manual de processo-ete itabira-final

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ITABIRA-MG SISTEMA DE ESGOTOS SANITRIOS ESTAO DE TRATAMENTO MANUAL DE PROCESSO DEZEMBRO/2006 Av. Prudente de Morais, 621 salas 206/414/501/502 Belo Horizonte - MG CEP 30.380 000 Fone/Fax: 3344-8367 E-mail: [email protected] 2 SUMRIO 1APRESENTAO ............................................................................................................................................. 4 2DESCRIO GERAL DA ESTAO DE TRATAMENTO ......................................................................... 5 2.1LOCALIZAO ............................................................................................................................................... 5 2.1.1Preliminares .......................................................................................................................................... 5 2.1.2Populaes e vazes contribuintes ETE ............................................................................................. 5 2.2CONCEPO E FLUXOGRAMA DA ESTAO .................................................................................................... 6 2.2.1Preliminares .......................................................................................................................................... 6 2.2.2Fluxograma geral .................................................................................................................................. 7 3DESCRIO DAS UNIDADES ....................................................................................................................... 9 3.1UNIDADES COMPONENTES DA ETE DESCRIO GERAL .............................................................................. 9 3.2DESCRIO DO PROCESSO DE TRATAMENTO ................................................................................................ 12 3.3UNIDADES DE GRADEAMENTO ..................................................................................................................... 14 3.3.1Grade Grossa ...................................................................................................................................... 14 3.3.2Grade fina mecanizada ....................................................................................................................... 14 3.3.3Grade fina de limpeza manual ............................................................................................................ 14 3.3.4Volume de material gradeado ............................................................................................................. 15 3.4ELEVATRIA EE-01 BAIXO RECALQUE ..................................................................................................... 15 3.4.1Poo de suco .................................................................................................................................... 15 3.4.2Conjuntos elevatrios .......................................................................................................................... 15 3.4.3Linha de recalque ................................................................................................................................ 16 3.5DESARENADOR ............................................................................................................................................ 16 3.6MEDIDOR PARSHALL ................................................................................................................................... 17 3.7CANAL DE LIGAO DESARENADOR PARSHALL POO SUCO DA EE-02 ............................................. 18 3.8ELEVATRIA EE-02ALTO RECALQUE ..................................................................................................... 18 3.9TRATAMENTO BIOLGICO: REATOR UASB + FILTRO BIOLGICO PERCOLADOR ......................................... 20 3.9.1Reatores UASB .................................................................................................................................... 20 3.9.2Filtros Biolgicos Percoladores Decantadores Secundrios ........................................................... 25 3.10ELEVATRIA DE RETORNO DE LODO ............................................................................................................ 28 3.10.1Poo de suco .................................................................................................................................... 28 3.10.2Conjuntos elevatrios .......................................................................................................................... 28 3.10.3Linha de recalque ................................................................................................................................ 29 3.11CAIXAS DIVISORAS DE VAZO...................................................................................................................... 29 3.11.1Caixa divisora de vazo CDV1 ........................................................................................................... 29 3.11.2Caixa divisora de vazo CDV2 ........................................................................................................... 29 3.11.3Caixa divisora de vazo CDV3 ........................................................................................................... 30 3.11.4Distribuidor tipo DST1........................................................................................................................ 31 3.11.5Distribuidores tipo DST2 e DST3 ....................................................................................................... 31 3.12SISTEMA DE DESIDRATAO ........................................................................................................................ 32 3.13INSTALAES ELTRICAS ............................................................................................................................ 34 3.13.1Sistema Geral ...................................................................................................................................... 34 3.13.2Sistema de Automatizao das Elevatrias EE-01 e EE-02 ................................................................ 36 4PARTIDA DOS REATORES UASB .............................................................................................................. 40 4.1PRELIMINARES ............................................................................................................................................. 40 4.2CONSIDERAES E CRITRIOS PARA A PARTIDA ........................................................................................... 41 4.2.1Volume de inculo para a partida do processo ................................................................................... 41 4.2.2Carga hidrulica volumtrica ............................................................................................................. 41 4.2.3Produo de biogs ............................................................................................................................. 41 4.2.4Fatores ambientais .............................................................................................................................. 42 4.2.5Aclimatizao e seleo da biomassa ................................................................................................. 42 4.3PROCEDIMENTOS QUE ANTECEDEM A PARTIDA DE UM REATOR .................................................................... 43 4.3.1Caracterizao do lodo de inculo ..................................................................................................... 43 4.3.2Caracterizao do esgoto bruto .......................................................................................................... 43 4.4PROCEDIMENTOS DURANTE A PARTIDA DOS REATORES ANAERBIOS .......................................................... 43 3 4.4.1Partida com lodo de inoculo ............................................................................................................... 43 5PARTIDA DO FILTRO BIOLGICO PERCOLADOR FBP ................................................................... 45 6OPERAO EM REGIME ESTACIONRIO .............................................................................................. 45 6.1TRATAMENTO PRELIMINAR .......................................................................................................................... 46 6.1.1Unidades de gradeamento ................................................................................................................... 46 6.1.2Desarenador ........................................................................................................................................ 49 6.2REATORES UASB ........................................................................................................................................ 52 6.2.1Sistema de distribuio de vazes ....................................................................................................... 52 6.2.2Remoo da escuma formada no reator anaerbio ............................................................................ 63 6.2.3Coleta e queima de gs ....................................................................................................................... 65 6.3FILTRO BIOLGICO PERCOLADOR SEGUIDO DE DECANTADORES SECUNDRIOS ............................................ 65 6.3.1Sistema de distribuio de vazes ....................................................................................................... 65 6.3.2Esquema operacional .......................................................................................................................... 68 6.3.3Critrio de descarga de lodo dos decantadores .................................................................................. 69 6.4OPERAO DA UNIDADE DE DESIDRATAO ................................................................................................ 71 6.4.1Alimentao do filtro-prensa .............................................................................................................. 71 6.4.2Adio de polieletrlito ou polmero ................................................................................................... 72 6.4.3Retorno do efluente lquido ................................................................................................................. 72 7DESTINO DOS RESDUOS SLIDOS ........................................................................................................ 73 8CORREO DE PROBLEMAS OPERACIONAIS .................................................................................... 74 8.1VAZO E CARACTERSTICAS DO AFLUENTE .................................................................................................. 74 8.2GRADEAMENTO ........................................................................................................................................... 74 8.3DESARENADOR ............................................................................................................................................ 75 8.4REATOR UASB ............................................................................................................................................ 75 8.5UNIDADE DE DESIDRATAO ....................................................................................................................... 78 8.6FILTRO BIOLGICO PERCOLADOR E DECANTADOR SECUNDRIO .................................................................. 79 9PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA ETE.......................................................................................... 81 10CONTROLE DE QUALIDADE DO CORPO RECEPTOR ..................................................................... 83 11MANUTENO, CONSERVAO E SEGURANA. ........................................................................... 84 12ANEXOS PLANILHAS DE CONTROLE/MONITORAMENTO ................. ERRO! INDICADOR NO DEFINIDO. 4 1APRESENTAO Estemanualcontemplaosprincipaisprocedimentosoperacionaisrelacionadosestaode tratamentodeesgotosdacidadedeItabira,tendosidodesenvolvidoparapossibilitaruma visualizao completa e o entendimento do funcionamento de todas as unidades que compem a ETE.Contempla uma descrio detalhada das unidades que integram a estao de tratamento e aborda osprincipaisprocedimentosnecessriosrotinadeoperao,correodeproblemas operacionaiseaoprogramademonitoramento,paracadaetapadotratamentoeparaocorpo receptor. 5 2DESCRIO GERAL DA ESTAO DE TRATAMENTO 2.1Localizao A rea de atendimento da ETE de Itabira abrange as duas grandes sub-bacias de esgotamento da malhaurbanaquesoasub-baciadocrregoguaSanta(Penha)esub-baciadoribeirodo Peixe,estandoinseridonestaltimaoDIDistritoIndustrialdeItabira.Asduassub-bacias conjuntas, consideradas as reas de provvel expanso, perfazem 2.685 hectares (2,69 km2). Aestaodetratamentolocaliza-selogoapsaconflunciadoscorposdguadasduasbacias decontribuiocrregoguaSantaeRiodePeixe,emterrenolocalizadodefronteo Laboratrio Laboreaux da CVRD, sendo circundada pelo prprio rio de Peixe e pela rodovia que liga Itabira a Nova Era. 2.1.1Preliminares AestaodetratamentodeesgotosdacidadedeItabirafoidimensionadaparaatendimentode umapopulaode122.610habitantes,aseratingidaem2029,comumaprimeiraetapade implantaes dimensionada para a populao de 60.000 habitantes. Alm da contribuio referente aos esgotos domsticos, foi considerada a contribuio industrial provenientedoDistritoIndustrialdeItabira,cujoequivalentepopulacionalfoiestimadoem 17.053 habitantes no ano 2029 e em 11.368 hab para o alcance de primeira etapa. O alcance da primeira etapa da ETE previsto para o ano 2014. 2.1.2Populaes e vazes contribuintes ETE As populaes e vazes contribuintes ETE so apresentadas na Tabela 2.1. 6 Tabela 2.1 - Vazes e Cargas orgnicas Ano Pop. Atendida (hab) Vazes mdias (L/s) Vazo Industrial (L/s) Vazes totais (L/s) Cargas Orgnicas (kg DBO /d) Residente urbana Equiv. industrial domsticainfiltrao Mn.Md.Mx. 2007 1 Etapa 60.00011.368100,5642,9620,00115,74168,52252,963.854 2029 Fim de plano 122.61017.053215,7067,1230,00204,97312,82485,387.542 2.2Concepo e fluxograma da estao 2.2.1Preliminares OtratamentodosesgotossanitriosdacidadedeItabiradevercumprirosobjetivosprincipais de remoo dos slidos em suspenso e estabilizao da matria orgnica (DBO5), atravs de um sistema de tratamento em nvel secundrio. AconcepodaEstaodeTratamentodeEsgotos-ETEpreviuaconstruodeunidadese instalao de equipamentos para tratamento e conteno das cargas poluentes presentes nas fases lquida,slidaegasosa.AFigura2.1apresentaofluxogramadeprocessodaestaode tratamento. Figura 2.1 - Fluxograma do processo de tratamento 7 2.2.2Fluxograma geral A Figura 2.2 apresenta o fluxograma geral da estao, com indicao de possveis flexibilidades operacionais para o efluente lquido. Figura 2.2 - Fluxograma geral Aimplantaodeumsistemadetratamentoanaerbio/aerbiocertamentepossibilitaruma melhorianaqualidadedasguasdoriodePeixee,conseqentemente,detodasasvariveis scio-econmicaseambientaisassociadasaousoeaproveitamentodeseusrecursoshdricos. Desarenador Medidor Parshall Gradeamento Slidos grosseiros Aterro controlado Areia Lodo excedente e escuma Tratamento preliminar Reator UASB Tratamento biolgico secundrio Filtros Biolgicos Corpo receptor Decantadores secundrios Retorno de escuma e lodo biolgico Unidades de desidratao Tratamento biolgico primrio By-pass By-pass 1113Elevatria 01 By-pass Elevatria 02 8 Primeiramente,osesgotossanitriosafluentesETE-Itabirasosubmetidosaotratamentoem nvelpreliminar,oqualconsistenaetapadesedimentaodiscreta(desarenador)emediode vazo (medidor Parshall).Apsotratamentopreliminar,osesgotossoencaminhadosparaosistemadetratamento biolgico,constitudodereatoresUASBseguidodefiltrosbiolgicospercoladorese decantadores secundrios.Finalmente, no que diz respeito disposio final dos resduos slidos produzidos na estao, foi previsto o encaminhamento para o aterro sanitrio da ITAURB 9 3DESCRIO DAS UNIDADES 3.1Unidades componentes da ETE Descrio Geral Gradeamento e primeiro recalque: ao final do interceptor, j na rea do tratamento, o esgoto brutolanadoemumcanaldotadodeumagradegrossa,delimpezamanual,e,na seqncia, umagrade fina mecanizada tipo cremalheira. J gradeado, o esgoto lanado no poodesucodaprimeiraelevatria(elevatriadobaixorecalque)quepromoveo alteamento para cota acima da mxima enchente do corpo receptor; Desarenao e segunda elevatria:desarenao mecanizada atravs de duas caixas quadradas(tipo detritor),com campo de raspagem circular, onde a areia sedimentada lanada num poo lateral. Deste poo um parafuso helicoidal eleva a areia at o seu lanamento num container; medio de vazo atravs de calha Parshall dotada de medidor ultra-snico. segundaelevatria(elevatriadoaltorecalque)queencaminhaoesgotogradeadoe desarenado para a CDV1, junto aos reatores anaerbios; Caixa divisora de vazo CDV1: a CDV1 recebe o esgoto recalcado pela segunda elevatria epromoveapartiodavazoafluentepara8(oito)reatoresdemantadelodo,sendo4 (quatro) em primeira etapa e outros 4 (quatro) em segunda etapa; ReatoresanaerbiosdeMantadeLodo(UASB):paraoprimeiroestgiodotratamentodos esgotosforamprevistos8(oito)reatoresdemantadelodo,cadaqualcomduascmaras contguas.Dos8reatores,4seroimplantadosemprimeiraetapaeoutros4emsegunda etapa; Caixa divisora de vazo CDV2: a caixa divisora de vazo CDV2 recebe o efluente lquido detodososreatoresepromoveapartioeqitativapara4(quatro)filtrosbiolgicos percoladores, 2 (dois) em primeira etapa e outros 2 (dois) em segunda etapa; 10 Filtrosbiolgicospercoladores:ops-tratamentodoefluentedosreatoresanaerbiosser feito atravs de quatro filtros biolgicos, circulares, alimentados por distribuidores rotativos (torniquetes) acionados por carga hidrosttica; CaixadivisoradevazoCDV3:estacaixadivisoradevazorecebeoefluentedetodosos quatro filtros biolgicose promove a partio eqitativa para 4 (quatro) decantadoresfinais (secundrios), sendo duas unidades em primeira etapa e outras duas em segunda etapa; Decantadoresfinais:aseparaofaselquidaefaseslida(geradanofiltrobiolgico)ser feitaatravsde4(quatro)decantadoresfinais(secundrios),circulares,dotadosdeponte raspadora mecanizada com removedor de escumas; Elevatriaderetornodelodo:olodosedimentadonosdecantadoresfinaisencaminhado paraumanicaelevatriaquepromoveoretornoparaoinciodoprocessodotratamento, reatores de manta de lodo, para adensamento e digesto anaerbia e, Sistemadedesidrataomecnicadolodoexcedenteatravsdeprensadesaguadora(filtro-prensa). Na seqncia apresentado um layout do tratamento proposto. 11 LEGENDA: 1 - GRADEAMENTO E ELEVATRIA DO BAIXO RECALQUE 2 -DESARENADORES MECANIZADOS 3 -ELEVATRIA DO ALTO RECALQUE 4 REATORES ANAERBIOS DE MANTA DE LODO UASB 5 FILTROS BIOLGICOS PERCOLADORES 6 DECANTADORES SECUNDRIOS 7 CENTRO DE TREINAMENTO DE PESSOAL 8 LABORATRIO / ADMINISTRAO 9 GARAGEM / OFICINA10 CENTRO DE DESIDRATAO MECNICA 1 2SISTEMA DE ESGOTOS SANITRIOS ESTAO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS DE ITABIRA LAY-OUT GERAL 2 1 3 4 5 6 7 8 9 100 12 3.2Descrio do processo de tratamento A descrio geral do processo de tratamento baseada no fluxograma pgina seguinte. O esgoto afluente ETE, passar inicialmente por um canal dotado de uma grade grossa (A1) e naseqnciadeumagradefinamecanizada(A2).Emseguidarecalcado,pelaprimeira elevatria (A), para osdesarenadores plano mecanizados, tipo quadrado (detritor) com campo de raspagemcircular(B),ondeaareiasedimentadalanadanumpoolateral.Destepooum parafusohelicoidalelevaaareiaatoseulanamentonumcontainer(caambabrooks).Do desarenadoroafluentepassaporumacalhaParshall(C),dotadademedidorultra-snicoe encaminhadoparaasegundaelevatria(D)paraacaixadivisoradevazoCDV1(E).Nesta caixaoesgotodistribudoigualmentepara8(oito)reatoresdemantadelododefluxo ascendente (F). O efluente lquido dos reatores reunido na caixa divisora de vazo CDV2 (G) quepromoveadivisoeqitativapara4(quatro)filtrosbiolgicosaerbiospercoladorescom leitofiltrante(H).Oefluentedosfiltrosbiolgicosencaminhadoparaumacaixadivisorade vazo CDV3 (I) que divide igualmente a vazo para 4 (quatro) decantadores finais (J), dotados de ponte raspadora mecanizada. A parte lquida vertida eencaminhadapara ocorpo receptor, riodePeixe(K).Olodoanaerbioremovidodosdecantadoresfinaisencaminhadoparauma elevatria (L)que promove o retorno do lodo para a segunda elevatria (D) e, portanto, para os reatores de manta de lodo onde sofre adensamento e estabilizao anaerbia. Olodoexcedentegeradopeloprocessoanaerbio,juntamentecomolodoaerbioestabilizado noreatordemantadelodo,encaminhadoparaacentraldedesidrataomecnica(M)onde ter seu volume reduzido pelo desge. Aps a desidratao o lodo transportado para o aterro sanitrio da ITAURB (N). Oby-pass(O)geraldaETEsersituadojuntoprimeiraelevatriaquetercontrole operacional e supervisrio junto ao prdio da administrao da ETE. Aseguirapresenta-seumadescriodetalhadadecadaunidadeintegrantedaETE-Itabira, abordando a sua finalidade e os princpios de funcionamento. 13 14 3.3Unidades de gradeamento OesgotoafluenteEstaodeTratamentoseralteadoatravsdedoisrecalquesseqenciais. Umaprimeiraunidadederecalqueelevarosesgotosatacotadeseguranadasmximas enchentes do rio do Peixe, outra completar o alteamento at cota compatvel com a distribuio para os reatores anaerbios, primeira unidade do tratamento. O sistema de gradeamento ser composto por dois canais paralelos, um dotado de uma grade fina de limpeza manual e outro de uma grade grossa e outra fina mecanizada, na seqncia. O esgoto afluente,antesdeadentrarocanaldagrade,passaporumacmaraderecepodotadade comporta e extravasor. As principais caractersticas do sistema de gradeamento so: 3.3.1Grade Grossa espaamento livre entre barras..........................................................E = 5 cm barras chatas......................................................................................3/8 x 1 inclinao com a horizontal ............................................................... 60 Agradegrossaserrasteladamanualmenteeosdetritosacondicionadosemumacaamba, sendo, da, encaminhados para a disposio final. 3.3.2Grade fina mecanizada espaamento livre entre barras.......................................................... E = 1,5 cm barras chatas......................................................................................3/8 x 1 inclinao com a horizontal ............................................................... 80 A grade tipo Cremalheira tem sua limpeza mecanizada, lanando os resduos em uma caamba.3.3.3Grade fina de limpeza manual espaamento livre entre barras.......................................................... E = 1,5 cm barras chatas......................................................................................3/8 x 1 15 inclinao com a horizontal ............................................................... 60 A grade fina ser rastelada manualmente e os detritos acondicionados em uma caamba, sendo, da, encaminhados para a disposio final. 3.3.4Volume de material gradeado

Ovolumediriodematerialasergradeadonosistemadegradegrossaseguidadegradefina mecanizada foi avaliado em: Vano inicial = 14.560 m3/d x 0,040 L/m3 = 582 L/d Vano final = 27.027 m3/d x 0,040 L/m3 = 1.081 L/d 3.4Elevatria EE-01 Baixo Recalque AelevatriaEE-01recebeoesgotoafluentedofinaldoemissriodeesgotobruto,apspassar pelosistemadegradeamento,eelevaparaaplataformadeassentamentodosdesarenadores mecanizados, acima da cota de mxima enchente. Suas caractersticas so: 3.4.1Poo de suco cota do fundo .................................................................................... 651,00 m cota da laje superior .............................................................................. 656.30 m altura total ..........................................................................................5.30 m altura til ............................................................................................1,25 m volume til ..........................................................................................23,00 m3 volume efetivo ....................................................................................24,00 m3 forma - retangular largura ................................................................................................8,00 m comprimento ....................................................................................... 2,70 m 3.4.2Conjuntos elevatrios 16 n de conjuntos (inclusive reserva/rodzio) .............................................. 04 tipo ..................................................................................................... re-autoescorvante modelo ........................................................................................... GRESCO X-T 10 rotao de trabalho ................................................................. varivel950 rpm a 1000 rpm potncia instalada .................................................................................. (3 x 50) =120 HP Osconjuntosserodotadosdevariadordevelocidadeporinversordefreqnciae,aprior, operaroentre 950 e 1.000 rotaes por minuto (eixo da bomba).Oesquema de automatizao da unidade apresentado no sub-item 3.13.2. 3.4.3Linha de recalque dimetro ....................................................................................... DN = 500 extenso ..................................................................................... 20 m material .........................................................................................PRFV 3.5Desarenador O sistema desarenador tem a funo de remover partculas de areia, uma vez que tais partculas podemocasionarabrasoeobstruonastubulaes.Almdisso,essesmateriaisnoso passveis de tratamento biolgico devido sua natureza inerte ou pouco biodegradvel. OdesarenadordaETEdeItabiraserdotipodetritor(seoquadrada).Nestetipode desarenadoraareiaseparadaporgravidade.Otanquepossuiseoquadrada,dotadode mecanismo de raspagem da areia com acionamento central atravs de motor redutor e campo de ao circular. A areia sedimentada raspada e lanada num poo lateral onde um parafuso far o transporteascendentedaareiaatseulanamentoemcontainercaambabrooks.Sero implantados dois desarenadores, sendo um para reserva/ rodzio. As principais caractersticas do desarenador so: nmero de unidades ............................................................................................02 tipo ......................................................................................................................detritor seo ...................................................................................................................quadradacampo de ao ....................................................................................................circular acionamento .......................................................................................................central 17 remoo de areia .............................................................................. parafuso helicoidal A Figura 3.1 apresenta desenho esquemtico dodesarenador, identificando o funcionamento de equipamentos de remoo de slidos. Figura 3.1 desenho esquemtico do desarenador mecnico Os esgotos domsticos, j livres de uma frao significativa dos slidos mais grosseiros, vertem sobre os canais a jusante, seguindo para o medidor Parshall. Quantidade de areia removida Estimando-se em 30 litros de areia para cada 1.000 m3 de esgoto afluente, os volumes dirios de areia a serem removidos sero: para a primeira etapa, vazo mdia de 14.560 m3/d .......................... 439 L/d para o ano inicial da 2 etapa, vazo media de 24.174 m3/d ..............725 L/d para o ano final da 2 etapa, vazo mdia de 27.028 m3/d ................ 811 L/d Para os dez primeiros anos de operao da 1 etapa, prevalecendo o incio operacional da 2 etapa no ano 11, esperado um volume total de areia removida de 1.602 m3. 3.6Medidor Parshall defletores (entrada do afluente) raspador mecnico bomba parafusomoto redutor caamba 18 Logo aps o desarenador, foi previsto um medidor de vazo tipo calha Parshall de2(61cm). A medio da vazo afluente ser feita atravs da leitura da lmina, na seo convergente, atravs de medidor ultra-snico. 3.7Canal de ligao Desarenador Parshall Poo Suco da EE-02 AligaodosvertedoresdascaixasdesarenadorasmecanizadasaomedidorParshallserfeita por um canal retangular com as seguintes caractersticas: largura do canal ............................................................................. 1,20 m extenso at a calha Parshall ......................................................... 34,00 m declividadedo fundo ....................................................................0,0050 m/m cota do incio do canal ...................................................................659,41 m cota do final (incio do medidor Parshall) .....................................659,24 m cota da seo convergente do medidor Parshall ............................. 659,18 m AligaoentreasadadomedidorParshalleopoodesucodaelevatriaapresentaas seguintes caractersticas: dimetro da canalizao ...................................................................... 800 mm extenso ...............................................................................................12,40 m cota do incio ....................................................................................... 658,60 m cota do final ........................................................................................ 658,40 m declividade de fundo ........................................................................... 0,0161 m/m 3.8Elevatria EE-02Alto Recalque AestaoelevatriaEE-02recebeoefluentedosdesarenadoresmecanizadosepromoveo alteamento dos esgotos para a Caixa Divisora de Vazo CDV1. Na busca de um funcionamento equilibradocomaelevatriaEE-01,buscou-seequiparaEE-02comomesmonmerode conjuntos de recalque e adotados os mesmos volumes teis da EE-01, por faixas operacionais. 3.8.1.1Poo de suco 19 cota do fundo .................................................................................... 655,70 m cota da laje superior .............................................................................. 659,80 m altura total ..........................................................................................4,10 m altura til ............................................................................................1,25 m volume til ..........................................................................................23,00 m3 volume efetivo ....................................................................................24,00 m3 forma - retangular largura ................................................................................................8,00 m comprimento ....................................................................................... 2,70 m 3.8.1.2Conjuntos elevatrios n de conjuntos (inclusive reserva/rodzio) .............................................. 04 tipo ..................................................................................................... re-autoescorvante modelo ........................................................................................... GRESCO X-T 10 rotao de trabalho ............................................................. varivel1.075 rpm a 1.130 rpm potncia instalada .................................................................................. (3 x 50) =150 HP OsconjuntosderecalquedaelevatriadoAltoRecalquetambmseroequipadoscom variador de velocidade por inversor de freqncia. O ajuste da rotao permitir o equilbrio da vazo de recalque em conformidade com a performance da elevatria do Baixo Recalque. O esquema de automatizao da unidade apresentado no sub-item 3.13.2. 3.8.1.3Linha de recalque dimetro ....................................................................................... DN = 500 extenso ..................................................................................... 60 m material .........................................................................................PRFV 20 3.9Tratamento biolgico: Reator UASB + Filtro Biolgico Percolador ApsotratamentopreliminarosesgotosafluentesETE-Itabiraseguemparaaetapade tratamentobiolgicocompostoporreatoresUASB-UpflowAnaerobicSludgeBlanket Reactors seguidos de trs filtros biolgicos percoladores. 3.9.1Reatores UASB Paraatendimentodavazoafluentedefinaldeplanoforamprevistas8unidadesdereatores, cada qual com duas cmaras conjugadas. Em primeira etapa funcionaro apenas 4 unidades, que operaroemparalelo,dispondodasprincipaiscaractersticasgeomtricasemcadacmarade reator: forma .............................................................................................retangular comprimento de cada cmara ......................................................... 21,70 m largura de cada cmara ................................................................... 6,20 m altura til ........................................................................................4,50 m altura total ......................................................................................5,00 m volume til ..................................................................................... 605,43 m3 volume total final de plano(8 reatores 16 cmaras) .................... 9.686,9 m3 volume total 1 etapa (4 reatores 8 cmaras) ............................... 4.843,4 m3 Arepresentaoesquemticadadinmicadetratamentodosesgotosnointeriordeumreator UASB mostrada na Figura 3.2. Ao ingressarem no reator UASB, os slidos biodegradveis em suspensooudissolvidosnamassalquidapassamaservirdesubstratoorgnicoparaa comunidadedemicrorganismosanaerbiose/oufacultativospresentes.Osprocessosde bioestabilizaodamatriaorgnicapassveldedecomposioocorremmajoritariamentenas zonas mais profundas dos reatores correspondentes s cmaras de digesto. 21 As cmaras de digesto so delimitadas superiormente por dispositivos de reteno de biomassa (mantadelodoemsuspenso)erecolhimentodobiogsproduzido,denominadosseparadores trifsicos ou coifas. Osslidoseventualmentearrastadosporcorrentesdefluxoascendentedemaiorintensidade, desprendendo-se da manta de lodo em suspenso, podero atingir as partes superiores do reator situadasentreascoifas,correspondentesaoscompartimentosdedecantao.Nestasregies, devido maior rea superficial disponvel para o escoamento do fluido, desenvolve-se baixa taxa deaplicaosuperficial,oquepropiciaasedimentaoeretornodosslidossuspensosparaa zona de reao. Figura 3.2 - Representao esquemtica da dinmica de tratamento dos esgotos no interior de um reator UASB Por sua vez, as bolhas de gases produzidos durante o processo bioqumico de digesto anaerbia damatriaorgnica,notadamentemetanoedixidodecarbono,emsuatrajetriaascendentee retilnea,sorecolhidasdiretamentenasaberturasinferioresdascoifasoudesviadasparaestas por meio de vigas-anteparo. Os esgotos tratados no reator UASB so recolhidos na superfcie livre da massa lquida, vertendo emcalhasdispostaslongitudinalmentescoifas(separadorestrifsicos).Ascalhasdecoleta conduzemoefluentetratadoatcanaisdeconcreto,situadosnafaceexternadasparedesdo reator, de onde seguem para o canal do efluente.Manta de lodo afluente biogs slidos efluente Separador trifsico Decantadores Calha do efluente final 22 Ossistemasanaerbiostmdificuldadesemproduzirumefluentequeatendaaospadres estabelecidospelalegislaoambiental.Talaspectoganharelevncianamedidaemqueos rgosambientaisestaduaistmintensificadoasuafiscalizaoeatuadoefetivamenteno licenciamentoambientaldenovosempreendimentosnosetordesaneamento.ATabela3.1 apresentafaixasdeeficinciasusualmenteesperadasparaaremoodealgunspoluentesno tratamento em reatores UASB e a Tabela 3.2 apresenta um resumo das principais caractersticas e dimenses resultantes do dimensionamento do reator UASB. Tabela 3.1 - Eficincias esperadas de remoo dos principais parmetros de monitoramento em reatores UASB ParmetroDBODQOSSTNPColiformes Eficincia esperada (%)60 a 80657010 a 2510 a 2060 a 90 Fonte: Adaptado de von Sperling (1996) Tabela 3.2 - Resumo das principais caractersticas e dimenses resultantes do dimensionamento do reator UASB Dimenses / CaractersticasValor Nmero reatores 8 Nmero de cmaras16 Largura de cada cmara6,20 m Comprimento de cada cmara 21,70 m rea de cada cmara134,54 m2 Altura total do reator5,00 m Altura til do reator4,50 m Volume til de cada cmara do reator605,43 m3 CadareatorUASBprojetadoapresenta7compartimentosdedecantao,sendo6inteirose2 metades. Distribuio da vazo afluente 23 OesgotoafluenteacadareatorUASBcheganodistribuidorDST-1.Darepartidopara distribuidoresDST-2eDST-3quepromovemapartioeqitativaparaazonaprofundade digesto, sendo todo o fluxo por gravidade. Adistribuioadequadaeeqitativadoafluenteaspectorelevantenaoperaodereatores UASB, sendo essencial para garantir um melhor regime de mistura e a diminuio da ocorrncia de zonas mortas no leito de lodo.Separadores trifsicos ATabela3.3apresentaasprincipaiscaractersticasedimensesdosseparadorestrifsicos (coifas) do reator UASB. Tabela 3.3 - Resumo das principais caractersticas e dimenses dos separadores trifsicos (coifas) do reator UASB. Dimenses / CaractersticasValor Nmero de separadores trifsicos por clula7 Inclinao das paredes das coifas54 o Largura na parte superior das coifas0,50 m Largura na parte inferior das coifas2,40 m Largura das aberturas simples (junto s paredes do reator)0,35 m Largura das aberturas duplas (entre coifas)0,70 m Compartimentos de decantao OscompartimentosdedecantaoconstituemaltimaetapadotratamentoemreatoresUASB (verFigura3.2).Sodispositivosessenciaisaobomfuncionamentodoreator,umavezque devempropiciaroretornodolodoaocompartimentodedigesto,deformaagarantiruma elevada idade do lodo no sistema e o baixo teor de slidos no efluente final.A Tabela 3.4 mostra as principais caractersticas e dimenses dos compartimentos de decantao. Tabela 3.4 - Resumo das principais caractersticas e dimenses dos compartimentos de decantao do reator UASB 24 Dimenses / CaractersticasValor Largura til de cada decantador (entre coifas)2,60 m Profundidades da seo retangular do decantador (parede reta)0,50 m Profundidade da seo triangular do decantador (parede inclinada)1,30 m Profundidade total do decantador1,80 m Inclinao das paredes dos decantadores54o Volume total de decantao, por cmara149,73 m3 Sistema de biogs Atrecentemente,osprocessosanaerbioseramassociadosagasesmalcheirosos,sendoque issosetornouoprincipalimpeditivoparaumamaiorutilizaodessesprocessosparao tratamento de efluentes lquidos. Com o maior nmero de estudos e pesquisas desenvolvidos na rea,notadamenteapartirdadcadadesetenta,adveioummaiorconhecimentoda microbiologiaebioqumicadoprocessoanaerbioeconseqentementedasmedidasaserem adotadas para o controle destes gases. Noquedizrespeitoformaodegasesmalcheirosos,geralmenteassociadosreduode compostos de enxofre a sulfeto de hidrognio (H2S), devem ser tomadas medidas para se evitar queestesgasesescapemparaaatmosfera,notadamentequandodaexistnciadehabitaes prximasreadetratamento.Comoogssulfdricopodeescapardoreatortantoporvia lquida(dissolvidonoefluente)comoporviagasosa(coletordegases),diferentesmedidas devem ser tomadas.A liberao do biogs de forma descontrolada na atmosfera ruim, no apenas pela possibilidade deocorrnciademausodoresjuntovizinhana,masprincipalmentepelosriscosinerentesao gsmetano,quecombustvel.Dessaforma,obiogsproduzidonoreatordevesercoletado, medido e posteriormente utilizado ou queimado. Osistemaderetiradadobiogs,apartirdainterfacelquido-gsnointeriordoreator, composto de: -tubulao de coleta; -manmetro; -vlvula corta chama e alivio de vcuo; 25 -tanque de presso e sedimentao; -condensador e purga; -medidor de vazo; -queimador. NointeriordoreatorUASB,osgasessoencaminhadosparazonadeacmuloecoletado separador trifsico (zona de acumulao de gases).Recolhimento e transporte dos efluentes dos reatores anaerbios NaETE-Itabira,oefluentefinaldoreatoranaerbioseguirparaops-tratamentoaerbio, atravs de filtros biolgicos percoladores. 3.9.2Filtros Biolgicos Percoladores Decantadores Secundrios ApsosreatoresUASBosesgotosefluentesseguemparaaetapadotratamentosecundrio composto por filtros biolgicos percoladores seguidos de decantadores secundrios. Foram previstos 4 (quatro) filtros biolgicos aerbios percoladores (arejamento natural), com as seguintes caractersticas: nmero de unidades de 1 etapa .............................................................. 02 un nmero de unidades em 2 etapa ............................................................. 04 un formato ....................................................................................................circular dimetro de cada unidade ....................................................................... 22,50 m altura do meio suporte ............................................................................ 2,50 m rea superficial de cada filtro .................................................................. 397,61 m2 volume de cada filtro ............................................................................... 994,03 m3 Paraaremoodolodogeradonosfiltrosbiolgicosforamprevistos4(quatro)decantadores secundrios, com as seguintes caractersticas: nmero de unidades em 1 etapa ...........................................................02 nmero de unidades em 2 etapa ...........................................................04 26 formato ..................................................................................................circular dimetro ................................................................................................20 m profundidade til junto parede lateral ................................................ 3,00 m inclinao do fundo ...............................................................................1:10 (V/H) Um filtro biolgico percolador consiste, basicamente, de um tanque preenchido com material de alta permeabilidade. Nesta estao foi utilizada brita no calcria n4, sobre a qual os esgotos so aplicadossobformadegotasoujatos.Apsaaplicao,osesgotospercolamemdireoaos drenosdefundo.Estapercolaopermiteocrescimentobacterianonasuperfciedapedra,na forma de uma pelcula fixa denominada biofilme. O esgoto passa sobre o biofilme, promovendo ocontatoentreosmicrorganismoseomaterialorgnico.AFigura3.3apresentaumdesenho esquemtico do funcionamento do filtro biolgico percolador. Os filtros biolgicos so sistemas aerbios, pois o ar circula nos espaos vazios entre as pedras, fornecendoooxignioparaarespiraodosmicrorganismos.Aventilaonatural.A distribuiofeitaatravsdedistribuidoresrotativos,movidospelaprpriacargahidrosttica dosesgotos,oumotorizados.Olquidoescoarapidamentepelomeiosuporte,Noentanto,a matriaorgnicaabsorvidapelobiofilme,ficandoretidaumtemposuficienteparaasua estabilizao. medidaqueabiomassacrescenasuperfciedaspedras,oespaovaziotendeadiminuir, fazendocomqueavelocidadedeescoamentonosporosaumente.Aoatingirumdeterminado valor, esta velocidade causa uma tenso de cisalhamento, que desaloja parte do material aderido. Esta uma forma natural de controle da populao microbiana no meio. O lodo desalojado deve ser removido nos decantadores secundrios, de forma a diminuir o nvel de slidos em suspenso no efluente final. ATabela3.5apresentaacomposiodeesgotosbrutos,deefluentesdereatoresUASBede efluentesdefiltrosbiolgicospercoladoresemcomparaocomaqualidadeexigidaparao efluente.A Tabela 3.6 apresenta o resumo das principais caractersticase dimenses dosfiltros biolgicospercoladoreseaTabela3.7apresentaoresumodasprincipaiscaractersticase dimenses dos decantadores secundrios. Tabela 3.5 -Composio tpica de esgotos brutos, efluentes de reatores UASB e efluentes de filtros biolgicos percoladores e qualidade exigida para o efluente final 27 Parmetro Esgoto bruto Efluente do reator UASB Efluente do filtro biolgico percolador Qualidade exigida DQO (mg/L)500 a 800150 a 200s 120< 90 DBO5 (mg/L)200 a 35050 a 100s 30< 60 SST (mg/L)300 a 40060 a 120s 30< 60 Fonte: Adaptado de Cavalcanti et al. (2001); Alem Sobrinho & Jordo (2001); DN 10 COPAM (1986) e CONAMA (1986). Figura 3.3 - Representao esquemtica de um filtro biolgico percolador Tabela 3.6 - Resumo das principais caractersticas e dimenses dos filtros biolgicos percoladores Dimenses / CaractersticasValor Nmero de unidades04 Formatocircular Dimetro de cada unidade22,50 m Altura do meio filtrante2,50 m rea superficial de cada filtro397,61 m Volume de cada filtro994,02 m TAS18 m/mxdia COV0,73 KgDBO/m Tabela 3.7 - Resumo das principais caractersticas dos decantadores secundrios Dimenses / CaractersticasValor Nmero de unidades em final de plano04 FormatoCircular Dimetro de cada unidade20,0 m Distribuidor rotativo Meio suporte afluente 28 Profundidade til junto parede lateral3,00 m Inclinao do fundo1:10(V/H) 3.10 Elevatria de retorno de lodo Olododefundodosdecantadoressecundrios,descarregadodemaneiraintermitente,ser encaminhadoparaumanicaelevatriaElevatriadeRetornodeLodoERL,dondeser recalcadoparaarededeesgotamentodosreatores,tendocomodestinoopoodesucoda elevatria EE-02 e, portanto, retornando aos reatores. Avazoafluenteaopoodesucodaelevatriaserde2.400L/h(0,67L/s).Parao dimensionamento do recalque foi arbitrada a vazo de 5,00 L/s (18.000 L/h) e linha de recalque de 75 mm, para os quais se tem uma velocidade prxima de 1,10 m/s. As principais caractersticas da ERL so: 3.10.1Poo de suco cota do fundo .................................................................................... 657,25 m cota da laje superior .............................................................................. 659,70 m altura total ..........................................................................................2,45 m altura til ............................................................................................0,95 m volume til ..........................................................................................2,00 m3 forma - retangular largura ................................................................................................2,10 m comprimento ....................................................................................... 1,20 m 3.10.2Conjuntos elevatrios n de conjuntos (inclusive reserva/rodzio) .............................................. 02 tipo ....................................................................helicoidal de cavidades progressivas modelo ................................................................................... HF 70 da Weatherford 29 rotao de trabalho ................................................................... 250 rpm potncia instalada .................................................................................. 5 CV 3.10.3Linha de recalque dimetro .......................................................................................75 mm extenso ..................................................................................... 115 m material .........................................................................................PRFV 3.11 Caixas divisoras de vazo 3.11.1Caixa divisora de vazo CDV1 AcaixadivisoradevazoCDV1destina-seaeqipartiravazototalefluentedaelevatriaEE-02paraosoitoreatoresanaerbios(quatronaprimeiraetapadasobras).dotadadeuma cmaradeadmissonicaedeoitocmarasconjugadas,separadasporvertedoresdesoleira plana e comportas de superfcie. Cada cmara encaminha parte da vazo afluente para os reatores (em nmero de oito em final de plano). As principais caractersticas da CDV1 so: largura til interna da cmara de admisso ...................................1,70 m comprimento da cmara de admisso ................................................1,70 m nmero de vertedores de soleira plana ..............................................08 un largura da soleira de cada vertedor ....................................................0,60 m cota de fundo da caixa de admisso ...................................................670,150 m cota da soleira dos vertedores ............................................................670,800 m 3.11.2Caixa divisora de vazo CDV2 AcaixadivisoradevazoCDV2destina-seareceberoefluentelquidotratadodosreatores anaerbios e repartir a vazo para os quatro filtros biolgicos percoladores (eventualmente trs). dotada de uma cmara de admisso nica e de quatro cmaras conjugadas a 90 , separadas por vertedoresdesoleiraplana,semcomportadefechamento.Cadacmaraencaminhaumaquarta partedavazoafluente(vindadosreatores)paracadaumdosquatrofiltrosbiolgicos 30 percoladores. A retirada de operao de qualquer dos filtros biolgicos feita atravs de vlvula nalinhaindividualdeligaodecadafiltrocaixadeentradadosdecantadoressecundrios (CDV3), logo junto sada da caixa CDV2. A caixa CDV2 fechada na sua parte superior e conta com sistema de exausto e tubulao para encaminhamento dos gases desprendidos (sulfetos) at umaunidade de neutralizao. As principais caractersticas da CDV2 so: largura til interna da cmara de admisso ......................................... 1,30 m comprimento da cmara de admisso ................................................. 1,30 m nmero de vertedores de soleira plana ...............................................04 un largura da soleira de cada vertedor ....................................................0,80 m cota de fundo da caixa de admisso ...................................................665,700 m cota da soleira dos vertedores ............................................................666,750 m 3.11.3Caixa divisora de vazo CDV3 AcaixadivisoradevazoCDV3apresentaoperaosemelhantedacaixaCDV2.Recebeo efluentedosfiltrosbiolgicosatravsdeumacmaranicadeadmissoepromoveapartio paraquatrodecantadoressecundrios(doisemprimeiraetapa).DiferedaCDV2porseraberta nasuperfcieecontroledefechamento/aberturaatravsdecomportasdesuperfcieem vertedores de soleira plana. As principais caractersticas da CDV3 so: largura til interna da cmara de admisso ......................................... 0,80 m comprimento da cmara de admisso ................................................. 1,80 m nmero de vertedores de soleira plana ...............................................03 un largura da soleira de cada vertedor ....................................................0,80 m cota de fundo da caixa de admisso ...................................................788,300 m 31 cota da soleira dos vertedores ............................................................790,500 m 3.11.4Distribuidor tipo DST1 OsdistribuidoresDST1,emnmerodeoitounidades,umparacadareatorcompostoporduas cmaras,destina-se,juntamentecomosdistribuidoresDST2eDST3repartiravazopara112 difusores locados no fundo dos reatores (56 para cada cmara). As principais caractersticas dos distribuidores DST1 so: formato em planta .............................................................................. circular nmero de vertedores de soleira plana .................................................16 un largura de soleira dos vertedores 12 unidades ..................................................................................0,30 m 4 unidades ....................................................................................0,15 m cota de fundo da cmara de admisso ................................................668,90 m cota das soleiras vertentes ................................................................. 669,70 m cota de fundo do compartimento de sada para DST2 e/ou DST3 ......669,32 m cota do topo da caixa DST1 .............................................................. 670,15 m 3.11.5Distribuidores tipo DST2 e DST3 Paraadistribuiodavazoafluenteacadareator,foramprevistos56pontoscomreade influnciadaordemde2,00m2paracadaponto.Adistribuioserfeitapordoistiposde distribuidores:tipoDST2,com8difusores,etipoDST3,com4difusores.Cadareatorcontar com12distribuidorestipoDST2e4distribuidorestipoDST3,totalizandoos112pontos previstos (56 em cada cmara de reator). O esquema a seguir ilustra o sistema adotado de repartio da vazo para cada reator. 32 Construtivamente so semelhantes e apresentam as seguintes caractersticas: dimetro da cmara de admisso ...........................................................0,40 m dimetro da cmara de repartio (externo) ..........................................0,80 m cota de fundo da cmara de admisso ................................................... 669,020 m cota de fundo da cmara de repartio ................................................. 669,200 m cota da geratriz inferior dos vertedores triangulares ............................. 669,350 m 3.12Sistema de desidratao Areduodoteordeumidadedolodogeradonosistemadetratamentoserfeitaatravsde equipamento mecanizado de desge. Enquantoomaterialgradeado(slidosgrosseiros)easpartculasdeareiaremovidosno tratamentopreliminarsoencaminhadosdiretamenteparaasclulasdeaterramento,olodo biolgico excedente dos reatores UASB seguir para a central de desidratao, objetivando-se a reduo de volume.DST3 DST3DST3DST2DST2DST2DST2DST2DST2 VEM DA CDV1 DST2DST2DST2DST2DST2DST2DST3 33 Obiofilmedesgarradodomeiosuportedofiltrobiolgicoirsedimentarnodecantador secundrio e ser retornado para os reatores UASB, sendo ento estabilizado e encaminhado para a desidratao junto com o lodo anaerbio. Paraadesidrataomecnicadolodobiolgicoexcedentefoiprevistooempregodeprensa desaguadora (filtro prensa) da ANDRITZ (NETZSCH). Paraabrigodadesidrataomecanizada,foiconstrudaumainstalaodotadadedois pavimentos.Nopavimentosuperiorestassentadooequipamentodedesgeenoinferioro armazenamento,preparoedosagemdopolieletrlito,almdacaambaderecolhimentoe/ou caminho tipo bscula. A produo total de lodo a ser descartada para desidratao ser de: Para incio de plano, tem-se: 12 , 409 . 1total =lodoPkg SST/d Para final de plano, tem-se: 55 , 757 . 2total =lodoPkg SST/d O volume de lodo produzido foi estimado admitindo-se a concentrao de 1.020 kg/m3 e um teor de matria slida de 4 %. Assim, tem-se: ( )( )53 3404 0 020 112 409 13,, m / kg .d / kgSST , .V ==m3/d(para incio de plano) ( )( )59 6704 0 020 155 757 23,, m / kg .d / kgSST , .V ==m3/d(para final de plano) 34 3.13Instalaes Eltricas3.13.1Sistema Geral Toda a ETE alimentada por uma subestao com trs transformadores, a saber: Trafo 1 - 300 Kva, com primrio em 13,8 kV - tringulo, e secundrio em 440/254 V; Trafo 2 - 75 kVA, com secundrios em 220/127 V; Trafo 3 112,5 kVA, com secundrios em 220/127 V. Os transformadores 1 e 2 esto instalados em subestao abrigada e o terceiro em subestao ao tempo.HumaredeprimrianointeriordaETEparaalimentarasubestaoaotempode 112,5 kVA. Cada transformador alimenta um quadro de distribuio geral de baixa tenso sendo queoTrafo1(300kVA)alimentaoQGBde440V,oTrafo2(75kVA)alimentaoQGBTde 220V e o Trafo 3 (112,5 kVA o QDG do Laboratrio, em 220 V. Osmotoresdaselevatriasdeesgotosoacionadosporinversoresdefrequnciapermitindoo controlede vazo de recalque. A EE-01 constituda por quatro motoresde50 CV e aEE-02 porquatromotoresde50CV,todosalimentadosem440V.Asmotobombassodeeixo horizontalenoficamimersasnoesgoto.Osmotoresdecadaelevatriasocontroladospor microCLP,quetemafunodeefetuarrodziodasmotobombaseenviarsinaisdestatusao supervisriocentral,instaladonasaladooperador.Tambmosinversoresdefrequnciatm seus status transmitidos ao supervisrio. A instrumentao de cho de fbrica utilizada resume-se a quatro medidores/transmissores de nvel posicionados nos poos de suco das elevatrias de esgoto e nos tanques pulmo de lodo, aummedidor/transmissordevazoinstaladonacalhaParshallprximoEE-02.Esta instrumentao, aliada quela j embarcada nos soft-starters ou nos inversores de frequncia dos motoresdaselevatrias,permiteocompletomonitoramentodetodaaETEpormeiode supervisrio. AtransmissodasinformaesentreaETEeacentraldesupervisonaETAParfeitapor sistema de radiotelemetria. O software de superviso o IFIX da GE . 35 Osmedidoresdenvelinstaladosnospoosdesucosodotiponvelcontnuo,digitale ultrassnico,sendoosensorinstaladonotopodopoodesucoeoconversordesinalem painelnointeriordaelevatria.Sodotiposimplescanal,comcabeasensoratropicalizada (com compensao de temperatura), permitindo a programao local de vrios nveis, atravs de IHMportecladodemembranalocalizadonafacedotransmissor,habilitandoounoos conjuntosmoto-bombaseasinalizao.Omedidordenvelligaedesligaosmotores escalonadamente.Oalarmedenvelcrticosoarsemprequeonvelultrapassaracotade segurana.Esteparmetrodealarmedeveserajustadoemcomumacordocomaoperaodo SAAEnapocadainstalaodoequipamentodemediodenvel.Apsodesligamentodo conjunto o CLP selecionar as prximas moto-bombas que iro trabalhar. NacalhaParshallestinstaladoummedidordevazoultrassnico,comoconversordesinal instaladoempaineldentrodaElevatriadaEE-02.Omedidortemafunodetotalizaras leiturasdevazodosistema,armazen-lasetransferi-lasparaoCLP.Esteporsuavez,efetua vriasoperaes,taiscomoaindicaodarotaodasbombas,identificaoealarmede defeitos, acionamento das bombas face aos nveis de esgoto do poo, etc. A iluminao da rea externa da ETE feita atravs de luminrias fechadas, para uma lmpada vapor metlicode 150W 220V, instalada em poste com altura livre de 7 metros para facilitar a manuteno, sendo a mesma alimentada diretamente pelo QDC 1 localizado nolaboratrio, e o comando das lmpadas feito atravs de rel fotoeltrico. A rede de dutos que atende esta rea composta por dutos em PEAD (polietileno expandido de altadensidade),emvalascomum,dois,quatroouseisdutosdedimetro4.Emtodaa instalaoforamdeixadosdutosreservasparafuturasampliaes.Nostrechosdetravessiade pista,asvalasondecorremosdutosestenvelopadacomconcreto,paraproteodoscabos contra compresso excessiva. A iluminaodolaboratrio, composta porluminrias fluorescentes de 32W ou 16W, para a parteinterna,sendoaindadotadadepontosparachuveiro,tomadasbifsicasetomadas especficas para destilador e outros equipamentos. Para aterramento dos sistemas eletrnicos sensveis foi adotado o critrio da Malha de Terra de Referncia.Oobjetivobsicodamalhadeterraderefernciaodeanularoinconveniente 36 gravedetodososoutrostiposdemalhas,noqueconcerneincapacidadedasmesmasde equalizarasbarrasdeterradosdiversosequipamentoseletrnicosparaaltasfreqncias, permitindo ento a entrada de rudos indesejveis nestes mesmos equipamentos. A malha adotada nesta ETE foiconstruda com cabos de seo circular, com o espaamentode30cmecomcondutoresdebitola16mm.Afunobsicadestamalhaaequalizaode potenciaisenoconduodecorrentesdecurto-circuitos,sendoamesmainstaladasobos equipamentos. Nesta ETE foi prevista a instalao de uma MTR na sala do operador, conforme projeto especfico de aterramento. Previu-seaindasistemasdeproteocontradescargasatmosfricastipogaioladeFaraday sem captores, para o laboratrio e sala de operao. Ocondutor decaptao decobre nu de seo nominal de 35 mm e contorna todo o permetro da cobertura das edificaes, descendo at ascaixasdeconexoeinspeo,sendoligadoaocondutordeaterramento,estedecobrenude seonominal50mm.Hastesdeterra,dimetrode19mmx2400mmdecomprimento,constituemamalhadeterradecadaedificao,sendoessasresponsveispeloescoamentodas descargas eltricas. 3.13.2Sistema de Automatizao das Elevatrias EE-01 e EE-02 O automatismo dos conjuntos moto-bombas das elevatrias EE-01 e EE-02 est previsto atravs de CLP Controlador Lgico Programvel. a) Estao Elevatria EE-01 AelevatriaEE-01recebeoesgotoafluentedofinaldoemissriodeesgotobruto,apspassar pelosistemadegradeamento,eelevaparaaplataformadeassentamentodosdesarenadores mecanizados,acimadacotademximaenchente.Osconjuntosmoto-bombasodotadosde inversores de freqncia. Prev-se o seguinte esquema de automatismo: Vazo afluente menor que a capacidade de recalque de 1 conjunto (Qa < 155 L/s). Atingido o nveldeligamentodeB1,oconjuntopartecom950rpm.Comoavazoafluentemenor 37 que a capacidade de recalque de apenas 1 conjunto, o nvel no poo de suco ser rebaixado ataposiodedesligamentototaldaelevatria(nenhumconjuntooperando).Oreinicio ser dado quanto atingido novamente o nvel de acionamento do primeiro conjunto, havendo, entretanto,apermutacomumdosoutrostrsqueestavamparados.Nestasituao operacionalexistem4conjuntos(includaaunidadereserva)queserevezaroquantodos ligamentos; Vazo afluente menor que a vazo de dois conjuntos em paralelo e maior que a vazo de um nicoconjunto(155L/s