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MANUAL DE ORIENTAO DO ADMINISTRADOR

CONSELHO REGIONAL DE ADMINISTRAO DE MINAS GERAIS CRA-MG

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Av. Afonso Pena, 981 1 andar Centro Belo Horizonte MG CEP: 30.130-002 Telefone: (31) 3274-0677 Fax: (31) 3273-5699 www.cramg.org.br [email protected]

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O Manual de Orientao do Administrador e dos Profissionais diplomados em curso superior em determinada rea da Administrao uma publicao do Conselho Regional de Administrao de Minas Gerais CRA-MG. Ele foi elaborado especialmente para voc que exerce ou deseja exercer a profisso do Administrador ou atuar em rea especfica da Administrao. Esta edio contm informaes importantes e orientadoras sobre: O Sistema CFA/CRAs, finalidades dos Conselhos, fiscalizao do exerccio profissional, campos de atuao, registros profissional e de pessoa jurdica, legislao bsica da profisso de Administrador e dos diplomados em curso superior em determinada rea da Administrao, Cdigo de tica Profissional do Administrador (CEPA) e identificao da profisso do Administrador* (juramento, smbolo e dia do Administrador).

Belo Horizonte, 2010

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SISTEMA CFA/CRAS ................................................................................................................................................. 6 CONSELHO FEDERAL DE ADMINISTRAO - CFA........................................................................................ 6 CONSELHOS REGIONAIS DE ADMINISTRAO - CRAS ............................................................................... 6 FINALIDADES DOS CRAS ....................................................................................................................................... 7 O CRA E A FISCALIZAO .................................................................................................................................... 8 FISCALIZAO DO EXERCCIO PROFISSIONAL/PODER DISCIPLINADOR ....................................................................... 8 EMBASAMENTO LEGAL PARA O PROCESSO DE FISCALIZAO: .................................................................................. 9 O PODER DE POLCIA .................................................................................................................................................. 9 PODER DE POLCIA NO CDIGO TRIBUTRIO NACIONAL: ........................................................................................... 9 DEFESAS DO FISCAL NO DESEMPENHO DE SUAS FUNES .......................................................................................... 9 RESISTNCIA ............................................................................................................................................................ 10 DESACATO ............................................................................................................................................................... 10 POLTICA DE ATUAO DO CRA .............................................................................................................................. 10 ESTRATGIA DE FISCALIZAO ................................................................................................................................ 11 CAMPOS DE ATUAO PROFISSIONAL DO ADMINISTRADOR - ATIVIDADES ................................... 11 ADMINISTRAO FINANCEIRA ................................................................................................................................. 11 ADMINISTRAO DE MATERIAL/LOGSTICA............................................................................................................. 12 ADMINISTRAO MERCADOLGICA/MARKETING.................................................................................................... 13 ADMINISTRAO DE PRODUO .............................................................................................................................. 13 ADMINISTRAO E SELEO DE PESSOAL/RECURSOS HUMANOS/RELAES INDUSTRIAIS ..................................... 14 ORAMENTO ............................................................................................................................................................ 14 ORGANIZAO E MTODOS E PROGRAMAS DE TRABALHO ...................................................................................... 14 OUTRAS ATIVIDADES ............................................................................................................................................... 15 FORMAS DE ATUAO PROFISSIONAL DO ADMINISTRADOR ............................................................... 16 REA DE ATUAO DOS TECNLOGOS E OUTROS PROFISSIONAIS ................................................... 17 RESPONSABILIDADE TCNICA .......................................................................................................................... 17 ACERVO TCNICO-PROFISSIONAL .................................................................................................................. 18 O REGISTRO ............................................................................................................................................................. 19 IMPORTNCIA DO REGISTRO NO CRA ........................................................................................................... 19 ONDE SE REGISTRAR? ........................................................................................................................................ 19 QUEM SE REGISTRA? .......................................................................................................................................... 20 REGISTRO DE PESSOA FSICA........................................................................................................................... 20 REGISTRO DE PESSOA JURDICA ..................................................................................................................... 21 CIP - CARTEIRA DE IDENTIDADE PROFISSIONAL ....................................................................................... 22 ANUIDADE PROFISSIONAL .................................................................................................................................. 23 LEGISLAO BSICA DA PROFISSO DE ADMINISTRADOR................................................................... 23 LEI N 4.769, DE 9 DE SETEMBRO DE 1965 ........................................................................................................ 23 DECRETO N 61.934, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1967 ....................................................................................... 31 REGULAMENTO DA LEI N 4.769, DE 9 DE SETEMBRO DE 1965, QUE REGULA O EXERCCIO DA PROFISSO DE ADMINISTRADOR ................................................................................................................ 32 LEI N 6.206, DE 7 DE MAIO DE 1975 .................................................................................................................. 49 LEI N 7.321, DE 13 DE JUNHO DE 1985 .............................................................................................................. 50 LEI N 8.873, DE 26 DE ABRIL DE 1994 ............................................................................................................... 51 RESOLUO NORMATIVA CFA N 353, DE 9 DE ABRIL DE 2008 ................................................................. 53 CDIGO DE TICA PROFISSIONAL DO ADMINISTRADOR .......................................................................... 54(1)

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REGULAMENTO DO PROCESSO TICO DO SISTEMA CFA/CRAS............................................................... 62 RESOLUO NORMATIVA CFA N 374/2009, ................................................................................................... 77 RESOLUO NORMATIVA CFA N 387, DE 29 DE ABRIL DE 2010 ............................................................... 85 IDENTIFICAO DA PROFISSO DE ADMINISTRADOR ............................................................................ 86 JURAMENTO DO ADMINISTRADOR ................................................................................................................ 86 DIA DO ADMINISTRADOR ................................................................................................................................. 87 O SMBOLO ........................................................................................................................................................... 87 BANDEIRA DA PROFISSO DE ADMINISTRADOR........................................................................................ 89 MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL DO ADMINISTRADOR......................................................................... 90 O ANEL ................................................................................................................................................................... 90 A PEDRA ................................................................................................................................................................ 91 ASSINATURA DO ADMINISTRADOR EM DOCUMENTOS DE SUA AUTORIA ........................................... 91 REPRESENTAO LEGAL DO CRA-MG NO INTERIOR DO ESTADO .......................................................... 92 DELEGACIAS REGIONAIS .......................................................................................................................................... 92 COMPOSIO DO PLENRIO DO CRA-MG .................................................................................................... 93 DIRETORIA EXECUTIVA DO CRA-MG - BINIO: 2009/2010 ........................................................................ 94

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SISTEMA CFA/CRAs O Sistema formado pelo Conselho Federal de Administrao (CFA) e pelos Conselhos Regionais de Administrao (CRAs), constituindo em seu conjunto uma Autarquia Federal, dotada de personalidade jurdica de direito pblico, com autonomia tcnica, administrativa e financeira. Os Conselhos foram criados com o advento da Lei n 4.769, de 09 de setembro de 1965, tendo por objetivo cumprir e fazer cumprir a legislao que regulamenta a profisso de Administrador*.

MissoPromover a difuso da cincia da Administrao e a valorizao da profisso do Administrador, visando a defesa da sociedade.

CONSELHO FEDERAL DE ADMINISTRAO - CFA a entidade normatizadora, consultiva, orientadora e disciplinadora do exerccio da profisso de Administrador*, bem como controladora e fiscalizadora das atividades financeiras e administrativas do Sistema CFA/CRAs. O CFA tem sede e foro no Distrito Federal.

CONSELHOS REGIONAIS DE ADMINISTRAO - CRAs Os CRAs esto distribudos em todo o Brasil, sediados nas capitais dos Estados e no Distrito Federal. Funcionam como entidades dotadas de personalidade jurdica, com autonomia tcnica, administrativa e financeira. No recebem nenhuma subveno do Governo Federal, sendo mantidos por anuidades e taxas pagas por profissionais e empresas.

Onde se l Administrador, inclua-se tambm o Profissional detentor de registro no CRA com limitao de atuao na rea de formao ou profissionalizao.

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FINALIDADES DOS CRAs Os Conselhos Regionais de Administrao tm por finalidade: dar execuo s diretrizes formuladas pelo Conselho Federal de Administrao; fiscalizar, na rea da respectiva jurisdio, o exerccio da profisso de Administrador; organizar e manter o registro do Administrador*; julgar as infraes e impor as penalidades referidas na Lei n 4.769/65; expedir as carteiras profissionais dos Administradores* e; elaborar o seu regimento interno para exame e aprovao pelo CFA. Alm das finalidades previstas na Lei n 4.769/65 e no Regulamento aprovado pelo Decreto n 61.934/67, cabe ao CRA-MG, especificamente: baixar atos julgados necessrios fiel observncia e execuo da legislao referente profisso do Administrador; propor ao Conselho Federal de Administrao o aperfeioamento de atos e normas que so indispensveis ao cumprimento das suas competncias ou ao aprimoramento do exerccio profissional; colaborar com os poderes pblicos, instituies de ensino, sindicatos e outras entidades de classe, no estudo de problemas do exerccio profissional e do ensino da Administrao, propondo e contribuindo para a efetivao de medidas adequadas sua soluo e aprimoramento; celebrar convnios, contratos e acordos de cooperao tcnica, cientfica, financeira e outros de seu interesse; dirimir as dvidas ou omisses sobre a aplicao da legislao reguladora do exerccio profissional do Administrador*; indicar, por deciso do seu Plenrio, representantes, registrados e em dia com o CRA-MG, para participar de rgo consultivo de entidades da administrao pblica*Onde se l Administrador, inclua-se tambm o Profissional detentor de registro no CRA com limitao de atuao na rea de formao ou profissionalizao.

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direta ou indireta, de fundaes, organizaes pblicas e privadas, quando solicitado por quem de direito; indicar delegados com funes de representao, de orientao ou de observao a congressos, seminrios, convenes, encontros, concursos, exames ou eventos similares; promover estudos, pesquisas, campanhas de valorizao profissional, publicaes e medidas que objetivem o aperfeioamento tcnico, cientfico e cultural do Administrador*; valorizar, mediante reconhecimento pblico e premiaes, profissionais, personalidades, empresas e instituies pblicas e privadas que tenham contribudo significativamente para o desenvolvimento da Cincia da Administrao no Brasil e, em especial, na jurisdio do CRA-MG e; realizar ou apoiar programas que promovam a ampliao do mercado de atuao do Administrador e das organizaes afiliadas.

O CRA E A FISCALIZAO Fiscalizao do Exerccio Profissional/Poder Disciplinador O desempenho pleno das funes legais dos CRAs dado mediante a efetiva Fiscalizao do Exerccio Profissional, que se destina a prevenir, reprimir e punir violao s regras legais atinentes profisso de Administrador*. Na ocorrncia dos pressupostos de fato que caracterizam a infrao, deve o Conselho agir sob pena de responsabilidade administrativa. Os CRAs exercem o seu poder-dever de fiscalizar a profisso de Administrador*, por meio de Fiscais contratados, obedecendo ao disposto no Regulamento de Fiscalizao

Onde se l Administrador, inclua-se tambm o Profissional detentor de registro no CRA com limitao de atuao na rea de formao ou profissionalizao.

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do Sistema CFA/CRAs. Esses Fiscais recebem a Carteira de Identificao de Fiscal instituda por Resoluo Normativa do CFA. Embasamento Legal para o Processo de Fiscalizao: Lei n 4.769, de 09 de setembro de 1.965 - Art. 8, alnea b. Regulamento aprovado pelo Decreto n 61.934, de 22 de dezembro de 1967 - Art. 39, alnea b. O Poder de Polcia a faculdade de que dispe a Administrao Pblica para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefcio da coletividade ou do prprio Estado (Hely Lopes Meirelles). Poder de Polcia no Cdigo Tributrio Nacional: "Art. 78 Considera-se poder de polcia atividade da administrao pblica que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prtica de ato ou a absteno de fato em razo de interesse pblico concernente segurana, higiene, ordem, aos costumes, disciplina da produo e do mercado, ao exerccio de atividades econmicas dependentes de concesso ou autorizao do Poder Pblico, tranquilidade pblica ou a respeito propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. O CRA encontra-se investido na condio de Polcia Administrativa, conforme estabelece a Lei n 4.769/65. Defesas do Fiscal no desempenho de suas funes Embora o vnculo empregatcio dos funcionrios do Sistema CFA/CRAs seja regido pela CLT, quando no desempenho de suas atividades, os fiscais exercem funo pblica. Os Conselhos executam atividades tpicas de Estado, caracterizadas pelo Poder de Polcia, que permite a exigncia de registro para o exerccio ou explorao de atividades profissionais, cobrana de anuidade, taxas, multas e aplicao de sanes. 9

Ao se defrontar com ameaas ou agresses, verbais ou fsicas, por parte dos fiscalizados, dentro ou fora do Conselho, deve o fiscal alertar os infratores que tais atos tipificam crime de resistncia previsto no art. 329 ou crime de desacato previsto no art. 331, ambos do Cdigo Penal, devendo o Regional tomar as providncias necessrias. Resistncia "Art. 329. Opor-se execuo de ato legal, mediante violncia ou ameaa a funcionrio competente para execut-lo ou a quem lhe esteja prestando auxlio: PENA - deteno, de dois meses a dois anos. 1. Se o ato, em razo da resistncia, no se executa: PENA - recluso, de um a trs anos. 2. As penas deste artigo so aplicveis sem prejuzo das correspondentes violncia." Desacato "Art. 331. Desacatar funcionrio pblico no exerccio da funo ou em razo dela: PENA - deteno, de seis meses a dois anos, ou multa." Na definio de Nelson Hungria, desacato : a grosseira falta de acatamento, podendo consistir em palavras injuriosas, difamatrias ou caluniosas, vias de fato, agresso fsica, ameaas, gestos obscenos, gritos agudos etc., ou seja, qualquer palavra ou ato que redunde em vexame, humilhao, desprestgio ou irreverncia ao funcionrio. Poltica de atuao do CRA As aes de fiscalizao do CRA devem ser concebidas por intermdio de projetos que contemplem objetivos e metas a serem alcanadas e universo a ser fiscalizado, evitando-se, assim, aes aleatrias e priorizao de determinados segmentos. 10

Estratgia de Fiscalizao O CRA poder adotar como estratgia de fiscalizao procedimentos preventivos, internos e externos, visando a coibir o exerccio e a explorao ilegal da profisso de Administrador*. Fiscalizao Preventiva objetiva desenvolver um trabalho de orientao profissional, dando condies ao estudante, ao Administrador* e s organizaes de conhecerem a legislao que rege a profisso, Cdigo de tica Profissional do Administrador e o papel do CRA, por intermdio de: visitas tcnicas no CRA, palestras e seminrios desenvolvidos por Conselheiros e profissionais em Instituies que ministram curso de Administrao. Fiscalizao Interna realizada por meio de ofcios, intimaes, autuaes e notificaes, encaminhados via correios. Fiscalizao Externa executada segundo programa de trabalho, previamente estabelecido pela equipe de fiscalizao. Destaca-se ainda como estratgia de fiscalizao, investigar: denncias, concursos pblicos, editais de licitao, publicaes de atos ou fatos que requeiram, de algum modo, a ao do CRA, seja para verificar a obrigatoriedade de registro profissional ou de pessoa jurdica ou para examinar o envolvimento do Administrador* em atos ilcitos que podem denegrir a imagem da profisso, justificando, assim, a abertura de processo tico.

CAMPOS DE ATUAO PROFISSIONAL DO ADMINISTRADOR - ATIVIDADES Administrao Financeira Anlise FinanceiraOnde se l Administrador, inclua-se tambm o Profissional detentor de registro no CRA com limitao de atuao na rea de formao ou profissionalizao.*

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Assessoria Financeira Assistncia Tcnica Financeira Apurao do E.V.A. (Economic Value Added) Auditoria Financeira Consultoria Tcnica Financeira Diagnstico Financeiro Orientao Financeira Pareceres de Viabilidade Financeira Projees Financeiras Projetos Financeiros Sistemas Financeiros Administrao de Bens e Valores Administrao de Capitais Controladoria Controle de Custos Levantamento de Aplicao de Recursos Arbitragens Controle de Bens Patrimoniais Participao em outras Sociedades (Holding) Planejamento de Recursos Plano de Cobrana Projetos de Estudo e Preparo para Financiamento Administrao de Material/Logstica Administrao de Estoque Assessoria de Compras Assessoria de Estoques Assessoria de Materiais Catalogao de Materiais Codificao de Materiais Controle de Materiais 12

Processos Licitatrios Estudo de Materiais Logstica Oramento e Procura de Materiais Planejamento de Compras Sistemas de Suprimento Administrao Mercadolgica/Marketing Administrao de Vendas Canais de Distribuio Consultoria Promocional Coordenao de Promoes Estudos de Mercado Informaes Comerciais - Extra-Contbeis Marketing Pesquisa de Mercado Pesquisa de Desenvolvimento de Produto Planejamento de Vendas Promoes Tcnica Comercial Tcnica de Varejo (grandes magazines) Administrao de Produo Controle de Produo Pesquisa de Produo Planejamento de Produo Planejamento e Anlise de Custo

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Administrao e Seleo de Pessoal/Recursos Humanos/Relaes Industriais Cargos e Salrios Assessoria em Recursos Humanos Consultoria em Recursos Humanos Controle de Pessoal Coordenao de Pessoal Desenvolvimento de Pessoal Interpretao de Performances Locao de Mo-de-Obra Planos de Carreiras Recrutamento Seleo Treinamento Oramento Controle de Custos Controle e Custo Oramentrio Elaborao de Oramento Implantao de Sistemas Projees Provises e Previses Organizao e Mtodos e Programas de Trabalho Administrao de Empresas Anlise de Formulrios Anlise de Mtodos Anlise de Processos Anlise de Sistemas 14

Assessoria Administrativa Assessoria Empresarial Assistncia Administrativa Auditoria Administrativa Consultoria Administrativa Controle Administrativo Gerncia Administrativa e de Projetos Implantao de Controle e de Projetos Implantao de Estruturas Empresariais Implantao de Mtodos e Processos Implantao de Planos Implantao de Servios Implantao de Sistemas Organizao Administrativa Organizao de Empresa Organizao e Implantao de Custos Pareceres Administrativos Percias Administrativas Planejamento Empresarial Planos de Racionalizao e Reorganizao Processamento de Dados/Informtica Projetos Administrativos Racionalizao Outras Atividades Administrao de Consrcio Administrao de Comrcio Exterior Administrao de Cooperativas Administrao Hospitalar Administrao de Condomnios/shopping Centers Administrao de Imveis 15

Administrao de Processamento de Dados/Informtica Agronegcio Administrao Hoteleira "Factoring" Servios de fornecimento de mo-de-obra Administrao de Bens de Terceiros Administrao de Cartes de Crdito Holding Administrao e Organizao de Eventos Turismo Administrao Terceiro Setor

FORMAS DE ATUAO PROFISSIONAL DO ADMINISTRADOR O Administrador pode exercer a profisso nos campos da administrao, previstos na Lei e em seu Regulamento, como: Administrador; Profissional liberal; Auditor de Gesto; rbitro em processo de Arbitragem; Perito Judicial e Extra Judicial; Assessor e Consultor; Gerente; Analista; Ocupante de cargos de chefia ou direo, intermediria ou superior; em rgos da Administrao pblica ou na iniciativa privada; Servidor Pblico Federal, Estadual, Municipal e Autrquico; Funcionrio em Sociedades de economia mista, Empresas Estatais e Paraestatais; Empregado de Empresas Privadas; 16

Responsvel Tcnico por Empresas Prestadoras de Servios de Administrao para Terceiros; Professor, exercendo o magistrio em matrias tcnicas nos campos da Administrao, em qualquer ramo de ensino tcnico e superior e; Pesquisador e/ou escritor na rea de Administrao.

REA DE ATUAO DOS TECNLOGOS E OUTROS PROFISSIONAIS Os Profissionais detentores de registro no CRA, com limitao de atuao na rea de formao ou profissionalizao podem exercer suas atividades conforme Resolues Normativas especficas editadas pelo CFA.

RESPONSABILIDADE TCNICA A Responsabilidade Tcnica do Administrador* surgiu com o Regulamento aprovado pelo Decreto n 61.934/67, que estabeleceu, no artigo 12, como uma prerrogativa do profissional de administrao, desde que registrado no Conselho e em pleno gozo de seus direitos sociais. Art. 12 - As sociedades de prestao de servios profissionais mencionadas neste Regulamento s podero se constituir ou funcionar sob a responsabilidade de Administrador, devidamente registrado e no pleno gozo de seus direitos sociais. 1 - O Administrador ou os Administradores, que fizerem parte das sociedades mencionadas neste artigo, respondero, individualmente, perante os Conselhos, pelos atos praticados pelas Sociedades em desacordo com o Cdigo de Deontologia Administrativa.

* Onde se l Administrador, inclua-se tambm o Profissional detentor de registro no CRA com limitao de atuao na rea de formao ou profissionalizao.

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2 - As Sociedades a que alude este artigo so obrigadas a promover o seu registro prvio no Conselho Regional da rea de sua atuao, e nos de tantas em quantas atuarem, ficando obrigadas a comunicar-lhes quaisquer alteraes ou concorrncias posteriores nos seus atos constitutivos. O Administrador Responsvel Tcnico tem o dever de responder sobre a aplicao tcnico-cientfica da Administrao aos atos profissionais, dentro dos princpios ticos e da legislao vigente, inclusive pelos atos praticados pelas sociedades em desacordo com o Cdigo de tica Profissional do Administrador*. Nesses casos, o Administrador responsvel pelos servios prestados pela empresa. Os seus servios so materializados por meio da emisso de pareceres, elaborao de relatrios, planos e projetos que assina e por todas as atividades que compreendem a Administrao, tais como: pesquisas, estudos, anlises, planejamento, implantao, coordenao, controle de trabalhos, dentre outras. O vnculo do responsvel tcnico dado mediante contrato de prestao de servios ou vnculo de emprego ou como scio ou proprietrio ou, ainda, como Administrador* Procurador.

ACERVO TCNICO-PROFISSIONAL O Acervo Tcnico refere-se a toda experincia adquirida pelo profissional em razo da sua atuao relacionada com as atribuies e atividades prprias do Administrador*, previstas na legislao em vigor, desde que registrados os atestados ou declaraes de capacidade tcnica no CRA, em cuja jurisdio os servios foram realizados.

Onde se l Administrador, inclua-se tambm o Profissional detentor de registro no CRA com limitao de atuao na rea de formao ou profissionalizao.

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Ao Acervo Tcnico-Cadastral de Pessoas Jurdicas, poder ser acrescido o Acervo Tcnico-Profissional do Administrador contratado pela empresa como seu Responsvel Tcnico, seja como empregado ou como autnomo. O Registro de Comprovao de Aptido para Desempenho de Atividades de Administrao (RCA) expedido mediante requerimento do interessado (modelo CRA), com o pagamento de taxa. Informaes sobre a legislao de RCA podem ser obtidas no site www.cfa.org.br

O REGISTRO IMPORTNCIA DO REGISTRO NO CRA Para exercer atividades do Administrador ou atuar em rea especfica da Administrao necessrio que os diplomados em Administrao e a Pessoa Jurdica sejam habilitados legalmente, por meio do registro no CRA do estado onde pretendem atuar. Alm de ser uma obrigao legal, o registro, assim como a pontualidade no pagamento da anuidade, representa atos de conscincia e tica profissional. A falta do respectivo registro e do pagamento da anuidade ao CRA torna ilegal o exerccio da profisso de Administrador e dos profissionais diplomados em curso superior em determinada rea da Administrao e punvel o infrator.

ONDE SE REGISTRAR? O registro feito na sede do CRA-MG, nas Delegacias Regionais, SubDelegacias e Representaes no interior do Estado.

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QUEM SE REGISTRA? Bacharis em Administrao diplomados no Brasil, em cursos regulares de ensino superior, oficiais, oficializados ou reconhecidos, cujo currculo seja fixado pelo MEC, bem como dos que, at a fixao do referido currculo tenham sido diplomados por cursos de bacharelado em Administrao devidamente reconhecidos. Diplomados no exterior, em cursos regulares de Administrao, aps a revalidao do diploma no MEC. Tecnlogos diplomados em curso superior de Tecnologia em determinada rea da Administrao, oficial, oficializado, ou reconhecido pelo MEC. Diplomados em curso superior de Administrao, oficial, oficializado ou reconhecido pelo Ministrio da Educao.

REGISTRO DE PESSOA FSICA Conforme Resoluo Normativa CFA 1. Registro Profissional Principal sem diploma o registro concedido quando, poca do requerimento de inscrio, o diploma ainda esteja em fase de expedio ou registro no rgo competente. A Carteira de Identidade Profissional - CIP expedida vlida por 02 (dois) anos e pode ser substituda, no perodo de sua vigncia, mediante apresentao do diploma devidamente registrado em Universidade indicada pelo Conselho Nacional de Educao CNE/MEC. 2. Registro Profissional Principal com diploma o registro concedido mediante apresentao do diploma de concluso de Curso de Graduao em Administrao, devidamente registrado em Universidade designada pelo CNE/MEC. 3. Registro Secundrio - o registro concedido pelo CRA de jurisdio diversa daquela onde o profissional possui seu registro principal, para que possa exercer suas atividades em outras jurisdies, sem alterao do domiclio profissional. 4. Registro Profissional de Estrangeiro - o registro concedido ao profissional estrangeiro portador de visto temporrio que possua Autorizao de Trabalho 20

concedida pelo Ministrio do Trabalho e Emprego, publicada no D.O.U., cujas atividades profissionais estejam compreendidas nos campos de atuao privativos do Administrador, previstos na Lei n 4.769/65 e legislao conexa. O registro profissional de estrangeiro poder ser concedido tambm quelas pessoas fsicas que obtiverem grau acadmico no Brasil, e que residem e trabalham com autorizao na regio de fronteira.

REGISTRO DE PESSOA JURDICA 1. Registro Principal o primeiro registro concedido pelo CRA da jurisdio onde a Pessoa Jurdica explora suas atividades. Serve para habilitar as empresas, entidades e escritrios tcnicos que explorem, sob qualquer forma, atividades de Administrador*, sob a responsabilidade tcnica de um profissional registrado em CRA. 2. Registro Secundrio - o concedido Pessoa Jurdica em razo da explorao de suas atividades em jurisdio onde no possua o registro principal.

QUANDO OCORRE A TRANSFERNCIA DO REGISTRO PROFISSIONAL? A transferncia solicitada quando o requerente deixa de exercer suas atividades profissionais na rea da jurisdio do CRA em que foi registrado. Resulta da transferncia do registro profissional principal para a jurisdio de outro CRA, em virtude da mudana do domiclio profissional. Informaes complementares sobre registro podem ser obtidas no site

www.cramg.org.brOnde se l Administrador, inclua-se tambm o Profissional detentor de registro no CRA com limitao de atuao na rea de formao ou profissionalizao.*

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CIP - CARTEIRA DE IDENTIDADE PROFISSIONAL Todo profissional registrado no CRA deve portar a Carteira de Identidade Profissional CIP, como prova de estar legalmente habilitado ao exerccio da profisso de Administrador, Tecnlogo e dos profissionais diplomados em curso superior em determinada rea da Administrao. Ela possui todos os efeitos legais de identidade civil e f pblica em todo o territrio nacional. (Leis n 4.769, de 09/09/65 e 6.206, de 07/05/75). MODELO: CIP ADMINISTRADOR

MODELO: CIP TECNLOGO E OUTROS BACHARIS

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ANUIDADE PROFISSIONAL A anuidade possui natureza tributria, classificada como contribuio profissional. devida por Pessoas Fsica (PF) e Jurdica (PJ) a partir do registro nos CRAs, independentemente do exerccio da profisso. A anuidade profissional e as taxas de servio so as fontes de recursos que viabilizam o funcionamento dos Conselhos Federal e Regionais. A fixao do valor da anuidade profissional, cuja cobrana se d em janeiro de cada exerccio, bem como das taxas institudas competncia do CFA. facultado ao Profissional requerer a licena/desligamento do quadro de inscritos do CRA, mediante cumprimento dos procedimentos estabelecidos na legislao vigente do Sistema CFA/CRAs. A Pessoa Jurdica tambm poder requerer o desligamento do registro, desde que no esteja explorando atividades no campo da administrao.

LEGISLAO BSICA DA PROFISSO DE ADMINISTRADOR LEI N 4.769, DE 9 DE SETEMBRO DE 1965

Dispe sobre o exerccio da profisso de Administrador e d outras providncias.(1)

O Presidente da Repblica Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 O Grupo da Confederao Nacional das Profisses Liberais, constante do Quadro de Atividades e Profisses, anexo Consolidao das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1 de maio de 1943, acrescido da categoria profissional de Administrador. (1) 23

Pargrafo nico. Tero os mesmos direitos e prerrogativas dos Bacharis em Administrao, para o provimento dos cargos de Administrador do Servio Pblico Federal, os que hajam sido diplomados no exterior, em cursos regulares de Administrao, aps a revalidao dos diplomas no Ministrio da Educao, bem como os que, embora no diplomados ou diplomados em outros cursos de ensino superior e mdio, contem cinco anos, ou mais, de atividades prprias ao campo profissional do Administrador. (1) Art. 2 A atividade profissional de Administrador ser exercida, como profisso liberal ou no, mediante: (1) a) pareceres, relatrios, planos, projetos, arbitragens, laudos, assessoria em geral, chefia intermediria, direo superior; b) pesquisas, estudos, anlise, interpretao, planejamento, implantao, coordenao e controle dos trabalhos nos campos da Administrao, como administrao e seleo de pessoal, organizao e mtodos, oramentos, administrao de material, administrao financeira, administrao mercadolgica, administrao de produo, relaes industriais, bem como outros campos em que esses se desdobrem ou aos quais sejam conexos. Art. 3 O exerccio da profisso de Administrador privativo:(1)

a) dos bacharis em Administrao Pblica ou de Empresas, diplomados no Brasil, em cursos regulares de ensino superior, oficial, oficializado ou reconhecido, cujo currculo seja fixado pelo Conselho Federal de Educao, nos termos da Lei n. 4.024, de 20 de dezembro de 1961; b) dos diplomados no exterior, em cursos regulares de Administrao, aps a revalidao do diploma no Ministrio da Educao, bem como dos diplomados, at a fixao do referido currculo, por cursos de bacharelado em Administrao, devidamente reconhecidos; c) dos que, embora no diplomados nos termos das alneas anteriores, ou diplomados em outros cursos superiores e de ensino mdio, contem, na data da vigncia desta 24

Lei, cinco anos, ou mais, de atividades prprias no campo profissional de Administrador definido no art. 2. (1) (2) Pargrafo nico. A aplicao deste artigo no prejudicar a situao dos que, at a data da publicao desta Lei, ocupem o cargo de Administrador, os quais gozaro de todos os direitos e prerrogativas estabelecidos neste diploma legal. (1) Art. 4 Na administrao pblica, autrquica, obrigatria, a partir da vigncia desta Lei, a apresentao de diploma de Bacharel em Administrao, para o provimento e exerccio de cargos tcnicos de administrao, ressalvados os direitos dos atuais ocupantes de cargos de Administrador. (1) 1 Os cargos tcnicos a que se refere este artigo sero definidos no regulamento da presente Lei, a ser elaborado pela Junta Executiva, nos termos do artigo 18. 2 A apresentao do diploma no dispensa a prestao de concurso, quando exigido para o provimento do cargo. Art. 5 Aos Bacharis em Administrao facultada a inscrio nos concursos, para provimento das cadeiras de Administrao, existentes em qualquer ramo do ensino tcnico ou superior, e nas dos cursos de Administrao. Art. 6 So criados o Conselho Federal de Administrao (CFA) e os Conselhos Regionais de Administrao (CRAs), constituindo em seu conjunto uma autarquia dotada de personalidade jurdica de direito pblico, com autonomia tcnica, administrativa e financeira, vinculada ao Ministrio do Trabalho. (1) (3) Art. 7 O Conselho Federal de Administrao, com sede em Braslia, Distrito Federal, ter por finalidade: (1) a) propugnar por uma adequada compreenso dos problemas administrativos e sua racional soluo; b) orientar e disciplinar o exerccio da profisso de Administrador; (1) c) elaborar seu regimento interno; 25

d) dirimir dvidas suscitadas nos Conselhos Regionais; e) examinar, modificar e aprovar os regimentos internos dos Conselhos Regionais; f) julgar, em ltima instncia, os recursos de penalidades impostas pelos CRAs; (1) g) votar e alterar o Cdigo de Deontologia Administrativa, bem como zelar pela sua fiel execuo, ouvidos os CRAs; (1) h) aprovar anualmente o oramento e as contas da autarquia; i) promover estudos e campanhas em prol da racionalizao administrativa do Pas. Art. 8 Os Conselhos Regionais de Administrao (CRAs), com sede nas Capitais dos Estados e no Distrito Federal, tero por finalidade: (1) a) dar execuo s diretrizes formuladas pelo Conselho Federal de Administrao; (1) b) fiscalizar, na rea da respectiva jurisdio, o exerccio da profisso de Administrador;(1) c) organizar e manter o registro de Administrador; (1) d) julgar as infraes e impor as penalidades referidas nesta Lei; e) expedir as carteiras profissionais dos Administradores; (1) f) elaborar o seu regimento interno para exame e aprovao pelo CFA. (1) Art. 9 O Conselho Federal de Administrao compor-se- de brasileiros natos ou naturalizados, que satisfaam as exigncias desta Lei, e ser constitudo por tantos membros efetivos e respectivos suplentes quantos forem os Conselhos Regionais, eleitos em escrutnio secreto e por maioria simples de votos nas respectivas regies.(4) (1)

Pargrafo nico. Dois teros, pelo menos, dos membros efetivos, assim como dos membros suplentes, sero necessariamente bacharis em Administrao, salvo nos Estados em que, por motivos relevantes, isto no seja possvel. Art. 10 A renda do CFA constituda de: (1) a) vinte por cento (20%) da renda bruta dos CRAs, com exceo dos legados, doaes ou subvenes; (1) 26

b) doaes e legados; c) subvenes dos Governos Federal, Estaduais e Municipais, ou de empresas e instituies privadas; d) rendimentos patrimoniais; e) rendas eventuais. Art. 11 Os Conselhos Regionais de Administrao com at doze mil Administradores inscritos, em gozo de seus direitos profissionais, sero constitudos de nove membros efetivos e respectivos suplentes, eleitos da mesma forma estabelecida para o Conselho Federal. (1) (4) 1 Os Conselhos Regionais de Administrao com nmero de Administradores inscritos superior ao constante do caput deste artigo podero, atravs de deliberao da maioria absoluta do Plenrio e em sesso especfica, criar mais uma vaga de Conselheiro efetivo e respectivo suplente para cada contingente de trs mil Administradores excedente de doze mil, at o limite de vinte e quatro mil. (4) Art. 12 A renda dos CRAs ser constituda de: (1) a) oitenta por cento (80%) da anuidade estabelecida pelo CFA e revalidada trienalmente; b) rendimentos patrimoniais; c) doaes e legados; d) subvenes e auxlios dos Governos Federal, Estaduais e Municipais, ou, ainda, de empresas e instituies particulares; e) provimento das multas aplicadas; f) rendas eventuais. Art. 13 Os mandatos dos membros do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Administrao sero de quatro anos, permitida uma reeleio. (1) (4) Pargrafo nico. A renovao dos mandatos dos membros dos Conselhos referidos no caput deste artigo ser de um tero e dois teros, alternadamente, a cada binio. (4) 27

Art. 14 S podero exercer a profisso de Administrador os profissionais devidamente registrados nos CRAs, pelos quais ser expedida a carteira profissional. (1) 1 A falta do registro torna ilegal, punvel, o exerccio da profisso de Administrador. (1) 2 A carteira profissional servir de prova para fins de exerccio profissional, de carteira de identidade e ter f em todo o territrio nacional. Art. 15 Sero obrigatoriamente registrados nos CRAs as empresas, entidades e escritrios tcnicos que explorem, sob qualquer forma, atividades de Administrador, enunciadas nos termos desta Lei. (1) Pargrafo nico. O registro a que se refere este artigo ser feito gratuitamente pelos CRAs. (1) Art. 16 Os Conselhos Regionais de Administrao aplicaro penalidades aos infratores dos dispositivos desta Lei, as quais podero ser: (1) a) multa de 5% (cinco por cento) a 50% (cinquenta por cento) do maior salrio mnimo vigente no Pas aos infratores de qualquer artigo; b) suspenso de seis meses a um ano ao profissional que demonstrar incapacidade tcnica no exerccio da profisso, assegurando-lhe ampla defesa; c) suspenso, de um a cinco anos, ao profissional que, no mbito de sua atuao, for responsvel, na parte tcnica, por falsidade de documento, ou por dolo, em parecer ou outro documento que assinar. Pargrafo nico. No caso de reincidncia da mesma infrao, praticada dentro do prazo de cinco anos, aps a primeira, alm da aplicao da multa em dobro, ser determinado o cancelamento do registro profissional. Art. 17 Os Sindicatos e Associaes Profissionais de Administradores cooperaro com o CFA para a divulgao das modernas tcnicas de Administrao, no exerccio da profisso. (1) 28

Art. 18 Para promoo das medidas preparatrias execuo desta Lei, ser constituda por decreto do Presidente da Repblica, dentro de 30 dias, uma Junta Executiva integrada de dois representantes indicados pelo DASP, ocupantes de cargos de Administrador; de dois Bacharis em Administrao, indicados pela Fundao Getlio Vargas; de trs Bacharis em Administrao, representantes das Universidades que mantenham curso superior de Administrao, um dos quais indicado pela Fundao Universidade de Braslia e os outros dois por indicao do Ministro da Educao. (1) Pargrafo nico. Os representantes de que trata este artigo sero indicados ao Presidente da Repblica em lista dplice. Art. 19 Junta Executiva de que trata o artigo anterior caber: a) elaborar o projeto de regulamento da presente Lei e submet-lo aprovao do Presidente da Repblica; b) proceder ao registro, como Administrador, dos que o requererem, nos termos do art. 3; (1) c) estimular a iniciativa dos Administradores na criao de Associaes Profissionais e Sindicatos; (1) d) promover, dentro de 180 (cento e oitenta) dias, a realizao das primeiras eleies para a formao do Conselho Federal de Administrao (CFA) e dos Conselhos Regionais de Administrao (CRAs). (1) 1 Ser direta a eleio de que trata a alnea d deste artigo, nela votando todos os que forem registrados, nos termos da alnea b. 2 Ao formar-se o CFA, ser extinta a Junta Executiva, cujo acervo e cujos cadastros sero por ele absorvidos. (1) Art. 20 O disposto nesta Lei s se aplicar aos servios municipais, s empresas privadas e s autarquias e sociedades de economia mista dos Estados e Municpios, aps comprovao, pelos Conselhos de Administrao, da existncia, nos Municpios 29

em que esses servios, empresas, autarquias ou sociedades de economia mista tenham sede, de tcnicos legalmente habilitados, em nmero suficiente para o atendimento nas funes que lhes so prprias. (1) Art. 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao. Art. 22 Revogam-se as disposies em contrrio. Braslia, 9 de setembro de 1965; 144 da Independncia e 77 da Repblica.

H.Castelo Branco Arnaldo SussekindPublicada no D.O.U. de 13/09/65, pg. 9.337 e retificada no D.O.U., de 16/09/65, pg. 9.531 (1) Nova redao conferida pelo art. 1 da Lei n. 7.321, de 13/06/85, publicada no D.O.U. de 14/06/85, que Altera a denominao do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Tcnicos de Administrao e d outras providncias. (2) Parte mantida pelo Congresso Nacional aps veto presidencial, promulgada pelo Presidente da Repblica em 12/11/65 e publicada no D.O.U. de 17/11/65. (3) Vinculao extinta por fora do disposto no art. 3 do Decreto-lei n. 2.299, de 21/11/86, publicado no D.O.U. de 24/11/86. (4) Nova redao dada pelo art. 1 da Lei n. 8.873, de 26/04/94, publicada no D.O.U. de 27/04/94.

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DECRETO N 61.934, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1967

Dispe sobre a regulamentao do exerccio da profisso de Administrador, de acordo com a Lei n 4.769, de 9 de setembro de 1965 e d outras providncias. (1)O Presidente da Repblica, usando da atribuio que lhe confere o art. 83, item II, da Constituio e tendo em vista o que determina a Lei nmero 4.769, de 9 de setembro de 1965, decreta: Art. 1 Fica aprovado o Regulamento que com este baixa, assinado pelo Ministro do Trabalho e Previdncia Social, que dispe sobre o exerccio da profisso liberal de Administrador e a constituio do Conselho Federal de Administrao e dos Conselhos Regionais. (1) Art. 2 Este Decreto entrar em vigor na data de sua publicao. Art. 3 Revogam-se as disposies em contrrio. Braslia, 22 de dezembro de 1967; 146 da Independncia e 79 da Repblica A. Costa e Silva Jarbas G. PassarinhoPublicado no D.O.U. de 27/12/67, pg. 13.015 e retificado no D.O.U. de 05/01/68 (1) (1) Nova redao conferida pelo art. 1 da Lei n 7.321, de 13/06/85, publicada no D.O.U. de 14/06/85, queAltera a denominao do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Tcnicos de Administrao e d outras providncias.

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REGULAMENTO DA LEI N 4.769, DE 9 DE SETEMBRO DE 1965, QUE REGULA O EXERCCIO DA PROFISSO DE ADMINISTRADOR(1)

TTULO I Da Profisso de Administrador (1) CAPTULO I Do Administrador (1)Art. 1 O desempenho das atividades de Administrao, em qualquer de seus campos, constitui o objeto da profisso liberal de Administrador, de nvel superior. (1) Art. 2 A designao profissional e o exerccio da profisso de Administrador, acrescida ao Grupo da Confederao Nacional das Profisses Liberais, constantes do Quadro de Atividades e Profisses anexo Consolidao das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1 de maio de 1943, so privativos: (1) a) dos bacharis em Administrao diplomados no Brasil, em cursos regulares de ensino superior, oficiais, oficializados ou reconhecidos, cujo currculo seja fixado pelo Conselho Federal de Educao, nos termos da Lei n. 4.024, de 20 de dezembro de 1961, bem como dos que, at a fixao do referido currculo, tenham sido diplomados por cursos de bacharelado em Administrao devidamente reconhecidos; b) dos diplomados no exterior, em cursos regulares de Administrao, aps a revalidao do diploma no Ministrio da Educao e Cultura; c) dos que, embora no diplomados nos termos das alneas anteriores, ou diplomados em outros cursos superiores ou de ensino mdio, contassem em 13 de setembro de 1965, pelo menos cinco anos de atividades prprias no campo profissional do Administrador definido neste Regulamento. (1) Pargrafo nico. ressalvada a situao dos que, em 13 de setembro de 1965, ocupavam cargos de Administrador no Servio Pblico Federal, Estadual ou Municipal, 32

aos quais so assegurados todos os direitos e prerrogativas previstos neste Regulamento.(1)

CAPTULO II Do Campo e da Atividade ProfissionalArt. 3 A atividade profissional do Administrador, como profisso, liberal ou no, compreende: (1) a) elaborao de pareceres, relatrios, planos, projetos, arbitragens e laudos, em que se exija a aplicao de conhecimentos inerentes s tcnicas de organizao; b) pesquisas, estudos, anlises, interpretao, planejamento, implantao, coordenao e controle dos trabalhos nos campos de administrao geral, como administrao e seleo de pessoal, organizao, anlise, mtodos e programas de trabalho, oramento, administrao de material e financeira, relaes pblicas, administrao mercadolgica, administrao de produo, relaes industriais, bem como outros campos em que estes se desdobrem ou com os quais sejam conexos;(2)

c) exerccio de funes e cargos de Administrador do Servio Pblico Federal, Estadual, Municipal, Autrquico, Sociedades de Economia Mista, empresas estatais, paraestatais e privadas, em que fique expresso e declarado o ttulo do cargo abrangido; (1) d) o exerccio de funes de chefia ou direo, intermediria ou superior, assessoramento principalmente, administrao; e) magistrio em matrias tcnicas do campo da administrao e organizao. Pargrafo nico. A aplicao do disposto nas alneas c, d e e no prejudicar a situao dos atuais ocupantes de cargos, funes e empregos, inclusive de direo, chefia, a e consultoria aplicao de em rgos, ou seus compartimentos, s tcnicas da de Administrao pblica ou de entidades privadas, cujas atribuies envolvam conhecimentos inerentes

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assessoramento e consultoria no Servio Pblico e nas entidades privadas, enquanto os exercerem. Art. 4 Na Administrao Pblica Federal, Estadual ou Municipal, direta ou indireta, obrigatria, para o provimento e exerccio de cargos de Administrador, a apresentao de diploma de Bacharel em Administrao ou a comprovao de que o candidato adquiriu os mesmos direitos e prerrogativas na forma das alneas a a c do art. 2 deste Regulamento, ressalvado o disposto no pargrafo nico do art. 2 deste Regulamento.(1) Pargrafo nico. A apresentao do diploma no dispensa a prestao de concurso para o provimento do cargo, quando o exija a Lei. Art. 5 No caso de insuficincia de Administrador, comprovada por falta de inscrio em recrutamento ou seleo pblica, podero os rgos pblicos, autrquicos ou sociedades de economia mista, bem como quaisquer empresas privadas, solicitar ao Conselho Regional de sua jurisdio licena para o exerccio da profisso de Administrador por pessoa no habilitada, portadora de diploma de curso superior. (1) 1 A licena ser concedida por perodo de at dois anos, renovvel, mediante nova solicitao, se comprovada ainda a insuficincia de Administradores. (1) 2 A licena referida neste artigo vigorar exclusivamente para o Municpio para o qual foi solicitada, proibida expressamente a transferncia para outro Municpio. Art. 6 Os documentos referentes ao profissional, de que trata o art. 3 deste Regulamento, sero obrigatoriamente elaborados e assinados por Administradores, devidamente registrados na forma em que dispuser este Regulamento, salvo no caso de exerccio de cargo pblico. (1) Pargrafo nico. obrigatria a citao do nmero de registro no Conselho Regional aps a assinatura. Art. 7 As autoridades federais, estaduais e municipais, bem como as empresas privadas, devero obrigatoriamente exigir a assinatura do Administrador devidamente 34

registrado, nos documentos mencionados no art. 3 deste Regulamento exceto quando se tratar de documentos oficiais assinados por ocupantes do cargo pblico respectivo.(1) Art. 8. O Conselho Federal de Administrao e os Conselhos Regionais, por iniciativa prpria ou mediante denncias das autoridades judiciais ou administrativas, promovero a responsabilidade do Administrador, nos casos de dolo, fraude ou m-f, adotando as providncias cabveis manuteno de um sadio ambiente profissional, sem prejuzo da ao administrativa ou criminal que couber. (1)

CAPTULO III Do Exerccio ProfissionalArt. 9 Para o exerccio da profisso de Administrador obrigatria a apresentao da Carteira de Identidade de Administrador, expedida pelo Conselho Regional de Administrao, juntamente com prova de estar o profissional em pleno gozo dos seus direitos sociais. (1) Art. 10 A falta do registro torna ilegal e punvel o exerccio da profisso de Administrador. (1) Art. 11 O exerccio profissional de que trata este Regulamento ser fiscalizado pelos competentes Conselhos Regionais e pelo Conselho Federal de Administrao, aos quais cabem a orientao e a disciplina do exerccio da profisso de Administrador em todo o territrio nacional. (1)

CAPTULO IV Da Sociedade entre ProfissionaisArt. 12 As sociedades de prestao de servios profissionais mencionadas neste Regulamento s podero se constituir ou funcionar sob a responsabilidade de Administradores, devidamente registrados e no pleno gozo de seus direitos sociais. (1)

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1 O Administrador, ou os Administradores, que fizerem parte das sociedades mencionadas neste artigo, respondero, individualmente, perante os Conselhos, pelos atos praticados pelas Sociedades em desacordo com o Cdigo de Deontologia Administrativa. (1) 2 As Sociedades a que alude este artigo so obrigadas a promover o seu registro prvio no Conselho Regional da rea de sua atuao, e nos de tantas em quantas atuarem, ficando obrigadas a comunicar-lhes quaisquer alteraes ou ocorrncias posteriores nos seus atos constitutivos. Art. 13 As atuais sociedades existentes ficam obrigadas a se adaptarem s exigncias contidas neste captulo, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da publicao deste Regulamento.

TTULO II Do Conselho Federal de Administrao CAPTULO I Da AutarquiaArt. 14 O Conselho Federal de Administrao e os Conselhos Regionais de Administrao dos Estados e Territrios, criados pela Lei n. 4.769, de 9 de setembro de 1965, constituem em seu conjunto uma autarquia dotada de personalidade jurdica de direito pblico, com autonomia tcnica, administrativa e financeira, vinculada ao Ministrio do Trabalho e Previdncia Social, sob a denominao de Conselho Federal de Administrao, com o subttulo de "Regional", com a designao da regio, quando for o caso. (1) (3) Art. 15 A Autarquia Conselho Federal de Administrao, no seu conjunto, ter Quadro de Pessoal prprio, regido pela Consolidao de Leis do Trabalho. (1) Pargrafo nico. Podero ser requisitados, na forma da Lei, servidores da Administrao Pblica, direta ou indireta, para servirem ao Conselho Federal de 36(1)

Administrao, ou em seu conjunto, os quais no perdero sua condio de funcionrios pblicos. (1) Art. 16 O exerccio financeiro coincidir com o ano civil. Art. 17 A responsabilidade administrativa e financeira do Conselho Federal e de cada Conselho Regional de Administrao caber aos respectivos Presidentes. (1) Pargrafo nico. At 31 de maro do exerccio seguinte quele a que se refiram as prestaes de contas dos Conselhos Regionais de Administrao, depois de apreciadas pelos respectivos Plenrios, sero encaminhadas ao Conselho Federal de Administrao, o qual as apresentar com o seu parecer e juntamente com a sua prpria prestao de contas, apreciada pelo respectivo Plenrio, Inspetoria Geral de Finanas do Ministrio do Trabalho e Previdncia Social. (1) (3) Art. 18 As entidades sindicais, associaes profissionais e Faculdades cooperaro com o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Administrao, para a divulgao das modernas tcnicas de administrao e dos processos de racionalizao administrativa do Pas. (1) Art. 19 Para os efeitos do disposto no artigo anterior, os rgos citados celebraro acordos ou convnios de assistncia tcnica e financeira, tendo em vista, sobretudo, o interesse nacional, a ampliao e a intensificao dos estudos e pesquisas administrativas, para o melhor aproveitamento dos Administradores. (1)

CAPTULO II Da Finalidade, Sede e ForoArt. 20 O Conselho Federal de Administrao, com sede e foro em Braslia, Distrito Federal, ter por finalidade: (1) a) propugnar por uma adequada compreenso dos problemas administrativos e sua racional soluo; b) orientar e disciplinar o exerccio da profisso de Administrador; (1) 37

c) elaborar o seu Regimento; d) dirimir dvidas suscitadas nos Conselhos Regionais; e) examinar, modificar e aprovar os regimentos internos dos Conselhos Regionais; f) julgar, em ltima instncia, os recursos de penalidades impostas pelos Conselhos Regionais de Administrao; (1) g) votar e alterar o Cdigo de Deontologia Administrativa, bem como zelar pela sua fiel execuo, ouvidos os Conselhos Regionais de Administrao; (1) h) aprovar, anualmente, o oramento e as contas da Autarquia; i) promover estudos e campanhas em prol da racionalizao administrativa do Pas.

CAPTULO III Da ComposioArt. 21 O Conselho Federal de Administrao compor-se- de brasileiros natos ou naturalizados, que satisfaam as exigncias da Lei n. 4.769, de 9 de setembro de 1965, e ter a seguinte constituio: (1) (4) a) nove membros efetivos, eleitos pelos representantes dos sindicatos e das associaes profissionais de Administrao que, por sua vez, elegero dentre si o seu Presidente; (1) (4) b) nove suplentes eleitos juntamente com os membros efetivos. (4) Pargrafo nico. Dois teros, pelo menos, dos membros efetivos, assim como dos membros suplentes, sero necessariamente bacharis em Administrao, salvo nos Estados em que, por motivos relevantes, isso no seja possvel.

CAPTULO IV Dos Mandatos e das EleiesArt. 22 Os mandatos dos membros do Conselho Federal de Administrao e dos respectivos suplentes sero de trs (3) anos, podendo ser renovados. (1) (5)

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Art. 23 Na primeira eleio que se realizar, na forma deste Regulamento, os membros eleitos do Conselho Federal de Administrao e os respectivos suplentes tero 3 (trs) mandatos de 1 (um) ano; 3 (trs) mandatos de 2 (dois) anos; e 3 (trs) mandatos de 3 (trs) anos. (1) (5) Pargrafo nico. A renovao do tero dos membros do Conselho Federal de Administrao e dos respectivos suplentes far-se- anualmente. (1) (5) Art. 24 As eleies dos membros do Conselho Federal de Administrao e dos respectivos suplentes sero realizadas em Braslia, Distrito Federal, pelos representantes dos Sindicatos e das Associaes Profissionais de Administrao existentes no Brasil devidamente registrados no Ministrio do Trabalho e Previdncia Social. (1) Art. 25 A convocao para as eleies a que se refere o artigo anterior ser feita pelo Conselho Federal de Administrao, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, antes do trmino do mandato. (1) Art. 26 A Assemblia de Representantes Eleitorais, constituda nos termos deste Regulamento, deliberar em primeira convocao com a presena de pelo menos 2/3 (dois teros) de seus componentes credenciados e, 24 (vinte e quatro) horas depois, com a presena de qualquer nmero de representantes credenciados. 1 A Assemblia a que se refere este artigo ser instalada pelo Presidente do Conselho Federal de Administrao, ou seu substituto legal, e presidida por um dos seus membros, eleito entre eles. (1) 2 O Conselho Federal de Administrao baixar e publicar normas para as eleies.(1) Art. 27 Cada uma das entidades de que trata o artigo 24 deste Regulamento credenciar 2 (dois) representantes que sero, obrigatoriamente, associados de seu quadro no pleno gozo de seus direitos estatutrios. 39

Art. 28 O membro do Conselho Federal de Administrao que faltar, sem prvia licena, a trs sesses ordinrias consecutivas ou a seis sesses intercaladas, no perodo de um ano, perder automaticamente o mandato. (1) Art. 29 Os membros do Conselho Federal de Administrao podero ser licenciados, por deliberao do Plenrio, por motivos de doena ou outro impedimento de fora maior. (1) Pargrafo nico. Concedida a licena de que trata este artigo, caber ao Presidente do Conselho convocar o respectivo suplente. Art. 30 O Conselho Federal de Administrao ter como rgo deliberativo o Plenrio e como rgo executivo a Presidncia e os que forem criados para a execuo dos servios tcnicos ou especializados indispensveis ao cumprimento de suas atribuies. (1) Art. 31 A estrutura administrativa do Conselho Federal de Administrao ser fixada em Regimento Interno. (1)

CAPTULO V Das RendasArt. 32 A renda do Conselho Federal de Administrao constituda de: (1) a) vinte por cento (20%) da renda bruta dos Conselhos Regionais de Administrao, com exceo dos legados, doaes ou subvenes; (1) b) doaes e legados; c) subvenes dos Governos Federal, Estaduais e Municipais ou de Empresas e Instituies Privadas; d) rendimentos patrimoniais; e) rendas eventuais.

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CAPTULO VI Do PresidenteArt. 33 O Presidente do Conselho Federal de Administrao ser eleito pelo Plenrio, na sua primeira reunio, dentre os seus membros, para exercer mandato de um (1) ano podendo ser reeleito, condicionando-se sempre o mandato presidencial ao respectivo mandato como conselheiro. (1) Pargrafo nico. As eleies subsequentes far-se-o na primeira sesso aps a posse do tero renovado. Art. 34 da competncia do Presidente: a) administrar e representar legalmente o Conselho Federal de Administrao; (1) b) dar posse aos Conselheiros; convocar e presidir as sesses do Conselho; c) distribuir aos Conselheiros, para relatar, processos que devam ser submetidos deliberao do Plenrio ou no; d) constituir Comisses e Grupos de Trabalho; e) admitir, promover, remover e dispensar servidores; f) delegar poderes especiais, mediante autorizao do Plenrio do Conselho; g) movimentar as contas bancrias, assinar cheques e recibos juntamente com o responsvel pela Tesouraria e autorizar pagamentos; h) apresentar ao Plenrio a proposta oramentria; i) apresentar ao Plenrio o relatrio anual das atividades; eadotar as providncias que se fizerem necessrias aos interesses do Conselho Federal de Administrao. (1) Art. 35 O Conselho Federal de Administrao ter um Vice-Presidente, eleito simultaneamente e nas condies do Presidente, ao qual compete substitu-lo em suas faltas e impedimentos. (1)

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TTULO III Dos Conselhos Regionais de Administrao CAPTULO I Da Organizao e JurisdioArt. 36 Os Conselhos Regionais de Administrao (CRA) sero organizados pelo Conselho Federal de Administrao, que lhes promover a instalao em cada um dos Estados, Territrios e no Distrito Federal. (1) 1 Enquanto no existir, em todas as unidades da federao, nmero de profissionais bastante para justificar o pleno cumprimento do disposto neste artigo, podero os Conselhos Regionais existentes ter jurisdio extensiva a outros Estados e Territrios. 2 Aplicar-se- aos membros e respectivos suplentes dos Conselhos Regionais de Administrao forma de eleio semelhante a dos membros do Conselho Federal de Administrao. (1) Art. 37 Os Conselhos Regionais de Administrao sero constitudos de nove (9) membros efetivos e de nove (9) membros suplentes, eleitos da mesma forma estabelecida para o rgo federal, para mandatos idnticos e em igualdade de condies. (1) (6) Art. 38 Os Conselhos Regionais de Administrao tero um Presidente e um VicePresidente, com atribuies idnticas aos do rgo nacional, no que couber. (1)(1)

CAPTULO II Dos FinsArt. 39 Os Conselhos Regionais de Administrao, com sede nas Capitais dos Estados, Distrito Federal e Territrios, tero por finalidade: (1) a) dar execuo s diretrizes formuladas pelo Conselho Federal de Administrao; (1) 42

b) fiscalizar, na rea da respectiva jurisdio, o exerccio da profisso de Administrador; (1) c) organizar e manter o registro dos Administradores; (1) d) julgar as infraes e impor as penalidades referidas na Lei n. 4.769, de 9 de setembro de 1965, e neste Regulamento; e) expedir as carteiras profissionais dos Administradores; (1) f) elaborar o seu regimento interno para exame e aprovao pelo Conselho Federal de Administrao; (1) g) colaborar com os Governos Federal, Estaduais e Municipais, bem assim, com as empresas de economia mista e privadas no mbito de suas finalidades e no propsito de manter elevado o prestgio profissional dos Administradores. (1)

CAPTULO III Das RendasArt. 40 A renda dos Conselhos Regionais de Administrao ser constituda de: (1) a) oitenta por cento (80%) das anuidades, taxas e emolumentos de qualquer natureza estabelecidos pelo Conselho Federal de Administrao e revalidados, trienalmente, por correo monetria oficial; (1) b) rendimentos patrimoniais; c) doaes e legados; d) subvenes e auxlios dos Governos Federal, Estaduais e Municipais ou, ainda, de sociedades de economia mista, empresas e instituies particulares; e) provimento de multas aplicadas; f) rendas eventuais.

CAPTULO IV Dos Conselheiros e da Atribuio e CompetnciaArt. 41 Aos membros dos Conselhos Federal e Regionais de Administrao incumbe: (1) a) participar das sesses e dar o seu voto; 43

b) relatar matrias e processos quando designados pelo Presidente; c) integrar comisses e grupos de trabalho, quando designados pelo Presidente ou pelo Plenrio; d) d) presidir ou vice-presidir o Conselho, quando eleitos; e e) e) cumprir a Lei, o Regulamento, o Regimento Interno e as Resolues do Conselho.

CAPTULO V Do Registro e da Carteira de Identidade ProfissionalArt. 42 Os profissionais a que se refere este Regulamento s podero exercer legalmente a profisso, salvo as excees previstas na Lei n. 4.769, de 9 de setembro de 1965, mediante prvio registro de seus diplomas ou certificados nos rgos competentes e aps serem portadores da Carteira de Identidade de Administrao expedida inicialmente pela Junta Executiva criada pela Lei n. 4.769, de 9 de setembro de 1965, e, quando j instalados os respectivos Conselhos Regionais de Administrao, pelo Conselho sob cuja jurisdio se achar o local de sua atividade. (1) Art. 43 A todo profissional devidamente registrado ser fornecida uma Carteira de Identidade Profissional de Administrador, numerada e assinada pelo Presidente do Conselho Regional de Administrao respectivo, da qual constar: (1) a) nome por extenso; b) filiao; c) nacionalidade e naturalidade; d) data do nascimento; e) denominao da Faculdade em que se diplomou e nmero de registro no Ministrio da Educao e Cultura ou, para os no Bacharis, indicao do dispositivo deste Regulamento, em que se fundamenta a inscrio, bem como o nmero da Resoluo do Conselho Federal de Administrao que houver homologado a mesma e respectivas datas; (1) f) nmero de registro no Conselho Regional de Administrao; (1) 44

g) fotografia de frente 3 x 4, e impresso datiloscpica; h) assinatura por inteiro e abreviada, se usar; i) data de expedio da carteira. Art. 44 A Carteira Profissional de Administrador concede ao respectivo portador o direito de exercer a profisso de Administrador no territrio nacional, pagos os emolumentos e anuidades devidas ao Conselho Regional de Administrao respectivo. (1) Art. 45 A Carteira de Identidade de Administrador servir de prova para fim de exerccio da profisso e, como Carteira de Identidade oficial, ter f pblica em todo o territrio nacional. (1) Art. 46 O registro de profissionais e a expedio de Carteiras esto sujeitos ao pagamento de taxas a serem arbitradas pelo Conselho Federal de Administrao. (1) Art. 47 O profissional registrado obrigado a pagar, ao respectivo Conselho Regional de Administrao, uma anuidade de vinte por cento (20%) do salrio-mnimo vigente em Braslia, Distrito Federal, no ms de janeiro de cada ano. (1) Art. 48 As empresas, entidades, institutos e escritrios de que trata este Regulamento so sujeitos, para funcionarem legalmente, ao pagamento de anuidade correspondente a 5 (cinco) salrios-mnimos vigentes em Braslia, Distrito Federal, no ms de janeiro de cada ano. Art. 49 As anuidades devero ser pagas na sede do Conselho Regional de Administrao at 30 de maro de cada ano, salvo a primeira, que dever ser paga no ato da inscrio do registro. (1) Art. 50 A habilitao para o exerccio da profisso de Administrador, atravs de inscrio nos Conselhos Regionais de Administrao ou, transitoriamente pela Junta Executiva a que se referem os artigos 18 e 19 da Lei n. 4.769, de 9 de setembro de 1965, depender de requerimento do interessado, instrudo, alternativamente, com o diploma ou certificado devidamente registrado pelos rgos competentes: prova de 45

satisfao do requisito previsto na alnea "c" do art. 2 deste Regulamento, inclusive cpias de trabalhos autenticados sob a responsabilidade da direo dos rgos prprios; ou certido de que ocupava, em 13 de setembro de 1965, cargo de Administrador no Servio Pblico Federal, Estadual ou Municipal. (1) Pargrafo nico. O pedido de registro fundado na alnea c ou no pargrafo nico do artigo 2 deste Regulamento somente ser admitido dentro do prazo de 12 (doze) meses contados da data da sua publicao.

CAPTULO VI Das PenalidadesArt. 51 A falta do competente registro, bem como do pagamento da anuidade ao Conselho Regional de Administrao torna ilegal o exerccio da profisso de Administrador e punvel o infrator. (1) Art. 52 O Conselho Regional de Administrao aplicar as seguintes penalidades aos infratores dos dispositivos da Lei n. 4.769, de 9 de setembro de 1965, e do presente Regulamento: (1) a) multa de 5% (cinco por cento) a 50% (cinqenta por cento) do maior salrio-mnimo vigorante no Pas, aos infratores dos dispositivos legais em vigor; b) suspenso de 1 (um) a 5 (cinco) anos do exerccio profissional de Administrador que, no mbito de sua atuao, for responsvel na parte tcnica, por falsidade de documento, ou por dolo, em parecer ou outro documento que assinar; (1) c) suspenso, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, do profissional que demonstre incapacidade tcnica no exerccio da profisso, sendo-lhe antes facultada ampla defesa; d) suspenso, at 1 (um) ano, do exerccio da profisso de Administrador que agir sem decoro ou ferir a tica profissional. (1) 1 Provada a conivncia das empresas, entidades, institutos ou escritrio na infrao das disposies da Lei n. 4.769, de 9 de setembro de 1965, e deste Regulamento 46

pelos profissionais, seus responsveis ou dependentes, sero estas responsabilizadas na forma da Lei. 2 No caso de reincidncia na mesma infrao, praticada dentro de 5 (cinco) anos aps a primeira, a multa ser elevada ao dobro e ser determinado o cancelamento do registro profissional. Art. 53 O Conselho Regional de Administrao representar junto aos Governos Federal, Estaduais e Municipais, quanto ao provimento de cargos privativos de Bacharel em Administrao por pessoa no devidamente qualificada. (1) Art. 54 O Regimento do Conselho Federal de Administrao regular os processos de infraes, prazos e interposies de recursos. (1)

CAPTULO VII Das Outras DisposiesArt. 55 Os Conselhos Federal e Regionais de Administrao deliberaro com a presena mnima de metade de seus membros, tendo o Conselheiro Presidente voto de qualidade no desempate. (1) Art. 56 Para efeito de concesso da gratificao pela participao em rgo de deliberao coletiva aos respectivos membros, por sesso a que comprovadamente comparecerem, observadas as disposies do Decreto n. 55.090, de 28 de novembro de 1964, o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Administrao ficam classificados nas Categorias B e C, previstas no mesmo Regulamento, com o mximo de 8 sesses ordinrias mensais. (1) Art. 57 A estrutura e os servios administrativos do Conselho Federal de Administrao sero previstos no Regimento Interno e o respectivo Quadro de Pessoal ser criado na forma da legislao em vigor. (1) Art. 58 O Ministrio do Trabalho e Previdncia Social, mediante requisio do Presidente da Junta Executiva a que se referem os artigos 17 e 18 da Lei n. 4.769, de 47

9 de setembro de 1965, ou do Conselho Federal de Administrao, e de acordo com as disponibilidades de recursos prprios, colaborar para a implantao dos servios da Autarquia. (1) Art. 59 Enquanto no eleito e empossado o primeiro Conselho, funcionar como rgo deliberativo e executivo do Conselho Federal de Administrao a Junta Executiva designada pelo Decreto n. 58.670, de 20 de junho de 1966, com todas as prerrogativas da Lei n. 4.769, de 9 de setembro de 1965, e deste Regulamento. (1) 1 A Junta Executiva promover, no prazo mximo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da publicao do presente Regulamento, eleies para o primeiro Conselho. 2 A eleio de que trata o pargrafo anterior ser direta e realizada em Braslia, Distrito Federal, nela votando todos os Administradores registrados pela Junta Executiva a que se refere o art. 18 da Lei n. 4.769, de 9 de setembro de 1965. Art. 60 Na execuo deste Regulamento, os casos omissos sero resolvidos pelo Conselho Federal de Administrao. (1) Art. 61 O presente Regulamento entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio.

Jarbas Passarinho(1) Nova redao conferida pelo art. 1 da Lei n. 7.321, de 13/06/85, publicada no D.O.U. de 14/06/85, que Altera a denominao do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Tcnicos de Administrao e d outras providncias (2) Quanto atividade de Relaes Pblicas, consultar a Lei n. 5.377, de 11 de dezembro de 1967 (3) Vinculao extinta por fora do disposto no art. 3 do Decreto-lei n. 2.299, de 21/11/86, publicado no D.O.U. de 24/11/86

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(4) Consultar o art. 9 da Lei n. 4.769, de 09/09/65, com alterao publicada no D.O.U. de 27/04/94 (5) Consultar o art. 13 da Lei n. 4.769, de 09/09/65, com alterao publicada no D.O.U. de 27/04/94 (6) Consultar o art. 11 da Lei n. 4.769, de 09/09/65, com alterao publicada no D.O.U. de 27/04/94

LEI N 6.206, DE 7 DE MAIO DE 1975

D valor de documento de identidade s carteiras expedidas pelos rgos fiscalizadores de exerccio profissional e d outras providncias.O Presidente da Repblica Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 vlida em todo o Territrio Nacional como prova de identidade, para qualquer efeito, a carteira emitida pelos rgos criados por lei federal, controladores do exerccio profissional. Art. 2 Os crditos dos rgos referidos no artigo anterior sero exigveis pela ao executiva processada perante a Justia Federal. Art. 3 Esta Lei entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio. Braslia, em 7 de maio de 1975; 154 da Independncia e 87 da Repblica. Ernesto Geisel Armando Falco Arnaldo PrietoPublicada no D.O.U. de 08/05/1975

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LEI N 7.321, DE 13 DE JUNHO DE 1985

Altera a denominao do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Tcnicos de Administrao e d outras providncias.O Presidente da Repblica Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 O Conselho Federal de Tcnicos de Administrao e os Conselhos Regionais de Tcnicos de Administrao passam a denominar-se Conselho Federal de Administrao e Conselhos Regionais de Administrao, respectivamente. Pargrafo nico. Fica alterada, para Administrador, a denominao da categoria profissional de Tcnico de Administrao. Art. 2 Sero averbadas, margem das transcries e inscries nos Registros de Imveis, nas quais figurarem os nomes do Conselho Federal ou do Conselho Regional de Tcnicos de Administrao, as alteraes decorrentes desta Lei. Art. 3 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao. Art. 4 Revogam-se as disposies em contrrio. Braslia, 13 de junho de 1985; 164 da Independncia e 97 da Repblica.

Jos Sarney Eros Antonio de Almeida

Publicada no D.O.U. de 14/06/85, pg. 1

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LEI N 8.873, DE 26 DE ABRIL DE 1994

Altera dispositivos da Lei n 4.769, de 9 de setembro de 1965, que dispe sobre o exerccio da profisso de Administrador. (1)O Presidente da Repblica Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 Os arts. 9, 11 e 13 da Lei n 4.769, de 9 de setembro de 1965, passam a vigorar com a seguinte redao: Art. 9 O Conselho Federal de Administrao compor-se- de brasileiros natos ou naturalizados, que satisfaam as exigncias desta lei, e ser constitudo por tantos membros efetivos e respectivos suplentes quantos forem os Conselhos Regionais, eleitos em escrutnio secreto e por maioria simples de votos nas respectivas regies. Art. 11 Os Conselhos Regionais de Administrao com at doze mil administradores inscritos, em gozo de seus direitos profissionais, sero constitudos de nove membros efetivos e respectivos suplentes, eleitos da mesma forma estabelecida para o Conselho Federal. 1 Os Conselhos Regionais de Administrao com nmero de administradores inscritos superior ao constante do caput deste artigo podero, atravs de deliberao da maioria absoluta do Plenrio e em sesso especfica, criar mais uma vaga de Conselheiro efetivo e respectivo suplente para cada contingente de trs mil administradores excedente de doze mil, at o limite de vinte e quatro mil. Art. 13 Os mandatos dos membros do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Administrao sero de quatro anos, permitida uma reeleio. Pargrafo nico. A renovao dos mandatos dos membros dos Conselhos referidos no caput deste artigo ser de um tero e de dois teros, alternadamente, a cada binio. Art. 2 (VETADO). 51

Art. 3 Esta lei entra em vigor na data de sua publicao. Art. 4 Revogam-se as disposies em contrrio. Braslia, 26 de abril de 1994; 173 da Independncia e 106 da Repblica.

Itamar Franco Mozart de Abreu e Lima

Publicada no D.O.U. de 27/04/94, pg. 6.109 (1) Nova redao conferida pelo art. 1 da Lei n 7.321, de 13/06/85, publicada no D.O.U. de 14/06/85, que Altera a denominao do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Tcnicos de Administrao e d outras providncias.

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RESOLUO NORMATIVA CFA N 353, DE 9 DE ABRIL DE 2008

Aprova o novo Cdigo de tica Profissional do Administrador (CEPA) e o Regulamento do Processo tico do Sistema CFA/CRAs, e d outras providncias.

O CONSELHO FEDERAL DE ADMINISTRAO, no uso da competncia que lhe conferem a Lei n 4.769, de 9 de setembro de 1965, o Regulamento aprovado pelo Decreto n 61.934, de 22 de dezembro de 1967, e o Regimento do CFA aprovado pela Resoluo Normativa CFA n 309, de 14 de setembro de 2005, CONSIDERANDO que o estabelecimento de um Cdigo de tica para os profissionais da Administrao, de forma a regular a conduta moral e profissional e indicar normas que devem inspirar o exerccio das atividades profissionais, matria de alta relevncia para o exerccio profissional, CONSIDERANDO que o Cdigo de tica Profissional do Administrador est expressamente citado na alnea g do artigo 7 da Lei n 4.769, de 9 de setembro de 1965, e na alnea g do artigo 20 do Decreto n 61.934, de 22 de dezembro de 1967, CONSIDERANDO, com fundamento no art. 7, alnea g, da Lei n 4.769, j mencionada, que compete aos Conselhos Federal e Regionais de Administrao operacionalizar e zelar pela fiel execuo do Cdigo de tica Profissional do Administrador; e a DECISO do Plenrio na 5 reunio, realizada no dia 4 de abril de 2008, RESOLVE: Art. 1 Aprovar o novo CDIGO DE TICA PROFISSIONAL DO ADMINISTRADOR (CEPA) e o REGULAMENTO DO PROCESSO TICO DO SISTEMA CFA/CRAs.

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Art. 2 Esta Resoluo Normativa entrar em vigor na data da sua publicao, revogadas as disposies em contrrio, especialmente as Resolues Normativas CFA n 253, de 30 de maro de 2001, e 264, de 6 de maro de 2002.

Adm. Roberto Carvalho Cardoso Presidente do CFA CRA-SP n 097

CDIGO DE TICA PROFISSIONAL DO ADMINISTRADOR

(Aprovado pela Resoluo Normativa CFA n 353, de 9 de abril de 2008) PREMBULOI. De forma ampla a tica definida como a explicitao terica do fundamento ltimo do agir humano na busca do bem comum e da realizao individual. II. O exerccio da profisso de Administrador implica em compromisso moral com o indivduo, cliente, empregador, organizao e com a sociedade, impondo deveres e responsabilidades indelegveis. III. O Cdigo de tica Profissional do Administrador (CEPA) o guia orientador e estimulador de novos comportamentos e est fundamentado em um conceito de tica direcionado para o desenvolvimento, servindo simultaneamente de estmulo e parmetro para que o Administrador amplie sua capacidade de pensar, visualize seu papel e torne sua ao mais eficaz diante da sociedade.

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CAPTULO I DOS DEVERESArt. 1 So deveres do Administrador: I. exercer a profisso com zelo, diligncia e honestidade, defendendo os direitos, bens e interesse de clientes, instituies e sociedades sem abdicar de sua dignidade, prerrogativas e independncia profissional, atuando como empregado, funcionrio pblico ou profissional liberal; II. manter sigilo sobre tudo o que souber em funo de sua atividade profissional; III. conservar independncia na orientao tcnica de servios e em rgos que lhe forem confiados; IV. comunicar ao cliente, sempre com antecedncia e por escrito, sobre as circunstncias de interesse para seus negcios, sugerindo, tanto quanto possvel, as melhores solues e apontando alternativas; V. informar e orientar o cliente a respeito da situao real da empresa a que serve; VI. renunciar, demitir-se ou ser dispensado do posto, cargo ou emprego, se, por qualquer forma, tomar conhecimento de que o cliente manifestou desconfiana para com o seu trabalho, hiptese em que dever solicitar substituto; VII. evitar declaraes pblicas sobre os motivos de seu desligamento, desde que do silncio no lhe resultem prejuzo, desprestgio ou interpretao errnea quanto sua reputao; VIII. esclarecer o cliente sobre a funo social da organizao e a necessidade de preservao do meio ambiente; IX. manifestar, em tempo hbil e por escrito, a existncia de seu impedimento ou incompatibilidade para o exerccio da profisso, formulando, em caso de dvida, consulta ao CRA no qual esteja registrado; X. aos profissionais envolvidos no processo de formao do Administrador, cumpre informar, orientar e esclarecer sobre os princpios e normas contidas neste Cdigo; XI. cumprir fiel e integralmente as obrigaes e compromissos assumidos, relativos ao exerccio profissional; XII. manter elevados o prestgio e a dignidade da profisso. 55

CAPTULO II DAS PROIBIESArt. 2 vedado ao Administrador: I. anunciar-se com excesso de qualificativos, admitida a indicao de ttulos, cargos e especializaes; II. sugerir, solicitar, provocar ou induzir divulgao de textos de publicidade que resultem em propaganda pessoal de seu nome, mritos ou atividades, salvo se em exerccio de qualquer cargo ou misso, em nome da classe, da profisso ou de entidades ou rgos pblicos; III. permitir a utilizao de seu nome e de seu registro por qualquer instituio pblica ou privada onde no exera pessoal ou efetivamente funo inerente profisso; IV. facilitar, por qualquer modo, o exerccio da profisso a terceiros, no habilitados ou impedidos; V. assinar trabalhos ou quaisquer documentos executados por terceiros ou elaborados por leigos alheios sua orientao, superviso e fiscalizao; VI. organizar ou manter sociedade profissional sob forma desautorizada por lei; VII. exercer a profisso quando impedido por deciso administrativa do Sistema CFA/CRAs transitada em julgado; VIII. afastar-se de suas atividades profissionais, mesmo temporariamente, sem razo fundamentada e sem notificao prvia ao cliente ou empregador; IX. contribuir para a realizao de ato contrrio lei ou destinado a fraud-la, ou praticar, no exerccio da profisso, ato legalmente definido como crime ou contraveno; X. estabelecer negociao ou entendimento com a parte adversa de seu cliente, sem sua autorizao ou conhecimento; XI. recusar-se prestao de contas, bens, numerrios, que lhes sejam confiados em razo do cargo, emprego, funo ou profisso, assim como sonegar, adulterar ou deturpar informaes, em proveito prprio, em prejuzo de clientes, de seu empregador ou da sociedade; 56

XII. revelar sigilo profissional, somente admitido quando resultar em prejuzo ao cliente ou coletividade, ou por determinao judicial; XIII. deixar de cumprir, sem justificativa, as normas emanadas dos Conselhos Federal e Regionais de Administrao, bem como atender s suas requisies administrativas, intimaes ou notificaes, no prazo determinado; XIV. pleitear, para si ou para outrem, emprego, cargo ou funo que esteja sendo ocupado por colega, bem como praticar outros atos de concorrncia desleal; XV. obstar ou dificultar as aes fiscalizadoras do Conselho Regional de Administrao; XVI. usar de artifcios ou expedientes enganosos para obteno de vantagens indevidas, ganhos marginais ou conquista de contratos; XVII. prejudicar, por meio de atos ou omisses, declaraes, aes ou atitudes, colegas de profisso, membros dirigentes ou associados das entidades representativas da categoria.

CAPTULO III DOS DIREITOSArt. 3 So direitos do Administrador: I. exercer a profisso independentemente de questes religiosas, raa, sexo, nacionalidade, cor, idade, condio social ou de qualquer natureza discriminatria; II. apontar falhas nos regulamentos e normas das instituies, quando as julgar indignas do exerccio profissional ou prejudiciais ao cliente, devendo, nesse caso, dirigir-se aos rgos competentes, em particular ao Tribunal Regional de tica dos Administradores e ao Conselho Regional de Administrao; III. exigir justa remunerao por seu trabalho, a qual corresponder s responsabilidades assumidas a seu tempo de servio dedicado, sendo-lhe livre firmar acordos sobre salrios, velando, no entanto, pelo seu justo valor; IV. recusar-se a exercer a profisso em instituio pblica ou privada onde as condies de trabalho sejam degradantes sua pessoa, profisso e classe; 57

V. participar de eventos promovidos pelas entidades de classe, sob suas expensas ou quando subvencionados os custos referentes ao acontecimento; VI. a competio honesta no mercado de trabalho, a proteo da propriedade intelectual sobre sua criao, o exerccio de atividades condizentes com sua capacidade, experincia e especializao.

CAPTULO IV DOS HONORRIOS PROFISSIONAISArt. 4 Os honorrios e salrios do Administrador devero ser fixados, por escrito, antes do incio do trabalho a ser realizado, levando-se em considerao, entre outros, os seguintes elementos: I. vulto, dificuldade, complexidade, presso de tempo e relevncia dos trabalhos a executar; II. possibilidade de ficar impedido ou proibido de realizar outros trabalhos paralelos; III. as vantagens de que, do trabalho, se beneficiar o cliente; IV. a forma e as condies de reajuste; V. o fato de se tratar de locomoo na prpria cidade ou para outras cidades do Estado ou do Pas; VI. sua competncia e renome profissional; VII. a menor ou maior oferta de trabalho no mercado em que estiver competindo; VIII. obedincia s tabelas de honorrios que, a qualquer tempo, venham a ser baixadas, pelos respectivos Conselhos Regionais de Administrao, como mnimos desejveis de remunerao. Art. 5 vedado ao Administrador: I. receber remunerao vil ou extorsiva pela prestao de servios; II. deixar de se conduzir com moderao na fixao de seus honorrios, devendo considerar as limitaes econmico-financeiras do cliente; III. oferecer ou disputar servios profissionais, mediante aviltamento de honorrios ou em concorrncia desleal. 58

CAPTULO V DOS DEVERES ESPECIAIS EM RELAO AOS COLEGASArt. 6 O Administrador dever ter para com seus colegas a considerao, o apreo, o respeito mtuo e a solidariedade que fortaleam a harmonia e o bom conceito da classe. Art. 7 Com relao aos colegas, o Administrador dever: I. evitar fazer referncias prejudiciais ou de qualquer modo desabonadoras; II. recusar cargo, emprego ou funo, para substituir colega que dele tenha se afastado ou desistido, visando a preservao da dignidade ou os interesses da profisso ou da classe; III. evitar emitir pronunciamentos desabonadores sobre servio profissional entregue a colega; IV. evitar desentendimentos com colegas, usando, sempre que necessrio, o rgo de classe para dirimir dvidas e solucionar pendncias; V. tratar com urbanidade e respeito os colegas representantes dos rgos de classe, quando no exerccio de suas funes, fornecendo informaes e facilitando o seu desempenho; VI. na condio de representante dos rgos de classe, tratar com respeito e urbanidade os colegas Administradores, investidos ou no de cargos nas entidades representativas da categoria, no se valendo dos cargos ou funes ocupados para prejudicar ou denegrir a imagem dos colegas, no os levando humilhao ou execrao; VII. auxiliar a fiscalizao do exerccio profissional e zelar pelo cumprimento do CEPA, comunicando, com discrio e fundamentadamente aos rgos competentes, as infraes de que tiver cincia. Art. 8 O Administrador poder recorrer arbitragem do Conselho Regional de Administrao nos casos de divergncia de ordem profissional com colegas, quando for impossvel a conciliao de interesses. 59

CAPTULO VI DOS DEVERES ESPECIAIS EM RELAO CLASSEArt. 9 Ao Administrador caber observar as seguintes normas com relao classe: I. prestigiar as entidades de classe, propugnando pela defesa da dignidade e dos direitos profissionais, a harmonia e a coeso da categoria; II. apoiar as iniciativas e os movimentos legtimos de defesa dos interesses da classe, participando efetivamente de seus rgos representativos, quando solicitado ou eleito; III. aceitar e desempenhar, com zelo e eficincia, quaisquer cargos ou funes, nas entidades de classe, justificando sua recusa quando, em caso extremo, achar-se impossibilitado de servi-las; IV. servir-se de posio, cargo ou funo que desempenhe nos rgos de classe, em benefcio exclusivo da classe; V. difundir e aprimorar a Administrao como cincia e como profisso; VI. cumprir com suas obrigaes junto s entidades de classe s quais se associou, inclusive no que se refere ao pagamento de contribuies, taxas e emolumentos legalmente estabelecidos; VII. acatar e respeitar as deliberaes dos Conselhos Federal e Regional de Administrao.

CAPTULO VII DAS INFRAES DISCIPLINARESArt. 10 Constituem infraes disciplinares sujeitas s penalidades previstas no Regulamento do Processo tico do Sistema CFA/CRAs, aprovado por Resoluo Normativa do Conselho Federal de Administrao, alm das elencadas abaixo, todo ato cometido pelo profissional que atente contra os princpios ticos, descumpra os deveres do ofcio, pratique condutas expressamente vedadas ou lese direitos reconhecidos de outrem: I. praticar atos vedados pelo CEPA;

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II. exercer a profisso quando impedido de faz-lo ou, por qualquer meio, facilitar o seu exerccio aos no registrados ou impedidos; III. no cumprir, no prazo estabelecido, determinao de entidade da profisso de Administrador ou autoridade dos Conselhos, em matria destes, depois de regularmente notificado; IV. participar de instituio que, tendo por objeto a Administrao, no esteja inscrita no Conselho Regional; V. fazer ou apresentar declarao, documento falso ou adulterado, perante as entidades da profisso de Administrador; VI. tratar outros profissionais ou profisses com desrespeito e descortesia, provocando confrontos desnecessrios ou comparaes prejudiciais; VII. prejudicar deliberadamente o trabalho, obra ou imagem de outro Administrador, ressalvadas as comunicaes de irregularidades aos rgos competentes; VIII. descumprir voluntria e injustificadamente com os deveres do ofcio; IX. usar de privilgio profissional ou faculdade decorrente de funo de forma abusiva, para fins discriminatrios ou para auferir vantagens pessoais; X. prestar, de m-f, orientao, proposta, prescrio tcnica ou qualquer ato profissional que possa resultar em dano s pessoas, s organizaes ou a seus bens patrimoniais.

CAPTULO VIII DAS DISPOSIES FINAISArt. 11 Caber ao Conselho Federal de Administrao, ouvidos os Conselhos Regionais e a categoria dos profissionais de Administrao, promover a reviso e a atualizao do CEPA, sempre que se fizer necessrio. Art. 12 As regras processuais do processo tico sero disciplinadas em Regulamento prprio, no qual estaro previstas as sanes em razo de infraes cometidas ao CEPA.

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Art. 13 O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Administrao mantero o Tribunal Superior e os Tribunais Regionais, respectivamente, objetivando o res