manual de transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco...

54
TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PRODUTOS PERIGOSOS Procedimentos de Primeira Resposta no Atendimento à Emergências Realização:

Upload: dangdien

Post on 20-Nov-2018

223 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

TRANSPORTE

RODOVIÁRIO DE

PRODUTOS PERIGOSOS

PPrroocceeddiimmeennttooss ddee PPrriimmeeiirraa RReessppoossttaa nnoo

AAtteennddiimmeennttoo àà EEmmeerrggêênncciiaass

Realização:

Page 2: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

Universidade Federal de Santa Catarina

Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE

PPRROODDUUTTOOSS PPEERRIIGGOOSSOOSS

PPrroocceeddiimmeennttooss ddee PPrriimmeeiirraa RReessppoossttaa nnoo AAtteennddiimmeennttoo aa

EEmmeerrggêênncciiaass

CEPED UFSC

Florianópolis, 2012.

Page 3: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Excelentíssima Senhora Dilma Vana

Rousseff

DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

Diretor Geral

Senhor Luiz Antônio Pagot

SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA

CIVIL

Secretário de Estado

Senhor Geraldo Cesar Altoff

Secretário Adjunto

Senhor Márcio Luiz Alves

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA

CATARINA

Magnífico Reitor da Universidade

Federal de Santa Catarina

Professor Álvaro Toubes Prata, Dr.

Diretor do Centro Tecnológico

Professor Edson da Rosa, Dr.

Departamento de Engenharia Química e

Engenharia de Alimentos

Professor Ariovaldo Bolzan, Dr.

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ESTUDOS E

PESQUISAS SOBRE DESASTRES

Diretor Geral

Professor Antônio Edésio Jungles, Dr.

Diretor Técnico e de Ensino

Professor Marcos Baptista Lopez

Dalmau, Dr.

Diretor de Articulação Institucional

Professor Irapuan Paulino Leite, M.Sc.

FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA E

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Superintendente Geral

Professor Pedro da Costa Araújo, M.Sc.

Catalogação na fonte por Graziela Bonin – CRB14/1191

Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Universitário de Estudos Pesquisas

sobre Desastres.

Transporte rodoviário de produtos perigosos: procedimentos de primeira resposta

no atendimento a emergências / Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre

Desastres. - Florianópolis: CEPED UFSC, 2012.

53 p. : il. color. ; 30 cm.

1. Transporte rodoviário – Produtos perigosos. 2. Emergência - Atendimento. I.

Universidade Federal de Santa Catarina. II. Centro Universitário de Estudos e Pesquisas

sobre Desastres. III. Título.

CDU 656.1

Page 4: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

APRESENTAÇÃO

Este manual foi elaborado para atender ao Projeto Sistema de

Prevenção, Controle e Atendimento Emergencial em Acidentes com

Produtos Perigosos na Rodovia BR-101/SC – Trecho Sul.

O Projeto é uma parceria entre o Departamento Nacional de

Infraestrutura de Transportes – DNIT e o Centro Universitário de Estudos

e Pesquisas sobre Desastres da Universidade Federal de Santa Catarina –

CEPED UFSC. Além disso, conta com a participação da Secretaria de

Estado da Defesa Civil - SDC e da Fundação de Amparo à Pesquisa e

Extensão Universitária – FAPEU.

O Projeto visa à estruturação de um sistema integrado de

primeira resposta e resposta especializada, para atendimento de

acidentes envolvendo produtos perigosos, no trecho sul da BR-101/SC,

de modo a prestar socorro e assistência às vítimas, de uma forma rápida

e eficiente, incluindo a construção de uma área, no Hospital Universitário,

destinada ao atendimento a queimados.

A resposta às emergências com produtos perigosos

frequentemente envolve múltiplas instituições, como transportadoras,

órgãos públicos, empresas prestadoras de serviço e comunidade.

Portanto, é necessário que todos estes setores estejam devidamente

preparados, para que o atendimento emergencial seja realizado de forma

rápida e segura, minimizando, desta forma, os riscos à saúde da

população e ao meio ambiente.

Page 5: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

SUMÁRIO

1. CONCEITOS E DEFINIÇÕES ...........................................................................................6

2. RESUMO DA LEGISLAÇÃO ............................................................................................8

2.1 NORMAS TÉCNICAS DA ABNT .......................................................................................9

3. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS ................................................................................. 11

4. EQUIPAMENTO PROTEÇÃO INDIVIDUAL E EQUIPAMENTOS PARA

SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA ................................................................................................ 12

5. CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS PERIGOSOS ................................................... 13

5.1 RÓTULOS DE RISCO E PAINEL DE SEGURANÇA .................................................................. 14

6. PLANO AMBIENTAL EMERGENCIAL - PAE ............................................................ 17

7. PROCEDIMENTOS DE RESPOSTA ............................................................................ 18

7.1 COMO IDENTIFICAR UM PRODUTO PERIGOSO .................................................................. 19

7.2 COMO UTILIZAR O MANUAL DE EMERGÊNCIAS DA ABIQUIM ........................................ 20

7.3 COMO ISOLAR A ÁREA DE RISCO ...................................................................................... 21

7.4 A IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE COMANDO DE OPERAÇÕES ..................................... 24

7.5 A ADMINISTRAÇÃO DE EMERGÊNCIAS .............................................................................. 26

7.6 AÇÕES OPERACIONAIS ..................................................................................................... 29

7.7 A ROTINA DOS OITO PASSOS ........................................................................................... 31

8. COMO UTILIZAR O SISTEMA DE INFORMAÇÕES ............................................... 35

8.1 ACESSO AO SISTEMA ......................................................................................................... 35

8.2 ACIDENTE ......................................................................................................................... 38

8.2.1CADASTRO DE UM NOVO ACIDENTE ................................................................................ 39

8.2.2 EDIÇÃO E VISUALIZAÇÃO DE DADOS DE ACIDENTE JÁ CADASTRADO ............................... 44

8.2.3 VISUALIZAÇÃO DO LOCAL DO ACIDENTE ........................................................................ 45

8.3 RELATÓRIOS ..................................................................................................................... 49

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 50

ANEXO A - MAPA RODOVIÁRIO DE SANTA CATARINA .............................................. 51

Page 6: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

ANEXO B - TELEFONES ÚTEIS .............................................................................................. 52

ANEXO C - TABELA DE INCOMPATIBILIDADE ................................................................ 53

Page 7: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

6

1. Conceitos e Definições

Produtos Perigosos: São as substâncias com propriedades físico-químicas

que podem causar danos à saúde e ao meio ambiente (ARAÚJO, 2001).

Carga Perigosa: Trata-se de qualquer tipo de carga sendo transportada

de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes.

Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

sendo contido apenas pelo equipamento de transporte.

Carga Embalada/Fracionada: produto que no ato do carregamento,

descarregamento e transbordo do veículo transportador é manuseado

juntamente com o seu recipiente (NBR 7501 ABNT, item 3.15).

Expedidor: qualquer pessoa, organização ou governo que prepara uma

expedição para transporte; quem emite o documento fiscal (NBR 7501,

item 3.38).

Transportador: qualquer pessoa, organização ou governo que efetua o

transporte de produtos perigosos por qualquer modalidade de

transporte (NBR 7501, item 3.93)

Acidente com Produto Perigoso: Evento repentino e não desejado, onde

a liberação de substâncias perigosas em forma de incêndio, explosão,

derrame ou vazamento, causa danos a pessoas, propriedades ou ao

meio ambiente.

Incidente com Produto Perigoso: Evento repentino e não desejado, que

foi controlado antes de afetar elementos vulneráveis (causar dano ou

Page 8: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

7

exposição às pessoas, bens ou ao meio ambiente). Também denominado

de “quase acidente”.

Zona Contaminada ou Área de Risco: Área do acidente com produtos

perigosos onde os contaminantes estão ou poderão surgir.

Page 9: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

8

2. Resumo da Legislação

O transporte de produtos perigosos é objeto de extensa e complexa

legislação que acompanham a evolução da preocupação da sociedade

em relação à preservação do meio ambiente.

Resolução n° 3.665/11, que substitui a Regulamentação do

Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, aprovada pelo Decreto

96.044/88.

Resolução CNEN- 13/88: Aprova as normas para o “Transporte de

Materiais Radiativos”;

Decreto nº 1.797/1996: Dispõe sobre a execução do Acordo de

Alcance Parcial para a Facilitação do Transporte de Produtos

Perigosos, entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, de 25 de

janeiro de 1996;

Decreto nº 2.866/1998: Aprova o regime de infrações e sanções

aplicáveis ao transporte terrestre de produtos perigosos;

Lei nº 9.605/1998: Dispõe sobre as sanções penais e administrativas

derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente;

Decreto nº 4.097/2002: Altera os art. 7º e 19 do RTPP;

Resolução ANTT nº 420/2004 e Resolução n° 701/2004: Aprova as

instruções complementares ao RTPP;

Resolução MT Nº 1573/2006: Institui o Regime de Infrações e

Penalidades do Transporte Ferroviário de Produtos Perigosos no

âmbito nacional;

Page 10: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

9

Resoluções do CONTRAN: 14,18, 26, 36, 38, 87, 102, 132, 149, 151,

152,157, 168, 205, 210, 356;

Resolução ANTT nº 1644/2006: Altera o anexo à Resolução nº 420/04

que aprova as instruções do RTPP;

Resolução nº. 3.632/2011 da Agencia Nacional dos Transportes altera

o anexo da Resolução nº. 420/04;

O transporte de produtos perigosos controlados pelo Exército também

está sujeito às exigências previstas pelo R-105, com redação dada pelo

Decreto nº 3665/00, que apresenta a lista de produtos.

Neste caso, além dos documentos de porte obrigatório, previsto pelo

RTPP (Ficha de Emergência, Envelope para o Transporte, Documento

Fiscal, e Certificado de Capacitação para o Transporte de Produtos

Perigosos a Granel), também deve portar a guia de Tráfego, devidamente

preenchida e assinada por Oficiais do Exército Brasileiro, responsáveis

pelo controle do transporte destes produtos.

Da mesma forma, o transporte de materiais radiativos é controlado pela

Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que emite a Ficha de

Monitoramento de Materiais Radiativos e a Declaração do Expedidor de

Material Radioativo.

2.1 Normas Técnicas da ABNT

A ABNT mantém uma comissão permanente, formada por técnicos dos

órgãos, setores e entidades envolvidos com transporte de produtos

perigosos. Esta comissão é responsável pelo estudo e elaboração de

Page 11: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

10

Normas Técnicas Oficiais, que são editadas e periodicamente revisadas.

Segue abaixo as principais Normas Técnicas relacionadas ao transporte

rodoviário de produtos perigosos.

NBR 7500 Símbolos de risco e manuseio para o transporte e

armazenamento de materiais.

NBR 7501 Transporte de produtos perigosos - terminologia.

NBR 7503

Ficha de Emergência e Envelope para transporte para o

transporte de produtos perigosos (características e

dimensões).

NBR 9735 Conjunto de equipamentos para emergências no

transporte rodoviário de produtos perigosos.

NBR 10271 Conjunto de equipamentos para emergências no

transporte rodoviário de ácido fluorídrico (procedimento).

NBR 12710 Proteção contra incêndio por extintores no transporte

rodoviário de produtos perigosos.

NBR 13095 Instalação e fixação de extintores de incêndio para carga,

no transporte rodoviário de produtos perigosos

NBR 13221 Requisitos para o transporte de resíduos.

NBR 14064 Atendimento de emergência no transporte rodoviário de

produtos perigosos.

NBR 14095 Área de estacionamento para veículos rodoviários de

transporte de produtos perigosos.

NBR 14619 Incompatibilidade química.

Page 12: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

11

3. Documentos Necessários

CONDUTOR:

Carteira Nacional de Habilitação

Carteira do Curso MOPP

VEÍCULO:

Documentação de licenciamento do veículo

CIPP - Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos

(Certificado de capacitação do veículo e equipamentos para o

transporte a granel)

CIV – Certificado de Inspeção Veicular

PRODUTO TRANSPORTADO:

Nota Fiscal com manifesto da carga (transporte nacional).

Declaração de Carga (MERCOSUL).

Ficha de Emergência.

Envelope para o Transporte.

Licenciamento Ambiental.

Explosivos: Guia de tráfego do Ministério do Exército.

Material Nuclear: Autorização da Comissão Nacional de Energia

Nuclear.

Produtos controlados: Autorização do Departamento de Polícia Federal

– DPF.

Page 13: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

12

4. Equipamento Proteção Individual e Equipamentos para Situação de

Emergência

Equipamento de Proteção Individual - EPI

O Equipamento de Proteção Individual deve ser usado, pelo motorista,

para o manuseio do produto ou no caso de ocorrência de um acidente. O

EPI básico é composto por Capacete e luvas de material adequado ao(s)

produto(s) transportado(s), definidos pelo fabricante do produto.

Obs: Além do EPI Básico existem 11 grupos de EPI específico, que variam

de acordo com o produto transportado (NBR 9735, da ABNT).

Equipamentos para Situação de Emergência

Consideram-se equipamentos para situação de emergência o conjunto de

equipamentos previstos pela NBR 9735, da ABNT, que deve acompanhar

o transporte rodoviário de produtos perigosos, para atender às situações

de emergência, acidente ou avaria. O conjunto prevê elementos para a

sinalização e o isolamento da área de ocorrência, conforme a ficha de

emergência, e a solicitação de socorro, conforme o envelope para o

transporte.

Obs: As especificações dos equipamentos, bem como grupos de

equipamentos específicos encontram-se na NBR 9735, da ABNT.

Page 14: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

13

5. Classificação dos Produtos Perigosos

A classificação adotada é feita com base no tipo de risco que estes

produtos apresentam e conforme as Recomendações para o Transporte

de Produtos Perigosos da ONU. A mesma estabelece os critérios

utilizados para a classificação destes materiais, os quais determinaram a

criação de 9 classes, que podem ou não ser subdivididas, conforme as

características dos produtos.

Classe 1 – Explosivos

Subclasse 1.1 Substâncias e artefatos com risco de explosão em massa;

Subclasse 1.2 Substâncias e artefatos com risco de projeção;

Subclasse 1.3 Substâncias e artefatos com risco predominante de fogo;

Subclasse 1.4 Substâncias e artefatos que não representam risco

significativo;

Subclasse 1.5 Substâncias pouco sensíveis;

Subclasse 1.6 Substâncias extremamente insensíveis.

Classe 2 – Gases

Subclasse 2.1 Gases inflamáveis;

Subclasse 2.2 Gases comprimidos não tóxicos e não inflamáveis;

Subclasse 2.3 Gases tóxicos por inalação.

Classe 3 - Líquidos inflamáveis

Classe 4 - Sólidos inflamáveis; Substâncias autorreagentes e explosivos

sólidos insensibilizados

Page 15: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

14

Subclasse 4.1 Sólidos inflamáveis;

Subclasse 4.2 Substâncias passíveis de combustão espontânea;

Subclasse 4.3 Substâncias que, em contato com a água, emitem gases

inflamáveis.

Classe 5 - Substâncias Oxidantes e Peróxidos Orgânicos.

Subclasse 5.1 Substâncias Oxidantes;

Subclasse 5.2 Peróxidos Orgânicos.

Classe 6 - Substâncias Tóxicas e Substâncias Infectantes.

Subclasse 6.1 Substâncias Tóxicas;

Subclasse 6.2 Substâncias Infectantes.

Classe 7 - Substâncias Radioativas

Classe 8 - Substâncias Corrosivas

Classe 9 – Substâncias Perigosas Diversas

5.1 Rótulos de Risco e Painel de Segurança

Atualmente, os produtos perigosos listados pela ONU ultrapassam 3.400

produtos que são atualizados periodicamente (ABIQUIM, 2011).

Estes produtos são identificados através do painel de segurança. Na parte

superior tem-se o número de risco do produto e na parte inferior o

número da ONU, conforme poderá ser verificado na Figura 01. As

especificações do painel de segurança estão descritas na NBR 7500, da

ABNT.

Page 16: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

15

FIGURA 01 – Painel de Segurança

Fonte: Adaptado da NBR 7500 da ABNT, 2012.

O rótulo de risco, placa ilustrada em formato de losango, é afixado nas

laterais e na traseira do veículo, eles possuem desenhos e números que

identificam o produto (Resolução 3.632/11, da ANTT). Na Figura 02 é

possível verificar os rótulos de risco, onde é apresentado o número da

classe, a descrição do perigo e o símbolo correspondente.

Page 17: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

16

FIGURA 02 - Rótulos de Risco

Fonte: Adaptado da Resolução 3.632/11 da ANTT

Page 18: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

17

6. Plano Ambiental Emergencial - PAE

Sabe-se que os produtos perigosos, enquanto devidamente

acondicionados e armazenados em procedimentos comerciais

adequados, apresentam sempre o chamado risco intrínseco ou o

potencial de danos (toxicológico), mas não os riscos acidentais, cuja

periculosidade é promovida pela manipulação e o transporte desses

produtos.

As ações de segurança previstas para mitigação dos danos referentes a

riscos acidentais estão consubstanciadas nos Planos de Atendimento a

Emergências, que devem ser elaborados previamente e conhecidos por

todos os envolvidos.

A Meta 1 do Projeto de estruturação do Sistema de Prevenção, Controle

e Atendimento Emergencial em Acidentes com Produtos Perigosos na

Rodovia BR-101/SC - Trecho Sul foi a elaboração do Plano Ambiental

Emergencial – PAE, para o trecho sul da BR-101/SC, com todas as

informações necessárias para uma resposta rápida e eficiente no

Atendimento a Emergências com Produtos Perigosos.

O Plano Ambiental Emergencial – PAE tem como objetivo estruturar um

conjunto bem planejado de atividades, informações e procedimentos

destinados à coordenação das ações das diversas instâncias públicas

afetas ao tema, no atendimento e resposta aos acidentes com produtos

perigosos.

Page 19: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

18

7. Procedimentos de Resposta

O principal aspecto a ser considerado durante o atendimento de um

acidente ambiental que envolva produtos perigosos diz respeito a

segurança das pessoas envolvidas. Para tanto, especialmente em se

tratando de profissionais de primeira resposta, deve-se adotar as

seguintes recomendações básicas (Oliveira, 2000, p.44):

Evitar qualquer tipo de contato com o produto perigoso,

aproximando-se da cena com cuidado, tendo o vento pelas

costas, tomando como referência o ponto de vazamento do

produto;

Procurar identificar o produto (não aproximar-se mais do que

100 m da área de risco) e verificar se há vazamento, derrame,

liberação de vapores, incêndio ou a presença de vítimas;

Isolar o local do acidente impedindo a entrada ou a saída de

qualquer pessoa. Manter-se afastado da zona contaminada no

mínimo 100 metros até conseguir informações seguras sobre o

tipo de produto perigoso existente no local;

Solicitar a presença de socorro especializado (polícia rodoviária,

polícia militar, corpo de bombeiros, defesa civil, etc.);

Estabelecer as áreas de segurança e isolamento (proteção) inicial

recomendadas no Manual de emergências da ABIQUIM;

Page 20: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

19

Determinar as ações iniciais de emergência, recomendadas no

Manual de emergências da ABIQUIM, até a chegada do socorro

especializado.

7.1 Como Identificar um Produto Perigoso

Identifique o produto por qualquer uma das seguintes maneiras:

a) Pelo número de quatro algarismos (número da ONU) existente

no painel de segurança (placa laranja) afixado nas laterais,

traseira e dianteira do veículo ou constante na Ficha de

Emergência, no documento fiscal ou na embalagem do produto.

Consulte o manual da ABIQUIM pelo número da ONU.

FIGURA 03 – Identificação do Produto Perigoso

Fonte: ABIQUIM, 2006.

Page 21: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

20

b) Pelo nome do produto constante na Ficha de Emergência ou no

documento fiscal. Consulte o manual da ABIQUIM pelo nome do

produto.

c) Caso não haja nenhuma informação específica sobre o produto,

verifique o rótulo de risco (placa ilustrada com formato de

losango) afixado nas laterais e na traseira do veículo e consulte a

tabela de rótulos de risco no manual da ABIQUIM, que lhe

indicará o guia correspondente à classe do produto.

7.2 Como Utilizar o Manual de Emergências da ABIQUIM

Utilize o Manual de Emergências para identificar os

produtos perigosos e as ações iniciais de emergência da

forma que segue:

Páginas amarelas: Relação dos Produtos Perigosos

por ordem numérica crescente;

Páginas azuis: Relação dos Produtos Perigosos por

ordem alfabética;

Páginas laranja: Apresentam os Guias nos quais são encontradas

as recomendações de segurança;

Páginas verdes: Encontram-se as distâncias de seguranças para

alguns produtos.

Após identificar o número da ONU dos Produtos Perigosos que estão

sendo transportados, devemos consultar as páginas amarelas do Manual

de Emergência. A coluna GUIA Nº indica a página laranja que deverá ser

Page 22: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

21

consultada. Nelas você encontrará informações sobre os riscos potenciais

do produto e as ações de emergência a seguir.

Não sendo possível identificar o número da ONU ou o nome do Produto

Perigoso, existe uma alternativa; procurar o rótulo de risco do Produto

Perigoso. No Manual de Emergências existem duas páginas de rótulos de

risco com seus Guias correspondentes.

Você poderá encontrar uma série de Produtos Perigosos assinalados com

um asterisco (*) nas páginas amarelas e nas azuis, por exemplo, o cloro,

nº da ONU 1017 *; estes produtos exigem uma atenção especial nos

casos de vazamentos.

Consulte as páginas verdes, na parte final do manual, para conhecer as

distâncias de isolamento e proteção inicial.

Observação: O Manual de Emergências da ABIQUIM não resolve todos os

problemas que podem ocorrer com os produtos perigosos, porém,

seguindo suas recomendações você poderá controlar o acidente nos seus

primeiros minutos, até a chegada de uma equipe especializada, evitando

riscos e a tomada de decisões incorretas.

7.3 Como Isolar a Área de Risco

Após identificar o(s) produto(s) perigoso(s) e tomar as medidas iniciais

de emergência, verifique a direção predominante do vento e determine

se o vazamento é grande ou pequeno.

Page 23: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

22

Pequeno vazamento = único recipiente de até 200 litros ou

tanque maior que possa formar uma deposição de até 15 metros

de diâmetro;

Grande vazamento = grande volume de produtos provenientes

de um único recipiente ou diversos vazamentos simultâneos que

formem uma deposição maior que 15 metros de diâmetro.

Depois, isole a área de risco utilizando a fita ou corda e seus dispositivos

de sustentação, presentes nos Equipamentos para Situação de

Emergência. Utilize os quatro cones e as quatro placas “Perigo Afaste-se”

para sinalizar o acidente.

Determine as distâncias adequadas consultando a tabela existente na

seção verde do manual de Emergências da ABIQUIM e dirija todas as

pessoas para longe do vazamento, seguindo a direção contrária a do

vento. As distâncias mínimas para o isolamento e evacuação são de 30 e

200 metros, respectivamente.

Zonas de Controle

Toda área do acidente com produto perigoso deverá estar sob rigoroso

controle para se reduzir a possibilidade de contato com qualquer dos

contaminantes presentes. O método utilizado para prevenir ou reduzir a

migração dos contaminantes é a limitação de três zonas de trabalho.

Page 24: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

23

FIGURA 04 – Zonas de Controle de Risco

Fonte: SENASP, 2009.

Segundo indicação da International Fire Service Training Association

(IFSTA, 1995, p.145) as zonas de trabalho devem ser delimitadas no local

com fitas coloridas e, se possível, também mapeadas. A dimensão das

zonas e os pontos de controle de acesso devem ser do conhecimento de

todos os envolvidos na operação.

DIREÇÃO DO VENTO DIREÇÃO DO VENTO

POSTO DE COMANDO

ÁREA DE ATENÇÃO MÉDICA DE EMERGÊNCIA

CORREDOR DE

DESCONTAMINAÇÃO

ÁREA DE

REABILITAÇÃO

ZONA QUENTE

ZONA MORNA

ZONA FRIA

OPERAÇÕES DEFENSIVAS

ÁREA DE SUPORTE / LOGÍSTICA

SAÍDA DE EMERGÊNCIA

TV

PERÍMETROS DE

SEGURANÇA

SETOR DE INFORMAÇÃO AO PÚBLICO INFORMAÇÃO DE QUALQUER ORIGEM

Page 25: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

24

A divisão das zonas de trabalho (IFSTA, 1995, p. 144) deverá constituir-se

da forma que segue:

ZONA QUENTE

Localizada na parte central do acidente, é o local onde os contaminantes

estão ou poderão surgir. O isolamento da área de risco executado pode

ser utilizado como delimitação da zona quente.

ZONA MORNA

É a localidade que fica posicionada na área de transição entre as áreas

contaminadas e as áreas limpas. Esta zona deve conter o corredor de

descontaminação. Toda saída da zona quente deverá ser realizada por

esse corredor.

ZONA FRIA

Localizada na parte mais externa da área é considerada não contaminada.

O posto de comando da operação e todo o apoio logístico ficam nessa

área.

7.4 A Importância de um Sistema de Comando de Operações

O Sistema de Comando de Operações (SCO), também conhecido pela

sigla SCI (Sistema de Comando de Incidente) é reconhecido como um

modelo já documentado, utilizado no manejo eficaz de recursos

disponíveis nas operações de emergência.

De forma geral, vemos que a organização da cena de emergência se

inicia com a chegada das primeiras equipes de primeira resposta.

Page 26: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

25

Para evitar comandos múltiplos ou ações independentes, deverá existir

uma única pessoa responsável pelo comandamento das ações, a qual

será denominada de Comandante da Operação (CO). Esse sistema servirá

para indicar o responsável pela operação, estabelecer uma hierarquia de

comando e apresentar uma lista de pessoas chaves e suas respectivas

funções.

Segundo Oliveira (2000, p.55) recomenda-se que o primeiro homem de

comando que chega na cena da emergência assuma formalmente o

comando da operação pela rede de rádio.

Este profissional permanece na função de CO durante todo o tempo, a

não ser que seja substituído por outro profissional de maior hierarquia

ou capacitação profissional.

Utilizando este sistema de comando único o CO adapta um organograma

básico e inicial, de acordo com suas necessidades administrativas e

operacionais, para controlar a situação emergencial. A magnitude da

ocorrência determinará o tamanho e a complexidade do organograma

necessário.

Normalmente, os elementos básicos de um SCO são: Comando,

Operações, Planejamento, Logística e Finanças.

Oliveira (2000, p. 55) alerta que a questão de quem deverá responder

pelo comando de uma operação pode ser definida através de diretrizes,

protocolos, ou até, por uma questão de tradição, no entanto, casos

documentados de confrontos, até físicos, entre profissionais de diversas

Page 27: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

26

organizações, nos mostram que a questão “quem manda” ainda

assombra a maioria dos serviços públicos de emergência.

Portanto, fica evidente que um conceito de comando unificado precisa

ser rapidamente incorporado pelo sistema que utiliza talentos e recursos

das organizações visando o melhor resultado do conjunto.

Certamente, a partir da padronização de condutas através de protocolos

escritos, e aceitos por todas as organizações, as controvérsias sobre

quem está no comando serão esquecidas.

7.5 A Administração de Emergências

Todo serviço de socorro e resposta a emergências envolvendo produtos

perigosos representa uma atividade de risco e, como tal, deve ser

encarada profissionalmente. Por isso sugere-se a adoção de um modelo

sistematizado de comando e controle que permita um trabalho em

equipe, seguro e eficiente.

Partindo-se da premissa de que todo acidente rodoviário com produto

perigoso, tem características particulares, no entanto, existe nelas um

fator em comum que é a necessidade do planejar, organizar, dirigir

(liderar) e controlar as ações de socorro. O desempenho dessas quatro

funções básicas (PODC) constitui o verdadeiro processo de trabalho

(ações gerenciais) no local da emergência, e considera-se que o

responsável pelo comando e controle da operação comporte-se como

um administrador profissional ao desempenhar o seu papel (Chiavenato,

1999, p. 51).

Page 28: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

27

Portanto, na sequência, abordaremos cada uma dessas quatro funções,

sob a ótica dos produtos perigosos e veremos que esse comando e

controle de uma operação é algo dinâmico e interativo que exigirá do

responsável um perfil de profissional dedicado, íntegro, sereno,

disciplinado e tecnicamente muito bem preparado.

PLANEJAMENTO: As organizações de resposta não podem trabalhar na

base da improvisação. O planejamento figura como a primeira das

funções básicas do responsável pelo gerenciamento da resposta e

controle do acidente, por ser exatamente aquela que serve de base para

as demais funções. O planejamento determina antecipadamente quais

são os objetivos que devem ser atingidos e como se deve fazer para

alcançá-los.

ORGANIZAÇÃO: A palavra organização significa qualquer

empreendimento humano moldado intencionalmente para atingir

determinados objetivos. A função básica da organização se baseia em

uma divisão de tarefas racionais para que os objetivos possam ser

alcançados, os planos, executados e as pessoas possam trabalhar de

forma eficiente. Os responsáveis pelo comando e controle dessas

operações sabem que para trabalharem seguros e conseguirem atingir

seus objetivos precisam trabalhar em equipe e de maneira lógica.

DIREÇÃO: Definido o planejamento e estabelecida a organização, resta ao

responsável fazer as coisas andarem e acontecerem. A função básica da

direção (liderança) está vinculada com a ação de se relacionar com

pessoas em todos os níveis da organização. Liderar significa interpretar

Page 29: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

28

os planos para os outros e dar as instruções sobre como executá-los em

direção aos objetivos a atingir.

CONTROLE: O controle depende do planejamento, da organização e da

direção para formar o processo gerencial completo. A finalidade do

controle é assegurar que os resultados daquilo que foi planejado,

organizado e dirigido se ajustem tanto quanto possível aos objetivos

previamente estabelecidos.

Portanto, em termos de comando e controle em acidentes rodoviários

envolvendo produtos perigosos, podemos resumir essas quatro funções

da seguinte forma:

Durante o planejamento o responsável necessita:

1. Fixar objetivos (saber onde se pretende chegar para se saber

exatamente como chegar até lá);

2. Definir a estratégia de controle da emergência (ofensiva ou defensiva);

3. Definir um plano de ação para alcançar os objetivos pré-estabelecidos.

Em seguida, durante a organização, o responsável precisa:

1. Dividir o trabalho (dividir as tarefas que precisam ser cumpridas);

2. Designar as pessoas (equipes de profissionais) para a execução dessas

tarefas;

3. Alocar recursos e coordenar esforços para a correta execução das

tarefas determinadas.

Depois, durante a direção (liderança), o responsável precisa:

1. Dirigir seus esforços para que as pessoas executem o plano e atinjam

os objetivos pré-estabelecidos;

Page 30: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

29

2. Guiar as pessoas para a ação, dando instruções claras sobre como

executar o plano;

3. Manter a segurança e a motivação incentivando o trabalho

coordenado, seguro, e em equipe.

Finalmente, durante o controle, o responsável precisa:

1. Avaliar o desempenho das equipes envolvidas;

2. Corrigir ações (se necessário);

3. Tornar a avaliar, de forma a assegurar que os resultados daquilo que

foi planejado, organizado e dirigido realmente atinjam os objetivos

previamente estabelecidos.

7.6 Ações Operacionais

Ao conduzir o comando e controle de ocorrências emergenciais, o

responsável deverá se guiar pelos princípios operacionais do

planejamento, organização, comando e controle, segurança e uso

racional dos meios.

Podemos dizer que no nível estratégico (que cabe ao responsável pelo

comando e controle da operação) sugere-se que o responsável avalie a

situação e decida se a operação será atendida de forma ofensiva ou

defensiva, com base no modelo gerencial das quatro ações básicas

(planejar, organizar, dirigir e controlar).

Já no nível tático (que cabe aos demais profissionais envolvidos em nível

gerencial), sugere-se que as tarefas sejam programadas com base numa

série de princípios já registrados anteriormente (princípio do

Page 31: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

30

planejamento, da organização, do comando e controle, da segurança e

do uso racional dos meios).

Em termos de produtos perigosos, podemos definir estratégia como a

mobilização dos recursos de uma determinada organização visando o

alcance de objetivos maiores, enquanto a tática é um esquema específico

de emprego de recursos dentro de uma estratégia geral.

Logo, cada estratégia implica na proliferação de ações ou medidas

táticas. A diferença entre estratégia e tática reside basicamente nos

seguintes aspectos: a estratégia é compostas de várias táticas

simultâneas e integradas.

A estratégia se refere a operação como um todo, pois procura alcançar

uma determinada finalidade (expressão global dos objetivos da

operação), enquanto a tática refere-se a ações específicas, pois procura

alcançar objetivos isolados. Podemos considerar ainda que, a estratégia é

definida pelo responsável pelo comando e controle da operação,

enquanto a tática é partilhada com os demais gerentes ou responsáveis

por setores ou atividades (responsável pelo controle de vazamentos,

responsável pela proteção contra incêndio, responsável pelo socorro de

vítimas, etc.)

As decisões estratégicas objetivam basicamente determinar se as

operações se conduzirão de um modo ofensivo ou defensivo.

Operações Ofensivas: Durante uma operação ofensiva as

condições do acidente permitem a realização de ações na área

quente. Geralmente essas ações são desenvolvidas por

Page 32: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

31

profissionais de nível técnico e envolvem resgate de vítimas,

descontaminação de profissionais, estanqueidade de vazamentos,

contenção de produtos derramados, abatimento de vapores,

neutralização ou remoção de produtos perigosos, combate a

incêndios, recolhimento e transbordo de cargas, etc.).

Operações Defensivas: São utilizadas quando as condições do

acidente impedem o acesso dos profissionais devido aos riscos

potenciais existentes. Este trabalho deverá ser orientado muito

mais para ações de isolamento do local, controle de acesso à

zona contaminada, prevenção de incêndios, monitoramento

ambiental, etc.

7.7 A Rotina dos Oito Passos

Sabe-se que existem diferentes formas de proceder no atendimento de

uma emergência com produtos perigosos, entretanto, para as tarefas

operativas no local da emergência, sugere-se um modelo denominado de

Rotina dos Oito Passos, o qual foi desenvolvido a partir do original,

intitulado de “The 8 step process”.

No início dos anos 80, Mike Hildebrand, Greg Noll e Jimmy Yvorra

introduziram o conceito do “Processo dos 8 Passos” para administrar

incidentes com produtos perigosos, através de uma publicação da IFSTA,

intitulada: Hazardous Materials - Managing the Incident. (PYE, 2002).

O livro é amplamente utilizado por equipes de bombeiros, técnicos em

produtos perigosos, policiais rodoviários, policiais táticos, equipes

Page 33: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

32

industriais de resposta em emergências e outros profissionais que lidam

com vazamentos e derrames de produtos químicos perigosos.

A rotina dos oito passos pode ser assim resumida:

1. Controle inicial da cena de emergência: o primeiro que chega na cena da

emergência deve assumir o comando da operação, estabelecer um Posto de

Comando e iniciar o controle do local. Para isso, deverá identificar a

emergência como sendo um acidente com produtos perigosos, avaliar seu

alcance, e, dimensionar os meios necessários para controlá-la. Deverá ainda

isolar a área e controlar o acesso ao local do acidente, se necessário,

evacuando áreas de risco;

2. Identificação do problema (quais os produtos envolvidos): o responsável

deverá identificar o tipo de produto perigoso envolvido no acidente com

base na observação dos veículos envolvidos e suas cargas e classificá-lo

quanto aos riscos potenciais;

3. Determinação dos riscos potenciais do acidente: o responsável deverá

avaliar a magnitude do risco com base na estimativa de probabilidade

(frequência) dos acidentes e seus efeitos (severidade). De forma simples,

o comandante da operação (sem expor-se a perigo) deverá verificar o

que acontecerá se não for tomada nenhuma providência, e, a partir daí,

determinar as primeiras ações a seguir, com base nas recomendações no

Manual de Emergências da ABIQUIM;

4. Seleção do pessoal, recursos materiais e proteção pessoal necessária à

intervenção: o responsável deverá identificar os profissionais mais

capacitados para atuarem na resposta à emergência, reunir os

Page 34: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

33

equipamentos de proteção pessoal e demais materiais necessários ao

atendimento seguro da emergência;

5. Gerenciamento das informações e organização dos recursos: o

responsável deverá gerenciar todas as informações relativas ao acidente

e organizar os recursos, definindo os níveis da operação e quem será

responsável por cada tarefa. Deverá também liberar o pessoal e os

recursos materiais dispensáveis. Manter os materiais e informações

pendentes para o controle da situação e transmitir a todos os envolvidos

as informações relativas ao plano de ação;

6. Implementação do plano de ação de emergência para controlar a

situação: o responsável deverá dirigir a sequência de ações para controlar

o escape de produtos de seus contendores, através de ações ofensivas ou

defensivas e controlar as ações, corrigindo possíveis falhas ou desvios do

plano de emergência;

7. Realização dos procedimentos de descontaminação: o responsável

deverá identificar o nível exigido para a descontaminação das vítimas e

profissionais de resposta, bem como o local mais adequado para

executá-la. Determinar a execução da descontaminação dos

equipamentos e materiais utilizados e isolar os instrumentos e

equipamentos contaminados, eliminando os descartáveis;

8. Coleta e registro dos dados e finalização da operação: o responsável

deverá recapitular todos os passos e ações executadas, listar e registrar

todos os dados da ocorrência e orientar medidas preventivas e

educacionais para evitar a repetição do evento.

Page 35: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

34

Finalmente, apresenta-se um resumo esquemático de toda a proposta

metodológica para padronizar a forma de avaliar e responder acidentes

rodoviários com produtos perigosos, de acordo com o nível de atuação

de cada pessoa dentro de sua respectiva organização, conforme quadro

apresentado a seguir:

QUADRO 01. Resumo da proposta metodológica por níveis.

Quem? O quê? De que forma? Qual método?

Responsável

pelo comando

e controle da

operação

Atua no

processo

(nível

estratégico)

Maneira pela qual

se realiza a

operação

Atuação

defensiva ou

ofensiva com

base no modelo

gerencial do

PODC

Profissionais de

nível gerencial

Atuam no

método

(nível tático)

Meio ou maneira

de proceder; forma

de agir

Baseados em

princípios táticos

Demais

profissionais de

nível operativo

Atuam na

técnica (nível

operativo)

Jeito de executar

ou fazer algo,

habilidade

Baseados na

rotina dos oito

passos

Page 36: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

35

8. Como Utilizar o Sistema de Informações

O sistema foi concebido tendo como objetivo principal auxiliar os

profissionais envolvidos com acidentes com produtos perigosos, como

policiais rodoviários, bombeiros, agentes da defesa civil, funcionários da

FATMA, etc., principalmente logo após o acidente, na tomada das

primeiras ações, que são cruciais para limitar os danos.

8.1 Acesso ao sistema

Para acessar o sistema deve-se digitar a URL http://dnitpp.ceped.ufsc.br,

com o que o usuário receberá a tela mostrada na Figura 05.

FIGURA 05 - Tela inicial do sistema

Page 37: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

36

Para poder efetivamente utilizar o sistema, o usuário deve estar

cadastrado e clicar o botão Acesso usuários, no canto superior direito da

tela, que fará com que seja exibida a tela mostrada na Figura 06. O

usuário deve preencher os campos Usuário e Senha e clicar Acessar. Se o

código de usuário e a senha estiverem corretos, o sistema irá para a tela

inicial, mas agora com o usuário com acesso ao sistema. Se houver algum

erro no código do usuário ou na senha, a mensagem mostrada na Figura

07 aparecerá.

FIGURA 06 - Tela de login no sistema

Page 38: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

37

FIGURA 07 - Mensagem de erro no acesso

Se o usuário não se lembrar mais da sua senha, poderá clicar o link “você

esqueceu a sua senha?” e neste caso visualizará a tela mostrada na Figura

08 e poderá preencher o seu nome de usuário ou seu email e clicar o

botão Enviar nova senha por email, que uma nova senha será enviada ao

email cadastrado no sistema.

Page 39: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

38

FIGURA 08 - Tela de envio de nova senha

Uma vez que o usuário esteja logado no sistema, terá acesso às suas

funcionalidades através do menu horizontal (Acidentes, Operação PP,

Cadastros, Contatos e Relatórios), na parte inferior da faixa azul com o

logotipo do CEPED UFSC. Um menu similar também existe no canto

inferior direito da tela, na cor laranja.

8.2 Acidente

O primeiro item do menu, Acidente, deve ser usado para o registro de

novo acidente com produto perigoso, para a alteração de alguma

informação de um acidente já registrado, ou para a visualização de

relação de acidentes com produtos perigosos.

Page 40: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

39

A página inicial é a listagem dos acidentes ordenados pelo tempo,

mostrando os acidentes mais recentes em primeiro lugar na lista (Figura

09).

FIGURA 09 - Tela inicial de Acidente

8.2.1 Cadastro de um novo acidente

Para cadastrar um novo acidente, deve-se clicar o botão Novo acidente

da Figura 09, que fará com que a tela mostrada na Figura 10 seja exibida.

Como se pode observar na Figura 10, o formulário de cadastramento de

acidentes está dividido em três blocos.

Page 41: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

40

FIGURA 10 - Tela de cadastramento de acidente

Page 42: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

41

O bloco superior contém as informações essenciais para identificar e

localizar um acidente: Rodovia, KM (quilômetro em que aconteceu o

acidente), Sentido (norte-sul ou sul-norte, no caso da BR-101), data e

hora do acidente e fase do dia (informação se o atendimento será de dia

ou de noite, muito relevante em algumas situações de vazamento de

carga), nome do informante do acidente e órgão a que o informante

pertence, como por exemplo, Polícia Rodoviária Federal. Esses campos

são de preenchimento obrigatório.

O bloco central do formulário contém características do acidente e

nenhum dos campos é obrigatório. Do lado esquerdo:

Nome do produto perigoso transportado ou o respectivo número

ONU - essa é a informação mais importante, pois o produto

determinará o tipo de providência a ser tomada

emergencialmente: tamanho do isolamento e eventualmente

evacuação, tipo de vestimenta adequada para o socorro, etc.

Classe de risco – é preenchido automaticamente, se o produto for

informado;

Quantidade total e Unidade – é a quantidade total de produto

perigoso transportado;

Condição climática – o usuário deve selecionar entre sol, chuva

ou nublado;

Direção do vento – o usuário deve selecionar entre as opções de

direção;

Derramamento – selecionar entre até 200 litros (<200 l) ou mais

de 200 litros (> 200 l), no caso de líquidos.

Page 43: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

42

Para informar os produtos envolvidos no acidente (Figura 11), o usuário

deve preencher o campo Nome do Produto ou Número ONU. Com o

nome do produto (ou parte dele) ou o número ONU informados, o

usuário deve clicar a lupa (Figura 11-1). Uma janela irá se abrir com uma

lista de produtos com o nome ou número ONU informados. O usuário

deverá selecionar um dos produtos (Figura 11-2) e clicar Selecionar

(Figura 11-3) para adicionar o produto à lista de produtos envolvidos.

Caso o acidente tenha mais de um produto, repete-se o procedimento.

Se o usuário quiser retirar algum produto do cadastro do acidente, basta

clicar o produto selecionado e em seguida clicar o botão , localizado

à direita do produto (Figura 11-4).

FIGURA 11 - Informando o produto perigoso do acidente

Page 44: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

43

A Classe de Risco é preenchida automaticamente uma vez que um

produto tenha sido informado. Se existir mais de um produto, o campo é

preenchido com o produto de maior classe de risco. Caso não tenha

nenhum produto selecionado ou se retire algum produto, a classe de

risco ficará em branco e o usuário deverá colocar seu valor manualmente.

Do lado direito do bloco central existem 10 características do acidente

que podem ser informadas, selecionando a opção adequada (Não

Informado, Sim ou Não): Vazamento, Incêndio, Abalroamento, Colisão,

Capotamento, Tombamento, Explosão, Liberação de Nuvem, Acesso Fácil

ao Veículo, Veículo Visível da Estrada. Estas informações são relevantes

para determinar o tipo de equipamento e providências necessárias para o

atendimento ao acidente.

Para quaisquer informações não previstas no cadastro (ex: cor do rótulo

de risco do produto), o usuário deve utilizar o campo chamado

‘Informações Adicionais’.

Uma vez preenchidos estes dados, o usuário deve clicar o botão Enviar. O

envio do acidente irá salvar os dados no banco de dados, enviar email

para as autoridades responsáveis, permitir a visualização do local do

acidente no mapa e a emissão de um relatório completo sobre as

providências a serem tomadas emergencialmente.

Por fim, o último bloco é de informações referente a pessoas e entidades

envolvidas no acidente. Informações do motorista, transportadora,

número de ocorrência policial e vítimas são descritas ali. Normalmente

estas informações são obtidas somente após o socorro do acidente, não

Page 45: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

44

sendo necessário preenchê-las no cadastramento de um novo acidente, e

sim posteriormente, através de uma alteração (edição). Além disso,

informações detalhadas sobre o acidente (como vítimas) são coletadas

pela polícia rodoviária em formulário específico. Uma vez que todas as

informações possíveis sobre o acidente foram coletadas e não há mais

nada a ser acrescentado, o usuário deve marcar a opção Relatório

Completo, indicando que não falta preencher mais nenhuma informação

sobre o acidente.

8.2.2 Edição e visualização de dados de acidente já cadastrado

Para selecionar um acidente para sua visualização (Figura 09), o usuário

pode fazer pesquisas por diferentes atributos, escrevendo no campo

Busca a palavra ou parte da palavra que quer pesquisar. Também pode

reordenar de acordo com o atributo de preferência, clicando no nome do

atributo. Para visualizar ou alterar os dados de um acidente basta clicar o

acidente em questão, que seus dados serão mostrados na tela.

A edição de um acidente é bem similar ao cadastro de novo acidente,

porém não é possível mudar alguns dados, como o quilômetro (KM) ou o

horário, como ilustra a Figura 12. A edição serve para complementar o

acidente com dados obtidos posteriormente, após ou durante o socorro.

Page 46: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

45

FIGURA 12 - Campos desabilitados na edição do acidente.

O acidente terá sua coordenada geográfica no valor da coordenada

geográfica do quilômetro informado no cadastramento do acidente. Ao

clicar o botão Enviar em um acidente novo, em uma edição (alteração),

ou mesmo em uma simples visualização, é mostrada a tela de

visualização do local do acidente (Figura 13).

8.2.3 Visualização do local do acidente

Esta tela apresenta uma figura com a área em que ocorreu o acidente,

informações do entorno do local do acidente (itens cadastrados no

sistema nesta área: no quilômetro do acidente e até 5 quilômetros de

distância) e os dados para contatos de emergência.

Page 47: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

46

FIGURA 13 - Exemplo de tela de visualização do local do acidente

Page 48: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

47

A primeira informação exibida é a rodovia, o quilômetro e o sentido onde

ocorreu o acidente. Em seguida temos uma interface do Google Maps

com a região do acidente. A seta verde indica o centro do quilômetro

onde ocorreu o acidente. Logo abaixo da imagem são exibidos o ponto

de referência e o informante, caso esses itens tenham sido cadastrados.

Todos os produtos perigosos informados serão listados. Caso o usuário

cadastre um acidente sem informar o produto perigoso envolvido, será

mostrada uma mensagem de alerta para tal fato, como pode ser visto na

Figura 14. Em seguida é apresentado o conjunto de rótulos de risco,

mostrado na Figura 15. Se o rótulo puder ser identificado informe o

número da respectiva Guia no campo assinalado com uma seta na Figura

13, caso contrário informe o número 111, que é o de uma guia genérica a

ser informada quando não há qualquer indicação sobre o produto ou o

rótulo de risco.

FIGURA 14 - Alerta de que nenhum produto perigoso foi informado.

Page 49: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

48

FIGURA 15 - Conjunto de rótulos de risco

Em seguida são exibidas duas listas. A primeira mostra a planta

retigráfica em um raio de um quilômetro de acidente. Os itens dessa lista

que possuem a sua localização geográfica cadastrada serão marcados no

mapa. A segunda lista mostra a planta retigráfica em um raio de cinco

quilômetros do acidente. Na parte inferior da tela são exibidos os órgãos

para contato emergencial.

Em seguida o usuário deve clicar o botão Gerar Relatório para obter um

arquivo no formato PDF denominado Relatório de Emergência que

mostra a área do acidente, uma relação de contatos de emergência e

detalhes dos procedimentos de emergência, obtidos das guias de

atendimento de emergência e da tabela de distâncias do Manual da

Abiquim.

Page 50: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

49

8.3 Relatórios

Esta opção do “menu” contempla os relatórios do sistema relacionados

com os acidentes cadastrados. Os seguintes relatórios estão disponíveis:

TIPO RELATÓRIO INFORMAÇÃO DISPONÍVEL

01. Acidentes por

intervalo de Km e

data

Acidentes que ocorreram entre as datas e

quilometragem selecionadas, mostrando a

data e hora, o quilômetro, o sentido, o

clima, a transportadora e os produtos

envolvidos.

02.

Acidentes por

produto perigoso

Número de acidentes, por produto

perigoso, que ocorreram entre as datas

selecionadas, mostrando o número ONU, o

nome do produto, a classe de risco e o

número de acidentes.

03.

Acidentes por

quilômetro

Número de acidentes por quilômetro da

rodovia, que ocorreram entre as datas e

quilometragem selecionadas, mostrando o

quilômetro, o sentido da rodovia e o

número de acidentes.

04.

Listagem de

Órgãos

Todos os órgãos cadastrados na

quilometragem selecionada, mostrando o

quilômetro, o sentido da rodovia, o nome

do órgão, o tipo do órgão, o responsável,

telefone, a descrição do material que o

órgão possui e a quantidade desse

material.

05. Listagem de

Produtos Perigosos

Todos os produtos perigosos cadastrados,

mostrando o número ONU, a classe de

risco, o nome, a descrição e a guia.

Page 51: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

50

Referências Bibliográficas

ARAÚJO, Giovanni Moraes de. Regulamentação do transporte terrestre

de produtos perigosos/comentada. Rio de Janeiro: Ed. Giovanni Moraes

de Araújo, 2001. 810 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA QUÍMICA (ABIQUIM). Manual

para atendimento de emergências com produtos perigosos: guia para as

primeiras ações em acidentes. 6 ed. São Paulo: Departamento Técnico,

Comissão de Transportes, 2011. 340p.

CASTRO, Antonio L. C. de. Glossário de Defesa Civil: estudos de riscos e

medicina de desastres. 3 ed. Brasília: MI, 2002. 283 p.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2 ed. Rio de

Janeiro: Campus, 1999.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

(DNIT). Diretoria de Planejamento e Pesquisa. Coordenação Geral de

Estudos e Pesquisa. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual para

Implementação de planos de ação de emergência para atendimento a

sinistros envolvendo o transporte rodoviário de produtos perigosos. Rio

de Janeiro: [s.n.], 2005, 142p. (IPR. Publ., 716).

INTERNATIONAL FIRE SERVICE TRAINING ASSOCIATION. Hazardous

materials for first responders. Oklahoma: IFSTA, 1995.

OLIVEIRA, Marcos de. Emergência com produtos perigosos: manual

básico para equipes de primeira resposta. Florianópolis: IOESC, 2000.

PYE, Shirley. Managing the Hazardous Materials Incident. [S.l.]:

Emergency Film Group, 2002.

Page 52: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

51

ANEXO A - Mapa Rodoviário de Santa Catarina

Page 53: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

52

ANEXO B - Telefones úteis

FATMA (Fundação de Meio Ambiente) - 0800-644-1523

Corpo de Bombeiros – 193

Defesa Civil Estadual – (48) 3244-0600 / 3271-0916

Defesa Civil Municipal - 199

Polícia Rodoviária Federal - 191

Polícia Militar Rodoviária – 158

Pró-Química (ABIQUIM) – 0800-11-8270

Page 54: MANUAL de Transporte rodoviário de produtos perigosos · de forma inadequada, que acarrete risco de acidentes. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem,

53

ANEXO C - Tabela de Incompatibilidade

Fonte: http://amigonerd.net/trabalho/26061-transporte-terrestre-de-

cargas-perigosas