONTAL
Mos colocadas demodo a indicar adistncia
Movimentos horizontais Perigo
Comunicao verbal
A comunicao verbal s deve ser utilizada
quando o rudo ambiente pouco elevado e a
distncia entre os intervenientes reduzida.
A partir do momento em que um rudo ambi-ente ou a distncia interferem com a comuni-
cao, mais prudente utilizar a comunicao
gestual.
A comunicao verbal dever cumprir as
seguintes caractersticas:
Uma linguagem constituda por textos cur-
tos, de grupos de palavras ou de palavras
eventualmente codicadas;
A comunicao deve ser segura: palavras
simples, claras e sucientes;
Comunicao directa ou indirecta: interco-
municador, megafone ou telemvel.
-
8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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21Manual do Formando
Avaliao de conhecimentos - Ficha n 1Para as frases que se apresentam, indique se as considera verdadeiras (V) ou falsas (F).
O Perigo a fonte ou
situao para o dano, em
termos de leses ou feri-
mentos para o corpo hu-
mano ou de danos para a
sade, para o patrimnio,
para o ambiente do lo-
cal de trabalho, ou uma
combinao destes.
V F
O plano de segurana e
sade constitui um dos
instrumentos fundamen-
tais do planeamento e
da organizao da se-
gurana no trabalho emestaleiros temporrios ou
mveis.
So trabalhos com ris-
cos especiais, os traba-
lhos que exponham os
trabalhadores a risco desoterramento, de afun-
damento ou queda em
altura.
Se um acidente de traba-
lho tiver como causa, a
negligncia grosseira do
sinistrado, este ainda as-
sim considerado como
acidente de trabalho.
O lcool no altera as
noes de distncias
V F
Quanto maior o tempo
de exposio ao rudo
maior o risco.
Deve prever-se vias de
circulao largas para que
a circulao de trabalha-
dores e veculos se possa
realizar na mesma via.
Um sinal gestual deve
ser simples, preciso, fcil
de executar e de com-
preender
As manutenes podem ser
efectuadas em qualquer
local desdeque seja den-
tro do estaleiro da obra.
A sinalizao de segu-
rana tem como objec-
tivo, chamar a ateno,de uma forma rpida e
inteligvel, para objectos
e situaes susceptveis
de provocar determina-
dos riscos.
-
8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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22 Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
Objectivos especcos do
conjunto didctico - 2 Parte
A segunda parte do manual de formao en-
globa um conjunto de temas relacionados coma utilizao de equipamentos e ferramentas
de trabalho, assim como de equipamentos de
proteco, nomeadamente Equipamentos de
Proteco Individual (EPI).
Ao nal deste segundo ciclo de formao, o
formando dever ter atingido ao seguintes ob-
jectivos:
Movimentao manual de cargas;
Identicar os riscos da incorrecta movi-
mentao manual de cargas.
Identicar a metodologia correcta para re-
alizar movimentao manual de cargas.
Movimentao mecnica de cargas;
Identicar os riscos inerentes movimen-
tao mecnica de cargas.
Identicar a metodologia correcta de movi-
mentao mecnica de cargas.
Identicar os itens de segurana que os
equipamentos devem possuir.
Utilizao de mquinas e equipamentos;
Identicar os riscos inerentes utilizao
de mquinas e equipamentos. Identicar a metodologia correcta de uti-
lizao de mquinas e equipamentos.
Identicar as medidas preventivas.
Movimentao mecnicade cargas
A movimentao de cargas pesadas assumeparticulares riscos, nomeadamente quando se
trata de elementos pr-fabricados em beto,
ao ou madeira.
Na carga, descarga, circulao, transporte e
armazenagem de materiais, devem ser utiliza-
dos meios tcnicos apropriados (capacidade
de carga, alcance) de forma a evitar, na medidado possvel, os esforos fsicos.
A movimentao mecnica de cargas consiste
num conjunto de aces, de materiais e de
meios que permitem de um modo planeado e
seguro, movimentar cargas de um determinado
ponto para outro.
Esta operao compreende as seguintes fases:
Elevao (ou carga);
Manobra livre (ou movimentao);
Assentamento (ou descarga).
Riscos mais frequentes:
Queda da carga;
Quedas de altura;
Choque com objectos;
Rotao da carga;
Entalamento;
Electrocusso;
Cortes.
-
8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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23Manual do Formando
Medidas preventivas preliminares:
Antes de instalar qualquer equipamento de
movimentao de cargas deve ser efectuado
um rigoroso exame a todas as suas partes;
Assegurar que o equipamento adequado
ao m a que se destina; Em dias de chuva ou geada devem ser sem-
pre vericados, os traves e o mecanismo ele-
vador (quando expostos; traves por atrito);
Medidas preventivas:
Devem ser sempre vericados, os traves e
o mecanismo elevador quando equipamento
se encontre inactivo por perodo de tempo
prolongado (superiores a 1 ms);
Nunca deixar cargas suspensas abandonadas;
Vericar que os pontos de amarrao esto
devidamente ajustados antes de iar;
Certicar que a carga se encontra equili-
brada antes de a iar;
Evitar qualquer choque de elementos do
equipamento com qualquer objecto; Os movimentos de rotao, subida e des-
cida de cargas muito pesadas devem ser
efectuados com cuidados acrescidos e com
velocidades muito reduzidas;
Sempre que necessrio as cargas devem
ser guiadas por cordas guia amarradas
prpria carga;
Com velocidades de vento superiores a 60
km/h devem ser suspensos quaisquer traba-lhos de movimentao de cargas suspensas;
Sempre que necessrio devero ser utiliza-
dos sinais sonoros de modo a indicar que o
equipamento se encontra em manobra;
Sempre que necessrio devero ser utiliza-
dos sinaleiros para auxiliar as manobras;
proibida qualquer alterao aos elemen-
tos do equipamento de movimentao decargas;
Respeitar sempre o plano de manuteno
assim como os limites de carga do equipa-
mento;
O manobrador deve possuir formao ade-
quada;
Utilizar de acessrios (correntes, etc.) ade-
quados (capacidade de carga, dimenso) s
cargas a movimentar;
No devem ser colocadas lonas publici-
trias na torre e/ou lana das gruas torres;
Vericar a existncia de patilha de seguran-
a em bom estado de funcionamento.
Itens de segurana que o equipamento deve
possuir:
Limitador de momento mximo; Limitador de carga mxima;
Limitador de m de curso para o carro da
lana nas duas extremidades.
Limitador de altura que permita frenagem
segura para o moito.
Alarme sonoro para ser accionado pelo ope-
rador em situaes de risco e alerta bem como
de accionamento automtico por actuao
dos limitadores;
Partilha de segurana
-
8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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2 Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
Placas indicativas de carga admissvel ao
longo da lana; Cabos guia para xao dos cabos de se-
gurana para acesso torre, lana e contra-
lana.
Para movimentao vertical na torre da grua
deve ser instalado cabo de ao para permitir
o uso de dispositivo anti-quedas;
Limitador de Giro;
Anemmetro;
No nal da jornada de trabalho, a grua devecar com o limitador de giro desligado.
Movimentao manual decargas
O levantamento e o transporte manual de car-
gas pesadas devem ser evitados e realizados
por equipamentos mecnicos. Se isto no for
possvel, o trabalho deve ser organizado de
forma a que vrias pessoas possam executar
o trabalho em conjunto.
A movimentao manual de cargas entende-se
como uma operao de elevao, transporte
e sustentao de uma carga, por um ou mais
trabalhadores, que, devido s suas caractersti-
Operao de movimentao de materiais - palete de tijolo.
cas ou condies ergonmicas desfavorveis,
apresente riscos para os mesmos, nomeada-
mente na regio dorso-lombar.
A ocorrncia de acidentes neste tipo de ope-
rao consequncia de movimentos incor-rectos ou de esforos fsicos exagerados, de
grandes distncias de elevao, do abaixa-
mento e transporte, bem como de perodos
insucientes de repouso.
Riscos mais frequentes:
Sobre esforos ou movimentos incorrectos;
Choque com objectos;
Queda de objectos;
Contuso ou ferimentos diversos.
Medidas gerais de preveno
Antes de executar o levantamento e transporte
de uma carga:
Avaliar o peso, dimenso e forma da carga
(solicitar ajuda sempre que necessrio); Vericar se no existem pontas aguadas
ou rebarbas;
Denir o trajecto e vericar se o caminho se
encontra desimpedido;
Seleccionar caminhos com piso duro e nivelado;
Denir onde e como se ir colocar a carga.
Sinalizar as zonas de passagem perigosas.
Levantamento e transporte de uma carga Utilizar ferramentas que facilitem o manuse-
amento de carga;
Usar a fora das pernas. Os msculos das
pernas devem ser usados em primeiro lugar
em qualquer elevao;
Evitar curvar o corpo para a frente ou para
trs. A coluna vertebral deve servir de ele-
mento de suporte e no elemento de articu-
lao; Evitar movimentos de toro em torno do
eixo vertical do corpo;
-
8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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2Manual do Formando
Orientar os ps. Quando uma carga le-
vantada e em seguida deslocada, preciso
orientar os ps no sentido em que se vai efec-
tuar a marcha, a m de encadear o desloca-
mento com o levantamento;
Escolher a direco de impulso da carga. Oimpulso pode ser usado para ajudar a deslo-
car ou empilhar uma carga;
Evitar carregar pesos s com uma mo, a
carga deve ser distribuda simetricamente em
ambos os braos;
Adoptar uma postura correcta:
Ombros para trs;
Costas direitas;
Joelhos dobrados.
Manter a carga na posio mais prxima
possvel do corpo;
Fazer trabalhar os braos em travo sim-
ples, isto , estendidos. Devem, acima de
tudo, suster a carga e no levant-la.
Trabalho em equipa (dois ou mais trabalha-
dores):
Deve ser designado um responsvel de
manobra:
Avaliar o peso da carga para determinar o
nmero de trabalhadores necessrio;
Repartir os trabalhadores por ordem de
estatura, o mais baixo frente.
Durante o transporte da carga em equipa,os movimentos dos trabalhadores devem
estar devidamente coordenados.
Mquinas / Ferramentas
portteis
Uma grande parte das leses que se vericam
nos locais de trabalho, esto relacionadas coma utilizao de ferramentas, quer estas sejam
manuais ou motorizadas.
Os martelos pneumticos, rebarbadoras, m-
quinas de furar e moto-serras so dos equipa-
mentos que maior perigo representam para os
trabalhadores.
As causas mais comuns na origem de leses so:
Utilizao incorrecta das ferramentas (ex.:
para ns que a mquina no est destinada); Utilizao de ferramentas defeituosas;
Utilizao de ferramentas de fraca qualidade;
Transporte e armazenamento incorrecto.
Os perigos mais comuns:
Contacto com elementos cortantes;
Projeco de fragmentos/partculas;
Rudo;
Quedas por esforo excessivo.
Medidas de preventivas:
Ferramentas manuais
Usar a ferramenta correcta, com tamanho
Mquina sem proteco
-
8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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2 Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
adequado para a tarefa a realizar;
As ferramentas devem estar nas devidas
condies e serem usadas correctamente;
Nunca utilizar emendas para prolongar ala-
vancas;
Manter as lminas afastadas ao mximo docorpo;
Nunca atirar ferramentas para outros traba-
lhadores;
As ferramentas de corte devem ser devi-
damente guardadas e protegidas de outros
trabalhadores.
Ferramentas elctricas
Optar pelo uso de ferramentas de qualidade
(optar por ferramentas certicadas);
Usar as ferramentas somente para o m a
que se destinam, no improvise;
Vericar se existe algum defeito antes de
utilizar o equipamento;
Antes de comear a tarefa, organizar e efec-
tuar a limpeza da zona de trabalho;
Todas as proteces devem estar coloca-das, nomeadamente os resguardos, botes
de ligar e desligar e de emergncia;
Os controlos de emergncia tm que ser op-
eracionais, acessveis e claramente marcados;
Vericar todas as ligaes elctricas, leos
e combustvel antes de iniciar a tarefa;
Mantenha os equipamentos secos, no os uti-
lize em condies de humidade ou com gua;
Os equipamentos devem ser desligados dacorrente elctrica antes de efectuarem ma-
nutenes ou troca de ferramentas;
As ferramentas de corte devem desligadas
quando no esto em uso;
Usar equipamentos de proteco individual
adequado tarefa a realizar.
Escadas de mo
A realizao de trabalhos sobre uma escada de
mo, como posto de trabalho em altura, deve
ser limitado a: Intervenes pontuais de curta durao e
em que o nvel do risco reduzido;
Quando as caractersticas existentes no
permitem que o trabalho se realize de outra
forma.
Riscos mais frequentes:
Queda de altura;
Electrocusso (trabalhos com electricidade); Queda de materiais.
Medidas preventivas:
As escadas devem ser colocadas de forma a
garantir a sua estabilidade durante a utilizao.
Os apoios das escadas de mo devem as-
sentar em suporte estvel e resistente, de di-
menso adequada e imvel, de forma que os
degraus se mantenham em posio horizon-tal durante a utilizao.
Durante a utilizao de escadas portteis,
deve ser impedido o deslizamento dos apoios
inferiores atravs da xao da parte superior
ou inferior dos montantes, atravs de um de
dispositivo antiderrapante ou outro meio de
eccia equivalente.
As escadas utilizadas como meio de acesso
devem ter o comprimento necessrio para ul-
trapassar em, pelo menos, 1,00 m o nvel de
acesso, salvo se houver outro dispositivo que
garanta um apoio seguro.
Escada de abrir, escada extensvel e escada de mo
-
8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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27Manual do Formando
A distncia entre o apoio inferior e a pruma-
da do apoio superior dever ser cerca de 1/4
da altura da base da escada a esse apoio;
As escadas de enganchar com vrios seg-
mentos e as escadas telescpicas devem ser
utilizadas de modo a garantir a imobilizao
do conjunto dos segmentos; As escadas s devem ser utilizadas por um
trabalhador de cada vez;
As escadas devem ser sinalizadas, sempre
que colocadas na proximidade de caminhos
de circulao;
Escadas de metal no devem ser usadas, se
existir risco elctrico;
As escadas no devem ser usadas para su-
portar tbuas como plataformas de trabalho; No deve transportar nada nas mos quan-
do sobe ou desce uma escada porttil. O
transporte de ferramentas deve ser efectuado
utilizando cintos apropriados;
No coloque escadas de mo ou escadotes
atrs das portas ou em locais de passagem
ou circulao;
As escadas de mo no devem ser utiliza-
das na proximidade de aberturas, em varan-das, terraos, junto a escadas e caixas de
elevador.
Utilizao incorrecta de escada de mo:
Escada de mo sobre plataforma;
Inclinao excessiva.
Utilizao ide escada de mo em zona sem proteco contra
queda de altura.
Utilizao de ar comprimido
O ar comprimido usado em inmeras tarefas.
Este ar usado para mltiplos ns, mas nunca
dever ser usado para limpeza de roupas de
trabalho, para tirar o p ou sujidade do cabelo
ou do corpo.
A utilizao de ar comprimido sobre o corpo
humano pode provocar leses fatais, pois
quando este penetra no corpo atravs dos
poros da pele pode causar leses nos rgos
internos.
Cuidados a ter na utilizao de ar comprimido:
Um jacto de ar comprimido pode empurrar
ou arremessar partculas de metal, gravilhas
ou outros materiais, a velocidades elevadas,
tornando-se perigosos para o corpo, em par-
ticular para o rosto e olhos;
O ar comprimido pode conter impurezas,
tais como, partculas de leo, produtos qumi-cos e outras partculas muito pequenas. Um
jacto de ar comprimido sobre a pele introduz
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8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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2 Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
essas impurezas atravs dos poros, podendo
causar inamaes nos tecidos;
Ao usar o ar comprimido tenha muito cui-
dado, mantendo o jacto de ar longe de seus
ouvidos, nariz, olhos etc... .
Ao utilizar ar comprimido deve:
Utilizar EPIs adequados para proteger os
olhos e os ouvidos;
Desligar o ar comprimido quando se mudam
os acessrios, nunca dobrar as mangueiras;
Vericar o estado de conservao das
mangueiras, ligaes e ferramentas antes de
iniciar o trabalho;
As mangueiras devem se protegidas de ma-
teriais e da circulao de pessoas e veculos;
Proteger as mangueiras contra desengates
acidentais;
No nal do trabalho, desligar o sistema e
esvaziar o ar das mangueiras.
Engate entre mangueiras para evitar desprendimento acidental.
Substncias perigosas
Sempre que se armazenem ou manipulem
substncias e/ou preparaes perigosas,
essencial estar informado sobre os principaisriscos representados pela utilizao desses
produtos.
Informao fornecida pelo rtulo:
Conforme consta da legislao, o rtulo
deve conter as seguintes informaes, redigi-
das em lngua portuguesa:
Nome da substncia ou designao com-
ercial da preparao; Origem da substncia ou preparao
(nome e morada completa do fabricante.
importador ou distribuidor);
Smbolos e indicaes de perigo que apre-
senta o uso da substncia ou da prepara-
o;
Frases-tipo indicando os riscos espec-
cos que derivam dos perigos que apresenta
o uso da substncia (frasesR);
Frases-tipo indicando os conselhos de
prudncia relativamente ao uso da substn-
cia (frasesS);
Nmero CE, quando atribudo.
A Portaria n. 732-A/96 de 11 de Dezembroobriga os fabricantes e ou importadores e for-
necedores dos produtos assim classicados a
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29Manual do Formando
fornecerem ao utilizador a designada FICHADE DADOS DE SEGURANA, que trans-mite informaes fundamentais sob o ponto de
vista da segurana, designadamente:
Identicao do fabricante;
Identicao do perigos; Primeiros socorros;
Medidas de combate a incndios;
Medidas a tomar em caso de fugas acidentais;
Manuseamento e armazenamento;
Controlo da exposio / proteco individual;
Propriedades fsico-qumicas;
Estabilidade e reactividade;
Informao toxicolgica;
Informao ecolgica;
Informaes relativas eliminao;
Informaes relativas ao transporte;
Informao sobre regulamentao;
Outras informaes.
Medidas preventivas:
Reunir as chas de dados de segurana;
Conhecer os procedimentos de segurana eter, em caso de acidente, os equipamentos de
primeiros socorros adequados disponveis;
Colocar as embalagens armazenadas em
local destinado para o efeito. Prever tinas de
reteno para conter derrames acidentais;
Proceder ao tratamento ambiental das em-
balagens vazias. No colocar junto com o lixo
comum;
No armazenar juntamente substncias in-compatveis ou susceptveis de reagir.
Tinas de reteno para conter eventuais derrames de produtos
lquidos.
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8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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30 Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
SIMBOLOS E INDICAES DE PERIGO
Signifcado Riscos Medidas preventivas
T
txico
Substncias e preparaes que, quando inaladas,ingeridas ou absorvidas atravs da pele, mesmoem pequena quantidade podem causar a morte ou
risco de afeces agudas ou crnicas. Penetram no organismo por nalao, ingesto eatravs da pele. Aplica-se o smbolo de txico quando o produtoacrescentar um grave efeito sobre a sade, mesmoem pequenas quantidades.
Evitar contacto com a pele,utilizar EPIs: luvas, viseira, fato detrabalho, etc.
Trabalhar de preferncia no exte-rior ou em local bem arejado. Lavar as mos aps utilizao dosprodutos e nunca correr ou fumardurante a utilizao.
Xn
nocivo
Xiirritante
Sustncias e preparaes no corrosivas que, emcontacto directo, prolongado ou repitido com apele ou com as mucosas, podem provocar umareaco inamatria.
Conservar sempre os produtos naembalagem de origem. Acondicionar devidamente asembalagnes. Proteja os olhos e a pele dossalpicos. Utilize EPIs. Aps utilizao do produto lave asmos e a cara.
Ccorrosivo
Sustncias e preparaes que, em contacto comtecidos vivos, podem exercer sobre estes acesdestrutivas.
Eexplosivo
Substncias e preparaes slidas, lquidas,pastosas ou gelatinadas que podem reagir exo-termicamente e com rpida libertao de gases,mesmo com interveno do oxignio do ar, e que,em determinadas condies de ensaio, detonam,deagram rapidamente ou, sob efeito de calor,explodem em caso de connamento parcial.
Evitar sobreaquecimento echoques. Proteger das radiaes solares. Afastar de fontes de calor. Proibido furar.
Nperigoso para o
ambiente
Substncias e preparaes slidas que, sepresentes no ambiente, representam ou podemrepresentar um risco imediato ou diferido para umou mais compartimentos do ambiente.
Eliminar os produtos como se setratasse de um produto perigoso. Prevenir a ocorrncia de der-rames atravs de armazenagemadequada.
Ocomburente
Substncias ou preparaes que em contacto comoutras substncias inamveis, apresentam umareaco fortemente exotrmica.
Armazenar produtos em localarejado. No aproximar de fontes de calor. Proibido fumar. No utilizar vesturio de nylon emanter um extintor. Armazenar os produtos separan-
do combustveis de comburentes.
Fmuito inamvel
Substncias e preparaes cujo ponto de inama-o muito baixo.
-
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31Manual do Formando
Trabalhos na proximidadeda gua
A execuo de trabalhos na proximidade de
gua no comum mas pode ocorrer em duassituaes distintas: na proximidade de uma
linha de gua ou pela presena de gua nos
solos.
O aumento da concentrao de gua e os tra-
balhos de escavao fazem diminuir a resistn-
cia do solo ao corte e quando a presso verti-
cal exercida pelo peso das terras e/ou cargas
exercidas superior resistncia total ao corte
do terreno, podero ocorrer:
Riscos mais frequentes:
Afundamento;
Atolamento de mquinas;
Capotamento de mquinas;
Desmoronamento de taludes, muros de su-
porte e acessos;
Desabamento / deslizamento de estruturas
e fundaes;
Escorregamento;
Afogamento;
Medidas de preveno:
Identicar a natureza dos solos;
Identicar a eventual presena de lenis
de gua;
Identicar as linhas de gua; Rebaixamento do nvel fretico;
Sanear os elementos instveis;
Utilizao de equipamentos adequados s
condies do terreno;
Disponibilizar coletes e bias de salvamento
colocados estrategicamente;
Estabelecer procedimentos de resgate;
Garantir a existncia de equipamentos de
emergncia.
Trabalhos na proximidadedo trnsito
As obras e obstculos na via pblica, pelo peri-
go que representam para os utentes, devemser sinalizados de forma adequada, tendo em
vista assegurar melhores condies de circula-
o e segurana rodoviria.
Caractersticas gerais:
Todos os sinais verticais devem ser de ma-
terial retrorreector;
Os suportes dos sinais devem garantir esta-
bilidade e resistncia adequadas.
Na sinalizao vertical podem ser utilizados os
seguintes sinais:
sinais de perigo;
sinais de regulamentao:
cedncia de passagem;
proibio;
obrigao;
sinais indicao; painis adicionais.
NOTA: Colocar obrigatoriamente, de noite e
sempre que a visibilidade for insuciente, nos
vrtices superiores do primeiro sinal dispositivos
luminosos de cor amarela, de luz intermitente.
Sinalizao de Aproximao
Pr-sinalizao
A pr-sinalizao deve utilizar-se sempre que
-
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32 Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
haja necessidade de se fazer desvio de circula-
o ou mudana de via de trfego.
Sinalizao Avanada
A sinalizao avanada deve ser colocada
aps a pr-sinalizao.
Este tipo de sinalizao pode ser dispensada
apenas nos casos em que as obras e obstcu-
los ocasionais no impliquem condicionalismo
de trnsito e possam ser identicados com se-
gurana atravs de sinalizao de posio.
Nesta sinalizao deve-se utilizar os sinais de
perigo:
NOTA: sempre obrigatria a colocao do si-
nal, Trabalhos na estrada.
Sinalizao Intermdia
A sinalizao intermdia precede a sinalizao
de posio.
Este tipo de sinalizao deve ser utilizada sem-
pre que, devido s condies de via ou na-tureza das obras e obstculos, necessitem de
limitao de velocidade, proibio de ultrapas-
sar ou outras proibies.
Nesta sinalizao deve-se utilizar os sinais de
proibio:
Nos limites mximos de velocidade pode ser
estabelecida uma limitao degressiva e es-
calonada, para que a diferena entre os limites
mximos de velocidade sucessiva seja de 20
km/h.
Aproibio de ultrapassar deve ser associada
a uma limitao de velocidade e ser aplicada
sempre que:
exista um estreitamento considervel da
faixa de rodagem;
seja suprimido uma via de trfego circulao;
exista desvio de circulao.
Sinalizao de Posio
A sinalizao de posio deve ser utilizada
sempre que haja quaisquer obras ou obstcu-
los ocasionais na via pblica.
Esta sinalizao deve delimitar conveniente-
mente o obstculo ou a zona de obras, assim
como as suas mediaes:
por forma bem denida; na direco paralela ao eixo da via;
na direco perpendicular ao eixo da via.
Sinalizao Final
A sinalizao nal deve ser utilizada logo que
seja possvel o regresso s condies normais.
Nesta sinalizao deve-se utilizar os sinais de
m de proibio:
-
8/2/2019 manual do formando - HST Construo
33/73
33Manual do Formando
Medidas preventivas:
Os trabalhadores devem posicionar-se,
sempre que possvel, pelo interior das guar-
das de segurana ou PMBs;
O atravessamento de vias em funcionamen-
to deve ser evitado;Caso no seja possvel deve ser reduzido ao
mnimo;
Antes de atravessar uma via em funciona-
mento olhe para ambos os lados;
As viaturas devem possuir sinalizao lumi-
nosa rotativa (pirilampo);
A circulao dos trabalhadores deve fazer-
-se sempre de frente para os automobilistas,
de forma a permitir uma maior visibilidade de
ambas as partes;
No antecipe que os condutores abrandam
ao avistar trabalhos na estrada;
Os trabalhadores devem utilizar vesturio
de alta visibilidade;
Os trabalhadores devem estar atentos aos
rudos do trnsito, aparelhos de aviso, buzi-
nas, etc.; Antes de iniciar os trabalhos assegure-se
que a sinalizao de trabalhos temporrios
est devidamente colocada.
Sinalizao de posio
Trabalhos em altura
As quedas em trabalhos de altura, representam
a maior causa de mortalidade por acidentes de
trabalho. As medidas de proteco colectivascontra quedas de altura so obrigatrias e pri-
oritrias. Em locais onde isso no seja possvel,
o trabalhador deve usar equipamento de pro-
teco individual contra queda de altura.
As medidas de proteco colectiva, devem ter
prioridade, conforme determina a legislao,
face s medidas de proteco individual uma
vez que beneciam todos os trabalhadores, in-
diferentemente. Pelo contrrio, os equipamen-tos de proteco individual (EPI) apenas pro-
tege o trabalhador que utiliza o equipamento.
Na maioria dos casos, a colocao de guarda
corpos, redes ou EPIs so os diferentes tipos
de proteco a implementar.
Deve haver o cuidado de proteger os traba-
lhadores contra o risco de queda de altura no
apenas na bordadura de lajes mas tambm da
queda atravs de aberturas existentes no interiorou da queda de objectos de nveis superiores.
Locais onde devem ser prevista proteco
contra queda de altura:
Acessos, rampas e zonas de passagem;
Aberturas nos pavimentos;
Bordaduras de lajes;
Escavaes;
Plataformas de betonagem;
Telhados e coberturas.
-
8/2/2019 manual do formando - HST Construo
34/73
3 Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
Guarda corpos A colocao de guarda-corpos uma das
solues mais utilizadas na proteco contra
queda de altura.
Apresenta-se como uma soluo de baixo cus-
to e de fcil execuo. Apresenta ainda a vantagem de ser uma
soluo que impede a queda ao invs de am-
parar a mesma, eliminando deste modo a ne-
cessidade de operaes de resgate.
As aberturas devero ser protegidas por um
ou mais guarda-corpos e ainda um guarda-ca-
beas.
Os guarda-corpos, devem ter seco transver-sal de 0,30 m2 (15,0 x 2,0 cm) pelo menos e
ser colocados altura mnima de 1 m acima do
pavimento, no podendo, o vo abaixo deles
ultrapassar a medida de 0,85 m.
A altura do guarda-cabeas deve ser superior
a 0, 14 m.
Os elementos de guarda corpos devero ter
resistncia suciente de modo a suportar o im-
pulso da queda de um trabalhador.
Guarda corpos correctamente colocado
Redes As redes de segurana tm como funo
apanhar o trabalhador quando este cai. De-
vem por isso ser previstas operaes de res-
gate em caso de queda de um trabalhador so-
bre as redes.
As redes de segurana:
Devem ter resistncia suciente para parar
a queda de um trabalhador;
As aberturas da rede de segurana devero
ter dimenso que impea que um trabalhador
atravesse a mesma;
Devero estar colocadas de modo a que o
impacto na rede no provoque leses ao tra-
balhador (a altura de queda mxima no deve
ultrapassar os 6,0 m);
Devero estar colocadas de modo a evitar
que os trabalhadores passem entre a rede e
os pontos de xao.
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8/2/2019 manual do formando - HST Construo
35/73
3Manual do Formando
Proteco pessoalOs programas de proteco individual contra
queda de altura devem identicar os locais onde
os mtodos tradicionais de proteco contra
queda de altura no podem ser utilizados.
Os sistemas de proteco individual contraquedas de altura so constitudos por um arns
colocado no corpo do trabalhador, que dever
estar ligado a uma linha de vida ou ponto xo.
Alguns requisitos a respeitar na utilizao de
sistemas de proteco individual contra queda
de altura:
A altura de queda mxima no dever ultra-
passar 1,0 m;
Devero estar previstos meios de salvamen-to em caso de queda;
Todo o sistema (arns, linha de vida e an-
coragem) dever ser inspeccionado antes de
cada utilizao;
A linha de vida deve estar ligada a elementos
com resistncia adequada;
O dimensionamento da linha de vida dever
ter em conta o nmero de trabalhadores que
estaro, em simultneo, ligados a esta;
Os trabalhadores que utilizam estes equipa-
mentos devero possuir formao especca.
Andaimes
Um andaime caracteriza-se por ser uma es-
trutura que se destina a viabilizar o acesso a
locais elevados.Um andaime deve possuir, alm dos elementos
de estrutura de base, elementos de segurana,
destinados a prevenir a ocorrncia de acidentes.
Riscos mais frequentes:
Queda durante a montagem ou desmonta-
gem;
Queda ou desmoronamento do andaime;
Queda em altura; Queda de materiais;
Electrizao da estrutura.
Medidas de Preveno:
Inspeccionar, elemento por elemento, todas
as peas, antes da montagem;
Proceder sempre montagem do andaime
segundo instrues do fabricante;
A montagem e desmontagem de andaimes
devem ser executadas por trabalhadores es-
pecializados e equipados com EPIs adequa-
dos;
Caso exista linhas elctricas areas nas
proximidades, respeitar as distncias de se-
gurana (3 m se a tenso da rede for inferior a30000 V e 5 m se for superior);
Delimitar a zona envolvente dos andaime
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8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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3 Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
tbuas ou plataformas, superiores a 1 cm.
Dotar os andaimes de guarda-corpos a 45
cm e 100 cm e rodaps com 15 cm.
Devem ser montadas redes de proteco
e anteparos na estrutura dos andaimes de
forma a assegurar que no existir risco de
queda de materiais para a via pblica ou zo-
nas de circulao do estaleiro;
Os acessos verticais entre pisos devem
ser feitos por escadas interiores, atravs de
alapes existentes nas plataformas. As es-
cadas devem ser solidamente presas na ex-tremidade superior e no devem ultrapassar a
cota do piso a que d acesso;
No sobrecarregar o andaime com materi-
ais e/ou pessoas;
Ligar a estrutura dos andaimes terra por
cabo condutor de dimetro superior a 0,6 cm.
A seguir a temporais ou interrupes de uso
por mais de oito dias, o andaime deve ser ex-
aminado.
de forma a impossibilitar qualquer circulao
junto base do mesmo quando estiverem a
desenrolar-se trabalhos;
As bases de assentamento das estruturas
devem dispor de dimenses sucientemente
largas que permitam degradar a carga.
As bases de apoio dos andaimes devem ser
ajustveis em altura, de modo a permitir nive-
lar a estrutura; No devem ser misturadas peas de vrios
fabricantes e/ou modelos de andaimes;
Deve ser feita uma ancoragem por cada 20
m2 de estrutura montada ou sempre que a
altura livre seja superior a quatro vezes a di-
menso menor da base.
A distncia do andaime construo no
deve ser superior a 45 cm. Caso no seja
possvel, devem ser montados guarda-cor-
pos no lado interior; A largura do piso no deve ser inferior a
60 cm e no so admitidas aberturas, entre
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8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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37Manual do Formando
Equipamento de protecoindividual
Defnio:
Entende-se por equipamento de protecoindividual todo o equipamento, bem como
qualquer complemento ou acessrio, desti-
nado a ser utilizado pelo trabalhador para se
proteger dos riscos, para a sua segurana e
para a sua sade.
A denio anterior no abrange o vesturio vul-
gar de trabalho e uniformes no destinados pro-
teco da segurana e da sade do trabalhador.
Princpio geralOs EPI devem ser utilizados quando os riscos
existentes no puderem ser evitados ou su-
cientemente limitados por meios tcnicos de
proteco colectiva ou por medidas de pro-
teco intrnsecas, mtodos ou processos de
organizao do trabalho. O EPI ento a ltima
barreira de segurana para o trabalhador.
Regras gerais
Os EPIs devem:
Estar conforme com as normas aplicveis
sua concepo e fabrico em matria de
segurana e sade;
Ser adequado aos riscos a prevenir e s
condies existentes no local de trabalho, sem
implicar por si prprio um aumento de risco; Atender s exigncias ergonmicas e de
sade do trabalhador;
Os EPI utilizados simultaneamente devem
ser compatveis entre si e manter a sua
eccia relativamente aos riscos contra os
quais se visa proteger o trabalhador.
O EPI de uso pessoal. Em casos devida-
mente justicados, o EPI pode ser utilizadopor mais que um trabalhador, devendo, nes-
tes casos, ser tomadas medidas apropriadas
para salvaguardar das condies de higiene
e de sade dos diferentes utilizadores.
As condies de utilizao do EPI, nome-
adamente no que se refere sua durao,
so determinadas em funo da gravidade do
risco, da frequncia da exposio ao mesmo
e das caractersticas do posto de trabalho.
O EPI deve ser usado de acordo com as
instrues do fabricante.
Obrigaes
Constitui obrigao do empregador:
Fornecer equipamento de proteco indi-
vidual e garantir o seu bom funcionamento; Fornecer e manter disponvel nos locais de
trabalho informao adequada sobre cada
equipamento de proteco individual;
Informar os trabalhadores dos riscos contra
os quais o equipamento de proteco indi-
vidual os visa proteger;
Assegurar a formao sobre a utilizao dos
equipamentos de proteco individual, organi-
zando, se necessrio, exerccios de segurana; Consultar os trabalhadores na escolha dos EPIs;
Constitui obrigao dos trabalhadores:
Utilizar correctamente o equipamento de
proteco individual de acordo com as ins-
trues que lhe forem fornecidas;
Conservar e manter em bom estado o equi-
pamento que lhe for distribudo;
Participar de imediato todas as avarias oudecincias do equipamento de que tenha
conhecimento.
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8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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3 Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
EQUIPAMENTOS DE PROTECO INDIVIDUAL
Equipamento Aplicao Observaes
Capacete
Aplicao:Proteco da cabeaDurao esperada:
1,5 a 2 anos
Utilizao permanente em TODOS ostrabalhos nos estaleiros.
culos / Viseira
Aplicao:Utilizados para proteger a face e /ou osolhos, em trabalhos que envolvam riscode projeco de partculas, de materiaisquentes ou custicos, de poeiras efumos perigosos ou incmodos.Durao esperada:
2 anos
Devem ser utilizados sempre que se uti-lizem ferramentas ou equipamentos queprojectem partculas ou materiais.
Mscaras de ltrosfsicos
Aplicao:Utilizados para proteger as vias res-piratrias de ambientes com poeiras,aerossis slidos e lquidos.Durao esperada:Em funo do ritmo de respirao e doambiente.
Denio caso a caso da classe dos l-tors (classe 1, 2 ou 3)
Abafadores
Aplicao:Utilizados para proteger os ouvidos,devendo ser implementados em zonasem que a exposio pessoal diria forsusceptivel de exceder 85dB.Durao esperada:1 ano
Vantagens:Melhor atenuao das altas-frequncias, facilidade de uso e adapta-o, facilidade de colocao, facilmentecontrolvel o seu uso, mantm-se bemajustados mais tempo.Desvantagens:Quentes; adaptaorgida cabea, diculdade de uso comoutros EPI, desconforto em utilizaoprolongada.
Tampes
Aplicao:Utilizados para proteger os ouvidos, de-vendo ser implentados em zonas em quea exposio pessoal diria for susceptvelde exceder 85dB.Durao esperada:4 meses (excepto descartveis)
Vantagens: Tamanho e leveza; facilidadede uso com outros EPI; mais frescos econfortveis; melhor atenuao baixasfrequncias.Desvantagens: So aliviados pelaconversao, mais difcil de adaptar, in-dividualizados, difcil de controlar o uso,cuidados de limpeza.
Botas com palmilha ebiqueira de ao
Aplicao:Utilizao em todos os trabalhos nosestaleiros, para proteco dos ps da
queda de materiais pesado ou cortantes.Durao esperada:1 ano
Utilizao permanente em TODOS ostrabalhos nos estaleiros.
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8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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39Manual do Formando
Equipamento Aplicao Observaes
Luvas proteco
mecnica
Aplicao:Utilizao em todos os trabalhos demanuseamento de cargas ou objectos,com arestas expostas, salincias, etc.Durao esperada:
1 ms
Impermeveis
Aplicao:Utilizao em trabalhos exteriores comchuva. Utilizao de fatos em PVC emtrabalhos que envolvam projeco delquidos custicos ou corrosivos.Durao esperada:1 ano
Coletes reectores
Aplicao:Trabalhos nocturnos, ou nas proximi-dades de vias.Durao esperada:1 ano
Sempre que se verique a circulao deviaturas ou equipamentos os trabalha-dores devem utilizar colete reector.
Botas de borracha
Aplicao:Utilizao em trabalhos em zonas
inundadas, ou com lquidos custicosou corrosivos, para proeco dos ps emembros inferiores.Durao esperada:1 ano
arns
Aplicao:Em todos os trabalhos que apresentemo risco de queda livre e em que nopossam ser utilizados outros tipos deequipamentos de proteco (nomeada-mente colectiva).Durao esperada:4 meses (excepto descartveis)
A Utilizao do cinto de seguranapode ser combinada com dispositivosamortecedores de quedas.
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8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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0 Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
Avaliao de conhecimentos - Ficha n 2Para as frases que se apresentam, indique se as considera verdadeiras (V) ou falsas (F).
Na movimentao mec-
nica de cargas um dos
riscos mais frequentes
o de queda da carga.
V F
Um dos riscos mais fre-
quentes na movimenta-
o manual de cargasso os sobre esforos ou
movimentos incorrectos.
A utilizao de ferramen-
tas de fraca qualidade
aumenta o risco de aci-
dentes.
Uma escada pode serutilizada por vrios tra-
balhadores ao mesmo
tempo.
Se os trabalhos no
ocuparem a via, no
obrigatria a colocao
do sinal, Trabalhos na
estrada.
V F
Os trabalhadores devem
utilizar vesturio de alta
visibilidade apenas nas
vias em que o trnsito
circula com excesso de
velocidade.
As medidas de proteco
colectiva, devem ter priori-dades, face s medidas de
proteco individual.
A distncia do andaime
construo no deve ser
superior a 60 cm. Caso no
seja possvel tomar esta
medida devem ser monta-dos guarda-corpos no lado
interior.
Equipamento de pro-
teco individual todo o
equipamento, bem como
qualquer complemento
ou acessrio, destinado
a ser utilizado pelo traba-lhador para se proteger
dos riscos.
As chas de dados de
segurana dos produtos
qumicos perigosos so
informaes fundamen-tais sob o ponto de vista
da segurana.
O trabalho sobre uma es-
cada como posto de tra-
balho uma boa alterna-
tiva ao uso de andaimes
para alturas reduzidas.
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8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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1Manual do Formando
Objectivos especcos doconjunto didctico - 3 Parte
Esta terceira parte do manual de formao en-
globa um conjunto de temas relacionados comtarefas/actividades que se desenvolvem em
estaleiros de construo civil.
No nal desta terceiro fase de formao, o for-
mando dever ter atingido ao seguintes objec-
tivos:
Identicao das medidas preventivas a
utilizar perante determinados contextos detrabalho:
Identicar os riscos associados aos trabalhos;
Identicar os riscos associados ao esta-
leiro, sua manuteno e organizao;
Identicar os riscos associados a ferra-
mentas e equipamentos;
Identicar as medidas preventivas adequa-
das para cada situao.
Interferncia com infra-es-truturas
A interferncia com infra-estruturas pode ocor-
rer na execuo de trabalhos de abertura decaboucos, valas ou covas, junto a vias pblicas
de aglomerados habitacionais ou outras edi-
caes.
Riscos mais frequentes:
Rotura de condutas;
Inundao;
Desabamento;
Electrocusso;
Intoxicao;
Infeces.
Medidas preventivas:
Antes de iniciar qualquer escavao todas
as infra-estruturas devem estar identicadas
e claramente marcadas;
Informar os trabalhadores das infra-estrutu-
ras existentes; As linhas elctricas devem estar desacti-
vadas quando decorrem trabalhos na sua
proximidade;
Se necessrio solicitar ao proprietrio da in-
fra-estruturas a consignao ou desactivao
das mesmas;
As infra-estruturas existentes no devem
servir de apoio aos trabalhadores;
Testar a tenso das linhas elctricas antes
de iniciar os trabalhos;
Todas os quadros elctricos devero estar
trancados;
Parar os trabalhos, se for afectada uma infra-
estrutura e contactar os servios responsveis;
Se afectarmos uma infra-estrutura, deve se
feita uma proteco ao local, por forma a evi-
tar mais danos e proteger as pessoas; Recomear os trabalhos, s depois de devi-
damente autorizados.
Escavaes
A escavao constitui um trabalho particular demovimentao de terras destinado a aprofun-
dar a cota natural do solo para uma cota infe-
rior, den acordo com o denido no projecto.
Esta tarefa englobas as actividades de des-
monte, corte e retirada de camadas de solo e
transporte dos materiais para aterro.
Antes de iniciar os trabalhos, devem ser recol-
hidas informaes acerca de:
Caractersticas geolgicas do solo, nome-
adamente, caracterizao das camadas, n-
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8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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2 Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
gulo de atrito, coeso, nveis freticos, teor de
humidade, etc.);
A envolvente (proximidade de construes,
linhas de gua, vias de comunicao, etc.);
Infra-estruturas, nomeadamente, se exis-
tem enterrados cabos elctricos ou telefnic-os, redes de gua ou gs, etc;
Durante a execuo dos trabalhos:
Testar os comandos dos equipamentos an-
tes do incio dos trabalhos;
O trabalho deve ser organizado de tal modo,
que no raio de aco previsvel da mquina,
no existam outras tarefas em simultneo;
Se durante a escavao forem encontradas
redes enterradas no previstas no projecto
deve parar de imediato os trabalhos at que
seja denida estratgia segura para continuar
os mesmos;
Vedar/sinalizar e iluminar (durante o perodo
nocturno e em situaes de deciente visi-
bilidade) convenientemente a escavao nos
locais onde exista circulao de veculos epessoas;
Na presena de elementos de estabilidade
duvidosa realizar o saneamento do talude;
Utilizar equipamentos munidos de ROPS e
FOPS;
Inspeccionar estabilidade dos taludes. Se
houver necessidade de recorrer a entivao,
esta deve ser calculada;
Dotar a escavao com entivaes e aces-sos (que podero ser escadas de mo) e
coloc-los na abertura de modo a assegurar
caminhos de fuga sucientes, de tal modo
que a distncia mxima a percorrer na vala
para atingir uma escada no seja superior a
7,5 metros;
No permitir a colocao de materiais bem
como sobrecargas signicativas a uma dis-tncia do coroamento inferior a 1/3 da pro-
fundidade da escavao;
No ultrapassar a capacidade de carga dos
equipamentos.
Criar batentes que garantam a paragem de
veculos aquando da aproximao ao bordo
da escavao para remoo de materiais;
Manter a frente de trabalho devidamente
organizada e livre de obstculos;
Denir caminhos de circulao para pessoas
de acordo com os denidos para as viaturas;
Respeitar os taludes denidos.
Apresenta-se de seguida tabela com ngulo de
atrito do talude natural para diferentes tipos de
solo. Este ngulo corresponde ao ngulo mxi-
mo para o qual est garantida a estabilidade domesmo, no devendo ser ultrapassado pois.
Para inclinaes superiores no est garantida
a segurana dos trabalhadores.
NGULO DO TALUDE NATURAL
Tipo de terreno Terreno Seco Muito Hmido
Rocha Dura 80 - 90 80
Rocha Branda 55 55
Aterro Compacto 45 40Terra Vegetal 45 30
Argila e Marga 40 20
Areia Fina 30 20
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3Manual do Formando
Escavaes de valas
A construo de redes subterrneas inclui a
abertura de escavaes (valas ou trincheiras)
que envolvem condies particulares (distintasde uma escavao corrente) de risco para os
trabalhadores.
A abertura de escavaes na via pblica ou em
locais de passagem, apresenta tambm um
risco para terceiros como os pees e viaturas,
pelo que as medidas de segurana previstas
devem contemplar a segurana tanto dos tra-
balhadores como de terceiros.
Riscos mais frequentes:
Desabamento de estruturas vizinhas;
Queda de pessoas;
Queda de materiais;
Projeco de materiais;
Desprendimento de terras;
Soterramento;
Interferncia com redes tcnicas (electrici-
dade, telefones, guas,gs, etc.);
Asxia por enchimento da vala com gases
mais pesados que o ar (ex.:gases de escapes).
Antes do incio dos trabalhos:
Obter informao sobre a existncia de re-
des tcnicas (gs, electricidade, gua, etc.);
Eliminar, remover ou proteger todos os objec-tos que ofeream risco de desprendimento na
fase de escavao (ex. rvores, postes, muros);
Se necessrio, abrir uma valeta imperme-
vel a uma distncia razovel do permetro da
escavao para evitar que esta seja inundada
por uma linha de gua.
Medidas de Preveno:
Proteger e sinalizar todo o permetro da es-
cavao;
Assinalar e balizar as redes, efectuando as
ltimas desobstrues com meios manuais;
Materiais ou resduos devem ser deposita-
dos, sempre que possvel, afastados, pelo
menos 60 cm ou 1/3 da profundidade, dos
bordos da vala, de modo a:
No criar risco de desmoronamento para
dentro da vala;
No impedir a circulao;
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8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, Sector da Construo Civil
As escavaes abertas perto de caminhos
pblicos, devem ser protegidas com pai-
nis, redes ou guarda corpos, com altura e
resistncia adequadas, colocadas a uma dis-
tncia adequada do permetro da escavao,
de forma a garantir a segurana dos peesou viaturas;
Colocar passadios nos locais de passa-
gem. Os passadios devem estar protegidas
com guardas laterais;
Afastar da escavao as mquinas gerado-
ras de vibraes como: compactador vibra-
dor; martelo pneumtico; mquinas estticas
como compressores, geradores, etc ;
Evitar as emanaes de gases de escape ou
outros gases, demasiado perto da escavao.
Utilizar mquinas com proteco do tipo
FOPS e ROPS;
Vericar as mquinas e acessrios de elevao;
Proibir a passagem de cargas por cima do
pessoal ou das mquinas;
Bombear as inltraes de gua.
Medidas de Preveno (Entivao):
Toda a escavao com mais de 1,20 m de
profundidade deve ser entivada.
Para escavaes com menor profundidade,
a necessidade de entivao ditada pela na-
tureza do terreno e pelos factores envolven-
tes, como sejam a proximidade de circulao
de veculos (vibraes que afectam a coeso
do terreno), a proximidade de linhas de guaspluviais.
Nas escavaes efectuadas nas faixas de
rodagem ou perto destas a entivao deve
ser sempre realizada.
Prolongar a entivao acima da superfcie
da escavao (pelo menos 15 cm).
Sistema de entivao SBH
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8/2/2019 manual do formando - HST Construo
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Manual do Formando
Trabalho com electricidade
A electricidade uma das energias mais uti-
lizadas sendo elevados os riscos relacionados
com a sua utilizao, razo pela qual importaconhecer a forma de os prevenir.
Contactos com electricidade
Contactos directos
Riscos do contacto com partes activas dos
materiais ou aparelhos elctricos (ex: Contac-
to directo em dois condutores nus, a tenses
diferentes).
Contactos indirectos
Riscos para as pessoas pelo facto das
massas carem acidentalmente sob tenso
(ex: Contacto com a massa ou partes da
estrutura dos equipamentos elctricos com
defeito de is