manual de simulacao empresarial

79
Manual de Simulação Empresarial Jogo de Empresas 1. A SIMULAÇÃO EMPRESARIAL Consiste em um exercício seqüencial de decisão, estruturado sobre um modelo de operação empresarial, em que os participantes assumem o papel de gerentes das empresas, mediante a utilização de um software específico. No presente caso, o jogo consiste na simulação de funcionamento de até 9 empresas industriais de pequeno porte, produzindo e comercializando o mesmo produto em um mercado altamente competitivo. As equipes representam as diretorias das empresas e serão responsáveis pelas decisões envolvendo as suas diversas áreas. O objetivo da simulação empresarial é, portanto, desenvolver habilidades empresariais aos participantes nas áreas de : Administração geral – proporcionando a integração entre equipes, visão estratégica, conhecimento dos processos internos da empresa e avaliação do ambiente macroeconômico;

Upload: zicadopv

Post on 29-Sep-2015

23 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Manual explicando as vantagens do simulador para Jogos de Empresa uma forma prática dos alunos terem contato do que irão encontras nas empresas que os mesmos serão inseridos no seu futuro negócio

TRANSCRIPT

JOGO DE EMPRESAS

Manual de Simulao EmpresarialJogo de Empresas1. A simulao empresarial

Consiste em um exerccio seqencial de deciso, estruturado sobre um modelo de operao empresarial, em que os participantes assumem o papel de gerentes das empresas, mediante a utilizao de um software especfico.

No presente caso, o jogo consiste na simulao de funcionamento de at 9 empresas industriais de pequeno porte, produzindo e comercializando o mesmo produto em um mercado altamente competitivo.

As equipes representam as diretorias das empresas e sero responsveis pelas decises envolvendo as suas diversas reas.

O objetivo da simulao empresarial , portanto, desenvolver habilidades empresariais aos participantes nas reas de : Administrao geral proporcionando a integrao entre equipes, viso estratgica, conhecimento dos processos internos da empresa e avaliao do ambiente macroeconmico; Vendas mediante o estabelecimento de preos e polticas de marketing; Produo programando a aquisio de insumos, investindo em pesquisa e desenvolvimento e na manuteno e ampliao do parque fabril; Finanas elaborando oramentos, fluxos de caixa , demonstraes de resultado , balanos patrimoniais e analisando resultados contbeis e financeiros.Os principais benefcios da simulao empresarial para o aprendizado das equipes, so: Compactao do tempo as decises so tomadas por trimestres, podendo-se facilmente simular as atividades operacionais da empresa durante o perodo de 2 anos, por exemplo. Participantes so agentes ativos neste caso, o professor assume o papel de consultor, orientando as equipes e demonstrando a relao entre as decises tomadas, os aspectos tericos e os possveis efeitos prticos. Aprendizagem baseada em tentativa e erro - os participantes tm a oportunidade de familiarizarem-se com a administrao da empresa atravs da reflexo sobre os erros e acertos cometidos. Neste aspecto, o papel do professor relevante, no sentido de mostrar aos alunos as razes dos seus sucessos e fracassos. Viso global e integrada as decises necessariamente so interrelacionadas , conduzindo o participante a adquirir uma viso global da empresa.Os resultados da simulao empresarial so determinados pelas interaes entre e dentro das equipes participantes. Desenrola-se no contexto da conjuntura econmica que se encontra modelada no computador.

Muito embora o modelo seja basicamente determinstico, os resultados tambm estaro sujeitos incerteza uma vez que, "variaes ao acaso", e mesmo "a sorte", estaro presentes na simulao, introduzidas tanto pelos participantes quanto pelo fato do sistema usar tabela de nmeros aleatrios na construo dos cenrios econmicos..

No jogo os participantes se defrontaro com informaes relevantes a respeito da inflao, variaes sazonais da demanda e das condies gerais da economia e para obter um bom desempenho, tais informaes devero ser avaliadas com inteligncia e tirocnio ao se tomar as decises relativas s operaes da firma.

O presente Jogo de Empresas procura reproduzir a sistemtica utilizada para a tributao do lucro. Alguns aspectos importantes do Imposto de Renda so introduzidos na simulao, tais como a possibilidade de se adquirir incentivo para novos investimentos e a utilizao da depreciao acelerada..

Para um completo aproveitamento por parte do aluno, o procedimento do jogo de empresa deve se basear no seguinte fluxo de procedimentos:Figura 1

Dinmica da simulao

Desta forma, as etapas a serem realizadas pelos participantes compreendem :

1 . Entendimento dos processos da empresa simuladaPor esta razo o captulo 2 descrever a empresa e o seu modo de operao. Como no se necessita memorizar nenhum tipo de informao para a realizao da simulao, este manual dever ser consultado durante todo o tempo, sendo a nica referncia bibliogrfica necessria para a continuao dos trabalhos;

2 . Uso da planilha de apoio deciso

Antes de tomar uma deciso, necessrio que a equipe simule o efeito que a mesma trar para a empresa. Isto feito mediante o uso da Planilha de Apoio Deciso (PAD) , disponibilizada para todos os participantes. atravs desse instrumento que os mesmos faro o planejamento financeiro e tero condies de reavaliar as decises tomadas. No captulo 3 realizado um exerccio simulado para a utilizao prtica da planilha em um perodo.

3 . Tomada de deciso

Aps analisar e eventualmente rever as decises tomadas, as equipes entregam as decises definitivas para serem processadas no software de simulao empresarial. A sada deste programa o resultado referente ao desempenho da empresa, baseado nas decises tomadas por todos os participantes.

As DecisesCada equipe administra sua empresa tomando as seguintes decises trimestrais:

- Preo do Produto;- Despesa de Marketing;- Despesa de Manuteno;- Investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D);- Volume de produo;- Investimento em capacidade produtiva;- Compra de matria-prima;- Distribuio de dividendos;- Outras despesasRelatrios GerenciaisUma vez tomadas s decises por todas as equipes, o administrador da simulao se encarregar de dar entrada no computador. Estas decises, junto com os dados histricos da empresa, constituiro os dados de entrada do programa.

O software simula as operaes da indstria e produzir, como resultado do processamento dois relatrios (cujos modelos so apresentados no Anexo 1), a seguir descritos:Relatrio da EmpresaApresenta informaes voltadas especificamente para cada empresa, tais como participao de mercado, estoque de produtos, capacidade produtiva, potencial de crescimento, fluxo de caixa etc.Relatrio de MercadoContem informaes a respeito dos concorrentes , indicadores macroeconmicos utilizados na simulao e posio da empresa em relao ao mercado . Algumas informaes financeiras das empresas, contempladas nas demonstraes contbeis formais, so reproduzidas para conhecimento de todos os participantesAps o processamento de um dado perodo, o coordenador da simulao fornecer as previses trimestrais do Indice de Atividade Econmica (IAE) responsvel pelas variaes nas condies gerais da economia ,ou seja, as expanses e contraes do ciclo econmico como tambm previses da taxa de inflao, dos juros bsicos da economia e da variao sazonal. Essas previses so fornecidas atravs de um jornal econmico (cujo modelo encontra-se tambm apresentado no Anexo 1), o qual tambm fornecer notcias relacionadas com a simulao, empresas, mercado e economia, constituindo-se no canal formal de comunicao entre o coordenador da simulao e os participantes.Finalmente, deve ser lembrado que o perodo adotado neste jogo de empresas o trimestre. Significa que todos os parmetros associados simulao devem se voltar para esta periodicidade. Assim, por exemplo, ao se conhecer o valor de uma taxa de juros anual, deve-se proceder converso para um valor trimestral, a fim de que a taxa possa ser utilizada como parmetro no trimestre.O presente Jogo de Empresas procura demonstrar para os participantes a necessidade de se proceder a um eficiente processo de oramento empresarial, a fim de atingir os melhores resultados. Logo, neste exerccio, a tomada de decises ser sempre precedida da realizao de um planejamento trimestral, no apenas como forma de auxiliar a aprendizagem na elaborao do oramento empresarial, como principalmente com a inteno de mostrar aos participantes o benefcio que tal processo traz para os resultados de uma empresa.No presente caso, a empresa simulada uma indstria de pequeno porte, caracterizada como uma sociedade annima de capital fechado responsvel pela moldagem de chapas de alumnio. Os detalhes a respeito da firma considerada sero apresentados no captulo seguinte. Sugere-se que cada empresa seja representada por equipe de at quatro participantes. Cada membro da equipe deve ter uma funo na administrao da mesma. Assim, a diviso das tarefas pode se orientar para a gesto comercial, rea de produo , bem como para as finanas, devendo haver o rodzio entre os participantes com o intuito de proporcionar maior aproveitamento ao exerccio . Em uma situao ideal, tal simulao empresarial dever ser aplicada a alunos com um conhecimento mnimo da administrao de uma empresa, bem como dos impactos sofridos pelas mesmas , resultantes do ambiente macroeconmico. As equipes representam as diretorias das empresas e a conduo de todo o processo fica a cargo do instrutor (coordenador) , o qual ser o responsvel pela definio das variveis macroeconmicas, conduo do processo e eventual prestao de consultorias.A simulao inicia com a distribuio de 2 relatrios - Relatrio da Empresa e Relatrio de Mercado - e do jornal intitulado Gazeta Econmica. No primeiro trimestre os relatrios empresariais so idnticos para todas as empresas, que partem, portanto, de uma mesma situao inicial.

Os relatrios e o jornal so os principais instrumentos para que as empresas tomem decises para o prximo trimestre. Aps todas realizarem os seus oramentos, simularem os resultados previstos e enviarem os resultados, estes ltimos, juntamente com os parmetros criados pelo coordenador, so introduzidos no software simulador, que os processa , gerando relatrios referentes ao perodo que passou , assim como uma nova edio do jornal com os cenrios futuros , os quais permitiro mais uma rodada de tomada de decises. Esta dinmica se repete de modo que durante a simulao possam ser simulados vrios trimestres da administrao de uma empresa industrial.

Questes:1) Como se d a dinmica da simulao empresarial?2) Quem determina os aspectos macroeconmicos da simulao e como so repassadas as informaes macroeconmicas para as empresas?3) Quais so os relatrios distribudos e as respectivas informaes contidas neles?4) A simulao dividida em perodos. Um perodo corresponde a quanto tempo?5) Quais os pontos fortes e fracos do uso dos Jogos de Empresas para o aprendizado do processo de oramento empresarial ?

6) Por que importante fazer o oramento empresarial antes de tomar as decises empresariais?

7) Por quantas vezes o processo de planejamento, anlise de resultados e tomada de deciso deve ser repetido em cada perodo ?

2. A empresa simulada

A tarefa das diretorias das empresas (representadas pelas equipes participantes) consiste em empregar os recursos de sua companhia (caixa, fbrica, empregados, estoques, etc.) de forma a maximizar a taxa de retorno sobre o capital investido na companhia (Patrimnio Lquido).

O esforo para aumentar as vendas deve ser considerado luz dos custos e despesas correspondentes, envolvendo, portanto, o trade-off entre o lucro e itens como despesas com marketing, capacidade instalada e volume de produo. Os programas de investimentos e pagamento de dividendos devem ser compatibilizados com os fundos disponveis. Todos estes fatores precisam ser equacionados face a uma concorrncia e uma economia em dinmica evoluo. A nfase na necessidade de planejar fica patenteada pelo fato de que decises integradas e sistemticas geralmente produzem resultados superiores aos de decises pontuais.

As informaes constantes dos prximos pargrafos sero teis na elaborao dos planos de ao.

A EmpresaConsiste de uma pequena sociedade annima (SA) industrial de capital fechado voltada modelagem de placas de alumnio. A empresa recebe as placas j cortadas dos seus fornecedores e apenas realiza a modelagem das mesmas. Sua aplicao pode ser vista em adesivos metlicos usados em automveis, placas gravadas com nmeros de chassis, motores, implementos agrcolas, etc.

O produto fabricado uma pea moldada em alumnio, cuja forma depende da encomenda especfica. O produto final resulta do processamento de uma lmina de alumnio de 15 cm, com espessura de 0,5 cm, que consiste em sua nica matria-prima. Desta forma, cada produto acabado consome uma nica unidade de matria-prima, representada pela lmina descrita acima.

Como a empresa dispe de equipamento de modelagem, corte e acabamento, no h diferenas significativas de preos para dar formas diversas s lminas. Isto fruto de uma poltica de modernizao realizada h algum tempo, que permitiu fbrica cobrar preo nico. A empresa tambm exporta os seus produtos e opera em um ambiente altamente competitivo, haja vista a excessiva quantidade de pequenas fbricas processadoras de alumnio na regio.O MercadoO mercado potencial total afetado por fatores econmicos globais, tais como o nvel geral da atividade econmica, inflao, flutuaes estacionais, bem como pelo conjunto das polticas empresariais envolvendo decises de preo, gastos com marketing e pesquisa e desenvolvimento (P&D). A elasticidade-preo varia diretamente com a taxa de inflao, isto , os consumidores resistem em comprar por um preo que se eleve to rapidamente quanto o ndice Geral de Preos. Entretanto, os custos unitrios deste processamento variam na mesma proporo que o IGP.A participao de cada firma na demanda de mercado determinada primariamente pela relao entre as suas polticas de preo e marketing e as das demais firmas.A distribuio ao consumidor final se faz de duas maneiras: atravs de atacadistas e destes aos varejistas; ou diretamente aos grandes varejistas;Para o mercado externo a distribuio feita atravs de importadores locais.

O consumidor final bastante sensvel aos diferenciais de preos observados no varejo, fazendo com que os distribuidores sejam sensveis s diferenas de preos entre os fabricantes.

A demanda tambm bastante influenciada pelo esforo de marketing e pelas melhorias no produto decorrentes dos gastos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). A verba de marketing serve para cobrir, fundamentalmente as despesas diretas de vendas tais como propaganda, salrio e comisso de vendedores. Tais gastos tm um efeito relativamente intenso no trimestre em que so efetuados e efeitos progressivamente menores nos trimestres subseqentes.

Como seria de esperar, os gastos com P&D tem efeito pequeno no trimestre em que so efetuados, mas um forte efeito cumulativo nos perodos posteriores.

Custos OperacionaisA produo abaixo ou ao nvel da capacidade instalada se faz a custos prximos ao custo-padro. Consegue-se redues modestas nesse custo com um vigoroso programa de pesquisa e desenvolvimento. Investimentos inadequados de manuteno acarretam aumento nos custos unitrios de fabricao.

Pode-se programar volumes de produo superiores capacidade instalada at um mximo de 50% acima da mesma, mas, neste caso, o valor da mo-de-obra direta referente s correspondentes horas-extras dever ser pago com acrscimo de 50% sobre seu custo original. Ademais, isto acarretar algum acrscimo nas despesas administrativas..

Normalmente os gastos mais onerosos e que no so decididos pela equipe so os custos fixos indiretos e aqueles que, como a depreciao, dependem do valor contbil do complexo produtivo (fbricas, mquinas, equipamentos, instalaes, etc.). Os dispndios com Marketing, P&D e Manuteno so computados pelos valores destinados a esses itens pelas prprias equipes.

A Despesa de Manuteno, tal como os gastos com Marketing, afetam o desempenho da empresa nos trimestres subseqentes sua efetivao como desembolso de caixa. Para que a operao se d em nveis satisfatrios, necessrio adequar a verba para manuteno com a produo programada. Como as despesas com manuteno esto associadas aos volumes de produo programados, importante que as equipes se certifiquem de que o estoque disponvel de matria-prima suficiente para a produo programada. O gasto com manuteno varia a uma taxa ligeiramente superior da variao do ndice Geral de Preos (IGP).Devido aos custos fixos, volumes de produo maiores tendem a apresentar uma moderada vantagem do ponto-de-vista de custo unitrio, embora no se devendo desconsiderar o crescimento dos custos diretamente proporcionais s quantidades produzidas. Assim, a equipe deve analisar as necessidades da empresa com a devida parcimnia, ao decidir empreender um programa muito ambicioso de expanso da capacidade de produo.

A produo em escala inferior ao potencial do mercado resulta em perdas representadas pelas vendas no efetuadas, mas no implicar em custos adicionais. Os concorrentes podem capturar parte da demanda no atendida pela empresa mas, mantendo-se a mesma situao concorrencial, cerca de 50% dos clientes de uma empresa, cujos pedidos no puderam ser atendidos por esse motivo, renovaro seus pedidos no trimestre seguinte.

A super-produo gera estoques excessivos e, em conseqncia, custos de estocagem exagerados. A matria-prima tem de ser encomendada com um trimestre de antecedncia, pelo menos. Ou seja, um volume suficiente de matria-prima tem de estar a disposio da produo no incio do trimestre para poder suprir a produo programada para o perodo. A cada vez que se emite um pedido de compra de matrias-primas, incorre-se num custo de emisso de pedidos que pode ser confrontado com o custo que se incorre por estocar matrias-primas acima ou abaixo das necessidades reais para o trimestre em curso. Dados estes custos, fica patente que formular uma poltica tima de emisso de pedidos de compra de matrias-primas uma importante tarefa das equipes.

Da mesma forma que o custo de emisso de pedidos e o custo de estocagem (tanto da matria-prima como dos produtos acabados), as despesas administrativas variam a uma taxa ligeiramente inferior variao do IGP. Desta forma, conveniente que as equipes mantenham uma previso atualizada do custo da mo-de-obra direta, reajustando-o de forma proporcional variao ocorrida no IGP do trimestre precedente.Expanso da PlantaA rubrica Fbrica e Equipamentos depreciada a uma taxa de 2,5% ao trimestre e essa depreciao se reflete imediatamente na capacidade de produo, reduzindo-a. Desta forma, consegue-se a contrao da capacidade produtiva apenas deixando que a depreciao consuma as instalaes. Para manter a capacidade num dado nvel , pois, necessrio reinvestir capital nas instalaes, de acordo com a reduo pela depreciao. Se o coordenador da simulao comunicar que est em vigor o regime da depreciao acelerada, a taxa de depreciao se eleva para 3,125% do valor contbil do ativo permanente, mas a capacidade instalada continuar a contrair-se razo de 2,5% por trimestre. Desconsiderando a inflao, a capacidade de produo das instalaes pode ser aumentada investindo-se cerca de R$ 20,00 por unidade adicional que se deseja produzir. Isto, contudo, s se torna efetivo depois de satisfeita a necessidade de novos investimentos para compensar a depreciao. Havendo inflao, o investimento unitrio exigido para expandir a capacidade cresce a uma taxa superior do IGP.As despesas associadas ao aumento da capacidade produtiva so pouco significativas quando a expanso pretendida for moderada, mas tornam-se substanciais quando somas muito elevadas so investidas de uma s vez e crescem rapidamente com o volume de investimentos. Tais despesas representam um nus pecunirio imposto aos programas de expanso que deteriorem a posio de caixa ou aos comportamentos errticos em termos dos programas de longo prazo que caracterizam muitas decises de construo de fbricas. As aquisies de capacidade produtiva, feitas num dado trimestre, s estaro disposio da produo no trimestre seguinte.

FinanasQuando a conta Caixa, componente do Ativo Circulante, cai abaixo de zero, incorre-se em despesas relativas negociao de emprstimos, juros, comisses, etc. Neste caso entra em cena um emprstimo especial que evita o saldo negativo , mas que implica no pagamento de elevada quantia de juros, cuja taxa funo da situao econmica do perodo. Tais despesas financeiras so relativamente baixas em se tratando de dficits pequenos. Contudo, se o dficit cresce, as despesas do financiamento sobem a centenas de milhares de unidades monetrias por trimestre deficitrio. Na vida real as piores conseqncias da m posio de caixa so representadas pelo custo das oportunidades perdidas tais como descontos de compras, preos momentaneamente baixos de imveis, equipamentos ou matrias-primas. O custo das oportunidades perdidas, em geral, supera o custo da operao de financiamento propriamente dita. Quando o dficit de caixa atinge propores elevadas, a firma pode ser, alm disso, forada a liquidar itens do seu Ativo com grandes prejuzos.

Nesta simulao, se o dficit de caixa superar R$3.000.000,00, a companhia ser considerada insolvente e imediatamente declarada falida.

MetasA maximizao da taxa de retorno sobre o Patrimnio Lquido (PL) inicial a meta recomendada s equipes participantes. Para atingir este objetivo, as diferentes equipes podem tomar diferentes caminhos: uma pode concentrar-se no crescimento e acumulao do PL mantendo os fundos na empresa como garantia contra situaes desfavorveis., enquanto outra pode concentrar-se na manuteno de um fluxo de dividendos contnuo, firme e elevado.

Ao se iniciar o Jogo de Empresas, cada equipe dever determinar que curso de ao deseja seguir e atravs de que polticas e planos gerais pretende faz-lo. Na medida em que a simulao se desenrola, conveniente revisar os conceitos de plano, polticas e metas. Para efeito das discusses ps-simulao, espera-se que cada equipe mantenha um registro das linhas bsicas adotadas por sua firma e as modificaes introduzidas no decorrer dos diversos perodos.

A taxa de retorno descontada (sobre o Patrimnio Lquido inicial) ser calculada para cada equipe e usada como um critrio objetivo de medir o desempenho. Este padro objetivo, bem como outros, a critrio do Coordenador, podem ser usados para avaliar o aproveitamento didtico da equipe.

Uma das preocupaes dos dirigentes da indstria simulada deve ser o de direcionar os investimentos produtivos de tal forma que reflitam positivamente no volume e custo de produo. Em seguida, adotarem uma estratgia comercial adequada , a fim de escoarem os seus produtos no mercado, gerando bons resultados financeiros, conforme mostrado na figura a seguir:Figura 2Polticas empresariais

Avaliao do DesempenhoO desempenho empresarial ser avaliado pela taxa de retorno r descontada sobre o patrimnio lquido inicial, a qual ser calculada para cada equipe (empresa) e usada como uma avaliao objetiva do desempenho global dos participantes como administradores, de acordo com a expresso abaixo, exemplificada para o caso da simulao ser realizada em 3 anos:

EMBED Equation.3 onde:

r a taxa de retorno descontada sobre o Patrimnio Lquido;

Dj so os dividendos pagos no trimestre j.

PL12 o valor econmico correspondente ao Patrimnio Lquido ao final do trimestre 12;A taxa de retorno r, trimestral, pode ser convertida em termos anuais por meio da expresso :R = (1 +r)4 onde R a taxa anual de retorno, descontada sobre o PL inicial.

A variao no Valor Econmico do Patrimnio Lquido, representando a agregao das variaes dos ativos (isto , caixa, estoques e imobilizaes) mais os dividendos pagos (que podem ser compreendidos como parcelas dos lucros "j pagas") representam o retorno sobre o patrimnio liquido inicial, isto , a variao bruta no valor da empresa decorrente do uso dos ativos. Os lucros so gerados a partir dos recursos da empresa, isto , dos ativos com que ela conta no perodo inicial (perodo 0) .Questes:1) Como se caracteriza a da empresa simulada ?

2) Cite alguns fatores controlveis e no controlveis pela empresa, que sejam responsveis pelo mercado potencial do produto.3) Na empresa simulada, como se comportam os custos operacionais e os gastos com marketing, manuteno, P&D , em relao variao da inflao?4) Nesta simulao, como o mercado atacadista e varejista se comportam em relao ao preo do produto ?

5) Pode-se dizer que a empresa vencedora ser aquela que conseguir o maior Patrimnio Lquido no final da simulao? Justifique.

6) O que entendido por sazonalidade do produto e como se d este processo neste tipo de indstria em uma situao real ?7) Nesta simulao, o desempenho empresarial avaliado pela taxa de retorno descontada sobre o patrimnio lquido inicial. Determine o valor desta taxa, a partir dos dados abaixo, os quais foram obtidos por uma determinada firma : Patrimnio Lquido Inicial (trimestre Abr / Mai/ Jun) : R$ 10.700.000,00

Perodo12345678

Dividendos (em R$ mil)40503044

60553556

Patrimnio Lquido final (trimestre Abr / Mai/ Jun) : R$ 12.840.000,00

8) Cite as contribuies prestadas por cada relatrio - inclusive a Gazeta Econmica - no processo de tomada das decises.

9) Explique a importncia da gerao de caixa para uma empresa tanto na vida real como para esta simulao.10) A gerao de altos lucros suficiente para garantir a sustentabilidade de uma empresa ? Explique

3. ELABORAO DO ORAMENTO Todas as empresas necessitam realizar oramentos operacionais, os quais consistem em uma maneira de antever as realizaes futuras. Nesta simulao , a elaborao do oramento operacional tem por objetivo geral possibilitar aos participantes tomarem decises consistentes com os objetivos esperados. Neste sentido, torna-se deveras importante saber usar a Planilha de Apoio Deciso (PAD) fornecida junto com este manual, o qual tem por objetivo facilitar a elaborao do oramento operacional. Tal instrumento, a ser detalhadamente explicado no captulo seguinte, consiste de uma planilha onde o participante informa as decises juntamente com a sua percepo do ambiente macroeconmico futuro e a PAD gera os resultados financeiros correspondentes. Assim, os participantes podem refazer as suas previses e decises tantas vezes quanto necessrio, uma vez que a planilha possibilitar prever os resultados da empresa caso as premissas se mostrem reais, constituindo-se em efetivo instrumento de apoio deciso.A realizao do oramento operacional traz ainda uma grande contribuio aos participantes do jogo de empresas : obriga-os a conhecerem detalhadamente a empresa simulada, com todos os seus processos e caractersticas. Logo, possibilita quantificar os resultados gerados a partir das decises tomadas, o que conduz necessariamente ao aprofundamento do conhecimento da indstria simulada.De uma forma geral, os objetivos do oramento so o planejamento, a coordenao e o controle, concentrando esforos para: orientar a execuo das atividades; possibilitar a coordenao dos esforos das reas e de todas as atividades que compem a empresas; otimizar o resultado global da empresa; reduzir os riscos operacionais; facilitar a identificao das causas dos desvios entre o planejado e o realizado, propiciando a implementao de aes corretivas.

Como fcil de deduzir, uma eficiente elaborao oramentria requer 2 tipos de informao : A previso dos valores futuros das variveis e parmetros externos relevantes para a gerao de resultado; O conhecimento detalhado dos processos internos da empresa, ou seja, como se d a gerao de resultados operacionais e financeiros a partir dos inputs mencionados no item anterior.O presente captulo trata da primeira parte , isto , como prever adequadamente as variveis e parmetros externos utilizados. No captulo 5 sero apresentadas , detalhadamente, todas as relaes quantitativas que representam os processos operacionais da empresa simulada.A seguir, a descrio das variveis e parmetros que precisam ser considerados para uma eficiente utilizao da Planilha de Apoio Deciso (PAD).Cenrio FuturoDesenvolver um cenrio para o Jogo de Empresas consiste em estabelecer a previso mais realista do ambiente macroeconmico para o prximo trimestre. Projetar cenrios depende, alm das variveis sob o controle do decisor, de muitas outras que no so controlveis, impossveis de predizer. Por isso, preciso aprender com o passado, simular o futuro e procurar reduzir as chances por conta da improvisao.

Normalmente o primeiro passo no desenho de cenrios separar as variveis sob as quais possumos total controle (variveis endgenas), daquelas para as quais no temos nenhuma influncia, quais sejam, as denominadas variveis exgenas.A elaborao de cenrios eficazes depende de uma srie de fatores, dentre os quais a quantidade de informao disponvel sobre o comportamento passado de determinados agentes sociais e processos, dos juzos de valor de cada um sobre o que pode acontecer, uma boa dose de intuio cognitiva, de sensibilidade e aprendizado etc. Assim, um cenrio pode ser considerado como uma sria tentativa de se imaginar o futuro , objetivando viabilizar uma reao factvel aos eventos indesejados, de modo a serem neutralizados ou transformados em oportunidades.

Para o presente caso, a previso de cenrio futuro requer estimar os seguintes valores :ndice Geral de Preos (IGP) e InflaoOs ndices gerais de preos registram a inflao de preos desde matrias-primas agrcolas e industriais at bens e servios finais. Examinando a inflao (ou deflao) de um ponto de vista mais amplo, cumpre considerar sua relao com a prosperidade ou recesso da economia. Provavelmente a maneira mais razovel de se tratar a questo seja a de consider-la mais como efeito do que como causa, muito embora a experincia mostre que a inflao desenfreada e a deflao severa sempre aumentam a possibilidade de uma depresso econmica. Fazendo-se uma analogia, a febre pode ser apenas o sintoma de uma doena ,mas se ela torna-se muito elevada, pode constituir-se na causa imediata da morte do doente, em lugar da doena que a provocou.

A inflao moderada pode estimular o emprego e a produo nos perodos de subemprego dos recursos mas, se a concorrncia das importaes agressiva e a taxa de cmbio fixa, ela pode estimular as importaes e reduzir as exportaes, afetando o emprego e a produo. O ponto para o qual se deve chamar a ateno que a inflao/deflao apenas um fator num sistema complexo como a economia nacional e no h forma de se fazer generalizaes simples dos efeitos da inflao sobre o emprego e a produo, em termos nacionais.

Na vida real h estatsticas em quantidade a respeito da inflao que poderiam, eventualmente, ter uso nesta simulao. Porm, deve-se recordar ao participante que a sua tarefa a de voltar-se para a gesto da empresa simulada, enfrentando as situaes criadas por um ambiente imaginrio mas absolutamente verossmil.

O Indice Geral de Preos do IBGE (IGP) comeou a ser calculado em 1947, comparando preos do ms anterior com os do ms corrente, coletados em 18 capitais. H trs grupos de preos : os de produtos no atacado, baseado numa amostragem de cerca de 500 mercadorias, com 60 por cento de peso no ndice final, os de preos ao consumidor, com base nas compras de famlias com renda de 1 a 33 salrios mnimos, que entra com 30 por cento e os preos da construo civil, com 10 por cento de peso, baseado em planilhas de custo de empresas de engenharia. Na sua forma original no considerado um ndice de muita preciso - justamente pela sua abrangncia j que se baseia em um quadro muito dispersivo de fatores considerados. divulgado em duas verses : uma contendo apenas os preos do que produzido internamente,denominado de disponibilidade interna(IGP-DI ) e a outra incluindo preos de importaes (IGPM).

No presente jogo empresarial , o ndice Geral de Preos (IGP) trimestral obtido a partir do ndice de inflao anual, podendo ser estimado pela expresso:

EMBED Equation.3 Onde R a inflao anual prevista no jornal do trimestre anterior.

ndice de Atividade Econmica (IAE)O ndice de Atividade Econmica (IAE) consiste em um indicador de crescimento/decrescimento trimestral da economia como um todo. Representa um nvel de desempenho econmico global, sinalizando crescimento ou decrescimento no perodo. Tal parmetro reflete o comportamento do mercado em relao demanda para bens e servios.

Um aumento de 10 pontos neste ndice de atividade econmica, por exemplo, indica que o mercado no qual as empresas fazem parte, dever crescer 10%. Considerando a ausncia de variaes significativas nas demais variveis correlacionadas com o mercado, neste caso a demanda total pelo produto tambm dever crescer em torno de 10%. Este ndice dever ser comparado com o trimestre anterior. Valores abaixo de 100 indicam decrscimo da atividade econmica, enquanto que valores maiores que 100 sinalizam crescimento.

O IAE para o primeiro trimestre dever ser estimado a partir da previso de crescimento econmico apresentado no jornal Gazeta Econmica. estimado pela expresso:

Onde g a taxa prevista de crescimento/decrescimento indicado na Gazeta Econmica.

ndice de Variao Sazonal (IVS) Consiste em um indicador de crescimento/decrescimento ocasional, especifico para um trimestre em particular . Tambm conhecido por ndice estacional, uma vez que se refere apenas a determinados perodos do ano. Por exemplo, as fbricas de chocolates tm sazonalidade bastante evidente nos meses de maro/abril (devido Pscoa) e em dezembro (poca de Natal e Reveillon).A sazonalidade do produto determinada pela elevao ou queda da sua demanda em determinado perodo do ano. Para o Jogo de Empresas especfico, no quarto trimestre de cada ano (perodos 4, 8 e 12) a demanda total tende a aumentar se forem mantidas todas as condies que influenciam na demanda. Este percentual pode ser superior ou inferior, dependendo da poltica geral do setor em relao a preo, alm do ndice de crescimento da economia como um todo. O efeito da sazonalidade restrito ao ltimo perodo de cada ano, retornando ao seu nvel normal quando este perodo termina.

previsto pela expresso:

Onde v a taxa prevista de crescimento/decrescimento indicado na Gazeta Econmica.

Os ndices de crescimento IAE e IVS so teis para estimar a demanda total a partir do resultado anterior.

MercadoEnvolve a estimativa do perfil da concorrncia. Compe-se das variveis:a) Preo mdio do mercado uma estimativa da mdia de preo a ser praticada no prximo trimestre por todos os concorrentes;b) Quantidade vendida por todas as empresas trata-se da estimativa de quanto ser vendido pelo conjunto das empresas participantes da simulao. Baseia-se principalmente no preo mdio praticado, investimento em marketing realizado e do cenrio macroeconmico para o perodo, conforme representado pelos fatores abaixo: Situao Econmica - O ndice de Atividade Econmica (IAE) e o ndice Geral de Preos (IGP) so indicadores da situao geral da economia do pas simulado, refletindo as oportunidades, desafios e dificuldades que os participantes, como executivos das empresas tero que enfrentar; Variao Sazonal A qual apresenta uma evoluo comum aos produtos de consumo, com uma procura mais concentrada no trimestre OND (Outubro, Novembro -Dezembro) e mais fraca, de modo geral, no trimestre JFM (Janeiro, Fevereiro, Maro); Preo mdio praticado pela indstria de modo geral; Esforo (despesa) global da indstria em Marketing; Gastos globais da indstria em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).c) Demanda criada pela empresa - trata-se de uma estimativa da quantidade de produtos que o mercado demandar empresa no prximo trimestre. Consiste, portanto, da previso da fatia de mercado gerada pela firma em questo. Baseia-se na relao entre as suas decises individuais e as dos concorrentes, sendo tambm funo do cenrio econmico para o perodo. Tal demanda tambm conhecida por Mercado Potencial da empresa, consistindo do volume total de unidades encomendadas firma durante o perodo. Enquanto o mercado potencial da indstria como um todo determinado pelo preo mdio de todos os participantes, esforo global de marketing, despesas da indstria com pesquisa e desenvolvimento, nvel da atividade econmica global e fase do ciclo sazonal que se esteja atravessando, o mercado potencial de uma firma em particular, funo da sua poltica de preos em comparao com as demais, dos seus gastos com P&D comparado aos demais e do seu esforo de marketing comparado aos concorrentes. Assim, a gerao de mercado potencial para uma empresa, em particular, funo dos trs fatores a seguir: Poltica de preos da companhia. Despesas de P&D da companhia. Esforo (despesas) de Marketing da companhia.d) Vendas realizadas pela empresa consiste na previso da quantidade efetivamente vendida. Alguns dos motivos pelos quais as vendas podem diferir da demanda gerada so:

Mercado potencial superior disponibilidade de produtos : ocorre quando a produo do perodo , adicionada aos estoques anteriores, insuficiente para atender demanda gerada. Neste caso, h perdas devido s vendas no realizadas e os concorrentes podem capturar parte da demanda no atendida pela empresa. Mantendo-se a mesma situao concorrencial, apenas 50% dos clientes cujos pedidos no puderam ser atendidos por este motivo, renovaro seus pedidos no trimestre seguinte. Mercado potencial inferior disponibilidade de produtos : ocorre quando as decises tomadas pela empresa quanto a preo e marketing no conseguiram gerar uma demanda suficiente para zerar o estoque de produtos destinados venda. Em geral isto acontece em funo do comportamento concorrencial das outras firmas.A relao entre mercado e vendas, tanto da indstria como da firma individual encontra-se representada a seguir:Figura 3Relao entre a indstria total e as empresas

A fim de alcanar uma posio favorvel no mercado, a empresa deve procurar compatibilizar o processo de criao da demanda com a sua disponibilidade de produtos. De fato, ao criar uma demanda superior sua capacidade de atendimento, a firma est incorrendo em maiores custos uma vez que poderia operar com preos maiores e/ou despesas menores alm de estar repassando clientes para os concorrentes. Por sua vez, ao criar demanda inferior disponibilidade de produtos, a empresa no est utilizando plenamente os seus custos fixos, incorrendo em custos de estocagens e, principalmente, perdendo mercado para os concorrentes.Alcanar a sensibilidade entre mercado e produo um dos objetivos deste Jogo de Empresas.CustosA elaborao do oramento exige ainda a estimativa dos custos unitrios envolvidos na produo: aquele referente mo-de-obra direta e o correspondente matria prima. Mo-de-Obra Direta Este custo cresce a uma taxa ligeiramente inferior inflao e pode ser significativamente afetado pela poltica de P&D e Manuteno. No perodo 0, no incio da gesto, o custo da mo-de-obra direta de cerca de R$ 1,43 por unidade do produto. Para o trabalho em regime de horas-extras h um acrscimo de 50% no seu valor. Matria-Prima Consumida - A matria-prima usada na produo aquela que se encontra em estoque no incio de cada trimestre. As compras realizadas no perodo somente estaro disponveis no trimestre posterior. No perodo 0, o custo unitrio de R$ 1,58. O custo da matria-prima, que varia a uma taxa superior do IGP, depende da inflao e das polticas de P&D e Manuteno.

DecisesA completa elaborao do oramento operacional para o prximo trimestre exige ainda que o participante estabelea quais decises tomar para as variveis relacionadas ao mercado e empresa. Isto exige o estabelecimento a priori de uma estratgia empresarial que compreende, basicamente , as reas comercial e produtiva da empresa. Assim, o participante deve traar uma estratgia de mdio prazo por exemplo, trabalhar com menores preos e maior rotatividade ou atingir uma menor fatia de mercado, mas com alta lucratividade e fazer mudanas de rumo medida que a simulao se desenvolver. A importncia de se ter um plano inicial de ao evitar que a empresa passe a maior parte do tempo dependente das decises dos concorrentes e se posicione de forma defensiva ao longo da simulao. As variveis a seguir representam as decises empresariais que devem ser tomadas pelos participantes para o prximo trimestre. Tais valores iro interagir com as previses realizadas acima, a fim de gerar os resultados completos da empresa.

Preo (R$) - Decida o preo unitrio pelo qual a empresa vender o produto. Nesta simulao, tal valor deve estar no intervalo {3 x IGP ; 9 x IGP}; Quantidade produzida (qtd) - Decida o nmero de unidades que devero ser produzidas no trimestre. Tal valor dever obedecer seguinte restrio:

Menor valor entre :

Quantidade em estoque das matrias-primas disponveis;

Uma vez e meia a capacidade industrial instalada.

A limitao acima significa dizer que a fbrica no pode produzir mais do que os estoques de matria-prima o permitem e nem mais do que a capacidade instalada possibilita, ainda que operando em regime de horas-extras. Deve ser lembrado que as compras tanto de matria-prima quanto de novos equipamentos para um dado trimestre somente estaro disponveis para uso na produo, no perodo seguinte. Deve ser observado que ao fazer uso da Planilha de Apoio Deciso (PAD) , as restries existentes na simulao sero automaticamente mostradas no caso do usurio ultrapassar algum dos limites.

Despesa de Marketing (R$) - Decida a verba de Marketing. Trata-se de um gasto e portanto, evite desperdiar dinheiro da empresa. Lembre-se, todavia, de que o marketing uma das principais armas na luta por um "market-share" mais expressivo e para tornar conhecido o seu produto no mercado. Mas no v a extremos. Aplica-se a Lei dos Rendimentos Decrescentes. Despesas muito elevadas podem proporcionar aumentos menos que proporcionais nas vendas. Esteja atento para os estrangulamentos dos lucros. Os custos de marketing aumentam em proporo direta aos aumentos do IGP..

Despesa de Pesquisa e Desenvolvimento (R$) - Decida a verba para o programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).. Voc precisa manter o seu produto moderno e bem projetado ao mesmo tempo em que necessrio manter as tcnicas de produo eficientes. Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento permitiro manter os custos baixos e a qualidade elevada. Nesta simulao, o custo de P&D tambm varia na mesma proporo da evoluo do IGP. Despesa de Manuteno (R$) - Decida a verba para a Manuteno. Voc precisa manter a planta da empresa operando eficientemente. Caso contrrio, os custos da mo-de-obra direta e da matria-prima subiro. Ao alterar a capacidade instalada tenha o cuidado de manter adequadas as correspondentes despesas com a manuteno. O custo unitrio da manuteno varia a uma taxa ligeiramente superior do IGP.

Investimento em Capacidade Produtiva (R$) Antes projete a capacidade de produo p/ o prximo trimestre (em unidades). Esta uma tarefa razoavelmente complexa porque, com esta operao, voc tambm estar fazendo previses para o desgaste dos equipamentos existentes, as novas aquisies de equipamentos, o valor contbil da planta e o de reposio da mesma. Em primeiro lugar estime o valor contbil lquido da fbrica e equipamentos para prximo trimestre , deduzindo do valor contbil anterior, o montante da depreciao do perodo e acrescentando o investimento novo projetado para o trimestre. A depreciao do perodo normalmente calculada aplicando a taxa de 2,5% sobre o valor contbil das instalaes no perodo anterior. Ao estabelecer quanto investir com esta finalidade lembre-se de que a quantia aplicada deve ser suficiente para, em primeiro lugar, cobrir a deteriorao fsica da planta (que de 2,5% ao trimestre) e, em seguida, prover a expanso da capacidade desejada pela empresa. Alm disto no deixe de considerar que o preo unitrio do equipamento variar no trimestre devido inflao ou deflao. tambm aconselhvel certificar-se de que h recursos financeiros suficientes para esta aquisio, pois o custo financeiro do emprstimo de quantias elevadas bastante oneroso.

Compra de Matria-Prima (R$) - Decida quanto a empresa comprar de matria-prima. Este pedido s ser entregue pelo fornecedor da mesma no ltimo dia do trimestre em curso. Assim, embora ela deva ser paga neste trimestre e j conste do balano final do perodo, s poder ser utilizada na produo do trimestre seguinte. Isto, decerto, exigir do participante um esforo de previso de mais longo prazo. Analise o consumo de matria-prima na produo para estimar o volume que a empresa necessitar por trimestre.

Distribuio de Dividendos (R$) - Decida o valor global de dividendos que a empresa vai distribuir aos acionistas , caso haja saldo de caixa suficiente. Nesta simulao os dividendos esto limitados ao montante do Patrimnio Liquido que excede R$ 10.000.000,00.

Como pode ser depreendido, ao tempo em que o participante estima a posio da empresa no trimestre seguinte mediante a elaborao do oramento operacional , tambm passa a analisar previamente a viabilidade das decises tomadas.

Para a simulao empresarial aqui realizada, o oramento de resultado operacionalizado atravs da Planilha de Apoio Deciso (PAD) , que contem todas as relaes entre os parmetros e variveis da simulao, com exceo da gerao da demanda, uma vez que a habilidade de realizar tal previso deve ser adquirida pelos participantes ao longo do exerccio.Os campos a serem preenchidos encontram-se desprotegidos e inseridos em fundos coloridos. Ao preencher os campos designados, a PAD apresentar na planilha Resultados , os valores contbeis e financeiros gerados pelas decises e previses realizadas. O usurio dever analisar os resultados, verificar a sua viabilidade dentro do contexto empresarial e, se for o caso, rever previses e/ou decises tomadas. medida que os campos forem sendo preenchidos, podero aparecer avisos no caso de algum limite ser ultrapassado. Por sua vez, alguns campos importantes tambm sero apresentados, tais como a previso da capacidade produtiva para o trimestre seguinte, estoque final de produtos acabados e restries de produo.Questes :1) Qual o aspecto negativo de se realizar um Jogo de Empresas sem antes elaborar o oramento empresarial?2) Como as empresas se comportam na vida real , em relao ao ponto mencionado no item anterior?3) Quais grupos de variveis so necessrios para se elaborar um oramento?4) Considerando este Jogo de Empresas, relacione todas as variveis utilizadas na elaborao do oramento empresarial, indicando a sua origem.5) Comente a expresso : Talvez o principal aspecto na elaborao do oramento empresarial seja o aprofundamento do conhecimento da empresa, que proporcionado por ele.6) Quais as variveis usadas nesta simulao para representar o comportamento do cenrio macroeconmico ?7) Em uma situao real, como as variveis do tem anterior so previstas ?8) Determine o ndice Geral de Preos (IGP) para os perodos 1 a 4, a partir dos valores abaixo:IGP0 = 100 (correspondente ao trimestre Abr / Mai / Jun )Trimestre1234

Previso de inflao anual5%7%-2%5%

9) Uma empresa investiu R$ 12.000,00 em marketing no perodo 3, ocasio em que o IGP era de 120. Considerando que no perodo 4 a estimativa de inflao de 15 % aa, quanto ela precisaria gastar em marketing, de forma a manter o mesmo nvel de investimento do perodo 3? E se a inflao reduzisse em 10% aa no perodo? E se a inflao aumentasse em 2,5% ao trimestre ?10) Considere que no trimestre 4 (com IGP=150) a empresa investiu R$ 300.000,00 na manuteno dos seus equipamentos. Se no trimestre 3 o IGP era de 120, quanto o gasto do perodo 4 correspondeu, com base em valor do perodo anterior?11) Os custos totais da empresa no perodo 2 foram de R$ 3.000.000,00, ocasio em que o IGP era de 120. Considerando uma previso de inflao anual de 20% aa , qual o total dos custos para o trimestre seguinte? E se tivesse ocorrido uma deflao de 10% aa no trimestre 3 ?12) Explique o efeito do ndice de Atividade Econmica no planejamento das polticas de produo e vendas das empresas.13) Em determinado perodo do ano, a demanda para a indstria tende a variar desde que mantidas as demais condies de mercado. Qual o ndice responsvel por esse efeito na demanda? Nesta simulao em qual trimestre do ano a demanda dever crescer? Por que ?

14) As variveis abaixo tm os seus valores apresentados para o 1 trimestre. Atualize-os para os demais perodos, de acordo com os ndices mostrados na tabela

Preo de venda do produto : R$ 5,50 / unid

Gasto com marketing : R$ 100. 500,00

Gasto com P&D : R$ 200. 000,00

Demanda : 690.000 unidades1o trimestre2 trimestre3o trimestre

IGP100110115

IAE100105103

IVS10090110

15) Considerando a questo anterior, indique em qual trimestre o mercado se mostra mais favorvel para a empresa.16) A quantidade de produtos vendidos por todas as empresas depende de diversos fatores. Relacione-os e explique como estes fatores interagem.17) Caso a empresa compre matrias-primas no perodo 3, pergunta-se:

i. Quando as mesmas estaro disponveis para uso?

ii. Quando a compra ser contabilizada?

18) Caso a empresa faa investimentos em fbricas e equipamentos no perodo 5, pergunta-se:

i. Quando se dar o efeito desses investimentos?

ii. Quando os mesmos sero contabilizados?19) Caso a empresa gaste com marketing, P&D, manuteno e distribuio de dividendos no perodo 8:

a. Quando se dar o efeito destes gastos?

b. Quando os mesmos sero contabilizados?

20) Explique os motivos pelos quais as vendas podem diferir da demanda gerada.21) A elaborao do oramento exige a estimativa dos custos unitrios de produo. Como so estimados estes custos?

4. Aplicao n 1 : Elaborao do oramento trimestralNeste captulo voc poder constatar como o processo de oramento empresarial pode ser til para a tomada de deciso. Nesta aplicao, supe-se que a sua empresa est competindo com outras quatro pelo mercado de chapas moldadas de alumnio. O presente exerccio envolve: Elaborar o oramento para o Perodo 1 (trimestre julho / agosto / setembro), a partir das informaes disponveis no Perodo 0 (trimestre abril / maio / junho); Eventualmente rever as decises tomadas, em funo dos resultados obtidos; Comparar o resultado previsto com o real, a partir dos nmeros gerados pela simulao empresarial; Analisar as diferenas entre os resultados previsto e real, procurando descobrir as razes das eventuais disparidades.

Assim, passemos aplicao:

Etapa 1 Tomar decises

Antes de iniciar as previses para o trimestre 1 (Jul/Ago/Set) , necessrio inicializar a PAD com as informaes do perodo 0 (zero). A seguir, so apresentadas algumas orientaes para o preenchimento das planilhas Configurao, Ambiente , Decises e Resultados.Mdulo CONFIGURAO : A planilha CONFIGURAO dever ser parametrizada da seguinte maneira:Campo 1 Incentivo fiscal para novos investimentos: Escolher a alternativa SIMCampo 2 Sobretaxa do Imposto de Renda: Escolher a alternativa NOCampo 3 Taxa de depreciao: Escolher a alternativa NORMAL

Campo 4 Nmero de empresas: Digitar 5Campo 5 Nmero da empresa a ser simulada: qualquer nmero entre 1 e 5

Mdulo AMBIENTE :A planilha AMBIENTE deve ser preenchida da seguinte forma:

Comece preenchendo a coluna referente ao Perodo 0 (real). Apenas os campos de 1 a 11 devero ser informados. Os dados para preenchimento dos campos 1 a 4 encontram-se mostrados no Relatrio de Mercado do perodo 0 (Anexo 1), no quadro (a)Indicadores Econmicos. Os campos 5 e 6 podem ser extrados do quadro (c)Resumo da Indstria, enquanto os dados correspondentes aos campos 7 e 8 encontram-se no quadro (b)Situao das Empresas. O campo 9 calculado automaticamente, no devendo ser preenchido. Os dois campos seguintes (10 e 11) encontram-se no Relatrio da Empresa do perodo 0 (Anexo 1), no quadro denominado Custos de Produo. Os demais campos no devem ser preenchidos e servem para mostrar valores associados a variveis julgadas relevantes para a anlise. Todavia, os mesmos somente devem ser considerados aps o preenchimento completo de todos os mdulos Observe que o Anexo 1 apresenta apenas o modelo correspondente Empresa 1, uma vez que no perodo 0 (zero) todas as empresas encontram-se em mesma situao , apresentando, portanto, valores idnticos.Passe agora a preencher os campos em amarelo da coluna previsto referente ao Perodo 1 (trimestre Jul/Ago/Set), conforme indicado a seguir: Campos 1 a 4 O preenchimento deve ser baseado nas informaes do jornal Gazeta Econmica do perodo 0 , tambm apresentado no Anexo 1. Tais informaes constituem-se insumos para as previses macroeconmicas a serem usadas no trimestre seguinte. Observe que o campo 2 calculado automaticamente e no necessita ser informado. Campos 5 a 8 devem ser preenchidos a partir da percepo do mercado, que deve ter sido formada tanto pelas noticias do jornal como pelos valores que ocorreram no trimestre anterior (Perodo 0). Como pode ser constatado, trata-se de um processo de previso baseado nas informaes at ento disponveis. O campo 9 calculado automaticamente e no necessita ser preenchido. Campos 10 e 11 Os custos unitrios de mo-de-obra e matria-prima so previstos a partir dos apresentados no trimestre anterior, levando em considerao os seguintes aspectos: Mo-de-obra direta cresce a uma taxa ligeiramente inferior da inflao e significativamente afetada pelas polticas de P&D e manuteno adotadas. Para o trabalho em regime de horas-extras (quando h excesso de produo de at 50% da capacidade das instalaes) h um acrscimo de cerca de 50% do seu valor. Matria-prima varia a uma taxa superior da inflao. Tambm depende das polticas de P&D e Manuteno.Os campos 12 a 14 trazem informaes relevantes para o oramento do prximo perodo. No entanto, somente devero ser examinados aps todos os mdulos terem sido completamente preenchidos.Mdulo DECISES : Este mdulo contm 9 campos que devem ser informados. Inicie o preenchimento pela coluna correspondente ao Perodo 0 (Abr/Mai/Jun). Os valores referentes aos campos 1 a 9 encontram-se dispostos no Relatrio da Empresa do perodo 0 (Anexo 1) , no quadro (a)Decises Tomadas no Perodo.Passe em seguida para a coluna seguinte (Previso para o Perodo 1) e tome as suas decises para prximo perodo, seguindo as orientaes abaixo:1 Preo de venda Valor pelo qual a sua empresa vender o produto. No esquea de comparar o preo por voc estabelecido com o preo mdio previsto para a indstria como um todo. Trata-se de uma deciso fundamental, j que tem efeito direto sobre as vendas e o faturamento futuro. Esta deciso deve estar integrada s estimativas do preo mdio da indstria, quantidades vendidas por todas as empresas e da demanda e venda previstas para a empresa.2 Quantidade produzida Dever se decidir quantas unidades a empresa produzir no prximo perodo. Lembre-se que cada unidade produzida requer uma nica matria-prima, que a chapa de alumnio bruta. A limitao para o nmero de unidades produzidas no perodo baseia-se no fato de que a fbrica no pode produzir mais do que os estoques de matria-prima o permitem e nem mais do que a capacidade instalada possibilita, ainda que operando em regime de horas-extras. Deve ser lembrado que tanto as compras de matria-prima quanto de novos equipamentos para um dado trimestre, s estaro disponveis para uso no trimestre seguinte. Os campos 10, 11 e 12 fornecem indicaes importantes sobre a capacidade de produo. Contudo somente devero ser examinados aps o preenchimento completo de todos os mdulos.3 Despesa de Marketing Trata-se de um gasto e portanto, evite desperdiar dinheiro da empresa. Lembre-se, todavia, de que o marketing uma das principais armas na luta por um "market-share" mais expressivo e para tornar conhecido o seu produto no mercado. Mas no v a extremos. Deve ser lembrada a Lei dos Rendimentos Decrescentes, onde estabelecido que despesas muito elevadas podem proporcionar aumentos menos que proporcionais nas vendas. Esteja atento para os estrangulamentos dos lucros. Os custos de marketing aumentam em proporo direta aos aumentos do IGP.4 Despesa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) tambm um gasto, j que preciso manter o produto moderno e bem projetado, ao mesmo tempo em que necessrio manter as tcnicas de produo eficientes. Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento permitiro manter os custos baixos e a qualidade elevada. A despesa em P&D tambm varia na mesma proporo da evoluo do IGP. 5 Despesa de Manuteno Decida os gastos destinados manuteno dos equipamentos e instalaes, pois necessrio manter a planta da empresa operando eficientemente. Caso contrrio, os custos com mo-de-obra direta e matria-prima subiro. Ao alterar a capacidade instalada tenha o cuidado de manter adequadas as correspondentes despesas com manuteno . O valor unitrio com manuteno varia a uma taxa ligeiramente superior do IGP. Use a metade da taxa anual de inflao prevista como uma primeira aproximao.6 Investimento em Capacidade Produtiva Trata-se de uma deciso das mais relevantes, pois dela depende a capacidade de produo da empresa. Tal estimativa envolve o clculo da depreciao dos ativos existentes, bem como o montante a ser investido a ttulo de reposio. Disto depender a elevao, manuteno ou declnio da capacidade de produo da sua empresa.7 Compra de matria-prima Deve ser lembrado que o pedido de matria-prima s ser entregue pelo fornecedor no ltimo dia do trimestre em curso. Assim, embora ela deva ser paga neste trimestre e j conste do balano do perodo, s poder ser utilizada na produo do trimestre seguinte. Recomenda-se analisar o consumo de matria-prima na produo para avaliar o volume que a empresa necessita por trimestre. Neste campo deve ser decidido quanto vai ser destinado para a compra de matria-prima do trimestre Out/Nov/Dez (que abrange o Natal e, consequentemente, possui maior demanda) . Assim, de uma maneira geral, a matria-prima comprada na deciso do perodo t , por exemplo (jul/ago/set) , somente estar disponvel no perodo t+1 (out/nov/dez).

8 Distribuio de dividendos Decida o valor global dos dividendos que a empresa vai distribuir aos acionistas. Nesta simulao os dividendos esto limitados ao montante do Patrimnio Liquido que excede R$ 10.000.000,00. Sugere-se que esta deciso seja tomada aps a anlise do lucro lquido gerado e do caixa disponvel.9 Outras Despesas Esta varivel representa entradas ou sadas de caixa adicionais decorrentes de eventualidades, as quais, caso ocorram, devero ser sinalizadas pelo Jornal Gazeta Econmica e/ou pelo Coordenador. recomendvel aguardar o transcurso da simulao, pois possvel que a sua empresa no incorra em nenhum gasto deste tipo em uma fase inicial. Caso o Coordenador no lhe comunique a ocorrncia de gasto extra a ser registrado neste item, preencha este campo com zero. De uma maneira geral, este item est reservado para o registro de dispndios decorrentes de negociaes efetuadas (consultorias, bonificaes, gastos extras, etc) ou gastos decorrentes de fatos eventuais como incndios, furtos, catstrofes, etc. Deste modo, a menos que o Coordenador informe expressamente qual valor registrar no campo Outras Despesas, o mesmo dever permanecer zerado.Chegando a este ponto, voc ter tomado as principais decises e estimativas necessrias s operaes do trimestre em curso. Deve-se lembrar que duas das decises tomadas, quais sejam, o investimento em aquisio de capacidade produtiva (Campo 6) e a compra de matrias-primas (Campo 7) correspondem a variveis que preparam o terreno para as decises do trimestre seguinte. J quanto deciso relativa ao pagamento de dividendos (Campo 8) provvel que prefira deix-la para o final, depois de estimar o lucro do trimestre e de verificar o saldo de caixa que sobrar das operaes. Mdulo RESULTADOS :Apenas a primeira coluna Perodo 0 (Trimestre Abr/Mai/Jun) dever ser preenchida, pois a seguinte resultar da interao entre as previses e decises tomadas, com as informaes relativas ao perodo inicial (Perodo 0).Todas as informaes necessrias para o preenchimento dos 41 campos esto disponveis no Relatrio da Empresa (Anexo 1) , na parte referente s demonstraes financeiras DRE, Fluxo de Caixa e Balano Patrimonial as quais esto contidas no quadro (c)Resultado Financeiro.Etapa 2 Anlise dos Resultados Nesta etapa devero ser analisados os resultados gerados pelo simulador - fornecidos pelo Coordenador da simulao - os quais devero ser comparados com aqueles baseados nas projees realizadas. Para tanto, deve-se preencher os campos correspondentes da coluna Real do Perodo 1 (Jul/Ago/Set) da pasta RESULTADOS com os valores apresentados no Relatrio da Empresa do Perodo 1.Mediante a comparao das colunas Previsto e Real da pasta RESULTADOS, o participante dever procurar saber a razo das eventuais diferenas. Note que as maiores fontes de incertezas provm do cenrio econmico do perodo, bem como do comportamento dos concorrentes em relao s decises de preo, produo, vendas e investimentos.

A fim de apurar o seu conhecimento do mercado, ao mesmo tempo em que passa a conhecer melhor o processo de simulao, o aluno dever refazer as previses e decises, de maneira a se aproximar o mximo possvel dos resultados gerados pelo simulador, de acordo com a ilustrao abaixo:

Figura 4Processo de Tomada de Deciso

Observao : Com relao aos itens Capacidade de Produo p/ o Prximo Trimestre , Despesas Administrativas e Fbrica e Equipamentos (Valor de Reposio) s se pode realizar clculos aproximados porque ambos so substancialmente afetados pela intensidade da presso inflacionria, a qual sofre variaes aleatrias no simulador.Ao concluir esta fase, o aluno teve a oportunidade de avaliar o provvel desempenho da sua empresa com as decises tomadas. Deve ter analisado os valores encontrados e refletido sobre questes tais como :

O lucro previsto foi o desejado?

O saldo de caixa ficou dentro de limites aceitveis ?

O crescimento da empresa foi satisfatrio ?

Houve um razovel entendimento do mercado como um todo ?

Principalmente no caso dos valores projetados terem ficado abaixo das suas expectativas, reveja as previses e decises, at que tenha entendido perfeitamente as razes que levaram s diferenas. Tal exerccio certamente ser til para o aprimoramento do processo da tomada de deciso empresarial.

ANEXO 1

Relatrios

Observao : Todos os relatrios encontram-se na posio do perodo 0 (zero), correspondendo ao trimestre (Abril / Maio / Junho)

1) Relatrio da EmpresaSIMULAO EMPRESARIAL

Relatrio da Empresa

PERODO 0 ( Abr / Mai / Jun )

EMPRESA 1

a) DECISES TOMADAS NO PERODO

Preo de venda (R$) 6,40

Quantidade produzida (qtd) 400.000

Desp de Marketing (R$) 240.000,00

Desp de Pesq e Desenvolvimento (R$) 150.000,00

Desp de Manuteno (R$) 75.000,00

Investimento em Capac Produtiva (R$) 500.000,00

Compra de Matria-Prima (R$) 1.000.000,00

Distribuio de Dividendos (R$) 53.000,00

Outras despesas (R$) -

b) RESULTADO OPERACIONAL

Posicionamento no Mercado

Demanda gerada pela empresa (qtd) 438.879

Quantidade vendida pela empresa (qtd) 438.879

Percentual Vendas / Demanda (%) 100,00

Quantidade vendida pela indstria (qtd) 2.194.395

Participao de mercado (%) 20,00

Preo mdio da indstria (R$) 6,40

Preo praticado pela empresa (R$) 6,40

Situao dos Estoques

Estoque inicial produtos acabados (qtd) 89.879

Quantidade produzida no trimestre (qtd) 400.000

Quantidade vendida no trimestre (qtd) 438.879

Estoque final de produtos acabados (qtd) 51.000

Estoque final de matrias-primas (qtd) 760.000

Potencial de Produo para o prximo trimestre

Capacidade normal de produo (qtd) 415.000

Capacidade mxima de produo (qtd) 622.500

Custos de produo

Custo unitrio Mo-de-Obra direta (R$) 1,43

Custo unitrio de Matria-Prima (R$) 1,57

Margem de contribuio unitria (R$) 3,40

c) RESULTADO FINANCEIRO

DRE (R$)

Receita de vendas 2.808.825,00

Custos dos Produtos Vendidos (CPV) 1.321.295,00

Lucro bruto 1.487.530,00

Desp de Marketing 240.000,00

Desp com P&D 150.000,00

Desp administrativa 278.000,00

Desp com manuteno 75.000,00

Desp com Depreciao 200.000,00

Desp estocagem produtos acabados 25.500,00

Desp estocagem matria-prima 41.534,00

Desp com pedido 50.000,00

Desp com mudana de turno 0,00

Desp com investimentos 25.000,00

Desp gerais 82.000,00

Lucro operacional 320.496,00

Despesas financeiras 0,00

Lucro antes do IR 320.496,00

Imposto de renda 152.213,00

Lucro lquido 168.283,00

Dividendos distribudos 53.000,00

Lucros retidos 115.283,00

Fluxo de Caixa (R$)

Receitas de vendas 2.808.825,00

Desembolsos 3.246.230,00

Despesa de caixa 1.541.017,00

Imposto de renda 152.213,00

Dividendos distribudos 53.000,00

Investimentos 500.000,00

Compra de matria-prima 1.000.000,00

Acrscimo de caixa (437.405,00)

Balano Patrimonial (R$)

Ativo

Circulante 2.400.000,00

Caixa 1.047.000,00

Estoque 1.353.000,00

Produtos acabados 153. 000,00

Matria-prima 1.200.000,00

Permanente 8.300.000,00

Fbrica e equipamentos (liq) 8.300.000,00

Ativo total 10.700.000,00

Passivo e PL

Circulante 0,00

Emprstimos a pagar 0,00

Patrimnio Lquido 10.700.000,00

Total do Passivo e PL 10.700.000,00

2) Relatrio de Mercado SIMULAO EMPRESARIAL

Relatrio de Mercado

PERODO 0 (Abr/Mai/Jun)

a) Indicadores Econmicos

Taxa de Inflao(%) 3,6

Indice Geral de Preos (IGP) 100,0

ndice de Variao Sazonal 100,0

ndice de Atividade Econmica 100,0

Taxa Bsica de Juros -

b) Situao das Empresas

Empresa Preo Marketing DividendosDemandaVendasPL (Vlr Econmico)

16,40240.000,0053.000,00438.879438.87910.700.000,00

26,40240.000,0053.000,00438.879438.87910.700.000,00

36,40240.000,0053.000,00438.879438.87910.700.000,00

46,40240.000,0053.000,00438.879438.87910.700.000,00

56,40240.000,0053.000,00438.879438.87910.700.000,00

6------

7------

8------

9------

Mdia6,40240.000,0053.000,00--

c) Resumo da Indstria

Preo mdio (R$) 6,40

Marketing por empresa (R$) 240.000,00

Demanda gerada (qtd) 2.194.395

Volume de vendas (qtd) 2.194.395

d) Resultados Financeiros

DRE (R$)

Empresa Receita Custos DespesasLAIRL.LIQL. Retidos

1 2.808.825,00 1.321.295,00 1.167.034,00 320.496,00 168.283,00 115.283,00

2 2.808.825,00 1.321.295,00 1.167.034,00 98.818,00 168.283,00 115.283,00

3 2.808.825,00 1.321.295,00 1.167.034,00 98.818,00 168.283,00 115.283,00

4 2.808.825,00 1.321.295,00 1.167.034,00 98.818,00 168.283,00 115.283,00

5 2.808.825,00 1.321.295,00 1.167.034,00 98.818,00 168.283,00 115.283,00

6 - - - - - -

7 - - - - - -

8 - - - - - -

9 - - - - - -

Balano Patrimonial (Saldo de caixa negativo indica existncia de Emprstimo a Pagar) Empresa Caixa Estoque Permanente ATIVO

1 1.047.000,00 1.353.000,00 8.300.000,00 10.700.000,00

2 1.047.000,00 1.353.000,00 8.300.000,00 10.700.000,00

3 1.047.000,00 1.353.000,00 8.300.000,00 10.700.000,00

4 1.047.000,00 1.353.000,00 8.300.000,00 10.700.000,00

5 1.047.000,00 1.353.000,00 8.300.000,00 10.700.000,00

6 - - - -

7 - - - -

8 - - - -

9 - - - -

Indices

Empresa Mg Bruta(%) EBITDA(R$) EBIT(R$) Mg Operac(%) Mg Lq(%) Reteno Lucro(%)

1 52,96 520.496,00 320.496,00 11,41 5,99 68,51

2 52,96 520.496,00 320.496,00 11,41 5,99 68,51

3 52,96 520.496,00 320.496,00 11,41 5,99 68,51

4 52,96 520.496,00 320.496,00 11,41 5,99 68,51

5 52,96 520.496,00 320.496,00 11,41 5,99 68,51

6 - - - - - -

7 - - - - - -

8 - - - - - -

9 - - - - - -

Empresa Giro Vendas(%) PME-prod(dd) ROA(%) ROE(%) EVA(R$) TX Retorno(%)

1 26,25 10,46 3,00 1,57 168.283,00 1,59

2 26,25 10,46 3,00 1,57 168.283,00 1,59

3 26,25 10,46 3,00 1,57 168.283,00 1,59

4 26,25 10,46 3,00 1,57 168.283,00 1,59

5 26,25 10,46 3,00 1,57 168.283,00 1,59

6 - - - - - -

7 - - - - - -

8 - - - - - -

9 - - - - - -

3) Jornal

Nmero 0EDIO : ABR / MAI / JUN

Incio dos trabalhos

Est sendo iniciada uma nova simulao. As empresas j contam com as novas diretorias, as quais sero responsveis pelas futuras decises da indstria.

Nesta simulao, todas as empresas gozaro de benefcio fiscal de 3,5% sobre os investimentos em fbrica e equipamentos

Todas as equipes devero realizar o oramento empresarial - utilizando a Planilha de Apoio Deciso (PAD) antes de entregarem as decises para a simulao

Vale ser lembrado que , a exemplo do que acontece na vida real, os cenrios representam previses para o prximo trimestre, as quais podem ou no serem confirmadasCenrio previsto para o trimestre jul / ago / set

Inflao : 1%

Taxa Bsica de Juros : 5%

A economia como um todo encontra-se em nveis medianos, com alguma tendncia de decrescimento

Sazonalidade da indstria : sem alteraes significativas

NATAL MAGROOs especialistas em crescimento industrial sinalizam que o perodo de final-de-ano no ser favorvel , no devendo se repetir o desempenho industrial do Natal do ano passadoA planilha PAD dever ser inicializada com os parmetros:Incentivo fiscal para novos investimentos: SIMSobretaxa do Imposto de Renda: NOTaxa de depreciao: NORMAL

Nmero de empresas: 5

Nmero da empresa a ser simulada: qualquer nmero entre 1 e 5

Resultado

Previso

Tomada de

deciso

Uso da planilha

de apoio deciso

Entendimento dos

processos da

empresa simulada

Anlise dos resultados

POLTICA COMERCIAL

Tomada de deciso empresarial

POLTICA DE PRODUO

Preo

Marketing

Volume de

Produo

Custo de

Fabricao

Investimento em

Capacidade

Produtiva,

P&D,

Manuteno

Volume Efetivo de Vendas da Empresas

Mercado Potencial da indstria

Fatia de Mercado da Empresa

Vendas Efetivas da indstria

Mercado Potencial da empresa

Previso do cenrio do prximo perodo

_1207166330.unknown

_1213105698.unknown

_1213110128.unknown

_1207148312.unknown

_1207154048.unknown

_1207154113.unknown

_1207148304.unknown