manual do contador - dezembro - 2011

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  • 5/25/2018 Manual Do Contador - Dezembro - 2011

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    ESTADO DE SANTA CATARINATRIBUNAL DE JUSTIA

    CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIA

    MANUAL DO CONTADOR JUDICIAL

    Florianpolis, dezembro de 2011.

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    CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIA

    Des. Solon dEa NevesCorregedor-Geral da Justia

    Des. Csar Augusto Mimoso Ruiz AbreuVice-Corregedor-Geral da Justia

    Alexandre Karazawa TakaschimaJuiz Coordenador da CEPIJ

    Antnio Zoldan da VeigaJuiz-Corregedor

    Dinart Francisco MachadoJuiz-Corregedor

    Luiz Czar SchweitzerJuiz-Corregedor

    Vitoraldo BridiJuiz-Corregedor

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    ELABORAO E REVISO

    1aEdio (setembro 2006)

    Chirlei VianaTcnico Judicirio Auxiliar

    Denise Auler HeberleContadora da Comarca de Joaaba

    Elizete Terezinha Bez BiroloContadora da Comarca de Urussanga

    Gilson Luiz da Costa

    Contador da Comarca de Fraiburgo

    Jos Luciano TerhorstAssessor de Custas

    Josnei Jos FariasContador da Comarca de Rio Negrinho

    Lady Ignes DonattiAssessora de Custas

    Paulo Ronaldo GodoyContador da Comarca de Chapec

    Silas Eli Escarrone PereiraAuditor Interno

    Zenaide Teresinha IrberDiretora de Oramento e Finanas

    ATUALIZAO2aEdio (setembro 2007)

    Chirlei VianaTcnico Judicirio Auxiliar

    Lady Ignes DonattiAssessora de Custas

    Jos Luciano TerhorstAssessor de Custas

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    ATUALIZAO E REVISO

    3aEdio (dezembro 2011)

    Auri Eloir MullerContador da Comarca de Concrdia

    Dalila MartiniContadora da Comarca da Capital Frum Des. Eduardo Luz

    Eneas Luiz CesconettoContador da Comarca de Ararangu

    Filipe Ivo Rosa

    Contador da Comarca da Capital Frum Central

    Ivair KrauseContador da Comarca de Campo Er

    Jos Luciano TerhorstAssessor de Custas

    Nara Regina PandiniContadora da Comarca de Presidente Getlio

    Raquel Simonetti EbleContadora da Comarca de Rio do Sul

    Silas Eli Escarrone PereiraAuditor Interno

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    APRESENTAO

    Este Manual surgiu da necessidade de capacitar e atualizar o servidor para oexerccio da funo de Contador Judicial.

    Foram efetuados estudos na rea de direito processual, matemtica financeira,legislao de custas, dentre outras, a fim de que se pudesse agrupar oconhecimento necessrio ao exerccio da funo.

    A partir de setembro/2011, com a publicao da Portaria CGJ 52/2011, foi criada

    a Comisso Permanente de Atualizao/Reviso do Manual de Orientao eProcedimentos para as Contadorias Judiciais do Estado de Santa Catarina.

    O Manual do Contador, que no esgota todos os assuntos relacionados funode Contador Judicial, porque o seu desempenho envolve vrias matrias quenecessitam de constante atualizao, constitui valioso instrumento para aconsecuo das atividades do Contador Judicial. Indica a legislao aplicvel eserve para dirimir as dvidas mais frequentes.

    COMISSO PERMANENTE DE ATUALIZAOCORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIA

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    LISTA DE ABREVIATURAS

    BACEN Banco Central do Brasil

    CDOJESC Cdigo de Diviso e Organizao Judicirias do Estado de SantaCatarina

    CGJ Corregedoria-Geral da Justia

    CM Conselho da Magistratura

    CNCGJ Cdigo de Normas da Corregedoria-Geral da Justia

    CND Certido Negativa de Dbitos

    CPC Cdigo de Processo CivilCPP Cdigo de Processo Penal

    DARE Documento de Arrecadao Fiscal do Estado

    DIEF/ITCMD Declarao de Informaes Econmico Fiscais Imposto deTransmisso Causa Mortise Doaes

    EBCT Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos

    FONAJE Frum Nacional de Juizados Especiais

    FUNAD Fundo Nacional Antidrogas

    FUNPEN Fundo Penitencirio Nacional

    FRBL Fundo de Reconstituio de Bens Lesados

    FRJ Fundo de Reaparelhamento da Justia

    GECOF Gerncia de Cobrana de Custas Finais

    GRJ Guia de Recolhimento Judicial

    GRJR Guia de Recolhimento Judicial Resumida

    GRU Guia de Recolhimento da Unio

    INFOSEG Rede de Integrao Nacional de Informaes de Segurana Pblica,Justia e Fiscalizao

    INPC ndice Nacional de Preos ao Consumidor

    IOF Imposto sobre Operaes Financeiras

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    MS/EXCEL Sistema de Elaborao de Planilhas de Clculo da Microsoft

    OAB/SC Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Santa Catarina

    RCE Regimento de Custas e Emolumentos

    SAJ/CCP Sistema de Automao Judicial Clculo de Custas Processuais

    SAJ/PG Sistema de Automao Judicial Primeiro Grau

    SAJ/AIP Sistema de Automao Judicial Acompanhamento de InfraesPenais

    SEF/SAT Secretaria de Estado da Fazenda / Sistema de AdministraoTributria

    SIDEJUD Sistema de Gesto Centralizada de Depsitos sob Aviso Disposiodo Poder Judicirio de Santa Catarina

    STF Supremo Tribunal Federal

    STJ Superior Tribunal de Justia

    TAC Taxa de Abertura de Crdito

    TAR Sistema Tarifador de Servios

    TJSC Tribunal de Justia de Santa Catarina

    TJSC/CND TJSC / Consulta de Devedores Para No Emisso de CertidoNegativa de Dbito de Custas Judiciais Fazenda Estadual

    TSI Tcnico de Suporte em Informtica

    UFIR Unidade Fiscal de Referncia

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    SUMRIO

    1 CONTADORIA JUDICIAL 12

    1.1 REGIMENTO DE CUSTAS 121.2 ATRIBUIES DO CONTADOR 121.3 PRAZOS PARA A PRTICA DOS ATOS 151.4 RESPONSABILIDADES E PENALIDADES 161.5 MATERIAIS E FONTES DE PESQUISA 171.6 FUNDAMENTAO PARA ELABORAO DO MANUAL DO CONTADOR 171.7 DVIDAS RELATIVAS S CUSTAS E AO SERVIO JUDICIRIO 181.8 SISTEMAS UTILIZADOS 18

    2 CONCEITOS E DEFINIES 19

    2.1 GUIA DE RECOLHIMENTO JUDICIAL E GUIA DE RECOLHIMENTO JUDICIAL RESUMIDA GRJ/GRJR192.2 VALOR DA CAUSA 19

    2.3 UNIDADE DE REFERNCIA DE CUSTAS URC 212.4 CUSTAS JUDICIAIS 212.4.1 Iniciais 212.4.2 Complementares 222.4.3 Intermedirias 222.4.4 Finais 22

    2.4.4.1 GECOF Gerncia de Cobrana de Custas Finais 222.4.5 Custas Excepcionais 22

    2.4.5.1 Excepcionais 222.4.5.2 Excedentes 222.4.5.3 NGECOF No GECOF 22

    2.5 EMOLUMENTOS 232.6 FUNDO DE REAPARELHAMENTO DA JUSTIA -FRJ 232.7 TAXA JUDICIRIA 232.8 DESPESAS PROCESSUAIS 23

    2.8.1 Porte e protocolo unificado 232.8.2 Preparo 232.8.3 Conduo 24

    2.9 ATO/DILIGNCIA 242.10 CASOS DIFERENCIADOS 24

    2.10.1 Dispensa 242.10.2 Iseno 252.10.3 Reduo 252.10.4 Proporcionalidade ou rateio 25

    2.11 CORREO MONETRIA 252.12 JUROS 25

    2.12.1

    Juros compensatrios ou remuneratrios 252.12.2 Juros convencionais 26

    2.12.3 Juros moratrios 262.12.4 Juros legais 262.12.5 Capitalizao simples 262.12.6 Capitalizao composta 272.12.7 Anatocismo 27

    2.13 MULTA 272.13.1 Fundo de Reconstituio de Bens Lesados Ao Civil Pblica Lei 7.347/1985 272.13.2 Multa Ato Atentatrio ao Exerccio da Jurisdio - artigo 14, pargrafo nico do CPC 272.13.3 Multa Litigncia de m-f artigo 18 do CPC 272.13.4 Multa Embargos protelatrios artigo 538 do CPC 282.13.5 Multa - Tipo Penal Lei 7.209/1984 28

    2.13.6 Multa - Lei de Txicos 282.14 HONORRIOS 282.15 VALOR DA PARCELA 29

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    2.16 AMORTIZAO 292.16.1 Mtodo Price 292.16.2 Sistema de Amortizao Constante - SAC 292.16.3 Mtodo Gauss 292.16.4 Mtodo Hamburgus 29

    2.17 FORMAS DE ABATIMENTO DOS JUROS 292.17.1 Imputao - artigo 354 do Cdigo Civil 292.17.2 Proporcional 292.17.3 Compensao 30

    2.18 ENCARGOS/ACESSRIOS 302.18.1 Comisso de permanncia 30

    2.19 ATUALIZAO DO DBITO JUDICIAL 302.20 DEPSITOS NO SIDEJUD 30

    3 TIPOS DE RECOLHIMENTO 32

    3.1 ATOS REALIZADOS POR AGENTES NO REMUNERADOS PELOS COFRES PBLICOS NOOFICIALIZADOS 323.2 ATOS DO JUZO 323.3 ATOS DO MINISTRIO PBLICO 323.4 ATOS DO ESCRIVO 333.5 ATOS DO DISTRIBUIDOR 343.6 ATOS DO AVALIADOR 343.7 ATOS DO CONTADOR 353.8 ATOS DO DEPOSITRIO 353.9 ATOS DO TRADUTOR E INTRPRETE 363.10 ATOS DO OFICIAL DE JUSTIA 363.11 ATOS DO LEILOEIRO 373.12 ATOS DO PERITO 383.13 ATOS COMUNS E ISOLADOS 383.14 TAXA JUDICIRIA 393.15 FUNDO DE REAPARELHAMENTO DA JUSTIA FRJ 423.16 DESPESAS DE CONDUO 433.17 DESPESAS DE IMPRESSOS 443.18 DESPESAS DE PUBLICAO DE EDITAL 453.19 DESPESAS DE FOTOCPIAS 453.20 DESPESAS POSTAIS 453.21 DESPESAS DE FAC-SMILE 463.22 DESPESAS DE PROTOCOLO UNIFICADO 463.23 DESPESAS DE PORTE 473.24 DESPESAS DE PREPARO 47

    4 REGRAS E PROCEDIMENTOS 50

    4.1 CLCULO DE CUSTAS 504.1.1 Iniciais 504.1.2 Complementares 504.1.3 Intermedirias 514.1.4 Finais 514.1.5 Custas excepcionais 54

    4.1.5.1 Excepcionais 544.1.5.2 Excedentes 554.1.5.3 NGECOF 55

    4.2 TIPOS DE PROCEDIMENTOS 564.2.1 Carta precatria, rogatria e de ordem 564.2.2 Ao de desapropriao por utilidade pblica 584.2.3 Ao de desapropriao de imvel rural para fins de reforma agrria 584.2.4 Execues fiscais 584.2.5 Regra geral para os rgos da Administrao Pblica 594.2.6 Juizado Especial 61

    4.2.6.1 Execuo de sentena do Juizado Especial 624.2.6.2 Custas do mandado de segurana impetrado nas Turmas de Recurso 62

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    4.2.6.3 Juizado Especial Criminal 634.2.7 Ao penal privada 634.2.8 Execuo penal 644.2.9 Incidentes processuais criminais 644.2.10 Incidentes processuais cveis 65

    4.2.11 Aes incidentais cveis 654.2.12 Embargos 654.2.13 Cumprimento de sentena (execuo de sentena) 664.2.14 Execuo contra a Fazenda Pblica artigo 730 do CPC 664.2.15 Execuo de prestao alimentcia 674.2.16 Ao monitria no embargada 674.2.17 Ao monitria embargada 674.2.18 Investigao de paternidade 684.2.19 Habilitao de herdeiros (artigos 1.055 a 1.062 do CPC) 684.2.20 Habilitao de credores em esplio (artigos 1.017 a 1.021 do CPC) 684.2.21 Habilitao de crdito em procedimento falimentar 684.2.22 Assistncia judiciria e justia gratuita 684.2.23 Infncia e juventude 694.2.24 Acidente de trabalho 694.3 DISPENSA DO ADIANTAMENTO DE CUSTAS 704.3.1 Ao civil pblica 704.3.2 Aes coletivas Cdigo de Defesa do Consumidor 70

    4.4 OUTRAS AES EM QUE NO INCIDEM CUSTAS 71

    5 CLCULO PROCESSUAL 72

    5.1 TERMO INICIAL E FINAL 725.2 TTULO EXECUTIVO LQUIDO 725.3 PRESTAO CONTINUADA 725.4 VALOR ORIGINAL DO TTULO (BASE DE CLCULO) 725.5 ALTERAES NO PADRO MONETRIO (TROCA DE MOEDA) 725.6 CORREO MONETRIA 74

    5.6.1 ndices de correo monetria 745.6.1.1 Indexadores que compem o ndice da CGJ 745.6.1.2 Clculo da correo monetria utilizando o ndice da CGJ 755.6.1.3 ndices expurgados em relao ao ndice da CGJ 755.6.1.4 Exemplo de clculo de expurgos inflacionrios 775.6.1.5 Clculo da correo monetria de valores anteriores a 01/04/1981 (anteriores criao do ndiceda CGJ) 775.6.1.6 Clculo de correo monetria utilizando-se outros indexadores 785.6.1.7 Indexadores comumente utilizados para o clculo da correo monetria 80

    5.6.2 Smulas sobre a aplicao da correo monetria 825.6.2.1 Tribunal de Justia de Santa Catarina 825.6.2.2 Supremo Tribunal Federal 825.6.2.3 Superior Tribunal de Justia 82

    5.7 JUROS 835.7.1 Classificao quanto origem 835.7.2 Classificao quanto ao fundamento 845.7.3 Classificao quanto capitalizao (forma como se adiciona o juro ao capital) 845.7.4 Classificao quanto taxa 845.7.5 Formas de amortizao dos juros 85

    5.7.5.1 Compensao 855.7.5.2 Proporcional 855.7.5.3 Imputao do artigo 354 do Cdigo Civil 86

    5.7.6 Amortizao no parcelamento do artigo 745-A do CPC 865.8 CLCULO DE ATUALIZAO MONETRIA DE DBITOS JUDICIAIS 87

    5.8.1 Aplicao da multa do artigo 475-J do CPC 885.8.2 Alimentos 895.8.3 Falncia 895.8.4 Clculo utilizando a taxa SELIC 905.8.5 Clculo de Imposto de Renda 925.8.6 Juros na desapropriao 92

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    5.8.7 Honorrios advocatcios 935.9 CLCULOS EM CONTRATOS BANCRIOS 96

    5.9.1 Sistemas de amortizao do capital emprestado (pagamento da dvida) 965.9.2 Sistema de Amortizao Constante SAC 975.9.3 Mtodo de amortizao Gauss 99

    REFERNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRFICAS 104

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 107

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    1 Contadoria Judicial

    1.1 Regimento de Custas

    A competncia dos Estados para legislarem sobre custas est prevista no incisoIV do artigo 24 da Constituio Federal.

    Os principais diplomas legais que instituram Regimentos de Custas no Estado deSanta Catarina foram as Leis 101, de 10 de agosto de 1948; 1.634, de 20 dedezembro de 1956 e 3.869, de 15 de julho de 1966.

    O Regimento de Custas e Emolumentos do Estado de Santa Catarina em vigor foiinstitudo pela Lei Complementar 156, de 15 de maio de 1997, com as alteraesintroduzidas pelas Leis Complementares 161, de 23 de dezembro de 1997; 188,de 30 de dezembro de 1999; 194, de 10 de maio de 2000; 213, de 2 de outubrode 2001; 217, de 29 de dezembro de 2001; 218, de 31 de dezembro de 2001;219, de 31 de dezembro de 2001; 237, de 18 de dezembro de 2002; 241 de 30 dedezembro de 2002; 242, de 30 de dezembro de 2002; 268, de 19 de abril de2004; 279, de 27 de dezembro de 2004; 291, de 15 de julho de 2005; 391, de 18de outubro de 2007; 411, de 25 de junho de 2008; 492, de 21 de janeiro de 2010;506, de 19 de julho de 2010; 524, de 17 de dezembro de 2010; 532, de 17 dejaneiro de 2011.

    (Atualizao de valores pelas Resolues 10/2006-CM, de 20 de dezembro de2006; Resoluo 07/2007-CM, de 27 de setembro de 2007; 12/2008-CM, de 22 de

    outubro de 2008; 6/2009-CM, de 28 de setembro de 2009; 8/2010-CM, de 22 desetembro de 2010 e 11/2011-CM, de 20 de setembro de 2011).

    Tambm regulam a matria normas oriundas do Conselho da Magistratura, daPresidncia do Tribunal de Justia, da Corregedoria Geral da Justia e dalegislao federal ou estadual.

    1.2 Atribuies do Contador

    Contador Conceito: Na linguagem forense, diz-se contador para o serventurioda justia que tem a incumbncia de fazer todas as contas dos processos, sejam

    referentes s custas, ou mesmo aquelas, que se dizem aritmticas, e feitas paraas liquidaes das sentenas.

    O contador o servidor do juzo encarregado de proceder aos clculos deimpostos, taxas, custas, emolumentos, juros, honorrios, liquidaes e apuraesde valores referentes aos processos judiciais e extrajudiciais.

    As atribuies do contador esto previstas no artigo 158 da Lei 5.624, de 9 denovembro de 1979 Cdigo de Diviso e Organizao Judicirias do Estado deSanta Catarina (CDOJESC), como segue:

    Artigo 158. Compete aos contadores:I - organizar a conta dos emolumentos, custas e salrios dos processos e atosjudiciais, observadas as disposies do respectivo regimento e da legislao

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    pertinente;II - contar, discriminadamente, o capital e os juros de ttulos;III - calcular honorrios, comisses, rendimentos e prmios, quando for o caso;IV - proceder ao clculo para pagamento de impostos, taxas e quaisquer outrostributos;

    V - apurar a receita e a despesa nas prestaes de contas de tutor, curador,depositrio e administrador judicial;VI - verificar ou conferir crditos e contas em falncia, concordata e concursoscreditrios;VII - glosar emolumentos, custas e salrios indevidos ou excessivos;VIII - reduzir papis de crdito, ttulos de dvida pblica, aes de companhiasou de estabelecimentos bancrios ou de crdito, e moeda estrangeira moedanacional e vice-versa;IX - remeter, mensalmente, ao Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil,Seo deste Estado, a relao das custas contadas a favor dos advogados,provisionados, estagirios e solicitadores, indicando os nomes dos escrives eencarregados de cobrana;X - propor a nomeao de escrevente juramentado (artigo 336, pargrafo

    nico).

    Os artigos 1 e 2 da Resoluo 29/00 GP, de 25 de agosto de 2000, dispemsobre o exerccio das funes de Contador Judicial, como segue:

    Artigo 1 As funes de Contador e Distribuidor Judiciais sero exercidas porservidores do quadro de pessoal da Justia de Primeiro Grau, mediantedesignao do Diretor do Foro, segundo critrios de conhecimento ecapacidade tcnica.Artigo 2 So atribuies do Contador Judicial:I - organizar contas de emolumentos, custas e salrios de processos e atosjudiciais;

    II - contar, discriminadamente, o capital e os juros de ttulos;III - calcular honorrios, comisses, rendimentos e prmios, quando for o caso;IV - efetuar clculos para pagamento de impostos, taxas e quaisquer outrostributos;V - apurar receita e despesa nas prestaes de contas de tutor, curador,depositrio e administrador judicial;VI - verificar e conferir crditos e contas em falncia, concordata e concursoscreditrios;VII - glosar emolumentos, custas e salrios indevidos ou excessivos;VIII - reduzir papis de crdito, ttulos de dvida pblica, aes de companhiasou de estabelecimentos bancrios ou de crdito, e moeda estrangeira moedanacional e vice-versa;IX - providenciar o preenchimento da guia de recolhimento judicial GRJ;

    X - executar outras tarefas correlatas.

    O artigo 10 da Resoluo 07/2011-GP, de 24 de maro de 2011, determina que aabertura de subcontas poder ser realizada pelo chefe de cartrio ou pelocontador, nesta ordem preferencialmente, de acordo com o pargrafo 1 doreferido artigo:

    Artigo 10. Os procedimentos para solicitar o Depsito Judicial sob Aviso Disposio do Poder Judicirio do Estado de Santa Catarina podero serefetuados pelo Chefe de Cartrio, pelo Contador Judicial, pelo DiretorJudicirio, pelo Chefe da Seo de Preparo, Custas e Recolhimentos, ou,ainda, pelo Chefe da Diviso de Precatrios, conforme o processo se vincule vara, unidade judiciria ou ao Tribunal de Justia. 1 Os usurios referidos no caput deste artigo devero observar,

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    primeiramente, se a solicitao refere-se a depsito novo ou a intermedirio.

    A abertura de subconta e emisso de boleto para depsito judicial poder serrealizada independentemente de prvio despacho judicial, conforme Ofcio-

    Circular CGJ 280/2011.A emisso de extrato/saldo a pedido da parte fica restrita ao chefe de cartrio, porno haver previso para o contador efetuar referida tarefa, conforme aResoluo07/2011-GP, de 24 de maro de 2011:

    Artigo 12. A preparao das informaes para a solicitao de saque dodepsito judicial ser efetuada pelo Chefe da Diviso de Precatrios, peloDiretor Judicirio ou pelo Chefe de Cartrio da Vara, Unidade Judiciria ourgo do Tribunal em que tramitar o processo.[...] 3 O Chefe da Diviso de Precatrios, o Diretor Judicirio ou o Chefe de

    Cartrio, aps identificar a subconta, dever emitir extrato desta e anex-lo aoprocesso, que ser encaminhado ao Presidente do Tribunal de Justia, aoDesembargador, ao Juiz de Direito de Segundo Grau, ao Juiz de Direito ou aoJuiz Substituto, conforme o processo se vincule ao Tribunal de Justia, varaou unidade judiciria.

    O artigo 15 do CNCGJ disciplina as consultas em caso de dvidas relativas aoservio judicirio.

    Para o eficaz exerccio de suas atribuies, deve o contador judicial:

    - ater-se ao que estiver determinado no despacho, sentena ou acrdo;- manter-se informado sobre matrias de carter econmico-financeiro,resolues, provimentos e circulares, etc.;- efetuar clculos nos processos somente por determinao judicial;- solicitar, em caso de dvida, de forma clara, objetiva e respeitosa, osesclarecimentos necessrios elaborao dos clculos ao juiz do processo.- informar, de maneira clara e precisa, os fatos relevantes ao esclarecimento dosclculos realizados.

    O artigo 54 da Lei Complementar 156, de 15 de maio de 1997 RCE, com asalteraes posteriores, disciplina a competncia para resolver as questes

    pertinentes a esse assunto.J o artigo 496 do CNCGJ orienta o contador no que diz respeito impossibilidade de elaborar o clculo:

    Na impossibilidade de elaborar o clculo, por deficincia ou inexistncia deelementos essenciais, os autos ou documentos sero imediatamentedevolvidos origem, com os devidos esclarecimentos.

    A elaborao de clculo pelas contadorias judiciais apenas permitida medianteautorizao do juiz, conforme artigo 500 do CNCGJ. Os beneficirios daassistncia judiciria tambm precisam da referida autorizao para utilizar os

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    servios da contadoria, consoante se pode observar pela redao do artigo 475-B, 3, do CPC.

    Theotonio Negro ensina que:

    A apresentao da memria do clculo para a liquidao de sentena ato daresponsabilidade do credor, cabendo-lhe arcar com os respectivos custos. Emcaso de impossibilidade financeira, pode requerer ao Juiz os servios daContadoria Judicial, pagando as custas devidas ou pedindo o benefcio dagratuidade (STJ-Corte Especial, ED no Resp 436.278, rel. Mi Edson Vidigal, j.25.3.2004, [...]) (sem grifo no original)1

    Dessume-se, portanto, que o contador judicial est desautorizado a realizarqualquer clculo que no seja por determinao do juiz.

    No que diz respeito incluso de custas e despesas processuais na memria declculo do exequente pelo serventurio, esclarece-se que a redao original doartigo 604 do CPC era no sentido de que a liquidao por clculo caberia aocontador. Entretanto, com a edio da Lei 8.898/1994, que alterou o dispositivoem comento, essa responsabilidade passou ao credor e manteve-se com a edioda Lei 11.232/2005, por meio do artigo 475-B.

    Pontes de Miranda explica:

    At o advento da Lei 8.898, de 29 de junho de 1994, cujo artigo 1 reformulou oartigo 604 do Cdigo de Processo Civil, a liquidao da sentena, mesmo se

    dependesse apenas de clculo aritmtico, era objeto de prestaojurisdicional. Propunha-se, obrigatoriamente, ao de liquidao, cujoexerccio formava o processo de liquidao, destinado a determinar o valor dacondenao. Na redao atual, o artigo que se comenta transforma aliquidao nele referida de atividade jurisdicional em atividade da parte. ocredor quem elabora o clculo, por meio de ato privado, de nenhum modojurisdicional, at a sua apresentao em juzo (sem grifo no original)2.

    Logo, a planilha de clculo apresentada pelo exequente computar os dbitos areceber, bem como o ressarcimento das despesas com o processamento da aoe caber ao contador somente a atualizao do clculo homologado pelo juiz.

    1.3 Prazos para a prtica dos atos

    Prazo o lapso de tempo em que um ato deve ou no ser praticado. Segundo aorigem de sua fixao, ser legal quando previsto em lei e judicial quandodeterminado pelo juiz. O primeiro classificado como peremptrio e o segundo,dilatrio. Todo prazo tem um termo inicial e um termo final, que so os momentosfixados para o seu incio e o seu trmino. Em geral, os prazos so contados em

    1 NEGRO, Theotonio; GOUVA, Jos Roberto Ferreira. Cdigo de processo civil e legislao processualem vigor. 38 ed. So Paulo: Saraiva, 2006. p. 542.2MIRANDA, Pontes de. Comentrios ao Cdigo de Processo Civil, tomo IX: artigos 566 a 611. Atualizaolegislativa de Srgio Bermudes. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002. p. 389.

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    dias e o termo inicial tambm chamado dies a quo, e o termo final, dies adquem.

    Os artigos 22 do RCE e 495 do CNCGJ estabelecem o prazo mximo para a

    realizao da conta de custas, assim como o artigo 159 do CDOJESC, se no,veja-se:

    Artigo 159 - Os atos dos contadores devero ser praticados dentro do prazomximo de cinco (5) dias, sob pena de substituio no feito por quem o juizdesignar, alm da multa cabvel.

    Pargrafo nico - Para o fim do disposto neste artigo, o juiz requisitar os autose neles ordenar a substituio.

    Caso seja impossvel a feitura do clculo ou da conta, por deficincia ouinexistncia de elementos essenciais, os autos sero imediatamente devolvidos

    ao cartrio de origem, devidamente informada a situao, conforme artigo 496 doCNCGJ.

    1.4 Responsabilidades e penalidades

    O contador judicial, enquanto servidor pblico, est incumbido de bem atender asatribuies que lhe so designadas e dever exerc-las com presteza, perfeio erendimento funcional, com os poderes e deveres especficos do cargo que exerce.

    A par disso, o Regimento de Custas e Emolumentos estabelece no artigo 31alguns procedimentos a serem observados pelo contador:

    Art. 31. Todas as custas e emolumentos pagos de acordo com este Regimentosero cotados margem no s dos originais, como dos respectivos traslados,certides e pblicas-formas. 1. As custas que se forem vencendo nos autos sero, obrigatoriamente,cotadas margem dos termos ou documentos respectivos. 2. vedado ao servidor da justia, notrio ou registrador pblico cotarcustas ou emolumentos em globo, cumprindo-lhe discriminar todas as parcelase rubricar a conta assim feita. 3. vedada a cobrana de custas ou emolumentos por atos retificatrios ourenovados, em razo de erro imputvel ao servidor.

    O artigo 41 do RCE impe sano severa ao contador que receber ou abonarcustas excessivas ou indevidas, bem como o artigo 161 do CDOJESC, in verbis:

    Artigo 161. Os contadores restituiro em dobro o que houverem excedido naconta, se provada a sua m f ou negligncia funcional, importncia que serentregue a quem pagou indevidamente ou em excesso.

    A fiscalizao dos atos praticados pelo contador judicial da competncia do juizdo processo, como dispem os artigos 44 do RCE, 501 do CNCGJ e 162 doCDOJESC, este ltimo com a seguinte redao:

    Artigo 162. A conta de custas processuais ser verificada pelo juiz competente,o qual far sempre a declarao expressa do exame, glosando as excessivasou indevidas e tomando as medidas disciplinares cabveis.

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    A Corregedoria-Geral da Justia exercer atividade auxiliar no exame das custase despesas, consoante estabelece o artigo 502 do CNCGJ.

    A reclamao contra a percepo ou exigncia de custas e despesas indevidasou excessivas por parte do auxiliar de justia, inclusive do contador, regula-sepelo artigo 42 e seus pargrafos do RCE, e dever ser dirigida ao juzo a queestiver sujeito o reclamado.Da deciso proferida na reclamao cabe recurso aoConselho da Magistratura, conforme dispem o artigo 499 do CNCGJ e o inciso IIIdo artigo 102 do CDOJESC, a seguir transcrito:

    Artigo 102 Compete ao juiz de direito em geral:[...]III decidir, com recurso para o Conselho Disciplinar da Magistratura, asreclamaes contra a percepo ou exigncia de custas excessivas ouindevidas, por parte de juzes de paz e auxiliares da justia, impondo as penascabveis;

    1.5 Materiais e fontes de pesquisa

    Constituem material bsico de consulta do contador judicial:

    - Regimento de Custas e Emolumentos RCE

    http://cgj.tjsc.jus.br/consultas/liberada/regcustas_emolumentos.pdf

    - Cdigo de Normas da Corregedoria Geral da Justia - CNCGJ

    http://cgj.tjsc.jus.br/consultas/liberada/cncgj.pdf

    - Pgina da Assessoria de Custas no stio da Corregedoria-Geral da Justia, noqual pode ser encontrado o Manual do Contador Judicial

    http://cgj.tjsc.jus.br/intranet/assessoriacustas/index.htm

    - Pgina do Tribunal de Justia, no qual pode ser encontrado o Manual doSIDEJUD

    http://www.tjsc.jus.br/institucional/normas/sistema_depositos_judiciais_28032011.pdf

    1.6 Fundamentao para elaborao do Manual do Contador

    - Regimento de Custas e Emolumentos;

    - Provimentos e Circulares;- Decises do Conselho da Magistratura;

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    - Resolues e Atos Regimentais;

    - Cdigos de Processo Civil e Penal;

    - Jurisprudncia relacionada e

    - Orientaes da CGJ.

    Observao: O servidor deve possuir um exemplar do Regimento de Custas eEmolumentos em seu ambiente de trabalho e disposio dos interessados,consoante artigo 51 do RCE e artigo 498 do CNCGJ, o qual pode ser acessadona pgina da legislao interna no stio do Tribunal de Justia:http://cgj.tjsc.jus.br/consultas/liberada/regcustas_emolumentos.pdf

    1.7 Dvidas relativas s custas e ao servio judicirio

    O artigo 54 do RCE dispe sobre o juzo competente para conhecer as dvidasrelacionadas ao Regimento de Custas e Emolumentos.Quanto ao servio judicirio, o artigo 15 do CNCGJ regula a matria.

    1.8 Sistemas utilizados

    MS/EXCEL - Sistema de Elaborao de Planilhas de Clculo da Microsoft

    INFOSEG - Rede de Integrao Nacional de Informaes de Segurana Pblica,Justia e Fiscalizao

    SAJ/CCP - SAJ/Clculo de Custas Processuais

    SAJ/PG - SAJ/Primeiro Grau

    SAJ/AIP - SAJ/Acompanhamento de Infraes Penais

    SIDEJUD - Sistema de Depsitos Judiciais

    SEF/SAT - SEF/Sistema de Administrao Tributria

    TJSC/CND - TJSC/Consulta de Devedores para no emisso de CertidoNegativa de Dbito de Custas Judiciais Fazenda Estadual

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    2 Conceitos e Definies

    2.1 Guia de Recolhimento Judicial e Guia de Recolhimento JudicialResumida GRJ/GRJR

    So documentos oficiais de arrecadao do Poder Judicirio de Santa Catarina,vinculados a boleto bancrio conforme Resoluo 07/2005-CM.

    GRJ Guia de Recolhimento Judicial:

    utilizada para a cobrana dos recolhimentos destinados ao FRJ, serventurios eterceiros, sendo subdividida em contas contbeis agrupadas da seguinte forma:

    Grupo 1 recolhimentos destinados ao FRJ;

    Grupo 2 recolhimentos destinados a serventurios (oficial de justia, avaliador,contador, distribuidor, etc.);

    Grupo 3 recolhimentos destinados a terceiros (honorrios, peritos, leiloeiros nooficializados, etc.).

    GRJR Guia de Recolhimento Judicial Resumida:

    utilizada para a cobrana de despesas com atos comuns e isolados, comofotocpia, formal de partilha, taxa de desarquivamento, autenticao, certido,

    etc.2.2 Valor da causa

    Um dos requisitos da petio inicial de uma ao a atribuio do valor da causa.Tal valor servir de referncia na definio da competncia, rito e clculo dascustas processuais, entre outros.

    O Cdigo de Processo Civil trata especificamente do valor da causa nos artigos258 a 261, 614, II, e o Regimento de Custas e Emolumentos disciplina a matrianos artigos 5 e 6.

    Do CPC:Art. 258. A toda causa ser atribudo um valor certo, ainda que no tenhacontedo econmico imediato.Art. 259. O valor da causa constar sempre da petio inicial e ser:I - na ao de cobrana de dvida, a soma do principal, da pena e dos jurosvencidos at a propositura da ao;II - havendo cumulao de pedidos, a quantia correspondente soma dosvalores de todos eles;III - sendo alternativos os pedidos, o de maior valor;IV - se houver tambm pedido subsidirio, o valor do pedido principal;V - quando o litgio tiver por objeto a existncia, validade, cumprimento,modificao ou resciso de negcio jurdico, o valor do contrato;VI - na ao de alimentos, a soma de 12 (doze) prestaes mensais, pedidaspelo autor;

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    VII - na ao de diviso, de demarcao e de reivindicao, a estimativa oficialpara lanamento do imposto.Art. 260. Quando se pedirem prestaes vencidas e vincendas, tomar-se- emconsiderao o valor de umas e outras. O valor das prestaes vincendas serigual a uma prestao anual, se a obrigao for por tempo indeterminado, ou

    por tempo superior a 1 (um) ano; se, por tempo inferior, ser igual soma dasprestaes.Art. 261. O ru poder impugnar, no prazo da contestao, o valor atribudo causa pelo autor. A impugnao ser autuada em apenso, ouvindo-se o autorno prazo de 5 (cinco) dias. Em seguida o juiz, sem suspender o processo,servindo-se, quando necessrio, do auxlio de perito, determinar, no prazo de10 (dez) dias, o valor da causa.Pargrafo nico. No havendo impugnao, presume-se aceito o valoratribudo causa na petio inicial.Art. 614. Cumpre ao credor, ao requerer a execuo, pedir a citao dodevedor e instruir a petio inicial:I - com o ttulo executivo extrajudicial; (Redao dada pela Lei n 11.382, de2006).

    II - com o demonstrativo do dbito atualizado at a data da propositura daao, quando se tratar de execuo por quantia certa; (Redao dada pela Lei 8.953, de 13.12.1994)

    Do RCE:

    Art. 5. O valor da causa ser atualizado at a data da propositura da ao,observado o que dispem os artigos 258, 259 e 614, II, do Cdigo de ProcessoCivil, calculando-se as custas, desde logo, sobre o valor apurado,independentemente do valor atribudo causa pela parte proponente.(Dispositivo alterado pela Lei Complementar n 161/97) Pargrafo nico. Aalterao do valor da causa obriga a necessria atualizao da contagem dascustas, em termos de decesso ou majorao, para efeito de compensao,devoluo ou cobrana. (Pargrafo 2 do art. 5 da Lei Complementar n156/97 revogado pela Lei Complementar n 161/97)Art. 6. A ao, cujo valor inicial tenha sido posteriormente alterado, a refletir-sena competncia, ser encaminhada unidade jurisdicional prpria, na comarcaonde houver, determinando-se a anotao na distribuio, para os devidosefeitos, dentre outros, o da compensao.

    Da legislao vigente, bem como da doutrina e da jurisprudncia, depreende-seque o valor da causa estimado ou atribudo de acordo com os critrios legais eem consonncia com o fim buscado na ao.

    As regras que fixam o valor da causa so de ordem pblica e somente o juizpoder modific-lo de ofcio, ou o ru no prazo da contestao, de modo que vedado ao contador alter-lo.

    Contudo, se o contador judicial, ao fazer a conta de custas, perceber que o valoratribudo causa est em dissonncia com o objeto da ao, dever informar ojuiz, conforme orientao prevista na Circular CGJ 176/99, de 5 de novembro de1999.

    As custas finais nas aes de divrcio e separao judicial devem ser realizadassobre o valor dos bens partilhados, conforme Consulta 2005.000044-0 CM.

    Somente nas aes de inventrio/arrolamento o contador est autorizado a

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    calcular as custas processuais sobre o valor total dos bens arrolados naDIEF/ITCMD, observados os casos de meao, independentemente dedeterminao, conforme Consulta 550/2002 CM.

    O clculo de custas finais efetuado com base no valor da condenao quandoassim estiver determinado na sentena/acrdo. Em caso de dvida, consultar ojuiz do processo.

    O valor atribudo causa dever ser atualizado, conforme previso do caput doartigo 5 e 2 do artigo 24 do RCE.

    Para a atualizao do valor da causa, o artigo 2 da Resoluo 02/97 CMestabelece a utilizao dos ndices divulgados pela CGJ.

    2.3 Unidade de Referncia de Custas URC

    Foi instituda pela Lei Complementar 156/1997 para efeito de cobrana de custasdos servios, atos forenses e emolumentos sobre atos relacionados aos serviosnotariais e de registro e reajustada por meio de Resoluo do Conselho daMagistratura.

    2.4 Custas judiciais

    So valores ordinariamente despendidos para dar impulso a um processo. Estoprevistas nas tabelas anexas ao RCE e abrangem: atos do Tribunal de Justia, daProcuradoria de Justia, do Juzo, do Ministrio Pblico no Primeiro Grau, doescrivo, do distribuidor, do avaliador, do contador, do depositrio, do tradutor edo intrprete, dos oficiais de justia, dos porteiros dos auditrios e atos comuns eisolados.

    Observao: as porcentagens sobre o valor da causa previstas nas tabelasremuneram os agentes que participam do processo.

    2.4.1 Iniciais

    As custas so recolhidas na inicial em sua integralidade, consoante o disposto na

    Lei Complementar 291/2005, que alterou o artigo 24 da Lei Complementar156/1997.

    O recolhimento das custas deve obedecer ao disposto no RCE, bem como a regrageral dada pelo artigo 19 do CPC.

    Art. 19. Salvo as disposies concernentes justia gratuita, cabe s partesprover as despesas dos atos que realizam ou requerem no processo,antecipando-lhes o pagamento desde o incio at sentena final; e bem ainda,na execuo, at a plena satisfao do direito declarado pela sentena. 1 O pagamento de que trata este artigo ser feito por ocasio de cada atoprocessual.

    2 Compete ao autor adiantar as despesas relativas a atos, cuja realizao ojuiz determinar de ofcio ou a requerimento do Ministrio Pblico.

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    Referido pagamento dever ocorrer por meio de guia de recolhimento fornecidapelo Poder Judicirio (artigo 510 do CNCGJ).

    2.4.2 Complementares

    So aquelas decorrentes da alterao do valor inicial da causa e que obrigam aatualizao da contagem de custas, consoante artigo 5, pargrafo nico, doRCE.

    2.4.3 Intermedirias

    So aquelas necessrias para impulsionar o processo durante o seu trmite,conforme dispe o artigo 19 do CPC.Ex.: condues, atos, postais, fotocpias, etc.

    2.4.4 Finais

    Na conta de custas finais sero cotadas as rubricas previstas no Regimento deCustas e Emolumentos, bem como as despesas havidas e comprovadas nosautos e nos sistemas auxiliares (TAR e Peticionamento Eletrnico). O SAJ/CCPoperacionaliza o clculo destas custas em 100 % (cem por cento), deduzindo osvalores pagos nas custas iniciais (Lei Complementar 156/1997).

    2.4.4.1 GECOF Gerncia de Cobrana de Custas Finais

    Instituda pela Resoluo Conjunta 04/2007 GP/CGJ e regulamentada peloProvimento CGJ 08/2007 CGJ, objetiva o controle do fluxo de cobrana decustas finais at a inscrio em Dvida Ativa, conforme dispem os artigos 515 e516 do CNCGJ.

    2.4.5 Custas Excepcionais

    2.4.5.1 Excepcionais

    So comumente utilizadas para cobrar despesas aps o pagamento de custasfinais. Permite que o contador alimente o sistema, inserindo no clculo rubricas de

    qualquer valor.2.4.5.2 Excedentes

    Ocorrem quando as custas iniciais e/ou complementares foram recolhidas emcomarca do Estado de Santa Catarina diversa daquela em que tramita o processoe este fato no foi verificado no momento da distribuio, onde houvetransferncia de competncia ou quando as guias foram pagas anterior ao SAJ. um clculo de custas finais (100%) que possibilita a compensao dos valores jrecolhidos, que devem ser atualizados at o momento do lanamento.

    2.4.5.3 NGECOF No GECOF

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    utilizado quando o devedor no deve ser includo no fluxo automtico dacobrana de custas. Ex.: No houve trnsito em julgado da sentena, pagamentosque dependem de requisio (RPV ou precatrio) ou para interposio derecursos no Juizado Especial.

    2.5 Emolumentos

    So taxas cobradas ou devidas por servios prestados pelos cartriosextrajudiciais. Os emolumentos no so cobrados em juzo.

    2.6 Fundo de Reaparelhamento da Justia - FRJ

    O FRJ foi criado pela Lei 8.067, de 17 de setembro de 1990 e includo no artigo10 do RCE. devido nas aes cveis com valor da causa superior a 6.000URCs. calculado razo de 0,3% sobre o valor da causa, com limite mximo de

    400 URCs e isenes regulamentadas pela Resoluo 03/2004 CM.

    2.7 Taxa Judiciria

    um tributo previsto na Lei Estadual 7.541, de 30 de dezembro de 1988, comalquota de 1,5% sobre o valor da causa nas aes cveis, com limitesestabelecidos por resoluo do Conselho da Magistratura e isenesestabelecidas no artigo 12 desta Lei. Integra as receitas do FRJ, conforme artigo8 da Lei 8.067, de 17 de setembro de 1990.

    2.8 Despesas processuais

    As despesas so montantes extraordinrios relativos a servios postos disposio das partes, utilizados facultativamente. So reguladas pela Resoluo4/2008 do Conselho da Magistratura. Exemplo: fotocpias, impressos, protocolounificado, fac-smile, etc.

    2.8.1 Porte e protocolo unificado

    Para interposio de recursos aos tribunais superiores necessrio orecolhimento de porte de remessa e retorno para custeio das despesas.

    Para a remessa de peties, cartas precatrias ou autos a outras comarcas doEstado, s Turmas de Recursos e ao Tribunal de Justia, as partes podem, seassim entenderem, utilizar o sistema de protocolo unificado.

    A utilizao do protocolo unificado facultativa e est disciplinada no artigo 70 eseguintes do CNCGJ.

    2.8.2 Preparo

    Trata-se de custas e despesas para interposio dos recursos em geral s

    instncias superiores e para a sua tramitao.

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    2.8.3 Conduo

    o ressarcimento pelo deslocamento do frum at a localidade onde sercumprido o ato, conforme artigo 45 do RCE.

    Artigo 45. Os Juizes de Direito, Promotores de Justia, Servidores da Justia,Notrios e Registradores Pblicos, quando tenham de praticar atos oudiligncias fora dos auditrios ou do cartrio, alm das dirias quandonecessrias, tm direito conduo de costume no local, paga pela parte queos requerer ou promover, ou pelo autor, quando determinados pelo juiz deofcio, de acordo com as normas expedidas pelo Conselho da Magistratura.Pargrafo nico. Quando o interessado fornecer a conduo, no so cobradasas despesas, a esse ttulo, referidas neste artigo.

    Os valores antecipados das condues para prtica dos atos so recolhidos aoFRJ, conforme Resoluo 06/2011CM, e revertem para o oficial de justia, aps

    o deslocamento para o cumprimento do ato, pois possuem carter indenizatriopelo uso do seu veculo particular (combustvel, pneus, etc.).

    O valor das condues (deslocamentos) dos oficiais de justia e avaliadores fixado por resoluo do Conselho da Magistratura, de acordo com as distnciasdas localidades em relao ao prdio do frum.

    2.9 Ato/Diligncia

    Ato sinnimo de diligncia, que significa o cumprimento do que foi determinadono mandado judicial. Exemplo: citao, intimao, penhora, avaliao, busca,apreenso, sequestro, arresto, etc.

    O recolhimento desse valor destinado ao FRJ ou ao oficial de justia noremunerado pelos cofres pblicos.

    Observao: os atos presumveis/previsveis so todos os atos inerentes aocumprimento do mandado e devem ser antecipados, conforme a Resoluo02/2007 CM.Exemplo: no mandado de execuo sero antecipados os seguintes atos: citao,penhora, avaliao e intimao.

    Nas execues, os atos do avaliador so calculados sobre o valor ao finalapurado no processo e no sobre o valor constante do laudo (Tabela VII do RCE).

    2.10 Casos diferenciados

    So aqueles casos em que os recolhimentos podem no ser calculadosintegralmente, a exemplo das autarquias, que so entidades da AdministraoIndireta criadas por lei especfica, com personalidade jurdica, patrimnio e receitaprprios.

    2.10.1 Dispensa

    A dispensa do prvio recolhimento das custas/despesas processuais s ser

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    efetuada nos casos especficos determinados em lei, por isso no pode serconfundida com iseno do pagamento.Exemplo: nas aes cveis em geral que a Fazenda Pblica for interessada, noh exigncia de adiantamento de custas, somente de despesas (artigo 27 do

    CPC).

    2.10.2 Iseno

    A iseno de custas e despesas exime a parte do recolhimento por disposiolegal. Est prevista no RCE em seus artigos 10, 19, 33, 35 e 36, bem como nosprocessos do Estatuto da Criana e Adolescente, Juizados Especiais, entreoutros.

    O CNCGJ tambm se reporta matria nos artigos 506 e 507.

    2.10.3 Reduo

    A reduo um desconto no pagamento das custas judiciais. Incide na proporode 30% ou 50% sobre as rubricas dos agentes atuantes no processo, conformeprevisto no artigo 34 do RCE. importante ressaltar que sobre as despesas noh incidncia de reduo.

    2.10.4 Proporcionalidade ou rateio

    a diviso, igualitria ou no, fixada pelo magistrado, quanto a responsabilidadepelo pagamento de custas finais. Em casos de acordo onde o magistrado noespecificou o percentual de custas devido por cada parte, aplica-se o artigo 26 doCPC, cabendo a diviso igualitria entre as partes ativa e passiva.

    2.11 Correo monetria

    Consiste na aplicao de um ndice de preos para compensar os efeitos dainflao num determinado perodo.

    Aplicao:A correo monetria incide sobre qualquer dbito resultante de deciso judicial.

    No entanto, nas execues de dvida lquida e certa, ser calculada a partir dorespectivo vencimento e nos demais casos, a partir do ajuizamento da ao(artigo 1 da Lei 6899/1981), salvo determinao judicial expressa.

    2.12 Juros

    Aplicado notadamente no plural, juros quer exprimir os frutos do capitalinvestido, ou recebido do devedor, como compensao pela demora nopagamento.

    2.12.1 Juros compensatrios ou remuneratrios

    Os juros compensatrios ou remuneratrios so a retribuio pelo capital

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    empregado durante um determinado perodo de tempo.

    2.12.2 Juros convencionais

    Os juros convencionais so aqueles livremente estabelecidos entre as partes. Noentanto, devem seguir as regras legais para sua estipulao.

    2.12.3 Juros moratrios

    So juros decorrentes da mora, isto , os que so devidos, por conveno oulegalmente, em virtude do retardamento no cumprimento da obrigao.

    Do artigo 407 do CPC decorrem dois princpios:

    1) O juros de mora so devidos independentemente da alegao do prejuzo, j

    que este ser sempre decorrente da demora culposa do devedor em cumprir aprestao, ou do credor em receb-la.

    2) Os juros de mora so devidos independentemente da natureza da prestao.Se a obrigao for pecuniria, os juros incidiro sobre a quantia devida. Se no setratar de dvida em dinheiro, os juros incidiro sobre o valor em dinheiro que vier aser determinado, em sentena, arbitramento ou acordo das partes, comoequivalente ao objeto da prestao descumprida.

    2.12.4 Juros legais

    A obrigao de pagamento de juros de mora decorre de lei e independe depreviso especfica na sentena.

    Em regra, osjuros moratriosso legais, porque a exigncia deles decorre de lei.

    So os juros que podem ser exigidos em virtude de imposio ou determinaolegal, embora no convencionados ou contratados.

    Restritamente, a denominao aplicada para designar a taxa de jurosautorizada por lei.

    Assim sendo, em sentido amplo, juros legais so os que podem ser exigidoslegalmente, seja a respeito do direito que assiste ao credor para exigi-los, sejarelativamente taxa, que os deve determinar.

    O artigo 1-F da Lei 9.494, de 10 de setembro de 1997, com a redao dada pelaLei 11.960, de 29 de junho de 2009, estipula que os dbitos da Fazenda Pblicasofrem a incidncia dos juros aplicados s cadernetas de poupana, ou seja,0,5% a.m., de forma simples.

    2.12.5 Capitalizao simples

    So os juros que no se acumulam. So calculados somente sobre o montante do

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    capital inicial.

    2.12.6 Capitalizao composta

    Expresso usada para designar os juros devidos e j vencidos que,periodicamente, incorporam-se ao principal, isto , unem-se ao capital paraconstituir um novo total.

    2.12.7 Anatocismo

    vocbulo que nos vem do latim anatocismus e significa usura, prmio compostoou capitalizado. Desse modo, significa a contagem ou cobrana de juros sobrejuros.

    2.13 Multa

    uma penalidade imposta pelo descumprimento de clusula contratual ouprevista como infrao de lei. Pode ser de valor fixo ou em percentual a seraplicado sobre o dbito. Seguem exemplos de multas legais.

    2.13.1 Fundo de Reconstituio de Bens Lesados Ao Civil Pblica Lei7.347/1985

    O FRBL destinado reparao dos danos causados ao meio ambiente, aoconsumidor, a bens e direitos de valores artsticos, estticos, histricos epaisagsticos em todo o territrio catarinense. constitudo por receita decorrentede condenaes judiciais pelos danos descritos anteriormente, por doaes,transferncias oramentrias, multas aplicadas em caso de descumprimentojudicial (como as previstas nos acordos extrajudiciais) e rendimentos de depsitosbancrios e aplicaes financeiras (observadas as disposies legaispertinentes).

    Os valores destinados ao FRBL devero ser recolhidos atravs de depsito emconta corrente no Banco do Brasil, conforme dados bancrios previstos no artigo220 do CNCGJ.

    2.13.2 Multa Ato Atentatrio ao Exerccio da Jurisdio - artigo 14,pargrafo nico do CPC

    A multa prevista no pargrafo nico do artigo 14 do Cdigo de Processo Civildever ser recolhida em favor do FRJ, por meio de GRJR, com o cdigo 226-40.

    Observao: aps transitada em julgado a sentena/acrdo, o valor poder serrecolhido pela parte sucumbente na conta de custas finais, na rubrica Outros.

    2.13.3 Multa Litigncia de m-f artigo 18 do CPC

    A multa prevista no artigo 18 do Cdigo de Processo Civil destinada outraparte litigante na ao.

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    Observao: a multa dever ser depositada no SIDEJUD e se aps o trnsito emjulgado da sentena/acrdo, se mantida a deciso, o valor ser transferido outra parte litigante na ao.

    2.13.4 Multa Embargos protelatrios artigo 538 do CPC

    A multa prevista no pargrafo nico do artigo 538 do CPC deve, inicialmente, serdepositada no SIDEJUD. Aps o trnsito em julgado da sentena, e tendo sidomantida a deciso na instncia superior, ser ela destinada outra parte.

    2.13.5 Multa - Tipo Penal Lei 7.209/1984

    O clculo do valor da multa feito automaticamente no SAJ/PG aps olanamento no histrico de partes. Tem como base de clculo o valor do salrio

    mnimo vigente na data do fato e ser corrigido monetariamente pelo INPC.

    O cartrio emitir no SAJ/PG a guia de depsito (GRU) em favor do FUNPEN, emAndamento Acompanhamento Multa - GRU, de acordo com os artigos 356 a360 do CNCGJ.

    2.13.6 Multa - Lei de Txicos

    Com a revogao da Lei 6.368/1976 pela Lei 11.343/2006, a multa passou a tercomo base de clculo o salrio mnimo vigente na data do fato.

    A multa, pela legislao revogada, tinha valor fixo e era apenas atualizada. Agorao clculo da multa da Lei de Txicos ser elaborado da mesma forma que o damulta do Cdigo Penal. Portanto, as multas previstas na Lei 11.343/2006 (artigos29 e 43) devero ser efetuadas conforme o item anterior.

    Entretanto, haver situaes em que o contador realizar o clculo pela legislaorevogada, ou seja, utilizando-se dos parmetros fixados no artigo 38 da Lei6.368/1976, porque a sentena poder ter sido exarada na poca em que vigiareferida lei.

    O cartrio emitir no SAJ/PG a guia de depsito (GRU) em favor do FUNAD, emAndamento Acompanhamento Multa - GRU, consoante preceitua os artigos293 e 294 do CNCGJ.

    2.14 Honorrios

    a remunerao devida ao profissional pelo trabalho desempenhado noprocesso. Os honorrios podem ser advocatcios ou periciais.

    Os honorrios advocatcios podem ser de sucumbncia, quando devidos pelaparte vencida ou contratuais, que so pactuados entre advogado e cliente.

    Os honorrios periciais so aqueles pagos a profissionais liberais por serviosprestados nos autos por nomeao judicial.

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    2.15 Valor da parcela

    o valor pago para amortizao do capital, juros e acessrios (seguros, taxas,

    IOF, TAC, etc.).

    2.16 Amortizao

    a proporo do valor da parcela que se destina a devolver o valor do principal,ou seja, o capital, exceto os juros e acessrios. Ela pode ser calculada por vriosmtodos, como demonstrado a seguir.

    2.16.1 Mtodo Price

    Mtodo utilizado para devoluo do valor principal do capital, mais juros, em

    prestaes de valor fixo.

    2.16.2 Sistema de Amortizao Constante - SAC

    Mtodo utilizado para devoluo do valor principal e dos juros em prestaes devalor decrescente, em progresso aritmtica.

    2.16.3 Mtodo Gauss

    Mtodo utilizado para devoluo do valor principal e dos juros em prestaes devalor fixo, contudo, com juros calculados de forma linear simples, ou seja, afasta oanatocismo no caso de quem paga e proporciona a liquidez contratada para quemrecebe as parcelas (sem usura).

    2.16.4 Mtodo Hamburgus

    Mtodo utilizado para devoluo do valor principal e dos juros processados pormeio de conta corrente contbil. A dvida assumida varivel e depende doslanamentos de entrada (crdito) e sada (dbito). Assim, os saldos dirios podemser devedores ou credores.

    2.17 Formas de abatimento dos juros2.17.1 Imputao - artigo 354 do Cdigo Civil

    Na forma definida pelo artigo 354 do Cdigo Civil, os juros so abatidospreferencialmente em detrimento do capital.

    Artigo 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se- primeiro nos jurosvencidos, e depois no capital, salvo estipulao em contrrio, ou se o credor passara quitao por conta do capital.

    2.17.2 Proporcional

    Nesta forma se faz a amortizao do valor da parcela paga proporcionalmente ao

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    saldo de capital e de juros.

    2.17.3 Compensao

    Nesta forma os valores devidos so corrigidos monetariamente e amortizadospelos valores pagos somente ao final do perodo de clculo. Obs.: forma utilizadana opo Clculo Processual do SAJ/CCP.

    2.18 Encargos/Acessrios

    So todos os valores que compem a parcela exceto o capital e os juros.

    2.18.1 Comisso de permanncia

    A comisso de permanncia surgiu de uma resoluo do BACEN, que facultou

    aos bancos cobrar de seus devedores, pela permanncia do dinheiro com ocliente, encargos alm dos juros de mora j estipulados.

    I - Aplicao como juros compensatrios: geralmente limitada taxa mdia dejuros de mercado (Smulas 294 e 296 do STJ).

    II - Aplicao como ndice de correo monetria: a jurisprudncia dominante(Smula 30 do STJ) diz que a comisso de permanncia e a correo monetriase equivalem, inibindo, assim, o lucro sobre o lucro.

    2.19 Atualizao do dbito judicial

    Clculo que compreende os valores da correo monetria, juros, encargos,amortizaes, honorrios, multas, despesas, etc., ou seja, o clculo paraapurao do valor atual de uma dvida.

    Importante: quando a sentena no fixar os juros e a correo monetria, ocontador deve utilizar o ndice da Corregedoria (INPC, conforme o Provimento13/1995) para a atualizao do valor. Os juros de mora sero de 0,5% a.m. at10/01/2003 e posteriormente a esta data, de 1% a.m. No se contam juros sobreas despesas processuais que devem ser ressarcidas ao vencedor da ao.

    A partir de julho de 2009, os dbitos a favor da Fazenda Pblica passaram a sercorrigidos pela TR, acrescidos de juros de mora de 0,5% a.m., de acordo com aLei 11.960, de 29 de junho de 2009.

    2.20 Depsitos no SIDEJUD

    Os depsitos no SIDEJUD podem ser realizados voluntariamente, com a emissode guia a pedido da parte (Ofcio Circular CGJ 280/2011) ou por determinaojudicial como no caso de penhora pelo BACENJUD.

    Importante: Quando houver depsitos no SIDEJUD que no assegurem opagamento total do dbito, devem ser abatidos deste na poca e no valor em que

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    foram depositados em juzo.

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    3 Tipos de Recolhimento

    Os tipos e regras de recolhimentos advm da legislao processual e de custas,bem como das resolues do Conselho da Magistratura e do Tribunal de Justia.

    As tabelas de custas dos atos e servios so especificadas em percentuais queincidiro sobre o valor da ao ou em quantidades de Unidades de Referncia deCustas - URC.

    3.1 Atos realizados por agentes no remunerados pelos cofres pblicos no oficializados

    Quando se tratar de atos praticados por oficiais de justia ad hoc noremunerados pelos cofres pblicos, o valor do ato revertido ao agente, casocontrrio recolhido ao FRJ, conforme Circular 87/1999.

    O sistema far a correta destinao do valor do ato calculado. Para isso, ocadastro do oficial de justia no SAJ dever indicar se este oficializado(remunerado pelos cofres pblicos) ou no oficializado (no remunerado peloscofres pblicos). Referido cadastro realizado pelo TSI da comarca, emconformidade com as informaes prestadas pela Secretaria do Foro.

    3.2 Atos do juzo

    A previso de cobrana est estabelecida na Tabela III - ATOS DO JUZO, doRCE:

    1 - No Cvel, pela sentena ou despacho que ponha termo ao feito ou execuo - 0,1% (zero vrgula um por cento) sobre o valor da ao, com omnimo de 10 (dez) URCs.

    2 - No crime:I - pela presidncia do tribunal do jri - 20 (vinte) URCs;II - pelas sentenas de pronncia, impronncia, ou de absolvio, sumria, epelas sentenas finais em processos de competncia do juiz singular, emprocesso sumrio - 10 (dez) URCs.

    Observar que em processo no qual no h sentena que ponha termo ao feito ou execuo, mas somente despacho, contam-se as custas do juzo (exemplo:

    notificao, interpelao, precatria de citao, de intimao de avaliao mesmocom liquidao de tributos, sentena que homologa clculo em inventrio ou queconcede liminar em possessria, etc.).

    3.3 Atos do Ministrio Pblico

    Dispe o artigo 112 da Lei Estadual 4.557, de 7 de janeiro de 1971:

    Artigo 112. Pelos atos judiciais que praticar, o membro do Ministrio Pblicofar juz s custas taxadas no respectivo regimento, as quais sero recolhidasaos cofres pblicos.

    Prev o Regimento, na Tabela IV - ATOS DO MINISTRIO PBLICO NO 1GRAU:

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    1 - No Cvel:I - por todos os atos de sua interveno em processo cvel - 0,1% (zero vrgulaum por cento) sobre o valor da ao, com o mnimo de 6 (seis) URCs.II - em processos:

    a) para aprovao de estatuto de fundao 10 (dez) URCs;b) de elaborao de estatuto de fundao 40 (quarenta) URCs;c) de mandado de segurana 3 (trs) URCs;d) de habilitao de casamento 2 (duas) URCs;

    2 - No crime, por todos os atos de sua interveno:I - em processos do tribunal do jri 20 (vinte) URCs;II - nos demais processos - 3 (trs) URCs.

    OBSERVAO: Esta Tabela remunera todos os atos cuja prtica cumpram aoMinistrio Pblico, no sendo devidas custas em incidente processual, aindaque em autos apartados.

    A competncia do Ministrio Pblico est prevista nos artigos 81 a 85 do Cdigode Processo Civil e suas funes esto estabelecidas nos artigos 127 e 129 daConstituio Federal.

    3.4 Atos do escrivo

    As custas esto previstas na Tabela V ATOS DO ESCRIVO, do RCE:

    1 - Processos cveis em geral e reconveno 1,0% (um por cento) sobre ovalor da causa, com o mnimo de 10 (dez) URCs.

    2 - Liquidao e execuo de sentena - 5 (cinco) URCs.NOTA: Quando a sentena for executada mediante simples expedio dealvar, mandado, de oficio ou de provimento anlogo - 3 (trs) URCs.

    3 - Precatria, rogatria e carta de ordem, para cumprimento 10 (dez) URCs;

    4 - Processamento de alvar e de mandado, recebido de outro juzo - 5 (cinco)URCs.

    NOTA: gratuito o processamento de alvar expedido em favor de viva ourfos para levantamento, em estabelecimento de crdito, instituies deprevidncia e de seguro, ou qualquer repartio pblica, de importncia que,em relao a cada interessado, seja ela a que titulo for, no excedente a 100(cem) URCs.

    5 - Processo relativo a nome, estado e capacidade das pessoas no previstosem outros itens desta Tabela; processos que diretamente se refiram a registropblico; outros processos e procedimentos no previstos nos itens anteriores,com ou sem justificativa - 5 (cinco) URCs.

    6 - Formal de partilha, carta de sentena, de arrematao, de adjudicao, deremio, de constituio de usufruto - 5 (cinco) URCs.

    7 - Certido de partilha e folha de pagamento - 5 (cinco) URCs.

    8 - Processos criminais - 10 (dez) URCs.

    9 Certido, traslado ou pblica forma, incluindo todo e qualquer ato a elainerente (buscas, autenticaes, rasa, etc., inclusive cpia reprogrfica), por

    meio comum ou eletrnico 3 (trs) URCs pela primeira folha, mais 1 (uma)URC por folha excedente. (Item includo pela Lei Complementar 218, de 31 dedezembro de 2001).

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    NOTA: Nos atos previstos nesta Tabela, no esto includas as despesasnecessrias sua realizao.

    OBSERVAES:1 - As custas das aes remuneram todos os atos e termos do respectivoprocesso, praticados pelo escrivo, excludos aqueles especificamentetaxados.

    2 - Se no mesmo processo funcionar mais de um escrivo, as custas serorateadas em proporo fixada pelo juiz.

    Observao: a porcentagem de 1% sobre o valor da causa, prevista na tabela V,remunera os atos do escrivo para expedio de alvar, ofcio, mandado, edital,etc. Os atos que esto especificamente taxados (formal de partilha, carta dearrematao, adjudicao, certido narrativa, etc.) so cobrados separadamente.

    3.5 Atos do distribuidor

    A Tabela VI - ATOS DO DISTRIBUIDOR do RCE, prev:

    1 - Distribuio ou registro, por todos os atos, incluindo ndice, arquivo oufichrio e diligncia:I - de processo - 3 (trs) URCs;II - de livro, mandado e, quando autorizado por lei ou ordenado pelo juiz, dequalquer outros documentos, de ttulo para protesto - 3 (trs) URCs

    2 - Expedio de certido, com uma s folha - 3 (trs) URCs, mais 1 (uma)

    URC por folha excedente ou grupo de 5 pessoas objeto da busca.

    3 - Cancelamento, compensao, baixa ou retificao de distribuio, por todosos atos, incluindo ndice, arquivo ou fichrio - 1 (uma) URC.

    OBSERVAO: O ato de distribuio deve ser precedido do preparo dascustas, quando devidas.

    3.6 Atos do avaliador

    A Tabela VII - ATOS DO AVALIADOR, do RCE, prev:

    Avaliao de bens em geral 0,3% (zero vrgula trs por cento), sobre o valor,com o mnimo de 5 (cinco) URCs.

    NOTA: Excedendo a 5 (cinco) o nmero de bens avaliados, pelos demais oavaliador perceber 5 (cinco) URCs para cada um que acrescer, at o dobro dovalor fixado no artigo 4 deste Regimento.

    OBSERVAES:1 - No se contaro custas de avaliao invalidada por erro, culpa ou dolo doavaliador.2 - Nas execues, as custas do avaliador so calculadas sobre o valor a finalapurado no processo e no sobre o valor constante do laudo.

    Os atos do avaliador sero cobrados em custas intermedirias ou nas custasfinais. No item Avaliador, temos as opes:

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    Atos do avaliador;Bens adicionais (excedentes a 5);Conduo do avaliador.

    Primeiramente, cabe ressaltar que as custas da avaliao podero ser calculadasde duas formas, dependendo do tipo do processo em questo, conforme a seguir:

    1) O Regimento de Custas prev que na avaliao de bens em geral aplica-se0,3% (zero vrgula trs por cento) sobre o valor, com o mnimo de 5 (cinco) URCs.

    2) A outra forma de clculo das custas de avaliao refere-se s aes deexecuo. Neste caso, as custas so calculadas sobre o valor ao final apurado noprocesso, ou seja, o valor da execuo atualizada e no sobre o valor dos bensconstante no laudo.

    3.7 Atos do contador

    A Tabela VIII - ATOS DO CONTADOR, do RCE, dispe:

    1 - Clculo, conta de custas em qualquer processo, verificao ou confernciade crdito 0,3% (zero vrgula trs por cento), sobre o valor da causa ou dovalor final apurado, com o mnimo de 5 (cinco) URCs.

    2 - Conta de custas do preparo de recurso instncia superior - 5 (cinco)URCs.

    OBSERVAES:

    1 - Se no mesmo processo funcionar mais de um contador, as custas serorateadas na proporo dos atos praticados.

    2 - Nos clculos que exijam operaes de maior complexidade, o juiz, arequerimento do contador, poder fixar at o triplo, as custas do 1 destaTabela, observado o limite do artigo 4.

    3.8 Atos do depositrio

    A Tabela IX - ATOS DO DEPOSITRIO, do RCE, prev:

    1 - Depsito judicial - 0,1% (zero vrgula um por cento), sobre o valor dos bens,com o mnimo de 5 (cinco) URCs.

    2 - Rendimento de imveis penhorados ou sujeitos administrao dodepositrio, rendimento lquido dos bens da herana jacente, alm das custasdo nmero 1 - 0,3% (zero vrgula trs por cento), sobre o valor do rendimento,com o mnimo de 5 (cinco) URCs.

    OBSERVAES:

    1 - As percentagens desta Tabela sero cobradas sobre o valor verificado naarrematao, adjudicao, ou na falta desses meios, sobre a cotao oficial oulaudo de avaliao, mas, em nenhum caso, tais percentagens podero incidirsobre valor superior ao final apurado no processo.

    2 - As custas que competem ao depositrio no excluem a indenizao dasdespesas justificadas e comprovadas com a guarda, fiscalizao, conservaoe administrao dos bens depositados.

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    3 - As custas do depositrio sero exigidas no ato do levantamento dapenhora. Quando o valor do bem depositado no estiver determinado nosautos, nem seja possvel fix-lo pelos motivos previstos nesta Tabela, ascustas sero fixadas sobre o valor da dvida.

    4 - No ser cumprido mandado de levantamento de penhora e depsito semque tenham sido pagas ao depositrio as custas a que tiver direito, bem comoas despesas feitas com os bens depositados.

    O Cdigo de Processo Civil estabelece que o juiz fixar a remunerao dodepositrio, conforme a situao dos bens, ao tempo do servio e s dificuldadesde sua execuo (artigo 149 do CPC).

    3.9 Atos do tradutor e intrprete

    A Tabela X - ATOS DO TRADUTOR E DO INTRPRETE, do RCE, prev:

    1 - Exame para verificar a exatido de qualquer traduo:

    I - de texto que no exceda a uma pgina datilografada - 10 (dez) URCs;

    II - por pgina, ou frao que acrescer - 3 (trs) URCs;

    2 - Traduo:

    I - de texto ou documento que no exceda a uma pgina - 20 (vinte)URCs;

    II - por pgina, ou frao que acrescer - 5 (cinco) URCs;

    III - em depoimento, interrogatrio, escritura, procurao ou outro atoextrajudicial, de cada um - 10 (dez) URCs.

    NOTAS:1 - Por via autenticada de traduo, metade das custas deste nmero.

    2 - Quando os atos especificados nesta Tabela revelarem complexidade edemandarem trabalho considervel, as custas acima podero ser elevadas ato dobro.

    As tradues com f pblica so as executadas por tradutores pblicosjuramentados, conforme artigos 115 a 118 do CNCGJ.

    3.10 Atos do oficial de justia

    A Tabela XI - ATOS DOS OFICIAIS DE JUSTIA, do RCE, prev:

    1 - Citao, notificao ou intimao de casal, de pessoa fsica ou jurdica, por

    todos os atos, inclusive certido - 3 (trs) URCs.

    NOTA: Se a citao, intimao ou notificao se fizer com hora certa, as custasdesta Tabela sero cobradas em dobro.

    2 Penhora, sequestro, arresto, despejo, apreenso, priso ou outros noespecificados, inclusive os atos complementares - 5 (cinco) URCs.

    OBSERVAES:

    1 - O oficial de justia nada perceber pela intimao da penhora ou outro ato

    que d lugar a embargos ou defesa de terceiro, por defeito ou irregularidade nadiligncia realizada.

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    2 - Quando o ato, por determinao legal, deva ser praticado por dois oficiaisde justia, as custas desta Tabela sero cobradas em dobro.

    3 - As custas referentes pratica de ato no compreendem as despesas coma conduo do oficial de justia. O interessado, porm, poder fornec-la e o

    oficial de justia, nesse caso, no tem direito a qualquer importncia a essettulo.

    4 - Os valores referentes s despesas de conduo obedecem s Tabelasaprovadas pelo Conselho da Magistratura.

    5 - As custas desta Tabela, exceto quando nomeado ad-hoc o oficial dejustia, so recolhidas ao Fundo de Reaparelhamento da Justia - FRJ.

    O sistema lana automaticamente o primeiro ato nas custas iniciais, devendo ocontador incluir o fator multiplicador, caso necessrio. No sendo a citao poroficial de justia ou realizada por carta precatria, o contador deve excluir este atoe incluir as despesas postais. Nas custas intermedirias, o sistema no lana o

    ato automaticamente, cabendo ao contador inserir o(s) ato(s).

    A Resoluo 02/2007-CM determinou que nas custas iniciais, bem como nascustas intermedirias, devem ser antecipados todos os atos previsveis nomandado.

    Resoluo 06/2011 CM:http://app.tjsc.jus.br/legislacaointerna/naintegra!rtf.action?id=1828&num=6&ano=2011

    Resoluo 16/1985- CDM:

    http://app.tjsc.jus.br/legislacaointerna/naintegra!rtf.action?id=43&num=16&ano=1985

    Resoluo 06/1994 - CMhttp://app.tjsc.jus.br/legislacaointerna/naintegra!rtf.action?id=91&num=6&ano=1994

    3.11 Atos do leiloeiro

    A Tabela XII - ATOS DOS PORTEIROS DOS AUDITRIOS, do RCE, dispe:

    Prego de praa ou leilo de bens - 0,3% (zero vrgula trs por cento), sobre opreo da arrematao, adjudicao ou remio, com o mnimo de 5 (cinco)URCs.

    NOTAS:

    1 - Se antes da realizao da primeira praa desistirem os interessados dasvendas dos bens em hasta pblica, as percentagens sero calculadas sobre ametade do preo da avaliao.

    2 - No comparecendo licitantes - 1 (uma) URC.

    E o Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, estabelece:Artigo 1 A profisso de leiloeiro ser exercida mediante matrcula concedida

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    pelas Juntas Comerciais, do Distrito Federal, dos Estados e Territrio do Acre,de acordo com as disposies deste Regulamento.[...]

    Artigo 24 A taxa da comisso dos leiloeiros ser regulada por conveno

    escrita que, sobre todos ou alguns dos efeitos a vender, eles estabeleceremcom os comitentes. Em falta de estipulao prvia, regular a taxa de 5%(cinco por cento), sobre mveis, mercadorias, jias e outros efeitos e a de 3%(trs por cento), sobre bens imveis de qualquer natureza.

    Pargrafo nico. Os compradores pagaro obrigatoriamente 5% (cinco porcento) sobre quaisquer bens arrematados.

    O artigo 705 do CPC dispe acerca das atribuies do leiloeiro.

    Destaca-se que normalmente h portaria designando o leiloeiro oficial dacomarca. Nela consta a remunerao de referido agente, ou seja, qual opercentual que incidir sobre o valor no caso de arrematao, assim como noscasos de leilo negativo.

    Quando o pagamento da comisso do leiloeiro que no integra o quadro deserventurio da Justia (leiloeiro nomeado por portaria) efetuado em juzo,podemos ter as seguintes situaes:

    a) valor da comisso inferior faixa mnima de reteno do IR: o crdito poderser efetuado atravs de GRJ em depsitos de terceiros, sendo obrigatrioinformar o cdigo de receita 1895 (rendimento tributvel);

    b) valor da comisso superior faixa de reteno do IR: o crdito dever serdepositado no SIDEJUD.

    3.12 Atos do perito

    O Regimento de Custas do Estado estabelece:

    Artigo 7 Nos exames, vistorias e arbitramentos, os honorrios do perito sofixados livremente pelo juiz que, para tanto, dever considerar o valor dacausa, as condies financeiras das partes, a complexidade do trabalho a serrealizado, enfim, as dificuldades e o tempo para a sua plena execuo, no se

    aplicando os limites previstos no artigo 4.Pargrafo nico. O Juiz poder determinar que a parte responsvel pelopagamento dos honorrios do perito deposite em juzo o valor correspondentea essa remunerao. O numerrio, recolhido em depsito bancrio, a ordem dojuzo e com correo monetria, ser entregue ao perito aps a apresentaodo Laudo, facultada a sua liberao parcial, quando necessria (Pargrafonico, do artigo 33 do Cdigo de Processo Civil).

    3.13 Atos comuns e isolados

    A previso destes atos est na Tabela XIII do RCE. Os mais utilizados so:

    desarquivamento, autenticao, certido em geral, alvar avulso, etc. Orecolhimento efetuado por GRJR ou por boleto emitido no stio do Tribunal de

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    Justia (http://app.tjsc.jus.br/bol/formulario.action).

    3.14 Taxa judiciria

    A taxa judiciria foi instituda pela Lei Estadual 7.541, de 30 de dezembro de1988, que assim dispe:

    CAPITULO IIIDA TAXA JUDICIRIA

    Artigo 8 - A taxa judiciria tem como fato gerador o ajuizamento de feitoscveis perante a Justia Estadual.

    Pargrafo nico - No se exigir a taxa judiciria nas aes de habeas corpuse habeas data.

    Artigo 9 - Contribuinte da taxa judiciria o autor da ao.

    Artigo 10 - A base de clculo da taxa judiciria o valor da causa, fixado deacordo com as normas do Cdigo de Processo Civil.

    Pargrafo nico - Sendo julgada procedente a impugnao do valor da causa,dever ser recolhida a diferena da taxa judiciria, se cabvel.

    Artigo 11 - A taxa judiciria ser calculada alquota de 1,5% (um vrgulacinco por cento) e ter:I - como limite mnimo, o valor equivalente a 0,1 (um dcimo) da Unidade Fiscalde Referncia - UFR;II - como limite mximo, o valor equivalente a 10 (dez) UFRs.

    Artigo 12 - So isentos da taxa judiciria:I - os processos de nomeao e remoo de tutores e testamenteiros;II - os conflitos de jurisdio;III - os processos de restaurao de autos, quer em primeira, quer em segundainstncia;IV - as causas relativas desapropriao;V - as habilitaes de herdeiros para haverem heranas e legados;VI - as liquidaes de sentenas;VII - as habilitaes em processos pendentes no Tribunal de justia;VIII - os executivos fiscais promovidos pelas Fazendas Pblicas Estaduais eMunicipais;IX - os processos executivos promovidos pelos auxiliares de justia, para

    cobrana de custas apontadas na conformidade do respectivo regimento;X - os processos de alimentos, inclusive profissionais e os destinados cobrana de prestaes alimentcias j fixadas por sentena;XI - as justificaes para habilitao de casamento civil;XII - os processos de apresentao de testamento;XIII - os pedidos de licena para alienao ou permuta de bens de menores ouincapazes;XIV - as declaraes de crdito em apenso aos processos de falncia econcordata, salvo quando se tornarem contenciosos;XV - as aes populares;XVI - os processos promovidos com os benefcios da assistncia judiciriagratuita.

    Artigo 13 - A taxa judiciria dever ser recolhida at a data do ajuizamento daao.

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    Pargrafo nico - A diferena de taxa judiciria, decorrente do provimento deimpugnao do valor de causa, dever ser recolhida dentro de 05 (cinco) dias,a partir da cincia da deciso, atualizada monetariamente.

    O Decreto 3.127, de 29 de maro de 1989, produzindo efeitos a partir de 1 dejaneiro de 1989, aprovou o regulamento das taxas estaduais, como segue:

    CAPTULO IIIDA TAXA JUDICIRIA - TJUArtigo 10 - A Taxa Judiciria tem como fato gerador o ajuizamento de feitoscveis perante a Justia Estadual.

    Pargrafo nico - No se exigir a taxa judiciria nas aes de habeas corpuse habeas data.

    Artigo 11 - Contribuinte da taxa judiciria o autor da ao.

    Artigo 12 - A base de clculo da taxa judiciria o valor da causa, fixado deacordo com as normas do Cdigo de Processo Civil.

    Pargrafo nico - No caso de impugnao do valor da causa, se este forjulgado procedente, deve ser recolhida a diferena apurada na taxa devida,observado o disposto nos pargrafos 1 e 2 do artigo 15.

    Artigo 13 - A taxa judiciria ser calculada alquota de 1,5% (um inteiro ecinco dcimo por cento) e ter:I - como limite mnimo, o valor equivalente a 0,1 (um dcimo) da Unidade Fiscalde Referncia - UFR;II - como limite mximo, o valor equivalente a 10 (dez) UFRs.

    Pargrafo nico - Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se o valor daUFR vigente data do efetivo recolhimento da taxa.

    Artigo 14 - So isentos da taxa judiciria:I - os processos de nomeao e remoo de tutores, curadores etestamenteiros;II - os conflitos de jurisdio;III - os processos de restaurao de autos, quer em primeira, quer em segundainstncia;IV - as causas relativas desapropriao;V - as habilitaes de herdeiros para haverem heranas e legados;VI - as liquidaes de sentenas;VII - as habilitaes de processos pendentes no Tribunal de Justia;VIII - os executivos fiscais promovidos pelas Fazendas Pblicas Estadual eMunicipal;IX - os processos executivos promovidos pelos auxiliares de justia, paracobrana de custas apontadas na conformidade do respectivo regimento;X - os processos de alimentos, inclusive profissionais e os destinados cobrana de custas alimentcias j fixadas por sentena;XI - as justificaes para habilitao de casamento civil;XII - os processos de apresentao de testamento;XIII - os pedidos de licena para alienao ou permuta de bens de menores ouincapazes;XIV - as declaraes de crdito em apenso aos processos de falncia ouconcordata, salvo quando se tornarem contenciosos;

    XV - as aes populares;XVI - os processos promovidos com os benefcios da assistncia judiciriagratuita.

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    Artigo 15 - A taxa judiciria deve ser recolhida at a data do ajuizamento daao.

    pargrafo 1 - A diferena da taxa judiciria, decorrente da impugnao do

    valor declarado da causa, dever ser recolhida no prazo de 5 (cinco) dias,contado da data da cincia da deciso.

    pargrafo 2 - A diferena de que trata o pargrafo anterior ser atualizadamonetariamente, data do efetivo recolhimento.

    Sobre a taxa judiciria, dispe o Ofcio Circular DFI-GD 004/1997, de 21 defevereiro de 1997:

    Senhor(a) Diretor(a):De ordem do Excelentssimo Senhor Desembargador Presidente, informo aVossa Excelncia que, de acordo com o pargrafo 3, do artigo 3, da Lei

    7.541, de 30 de dezembro de 1988 (que cria as taxas estaduais), alterado peloartigo 1 da Lei 10.298, de 26 de dezembro de 1996, o valor mnimo da TaxaJudiciria passou para 4 (quatro) UFIRs, atualmente R$ 3,64.Esclareo ainda que o valor mximo da Taxa Judiciria de 10 UFR/SC(Lei7.541, de 30/12/88, artigo 11, II). Entretanto, em virtude da extino da UFR/SC(artigo 2 da Lei 10.065/96), foi estabelecido que:Qualquer valor expresso em UFR/SC, na legislao tributria, inclusive taxasestaduais.... ser convertido em Unidades Fiscais de Referncia - UFIR...,mediante a aplicao do coeficiente da converso de 1,345573.Assim, o valor mximo da Taxa Judiciria de R$ 12,26 [valor da UFR/SCconvertido para UFIR = R$ 1,2255 (R$0,9108 X 1,345573) vezes 10].Outrossim, solicito dar conhecimento do presente ao contador judicial, visto quefoi constatado em algumas Comarcas recolhimentos com valor inferior ou

    superior ao fixado.Na oportunidade apresento a Vossa Excelncia protestos de considerao eapreo.IVAN BERTOLDI DIRETOR

    A UFIR foi extinta pela Medida Provisria 1973/1967, sendo seu ltimo valor foiR$ 1,0641. Assim, a taxa judiciria passou a ter os seguintes valores:

    Valor mnimo: R$ 4,25 (R$ 1,0641 x 4)Valor mximo: R$ 14,32 (R$ 1,0641 x 10 x 1,345573)

    Vale lembrar:

    I - que os executivos fiscais promovidos pela Fazenda Nacional no esto isentosda taxa judiciria (Lei Estadual 7.541/1988, artigo 12, inciso VIII e Decreto3.127/1989, artigo 14, inciso VIII);II - no se aplicam taxa judiciria os termos dos artigos 33 e 34 do RCE, tendoem vista ser ela regulada por legislao especfica, acima referida.

    O valor da taxa judiciria atualizado anualmente. O valor atual foi fixado pelaResoluo 11/2011- CM.(http://app.tjsc.jus.br/legislacaointerna/naintegra!rtf.action?id=2288&num=11&ano

    =2011)

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    3.15 Fundo de Reaparelhamento da Justia FRJ

    O FRJ foi criado pela Lei 8.067, de 17 de setembro de 1990 e alterado pela Lei8.362, de 10 de outubro de 1991, e pela Resoluo 03/2004-CM, publicada no

    Dirio da Justia de 3 de junho de 2004.

    Em regra, o valor devido ao FRJ recolhido nas custas iniciais. No ocorrendo oseu recolhimento em custas iniciais, haver a possibilidade de ser recolhido emcustas complementares, intermedirias, excepcionais ou finais.

    O recolhimento do FRJ dar-se- de forma excepcional nos casos em que houveralterao do valor da causa ou ausncia de seu recolhimento.

    Dispe o RCE:

    Artigo 10. O Fundo de Reaparelhamento da Justia FRJ, criado atravs daLei 8.067, de 17 de setembro de 1990, alterada pela Lei 8.362, de 10 deoutubro de 1991, integra o sistema de controle e fiscalizao dos atos eservios forenses, notariais e de registro, sendo constitudo de recursosoriundos de clculo incidente razo de 0,3% (zero vrgula trs por cento) dovalor do ato ou servio.(Obs.: O 1 do artigo 2 da Lei Complementar 188/99 alterou para 0,2% aincidncia do FRJ, to somente nos atos e servios notariais e registrais.) 1 O recolhimento devido ao Fundo de Reaparelhamento da Justia - FRJ -dar-se- apenas uma vez nos atos e servios forenses, notariais e de registrode valor superior a R$ 9.900,00 (nove mil e novecentos reais), observado olimite mximo do valor das custas judiciais fixado na respectiva lei.(Redao dada pela Lei Complementar 279, de 27 de dezembro de 2004)(Obs.: O pargrafo nico do artigo 3 da Lei Complementar 279, de 27 dedezembro de 2004, fixou o teto mximo de R$ 330,00 (trezentos e trinta reais),ou seja 200 (duzentas) UREs, para os atos extrajudiciais.) 2 Ficam isentos os atos relativos ao financiamento da primeira aquisio dacasa prpria pelo Sistema Financeiro da Habitao SFH, ao financiamentoagrcola, cujo tomador seja pessoa fsica ou cooperativa, ao financiamento emque seja tomador microempresa, bem como aqueles em que diretamenteinteressados as entidades religiosas e beneficentes, a Unio, os Estados, oDistrito Federal, os Municpios e suas autarquias. 3 Para fins do disposto no pargrafo anterior, considera-se microempresa adefinida na Lei 9.830, de 16 de fevereiro de 1995, comprovada mediantedocumentao atualizada fornecida pela Secretaria de Estado da Fazenda. 4 O percentual referido no caput aplica-se at 31 de dezembro de 1999.(Pargrafos 1 e 2 alterados pela Lei Complementar 161/97, que tambmacrescentou os pargrafos 3 e 4. A Lei Complementar 188/99 deu novaredao ao 2 e revogou o 4.)(O artigo 2 da Lei Complementar 237, de 18 de dezembro de 2002, prorrogoupor mais dois anos a vigncia das leis referidas no artigo 9 da LeiComplementar 188, de 1999.)(O artigo 14 da Lei Complementar 279, de 27 de dezembro de 2004, prorrogoupor mais dois anos a vigncia das disposies legais referidas no artigo 9 daLei Complementar 188, de 1999.)

    A Resoluo 03/2004-CM, publicada no Dirio da Justia de 3 de junho de 2004,prescreve sobre o FRJ na esfera judicial:

    RESOLUO 03/2004CM

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    O Conselho da Magistratura, no uso de suas atribuies, e considerando:a deciso proferida nos autos do Pedido de Providncias 2003.000138-7;a necessidade de atualizar a sistemtica de cobrana, nos cartrios judiciais,dos valores destinados ao Fundo de Reaparelhamento da Justia FRJ;RESOLVE:

    Artigo 1 As receitas do Fundo de Reaparelhamento da Justia FRJ,originrias dos atos judiciais, so aquelas constitudas de recursos oriundos declculo incidente razo de 0,3% (zero vrgula trs por cento) do valor final dacausa. 1 O recolhimento dar-se- nos atos de valor superior a 6.000 (seis mil)URCEs at o teto mximo de 400 (quatrocentas) URCEs. 2 O Contador Judicial deve avaliar nos autos se no processo em questoincide ou no a cobrana ao Fundo de Reaparelhamento da Justia, noobstante o sistema automatizado sugerir na tela apropriada se naquelasituao h ou no a incidncia.

    Artigo 2 A base de clculo para incidncia do Fundo de Reaparelhamento da

    Justia o valor final da causa atualizado monetariamente. 1 O clculo do valor devido computado na conta de custas finais e includona Guia de Recolhimento Judicial cdigo de recolhimento 130. 2 Nos processos de inventrio ou de arrolamento, a base de clculo para oFundo de Reaparelhamento da Justia o valor dos bens partilhveis.

    Artigo 3 No devido o valor ao Fundo de Reaparelhamento da Justia sobre:I processos com valor final igual ou inferior a 6.000 (seis mil) URCEs;II processos em que sejam diretamente interessados as entidades religiosase beneficentes, a Unio, os Estados, o Distrito Federal, os Municpios e asrespectivas autarquias;III processos em que sejam diretamente interessados os conselhos defiscalizao de profisses regulamentadas;IV processos de liquidao, execuo de sentena e reconveno;V processos em que foi deferido o pedido de assistncia judiciria;VI processos que, por disposio legal, esto isentos de custas;VII processos relacionados no artigo 35 da Lei Complementar 156/97,alterado pela Lei Complementar 161/97.

    Artigo 4 Os valores recolhidos indevidamente ao Fundo de Reaparelhamentoda Justia sero devolvidos ao contribuinte, corrigidos monetariamente.

    Pargrafo nico. O contribuinte dever requerer a devoluo do valor ao juiz doprocesso que o acolhendo requisitar a devoluo Diretoria de Oramento eFinanas DOF do Tribunal de Justia.

    Artigo 5 Os casos omissos sero dirimidos pelo Presidente do Conselho doFundo de Reaparelhamento da Justia.

    Artigo 6 Esta Resoluo entra em vigor na data da sua publicao, revogando-se as disposies em contrrio.

    Cabe destacar que o Presidente do Conselho do Fundo de Reaparelhamento daJustia, por meio do Processo 261990.2006.3, decidiu que h incidncia do FRJsobre as aes cautelares e sobre os embargos execuo de ttulosextrajudiciais.

    3.16 Despesas de conduo

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    Prev o RCE:

    Captulo VI, Da conduo, estada e diligncia:

    Artigo 49. Na certido ou auto que lavrar, referente diligncia, o servidordeclarar o lugar onde esta se realizou, os dias de estada no desempenho dosservios respectivos, a distncia da sede da comarca ou do distrito, ou a causade sua no realizao.

    O valor da conduo estabelecido com base na quilometragem de estradapavimentada e no pavimentada percorrida pelo oficial de justia/avaliador nocumprimento de mandados e calculado de acordo com a Resoluo 06/1994 CM. A tabela de consulta est disponibilizada no stio do Tribunal de Justia(http://tjsc5.tjsc.jus.br/sitecgj/conducao.jsp).

    Os atos a serem cumpridos num raio de at 500 metros do frum no daro

    direito cobrana de conduo, de acordo com a Resoluo 06/1994 CM.

    O recolhimento da antecipao de valores de conduo aos oficiais de justia eavaliadores efetuado em conta judicial vinculada ao TJ, em custas iniciais ouintermedirias. O recolhimento de condues j realizadas efetuado diretamentepara conta-corrente do agente, em custas intermedirias ou finais (Resoluo06/2011- CM).

    Como procedimento prvio expedio de mandados de avaliao, deve serrecolhida apenas uma conduo Circular 76, de 10 de agosto de 1998.

    A quantidade de condues que deve ser antecipada est vinculada ao nmerode deslocamentos por localidade associada ao endereo que constar nomandado a ser cumprido.

    Importante: Deve ser antecipada uma conduo por localidade, exceto para asclasses de busca e apreenso, reintegrao de posse, execuo por quantia certae execuo fiscal, nas quais devero ser antecipadas duas condues porlocalidade (Consulta 2005.000049-1- CM).

    Quando em um processo ocorrer a citao e/ou notificao de mais de uma

    pessoa numa mesma localidade, no caber a cobrana do valor de mais de umaconduo em favor do oficial de justia, mas somente um acrscimo de 20%(vinte por cento) a ttulo de procura por pessoa, ao valor j estabelecido(Resoluo 06/1994-CM artigo 3, 2).

    De acordo com a Resoluo 06/2011-CM, o oficial de justia dever certificar aquantidade, data, hora e local das condues realizadas. Em caso de diligncianegativa, dever certificar os motivos da impossibilidade do cumprimento domandado, indicando na certido as informaes referidas no seu 3 e o nomedas pessoas com quem manteve contato.

    3.17 Despesas de impressos

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    So todos documentos impressos no processo, inclusive a capa, conforme preva Resoluo 02/2001-CM:

    Artigo 2 O valor dos impressos a que se refere a Resoluo CDM

    15.12.83/09, includas as capas de processos{...}

    O valor dos impressos atualizado anualmente e seu valor atual foi fixado pelaResoluo 11/2011-CM, a qual determina o recolhimento em todos os processosjudiciais.(http://app.tjsc.jus.br/legislacaointerna/naintegra!rtf.action?id=2288&num=11&ano=2011

    3.18 Despesas de publicao de edital

    Com a criao do Dirio da Justia Eletrnico (Resoluo 08/2006-TJ), as

    intimaes e publicaes realizadas sero veiculadas gratuitamente, se no veja-se:

    RESOLUO 08/2006-TJ

    [...]

    Artigo 3 Os editais sero veiculados gratuitamente, sem prejuzo dapublicao pela imprensa local, quando for exigido pela legislao processual.

    Somente devida a cobrana da publicao de edital quando esta despesa tenhaocorrido at 02/07/2006, e deve ser cobrada uma nica vez, independente do

    nmero de publicaes.

    O valor da publicao de edital atualizado anualmente e seu valor atual foifixado pela Resoluo 11/2011- CM.(http://app.tjsc.jus.br/legislacaointerna/naintegra!rtf.action?id=2288&num=11&ano=2011

    3.19 Despesas de fotocpi