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MARCOS MAURCIO CAPELARI E CLVIS MARZOLA MANUAL DE TERAPUTICA EM CIRURGIA BUCO-MAXILO-FACIAL

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MARCOS MAURICIO CAPELARI CLVIS MARZOLA

MANUAL DE TERAPUTICA EM CIRURGIA BUCO MAXILO FACIAL

BAURU 2002

MARCOS MAURCIO CAPELARI E CLVIS MARZOLA MANUAL DE TERAPUTICA EM CIRURGIA BUCO-MAXILO-FACIAL

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AUTORES

MARCOS MAURCIO CAPELARI1. Especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial. 2. Professor dos Cursos de Especializao em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial da APCD Regional de Bauru. 3. Membro do Corpo Clnico do Hospital de Base da Associao Hospitalar de Bauru.

CLVIS MARZOLA1. Professor Titular Aposentado da Faculdade de Odontologia de Bauru da USP. 2. Professor Titular da UNIP de Bauru. 3. Professor dos Cursos de Especializao em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial da APCD Regional de Bauru. 4. Membro Titular Praticante do Colgio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia BMF. 5. Membro Titular da Academia Brasileira de Odontologia. 6. Membro da Academia Mundial de Cincia e Tecnologia. 7. Membro da Academia Pierre Fauchard. 8. Professor "Honoris Causa" da UNIGRANRIO. 9. Life Fellow of the International Association of Oral and Maxillofacial Surgeons. 10. Fellow of the International College of Dentistry. 11. Prmio "Antonio de Souza Cunha" pela melhor contribuio literatura especializada pr 4 vezes pelo Colgio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia BMF. 12. Membro do Corpo Clnico do Hospital de Base da Associao Hospitalar de Bauru. 13. Autor de 5 livros de Cirurgia j em sua terceira edio pela segunda editora.

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AGRADECIMENTOS

A todos nossos alunos de graduao e ps-graduao, pelo incentivo, apoio e carinho com que nos animaram sempre a seguir em mais essa empreitada. A todos esses annimos pesquisadores nosso agradecimento sincero e, a mais profunda demonstrao de amor pr tudo que fizeram nos animando. Aos Profs. Drs. Joo Lopes Toledo Filho, Cludio Maldonado Pastori, Daniel Lus Gaertner Zorzetto, Joo Lopes Toledo Neto e Cssia Omagari, pelo carinho e incentivo nos levando confeco de mais esse manual didtico.

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CONTEDOIntroduo ..................................................................................................... Grupos Farmacolgicos e Indicaes Teraputicas de Interesse em Cirurgia e Traumatologia BMF .............................................................. Adesivo Tissular .......................................................................................... Adesivo Transdrmico ................................................................................. Adsorventes Intestinais (Antidiarricos / Antidisentricos) ........................ Alcalinizantes ............................................................................................... Analgsicos .................................................................................................. Anestsicos Locais ....................................................................................... Anovulatrios (Anticoncepcionais) ............................................................. Ansiolticos e Tranqilizantes ...................................................................... Quimioterpicos Antianaerbios ................................................................. Antimicrobianos, Antibacterianos e Antibiticos ........................................ Antiulcerosos Drmicos ............................................................................... Anticinetticos e Antiemticos .................................................................... Antienxaqueca .............................................................................................. Anticoagulantes ............................................................................................ Anticonvulsivantes (Antiepilpticos) ........................................................... Antiinflamatrios ......................................................................................... Antimicticos ............................................................................................... Anntineurticos, Antinevrlgicos, Neurotrficos e Neurotrpicos .............. Antiplasmnicos ........................................................................................... Anti-spticos Bucais .................................................................................... Antiparasitrios (Miase) ............................................................................. Antitoxiplsmticos ..................................................................................... Antivirticos ................................................................................................ Coagulantes .................................................................................................. Colrios ......................................................................................................... Descongestionantes Nasais (sistmicos) ....................................................... Descongestionantes Nasais (Tpicos) .......................................................... Estimuladores e Repositores da Secreo Salivar ....................................... Frmula Manipulada .................................................................................... Hormnios Supra-renais (sistmicos e tpicos) Corticosterides ............... Imunossupressores ....................................................................................... Inalantes ....................................................................................................... Miorrelaxantes ............................................................................................. Mucolticos .................................................................................................. Pomadas Oftlmicas ..................................................................................... Protetor Labial ............................................................................................. Protetor Solar ............................................................................................... Queratolticos ............................................................................................... 006 007 007 008 009 010 010 018 019 020 021 022 082 083 085 086 088 089 098 103 108 109 110 111 113 115 117 118 121 124 126 127 132 132 134 136 137 138 139 141

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Vitaminas ..................................................................................................... Hemostpticos .............................................................................................. Antianmicos antimicrocticos ..................................................................... o0o

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INTRODUOA despeito do que se encontra convencionalmente na literatura odontolgica, com enfoque em FARMACOLOGIA, como: Guias, Manuais Prticos, Roteiros, etc, para o Dentista, ou seja, uma literatura voltada exclusivamente a classe odontolgica, com respeito a um tema sobremaneira amplo, dinmico, indivisvel e universal, o propsito deste manual aquele de proporcionar, no somente ao CirurgioDentista, atuante na rea da Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial, mas tambm queles profissionais da odontologia que se dispem a exercer plenamente o Ttulo de CIRURGIO-DENTISTA e, no somente dentista, subsdios para que possam se nortear diante da vasta e mutvel: TERAPUTICA MEDICAMENTOSA. H que se entender que impossvel se reportar FARMACOLOGIA, sem que se a inter-relacione outras disciplinas tais como a FISIOLOGIA, PATOLOGIA, BIOLOGIA, BIOQUMICA, HISTOLOGIA, MICROBIOLOGIA, enfim a um TODO, e indivisvel organismo, o CORPO HUMANO. Desta premissa surge a primeira e inquestionvel dificuldade que o Odontlogo ou o Estomatlogo encontra diante desta temtica, pois , no obstante o mesmo possua formao acadmica constante em grade curricular em todas as referidas reas, indiscutvel que o enfoque, a nfase e o direcionamento dados s Disciplinas Bsicas nos Cursos de Graduao de Odontologia e de Medicina, profundamente se diferem. Tal dificuldade se impe principalmente, na j discutida e, de certa forma pejorativa, colocao de que o cirurgio-dentista no consegue enxergar o paciente como um todo, normalmente alfinetada por uma minoria inescrupulosa e antitica, porm existente, de profissionais da rea mdica, que em inmeras vezes coloca o CD numa posio subalterna do mdico. Esta discriminao profissional enrustida se manifesta principalmente quando o CD se envereda pela Especialidade da Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, quando a convivncia com a classe mdica mais intensa e altamente relacionada . Desta vivncia nasce a necessidade do CD-BMF de se equiparar e corresponder s expectativas no somente dos colegas mdicos, mas de todo um corpo clnico e uma instituio Hospitalar, com a qual ele necessariamente convive. Paradoxalmente, este aspecto deletrio do contexto do CD-BMF dentro das Instituies Mdico-Hospitalares, o induz a um aprimoramento cientfico profissional, uma vez que atua em reas limtrofes do corpo humano, a face e suas estruturas, onde existem controvrsias quanto competncia de atuao, se do Otorrinolaringologista, se do Cirurgio Plstico, ou se do CD-BMF, embora haja um campo de atuao bem definido e demarcado, onde ele e somente ele, o CD-BMF, pode e tem habilitao para atuar. Da a necessidade do respeito mtuo imperar na convivncia tica CDMdico, uma vez que TICA um conceito de conduta e moral que transcende categorias profissionais correlatas ou no e, sim, deve nortear o bom relacionamento de EQUIPES, uma vez que em SADE, mdicos e CD-BMFs devem se complementar e no competir. O intuito deste prembulo o de colocar a necessidade de que o CD se aprofunde nas reas bsicas, das quais em questo se enfoca a farmacologia, j que o

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paciente visto como um todo , requer do profissional no somente conhecimento das drogas a serem por ele prescritas, mas as prescritas por outros profissionais e, suas correlaes, enfim o que ele pode e deve prescrever e, tudo aquilo que deve conhecer. Isto posto, a dificuldade subseqente ao se redigir um manual de um tema sobre o qual compndios so publicados, inevitavelmente aparece. O prisma pelo qual se abordar o assunto visa objetividade na apresentao, sem que com isto se perca a profundidade, ou seja, importante se fazer atentar com olhos de CLNICO e, no de FARMACOLOGISTA, no confundindo pragmatismo com superficialidade, uma vez que o texto direcionado ao CIRURGIO. Ao se ler o presente texto deve-se ter em mente que o Livro de Cabeceira, consultrio, clnica, cadeira odontolgica, ambulatrio, centro cirrgico, etc..., ainda o DEF-Dicionrio de Especialidades Farmacuticas, que ser a linha mestra sobre a qual se desenvolver o tema, de tal forma que alm dos conceitos e informaes expostos, uma diretriz objetiva de consulta ao DEF poder ser estabelecida.

GRUPOS FARMACOLGICOS E INDICAES TERAPUTICAS DE INTERESSE EM CIRURGIA TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO-FACIALAs drogas sero agrupadas simultaneamente de acordo com a forma pela qual atuam no organismo, com o quadro clnico apresentado pelo paciente (sinais, sintomas, patologias e sndromes) nas quais forem indicadas ou contra-indicadas as suas utilizaes, alm de um breve bulrio com informaes sobre os medicamentos. Eles sero apresentados pelo nome comercial, oficial ou genrico das substncias que o compem, dando-se nfase e exemplificando com os principais e, mais freqentemente utilizados, dado gama imensa e dinmica de drogas comercializadas. As publicaes do DEF so bienais, devendo portanto o profissional estar sempre atento as novas edies, atualizando e informando-se das possveis incluses ou excluses de frmacos disposio no mercado.

ADESIVO TISSULAREm Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, por vezes o cirurgio se depara com reas cruentas e hemorrgicas, devido laceraes de mucosas e tegumentos, nas quais pode haver perda de substncia, onde a aproximao das bordas da ferida pela sutura invivel. Nestas circunstncias o uso de adesivos tissulares pode auxiliar na hemostasia, quando a hemorragia for capilar ou em lenol, no havendo grandes vasos envolvidos, alm de promover ocluso da ferida, favorecendo assim a cicatrizao, pela proteo oferecida pelo tamponamento nestas reas de soluo de continuidade dos meios internos com o ambiente.

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TISSULCOL FIBRINOGNIO HUMANO, APROTININA BOVINA, TROMBINA HUMANAIndicaes: hemostasia, vedamento ou aderncia em tecidos e promotor de cicatrizao de feridas. Contra-indicaes: hipersensibilidade protenas bovinas. Utilizao em mucosa nasal, pela possibilidade de reaes alrgicas e anafilactides graves e tromboembolia. Reaes adversas: reaes alrgicas e anafilactides. Posologia e administrao: a critrio profissional. Somente para uso cirrgico.

ADESIVO TRANSDRMICOA utilizao de Estrgenos para Hormonoterapia, em pacientes do gnero feminino, visando reposio hormonal, no climatrio ou menopausa, ou em pacientes submetidas a histerectomia (remoo cirrgica de tero e ovrios), ou ainda outras patologias nas quais a produo de hormnios femininos esteja comprometida, bastante comum. A menopausa a fase que se refere parada da funo menstrual, que caracteriza o incio do climatrio, que ocorre por volta dos 45 aos 50 anos, sendo acompanhada pela diminuio da produo de progesterona e estrgenos associados ainda ao aumento das gonadotrofinas e modificaes funcionais da tireide. Nesta fase, cerca de 80% das mulheres queixam-se de sintomas bucais, dentre outros, tais como queimao, ardor, glossites, glossodinias, alteraes do paladar, dificuldade de tolerar prteses e, sensao de boca seca (xerostomia). Assim, alteraes atrficas da gengiva e da mucosa, podem ocorrer, sendo a manifestao clnica denominada muitas vezes de gengivite descamativa. Esta manifestao clnica inespecfica apresenta sinais de eritema, ulcerao e descamao do epitlio. Este termo apenas descritivo, de uma entidade clnica sem etiopatogenia especfica ou definida podendo ser uma manifestao localizada, primria ou frustrada de doenas como o lquen plano, pnfigo vulgar, penfigide benigno de mucosa ou mesmo de um eritema multiforme. Portanto, dificuldades existem quanto ao tratamento e soluo deste problema, enfatizando-se o valor do diagnstico clnico apoiado em exames complementares. Apesar da dependncia do epitlio vaginal aos estrgenos j ter sido demonstrada, o mesmo no acontece com o epitlio bucal, cujos resultados so conflitantes, pois a reposio com estrgenos nem sempre leva ao sucesso aqueles casos de atrofia do epitlio bucal. O tratamento com pomadas base de estrgenos, estrgenos associados a progesterona e placebo, aliviaram os sintomas de certos pacientes, alterando os aspectos atrficos do epitlio, no entanto, tal resultado parece estar relacionado mais com simples e repetidas massagens, independentes da associao medicamentosa utilizada. Assim, aps os 40 anos, dado a queda de estrgenos e modificaes da queratinizao da

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mucosa bucal, as mulheres parecem ser mais suscetveis ao fumo, desenvolvendo alteraes na mucosa bucal, alm de alteraes osteoporticas na maxila e mandbula. A forma de administrao da reposio ou regulao hormonal nestas pacientes variada, podendo ser por via transcutnea, ou seja, atravs de adesivos aplicados sobre a derme da paciente, alm das vias enterais e parenterais convencionalmente utilizadas, via oral ou ainda por injees intramusculares aplicadas com intervalos de tempo variveis.

CLIMADERM 7 DIAS ESTRADERM TTS MENOREST ESTRADIOLIndicaes: hormonoterapia. Contra-indicaes: o aspecto que diz respeito ao CD-BMF contra-indica procedimentos cirrgicos em pacientes sob terapia de reposio hormonal (TRH) que est associada a um aumento relativo no risco de desenvolvimento de tromboembolismo venoso, a trombose venosa profunda, ou embolismo pulmonar. Se possvel, o estrognio deve ser descontinuado pelo menos quatro semanas antes de cirurgias associadas a risco aumentado de tromboembolismo, ou utilizao de medidas profilticas de preveno, administradas a critrio do mdico assistente envolvido, habitualmente, o Ginecologista.

ADSORVENTES INTESTINAIS (ANTIDIARRICOS/ANTIDISENTRICOS)Fato comum durante antibioticoterapia prolongada, tanto quando realizada por via enteral ou parenteral, a ocorrncia de distrbios gastrintestinais, tais como as diarrias, ocasionados pela alterao da flora bacteriana intestinal, influenciada pelo poder bactericida ou bacteriosttico do quimioterpico empregado (efeito colateral). Quando descartada a possibilidade de que tal intercorrncia no tem um fundo infeccioso do trato gastrintestinal, sendo puramente relacionada utilizao de antibacterianos, pode-se lanar mo dos absorventes intestinais cuja atuao est no restabelecimento da flora bacteriana intestinal saprfita.

FLORAX Saccharomyces cerevisiaeIndicaes : tratamento de diarrias.

FLORATIL Saccharomyces boulardii-17, liofilizado

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Indicaes: adjuvante no tratamento da diarria produzida por antibioticoterapia ou quimioterapia. Contra-indicaes: no so conhecidas at o momento. Interaes medicamentosas: no deve ser administrado juntamente com agentes fungistticos e fungicidas, por possibilidade de antagonismo e inativao do produto, anulando seu efeito teraputico. Posologia e modo de usar: no caso de pacientes sob tratamento com antibiticos e quimioterpicos, administrar FLORATIL (100 A 200 mg) um pouco antes desses agentes.

ALCALINIZANTESConsiderando-se que o meio fisiolgico tem o seu pH neutro, ou seja, na escala de 0-14, em torno de 7, existem situaes, como no diabetes, onde predispe-se uma acidose patolgica a ser compensada pela administrao de drogas alcalinas, ou seja, com pH acima de 7. Ainda em circunstncias nas quais um meio alcalino dificulta a sobrevivncia de microrganismos patognicos com tropismo ou compatveis com meios cidos, exemplo das infeces fngicas orais. Alm disto, parece que a alcalinizao do meio bucal, tambm, atua como fator coadjuvante no tratamento sintomtico da hipossialia (xerostomia).

BICABORNATO DE SDIOIndicaes: na cetoacidose do diabtico descompensado, para restaurar o equilbrio cido/bsico como anticido (gstrico); como alcalinizante de cavidade oral em quadros de candidase aguda e, como coadjuvante, associado ou no ao cloreto de sdio, no tratamento sintomtico das xerostomias. Posologia e modo de usar: critrio do mdico assistente, quando de uso sistmico, ou diludo em gua para bochechos, como colutrio, aps dieta e higiene oral, quando em uso tpico.

LEITE DE MAGNSIA DE PHLLIPS HIDRXIDO DE ALUMNIOIndicaes: excetuando-se a cetoacidose, tem as mesmas indicaes do bicabornato de sdio, sendo que nos quadros de candidase em hipertensos aquele mais indicado por no predispor crises hipertensivas durante sua utilizao.

ANALGSICOSAs drogas analgsicas, antiinflamatrias e antipirticas constituem um grupo heterogneo de compostos, geralmente no relacionados quimicamente, embora a

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maioria seja cida orgnica, que, apesar disto, tm em comum certas aes teraputicas e efeitos colaterais. Assim uma classificao de drogas analgsicas e antiinflamatrias complexa e controversa, uma vez que todo analgsico tem um potencial antiinflamatrio, e vice-versa. Pode-se de maneira didtica dividir-se em dois grupos, as drogas com efeito antiinflamatrio mais acentuado e, as drogas com potencial analgsico mais exacerbado, estas que podem ter efeito sobre SNC ou atuao perifrica, sendo classificadas como opides ou no-opiides, cujo mecanismo de ao tambm distingese dos antiinflamatrios propriamente ditos, ou seja, os antiinflamatrios no-esterides (AINEs). Nesta seo, sero enfocados os analgsicos propriamente ditos, opides e no-opiides. O termo opiide aqui utilizado para designar um grupo de drogas semelhantes morfina (composto puro do pio que contm mais de 20 alcalides distintos, cuja denominao foi dada em homenagem Morfeu (o deus grego dos sonhos), em diferentes graus, no que concerne s suas propriedades. Os opiides ou agonistas opiides so empregados principalmente como analgsicos, embora possuam muitos outros efeitos farmacolgicos. Sua maneira de ao tem a ver com a interao com diversos receptores que parecem estar intimamente relacionados, compartilhando com algumas propriedades de determinados peptdios de ocorrncia natural, as encefalinas, as endorfinas, alm das dinorfinas. Estes peptdios opiides endgenos parecem funcionar como neurotransmissores, moduladores da neurotransmisso ou neuro-hormnios, cuja participao nos processos fisiolgicos ainda no foi de todo esclarecida. As molculas precursoras e os peptdios delas originados no ficam confinados ao sistema nervoso central (SNC), estando distribudos pelo organismo de maneira especfica, explicando assim a ao das drogas opiides principalmente sobre o SNC, porm no exclusivamente sobre ele. Dentre os analgsicos no-opiides a aspirina o prottipo, por essa razo, tais compostos costumam ser designados drogas tipo aspirina. Com a elucidao do mecanismo de ao destas drogas, foi possvel entender porque drogas to heterogneas possuem as mesmas atividades teraputicas bsicas e, freqentemente, os mesmos efeitos colaterais. A atividade teraputica das drogas tipo aspirina depende da inibio de uma via bioqumica definida, responsvel pela biossntese das prostaglandinas e dos autacides relacionados. O termo autacide deriva do grego autos auto e akos agente medicinal ou remdio designando diferentes substncias descritas variavelmente como hormnios locais, agentes autofarmacolgicos, alm de outros termos semelhantes. A inibio da biossntese das prostaglandinas est relacionada com a interrupo da biossntese dos produtos do cido araquidnico, pelas diversas vias de seu metabolismo, inibindo prostaciclina, tromboxano A2, leucotrienos, cicloxigenases 1 e 2 (COX 1 e COX 2). Uma das limitaes das drogas semelhantes aspirina sua incapacidade de inibir o metabolismo do cido araquidnico pelas lipoxigenases. Na verdade, a inibio das cicloxigenases poder ocasionar um aumento da sntese de leucotrienos, por aumentar a quantidade de cido araquidnico disponvel para sofrer a ao das

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lipoxagenases. A despeito disto, ainda existe o conceito atual de seletividade na inibio de COX 1 e COX 2, mesmo por parte dos antiinflamatrios propriamente ditos (AINEs). Concluindo-se da o porqu do efeito principal destas drogas ser a analgesia, em detrimento de seu baixo poder antiinflamatrio.

CIDO ACETIL SALICLICO (AAS) ASPIRINAIndicaes: analgsico, antitrmico e antiinflamatrio. Os salicilatos promovem o alvio da dor, tanto por sua ao perifrica, como pelo seu efeito ao nvel do sistema nervoso central. Como inibidor da sntese de prostaglandinas no tecido inflamado, impede a sensibilizao dos receptores da dor ao estmulo mecnico ou ao de substncias qumicas. O AAS inibe a agregao plaquetria, interferindo na primeira fase do processo de coagulao sangnea, reduzindo ou mesmo impedindo a formao do tampo plaquetrio indispensvel para o incio da formao posterior do cogulo, aumentando o tempo de sangramento (Ts), efeito este, que justifica seu emprego na profilaxia dos distrbios trombticos coronariano e cerebral, inspirando cuidados nos pacientes com indicao cirrgica, devido ao risco aumentado de hemorragias severas. So necessrios exames laboratoriais prvios (coagulograma completo como o Ts-Tempo de Sangramento, Tc-Tempo de Coagulao, Tp-Tempo de Protrombina, Ttpa-Tempo de Tromboplastina Parcialmente Ativada, Contagem de Plaquetas, Prova do lao-Rumpel-Leede-funo plaquetria)e, se necessrio, a suspenso prvia do medicamento, porm sob supervisionamento do cardiologista assistente. Contra-indicaes: hipersensibilidade aos salicilatos, ltimo trimestre da gravidez, dispepsias, leso da mucosa gstrica, leso heptica grave, hemofilia, prpuras, leucemias sob tratamento quimioterpico, discrasias sangneas, uso de anticoagulantes e suspeita de dengue. Interaes medicamentosas: interage com o lcool, probenecida, anticoagulantes, sulfinpirazona, sedativos, metotrexato e sulfonilurias. Posologia: adultos, de 3.000 a 6.000mg/dia, fracionados em seis vezes(4/4 horas); crianas, 50 a 500mg at 3 vezes ao dia, de acordo com idade e peso. Como antiagregante, usualmente 100mg ao dia.

CIBALENA A CIDO ACETIL SALICLICO, PARACETAMOL, CAFENAIndicaes: analgsico e antipirtico. Informaes tcnicas: trata-se da associao de dois analgsicos, o AAS e o Paracetamol e, um analptico, a cafena. A associao de dois analgsicos permite que propriedades positivas de ambos sejam somadas as negativas diminudas. O

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Paracetamol um analgsico particularmente til no controle da dor que acompanha os distrbios da musculatura esqueltica, alm de sua perfeita tolerncia, ao lado da completa ausncia de fenmeno irritativo sobre a mucosa gstrica ou sobre a musculatura lisa do tubo digestivo, ao contrrio do AAS que altamente irritante da mucosa do trato gastrintestinal. Embora um tanto mais lento que o AAS, o paracetamol mais duradouro e persistente. Posologia: 1 a 2 comprimidos 3 x ao dia (acima de 14 anos).

CODEIN FOSFATO DE CODENAIndicaes: a codena um analgsico derivado do pio usado para o alvio da dor moderada. Contra-indicaes: em casos de diarria associada colite pseudomembranosa causada por cefalosporina, lincomicina ou penicilina, ou ainda quando provocada por envenenamento. Alergia codena ou a outros opides. Nos casos de depresso respiratria, especialmente em presena de cianose e excessiva secreo brnquica. contra-indicado quando h dependncia drogas, inclusive etilismo, nas instabilidades emocionais ou quando da tentativa de suicdio, condies onde h aumento da presso intracraniana, arritmia cardaca, convulso, funo heptica ou renal prejudicada,inflamao intestinal, hipertrofia ou obstruo prosttica, hipotireoidismo, cirurgia recente do trato intestinal ou urinrio. Posologia: Adultos: 30mg (de 15 a 60 mg) a cada 3 ou 6 horas, com um limite de administrao de at 120 mg/dia. Crianas: 0,5 mg/Kg /peso corporal a cada 4 a 6 horas.

DIMORF SULFATO DE MORFINAIndicaes: analgsico sistmico, utilizado para o alvio da dor aguda que no responde a nenhum outro analgsico narctico sistmico. Contra-indicaes: pacientes alrgicos morfina ou outros opides, bronquite asmtica crnica e aguda ou obstruo das vias areas superiores, com depresso ou insuficincia respiratria, arritmia cardaca, aumento da presso intracraniana e cerebroespinhal, danos cerebrais, tumor cerebral, alcoolismo, delirium tremens, convulses. Nos casos em que h problemas de coagulao causados por terapia anticoagulante ou desordens hematolgicas e, quando na dependncia analgsicos opides. Superdosagem: caracterizada pela depresso respiratria com ou sem depresso concomitante do SNC. Conduta: assegurar e manter as vias areas livres,

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auxiliando a ventilao com oxignio e/ou sistema de ventilao assistida ou controlada. O antagonista narctico Naloxona o antdoto especfico. Posologia: Adultos: 15 a 30 mg a cada 4 horas. Crianas: 0,3 a 0,6 mg/Kg. Ateno: pode causar dependncia fsica e psquica.

DIPIRONA DIPIRONA SDICA (ANADOR) OU MAGNSICA (MAGNOPYROL)Indicaes: analgsico e antipirtico. Contra-indicaes: dipirona no deve ser usada em pacientes com intolerncia conhecida aos derivados pirazolnicos, ou portadores de determinadas doenas metablicas, como porfiria heptica ou deficincia congnita da glicose-6fosfato desidrogenase. Como os demais analgsicos, no deve ser utilizada em altas doses ou por perodos prolongados sem acompanhamento do paciente. Precaues: o uso de dipirona em casos de amidalite ou qualquer outra afeco da bucofaringe deve merecer um cuidado redobrado. Esta afeco preexistente pode mascarar os primeiros sintomas de AGRANULOCITOSE (angina agranuloctica), ocorrncia rara, mas possvel, quando se faz uso da dipirona. Seu uso deve ser evitado no primeiro trimestre e nas ltimas 6 semanas de gestao e, mesmo fora destes perodos, poder ser administrada a gestante em casos de absoluta necessidade. Em caso de aleitamento materno, a dipirona passa para o leite materno, porm desconhecem-se ocorrncias de efeitos prejudiciais ao lactente. Pacientes com asma ou infeces respiratrias crnicas, bem como com hipersensibilidade a qualquer tipo de substncia, podem desenvolver choque. Em pacientes com distrbios hematopoticos, as dipironas podero ser administradas sob controle do mdico assistente. So necessrios cuidados em pacientes com presso arterial sistlica abaixo de 100 mmHg ou com condies circulatrias instveis (ex.: deficincia circulatria incipiente associada ao enfarto do miocrdio, leses mltiplas ou choque recente). Usar com cautela em pacientes idosos, com obstruo pilrica ou intestinal, ou ainda com as funes metablica, renal ou heptica debilitadas. Advertncias: interromper imediatamente o uso surgindo manifestaes alrgicas na pele, como prurido e placas eritematosas, se houver algia na faringe ou qualquer anormalidade na boca ou garganta. Interaes medicamentosas: deve-se evitar o uso concomitante de lcool. No caso de pacientes fazendo uso de ciclosporina (imunossupressor, (ex.: em transplantados fazendo uso desta droga), pode ocorrer uma diminuio no nvel da ciclosporina. Produtos contendo dipirona no devem ser administrados a pacientes sob tratamento com fenotiaznicos, como a Clorpromazina (neurolptico e antipsictico, ex.: em PMD-Psicose Manaco Depressiva, quando controlada com tal droga), pois pode ocorrer hipotermia grave.

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Reaes adversas: em pacientes sensveis, independente da dosagem, a dipirona pode provocar reaes de hipersensibilidade. As mais graves embora raras, so anafilaxia (choque) e discrasias sangneas, tais como agranulocitose, leucopenia, trombocitopenia, anemia hemoltica e meta-hemoglobinemia, alm de casos relatados de aplasia medular, que so sempre quadros muito graves, da em alguns pases haver srias restries e, at mesmo proibio da sua utilizao. Quadros de reaes de hipersensibilidade afetando a pele (urticria), a conjuntiva e a mucosa nasofarngea , podem evoluir para reaes cutneas bolhosas, extremamente graves, com risco de vida, com envolvimento de mucosa tais como a Sndrome de Stevens-Johson ou a Sndrome de Lyell. Ocasionalmente, principalmente em pacientes com histrico de doena renal preexistente, ou em caso de superdosagem, foram relatados distrbios renais transitrios com oligria ou anria, proteinria e nefrite intersticial. Podem ser observadas crises asmticas em pacientes com predisposio a tal condio. Em pacientes com deficincia de protrombina, a dipirona pode agravar a tendncia hemorragia. Posologia: Adultos: (soluo oral) utilizar 30 a 60 gotas de 6/6 horas. Crianas: de 3 a 37 gotas, de acordo com peso e idade, at 4 vezes ao dia. Superdosagem: os cuidados devem ser os classicamente utilizados, como a lavagem gstrica, monitorizao das funes vitais com teraputica de suporte, quando necessrio e, eventualmente, diurese forada e dilise, uma vez que dipirona dialisvel, ou seja, trata-se de emergncia mdica a ser encaminhada aos cuidados de mdico assistente em pronto-atendimento.

DOLOXENE-A NAPSILATO DE PROPOXIFENO, CIDO ACETILSALICLICOIndicao: alvio de dores leves e moderadas. Contra-indicao: hipersensibilidade ao propoxifeno e ao AAS. Ao: a associao dos dois princpios ativos da droga tem efeito sinrgico, ou seja, proporciona analgesia maior do que aquelas produzidas por ambas as drogas administradas isoladamente. Contra-indicao: hipersensibilidade aos componentes do medicamento. Advertncias: o napsilato de propoxifeno pode causar uma diminuio da capacidade mental e/ou fsica, necessrias para realizao de tarefas potencialmente arriscadas, tais como dirigir automvel ou operar maquinaria, especialmente durante os primeiros dias de tratamento. Seu efeito depressivo sobre o SNC poder ser cumulativo com o de outro depressor desse sistema, incluindo o lcool, devendo o paciente ser devidamente alertado. O propoxifeno isolado ou em combinao com outros depressores do SNC pode ter efeitos txicos ou at mesmo fatais em caso de superdosagem, principalmente em pacientes com histria prvia de distrbios emocionais ou de tentativa de suicdio, bem como uso de indevido de tranqilizantes, lcool ou outras drogas ativas no SNC. Deve-se ter cautela ao se prescrever propoxifeno

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em doses elevadas a tais pacientes. Devido presena da AAS na composio, doloxene-a deve ser prescrito com cautela na presena de lcera pptica. Dependncia droga: tm sido relatados sintomas de dependncia psicolgica e fsica, que quando ocorre qualitativamente idntica da codena, embora seja quantitativamente menor e, o seu uso no substitui a morfina nos casos de dependncia a esta droga. Posologia: Adultos: 1 cpsula por via oral de 4 em 4 horas.

DRICO TYLENOL PARACETAMOLIndicao: analgsico e antitrmico. Contra-indicao: hipersensibilidade aos componentes da frmula. Caractersticas: o paracetamol atua predominantemente na inibio da sntese de prostaglandinas no SNC e, tambm, no bloqueio dos impulsos dolorosos ao nvel perifrico. Como antitrmico age no centro hipotalmico regulador da temperatura, provavelmente atravs da inibio da sntese de prostaglandinas, resultando em vasodilatao perifrica e perda de calor. Precaues: deve ser administrado com cautela durante a gestao e lactao, alm de casos de insuficincia renal e/ou heptica grave. Interaes medicamentosas: a administrao com alimentos retarda a absoro do frmaco. Interage com anticoagulantes cumarnicos e cloranfenicol. Evitar utilizao concomitante com substncias hepatotxicas, inclusive o lcool, devido a seu potencial hepatoxicidade, que tambm pode ser aumentado pela administrao de altas doses dos seguintes frmacos: barbitricos, carbamazepina, hidantona, rifampicina e sulfinpirazona. Reaes adversas: a administrao prolongada e/ou em doses altas pode provocar disfuno heptica e discrasias sangneas, havendo relatos de xito letal devido a fenmenos hepatotxicos. Reaes de hipersensibilidade podem ocorrer tambm com o uso do produto. Posologia: 500 a 1.000 mg de 3 a 4 vezes ao dia, no ultrapassando 8 comprimidos em 24 horas. Superdosagem: esvaziamento gstrico por aspirao e lavagem. O antdoto a N-acetilcistena.

LISADOR DIPIRONA, ADIFENINA E PROMETAZINAIndicao: analgsico, antiespasmdico e antitrmico.

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Propriedades: a associao de um analgsico, a dipirona, um espasmoltico, a adifenina, e um anti-histamnico, a prometazina, permite a potencializao dos efeitos teraputicos analgsico-espasmolticos da droga. Posologia: Lisador gotas: 30 a 60 gotas de 6/6 horas.

TRAMAL CLORIDRATO DE TRAMADOLIndicaes: controle da dor de intensidade moderada a severa, de carter agudo, subagudo e crnico. Contra-indicaes: hipersensibilidade ao cloridrato de tramadol; intoxicaes agudas por lcool, hipnticos, analgsicos e psicofrmacos em geral; pacientes em tratamento com: inibidores da MAO, antidepressivos tricclicos, antidepressivos inibidores da recaptao da serotonina, neurolpticos e drogas ou situaes que baixam o limiar para convulses (carbamazepina, trauma enceflico, desordens metablicas, abstinncia a lcool e drogas). Informaes tcnicas: o mecanismo de ao do tramal no completamente conhecido, mas sabe-se que ele pode-se ligar aos receptores opiides u e tambm, inibir a recaptao da norepinefrina e serotonina. Seu mecanismo de atuao similar ao das endorfinas e encefalinas, agindo nos receptores ao nvel de clulas nervosas, levando diminuio da dor. Precaues e advertncias: deve ser utilizado com cuidado nas seguintes situaes: hipersensibilidade aos opiides,pacientes idosos e com insuficincia respiratria, histria prvia de convulses,dependncia de opiides,presso intracraniana aumentada,alm do rebaixamento de conscincia de origem no estabelecida. Seu uso durante a gestao e amamentao tem indicao bastante restrita. Pacientes sob tratamento com Tramal devem ser alertados quanto realizao de atividades que exijam ateno, como operar maquinria ou dirigir veculos, particularmente quando utilizado concomitantemente com bebidas alcolicas, devido possibilidade de potencializao dos efeitos indesejveis de ambas as drogas. Interaes medicamentosas: mesmo recebendo as doses recomendadas, casos de convulso j foram relatados em alguns pacientes. H um risco aumentado de convulses quando administrado concomitantemente com antidepressivos (amitriptilina, nortriptilina, selegilina, amoxapina, clorgilina, fluoxetina, sertralina, fluvoxamina imipramina, moclobemida, etc.) e neurolpticos (sulpirida, clorpromazina, clorprotixeno, flupentixol, haloperidol, pimozida, risperidona, etc.). Depressores do SNC tais como codena, difenidramina, hidrocodona, meperidina, talidomida, morfina, etc, tm seus efeitos potencializados quando no uso concomitante com Tramal. Outras drogas tais com o antifngico Cetoconazol e o antibitico eritromicina, podem inibir o metabolismo do tramadol.

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Posologia: Adultos e jovens com mais de 14 anos de idade de 50 mg a 100 mg, quando necessrio pode-se repetir a cada 4-6 horas, no devendo exceder doses de 400 mg/dia.

TYLEX PARACETAMOL FOSFATO DE CODENADescrio: a combinao de duas drogas j descritas, que combinam os efeitos analgsicos de uma substncia qumica com ao central, a codena, com os de paracetamol, com uma ao predominantemente perifrica, apresentando uma distribuio uniforme a quase todos os tecidos do organismo.

ANESTSICOS LOCAISO presente subttulo que engloba os anestsicos locais, regionais e tpicos, encontra-se descrito detalhadamente no volume ANESTESIOLOGIA do autor.

ANESTSICOS GERAISMuito embora o CD-BMF no utilize drogas anestsicas gerais inalantes ou injetveis, importante se faz o conhecimento de sua ao e, as possveis interaes medicamentosas com os medicamentos por ele rotineiramente utilizados. Das drogas anestsicas inalatrias, as mais freqentemente utilizadas so o Halotano, Etrane, Isoflurano e o Sevorane. A importncia do conhecimento de que droga foi selecionada pelo Mdico Anestesiologista, se deve ao fato que os anestsicos inalatrios Halogenados, Halotano, Halothano e Fluothane, possuem elevado risco de interao medicamentosa com a adrenalina e noradrenalina, que devem ser somente empregadas com extrema cautela, seno evitadas durante a anestesia geral, uma vez que o uso simultneo pode induzir srias arritmias cardacas como taquicardia ventricular ou fibrilao. Portanto em caso de planejamento cirrgico onde se deseja infiltrao anestsica com vaso constrictor derivado da adrenalina ou noradrenalina, para diminuio do sangramento trans-cirrgico e facilitao da hemostasia, h que se planejar com o Anestesista previamente, para a seleo da droga anestsica geral mais adequada e, comunic-lo durante os momentos de utilizao das solues anestsicas com o vaso constrictor citado, para que se faa uma monitorao do paciente mais acurada nvel de Oxmetro/pulsmetro e Cardioscpio, instrumentos estes que revelam possveis quadros de arritmia cardaca. Nestas intercorrncias de arritmias transoperatrias, as drogas mais freqentemente utilizadas como antiarrtmicos so a Amiodarona e a xilocana, esta tambm administrada por via endovenosa. Outro fator importante a saber, que na associao de anestsicos locais com gerais, quando bem

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indicada, diminui a quantidade de anestsico geral a ser utilizada pelo Anestesista, o que favorece a recuperao do paciente aps o trmino da operao, retornando-o conscincia num tempo mais curto, diminuindo-se assim o tempo anestsico empregado, alm de uma analgesia ps-operatria nos procedimentos cirrgicos de curta durao.

ANOVULATRIOS (ANTICONCEPCIONAIS)Alm da sua utilizao em hormonoterapia os estrgenos e suas associaes so amplamente usados como anovulatrios na anticoncepo e na regulao de ciclos menstruais, apresentando os mesmos processos metablicos e fisiolgicos, com as idnticas intercorrncias a serem consideradas pelos cirurgies.

GYNERA GESTODENO + ETINILESTRADIOL MERCILON DESOGESTREL ETINILESTRADIOL MICRODIOL DESOGESTREL/ETINILESTRADIOL NORDETTE LEVONORGESTREL ETINIESTRADIOLIndicaes: contracepo hormonal oral e controle de irregularidades menstruais. Contra-indicaes: a exemplo da teraputica aplicada em Hormonoterapia, como medida de precauo, em casos de cirurgias programadas, deve haver a interrupo da medicao, pois segundo conhecimentos atuais no se pode excluir a possibilidade de que a tomada de contraceptivos hormonais esteja associada a um aumento de risco de doenas tromboemblicas venosa e arterial. Com relao trombose arterial (ex.: apoplexia, infarto do miocrdio) parece aumentar o risco relativo quando concomitantemente existem outros fatores, tais como intenso consumo de cigarro (15 ou mais cigarros por dia), idade mais avanada, hipertenso,

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hipercolesterolemia, obesidade, diabetes, pr-eclampsia, tratamento contraceptivo combinado prolongado por vrios anos. Interaes medicamentosas: a administrao simultnea e regular de outros medicamentos tais como a hidantona, rifampicina ampicilina, fenoximetipenicilina, tetraciclina, neomicina, cloranfenicol, sulfonamidas, nitrofurantona, barbitricos, fenilbutazona, meprobamato, analgsicos contendo fenacetina e pirazolona, clorpromazina, diidroergotamina e cordiazepxido, reduz a eficcia contraceptiva aumentando a incidncia de sangramento intermenstrual, fato este a ser relatado e orientado ao paciente quanto aos devidos cuidados a serem observados, quando da necessidade de associao destas drogas, muitas delas de uso rotineiro do CD-BMF, aos contraceptivos.

ANSIOLTICOS E TRANQILIZANTESSo drogas freqentemente utilizadas como medicao pr-anestsica, para atos cirrgicos em pacientes com grau de excitabilidade exacerbado, nos quais se deseja a elevao do patamar de sensibilidade dor, tornando o limiar de tolerncia e sensibilidade s sensaes dolorosas mais altas, quando se utilizam as anestesias locais, ou como MPA (Medicao Pr-Anestsica) em anestesia geral.

DIENPAX DIAZEPAN VALIUM DIAZEPANIndicaes: agitao, ansiedade patolgica, crises convulsivas, sedao, espasmos musculares, pela sua ao ansioltica, sedativa, miorrelaxante e anticonvulsivante, atuando como depressor do SNC, provavelmente facilitando a ao inibitria do neurotransmissor cido gama-aminobutrico (GABA). Contra-indicaes: hipersensibilidade aos benzodiazepnicos, miastenia gravis , glaucoma de ngulo estreito, gravidez; na insuficincia respiratria, em razo do efeito depressor dos benzodiazepnicos, no obstante, nos casos de hipoxia onde a ansiedade agrava o quadro, poderia ter sua indicao, ou ainda em pacientes dependentes de outras drogas, inclusive o lcool, exceto em crises de abstinncia. Posologia: Adultos: de 5 a10 mg 2vezes ao dia. Crianas: de 2,5 mg trs vezes ao dia.

ANTAGONISTA DOS RECEPTORES H2 DE HISTAMINAOs antagonistas dos receptores H2 de histamina atuam como protetores gstricos, na associao medicamentosa antibiticos/antiinflamatrios/analgsicos/etc.,

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utilizadas pelo CD-BMF rotineiramente e, indiretamente como broncoprotetores, em casos de risco de broncoaspirao em anestesia geral, para pacientes susceptveis.

ANTAK RANITIDINA TAGAMET CIMETIDINADescrio: ambas as drogas atuam como antagonistas especficos dos receptores H2 da histamina, inibindo a secreo basal ou estimulada de cido gstrico, tanto atravs da reduo de volume da secreo, como de seu contedo em cido e pepsina. Indicao: tratamento de lceras do trato gastrintestinal e, nas condies nas quais haja convenincia na reduo da secreo gstrica e da produo de cido, tais como, antes da anestesia geral em pacientes propensos aspirao cida, diminuindo o risco de dano pulmonar quando por ventura ocorrer (Sndrome de Mendelson), ou ainda como protetor gstrico concomitante ao uso de antibioticoterapia e antiinflamatrios, devido a atividade citoprotetora, exercendo um efeito benfico na manuteno da integridade da barreira mucosa gstrica. Posologia: Adultos: Antak: 150 mg de12/12 horas. Tagamet: 400 mg 2 x ao dia.

QUIMIOTERPICOS ANTIANAERBIOSOs antibacterianos anaerobicidas tm aplicao especfica, alm das genricas, em BMF, especialmente para infeces peculiares do trato Buco-MaxiloFacial, tais como as pericoronarites, nas quais os germes freqentemente encontrados so anaerbios e, a quimioterapia antibitica pode ser indicada com espectro estreito, direcionada a tais microrganismos especificamente. Assim, quimioterpicos e no antibiticos, com espectro antimicrobiano estreito direcionado somente para anaerbios podem ser indicados.

FLAGYL METRONIDAZOLIndicaes: tratamento de infeces causadas por bactrias anaerbias como Bacteroides fragilis e outros bacterides, fusobacterium sp., Clostridium sp., eubacterium sp., e cocos anaerbios; alm de tricomonicida, amebicida, giardicida.

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Contra-indicaes: hipersensibilidade ao metronidazol ou derivados imidazlicos. Na amamentao. Advertncias: o metronidazol pode interferir com alguns tipos de dosagens sricas, como as de TGO, TGP, DHL, triglicrides e glicose hexoquinase. Recomenda-se a monitorizao da contagem leucocitria diferencial em pacientes com histria de discrasia sangnea ou recebendo altas doses e/ou tratamento prolongado com metronidazol. Em casos de leucopenia deve-se avaliar a relao risco/benefcio da continuidade do tratamento. Interaes medicamentosas: a administrao simultnea de drogas que induzem enzimas microssomais hepticas, tais como a fenitona ou o fenobarbital, pode acelerar a eliminao do metronidazol, resultando em nveis plasmticos reduzidos, em contrapartida drogas que venham a diminuir a atividade destas enzimas, tais como a Cimetidina, podendo prolongar a meia-vida do metronidazol. A associao com anticoagulantes orais (warfarina) pode potencializar o efeito anticoagulante e o risco hemorrgico, resultado do retardo do catabolismo heptico do anticoagulante. Reaes adversas: podem ocorrer alteraes gastrintestinais como nusea, gosto metlico desagradvel, anorexia, clica abdominal, vmito, diarria e constipao, entre outras. Posologia: Adultos: 400 mg de 8/8 horas, durante 7 dias. Crianas: 7,5 mg/Kg, 3 x ao dia, durante 7 dias.

SECNIDAL TECNID SECNIDAZOLInformaes tcnicas: o princpio ativo secnidazol, um derivado sinttico da srie dos nitroimidazis, possuindo as mesmas caractersticas farmacolgicas inerentes aos Imidazis, tal como o metronidazol, no tocante as indicaes, contra-indicaes, interaes medicamentosas, etc...

ANTIMICROBIANOS ANTIBACTERIANOS ANTIBITICOSA antibiose, ou seja, o conceito de que substncias produzidas por um ser vivo possam matar outro ser vivo, to velha quanto cincia da microbiologia. A antibioticoterapia j era desenvolvida, sem ser reconhecida como tal, pelos chineses, h mais de 2.500 anos, quando utilizavam as propriedades teraputicas da coalhada mofada

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de soja aplicada em carbnculos, furnculos e infeces similares. Assim, durante sculos, a literatura mdica registrou descries de efeitos benficos em infeces, da aplicao de elementos do solo e vrias plantas, cuja maioria provavelmente derivava de mofos e bactrias formadoras de antibiticos. A era moderna da quimioterapia da infeco comeou com a utilizao clnica da Sulfanilamida em 1936 e, a idade urea da terapia antimicrobiana iniciou-se em 1941 com o advento das Penicilinas, quando este derivado foi produzido em escala industrial, e tornou-se disponvel para o uso clnico. Atualmente, os antibiticos esto entre as drogas mais usadas na teraputica mdica, o que paradoxalmente os colocam, tambm, entre as mais inadequadamente utilizadas, resultando deste uso generalizado, o surgimento de patgenos resistentes aos antibiticos, criando a necessidade contnua e freqente de novas drogas. Observa-se, ento, o dinamismo caracterizado pelo surgimento constante de novos desafios, seguidos de investigao, descoberta e produo de novas drogas. Por definio, os antibiticos so substncias produzidas por diferentes espcies de microrganismos, bactrias, fungos, actinomicetos, que suprimem o crescimento de outros microrganismos (efeito bacteriosttico), podendo at mesmo destru-los (efeito bactericida). Os antibiticos diferem entre si quanto suas propriedades fsicas, qumicas e farmacolgicas, espectros antibacterianos e mecanismo de ao. A classificao e o agrupamento das drogas antimicrobianas podem ser realizadas por diversos mtodos, porm todos so falhos, devido s excees e os imbricamentos. Deste modo, os antibiticos podem ser classificados em 7 grupos distintos: 1. drogas que inibem a sntese das enzimas ou as ativam, a fim de provocar a ruptura das paredes celulares bacterianas, causando perda de viabilidade e, freqentemente, lise celular. Pertencem a esse grupo as penicilinas e cefalosporinas, que so estruturalmente similares e, drogas no similares, como a vancomicina, bacitracina e drogas imidazlicas antifngicas. 2. drogas que atuam diretamente sobre a membrana celular do microrganismo, afetando sua permeabilidade e, causando extravasamento de compostos intracelulares. Neste grupo, encontram-se os detergentes (polimixina e colistimetato) e as drogas antifngicas polinicas (nistatina e anfotericina B), que se ligam aos esteris da parede celular. 3. drogas que afetam a funo dos ribossomas bacterianos, causando inibio reversvel da sntese protica e, portanto atuando como bacteriostticos. Enquadram-se aqui o cloranfenicol, as tetraciclinas, eritromicina e clindamicina. 4. drogas que se ligam subunidade 30 S dos ribossomas, alterando a sntese protica, ocasionando morte celular. Pertencem a este grupo os aminoglicosdios. 5. drogas que afetam o metabolismo dos cidos nuclicos. Destacam-se aqui a rifampicina, que inibe a RNA polimerase dependente do DNA e, as quinolonas (cido nalidxico e congneres) e o metronidazol, que inibe a sntese de DNA.

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6. os antimetablitos, que incluem o trimetropim e as sulfonamidas,que bloqueiam etapas metablicas especficas essenciais para os microrganismos. 7. anlogos do cido nuclico, tais como vidarabina e aciclovir, que se ligam a enzimas virais essenciais para a sntese de DNA, impedindo assim a replicao viral. No momento atual, o mecanismo preciso da ao de algumas drogas antimicrobianas ainda desconhecido sendo provvel que novas categorias venham a surgir, medida que sejam elucidados mecanismos de ao mais complexos. O resultado teraputico favorvel, na antibioticoterapia influenciado por diversos fatores, porm, basicamente o xito depende de se conseguir um nvel de atividade antibacteriana no local da infeco, que seja compatvel com uma concentrao antibitica suficiente para inibir as bactrias, de maneira que se desvie o equilbrio em favor do hospedeiro. Quando testada a atividade antimicrobiana de uma nova droga, em geral se define um padro de sensibilidade e resistncia, contudo, infelizmente, esse espectro de atividade pode, dinamicamente variar de maneira considervel, pois os microrganismos desenvolvem uma srie de engenhosas alteraes que lhe permitem sobreviver na presena de antibiticos. O desenvolvimento da resistncia pode envolver uma alterao gentica estvel e hereditria de gerao em gerao e, embora a mutao seja a causa mais freqente de resistncia s drogas antimicrobianas, pode tambm, ser adquirida atravs de transferncia de material gentico de uma bactria para outra, por transduo, transformao e conjugao. A seleo ideal e racional dos antibiticos para o tratamento de doenas infecciosas um processo complexo que demanda um julgamento clnico adequado e conhecimento profundo de fatores farmacolgicos, microbiolgicos, fisiolgicos e de patologia. A despeito desta gama considervel de fundamentos a serem ponderados, a deciso para o uso de antibiticos muitas vezes tomada de maneira leviana, sem considerar o m.o. infectante potencial ou as caractersticas farmacolgicas da droga, alm de inmeras vezes processos patolgicos distintos, como infeco e inflamao isolada, serem grosseiramente confundidos, comprometendo a eficcia da terapia. Quando um antibitico indicado, objetivo escolher uma droga que seja relativamente ativa para o(s) mais provvel (is) m. o. (s) e, que tenham o menor potencial de ocasionar toxicidade ou reaes alrgicas no indivduo a ser tratado. Nem sempre possvel contar com luxo da identificao definitiva de uma infeco bacteriana, antes de iniciar-se o tratamento, no obstante a instituio ideal da antibioticoterapia necessite da identificao do agente infectante. Impe-se ento uma suposio plausvel, que determinem quais os mais provveis m.o.s. responsveis pela infeco, compatveis com o quadro clnico apresentado e, o conhecimento amplo de patologias provveis envolvidas. O mtodo mais valioso para a identificao imediata da bactria o exame da secreo ou lquido corpreo infectado, pelo corante Gram, que auxilia a reduzir a lista de patgenos potenciais, permitindo escolha mais racional da teraputica antibitica inicial. Isto, em algumas situaes pode no ser de grande valia, pois a identificao da morfologia do organismo infectante pode no ser o suficiente para uma concluso diagnstica bacteriolgica especfica, podendo a escolha

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de um antibitico de curto espectro ser inadequada. Deve dessa maneira o clnico se nortear indicando cobertura antibitica ampla, enquanto se aguarda o isolamento e a identificao do microrganismo. Todo tratamento baseado em diagnstico de suposio, impe a realizao de cultura e antibiograma, antes da instituio da farmacoterapia. Se o paciente j estiver recebendo antibitico, deve-se adicionar beta-lactamase aos meios de cultura ou usar outros mecanismos para a remoo dos antibiticos dispositivos para remoo de antibiticos. A profilaxia de infeces com antibiticos, ou seja, a quimioprofilaxia, primariamente utilizada com trs finalidades: 1. para proteger pacientes hgidos contra aquisio ou invaso de m.o.s. especficos aos quais esto expostos. 2. em tentativas de evitar infeces bacterianas secundrias em pacientes portadores de outras patologias. 3. para prevenir endocardite em pacientes com leses valvulares ou estruturais do corao que se submetem a procedimentos dentrios, cirrgicos ou outros que produzam elevada incidncia de bacteremia. A quimioprofilaxia para evitar infeces de feridas, aps procedimentos cirrgicos, tem provocado considervel controvrsia. Existem vrios estudos clnicos bem controlados que apiam o emprego de drogas antimicrobianas profilticas em certos procedimentos cirrgicos. Em contrapartida existem correntes que contra-indicam o uso contnuo de drogas aps o procedimento cirrgico. Na prtica, entretanto, a diretriz a ser seguida deve ser norteada pelo bom senso, ou seja, h que se verificar o tipo de procedimento cirrgico, se limpo, se contaminado, se sujo e contaminado, ou ainda das condies do hospedeiro, alm da possibilidade ou no de higiene e curativos da ferida cirrgica. Ainda podem existir outros fatores peculiares a cada caso, que impliquem em comprometimento do sucesso do ato operatrio realizado. Dos quimioterpicos e antibiticos mais utilizados com antibacterianos, pode-se destacar:

FLUORQUINOLONASSo issteros das quinolonas, como cido nalidxico, consideradas quinolonas de segunda gerao, a exceo do lomefloxacino, tido como de terceira gerao. As fluorquinolonas so bactericidas com atividade antipseudomonas, atuando contra microrganismos gram-negativos em geral e gram-positivos, tais como os Staphylococcus e Streptococcus, sendo ativas contra ampla variedade de microorganismos aerbios, com amplo espectro antiinfeccioso. Entretanto, so geralmente inativas contra bactrias anaerbias atuando intracelularmente inibindo a unidade A da enzima DNA-girase, essencial para a sntese do DNA bacteriano. Os microorganismos no desenvolvem resistncia a elas rapidamente, mas h resistncia cruzada entre elas, excetuando-se com o cido nalidxico. A principal indicao das fluorquinolonas no tratamento de infeces bacterianas do trato urinrio, atuando tambm, em infeces sistmicas causadas por microorganismos sensveis a elas.

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CIPROFLOXACINO CIPRO CIPROXIL CINOFLAX CIPROCIN CIFLOX PROCIN PROFLOX QUINOFLOXInformaes tcnicas: a ciprofloxacina um antibitico sinttico quinolnico que tem mecanismo de ao decorrente do bloqueio da funo da DNAgirase, bloqueando o metabolismo bacteriano, uma vez que informaes vitais no podem mais ser lidas a partir do cromossomo bacteriano. A resistncia ciprofloxacina no mediada por plasmdeos, desenvolvendo-se lentamente e em estgios. A ciprofloxacina no apresenta resistncia paralela com os demais antibiticos, no compreendidos no grupo dos quinolnicos, assim ela pode ser eficaz contra bactrias resistentes a outros antibiticos, como beta-lactmicos, aminoglicosdios, penicilinas, cefalosporinas, tetraciclinas, macroldeos, sulfonamidas e trimetoprima ou derivados do nitrofurano. A ciprofloxacina pode ser utilizada em associao com outros antibiticos, como a Azlocilina, ceftazidima, Meezlocilina, Beta-lactmicos, porm a associao mais comum, por ampliar o espectro de atuao da teraputica antibitica aplicada, atingindo anaerbios, com o Metronidazol e a clindamicina. Indicaes: infeces complicadas e no-complicadas causadas por microorganismos sensveis ciprofloxacina, no tratamento de infeces bacterianas do trato urinrio, sseas, da pele e tecidos moles e, do trato respiratrio, como as sinusites, especialmente as causadas por Gram-negativos. Contra-indicaes: hipersensibilidade s quinolonas, na gravidez e lactao, em distrbios neurolgicos, insuficincia heptica e renal, lactentes, crianas e adolescentes, pois muito possvel que possam causar leses na cartilagem articular de organismos imaturos. Interaes medicamentosas: reduz a biotransformao heptica e depurao da cafena e da teofilina; pode aumentar o efeito nefrotxico da ciclosporina; alcalinizantes urinrios como bicabornato de sdio e citratos, podendo reduzir sua

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solubilidade na urina causando cristalria ou nefrotoxicidade, anticidos contendo alumnio, clcio e magnsio, sucralfato ou sulfato ferroso reduzem sua absoro. A nitrofurantona pode antagonizar seu efeito antibacteriano e, a probenicida pode diminuir sua secreo tubular renal, vindo a interagir com fenitona, o que pode elev-la a nvel txico ou reduzir o controle de convulses. Pode ainda intensificar a ao da warfarina e, a metoclopramida acelera sua absoro. Posologia: para infeces sseas, da pele e tecido mole e trato respiratrio, as doses recomendadas so de 500 a 750 mg de 12/12 horas durante 7 a 14 dias.

GATIFLOXACINO TEQUINInformaes tcnicas: o princpio de atuao da gatifloxacina idntico ao das fluorquinolonas em geral, porm diferentemente de algumas e, sua atividade antibacteriana no afetada pelos inibidores da sntese protica ou do RNA, no requerendo diviso celular. Apresenta-se como antiinfeccioso bactericida de amplo espectro. Indicaes e contra-indicaes: so praticamente as mesmas da ciprofloxacina. Interaes medicamentosas: alm das apresentadas pelo ciprofloxacino, pode aumentar a concentrao plasmtica da digoxina. Posologia: dose nica V.O ou IV. de 400 mg, por 7 a 10 dias.

LEVOFLOXACINO LEVAQUIM TAVANICInformaes tcnicas: a levofloxacina um agente antibacteriano sinttico de amplo espectro, para administrao V.O ou E.V., que quimicamente o ismero levgiro (ismero-L) do racemato ofloxacino, um agente antibacteriano fluorquinolnico. O mecanismo de ao idntico ao dos outros derivados quinolnicos, envolvendo a inibio do complexo DNA-girase (topoisomerase bactericida IV), uma enzima necessria replicao, transcrio, restaurao e recombinao do DNA. O ismero-L produz mais ligaes de hidrognio e, portanto complexos mais estveis com a DNA-girase do que o ismero-D; microbiologicamente, isto se traduz numa atividade antibacteriana 25 a 40 vezes maior para o ismero-L , do que para o ismero-D.

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Indicaes e contra-indicaes: espectro de ao e interaes medicamentosas, so as comuns aos derivados quinolnicos. Posologia: as doses recomendadas so de 250 a 500 mg, de 12/12 ou 24/24 horas, por um perodo de 7 a 14 dias, dependendo do tipo e severidade da infeco e da sensibilidade do patgeno.

LOMEFLOXACINO MAXAQUINInformaes tcnicas: considerada uma quinolona de terceira gerao, seu mecanismo de ao o mesmo das demais quinolonas, porm tem vida mais longa do que as outras fluorquinolonas e, por isto, administrada uma vez por dia. Indicaes e contra-indicaes: microbiologia, farmacocintica, dinmica e interaes medicamentosas, so as mesmas dos derivados fluorquinolnicos. Posologia: 400 mg ao dia, por via oral, durante 7 a 10 dias.

MOXIFLOXACINO AVALOXInformaes tcnicas: a ao bactericida resulta da interferncia com as topisomerases II e IV, enzimas estas, essenciais que controlam a topologia do DNA e tomam parte na replicao, reparao e transcrio do mesmo. Portanto, o mecanismo de ao similar e comum aos derivados quinolnicos, no entanto o devido a peculiaridades da sua composio qumica, apresenta uma maior atividade contra bactrias Gram-positivas. Indicaes, contra-indicaes, interaes medicamentosas, etc., so similares aos outros derivados fluorquinolnicos. Posologia: 400 mg ao dia, durante 7 a14 dias.

NORFLOXACINO CHIBROXIN FLOXACIN FLOXINOL NORACIN

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QUINOFORM RESPEXIL UROSEPTALInformaes tcnicas: por atingir concentraes altas apenas na urina e baixa no plasma, tem indicao e, seu uso maior , no tratamento de infeces do trato urinrio. Contra-indicaes e interaes medicamentosas, j foram descritas em outros derivados das quinolonas. Posologia: 400 mg de 8/8 ou 12/12 horas.

OFLOXACINO FLOXSTAT OFLOX OFLOXANInformaes tcnicas: suas aes so semelhantes s do norfloxacino, embora possa ter indicao tambm para infeces do trato respiratrio, da pele e tecidos moles. Seu uso est restrito a hospitais. Contra-indicaes, interaes medicamentosas, etc., no fogem a regra das quinolonas. Posologia: de 200 a 400 mg de 12/12 horas, durante 5 a 10 dias.

PEFLOXACINO PEFLACINInformaes tcnicas: suas aes so semelhantes s do norfloxacino, e seu uso restrito a hospitais. Indicaes, contra-indicaes, interaes medicamentosas, etc., seguem a regra das quinolonas. Posologia: 200 a 400 mg de 12/12 horas , durante 5 a 10 dias.

PENICILINASSo derivados do cido 6-aminopenicilnico, que por terem o anel betalactmico, so conhecidas tambm, junto com as cefalosporinas, como antibiticos beta-

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lactmicos. So inativadas por hidrlise e pelas enzimas acilases e beta-lactamases. As penicilinas mais antigas, como a benzilpenicilina, so extradas de culturas de Penicillium chrysogenum e, as mais recentes so semi-sintticas, obtidas mediante a incorporao, por via sinttica, de grupamentos qumicos especiais. A alta eficcia e baixa toxicidade, fazem delas a classe de antibiticos mais usados e, parecem no ser teratognicas, embora nem todas tenham sido submetidas a estudos na gravidez. Sua ao antibacteriana (a maioria tem ao bactericida) se deve inibio da enzima transpeptidase, que catalisa a biossntese da ltima etapa da formao da parede celular, que como resultado, devido a forte presso interna da bactria, promove a ruptura da parede e expulso do citoplasma bacteriano, com subseqente morte do m.o. Assim as penicilinas e outros beta-lactmicos matam somente as bactrias em crescimento, sendo irracional administrar concomitantemente a penicilina que bactericida, bacteriostticos, como clindamicina, cloranfenicol, eritromicina, sulfonamidas ou tetraciclinas. Os principais efeitos adversos das penicilinas so as reaes de hipersensibilidade. A resistncia dos m.o.s. s penicilinas limita o seu espectro de ao, tornando-se resistentes por um ou mais dos seguintes mecanismos: 1. inativao por beta-lactamases bacterianas; 2. permeabilidade diminuda da clula bacteriana penicilina, o que impede o antibitico de atingir as protenas ligantes apropriadas; 3. alterao nas protenas ligantes a penicilinas que impedem a ligao penicilina e, 4. tolerncia. Do ponto de vista clnico, o mecanismo de resistncia adquirida mais importante a produo de enzimas (beta-lactamases) inativantes, por estafilococos e bactrias Gram-negativas. As beta-lactamases estafiloccicas podem ser transferidas de uma bactria para outra por transduo e, so consideradas penicilinases verdadeiras porque inativam as molculas de penicilinas, mas no as de cefalosporinas, embora algumas penicilinas, a cloxacilina, a dicloxacilina, a meticilina, a nafcilina e a oxacilina, sejam resistentes s penicilinases estafiloccicas. Contra-indicaes: 1. hipersensibilidade s penicilinas, cefalosporinas, cefamicinas ou penicilamina; 2. gravidez e lactao e, 3. insuficincia renal. Precaues: 1. pacientes intolerantes a uma penicilina, podem ser a outras; 2. pacientes intolerantes a cefalosporinas, griseofulvina ou penicilamina, podem tambm ser intolerantes penicilinas e, 3. em tratamentos prolongados com penicilinas, podendo ocorrer superinfeco por fungos ou bactrias. Efeitos adversos: 1. reaes de hipersensibilidade, que vo desde erupes cutneas at o choque anafiltico;

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2. pacientes hipersensveis a uma penicilina so a todas e, tambm s cefalosporinas; 3. anemia, trombocitopenia, prpura trombocitopnica, eosinofilia, leucopenia e, agranulocitose; 4. mononucleose infecciosa; 5. nusea, vmito e diarria; 6. colite pseudomembranosa; 7. erupes maculopapulares eritematosas e, urticria e, 8. em tratamentos prolongados, superinfeco por microrganismos resistentes. Interaes medicamentosas: 1. doses altas por via endovenosa podem causar alteraes hemostticas e interferir na coagulao, se tomadas concomitantemente com heparina ou anticoagulantes orais; 2. beta-bloqueadores podem aumentar o risco e gravidade de reaes anafilticas; 3. cloranfenicol diminui-lhes o efeito e aumenta a sua prpria meia-vida; 4. probenicida diminui sua secreo tubular e prolonga seus nveis sangneos e, 5. a associao com quimioterpicos bacteriostticos incua, podendo interferir com o efeito bactericida das penicilinas. O tratamento da superdosagem ou hipersensibilidade, consiste na administrao de anti-histamnicos e corticosterides sistmicos, porm nas reaes anafilactides graves impe-se tratamento de emergncia imediato, com epinefrina parenteral, oxignio, adrenocorticides intravenosos e tratamento das vias areas, incluindo a intubao.

AMOXICILINA AMOXIL AMPLAMOX CIBRAMOX HICONCIL NOVOCILIN NOVOXIL PENVICILIN

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VELAMOXInformaes tcnicas: trata-se de uma penicilina semi-sinttica, cuja estrutura semelhante, quase idntica a da ampicilina, que a exemplo desta possue espectro de ao amplo e bactericida, porm apresentando vantagens, quanto a melhor absoro no trato gastrintestinal, menor predisposio a diarrias e a presena de alimento no interfere tanto na sua absoro. cido-resistente, mas sofre inativao por efeito das beta-lactamases produzidas por vrias bactrias. Indicaes: tratamento de infeces bacterianas causadas por germes sensveis ao da amoxicilina; infeces da pele e tecido mole, do trato respiratrio, tais como faringites, otites e sinusites. Contra-indicaes: as comuns as penicilinas. Interaes medicamentosas: alm das j citadas, o alopurinol aumenta o risco de acidentes cutneos. Posologia: Adultos: de 750 mg a 1,5 g diariamente divididas em 3 tomadas (8/8 horas). Crianas: 20 a 40 mg/kg/dia, administradas de 8/8 horas, durante 7 a 10 dias.

AMPICILINA AMPICIL AMPIFAR AMPLACILINA AMPLOFEN BINOTAL GRAMCILINA RESPICILIN TOTACILINInformaes tcnicas: trata-se de uma penicilina semi-sinttica com ao bactericida de amplo espectro de ao, muito maior que o da benzilpenicilina, sendo ativa contra certas bactrias Gram-negativas aerbias, alm do espectro de gram-

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positivos sensveis, como estafilococos, estreptococos e pneumococos. No entanto, sofre inativao por efeito das beta-lactamases produzidas por vrias bactrias. Pode ser utilizada por via oral, intramuscular e endovenosa. Indicaes: em infeces por microrganismos sensveis; tratamento de infeces da pele e tecidos moles, abcessos, endocardite bacteriana (teraputica e profilaxia) , infeces do trato bucofarngeo e respiratrio, septicemia bacteriana. Contra-indicaes: alm das comuns as penicilinas, em infeces por vrus do grupo herpes. Efeitos adversos: alm dos j citados, leses da pele, incluindo a sndrome de Stevens-Johnson. Interaes medicamentosas: alm das comuns as penicilinas, podem diminuir a eficcia dos anticoncepcionais orais contendo estrognio. Posologia: Adultos: de 500 mg a 1 g de 6/6 horas. Crianas: de 50 a 100 mg/kg/dia, em tomadas divididas de 6/6 horas.

AMPICILINA BENZATINA AMPIZAM AMPLOTAL BENZOTAL BINOTINE BIO-PEN DURAPEN OPTACILINInformaes tcnicas: constitui forma de depsito da ampicilina, por se tratar de um sal pouco solvel em gua, conferindo assim, a base benzatina, uma ao mais prolongada ao antibitico; sendo comercializada somente em associao com a ampicilina sdica, na proporo de 5:1, normalmente.

BENZILPENICILINA MEGAPEN 1, 5 E 10 MILHES DE UI PENICILINA G POTSSICA 5.000.000 E 10.000.000 UI

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Informaes tcnicas: uma penicilina natural, cido-lbil, produzido elo Penicillium chrysogenum, ativa in vitro contra a maioria das bactrias Gram-positivas (exceto os estafilococos produtores de beta-lactamase), cocos Gram-negativos e bactrias anaerbias (exceto o grupo de Bacteroides fragilis), alm de espiroquetas e certos bacilos Gram-negativos. Apresenta-se como antibitico bactericida de espectro estreito, porm com alto ndice quimioterpico e preo baixo, sendo ainda utilizado pelas vias oral, intramuscular e intravenosa, embora por via oral seja absorvida errtica e incompletamente (cerca de 15 a 30%), sofrendo destruio pelo suco gstrico, tendo seu uso seguro quando administrado pelas outras vias. Indicaes: por via oral: tratamento de erisipelas, faringites bacterianas, gengivoestomatite ulcerativa necrosante, infeces de pele e dos tecidos moles, pneumonia, profilaxia de febre reumtica. Por via parenteral: alm das j citadas, possui uma gama maior de atividade pela sua melhor absoro e confiabilidade na administrao, sendo indicada para abcesso cerebral, actinomicose e, diversos tipos de meningites e pneumonias. Contra-indicaes: as comuns s penicilinas. Interaes medicamentosas: alm das j citadas, pode interagir com outras drogas nefrotxicas como o captopril, diurticos poupadores de potssio, enalapril, lisinopril e, outros medicamentos que contm potssio ou suplementos de potssio. Quando tomados concomitantemente com a benzilpenicilina potssica por via parenteral tendem a promover o acmulo de potssio srico, podendo causar hiperpotassemia, sobretudo em pacientes com insuficincia renal. A colestiramina e o colestipol podem retardar ou diminuir sua absoro. Sucos de frutos cidos e outras bebidas cidas podem inativ-la. Posologia: Adultos: por via oral a dose recomendada de 1.600.000 a 3.200.000 UI/dia, de 6/6 horas. Por via parenteral a dose preconizada de 1.200.000 a 24.000.000 UI/dia em tomadas divididas, a cada 4 horas. Crianas: por via oral: 40.000 a 80.000/kg/dia, divididas em 4 tomadas. Por via parenteral: 100.000 a 250.000 UI/kg/dia, em tomadas divididas a cada 4 horas.

BENZILPENICILINA BENZATINA BENZETACIL LONGACILIN PENICILINA G BENZATINAInformaes tcnicas: constitui forma de depsito da benzilpenicilina, sendo pouco solvel em gua e, por isto administrada a intervalos mais longos que essa. administrada apenas por via intramuscular.

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Indicaes, contra-indicaes e interaes medicamentosas: as mesmas da benzilpenicilina. Posologia: Adultos: 1.200.000 UI em dose nica. Crianas: 50.000 UI/kg em dose nica.

BENZILPENICILINA PROCANA BENAPEN CIBRAMICINA DESPACILINA ISACILIN LINFOCILIN PENICILINA G POTSSICA + PROCANA WYCILLIN RInformaes tcnicas: consiste forma de depsitos da benzilpenicilina, que so pouco solveis em gua, apresentando nvel srico teraputico prolongado, por isto, pode ser usado com intervalos mais longos entre as administraes. Indicaes, contra-indicaes e interaes medicamentosas: so as mesmas da benzilpenicilina, porm devido a presena da procana, pode ocorrer sensibilidade com outros anestsicos locais do tipo ster. Posologia: Adultos e Crianas: 600.000 a 1.200.000 UI por dia em uma ou duas tomadas, durante 10 a 14 dias.

CARBENICILINA CARBENICILINAInformaes tcnicas: uma penicilina semi-sinttica bactericida de amplo espectro, cuja atividade contra Gram-positivos e cocos Gram-negativos consideravelmente menos intensa que a da ampicilina ou benzilpenicilina, porm seu espectro de ao contra os bacilos aerbios Gram-negativos mais amplo que o da ampicilina. Sua maior vantagem clnica sobre a ampicilina e a benzilpenicilina sua

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atividade contra as cepas de Pseudomonas aeruginosa. Atua tambm como inibidora da agregao plaquetria. usada somente por via parenteral, pois lbil no suco gstrico. Indicaes: tratamento de infeces causadas por cepas sensveis de Pseudomonoas aeruginosa (tem efeito sinrgico com a gentamicina ou tobramicina), infeces da pele e tecidos moles, do trato genitourinrio, meningites, abcessos cerebrais, septicemia bacteriana. Contra-indicaes: as comuns as penicilinas. Interaes medicamentosas: alm das j citadas, os antibiticos aminoglicosdios, principalmente a gentamicina e tobramicina, produzem efeito sinrgico, mas devem ser administrados separadamente, pois se misturados so inativados pela carbecilina. Os anticoagulantes cumarnicos ou indandinicos, heparina ou agentes trombolticos podem aumentar o risco de hemorragia quando tomados concomitantemente. Os antiinflamatrios no-esterides, especialmente o cido acetilsaliclico, o diflunisal, outros salicilatos, outros inibidores da agregao plaquetria ou sulfimpirazona podem aumentar o risco de hemorragia quando administradas concomitantemente a carbecilina. Efeitos adversos: alm dos j citados, distrbios hemorrgicos associados com tempo de sangramento e de protrombina, sobrecarga de sdio. Posologia: adultos: 4 a 8 g/dia, divididas em tomadas de 6/6 horas; crianas: 50 a 200 mg/kg/dia em tomadas divididas de 6/6 horas.

DICLOXACILINA DICLOXACILINAInformaes tcnicas: uma penicilina bactericida de espectro estreito, ativo contra determinados cocos Gram-positivos, incluindo a maioria de cepas de estreptococos beta-hemolticos, pneumococos e estafilococos. Apresenta atividade antibacteriana intrnseca menor e espectro mais estreito que a benzilpenicilina, porm resistente s beta-lactamases e ao suco gstrico. Indicaes: no tratamento de infeces sensveis a droga, profilaxia de endocardite bacteriana, infeces por estafilococos, da pele e dos tecidos moles e, sinusite. Contra-indicaes e interaes medicamentosas: so aquelas j descritas nas demais penicilinas. Posologia: Adultos, 1 hora antes ou 2 aps as refeies, 1 a 2 g/dia, divididas de 6/6 horas. Crianas: 12,5 a 25 mg/kg/dia, de 6/6horas.

FENOXIMETILPENICILINA MERACILINA

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ORACILIN PENCILIN V PENICILINA V PEN-VE-ORALInformaes tcnicas: esta penicilina tambm conhecida como penicilina V, obtida inicialmente por via biossinttica e, hoje por via semi-sinttica. Seu espectro de ao estreito, embora seja bactericida, sua atividade contra bactrias Gram-positivas comparvel da benzilpenicilina, sendo entretanto menos ativa contra as bactrias Gram-negativas. inativada pela beta-lactamase, porm por ser estvel no suco gstrico, ativa por via oral. Quando administrada em dose equivalente s da benzilpenicilina proporciona concentraes plasmticas 2 a 5 vezes maiores. Indicaes e contra-indicaes so semelhantes a da benzilpenicilina. Interaes medicamentosas: alm das mencionadas anteriormente, pode diminuir a eficcia dos anticoncepcionais orais e aumentar a tendncia hemorragia. A neomicina por via oral pode diminuir sua absoro. Posologia: Adultos: 125 a 500 mg de 6/6 horas. Crianas: 25 a 50 mg/kg/dia, divididas em tomadas de 6/6 horas.

METAMPICILINA GRAMCILINA PRAVACILINInformaes tcnicas: forma latente mais estvel da ampicilina e, em conseqncia, suas aes e usos, indicaes, contra-indicaes, interaes medicamentosas e posologia so semelhantes.

OXACILINA OXACILINA STAFICILIN-NInformaes tcnicas: uma penicilina semi-sinttica, bactericida de espectro estreito, aparentado da dicloxacilina e, utilizada como alternativa ao uso desta,

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sendo resistente beta-lactamase e estvel ao no suco gstrico, podendo ser utilizada tambm por via oral. Indicaes: alm das mencionadas nas dicloxacilinas, podem ser utilizadas em tratamentos de infeces estafiloccicas, principalmente as causadas pelo S. aureus, septicemia, profilaxia de endocardite bacteriana. Contra-indicaes e interaes medicamentosas: so as mesmas das dicloxacilinas. Posologia: Adultos, 500 mg a 1g de 4/4 ou 6/6 horas. Crianas: 50 a 100 mg/kg/dia, em tomadas divididas em 6/6 horas.

CEFALOSPORINASAs cefalosporinas so derivados do cido 7-aminocefalospornico, cujos mecanismos de ao e demais propriedades so anlogos aos das penicilinas. So bactericidas de amplo espectro, com alto ndice quimioterpico. Embora as estruturas qumicas das cefalosporinas sejam semelhantes s das penicilinas, baixa a hipersensibilidade cruzada entre elas. No entanto, deve-se evitar o uso de cefalosporinas em pacientes que apresentarem reaes de hipersensibilidade imediata (urticria, broncoespasmo, angioedema ou anafilaxia) s penicilinas, devendo estes pacientes ser tratados com antibiticos que no possuam anel beta-lactmico. As cefalosporinas so classificadas em primeira, segunda, terceira e quarta geraes, grupos estes, que so divididos por espectro bacteriano. Ao progredir da primeira quarta gerao, amplia-se o espectro contra germes Gram-negativos, ocorre perda de eficcia contra microrganismos Gram-positivos, aumenta a eficcia contra m.o.s. resistentes e sobe o custo. Dentro de cada grupo o que diferencia, principalmente, a farmacocintica, sendo que aqueles da primeira e segunda gerao no so considerados antibiticos de primeira escolha para o tratamento da maioria das infeces, preferindo-se antibiticos igualmente ativos e menos dispendiosos. Contra-indicaes: 1. hipersensibilidade s cefalosporinas; 2. gravidez e lactao e, 3. insuficincia renal. Precaues: 1. pacientes intolerantes a uma cefalosporina, podem ser tambm a outras; 2. pacientes intolerantes a penicilinas e seus derivados podem tambm ser s cefalosporinas; 3. tratamentos prolongados podem favorecer superinfeco por fungos ou bactrias e, 4. por serem nefrotxicas, devem ser usadas com cautela na insuficincia renal. Efeitos adversos: 1. reaes de hipersensibilidade, como erupes cutneas maculopapulares;

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2. pirose, anorexia, nusea, vmito, diarria, glossite, dor abdominal, flatulncia, dispepsia, colite; 3. dor no local da injeo intravenosa ou tromboflebite aps administrao intravenosa; 4. eosinofilia, neutropenia transitria, linfocitose, leucocitose, leucopenia, trombocitopenia, agranulocitose, anemia hemoltica; 5. hipotenso, febre, dispnia e pneumonia intersticial e, 6. superinfeco, principalmente por Pseudomonas, candida e enterococos. Interaes medicamentosas: 1. agentes bacteriostticos podem interferir com sua ao bactericida; 2. agentes nefrotxicos, como antibiticos aminoglicosdios, colistina, polimixina B e vancomicina aumentam a probabilidade de nefrotoxicidade; 3. diurticos de ala potentes podem aumentar a possibilidade de toxicidade renal e, 4. a probenicida aumenta e prolonga seus nveis plasmticos, inibindo competitivamente a secreo tubular renal.

CEFALOSPORINAS DE PRIMEIRA GERAOInformaes tcnicas: as cefalosporinas de primeira gerao tm espectro antibacteriano semelhante, apresentando atividade satisfatria contra bactrias Grampositivas e atividade modesta contra alguns m.o Gram-negativos. Possui indicao em infeces leves e moderadas do trato respiratrio, trato urinrio, da pele e estruturas da pele e sseas causadas por m.o.s. sensveis nas quais os antibiticos preferenciais so ineficazes ou no so tolerados. Podem estar associadas com aminoglicosdios. So drogas alternativas s penicilinas antiestafiloccicas ou antiestreptoccicas, em pacientes alrgicos s penicilina para infeces como artrite sptica, endocardite causada por Staphylococcus aureus e Streptococcus viridans e osteomielites. So tambm utilizadas na profilaxia antimicrobiana em procedimentos cirrgicos. Indicaes: 1. tratamento de infeces causadas por bactrias sensveis, de feridas por queimaduras, sseas e das articulaes da pele e tecidos moles; 2. bacteremia e endocardite; 3. tratamento de infeces do trato respiratrio, tal como as sinusites que no respondem a outros medicamentos e, 4. profilaxia pr-operatria, quando a contaminao for considerada de alto risco.

CEFADROXILA CEFADROXIL

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CEFAMOX DROCEFPosologia: Adultos: 1 a 2g/dia, em 2 tomadas de 12/12 horas. Crianas: 30mg/kg/dia, em tomadas divididas a cada 12 horas.

CEFALEXINA CEFALEN CEFALEXIN CEFALEXINA CEFAPOREX CEPOREXIN KEFLEXPosologia: Adultos: 1 a 4 g/dia, fracionados em quatro tomadas, de 6/6 horas. Crianas: 25 a 50 mg/kg/dia, em 4 tomadas, de 6/6 horas.

CEFALOTINA CEFALIN CEFALOT CEFALOTINA KEFLIN NEUTROInformaes tcnicas adicionais: embora seja inativada pelas betalactamases das bactrias Gram-negativas, altamente resistente s beta-lactamases estafiloccicas. A via de administrao exclusivamente parenteral. Posologia: Adultos: 4 a 12 g/dia, fracionadas de 6/6 horas. Crianas: 80 a 160 mg/kg/dia, em tomadas divididas de 6/6 horas.

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CEFAZOLINA CEFAMEZIN KEFAZOLInformaes tcnicas adicionais: inativada tambm pelas beta-lactamases. Apresenta propriedades superiores s cefalotinas, tais como ligao mais alta s protenas, volume mais baixo de distribuio e velocidade mais lenta de eliminao, que concorrem para que atinja concentraes sricas mais altas e mais prolongadas. Possue tambm administrao exclusiva por via parenteral. Posologia : Adultos: de 1,5 a 8 g/dia, divididas em tomadas de 6/6 ou 8/8 horas. Crianas: 25 a 50 mg/kg/dia em 3ou 4 tomadas.

CEFALOSPORINAS DE SEGUNDA GERAOInformaes tcnicas: so antibiticos bactericidas de amplo espectro de ao, semelhantes ao das cefalosporinas de primeira gerao, por via oral, no entanto, mais ativas contra bactrias Gram-negativas, no obstante manifestarem atividade ligeiramente menor ou varivel contra a maioria dos cocos Gram-positivos. So antibiticos estveis frente penicilinase estafiloccica e betalactamase. Ao contrrio das cefalosporinas de primeira gerao, que embora se distribuam na maioria dos tecidos e fluidos orgnicos, mas no atingem concentraes teraputicas no lquor, mesmo na presena de inflamao, as de segunda gerao (exclusivamente a cefuroxima) penetram as meninges inflamadas e atingem concentraes no lquor adequadas ao tratamento de meningites bacterianas. Tal fato de suma importncia para o CD-BMF, quando na profilaxia antibitica de redues cruentas de fraturas de frontal, especificamente, quando a abordagem cirrgica se fizer pela inciso bicoronal SCALP, onde h um risco potencial de infeces das meninges, via veias emissrias, que transfixam calota craniana, colocando em ntimo contato couro cabeludo (onde a inciso realizada) e as meninges. Indicaes: 1. tratamento de infeces de feridas por queimaduras, sseas e das articulaes, da pele e tecidos moles, do trato respiratrio e do trato urinrio; 2. tratamento de bacteremia, meningite e pneumonias e, 3. profilaxia pr-operatria durante certos procedimentos cirrgicos.

CEFACLOR CECLOR

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CECLOR AF FACLOR PLECORInformaes tcnicas adicionais: constitui alternativa s associaes eritromicina/sulfisoxasol, sulfametoxazol/trimetoprima e amoxicilina/clavulonato de potssio para otite mdia aguda e sinusite aguda, causada por cepas resistentes de microrganismos. Produz reaes semelhantes doena do soro. administrada por via exclusivamente oral. Posologia: Adultos: 250 a 500 mg de 8/8 horas. Crianas: 6,7 a 13,4 mg/kg de 8/8 horas.

CEFOXITINA CEFOXITINA SDICA MEFOXINInformaes tcnicas adicionais: na verdade trata-se de uma cefamicina altamente resistente s betalactamases, cuja via de administrao exclusivamente parenteral. Possui espectro de ao antibacteriano amplo contra germes patognicos Gram-positivos e Gram-negativos, aerbios e anaerbios. Posologia: Adultos: 1g de 6/6 ou 8/8 horas, ou ainda em caso de infeces mais graves pode ser usada 2g de 4/4 horas ou 3g de 6/6 horas. Crianas: 80 a 160 mg/kg/dia de 4/4 ou 6/6 horas.

CEFPROZILA CEFZILInformaes tcnicas adicionais: uma cefalosporina utilizada pela via oral. Embora apresente discretas alteraes de fosfatase alcalina e bilirrubinas, no necessria a reduo da dose na insuficincia heptica. Em pacientes com disfuno renal grave, reduzir a dose pela metade ou substituir por antibitico que no possua nefrotoxicidade. Pacientes com fenilcetonria, devem ser alertados de que o cefprozil contm 28mg de fenilalanina para cada 5 ml. Posologia: de 250 a 500 mg de 12/12 horas.

CEFUROXIMA

MARCOS MAURCIO CAPELARI E CLVIS MARZOLA MANUAL DE TERAPUTICA EM CIRURGIA BUCO-MAXILO-FACIAL

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ZINNAT (CEFUROXIMA AXETILA) ZINACEF (CEFUROXIMA SDICA)Informaes tcnicas adicionais: a nica cefalosporina de segunda gerao que penetra adequadamente o lquor, por isto, dentre as parenterais, parece ser a mais til clinicamente, sobretudo na profilaxia pr-operatria ou tratamento das meningites causadas por patgenos comuns. No causa hipoprotombinemia nem reao semelhante provocada pelo dissulfiram. As vias de administrao so tanto oral,como parenteral. Posologia: Cefuroxima sdica: Adultos: de 750mg a 1,5g, de 8/8 ou 6/6 horas. Crianas: 30 a 100mg/kg/dia, divididos em 3 a 4 doses, sendo a dose de 60mg/kg/dia, normalmente satisfatria. Em caso de terapia nica nas meningites bacterianas, pode ser usado em adultos 3g IV de 8/8 horas; em crianas, 150 a 250 mg/kg/dia IV divididos em 3 a 4 tomadas. Cefuroxima axetila: Adultos: 250 a 500 mg de 12/12 horas, ou 1.000mg em dose nica. Crianas: 20 a 30 mg/kg/dia divididas em 2 doses.

CEFALOSPORINAS DE TERCEIRA GERAOInformaes tcnicas: Geralmente so menos ativas que as cefalosporinas da primeira e segunda gerao contra cocos Gram-positivos, mas so mais potentes contra as Enterobacteriaceae (Citrobacter, Escherichia coli, Enterobacter, Klebsiella, Morganella, Proteus, Providencia, Salmonella, Serratia e Shigella), incluindo as cepas produtoras de beta-lactamases. Em sua grande maioria, apresentam alto grau de estab