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Auditoria e Controle Interno – ACI Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

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Auditoria e Controle Interno – ACI

Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Patrocínio:

Wilson Pereira dos SantosPrefeito Municipal

Jacy Ribeiro de ProençaVice-Prefeita Municipal

Luiz Mário de BarrosAuditoria e Controle Interno

Andelson Gil do AmaralSecretário Municipal de Governo

Maurelio MenezesSecretário Municipal de Comunicação

José Antônio RosaProcurador Geral do Município

Guilherme Frederico de Moura MüllerSecretário Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão

Mario Olímpio Medeiros FilhoSecretário Municipal de Cultura

Luiz Antônio Vitório SoaresSecretário Municipal de Saúde

Celcita Rosa Pinheiro da SilvaSecretária Municipal de Assistência Social e Desenvolvimento Humano

José Carlos Carvalho SouzaSecretário Municipal de Finanças

Josué de Souza JuniorSecretário Municipal de Infra-Estrutura

Carlos Carlão Pereira do NascimentoSecretário Municipal de Educação, Desporto e Lazer

Osmario Forte DaltroSecretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano

Moisés Dias da SilvaSecretário Municipal de Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo

Elismar Bezerra ArrudaSecretário Municipal de Trânsito e Transporte Urbano

Adriana Bussiki Figueiredo SantosPresidente do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Urbano

Pedro Luiz SinoharaSecretário Municipal de Esporte e Cidadania

João de Souza VieiraPresidente da Agência Municipal de Habitação Popular

Maria Rosário OrquizaOuvidoria Geral do Município de Cuiabá/OMBUDSMAN

Ronaldo Rosa TaveiraPresidente do Instituto de Previdência Social dos Servidores de Cuiabá

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Prefeitura de Cuiabá

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Prefeitura de CuiabáAuditoria e Controle Interno – ACI

Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

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Auditor-Chefe

Luiz Mário de Barros

Assessores

Clóvis Antônio de Souza Valéria Chavaglia Pimentel Gattass

Agostinho Conceição Duarte

eQuiPe tÉCNiCA

Andresa Gorgonha de Novais Alessandro Peracchia Machado

Cleto da Silva Nunes Laura Cristina Correa de Almeida

Lenilce da Mata Silva Belém Lourdes de Oliveira Morelli

Kelly Sales Ferreira Maria das Graças Sousa

eQuiPe de APoio

Tasso Rodrigo de Campos Alice Pedroso de Paula Kelly da Silva Almeida

Auditoria e Controle Interno – ACIRua 24 de Outubro, 524 | Edifício Regina | 1º Andar | Bairro Popular | CEP 78005-330 | Cuiabá-MT | Brasil

Tels.: (65) 3051 1186 / 3051 1185 | Fax: Ramal 223 | www.cuiaba.mt.gov.br

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Prefeitura de CuiabáAuditoria e Controle Interno – ACI

Cuiabá-MT | 2008

Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

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© Prefeitura de Cuiabá – Auditoria e Controle Interno – ACI, 2008.

Índices para catálogo sistemático:1. Administração Pública Municipal : Rotinas de

procedimentos 351.81

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

08-09822 CDD-351.81

Manual de orientações técnicas : sobreprocedimentos de rotinas na Administração PúblicaMunicipal / Prefeitura de Cuiabá Auditoria eControle Interno . -- Cuiabá, MT : Central deTexto, 2008.

BibliografiaISBN 978-85-88696-60-0

1. Administração Pública Municipal – Rotinas deprocedimentos I. Prefeitura de Cuiabá Auditoria eControle Interno.

Av. Senador Metello, 3773 | Jd. Cuiabá | CEP 78030-005 | Cuiabá-MT | Brasil Tel./Fax: 65 3624 8711 | [email protected] | www.centraldetexto.com.br

Editora

Coordenação

Design Gráfico

Diagramação

Revisão Ortográfica

Foto da Capa

Maria Teresa Carrión Carracedo Ricardo Miguel Carrión Carracedo Helton Bastos Ronaldo Guarim Taques Henriette Marcey Zanini Stockbyte

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Referencial Estratégico

Negócio: controle interno da administração pública e da gestão dos recursos muni-cipais.

Visão: foco para promover um serviço excelente e acelerar resultados.

Missão: garantir serviço de auditoria e controle interno com excelência, mediante ações preventivas de orientação, fiscalização e avaliação de resultados, vi-sando assegurar os princípios fundamentais da Administração Pública.

Valores: ética, efetividade, objetividade e alto desempenho.

Objetivo: exercer o controle interno por meio de auditoria preventiva, para garantir o cumprimento das normas quanto à legalidade, impessoalidade, moralida-de, publicidade e eficiência.

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Palavra do Prefeito

Controle Interno, na sua concepção mais abrangente, deve ser entendido como o conjunto de normas de controle exercido internamente. Não se caracteriza somente pelos procedimentos de fiscalização orçamentária, financeira e patrimonial, mas esten-de-se também às atividades de controle prévio ou preventivo, de orientação e avalia-ção de metas e alcance de resultados.

Em se tratando de controle interno na administração pública, está expresso na Cons-tituição Federal, artigo 31, que a fiscalização do Município será exercida pelo Poder Le-gislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo. Por sua vez, a Lei 4.320/64 enfatiza, em seu artigo 75, a necessidade do controle na execução orçamentária, sob os aspectos da legalidade dos atos, fidelidade funcional dos agentes da administração e o fiel cumprimento do programa de traba-lho. Também a Lei Orgânica do Município de Cuiabá instituiu, por meio do artigo 108, as atribuições do controle interno.

Nesse sentido, defendemos a consolidação dos mecanismos de controle, inclusive o controle externo popular. Pois assim, com a sociedade exercendo o direito legítimo de fiscalizar o dinheiro que a Prefeitura arrecada com os impostos, seguramente será ele bem utilizado para atender às demandas sociais, evitando-se o mau-uso e o desperdí-cio.

Para reforçar esses objetivos, a Prefeitura Municipal de Cuiabá realizou, em dezem-bro de 2007, concurso público para o provimento de vagas criadas para o cargo de Con-trolador Municipal. No mesmo sentido, elaborou e publica o Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal, que será um importante instrumento para orientar os procedimentos e melhorar o controle nas rotinas dos processos na administração pública. Com esse manual, a Prefeitura dá um importante passo no sentido de consolidar o controle interno, bem como aperfeiçoar os procedimentos para exercê-lo com mais eficácia.

Wilson Pereira dos Santos Prefeito

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Apresentação

Este manual propõe ser um instrumento de orientação sobre procedimentos de ro-tinas na administração pública.

Reflete o compromisso que a administração do Prefeito Wilson Santos tem em esta-belecer o equilíbrio fiscal no município de Cuiabá, bem como o rigor no gasto público.

Disponibiliza aos agentes públicos informações essenciais sobre regras que devem fundamentar o trabalho, assegurando a realização dos princípios constitucionais esta-belecidos pelo artigo 37 da Constituição Federal, quais sejam: legalidade, impessoali-dade, moralidade, publicidade e eficiência.

Neste sentido, também motivará a aplicação do princípio da economicidade, na for-ma do artigo 70 da referida Constituição, pois os agentes públicos somente podem agir na busca do interesse público. Assim, as condições contratuais para as aquisições de serviços e produtos, bem como das obras e serviços de engenharia, somente poderão ocorrer, de acordo com as normas da Lei nº 8.666/93. Este fato implica que os interesses particulares não podem se sobrepor aos interesses públicos.

Não obstante, faz referência aos instrumentos básicos de planejamento na adminis-tração pública: Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentária e Lei Orçamentária Anu-al. Focaliza-os no contexto da construção de sistemas participativos, nos quais as deci-sões públicas estejam subordinadas aos interesses da população, consolidando assim a transparência e o controle social.

Há, por outro lado, o capítulo das recomendações mais freqüentes detectadas e ano-tadas nos relatórios de auditorias externas do Tribunal de Contas de Mato Grosso.

Existem também os entendimentos técnicos e acórdãos do Tribunal de Contas do Estado, cujo objetivo é dar segurança jurídica aos jurisdicionados.

Com o objetivo de orientar os agentes públicos sobre os prazos que precisam ser cumpridos durante o exercício financeiro, foi incluído, no texto, o calendário descriti-vo de eventos legais.

Ademais, em face dos muitos termos técnicos anotados ao longo do texto, foi incor-porado, ao conteúdo do Manual, o Glossário. Deste modo, torna-se uma fonte de con-sulta para se buscar informações detalhadas sobre a terminologia utilizada.

Por fim, a Auditoria e Controle Interno selecionou e reuniu neste Manual, informa-ções técnicas e legislação básica para subsidiar os trabalhos daqueles que administram o erário público.

Contador Luiz Mário de Barros Auditor – Chefe

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Sumário

Introdução 19

1. Princípios Fundamentais da Administração Pública 23

2. Instrumentos Básicos de Planejamento 252.1. Plano Plurianual (PPA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .252.2. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .262.3. Lei Orçamentária Anual (LOA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27

2.3.1. Compatibilidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

2.3.2. Conteúdos adicionais (não obrigatórios) que conferirão maior transparência

às informações apresentadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

2.3.3. Documentos que serão remetidos ao TCE por meio físico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

2.3.4. Conteúdos adicionais (não obrigatórios) que conferirão maior transparência

às informações apresentadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

3. Controle das Atividades Meio 333.1. Execução Orçamentária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33

3.1.1. Receita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

3.1.2. Despesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

3.2. Ativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .573.2.1. Bens Móveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57

3.2.2. Bens Imóveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

3.2.3. Obras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

3.2.4. Veículos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

3.2.5. Almoxarifado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

3.3. Passivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .643.3.1. Dívida Pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

3.4. Disponível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .663.4.1. Bancos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

3.5. Movimentação Extra-Orçamentária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .67

4. Conselhos Municipais 69

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5. Comissão Permanente de Processo Administrativo Disciplinar 715.1. Procedimentos sobre Furto, Roubo, Extravio ou Dano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71

5.1.1. Por furto, Roubo, Extravio ou Dano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

5.1.2. Caracterização da Responsabilidade: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72

6. Inconsistências mais Frequentes Detectadas e Anotadas nos Relatórios de Auditorias Externas do Tribunal de Contas do Estado Realizadas nos Municípios de Mato Grosso no Ano-Base de 2005 73

7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 797.1. Agentes Políticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .797.2. Contabilidade e Prestação de Contas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .837.3. Despesas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .867.4. Educação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1007.5. Licitações, Contratos, Convênios e Congêneres . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1067.6. Patrimônio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1137.7. Pessoal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1147.8. Planejamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1237.9. Previdência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1247.10. Receita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1297.11. Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1337.12. Tributação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1377.13. Diversos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .139

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8. Calendário de Eventos Institucionais 1418.1. Calendário sem data específica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1418.2. Calendário com Data Específica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1438.3. Calendário de Eventos Complementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .148

9. Calendário de Atividades Instituídas pela Resolução nº 01/2007/TCE-MT 151

Conclusão 153

Referências Bibliográficas 155

Glossário 157

Lista de Abreviaturas 189

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19

Introdução

Determina a Constituição Federal, em seu artigo 31, que a fiscalização do município seja exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sis-temas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da Lei.

Nesse sentido, também a Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, artigo 75, assegu-ra muita importância à atividade de controle interno, particularmente da execução or-çamentária, que compreende a legalidade dos atos, a fidelidade funcional dos agentes administrativos e o cumprimento do programa de trabalho.

Ao mesmo tempo, a Lei Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) determina, no artigo 59, que o sistema de controle interno, o Poder Legislativo, o Tri-bunal de Contas e o Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas de Ges-tão Fiscal.

Já, por seu turno, a Constituição do Estado de Mato Grosso define, no artigo 191, que os Poderes Legislativo e Executivo manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I. Avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos do Município;

II. Comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia da gestão orça-mentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da Administração Mu-nicipal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

III. Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos di-reitos e deveres do Município;

IV. Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.Nos termos da Lei Orgânica do Município de Cuiabá ficou categoricamente estabe-

lecido no artigo 108 que a

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Prefeitura de Cuiabá 20 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município e das entidades de sua administração pública direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncias de receitas, será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno do Poder Executivo Municipal.

Ainda, o artigo 7º, cominado com o 10, da Lei Complementar nº 269, de 22 de janei-ro de 2007 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas de Mato Grosso), dispõe sobre a obriga-toriedade de instituir–se e manter sistema de controle interno, bem como as penalida-des para os jurisdicionados que se omitirem.

Para assegurar o cumprimento do ordenamento legal, foi criado o Sistema de Con-trole Interno do município de Cuiabá, através da Lei Complementar nº 05, de 11 de ja-neiro de 1993, regulamentada pelo Decreto nº 3.857, de 22 de fevereiro de 2001, e, ain-da, reorganizada pela Lei Complementar nº 119, de 21 de dezembro de 2004.

Tem a Auditoria o objetivo de exercer o controle interno por meio de auditoria pre-ventiva, com vistas a garantir o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, e avaliar os resultados previstos.

Consequentemente, atua para garantir o cumprimento das normas quanto à legali-dade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. E dessa perspectiva, con-solidar a transparência e o controle social sobre a gestão.

Da mesma forma, realiza procedimentos de tomada de contas especial para apurar a responsabilidade daqueles que, por ação ou omissão, causarem prejuízos à Fazenda Pública Municipal.

Possui, além disso, função consultiva, uma vez que elabora pareceres prévios e indi-vidualizados, de conteúdo essencialmente técnico.

Dessa maneira, tem, ainda, objetivos pedagógicos, pois orienta os órgãos da Admi-nistração Municipal com vistas a prevenir a ocorrência de erros e práticas ilegais, orien-tando sobre os procedimentos para melhorar as práticas de gestão.

Nesse sentido, recebe denúncias e representações referentes a possíveis irregulari-dades ou prática de atos ilegais.

O Controle Interno também atua no sentido de colaborar com os órgãos de Contro-le Externo. Dessa forma, trabalha para efetivar as normas e orientações do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, inclusive no que se refere à Instrução Normativa nº 02/2005, que estabelece as

Regras para remessa de informações via internet pelas unidades gestoras das Admi-nistrações Municipais do Estado de Mato Grosso, por meio do sistema APLIC – Audito-ria Pública Informatizada de Contas.

Esta Instrução Normativa instituiu a obrigatoriedade para as Prefeituras, Câmaras, Autarquias e Fundações Municipais de enviarem, via internet (Ferramenta XML – APLIC, site www.tce.mt.gov.br), até 15 de janeiro, quando se tratar dos arquivos do orçamen-to; até o dia 31 de janeiro, quando se tratar dos arquivos da carga inicial; e até o último dia do mês subseqüente a que se referir, quando se tratar dos arquivos mensais (Art. 3º, incisos I, II e III).

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Introdução 21

Por conseguinte, os órgãos criados e mantidos pelo Poder Público remeterão, de for-ma detalhada ao TCE/MT, as informações a seguir relacionadas: responsáveis pela Uni-dade Gestora, instrumentos de planejamento, elenco contábil, receita, despesa, finan-ceiro, legislação, cadastro de credores, conselhos, pessoal, dívida ativa, licitações, con-tratos, convênios, cadastro credores, despesa, almoxarifado, patrimônio, dívida passi-va e obras.

Quadro 1 – Sistema APLIC

Receita

Almoxarifado

Despesa

Financeiro

Legislação

Cadastro Credores

Pessoal

Responsáveis Unidade

Dívida Passiva

Dívida Ativa

PPA/LDO/LOA

CONTROLEINTERNO

CONTROLEINTERNO

Contabilidade

Obras

Contratos/Convênios

Licitações

Patrimônio

Fonte: SILVA, Lino Martins. Palestra Controle Interno no Setor Público. Cuiabá, 7/8/2003 (Redesenho LMB)

Estabelece, ainda, a obrigatoriedade dos titulares em designar, no mínimo, 1 (um) servidor efetivo para viabilizar, na esfera operacional, o relacionamento com o TCE/MT, e ser responsável pelas atividades do sistema APLIC na Unidade Gestora.

Por conseguinte, este estudo teve, como base de pesquisa, o Manual de Auditoria da AGE-MT, Lei nº 4.320/64, Lei de Responsabilidade Fiscal, Constituições (Federal, Esta-dual e Municipal), Leis do Tribunal de Contas de Mato Grosso, textos da Associação Ma-to-grossense dos Municípios e o ordenamento legal do município de Cuiabá, que estão devidamente creditados nas Referências Bibliográficas.

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1. Princípios Fundamentais da Administração Pública

Foram estabelecidos pelo art. 37, caput, da Constituição Federal (CF), cinco princí-pios básicos da administração pública (legalidade, impessoalidade, moralidade, publi-cidade e eficiência). Dessa forma, o art. 70, da mesma, definiu o princípio da economi-cidade, igualmente, como pressuposto taxativo para o administrador público. São obri-gatórios para o administrador investido em função pública, que deve servir à coletivi-dade conforme os preceitos da ética da responsabilidade.

Os princípios que norteiam a administração pública são necessários ao controle in-terno e externo, visto que devem ser observados de forma constante pelos administra-dores.

Para mais, é relevante conceituar estes princípios.1.1. Legalidade – Princípio que determina ao administrador público atuar no estri-

to cumprimento da lei. Ninguém pode distanciar-se das imposições legais por qualquer pretexto, sob pena de responsabilidade criminal.

1.2. impessoalidade – Ao administrador público cabe realizar somente os atos com a finalidade legal, isto é, de modo impessoal. Nunca para fins diversos, como, por exem-plo, para benefício pessoal ou de terceiros, mas exclusivamente com a finalidade de atender ao interesse público.

1.3. Moralidade – O administrador público tem o dever de desenvolver uma condu-ta ética, sem nunca dela se desviar. Não pode, desse modo, utilizar-se de sua competên-cia legal para praticar ou favorecer atos de improbidade contra o patrimônio público.

1.4. Publicidade – Os atos e contratos administrativos precisam de publicação para que a coletividade deles tenham conhecimento e, assim, adquiram os efeitos externos. A publicação também é uma condição necessária para que o ato ganhe eficácia. Não obstante, para a publicação gerar os efeitos jurídicos esperados, deve ocorrer em ór-gão oficial.

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Prefeitura de Cuiabá 24 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

1.5. eficiência – A administração pública deve pautar todas as suas atividades no sentido de oferecer serviços de alta qualidade, permitindo que os objetivos sejam ple-namente atingidos.

1.6. economicidade – É uma atribuição do controle interno analisar a qualidade dos gastos. Assim, deve verificar se os bens adquiridos estão de acordo com as especifica-ções solicitadas, e, portanto, se o consumo está compatível com a média dos últimos 6 (seis) meses ocorridos na Unidade.

Da mesma forma, precisa verificar se os serviços de terceiros foram prestados con-forme o especificado.

O gestor público deve buscar sempre a proposta em que há primazia da economici-dade. Deve, portanto, buscar a proposta mais vantajosa para a administração, sem, con-tudo, que haja perda de qualidade dos produtos, serviços e obras.

A observância fiel dos princípios da administração pública deve ser norma para to-dos os gestores públicos. Os atos destes precisam estar subordinados àqueles funda-mentos, que impedirão o desvio de finalidade.

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2. Instrumentos Básicos de Planejamento

Têm como objetivo programar as metas da gestão, valendo-se de informações con-sistentes para aumentar e melhorar a qualidade dos resultados alcançados, bem como a otimização dos recursos utilizados para atingir as políticas de governo. Os instrumen-tos legais de planejamento são: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA).

2.1. Plano Plurianual (PPA)

É um instrumento de planejamento estratégico, elaborado pelo gestor, para ser exe-cutado no período correspondente ao mandato político, a ser contado a partir do exer-cício financeiro seguinte ao de sua posse, atingindo o primeiro exercício financeiro do próximo mandato.

Considerando a legislação específica, os instrumentos para a elaboração do Plano Plurianual são: as diretrizes, os programas, explicitando os objetivos e ações, e estas de-talhando as metas do governo.

Previsão Legal:• ConstituiçãoFederal(Art.165);• ConstituiçãoEstadual(Art.162);• LeiOrgânicadoMunicípiodeCuiabá(Art.100,I);• Resoluçãonº002/2002(RITCE/MT),(Art.259,II–e);• LeiOrgânicadoTribunaldeContas(Art.43);• LeiFederaln.º4.320/64(Art.23);• Portarianº42/99;303(Art.2ºa).

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Prefeitura de Cuiabá 26 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Prazo e Documentos:Leis de iniciativa exclusiva do Poder Executivo estabelecerão:I. O Plano Plurianual (Art. 100, Inciso I, da Lei Orgânica do Município de Cuiabá);Para fins de registro no TCE/MT, o Prefeito Municipal deverá enviar, até o dia 31 de

dezembro do ano em que for votada, a Lei relativa ao Plano Plurianual (art. 190, II do RI-TCE/MT). Deverão constar os seguintes documentos:

• Ofíciodeencaminhamento;• LeiqueinstituiuoPlanoPlurianual(deveráserencaminhadaa“Lei”,enãoo“Pro-

jetodeLei”),oqualdeveráserdetalhadoquantoaosobjetivos,diretrizeserecei-tas (art. 190, § 1º, do RITCE/MT);

• Anexo(s)contendoosprogramasaseremrealizadosnoperíodo;• Comprovantedepublicação;• ComprovaçãodequeoPPA,emseuprocessodeelaboraçãoediscussão,tevea

participação popular e/ou a realização de audiências públicas.

2.2. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)

Estabelecerá as prioridades das metas do Plano Plurianual da Administração, o pla-nejamento operacional anual, incluído as despesas de capital para o exercício financei-ro subseqüente, orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual e disporá sobre alte-rações na legislação tributária local, inclusive definirá a política de aplicação das agên-cias financeiras oficial de fomento.

Previsão Legal:• ConstituiçãoFederal(Art.165);• ConstituiçãoEstadual(Art.162);• LeiOrgânicadoMunicípiodeCuiabá(Art.100,II);• Resoluçãonº002/2002(RITCE/MT),(Art.259,II–d);• LeiOrgânicadoTribunaldeContas(Art.43);• LeiFederaln.º4.320/64(Art.23);• LeideResponsabilidadeFiscal(Art.4º).

Prazo e Documentos:Para apreciação pela Câmara Municipal, o projeto de Lei Orçamentária deverá ser en-

caminhado até 31 de março de cada exercício (Art. 105, inciso I, Lei Orgânica do Muni-cípio de Cuiabá).

• Ofíciodeencaminhamento;• ProjetodeLeiOrçamentáriaAnual;• Anexos,contendoasmetaseaçõespriorizadasparaoexercícioaqueserefere

ou sua referência no texto da Lei;• Relatóriodosprojetosemandamento.

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2. Instrumentos Básicos de Planejamento 27

Para fins de registro no TCE/MT, o Prefeito Municipal deverá enviar ao TCE/MT, até o dia 31 de dezembro do ano em que foi votada, a Lei Orçamentárias (art. 190, II, do RITCE/MT). Deverão constar os seguintes documentos:

• Ofíciodeencaminhamento;• LeideDiretrizesOrçamentárias(deveráserencaminhadaa“Lei”enãoo“Projeto

deLei”);• AnexoI,contendoasmetaseaçõespriorizadasparaoexercícioaqueserefere

ou sua referência no texto da Lei;• Comprovantedepublicação.• RelatóriodosprojetosemandamentoencaminhadosaoPoderLegislativo;• ComprovaçãodequeaLDO,emseuprocessodeelaboraçãoediscussão,tevea

participação popular e/ou a realização de audiências públicas.

2.3. Lei Orçamentária Anual (LOA)

Instrumento legal que deve conter o Orçamento Fiscal dos poderes do Município, e seus fundos, órgãos e entidades da administração pública direta e indireta. Os orça-mentos de investimentos das empresas em que o poder público, direta ou indireta-mente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e o orçamento da seguri-dade social, incluindo todas as entidades e órgãos a ela vinculados. Deve ser enviada à Câmara Municipal até o dia 15 de setembro, conforme o artigo 105 da Lei Orgânica do Município de Cuiabá.

Previsão Legal:• ConstituiçãoFederal(Art.165);• ConstituiçãoEstadual(Art.162);• Resoluçãonº002/2002(RITCE/MT),(Art.190,I);• LeiOrgânicadoMunicípiodeCuiabá(Art.100,III);• LeiComplementarnº269,de22dejaneirode2007(LeiOrgânicadoTribunalde

Contas do Estado de Mato Grosso) (Art. 43);• LeiFederaln.º4.320/64(Art.23);• LeideResponsabilidadeFiscal(Art.5º).

Prazo, Forma e Documentos:Para apreciação pela Câmara Municipal, o projeto de Lei de Orçamentária deverá ser

encaminhado até o dia 15 de setembro de cada exercício (Art. 105, Inciso II, da Lei Or-gânica do Município de Cuiabá).

• Ofíciodeencaminhamento;• ProjetodeLeiOrçamentáriaAnual;• Quadroseanexosexigidospeloartigo165,§6º,daConstituiçãoFederal,epelos

§ § 1º, 2º e incisos do artigo 2º e do artigo 22 da Lei nº 4.320/64 (que integrarão a

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Prefeitura de Cuiabá 28 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Lei do Orçamento):a) sumário geral da receita, por fontes, e das despesas, por funções do gover-

no;b) quadro demonstrativo da receita e despesa segundo categorias econômicas,

na forma do Anexo 1 da Lei nº 4.320/64;c) receita segundo as categorias econômicas – Anexo 2 da Lei n° 4.320/64;d) natureza da despesa segundo as categorias econômicas – Consolidação Ge-

ral – Anexo 2 da Lei n° 4.320/64;e) quadro discriminativo da receita, por fontes, e respectiva legislação;f ) quadro das dotações por órgãos do governo: Poder Legislativo e Poder Exe-

cutivo;g) quadro demonstrativo da despesa por órgãos, por unidade orçamentária,

programa de trabalho – Anexo 6 da Lei n° 4.320/64;h) quadro demonstrativo da despesa por programa anual de trabalho do gover-

no, por função governamental – Anexo 7 da Lei n° 4.320/64;i) quadro demonstrativo da despesa por funções, subfunções e programas

conforme o vínculo com os recursos – Anexo 8 da Lei n° 4.320/64;j) quadro demonstrativo da despesa por órgão e funções – Anexo 9 da Lei n°

4.320/64;k) quadro demonstrativo da receita e plano de aplicação dos fundos especiais;l) quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do governo em ter-

mos de realização de obras e de prestação de serviços;m) tabela explicativa da evolução da receita e da despesa – artigo 22, inciso III,

da Lei n° 4.320/64;n) descrição sucinta de cada unidade administrativa e suas principais finalida-

des, com a respectiva legislação;o) demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decor-

rentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza fi-nanceira, tributária e creditícia.

2.3.1. Compatibilidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal

O projeto de Lei Orçamentária Anual, elaborado de forma compatível com o Plano Plurianual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e com as normas desta Lei Comple-mentar (art. 5º, LRF):

I. conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos or-çamentos com os objetivos e metas constantes do documento de que trata o § 1º do art. 4º;

II. será acompanhado do documento a que se refere o § 6º do art. 165 da Consti-tuição, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao au-mento de despesas obrigatórias de caráter continuado.

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2. Instrumentos Básicos de Planejamento 29

2.3.2. Conteúdos adicionais (não obrigatórios) que conferirão maior transparência às informações apresentadas

a) QuadrodeDetalhamentodaDespesa(QDD);b) tabela de códigos que identifiquem as origens dos recursos que financiarão os

diversos itens de despesas: recursos do Tesouro Municipal (receitas próprias, transferências, receitas patrimoniais, etc), FUNDEB, SUS, convênios, royaltys do petróleo, etc.);

c) demonstrativo da aplicação na manutenção de desenvolvimento do ensino;d) demonstrativo da aplicação dos recursos transferidos pelo Fundo de Manuten-

ção e Desenvolvimento da Educação Básica – FUNDEB;e) cálculo da receita corrente líquida;f ) demonstrativo da despesa total com pessoal/receita corrente líquida;g) demonstrativo do número de vagas escolares existentes na Rede Municipal de

Educação, por região, se for o caso;h) demonstrativo do número de leitos hospitalares ativos mantidos pela Prefeitura;i) memória de cálculo da estimativa de receita;j) relação de beneficiários dos precatórios a serem pagos no exercício;l) demonstrativo do financiamento do pagamento de inativos e pensionistas: par-

ticipação do Tesouro Municipal e de contribuições dos servidores;m) demonstrativo da base de cálculo do limite máximo de despesa do Legislativo –

Emenda Constitucional nº 25;n) demonstrativo da aplicação anual do município em ações e serviços de saúde –

Emenda Constitucional nº 29;o) Outros que julgarem necessários.Para fins de registro, o Prefeito deverá remeter ao Tribunal de Contas um exemplar

da Lei Orçamentária Anual, em meios físico e eletrônico, até o dia 15 de janeiro, e as al-terações posteriores até o 10º dia de sua edição, para controle da fiscalização orçamen-tária (art. 140, do RITCE/MT). Em meio eletrônico, deverão ser remetidas as informações exigidas pelo APLIC – Auditoria Pública Informatizada de Contas (Instrução Normativa nº 02/2005).

2.3.3. Documentos que serão remetidos ao TCE por meio físico

• Ofíciodeencaminhamento;• Lei Orçamentária Anual (deverá ser encaminhada a“Lei” e não o“Projeto de

Lei”);• Comprovantedepublicação(noDiárioOficialdoMunicípio,emjornaisdegran-

de circulação) e declaração de publicação ou carimbo, quando em murais ou quadros de aviso;

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Prefeitura de Cuiabá 30 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

• Quadroseanexosexigidospeloartigo165,§6º,daConstituiçãoFederal,epelos§ § 1º, 2º e incisos do artigo 2º e do artigo 22 da Lei nº 4.320/64 (que integrarão a Lei do Orçamento):a) sumário geral da receita, por fontes, e das despesas, por funções do gover-

no;b) quadro demonstrativo da receita e despesa segundo categorias econômicas,

na forma do Anexo 1 da Lei nº 4.320/64;c) receita segundo as categorias econômicas – Anexo 2 da Lei n° 4.320/64;d) natureza da despesa segundo as categorias econômicas – Consolidação Ge-

ral – Anexo 2 da Lei n° 4.320/64;e) quadro discriminativo da receita, por fontes, e respectiva legislação;f ) quadro das dotações por órgãos do governo: Poder Legislativo e Poder Exe-

cutivo;g) quadro demonstrativo da despesa por órgãos, por unidade orçamentária,

programa de trabalho – Anexo 6 da Lei n° 4.320/64;h) quadro demonstrativo da despesa por programa anual de trabalho do gover-

no, por função governamental – Anexo 7 da Lei n° 4.320/64;i) quadro demonstrativo da despesa por funções, subfunções e programas

conforme o vínculo com os recursos – Anexo 8 da Lei n° 4.320/64;j) quadro demonstrativo de despesas por órgãos e funções – Anexo 9 da Lei n°

4.320/64;k) quadro demonstrativo da receita e planos de aplicação dos fundos espe-

ciais;l) quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do governo em ter-

mos de realização de obras e de prestação de serviços;m) tabela explicativa da evolução da receita e da despesa – artigo 22, inciso III,

da Lei n° 4.320/64;n) descrição sucinta de cada unidade administrativa e suas principais finalida-

des, com a respectiva legislação;o) demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decor-

rentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza fi-nanceira, tributária e creditícia.

2.3.4. Conteúdos adicionais (não obrigatórios) que conferirão maior transparência às informações apresentadas

a) tabela de códigos que identifiquem as origens dos recursos que financiarão os diversos itens de despesas: recursos do Tesouro Municipal (receitas próprias, transferências, receitas patrimoniais, etc.), FUNDEB, SUS, convênios, royaltys do petróleo, etc.;

b) demonstrativo da aplicação na manutenção de desenvolvimento do ensino;

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2. Instrumentos Básicos de Planejamento 31

c) demonstrativo da aplicação dos recursos transferidos pelo FUNDEB;d) cálculo da receita corrente líquida;e) demonstrativo da despesa total com pessoal/receita corrente líquida;f ) demonstrativo do número de vagas escolares existentes na Rede Municipal de

Educação, por região, se for o caso;g) demonstrativo do número de leitos hospitalares ativos mantidos pela Prefeitu-

ra;h) memória de cálculo da estimativa de receita;i) relação de beneficiários dos precatórios a serem pagos no exercício;j) demonstrativo do financiamento do pagamento de inativos e pensionistas: par-

ticipação do Tesouro Municipal e de contribuições dos servidores;k) demonstrativo da base de cálculo do limite máximo de despesa do Legislativo –

Emenda Constitucional nº 25;l) demonstrativo da aplicação anual do município em ações e serviços de saúde –

Emenda Constitucional nº 29.

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3. Controle das Atividades Meio

É dever indeclinável dos gestores públicos e servidores atuarem conforme os preceitos da ética e agirem dentro da moralidade, enquanto exercerem função pública. Todos estão subordinados ao mandamento da Lei, e ninguém pode faltar aos deveres do seu cargo. Pois:

Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades (Artigo 10, Lei 8.429/92).

Dessa maneira, todos os atos na administração pública precisam ser regidos pelos princípios fundamentais da administração (artigo 37, CF).

3.1. Execução Orçamentária

Deve ser conduzido com austeridade e segundo as normas instituídas pelas Leis nºs. 4.320/64, 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal) e o ordenamento legal do Município. O ordenador de despesa não pode transgredir na execução orçamentária, pois, assim agindo, incorrerá em responsabilidade criminal.

3.1.1. Receita

É necessário que haja mais eficácia no sistema de controle da receita para garantir o equilíbrio financeiro e possibilitar mais investimentos em benefício para a sociedade.

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Prefeitura de Cuiabá 34 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Deve-se ter um acompanhamento mais rigoroso na fase anterior à arrecadação, como, por exemplo, na capacidade contributiva da sociedade, no processo de fiscalização e cobrança das obrigações tributárias.

Procedimentos Básicos:1. Os estágios da Receita devem ser devidamente obedecidos conforme prevê a Lei

Federal 4.320/64 (Capítulo II) e as Portarias da Secretaria do Tesouro Nacional;2. Os bancos devem encaminhar ao órgão de controle os avisos de créditos e as res-

pectivas cópias dos recolhimentos efetuados pela rede bancária;3. Os documentos comprobatórios de arrecadação devem discriminar os dados ne-

cessários ao controle do fluxo financeiro;4. Os documentos de arrecadação devem estar devidamente arquivados, obser-

vando se se referem à arrecadação e recolhimento da receita;5. O órgão deve manter a escrituração analítica da receita arrecadada;6. Não deve ter impropriedade na classificação e escrituração da receita orçamen-

tária e extra-orçamentária;7. A movimentação dos recursos colocados à disposição da Prefeitura deve ser de-

vidamente registrada;8. É necessário elaborar relatórios de arrecadação;9. Toda arrecadação e pagamento devem ser efetuados pelos bancos;10. Deve existir conciliação entre os saldos financeiro e contábil;11. Os cheques devolvidos (receita) pelos bancos devem ser registrados na contabi-

lidade; 12. As receitas não arrecadadas no exercício devem ser registradas como Dívida Ati-

va analiticamente;13. O valor lançado do IPTU deve ser o mesmo que consta no orçamento;14. Na receita de ITBI, os valores arrecadados devem ser de acordo com a tabela do

Código Tributário Municipal (CTM);15. O Sistema de Informática (tributário) deve ter controle (senha) de alteração de

banco de dados referente a cadastro.

3.1.1.1. reCeitA dA dívidA AtivA (rdA) Constitui dívida ativa da Fazenda Públi-ca Municipal aquela definida como tributária ou não tributária, conforme a Lei nº 4.320 de 17 de marco de 1964, com as alterações posteriores, que instituiu normas gerais de direito financeiro. Ou seja, são créditos oriundos da Fazenda Pública, tributária ou não, que, quando não quitados, devem ser objeto de inscrição em livros de registros e escri-turados em contas específicas.

3.1.1.2. reCeitA tributáriA Créditos da Fazenda Pública Municipal referente às obrigações legais relativas a tributos e respectivos adicionais e multas afins.

Procedimentos Básicos:1. Toda a dívida ativa deve ser executada;

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3. Controle das Atividades Meio 35

2. Deve existir controle analítico dos inscritos na dívida ativa tributária;3. O sistema de informática deve ter controle das alterações das informações refe-

rentes aos valores. No entanto, deve existir controle por senha do servidor res-ponsável.

3.1.1.3. reCeitA Não tributáriA São créditos definidos de acordo com o pará-grafo II do art. 39 da Lei nº 4.320/64 como: empréstimo compulsório, contribuições es-tabelecidas em leis, multas de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, fo-ros, laudêmios, aluguéis etc.

Por conseguinte, na inscrição da Dívida Ativa Não Tributária deverão constar as se-guintes informações: carga inicial e movimentação conforme segue: ano de inscrição, código da receita, identificação do cadastro geral, valor, código, crédito e débito.

Por outro lado, na inscrição da Dívida Ativa Tributária deverão constar as seguintes informações: carga inicial e movimentação mensal conforme segue: ano de inscrição, código do tipo de receita, tipo de inscrição (Tributária de Contribuição de Melhoria, Tri-butária de Impostos e Tributária de Taxas), valor, lançamento conta crédito e débito.

QuantoàbaixadaDívidaAtivaNãoTributáriadeverãoconstaramovimentaçãodomês e as seguintes informações: ano de inscrição, código da receita, identificação do ca-dastro geral, data, modalidade de baixa (cancelamento por anistia, por isenção, por re-missão, compensação da dívida ativa – recolhimento), valor, valor de encargos, motivo (cancelamento por anistia, por isenção ou remissão), lançamento código crédito e débito.

Já no que se refere à baixa da Dívida Ativa Tributária deverão constar a movimenta-ção do mês e as seguintes informações: ano de inscrição, código da receita, modalidade de baixa (cancelamento por anistia, isenção remissão ou compensação da dívida ativa – recolhimento), mês referência, valor principal e encargos, motivo do cancelamento, lançamento código crédito e código de débito.

3.1.2. Despesa

É o conjunto de dispêndios do Estado ou de outra pessoa de direito público, para o funcionamento dos serviços públicos.

Dessa forma, é procedimento na administração pública que os servidores e os ges-tores que desempenham atividades concernentes a lançamento, arrecadação, contabi-lização fiscal, execução da programação financeira, contabilidade, prestação de contas, bem como exercem atividades nos setores de pessoal, transporte, material, patrimônio mobiliário e imobiliário, nunca respondam por mais de uma função, concentrando de-cisões. Esta norma tem a finalidade de dificultar casos de prevaricação.

3.1.2.1. eMPeNho O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade com-petente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de imple-mento de condição (art.58, Lei nº 4.320/64).

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Prefeitura de Cuiabá 36 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Em consonância com Teixeira Machado Jr, empenho é:

Ato de autoridade competente que determina a dedução do valor da despesa a ser realizada da dotação consignada no orçamento para atender a essa despesa. É uma reserva que se faz, ou garantia que se dá ao fornecedor ou prestador de serviços, com base em autorização e dedução da dotação respectiva, de que o fornecimento ou o serviço contratado será pago, desde que observadas as cláusulas contratuais.

O empenho é emanado com o propósito de controlar a execução do orçamento. É, pois, um instrumento de programação que possibilita ao gestor exercer controle sobre os gastos.

O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos (art. 59, Lei nº 4.320/64).

É vedada a realização de despesa sem prévio empenho (art. 60, Lei nº 4.320/64).Empenhopressupõeanterioridade.Portanto,nãopodehaver“aposteriori”.Dessa forma, o Tribunal de Contas do Estado, em suas auditorias externas, realizadas

nos Municípios de Mato Grosso, sempre que detecta empenho nessa situação o carac-terizacomoirregularidadeeanotanosrelatórios:“emissãodeempenhoaposteriori”,em desacordo com art. 60 da Lei nº 4.320/64.

Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa deter-minar (§ 2º, art. 60, Lei nº 4.320/64).

Um exemplo de despesa que se enquadra nessa modalidade e que deve ser feita por estimativa é a conta de energia elétrica, pois, em não sendo possível calcular o montan-te exato de despesa, faz-se o empenho por estimativa.

É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcela-mento (§ 3º, art. 60, Lei nº 4.320/64).

Quandohouverassinaturadeumcontratoaserpagoporetapas,indicaTeixeiraMa-chado Jr. que o:

Empenho pode ser feito pelo total do contrato. Se este exceder o limite do exercício financeiro, a parte não liquidada ou não paga figurará em Restos a Pagar. Inclui-se aqui as despesas de pessoal, sobretudo os vencimentos e as vantagens diretas, com exceção de diárias, ajudas de custos e outras de caráter específico, bem como os contratos de financiamento.

Procedimentos Básicos:1. Somente a autoridade competente poderá proceder à autorização do empenho

(ordenador de despesa);2. A nota de empenho deve estar assinada pela autoridade competente (ordena-

dor de despesa) e o responsável pela execução orçamentária;3. O empenho de despesa deve ser prévio em relação à data do respectivo docu-

mento comprobatório do fornecedor (nota fiscal).4. O empenho deve ser emitido de acordo com a Lei nº 4.320/64 (Artigos 58,59,60 e

61), ou seja, conter nome do credor, de acordo com cadastro geral, especificação

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3. Controle das Atividades Meio 37

da despesa por categoria econômica, por funções, subfunção, programa, proje-to/atividade, saldo orçamentário anterior e atual e valor da despesa efetuada;

5. O empenho não pode exceder aos limites dos créditos concedidos;6. Os empenhos globais, estimativos e ordinários devem ter seu saldos controla-

dos;7. Não deve existir desdobramento de despesa para evitar licitação;8. Deve ser entregue ao credor uma via da nota de empenho;9. As notas de anulação de empenho somente poderão ser emitidas pelo ordena-

dor de despesa com justificativa do motivo de sua emissão;10. O valor da anulação deve ser lançado à conta de dotação específica;11. Os empenhos devem ser emitidos por Órgão ou Unidade;12. Deve-se consultar a Receita Federal para verificar se o fornecedor encontra-se

ativo.

3.1.2.2. PAgAMeNto e LiQuidAção O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação (art. 62, Lei nº 4.320/64).

A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito (art. 63, Lei nº 4.320/64).

Após a verificação do direito adquirido, a Coordenadoria Administrativa e Financei-ra emite a Nota de Lançamento (NL) e Programação de Desembolso (PD), e a Secretaria Municipal de Finanças/ Coordenação de Administração Financeira emite a Ordem Ban-cária (OB) ao credor.

Procedimentos Básicos:

NALIQuIDAçãO:1. A despesa deve ser empenhada previamente e, no caso de restos a pagar, estar

devidamente processados. São restos a pagar processados, aqueles cujos em-penhos foram executados, liquidados e que se acham prontos para pagamento, isto é, o direito do credor já foi verificado;

2. As despesas somente poderão ser liquidadas após a comprovação da efetiva en-trega do material, da prestação do serviço, ou realização da obra;

3. Conferir os dados da nota fiscal do fornecedor/prestador de serviços com os da-dos da nota de empenho;3.1. A nota fiscal deve conter:

a) data limite para emissão;b) descrição clara do objeto;c) data da emissão;d) deve-se informar por extenso o órgão/cliente;e) não pode conter rasuras;f ) CNPJ anotado de forma legível; e g) ser preenchida por meio eletrônico ou a caneta.

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Prefeitura de Cuiabá 38 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

4. Apor as assinaturas e identificação dos 3(três) membros da comissão responsá-vel pelo recebimento do material e/ou serviço;4.1. No recebimento do material deverá ser dada entrada no almoxarifado com

as especificações constantes na nota fiscal;4.2. Deverá proceder a conferência dos lançamentos contábeis com o recebi-

mento do produto;4.3. Na fase da liquidação, quando houver consignações deverão ser feitos os

lançamentos analíticos em contas específicas.5 O processo deve identificar o número do projeto-atividade.

No Pagamento:1. Confirmar todas as etapas do processo de pagamento das despesas;2. Nas notas de autorização de pagamento (OB) deverão constar todos os dados

necessários à realização do pagamento, indicando o nome do credor, endereço, total das despesas, descontos, valor líquido a pagar, número de empenho, tipo, demonstração do saldo, local, data e nome do responsável;

3. Se houver anulação parcial, esta terá que ser devidamente justificada no processo;4. O pagamento somente poderá ser autorizado pela autoridade competente;5. Deve constar no processo toda documentação exigida (nota fiscal, fatura, recibo,

guia, nota de pagamento, etc.) e a ela deve estar emitida em nome do credor e preencher os requisitos legais;

6. Os pagamentos bancários precisam ser iguais aos lançamentos contábeis e com o extrato bancário;

7. Quantoàprestaçãodeserviços,deve-seefetuarasretençõesdasalíquotaspre-vistas em lei;

8. As notas de ordem bancária (OB), ordem de pagamento e os boletins de crédito devem ser devidamente assinados pelos responsáveis;

9. Todas as formas de pagamento devem estar devidamente assinadas pelos cre-dores, com RG e CPF, ou autenticadas (carimbo banco);

10. Consultar a situação de inadimplência do fornecedor junto aos órgãos públicos (federal, estadual e municipal).

3.1.2.3. AdiANtAMeNto ou suPriMeNto de fuNdos O ordenador de des-pesas pode recorrer a este instrumento, por meio de um servidor subordinado, quando houver necessidade que justifique a realização de despesas miúdas e de pronto paga-mento. Para tanto, a movimentação dos recursos financeiros deve ocorrer por meio da conta bancária do servidor.

Os procedimentos de concessão, aplicação e prestação de contas do Adiantamento ou Suprimento de Fundos foram instituídos pelo Decreto Municipal nº 4.131, de 24 de novembro de 2003.

Nos termos do art. 14, do mencionado Decreto, é proibido aquisição de material per-manente, despesas com obras e instalações e despesas com pessoal com os recursos do Suprimento de Fundos.

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3. Controle das Atividades Meio 39

Procedimentos Básicos:1. Os adiantamentos deverão ser concedidos para servidores custearem despesas

miúdas de pronto pagamento, as quais não se submetem a processo normal de aplicação. A solicitação deve ocorrer através de processo devidamente formali-zado;

2. O servidor responsável pela aplicação dos recursos deverá assinar declaração in-formando sobre o conhecimento e fiel cumprimento do Decreto nº 4.131/2003;

3. Os prazos máximos de aplicação e comprovação das despesas realizadas, serão de 30 (trinta) dias para serem gastos, e de 15 (quinze) dias para prestação de con-tas, perfazendo o total de 45 (quarenta e cinco) dias;

4. O valor do adiantamento deve obedecer aos limites fixados pelo Decreto nº 4.131/03, devendo ser gasto após crédito em conta corrente;

5. Não deve ser concedido adiantamento a servidor em alcance ou responsável por dois adiantamentos;

6. Caso não haja prestação de contas, no prazo legal, ou aplicação irregular dos re-cursos, será instaurada a Tomada de Contas Especial;

7. As prestações de contas devem conter todos os documentos exigidos pelas nor-mas vigentes e estarem aprovadas pelo Ordenador de Despesa;

8. As notas fiscais devem ser atestadas no verso, cabendo ao Coordenador Admi-nistrativo e Financeiro atentar para a natureza de despesa do adiantamento;

9. Os adiantamentos concedidos aos servidores devem ser depositados e movi-mentados em banco;

10. Os saldos não utilizados devem ser devolvidos, conferidos e contabilizados;11. Todos os documentos de despesa constantes da prestação de contas deverão ser

atestados, com a devida identificação do servidor e a data de emissão posterior à concessão do adiantamento;

12. Os adiantamentos devem ser aplicados dentro do exercício financeiro;13. Todos os adiantamentos concedidos deverão ser controlados por meio contábil.14. As despesas com recursos de adiantamento devem atender à necessidade de in-

teresse público.15. É necessário anexar à prestação de contas o extrato bancário. 16. As prestações de contas, após serem aprovadas pelo Ordenador de Despesas,

deverão ser encaminhadas à Auditoria e Controle Interno para análise e emissão de parecer. Após esses procedimentos serão enviadas à Coordenadoria de Con-tabilidade da Prefeitura.

3.1.2.3. diáriAs Cobertura de despesas de alimentação, pousada e locomoção do funcionário que se deslocar de sua sede em objeto de serviço. Considera-se como sede o município onde a repartição estiver instalada e onde o funcionário tiver exercício em caráter permanente. As diárias deverão ser concedidas conforme a tabela estabeleci-da em normas.

A Lei Complementar nº 093/03, no Capítulo II, Subseção I, definiu normas para a con-cessão do benefício de diárias a servidores da Prefeitura de Cuiabá. Também, nesse sen-

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Prefeitura de Cuiabá 40 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

tido, o Decreto nº 3.001, de 29 de setembro de 1994, regulamentou a concessão de di-árias.

Procedimentos Básicos:1. O valor da diária deverá ser calculado conforme o cargo do servidor e conforme

tabela vigente;2. A concessão de diária deve ter como objeto exclusivo a viagem do servidor a ser-

viço de interesse da Prefeitura;3. Na solicitação deve constar declaração do servidor informando que conhece as

normas instituídas pelo Decreto 3.001/94, e o compromisso de cumpri-las na ín-tegra. Na solicitação de diária, devem constar, também, a autorização do Ordena-dor de Despesa, número da matrícula e nome do servidor, Banco, Agência Bancá-ria e Conta Corrente, CPF, data da saída e data do retorno, valor da diária, quanti-dade, tipo (estadual, nacional, internacional), destino, objetivo, órgão, unidade e natureza da despesa;

4. Na prestação de contas deve constar relatório de viagem com as seguintes infor-mações: meio de transporte, placa do veículo ou comprovante de passagem, pe-ríodo e duração da viagem, local, resultados, documentos que confirmam a par-ticipação no evento (folder, foto, diploma, etc.);

5. Os servidores deverão apresentar relatórios de viagens devidamente preenchi-dos no prazo de 48 horas após o retorno;

6. Quandosetratardemeiodetransporteaéreo,seránecessárioanexarobilhetedepassagem, e os roteiros ali consignados devem conferir com o período da viagem;

7. As viagens ao exterior devem ser autorizadas pelo Ordenador de Despesa da Pre-feitura. No caso do prefeito, este deve anexar a autorização do Poder Legislativo;

8. Caso o servidor não viaje num prazo de até 5 (cinco) dias após receber o numerá-rio, ou retornar antes do prazo previsto na Ordem de Serviço, deverá restituir os valores ao cofre público do Município, e anexar os comprovantes de recolhimen-to na prestação de contas;

9. O processo de comprovação de despesa precisa ser formalizado com todos os documentos exigidos pela legislação federal, estadual e municipal;

10. Os servidores que, porventura, não cumprirem com o previsto no Decreto nº 3.001/94, que trata de pagamentos de diárias, estão sujeitos à tomada de contas especial;

11. As diárias deverão ser liberadas exclusivamente para atender o interesse público da instituição.

12. As diárias poderão ser percebidas com dez dias de antecedência ao evento;13. O servidor tem direito de até 15 (quinze) diárias por mês, não podendo transferir

o recurso de seu suprimento para outrem.14. As prestações de contas, após serem aprovadas pelo Ordenador de Despesas, de-

verão ser enviadas à Auditoria e Controle Interno para análise e posterior emis-são de parecer. Após esses procedimentos, serão enviadas à Coordenadoria de Contabilidade da Prefeitura.

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3. Controle das Atividades Meio 41

3.1.2.5. LiCitAção São normas administrativas que a Lei nº 8.666/93 estabeleceu para a administração pública selecionar as propostas mais vantajosas a serem contrata-das para as obras, serviços, compras, alienações, concessões, permissões e locações.

As regras sobre licitação buscam cumprir os princípios da legalidade, impessoalida-de, moralidade, publicidade e eficiência. No entanto, subordinam-se ao regime desta Lei, os órgãos da administração direta, aos fundos especiais, às autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas, às sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios (Art. 1º, Parágrafo Único).

Não obstante, a Lei nº 10.520/02 instituiu, no âmbito da União, Estados, Distrito Fe-deral e Municípios, a modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns. No município de Cuiabá, esta modalidade de licitação foi regu-lamentada pelo Decreto nº 4.298/05.

Diga-se, a propósito, esta modalidade de licitação é realizada na forma presencial, regulamentada no âmbito federal pelo Decreto nº 3.555/2000, e eletrônica, regulamen-tada pelo Decreto nº 5.450/2005.

Porém, face à necessidade de se alcançar os princípios constitucionais de eficiência e economicidade, é recomendável a utilização da modalidade pregão eletrônico.

Por outro lado, a Lei Complementar nº 123/2006, regulamentou as licitações para as micro e pequenas empresas.

Enquanto o Decreto nº 5.504/2005 dispõe sobre licitações para aplicação de recur-sos federais.

O administrador público tem, igualmente, a obrigação de ater-se ao princípio da economicidade para selecionar proposta mais vantajosa, sem que isso implique em perda de qualidade dos produtos, serviços e obras contratados.

Deve, também o Município, instituir o sistema de habilitação cadastral de fornece-dores e prestadores de serviços interessados em participarem de licitações.

Enfim, os processos licitatórios são necessários na administração pública, e o admi-nistrador deve cumprir fielmente as condições impostas pelo ordenamento legal, sob pena de incorrer em responsabilidade criminal.

Procedimentos Básicos:1. Deve haver observância do princípio constitucional da isonomia e a selecão da

proposta mais vantajosa para a Administração (art. 3º, Lei nº 8666/93);2. O Edital não deve conter cláusulas ou condições que tenham o objetivo de res-

tringir ou frustrar o caráter competitivo do Processo Licitatório, conforme segue:a) referência ou distinções em razão da naturalidade, sede ou domicílio;b) distinção entre empresas brasileiras e estrangeiras;c) obrigação do licitante de obter recursos;d) obrigação de fornecer materiais ou serviços sem previsão de quantidade ou

em desacordo com o previsto;e) criar ou combinar modalidade de licitação;f ) limitar no tempo, época ou local a comprovação de atividade;

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Prefeitura de Cuiabá 42 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

g) exigir valores mínimos de faturamento anteriores e índice de rentabilidade ou lucratividade;

h) contrato com vigência indeterminada;i) outras situações que possam inibir ou restringir a competitividade.

3. Na ocasião do lançamento da licitação, deverá haver recursos orçamentários para a garantia da cobertura da despesa;

4. Em caso de obras e serviços, deve existir planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários;

5. Conforme o Artigo 9º da Lei nº 8.666/93, não poderá participar, direta ou indire-tamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:I. O autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica;II. Empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do

projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, ge-rente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratada;

III. Servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação.

6. Nas compras, deverá haver a caracterização adequada dos objetos a serem ad-quiridos, com especificações técnicas claras, precisas e concisas;

7. Os preços praticados nas compras devem ser equiparados aos preços praticados no mercado;

8. Deve existir registro de preço de mercado informatizado;9. Todo recebimento de materiais, serviços prestados e obras concluídas serão con-

fiados a uma Comissão de, no mínimo, 3 (três) membros;10. As compras deverão ser divulgadas mensalmente, em órgão de imprensa oficial

e também no quadro de avisos;11.Quandohouveralienaçãodebensmóveiseimóveis.Emcasoafirmativo:

a) deverá ser precedida de avaliação;b) deverá ter autorização legislativa;

12. A doação de qualquer bem imóvel somente é possível com autorização do Poder Legislativo Municipal;

13. Todas as doações de bens móveis que forem efetuadas somente poderão ocorrer para fins de uso ou interesse social;

14. Deve haver licitação para a concessão de direito real de uso no caso de bens e di-reitos;

15. Os avisos contendo resumo dos Editais de Concorrência, Tomada de Preços, Con-vite, Concurso e Leilão deverão ser publicados nos órgãos de imprensa, observa-dos os prazos que determina a Lei nº 8.666/93;

16. Os avisos publicados devem conter a indicação do local em que os interessados poderão obter todas as informações, bem como obter o texto integral do Edital;

17. Os avisos de Convite devem ser também afixados em local público e de fácil acesso;

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3. Controle das Atividades Meio 43

18. Todos os prazos para a abertura das modalidades de licitação deverão ser respei-tados;

19. Em caso de Convite, a cada novo certame com objeto idêntico ou assemelhado é aconselhado convidar mais um interessado, até o limite do cadastro, desde que não se caracterize fracionamento nas compras;

20.Quandonãocompareceremummínimodetrêsconvidadosdeveráhaverjustifi-cativa da repetição do convite;

21. Os enquadramentos dos valores das licitações deverão ser nas modalidades, e efetuados corretamente;

22. Não poderá ter fragmentação de despesa para evitar abertura de processo licita-tório;

23. Em caso de Dispensa de Licitação:a) Deverá haver justificativa ratificada pela autoridade competente e publicada

no prazo legal.b) Deverá estar corretamente fundamentada na justificativa e homologada pela

autoridade competente.24. Em caso de Inexigibilidade da Licitação:

a) Deve haver justificativa ratificada pela autoridade competente e publicada no prazo legal;

b) A inexigibilidade deve estar corretamente fundamentada na justificativa e homologada pela autoridade competente.

25. Deverá ser exigida a documentação prevista na Lei Federal nº 8.666/93 e na legis-lação estadual e municipal para:a) habilitação jurídica;b) qualificação técnica;c) qualificação econômico-financeira;d) regularidade fiscal.

26. Na documentação exigida não pode ser acrescentada alguma outra exigência, não prevista em lei, para excluir ou dificultar a livre participação;

27. As minutas dos Editais de Licitações deverão ser previamente analisadas e apro-vadas pela Procuradoria Geral do Município, mediante parecer;

28. Na habilitação é necessário respeitar os limites e percentuais previstos em lei;29. O Processo Administrativo de Licitação deverá estar devidamente formalizado,

autuado, protocolado, numerado, e conter autorização, indicação sucinta do seu objeto e do recurso próprio para a despesa;

30. Ao Processo Administrativo de Licitação deverão ser juntados, no mínimo:a) Edital ou Convite e respectivos anexos;b) comprovantes das publicações do Edital resumido ou da entrega do Convite;c) ato de designação da Comissão de Licitação, do Leiloeiro ou responsável pelo

Convite;d) original das propostas e de outros documentos que a instruíram;e) atas, relatórios e deliberação da Procuradoria Geral do Município;f ) pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a Licitação, Dispensa ou Inexi-

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Prefeitura de Cuiabá 44 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

gibilidade;g) atos de adjudicação do objeto da Licitação e da sua homologação;h) recursos eventualmente interpostos pelos licitantes e as respectivas manifes-

tações e decisões sobre os mesmos;i) despachos de revogação ou de anulação da Licitação;j) minuta de contrato ou instrumento equivalente, bem como outros compro-

vantes de publicações e demais documentos relativos à Licitação.31. O Edital, conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da

repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo de licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta (Lei nº 8.666/93, art. 40);

32. Deverá haver o fiel cumprimento, por parte da administração, das normas e con-dições do Edital;

33. Em caso de concorrência de âmbito internacional, o Edital deverá ser ajustado às normas de política econômica, monetária, de comércio exterior e outras exigên-cias do direito internacional;

34. Na abertura e julgamento das propostas devem ser observadas todas as exigên-cias previstas em lei;

35. Todos os documentos e propostas devem ser rubricados pelos licitantes presen-tes e pela Comissão de Licitação;

36. No julgamento das propostas devem ser levados em consideração os critérios e condições previstos no Edital;

37. Caso haja propostas que não atendam às exigências do Edital, os fatos devem ser registrados em ata;

38. Os Membros das Comissões deverão estar investidos de acordo com a lei;39. Em caso de Concurso, deve ser precedido de regulamento próprio devidamente

e amplamente divulgado;40. Verificar se o procedimento de registro de taxas de venda do Edital está correto

e se os valores são limitados ao custo de reprodução.

Quadro 2 – Modalidade de Licitação e LimitesEspécie Modalidade Valores em R$

Obras e Serviços de Engenharia

Dispensa de LicitaçãoConviteTomada de PreçosConcorrência

Até 15.000,00Acima de 15.000,00 até 150.000,00Acima de 150.000,00 até 1.500.000,00Acima de 1.500.000,00

Compras e Outros Serviços

Dispensa de LicitaçãoConviteTomada de PreçosConcorrência

Até 8.000,00Acima de 8.000,00 até 80.000,00Acima de 80.000,00 até 650.000,00Acima de 650.000,00

ContratosDispensa de Licitação e ConviteTomada de Preços e Concorrência

Dispensável quando não gerar obrigação futura.Obrigatório para qualquer valor, exceto para en-trega única e integral.

3.1.2.6. CoMPrAs Definir precisa e suficiente o objeto licitado como regra indis-pensável da competição, exercitando o postulado de igualdade, o princípio da publici-

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3. Controle das Atividades Meio 45

dade, das condições básicas da licitação, constituindo, na hipótese particular da licita-ção para compra, a quantidade demandada em uma das especificações mínimas e es-senciais.

I. Determinações a serem seguidas no processo de compras:O setor interessado faz a solicitação (CI), de forma detalhada, como, por exemplo:

material de escritório, informática, limpeza, laboratório, etc. Ao mesmo tempo, deve-se especificar as características básicas de cada produto: modelo, tamanho, capacidade e cor. O produto não pode ser identificado pela marca.

Em seguida, encaminha-se ao Setor Administrativo/Financeiro que realizará os se-guintes procedimentos:

a) Verifica se os produtos requeridos atendem à finalidade e ao interesse público;b) Caso atenda, deve-se consultar o Almoxarifado para que ele informe se há

disponibilidade em estoque;c) Em havendo necessidade de se efetivar a aquisição, deve-se iniciar as forma-

lidades para o processo licitatório;d) Tratando-se dos casos em que é dispensável a licitação ou inexigível (arts.

24 e 25, Lei nº 8.666/93), é fundamental garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a seleção da proposta mais vantajosa para a Ad-ministração;

e) A entrega dos produtos ocorrerá no Almoxarifado, e o recebimento será con-fiado a uma Comissão de, no mínimo, 3 (três) membros;

f ) Em se tratando de serviços, o recebimento também estará confiado a uma Comissão de, no mínimo, 3 (três) membros que, após uma análise criteriosa quanto ao serviço prestado, inclusive com vistoria e aferição, e após consta-tar a regularidade, atestará a nota fiscal. Dessa forma, no caso de obra, emiti-rá o termo de conformidade.

II. Avaliar alguns tópicos a serem seguidos:a) Conhecer o grau da necessidade da compra;b) Saber a projeção da demanda (consumo médio);c) Quantidadesnecessárias;d) Clarificar o que se quer adquirir (especificação, código, desenhos, compo-

nentes, etc.);e) Durabilidade provável;f ) Prazo suportável para atendimento.

III. Obedecer às formalidades legais e administrativas:a) Requisições acompanhadas de justificativas plausíveis;b) Abertura de processo administrativo (licitação);c) Classificação orçamentária do objeto a ser adquirido;d) Confirmação da existência de recursos orçamentários disponíveis;e) Autorização para a abertura do processo licitatório, definindo a modalidade

e tipo;f ) Concluída a licitação, proceder à homologação e adjudicação do objeto à fir-

ma vencedora;

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Prefeitura de Cuiabá 46 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

g) Celebração do contrato com a devida emissão da nota de empenho.IV. Emitir Empenho, em cumprimento ao disposto no artigo 60 da Lei nº 4.320/64,

observando se:a) For empenho ordinário para cobertura de despesas quando a entrega do

produto se der de uma só vez e o pagamento se efetuar a liquidação regular de despesa, também integral;

b) For empenho por estimativa para despesas cujo montante não se possa de-terminar. Se não se sabe ou não se pode calcular o montante exato da despe-sa, cabe aí o empenhamento por estimativa, como para os casos de consumo de energia, telefonia, água, combustíveis, lubrificantes, passagens, etc. Se o valor empenhado for insuficiente, poderá ser feito o empenho complemen-tar, e se for a maior, cabe a anulação parcial pelo valor não utilizado;

c) For empenho global. Neste caso, o total do gasto é previamente conhecido e determinado, mas a entrega da mercadoria ou a prestação do serviço se dará de forma parcelada, como nos casos de obras e compras subdivididas em parcelas.

V. Celebrar Termo de Contrato nos casos de compra para entrega parcelada, obras ou serviços de reforma em imóvel.

VI. Acompanhar algumas recomendações, avisos, quais sejam:a) A verificação da qualidade e da quantidade dos bens recebidos, confrontan-

do-os com os licitados;b) A conferência da documentação fiscal desde a sua emissão, verificando sua

numeração e chancela pela Fazenda Pública, datas de emissão e da saída da mercadoria, conferindo, enfim, todos os seus campos, como a especificação dos produtos, verificando as unidades, quantidades, preços unitário e globais;

c) O cuidado na fase da liquidação, fazendo-se o confronto entre o que foi com-prado e o que foi recebido, evita a ocorrência do superfaturamento caso ve-nha a se pagar por artigo de primeira categoria ou até de luxo, quando, na re-alidade, esteja recebendo produtos de qualidade inferior ou até imprestáveis ou de má utilização;

d) O recebimento de material de valor superior ao limite estabelecido no art. 23, da Lei nº 8.666/93, para a modalidade de Convite, deverá ser confiado a uma comissão de, no mínimo, 3 (três) membros.

VII. Proceder o registro da entrada da mercadoria no Almoxarifado.VIII. Cumprida a liquidação, cabe, de imediato, o registro da entrada da mercadoria

no Almoxarifado ou depósito de material, dali só saindo mediante requisição para uso, cuja baixa deve ser registrada concomitantemente.

IX. Dar publicidade, mensalmente, em órgão de divulgação oficial ou em quadro de aviso de amplo acesso público, à relação de todas as compras feitas pela admi-nistração direta ou indireta, de maneira a clarificar a identificação do bem com-prado, seu preço unitário, a quantidade adquirida, o nome do vendedor e o valor total da operação, podendo ser aglutinadas por itens as compras feitas com dis-pensa de licitação. (art. 16 da Lei nº 8.666/93).

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3. Controle das Atividades Meio 47

3.1.2.7. CAdAstro de forNeCedores Para que haja um controle eficaz dos fornecedores, prestadores de serviços e obras aptos a participarem de processos lici-tatórios ou aquisições com dispensa e/ou inexigibilidade de licitação, é necessário que sejam inscritos no Cadastro de Fornecedores, Prestadores de Serviços e Obras no mu-nicípio.

3.1.2.7.1. Cadastro de Fornecedores, Prestadores de Serviços e Obras Este cadas-tro deverá conter todas as pessoas físicas e jurídicas que fornecem, prestam serviços e realizam obras ou reformas para o município.

As informações deverão ser preenchidas com os seguintes dados: identificação: CPF, CNPJ ou passaporte, tipo de pessoa (física ou jurídica), nacionalidade (brasileira ou es-trangeira), nome e endereço, complemento, bairro, cidade, UF, CEP, fone, celular e e-mail.Quandosetratardepessoajurídica,sugerimosquehajavisitain loco para conhe-cer as instalações do estabelecimento e confirmar outras informações.

3.1.2.8. CoNtrAtos e CoNvêNios São celebrados para assegurar de forma efi-caz o cumprimento dos acordos de vontades firmados na administração pública, quer seja entre os entes da federação (convênios) ou com empresas (contratos).

3.1.2.8.1. Contratos Vínculo jurídico que nasce da lei ou de ato de vontade, de cará-ter positivo (dar, fazer algo), ou negativo (não fazer algo), em proveito de outrem. Esse atodevontade,que,tantoquantoalei,faznascerdireito,denomina-se,porisso,de“ju-rígeno”,podendoserunioubilateral.Oscontratosdeverãosercelebradosemconfor-midade com a Lei nº 8.666/93.

Na forma do art. 55, da Lei nº 8.666/93, são cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:

I. o objeto e seus elementos característicos;II. o regime de execução ou a forma de fornecimento;III. o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade

do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;

IV. os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de obser-vação e de recebimento definitivo, conforme o caso;

V. o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcio-nal programática e da categoria econômica;

VI. as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas; VII. os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valo-

res da multas;VIII. os casos de rescisão;IX. o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão adminis-

trativa prevista no art. 77 desta Lei;X. as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão quando

for o caso;

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Prefeitura de Cuiabá 48 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

XI. a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor;

XII. a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos;XIII. a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em

compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação.

Procedimentos Básicos:1. Devem ser firmados por autoridade competente e publicadas as suas minutas no

Diário Oficial (Gazeta Municipal);2. Precisam conter com clareza e precisão cláusulas que definam direitos, obriga-

ções e responsabilidades das partes;3. Estarem vinculados com os termos do Edital de Licitação;4. Devem possuir cláusulas necessárias que estabeleçam o objetivo, regime de

execução, forma de fornecimento, preços e condições de pagamento, reajusta-mento, atualização monetária, prazo de início e de entrega, crédito orçamentá-rio pelo qual correrá a despesa, garantias, casos de revisão, reconhecimento de direito em caso de rescisão, legislação aplicável, condições de importação e taxa de câmbio;

5. No caso de garantia desde que estabelecida no Edital de Licitação e no limite permitido em lei;

6. As prorrogações de prazo de duração dos contratos deverão estar devidamente justificadas e devem obedecer aos prazos previstos no art. 57, Lei nº 8.666/93;

7. Todos os contratos de serviços essenciais deverão estar devidamente caracteri-zados e previamente autorizados a termo aditivo;

8. Caso haja modificação de contrato, ou até mesmo rescisão com aplicação de pe-nalidade, este fato deverá ocorrer de acordo com a legislação em vigor;

9. Para toda despesa decorrente de licitação, dispensa ou inexigibilidade, deverá haver assinatura de contrato ou outro instrumento hábil permitido pela lei;

10. A minuta do contrato acompanha o ato convocatório da licitação e deve ser pre-viamente aprovada pela Procuradoria Geral do Município;

11. Após a homologação da licitação os interessados deverão ser convocados regu-larmente para a assinatura do contrato;

12. Em caso de aditamentos, estes devem obedecer aos limites, supressões e acrés-cimos permitidos por lei;

13. Caso haja fato superveniente que, após a apresentação da proposta com com-provada repercussão nos preços contratados, possa implicar na revisão destes para mais ou para menos, deverão ser tomadas as providências cabíveis em lei;

14. Deve existir fiscalização da execução de contrato pela Administração Pública com anotação de ocorrência;

15. Em caso de vícios e defeitos ou incorreções, resultantes da execução ou de mate-riais empregados, o contratado deverá ser obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir materiais ou serviços;

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3. Controle das Atividades Meio 49

16. O recebimento do objeto contratado deve ocorrer de forma provisória ou defini-tiva após a verificação da qualidade e quantidade contratada;

17. Deve ser lavrado Termo de Recebimento do material ou serviço contratado;18. Todo termo de recebimento provisório deverá ser dispensado somente nos ca-

sos previstos em lei;19. As obras, serviços ou materiais em desacordo com o contratado ou adquirido de-

vem ser rejeitados pela Administração Pública;20. Se houver rescisão de contrato, deverá estar fundamentado nos casos previstos

em lei e publicado o fato;21. Caso haja rescisão, esta deverá ser formalmente motivada nos autos do processo,

assegurando o contraditório e ampla defesa;22. Caso tenha uma rescisão administrativa ou amigável, esta deverá ser precedida

de autorização escrita e fundamentada pela autoridade competente;23. Em caso de rescisão por inexecução total ou parcial do contrato, precisa haver

execução das garantias contratuais, ressarcimento dos valores, multas e indeni-zações;

24. Deve haver aplicação de penalidades administrativas pela interrupção injustifi-cada do contrato, conforme previsto em lei;

25. Caso haja servidor envolvido em crime previsto na Lei de Licitações e Contratos, deverão ser aplicadas as penalidades previstas;

26. Em caso de crime cometido contra a Lei de Licitações e Contratos, tanto por con-tratante quanto por servidor, o fato deverá ser encaminhado ao Ministério Públi-co, após regularmente apurado;

27. Os recursos decorrentes da Lei de Licitações e Contratos obedecerão os prazos legais;

28. Os contratos obedecerão, rigorosamente, ao plano de trabalho estabelecido;29. Se houver cauções (depósito), devem ser lançadas contabilmente, e deverá ter

controle analítico e registro do valor, data, início, término e objetivo.

3.1.2.8.1.1. TERMOS ADITIVOS:1. Emitir os aditivos aos contratos e convênios, observando:

a) Cópia autenticada do termo aditivo devidamente assinada pelos contratan-tes ou convenentes;

b) Cópia da publicação do extrato do termo aditivo no Diário Oficial do Municí-pio ou documento emitido pela autoridade competente declarando a publi-cidade do ajuste nos quadros de aviso da Prefeitura/Câmara, onde não hou-ver imprensa oficial;

c) Justificativa formal e prévia, da lavra da autoridade competente, para cele-brar o aditamento;

d) Nota de empenho e ficha de controle de dotação orçamentária (CDO) quan-do o aditamento for oneroso para a Administração Pública, para os órgãos da administração direta e indireta, exceto para as sociedades de economia mis-ta e empresas públicas, que deverão apresentar documento equivalente.

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Prefeitura de Cuiabá 50 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

2. Adotar o modelo de publicidade do extrato de termos aditivos de contratos e convênios firmados pela Administração, assim disposto:

Extrato do Termo Aditivoa) Nº do termo aditivo;b) Nº do contrato ou convênio original;c) Objeto do contrato ou convênio original;d) Valor do contrato ou convênio original;e) Modalidade da licitação, dispensa ou inexigibilidade;f ) Objeto e justificativa do aditamento;g) Valor do aditamento;h) Dotação orçamentária;i) Ordenador responsável;j) Aditivos anteriores, se houver, com indicação de datas; ek) Valor.

3.1.2.8.2. Convênios De acordo com a nº Lei nº 8.666/93 aplica-se, no que for cabível, aos convênios acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres, celebrados pelos ór-gãos e entidades da Administração Pública. São instrumentos competentes para a exe-cução de serviços de interesses recíprocos dos órgãos e entidades da Administração.

Considera-se um instrumento adequado aos objetivos de descentralização das ativi-dades da Administração, podendo, no âmbito federal, ser firmado com Estados e Muni-cípios em regime de mútua cooperação. Órgãos da administração direta poderão exe-cutar programas a cargo de entidades da administração indireta, via convênios.

Procedimentos Básicos:1. Os convênios deverão ser firmados por autoridade competente e publicados os

seus extratos no Diário Oficial;2. As cláusulas dos convênios devem conter, no mínimo, informações sobre:

a) Identificação do objeto a ser executado;b) Metas a serem atingidas;c) Etapas ou fases da execução;d) Plano de aplicação de recursos;e) Cronograma de desembolso;f ) Data do início e fim da execução do objeto;g) Data limite para prestação de contas;h) Penalidade para o caso de desvio de finalidade na aplicação de recursos ou

atraso injustificado no cumprimento das etapas;i) Os produtos resultantes de aplicação financeira que foram aplicados no ob-

jeto do convênio. 3. Caso de inexecução do objeto ou desvios de recursos oriundos de convênios, de-

verá haver instauração de Tomada de Contas Especial e encaminhamento dos re-sultados para os poderes competentes;

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3. Controle das Atividades Meio 51

4. A documentação que compõe a prestação de contas dos convênios precisa obe-decer às normas contábeis e ser encaminhada ao Órgão de Controle Externo;

5. As minutas de convênios devem ser previamente examinadas e aprovadas pela Procuradoria Geral do Município;

6. Em caso de interrupção na execução do convênio, deverá haver formalização de denúncia devidamente informada ao Tribunal de Contas do Estado;

7. Deve existir o acompanhamento regular da execução dos convênios;8. Deve haver controle dos convênios, recebimento, data e prestação de contas.

3.1.2.9. PessoAL A política de administração e remuneração de pessoal está defi-nida pela Seção II (Dos Servidores Públicos) da Constituição Federal e pelo Capítulo II da Lei Orgânica do Município de Cuiabá (Dos Servidores Públicos Municipais).

Procedimentos Básicos:1. As ocorrências com os servidores como: admissões, dispensas, transferências, li-

cenças, férias, disponibilidade, etc., devem ser anotadas em livros ou fichas pró-prias.

2. Deve haver controle de freqüência, férias, licenças e afastamentos dos servido-res;

3. Todas as admissões deverão ser realizadas mediante concurso público;4. As contratações temporárias deverão obedecer às formalidades da Lei nº 4.424,

de 16 de setembro de 2003. Não pode, contudo, ultrapassar o valor da tabela sa-larial do Município. Devem ser feitos através de edital de processo seletivo sim-plificado, contendo, no mínimo, as seguintes informações: objetivo, local do de-sempenho das atividades, período de inscrição, quantidade de vagas, análise de currículo, prova escrita e entrevista, e outras informações necessárias para garan-tir a legalidade e transparência ao processo;

5. Os níveis salariais deverão estar em consonância com o plano de cargos, carreiras e salários;

6. Não deverá ser feito adiantamento de salário para servidores;7. Deve ser observada a legislação do Imposto de Renda e respectivos índices esta-

belecidos para seu recolhimento;8. As contribuições de previdência social precisam ser descontadas no percentu-

al correto, na forma estabelecida pela Lei nº 4.592/04, que reestruturou o regi-me próprio de previdência social dos servidores do município de Cuiabá, e Lei nº 4.887/06;

9. Os recolhimentos dos descontos, consignações, encargos sociais e Imposto de Renda na Fonte devem ser feito em prazos legais;

10. Pessoal de outros órgãos podem optar pelo cargo do órgão de origem ou pelo cargo comissionado. Deve-se observar se os vencimentos estão sendo calcula-dos de acordo com as normas legais;

11. Os lançamentos contábeis decorrentes do pagamento de pessoal (folha) devem ser liquidados no mês;

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Prefeitura de Cuiabá 52 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

12. As obrigações trabalhistas devem ser todas cumpridas com o pessoal;13. Todo salário-família pago deverá ter comprovante para tal pagamento. A CAF

exercerá esse controle através da cópia da certidão de nascimento;14 . Deve haver observância da legislação para a concessão de vale-transporte;15. Deverá haver um registro histórico sobre os cargos comissionados que já atua-

ram na Secretaria;16. Os cálculos das rescisões de contrato de trabalho deverão estar de acordo com a

legislação em vigor;17. Deverão ser observados os limites das despesas com pessoal, conforme prevê a

Seção II da Lei de Responsabilidade Fiscal (Das Despesas com Pessoal);18. O setor de Recursos Humanos (RH) deve planejar, administrar, supervisionar e

executar os trabalhos pertinentes à Política de Gestão e Desenvolvimento Huma-no (PGDH);

19. Caso tenha alto nível de afastamento de servidores, deve-se buscar medidas para conter essa situação. O servidor afastado deve permanecer na folha da Se-cretaria;

20. O cálculo e o processamento do FGTS no programa SEFIP devem ser realizados corretamente;

21. Inativos e pensionistas devem ser transferidos para o Cuiabá-Previ;22. Deve ocorrer a expedição do relatório do quadro demonstrativo dos servidores;23. É necessária a expedição e distribuição do demonstrativo de pagamento, cédu-

las“C”,“RAISeDIRF”;24. Deve ocorrer a emissão da Ficha Financeira dos Servidores (FFS);25. Faz-se necessário que haja controle através de acompanhamento e avaliação do

estágio probatório, conforme legislação vigente;26. Deve existir a avaliação (Princípio da Eficiência) de desempenho anual dos servi-

dores, conforme legislação em vigor;27. Deve existir um acompanhamento da progressão funcional e promoção da clas-

se/nível dos profissionais;28. Não deve existir segregação de funções dentro das órgãos;29. A concessão de licença-prêmio deve obedecer aos trâmites legais, e ela será go-

zada somente com autorização do Secretário da pasta e disponibilidade do ór-gão;

30. Devem ser observadas as demais determinações estabelecidas pela Lei Comple-mentar nº 093/2003 no que se refere à administração de pessoal.

31. Após o envio do arquivo de pagamento pela Gerência de Folha de Pagamento ao Banco, este devolverá o respectivo arquivo à Auditoria e Controle Interno que analisará mensalmente as remunerações de cada servidor por Secretaria, con-frontando-as com as informações da Folha de Pagamento.

3.1.2.10. regiMe PróPrio de PrevidêNCiA soCiAL (rPPs) Conforme dispõe o artigo 40 da CF:

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3. Controle das Atividades Meio 53

Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previ-dência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.

Cuiabá possui RPPS para os servidores estatutários. Porém, os cargos em Direção e Assessoramento Superior – DAS, bem como os que possuem vínculo empregatício e são regidos pela CLT, subordinam-se ao regime de previdência do Instituto Nacional de Seguro Social. A filiação a previdência social é obrigatória, na forma instituída pelo ar-tigo 201 da CF.

Desse modo, o artigo 37, XVI, CF, veda a acumulação remunerada dos cargos públi-cos, exceto quando houver compatibilidade de horários:

a) a de dois cargos de professor;b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profis-

sões regulamentadas.Quantoaoservidorpúbliconoexercíciodomandatoeletivo,aplica-seodispostono

artigo 38, CF.Já os servidores cedidos a outro ente permanecerão vinculados ao regime de ori-

gem e estão normatizados pela Lei 9.717/98 (atualizada em 21/06/2004).O artigo 201, § 9º, da CF assegura a

Contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente.

No que se refere à atividade de gestão da aplicação dos recursos dos regimes pró-prios de previdência social, ela deve ser desempenhada de acordo com a Resolução 3.244 de 28 de outubro de 2004.

Enquanto a avaliação atuarial para a previdência está devidamente regulamentada pela Lei 9.717/98.

Com relação às alíquotas de contribuição, estas são regulamentadas pelo artigo 149, da CF, Lei 9.717/98, artigos 2º e 3º e Orientação Normativa nº 03, de 12 de agosto de 2004, artigos 19,20 e 21.

Nessa ordem, o registro contábil individualizado das contribuições do servidos e do ente é constado conforme as normas instituídas pela Lei 9.717/98, artigo 1º, VII, e Orien-tação Normativa nº 03, de 12 de agosto de 2004, artigo 17.

Por outro lado, a apropriação indébita previdenciária ocorre quando o ente deixa de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes no prazo e forma legal.

Outra modalidade de crime contra a previdência é a inserção de dados falsos em sis-tema de informática. É crime inserir ou facilitar a inserção de dados falsos, ou alterar da-

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Prefeitura de Cuiabá 54 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

dos corretos, em sistema de informática ou banco de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida ou causar dano.

Da mesma forma, a sonegação de contribuição previdenciária é crime. O ato de su-primir ou reduzir contribuição social previdenciária, mediante omissão de emprega-do ou equiparado da folha de pagamento, bem como deixar de lançar mensalmente na contabilidade as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo emprega-dor. Ainda, omitir remunerações pagas e demais fatos geradores de contribuições so-ciais previdenciárias.

3.1.2.11. PAssAgeNs Devem ser requeridas para deslocamentos fora do Municí-pio, a serviço da Prefeitura. As normas para concessão de passagens foram instituídas pelo Decreto nº 3.001/94.

Procedimentos Básicos:1. Deve haver a solicitação do órgão, com a matrícula do servidor;2. Nasolicitaçãoénecessárioconstaradenominação“BilhetedePassagemRodovi-

árioouAéreo”3. Deve haver número de ordem, a série e subsérie e o número da via;4. A data da emissão, bem como a data e a hora do embarque;5. Deve constar o nome do titular, o endereço e os números de inscrição estadual e

no CNPJ do estabelecimento emitente;6. Deve constar o percurso;7. Deve constar o valor do serviço prestado, bem como os acrécimos cobrados a

qualquer título;8. É obrigatório constar o valor total da prestação;9. Deve constar o local da emissão, ainda que por meio de código;10. Precisa conter o nome, o endereço e os números das inscrições estadual e no

CNPJ, do impressor do documento,a data e a quantidade da impressão, o núme-ro de ordem do primeiro e o do último documento impresso, a série e subsérie e o número da autorização de impressão de documentos fiscais;

11. O bilhete de passagem deve ser emitido, no mínimo, em 2 (duas) vias, que terão a seguinte destinação:a) a 1ª via deve ficar em poder do emitente, para exibição ao fisco;b) a 2ª via deve ser entregue ao passageiro, que deverá conservá-la durante a

viagem e posterior prestação de contas no relatório de viagem.12. No caso de cancelamento de bilhete de passagem antes do início da prestação

doserviço,deveráconterespecificação“cancelado”;13. Caso concretize a viagem, montar o relatório de viagem e anexar o comprovante

de passagem;14. Servidores beneficiados com passagens devem apresentar relatório de viagem

dentro do prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, contadas da data do re-gresso ao Município.

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3. Controle das Atividades Meio 55

3.1.2.12. QuALidAde de gAstos Os princípios da eficiência e da economicidade e as normas fixadas pelas Leis nº 8.666/93 e 101/00 impõem ao administrador público o dever de conduzir a atividade administrativa com qualidade, buscando o rendimento funcional e resultados sociais para a população.

Procedimentos Básicos: 1. Folha de Pagamento.

1.1. Controle rigoroso da folha de pagamento, sob responsabilidade da Coorde-nadoria Administrativa e Financeira, ou Setor correspondente, que realizará sistemático controle de freqüência dos servidores;

1.2. Não poderá haver contratação irregular de pessoal;1.3. Não deverá existir pessoal ocioso no órgão. Caso isso ocorra, deverá ser en-

caminhado à Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão;1.4. A concessão de diárias somente ocorrerá a serviço do interesse público e os

valores pagos deverão estar de acordo com as tabelas do Anexo I do Decre-to nº 3.001/94 e Anexo I da Lei nº 4.678/04.

1.5. Não se concederá diária ao servidor que se deslocar dentro do Município ou nos termos do parágrafo 3º do artigo 58 da Lei Complementar n° 093/03.

1.6. Os cursos, simpósios, seminários e outros eventos custeados com recursos públicos dos quais servidores da Prefeitura participarem devem constar de acordo com a missão e finalidade da instituição. Os participantes apresenta-rão relatório circunstanciado do evento. Deverão, ainda, desenvolver ativi-dades relacionadas com o tema do evento. As informações adquiridas preci-sam ser repassadas ou socializadas aos setores e pessoas ligadas ao assunto.

2. Dívida Fundada.2.1. É necessário um controle rigoroso dos contratos da dívida fundada, que

compreende todos os compromissos de exigibilidade superior a 12 meses;2.2. O Município deve possuir registro individualizado das dívidas flutuante e

fundada;2.3. Deve-se observar a relação entre o endividamento e a capacidade de paga-

mento.3. Obras.

3.1. A execução de obras deve ser após o processo licitatório;3.2. Deve existir projeto básico, dotação orçamentária, recursos financeiros e to-

dos os elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Téc-nicas – ABNT;

3.3. Os valores orçados deverão estar em consonância com os efetivamente gastos.

4. Almoxarifado.4.1. Definição dos níveis de estoque;4.2. Deve ser registrada toda movimentação de entrada e saída de material de

consumo e permanente, evidenciando os saldos;

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Prefeitura de Cuiabá 56 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

4.3. Não deve haver aquisição de bens em desacordo com as necessidades da Prefeitura;

4.4. A movimentação de entrada e saída de material deve ser registrada para que evidenciem os saldos;

4.5. Todo material adquirido deve estar de acordo com as especificações solici-tadas;

4.6. A quantidade de materiais adquiridos deve estar em conformidade com a média do consumo dos últimos meses registrado no Almoxarifado;

4.7. Deve ser efetuado inventário físico dos estoques e seus valores devem che-car com os constantes do Balanço em 31 de dezembro (Lei nº 4.320, capítu-lo III);

4.8. A incorporação, transferência e baixa de bem patrimonial obedecerá às nor-mas instituídas pelo Decreto nº 4.079, de 6 de junho de 2003;

4.9. Os objetos, produtos e materiais adquiridos anteriormente devem ser utili-zados primeiro. Desse modo, o primeiro a vencer na validade é o primeiro a sair;

4.10. É necessário que haja um rigoroso controle de cada bem em uso ou em estoque.

5. Centros de Custos nas Secretarias e correspondentes para avaliar todas as despe-sas.5.1. Os serviços prestados deverão ser executados dentro dos padrões de quali-

dade contratados;5.2. As mercadorias adquiridas precisam estar conformes às condições especifi-

cadas em processo licitatório ;5.3. Os gastos com combustíveis e outros materiais de consumo deverão ser

compatíveis com o número de veículos e máquinas existente no órgão;5.4. Deve existir controle do uso do telefone para evitar ligações que não aten-

dam ao interesse público;5.5. É necessário que haja controle rigoroso do serviço de repografia;5.6. Faz-se necessário estabelecer procedimentos com vistas à economia de

energia elétrica e água;5.7. A utilização de veículos deve se restringir ao serviço público. É expressa-

mente proibida a utilização para outros fins.5.8. O acesso à internet deve limitar-se aos objetivos do órgão.5.9. Outras verificações sobre o princípio da economicidade também estarão

sob os cuidados dos Centros de Custos.6. Comissão para o recebimento de mercadorias, serviços, obras e serviços de en-

genharia e atesto de notas fiscais.6.1. O recebimento de mercadorias, serviços, obras e serviços de engenharia de-

verá ser confiado a uma comissão de, no mínimo, 3 (três) membros. Esta co-missão também será responsável pelo atesto de notas fiscais.

7. Empresas estabelecidas.7.1. Somente poderão participar de licitações para fornecimento de material

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3. Controle das Atividades Meio 57

de consumo e permanente, prestação de serviços em geral e das licitações para execução de obras e serviços de engenharia respectivamente, empre-sas devidamente estabelecidas e cadastradas perante a Diretoria de Gestão do Gasto Público, da Secretaria Municipal de Finanças.

7.2. Aplicam-se também os mesmos critérios para empresas que fornecerão material de consumo ou permanente e serviços em geral, mediante a dis-pensa de licitação, conforme os casos previstos em lei.

3.2. Ativo

É formado pelo conjunto de bens, valores e créditos e representa o patrimônio de uma empresa.

3.2.1. Bens Móveis

Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agen-tes responsáveis pela sua guarda e administração (Art. 94, Lei nº 4.320/64).

Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de du-ração superior a dois anos (§ 2º, art 15, Lei nº 4.320/64).

A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e imóveis (art. 95, Lei nº 4.320/64).

O levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o inventário analíti-co de cada unidade administrativa e os elementos da escrituração sintética na contabi-lidade (art. 96, Lei nº 4.320/64).

Desse modo, o inventário analítico descreve os elementos do bem, física e financeira-mente, bem como a conferência com a escrituração contábil. O inventário é de respon-sabilidade do setor de patrimônio e deve ser realizado por uma comissão composta, preferencialmente, por, no mínimo, 3 membros (compras, patrimônio e contabilidade).

Contudo, a não realização do inventário físico-financeiro anual dos bens, tanto mó-veis quanto imóveis, tem ensejado constantes anotações nos relatórios de auditorias externas do TCE, realizadas nos municípios de Mato Grosso:

“OMunicípiocontinuasemarealizaçãodoinventáriofísico-financeirodosbensmó-veiseimóveis,oquecontrariaodispostonoart.96,daLeinº4.320/64”.

Por outro lado, existem normas que precisam ser observadas para se proceder à in-corporação e registro de um bem oriundo de um convênio, organização, pessoa física e fabricação própria ou de terceiros. Assim, é necessário a seguinte documentação, nos casos específicos:

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Prefeitura de Cuiabá 58 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Convênio: Cópia do termo de convênio, nota fiscal, relação detalhada dos bens e respectivos valores.

empresa/organização: Termo de doação, termo de aceitação, transferência de do-mínio e relação dos bens com os respectivos valores.

Pessoa física: Termo de permissão de uso, constando CPF, descrição e valor do bem, ou nota fiscal. O processo necessita de autorização do Secretário Municipal.

fabricação Própria: Guia de produção e documento que comprove a fabricação do bem emitido pelo executor.

reincorporação: Ofício de solicitação da referida incorporação.Por sua vez, o Decreto nº 4.079/03 fixou normas e rotinas ao ingresso, conservação e

baixa dos bens patrimoniais da Administração Pública Municipal.

Procedimentos Básicos:1. Deve existir registros atualizados relativos à identificação, à localização e ao valor

dos bens móveis;2. Deve existir termos contendo assinatura dos responsáveis por setor.3. Todos os bens em uso deverão ser identificados por meio de códigos e devida-

mente com o número de tombamento;4. As aquisições e baixas, cessões, doações e permutas deverão estar regularmente

registradas na contabilidade;5. No caso de bens inservíveis, antieconômicos e obsoletos, devem haver provi-

dências para sua baixa;6. Devem ser rigorosamente observadas as normas de licitação nas aquisições e

alienações (se for o caso);7. Todos os veículos devem estar registrados em nome da Prefeitura, no Departa-

mento Estadual de Trânsito de Mato Grosso – DETRAN-MT.8. Devem ser realizados inventários anuais dos bens, e todos devem ser arrolados

no inventário. A soma dos valores dos bens obtidos deve conferir com o valor re-gistrado na contabilidade;

9. As depreciações, correções (se for o caso) e reavaliações legais devem ser pelos índices vigentes;

10. O setor contábil deve ser informado sobre aquisições, alienações, cessões, per-mutas, baixas, reavaliações ou quaisquer alterações havidas, e se estes atos de-verão ser autorizados pela administração superior;

11. Todos os bens móveis cedidos ou recebidos em regime de comodato devem existir o respectivo termo;

12. Em toda doação de bens móveis para terceiros deve haver a caracterização do in-teresse social e estar devidamente autorizada pelo Legislativo;

13. Em toda saída e retorno do bem para conserto deve existir controle formal;14. Os bens inservíveis podem receber baixa, porém será necessário constituir uma

comissão de 3 (três) membros para tal finalidade, e todos deverão estar investi-dos de acordo com a lei. Deverão seguir as normas instituídas pelo Decreto nº 4.079, de 6 de junho de 2003;

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3. Controle das Atividades Meio 59

15. É necessário que se realize o inventário físico-financeiro de todos os bens móveis, pelo menos uma vez por ano;

16. É recomendável que haja a padronização da cor externa dos móveis em cada Se-cretaria do Município. Os móveis de madeira, fórmica, aço ou outro material, tais como: mesa, armário, arquivo, balcão, gaveteiro, estante e divisória, devem ter como referencial a cor externa. Enquanto que as cadeiras poderão ter como refe-rencial de padronização uma outra cor.

17. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utili-ze, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária (art. 70, Parágrafo único, CF).

3.2.2. Bens Imóveis

Como o bem móvel, o imóvel deve ser submetido a levantamento geral e ter escritu-ração sintética na contabilidade. É necessário que se realize o inventário físico-financei-ro de todos os bens imóveis pelo menos uma vez por ano;

Procedimentos Básicos:1. Todos os bens imóveis devem estar permanentemente em uso;2. Para cada imóvel deve existir escritura devidamente arquivada;3. Deve existir registro contábil identificando todos os bens imóveis pertencentes à

Prefeitura;4. Deve ser comunicada à Contabilidade, através de documento hábil, a ocorrência

de baixa ou incorporação de bem imóvel;5. Caso haja algum imóvel da Prefeitura alugado, este deve ser a preço de merca-

do;6. Os bens imobilizados devem ser adequadamente depreciados, corrigidos mone-

tariamente (se for o caso) ou reavaliados pelos índices corretos;7 Nas alienações deverão ser observadas as normas de licitação vigentes.8 No inventário analítico anual dos bens imóveis devem ser arrolados todos os

bens;9 Na alienação dos bens imóveis deve existir concorrência pública e fixação de pre-

ço mínimo não inferior ao seu valor de mercado;10 Deve haver a autorização do Legislativo para a alienação dos bens imóveis;11 Todos os bens deverão estar corretamente classificados nos bens imóveis nas de-

monstrações contábeis.

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Prefeitura de Cuiabá 60 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

3.2.3. Obras

A execução de obras deve ser após o processo licitatório, substanciado na Lei nº 8.666/93, Capítulo I, Seção III (Das Obras e Serviços).

Procedimentos Básicos:1. Caso de contratação de obra deve ser obedecido o princípio de licitação e se

existe:a) Projeto básico, com elementos necessários e suficientes, com nível de preci-

são adequado, para caracterizar a obra, serviço, complexo de obras ou servi-ços, objetos da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos téc-nicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado trata-mento do impacto ambiental da obra, a avaliação do custo da obra e a defi-nição dos métodos e do prazo de execução, na forma do Artigo 6º, inciso IX, da Lei nº 8.666/93;

b) Cronograma orçamentário, físico-financeiro, de execução de acordo com o pro-jeto definido, e prazos e preços compatíveis com a média de obras idênticas;

c) Planilha de custos individualizada e devidamente detalhada em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários, e o produto nela especificado esteja contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plu-rianual, conforme exigência legal;

d) Todos os elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da ABNT, na forma contida no artigo 6º inciso X, da Lei nº 8.666/93;

e) Memorial descritivo.2. Deverá haver termo de contrato, carta-contrato, ordem de execução e valor da

obra;3. Todos os contratos devem conter as cláusulas estabelecidas no artigo 55 da Lei

nº 8.666/93;4. Deve ser nomeada uma Comissão Especial composta de, pelo menos, 1/3 de ser-

vidores efetivos, sendo um engenheiro do quadro da Prefeitura, para julgar a lici-tação de obras;

5. Deve ser designado, pelo menos, um servidor efetivo (engenheiro) para acompa-nhar a obra no tocante à medição, fiscalização e recebimento;

6. Todos os reajustes de preços deverão ser pagos de acordo com as normas vigen-tes e que possam decorrer de modificação no custo de produção, e de acordo com os critérios previstos no Edital (art. 65, § 1º, Lei nº 8.666/93);

7. Devehaver“LivrodeOcorrências”paraanotaçõesnolocaldaobraouserviços;8. Deve ser periodicamente verificada e controlada a relação dos empregados que

trabalham na obra, com a devida verificação dos registros em carteira de traba-lho e/ou nomeação, sendo que tais informações deverão ser remetidas, no míni-mo, uma vez por mês ao Controle Interno.

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3. Controle das Atividades Meio 61

9. Deverão ser apresentadas as certidões do Instituto Nacional de Seguro Social – INSS específicas da averbação da obra;

10. Caso se verifique inexecução da obra ou serviço, erro de execução, execução im-perfeita ou outro inadimplemento contratual, devem ser aplicadas as penalida-des previstas no contrato;

11. As medições das quantidades de serviços nas obras deverão ser efetuadas men-salmente ou de acordo com o estabelecido no contrato;

12. Os valores orçados deverão estar em consonância com os efetivamente gastos;13. As obras em andamento deverão ser registradas na Contabilidade;14. Deve existir compatibilidade entre o projeto executivo e a obra em execução, o

material aplicado e o memorial descritivo, bem como do local onde a obra está sendo realizada;

15. O andamento das obras deve coincidir com as fases registradas e pagas;16. A fiscalização deve ser feita por profissional habilitado e credenciado para a ob-

servância dos detalhes constantes da execução;17. Deverão ser contabilizadas, no Sistema Patrimonial, as obras em andamento, à

vista dos próprios documentos de despesa;18. A obra deve ser incorporada ao imobilizado da Prefeitura quando concluída e, se

for o caso, apresentado o respectivo habite-se;19. O termo final (recebimento definitivo), emitido por ocasião da entrega da obra,

deve ser aprovado por ambas as partes (contratante e contratada);20. As placas de informações sobre obras e reformas obedecerão ao padrão estabe-

lecido pela Instrução Normativa nº 013/2005, art. 1º e incisos:I. Placas devem medir 1,20m de largura por 2,40m de altura. Porém, quando

forem colocadas em vias de grande fluxo ou rodovias, deve-se usar a am-pliação proporcional de 2m de largura por 4m de altura, com o objetivo de garantir a visibilidade de quem estiver circulando em veículo automotor;

II. As placas devem ser produzidas com chapa metálica galvanizada 20, trata-dacom“KromikMetalPrimer74”,variadanasbordasouaparafusadassobreuma moldura de madeira resistente às intempéries;

III. Constarão obrigatoriamente as seguintes informações: órgão executor, obra, número do contrato, fonte de recurso (valor concedente e valor con-trapartida), prazo, construtora, engenheiro responsável, data de início e data de entrega e comunidade beneficiada.

3.2.4. Veículos

Procedimentos Básicos:1. A Secretaria deve ter controle de todos os veículos que estão a seu serviço;2. Obrigatóriamente, para cada veículo deve existir motorista próprio e habilita-

do. Da mesma forma, termo de responsabilidade de veículos e ferramentas em

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Prefeitura de Cuiabá 62 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

nome do motorista;3. Quandohouverautilizaçãodeveículopormotoristanãooficial,deveráseremi-

tida autorização expressa do Secretário.4. Os veículos devem ter documentação atualizada no Departamento Estadual de

Trânsito de Mato Grosso – DETRAN-MT, e em nome da prefeitura;5. Deve existir o controle de guarda e a utilização dos veículos, com registro de qui-

lometragem;6. Deve existir controle de combustível por requisições, e estas devem ser autoriza-

das por pessoa oficialmente habilitada;7. O controle do custo operacional deve ser feito por veículo, discriminando a des-

pesa média mensal em combustível, lubrificantes, reparos e manutenção;8. Se existir veículos em desuso, deve ser justificado o motivo;9. Caso haja veículos antieconômicos, devem ser tomadas as providências para sua

alienação;10. Todos os veículos só podem ser utilizados exclusivamente a serviço da Reparti-

ção;11. Todos os veículos cedidos ou recebidos em regime de comodato deve ter seu

respectivo contrato, bem como a informação do fato à Contabilidade;12. Deve existir controle que indique a responsabilidade, no caso de infração de

trânsito, e apure a responsabilidade;

Casos de acidentes:1. Abster-se de assinar, no local do acidente, qualquer declaração de culpa ou ad-

mitir a responsabilidade do ocorrido;2. Remover o veículo somente depois de ter passado por perícia;3. Entrar em contato com o superior imediato para comunicar o acidente e, em se-

guida, tomar as providências legais no sentido de ser confeccionado o Boletim de Ocorrência, o qual deverá ser lavrado, imediatamente, após o acidente;

4. A lavratura do Boletim de Ocorrência deve ser solicitada mesmo que o condutor do outro veículo tenha cobertura do Seguro de Responsabilidade Civil Facultati-vo contra danos materiais, ou que se declare culpado;

5. Fazer constar a manifestação do condutor do outro veículo no Boletim de Ocor-rência, na hipótese de ele admitir sua culpa pelo acidente;

6. Preencheroversodo“ControledeTráfego”queacompanhaoveículo,relatandoo acidente e anotando o nome, endereço, RG e CPF das testemunhas, as quais se-rão de grande valia na apuração de responsabilidade;

7. EncaminharaoSuperiorimediatoo“OfíciodeEncaminhamentoparaApuraçãodeResponsabilidade”,anexandoaseguintedocumentação:a) Boletim de Ocorrência;b) Cópia da ficha de registro;c) Laudo pericial do Instituto de Criminalística, quando for o caso; d) Relatório elaborado pelo condutor do veículo oficial, descrevendo o aciden-

te, bem como a indicação de testemunhas;

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3. Controle das Atividades Meio 63

e) Croqui do local do acidente;f ) Relato sucinto da ocorrência e dos dados que estiver encaminhando, elabo-

rado pelo superior imediato;g) Cópia do Controle de Tráfego;h) Cópia da CNH do condutor (Carteira Nacional de Habilitação).

8. Prestar imediato socorro, em caso de acidente com vítima(s), conduzindo-a(as) ao Hospital ou Pronto Socorro mais próximo;

9. Ressarcir a Prefeitura dos prejuízos causados, sujeitando-se à pena disciplinar ca-bível quando considerado responsável pelos danos ocasionados ao patrimônio da Prefeitura e de terceiros, de acordo com a legislação em vigor.

3.2.5. Almoxarifado

É necessário que haja rigoroso controle de cada mercadoria em estoque. Objetos, produtos e materiais adquiridos anteriormente precisam ser utilizados primeiro. Por conseguinte, deve-se utilizar métodos eficazes para operar o controle de estoque.

Procedimentos Básicos:1. Deve ser registrada toda movimentação de entrada e saída de material de consu-

mo e permanente, evidenciando os saldos;2. O estoque mínimo e máximo deve ser adotado;3. Deve ser efetuado inventário físico dos estoques, e seus valores devem checar

com os constantes do Balanço em 31 de dezembro (Lei nº 4.320, Capítulo III);4. Não deve haver aquisição de bens em desacordo com as necessidades da Secre-

taria;5. O documento de entrega do material deve ter data posterior a do empenho;6. Deve ser conferido a quantidade e o preço;7. A entrada deve ser lançada no controle de estoque de acordo com o documento

fiscal e o empenho;8. Não deve ocorrer perda de controle de estoque;9. O nível de controle dos estoques deve ser acompanhado, a fim de permitir novos

pedidos em momento oportuno;10. A movimentação de entrada e saída de material deve ser registrada para que evi-

dencie os saldos;11. Deve haver concordância entre os saldos de controle de estoque e o material

existente;12. Todas as entradas e saídas do estoque devem ser lançadas diariamente no siste-

ma de controle de estoque;13. Deverão ser feitos, mensalmente, mapas de resumo de entrada e saída de mate-

rial para registro e conferência na Contabilidade;14. Todos os materiais adquiridos pela Secretaria devem passar pelo Almoxarifado;

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Prefeitura de Cuiabá 64 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

15. Deverá haver condições físicas apropriadas aos funcionários e aos materiais em estoque, bem como a segurança necessária contra sinistros;

16. São necessários inventários e termos de responsabilidade sempre que ocorrer a mudança pela guarda do setor;

17. Todas as saídas de materiais deverão ser feitas mediante requisições tipografica-mente numeradas e, no mínimo, em duas vias, que devem estar autorizadas por servidor, legalmente constituído para tal fim;

18. Nas ausências eventuais ou impedimentos do chefe do Almoxarifado deve ser designado um substituto;

19. Não deve haver materiais com prazo de validade vencido;20. O Almoxarifado não deve conter bens ou materiais de terceiros sem o devido ter-

mo de comodato;21. Existe a necessidade de implantar-se sistema informatizado para cadastramento

e controle de estoque em todos os setores da Prefeitura;22. Recomenda-se que seja instalado e mantido em funcionamento, nas dependên-

cias do Almoxarifado, sistema interno de câmera de vigilância.

3.3. Passivo

O passivo representa o total das dívidas e obrigações de uma empresa ou órgão. As-sim é formado pelos Passivos Financeiro e Permanente. De um lado, o Passivo Finan-ceiro compreende a dívida flutuante (curto prazo); por outro, o Passivo Permanente é constituído pela dívida fundada (longo prazo), que é representada por títulos e contra-tos, e pode ser interna ou externa.

3.3.1. Dívida Pública

Entende-se como dívida passiva toda e qualquer obrigação da unidade. Refere-se aos compromissos contraídos pela unidade para atender ao desequilíbrio orçamentá-rio ou aos financiamentos de bens, obras ou serviços públicos. Na dívida passiva estão incluídas todas as obrigações do Município que serão exigidas a curto e longo prazo.

A Lei nº 4.320/64 classifica a Dívida Passiva em: Dívida Flutuante e Dívida Fundada.dívida flutuante: Corresponde aos compromissos de pagamentos a curto prazo,

como os restos a pagar, os serviços da dívida a pagar, os depósitos e os débitos de te-souraria (art. 92, Lei nº 4.320/64).

dívida fundada ou Consolidada: Compreende todos os compromissos de exigibi-lidade superior a 12 meses contraídos para atender ao desequilíbrio orçamentário ou aos financiamentos de obras e serviços públicos (art. 98, Lei nº 4.320/64).

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3. Controle das Atividades Meio 65

Procedimentos Básicos:1. O Município deve possuir registro individualizado das dívidas flutuante e funda-

da;2. O Município deve observar a relação entre o endividamento e a capacidade de

pagamento;3. Devem ser observados os limites fixados pela Resolução do Senado Federal, ou

lei municipal;4. Caso o município não esteja cumprindo os limites estabelecidos pela resolução

do Senado, ou lei municipal, deverão ser feitos ajustes para adequar os limites de endividamento ao ordenamento institucional;

5. Nos pagamentos das parcelas devem ser observadas as correções constantes no contrato;

6. Deve existir controle de precatórios;7. No ato do pagamento das despesas deve a Prefeitura verificar se o credor não

tem débito com o Município.

3.3.1.1. restos A PAgAr São despesas empenhadas e não pagas até o dia 31 de dezembro. Classificam-se em processados e não processados.

Restos a pagar processados referem-se a empenhos executados, liquidados e aptos ao pagamento.

Por outro lado, restos a pagar não processados são os empenhos de contratos em execução, não existindo ainda o direito líquido e certo do credor.

Procedimentos Básicos:1. As despesas empenhadas e não pagas até 31 de dezembro devem ser relaciona-

das e inscritas em restos a pagar, em conformidade com as Leis 4.320/64, (art. 36) e 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal, art. 42);

2. Precisam ser autorizadas pela autoridade competente; 3. Deve ser feita distinção entre restos a pagar processados e restos a pagar não

processados, por fornecedor, valor, natureza, despesa e órgão;3.1. Deve ser feito no sistema financeiro o controle analítico anual;

4. São necessárias revisões periódicas na conta restos a pagar, para efeito de pres-crição e de outros cancelamentos;

5. Todos os cancelamentos de restos a pagar com prescrição interrompida, o paga-mento reconhecido, o direito do credor, deverá ser atendido pela dotação con-signada para atendimento das despesas de exercícios anteriores;

6. Os saldos financeiros dos restos a pagar devem representar com exatidão os va-lores dos efetivos compromissos a pagar;

7. A inscrição em restos a pagar deve ser feita nominalmente, com o compromisso efetivamente assumido no exercício financeiro;

8. As despesas inscritas na conta restos a pagar processados devem ocorrer quan-do do recebimento do material, da execução da obra ou da prestação de serviço correspondente;

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Prefeitura de Cuiabá 66 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

9. O valor dos créditos anulados, relacionados como restos a pagar, devem ser con-vertidos como receita ou lançados contabilmente;

10. A Lei de Responsabilidade Fiscal deverá ser observada no tocante a Restos a Pa-gar (Art. 42);

11. É vedado ao titular de poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois qua-drimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito (LRF, art. 42);

12.Quandoorestoapagarforinscritocomonãoprocessado,noexercícioseguintedevehaverprocedimentocontábil(lançamento),ea“liquidação”somenteapóso atesto do recebimento ou prestação de serviço;

13. Recomenda-se que os restos a pagar sejam quitados mediante as seguintes con-dições:I. Constituição de uma comissão para análise criteriosa quanto aos aspectos

legais, físico-financeiros e da qualificação dos gastos nas despesas inscritas em restos a pagar;

II. A validação consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito, re-ferente aos fornecimentos feitos ou serviços prestados, tendo por base: a. O contrato, ajuste ou acordo respectivo;b. A Nota de Empenho (NE);c. Conferição e comprovação da efetiva entrega do material ou serviço;d. Vistoria e aprovação da obra.

III. Após a aferição, revisão e vistoria no processo, deve-se constatar a regulari-dadedadespesa“inloco”.

3.4. Disponível

Indica o grupo de valores postos à imediata disposição de uma empresa, a fim de que possa lançar mão do recurso de natureza financeira líquida.

Este gurpo abrange os meios de pagamento, em caixa e em depósitos a vista.

Procedimentos básicos:A Prefeitura Municipal de Cuiabá já não utiliza o sistema de movimentação de di-

nheiro em caixa. Os pagamentos são realizados via banco, inclusive para pessoa física (pessoal contratado por tempo determinado, estagiários e projetos sociais).

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3. Controle das Atividades Meio 67

3.4.1. Bancos

A movimentação do ativo financeiro da Prefeitura é realizado por meio de bancos.

Procedimentos Básicos:1. O saldo bancário do dia deve ser registrado de modo a coincidir com o razão;2. Deve-se realizar a conciliação do saldo bancário pelo menos uma vez por mês;3. A movimentação dos recursos através dos bancos deve ser feita exclusivamente

pela emissão de Boletim de Crédito (BC);4. A movimentação de recursos de convênios precisa estar emconformidade com o

termo de contrato;5. Os extratos bancários e Boletim da Tesouraria devem ser disponibilizados com

regularidade;6. Os recibos de depósitos bancários precisam estar devidamente autenticados e

rubricados;7. Deve haver razoabilidade de tempo entre a data dos depósitos e os respectivos

créditos na conta movimento;8. As transferências bancárias precisam ser efetuadas sob controle contábil, através

de contas específicas;9. Os saldos das contas bancárias devem ser remanescentes do exercício anterior;10. Nenhum pagamento deverá ser realizado sem a autorização do Ordenador de

Despesa.

3.5. Movimentação Extra-Orçamentária

receita extra-orçamentária: É um simples ingresso financeiro de caráter temporá-rio, pois pertence a terceiros, e compreende uma entrada de dinheiro que corresponde a créditos de terceiros, da qual o Município é um simples depositário. Não é uma receita no sentido econômico, é mais bem denominada de ingresso extra-orçamentário, cujo registro sempre provoca o surgimento de passivos financeiros.

despesa extra-orçamentária: Constitui uma saída financeira decorrente da devo-lução dos recursos recebidos anteriormente a título de ingresso extra-orçamentário. Na realidade, é bem mais denominada de dispêndio extra-orçamentário. É uma despe-sa que não consta na Lei Orçamentária e compreende as diversas saídas de numerários decorrentes de levantamentos de depósitos, cauções, pagamento de restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de receita, bem como de quaisquer valores que se revistam de características e simples transitoriedade, recebidos anterior-mente, e que, na oportunidade, constituirão receita extra-orçamentária.

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4. Conselhos Municipais

O Conselho é o principal órgão da estrutura descentralizada da política pública e ins-tância local de formulação de estratégia e controle da execução dos planos, inclusive nos aspectos econômico e financeiro. A criação dos Conselhos Municipais deve ser pro-posta por projeto de lei de iniciativa do Executivo.

Dessa maneira, o Município precisa constituir os seus Conselhos a partir de iniciati-va local e autônoma (em conformidade com lei municipal). A estruturação de tais ór-gãos colegiados deve ser concebida como parte integrante da organização administra-tiva do governo municipal.

É necessário destacar que os Conselhos são compostos por representantes da admi-nistração municipal, prestadores de serviços, profissionais da área de atuação do Con-selho e pelos usuários.

Procedimentos Básicos:1. Os Conselhos devem ser constituídos por Lei Municipal;2. Deverá ter reunião periódica para avaliar as ações em execução;3. Suas reuniões deverão ser constadas em atas, com proposta para melhorar a

qualidade dos serviços oferecidos à população, e, quando for o caso, exercer o trabalho de fiscalização do Poder Executivo Municipal.

4. Precisam ser observados os regimentos, para que os Conselhos funcionem ade-quadamente.

5. Os gestores devem disponibilizar aos Conselhos Municipais os balancetes (recei-ta e despesa) analíticos e consolidados para análise;

6. Constar em ata, as deliberações sobre os balancetes.À vista disso, a participação popular deve ser permanentemente encorajada, pois é

um elemento essencial para consolidar o Estado de Direito, uma vez que os Conselhos Municipais são entidades que ajudam a administração pública a realizar os objetivos de justiça social.

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5. Comissão Permanente de Processo Administrativo Disciplinar

O Município deve instituir Comissão Permanente de Processo Administrativo Disci-plinar por se tratar de expediente necessário à elucidação de irregularidades no serviço público, à instauração de processo e à aplicação de penas para o infrator.

Dessa forma, o ato de improbidade administrativa praticado por servidor ou agen-te público deve ser rigorosamente apurado e punido conforme o rigor da lei, inclusi-ve com o integral ressarcimento do dano ao cofre público, sem prejuízo das penalida-des cíveis.

5.1. Procedimentos sobre Furto, Roubo, Extravio ou Dano

Os responsáveis pelos bens móveis devem adotar os procedimentos necessários quando da ocorrência de furto, roubo, extravio ou dano de bens sob sua responsabili-dade.

5.1.1. Por furto, Roubo, Extravio ou Dano

a) O responsável pela Unidade deverá comunicar com a maior brevidade possível ao superior imediato. Primeiro, por telefone; depois por CI ou e-mail;

b) Comparecer à Delegacia de Polícia e providenciar Boletim de Ocorrência Poli-cial;

c) Comunicar, no prazo de 48 horas, à Superintendência de Patrimônio e Serviços;d) O Secretário deverá solicitar abertura de sindicância e processo administrativo

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Prefeitura de Cuiabá 72 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

disciplinar, na Procuradoria Geral do Município, através da Corregedoria do Mu-nicípio, para apurar as irregularidades (Art. 162 da Lei 093/2003);

e) Quandooprocessodesindicânciaouprocessoadministrativodisciplinarcon-cluir pela infração ou ilícito civil ou penal, por servidor ou não, que tenha causa-do prejuízo ao erário, deverá a autoridade julgadora encaminhar cópia autenti-cada dos autos à Procuradoria Geral do Município para a propositura da ação de reparação de danos;

f ) Este processo deverá conter, no mínimo: • CópiadoBoletimdeOcorrênciaPolicial;• Pareceredocumentosproduzidospelacomissãodesindicância;• Pronunciamentodaautoridadequedeterminouarealizaçãodoprocedimen-

to investigatório, acolhendo ou não as conclusões da comissão sindicante.

5.1.2. Caracterização da Responsabilidade:

a) Quandohouverfurto,roubo,extraviooudanodebem,emquefiquecaracteriza-da a negligênciado responsável pela sua guarda, a reposição será sempre efetua-da por outro bem (idêntico ou similar àquele extraviado). A baixa somente ocor-rerá após a incorporação do bem reposto, no mesmo processo que originou essa condição;

b) Fica estabelecido que no caso de prejuízo causado em relação ao bem que en-globa o Patrimônio da Prefeitura, por qualquer servidor da unidade, não se admi-tirá a reposição de valores, pois essa forma de ressarcimento acarretará a perda do Ativo Permanente, haja vista que o valor pago em parcelas irreajustáveis não permite a aquisição de um novo bem;

c) O bem a ser reposto será sempre idêntico ao extraviado. Somente quando ficar constatado que o mesmo não existe no mercado, poderá ser aceito um similar, dando preferência à mesma marca;

d) O servidor que tomar conhecimento de fato ou indício de roubo, furto, extravio ou dano, ou ainda uso indevido de bens da Prefeitura, tem o dever de comunicá-lo por escrito, à chefia imediata, sob pena de responder por negligência, omissão ou conivência, sujeitando-se às penalidades da lei;

e) O Secretário, ou equivalente, e o Coordenador Administrativo e o Financeiro são os responsáveis pelos bens lotados na sua unidade e assumem inteira responsa-bilidade pelos bens móveis e equipamentos alocados em sua unidade, conforme estabelece o art. 94 da Lei Federal 4.320/64.

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6. Inconsistências mais Frequentes Detectadas e Anotadas nos Relatórios de Auditorias Externas do Tribunal de Contas do Estado Realizadas nos Municípios de Mato Grosso no Ano-Base de 2005

O Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, através da área técnica, analisou as contas anuais das 141 prefeituras, no ano-base de 2005, e detectou 1.483 irregularida-des, o que corresponde a uma média de 10,52 irregularidades por prefeitura.

OQuadro3mostraasprincipaisirregularidadesdetectadaspeloTCE/MTnoanode2005.

Quadro 3 – Demonstrativo das principais irregularidades detectadas pelo TCE/MT no ano-base de 2005

Item Descrição Quant.

1 Não contabilização ou registro incorreto 165

2 Inexistência/deficiência no controle interno 106

3 Não enviar ou atraso no envio de documentos 92

4 Divergência de informação do LRF cidadão com os balançoss 38

5 Não realizar processo licitatório 37

6 Processo licitatório com irregularidades 33

7 Não aprovação do 1% do PASEP 29

8 Fragmentar objeto para alterar modalidade licitação 22

9 Desacordo no repasse ao legislativo 19

10 Contratar pessoal sem autorização lei municipal 19

11 Contratação de pessoal sem excepcionalidade 19

Estes fatos mostram a necessidade do administrador público de melhorar a quali-dade da gestão. Dessa forma, será indispensável que se ajuste a função administrativa e que esta seja exercida com presteza, para reduzir as inconsistências ao menor índice possível, quando não eliminá-las, nos exercícios subseqüentes.

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Prefeitura de Cuiabá 74 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Licitação1. Licitação sem que houvesse saldo orçamentário, o que contraria o disposto no

inc. III, do parágrafo 2º, do art. 7º da Lei nº 8.666/93, e a infringência a este dispo-sitivo legal implica nulidade dos atos ou contratos, conforme preceitua o pará-grafo 6º do art. já mencionado;

2. A modalidade Convite não obedeceu ao prazo mínimo exigido no inc. IV, do pa-rágrafo 2º, do art. 21 da Lei nº 8.666/93;

3. Houve alteração do Edital de licitação na modalidade Pregão Eletrônico, no de-correr do processo, porém não foi feita a divulgação da alteração através da im-prensa oficial, e também não reabriu prazo inicial, o que contraria o disposto no parágrafo 4º, do art. 21 da Lei nº 8.666/93;

4. Ausência de assinatura dos licitantes na ata de abertura do certame, o que con-traria o disposto no parágrafo 1º. do art. 43 da Lei nº 8.666/93;

5. Realização de despesa excedente à licitação, fato que constitui em fuga de pro-cesso licitatório. A dispensa indevida de licitação é ato de improbidade adminis-trativa disposto no inciso VIII, do art. 10 da Lei Federal 8.429/92;

6. Não localização da Portaria de nomeação da Comissão Permanente de Licitação.

Fracionamento de despesa7. Fracionamento das despesas com compra de material de consumo ou material

permanente para evitar o procedimento licitatório. Valores acima do limite para dispensa de licitação, contrariando o art. 37, inciso XXI, CF;

8. Aquisições diretas e fracionadas de serviços de locação de veículos constituem-se em fuga de processos licitatório.

Contratos9. Ausência de publicação dos extratos dos Contratos;10. Contratos sem assinaturas das testemunhas;11. Contratos sem assinatura do Prefeito e do Secretário Municipal; 12. Não publicação do extrato resumido dos contratos, o que é condição para sua

eficácia, contrariando, assim, o disposto no parágrafo único do art. 61 da Lei nº 8.666/93;

13. Não consta nos contratos a cláusula de vigência, o que contraria o disposto no inciso IV, do art. 55 da Lei nº 8.666/93. Os contratos não estão numerados crono-logicamente, o que contraria o art. 60 da Lei nº 8.666/93;

14. Termo Aditivo de prazo de contrato firmado após o término da vigência do con-trato.

Empenho a posteriori15.Emissão de empenho “a posteriori”, em desacordo com o art. 60 da Lei nº

4.320/64;16. Notas de Empenho com especificações insuficientes, contrariando o art. 61 da

Lei nº 4.320/64.

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6. Inconsistências mais Frequentes Detectadas e Anotadas nos Relatórios de Auditorias Externas do Tribunal de Contas do Estado Realizadas nos Municípios de Mato Grosso no Ano Base de 2005

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Despesa sem finalidade pública17. Aquisições diretas de refeições para confraternização constituem-se em despe-

sas impróprias frente à ausência de comprovação da finalidade pública munici-pal, contrariando o disposto no art. 4º, § 1º, do art. 12 da Lei nº 4.320/64;

18. Houve despesas realizadas com ligações telefônicas, através de celulares, que são impróprias, cabendo ao responsável a devolução do valor questionado;

19. As aquisições diretas de serviços de buffet e coffee break constituem-se despe-sas impróprias frente à ausência de comprovação de finalidade pública munici-pal para autorizar a sua realização, contrariando o disposto no art. 4º c/c o § 1º, do art. 12 da Lei nº 4.320/64;

20. As realizações de despesas com aquisições de passagens aéreas e terrestres são consideradas irregulares frente à ausência de documentos hábeis comprovando as viagens e os respectivos beneficiários, prejudicando, portanto, o cumprimen-to correto do disposto no art. 63 da Lei nº 4.320/64;

21. Houve realização de despesa com propaganda e publicidade de forma irregular frente à ausência de documentos que comprovem a sua correta liquidação, pre-judicando o cumprimento integral do disposto no art. 63 da Lei nº 4.320/64;

22. Despesas com diárias não comprovadas adequadamente, as quais deverão ser res-tituídas aos cofres do Município conforme prevê o art. 9º do Decreto 3.001/94, que regulamenta o dever constitucional de prestação de contas (§ único, art. 70 da CF);

23. Despesa com locação de veículo sem especificar o motivo da locação;24. Ausência de documentos comprobatórios de despesas, contrariando o art. 63,

§§ 1º e 2º, da Lei nº 4.320/64; 25. Despesas sem documentos comprobatórios dos gastos;26. Pagamento efetuado a maior a empresa. O valor pago deve ser ressarcido aos co-

fres públicos municipais;27. Confecção de 15 placas para atender trabalhos da Secretaria, porém sem especi-

ficar a finalidade do objeto. 28. Consumo de combustível e derivados de petróleo sem especificar placas dos ve-

ículos utilizados.

Cotação de preços29. Cotações de preços (propostas): apesar de terem nomes e CNPJs diferentes o en-

dereço das 3 (três) empresas é o mesmo. As propostas estão sem assinaturas. 30. Endereço de cotação de preços divergente do endereço da Nota Fiscal.

Notas fiscais31. Nota Fiscal sem discriminação do objeto da despesa;32. Nota Fiscal sem assinatura do responsável que recebeu os serviços prestados;33. Nota Fiscal sem data de emissão;34. Na proposta, o fornecedor informou que a entrega seria imediata, porém nas no-

tas fiscais consta que as entregas foram realizadas em período fracionado, e os valores não condizem com os preços ofertados.

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Prefeitura de Cuiabá 76 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Informações contábeis35. Os registros contábeis relativos à Dívida Fundada não permitem a individualiza-

ção e controle contábil nos termos dos arts. 88, 93 e 98, parágrafo único, da Lei nº 4.320/64, haja vista que, da confrontação física, via documentos contratuais e controle, não estão rigorosamente em conformidade com os saldos constantes do Balanço Patrimonial;

36. O Balanço Patrimonial, Anexo 14 da Lei nº 4.320/64, não espelha os dados reais, haja vista que não consta registrado o saldo da conta Estoque do Fundo Munici-pal de Saúde;

37. Há diferença entre o contabilizado e o extrato do Fundo de Participação do Mu-nicípio (FPM) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);

38. É necessário registrar na Contabilidade os pagamentos feitos com a amortização do principal, juros e demais encargos, relativo à dívida contraída com instituições financeiras.

39. Efetuar a elaboração do Inventário Físico das Dívidas de Longo Prazo;40. Registrar contabilmente no Patrimônio os bens alienados e doados;41. Não contabilização da baixa dos bens móveis leiloados;42. Pendências na conciliação bancária;43. Divergência entre o total do INSS retido em folha de pagamento e o valor regis-

trado na Demonstração da Dívida Flutuante e no balancete analítico, prejudican-do o registro correto das demonstrações contábeis;

44. Divergência entre o total retido em folha de pagamento do IRRF sobre a remu-neração dos servidores e o demonstrado no balancete analítico, prejudicando o registro correto das demonstrações contábeis.

Créditos orçamentários e especiais45. O Orçamento Municipal não assegurou os Créditos Orçamentários necessários à

quitação dos Precatórios Judiciais, pois somente quando da realização do paga-mento é que o empenho é realizado, contrariando o que dispõe o art. 100, CF e § 7º do art. 30 da Lei 101/00;

46. A abertura de créditos adicionais especiais somente pode acontecer com base em autorização de lei específica, isto é, lei que trate somente da abertura de créditos adicionais especiais e/ou suplementares, conforme o art. 42 da Lei nº 4.320/64 e o inciso V do art. 167 da CF;

47. Ausência de previsão legal para a criação do Fundo Municipal dos Direitos da Mulher;

48. Realização de despesas sem previsão orçamentária.

Prazos legais49. A Lei Orçamentária Anual (LOA) foi encaminhada ao TCE/MT fora do prazo;50. A Prefeitura encaminhou o Plano Plurianual fora do prazo legal, que é 31/12;51. A Prefeitura não encaminhou as informações do APLIC referentes ao orçamento,

contrariando o disposto no artigo 1º da Instrução Normativa nº 02/2005, o que

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6. Inconsistências mais Frequentes Detectadas e Anotadas nos Relatórios de Auditorias Externas do Tribunal de Contas do Estado Realizadas nos Municípios de Mato Grosso no Ano Base de 2005

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sujeita o Sr. Prefeito às sanções impostas pelo artigo 5º da citada Instrução Nor-mativa;

52. O informe LRF Cidadão foi encaminhado fora do prazo estabelecido no inciso V do artigo 4º da Resolução nº 02/2003;

53. Publicar os demonstrativos contábeis, no site da Prefeitura e em jornal de grande circulação no Município nos termos dos artigos 48 e 49 da LRF.

Inventário Físico Financeiro54. A Prefeitura não realizou no exercício de 2006 o inventário físico-financeiro

dos bens móveis e imóveis, o que contraria o disposto no artigo 96 da Lei nº 4.320/64;

55. Ausência de Termos de Responsabilidade pela guarda e conservação dos bens patrimoniais;

56. Implantar o controle de estoque informatizado de Almoxarifado.

Pessoal57. Preenchimento de vagas acima do limite autorizado pelo Plano de Cargos, Car-

reiras e Salários (PCCS) da Prefeitura;58. Ingresso de funcionários no quadro de pessoal, na modalidade contratados, rea-

lizado de forma irregular, uma vez que não houve lei autorizando essas contrata-ções, nem caracterização da excepcionalidade, descumprindo o art. 37, IX, da CF;

59. Contratação de estagiários pela Prefeitura sem respaldo legal;60. Número de DAS sem previsão legal, descumprindo o princípio da legalidade dis-

posto no caput do art. 37 da CF.

Apropriação Indébita61. Não foi comprovado o recolhimento do INSS sobre serviço de terceiros, fato que

caracteriza apropriação indébita, contrariando o art. 168-A do Código Penal, acrescido pelo art. 1º da Lei 9.983/00;

62. Não apropriação a favor do PASEP do limite estabelecido no inciso III do art. 8 da Lei 9.715/98.

CDC – Crédito Direto ao Cliente63. Empréstimos irregulares contraídos em nome dos servidores nos exercícios an-

teriores. Não houve nenhum controle sobre os valores pagos no exercício que demonstrasse qual parte seria referente ao principal e qual seria referente aos ju-ros e outros custos da dívida.

Diárias64. Relatório de Viagem sem data, impedindo a verificação do cumprimento do pra-

zo para apresentação do respectivo relatório.

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Prefeitura de Cuiabá 78 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Infração de trânsito65. O pagamento de infrações de trânsito para o DETRAN/MT caracteriza despesa

imprópria frente à desobediência ao princípio da legalidade, contrariando o dis-posto no caput do art. 37 da CF e, ainda, o disposto no art. 4º, c/c § 1º, do art. 12 da Lei nº 4.320/64;

Convênios66. Houve transferência de recursos vinculados a convênios/programas para a conta

única da Prefeitura, contrariando o parágrafo único do art. 8º da LRF.

Controle de veículos67. Adquirir ou desenvolver sistema (software) de gerenciamento e controle dos ve-

ículos para administrar a frota e centralizar o controle em uma gerência para es-ses fins.

As evidências mostram que os agentes públicos devem trabalhar no sentido de me-lhorar a qualidade da administração. Os atos administrativos só podem ganhar execu-ção sob o manto da legalidade. Sob a luz da eficácia plena. Noutra situação, perde sua validade e os agentes passam a realizar atos de improbidade contra o patrimônio, su-jeitando-se às penalidades da lei.

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT

7.1. Agentes Políticos

Acórdãos nº 1.549/2006, 675/2003 e 955/2002 • AgentePolítico.Previdência.Vere-ador. Vinculação previdenciária ao RGPS, salvo se vinculado a regime próprio. O vereador é considerado segurado obrigatório da Previdência Social, vinculado ao Regime Geral de Previdência Social, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social.

Acórdão nº 1.783/2003 • AgentePolítico.Previdência.Vereador.ContribuiçãoaoRGPS em relação a cada atividade exercida, observando-se o teto. Os vereadores de-vem contribuir, proporcionalmente, em relação a cada atividade remunerada exercida, e que esteja sujeita ao regime geral de Previdência Social, com base no seu respecti-vo salário de contribuição mensal. A Câmara Municipal se equipara à empresa definida pelo artigo 15 da Lei nº 8.212/1991 e é contribuinte do RGPS, devendo recolher as con-tribuições (20%) que lhe são devidas sobre o total das remunerações pagas aos verea-dores no exercício de seu cargo eletivo. Estes são segurados obrigatórios em relação a cada atividade que exercem, conforme o § 2º do artigo 12 da Lei nº 8.212/1991, salvo se o vereador já contribuir com o valor máximo.

Acórdão nº 329/2005 • Agentepolítico.Previdência.Vereador.Decisãoliminar.Sus-pensão da contribuição previdenciária de vereadores. Efeito exclusivo entre as partes. A decisão liminar que suspende a contribuição previdenciária dos vereadores do manda-to anterior, obtida em ação de mandado de segurança individual, só alcança as partes nomeadas no processo e não atinge, de forma automática, os novos vereadores.

Acórdão nº 25/2005 • AgentePolítico.Subsídio.Fixação.Obrigaçãodeconstitui-ção em parcela única. A fixação do subsídio deve ser em parcela única, vedado o acrés-

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Prefeitura de Cuiabá 80 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

cimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou ou-tra espécie remuneratória (§4º do artigo 39 da CF).

Acórdãos nº 25/2005 e 1.654/2001 • AgentePolítico.Subsídio.Fixação.Teto–Sub-sídio dos ministros do STF. Nos Municípios – Subsídio do prefeito municipal. Os subsí-dios não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Nos municípios, deve-se aplicar como limite o subsídio do prefeito.

Acórdão nº 2.108/2005 • Agentepolítico.Subsídio.Vereador.Fixação.Necessidadede fixação mediante lei. Com base no princípio constitucional da autonomia dos Pode-res (artigos 2º e 51 da CF), o Poder Legislativo pode dispor, por Resolução, sobre sua or-ganização, funcionamento, polícia, criação, transformação, criação ou extinção dos car-gos, empregos e funções. É obrigatória, entretanto, a elaboração de lei, de sua iniciati-va, para fixação da respectiva remuneração.

Acórdão nº 1.577/2005 • Agentepolítico.Subsídio.Vereador.Fixação.Basepo-pulacional tomada em função da informação demográfica do IBGE. Para fins de en-quadramento do subsídio máximo dos vereadores, previsto no inciso VI do arti-go 29 da Constituição Federal, deve-se adotar, como parâmetro, a informação de-mográfica apresentada pela Fundação IBGE, pertencente à Administração Pública Indireta Federal, criada especialmente com essa finalidade. A informação forneci-da pelo IBGE é considerada oficial e utilizada para o cálculo dos Índices de Partici-pação dos Municípios do Estado de Mato Grosso nos produtos da arrecadação do ICMS, FPM e FPE.

Acórdão nº 25/2005 • AgentePolítico.Subsídio.Vereador.Fixação.Limite.Limita-ção ao subsídio dos Deputados Estaduais. O subsídio dos vereadores será fixado com observância a limite máximo, apurado a partir da incidência de percentuais variáveis em função do número de habitantes, sobre o subsídio dos deputados estaduais que, por sua vez, também está limitado a 75% do subsídio dos deputados federais.

Acórdãos nº 30/2004 e 940/2002 • AgentePolítico.Subsídio.Vereador.Fixação.Li-mite. Possibilidade de fixação por valor inferior ao limite. Os limites estabelecidos para a fixação dos subsídios dos vereadores são tetos, sendo lícita a fixação de valor inferior.

Acórdãos nº 25/2005 e 1.724/2001 • Agentepolítico.Subsídio.Vereador.Fixação.Presidente da Câmara. Possibilidade de estabelecimento de valor diferenciado. Para o presidente de Câmara Municipal há possibilidade de pagamento de subsídio diferen-ciado, embutida a retribuição a título de indenização pelo desempenho da função, des-de que previsto no ato fixatório.

Acórdão nº 328/2005 • Agentepolítico.Subsídio.Vereador.Fixação.Manutençãoda lei anterior, em caso de não-fixação. O subsídio dos vereadores deverá ser fixado em

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 81

cadalegislaturaparaaseguinte.Quandoissonãoocorrer,éválidaaleiquefixouosub-sídio para a legislatura anterior.

Acórdãos nº 25/2005, 558/2004, 680/2003, 582/2003, 2.380/2002 e 1.081/2002 •Agente político. Subsídio. Reajustamento. Possibilidade exclusiva mediante a revisão geral anual. Vedação à concessão de aumentos que não representem atualização da moeda. É assegurada aos vereadores a revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices, nos exatos termos do inciso X do artigo 37 da Constituição Federal. Os aumentos reais ou adequação de valores percebidos por determinada ca-tegoria de servidores, ou ainda, as majorações verificadas em razão da reestruturação de Plano de Cargos e Carreiras e as realizadas em razão de mandamento constitucio-nal, não devem ser repassados ou estendidos aos vereadores em razão do princípio da irreversibilidade.

Acórdãos nº 30/2004 e 746/2003 • Agentepolítico.Subsídio.Vereador.Reajusta-mento. Vedação à vinculação ao subsídio do deputado estadual. É inconstitucional a previsão de indexação automática da remuneração dos vereadores mediante vincula-ção automática ao subsídio dos deputados estaduais.

Acórdão nº 484/2003 • Agentepolítico.Subsídio.Vereador.Pessoalidade.Vedaçãoà destinação para outras finalidades. É vedada a destinação do subsídio que os verea-dores têm direito no período de recesso parlamentar para o papagamento de outras despesas.Osubsídioéprovenientedo“munus”público,sendo,portanto,pessoalein-transferível, constituindo direito adquirido ante as leis existentes no Município e que devem permanecer inalteradas até o final da legislatura.

Acórdãos nº 3.007/2006, 476/2006, 452/2006, 25/2005 e 1.724/2003 • Agentepolítico. Prefeito, vice-prefeito e vereador. 13º salário e férias. Vedação à concessão. É vedada a concessão de 13º salário e remuneração de férias a prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, por ausência de autorização constitucional, que não prevê concessão de tais direitos a detentores de cargo eletivo.

Acórdão nº 1.563/2001 • Agentepolítico.SecretárioMunicipal.13ºsalárioeférias.Direito à concessão, independentemente de regulação em lei local. O direito a 13º salá-rio e remuneração de férias dos secretários municipais decorre do texto constitucional, não dependendo de regulação em lei local.

Acórdãos nº 3.007/2006, 476/2006, 452/2006, 2.101/2005, 837/2004, 30/2003, 1.724/2001 e 1.660/2001 • Agentepolítico;SecretárioMunicipal;13ºsalárioeférias– Direito à concessão. Revisão da remuneração – possibilidade, observando-se critérios aplicáveis aos servidores. Aos secretários municipais são devidos os direitos assegura-dos a servidores ocupantes de cargos públicos, todos elencados no §3º do artigo 39 da Constituição Federal. Por analogia, para a alteração dos seus subsídios deverão ser ob-

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Prefeitura de Cuiabá 82 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

servados os mesmos critérios estabelecidos para a alteração da remuneração dos ser-vidores públicos, especialmente a regra emanada (inciso X do artigo 37 da Constitui-ção Federal).

Acórdão nº 589/2002 • Agentepolítico.Vereador.Acumulaçãodecargos,empre-gos e funções. Opção salarial. Vedação ao rateio do subsídio, caso excluído na opção. É legítima a opção salarial do vereador, em situação de acúmulo de cargo público, quan-do não houver compatibilidade de horários, de acordo com os incisos II e III do artigo 38 da Constituição Federal. Caso a opção seja pela remuneração do cargo público, fica vedado o rateio do valor correspondente ao subsídio do cargo eletivo entre os demais vereadores, pois a remuneração do vereador é proveniente do exercício do cargo, sen-do, portanto, pessoal e intransferível.

Acórdãos nº 1.156/2006 e 1.401/2005 • Agentepolítico.Acumulaçãoremuneradade cargos, empregos e funções. Vereador. Possibilidade de acumulação de outro cargo público, atendidas as condições. Ao vereador não é permitido exercer simultaneamen-te outro cargo, emprego ou função pública, inclusos os que sejam demissíveis por livre vontade da administração e o proveniente de contrato temporário. O exercício simul-tâneo de cargos com acumulação de remuneração é permitido no caso de posse em concurso público, ainda que em outro Poder, desde que haja compatibilidade de horá-rios. Não havendo essa compatibilidade, deverá o vereador ser afastado do cargo efe-tivo, sendo-lhe facultado optar por uma das remunerações. Outra hipótese excepcio-nal refere-se à nomeação de vereador para o cargo de secretário municipal. Nesse caso, será licenciado do mandato eletivo. Desta forma, o vereador não poderá ser contratado temporariamente para exercer o cargo de professor da rede pública de ensino.

Acórdão nº 1.134/2005 • AgentePolítico.Acumulaçãoremuneradadecargos,em-pregos e funções. Vice-prefeito e Secretário Municipal. Possibilidade de acumulação, opção pela remuneração. O vice-prefeito pode ser nomeado para a função de secretá-rio municipal, desde que opte por uma das remunerações.

Acórdão nº 1.598/2005 • Agentepolítico.Vereador.Suplente.Convocaçãoquandoiniciado o período de concessão, pelo regime previdenciário, do benefício de auxílio-doença ao titular do mandato. É cabível a imediata convocação do suplente de verea-dor quando iniciado o período de concessão, pelo regime previdenciário, do benefício de auxílio-doença ao titular do mandato. O subsídio do vereador suplente convocado para a substituição deverá ser pago com recursos da Câmara Municipal e integrará os gastos com folha de pagamento para todos os efeitos legais.

Acórdão nº 2.293/2002 • Agentepolítico.Vereador.Faltaàssessões.Necessidadede normatização pela Câmara Municipal. O Regimento Interno da Câmara deverá nor-matizar matéria relativa às faltas dos vereadores às sessões plenárias, estabelecendo to-dos os critérios a serem observados.

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 83

Acórdão n° 291/2007 • AgentePolítico.Vereador.Indenização.SessãoExtraordiná-ria. Vedação ao pagamento após o advento da EC n° 50/2006. O texto da Emenda Cons-titucional n° 50, de 14/02/2006, possui eficácia plena, ou seja, tem aplicação imediata e não é possível de ser restringida. Desta forma, é vedado o pagamento de indenização aos vereadores por participação em sessões extraordinárias, sendo consideradas taci-tamente revogadas as normas municipais que disponham em contrário, preservando-se os direitos adquiridos.

Acórdão nº 1.393/2005 • Agentepolítico.Diária.Possibilidadedaconcessão.Opa-gamento de diárias, como verba indenizatória para atender a despesas extraordinárias realizadas no interesse do poder público, pode ser estendido a agentes políticos muni-cipais mediante a existência de legislação municipal específica e disponibilidade orça-mentária e financeira, em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Acórdão nº 868/2003 • Agentepolítico.Adiantamento.Vedaçãoàconcessãoaosvereadores. Os adiantamentos só podem ser concedidos a servidores públicos, em con-formidade com o artigo 68 da Lei nº 4.320/1964. É vedada, portanto, a realização de adiantamentos para vereadores.

7.2. Contabilidade e Prestação de Contas

Acórdão nº 455/2002 • Contabilidade.Escritacontábile financeira.Possibilidadede registro informatizado. A escrita contábil e financeira poderá ser realizada através de sistema informatizado, desde que mantenha os dados necessários ao controle.

Acórdão nº 2.414/2002 • Contabilidade.Rendimentosnegativosdeaplicaçõesnomercado financeiro. Contabilização. A contabilidade deve tratar os fenômenos econô-micos decorrentes de aplicações no mercado financeiro da seguinte forma:

1. A aplicação dos recursos não tem efeito orçamentário, apenas financeiro, pois não se trata de programa de governo;

2. Os rendimentos obtidos deverão ser classificados orçamentariamente como receita patrimonial na classificação 1321.00.00 – Juros de Título de Renda. O acréscimo de receita deve ser destinado à aplicação em programas de gover-no;

3. As eventuais perdas deverão ser classificadas orçamentariamente como despesa 3390.93 – Indenizações e Restituições, pois se trata de redução dos recursos arre-cadados pela ação do responsável por estes;

4. A classificação da perda como despesa poderá ser evitada, desde que se tenha uma receita de aplicações suficiente para dedução das eventuais perdas, como se uma anulação dos rendimentos anteriores.

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Prefeitura de Cuiabá 84 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Acórdão nº 976/2006 • Contabilidade.Salário-Família,Salário-MaternidadeeAuxí-lio-Doença. Pagamento, compensação e contabilização. Deverão ser observadas as se-guintes regras relativas aos benefícios do Salário-Família, Salário-Maternidade e Auxí-lio-Doença:

1. QuandooSalário-Família,Salário-MaternidadeeAuxílio-Doençaforembenefí-cios assegurados pelo RPPS – Regime Próprio de Previdência Social:a) o servidor receberá o benefício diretamente da entidade empregadora;b) a entidade empregadora compensará o dispêndio quando do recolhimento

das obrigações junto ao RPPS; ec) o RPPS empenhará, liquidará e pagará (compensação) a despesa correspon-

dente na execução de seu próprio orçamento.2. QuandooSalário-Família,Salário-MaternidadeeAuxílio-Doençanãoforembe-

nefícios assegurados pelo RPPS:a) o servidor receberá diretamente da entidade empregadora; eb) o empenho, liquidação e pagamento deverão ocorrer na execução do orça-

mento da entidade empregadora. Do valor referente às contribuições pre-videnciárias dos servidores, consignadas na entidade empregadora com o RPPS, será deduzido o valor do benefício pago/concedido, e o valor apurado será recolhido ao RPPS através de guia de recolhimento.

Acórdão n° 558/2007 • Contabilidade.Despesa.Pessoal.ObservânciaàsregrasdaPortaria Interministerial n° 163/2001 e alterações posteriores. As despesas com remu-neração de pessoas físicas na administração pública devem ser contabilizadas, confor-me o caso, nas seguintes dotações:

3.1.90.04 – Contratação por tempo determinado;3.1.90.11 – Vencimentos e vantagens fixas – Pessoa civil;3.3.90.36 – Outros serviços de terceiros – Pessoa física.

Acórdão nº 745/2003 • Contabilidade.Convênio.Empenho.Classificaçãoatéoní-vel de elemento de despesa. As despesas de convênio não poderão ser classificadas apenas até o nível de categoria econômica da despesa. Devem ser registradas no míni-mo até o nível de elemento de despesa, conforme prescreve a Portaria Interministerial nº 163/2001 e alterações posteriores.

Acórdão nº 2.577/2006 • Contabilidade,orçamentoefiscalização.FundaçãoPúbli-ca. Observância às regras da administração pública. As Fundações instituídas pelo po-der público, com natureza jurídica de direito público ou privado:

1. Serão fiscalizadas pelos Tribunais de Contas, com base no disposto no inciso II do artigo 71 da Constituição Federal de 1988, uma vez que compõem a administra-ção pública indireta;

2. Terão seu orçamento integrado ao do ente federativo correspondente; e3. Ainda que de natureza jurídica privada, devem aplicar as regras da contabilidade

governamental, considerando que essas não exercem atividade econômica.

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 85

Decisão Administrativa nº 16/2005 • Prestaçãodecontas.BalançoGeral.Apresen-tação de balanço consolidado e individualizado. As prefeituras municipais, ao apresen-tarem suas contas anuais ao Tribunal de Contas, devem enviar tanto o balanço indivi-dualizado quanto o consolidado (artigo 50, LRF).

Acórdão nº 369/2006 • Prestaçãodecontas.Balançogeral.Consolidação.Ausênciadas informações da Câmara. Elaboração do demonstrativo individualizado relativo ao Poder Executivo e adoção das providências para consolidação. Em cumprimento à or-demconstitucionalcontidano§3ºdoartigo31daConstituiçãoFederal,eno“caput”do artigo 209 da Constituição Estadual, o Poder Executivo deverá disponibilizar suas demonstraçõescontábeisindividualizadas.Quandoforimpossívelconsolidarosregis-tros contábeis das demais entidades, todas as contas dos Poderes serão consolidadas mesmo fora do prazo, cabendo ao Chefe do Poder Executivo solicitar a interferência do Ministério Público para exigir o envio das contas ao Poder Executivo. Esse procedimen-to atende ao Princípio da Continuidade e aos Princípios Contábeis aplicáveis à Admi-nistração Pública.

Acórdão nº 477/2005 • Prestaçãodecontas.Transiçãodemandato.Resoluçãonº05/2004, TCE-MT. Obrigatoriedade de emissão de parecer técnico conclusivo. O des-cumprimento dos artigos 1º, 2º, 3º e 4º da Resolução TCE-MT nº 05/2004, por parte de prefeito em fim de mandato, não exime o sucessor da responsabilidade de cumprir a de-terminação inserida no inciso II do artigo 6º, que trata da nomeação de Comissão Técni-ca para emissão do parecer conclusivo a que se refere o artigo 7º da citada Resolução.

Acórdão nº 480/2003 • Prestaçãodecontas.Prazodeapresentação.Grevedosser-vidores. Comunicação ao TCE-MT para aplicação do princípio da razoabilidade. Os pra-zos para remessa dos documentos, relatórios e informações ao Tribunal de Contas, es-tabelecidos no Regimento Interno e em demais normas do TCE-MT, deverão ser cum-pridos pelos gestores públicos. Recomenda-se que, havendo greve dos servidores de forma a comprometer o envio de documentos no prazo, o fato seja comunicado ao TCE-MT, a fim de possibilitar a aplicação do princípio da razoabilidade.

Acórdão nº 27/2005 • Prestaçãodecontas.Despesa.Aplicaçãoderecursospúbli-cos por entidades privadas. Controle externo pelo TCE-MT. Além de subvenções, auxí-lios e convênios, o Tribunal analisa os instrumentos da atualidade, tais como contratos de gestão, termos de parcerias e outros semelhantes destinados a formalizar a utiliza-ção dos recursos públicos pelos órgãos e entidades públicas e privadas.

Acórdão nº 219/2005 • Prestaçãodecontas.Conselho.Conselhotutelar.Possibili-dade de repasse de recursos, independentemente de convênio. Necessidade de pres-tação de contas ao Poder Executivo. As transferências de recursos ao Conselho Tutelar têm como finalidade o auxílio financeiro aos organismos beneficiários para a presta-ção de serviços essenciais de assistência social. Trata-se de subvenção social concedida

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Prefeitura de Cuiabá 86 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

pelo Poder Executivo municipal, devendo observar os artigos 16 e 17 da Lei nº 4.320/64 e o § 2º do artigo 26 da Lei de Responsabilidade Fiscal, inclusive quanto à previsão na LDO e LOA. A transferência desses recursos ao Conselho Tutelar deve ser feita median-te movimentação bancária, sem a necessidade de celebração de convênio. O Conse-lho Tutelar será gestor dos recursos financeiros, competindo-lhe, a posteriori, efetuar a prestação de contas da sua aplicação ao Poder Executivo municipal, que exerce o con-trole interno, conforme o inciso II do artigo 74 da Constituição Federal.

7.3. Despesas

Acórdão nº 2.370/2002 • Despesa.Adiantamento.Concessão.DecretoEstadualnº20/99. Possibilidade de depósito em conta bancária do beneficiário. Os numerários re-ferentes aos adiantamentos podem ser concedidos aos servidores da Administração Pública Estadual mediante depósito em conta corrente do destinatário, obedecidas as formalidades previstas no Decreto Estadual nº 20/1999.

Acórdão nº 2.619/2006 • Despesa.Adiantamento.Realizaçãodedespesasquenãopossam se subordinar ao processo normal de aplicação. Contabilização. Prestação de Contas. O regime de adiantamento é aplicável somente para realização de despesas que não possam se subordinar ao processo normal de aplicação, nelas não se inserindo as despesas necessárias para a continuidade das atividades da administração pública. As despesas realizadas por meio de adiantamento serão contabilizadas na dotação es-pecífica (material de consumo ou serviços). Na prestação de contas deverão constar os documentos e comprovantes exigidos no instrumento que regulamenta a sua conces-são no âmbito da administração.

Acórdão nº 1.579/2005 • Despesa.Aparelhocelular.Discricionariedade.Possibili-dade de aquisição e utilização por agentes públicos, desde que para atender à finalida-de pública. A aquisição de aparelhos telefônicos celulares por instituição pública para uso dos agentes públicos está na esfera do poder discricionário do administrador. Ve-rificada a legalidade e a finalidade pública da despesa, deve-se avaliar o custo/benefí-cio para a instituição pública. Essa avaliação e controle devem ser feitos pelo órgão de controle interno.

Acórdão n° 983/2001 • Despesa.Veículoparticular.Vedaçãoàutilizaçãoemanu-tenção pela administração. É vedada a utilização de veículo particular a serviço da ad-ministração, bem como o pagamento de despesas com a sua manutenção, combustí-veis, impostos ou outros, com recursos públicos.

Acórdão nº 663/2006 • Despesa. Assistência social. Passagens. Possibilidade deconcessão, atendidas as condições. A concessão de passagens a pessoas físicas só é

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 87

permitida se houver autorização em lei específica, previsão no orçamento ou em cré-ditos adicionais. Deve, ainda, atender às exigências da Lei de Diretrizes Orçamentárias e às determinações dos artigos 165 da Constituição Federal e 4º da Lei de Responsabi-lidade Fiscal.

Acórdãos nº 2.619/2006, 2.160/2006, 938/2004 e 1.281/2001 • Despesa.Custeiode gastos de outros entes da Federação. Município. Possibilidade de contribuição, ob-servados os requisitos. Em se tratando de indispensável atendimento da necessidade pública municipal, e não existindo outra possibilidade, pode o Município contribuir para o custeio de despesas de outro ente da Federação, desde que observadas as re-gras do artigo 62 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Acórdão nº 1.783/2003 • Despesa.Diária.Observânciadecritériosparaestabele-cimento do valor. Formalização da prestação de contas. O valor das diárias deverá ser compatível com os gastos diários com alimentação, pousada e locomoção urbana, po-dendo ser estipulados valores diferenciados, variáveis em função do cargo que ocupa o servidor, da localidade ou outros critérios definidos na municipalidade. Os documen-tos relativos à prestação de contas deverão ser exigidos no instrumento legal que re-gulamenta a concessão de diárias, com a finalidade, basicamente, de se comprovar o deslocamento, a quantidade de dias e sua necessidade. Devem compor a prestação de contas: relatório de viagem, bilhetes de passagem, comprovantes de participação em cursos, treinamentos, além da solicitação fundamentada, autorização pelo ordenador, notas de empenho e liquidação, comprovante de recebimento dos valores pelo servi-dor, bem como da sua devolução, quando for o caso. A municipalidade poderá reque-rer outros documentos.

Acórdão nº 1.394/2005 • Despesa.Diária.PoderLegislativo.Possibilidadedeesta-belecimento de valores próprios para o Poder. Com base na interpretação harmônica dos artigos 2º, 18, 29 e 30 da Constituição Federal, o Legislativo Municipal não está obri-gado a vincular os valores de diárias aos do Executivo, salvo se previsto em lei. A conces-são deve ser disciplinada em legislação específica, com observância da disponibilida-de orçamentária e financeira, em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Acórdão n° 816/2007 • Despesa.Diária.PoderLegislativo.AgentePolítico.Verea-dor. Impossibilidade de pagamento para deslocamento dentro do Município. A con-cessão de diárias tem como objetivo cobrir despesas de alimentação, estada e locomo-ção de agente público que se deslocar da sede da repartição para exercer as atribuições inerentes ao cargo ocupado em outro Município. Assim, considera-se ilegal a concessão de diárias para indenizar vereador que reside em local distante da sede do Município para participar das sessões da Câmara Municipal, sob pena de glosa.

Acórdão nº 496/2001 • Despesa.Emolumentospelo registrocivildenascimentoe pelo assento de óbito. Vedação à realização de despesa desta natureza. É ilegal, por-

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Prefeitura de Cuiabá 88 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

tanto, suscetível de devolução, o pagamento pelo poder público de emolumentos pelo registro civil de nascimento e pelo assento de óbito pelos Ofícios de Registro Civil, por constituírem-se serviços gratuitos, na forma da Lei Federal nº 9.534/97. São legais as despesas feitas pelo poder público nos serviços itinerantes de registro civil de nasci-mento, instituídos pelo Tribunal de Justiça do Estado, a título de cooperação, em con-formidade com o disposto no artigo 7º da mesma lei.

Decisão Administrativa nº 16/2005 • Despesa.PASEP.Recolhimentopelaspesso-as jurídicas de direito público interno. Todas as pessoas jurídicas de direito público in-terno são contribuintes para a formação do Pasep, com valor correspondente a 1% das receitas correntes arrecadadas, das transferências correntes e de capital recebidas (Lei nº 9.715/1998).

Acórdão n° 815/2007 • Despesa.Multasdetrânsito.Responsabilidadedocondu-tor. As multas de trânsito aplicadas a veículos públicos são de responsabilidade do con-dutor. Se, em razão da inadimplência do devedor e do princípio da continuidade do serviço público, a administração for compelida a pagá-la, deverá, em ato contínuo, mo-ver ação de ressarcimento em desfavor do condutor, a fim de resguardar o erário, sob pena de imposição de glosa.

Acórdão n° 558/2007 • Despesa.ContribuiçõesaoINSS.Multasporatraso.Apura-ção de responsabilidades. O administrador público tem o dever de cumprir os prazos de pagamento de suas obrigações, inclusive as previdenciárias. Caso configurada situ-ação de atraso no recolhimento das contribuições, o pagamento deverá ser feito pela administração paralelamente à adoção de providências para a apuração de responsa-bilidades e ressarcimento do erário, sob pena de glosa.

Acórdão nº 1.067/2005 • Despesa.Índios.Possibilidadederealizaçãodedespesaspara atendimento das comunidades. A prestação de contas de despesas efetuadas em prol das populações indígenas pelo respectivo Poder Executivo deve ser feita de acordo com o que dispõe a Constituição Federal, a Lei Orgânica e o Regimento Interno do TCE-MT. Cabe à União, aos Estados e aos Municípios, no limite de suas competências, esten-der a toda comunidade indígena os benefícios da legislação comum.

Acórdãos nº 25/2005, 940/2003, 1.134/2001 e 650/2001 • Despesa. Limite. Po-der Legislativo. Município. Folha de pagamento. Observância a limite estabelecido com base em percentual da receita. Inclusão de gastos com inativos e pensionistas. A Câma-ra não pode gastar mais de 70% de sua receita com folha de pagamento, incluídos nes-se percentual os subsídios dos vereadores e proventos de inativos e pensionistas.

Acórdãos nº 1.752/2002 e 586/2002 • Despesa.Limite.Município.PoderLegisla-tivo. Folha de pagamento. Contribuições patronais previdenciárias. Inclusão no cálcu-lo.Quaisquerencargossociaisderesponsabilidadedaadministração,nacondiçãode

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 89

empregadora, serão computados no limite máximo de 70% de sua receita para gastos com folha de pagamento do Poder Legislativo Municipal, estabelecido pelo § 1º do ar-tigo 29-A da Constituição Federal.

Acórdão nº 963/2002 • Despesa.Limite.PoderLegislativo.Município.Folhadepa-gamento. Adequação ao limite. Adoção das medidas cabíveis. O § 1º do artigo 29-A da Constituição Federal estabelece que o Poder Legislativo Municipal não pode gastar mais de 70% de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com os subsí-dios dos vereadores. Para cumprir o limite fixado, o presidente da Câmara deverá ado-tar os procedimentos estabelecidos nos incisos I e II do § 3º do artigo 169 da Constitui-ção Federal, que dispõem sobre a redução em pelo menos 20% das despesas com car-gos em comissão e funções de confiança e exoneração dos servidores não estáveis, res-pectivamente.

Acórdãos nº 185/2005 e 650/2001 • Despesa. Limite. Poder Legislativo.Municí-pio. Gasto total. Observância à regra constitucional. Exclusão dos gastos com inativos e pensionistas.

O total das despesas do Poder Legislativo Municipal não poderá ultrapassar os per-centuais estabelecidos no artigo 29-A, incidentes sobre o somatório das receitas tri-butárias e das transferências previstas no § 5º do artigo 153 e nos artigos 158 e 159 da Constituição Federal, efetivamente realizado no exercício anterior. Assim como os gas-tos com inativos, também aqueles correspondentes a pagamento de pensionistas não se incluem nesse limite, por não se submeterem ao controle gerencial do ordenador.

Acórdão nº 319/2005 • Despesa.Limite.PoderLegislativo.Município.Gastototal.Inclusão da totalidade das verbas transferidas no limite instituído pelo artigo 29-A da CF. A transferência de quaisquer valores ao Poder Legislativo pelo Poder Executivo (ex-cetuados os gastos com inativos) deverá integrar o limite instituído pelo artigo 29-A da Constituição Federal.

Acórdãos nº 946/2004 e 1.771/2001 • Despesa.Limite.PoderLegislativo.Municí-pio. Gasto total. Composição da base de cálculo, conforme artigo 29-A, Constituição Fe-deral. A base de cálculo para o repasse ao Poder Legislativo deve ser aquela estabeleci-da pelo artigo 29-A da Constituição Federal, ou seja, o somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5º do artigo 153 e nos artigos 158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior.

Acórdãos nº 113/2004, 1.009/2003, 297/2002, 1.771/2001, 650/2001 e 297/2001 • Despesa.Limite.PoderLegislativo.Município.Gastototal.Basedecálculo.Aplicação do percentual de repasse estabelecido no artigo 29-A, CF.Para a apuração do valor máximo a ser repassado ao Poder Legislativo Municipal deverão ser aplicados os percentuais máximos previstos nos incisos I a IV do artigo 29-A da Constituição Fede-ral, variáveis em função da população do Município, sobre o somatório das receitas tri-

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Prefeitura de Cuiabá 90 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

butárias e das transferências previstas no § 5º do artigo 153 e nos artigos 158 e 159 da Constituição Federal.

Acórdão nº 868/2003 • Despesa.Limite.PoderLegislativo.Município.Gastototal.Base de cálculo. Composição da base de cálculo por receitas efetivamente arrecadadas no exercício anterior. A base de cálculo para o orçamento do Poder Legislativo será a re-ceita efetivamente arrecadada até o momento da elaboração do projeto mais a proje-ção da arrecadação dos meses subseqüentes, pois, para efeito de verificação do cum-primento do limite para a despesa total do Poder Legislativo Municipal, será considera-da a receita efetivamente arrecadada do exercício anterior.

Acórdãos nº 965/2002 e 1.308/2001 • Despesa.Limite.PoderLegislativo.Municí-pio. Gasto total. Base de cálculo. Município recém-emancipado. Consideração das recei-tas arrecadadas no respectivo período. No caso de municípios recém-emancipados, a receita-base para efeito de repasse ao Poder Legislativo Municipal, no primeiro exercí-cio, será o valor fixado no orçamento para o respectivo período.

Acórdãos nº 113/2004, 1.009/2003, 825/2003, 32/2003, 1.238/2002, 1.773/2001, 1.771/2001, 1.645/2001 • Despesa.Limite.PoderLegislativo.Município.Gastototal.Apuração da base de cálculo pelo valor bruto das receitas, exceto FPM, deduzido o re-dutor. O percentual correspondente ao repasse financeiro para o Poder Legislativo inci-dirá sobre o somatório das receitas tributárias e das transferências previstas no § 5º do artigo 153 e nos artigos 158 e 159 da Constituição Federal, efetivamente arrecadadas no exercício anterior. A incidência será pelo seu valor bruto, exceto o Fundo de Partici-pação dos Municípios – FPM, do qual deverá ser descontado o redutor que trata a Lei Complementar nº 91, de 22 de dezembro de 1997.

Acórdão nº 1.238/2002 • Despesa.Limite.PoderLegislativo.Município.Gastototal.Apuração da base de cálculo pelo valor bruto das receitas, sem dedução da contribui-ção Fundef. As receitas sobre as quais incidem a retenção do Fundef deverão ser consi-deradas pelo seu valor bruto na apuração da base de cálculo do repasse financeiro ao Poder Legislativo Municipal.

Acórdãos nº 1.009/2003, 903/2003, 901/2003, 868/2003, 825/2003, 1.645/2001 e 1.581/2001 • Despesa. Limite.PoderLegislativo.Município.Gasto total.Receita-base de cálculo. Não-inclusão da receita proveniente do Fundef. A receita provenien-te de transferências do Estado para o Município, relativa ao Fundef, não compõe a base de cálculo do repasse ao Poder Legislativo Municipal por não representar recei-ta tributária nem transferência constitucional prevista no artigo 29-A da Constitui-ção Federal.

Acórdão nº 543/2006 • Despesa.Limite.PoderLegislativo.Município.Gastototal.Receita. Composição da base de cálculo. As receitas tributárias e transferências que ser-

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 91

vem de base de cálculo para repasse de duodécimo à Câmara Municipal, em consonân-cia com o mandamento constitucional, são:

1. Receitas tributárias:• Impostos:IPTu,ITBI,ISSQN,IRRF;• Taxas;• ContribuiçãodeMelhoria;• ReceitadaDívidaAtivaTributária;• Jurosemultasdareceitatributária;• Jurosemultasdareceitadadívidaativatributária.

2. Receitas de transferências:• Transferênciasdaunião:FPM,ITR,IOFs/ouro,ICMS desoneração das exportações, CIDE• TransferênciasdoEstado:ICMS,IPVA,IPI,exportação.

Acórdão nº 868/2003 • Despesa.Limite.PoderLegislativo.Município.Gastototal.Receita-base de cálculo. Não-inclusão dos créditos tributários a receber. Os créditos a receber relativos a tributos ainda inscritos não fazem parte da base de cálculo do repas-se ao Poder Legislativo.

Acórdão nº 543/2006 • Despesa. Limite. Poder Legislativo. Município. Gasto to-tal. Receita-base de cálculo. Não-inclusão da CIP. A contribuição de iluminação públi-ca (CIP) tem destinação específica, sendo facultado aos Municípios e ao Distrito Federal instituí-la para custear as despesas com o serviço de iluminação pública, não podendo, pois, integrar a base de cálculo para o limite de despesa total da Câmara Municipal pre-vista no artigo 29-A da Constituição Federal.

Acórdão nº 942/2003 • Despesa.Limite.PoderLegislativo.Município.Gastototal.Receita-base de cálculo. Não-inclusão da receita proveniente de multas de trânsito. As receitas provenientes de multas de trânsito não fazem parte da base de cálculo do re-passe ao Poder Legislativo, pois não são classificadas como receitas tributárias.

Acórdãos nº 2.107/2005, 942/2003, 903/2003, 901/2003 e 868/2003 • Despesa.Limite. Poder Legislativo. Município. Gasto total. Receita-base de cálculo. Não-inclusão da receita proveniente de fornecimento de água. A receita proveniente do fornecimen-to de água não compõe a base de cálculo do repasse financeiro ao Poder Legislativo, por não ser classificada como receita tributária. Trata-se de receita de serviços.

Acórdão nº 2.107/2005 • Despesa.Limite.PoderLegislativo.Município.Gastototal.Receita-base de cálculo. Não-inclusão das receitas provenientes da CFEM e do forneci-mento de água. A CFEM – Compensação Financeira de Extração Mineral – e as receitas oriundas do fornecimento de água mineral municipal não integram a base de cálculo

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Prefeitura de Cuiabá 92 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

do duodécimo ao Poder Legislativo. A primeira é receita patrimonial e, a segunda, re-ceita de serviços.

Acórdão nº 965/2002 • Despesa.Limite.PoderLegislativo.Município.Gastototal.Fixação. Possibilidade de estabelecimento de valor inferior ao limite constitucional. Os percentuais fixados pelos incisos do artigo 29-A da Constituição Federal constituem li-mites que não deverão ser ultrapassados, não significando autorização para gastos des-necessários por parte do Legislativo Municipal. Os valores fixados para os repasses po-derão, inclusive, ser inferiores aos limites estabelecidos no referido artigo constitucio-nal, desde que suficientes para custear a manutenção dos serviços da Câmara.

Acórdãos nº 2.618/2006 e 2.617/2006 • Despesa.Limite.PoderLegislativo.Municí-pio. Gasto total. Fixação. Necessidade de adequação orçamentária ao limite constitucional.

A proposta orçamentária deve ser elaborada com previsão de repasse ao Legislativo Municipal em conformidade com os limites a que se referem os incisos I a IV do artigo 29-A da Constituição Federal. Caso a Lei Orçamentária do Município tenha fixado, para repasse ao Poder Legislativo, valor superior a tais limites, o Poder Executivo deverá pro-ceder a devida adequação, na forma do mandamento constitucional.

Acórdão nº 1.785/2001. • Despesa.Limite.PoderLegislativo.Município.Gastoto-tal. Impossibilidade de aumentar o orçamento com base em receita arrecadada no exer-cício. Caso o orçamento da Câmara Municipal tenha sido subestimado a ponto de invia-bilizar o seu funcionamento normal, poderá haver suplementação, desde que não ex-ceda o limite constitucional. A ocorrência de aumento de arrecadação durante o exer-cício não autoriza o aumento do valor do duodécimo fixado no orçamento, pois a base para o repasse é composta de receitas efetivamente arrecadadas no exercício anterior.

Acórdão nº 2.987/2006 • Despesa.Limite.PoderLegislativo.Município.Gastoto-tal. Possibilidade de aumento ou redução do orçamento em execução, observado o li-mite constitucional. O orçamento da Câmara Municipal poderá ser alterado durante a sua execução, tanto para mais quanto para menos. O aumento poderá ocorrer nas situ-ações em que o valor fixado inicialmente no orçamento seja inferior ao limite constitu-cional e em quantidade comprovadamente insuficiente para atender às necessidades da Câmara Municipal. A redução deverá ocorrer obrigatoriamente quando o valor fixa-do no orçamento for superior ao limite constitucional.

Acórdão nº 1.771/2001 • Despesa.Limite.PoderLegislativo.Município.Gastototal.Repasse do Executivo. Obrigatoriedade de observância às regras constitucionais, sob pena de crime de responsabilidade. Os incisos I e III do § 2º do artigo 29-A da Constitui-ção Federal estabelecem como crime de responsabilidade do prefeito municipal a rea-lização de repasse ao Poder Legislativo em valores que superam os limites definidos no “caput”doartigo29-A.Damesmaforma,écrimeefetuarrepassesemvalormenoraoestabelecido na Lei Orçamentária.

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 93

Acórdão nº 1.819/2002 • Despesa.Limite.PoderLegislativo.Município.Gastoto-tal. Repasse do Executivo. Obrigatoriedade de repasse. O prefeito municipal não pode deixar de transferir ao Poder Legislativo o repasse devido, pois se trata de uma garantia constitucional. Em caso de descumprimento do dispositivo, a Câmara deverá recorrer ao Judiciário, através de Mandado de Segurança, para resguardar o seu direito.

Acórdão nº 254/2007 • ReexameparcialdoAcórdãon°542/2004.Despesa.Limite.Poder Legislativo. Município. Gasto total. Repasse do Executivo. Obrigatoriedade de de-volução do saldo financeiro. Não-afetação da base de cálculo do limite com folha de pa-gamento. Havendo sobra de recurso financeiro, depois de atendidas todas as despesas, a Câmara deverá efetuar a devolução ao Poder Executivo, dentro do exercício financeiro em que ocorrer. A contabilização da devolução da sobra deverá ocorrer nas contas re-ferentes à movimentação financeira, bem como no sistema de tesouraria – conta ban-co, conforme estabelecido no artigo 2º da Portaria STN nº 519/2001 e Portaria STN nº 163/2001. A operação efetuada não provocará efeito na base de cálculo das despesas com folha de pagamento, uma vez que a Constituição Federal estabelece que o limite máxi-mo de 70% para gastos com folha de pagamento do Poder Legislativo Municipal incide sobre a sua receita, correspondente ao valor transferido pelo Executivo, sem dedução.

Acórdãos nº 25/2005, 940/2003 e 582/2003 • Despesa.Limite.PoderLegislativo.Município. Total do subsídio dos vereadores. Observância a limite fixado com base em percentual da receita total do município. O total da despesa com remuneração dos ve-readores não poderá ultrapassar o limite de 5% da receita total do município.

Acórdão nº 2.379/2002 • Despesa.Limite.Despesacompessoal.Apuração.Ado-ção do regime de competência para as despesas. A apuração da despesa total com pes-soal será feita pelo regime de competência. Assim, a despesa será atribuída ao mês em que o serviço foi prestado, gerando a obrigação, independentemente do pagamento. Se a remuneração dos servidores relativa ao trabalho prestado no mês de maio for paga apenas em junho ou julho, ainda assim a despesa será atribuída ao mês de maio.

Acórdão nº 582/2003 • Despesa.Limite.Despesacompessoal.PoderLegislativo.Município. Observância a limite fixado com base em percentual da RCL. O total da des-pesa com pessoal, em cada período de apuração, não poderá exceder, no Poder Legis-lativo Municipal, a 6% da RCL – receita corrente líquida do Município.

Acórdãos nº 868/2003 e 940/2002 • Despesa.Limite.Despesacompessoal.PoderLegislativo. Município. Adequação ao limite. Possibilidade de pagamento de subsídio ao vereador por valor inferior ao fixado em lei. É lícito ao vereador receber subsídio me-nor que o fixado na Lei Municipal para não ultrapassar os limites de gastos com pessoal fixados na Constituição. Na hipótese de ocorrer recebimento a maior, a diferença deve-rá ser devolvida aos cofres do Município.

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Prefeitura de Cuiabá 94 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Acórdão nº 13/2003 • Despesa. Limite. Despesa com pessoal. Poder Legislativo.Município. Adequação ao limite. Possibilidade de redução do subsídio dos vereadores. Se, depois da adequação dos gastos com pessoal, persistir excesso em relação aos limi-tadores legais, poderá haver redução no subsídio dos vereadores.

Acórdão nº 449/2006 • Despesa. Limite.DespesacomPessoal.Defensoriapúbli-ca. Autonomia. Inclusão no limite de gastos imposto ao Poder Executivo Estadual até publicação de norma específica. Conforme estabelece a Emenda Constitucional nº 45/2004, a iniciativa orçamentária da Defensoria Pública do Estado está a cargo da pró-pria instituição, resguardando assim sua autonomia e independência, previstas no arti-go 178 do seu Regimento Interno. Enquanto não for alterada a Lei de Responsabilida-de Fiscal, dispondo sobre os limites de gastos com pessoal específico da Defensoria Pú-blica, tais gastos devem ser considerados nos limites estabelecidos para o Poder Exe-cutivo Estadual.

Acórdão nº 1.784/2006 • Despesa.Limite.Despesacompessoal.Contrataçãotem-porária. Inclusão no limite. Os gastos com contratação temporária de pessoal são consi-derados no cômputo dos gastos com pessoal estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal e não poderão ser aumentados nos 180 dias que antecederem ao final do mandato.

Acórdão n° 1.134/2001 • Despesa.Limite.Despesacompessoal.Substituiçãodemão-de-obra. Assessorias jurídica e contábil. Inclusão no limite. As despesas relativas à contratação de assessorias jurídica e contábil para substituição de mão-de-obra ou prestação de serviços de caráter continuado e com subordinação integram o cálculo das despesas com pessoal para efeito de apuração do cumprimento do limite estabele-cido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Acórdão n° 1.134/2001 • Despesa.Limite.Despesacompessoal.Encargossociais.Inclusãonolimite.Quaisquerencargossociaisderesponsabilidadedaadministração,na condição de empregadora, serão computados no limite máximo de gastos com pes-soal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Acórdão nº 1.312/2006 • Despesa.Limite.Despesacompessoal.Mão-de-obrater-ceirizada. Saúde. Inclusão no limite. Considera-se como gasto com pessoal as despesas com mão-de-obra das empresas terceirizadoras de serviço público, nas atividades de saúde, prestados em regime de complementação, com base no § 1° do artigo 18 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Essa interpretação da referida norma legal é feita à luz da Constituição Federal brasileira que prestigia o referido regime.

Acórdãos nº 3.181/2006 e 790/2006 • Despesa.Limite.Despesacompessoal.IRRF.Inclusão do valor da folha de pagamento bruta no limite de gastos. Os valores referen-tes ao Imposto de Renda Retido na Fonte, incidente sobre a folha de pagamento de pessoal,constituem-sedespesacompessoal,nostermosdo“caput”doartigo18daLei

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 95

de Responsabilidade Fiscal, e devem ser considerados na apuração da Receita Corren-te Líquida.

Acórdão nº 272/2002 • Despesa.Limite.Despesacompessoal.Encargossociais.In-clusão no limite de gastos. As obrigações patronais entram no cômputo total dos gas-tos com pessoal, conforme dispõe o artigo 18, caput, da Lei de Responsabilidade Fis-cal.

Acórdão nº 2.379/2002 • Despesa.Limite.Despesacompessoal.Inclusãodegas-tos de natureza remuneratória. As despesas com pessoal compreendem aquelas de ca-ráter remuneratório, não se incluindo as de natureza indenizatória. Assim, as despesas com vale-transporte e vale-refeição, quando pagas com regularidade ao servidor, se-rão enquadradas no limite de gasto com pessoal da Lei de Responsabilidade Fiscal por constituírem vantagem pessoal do servidor.

Acórdão nº 2.379/2002 • Despesa.Limite.DespesacomPessoal.Inativos.Inclusãono limite de gastos quando custeados pelo Tesouro Municipal. Os gastos com inativos, quando custeados unicamente pelo Tesouro Municipal, serão considerados na apura-ção do total de gastos com pessoal do Legislativo Municipal, para efeito de verificação de cumprimento dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, conforme determinação explícita do artigo 18 da referida Lei.

Acórdão nº 727/2005 • Despesa.Limite.Despesacompessoal.Adequaçãoaolimi-te. Adoção das medidas cabíveis. Caso a despesa total com pessoal do Poder ou órgão ultrapasse os limites definidos no artigo 20 da Lei de Responsabilidade Fiscal, o percen-tual excedente deverá ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sem prejuízo das medidas previstas no artigo 22. Pelo menos um terço do excedente deverá ser eli-minado já no primeiro quadrimestre seguinte, adotando-se, também, as providências previstas nos §§ 3º e 4º do artigo 169 da Constituição Federal. Outras medidas poderão ser adotadas visando o ajuste da despesa total com pessoal, dentre as quais o aumento da arrecadação de receitas próprias.

Acórdão nº 1.828/2005 • Despesa.Pessoal.Remuneração.Adiantamentosalarial.Vedação à antecipação. A concessão de adiantamento salarial é inconstitucional e fere norma infraconstitucional orçamentária inserta no artigo 62 e inciso III do § 2º do arti-go 63 da Lei nº 4.320/1964.

Acórdão nº 24/2005 • Despesa.Pessoal.Remuneração.13ºsalário.Pagamentode-vido pelo regime previdenciário proporcional ao período de recebimento de benefício previdenciário. Os segurados que receberam benefícios da previdência social por perío-do de 30 a 120 dias deverão receber, pela Previdência Municipal, o 13º salário proporcio-nal ao período da correspondente licença. Antes de efetivar os pagamentos de tais be-nefícios, devese verificar se o beneficiário é, de fato, segurado do Instituto de Previdên-

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Prefeitura de Cuiabá 96 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

cia, conforme disposto no artigo 5º da Lei nº 9.717/98, no artigo 18 da Lei nº 8.213/91 e nos artigos 120 e 255 do Regulamento da Previdência Social – Decreto nº 3.048/99.

Acórdão nº 135/2006 • Despesa.Pessoal.Licença-prêmio.Possibilidadedeconver-são em pecúnia. É possível a conversão de Licença-prêmio em pecúnia, mediante a existência de lei autorizativa, comprovada disponibilidade orçamentário/financeira do órgão e observância da ordem cronológica dos pedidos.

Acórdão nº 542/2006 • Despesa.Pessoal.Subsídio.Agentepolítico.Falecimentodevereador. Obrigatoriedade de pagamento do subsídio devido até a data do falecimento aos sucessores. No caso de morte do vereador durante o exercício do mandato, consti-tui-se em obrigação do Poder Legislativo Municipal o pagamento, aos dependentes, do valor referente ao subsídio devido até a data do falecimento do vereador, quando cessa a prestação de serviços. Os familiares do parlamentar falecido deverão pleitear o bene-fício-pensão junto ao regime previdenciário ao qual estava vinculado.

Acórdão nº 877/2005 • Despesa.Subvenção.Planodesaúdedeservidores–MT-Saúde. Detran/MT. Vedação à subvenção. Ônus exclusivo dos servidores beneficiários. O Detran-MT não pode dar subvenção ou subsidiar o plano de saúde – MT-Saúde, já que a Lei Complementar nº 127/2003 não menciona contribuição proveniente de au-tarquias ou fundações. Sendo assim, não haverá ônus financeiro a cargo de tais entida-des, mas apenas aos servidores beneficiários.

Acórdão n° 299/2007 • Despesa.Limite.Dívidapública.ClassificaçãodeIrregulari-dades TCE. Grave. Há limites globais para o montante da dívida pública consolidada e respectivas amortizações e contratações, por parte dos Estados, Distrito Federal e Mu-nicípios, os quais foram fixados pelo Senado Federal através das Resoluções n° 40/2001 e 43/2001. A observância ao disposto nas referidas normas será considerada para efeito de classificação da irregularidade descrita em Resolução do TCE-MT.

Acórdãos nº 1.998/2002 e 1.838/2002 • Despesa.Parcelamento.Débitoprevidenci-ário. Poder Legislativo. Compensação no repasse do duodécimo. Cabe ao Poder Execu-tivo fazer a compensação do valor que lhe é retido do Fundo de Participação dos Muni-cípios (FPM), relativo à dívida confessada pela Câmara Municipal. A compensação é feita através da dedução da parcela retida sobre o repasse do duodécimo, já que a prefeitura é apenas agente intermediário na contratação da dívida. Ao Poder Legislativo cabem as demais providências, devendo efetuar, inclusive, os registros contábeis necessários.

Acórdão nº 183/2005 • Despesa.RestosaPagar.Inscrição.Asdespesasempenha-das que não foram liquidadas e/ou pagas dentro do exercício financeiro devem ser ins-critas em Restos a Pagar para pagamento no exercício seguinte. Decisão Administrativa nº 16/2005. Despesa. Restos a pagar. Artigo 42, Lei de Responsabilidade Fiscal. Abran-gência. Disponibilidade financeira.

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 97

1. A vedação imposta pelo artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal abrange to-dos os titulares do Poder Executivo, incluídos a respectiva Administração Direta, Fundos, Autarquias, Fundações e empresas estatais dependentes, do Poder Le-gislativo, do Poder Judiciário, dos Tribunais de Contas e Ministério Público;

2. O artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal obriga a quitação ou a disponibili-dade financeira suficiente para pagamento das obrigações de despesas contraí-das nos dois últimos quadrimestres e liquidadas até o final do mandato;

3. A disponibilidade de caixa prevista no parágrafo único do artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal é apurada levando-se em consideração a vinculação dos recursos, através de fluxo de caixa, devendo demonstrar, inclusive, os valores de receita a ingressar até 31/12, bem como os encargos e despesas a serem pagos até o final do exercício.

Acórdão nº 789/2006 • Despesa.Restosapagar.Artigo42,LeideResponsabilida-de Fiscal. Obras cuja execução ultrapassa o exercício. Obrigação de pagamento das par-celas liquidadas no exercício. Apuração da disponibilidade financeira considerando-se a vinculação dos recursos. A interpretação do artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fis-cal, especialmente em relação a regras de contratação de obras cuja execução ultrapas-se o exercício em curso, é:

1. A vedação do artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal abrange os titulares dos Poderes Executivo (incluídas as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes), do Legislativo e Judici-ário, dos Tribunais de Contas e Ministério Público.

2. O artigo 42 não veda o empenho de despesas contraídas em período anterior aos dois últimos quadrimestres, mas, sim, a realização de novos compromissos, nos dois últimos quadrimestres, por meio de contratos, ajustes ou outras formas de contratação, sem que haja disponibilidade de caixa suficiente para seu paga-mento.

3. O artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal obriga o pagamento ou a existên-cia de disponibilidade financeira suficiente para pagamento das parcelas empe-nhadas e liquidadas no exercício, correspondentes às obrigações de despesas contraídas nos dois últimos quadrimestres do mandato. Demais parcelas a serem liquidadas em exercício(s) seguinte(s) deverão ser empenhadas e pagas com re-cursos consignados nos orçamentos respectivos.

4. Dentre as condições para que o titular do Poder ou órgão assuma obrigação de despesa a partir de maio até dezembro do seu último ano de mandato está a comprovação prévia de disponibilidade financeira para pagamento. Essa verifi-cação prévia pode ser realizada por meio de fluxo de caixa, levando em conside-ração, inclusive, os valores a ingressar nos cofres públicos, bem como os encar-gos e as despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.

5. Na apuração da disponibilidade financeira é necessário considerar a vinculação dos recursos, a exemplo dos provenientes de convênios, Fundef e reservas pre-videnciárias, de aplicação exclusiva em finalidades previstas na legislação, e, por

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Prefeitura de Cuiabá 98 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

essa razão, não podem ser considerados disponíveis para despesas de natureza diversa.

Acórdãos nº 1.510/2002, 1.508/2002 e 451/2002 • Despesa.Restosapagar.Arti-go 42, Lei de Responsabilidade Fiscal. Folha de pagamento. Obrigação de pagamento. O pagamento de pessoal não se enquadra no artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fis-cal por não se tratar de despesa contraída nos últimos dois quadrimestres do mandato. Essa obrigação é contraída no ato de admissão e efetivo exercício do servidor, classifi-cada em despesa líquida e certa, devendo ter prioridade o seu pagamento, ainda que inscrita em Restos a Pagar.

Acórdão nº 1.422/2004 • Despesa.Restosapagar.Artigo42,LeideResponsabili-dade Fiscal. Disponibilidade financeira para pagamento. Aplicação do regime de caixa para a receita. O município não poderá deixar despesas inscritas em restos a pagar, ale-gando receita futura, pertencente a orçamento de outro exercício.

Acórdão nº 587/2002 • Despesa.Restosapagar.Artigo42,LeideResponsabilida-de Fiscal. Aplicabilidade a partir do exercício de 2000. A disposição sobre Restos a Pa-gar do Artigo 42 diz respeito a uma regra de final de mandato e, no caso das Prefeituras, aplicou-se a partir do exercício de 2000.

Acórdãos nº 1.508/2002, 587/2002, 223/2002 e 131/2002 • Despesa.Restosapa-gar. Artigo 42, Lei de Responsabilidade Fiscal. Descumprimento. Novo gestor. Reco-mendação de instauração de processo administrativo. Recomenda-se ao administra-dor a instauração de processo administrativo para apurar responsabilidade do seu an-tecessor quanto ao descumprimento do disposto no artigo 42 da Lei de Responsabili-dade Fiscal, dando ciência ao Ministério Público para as providências cabíveis, sob pena de responder por conivência.

Acórdãos nº 817/2006, 740/2005, 1.508/2002, 1.307/2002 e 131/2002 • Despe-sa. Restos a pagar. Novo gestor. Obrigação de pagamento, atendidas as condições. Em respeito ao princípio da continuidade da administração pública, as dívidas assumidas pelo município são de responsabilidade deste, independentemente do gestor que a contraiu. Sendo assim, o novo gestor é responsável pelo pagamento de débitos dei-xados pelo seu antecessor, desde que legítimos, sob pena de incorrer em crime de im-probidade administrativa. Para tanto, deverão ser observados, no mínimo, os seguin-tes requisitos:

a) proceder a levantamento circunstanciado das dívidas inscritas ou não em Restos a Pagar, podendo-se nomear comissão para a apuração da liquidez e certeza, se necessário;

b) cumprir o que estabelece o § 2º do artigo 63 da Lei nº 4.320/1964;c) observar a ordem cronológica para pagamento dos credores, conforme determi-

na o artigo 5º da Lei n° 8.666/1993;

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 99

d) existindo despesa liquidada sem a correspondente disponibilidade financeira, propor ação judicial de reparação de danos junto ao Ministério Público.

Acórdão nº 861/2002 • Despesa.Restosapagar. Ilegitimidadedadespesa.Possi-bilidade de baixa mediante comprovação. Se ficar comprovado que a despesa inscrita em Restos a Pagar não configura direito adquirido do credor (decorrente da entrega de bens ou materiais ou pela efetiva prestação de serviço), o setor competente pode dar baixa dessas despesas, registrando-as nos demonstrativos contábeis correspondentes.

Acórdãos nº 481/2005 e 587/2002 • Despesa.RestosaPagar.Novogestor.Neces-sidade de adequação do orçamento. Não havendo no orçamento vigente dotação or-çamentária própria para atender às despesas de exercícios anteriores, o chefe do Poder Executivo deverá solicitar autorização legislativa (Lei específica) e realizar a abertura de Crédito Adicional Especial à conta de Despesas de Exercícios Anteriores (Elemento de Despesa 3.1.9.2).

Acórdão n° 817/2007 • Despesa.Verbaindenizatória.DefensoriaPública.Possibili-dade de acumulação com ajuda de custo para despesa de transporte e mudança. Dian-te da legislação em vigor, é possível a cumulação de verba indenizatória e ajuda de cus-to para despesa de transporte e mudança para os membros da Defensoria Pública, des-de que observados os critérios e requisitos dispostos na legislação específica da carreira.

Acórdão nº 1.761/2006 • Despesa.Verbaindenizatória.PoderLegislativo.Custeiode gastos no exercício do mandato. Possibilidade de instituição. É constitucional o pa-gamento de verba indenizatória a parlamentares, destinada ao custeio de gastos efe-tivamente realizados durante o exercício do mandato, observado o limite constitucio-nal para despesas da Câmara Municipal. Verba indenizatória não pode ser confundida com verba para o custeio de despesas do gabinete, sendo essa vedada pelo ordena-mento jurídico.

Acórdãos nº 868/2003, 968/2002 e 1.277/2001 • Despesa.VerbadeGabinete.Po-der Legislativo. Vedação à instituição. É ilegal a constituição de verba de gabinete nas Câmaras Municipais, sendo de responsabilidade dos ordenadores de despesas o supri-mento de materiais de consumo e serviços de terceiros, de maneira global, e não desti-nar verba aos vereadores, descaracterizando, inclusive, a função do agente político.

Acórdão nº 1.783/2003 • Despesa.Provisionamento.13ºsalário.Possibilidadedere-serva mensal orçamentária e financeira. É possível proceder, mensalmente, ao provisio-namento orçamentário e financeiro para o pagamento das despesas com 13º salário.

Acórdãos nº 964/2006 e 458/2006 • Despesa.Reservadeplaca.Discricionarieda-de. Possibilidade de realização, implementadas as condições. A realização de despesa com reserva de placa de veículos é considerada legítima, desde que necessária e im-

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Prefeitura de Cuiabá 100 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

prescindível para atendimento de interesse público. A avaliação dessa necessidade e imprescindibilidade não poderá se distanciar dos princípios da razoabilidade e propor-cionalidade, sob pena de tornar a despesa ilegítima.

Acórdão n° 263/2007 • Despesa.Sentençasjudiciais.PrevisãonaLOA.Registronosistema contábil e financeiro. Permanência da obrigatoriedade do cumprimento de li-mites constitucionais. A lei orçamentária anual deve prever recursos para pagamento de valores decorrentes de sentenças judiciais. O registro contábil dessas despesas no sistema financeiro deverá ser feito pelo valor constante da decisão judicial a débito da conta“despesaempenhada”eacréditodaconta“caixa/banco”eaespecificaçãodades-pesa deve ser de acordo com a Portaria Interministerial n° 163/STN/SOF/2001 e altera-ções posteriores. Independentemente do seqüestro ou bloqueio de recursos, todos os percentuais constitucionais devem ser observados rigorosamente, a exemplo dos limi-tes de gastos com educação e saúde, sob pena de intervenção no município.

Acórdão nº 1.783/2003 • Despesa. Controle interno. Poder Legislativo. Ordena-mento, delegação, assinatura e responsabilidade de acordo com os critérios. O ordena-dor de despesas da Câmara é o presidente, que poderá, por delegação formal, estender essa atribuição aos secretários. Não há necessidade de assinatura conjunta nas notas de empenho do presidente da Câmara e de outro ordenador de despesa, exceto se hou-ver previsão na legislação municipal. A delegação, no entanto, não exime o presidente da co-responsabilidade pelos atos cometidos por aqueles a quem ele atribuiu a compe-tência de ordenamento de despesas.

Acórdão nº 1.783/2003 • Despesa.Controleinterno.Obrigatoriedadedesegrega-ção de funções. Dentro do sistema de controle interno de cada órgão, uma mesma pes-soa não pode ter acesso aos ativos e aos registros contábeis. Deve haver separação de funções. A competência para assinatura de cheques e outros documentos financeiros deverá ser atribuída a, no mínimo, duas pessoas.

7.4. Educação

Decisão Administrativa nº 16/2005 • Educação.Limite.Artigo212,CF.Possibilida-de de aplicação em qualquer nível, desde que atendidas as condições. Os Estados e Mu-nicípios podem aplicar os recursos mínimos estabelecidos pelo artigo 212 da Constitui-ção Federal em qualquer nível de ensino, desde que atendidos os demais limites cons-titucionais relativos ao ensino.

Acórdãos n° 3.181/2006 e 1.098/2004 e Decisão Administrativa nº 16/2005 • Edu-cação. Limite. Artigo 212, CF. Base de cálculo. IRRF. Não-inclusão na base de cálculo. A receita proveniente do Imposto de Renda Retido na Fonte não deve ser considerada na

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 101

base de cálculo dos percentuais constitucionais de aplicação mínima na manutenção e desenvolvimento do ensino público e em ações e serviços públicos de saúde.

Decisão Administrativa nº 16/2005 • Educação.Limite.Artigo212,CF.Basedecál-culo. CIDE. Não-inclusão na base de cálculo. As receitas provenientes da CIDE – Contri-buição de Intervenção no Domínio Econômico – não integram a receita-base para apli-cação no ensino e na saúde.

Decisão Administrativa nº 16/2005 • Educação.Limite.Artigo212,CF.Basedecál-culo. Multas e juros de impostos. Inclusão na base de cálculo. As receitas provenientes das multas e juros por atraso no pagamento de impostos integram a receita-base para aplicação no ensino e na saúde.

Decisão Administrativa nº 16/2005 • Educação.Limite.Artigo212,CF.Basedecál-culo. IOF s/ ouro. Inclusão na base de cálculo. As receitas provenientes do IOF sobre o ouro integram a base de cálculo para aplicação no ensino, mas não integram a base de cálculo para aplicação na saúde.

Acórdão nº 2.337/2006 • Educação.Limite.Artigo212,CF.BasedeCálculo.Bensimóveis entregues por dação em pagamento de dívida ativa tributária. Receita tribu-tária e base de cálculo para saúde e ensino. O recebimento de bens imóveis entregues por dação em pagamento de dívida ativa tributária gera receita resultante de impostos. Portanto, integrará a base de cálculo para educação e saúde, pois as regras constitucio-nais e legais vinculam a aplicação dos recursos provenientes das receitas tributárias re-sultantes de impostos nessas duas áreas.

Decisão Administrativa nº 16/2005 • Educação. Limite. Artigo 212, CF. Despesa.Apuração pela despesa liquidada. Para efeito de verificação do cumprimento das obri-gações constitucionais, as despesas com ensino e saúde são consideradas após a sua regular liquidação, devendo haver disponibilidade de caixa suficiente para pagamento daquelas inscritas em restos a pagar processados.

Decisão Administrativa nº 16/2005 • Educação.Limite.Artigo212,CF.Despesa.Ina-tivos e pensionistas. Inclusão na base de cálculo quando custeada com recursos do Te-souro. As despesas relativas ao pagamento de inativos e pensionistas custeadas com re-cursos do Tesouro devem ser computadas como despesas com manutenção e desenvol-vimento do ensino e com ações e serviços públicos de saúde, conforme sua origem.

Acórdão nº 1.512/2002 • Educação.Limite.Artigo212,CF.Despesa.Obrigaçõespa-tronais. Inclusão no limite de gastos com manutenção e desenvolvimento do ensino. Os encargos com a folha do pessoal da Educação – docentes e demais servidores – são considerados como despesa de manutenção e desenvolvimento do ensino, pois são decorrentes da atividade educacional.

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Prefeitura de Cuiabá 102 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Acórdão nº 1.341/2003 • Educação.Limite.Artigo212,CF.Despesa.Transportees-colar. Inclusão no limite de gasto com manutenção e desenvolvimento do ensino, ob-servada a condição. O município pode custear despesas com transporte escolar, utili-zando-se dos recursos destinados pelo artigo 212 da Constituição da República ao en-sino público, desde que respeitados os limites legais.

Acórdão nº 520/2005 • Educação.Limite.Artigo212,CF.Despesa.uniformeEscolar.Inclusão no limite de gasto com manutenção e desenvolvimento do ensino. A despe-sa com uniforme escolar é considerada manutenção e desenvolvimento do ensino, por caracterizar despesa inerente à atividade educacional. O artigo 7º da Lei nº 9.424/1996 ampara esse tipo de atendimento a alunos comprovadamente carentes, precedido por lei municipal que estabeleça a obrigatoriedade do uso de uniforme escolar na rede mu-nicipal de ensino. No uniforme escolar não devem constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal, em observância ao princípio da impessoalidade previsto no artigo 37 da Constituição Federal, devendo, ainda, estar em harmonia com o disposto na Lei Federal nº 8.907/1994.

Acórdão nº 684/2004 • Educação.Limite.Artigo212,CF.Despesa.Ensinoinfantil.Creches e pré-escolas. Manutenção e conservação. Inclusão no limite constitucional, artigo 212. As despesas com a educação infantil em creches e pré-escolas, de respon-sabilidade do município, estarão incluídas no cálculo do percentual mínimo estabele-cido no artigo 212 da Constituição Federal, por se tratar de recursos destinados à ma-nutenção e desenvolvimento do ensino, devendo ser contabilizadas na Secretaria Mu-nicipal de Educação.

Acórdão nº 454/2006 • Educação.EnsinoFundamental.Fundef.Manutençãodosrecursos em conta bancária única. O caput do artigo 3º, e seu § 1º, da Lei nº 9.424/1996, determina que os recursos do Fundef sejam repassados, de forma automática pela União, para contas únicas e específicas dos municípios vinculadas ao Fundo e instituí-das para esse fim. Portanto, não há permissão legal para creditar esses recursos em con-tas distintas, a fim de fazer a separação dos 60% e 40% do Fundef. O controle desses gastos deverá ser feito contabilmente.

Acórdão n° 1.433/2001 • Educação.EnsinoFundamental.Fundef.Manutençãodosrecursos exclusivamente em agência do Banco do Brasil. Os recursos do Fundef deve-rão ser movimentados, inclusive para pagamento do pessoal, em agência do Banco do Brasil. Caso não exista agência do referido banco no município, os recursos deverão ser movimentados na filial mais próxima.

Acórdão nº 1.309/2002 • Educação.EnsinoFundamental.Fundef.Capacitaçãodeprofessores leigos. Impossibilidade de contratação de novos professores leigos. O mu-nicípio, através de instituições de nível superior, reconhecidas pelo MEC e credenciadas para validar os cursos necessários à habilitação para o magistério, deverá financiá-los

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 103

até que sejam capacitados todos os professores leigos existentes no seu quadro de pes-soal à época da edição da Lei 9.394/96. No prazo de 5 anos da publicação dessa lei, os gastos correspondentes poderão ser custeados com os recursos integrantes da parcela de 60% do Fundef. Após esse período, não se justifica a contratação de professores lei-gos para o exercício do magistério.

Acórdão nº 1.512/2002 • Educação.EnsinoFundamental.Fundef.Contribuiçãoàformação do Fundo. Inclusão nos gastos com manutenção e desenvolvimento do en-sino. A contribuição compulsória para o Fundef é considerada como gasto na educa-ção, especificamente no ensino fundamental fazendo parte do percentual mínimo que deve ser aplicado pelos municípios na manutenção e desenvolvimento do ensino, con-forme dispõe o artigo 212 da Constituição Federal.

Acórdão nº 1.837/2002 • Educação.EnsinoFundamental.Fundef.Despesas40%.Aplicação dos recursos em despesas autorizadas no artigo 70 da LDB. Os gastos da par-cela de 40% da receita do Fundef devem ocorrer em conformidade com o disposto no artigo 70 da Lei 9.394/1996. Assim, poderão ser realizadas despesas com remuneração e encargos dos servidores administrativos das escolas de ensino fundamental, aquisi-ção de materiais de consumo pedagógico, móveis e equipamentos, construção, am-pliação, reforma e manutenção de unidades escolares, transporte escolar, levantamen-tos estatísticos, estudos e pesquisas voltados à melhoria e expansão do ensino funda-mental. Também podem ser concedidas bolsas de estudo a alunos do ensino funda-mental, quando não houver vagas ou cursos suficientes na rede municipal de domicílio do educando, nos termos do § 1º do artigo 213 da Constituição Federal e da lei autori-zativa, dentre outras que possam se enquadrar nos incisos I a VIII do artigo 70 da LDB.

Acórdão nº 1.607/2002 • Educação.EnsinoFundamental.Fundef.Aplicaçãodosre-cursos na manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental. Os recursos do Fun-def devem ser empregados exclusivamente na manutenção e desenvolvimento do en-sino fundamental, e, particularmente, na valorização do magistério.

Acórdão nº 2.103/2005 • Educação.EnsinoFundamental.Fundef.Obrigatoriedadede disponibilização das informações ao SINTEP. A Administração Pública deve disponi-bilizar as informações relacionadas à educação solicitadas pelo Sintep – Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público, em atendimento ao princípio da publicidade, pois a entidade tem legitimidade para proceder à indagação.

Acórdão nº 1.837/2002 • Educação.EnsinoFundamental.Fundef.Profissionaisdomagistério. Definição. Consideram-se profissionais do Magistério aqueles que exercem atividades de docência e os que oferecem suporte pedagógico direto a tais atividades, incluídas as de direção ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional.

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Prefeitura de Cuiabá 104 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Acórdão nº 530/2005 • Educação.EnsinoFundamental.Fundef40%.Coordenado-res das modalidades desportivas. Possibilidade de remuneração com recursos do Fun-def 40%.

É permitida a utilização dos recursos do Fundef para pagamento de salário aos ocu-pantes dos cargos de coordenadores das modalidades desportivas, desde que os con-tratados exerçam as atividades no Ensino Fundamental Público, em atendimento dire-to aos alunos. O pagamento deve ser efetuado com os 40% restantes dos recursos do Fundo, respeitando assim o limite mínimo de 60% para remuneração do Magistério, em atendimento à previsão dos artigos 2º e 7º da Lei nº 9.424/96.

Acórdão nº 881/2005 • Educação.EnsinoFundamental.Fundef40%.Custeio.Pos-sibilidade do atendimento a alunos do ensino fundamental em aldeias indígenas. Os recursos correspondentes à parcela dos 40% do Fundef poderão ser utilizados para pa-gamento de despesas destinadas ao atendimento de alunos do ensino fundamental nas escolas municipais situadas em aldeias indígenas, incluindo as de transporte aéreo de material pedagógico e pessoal técnico.

Acórdão nº 1.837/2002 • Educação.EnsinoFundamental.Fundef.Vedaçãoàreali-zação de despesas com alimentação. Os recursos do Fundef não podem ser gastos com alimentação por não se enquadrarem como despesas de manutenção e desenvolvi-mento do ensino, nos termos dos artigos 70 e 71 da Lei 9.394/96.

Acórdão nº 450/2006 • Educação.EnsinoFundamental.Fundef.Vedaçãoàremu-neração de Nutricionista Escolar, Fisioterapeuta Escolar, Psicóloga Escolar e Fonoaudi-óloga Escolar.

Os cargos de Nutricionista, Fisioterapeuta, Psicóloga e Fonoaudióloga não podem ser remunerados com os recursos do Fundef devido à vedação legal contida nos arti-gos 2º e 7º da Lei Federal nº 9.424/1996 combinados com os artigos 70 e 71 da Lei Fe-deral nº 9.394/1996.

Acórdão nº 2.103/2005 • Educação.EnsinoFundamental.Fundef.Vedaçãoaore-manejamento de profissional do magistério para o exercício de outras funções. É ile-gal o remanejamento de profissionais do magistério (pagos com recursos do Fundef – 60%) para outros setores da Prefeitura Municipal, visto que a Lei nº 9.424/96 exige que os profissionais do magistério estejam no efetivo exercício de suas atividades.

Acórdãos nº 1.607/2002, 1.197/2001 e 1.837/2002 • Educação.EnsinoFundamen-tal. Fundef. PCCS, aplicação e destinação da sobra de recursos.

a) Os recursos do Fundef devem ser aplicados, anualmente, como parte integrante dos recursos destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino, de acordo com o artigo 212 da Constituição Federal;

b) Uma proporção não inferior a 60% dos recursos do Fundef deve ser destinada ao pa-gamento de professores do ensino fundamental em efetivo exercício do magistério;

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 105

c) Não se pode transferir para outro exercício financeiro a aplicação dos saldos dos recursos destinados ao ensino;

d) O plano de carreira e remuneração do magistério, exigência do artigo 9º da Lei Federal nº 9.424/1996, visa assegurar remuneração condigna aos professores do ensino fundamental público;

e) Ocorrendo, eventualmente, saldo financeiro na conta Fundef, relativo à parcela de 60% destinada ao pagamento de professores do ensino fundamental, deve-rá ser distribuído entre os professores do ensino fundamental em efetivo exercí-cio do magistério. A distribuição será proporcional aos respectivos vencimentos, mediante lei autorizativa de iniciativa do Chefe do Poder Executivo Municipal e aprovada pela Câmara de Vereadores;

f ) A tabela salarial dos professores do ensino fundamental será revisada para equali-zação com os efetivos valores do Fundef, evitando ocorrência de saldo financeiro.

Acórdão nº 694/2004 • Educação.EnsinoFundamental.Fundef.Contabilidade.De-monstração conjunta à da Prefeitura. Os recursos repassados/recebidos e executados à conta do Fundef deverão ser demonstrados juntamente com os balancetes e Balanço Geral da Prefeitura, nos termos do artigo 50 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Acórdão nº 1.488/2002 • Educação.Convênio.SecretariadeEducaçãoeunidadesescolares. Possibilidade de formalização. Acompanhamento e controle do concedente. É legal a celebração de convênios entre a Secretaria Municipal de educação e as unida-des executoras, com personalidade jurídica própria, visando à transferência de recursos orçamentários para realização de obras nas unidades escolares do município. Cabe à Se-cretaria o repasse, acompanhamento e controle da execução dos recursos, bem como o recebimento e análise da prestação de contas da unidade recebedora dos recursos.

Acórdão nº 488/2003 • Educação.Pessoal.PCCS.Possibilidadederemuneraçãodi-ferenciada por titulação. Os profissionais do magistério, incluindo os que ministram au-las nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, poderão ser beneficiados pelos sistemas de ensino por sua titulação, desde que tal privilégio esteja previsto nos estatu-tos e Planos de Carreira e Remuneração do Magistério. Essa possibilidade deve estar em consonância, também, com o que dispõem a Lei nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e a Resolução nº 03/97, do Conselho Nacional de Educação.

Acórdão nº 802/2005 • Educação.Pessoal.PCCS.Educação.Professoresdoensinoinfantil e ensino fundamental. Vedação à equiparação salarial. Os professores do ensi-no infantil não fazem jus à equiparação salarial aos professores do ensino fundamental, em virtude de que as atribuições e a formação escolar dos docentes são diferenciadas, conforme previsão no artigo 62 da Lei Federal nº 9.394/1996. Tal vedação está contida, também, no inciso XIII do artigo 37 da Constituição Federal. Não é permitida a utiliza-ção dos recursos do Fundef para o pagamento de professores do ensino infantil.

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Prefeitura de Cuiabá 106 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Acórdão nº 1.739/2005 • Educação.Pessoal.PCCS.Progressãofuncional.Pisosalarial.Professores dos ensinos fundamental e infantil. Vedação à equiparação entre as categorias.

Mediante lei, o município poderá criar para os professores municipais da educação infantil o Plano de Carreira e Remuneração com previsão do piso salarial profissional e a progressão funcional baseada na titulação ou habilitação e na avaliação do desempenho.

Contudo, não é permitida a equiparação do piso salarial profissional inicial dos pro-fessores da educação infantil com o dos professores do ensino fundamental, em virtu-de de vedação constitucional prevista no inciso XIII do artigo 37. Apesar de ambos atu-arem na educação, esses profissionais possuem atribuições distintas em níveis e moda-lidades da Educação Básica, além da existência de requisitos diferenciados de formação escolar, segundo previsão nos artigos 29, 32 e 62 da Lei Federal nº 9.394/96.

Acórdão nº 2.292/2002 • Educação.Pessoal.Programaspermanentes–concursopúblico. Programas temporários – contratação temporária: requisitos e vinculação pre-videnciária.

Nos termos do inciso VII, do artigo 30 da Constituição Federal, os serviços de saúde e educação são de competência dos municípios, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado. Dessa forma, o administrador público municipal não possui dis-cricionariedade para decidir sobre a existência ou não de funcionários efetivos nas refe-ridas atividades. Compete a ele, por exigência legal, a iniciativa de criação dos cargos e realização de concurso público para provimento, nos termos do inciso II do artigo 37 da Constituição Federal. Para os programas especiais de saúde caracterizados como tempo-rários, a contratação temporária pode ser aplicada nos termos do inciso IX do artigo 37 da Constituição Federal, observando sempre a divulgação e seleção, com base nos prin-cípios da publicidade e impessoalidade. A contratação temporária requer lei específica municipal, além da vinculação previdenciária do Regime Geral de Previdência – INSS, nos termos do § 13 do artigo 40 da Constituição Federal, e da contabilização na despesa com pessoal da Prefeitura, por se tratar de servidores e competência municipais.

7.5. Licitações, Contratos, Convênios e Congêneres

Acórdão nº 2.291/2002 • Licitação.Limite.Determinaçãodamodalidadeemfun-ção do valor total do objeto. O limite obrigatório para realização de licitação deverá ser observado em relação ao valor total do objeto, e não de cada parcela a ser paga, no caso de pagamentos parcelados.

Acórdão nº 508/2001 • Licitação. Inexigibilidade. ServiçosdeConsultoria.AGER-MT. Exigência de prévia licitação e preenchimento, mediante concurso público, do car-go de Técnico Regulador. Não é permitido à Agência Estadual de Regulação – AGERMT – contratar consultoria mediante inexigibilidade de licitação fora das situações previs-tas no artigo 25 da Lei de Licitações. Tal vedação justifica-se, principalmente, no fato de

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 107

que as ações da AGER-MT não se revestem de singularidade. Respeitadas as especia-lizações requeridas, os serviços de consultoria podem ser prestados por empresas ou profissionais do ramo, mediante prévia licitação, em situações temporárias bem defini-das, por tempo e preço certos. A AGER-MT foi criada para fim específico, sendo dotada de meios para desempenhar, permanentemente, tal múnus. Basta, em tese, que sejam preenchidos seus cargos, em especial aqueles denominados de Técnico Regulador, me-diante concurso público, sob pena de omissão dos dirigentes da Agência.

Acórdão nº 1.312/2006 • Licitação.Dispensa. Impossibilidadede contrataçãodecooperativas com base no artigo 24, inciso XXIV da Lei de Licitações. De acordo com o inciso XXIV do artigo 24 da Lei nº 8.666/1993, É dispensável a licitação para celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âm-bito das respectivas esferas de governo, para as atividades contempladas no contrato de gestão. Essa exceção à regra de licitar não se estende às cooperativas, mas tão-so-mente às organizações sociais.

Acórdão nº 1.741/2005 • Licitação.Habilitação.Certidãonegativadedébito.Exi-gência da CND do INSS. Exigência de demais documentos de acordo com regras da Lei de Licitações.

Independentemente do valor a ser adquirido e de outros requisitos legais, a Admi-nistração Pública, direta e indireta, em todos os entes federados, deverá sempre exigir a Certidão Negativa de Débito no Instituto Nacional de Seguridade Social (Sistema de Se-guridade Social) quando se tratar de aquisição de pessoa jurídica. A exigência dos de-mais documentos ocorrerá de acordo com as regras estabelecidas na Lei de Licitações.

Acórdão nº 1.460/2002 • Licitação.Pregão.Viabilidadedautilizaçãodamodalida-de. Ao abrigo da Medida Provisória nº 2.182, de 23/08/2001, é viável a utilização da lici-tação na modalidade Pregão pela Secretaria de Estado de Fazenda – SEFAZ e por quais-quer entes públicos, estaduais ou municipais.

Acórdão nº 475/2006 • MantidopeloAcórdãonº2.309/2006.Licitação.Pregão.Re-gistro de preço. Administração Pública Estadual. Possibilidade de utilização por órgãos e entidades de outros entes federados. De acordo com o artigo 8º do Decreto Estadu-al nº 531/2001, é possível que os órgãos e entidades de outros entes federados partici-pem de Sistema do Registro de Preços realizado pela administração estadual. A regra é que tal participação esteja prevista no edital da licitação. Excepcionalmente, mediante comprovada vantagem, é possível a utilização da Ata de Registro de Preços por outros órgãos e entidades que não participaram do procedimento desde a fase de abertura (edital), prevalecendo, em qualquer caso, o dever de se observar a regra geral contida no § 1º do artigo 65 da Lei nº.8.666/93.

Acórdão nº 2.309/2006 • Licitação.Pregão.Registrodepreços.AdministraçãoPú-blica Estadual. Manutenção do Acórdão 475/2006 – Possibilidade de utilização por ór-

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Prefeitura de Cuiabá 108 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

gãos e entidades de outros entes federados. Observância ao limite de acréscimo esta-belecido na legislação. Mantém-se o entendimento firmado no Acórdão nº 475/2006, acrescentando que deve ser observado o limite de 25% de acréscimo definido pelo De-creto Estadual nº 7.217/2006. Este decreto permite a adesão na Ata de Registro de Pre-ços por órgãos de outras esferas da Administração não participantes da licitação, me-diante prévia e expressa autorização da Secretaria de Estado de Administração.

Acórdão nº 551/2006 • Licitação.Pregão.Registrodepreços.Prestaçãodecontaspelo órgão gerenciador. Desnecessidade de manutenção de cópia do processo licitató-rio em cada órgão contratante. Cabe ao órgão gerenciador, responsável pela realização do Registro de Preço, a obrigação de apresentar os processos das licitações ao Tribu-nal de Contas. Já os órgãos contratantes, que utilizarem determinada ata de registro de preços, deverão apresentar os documentos referentes às despesas realizadas com aqui-sições e contratações efetuadas nas condições referentes à licitação, informadas/auto-rizadas pelo órgão gerenciador.

Acórdão nº 1.742/2005 • Licitação.Licitaçãodeserta.Possibilidadedecontrataçãodireta, atendidas as condições. Nos termos do inciso V do artigo 24 da Lei nº 8.666/1993, e suas alterações posteriores, em caso de licitação anterior deserta, por ausência e/ou não-habilitação dos interessados, é possível a contratação direta pela administração pública, desde que presentes todos os pressupostos preconizados no dispositivo legal mencionado e obedecidas as formalidades legais. Ênfase especial deve ser dada às exi-gências do artigo 26 e seu parágrafo único, do § 2º do artigo 54 da referida lei e, ainda, aos princípios da isonomia, da supremacia e indisponibilidade do interesse público.

Acórdão nº 876/2005 • Licitação.Desistênciadacontratada.Possibilidadedecon-tratação da segunda empresa classificada no certame, observadas as condições. É pos-sível a reativação do contrato para execução de obra pela segunda classificada na licita-ção, desde que haja manifestação expressa de desistência da contratada.

Acórdão nº 1.122/2003 • Licitação.Obraseserviçosdeengenharia.Necessidadede Anotação de Responsabilidade Técnica – ART. Para a realização de obras e serviços de engenharia é exigida a intervenção de profissional habilitado no sistema Crea/Con-fea, inclusive a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) no Crea-MT, nos termos da Lei Federal n° 5.194/66.

Acórdão nº 1.475/2001 • Licitação.RedeCEMAT.Contrataçãopelaadministraçãopública dependente de licitação prévia. A Rede Cemat não poderá ser contratada dire-tamente pela Administração Pública, sem licitação prévia.

Acórdão nº 1.154/2006 • Licitação.RedeCEMAT.Desnecessidadedesubordinaçãoao regime da Lei de Licitações. A Rede Cemat, por ser empresa privada, não se subor-dina ao regime da Lei de Licitações, visto que não se encontra no rol expresso no pará-

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 109

grafo único do artigo 1º da Lei nº 8.666/1993, combinado com o § 2º do artigo 25 e pa-rágrafo único do artigo 31, ambos da Lei nº 8.987/1995.

Acórdão nº 1.381/2003 • Contrato.Arrendamentomercantil(leasing).Possibilida-de da celebração, observadas as condições. É possível a celebração de contrato de ar-rendamento mercantil (leasing) pela Administração Pública, desde que respeitadas as prerrogativas da administração pública, especialmente os ditames da Lei de Responsa-bilidade Fiscal e da Lei nº 8.666/1993.

Acórdão nº 1.744/2005 • Contrato. Serviço de postagem. ECT. Possibilidade decontratação das subsidiárias, contratadas/conveniadas com a ECT, mediante licitação. Os serviços postais são de monopólio da União e têm legislação específica. Logo, a con-tratação de empresa especializada em gestão de serviços postais pela Administração Direta ou Indireta deve ser feita de acordo com o comando legal. A contratação deve-rá ser precedida de licitação entre as subsidiárias, contratadas/conveniadas com a Em-presa de Correios e Telégrafos. No edital da licitação deverá haver previsão de expan-são dos serviços, se for o caso.

Acórdão nº 556/2007 • Contrato.Publicidade.Rádio.Possibilidadedecontrataçãopara publicidade de matérias legislativas, desde que observadas as formalidades exigi-das. É possível a contratação de empresa de rádio para dar publicidade às matérias le-gislativas, desde que atendidos os requisitos de natureza formal e material.

Acórdão n° 275/2007 • Contrato.ServiçosprestadospelaPrefeituraaórgãospúbli-cos. Vedação à remuneração. Possibilidade de convênio . A Prefeitura não pode receber remuneração por serviço prestado a outra entidade ou órgão, público ou privado, sob pena de enriquecimento ilícito, desvio de finalidade e ineficiência da gestão pública. Havendo interesse da Prefeitura em executar os serviços prestados pela autarquia mu-nicipal, poderá ser firmado convênio entre ambas, com a transferência de recursos ne-cessários, de qualquer natureza, vinculados à execução do objeto conveniado.

Acórdão nº 2.985/2006 • Contrato.Alteração.Possibilidadedeprorrogaçãodecon-tratos de prestação de serviços contínuos, nos termos da Lei de Licitações. A prestação de serviços a serem executados de forma contínua poderá ter sua vigência prorroga-da, por iguais e sucessivos períodos, com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a 60 meses, nos termos do que dispõe o inci-so II do artigo 57 da Lei de Licitações. Tal prorrogação deverá estar prevista no edital da licitação e no contrato que dela resultar.

Acórdão nº 976/2005 • Contrato.Alteração.Recomposiçãodepreços.Possibilida-de, observadas as condições.

1. É possível a recomposição de preços de contratos por meio de indenização;

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Prefeitura de Cuiabá 110 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

2. A revisão de preços não está atrelada ao decurso de tempo, e sim à ocorrência de fatos imprevistos que afetem o equilíbrio econômico-financeiro do contrato;

3. Para que seja motivo ensejador da revisão de preços, a variação cambial deve configurar elevação anormal na cotação da moeda estrangeira, ultrapassando os limites de previsibilidade;

4. Caso a Administração opte por pagar a indenização a título de revisão de preços de contratos, que sofreram desequilíbrios econômico-financeiros devido às va-riações cambiais, deverá seguir os requisitos mínimos a seguir elencados:I. não há de se falar em reajustamento do valor global do contrato, mas sim de

revisão de preços dos itens diretamente afetados pela variação cambial;II. comprovação inequívoca da interferência da variação do dólar na composi-

ção do preço de cada item/produto utilizado na obra;III. formalização de processo administrativo específico devidamente analisado

pela equipe de engenheiros do órgão responsável pela obra e, havendo ne-cessidade, utilizarão da tabela de preços oficiais expedida pelos órgãos do Estado, caso o contrato não a indique;

IV. a parcela indenizatória deve garantir apenas e tão-somente a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato, não tendo o condão de promo-ver margem de lucratividade superior àquela consignada na proposta inicial.

5. A administração deverá adotar outras providências julgadas necessárias para a efetivação do procedimento ora tratado.

Acórdão nº 425/2005 • Contrato.Alteração.Reformadeedifícios.Manutençãodamodalidade licitatória inicial. A modalidade de licitação não se altera com a modifica-ção do valor contratual decorrente do acréscimo do objeto durante a execução do con-trato, quando a fase da licitação já se exauriu. Não cabe, portanto, nenhum reparo. A única restrição, no caso de reforma de edifício ou de equipamentos, é a de que a eleva-ção não poderá exceder o limite de 50% do valor pactuado, nos termos dos §§ 1º e 2º do artigo 65 da Lei nº 8.666/1993.

Acórdão nº 667/2004 • Contrato.Empresadepropriedadededeputadoestadualevereador. Vedação à contratação com a administração pública. Os deputados estaduais e vereadores são impedidos de firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direi-to público, da administração direta e indireta, conforme previsto no parágrafo único do artigo 30 combinado com o artigo 192 da Constituição Estadual.

Acórdão nº 1.307/2002 • Contrato. Hospital. Propriedade do PrefeitoMunicipal.Possibilidade de contratação, quando único no município. Com observância aos Prin-cípiosBásicosdaAdministraçãoPúblicadescritosno“caput”doartigo37daConstitui-ção Federal e as regras definidas na Lei de Licitações, é possível a celebração de contra-to entre a Prefeitura Municipal e hospital pertencente ao prefeito municipal, caso seja o único existente no município.

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 111

Acórdão nº 1.524/2003 • Contrato.Tributação. Recuperaçãode créditos. Contra-tação de profissionais. Observância aos requisitos. O administrador público municipal tem obrigação de instituir e arrecadar tributos, da forma menos onerosa possível, com obediência à Lei de Responsabilidade Fiscal e à Lei de Licitações. Deve assegurar efetiva vantagem para a administração pública, mediante análise do custobenefício da arreca-dação de tributos através da estrutura municipal existente (Procuradoria) ou de even-tuais contratações de profissionais para recuperação dos créditos.

Acórdão n° 557/2007 • Contrato.RecuperaçãodeCréditos.Possibilidadedecontra-tação de risco, observadas as condições. É possível a celebração de contrato de risco para a prestação de serviços visando à recuperação de créditos do Estado, estabelecendo re-muneração com base em percentual incidente sobre créditos recuperados. Neste caso, é necessário que haja previsão de valores globais ou máximos do contrato a ser firmado, observando as normas orçamentárias e financeiras que exigem a previsão das despesas a serem pagas. O pagamento deverá ser efetivado somente após o efetivo ingresso dos re-cursos recuperados nas contas públicas. A contratação de risco sem a demonstração dos valores a serem pagos somente é possível quando o contratado seja exclusivamente re-munerado pelos honorários de sucumbência devidos pela parte vencida, no montante determinado em juízo, visto que, neste caso, não há egresso de recursos públicos.

Acórdão nº 700/2003 • Contrato.Irregularidadesnaformalizaçãodocontratoeau-sência de empenho. Obrigatoriedade de pagamento de despesa legítima. A Adminis-tração não poderá deixar de pagar despesas relativas a contratos de prestadores de ser-viços em que não haja assinatura do gestor, nem aquelas que não foram devidamente empenhadas. Uma vez comprovada a legitimidade das despesas, e que as contratações atenderam ao interesse público, o credor deverá ser pago, evitando-se, assim, o enri-quecimento ilícito da Administração, já que a prestação do serviço não pode ser restitu-ída. Da mesma forma, deverão ser honrados aqueles compromissos cujas despesas não tiveram sua provisão orçamentária garantida no exercício anterior, podendo ser empe-nhadasem“despesasdeexercíciosanteriores”.

Acórdão nº 1.827/2005 • Convênio.Educação.Convênio.PDE.CPMF.Possibilidadede pagamento com recursos do convênio. É possível a utilização de recursos transferi-dos pela Secretaria de Estado de Educação aos Conselhos Deliberativos das Comunida-des Escolares visando ao atendimento do PDE – Plano de Desenvolvimento nas Esco-las – para o pagamento da CPMF incidente sobre as movimentações financeiras desses repasses. Entretanto, tal utilização deve estar prevista no termo do convênio e as movi-mentações devem ter sido efetuadas para atendimento ao objetivo deste, consideran-do que os referidos Conselhos não possuem outras fontes de receita.

Acórdão nº 661/2006 • Convênio. Entes federadosdistintos.GovernoEstadual –concedente. Governo Federal – convenente. Apropriação da despesa e propriedade dos bens expressa no termo de convênio. Observância às regras previstas na Instrução

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Prefeitura de Cuiabá 112 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Normativa Conjunta/MT nº 01/2005. Os convênios entre a Secretaria de Estado de Infra-Estrutura (concedente – Administração Pública Estadual) e o 9º BEC (convenente – Ad-ministração Pública Federal), para pavimentação de rodovias, deverão ser celebrados com observância às seguintes regras:

1. As regras relativas à apropriação das despesas pelo concedente e pelo conve-nente devem estar expressas no convênio, havendo necessidade de compatibili-zação com o Programa de Trabalho para consecução do objeto, podendo, inclu-sive, ser classificada em categoria de despesa (corrente e de capital) diferente em cada uma das partes;

2. A regra referente à propriedade de equipamentos e materiais adquiridos com re-cursos do convênio deve estar expressa no termo do convênio, com definição do titular do direito de propriedade;

3. O órgão concedente deve aferir o cumprimento do objeto do convênio, consi-derando a compatibilidade entre o resultado obtido e o que foi previsto. A regra geral é que a prestação de contas seja apresentada ao concedente depois de ela-borada pelo convenente. Por se tratar de aplicação de recurso público estadual através de órgão federal, a prestação de contas deverá ser elaborada segundo as regras previstas na Instrução Normativa Conjunta/MT nº. 01/2005.

Acórdão nº 1.307/2002 • Convênio.Irregularidade.Desvioderecursos.Convênios.Comunicação aos órgãos de controle externo. Na constatação de existência de convê-nios cujos recursos não tenham sido aplicados na finalidade pactuada, sem disponibili-dade financeira na conta bancária, o novo gestor deverá proceder ao levantamento da movimentação dos recursos e encaminhar relatório com os devidos documentos com-probatórios à Câmara Municipal, ao Ministério Público, ao órgão convenente e ao Tribu-nal de Contas, a fim de resguardar o município e a atual gestão.

Acórdão nº 1.157/2006 • Convênio.Municípioadimplente.Vedaçãoaorecebimen-to de transferências voluntárias para atendimento a municípios inadimplentes. Não é possível a formalização de convênio destinado à aquisição de serviços ou bens a se-rem repassados, a qualquer título, entre um município adimplente e outro que este-ja inadimplente. Essa vedação existe mesmo nos casos em que o convênio estabeleça contrapartida do município inadimplente para o adimplente. Não há, no ordenamento jurídico, base legal para a celebração de convênio nessa circunstância. A realização ou recebimento de transferência voluntária em desacordo com o limite ou condição esta-belecida em lei pode implicar em crime contra as finanças públicas e de responsabili-dade do gestor.

Acórdão nº 1.871/2003 • TermodeParceria.OrganizaçãodaSociedadeCivildeIn-teresse Público – OSCIP. Possibilidade de contratação. É legal a contratação, por meio de processo licitatório, de entidade detentora de qualificação emanada do Ministério da Justiça como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP.

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 113

Acórdão nº 2.381/2002 • Concessãodeserviçospúblicos.Procedimentos.Subor-dinação à realização de licitação na modalidade concorrência. Determinação de pra-zo pelo concedente. Possibilidade de reversão de bens ao concedente. Observância às normas aplicáveis. Toda concessão de serviço público, precedida ou não de execução de obra pública, será objeto de prévia licitação na modalidade concorrência, nos ter-mos da legislação própria e com observância dos princípios da legalidade, moralidade, publicidade, igualdade, do julgamento por critérios objetivos e da vinculação ao ins-trumento convocatório. O prazo da concessão de serviços públicos deverá ser determi-nado pelo poder concedente, com base em estudo prévio da viabilidade técnica e eco-nômica, bem como da conveniência da concessão, preponderando sempre o interes-se público sobre o privado. Extinta a concessão, poderá haver reversão de bens ao po-der concedente, conforme previsto no edital da licitação e estabelecido no contrato. As concessões de serviços e obras públicas são regidas pelo artigo 175 da Constituição Fe-deral, pela Lei 8.987/95 e pelas cláusulas dos indispensáveis contratos.

Acórdão nº 1.132/2004 • TermodeCooperação.SEJuSPeempresasprivadas.Rein-tegração de presos. Possibilidade de celebração, observadas as condições. É viável a aprovação do Termo de Cooperação entre a Sejusp – Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública – e empresas privadas, objetivando oferecer aos presos oficinas de trabalho com o objetivo de reintegrá-los à sociedade. Neste caso, o termo de parceria irá somente regular as relações de cooperação entre os partícipes. Não é possível o re-passe financeiro à empresa cooperada, sob qualquer hipótese. O termo deverá prever para a empresa a obrigatoriedade de apresentação, ao final de cada exercício, de rela-tório sobre a execução do objeto do Termo de Parceria, contendo comparativo especí-fico das metas fixadas e a respectiva avaliação dos resultados obtidos.

7.6. Patrimônio

Acórdão nº 741/2005 • Patrimônio.AtivoPermanente.Conjuntosecarteirasesco-lares. Critério de classificação e baixa. Conjuntos e carteiras escolares são bens móveis duráveis, com vida útil superior a dois anos. Portanto, devem ser classificados no ativo permanente, de acordo com o § 2º artigo 15 da Lei nº 4.320/1964, e baixados quando se tornarem inservíveis.

Acórdão nº 2.289/2002 • Patrimônio.Levantamentopatrimonial.Possibilidadedesubstituição de plaquetas. É possível a substituição das plaquetas de identificação dos bens pertencentes ao município, após a realização de novo levantamento patrimo-nial.

Acórdão nº 1.783/2006 • Patrimônio. Aquisição de bens.Dação empagamento.Possibilidade de dar um bem público como parte de pagamento na aquisição de outro.

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Prefeitura de Cuiabá 114 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

É possível dar um bem público como parte de pagamento na aquisição de outro atra-vés do instituto da dação em pagamento.

Acórdão nº 425/2005 • Patrimônio.Bensmóveis.Alienação.AdministraçãoPúbli-ca Estadual. Aplicação do Decreto Estadual nº 16/1991. A alienação de bens do Esta-do de Mato Grosso é disciplinada pelo Decreto nº 16/1991, determinando a utiliza-ção da licitação na modalidade leilão. Esta norma está em consonância com a Lei nº 8.666/1993.

Acórdão n° 1.997/2002 • Patrimônio.Bensmóveis.Possibilidadedebaixaealiena-ção por inservibilidade. Procedimentos. Os bens móveis inservíveis à Administração po-derão ser baixados do patrimônio após a adoção dos seguintes procedimentos:

1. Avaliação prévia dos bens por comissão especialmente designada para esse fim, que deverá classificá-los de acordo com o estado de conservação, em relatório circunstanciado;

2. Dependendo do estado de conservação, os bens poderão ser baixados por inser-vibilidade ou alienados mediante leilão;

3. Realização da baixa contábil.

Acórdão nº 659/2006 • Patrimônio.Incentivoparainstalaçãodeindústrianomuni-cípio. Possibilidade da concessão de direito real de uso de imóvel. O Poder Público Mu-nicipal poderá disponibilizar imóvel para instalação de empresa comercial ou indus-trial, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento econômico e social. A transferên-cia da posse do imóvel para o particular deve ser formalizada através da concessão de direito real de uso, mantendo-se a propriedade da Administração.

7.7. Pessoal

Acórdão nº 1.582/2001 • Pessoal.Admissão.Realizaçãodeconcursopúblico.Fa-culdade de contratação temporária nos casos estabelecidos em lei. A Constituição Fe-deral, no inciso II do artigo 37, determina que a investidura em cargo ou emprego pú-blico depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títu-los. O inciso IX do mesmo artigo faculta a contratação por tempo determinado, desde que haja lei municipal regulando essa contratação.

Acórdão n° 259/2007 • Pessoal.Admissão.Provimentodecargoefetivo.Concursopúblico. Possibilidade de procedimento único para preenchimento de cargos da Câma-ra e da Prefeitura Municipal. É possível a realização de um único concurso público para preenchimento de cargos da Câmara e da Prefeitura Municipal. Devem estar dispostos no edital, de forma clara, as vagas e os cargos referentes a cada Poder.

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 115

Acórdão nº 277/2007 • Pessoal.ConcursoPúblico.PeríodoEleitoral.Possibilidadede realização. Vedação à nomeação. É possível a realização e homologação de concur-so público nos três meses que antecedem as eleições e até a posse dos eleitos, sendo vedada, no entanto, a nomeação dos aprovados nesse período.

Acórdão nº 528/2005 • Pessoal.Admissão.Provimentoemcargoefetivo.Concur-so público. Candidato com mais de 70 anos de idade. Vedação à nomeação. A Adminis-tração Pública não poderá nomear o candidato com mais de 70 anos de idade, aprova-do em concurso público, em razão de já ter atingido a idade limite para aposentadoria compulsória.

Acórdão nº 878/2005 • complementadopeloAcórdãonº100/2006.Pessoal.Ad-missão. Profissionais com profissão regulamentada. Contador. Recomendação de pro-vimento em cargo efetivo. Caso haja a previsão do cargo de contador no quadro de pessoal da Câmara Municipal, a contratação de profissional, seja ou não o servidor da respectiva Prefeitura Municipal para a prestação de serviços contábeis, ante a vacân-cia do cargo, será ilegal diante da pretericação da realização de concurso público para o provimento de pessoal. A Câmara Municipal deverá imediatamente realizar o concur-so público para prover o cargo vago de contador, não sendo permitida a celebração de contratos para a prestação de serviços contábeis. Se não houver a previsão do cargo de contador em seu quadro de pessoal, a Câmara Municipal poderá celebrar contrato ad-ministrativo destinado à prestação de serviços contábeis, mediante a realização de pro-cedimento licitatório na modalidade pertinente, prevista na Lei nº 8.666/93. Entretan-to, recomenda-se ao consulente que inclua em seu quadro de pessoal o cargo de con-tador, seja de vínculo estatutário, empregatício ou de exercício de função de confiança, em virtude de ter a atividade contábil a característica de permanente, essencial e intrín-seca à Administração Pública, para a institucionalização de um sistema de controle in-terno eficiente.

Acórdão nº 100/2006 • Pessoal.Admissão.Profissionaiscomprofissãoregulamen-tada. Atividades permanentes – concurso público. Serviços técnico-profissionais – es-pecializados – necessidade de licitação prévia. A Constituição Federal de 1988 estabe-lece que os serviços públicos de natureza permanente devem ser executados por pes-soal aprovado em concurso público, prevendo a possibilidade de contratação tempo-rária em casos de urgência e interesse público relevantes. Porém, para a contratação de serviços eventuais de natureza técnico-profissional-especializados, ofertados por pro-fissionais com profissão regulamentada, a Administração Pública deve se pautar na Lei nº 8.666/93, que institui as normas para as contratações de serviços, dentre outras. Nes-ses casos, excetuados os casos de dispensa previstos no referido diploma legal, há ne-cessidade da realização de processo licitatório, mesmo que seja para concluir pela sua inexigibilidade.

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Prefeitura de Cuiabá 116 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Acórdão nº 1.784/2006 • Pessoal.Admissão.Contrataçãotemporária.Possibilida-de, atendidas as condições. A contratação temporária de pessoal só é justificada para atender às demandas de excepcional interesse público, cujo atendimento reclama sa-tisfação imediata e temporária (incompatível, portanto, com o regime de elaboração de certame público).

Acórdão nº 1.784/2006 • Pessoal.Admissão.Contrataçãotemporária.Necessidadede lei autorizativa prévia, com conteúdo mínimo. Previamente à contratação temporá-ria de pessoal, o Município deverá aprovar lei que disciplinará, entre outros aspectos, as condições de seleção, contratação, direitos e deveres, carga horária, prazo da contrata-ção e remuneração.

Acórdão nº 1.784/2006 • Pessoal.Admissão.Contrataçãotemporária.Processose-letivo. Sujeição aos princípios da publicidade e impessoalidade O processo seletivo para contratação temporária de pessoal deverá ser amplamente divulgado, obedecen-do aos princípios da publicidade e impessoalidade.

Acórdão nº 1.784/2006 • Pessoal.Admissão.Contrataçãotemporária.Precarieda-de. Necessidade de providenciar a realização de concurso público. Tendo em vista a temporariedade e a precariedade na contratação temporária de pessoal, o Administra-dor público deve promover as medidas necessárias para a realização de concurso pú-blico, em obediência aos preceitos constitucionais.

Acórdão nº 1.784/2006 • Pessoal.Admissão.Contrataçãotemporária.Necessidadede motivação. É indispensável a motivação da contratação temporária de pessoal pela autoridade responsável, através de sólida fundamentação fática e jurídica, de modo a ficar manifesta a natureza emergencial, transitória e excepcional das admissões.

Acórdão nº 1.212/2002 • Pessoal. Admissão. Contratação temporária.Office-boy. Vedação à contratação temporária por ausência das excepcionalidades exigidas. Des-carta-se a possibilidade do ingresso de office-boys no serviço público através de no-meação para cargo em comissão ou mediante contratação para atender à necessida-de temporária, uma vez que tais funções não se enquadram na excepcionalidade exi-gida no inciso IX do artigo 37 da CF. Nada impede, no entanto, que o Legislativo Mu-nicipal crie, através de lei, o referido cargo, com as atribuições que lhe são inerentes, e preencha as vagas por concurso público, desde que tais contratações não impliquem descumprimento ao limite de gastos com pessoal estabelecido na Lei de Responsabi-lidade Fiscal.

Acórdão nº 2.100/2005 • Pessoal.Admissão.Contrataçãotemporária.GovernodoEstado de MT. Possibilidade de recontratação de servidor cujo contrato temporário já tenha se encerrado. O Estado de Mato Grosso, diferentemente da União em sua Lei nº 8.745/93, não veda a contratação de servidor temporário, nem condiciona um lapso

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 117

temporal para recontratação. Logo, analisados cada caso especificamente e observa-dos os princípios e regras estabelecidos na Constituição Federal, na Lei Complementar Estadual nº 04/1990 e no Decreto Estadual nº 321/2003, a recontratação, independen-temente do lapso temporal, reveste-se de legalidade.

Acórdão nº 100/2006 • Pessoal.Admissão.Contrataçãotemporária.Possibilidadede contratação temporária para execução de programas temporários. Autorização em lei específica. Realização de processo seletivo 85 simplificado. Observância aos princí-pios da administração pública. A execução de serviços públicos deve ser feita por pes-soal efetivo, submetido a concurso público, tal como determina a Constituição Federal em seu inciso II do artigo 37. Entretanto, ante a exigüidade de prazos para execução de programas federais e estaduais, admite-se a contratação temporária, sempre observan-do as regras fixadas para a Administração Pública: elaboração de lei específica para con-tratação, realização de Processo Seletivo Simplificado, respeito aos princípios da publi-cidade e impessoalidade na contratação.

Acórdão nº 1.330/2006 • Pessoal.Admissão.Contrataçãotemporária.Computaçãono número de cargos existentes. As contratações por tempo determinado para atender às necessidades temporárias de excepcional interesse público devem ser computadas no número de cargos existentes no quadro de pessoal do órgão, desde que atendidos, imprescindivelmente, os requisitos da temporariedade e excepcionalidade, autoriza-dores das referidas contratações.

Acórdão nº 1.743/2005 • Pessoal.Admissão.Contrataçãotemporária.Possibilida-de, para substituição de servidor em férias. É possível a substituição de servidor em fé-rias por um servidor contratado temporariamente, mediante comprovada relevância da função ou impossibilidade de paralisação da atividade, devendo o contrato tempo-rário durar, apenas e tão-somente, o período em que o servidor substituído estiver go-zando as férias. A permanência do contrato temporário, após esse período, é irregular, tendo em vista a perda do objeto da contratação.

Acórdão nº 1.044/2004 • Pessoal. Admissão. Estagiários. Possibilidadede admis-são, mediante convênio. É possível a celebração de convênio entre a Administração Pú-blica e as instituições de ensino superior, objetivando a contratação de estagiários.

Acórdão nº 2.106/2005 • Pessoal.Admissão.Estagiário.Legislaçãoaplicável.Acon-tratação de estagiários deve ocorrer em conformidade com a Lei nº 6.494/1977 e o De-creto Federal nº 87.497/1982, devendo ter por objetivo proporcionar o efetivo apren-dizado ao estagiário.

Acórdão n° 614/2001 • Pessoal.Terceirização.Cooperativadetrabalho.Vedaçãoaoconvênio. É ilegal a celebração de convênios entre a Administração e cooperativas de trabalho cujo objeto seja a terceirização de serviços, tendo em vista a inexistência de

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Prefeitura de Cuiabá 118 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

interesse comum. As cooperativas objetivam a promoção dos interesses dos seus asso-ciados, enquanto que a administração visa ao interesse público.

Acórdão nº 2.659/2006 • Pessoal.Admissão.ResoluçãodoConselhoNacionaldeJustiça. Inaplicável aos Poderes Executivo e Legislativo. A Resolução nº 07/2005 do Con-selho Nacional de Justiça tem abrangência apenas sobre os órgãos do Poder Judiciá-rio, posto que o CNJ é órgão do Poder Judicial, que regula suas normas administrativas. A referida Resolução não alcança, portanto, os órgãos do Legislativo e Executivo, pela independência e autonomia dos Poderes. As notificações ministeriais não podem obri-gar os órgãos municipais do Legislativo e do Executivo ao cumprimento de uma nor-ma até então restrita ao Poder Judiciário. Nos termos constitucionais, cabe aos Tribu-nais de Contas do Brasil fiscalizar e apreciar os atos de admissão de pessoal da Admi-nistração Pública.

Acórdão nº 330/2005 • Pessoal.Estabilidade.Artigo19,ADCT.Garantiadodireitoconstitucional aos servidores que adquiram condição. Os servidores que já se encontra-vam no serviço público no período mínimo de 5 anos antes da data de promulgação da Constituição Federal (05/10/1983), por força do artigo 19 do Ato das Disposições Cons-titucionais Transitórias, adquiriram estabilidade no serviço público. As demais admis-sões deverão ocorrer por meio de concurso público.

Acórdão nº 456/2006 • Pessoal.Defensoriapública.Autonomia.Competênciaparaorganização de estrutura e preenchimento dos cargos. Alcançando a autonomia finan-ceira, funcional e administrativa, a Defensoria Pública deixa de estar subordinada ao Chefe do Executivo, cabendo à própria instituição organizar sua estrutura, propor a criação e extinção de seus cargos, praticar atos de gestão, exercer o controle interno, tal como dispõe o artigo 116 da Constituição Estadual, além de exercer outras compe-tências decorrentes de sua autonomia. Observa-se, contudo, que ainda não houve ade-quação das normas infraconstitucionais aos textos das Constituições Federal e Esta-dual, cabendo ao operador jurídico analisar os dispositivos legais e verificar quais per-manecem de acordo com as novas diretrizes estabelecidas. No caso apresentado, a es-trutura funcional deverá permanecer a mesma até a publicação de lei de iniciativa da Defensoria Pública promovendo a alteração. Os cargos devem ser nomeados pelo De-fensor Público Geral e, este, pelo Governador do Estado.

Acórdão nº 870/2005 • Pessoal.PCCS.Criaçãodecargos.AssessoriaParlamentar.Possibilidade de inclusão no PCCS, observados os requisitos. É possível a criação de car-gos de assessoria parlamentar mediante lei, definindo os requisitos de investidura, as atribuições e o padrão de vencimento, observados os princípios constitucionais e infra-constitucionais que regem a Administração Pública e o limite máximo de despesa de pessoal previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. Deve observar, ainda, a iniciativa do projeto de lei prevista na Constituição Estadual e na Lei Orgânica do Município.

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 119

Acórdão nº 871/2005 • Pessoal. PCCS. Poder Legislativo. Competênciapara cria-ção dos cargos e possibilidade de terceirização do serviço de vigilância. No campo da oportunidade e conveniência administrativa cumpre ao Poder Legislativo, por força de lei, criar os seus cargos, regulamentando as respectivas atribuições e jornada de traba-lho, preenchendo as vagas por concurso público. O serviço de vigilância é passível de terceirização, mediante a contratação de prestador de serviço legalmente habilitado e com observância às regras impostas pela Lei nº 8.666/1993.

Acórdãos nº 3.007/2006, 1.784/2006, 1.300/2006 e 549/2006 • Pessoal.DireitosSociais. Contratação temporária. 13º Salário e férias. Extensão dos direitos sociais aos servidores contratados temporariamente, independentemente de previsão em legis-lação própria. O servidor temporário contratado na forma do inciso IX do artigo 37 da ConstituiçãoFederaléconsiderado“servidorpúblico”,sendoasseguradosaeleosdirei-tos sociais dos trabalhadores urbanos e rurais (artigo 7º da Constituição Federal), mes-mo que essa gratificação não esteja expressa na legislação infraconstitucional do ente federativo.

Acórdão nº 486/2003 • Pessoal. Remuneração.Direito social. 13º salário e férias.Apuração. O valor devido para efeito de pagamento das férias, 1/3 de férias e 13° salá-rio será apurado com base na remuneração integral do servidor, podendo ser o salário base + produtividade, se assim previsto na legislação municipal, fazendo incidir os des-contos devidos nos termos das legislações específicas.

Acórdão nº 658/2006 • Pessoal.DireitosSociais.Adicionalde1/3deférias.Paga-mento no período de gozo. O adicional de 1/3 de férias, garantido constitucionalmente aos trabalhadores, deverá ser pago na época de gozo das respectivas férias.

Acórdão nº 1.810/2006 • Pessoal.Conselho.ConselhoMunicipaleConselhoTute-lar. 13º salário e férias. Vedação ao pagamento aos membros. Não há permissão legal para pagamento de férias e décimo terceiro salário aos membros de Conselhos Munici-pais e aos membros do Conselho Tutelar, uma vez que estes não possuem vínculo tra-balhista com a Administração Pública Municipal.

Acórdão nº 96/2005 • Pessoal.Conselho.ConselhoTutelar.Necessidadedenorma-tização local acerca da remuneração. O funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive quanto à remuneração de seus membros, deverá ser regulado em lei municipal.

Acórdão nº 1.392/2005 • Pessoal.Direitosocial.Fériasdevidasaservidorfalecído.Direito ao recebimento pelos sucessores. O direito ao gozo de férias anuais remunera-das, com acréscimo de 1/3, deriva diretamente do Texto Constitucional, sendo assegu-rado aos sucessores os resíduos devidos por se tratar de parcelas correspondentes ao trabalho efetivamente prestado pelo servidor.

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Prefeitura de Cuiabá 120 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Acórdão nº 135/2006 • Pessoal.Remuneração.Possibilidadedeaumentodiferen-ciado para as categorias. É possível ao Administrador Público conceder aumento sala-rial ou reajuste especial a apenas algumas categorias funcionais, através de lei autoriza-tiva devidamente fundamentada nas peculiaridades fáticas que justifiquem o aumento específico para determinada categoria. Tal medida está condicionada, também, à com-provação de capacidade orçamentária/financeira da Administração.

Acórdão nº 1.509/2002 • Pessoal.Remuneração.ATS–Adicionalportempodeser-viço. Possibilidade de pagamento a servidor de carreira no exercício de cargo comis-sionado. O servidor de carreira, exercendo cargo em comissão, faz jus ao adicional por tempo de serviço, caso assim preveja o Estatuto dos Servidores.

Acórdão nº 135/2006 • Despesa.Pessoal.Remuneração.Saláriomínimoobrigató-rio. Obrigatoriedade de observância a direito constitucional. A Administração Pública deve adequar os vencimentos de seus servidores ao salário mínimo previsto na legis-lação, a fim de cumprir dispositivo constitucional (inciso IV do artigo 7º e § 3º do arti-go 39).

Acórdão nº 2.101/2005 • Pessoal. Remuneração.Horasextras.Vedaçãoaopaga-mento a comissionados. O desempenho de atividades de direção, chefia e assessora-mento não comporta a subordinação ao regime fixo de horas, pelo caráter de confiança existente nesse tipo de relação. Podem tais servidores ser convocados a qualquer mo-mento, no interesse da Administração, sem que daí surja obrigação de remunerar as ho-ras excedentes às trabalhadas habitualmente.

Acórdão nº 476/2003 • Pessoal.Remuneração.Salário-maternidade.Obrigaçãodepagamento integral da remuneração. Durante o período de licença-maternidade, a ser-vidora tem direito a receber as mesmas parcelas recebidas enquanto esteve na ativa por se tratar de um direito constitucional disposto no inciso XVIII do artigo 7º e no § 3º do artigo 39 da Constituição Federal.

Acórdão nº 818/2006 • Pessoal.Remuneração.PoderExecutivo.Competência le-gislativa do Chefe do Poder. O Chefe do Poder Executivo tem competência para propor leis que tratem da adequação salarial de seus servidores, desde que observadas rigoro-samente as prescrições da Constituição Federal (artigo 169), da Constituição Estadual (artigo 195) e da Lei de Responsabilidade Fiscal (artigo 21).

Acórdão nº 2.108/2005 • Pessoal. Remuneração. Poder Legislativo. Competênciado Poder. É legal o Legislativo dispor, por Resolução, sobre sua organização, funciona-mento, polícia, criação, transformação, criação ou extinção dos cargos, empregos e fun-ções de seus serviços. É obrigatória, entretanto, a elaboração de lei, de sua iniciativa, para fixação da remuneração dos vereadores.

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 121

Acórdãos nº 30/2004 e 582/2003 • Pessoal.Concessãodevantagemouaumento.Necessidade de observância aos limites e condições. A concessão de qualquer vanta-gem ou aumento de remuneração pelos órgãos e entidades das administrações direta e indireta, Federal, Estadual e Municipal, não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. Também é exigida prévia e suficiente dotação orçamentária para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes, bem como autorização na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Acórdão nº 880/2005 • Pessoal.Aumentodedespesascompessoalnos180diasanteriores ao final de mandato. Possibilidade, observadas as condições. É possível o provimento de cargos, efetivos ou em comissão, no período de 180 dias que antece-dem o fim do mandato do titular do Poder ou órgão, desde que respaldado em ato (lei, decreto, edital de concurso). Antes deste período, observadas as condições previstas no inciso IV do parágrafo único do artigo 22 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Acórdão nº 353/2004 • Pessoal.Acumulaçãoremuneradadecargos,empregosefunções. Inatividade e cargos eletivos e em comissão. Possibilidade de acumulação, atendidas as condições. É possível a percepção simultânea de proventos de 353/2004 do artigo 40 ou artigos 42 e 142, com cargos remunerados acumuláveis na forma da Constituição, pelos ocupantes de cargos eletivos e cargos em comissão declarada em lei de livre nomeação e exoneração.

Acórdão nº 1.413/2003 • Pessoal.Acumulaçãoremuneradadecargos,empregose funções públicas. Vedação, como regra geral. É vedada a acumulação remunerada de cargos, empregos e funções públicas na Administração Pública, estendida a proibi-ção às autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; é vedada a acumulação remunerada de um cargo de natureza comissionada e outro de médico.

Acórdão nº 757/2002 • Pessoal.Licençaparainteresseparticular.Vedaçãoduranteo período do estágio probatório. Durante o estágio probatório não é possível a conces-são de licença a servidor para tratar de interesse particular, ainda que sem remunera-ção. A concessão da licença impossibilita a avaliação especial de seu desempenho, con-trariando o dispositivo constitucional vigente (artigo 41, CF).

Acórdão nº 473/2006 • Pessoal. Licença-prêmio. Conversão empecúnia.Vedadaaos Defensores Públicos. A conversão da licença-prêmio em pecúnia é vedada aos De-fensores Públicos, ante a ausência de diploma legal autorizativo.

Acórdão nº 477/2006 • Pessoal. Lotacionograma.Atendimento ao artigo148daCE, observando-se as informações, abrangências e especialidades aplicáveis. O Anexo XI do Manual de Orientação para Remessa de Documentos ao TCE-MT (lotacionogra-

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Prefeitura de Cuiabá 122 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

ma) poderá ser utilizado pela Administração Pública como modelo para elaboração do demonstrativo a ser publicado nos termos do artigo 148 da Constituição Estadual. Con-siderando que os lotacionogramas apresentam a situação resumida do quadro de pes-soal, detalhando até o nível de cargo, função ou emprego, sem a individualização nomi-nal dos servidores, a remuneração deverá ser apresentada também nesse nível de de-talhamento. Significa que o demonstrativo deve informar o total da remuneração paga aos servidores ocupantes de cada cargo, emprego e/ou função, relativamente ao últi-mo mês do trimestre a que se refere a publicação.

Acórdão nº 466/2004 • Pessoal.Regimedetrabalho.Vedaçãoaoenquadramentode empregados públicos em cargos de provimento efetivo. O enquadramento de em-pregado público em cargo de provimento efetivo é inconstitucional, já que a investi-dura depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e tí-tulos.

Acórdão nº 920/2003 • Pessoal.Qualificação.Possibilidadedarealizaçãodedespe-sas com qualificação dos servidores públicos. É legal a realização de despesas com qua-lificação dos servidores visando à eficiência no serviço público, à qualidade dos servi-ços prestados ao cidadão e à valorização do servidor público.

Acórdão n° 297/2007 • Pessoal.Qualificação.Bolsa.Bolsaparaqualificaçãoinstitu-cional. Possibilidade de manutenção do vínculo. Manutenção da remuneração, se hou-verautorizaçãolegal.ApenasosservidoresbeneficiadospelaBolsaparaQualificaçãoInstitucional poderão manter o vínculo de emprego com a instituição convenente. A condição é que sejam profissionais pertencentes ao quadro permanente da instituição que comprovem estar liberados das atividades profissionais, por meio de documento oficial comprobatório desta condição. Profissional do quadro permanente corresponde aoservidortitulardecargoefetivo,nocasodasinstituiçõespúblicas.Quandosetratarde instituições privadas, as regras serão estabelecidas em regimento próprio. Para que o bolsista não precise abdicar de sua remuneração, quando servidor estadual, deve pre-encher as exigências dos artigos 116 a 118 da Lei Complementar Estadual n° 04/1990. Nos demais casos, dependerá de previsão em estatuto ou regulamento próprio.

Acórdão nº 260/2004 • Pessoal.Convênio.Consignação.Folhadepagamento.Em-préstimos pessoais. Possibilidade de celebração, observadas as condições. É possível a celebração de convênio entre o Município e instituições financeiras visando à conces-são de empréstimos consignados a servidores efetivos e estáveis, ainda que o parcela-mento ultrapasse o término de mandato do gestor, uma vez que não acarreta qualquer ônus financeiro ao Município.

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 123

7.8. Planejamento

Acórdão nº 669/2006 • Planejamento.PPA,LDOeLOA.Elaboração.AudiênciaPú-blica. Competência do Prefeito Municipal para convocação. Compete ao Chefe do Po-der Executivo convocar a sociedade para discutir a elaboração das peças de planeja-mento, como forma de incentivar maior participação popular. Não há impedimento para a convocação dessas audiências também pelo Chefe do Poder Legislativo, com ob-servância das regras dispostas na Lei Orgânica Municipal, tendo em vista que a Consti-tuição Federal, no artigo 58, prevê, de forma genérica, a competência do Congresso Na-cional para a realização de audiências públicas com representantes da sociedade civil.

Acórdão nº 2.986/2006 • Planejamento.LOA.Alteração.Possibilidadedealteraçãodo limite de abertura de créditos adicionais suplementares pelo Executivo. Não há ve-dação legal para aprovação de projeto de lei para alteração do limite de abertura de créditos adicionais suplementares consignados em lei orçamentária. Contudo, os ter-mos de sua elaboração devem estar em perfeita consonância com os princípios esta-belecidos nos artigos 165 a 169 da Constituição Federal e 40 a 46 da Lei nº 4.320/1964. A nova lei somente produzirá seus efeitos a partir da data de sua publicação em veícu-lo de comunicação oficial.

Acórdãos nos 3.145/2006 e 1.716/2003 • Planejamento. LOA.Alteração. Frustra-ção de receita. Vedação à redução do orçamento. Adoção das medidas estabelecidas na legislação. Havendo frustração da receita estimada, o orçamento não poderá ser redu-zido. Para garantir o equilíbrio das contas públicas, devem ser observadas as regras es-tabelecidas pela LRF, especialmente a limitação de empenhos e movimentação finan-ceira, nos termos do seu artigo 9º.

Acórdão nº 3.145/2006 • Planejamento.LOA.Alteração.Créditoadicional.Fontederecursos. Possibilidade de se indicar o excesso de arrecadação em fonte vinculada, ain-da que o excesso não se reflita na receita total arrecadada. Para abertura de crédito adi-cional poderá ser indicado como fonte de recurso o excesso de arrecadação provenien-te de recursos adicionais de transferências recebidas, com destinação vinculada, não previstos ou subestimados no orçamento. Isso pode ser realizado ainda que o excesso não se reflita na receita total arrecadada, desde que atenda ao objeto da vinculação e se adotem as providências para a garantia do equilíbrio financeiro.

Acórdão nº 668/2004 • Planejamento.PPA.Alteração.Observânciaaoperíododevigência do PPA. As alterações no Plano Plurianual devem ficar restritas ao período de vigência estabelecido na Constituição Federal, ou seja, do 2º ano do mandato atual até o primeiro ano do mandato subseqüente.

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Prefeitura de Cuiabá 124 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Acórdão nº 1.550/2006 • Planejamento.LOA.Alteração.Obrigaçõespatronais.Re-gistro via sistema orçamentário – necessidade de créditos adicionais. Registro via siste-ma financeiro – notas explicativas. A suplementação orçamentária é aplicável nos ca-sos de alteração de dotações orçamentárias. Se o ente da Federação, em 2006, optou por registrar o repasse das contribuições patronais intra-orçamentariamente (Portaria STN nº 688/2005), deverão ser observadas as regras para a suplementação de dotação estabelecida na legislação. Se optou pelo registro dos repasses pela via financeira (Por-taria STN nº 504/2003), não serão aplicadas as regras de suplementação de orçamento, devendo ser divulgadas notas explicativas para justificar as eventuais distorções exis-tentes entre a previsão e a realização. A partir de 2007, com o advento da Portaria STN nº 388/2006, que revogou a de n° 688/2005, os repasses deverão ocorrer exclusivamen-te pela via intra-orçamentária. As necessárias alterações orçamentárias serão submeti-das às regras específicas.

7.9. Previdência

Acórdão nº 145/2004 • Previdência.Contribuição.Verbaindenizatória.Não-inclu-são na base de cálculo da contribuição e benefício. Nos benefícios previdenciários é ve-dada a inclusão das parcelas remuneratórias decorrentes de função de confiança, de cargo em comissão ou do local de trabalho, nestas incluídos os adicionais de periculosi-dade e insalubridade. As verbas de natureza indenizatória não compõem a base de cál-culo sobre a qual incidirão os descontos previdenciários, não devendo integrar o mon-tante dos benefícios.

Acórdão nº 3.153/2006 • Previdência. Contribuição. Hora extraordinária. Não-in-clusão na base de cálculo da contribuição. As horas extraordinárias não integram a base de contribuição à Previdência, visto que tal verba não será levada para a inatividade.

Acórdão nº 1.134/2004 • Previdência.Contribuição.Prestadordeserviços.Reten-ção e recolhimento pela Prefeitura Municipal. Por força da Emenda Constitucional nº 20/98, os profissionais liberais são filiados obrigatórios do Regime Geral de Previdência Social – RGPS, na condição de contribuintes individuais. Tanto a Prefeitura Municipal, na condição de empresa, e o trabalhador, como segurado obrigatório, deverão contribuir para a Previdência Social. A parcela patronal, de responsabilidade da Prefeitura, é resul-tante de percentual incidente sobre o total da folha de pagamento, cujos recursos de-vem constar do orçamento. A parcela funcional será descontada automaticamente da remuneração do servidor e repassada ao órgão previdenciário, juntamente com a par-te patronal.

Acórdão nº 415/2004 • Previdência.Contribuição.Artigo19doADCT.Servidoresestáveis e os que tiveram seus empregos transformados em cargos públicos. Vincula-

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 125

ção ao RPPS, se houver. Submissão dos atos de aposentadoria à análise da legalidade pelo TCE-MT. Vinculam-se ao regime próprio de previdência social, se houver, além dos servidores efetivos, aqueles estabilizados nos termos do artigo 19 do Ato das Disposi-ções Constitucionais Transitórias e os que tiveram seus empregos transformados em cargos públicos, com conseqüente submissão ao TCE-MT dos atos concessórios dos be-nefícios previdenciários, para exame de legalidade. Os documentos a serem encami-nhados são aqueles constantes do Manual de Orientação para Remessa de Documen-tos ao TCE-MT.

Acórdão nº 861/2002 • Previdência. Contribuição. Retenção e não recolhimentoem razão de liminar pendente de julgamento. Vedada a utilização dos recursos para despesasdeoutranatureza.OvalordacontribuiçãoaoINSS,inscritoem“RestosaPa-gar”ependentederecolhimentoemrazãodeaçãojudicial,devesermantidoemcon-ta corrente até que a Justiça julgue o mérito da ação, não devendo ser utilizado para o pagamento de outras despesas.

Acórdão nº 874/2005 • Previdência.Benefício.Cargoemcomissão.Incorporação.Possibilidade de compor os proventos de aposentadoria. Demais gratificações. Veda-ção à concessão após implantação de subsídio. A remuneração do cargo em comissão, quando exercido por mais de 5 anos ininterruptos ou 10 intercalados, incorpora-se aos proventos da aposentadoria concedida após a implantação de subsídio para a carreira dosservidorespúblicosdoEstadodeMatoGrosso,nostermosdaalínea“a”doartigo140 da Constituição Estadual. As demais vantagens, uma vez adotada a política de sub-sídio para a carreira, não serão mais devidas, tendo em vista que já foram aglutinadas ao subsídio correspondente ao cargo.

Acórdão nº 438/2005 • Previdência.Benefício.RPPS.Vedaçãoàconcessãodebe-nefícios distintos dos concedidos pelo RGPS. Os regimes próprios de previdência social dos servidores públicos municipais não poderão conceder benefícios distintos dos pre-vistos no RGPS (Lei nº 8.213/91).

Acórdão n° 1.598/2005 • Previdência.Benefício.Vereador.Licençaparatratamen-todesaúde.PeríciaMédica.Quandoovereadorseafastardesuasatividadespormo-tivo de doença por período inferior ao determinado pelo regime previdenciário para o início da concessão do benefício correspondente ao auxílio-doença, o pagamento do subsídio ficará a cargo da Câmara Municipal. A comprovação do motivo do afastamen-todeveráobedeceracritériosestabelecidospelaCâmaraMunicipal.Quandooperíododa licença corresponder àquele em que o benefício será assegurado pelo sistema pre-videnciário correspondente, deverão ser observadas as regras específicas de cada regi-me, conforme o caso. Em se tratando do RGPS, ultrapassados os quinze primeiros dias do afastamento, o segurado deverá ser encaminhado à perícia médica do INSS. No caso do RPPS, deverão ser observadas as regras do Município.

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Prefeitura de Cuiabá 126 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Acórdão nº 662/2006 • Previdência.Benefício.Aposentadoria.Aposentadoriapro-porcional. Vedação à utilização do tempo de contribuição completado após a publica-ção da EC nº 41/2003. É ilegal a utilização do tempo de contribuição completado após a publicação da Emenda Constitucional nº 41/2003 no cálculo das aposentadorias pro-porcionais previstas pela Emenda Constitucional nº 20/98.

Acórdão nº 3.153/2006 • Previdência.Benefício.Aposentadoriavoluntária.Consi-deração do tempo em que o servidor efetivo exerceu cargo comissionado. Para cum-primento da exigência constitucional de 5 anos no cargo efetivo para fins de aposen-tadoria voluntária, considera-se também o período que o servidor exerceu funções co-missionadas.

Acórdão nº 668/2006 • Previdência.Benefício.AposentadoriaCompulsória.Veda-ção à consideração do tempo de contribuição após os 70 anos. Na fixação da propor-cionalidade dos proventos referentes à aposentadoria compulsória, deve-se considerar a legislação vigente na data em que o servidor completa 70 anos de idade, não haven-do possibilidade legal de computar eventual tempo de serviço posterior ao implemen-to da data limite constitucional, para quaisquer efeitos.

Acórdão nº 1.783/2003 • Previdência.Benefício.Aposentadoria.Análisedalegali-dade pelo TCE. Vedação ao julgamento prévio. Não cabe ao TCE-MT a emissão de julga-mento prévio dos processos de aposentadorias, e, sim, a análise da legalidade desses benefícios quando já concedidos pelo regime próprio de previdência.

Acórdãos nº 558/2007, 1.170/2002 e 1.134/2001 • Previdência. Benefício. Servi-dor ocupante de cargo comissionado ou temporário. Vinculação previdenciária. Seguro Acidente de Trabalho. Observância às normas previdenciárias. São segurados obrigató-rios do regime geral de previdência social os servidores ocupantes exclusivamente de cargo em comissão, bem como aqueles que ocupam cargos ou empregos temporários. O servidor efetivo vincula-se ao regime próprio de previdência, se existente, ainda que nomeado para o exercício de cargo comissionado. Para o recolhimento da contribuição relativa ao benefício do Seguro de Acidente de Trabalho, deverá ser observada a legis-lação do Regime de Previdência Social a que estiver vinculado o servidor.

Acórdão nº 791/2006 • Previdência.RPPS.Instituição.Possibilidade,sehouverca-ráter contributivo e garantia do equilíbrio financeiro e atuarial. A Constituição Federal impõe aos Municípios filiação a regime de previdência de caráter contributivo e que garanta o equilíbrio financeiro e atuarial do respectivo regime. Os entes federa-dos so-mente deverão instituir seus próprios regimes de previdência mediante capacidade efetiva de assegurar o mencionado equilíbrio. Na impossibilidade de assegurar o paga-mento de benefícios previdenciários, os servidores serão filiados ao regime geral, ob-servado o disposto no § 5º do artigo 201 da CF.

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 127

Acórdão nº 438/2005 • Previdência.RPPS.Personalidadejurídica.SeoFundoMu-nicipal de Previdência for criado como órgão autônomo (administração indireta), pos-suirá personalidade jurídica própria, com inscrição no CNPJ.

Acórdão nº 872/2005 • Previdência.RPPS.Cuiabá-PREV.Legalidade,competênciada Procuradoria Jurídica do Instituto e análise da legalidade dos benefícios pelo TCE-MT. É legal a criação do Instituto Municipal de Previdência Social dos Servidores de Cuiabá – CUIABÁ-PREV, tendo em vista as Leis Municipais nº 2.781/1990 e 4.592/2004. A Procuradoria Jurídica do CUIABÁ-PREV é órgão legítimo para emitir pareceres nos pro-cessos de concessão de benefícios daquela autarquia, nos termos do inciso IV do artigo 75 da Lei nº 4.592/2004, os quais deverão ser subordinados ao julgamento do Tribunal de Contas, conforme determina o artigo 206, parágrafo único, combinado com o artigo 212, ambos da Constituição Estadual.

Acórdão nº 21/2005 • Previdência. RPPS. Programa AMM-PREVI. Legalidade doprograma condicionada ao atendimento às condições, especialmente à adequação ao limite de despesas administrativas em cada RPPS. O Programa AMM-Previ é legalmente aplicável aos municípios. Significa que a gestão do ativo e do passivo dos RPPS é passí-vel de terceirização. Entretanto, somente será funcional e viável se cada RPPS vinculado ao Programa se adequar às normas gerais de previdência, em especial ao limite de 2% para a taxa de administração. Para tanto, há necessidade de avaliação de impacto em cada regime próprio. Devem, ainda, ser observadas as seguintes conclusões:

1. A vedação de pagamento de benefícios, mediante convênios ou consórcios en-tre Estados, entre Estados e Municípios e entre Municípios, nos termos do inciso V do artigo 1º da Lei 9.717/1998, não pode ser confundida com a contratação do Programa AMM-Previ para gestão de ativos e passivos previdenciários dos muni-cípios;

2. O RPPS pode, direta ou indiretamente, aplicar suas disponibilidades de caixa em instituições financeiras não oficiais, desde que essas tenham funcionamento au-torizado pelo Banco Central. Deve observar, ainda, os requisitos mínimos previs-tos nas normas gerais de previdência, os limites e condições de proteção, solvên-cia, liquidez e prudência do mercado financeiro. A legislação exclui a possibilida-de de o Banco Santos gerir, controlar e aplicar recursos previdenciários, conside-rando a sua inadequação aos critérios mínimos exigidos;

3. Não há previsão legal para o RPPS custear despesa de seguro relativo a benefí-cios de risco (aposentadoria por invalidez e pensão por morte), tendo em vista que seguro não é benefício previdenciário, não se enquadrando em despesas de custeio (2%). Da mesma forma, a previdência deve alcançar o equilíbrio atua-rial sem necessidade de resseguro, nos termos do inciso IV do artigo 1º da Lei nº 9.717/1998;

4. O RPPS deverá se adequar ao limite de 2% para Taxa de Administração, individu-almente, incluindo nesse limite as seguintes despesas:a. Percentual de 1,6% a 1,8%, variável e incidente sobre valor da folha de paga-

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Prefeitura de Cuiabá 128 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

mento a ser pago à Agenda Assessoria, pela prestação de serviços de gestão do passivo.

b. Percentual de 0,3%, a título de Taxa de Administração, aplicado sobre o mon-tante de recurso sob controladoria, provisionado diariamente e exigível men-salmente, pela gestão do ativo e pela controladoria.

c. Percentual de 35%, a título de Taxa de Sucesso, aplicado sobre o que exce-der à variação anual do INPC acrescido de 6% a.a., provisionado diariamente e exigível trimestralmente, sobre os ganhos decorrentes das aplicações, pela gestão de ativo.

d. Tarifas relativas à abertura de contas, operacionalização de folhas de benefí-cios e efetivação de cada pagamento a fornecedores, a serem pagas à CEF – Caixa Econômica Federal.

Acórdão nº 1.046/2004 • complementadopeloAcórdãonº130/2006.Previdência.RPPS. Despesas administrativas. Repasses do Poder Executivo. Inclusão no limite. Even-tuais repasses do Poder Executivo ao Fundo de Previdência, assim como os dispêndios inerentes à cessão de pessoal ou disponibilização de bens da Administração Direta, de-verão ser computados no limite de 2% do valor total da remuneração, proventos e pen-sões dos seus segurados.

Acórdão nº 130/2006 • Previdência.RPPS.Despesasadministrativas.Custeiocomrecursos previdenciários. Possibilidade de eventual apoio do Poder Executivo. A limita-ção da taxa de administração de até 2% para custear despesas administrativas do Re-gime Próprio de Previdência Social abrange os recursos da Previdência e os do Tesouro Municipal. O Regime Próprio de Previdência não pode receber repasses do Poder Exe-cutivo para custear o excesso de gastos administrativos. Também não pode transferir ao Executivo despesas inerentes à sua estrutura. Entretanto, pode receber apoio logís-tico, material e humano, em situações específicas, desde que obedecidos os princípios da economicidade, eficiência e razoabilidade. O eventual repasse à previdência que su-pere a obrigação dos poderes não configura ato de improbidade administrativa. Con-tudo, contraria as normas gerais de previdência e de finanças públicas, sujeitando-se às sanções impostas pela Lei nº 9.717/1998 e Portaria MPAS nº 4.992/1992. O Poder Exe-cutivo não pode repassar recursos para pagamento dos vencimentos do Diretor Execu-tivo do RPPS, independentemente da personalidade jurídica, por tratar-se de despesa inerente ao regime previdenciário. Tal pagamento deve ser contabilizado como despe-sa administrativa nos termos do § 6º do artigo 17 da Portaria MPAS nº 4.992/1999.

Acórdão n° 255/2007 • Previdência.RPPS.DespesaAdministrativa.Consideraçãona avaliação atuarial anual. As despesas administrativas previdenciárias, limitadas a 2% do total das remunerações, proventos e pensões dos segurados vinculados ao RPPS re-lativo ao exercício financeiro anterior, serão custeadas pelo ativo financeiro previdenci-ário, constituído da soma da contribuição do servidor mais a parcela patronal. No cál-culo atuarial, a partir do qual será estabelecida a alíquota de contribuição patronal e do

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 129

servidor, deverá estar contida a previsão da referida taxa de administração para obser-vância do equilíbrio financeiro e atuarial entre a arrecadação, despesas administrativas e pagamento de benefícios.

Acórdãos nos 438/2005 e 21/2005 • Previdência.Disponibilidadefinanceira.Apli-cação preferencialmente em instituições financeiras oficiais. Possibilidade de aplicação em instituições financeiras não oficiais, observadas as condições. Por medida de segu-rança, os recursos financeiros previdenciários devem ser aplicados, preferencialmen-te, em instituições financeiras oficiais, observando-se o que dispõem os §§ 1° e 2° do artigo 43 da Lei de Responsabilidade Fiscal e os incisos IV e VI do artigo 6° da Lei n° 9.717/1998. No entanto, o RPPS pode, direta ou indiretamente, aplicar suas disponibili-dades de caixa em instituições financeiras não oficiais, desde que essas tenham funcio-namento autorizado pelo Banco Central. Deve observar, ainda, os requisitos mínimos previstos nas normas gerais de previdência, os limites e condições de proteção, solvên-cia, liquidez e prudência do mercado financeiro.

Acórdão nº 791/2006 • Previdência.RPPS.Extinção.Disponibilidadedecaixa.uti-lização exclusiva no pagamento de benefícios do próprio regime e para eventual com-pensação previdenciária. As disponibilidades de caixa de regime de previdência extin-to deverão ser utilizadas única e exclusivamente para pagamento de benefícios do pró-prio regime e para eventual compensação previdenciária.

Acórdão nº 438/2005 • Previdência.RPPS.Despesas.Ordenador.CompetênciadoDiretor-Presidente. O ordenador de despesas possui autoridade legal para autorizar o empenho e pagamento de despesas, conforme previsão dos artigos 58 e 64 da Lei nº 4.320/1964. No Fundo Municipal de Previdência Social o ordenador de despesas é o Di-retor-Presidente que, juntamente com o contador e tesoureiro, deve assinar todas as fa-ses das despesas. Os cheques devem ser assinados por, no mínimo, duas pessoas.

7.10. Receita

Acórdão nº 100/2006 • Receita.RCL.Apuração.TransferênciadeRecursosdePro-gramas e respectivo pessoal contratado. Inclusão no cálculo da RCL. O repasse financei-ro feito pelo ente federal ou estadual, a título de programas, é computado na Receita Corrente Líquida do ente recebedor, conforme dispõe o inciso IV do artigo 2º da Lei de Responsabilidade Fiscal. Inclui-se nas despesas com pessoal o pagamento de pessoas contratadas para prestação de serviços destinados a atender programas federais ou es-taduais, ainda que a contratação seja feita por empresa interposta.

Acórdão nº 2.379/2002 • Receita.RCL.Apuração.Receitascorrentes.Convêniosecongêneres. Inclusão na base de cálculo. As receitas obtidas através de convênios e

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Prefeitura de Cuiabá 130 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

congêneres (receitas vinculadas), destinadas a despesas correntes (transferências cor-rentes), integram a Receita Corrente Líquida.

Acórdãos n° 3.181/2006 e 790/2006 • Receita.RCL.IRRF.Inclusãonabasedecálcu-lo. Os valores referentes ao Imposto de Renda Retido na Fonte, incidentes sobre a folha depagamentodepessoal,constituem-seemdespesacompessoal,nostermosdo“ca-put”doartigo18daLeideResponsabilidadeFiscal,edevemserconsideradosnaapu-ração da Receita Corrente Líquida.

Acórdão n° 295/2007 • Receita.Arrecadação.Tributos. IPTu.Vedaçãoàarrecada-ção via empresa de cartão de crédito. Não é possível o recebimento de recursos do con-tribuinte municipal, a título de pagamento de IPTU, via convênio com empresa de car-tão de crédito.

Acórdão nº 2.634/2006 • Receita.Arrecadação.Receitadealienação.Bensimóveis.Possibilidade de recebimento parcelado. A alienação de bens imóveis da Administra-ção Pública deve ser processada de acordo com a Lei nº 8.666/93, sendo possível o re-cebimento parcelado do valor total da alienação, desde que haja previsão no edital e no contrato celebrado entre a Administração e o particular adquirente. A transferência da propriedade do imóvel alienado, com o registro em Cartório de Registro de Imóveis, somente se efetivará após o pagamento de todas as parcelas.

Acórdão nº 685/2004 • Receita.Arrecadação.Doação.Possibilidadederecebimen-to. Aplicação e prestação de contas observando-se as regras que regem a Administra-ção Pública. Não há impedimento legal para que a administração seja beneficiada com doações, desde que isso não acarrete ônus reais indesejados e insuportáveis para a Ad-ministração Pública. A aplicação e prestação de contas de recursos recebidos em doa-ção serão feitas em conformidade com as regras que regem a Administração Pública.

Acórdão nº 685/2004 • Receita.Arrecadação.Doação.Possibilidadedevinculaçãoem cobranças de serviços de água e energia. A vinculação de campanhas de arreca-dação de donativos através da fatura dos serviços de água e energia encontra amparo no poder discricionário do Administrador Público. Contudo, tal ato deve obedecer aos princípios da moralidade, da boa fé e da vedação à publicidade enganosa. Não cabe ao Tribunal de Contas referendar atos discricionários do Administrador Público, nem mes-mo por meio de consulta. Entretanto, compete opinar sobre a legalidade dos seus atos, o que não significa que o Tribunal esteja orientando o Administrador Público a lançar mão de campanhas de arrecadação.

Acórdão nº 987/2006 • Receita.Arrecadação.Tarifadeágua.Vedaçãoàvinculaçãode recebimentos particulares junto ao boleto de cobrança da água. Não é possível a vinculação de dívida particular à cobrança de tarifas de água pelo Município, a exem-plo de débitos dos munícipes com associações de bairros.

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 131

Acórdão nº 2.337/2006 • Receita.Dívidaativa tributária.Bens imóveisentreguespor dação em pagamento. Receita tributária e base de cálculo para saúde e ensino. O recebimento de bens imóveis entregues por dação em pagamento de dívida ativa tri-butária gera receita resultante de impostos. Portanto, integrará a base de cálculo para educação e saúde, pois as regras constitucionais e legais vinculam a aplicação dos re-cursos provenientes das receitas tributárias resultantes de impostos nessas duas áreas.

Acórdão nº 1.763/2006 • Receita.Arrecadação.DívidaAtiva.Créditosirrisórios.Co-branças fiscais. Recomendações do TCE-MT. Não compete ao TCE-MT autorizar a dis-pensa de ações fiscais para a cobrança de dívida ativa municipal, ainda que essas se mostrem insignificantes, devendo o assunto ser tratado na Lei de Diretrizes Orçamen-tárias, conforme prescreve a Lei de Responsabilidade Fiscal. Em face da competência orientativa, o Tribunal opina no sentido de que o Administrador adote as seguintes si-tuações, que podem resultar em procedimento eficaz na arrecadação da dívida ativa:

1. Adotar parceria público-privada como alternativa para a cobrança de débitos fis-cais do Município;

2. Enviar projeto de lei à Câmara Municipal, destinado a disciplinar a cobrança de débitos irrisórios, estabelecer valores em que a cobrança poderá ser dispensada ou a permanência da inscrição em dívida ativa, etc.

Acórdão nº 900/2003 • Receita.Recursospúblicos.Movimentação. InstituiçãoFi-nanceira. Aplicação da Decisão Normativa nº 02/93 do TCE-MT. Diante da inexistência de banco oficial, deve-se aplicar a Decisão Normativa nº 02/93 desta Corte de Contas, que autoriza a movimentação de recursos em bancos privados, através de Lei Munici-pal, até a instalação de banco oficial no município. O descumprimento desta norma, após a instalação de banco oficial, gera penalidades aos responsáveis pela movimenta-ção dos recursos públicos, nos termos da Lei Orgânica do TCE-MT.

Acórdão nº 1.599/2005 • Receita.Recursospúblicos.Movimentaçãoearrecadação.Cooperativas de crédito. Vedação à movimentação de Recursos Públicos. Possibilidade de conveniar serviços de arrecadação. O artigo 23 da Resolução 3.106/2003 do Banco Central veda a movimentação de recursos públicos em Cooperativas de Crédito, exceto os serviços de arrecadação. Na ausência de instituição financeira oficial, pode ser con-tratado banco particular presente no Município.

Acórdãos nº 1.778/2005 e 265/2005 • Receita.Municípionovo.Arrecadaçãoapósa instalação administrativa. Durante a fase de criação e instalação, o município novo não faz jus às receitas recebidas pelo município-mãe, conforme dispõe o Acórdão nº 265/2005. Se, após a instalação administrativa do município novo, as receitas a ele de-vidas forem creditadas ao município-mãe, essas deverão ser devolvidas imediatamen-te, observando-se, rigorosamente, a destinação dos recursos para contas bancárias de mesma natureza/vinculação, de acordo com as regras estabelecidas para cada caso es-pecífico.

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Prefeitura de Cuiabá 132 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Acórdão nº 1.408/2005. • Receita.Recursovinculado.Vedaçãoaoremanejamentopara realização de despesas ordinárias. De acordo com o parágrafo único do artigo 8º da Lei de Responsabilidade Fiscal, é vedado o remanejamento de recursos vinculados para recursos ordinários.

Acórdão nº 1.423/2004 • Receita.Recursovinculado.ICMSecológico.Atendimen-to aos objetivos. Os recursos do ICMS Ecológico deverão ser investidos em projetos am-bientais de preservação e conservação da natureza, programas de educação ambiental, ações de saneamento básico e solução de problemas de detritos sólidos, entre outros tantos que garantem um elementar direito de todos, o do uso e desfrute de um meio am-biente saudável, urbano ou rural. Estas ações devem ser feitas pelos Poderes Executivo e Legislativo em parceria com a sociedade e os Conselhos Municipais de Meio Ambiente.

Acórdãos nº 1.742/2003 e 2.937/1994 • Receita.Recursosvinculados.Recursosfe-derais. Prestação de Contas – Competência do TCU. Conhecimento do ingresso da re-ceita – competência do TCE-MT. Nos termos do inciso VI do artigo 71 da Constituição Federal, a fiscalização da aplicação dos recursos federais é de competência do Tribunal de Contas da União e dos órgãos federais repassadores de recursos. O Tribunal de Con-tas do Estado examina a aplicação de recursos federais repassados aos Estados e Muni-cípios, na análise dos balancetes mensais e balanço anual, na relação receita e despesa. Os convênios e instrumentos congêneres de repasses de recursos financeiros de órgãos federais a órgãos do Estado e Municípios devem ser informados ao Tribunal de Contas do Estado, para conhecimento do ingresso da receita.

Acórdão nº 2.091/2002 • Receita.Arrecadação.Taxas.Taxaspeloexercíciodopo-der de polícia e outros serviços prestados pelo Corpo de Bombeiros Militar. Destinação ao FREBOM. As taxas referentes ao exercício do poder de polícia e outros serviços pres-tados pelo Corpo de Bombeiros Militar destinam-se ao Fundo de Reequipamento do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso (Frebom), conforme determina-ção da Lei nº 7.370/2000.

Acórdãos nºs 3.145/2006 e 1.716/2003 • Receita.Frustraçãonaarrecadação.Ado-ção de procedimentos para manutenção do equilíbrio financeiro e orçamentário. A Lei de Responsabilidade Fiscal, nos artigos 4º e 5º, dispõe sobre os instrumentos necessá-rios para as eventuais ações corretivas referentes ao planejamento financeiro dos mu-nicípios, abrangendo desde a programação de receitas até as limitações de empenhos e gastos em situações de oscilação financeira e não atendimento das expectativas eco-nômicas. Os gestores públicos municipais devem recorrer às próprias Leis de Diretrizes Orçamentárias e Leis Orçamentárias para buscar o equilíbrio das contas sob sua respon-sabilidade, realizando o exercício de planejamento tanto em condições de dificuldade administrativa quanto nos cenários mais favoráveis.

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 133

7.11. Saúde

Decisão Administrativa nº 16/2005. • Saúde.Limite.Artigo198,CF.Basedecálcu-lo. Inclusão da integralidade das receitas. Na apuração da base de cálculo para incidên-cia do percentual mínimo de aplicação na saúde são computadas integralmente as re-ceitas elencadas no § 2º do inciso III do artigo 198 da Constituição Federal.

Acórdãos nos 3.181/2006 e 1.098/2004 e Decisão Administrativa nº 16/2005. • Saú-de. Limite. Artigo 198, CF. Base de cálculo. IRRF. Não-inclusão na receita base de cálculo. A receita proveniente do Imposto de Renda Retido na Fonte não deve ser considerada na base de cálculo dos percentuais constitucionais de aplicação mínima na manuten-ção e desenvolvimento do ensino público e em ações e serviços públicos de saúde, nos termos do Acórdão nº 1.098/2004 deste Tribunal.

Decisão Administrativa nº 16/2005 • Saúde.Limite.Artigo198,CF.Basedecálcu-lo. CIDE. Não-inclusão na base de cálculo. As receitas provenientes da CIDE – Contribui-ção de Intervenção no Domínio Econômico – não integram a receita-base para aplica-ção no ensino e na saúde.

Decisão Administrativa nº 16/2005 • Saúde.Limite.Artigo198,CF.Basedecálcu-lo. Multas e juros de impostos. Inclusão na base de cálculo. As receitas provenientes das multas e juros decorrentes do atraso no pagamento de impostos integram a receita-ba-se para aplicação no ensino e na saúde.

Decisão Administrativa nº 16/2005 • Saúde.Limite.Artigo198,CF.Basedecálcu-lo. IOF s/ ouro. Não-inclusão na base de cálculo. As receitas provenientes do IOF sobre o ouro integram a base de cálculo para aplicação no ensino, mas não integram a base de cálculo para aplicação na saúde.

Acórdão nº 2.337/2006 • Saúde.Limite.Artigo198,CF.BasedeCálculo.Bensimó-veis entregues por dação em pagamento de dívida ativa tributária. Receita tributária e base de cálculo para saúde e ensino. O recebimento de bens imóveis entregues por da-ção, em pagamento de dívida ativa tributária, gera receita resultante de impostos. Por-tanto, integrará a base de cálculo para educação e saúde, pois as regras constitucionais e legais vinculam a aplicação dos recursos provenientes das receitas tributárias resul-tantes de impostos nessas duas áreas.

Decisão Administrativa nº 16/2005 • Saúde.Limite.Artigo198,CF.Despesa.Apu-ração pela despesa liquidada. Na verificação do cumprimento das obrigações constitu-cionais, as despesas com ensino e saúde são consideradas após a sua regular liquida-ção, devendo haver suficiente disponibilidade de caixa para pagamento daquelas ins-critas em Restos a Pagar Processados.

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Prefeitura de Cuiabá 134 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Decisão Administrativa nº 16/2005 • Saúde.Limite.Artigo198,CF.Despesa.Inati-vos e pensionistas. Inclusão na base de cálculo quando pago com recursos do Tesou-ro. As despesas relativas ao pagamento de inativos e pensionistas custeadas com recur-sos do Tesouro devem ser computadas como despesas com manutenção e desenvolvi-mento do ensino e com ações e serviços públicos de saúde, conforme sua origem.

Acórdão nº 875/2005 • MantidopeloAcórdãonº353/2006.Saúde.Limite.Artigo198, CF. Despesa. Ações de saneamento básico. Inclusão no limite estabelecido pela EC nº 29/2000. As despesas com saneamento básico enquadram-se no conceito de despe-sas com ações e serviços públicos de saúde, na forma preconizada pelo artigo 196 da Constituição Federal.

Acórdão nº 353/2006 • ReformapartedoentendimentomanifestadonoAcórdãonº 75/2005, com aplicabilidade a partir da competência 2006. Saúde. Limite. Artigo 198, CF. Despesa. Repasses para o MT-Saúde, custeio dos serviços de saúde da PM e Corpo de Bombeiros Militar. Vedação à inclusão no limite estabelecido pela EC nº 29/2000. Competências do MT-Saúde e Conselho Estadual de Saúde. Os repasses de recursos efetuados pelo Estado ao Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado – MATO GROSSO SAÚDE, assim como o custeio dos serviços de saúde da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, não são despesas com ações e serviços públicos de saú-de, não podendo tais encargos serem suportados com as receitas previstas pela Emen-da Constitucional nº 29/2000. No mérito, decide:

1. As ações reconhecidas pelo Acórdão nº 875/2005 devem ser consideradas em todo o exercício de 2005, uma vez que a decisão apenas uniformizou entendi-mento a ser adotado por esta Corte;

2. QuecompeteaoInstitutodeAssistênciaàSaúdedosServidoresdoEstado–MT-Saúde, a execução das despesas a ele pertinentes, em função de sua autonomia administrativa e financeira;

3. QuecompeteaoConselhoEstadualdeSaúdeopinarsobreeventuaisalteraçõesorçamentárias e financeiras, cabendo ao chefe do respectivo Poder a função ho-mologatória das decisões colegiadas, sem prejuízo do disposto no inciso VI do artigo 167 da Constituição da República; e, por fim,

4. Queacompetênciaparaadeterminaçãodosrepassesderecursospúblicosde-pende do que dispõe a legislação pertinente a cada caso.

Acórdão nº 1.312/2006 • Saúde.Deliberaçãonº01/2005doCNS.ObservânciapeloMunicípio. Vedação à terceirização da gestão. Possibilidade da terceirização de mão-de-obra em caráter complementar. O Município está obrigado a cumprir a determina-ção do Conselho Nacional de Saúde, por meio da Deliberação nº 01/2005, uma vez que tal comando proíbe a terceirização da gestão por contrariar o artigo 197 e o §1º do ar-tigo 199 da Constituição Federal. Entretanto, é possível a terceirização da mão-de-obra, desde que destinada apenas a complementar a atuação do Poder Público.

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 135

Acórdão nº 2.292/2002 • Saúde.Pessoal.Programaspermanentes–concursopúbli-co. Programas temporários – contratação temporária: requisitos e vinculação previden-ciária. Nos termos do inciso VII do artigo 30 da Constituição Federal, os serviços de saúde e educação são de competência dos Municípios, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado. Dessa forma, o Administrador Público municipal não possui dis-cricionariedade para decidir sobre a existência ou não de funcionários efetivos nas refe-ridas atividades. Compete a ele, por exigência legal, a iniciativa de criação dos cargos e realização de concurso público para provimento, nos termos do inciso II do artigo 37 da Constituição Federal. Para os programas especiais de saúde caracterizados como tempo-rários, a contratação temporária pode ser aplicada nos termos do inciso IX do artigo 37 da Constituição Federal, observando sempre a divulgação e seleção, com base nos prin-cípios da publicidade e impessoalidade. A contratação temporária requer lei específica municipal, além da vinculação previdenciária do Regime Geral de Previdência – INSS, nos termos do § 13 do artigo 40 da Constituição Federal, e da contabilização na despesa com pessoal da Prefeitura, por se tratar de servidores e competência municipais.

Acórdão nº 873/2005 • Receita.Recursovinculado.ProgramaApoioàsaúdeindí-gena. Possibilidade de execução direta pelo Município ou mediante convênio. Estabe-lecimento de regras em Plano de Saúde Distrital. Prestação de contas ao Conselho Dis-trital de Saúde Indígena. O Município poderá executar diretamente o Programa de Saú-de Indígena, ou mediante convênio, desde que as ações estejam previstas no Plano de Saúde Distrital, aprovado pelo Conselho Distrital de Saúde Indígena do respectivo Dis-trito Sanitário Especial. A atuação de instituições não-governamentais pode ser efetiva-da, desde que mediante convênio, sempre para a execução de ações previstas no referi-do Plano de Saúde Distrital. A prestação de contas dos órgãos e instituições executoras das ações e serviços de atenção à saúde do índio deverá ser feita ao Conselho Distrital de Saúde Indígena, conforme estabelece o artigo 3° da Portaria n° 852/99.

Acórdão nº 1.777/2005 • Saúde.Recursovinculado.ProgramaSaúdedaFamília.Possibilidade da aquisição de veículos com recursos do Programa, destinado à finali-dade vinculada. É possível a aquisição de veículo com recursos oriundos do Programa Saúde da Família (PSF), desde que utilizado exclusivamente em ações voltadas para a atenção básica da saúde. Na apuração da base de cálculo para incidência do percentu-al mínimo de aplicação na saúde são computadas integralmente as receitas elencadas no inciso III do § 2º do artigo 198 da Constituição Federal.

Acórdãos nº 813/2007 e 29/2003 • Saúde.Prestaçãodeserviços.Possibilidadederelações jurídicas entre o SUS e a iniciativa privada, dando-se preferência às entidades filantrópicas e às sem fins lucrativos. Somente após completada a plena utilização da capacidade instalada em funcionamento dos órgãos e entidades públicas, poderá, a Administração, celebrar convênios com a iniciativa privada, dando preferência a enti-dades filantrópicas e às sem fins lucrativos, para a prestação de serviços, aos preços fi-xados em tabela do SUS. Já a contratação da iniciativa privada para prestação do mes-

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Prefeitura de Cuiabá 136 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

mo tipo de serviço, por preços superiores aos fixados pelo SUS, sempre precedida de licitação, só é possível após ficar comprovado que foram despendidos todos os esfor-ços para a manutenção dos preços tabelados. Em qualquer que seja o caso, os servi-ços contratados ou conveniados submeter-se-ão às normas técnicas e administrativas e aos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, garantindo-se a manutenção do equilíbrio econômico e financeiro.

Acórdão nº 1.809/2006 • Saúde.TermodeParceria.OrganizaçãodaSociedadeCi-vil de Interesse Público – OSCIP. Possibilidade de contratação, observando-se as exigên-cias da legislação aplicável. É possível à Administração Pública celebrar parceria com instituição sem fim lucrativo, qualificada como Organização da Sociedade Civil de In-teresse Público – OSCIP, para desenvolvimento e promoção da saúde. Para tanto, deve cumprir os procedimentos disciplinados na Lei Federal nº 9.790/1999, Decreto Federal nº 3.100/1999, bem como os princípios norteadores do artigo 37 da Constituição Fede-ral e da Lei nº 8.666/1993.

Acórdão nº 1.639/2005 • Saúde.Tratamento foradomunicípio. Possibilidadedefornecimento de passagens, observando-se as regras do TFD. Compete ao Estado ado-tar as medidas necessárias para garantir o direito do cidadão à saúde, previsto na Cons-tituição. Ao conceder as passagens para pacientes com tratamento fora do domicí-lio, o Administrador Público deve aplicar as regras procedimentais do Programa TFD – Tratamento Fora do Domicílio, definidas pelo Município em consonância com as di-retrizes do Ministério da Saúde. Deverão ser observadas as normas de licitações para aquisição de passagens e combustíveis, bem como as regras contábeis/fiscais da Lei nº 4.320/1964 e da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Acórdão nº 968/2004 • Saúde.ConsórciosdeSaúde.Repasse.Vedaçãoaodébitoautomático em conta bancária. É ilegal o repasse de recursos aos consórcios munici-pais de saúde por meio de débito automático em conta corrente de municípios consor-ciados, tendo em vista a inconstitucionalidade da vinculação de receita oriunda de im-postos para o pagamento de despesas. As exceções a essa regra estão previstas na pró-pria Constituição Federal.

Acórdão n° 296/2007 • Saúde.Consórcio.Repasse.Possibilidadedeutilizaçãodacota parte FPM. É possível a utilização de recursos do FPM para o pagamento de quotas ao Consórcio Intermunicipal de Saúde. O mecanismo a ser estabelecido por cada muni-cípio participante, se em percentual da receita do FPM ou em valor fixo, ficará adstrito a cada Administrador, no exercício de seu poder discricionário.

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 137

7.12. Tributação

Acórdão nº 100/2006 • Tributação.ISSQN.Profissionaiscomprofissãoregulamen-tada. Retenção pelo município do estabelecimento do prestador do serviço, observa-dasasexceçõesda legislação.A retençãode ISSQNédevidanoscasosdecontrata-ção de serviços eventuais prestados por profissionais com profissão regulamentada. A competência para retenção é do município de domicílio do estabelecimento prestador do serviço. Na ausência do estabelecimento, considera-se o local de domicílio do pres-tador, com algumas exceções, de acordo com a natureza do serviço prestado.

Acórdão nº 587/2002 • Tributação.CréditosTributários.Possibilidadedecompen-sação com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Pública. É possível compensar créditos tributários com créditos líquidos e cer-tos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Pública. A autorização do Código Tributário Nacional não é suficiente para que a Administração realize o en-contro de contas; é necessário que a lei autorize expressamente a compensação.

Acórdão nº 1.578/2005 • Tributação.CréditoTributário.Parcelamento.Possibilida-de. A concessão do parcelamento é ato discricionário da atividade administrativa. Con-tudo, conforme preceituam o inciso VI do artigo 97 e artigo 155-A do Código Tributário Nacional, tal procedimento deverá ser feito na forma e condição estabelecidas em lei específica. Além do que, como determina o § 1º do artigo 155-A do Código Tributário Nacional, o referido parcelamento não exclui a incidência de juros e multas, salvo dis-posição de lei em contrário.

Acórdão nº 1.578/2005 • Tributação.Créditotributário.Prêmioseincentivosparaarrecadação de tributos. Possibilidade, desde que atendidas as condições. Não há óbi-ce legal à distribuição de prêmios para incentivar o recolhimento de tributos. Essa con-duta, entretanto, deve ser praticada em conformidade com a lei e com os princípios que regem o direito administrativo, principalmente os que se referem à proporcionali-dade e à eficiência.

Acórdão nº 667/2006 • Tributação. Crédito tributário. Prescrição e decadência –Código Tributário Nacional auto-executável. Requisitos da responsabilidade na gestão fiscal – instituição, previsão e arrecadação. A regra estabelecida no Código Tributário Nacional referente à prescrição é auto-executável, tem eficácia própria e produz efeitos independentes de regulamentação. A norma regulamentadora, estadual ou municipal, não pode contrariar mandamento constitucional regulamentado por lei complemen-tar. A competência tributária não se limita à instituição do tributo, cabendo ao ente tri-butante a responsabilidade de exercer sua competência tributária plena, que se efeti-va com a arrecadação, conforme estabelecido no artigo 11 da Lei de Responsabilida-de Fiscal.

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Prefeitura de Cuiabá 138 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Acórdão n° 274/2007 • Tributação.Créditotributário.Prescrição.Baixa.Desneces-sidade de autorização legislativa. Ausência de impacto em limites de gastos com en-sino, saúde e repasse para o Legislativo. Requisitos da responsabilidade na gestão fis-cal – instituição, previsão e arrecadação. É possível proceder a baixa dos valores refe-rentes à dívida tributária prescrita sem a necessidade de autorização legislativa. Essa baixa não altera a base de cálculo para o cômputo dos gastos com saúde, educação e transferências ao Legislativo, pois não se trata de receita arrecadada, e, sim, direi-to extinto pela fluência da prescrição. A Administração Pública deve envidar esforços para obter a efetiva arrecadação de seus créditos junto a terceiros, pois constitui-se em um dos requisitos para a gestão fiscal responsável.

Acórdão nº 1.578/2005 • Tributação.Receitatributária.Renúncia.Observânciaaosrequisitos. Para a concessão de qualquer forma de incentivo ou benefício de natureza tributária que corresponda à renúncia de receitas, deverão ser adotadas providências estabelecidas no artigo 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal. A lei trata tão-somente de renúncia de receita tributária, não abrangendo os incentivos ligados à redução de re-ceitas não tributárias, não estando estes submetidos às regras constantes do artigo 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal, devendo ser observada apenas no que concerne ao estabelecimento e cumprimento de metas fiscais.

Acórdão nº 1.578/2005 • Tributação.Receitatributária.Renúnciadereceitas.Isen-ção e Anistia. Exigência de lei específica. A isenção dispensa o tributo e abrange fatos geradores posteriores à lei, enquanto a anistia dispensa somente a multa e abrange fa-tos geradores anteriores à lei. Ambas, por força constitucional, conforme determina o § 6º do artigo 150 da Constituição Federal, também devem ser concedidas mediante lei específica. Nesse sentido, a isenção ou anistia não terão eficácia se forem tratadas por uma lei geral que abrange vários assuntos. A concessão de caráter não geral de isenção do Imposto Sobre Serviços (ISS) de determinada empresa, ainda que ela venha fomen-tar a economia local, deverá ocorrer em observância ao Artigo 14 da Lei de Responsa-bilidade Fiscal. A isenção deverá sempre ser concedida para os contribuintes em geral ou para aqueles que preencherem os requisitos previstos em lei, sob pena de violar o princípio da isonomia tributária.

Acórdão nº 578/2002 • Tributação. Impostos. IRRF. Consórcios. Recolhimento aoMinistério da Fazenda. Os consórcios de saúde são criados na forma de Associação Ci-vil. A eles não se aplica o disposto no inciso I do artigo 158 da Constituição Federal. Por essa razão, o imposto retido dos profissionais que prestam serviços ao referido Consór-cio deve ser recolhido ao Ministério da Fazenda.

Acórdão nº 2.338/2006 • Tributação.IncentivosFiscais.Projetosculturais.Saquein-dividualizado, tarifas, CPMF e prestação de contas. Regras aplicáveis. Na execução e prestação de contas de projetos culturais incentivados pela Lei nº 8.257/2004, que ins-tituiu o Fundo Estadual de Fomento à Cultura do Estado, devem ser observados os se-

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7. Acórdãos do Tribunal de Contas – MT 139

guintes procedimentos:1. Prestação de contas de Convênios, na forma definida no artigo 27 da Instrução

Normativa Conjunta SEFAZ /AGE/SEPLAN – MT nº 01/2005;2. O saque individualizado e as tarifas bancárias são disciplinados pelo artigo 15 da

Instrução Normativa Conjunta mencionada e no artigo 13 do Decreto Estadual nº 5.250/2005;

3. A CPMF incidente sobre a movimentação financeira nas contas correntes dos re-passes culturais terá caráter de despesa, desde que haja previsão nos termos do Convênio, em consonância com o Acórdão nº 1.827/2005 desta Corte de Con-tas;

4. A comprovação de contratação de serviços de pessoas físicas, através de recibo comum, não é possível, por propiciar a evasão fiscal. Essas contratações devem recolheroISSQN;

5. Quandooobjetivodoprojetoculturalforaconfecçãodeprodutos(gravaçãodeCD, livros ou congêneres), é indispensável a apresentação mínima de um exem-plar por ocasião da prestação de contas.

7.13. Diversos

Acórdão nº 381/2004. • CadastrodeinadimplentesdoTCE-MT. Inclusão.Vincula-ção de quem deu causa ao descumprimento de obrigação principal. A inserção de de-terminadonomenoroldeinadimplentesdoTCE-MTconfigura“penalidade”aserim-posta em conseqüência do não-cumprimento de uma obrigação principal. Dependen-do do caso, deve-se vincular apenas quem lhe deu causa diretamente, não estendendo seus efeitos aos demais envolvidos quando esses atuaram de forma responsável, ainda que em relação a terceiros permaneça a responsabilidade objetiva do Estado.

Acórdãos nos 457/2006 e 453/2006 • Publicidade. Imprensa oficial. Definiçãoem lei local, observada a legislação. De acordo com o inciso XIII do artigo 6º da Lei nº. 8.666/93, os municípios poderão definir, mediante lei, os seus veículos oficiais de divul-gação, com a ressalva de que, quando houver expressa determinação legal, a publica-ção deverá ocorrer, também, no Diário Oficial do Estado, a exemplo do que dispõe o in-ciso II do artigo 21 da referida Lei de Licitações.

Acórdão n° 257/2007 • Conselho.ConselhodeSaneamentoBásico.Obrigatorieda-de de instituição, caso determinado em lei municipal. A instituição de Conselho de Sa-neamento Básico nos Municípios será obrigatória se houver lei determinando tal ato. Essa medida é plausível, uma vez que a criação desses Conselhos tem como objetivo básico promover estudos e deliberar medidas destinadas a adequar os anseios da po-pulação à política municipal de saneamento, indo ao encontro, portanto, do controle social estimulado pelo TCE-MT.

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141

8. Calendário de Eventos Institucionais

Para assegurar de forma eficaz o cumprimento dos prazos pelos jurisdicionados, o TCE publicou os calendários de eventos que precisam ser observados e cumpridos, conformedescriçãodosQuadros4,5,6e7.

8.1. Calendário sem data específica

Quadro 4Assunto Prazo Responsabilidade pela Remessa

EVENTUAL ALTERAÇÃO NA LOA(Vide Res. TCE nº 14/2007, § 2º do art. 166)

Até 10 dias após sua edição.

Chefes dos Poderes Executivos Estadual e Mu-nicipais.

PPA(Vide Res. TCE nº 14/2007, inc. II do art. 166)

31.12 do ano em que foi votada.

Chefes dos Poderes Executivos Estadual e Mu-nicipais.

PACTO DE COOPERAÇÃO(Vide Res. TCE nº 14/2007, inc. I do art. 187)

Até 15 dias após cons-tituição.

Dirigentes de Associações Gestoras de Consór-cios Intermunicipais.

DECLARAÇÃO DE BENS(Vide Res. TCE nº 14/2007, art. 215)

No prazo de 15 dias contados da posse ou entrada em exercício e do término da gestão ou mandato.

Chefes dos Poderes Executivos Estadual e Mu-nicipais, Vice-Governador e Vice-Prefeito; Presi-dente do Tribunal de Justiça Estadual; Procura-dor-Geral do Ministério Público Estadual; Pre-sidente do Tribunal de Contas do Estado; Pro-curador-Chefe do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas; Defensor Geral da Defenso-ria Pública do Estado; Secretários de Estado; De-putados Estaduais e Vereadores; Outras autori-dades ou ordenadores de despesas, quando re-quisitado pelo Conselheiro Relator.

continua...

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Prefeitura de Cuiabá 142 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Assunto Prazo Responsabilidade pela Remessa

CONCURSOS PÚBLICOS:• Editaldoconcursos;• Termoaditivoouderetificaçãodoedi-tal,seforocaso;e

• Termodehomologaçãodoconcurso.(Vide Res. TCE nº 14/2007, art. 204)

Até 2 dias úteis após publicação no Diário Oficial.

Chefes de Poder e dirigentes de todas as unida-des gestoras estaduais e municipais.

• APOSENTADORIAS,PENSÕES,REFOR-MAS E TRANSFERÊNCIAS PARA AS RE-SERVASREMUNERADASEPENSÕES

• ATOSDEANULAÇÃOEREVISÃOQUEIMPORTEM ALTERAÇÃO DO FUNDA-MENTO LEGAL DA CONCESSÃO INI-CIAL OU DA FIXAÇÃO DE PROVENTOS

(Vide Res. TCE nº 14/2007, art. 197)

Até o final do mês sub-seqüente ao da publica-ção do ato concessório.

Dirigentes de Regimes Próprios de Previdência Social Estadual e Municipais.

DECISÃO DO PODER LEGISLATIVO SOBRE AS CONTAS DO EXECUTIVO(Vide Res. TCE nº 14/2007, art. 181)

Até o último dia do mês subseqüente ao julga-mento.

Chefes dos Poderes Legislativos Estadual e Mu-nicipais.

TOMADA DE CONTAS ESPECIAL(Vide Res. TCE nº 14/2007, § 3º e art.156)

• Quandorestarinfrutí-fera a tomada de con-tas especial no órgão de origem ou eviden-ciadas irregularidades graves.

• Quandorequisitadopelo Conselheiro Re-lator.

Autoridade administrativa competente – todas as unidades gestoras estaduais e municipais.

COMUNICAÇÕES(Vide Termos de Parcerias)

No prazo estabelecido em termo de parceria.

Entidades parceiras do TCE/MT.

REPRESENTAÇÕESSOBRE IRREGULARIDADES E ILEGALIDADES QUE EVIDENCIEM DANOS OU PREJUÍZOS AO ERÁRIO NÃO REPARADOS INTEGRALMENTE PELAS MEDIDAS ADOTADAS PELA ADMINISTRAÇÃO(Vide Res. TCE nº 14/2007, art.163)

Imediatamente. Responsáveis pelo controle interno.

DENÚNCIASEREPRESENTAÇÕESDENA-TUREZA EXTERNA(Vide Res. TCE nº 14/2007, art. 217 e inc. I do art. 224)

Imediatamente. • Qualquercidadão,partidopolítico,associa-ção ou sindicato.

• Autoridadespúblicas.• Responsáveispelocontroleinterno.

APRESENTAÇÃO DE DEFESAS, DERAZÕESDEJUSTIFICATIVA, DE ATENDIMENTO DE DILIGÊNCIAS, DE CUMPRIMENTO DE DETERMINAÇÃO DO TRIBUNAL(Vide Res. TCE nº 14/2007, art. 264)

No prazo determina-do pelo Conselheiro Re-lator ou pelo Tribunal Pleno.

Quemforpartenosprocessos.

Recursos:•Recursosordinários;•Agravo;•Embargosdedeclaração.(Vide Res. TCE nº 14/2007, art. 270)

Até 15 dias contados da publicação da decisão recorrida no DOE/MT.

Quemforpartenoprocessoprincipaloriginá-rio e o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas.

ÍNDICES DAS QUOTAS DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS NO ICMS(Vide Res. TCE nº 14/2007, art. 212)

Até 30 dias após a pu-blicação do quadro de-finitivo.

Secretário de Estado de Fazenda.

continua...

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8. Calendário de Eventos Institucionais 143

Assunto Prazo Responsabilidade pela Remessa

ADIANTAMENTOS(Vide Res. TCE nº 14/2007, arts. 213 e 214)

No prazo determindado pelo Conselheiro Rela-tor (quando requisitada a documentação).

Autoridade Administrativa competente – todas as unidades gestoras estaduais e municipais.

CONSULTAS(Vide Res. TCE nº 14/2007, arts. 232 e 233)

Quandonecessário. Autoridades legitímas.

PEDIDO DE RESCISÃO(Vide Res. TCE nº 14/2007, parágrafo único do art. 251)

Até dois anos contados da data de irrecorribili-dade da deliberação.

QuemforpartenoprocessoeoProcurador-Chefe do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas.

RENÚNCIA DE RECEITA(Vide Res. TCE nº 14/2007, arts. 209 e 214)

No prazo determinado pelo Conselheiro Rela-tor (quando requisitada a documentação).

Dirigentes dos órgãos supervisores, institui-ções operadoras e fundos que tenham atribui-ção administrativa de conceder, gerenciar ou utilizar os recursos decorrentes de renúncias de receitas.

CONTRATOS, CONVÊNIOS, ACORDOS, AJUSTES E DEMAIS INSTRUMENTOS CONGÊNERES,BEMCOMO,LICITAÇÕES,INCLUSIVE INEXIGIBILIDADES E DISPENSAS(Vide Res. TCE nº 14/2007, art. 167, § 3º do art. 185, e arts. 205 e 214)

No prazo determinado pelo Conselheiro Rela-tor (quando requisitada a documentação).

Chefes de Poderes e dirigentes de todas as uni-dades gestoras estaduais e municipais.

ATOS DE ADMISSÃO DE PESSOAL(Vide Res. TCE nº 14/2007, § 1º do art. 201)

Trimestralmente (nos termos estabelecidos em provimento próprio do TCE/MT).

Chefes de Poderes e dirigentes de todas as uni-dades gestoras estaduais e municipais.

8.2. Calendário com Data Específica

Quadro 5 – Prazos de JaneiroAté Dia Assunto Responsabilidade pela Remessa

15 LOA 2008(Vide Res. TCE nº 14/2007, inc. I do art. 166)

Chefes dos Poderes Executivos Estadual e Municipal.

15 Informes dos instrumentos de planejamento/2008– Sistema APLIC(Vide Res. TCE nº 14/2007, inc. I do art. 175)

Chefes de Poderes e dirigentes de todas as unidades gestoras municipais.

15 Plano de aplicação/2008(Vide Res. TCE nº 14/2007, inc. II do art. 187)

Dirigentes de associações gestoras de consórcios in-termunicipais.

31 Informes dezembro/2007 – Sistema APLIC(Vide Res. TCE nº 14/2007, inc. II do art. 175, parágrafos únicos dos arts. 183 e 184, e inc. IV do art. 187)

Chefes de Poderes e dirigentes de todas as unidades gestoras municipais, inclusive das associações ges-toras de consórcios intermunicipais e dos RPPS com personalidade jurídica.

31 Balancete dezembro/2007(Vide Res. TCE nº 14/2007, § 1º do art. 166, inc. II do art. 184, inc. IV do art. 187, e inc. II do art. 182)

Chefe de Poderes e dirigentes de todas as unida-des gestoras estaduais e municipais, inclusive das associações gestoras de consórcios intermunicipais e dos RPPS, independentemente da personalida-de jurídica.

31 Receita Geral do Estado – dezembro/2007(Vide Res. TCE nº 14/2007, § 1º do art. 208)

Secretário de Estado de Fazenda.

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Prefeitura de Cuiabá 144 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Prazos de Fevereiro Até Dia Assunto Responsabilidade pela Remessa

05 RREO – 6° bimestre/2007(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. lll do art. 166 e parágra-fo único do art.182)

Chefe do Poder Executivo Estadual.

05 RGF – 3° quadrimestre/2007(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. lll do art. 166 e parágrafo único do art. 182)

Chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judici-ário Estaduais, da Defensoria Pública e do Ministé-rio Público.

05 Informes 6° bimestre/2007 – Sistema LRF – Cidadão(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. lll e § 1° do art. 175)

Chefe do Poder Executivo Municipal, consolidan-do as informações das unidades gestoras municipais.

29 Informações janeiro/2008 Sistema APLIC(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. ll do art. 175, parágrafos únicos dos arts. 183 e 184 e inc. IV do art. 187)

Chefes dos Poderes e dirigentes das unidades gesto-ras municipais, inclusive das associações gestora de consórcios intermunicipais e dos RPPS com persona-lidade jurídica.

29 Balancete janeiro/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. ll do art. 184, § 1° do art. 166, inc. ll do art. 182, e inc. lV do art. 187)

Chefes dos Poderes e dirigentes das unidades gesto-ras estaduais e municipais, inclusive das associações gestoras de consórcios intermunicipais e dos RPPS, independentemente da personalidade jurídica.

29 Receita geral do Estado – janeiro/2008(Vide Res. TCE nº 14/2007, § 1º do art. 208)

Secretário de Estado de Fazenda.

Prazos de MarçoAté Dia Assunto Responsabilidade pela Remessa

31 Contas anuais(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. l do art. 184, e inc. III do art. 187)

Dirigentes:• AdministraçãoDiretadoEstado;• Autarquias,Fundações,EmpresasPúblicaseSocie-

dades Econômicas de Economias Mista Estaduais e Municipais;

• RegimesPrópriosPrevidenciário,independente-mente da personalidade jurídica;

• AssociaçõesGestorasdeConsórciosIntermunici-pais.

31 Informes fevereiro/2008 – Sistema APLIC(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. ll do art. 175, parágrafos únicos dos arts. 183 e 184, e inc. lV do art. 187)

Chefes de Poderes e dirigentes de todas as unidades gestoras municipais, inclusive das associações ges-toras de consórcios intermunicipais e dos RPPS com personalidade jurídica.

31 Balancete fevereiro/2008 – Sistema APLIC(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. ll do art. 184, §1° do art. 166, inc. ll do art. 182, e inc. lV do art.187)

Chefes de Poderes e dirigentes de todas as unida-des gestoras estaduais e municipais, inclusive das associações gestoras de consócios intermunicipais e dos RPPS, independentemente da personalida-de jurídica.

31 Receita geral do Estado – fevereiro/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, §1° do art. 208)

Secretário de Estado de Fazenda.

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8. Calendário de Eventos Institucionais 145

Prazos de AbrilAté Dia Assunto Responsabilidade pela Remessa

Até

60 d

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ioContas Anuais/2007(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. l do art. 182)

Chefes dos Poderes Legislativo e Judiciário Estaduais, Ministério Público e Defensoria Pública.

05 RREO – 1° bimestre/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. lll do art. 166 e parágrafo único do art. 182)

Chefe do Poder Executivo Estadual.

05 Informes 1°bimestre/2008 – Sistema LRF-Cidadão(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. lll e §1° do art. 175)

Chefe do Poder Executivo Municipal, consolidando as informações de todas as unidades gestoras mu-nicipais.

15 Contas Anuais/2007(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. l do art. 183; LC n° 269/2007, parágrafo único do art. 29, e CE, art. 210)

Governador do Estado, Prefeitos Municipais e Presi-dentes de Câmaras Municipais.

30 Informes março/2008 – Sistema Aplic(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. ll do art. 175, parágrafos únicos dos arts. 183 e 184, e inc. lV do art. 187)

Chefes de Poderes e dirigentes de unidades gesto-ras municipais, inclusive das associações gestoras de consórcios intermunicipais e dos RPPS com persona-lidade jurídica.

30 Balancete março/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. ll do art. 184, §1° do art. 166, inc. ll do art. 182, e inc. lV do art. 187)

Chefes de Poderes e dirigentes de unidades gesto-ras estaduais e municipais, inclusive das associações gestoras de consórcios intermunicipais e dos RPPS, independentemente da personalidade jurídica.

30 Receita geral do Estado – março/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, §1° do art. 208)

Secretário de Estado de Fazenda.

Prazos de MaioAté Dia Assunto Responsabilidade pela Remessa

31 Informes abril/2008 – Sistema Aplic(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. ll do art. 175, parágrafos únicos dos arts. 183 e 184, e inc. lV do art. 187)

Chefes de Poderes e dirigentes de unidades gesto-ras municipais, inclusive das associações gestoras de consórcios intermunicipais e dos RPPS com persona-lidade jurídica.

31 Balancete abril/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. ll do art. 184, §1° do art. 166, inc. ll do art. 182, e inc. lV do art. 187)

Chefes de Poderes e dirigentes de unidades gesto-ras estaduais e municipais, inclusive das associações gestoras de consórcios intermunicipais e dos RPPS, independentemente da personalidade jurídica.

31 Receita geral do Estado – abril/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, §1° do art. 208)

Secretário de Estado de Fazenda.

Prazos de JunhoAté Dia Assunto Responsabilidade pela Remessa

05 RREO – 2° bimestre/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. lll do art. 166, e parágra-fo único do art. 182)

Chefe do Poder Executivo Estadual.

05 RGF – 1° quadrimestre/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. lll do art. 166, e parágra-fo único do art. 182)

Chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judici-ário Estaduais, da Defensoria Pública e do Ministé-rio Público.

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Prefeitura de Cuiabá 146 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

05 Informes 2° bimestre/2008 – Sistema LRF-Cidadão(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. lll e §1° do art. 175)

Chefe do Poder Executivo Municipal, consolidan-do as informações das unidades gestoras municipais.

30 Informes maio/2008 – Sistema APLIC(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. ll do art. 175, parágrafos únicos dos arts. 183 e 184, e inc. lV do art.187)

Chefes de Poderes e dirigentes de unidades gesto-ras municipais, inclusive das associações gestoras de consócios intermunicipais e dos RPPS com persona-lidade jurídica.

30 Balancete maio/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. ll do art. 184, §1° do art. 166, inc. ll do art. 182, e inc. lV do art. 187)

Chefes de poderes e dirigentes de unidades gesto-ras estaduais e municipais, inclusive das associações gestoras de consórcios intermunicipais e dos RPPS, independentemente da personalidade jurídica.

30 Receita Geral do Estado – maio/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, §1° do art. 208)

Secretário de Estado de Fazenda.

Prazos de JulhoAté Dia Assunto Responsabilidade pela Remessa

31 Informes junho/2008 – Sistema Aplic(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. ll do art. 175, parágrafo únicos dos arts. 183 e 184, e inc. lV do art. 187)

Chefes de Poderes e dirigentes de unidades gesto-ras municipais, inclusive das associações gestoras de consórcios intermunicipais e dos RPPS com persona-lidade jurídica.

31 Balancete junho/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. ll do art. 184, §1° do art. 166, inc. ll do art. 182, e inc. lV do art. 187)

Chefes de Poderes e dirigentes de unidades gesto-ras estaduais e municipais, inclusive das associações gestoras de consórcios intermunicipais e dos RPPS, independentemente da personalidade jurídica.

31 Receita Geral do Estado – junho/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, §1° do art. 208)

Secretário de Estado de Fazenda.

Prazos de AgostoAté Dia Assunto Responsabilidade pela Remessa

05 RREO – 3° bimestre/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. lll do art. 166, e pará-grafo único do art. 182)

Chefe do Poder Executivo Estadual.

05 Informes 3° bimestre/2008 – Sistema LRF-Cidadão(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. lll e § 1º do art. 175)

Chefe do Poder Executivo Municipal, consolidan-do as informações das unidades gestoras muni-cipais.

31 Informes julho/2008 – Sistema Aplic(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. ll do art. 175, parágra-fos únicos dos arts. 183 e 184, e inc. IV do art. 187)

Chefes de Poderes e dirigentes de unidades ges-toras municipais, inclusive das associações gesto-ras de consórcios intermunicipais e dos RPPS com personalidade jurídica.

31 Balancete julho/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. ll do art. 184, §1° do art. 166, inc. ll do art. 182, e inc. IV do art. 187)

Chefes de Poderes e dirigentes de unidades ges-toras estaduais e municipais, inclusive das asso-ciações gestoras de consórcios intermunicipais e dos RPPS, independentemente da personalida-de jurídica.

31 Receita geral do Estado – julho/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, §1° do art. 208)

Secretário de Estado de Fazenda.

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8. Calendário de Eventos Institucionais 147

Prazos de SetembroAté Dia Assunto Responsabilidade pela Remessa

30 Informes agosto/2008 – Sistema Aplic(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. II do art. 175, parágrafos únicos dos arts. 183 e 184, e inc. IV do art. 187)

Chefes de Poderes e dirigentes de unidades gesto-ras municipais, inclusive das associações gestoras de consórcios intermunicipais e dos RPPS com persona-lidade jurídica.

30 Balancente agosto/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. II do art. 184, § 1º do art. 166, inc. II do art. 182, e inc. IV do art. 187)

Chefes de poderes e dirigentes de unidades gesto-ras estaduais e municipais, inclusive das associações gestoras de consórcios intermunicipais e dos RPPS, independentemente da personalidade jurídica.

30 Receita Geral do Estado – agosto/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, § 1º do art. 208)

Secretário de Estado de Fazenda.

Prazos de OutubroAté Dia Assunto Responsabilidade pela Remessa

05 RREO – 4º bimestre/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. III do art. 166, e parágra-fo único do art. 182).

Chefe do Poder Executivo Estadual.

05 RGF- 2º QUADRIMESTRE/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. III do art. 166, e parágra-fo único do art. 182)

Chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Juridici-ário Estaduais, da Defensoria Pública e do Ministé-rio Público.

05 Informes 4º bimestre/2008 – Sistema LRF – Cidadão(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. III e § 1º do art. 175)

Chefe do Poder Executivo Municipal, consolidan-do as informações das unidades gestoras municipais.

31 Informes setembro/2008 – Sistema Aplic(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. II do art. 175, parágrafos únicos dos arts. 183 e 184, e inc. IV do art. 187).

Chefes de Poderes e dirigentes de unidades gesto-ras municipais, inclusive das associações gestoras de consórcios intermunicipais e dos RPPS com persona-lidade jurídica.

31 Balancete setembro/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. II do art. 184, § 1º do art. 166, inc. II do art. 182, e inc. IV do art. 187).

Chefes de Poderes e dirigentes de unidades gesto-ras estaduais e municipais, inclusive das associações gestoras de consórcios intermunicipais e dos RPPS, independentemente da personalidade jurídica.

31 Receita Geral do Estado – setembro/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, § 1º do art. 208)

Secretário de Estado de Fazenda.

Prazos de NovembroAté Dia Assunto Responsabilidade pela Remessa

30 Informes outubro/2008 – Sistema Aplic(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. II do art. 175, parágrafos únicos dos arts. 183 e 184, e inc. IV do art. 187)

Chefes de poderes e dirigentes de unidades gesto-ras municipais, inclusive das associações gestoras de consórcios intermunicipais e dos RPPS com persona-lidade jurídica.

30 Balancente outubro/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. II do art. 184, § 1º do art. 166, inc. II do art. 182, e inc. IV do art. 187)

Chefes de poderes e dirigentes de unidades gesto-ras estaduais e municipais, inclusive das associações gestoras de consórcios intermunicipais e dos RPPS, independentemente da personalidade jurídica.

30 Receita Geral do Estado – outubro/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, § 1º do art. 208)

Secretário de Estado de Fazenda.

Prazos de DezembroAté Dia Assunto Responsabilidade pela Remessa

05 RREO – 5º bimestre/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. III do art. 166, e parágra-fo único do art. 182).

Chefe do Poder Executivo Estadual.

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Prefeitura de Cuiabá 148 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

05 Informes 5º bimestre/2008 – Sistema LRF – Cidadão(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. III e § 1º do art. 175)

Chefe do Poder Executivo Municipal, consolidan-do as informações das unidades gestoras municipais.

31 Informes novembro/2008 – Sistema Aplic(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. II do art. 175, parágrafos únicos dos arts. 183 e 184, e inc. IV do art. 187).

Chefes de Poderes e dirigentes de unidades gesto-ras municipais, inclusive das associações gestoras de consórcios intermunicipais e dos RPPS com persona-lidade jurídica.

31 Balancete novembro/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, inc. II do art. 184, § 1º do art. 166, inc. II do art. 182, e inc. IV do art. 187).

Chefes de Poderes e dirigentes de unidades gesto-ras estaduais e municipais, inclusive das associações gestoras de consórcios intermunicipais e dos RPPS, independentemente da personalidade jurídica.

31 Receita Geral do Estado – setembro/2008(Vide Res. TCE n° 14/2007, § 1º do art. 208)

Secretário de Estado de Fazenda.

31 LDO 2009(Vide Res. TCE nº 14/2007, inc. II do art. 166)

Chefes dos Poderes Executivos, Estadual e Munici-pais.

8.3. Calendário de Eventos Complementares

Quadro 6 – Descritivo do Calendário de Eventos ComplementaresData/Período Descrição Fundamentação Legal Órgão/Finalidade

Até 30 dias após a publicidade da LOA

Cronograma de desembolso fi-nanceiro mensal.

Art. 8º, Lei Complementar 101/00. Município

Até 30 dias após o encerramento de cada mês

Atos de pessoal. Art. 179, RITCE/MT. TCE/MT

Todo dia 15 de cada mês

Pagamento do Pasep. Lei Federal 9.715/98. Receita Federal

02/01Cadastrar no site do tribunal, responsáveis.

APLIC. TCE/MT

02/01

Enviar todos os documentos exigidos pelo manual Triagem ao Tribunal, tais como: contra-tos, medições de obras, pesso-al, balancetes, leis, etc.

Manual de orientação para remessa de documentos, site: http://www.tce.mt.gov.br/?content=legislação&page=legislação.php

TCE/MT

02/01 Nomear comissão de licitação. Art. 51, Lei nº 8.666/93. Município

02/01Nomear comissão de acom-panhamento e recebimento de obras.

LDO. Município

02/01Nomear os cargos comissio-nados.

Conforme a lei de estrutura adminis-trativa municipal.

Município

02/01Elaborar o decreto de aprova-ção dos orçamentos dos Fun-dos, Fundações e Autarquias.

Art. 107, Lei nº 4.320/64. Município

02/01

Tomar conhecimento da ne-cessidade e legalidade de constituição de todos os Con-selhos Municipais.

Leis e Portarias específicas. Município

Reuniões mensais

Estas reuniões deverão ser mensais. O contador enviará a cada Presidente de Conselho as referidas documentações.

Leis e Portarias específicas. Município

continua...

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8. Calendário de Eventos Institucionais 149

Data/Período Descrição Fundamentação Legal Órgão/Finalidade

15/01 LOA. Art. 140, RITCE/MT. TCE/MT

Até 30/01Relatório de Gestão Fiscal (RGF) do 3º quadrimestre.

Arts. 49 e 63, Lei Complementar 101/00.

Publicar

Até 30/01Relatório Resumido de Execu-ção Orçamentária (RREO) do 6º bimestre.

Arts. 52 e 53, Lei Complementar 101/00.

Publicar

Até 28/02 Metasfiscais,3ºQuadrimestre. Art. 9º, § 4º, Lei Complementar 101/00. População

Até 30/01RGF 2º semestre, e RREO 2º se-mestre.

Arts. 49, 52, 53 e 63, Lei Complemen-tar 101/00.

Caixa Econômica Federal

Até 30/01 APLIC – TCE.Manual de orientação para remessa de documentos, site já informado.

TCE/MT

Até 05/02 RGF 3º quadrimestre. Art. 49, Lei Complementar 101/00. TCE/MT

Até 05/02 RREO 6º bimestre. Art. 52, Lei Complementar 101/00. TCE/MT

Até 15/02Contas do exercício anterior devem ser colocadas à disposi-ção dos contribuintes.

Art. 49, Lei Complementar 101/00. População

Até 30/03 RREO do 1º bimestre. Art. 52, Lei Complementar 101/00. Publicar

Até 05/04 RREO do 1º bimestre. Art. 52, Lei Complementar 101/00. TCE/MT

Até 15/04 LDO. Art. 35, § 2º, inc.II, ADCT, CF. Câmara Municipal

Até 15/04 Balanço Geral e COC. Art. 50, Lei Complementar 101/00. Caixa Econômica Federal

Até 16/04 Balanço Geral –TCE/MT. Art. 209, § 1º, Constituição Estadual. TCE/MT

Até 30/05 RGF do 1º quadrimestre. Art. 49, Lei Complementar 101/00. Publicar

Até 30/05 RREO do 2º bimestre. Art. 52, Lei Complementar 101/00. Publicar

Até 30/05Metas Fiscais do 1° quadri-mestre.

Art. 9º, § 4º, Lei Complementar 101/00. População

Até 05/06 RGF do 1º quadrimestre. Art. 49, Lei Complementar 101/00. Publicar

Até 05/06 RREO do 2º bimestre. Art. 52, Lei Complementar 101/00. Publicar

Até 30/06 Previsão receita/arrecadação.Art. 12, Parágrafo 3º, Lei Complemen-tar 101/00.

Câmara Municipal

Até 30/07 RREO do 3º bimestre. Art. 52, Lei Complementar 101/00. Publicar

Até 05/08 RREO do 3º bimestre. Art. 52, Lei Complementar 101/00. Publicar

Até 31/08 PPA quadriênio 2006 a 2009. Art. 35, § 2º, inc. I do ADCT, CF. Câmara Municipal

Até 31/08 LOA. Art. 35, § 2º, inc. III do ADCT. Câmara Municipal

Até 30/09 RGF do 2º quadrimestre. Art. 49, Lei Complementar 101/00. Publicar

Até 30/09 RREO do 4º bimestre. Art. 52, Lei Complementar 101/00. Publicar

Até 30/09MetasFiscaisdo2ºQuadri-mestre.

Art. 9º, §4º, Lei Complementar 101/00. População

Até 05/10 RGF do 2º quadrimestre. Art. 49, Lei Complementar 101/00. Publicar

Até 05/10 RREO do 4º bimestre. Art. 52, Lei Complementar 101/00. Publicar

Até 30/11 RREO do 5º bimestre. Art. 52, Lei Complementar 101/00. Publicar

Até 05/12 RREO do 5º bimestre. Art. 52, Lei Complementar 101/00. Publicar

Até 31/12 PPA e LDO.Manual de orientação para remessa de documentos, site já informado.

TCE/MT

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9. Calendário de Atividades Instituídas pela Resolução nº 01/2007/TCE-MT

Quadro 7 – Descritivo do Calendário de Atividades para os Municípios Instituído pela Resolução Nº 01/2007/TCE-MT

Data Limite para Encaminhamento

ao TCE-MTDescrição das Atividades de Normatização do Sistema de Controle Interno

31/08/2007 Plano de ação para a implementação do Sistema de Controle Interno.

30/09/2007 Constar nos balancetes mensais o relatório de avaliação do cumprimento do plano de ação.

31/12/2007 Implantação do Sistema de Controle Interno.

15/04 do exercício subsequente

Deverá integrar o processo de contas anuais do respectivo órgão o parecer técnico conclusivo da Unidade de Controle Interno sobre as Contas.

31/12/2008a) Sistema de Controle Interno;b) Sistema de Planejamento e Orçamento;c) Sistema de Compras, Licitações e Contratos.

31/12/2009

a) Sistema de Transportes;b) Sistema de Administração de Recursos Humanos;c) Sistema de Controle Patrimonial;d) Sistema de Previdência Própria;e) Sistema de Contabilidade;f ) Sistema de Convênios e Consórcios;g) Sistema de Projetos e Obras Públicas.

31/12/2010

a) Sistema de Educação;b) Sistema de Saúde;c) Sistema de Tributos;d Sistema Financeiro;e) Sistema do Bem-Estar Social.

21/12/2011

a) Sistema de Comunicação Social;b) Sistema Jurídico;c) Sistema de Serviços Gerais;d) Sistema de Tecnologia da Informação.

31/12/2011 Manual de Rotinas Internas e Procedimentos de Controle.

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Conclusão

O presente trabalho sugere que suas conclusões sejam verificadas no dia-a-dia da-queles que administram o erário público.

Então, definitivamente, é necessário construir no serviço público uma cultura admi-nistrativa, fundada na ética, para estabelecer novos paradigmas de gestão, pois a Ad-ministração Pública é um processo em construção que precisa ser permanentemente atualizado e revisto.

Desta forma, o Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública propõe ser um instrumento-meio para melhorar a qualidade dos serviços e dos gastos, no âmbito da própria Administração.

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MOTTA, Francisco Glauber Lima. Curso Básico de Contabilidade Pública. 2 ed. Brasília : Cidade Grá-fica e Editora, 2006. 461p.

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SILVA, Lino Martins da. Contabilidade Governa-mental: um enfoque administrativo. São Paulo: Atlas, 2002.

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Glossário

Abertura de crédito: em escrituração contábil significa creditar uma conta, geralmente de pes-soa, por uma quantia que, quase sempre , vai ser-vir de elemento de prestação de contas, ou de amortização ou recuperação. Abrir um crédito é iniciar, às vezes, uma conta com um crédito que depois deve ser contraposto, total ou parcialmen-te, por débitos.

Abertura de crédito adicional: Decreto do Po-der Executivo determinando a disponibilidade de crédito orçamentário, com base em autorização legislativa específica.

Adiantamentos: antecipações ou pagamentos próprios ou de terceiros.

Administração pública: é todo o aparelho do Es-tado, preordenado à realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas. Administrar é gerir os serviços públicos; significa não só prestar serviço, executá-lo, como também dirigir, governar.

Administração direta: parte da estrutura esta-tal ligada diretamente aos chefes dos três pode-res do Estado, quais sejam, do Executivo, do Le-

gislativo e do Judiciário, existindo relação verti-cal, espelhada na hierarquia e subordinação exis-tente entre órgãos superiores e inferiores, sendo que os últimos não detêm personalidade jurídi-ca própria.

Administração indireta: parte da estrutura esta-tal, criada por lei e dotada de personalidade jurí-dica própria, o que lhe confere autonomia e não subordinação direta ao Chefe do Poder, sendo en-tidade limitada pelos fins de sua criação. Compre-ende as seguintes categorias dotadas de persona-lidade jurídica própria: Autarquias, Empresas Pú-blicas, Sociedade de Economia Mista e Fundações Públicas e entes paraestatais (art. 166 RITCE).

Administração financeira: unidade responsável pelaentradadosdadosdasunidades“offline”desua jurisdição.

Ágio: diferença obtida nas operações de câm-bio ou de troca entre moedas, ou diferença que se obtém na negociação de papéis de crédito em moeda estrangeira pelo dinheiro do país.

Alcance: enquadramento de servidor, previsto na Lei nº 4.320/64 (art. 69), tendo em vista a não

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prestação de contas no prazo estabelecido ou não aprovação das contas em virtude de aplicação do adiantamento com despesas que não aquelas para as quais foram fornecidos os recursos; possi-bilidade, seara de atuação, extensão, etc.

Alíquota: relação percentual entre o valor do imposto e o valor tributado; soma em dinheiro a ser paga por uma unidade de imposto; elemento constituinte do imposto; percentual a ser aplica-do sobre um determinado valor líquido tributável (base de cálculo).

Alocar: destinar recursos a um fim específico ou a uma entidade.

Amortização: eliminação gradual e periódica do ativo de uma empresa, com encargos do exercí-cio, das imobilizações financeiras ou imateriais.É habitual confundir-se amortização com depre-ciação; a depreciação atinge a perda de valor de coisas materiais, como máquinas, móveis, etc., e a amortização destina-se apenas a significar perda de valor de coisas imateriais ou de imobilizações financeiras; são objeto de amortização: despesas gerais de instalação, aviamentos, dívidas a longo prazo, etc. Existem vários critérios seguidos para a amortização, baseados em tabelas. Tais proce-dimentos são mais de ordem aritmética que mes-mo contábil. À contabilidade interessa apenas observar a amortização como fenômeno de per-da de valor no tempo que sofrem determinados valores, quais sejam, por excelência, as imobiliza-ções imateriais.

Amostragem: seleção de uma amostra em de-terminada população, de acordo com o método apropriado, e estudo dos elementos que a com-põem com vista a emitir um parecer sobre o total dessa população.

Análise contábil: análise que se fundamenta em normas, métodos e procedimentos indica-

dos pela técnica e ciência da Contabilidade. Estu-do de um patrimônio. Existem vários sistemas de análise contábil: perícias, demonstrações, verifi-cações de balanços por análises próprias, etc.

Análise de gestão: análise que visa uma crítica do desempenho do patrimônio durante um perí-odo de seu governo.

Anexo de metas fiscais: denominação utilizada, na Lei de Responsabilidade Fiscal, para caracteri-zar o adendo da Lei de Diretrizes Orçamentárias em que serão estabelecidas metas anuais, em va-lores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultado nominal e primário e mon-tante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes (parágrafo 1º, artigo 4º da Lei Comp. nº 101/2002). As metas fis-cais, portanto, consistem na obtenção de resulta-dos primários positivos para os anos subseqüen-tes.

Antecipação de receita: valores recebidos por adiantamento de fornecimentos, serviços a pres-tar, etc., e autorizados pela administração públi-canumaespéciede“antecipaçãodareceitapre-vista”.

Anulação de empenho: é a invalidação do ato constitutivo do crédito existente em desfavor da administração pública, o que pode ocorrer via ad-ministrativa e judicial.

APLIC: Auditoria Pública Informatizada de Con-tas. É um conceito abstrato de controle de contas. Na realidade, o administrador público estadual e o municipal, submetidos à fiscalização do TCE, devem realizar seus registros de natureza contá-bil, orçamentária e patrimonial em conformidade com os layouts das tabelas previstas no Sistema APLIC, exibido na página www.tce.mt.gov.br, e re-metê-los para o Tribunal via on line.

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Glossário 159

Aplicação de capital: o mesmo que investimen-to de capital. É o emprego direto ou indireto de valores com a finalidade de obter lucro. As aplica-ções de capital figuram no ativo, e as contas que as encerram possuem saldos devedores. Daí exis-tirem teorias que afirmam ser o débito a signifi-cação de uma aplicação de capital. As aplicações podem ser a maior e a menor, com relação ao li-mite de aplicação. Denomina-se limite ideal de aplicação aquele que significa a apropriada me-dida que corresponde ao volume da capacidade de produção da empresa e que permite um esco-amento sem ônus, realizando um crédito que é mais ou menos o que corresponde à medida pos-sível de obtenção no ramo, mantidas a liquidez e as condições de sobrevivência da empresa.

Área de verificação: área determinada pelo campo da auditoria e pelo seu âmbito, quan-do considerados em conjunto. A área de verifi-cação delimita de modo muito preciso os temas da auditoria, em função, por um lado, da entida-de a fiscalizar e, por outro, da natureza da audito-ria preconizada. (Boletim Interno do TCU n. 34 de 23/07/92 – Glossário de Temas Comuns Utilizados no Âmbito do Controle Externo do TCU e do Tri-bunal de Contas de Portugal).

ARO: Operação de crédito por Antecipação da Receita Orçamentária.

Arrecadação: segundo estágio da receita públi-ca, consiste no recebimento da receita pelo agen-te devidamente autorizado; é o processo pelo qual, após o lançamento dos tributos, realiza-se o recolhimento aos cofres públicos; é o ato de rece-bimento do imposto do contribuinte pelas repar-tições competentes e manifesta-se em dinheiro, de acordo com as leis e regulamentos em vigor e sob imediata fiscalização das respectivas chefias; arrecadação de receita consiste em cobrar os tri-butos, recebê-los e guardar o numerário respecti-vo, podendo ser direta (por coleta, por unidades

administrativas e por via bancária) ou indireta (ar-rendamento, retenção na fonte).

Arrecadação autorizada: é a previsão da recei-ta anual, aprovada pela Lei Orçamentária Anual, para arrecadação no exercício.

Arrendamento mercantil: título de conta que registra os movimentos de pagamento de quo-tas ou parcelas de arrendamento ou leasing. O ar-rendamento mercantil baseia-se na cessão, para o uso, de um bem de terceiros, mediante o paga-mento de uma quota, com opção, no fim do con-trato, de o arrendatário adquirir o bem pelo va-lor residual fixado. Este título figura, geralmen-te, como subconta de uma conta de custos ou de despesas, de acordo com a função do bem ar-rendado. O arrendamento mercantil pode ser de bens móveis ou imóveis.

Associação de entidades oficiais de controle

público do Mercosul (ASUL): entidade civil, sem fins lucrativos, apóia-se na igualdade de todas as instituições de controle externo de finanças pú-blicas e no respeito ao ordenamento jurídico pelo qual se rege cada uma delas. A ASUL está integra-da pelas entidades públicas de controle externo dos países signatários do Mercosul. (Diário Oficial do Estado de SC, de 10.07.1997).

Ativo: é o conjunto de valores que representa os investimentos ou aplicações do patrimônio ou do capital das empresas. Para a feitura dos Balanços em geral tem-se dividido esse conceito em ativo circulante, ativo realizável e ativo permanente.

Ativo circulante: parte do ativo que reúne os valo-res suscetíveis de movimentação. Por exemplo: di-nheiro em caixa, bancos, clientes, créditos diversos.

Ativo financeiro: compreende os créditos e va-lores realizáveis independentemente da autoriza-ção orçamentária e dos valores numerários.

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Prefeitura de Cuiabá 160 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Ativo líquido: diferença positiva entre o ativo e o passivo.

Ativo realizável: conjunto de valores que ex-pressam investimentos cuja transformação em dinheiro é relativamente fácil; é a forma interme-diária entre os valores numerários e as imobiliza-ções.

Ativo permanente: é a parte do ativo que ex-pressa os valores que não se destinam à venda, mas ao uso; tais valores, embora não usados, fi-cam como que em reserva, logo compreende os bens, créditos e valores cuja mobilização ou alie-nação dependa de autorização legislativa.

Ato administrativo: segundo a doutrina contá-bil, o ato administrativo é a ação praticada pela administração e que não afeta o seu patrimônio. Por exemplo: a elaboração de uma proposta de venda ou de compra ou uma planificação de pro-dução. Por outro lado, segundo o doutrinador Hely Lopes Meirelles, ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Adminis-tração Pública que, agindo nessa qualidade tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administradores ou a si própria.

Audiência pública: é a reunião de diversos seg-mentos da sociedade que se mostram interessa-dos em debater determinado assunto; além disso, quando esses encontros são propiciados pela ad-ministração pública, ou lideradas por seus mem-bros de forma isolada, prestam-se a viabilizar a in-clusão de todos, nas diversas discussões temáti-cas do interesse da sociedade, e assim dão subsí-dio a futuras decisões e elaboração de regras que verdadeiramente espelhem a vontade do povo, o que significa dar efeitos práticos à democracia.

Auditor: elemento humano responsável pela re-alização de auditorias, no Setor Público, que re-

sultam na emissão de relatórios ou pareceres, po-dendo estes serem plenos, restritivos ou de irre-gularidades, existindo ainda quatro tipos de pa-receres, segundo a natureza da opinião, quais sejam: sem ressalva, com ressalva, adverso e com abstenção de opinião (ver parecer).

Auditoria: tecnologia contábil que tem por obje-tivo a verificação ou revisão de registros, demons-trações e procedimentos adotados para a escritu-ração, visando avaliar a adequação e a veracidade das situações memorizadas e expostas nos docu-mentos em geral. Esta ocorre nas fases internas e externas da fiscalização. Os tipos de auditoria mais conhecidos são: as de gestão, de programas, operacional, contábil, de sistema e especial.

Auditoria administrativa: auditoria que inclui, embora não exclusivamente, o plano da organi-zação, bem como os procedimentos e documen-tos de suporte aos processos de tomada de deci-são que conduzem à autorização das operações pela direção. (Boletim Interno do TCU n. 34, de 23.07.1992 – Glossário de Termos Comuns Utiliza-dos no Âmbito do Controle Externo do TCU e do Tribunal de Contas de Portugal).

Auditoria de gestão: objetiva emitir opinião com vistas a certificar a regularidade das contas, veri-ficar a execução de contratos, convênios, acordos ou ajustes, a probidade na aplicação dos dinhei-ros públicos e na guarda ou administração de va-lores e outros bens da União ou a ela confiados.

Auditoria de programas: objetiva acompanhar, examinar e avaliar a execução de programas e projetos governamentais específicos, bem como a aplicação de recursos descentralizados.

Auditoria operacional: atua nas áreas inter-rela-cionadas do órgão/entidade, avaliando a eficácia de seus resultados em relação aos recursos ma-teriais, humanos e tecnológicos disponíveis, bem

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Glossário 161

como a economicidade e eficiência dos contro-les internos existentes para a gestão dos recur-sos públicos.

Auditoria contábil: é a técnica que, utilizada no exame dos registros e documentos e na coleta de informações e confirmações, mediante procedi-mentos específicos, pertinentes ao controle do patrimônio de um órgão ou entidade, objetiva obter elementos comprobatórios suficientes que permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios funda-mentais de contabilidade e se as demonstrações deles originárias refletem, adequadamente, a si-tuação econômica-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas.

Auditoria das contas: vide Auditoria financeira.

Auditoria de sistema: objetiva assegurar a ade-quação, privacidade dos dados e informações oriundos dos sistemas eletrônicos de processa-mento de dados, observando as diretrizes esta-belecidas e a legislação específica.

Auditoria especial: objetiva o exame de fatos ou situações considerados relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, sendo realizada para atender determinação do Presidente da Repúbli-ca, Ministro de Estado ou por solicitação de ou-tras autoridades.

Auditoria financeira: análise de conta, da situa-ção financeira e da legalidade e regularidade das operações, realizada por um auditor, com vistas a emitir ou não um parecer. Esta auditoria inclui: 1) análise das contas e da situação financeira da entidade fiscalizada, para verificar se: a) todas as operações foram corretamente autorizadas, liqui-dadas, ordenadas, pagas e registradas; b) foram tomadas medidas apropriadas para registrar com exatidão e a proteger todos os ativos, por exem-

plo: tesouraria, investimento, inventário, dos va-lores imobiliários, existências. 2) análise da lega-lidade e regularidade, com vistas a verificar se: a) todas as operações registradas estão em confor-midade com a legislação geral e específica em vi-gor; b) todas as despesas e receitas são, respecti-vamente, efetuadas e arrecadadas com observân-cia dos limites financeiros e ao período autoriza-do; c) todos os direitos e obrigações são apurados e geridos segundo as normas aplicáveis. (Boletim Interno do TCU n. 34, de 23.07.1992 – Glossário de Termos Comuns Utilizados no Âmbito do Con-trole Externo do TCU e do Tribunal de Contas de Portugal)

Autarquia: entidade administrativa autônoma, criada por lei, com personalidade jurídica de di-reito público interno, patrimônio próprio e atri-buições estatais específicas para realizar os fins que a lei lhe atribuir.

Autorização orçamentária: é um ato administra-tivo que está contido na Lei do Orçamento Geral do ente estatal para cada exercício financeiro da receita e despesa a ser executada no exercício.

Auxílios: ajuda concedida pelo poder público para fins diversos, geralmente com objetivos al-truísticos.

Baixa patrimonial: procedimento de exclusão de bens do Ativo Permanente.

Balancetes mensais: relação de contas apresen-tando o total de débitos, créditos e saldos, deve-dores ou credores, feita mensalmente. O Balance-te em si é uma lista contendo cada conta do Ra-zão e seu respectivo saldo.

Balancete analítico: balancetes das contas de 2º e 3º graus ou outros graus. São balancetes que apresentam os nomes de todas as contas.

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Prefeitura de Cuiabá 162 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Balancete comparativo: é um balancete que compara a situação das mesmas contas em dois períodos de tempo diferentes.

Balancete sintético: balancetes das contas prin-cipais ou de 1º grau, sem a análise das mesmas. É também chamado de Balancete do razão prin-cipal.

Balanço: demonstração sintética de estado pa-trimonial de uma empresa ou de uma entidade, por intermédio de seus investimentos e da ori-gem desses investimentos. Como forma de evi-denciar o equilíbrio de valores, pode existir ba-lanço de contas, balanço de grupo de contas, ba-lanço de sistemas, etc.

Balanço anual: demonstração sintética do esta-do patrimonial de entidades ou empresas, aferi-da no fim de um ano ou exercício.

Balanço comparativo: é o balanço que demons-tra o valor das contas de dois ou mais períodos a título de paralelo, quer para análises quer para es-tudos ou simples conhecimento da administração.

Balanço consolidado: compreende o balanço que resulta da reunião de outros balanços, utili-zado para representar o patrimônio global de um grupo de empresas ou de uma empresa matriz que domina outras empresas.

Balanço de caixa: instrumento em que se verifi-ca o equilíbrio dos valores numerários que gira-ram pelos cofres da empresa ou entidade. Pode significar também extração do saldo de caixa.

Balanço orçamentário: é o instrumento no qual são registradas as receitas e despesas orçamentá-rias previstas em confronto com as realizadas, o que é feito de acordo com as especificações con-tidas na Lei de Orçamento e dos créditos adicio-nais.

Balanço financeiro: é o instrumento em que são demonstradas as receitas e despesas orçamentá-rias, bem como os recebimentos e os pagamen-tos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exer-cício anterior e os que se transferem para o exer-cício seguinte.

Balanço patrimonial: é o instrumento em que são demonstrados os ativos financeiro e perma-nente, passivos financeiro e permanente, sal-do patrimonial e a conta de compensação, sen-do, portanto, uma das peças mais importantes no trabalho de análise e interpretação dos Balanços Públicos.

Banco central: instituição financeira que funcio-nacomo“bancodosbancos”edopróprioGover-no, podendo caracterizar-se como entidade go-vernamental, privada ou mista, mas, sempre, uma entidade dependente do Estado. Sua finalida-de básica é assegurar a estabilidade da moeda, o controle da oferta de moeda e a regulamentação do crédito no país.

Benefício: o mesmo que lucro ou crédito positi-vo. Geralmente emprega-se para expressar o va-lor líquido obtido, ou seja, o lucro sem qualquer outra dedução.

Benefício fiscal: vantagem oferecida pela lei fis-cal-tributária no sentido de proteger ou incenti-var uma área ou um segmento econômico.

Bilhetes do tesouro: conta que registra os títu-los da dívida pública nos quais a empresa fez apli-cações.

Bird: Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial).

Bid: Banco Interamericano de Desenvolvimento.

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Glossário 163

Bolsa de valores: as bolsas de valores não são instituições financeiras, mas associações civis sem fins lucrativos, constituídas pelas corretoras de valores para fornecer a infra-estrutura do mer-cado de ações e títulos. Embora autônomas, ope-ram sob a supervisão da Comissão de Valores Mo-biliários do Ministério da Fazenda, fiscalizando os respectivos membros e as operações nelas reali-zadas. Em síntese, é o local especialmente criado e mantido para negociação de valores mobiliários (debêntures e ações) em mercado livre e aberto, organizado pelas corretoras e autoridades.

Campo de auditoria: definição do objeto e do período a fiscalizar, bem como da natureza da au-ditoria a realizar (por exemplo, auditoria de lega-lidade e/ou regularidade de determinadas ope-rações em 1991). O seu objeto pode ser uma en-tidade completa (organismo público, empresa ou projeto, etc.), uma parte ou uma função des-sa entidade. (Boletim Interno do TCU n. 34, de 23.07.1992 – Glossário de Termos Comuns Utiliza-dos no Âmbito do Controle Externo do TCU e do Tribunal de Contas de Portugal).

Campo de verificação: ver Campo de auditoria.

Categoria econômica: classificação das receitas e despesas em operações correntes ou de capital, objetivando propiciar elementos para uma ava-liação do efeito econômico das transações do se-tor público.

Caução: conta que tem a finalidade de registrar os depósitos feitos em garantia de um negócio. Essas garantias dadas em caução podem ser em dinheiro ou títulos.

Centralização de contas: sistema de escritura-ção que reúne contas analíticas em uma sintéti-ca, agrupando os fatos de acordo com a sua na-tureza.

Certificado de análise: atestado dado por profis-sional em Contabilidade, habilitado na forma da lei, de que analisou a situação de uma empresa.

Certificado de auditoria: documento lavrado pelo contador, na função de auditor, que visa pro-var a terceiros, mediante declaração, que foi reali-zada uma tarefa de revisão.

Chifrier: livro em que só se registram cifras, sem históricos. Livro usado para conferir balancetes e que só lida com valores e títulos de contas.

Ciclo contábil: seqüência de posições, movi-mentos, operações ou estados dos fenômenos patrimoniais.

Ciclo orçamentário: é a seqüência das etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário. Com-preende as seguintes fases: a) elaboração; b)estu-do e aprovação; c) execução; d)avaliação.

Classificação de contas: ato de identificar um fe-nômeno pela conta que deve contabilmente re-presentá-lo.

Classificação econômica: é a consolidação bá-sica tanto para as despesas como para as recei-tasnascategorias“Correntes”e“deCapital”.Tema finalidade de propiciar elementos para avalia-ção do efeito econômico das transações do setor público.

Classificação orçamentária: enquadramen-to do fato contábil dentro do sistema orçamen-tário, sendo esta essencial para a programação, execução, acompanhamento, controle e avalia-ção da atividade financeira do Estado. Os critérios de classificação orçamentária da receita são: ins-titucional, segundo sua natureza e quanto às fon-tes de recursos. E os critérios de classificação or-çamentária da despesa são: institucional, funcio-nal programático e segundo sua natureza.

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Classificação funcional – programática (despe-

sa): é o enquadramento dos dados financeiros nas Funções, Programas, Subprogramas, Projeto/Atividade e Subprojetos/Subatividades, todos es-tes criados a fim de facilitar a programação finan-ceira, para alcançar os objetivos nacionais.

Classificação institucional (despesa e recei-

ta): corresponde aos Órgãos Setoriais e suas res-pectivas Unidades Orçamentárias.

Classificação segundo sua natureza (recei-

ta): aqui o critério utilizado leva em consideração a categoria das receitas, ou seja, estas são agrupa-das em receitas realizadas (refere-se à parcela efe-tivamente arrecadada) que dividem-se em recei-tas correntes (tributária; de contribuições; patri-monial; agropecuária; industrial; de serviços; etc.) e receitas de capital (provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; de amortizações de empréstimos ante-riormente concedidos; etc.).

Classificação segundo as fontes de receita: en-tende-se por fonte a origem, a procedência do re-curso, e é utilizada para indicar como são finan-ciadas as despesas, pois a legislação – e a própria Constituição Federal de 1988 – vinculam determi-nados tipos de recursos a certos tipos de aplica-ções, assim como o comprometimento das des-pesas fica condicionado à realização das receitas.

Comodato: é todo empréstimo gratuito de bem durável que deve ser restituído no tempo con-vencionado, ou recebido por doação.

Concessão de garantia: é o compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratu-al assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada.

Conciliação bancária: é o documento que atesta o saldo real de determinada conta bancária, con-siderando os valores debitados e os por debitar, tendo em vista os cheques ainda não compensa-dos, assim obtendo-se um saldo real.

Conciliação de contas: ato de confrontar contas para obter um ajuste entre estas.

Consolidação de dívida: denominação dada ao resultado da transformação da dívida flutuante em dívida fundada, o que pode resultar em dimi-nuição ou não da despesa de juros, mas, em com-pensação, deverão ser consignadas no orçamen-to em dotações próprias as cotas de amortização da nova natureza de empréstimo.

Contabilidade pública: ramo da Contabilidade que estuda, controla e demonstra a organização e execução dos orçamentos, atos e fatos adminis-trativos da Fazenda Pública, o patrimônio público e suas variações; contabilidade aplicada às enti-dades públicas. As normas a serem seguidas para a escrituração das entidades públicas acham-se estabelecidas por leis especiais e formam objeto de cuidado dos técnicos no assunto. Forma uma especialização porque envolve uma série de cor-relações, como as do Direito Público, Direito Ad-ministrativo, Ciência das Finanças, Direito Tributá-rio, etc. O exercício das entidades públicas é pre-visto pelo orçamento que, sendo observado pelas câmaras dos representantes do povo, passa a ter consistência legal; sua execução depende da ob-servação das verbas votadas, que depois são em-penhadas para formarem, finalmente, uma des-pesa ou uma receita efetiva. A finalidade da Con-tabilidade Pública é a de estabelecer regras para que os atos e fatos administrativos da gestão fi-nanceira e patrimonial das entidades públicas se realizem em perfeita ordem e sejam registrados sistematicamente, de modo a mostrar, em épocas prefixadas, os respectivos resultados.

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Glossário 165

Contas: instrumentos de registro que têm por fi-nalidade reunir fatos contábeis da mesma nature-za, sendo abertas para encerrar os valores de re-alização passada, presente ou futura, recebendo um título que as identifica.

Contas de compensação: nestas são registrados os bens, valores, obrigações e situações não com-preendidas nos parágrafos anteriores e que, me-diata ou imediatamente, possam vir a afetar o pa-trimônio.

Contingenciamento: é a limitação para realizar despesa, de modo que evite que os gastos exce-dam aos montantes das receitas efetivamente ar-recadadas no período. É o procedimento empre-gado pela Administração para assegurar o equilí-brio entre a execução das despesas e a disponibi-lidade efetiva de recursos. Ex.: não liberar recursos para empenhar determinada despesa.

Contrapartida: recursos que o devedor se com-promete, contratualmente, a aplicar em um de-terminado projeto, sendo que a cobertura des-sa contrapartida pode efetivar-se através de ou-tro empréstimo, receita própria ou dotação orça-mentária.

Contrato terceirizado: é o contrato que a Ad-ministração Pública firma com particular ou ou-tra entidade administrativa para a consecução de objetivos de interesse público, nas condições es-tabelecidas pela Administração.

Contribuição de melhoria: é o tributo pago pelo contribuinte que obtiver uma vantagem econô-mica particular, em virtude da atividade adminis-trativa do poder público, maior do que a que ad-vém ao restante dos cidadãos. Tributo pago pe-los contribuintes que, em seu benefício, ocasio-narem uma despesa especial ao poder público. A contribuição de melhoria incide sobre a valoriza-ção da propriedade imóvel, decorrente da realiza-

ção de uma obra pública, tendo como limite o va-lor global da despesa.

Controle externo: é o exercido fora das rotinas da administração, ou seja, por órgão ou respon-sável não incluído na estrutura da própria admi-nistração ou empresa.

Controle Interno: em termos contábeis, é o con-trole que a empresa ou administração exerce so-bre determinado fato ou série de fatos, de acordo com as suas rotinas próprias. É também chamado de controle aziendal, e tem como objetivo asse-gurar que não ocorram desvios potenciais por in-termédio do controle de suas causas.

Controle orçamentário: segundo o objeto do controle, compreende o controle político, o con-trole legal, o controle contábil e o controle pro-gramático. O controle político ocupa-se prepon-derantemente da conveniência política das ações do Governo, com ênfase nos interesses da comu-nidade, devendo o seu exercício caber ao Poder Legislativo; controle legal consiste na ação fisca-lizadora da legalidade dos atos de que resultem arrecadação da receita e realização da despesa; controle contábil compreende, basicamente, as ações voltadas para o acompanhamento e regis-tro da execução orçamentária, composição patri-monial, determinação de custos, levantamentos de balanços e interpretação de resultados econô-mico-financeiros; e o controle programático bus-ca verificar o cumprimento do programa de tra-balho, expresso em termos de objetivos e metas, focalizando, em especial, a eficiência, eficácia e efetividade das ações governamentais.

Convênio: é o instrumento por intermédio do qual pessoas físicas ou jurídicas, de direito públi-co ou privado, firmam acordos, tendo em vista in-teresses comuns, atuando como partícipes na re-alização desse objeto.

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Prefeitura de Cuiabá 166 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Cota: parcela que o órgão central de programa-ção financeira autoriza colocar à disposição dos órgãos/unidades orçamentárias em cada perío-do, podendo ter ou não valor uniforme.

Créditos: convenção contábil que simboliza a origem do investimento de valor em função do fim aziendal.

Crédito adicional: é a denominação dada ao cré-dito aberto para cobrir despesas não computadas ou insuficientemente dotadas. Ademais, o título “créditoadicional”égêneroquesedivideemtrêsespécies: crédito suplementar, crédito especial e crédito extraordinário.

Crédito especial: é o destinado a cobrir despe-sas para as quais não haja dotação específica (o que geralmente ocorre, por exemplo, em relação às despesas decorrentes da criação de órgãos, ou que se torna, enfim, necessário sempre que não tenha havido previsão para determinada catego-ria ou grupo de despesa, de qualquer atividade ou projeto de uma unidade).

Crédito extraordinário: é o destinado a saldar despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade públi-ca.

Crédito presumido: é o direito de recebimento admitido, ou entendido como certo, baseando-se em certas probabilidades.

Créditos suplementares: é o destinado a refor-çar determinada dotação orçamentária (caso típi-co dos acréscimos de despesas com pessoal, por subestimação da previsão, por aumento dos ven-cimentos, etc.).

Cronograma de desembolso: instrumento pelo qual a Unidade Orçamentária programa no tem-po o pagamento das despesas autorizadas na lei

orçamentária ou ainda, em se tratando de convê-nios, representa um dos itens do respectivo pla-no de trabalho, em que os partícipes pré-estabe-lecem as datas de pagamento das parcelas pac-tuadas.

Déficit: deficiência de receita sobre a despesa, ou, ainda, insuficiência das operações da empre-sa ou da entidade, demonstrada por comparação entre as receitas e as despesas, onde estas são maiores que aquelas.

Déficit financeiro: falta de recursos com relação às dívidas que a azienda possui. É o mesmo que insuficiência de dinheiro ou monetária. Insufici-ência da receita com relação à despesa.

Déficit nominal: necessidade de financiamento do setor público (NFSP), incluindo os efeitos da correção monetária e cambial nas despesas e nas receitas.

Déficit orçamentário: insuficiência do orçamen-to feito com relação à realidade dos fatos opera-dos. Desequilíbrio havido no orçamento e provo-cado por menores receitas que despesas ou por maiores despesas que as previstas.

Deflação: consiste na retirada do excesso de pa-pel-moeda de circulação, ou na diminuição do crédito. Tem como conseqüência restringir o po-der aquisitivo da moeda, determinando a queda dos preços.

Demonstrações das variações patrimoniais: de-monstrações contábeis que registram as altera-ções patrimoniais.

Despesas correntes: é a classificação econômica da despesa que não contribui diretamente para aumentar a capacidade produtiva da economia. Divide-se em despesas de custeio e transferên-cias correntes. Ex.: despesas com ensino e despe-

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Glossário 167

sas com saúde. São aquelas que não têm um ca-ráter econômico reprodutivo e são necessárias à execução dos serviços públicos e à vida do Esta-do, sendo, assim, verdadeiras despesas operacio-nais.

Despesas de capital: é a classificação econômica da despesa que contribui para formar um bem de capital, para adicionar valor a um bem já existen-te ou para transferir a propriedade de bens ou di-reitos ao setor público. Ex.: ações de planejamen-to, gastos com materiais e instalações necessá-rios à realização de obras, gastos com amortiza-ção da dívida.

Despesas de conservação do patrimônio públi-

co: é a despesa efetuada com a conservação do patrimônio público. Ex.: conservação de prédios, avenidas.

Despesas de custeio: são as despesas para ma-nutenção de serviços anteriormente criados. Ex.:operação e manutenção de um hospital, con-servação e adaptação de bens móveis, etc.

Despesas de pessoal: são os gastos com o paga-mento de salários, gratificações e outros benefí-cios integrantes na remuneração pelo exercício de cargo, emprego ou função no setor público, civil ou militar, na administração direta e indireta. Inclui, também, os gastos com o pagamento dos proventos dos servidores inativos e dos pensio-nistas do setor público, bem como os inerentes às obrigações previdenciárias de responsabilida-de do setor público como empregador.

Despesa empenhada: valor do crédito orçamen-tário ou adicional utilizado para fazer face a com-promisso assumido.

Despesas extra-orçamentárias: constituem os pagamentos que não dependem de autorização legislativa; aqueles que não estão vinculados ao

orçamento público; não integram o orçamento. Correspondem à restituição ou à entrega de va-lores arrecadados sob o título de receita extra-or-çamentária.

Despesas obrigatórias de caráter continua-

do: são despesas correntes, voltadas à opera-ção e manutenção dos serviços existentes, deri-vadas de lei, medida provisória ou ato adminis-trativo normativo que fixe para o ente da Fede-ração a obrigação legal de sua execução para um período superior a dois anos. Ex.: implantação do programa de erradicação das favelas, contribui-ção permanente a uma entidade assistencial, im-plantação de fundo ao atendimento médico em escolas, etc.

Despesa orçamentária: é aquela cuja realiza-ção depende de autorização legislativa e que não pode efetivar-se sem crédito orçamentário cor-respondente. Em outras palavras, é a que integra o orçamento, isto é, a despesa discriminada e fixa-da no orçamento público.

Despesa pública: constitui despesa pública todo pagamento efetuado a qualquer título pelos agentes pagadores. Classifica-se a despesa públi-ca, inicialmente, em dois grupos: despesa orça-mentária e despesa extra-orçamentária.

Destaque de crédito: operação descentraliza-dora de crédito orçamentário em que um órgão transfere para outro órgão o poder de utilização dos recursos que lhe foram dotados.

Dívida: fato patrimonial que representa o débi-to de financiamento ou de funcionamento; valor que a empresa tem a pagar a terceiros; valor que representa um crédito obtido por compra ou em-préstimo.

Dívida ativa: título de conta usada na Contabili-dade Aplicada às Entidades Públicas e que se des-

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Prefeitura de Cuiabá 168 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

tina a registrar as importâncias relativas a impos-tos, taxas, contribuições e multas de qualquer na-tureza devidas por terceiros à entidade, lançados mas não cobrados ou não recebidos no prazo de vencimento, a partir da data de sua inscrição.

Dívida consolidada: vide Dívida fundada.

Dívida flutuante: é a despesa contraída por ente da Federação para atender a momentâneas ne-cessidades de caixa, depósitos de terceiros (con-signações) e débitos de tesouraria. Abrange tam-bém os restos a pagar. Tem prazo inferior a doze meses.

Dívida fundada: é a despesa contraída por ente da Federação para atender ao desequilíbrio orça-mentário ou ao financiamento de obras, progra-mas de média ou longa duração, com prazo su-perior a doze meses.

Dívida interna pública: compromisso assumi-do por entidade pública dentro do país, portanto, em moeda nacional.

Dívida não-consolidada: vide Dívida flutuante.

Dívida pública: representa a dívida contraída por ente da Federação em decorrência dos com-promissos derivados de operações de crédito e outras formas de endividamento (Leis, Contratos, Convênios). Pode ser classificada em flutuante ou fundada.

Dívida pública externa: compromissos assumi-dos por entidade pública gerando a obrigação de pagamento do principal e acessórios.

Dívida pública mobiliária: é a dívida represen-tada por títulos públicos emitidos pelos entes da Federação e pelo Banco Central do Brasil. Ex.: LFTE (Letras Financeiras do Tesouro Estadual).

Dotação orçamentária: porção do orçamen-to destinada a cobrir determinada despesa; limi-te de crédito consignado na lei do orçamento ou crédito adicional, para atender determinada des-pesa.

Economicidade: característica da alternativa mais econômica para a solução de determinado problema.

Edital: é a comunicação escrita, divulgada pela imprensa oficial e particular, ou pela afixação em lugares públicos, feita por autoridade administra-tiva competente tornando pública sua decisão de contratar obras ou serviços, adquirir ou alie-nar bens,etc.

Eficácia: capacidade da organização em cumprir suas metas e objetivos previamente fixados.

Eficiência: mede a capacidade da organização em utilizar, com rendimento máximo, todos os in-sumos necessários ao cumprimento dos seus ob-jetivos e metas. A eficiência preocupa-se com os meios, com os métodos e procedimentos plane-jados e organizados, a fim de assegurar a otimiza-ção dos recursos disponíveis.

Elemento de despesa: é o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a Administração Pú-blica para a consecução de seus fins.

Empenho: é o ato (despacho administrativo) que dá inicio à relação contratual entre o setor público e seus fornecedores de bens e serviços, represen-tando a garantia de que existe recurso financeiro para liquidação dos compromissos assumidos, e cria para o Estado obrigação de pagamento pen-dente ou não de implemento de condição. Tem natureza abstrata, pois o empenho se concretiza após a confecção do meio físico que o representa, este denominado por nota de empenho.

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Glossário 169

Empenho estimativo: é o utilizado nos casos em que não se possa determinar o montante da des-pesa. É o que ocorre com os gastos decorrentes de consumo de água, energia elétrica, telefone, etc.

Empenho global: é o utilizado para os casos de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcela-mento.

Empenho ordinário: é também chamado de “empenhonormal”,sendooutilizadoparaasdes-pesas normais que não tenham nenhuma carac-terística especial. Tratam-se de despesas relativas a compras e serviços usuais e rotineiros.

Empresa pública: entidade dotada de personali-dade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivamente governamental, cuja criação deve ser autorizada por lei, para ex-ploração de atividade econômica ou industrial, que o governo seja levado a exercer por força de contingência ou conveniência administrativa;

Empresa controlada: é aquela em que o Muni-cípio detém a maioria do capital social, com di-reito a voto.

Empresa estatal dependente: é a empresa con-trolada que recebe recursos do Município para pa-gamento de pessoal, custeio ou despesas de capi-tal (excluído o aumento de participação acionária).

Encargos gerais do município: compreende os compromissos financeiros do Município. O mes-mo que encargos financeiros do Município. Ex.: amortização e encargos da dívida interna e exter-na, administração da dívida mobiliária.

Entes da federação: são as pessoas jurídicas de direito público que, juntos, integram a federação brasileira, quais sejam: União, Estados, Distrito Fe-deral e Municípios.

Entidade: uma forma de classificação das azien-das e que apresenta as que possuem seu patri-mônio aplicado apenas na satisfação das neces-sidades humanas, sem fins lucrativos, ainda que haja lucro.

Entidades paraestatais: termo com muitos con-ceitos, sendo que o de Hely Lopes Meirelles popu-larizou-se e foi utilizado na redação de inúmeras leis.Paraele,entidadesparaestatais“sãopessoasjurídicas de direito privado, cuja criação é auto-rizada por lei específica, com patrimônio público ou misto, para realização de atividades, obras ou serviços de interesse coletivo, sob formas e con-troledoEstado.”Agora, o posicionamento mais recente, seguido por Maria Sylvia Zanella Di Pietro e Celso Antô-nio Bandeira de Mello define entidades paraesta-taiscomo“pessoasprivadasquecolaboramcomo Estado desempenhando atividade não lucrati-va e à qual o Poder Público dispensa especial pro-teção, colocando a serviço delas manifestações de seu poder de império, como o tributário, por exemplo. Não abrange as sociedades de econo-mia mista e empresas públicas; trata-se de pes-soas privadas que exercem função típica (embora não exclusiva do Estado, como as de amparo aos hipossuficientes, de assistência social, de forma-ção profissional (SESI, SESC, SENAI). O desempe-nho das atividades protetórias próprias do esta-do de polícia por entidades que colaboram com o Estado, faz com que as mesmas se coloquem pró-ximasdoEstado,paralelasaele.”

Entrada: mesmo que débito, segundo antigas teorias contábeis.

Erário: é o mesmo que Tesouro ou Fazenda Pú-blica.

Esfera orçamentária: forma de classificação das receitas e despesas dentro do orçamento, que, por sua vez, divide-se em orçamento fiscal, orça-

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Prefeitura de Cuiabá 170 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

mento da seguridade social ou, ainda, orçamento de investimento.

Especialização (princípio): princípio contábil que defende o reconhecimento de custos e recei-tas quando obtidos e incorridos, independente-mente de seu recebimento e pagamento, deven-do ser tais fatos apropriados no tempo da inocor-rência, tempestivamente. Também é chamado de Princípio do Acréscimo.

Escrita: o mesmo que escrituração contábil.

Estágios da receita: são as etapas das receitas consubstanciadas nas ações desenvolvidas e per-corridas pelos órgãos e repartições encarregados de executá-los. Dividem-se em: a) previsão; b) lan-çamento; c) arrecadação ou recolhimento.

Estágios da despesa: são as fases da despesa, concretizadas em várias ações. Dividem-se em: a) programação de despesa; b) licitação; c) empe-nho; d) liquidação; e) suprimento; f ) pagamento.

Estimativa de impacto orçamentário financei-

ro: projeção das conseqüências de determinada receita ou despesa no orçamento total de um ór-gão ou entidade.

Estoque da dívida pública: é o somatório da dí-vida pública em determinado momento.

Etiquetagem: identificação física do bem atra-vés da atribuição de número patrimonial, por meio de etiqueta.

Excesso de arrecadação: saldo positivo das dife-renças acumuladas mês a mês, entre a arrecada-ção prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício e o montante dos crédi-tos extraordinários abertos. Para fins de abertu-ra de créditos suplementares e especiais, enten-de-se por excesso de arrecadação o saldo positi-

vo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício. Para apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos cré-ditos extraordinários abertos no exercício.

Exercício financeiro: período em que se verifi-cam fatos contábeis, geralmente coincide com o ano civil, o que ocorre no Brasil por força do dis-posto no artigo 165, § 9º, inciso I da Constituição Federal de 1988 c/c artigo 34 da Lei nº 4.320/64.

Execução orçamentária: ato de fazer cumprir o orçamento ou previsão; constitui ainda a concre-tização anual dos objetivos e metas determina-das para o setor público, no processo de plane-jamento integrado, e implica a mobilização de re-cursos humanos, materiais e financeiros.

Extracontábil: aquilo que está fora dos domínios contábeis.

Extrato de conta: cópia de todos os fatos regis-trados em uma conta, assim como os saldos ex-traídos.

Fato administrativo: segundo algumas escolas do pensamento contábil, o fato administrativo é uma ação que provoca mutação no patrimônio.

Fato contábil: é tudo aquilo que acontece com o patrimônio de uma empresa ou de uma entidade; o mesmo que fenômeno patrimonial.

Fato misto: acontecimento que, além de impri-mir uma modificação no patrimônio líquido, pro-voca permuta entre contas da mesma série.

Fato modificativo: acontecimento que imprime modificação no patrimônio. Fatos que atingem o capital modificando-o para mais ou para menos.

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Glossário 171

Fato permutativo: acontecimento que se verifi-ca em um patrimônio em que não se altera a sua substância líquida, provocando transferência de valores do Ativo ou do Passivo.

Fato permutativo-modificativo: o mesmo que fato misto, ou seja, o acontecimento patrimonial composto de variações de natureza permutativa e modificativa.

Fiscalização orçamentária: ação através da qual uma entidade verifica se um orçamento aprova-do foi executado em conformidade com as pre-visões, as autorizações e os regulamentos. (Bole-tim Interno do TCU n. 34 de 23/07/92 – Glossário de Temas Comuns Utilizados no Âmbito do Con-trole Externo do TCU e do Tribunal de Contas de Portugal).

Fim do exercício: último dia de um período to-mado como base para mensuração de gestão ou de ciclo produtivo.

Financiamento: recurso de capital obtido ou ce-dido a maior prazo.

Flexibilidade financeira: capacidade de cobrir riscos e eventualidades de pagamentos sem per-turbar o ritmo normal da liquidez financeira.

Flutuação de conta: variação de valor operada em uma conta e decorrente da conjuntura patri-monial ou econômica.

Fluxo contábil: expressão utilizada para eviden-ciar a dinâmica de um componente ou de um sis-tema de componentes patrimoniais em um perí-odo determinado. Curso de um valor no tempo.

Fluxo de caixa: fluxo da liquidez, ou seja, cur-so que no tempo traça o confronto entre recur-sos de recebimentos e os desembolsos por paga-mentos.

Fontes de investimentos: omesmoque“recur-sos”ou“financiamentos”.

Fornecedores: título de conta que representa os débitos por compras.

Fraude contábil: prática desonesta que elimina a exatidão dos balanços e da própria escrita.

Fraude fiscal: artifício realizado na escrita con-tábil, quer em registros, quer em avaliações, quer em cálculos, quer em documentos, com o intuito de reduzir a carga fiscal ou tributária. É o mesmo que“FugaFiscal”.

Fundação pública: é a entidade jurídica, com personalidade de direito privado, criada com base em expressa autorização legal para o desen-volvimento de atividades de interesse público.

Fundo: quota extraída do lucro bruto das em-presas e que tem por finalidade representar uma reintegração de valores ou uma proteção con-tra riscos. Não deve ser confundido com reserva. Também não é custo, nem pertence ao regime de apuração, mas simplesmente integra no grupo do capital próprio da empresa; nem deve ser tido como provisão.

Fundo de caixa: montante provido para paga-mentos ou ainda valor colocado à disposição para que se realizem pagamentos.

Fundo de comércio: montante representativo do valor de um negócio que está sendo vendido ou comprado. Patrimônio no seu estado de ces-são.

Fundos especiais: parcela de recursos do Tesou-ro Nacional vinculados por lei à realização de de-terminados objetivos de política econômica, so-cial ou administrativa do governo.

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Prefeitura de Cuiabá 172 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Fundos públicos: são títulos de emissão do Po-der Público que representam dívida ou responsa-bilidade deste. São os Títulos de Dívida Pública.

Gestão administrativa: ato de gerir um patrimô-nio; a administração aziendal.

Gestão continuada: expressão que representa oconceitode“atividadeemfuncionamento”,ouseja, a que provém de atos gerenciais contínuos.

Gestor: aquele que administra ou gere um patri-mônio; designação atribuída ao funcionário pú-blico (ocupante de cargo de carreira) ou agen-te estatal (ocupante de cargo em comissão), que pratica atos de gestão com o propósito de admi-nistrar negócios, bens, obras ou serviços sob a responsabilidade de entidades do setor público.

Giro: o mesmo que rotação ou circulação de um bem no tempo.

Glosa de despesas: rejeição de despesas apre-sentadas ou registradas porque se coloca em dú-vida a sua autenticidade ou a sua exatidão.

Glosa de lançamentos: rejeição de lançamento registrado ou esboçado porque se põe em dúvida a sua exatidão ou a sua autenticidade.

Gratificações: título de conta que registra os va-lores pagos ou creditados ao pessoal, em razão de remuneração adicional a eles, derivada da me-lhor rentabilidade, maior produtividade ou de-sempenho especial de função.

Graus de conta: estados de divisão de uma con-ta.

Grupamento de contas: omesmoque“agrupa-mentodecontas”.Reuniãodecontasdamesmanatureza.

Grupo de contas: reunião de contas que exer-cem funções semelhantes, observando objetos comuns, embora sob vários aspectos.

Grupo de despesas: classificação da despesa quanto a sua natureza, compreendendo os se-guintes grupamentos: 1 – Pessoal e encargos so-ciais; 2 – Juros e encargos da dívida; 3 – Outras despesas correntes; 4 – Investimentos; 5 – Inver-sões financeiras; 6 – Amortização da dívida.

Guia fiscal: documento que visa à cobertura de um fato suscetível de ser examinado ou fiscaliza-do. A expressão é utilizada em relação à fiscaliza-ção tributária.

Habilitação profissional: capacidade legal de exercer a profissão de Contador ou de Técnico em contabilidade.

Harmonia patrimonial: equilíbrio do patrimô-nio, ou seja, estado do patrimônio onde os seus valores (componentes) conseguem cumprir as fi-nalidades a que estão destinados com a máxima objetividade; estado em que o grau de ocupação é ideal e onde o equilíbrio atinge seu ponto ver-dadeiro.

Harmonização contábil: ato ou efeito de buscar a padronização de procedimentos e normas con-tábeis, bem como de planos Contabilísticos, de modo que se promova a uniformização deles.

Haver: o mesmo que crédito. Coluna direita da conta.

Hedge: fenômeno patrimonial (expressão ingle-sa) que se caracteriza por uma operação a prazo que permite compensar os riscos de outra opera-ção a prazo, de sentido inverso, quer seja sobre tí-tulos, divisas ou mercadorias.

Histórico: descrição de um fato contábil.

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Glossário 173

Homologação: ato que certifica a justeza dos atos praticados anteriormente.

Identidade patrimonial: termo que tem sido usado para significar que Ativo e Passivo são uma só coisa e, juntos, formam o patrimônio.

Irregulares: termo técnico utilizado no julga-mento de contas, bem como na emissão de pare-ceres de auditoria quando se constata que a con-ta ou o material analisado encontra-se em desa-cordo com o previsto em lei ou difere do pactua-do pelos interessados.

Iliquidez: qualidade de determinados compo-nentes do patrimônio que, por sua natureza, não podem ser transformados em dinheiro.

Iliquidável: consideração feita, nos julgamentos de contas e inspeções, quando se identifica uma conta que não se pode liquidar, ou seja, que não se encontra um valor em dinheiro para represen-tá-la.

Imobilizado: grupo de contas que reúne as imo-bilizações no sistema de classificação financeira.

Imobilizar: investir capital em aquisição de bens de natureza imóvel.

Impessoalidade: na opinião do doutrinador Hely Lopes Meirelles, o princípio da impessoalidade nada mais é do que o clássico princípio da finali-dade, o qual impõe ao administrador público que só pratique o ato para seu fim legal. E o fim legal é unicamente aquele que a norma de direito indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de forma impessoal. Este princípio também deve ser entendido para excluir a promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos sobre suas re-alizações administrativas.

Imponderável: expressão usada para designar o que não pode ser avaliado ou previsto nos planos de orçamentos ou nas análises contábeis.

Imposto: título de conta que se destina ao regis-tro dos gastos realizados com uma das espécies de tributos prevista no Código Tributário Nacio-nal.

Impropriedade de registro: registro de um fato contábil que não foi feito obedecendo-se às nor-mas da técnica contábil ou que não evidenciou com fidelidade o fato.

Impugnação de escrita: ato de considerar uma escrita como imperfeita, rejeitando-se a sua acei-tação para os fins a que foi apresentada.

Impugnação de lançamento: ato de recusar um lançamento por não estar devidamente feito ou porque não atende ao fim a que se destina.

Inação patrimonial: inércia de um patrimônio.

Inconciliação de contas: estado de contas que não permite sejam elas harmonizadas ou compa-radas.

Inconcussibilidade de registros: registro de fa-tos contábeis feito de tal forma que não pode ser contestado.

Inconexão de registros: registro de fatos contá-beis que não possuem harmonia;falta de coorde-nação nos lançamentos.

Incremento patrimonial: fenômeno que carac-teriza o desenvolvimento ou a expansão do pa-trimônio.

Independência de conta: qualidade de uma conta em não depender de outra para sua de-monstração, registro e análise.

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Prefeitura de Cuiabá 174 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Indenizações: título de conta destinado a regis-trar os valores representativos de compensações em dinheiro por danos sofridos; valor de ressarci-mento por dano sofrido.

Indicador de custos: número-índice que acusa a aproximação de um gasto em determinados pro-cessos de pesquisa contábil; número que estabe-lece vestígios de custos.

Indicadores econômicos: entende-se por indica-dor o elemento que permite o acompanhamento de um fenômeno em observação. Alguns indica-dores econômicos, baseados em variáveis conhe-cidas, são constituídos (tais como o consumo in-dustrial de energia elétrica, venda de eletrodo-mésticos e de veículos, etc.), e seu comportamen-to passa a identificar o comportamento provável de atividade econômica. Evidências desse tipo sãoutilizadascomo“termômetros”pelosmento-res da política econômica para mudança e redire-cionamento dos instrumentos de política. A pre-visão orçamentária de recursos requer a constru-ção ou adoção de indicadores que possibilitem acompanhar oscilações de curto prazo das variá-veis que afetam o comportamento das receitas.

Indução: método aplicado no raciocínio contábil e que consiste em tirar uma conclusão geral dos fatos particulares que se produzem.

Indução por enumeração: método adotado para se concluir sobre um todo, partindo-se de al-guns componentes de um conjunto; em contabi-lidade, tal método é adotado usualmente em au-ditoria, sob a denominação de amostragem.

Ingressos públicos ou entradas: nome dado às importâncias em dinheiro, recebidas pelos cofres públicos a qualquer título.

Inscrição no ativo: o mesmo que “registro emcontadeativo”.Ativaçãodeumvalor.

Inscrição no passivo: o mesmo que ‘registro em contadepassivo”.

Insubsistências ativas: o mesmo que déficit. Ati-vo de valor inferior ao montante das obrigações da empresa, ou seja, ausência de recursos próprios.

Inventário: verificação da existência de um com-ponente patrimonial.

Inventário analítico: inventário no qual a descri-ção dos componentes é feita obedecendo ao má-ximo o rigor das minúcias e onde todos os demais componentes seguem o mesmo princípio.

Inventário contábil: inventário realizado com fi-nalidades patrimoniais; é o inventário baseado nos registros contábeis.

Investimento: aplicação de valores; despesas de capital destinadas ao planejamento e à execução de obras públicas, à realização de programas es-peciais de trabalho e à aquisição de instalações, equipamento e material permanente.

Inversões financeiras: dotações destinadas à aquisição de imóveis, ou bens de capital, já em utilização, a títulos financeiros e à constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas, inclusive às operações bancárias ou de seguros.

Isenção: favor fiscal concedido por lei, que con-siste em dispensar o contribuinte do pagamento de um tributo devido. Na isenção, a obrigação de pagar o tributo existe, mas foi dispensada, o que difere da imunidade, pois, nesse caso, a obriga-ção inexiste.

Juros e descontos: título de conta destinado a registrar as rendas dos capitais em dinheiro, quer os que a empresa deposita ou cede a terceiros, quer os que paga por financiamento que teve, as-sim como os descontos recebidos ou pagos.

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Glossário 175

Juros passivos: valor derivado da recompensa de capital de terceiros emprestado a uma empre-sa ou entidade. Juros pagos ou a favor de tercei-ros.

Juros sobre capital: valor que deve representar o interesse ou compensação do capital aplicado em uma empresa, e que, segundo algumas teo-rias, deveria ser incluído no custo de um produto.

Juros sobre investimentos: valor que represen-ta uma renda sobre o capital investido, pelo sim-ples fato do investimento, sem ponderação dos fatores de produtividade.

Lançamento: ato ou efeito de lançar ou registrar um fato contábil; registro de um fato contábil. O lançamento é representado pela partida, ou seja, a expressão contábil de lançamento, de acordo com a finalidade que se tem a cumprir. O lança-mento é o registro do fato, porém dentro das nor-mas contábeis.

Legalidade: a legalidade, como princípio de ad-ministração, significa que o administrador públi-co está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum, e deles não se pode afastar ou desviar sob pena de praticar ato inválido e expor-se à res-ponsabilidade disciplinar, civil e criminal, confor-me o caso.

Lei de diretrizes orçamentárias (LDO): lei anual, compreende as metas e prioridades da adminis-tração pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, e orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual.

Lei de meios: sinônimo de Lei Orçamentária ou de Lei de Orçamento. Assim denominada porque possibilita os meios para o desenvolvimento das ações relativas aos diversos órgãos e entidades que integram a administração pública.

Lei de responsabilidade fiscal: é lei de natureza complementar em que foram estabelecidas nor-mas de finanças públicas voltadas para a respon-sabilidade na gestão fiscal.

Lei orçamentária anual (LOA): lei que prevê as receitas, autoriza as despesas públicas, explicita a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo e define os mecanismos de flexibilidade que a Administração fica autorizada a utilizar.

Licitação: é o procedimento administrativo me-diante o qual a administração pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse.

Liquidação da despesa: verificação do direito ad-quirido pelo credor, tendo por base os títulos e do-cumentos comprobatórios do respectivo crédito.

Liquidez: é a capacidade de transformar um ati-vo em dinheiro. Por exemplo: ações de primeira li-nha possuem alta liquidez (são vendidas mais ra-pidamente); imóvel possui uma baixa liquidez (o tempo para se vender um imóvel é muito longo).

LRF cidadão: é um sistema de informática, de iniciativa do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso,que visa garantir o cumprimento e acompanhamento das normas prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal quanto à emissão dos Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária (RREO) e os Relatórios de Gestão Fiscal (RGF), de acordo com as portarias vigentes, exaradas pela Secretaria do Tesouro Nacional (atualmente, PO’s nº 559 e 560, de 14.12.2001 do STN). Para mais in-formações, consulte o site www.tce.mt.gov.br.

Material de consumo: aquele cuja duração é li-mitada a curto lapso de tempo. Ex.: artigos de hi-giene, gêneros alimentícios, combustíveis, arti-gos de limpeza, etc.

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Prefeitura de Cuiabá 176 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Material permanente: aquele de duração supe-rior a dois anos. Ex.: veículos, máquinas, etc.

Metas fiscais: são objetivos a serem atingidos com relação à receita e gastos.

Modalidade de aplicação: classificação da natu-reza da despesa que traduz a forma como os re-cursos serão aplicados pelos órgãos/entidades, ou seja, os recursos poderão ser aplicados direta-mente por eles ou sob a forma de transferências a outras entidades públicas ou privadas que se en-carregarão da execução das ações.

Moralidade: a moralidade administrativa consti-tui, hoje em dia, pressuposto de validade de todo ato da administração pública. Não se trata – diz Hauriou, o sistematizador de tal conceito – da moral comum, mas, sim, de uma moral jurídica, entendidacomo“oconjuntoderegrasdecondu-ta tiradas da disciplina interior da administração. ”Amoralidadeadministrativaestáintimamenteli-gadaaoconceitodo“bomadministrador”.

Multa: pena pecuniária imposta ao contribuinte faltoso com a obrigação tributária.

Município: é um dos elementos que integram o modelo federativo adotado no Brasil. É composto pelo Poder Executivo, Poder Legislativo, Fundos, Autarquias, Fundações Públicas e empresas esta-tais dependentes.

Natureza da despesa: classificação que se dá às despesas realizadas pelos órgãos públicos de for-ma geral. Nesta classificação são considerados quatro pontos: a categoria econômica, o grupo de despesa, a modalidade da aplicação e o ele-mento de despesa.

Nota de empenho: é o papel, o meio físico em que são registrados os eventos vinculados ao compro-metimento da despesa, com base no empenho.

Nota de lançamento: registro da apropriação/liquidação de receitas e despesas, bem como de outros eventos, inclusive os relativos a entidades supervisionadas.

Nota de movimentação de crédito: registro dos eventos vinculados à transferência de créditos, tais como destaque, provisão, anulação de provi-são e anulação de destaque.

Notificação: ato ou efeito de notificar; dar co-nhecimento de uma irregularidade na escritura-ção ou transgressão da lei fiscal.

Numerário: dinheiro, moeda.

Objetividade: princípio que o auditor deve ob-servar de forma a garantir que as suas compro-vações e conclusões apenas sejam influenciadas pelos elementos recolhidos durante a auditoria, em conformidade com as normas em vigor e com os princípios e a prática geralmente aceita. (Bole-tim Interno do TCU n. 34, de 23.07.1992 – Glossá-rio de Termos Comuns Utilizados no Âmbito do Controle Externo do TCU e do Tribunal de Contas de Portugal)

Objeto social: finalidade econômica para a qual foi constituída uma sociedade.

Obras contratadas: título da conta do Ativo de Compensações, usado na escrituração das em-presas construtoras para registro do valor das obras contratadas. Tem, em contrapartida, a con-ta Contratos de Obras.

Obrigações ativas: título da conta que represen-ta os créditos da empresa com terceiros; é o mes-moque“Obrigaçõesareceber”.

Obrigações a pagar: título de conta que registra o valor das dívidas da empresa.

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Glossário 177

Obrigações a receber: título de contas que re-gistra o valor da dívida de terceiros com a empre-sa, ou seja, o crédito desta contra terceiros.

Obrigações passivas: título de conta que repre-senta as dívidas da empresa com terceiros; o mes-moque“Obrigaçõesapagar”.

Obrigações patronais: são aquelas correlaciona-das com a condição de empregador, representa-das na imposição de encargos que resultam em despesas com pagamento de pessoal, tais como Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e contri-buições para institutos de Previdência.

Obtenção de evidência: coleta de prova e aná-lise de procedimentos com o objetivo de con-vencimento sobre a realidade de um fato, de um conjunto de fatos ou de uma situação patrimo-nial.

Operação ativa: fato patrimonial que produz um crédito da empresa ou da entidade com terceiros; operação na qual o crédito é cedido a outrem; ve-rificação de um crédito.

Operação contábil: conjunto de fatos patrimo-niais para a obtenção do fim aziendal; conjunto de fenômenos que se verificam no patrimônio.

Operação passiva: fato patrimonial que produz um débito da empresa ou da entidade com ter-ceiros; operação na qual se contrai um débito; ve-rificação de um débito.

Operação patrimonial: o mesmo que operação contábil.

Operações de crédito por Antecipação da Re-

ceita Orçamentária-ARO: são os compromissos financeiros assumidos pelas entidades de direi-to público, decorrentes das operações de crédi-tos (empréstimos), contraídos a curto prazo (até

12 meses) para atender momentâneas insuficiên-cias de caixa.

Operações especiais (orçamento): são as despe-sas que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resulta um pro-duto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.

Orçamento: previsão de fatos patrimoniais; pre-determinação de despesas e receitas de uma enti-dade; previsão de gastos. O mesmo que previsão.

Ordenador de despesas: é o elemento humano responsável pela autorização da despesa.

Órgão público: é a unidade que congrega atri-buições exercidas pelos agentes públicos que o integram, com o objetivo de expressar a vonta-de do Estado.

Outras despesas correntes: despesas com a ma-nutenção e o funcionamento da máquina admi-nistrativa do Governo, tais como aquisição de ma-teriais de consumo, pagamento de serviços pres-tados por pessoa física sem vínculo empregatício ou pessoa jurídica independente da forma con-tratual, e outras não classificadas nos demais gru-pos de despesas correntes.

Pagamento: liquidação de um obrigação ou dí-vida, geralmente em dinheiro ou em cheque; de-sembolso de quantia para liquidar obrigações.

Partida simples: registro contábil que não segue um método exato nem sistemático; é um tipo de escrituração livre que foi seguido no período da antigüidade contábil, preocupando-se mais com o registro do fato, simplesmente, do que com normas técnicas.

Partida triplas: método de escrituração apresen-tado por Theodor Esersky, em uma pequena obra

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Prefeitura de Cuiabá 178 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

intitulada Partidas Triplas. Por ser russo o seu ator, tambémsãoconhecidaspor“Partidasrussas”.

Parecer prévio: opinião técnica encontrada após a análise de informações jurídicas, dados contá-beis-financeiros. Podem ser favoráveis ou contrá-rios, sendo que aos Tribunais de Contas cabe emi-tir esses pareceres em relação às contas do Chefe do Poder Executivo Estadual e do Municipal.

Parecer sem ressalva ou parecer limpo: é emi-tido quando o Auditor expressa a opinião de que as Demonstrações financeiras representam ade-quadamente a situação financeira e os resultados das operações da entidade, realizadas com a ob-servância dos Princípios Fundamentais de Conta-bilidade, aplicadas sobre uma base consistente com a do ano anterior, de acordo com as disposi-ções legais pertinentes.

Parecer com ressalva: é emitido quando as De-monstrações financeiras da entidade represen-tarem adequadamente a situação financeira, sal-vo determinadas exceções ou limitações que não afetam significativamente a posição financeira e os resultados das operações apresentadas.

Parecer adverso: é aquele em que as ressalvas feitas afetam de maneira significativa a razoabili-dade da informação contida nas Demonstrações Financeiras, sendo inadequado o pronunciamen-to de opinião com ressalvas, fazendo-se necessá-rio emitir um parecer contrário à aprovação.

Parecer com abstenção de opinião: é emitido nos casos em que, realizada a auditoria, encon-tram-se situações que obstam a aplicação dos procedimentos de auditoria, ou seja, resta limita-doo“alcancedoexame”,oquenãodábaseparase emitir uma opinião, ou, ainda, a incerteza do auditor é tão grande que não lhe permite respon-sabilizar-se pela opinião. Isso é resultado de regis-tros inadequados, falta de demonstrações finan-

ceiras e inexistência de Sistema de Controle Inter-no adequado.

Passivo: parte do balanço que representa as fon-tes ou proveniências dos valores que se acham espelhados no Ativo. De acordo com a atual le-gislação, o Passivo assim se estrutura: passivo cir-culante, passivo exigível (longo prazo) e passivo líquido.

Passivo circulante: passivo exigível a curto pra-zo; valor das dívidas a curto prazo.

Passivo financeiro: compreende os compromis-sos exigíveis cujo pagamento independa de au-torização orçamentária.

Passivo permanente: compreende as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.

Passivos contingentes: obrigação cuja existên-cia é incerta por depender de condições futuras relativas a problemas legais, contratuais ou de outras fontes; obrigação de natureza transitória ou não definida.

Patrimônio: conjunto de bens, direitos e obriga-ções suscetíveis de apreciações econômicas, obti-das através de compra, doação ou outra forma de aquisição, devidamente identificado e registrado.

Patrimônio líquido: é a diferença positiva en-tre o Ativo (bens e direitos) e o Passivo (obriga-ções). Não são computados os bens de uso coleti-vo, como ruas, estradas, praças, etc.

Peculato: crime caracterizado pelo desvio de di-nheiro ou de bens públicos por agentes públicos incumbidos ou responsáveis pela sua guarda ou administração. O crime de peculato pode ser pra-ticado de forma direta (pelo próprio agente e em proveito próprio ou de terceiros) ou indireta (pelo

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Glossário 179

favorecimento a que a apropriação seja realizada por outras pessoas).

Perda líquida: perda total de um período.

Perícia contábil: verificação de registros contá-beis; análise para verificar a exatidão de fatos re-gistrados; processo usado na técnica da Contabi-lidade para obter dados pela verificação de regis-tros realizados.

Permutativo: aquele ou aquilo que estabelece mudança. Ver fato permutativo.

Planejamento: metodologia de administração que consiste, basicamente, em determinar os ob-jetivos e ações a serem realizadas para alcançá-los, compatibilizando-as com os meios disponí-veis para sua execução. Essa concepção da ação planejada é também conhecida como planeja-mento normativo.

Plano de aplicação: figura de execução orça-mentária que resulta da necessidade de se pro-ceder a um maior detalhamento quanto às dota-ções que são alocadas globalmente no Orçamen-to, ou seja, desrespeitando o princípio da especi-ficação da despesa. A proliferação de planos de aplicação denuncia um processo orçamentário com sérias deficiências de programação.

Plano de contas: previsão das contas a serem utilizadas em um sistema de escrituração; estudo prévio das contas destinado a estabelecer a nor-malização de registros contábeis.

Plano plurianual (PPA): lei quadrienal, responsá-vel pelo planejamento de médio prazo e pela de-finição das macro-orientações do governo para a ação em cada período de quatro anos.

Plano de trabalho: é o instrumento no qual são identificadas as metas a serem atingidas, o objeto

a ser executado, as etapas ou fases de execução, plano de aplicação dos recursos financeiros, o cronograma de desembolso, a previsão de início e fim da execução do objeto. Bem assim, da con-clusão das etapas ou fases programadas e ainda se o ajuste compreende obra ou serviço de enge-nharia, comprovação de que os recursos próprios para complementar a execução do objeto estão devidamente assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair sobre a entidade ou órgão descentralizador.

Pragmatismo contábil: sistema que reduz o co-nhecimento contábil à ação eficaz e a verdade à utilidade.

Precatórios judiciais (art. 100 – CF): são valores a serem pagos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, ou seja, aqueles casos em que não cabem mais recursos, devidos por pessoa jurídi-ca de direito público (Administração Direta e Au-tarquias).

Previsão: cálculo prévio de um fato patrimonial. É o mesmo que orçamento.

Previsão orçamentária: a previsão orçamentária é, além de ato de planejamento das atividades fi-nanceirasdoEstado,atodecaráterjurídico,“cria-dordedireitosedeobrigações”.

Principal da dívida mobiliária: é o valor original da dívida pública mobiliária.

Princípios contábeis: são axiomas, valores, ver-dades, em que são alicerçados os conhecimentos contábeis. Dentre os princípios contábeis mais di-fundidos no Brasil, e no exterior, destacam-se os seguintes: Coexistência, Competência, Consis-tência, Continuidade, Correção Monetária, Custo Histórico, Entidade, Equidade, Especialização, Ex-pressão Monetária, Extensão, Formalização, Ho-mogeneidade, Integração, Integridade, Invaria-

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Prefeitura de Cuiabá 180 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

bilidade, Materialidade, Oportunidade, Periodi-cidade, Prudência,Qualificação –Quantificação,Substância sobre a forma, Terminologia Contábil e Uniformidade Contábil.

Princípio da anualidade: aplicado na seara do direito financeiro, é o princípio que estabelece a periodicidade de um ano para as estimativas da receita e fixação da despesa, podendo coincidir ou não com o ano civil.

Produto Interno Bruto (PIB): refere-se ao valor agregado de todos os bens e serviços finais pro-duzidos dentro do território econômico do país, independentemente da nacionalidade dos pro-prietários das unidades produtoras desses bens e serviços. É medido a preços de mercado e pode ser calculado sob três aspectos. Pela ótica da pro-dução, o PIB corresponde à soma dos valores agre-gados líquidos dos setores primário, secundário e terciário da economia, mais os impostos indiretos, mais a depreciação do capital, menos os subsídios governamentais. Pela ótica da renda, é calculado a partir das remunerações pagas dentro do territó-rio econômico do país, sob a forma de salários, ju-ros, aluguéis e lucros distribuídos; somam-se a isso os lucros não distribuídos, os impostos indiretos e a depreciação do capital e, finalmente, subtraem-se os subsídios. Pela ótica do dispêndio, resulta a soma dos dispêndios em consumo das unidades familiares e do governo, mais as variações de esto-ques, menos as importações de mercadorias e ser-viços e mais as exportações. Sob essa ótica, o PIB é também denominado Despesa Interna Bruta.

Programação financeira: atividade relativa ao orçamento de caixa, compreendendo a previsão do comportamento da receita, a consolidação dos cronogramas de desembolso e o estabeleci-mento do fluxo de caixa.

Programas de duração continuada: é conteúdo obrigatório da lei que institui o plano plurianual.

São programas que resultam em serviços presta-dos à comunidade, excluída as ações de manu-tenção administrativa.

Programa: instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos ob-jetivos pretendidos, sendo mensurado por indi-cadores estabelecidos no Plano Plurianual. Tanto no orçamento, como nas alterações orça-mentárias, deverá ser enviada, na carga inicial, aquela utilizada no PPA, sendo que, na mensal, deverá ser enviada quando ocorrer alteração ou criação de novos programas, que deverão conter as seguintes informações: código do programa, descrição do programa, objetivo do programa.

Projeto/Atividade: Projeto – Instrumento de programação para alcançar o objetivo de um pro-grama, envolvendo um conjunto de operações no tempo, das quais resultam um produto, que concorre para a expressão ou o aperfeiçoamento da ação do governo.Projeto é o desmembramento dos programas. Dessa forma, estes só se tornam efetivos quando dão origem a projetos específicos.Atividade – Instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolven-do um conjunto de operações, que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais re-sultam um produto necessário a manutenção da ação do governo.

Provisão: 1) operação descentralizada de crédi-to orçamentário em que a unidade orçamentária de origem possibilita a realização de seus progra-mas de trabalho por parte de unidade adminis-trativa diretamente subordinada, ou por outras unidades orçamentárias ou administrativas não subordinadas; 2) consiste na descentralização do crédito orçamentário ou adicional, da unidade or-çamentária detentora do crédito em favor de uni-dade administrativa subordinada, ou de outra unidade orçamentária ou administrativa, dentro

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Glossário 181

do próprio Ministério ou Órgão. A figura da provi-são está associada ao sub-repasse.

Publicação: é o instrumento que dá conheci-mento do ato ao público em geral.

Quadro de detalhamento da despesa (QDD): é o documento que indica, por órgão ou ministé-rio e em cada unidade orçamentária, a cotização dos elementos de despesa pelos projetos e/ou atividades, podendo ter sua dotação dividida por mais de um elemento de despesa.

Queda de arrecadação: denomina-se queda de arrecadação a diferença negativa entre as recei-tas prevista e realizada.

Razão: livro de escrituração contábil destinado ao registro sistemático dos fatos patrimoniais através das Contas. Livro principal das partidas dobradas que reúne as contas em seus débitos e que serve de base para o levantamento do balancete.

Realizável: grupo de contas, da classificação fi-nanceira, que registra os valores de capacidade de reversão em moeda, a maior ou menor prazo. Se for realizável a curto prazo, significa que serão necessários até 12 (doze) meses. E se for a realizá-vel a longo prazo, somente após 12 (doze) meses ou em mais de um exercício.

Receita: recuperação dos investimentos; renda produzida por um bem patrimonial; valor que re-presenta a parte positiva no sistema dos resulta-dos; entrada de valores que corresponde a uma produção ou reprodução de um valor patrimo-nial; resultado de uma operação produtiva; pro-vento ou remuneração por serviços. Por recei-ta entende-se a entrada, quase sempre monetá-ria, correspondente à venda de uma mercadoria, de um produto ou de um serviço econômico ou financeiro; entrada que pode ser antecipada no ato, ou deferida, e também imediata com relação

à própria obtenção da mercadoria, do produto ou do rendimento do serviço.

Receita corrente líquida: somatório das recei-tas tributárias, de contribuições, patrimoniais, in-dustriais, agropecuárias, de serviços, transferên-cias correntes e outras receitas correntes, deduzi-dos: a) na União, os valores transferidos aos Esta-dos e Municípios por determinação constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea ‘a”doincisoIenoincisoIIdoart.195enoart.239da Constituição; b) nos Estados, as parcelas entre-gues aos Municípios por determinação constitu-cional; c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as re-ceitas provenientes da compensação financeira citada no parágrafo 9º do art. 201 da Constituição.

Receita de capital: é a classificação econômi-ca da receita que agrupa as receitas que alte-ram o patrimônio do Estado. Receitas provenien-tes da conversão de bens e direitos em espécie. Ex.: contratação de empréstimos a longo prazo, recebimento de amortização de empréstimos an-teriormente concedidos, alienação de ativos, etc.

Receita de contribuições: são as contribuições ligadas aos direitos sociais e destinadas ao cus-teio desses. Ex.: financiamento da seguridade so-cial, cobertura do desenvolvimento do ensino, fi-nanciamento dos serviços sociais autônomos de interesse profissional (SESI, SESC, SENAC, SENAI, SEBRAE), etc.

Receita extra-orçamentária: é aquela que não integra o orçamento público. É classificada em contas financeiras adequadas, existentes no pla-no de contas da entidade.

Receita industrial: receita da indústria extrativa mineral, de transformação e de serviços indus-triais de utilidade pública.

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Prefeitura de Cuiabá 182 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Receita líquida: receita que representa a dife-rença entre a receita bruta e as deduções; recei-ta final; receita derivada de operações de dedu-ção da receita bruta.

Receita orçamentária: são os tributos, as ren-das, as transferências, as alienações, os retornos de empréstimos e as operações de créditos por prazo superior a doze meses. A arrecadação das receitas deste grupo depende de autorização le-gislativa que é a própria Lei Orçamentária. É tam-bém definida como aquele que integra definitiva-mente o patrimônio público.

Receita patrimonial: são originárias da explo-ração de elementos do sistema patrimonial. Ex.:receita de bens do imobilizado, receita do pa-trimônio.

Receita própria: as arrecadações pelas entida-des públicas em razão de sua atuação econômi-ca no mercado. Estas receitas são aplicadas pelas próprias unidades geradoras.

Receita pública: em sentido amplo, caracteri-za-se como um ingresso de recursos ao patrimô-nio público, e, em sentido específico, como uma entrada de recursos financeiros que se reflete no aumento das disponibilidades. Destaca-se que ingresso, entrada ou receita pública são, na ver-dade, expressões sinônimas na terminologia de finanças públicas. Ademais, a receita pública per-corre três estágios: a) lançamento; b) arrecada-ção; e c) recolhimento aos cofres públicos.

Receita tributária: é a receita de arrecadação dos tributos (impostos, taxas e contribuições de melhoria).

Receita vinculada: receita arrecadada com a destinação específica estabelecida na legislação vigente. Se a receita vinculada é instrumento de garantia de recursos à execução do planejamen-

to, por outro lado o aumento da vinculação intro-duz maior rigidez na programação orçamentária.

Regime de adiantamento: é um processamen-to especial da despesa pública orçamentária, por intermédio do qual se coloca o numerário à disposição de um funcionário ou servidor, a fim de dar-lhe condições de realizar gastos que, por sua natureza, não possam obedecer ou depen-der de trâmites normais. É aplicado para os casos em que as despesas não se subordinam ao pro-cesso normal de aplicação, qual seja, está sujeito a regras próprias, limitadoras, como a existência de prazos curtos para utilizar os recursos, prestar contas. Contudo, o processamento dessa despesa percorre regularmente os estágios de empenho, liquidação e pagamento.

Regime de caixa: 1) modalidade contábil que considera, para a apuração do resultado do exer-cício, apenas os pagamentos e recebimentos ocorridos efetivamente no exercício; 2) norma contábil pela qual os ingressos são atribuídos ao exercício em que são recebidos e, os custos, ao exercício em que são pagos.

Regime de competência: 1) modalidade contá-bil que considera os fatos contábeis ocorridos du-rante o exercício para fins de apuração dos resul-tados do mesmo; 2) norma contábil pela qual os ingressos e os custos são atribuídos ao exercício aquesãopagos.Omesmoque“RegimedeGes-tão”.

Regular: termo técnico utilizado no julgamen-to de contas, bem como na emissão de parece-res de auditoria quando se constata que a conta ou o material analisado encontra-se em harmo-nia com o previsto em lei ou no pacto feito pelos interessados.

Regular com ressalvas: vide Parecer com ressal-vas.

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Glossário 183

Relatório de gestão fiscal ou gestão fiscal

(RGF): exigência prevista na Lei de Responsabi-lidade Fiscal que consiste num demonstrativo de natureza contábil, publicado no máximo trinta dias após o fim de cada quadrimestre, contendo, de forma padronizada, as informações citadas no ar-tigo 55 da Lei Complementar n.º 101, de 4.5.2000, quais sejam: um comparativo dos números dos órgãos públicos com os limites de que trata a re-ferida Lei; apontamento sobre a despesa total com pessoal (distinguindo de inativo e pensionista); in-formações sobre a dívida consolidada e mobiliá-ria, das concessões de garantias, das operações de crédito, inclusive com antecipação de receita; indi-cação das medidas corretivas adotadas ou a serem adotadas; demonstrativos do último quadrimestre quanto ao montante de disponibilidade de caixa em 31.12, da inscrição em restos a pagar de todos os tipos de despesas. Portanto, é um relatório que atua como instrumento de controle da gestão ad-ministrativa, para os órgãos de fiscalização e socie-dade interessada no assunto.

Relatório resumido de execução orçamentá-

ria: exigência constitucional (artigo 165, § 3º, da CF/1988) e prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal (artigo 52) que consiste num demonstrati-vo a ser publicado até trinta dias após o encerra-mento de cada bimestre, contendo as seguintes informações: balanço orçamentário, com especi-ficação por categoria; receitas por fonte (realiza-das e a realizar); despesas por grupo de nature-za; demonstrativos da execução das receitas, das despesas por categoria econômica e por função e subfunção; ainda acompanhado por demonstra-tivos de apuração da receita corrente líquida, das receitas e despesas previdenciárias, do resultado nominal e primário, das despesas com juros e dos restos a pagar, tal como determina o artigo 53 da mencionada lei.

Renúncia de receita: é a situação em que o Po-der Público abre mão das receitas a que teria o di-

reito de arrecadar. Ex.: anistia, subsídio, isenções tributárias.

Repasse: 1) distribuição pelo Órgão ou Ministé-rio dos recursos financeiros correspondentes ao seu crédito, para utilização pelas unidades orça-mentárias; 2) importância que a unidade orça-mentária transfere a outro Ministério ou Órgão, estando associado ao destaque orçamentário.

Reserva de contingência: 1) dotação global não especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais; 2) é a reserva que deve ser prevista na Lei Orçamentária Anu-al para atender pagamentos imprevistos ou ines-perados.

Responsabilidade fiscal: é a responsabilidade na gestão fiscal das finanças públicas, consolida-da através de normas, regras existentes, como os dispositivos constitucionais, leis e resoluções do Senado Federal.

Ressalva em parecer: observação, de natureza restritiva, que exime de responsabilidade o audi-tor em relação a certo fato, quer porque discor-da do que foi registrado, quer porque não lhe foi possível examinar, quer porque discrepa em re-lação às normas e leis. Recusa opinar sobre cer-to fato, conta ou evento, em relação a demons-trações contábeis ou opinião contrária aos mes-mos eventos.

Restos a pagar: 1) consideram-se restos a pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processa-das das não-processadas. Portanto, uma vez em-penhada a despesa, e não sendo paga até o dia 31 de dezembro, será considerada como restos a pagar para efeito do encerramento do exercí-cio financeiro. Em outras palavras, uma vez empe-

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Prefeitura de Cuiabá 184 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

nhada, a despesa pertence ao exercício financei-ro, onerando as dotações orçamentárias daque-le exercício; 2) despesa escriturada como dívida flutuante e que passa de um para outro exercí-cio, nas entidades públicas; título de conta que, de acordo com a padronização estabelecida pela Lei nº 4.320/64, para a União, os Estados, os Mu-nicípios e o Distrito Federal, representa, no Ati-vo, a contrapartida de despesa a pagar, figurando como receita extraordinária; título de conta, que figura na despesa extraordinária, relativo a paga-mentos no exercício; conta típica do passivo fi-nanceiro, por natureza; 3) As despesas não pagas até o fim do exercício são levadas à conta de res-tos a pagar e analisadas pelos credores.

Resultado financeiro: é o resultado econômico que advém das operações sobre capital numerá-rio, ou seja, é aquele que surge através da diferen-ça matemática existente entre as receitas de em-prego de capital monetário e as despesas finan-ceiras de uma empresa.

Resultado nominal: é a diferença entre todas as receitas arrecadadas e todas as despesas empe-nhadas. É o total do resultado primário menos o juro líquido.

Resultado primário: é a diferença entre as recei-tas e as despesas públicas, delas excluídos juros e principal da dívida, tanto paga quanto recebida.

Riscos fiscais: é a possibilidade do não recebi-mento de receitas previstas e da ocorrência de pagamentos imprevistos.

Rubrica: o mesmo que título de conta; institui-ção de uma conta; nome dado a uma conta.

Sacrifício patrimonial: despesa; ato ou efeito de prejudicar o resultado; ato ou efeito de diminuir o ativo.

Saída: o mesmo que pagamento.

Salários: título de conta que registra o paga-mento da mão-de-obra; subsídio de conta que normalmente integra as contas de despesas indi-cando a remuneração do trabalho dos operários.

Saldo: diferença entre o débito e o crédito ou vi-ce-versa; valor que representa o estado líquido de uma conta.

Seguro da dívida: é a garantia que se cerca o contratante como forma de assegurar que as obrigações e ônus decorrentes serão cumpridas no prazo e condições estabelecidas. Ex.: garan-tia da receita do Fundo de Participação Municipal (FPM) em um contrato de empréstimo pela PMSP (caso não aconteça o pagamento do empréstimo, o FPM não é repassado, ficando retido na agên-cia bancária).

Serviço de triagem: consiste na verificação pré-via, a partir de 14 de outubro de 2003, de toda documentação a ser protocolada no Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, de acordo com o assunto, conforme regras previamente estabe-lecidas pela Instrução Normativa nº 002/03, pu-blicada no Diário Oficial do Estado de Mato Gros-so de 14.08.2003.

Serviço público: é o conjunto de atividades e bens que são exercidos ou colocados à disposi-ção da coletividade, visando abranger e propor-cionar o maior grau possível de bem-estar social ou“daprosperidadepública”.

Sistema de compensação: registra e movimen-ta as contas representativas de direitos e obriga-ções, geralmente decorrentes de contratos, con-vênios ou ajustes.

Sistema financeiro: engloba todas as operações que resultem em débitos e créditos de natureza

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financeira, não só das compreendidas, como tam-bém das não compreendidas na execução orça-mentária, que serão objeto de registro e controle contábil, apresentando no final do exercício o re-sultado financeiro apurado.

Sistema orçamentário: evidencia o registro con-tábil da receita e da despesa, de acordo com as especificações constantes na lei de orçamento e dos créditos adicionais.

Sistema patrimonial: registra analiticamente to-dos os bens de caráter permanente, com indica-ção dos elementos necessários para a perfeita ca-racterização de cada um deles e dos agentes res-ponsáveis pela sua guarda e administração, bem como mantém registro sintético dos bens móveis e imóveis.

Solvabilidade: capacidade de liquidação de dé-bitos, sendo que a capacidade de liquidação me-de-se pelo quociente de liquidez.

Solvável: o que se pode pagar.

Spread: percentual acrescido à taxa de juros, co-mum em operações de crédito externo. É tam-bémconhecidocomo“taxaderisco”.

Subconta: conta subordinada à outra conta.

Subsídio: concessão de dinheiro, pelo governo, às empresas para aumentar suas respectivas ren-das, ou abaixar os preços, ou ainda para estimular as exportações do país. Em termos orçamentários, caracteriza-se como uma subvenção econômica.

Subvenção: título de conta que se destina ao re-gistro do valor recebido como auxílio e dado pelo Poder Público.

Subvenção econômica: alocação destinada à cobertura dos déficits de manutenção das em-

presas públicas de natureza autárquica ou não, assim como as dotações destinadas a cobrir a di-ferença entre os preços de mercado e os preços de revenda pelo governo de gêneros alimentícios ou outros, e também as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de de-terminados gêneros ou materiais.

Subvenção social: suplementação dos recursos de origem privada aplicados na prestação de ser-viços de assistência social ou cultural sem finali-dade lucrativa.

Superávit: em orçamentos públicos, o superá-vit significa uma receita superior à despesa de-corrente de um aumento da arrecadação ou um decréscimo dos gastos. Na balança comercial sig-nifica um valor das exportações superior ao das importações. No balanço de pagamentos signi-fica que a soma de todas as entradas de divisas decorrentes das várias operações com o resto do mundo é superior às saídas de divisas originadas nessas mesmas operações.

Superávit primário: é o termo usado, pelos eco-nomistas, para definir o dinheiro que um gover-no economiza para pagar os juros de sua dívida. Quantomaiorosuperávit,maioresoscortespú-blicos ou maior a arrecadação de impostos.

Suplementação: aumento de recursos por crédi-to adicional para reforçar as dotações que já cons-tam na Lei Orçamentária.

Suprimento: é o estágio da despesa em que o Te-souro Público entrega aos agentes pagadores os meios de pagamento para liquidação dos compro-missos financeiros marcados para determinado período. Compõe-se de uma única fase: entrega de meios de pagamentos dos agentes pagadores.

Suprimento de fundos: instrumento de execu-ção ao qual pode recorrer o ordenador de des-

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Prefeitura de Cuiabá 186 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

pesas para, através de servidor subordinado, re-alizar despesas que, a critério da administração e consideradas as limitações previstas em lei, não possam ou não devam ser realizadas por via ban-cária.

Tarifa: denominação advinda do direito público, e aplicada na seara da administração pública, que coincide com o conceito de taxa, ou seja, é o va-lor numérico cobrado em razão da prestação de um serviço específico prestado ou posto à dispo-sição.

Taxa: espécie de tributo que os indivíduos pa-gam ao Estado, em razão do exercício do Poder de Polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, pres-tados ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Terceirização (substituição de servidores): é a contratação de terceiros para a realização de ser-viços. Objetiva a reposição ou ampliação de cargo ou função do quadro de pessoal do ente empre-gador ou a realização de atividade administrativa sob a supervisão/gerenciamento do Órgão.

Terceiros vinculados: expressão adotada para representar as partes (empresas ou grupos) que exercem controle acionário e/ou de comando so-bre a empresa objeto de informe ou estudo con-tábil.

Termo aditivo: instrumento elaborado com a fi-nalidade de alterar itens de contratos, convênios ou acordos firmados pela administração pública.

Títulos da dívida pública: é a designação genéri-ca dos títulos emitidos e garantidos pelo governo na implementação de suas políticas econômicas ou na captação de recursos nos mercados inter-nos e externos para financiar sua programação.

Tomada de contas: 1) é o levantamento organi-

zado por serviço de contabilidade analítica, sem vínculo administrativo com o gestor dos recur-sos, baseado na escrituração dos atos e fatos pra-ticados na movimentação de créditos, recursos financeiros e outros bens públicos por uma ou mais responsáveis pela gestão financeira e patri-monial, a cargo de uma Unidade Administrativa e seus agentes, em determinado exercício ou perí-odo de gestão; 2) exame e interpretação de con-tas do ponto de vista moral e técnico, prestados por um responsável, consignatário ou subordina-do, incluindo livros e documentos; 3) ato de exigir a apresentação de peças contábeis e documen-tos de uma gestão; 4) é, ainda, o nome dado às ações, determinadas pelo Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, para apurar a responsa-bilidade da pessoa física, órgão ou entidade que deixarem de prestar contas no prazo determina-do, e das que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte ou possa re-sultar dano ao erário, devidamente quantificado. (artigo 8º, parágrafo único, inciso II, da Lei Com-plementar nº 11/91)

Tomadas de contas especial: é o nome dado às ações, determinadas pelo Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, para se efetivar a apu-ração de fatos nominados, identificação de res-ponsáveis e quantificação pecuniária de danos ao erário público estadual ou municipal, o que é feito em caráter de urgência. (artigo 8º, parágrafo único, inciso III, da Lei Complementar nº 11/91).

Transferências constitucionais e legais: são as transferências realizadas entre os entes da Fede-ração, constantes da Constituição Federal e ou-tras determinações legais.

Transferências correntes: dotações destinadas a terceiros sem a correspondente prestação de ser-viços, incluindo as subvenções sociais, os juros da dívida, a contribuição de previdência social, etc.

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Transferências de capital: dotações para investi-mentos ou inversões financeiras que outras pes-soas de direito público ou privado devam reali-zar, independente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferên-cias auxílios ou contribuições, segundo derivem da lei de orçamento ou de lei especial anterior, bem como as dotações para amortização da dí-vida pública.

Transferências inter-governamentais: transfe-rências feitas entre a União, Estados, Distrito Fe-deral e Municípios.

Transferências voluntárias: é a entrega de recur-sos correntes ou de capital a outro ente da fede-ração, a título de cooperação, auxílio ou assistên-cia financeira, que não decorre de determinação constitucional legal ou destinada ao Sistema Úni-co de Saúde. São transferências pactuadas para atender à finalidade determinada.

Triagem: escolha, seleção, separação de cor-respondência. É também a denominação dada, pelo Tribunal de Contas do Estado de Mato Gros-so, ao Manual validado pela Instrução Normativa nº 02/2003, em que foram relacionados os docu-mentos que devem ser encaminhados à referida Corte de Contas, pelos jurisdicionados, acompa-nhado do respectivo fundamento legal.

Tributo: receita instituída pela União, pelos Esta-dos, Distrito Federal e Municípios, compreenden-do os impostos, as taxas e contribuições de me-lhoria, nos termos da Constituição e das leis vi-gentes em matéria tributária. Na doutrina e na ju-risprudência pátria, contudo, é pacífica a inclusão dos empréstimos compulsórios e das contribui-ções sociais no conceito de tributo que é gênero.

Unidade administrativa: segmento da admi-nistração direta ao qual a lei orçamentária anual não consigna recursos e que depende de desta-

ques ou provisões para executar seus programas de trabalho.

Unidade aplicadora: unidade responsável pela aplicação de recursos orçamentários transferidos de outras unidades, com vistas ao desenvolvi-mento da programação objeto da transferência.

Unidade de caixa: princípio pelo qual é disci-plinada a realização da receita e da despesa da União, através do AFIN (Administração Financei-ra), significando que o Governo Federal mantém, em seu agente financeiro, para o conjunto de gestores, uma posição financeira global, cabendo ao AFIN o controle individualizado da posição de cada unidade.

Unidade gestora: unidade orçamentária ou ad-ministrativa investida do poder de gerir recursos orçamentários e financeiros, próprios ou sob des-centralização.

Unidade gestora executora: unidade gestora que utiliza o crédito recebido da unidade gesto-ra responsável. A unidade gestora que utiliza os seus próprios créditos passa a ser ao mesmo tem-po unidade gestora executora e unidade gesto-ra responsável.

Unidade gestora responsável: unidade gestora responsável pela realização de parte do progra-ma de trabalho por ela descentralizado.

Unidade do orçamento: princípio segundo o qual os orçamentos de todos os órgãos que cons-tituem o setor público devem fundamentar-se, segundo uma única política orçamentária, estru-turarem-se uniformemente e ajustarem-se a um método único.

Unidade orçamentária: o segmento da adminis-tração direta a que o orçamento da União consig-na dotações específicas para a realização de seus

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Prefeitura de Cuiabá 188 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

programas de trabalho e sobre os quais exerce o poder de disposição.

Universalidade do orçamento: princípio segun-do o qual a lei orçamentária deve compreender todas as receitas e todas as despesas pelos seus totais.

Unidade transferidora: figura que existe na es-trutura orçamentária apenas para viabilizar a transferência de recursos para outras unidades que são, efetivamente, as responsáveis pelo de-senvolvimento da programação objeto da trans-ferência.

Upgrade: atualização tecnológica, mas sem a sua transformação física.

Valores disponíveis: dinheiro em caixa, em ban-cos ou em títulos que representam o dinheiro, li-quidez imediata.

Valores imobilizados: valores que não são con-versíveis em dinheiro, imediatamente, e que re-presentam bens de custo ou de produção

Variações patrimoniais: são as variações ocorri-das no patrimônio do ente, durante o exercício.

Variações patrimoniais ativas: demonstram as variações positivas do patrimônio do ente. Classi-ficam-se em resultantes da execução orçamentá-ria e independentes da execução orçamentária.

Variações patrimoniais ativas resultantes da exe-

cução orçamentária: são aquelas que demons-tram as variações positivas do patrimônio do ente em decorrência da execução de seu orçamento. Dividem-se em: a) receita orçamentária arrecada-da ao longo do exercício; b)mutações patrimo-niais da despesa, decorrentes da incorporação de elementos (bens) ativos ao patrimônio ou ainda diminuição de elementos do passivo permanente.

Variações patrimoniais ativas independentes

da execução orçamentária: são as demonstra-ções de variação do patrimônio ativo do ente que não resultam da execução de seu orçamento, mas produzem oscilações quantitativas do valor do patrimônio. Ex.: incorporação de bens recebidos em doação, créditos da dívida ativa, etc.

Variações patrimoniais passivas: demonstram as variações negativas do patrimônio do ente. Classificam-se em: a) resultantes da execução or-çamentária; b) independentes da execução orça-mentária.

Variações patrimoniais passivas resultantes da

execução orçamentária: são aquelas que de-monstram as variações negativas do patrimônio do ente em decorrência da execução de seu or-çamento. Dividem-se em: a)despesa orçamentá-ria no decorrer do exercício; b) mutações patrimo-niais da receita, decorrentes da incorporação de elementos (direitos) passivos patrimônio. Ex.: can-celamento da dívida ativa, restabelecimentos ou encampações de dívidas passivas e ações diversas, como a doação de bens e direitos da entidade.

Variações patrimoniais passivas independentes

da execução orçamentária: são as demonstra-ções de variação do patrimônio passivo do ente que não resultam da execução de seu orçamento, mas produzem oscilações quantitativas no valor do patrimônio. Ex.: doação de bens incorporados, débitos da dívida ativa, etc.

Variantes do jogo: em planejamento estratégi-co situacional, são aqueles eventos de probabili-dade significativa de ocorrência durante o jogo, que não controlamos nem conhecemos a lei de causalidade.

Vocábulo contábil: conjunto de termos contá-beis; listas de termos usados em Contabilidade.

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Lista de Abreviaturas

ABNT – Associação Brasileira de Normas Téc-nicas ACI – Auditoria e Controle Interno.AFIN – Administração Financeira Integrada.AGE/MT – Auditoria Geral do Estado de Mato Grosso.APLIC – Auditoria Pública Informatizada de Contas.AMM – Associação Matogrossense dos Municípios.ARO – Operação de Crédito por Antecipação da Receita Orçamentária.BC – Boletim de Crédito.BCB – Banco Central do Brasil.BP – Balanço Patrimonial.BSEM – Bens e Serviços Economicamente Mensuráveis.CDC – Crédito Direto ao Cliente.CDO – Controle de Dotação OrçamentáriaCADIN – Cadastro Informativo de CréditosNãoQuitadosdoSetorPúblicoFederal.CI – Comunicação Interna.CPF – Cadastro de Pessoa Física.CNPJ – Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica.CTM – Código Tributário Municipal.CAF – Coordenadoria Administrativa e Financeira.

CP – Código Penal.CF – Constituição Federal.CUIABÁ-PREVI – Instituto de Previdência Social dos Servidores de Cuiabá.CRP – Certificado de Regularidade Previdenciária.DAS – Direção e Assessoramento Superior.DAT – Dívida Ativa Tributária.DETRAN-MT – Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso.DPM – Dívida Pública Mobiliária.DIRF – Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte.FFS – Ficha Financeira do Servidor.FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica.FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.FPM – Fundo de Participação dos Municípios.ITCE – Instauração de Tomada de Contas Especial.IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano.ITBI – Imposto de Transmissão de Bens Imóveis.INSS – Instituto Nacional de Seguro Social.IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte.LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias.LOA – Lei Orçamentária Anual.

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Prefeitura de Cuiabá 190 Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

LOMC – Lei Orgânica do Município de Cuiabá.LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal.LIA – Lei de Improbidade Administrativa.LOTCE/MT – Lei Orgânica do Tribunal de Contas de Mato Grosso.MP – Ministério Público.NE – Nota de Empenho.NF – Nota Fiscal.NL – Nota de Lançamento.OB – Ordem Bancária.OS – Ordem de Serviço.PD – Programação de Desembolso.PPA – Plano Plurianual.PGDH – Política de Gestão e Desenvolvimento Humano.PGM – Procuradoria Geral do Município.PIB – Produto Interno Bruto.PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público.QDD – QuadrodeDetalhamentodaDespesa.RAIS – Relação Anual de Informações Sociais.RCL – Receita Corrente Líquida.RPPS – Regime Próprio de Previdência Social.RH – Recursos Humanos.RGF – Relatório de Gestão Fiscal.RDA – Receita da Dívida Ativa.RITCE/MT – Regimento Interno do Tribunal de

Contas do Estado de Mato Grosso.RREO – Relatório Resumido de Execução Orçamentária.STN – Sistema Tributário Nacional.SEFIP – Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social.SUS – Sistema Único de Saúde.TCU – Tribunal de Contas da União.TEC/MT – Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso.TCD – Termo de Confissão de Dívida.

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Av. Senador Metello, 3773 | Jd. Cuiabá | CEP 78030-005 | Cuiabá-MT | Brasil Tel./Fax: 65 3624 8711 | [email protected] | www.centraldetexto.com.br

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Auditoria e Controle Interno – ACI

Manual de Orientações Técnicas sobre Procedimentos de Rotinas na Administração Pública Municipal

Patrocínio:

Wilson Pereira dos SantosPrefeito Municipal

Jacy Ribeiro de ProençaVice-Prefeita Municipal

Luiz Mário de BarrosAuditoria e Controle Interno

Andelson Gil do AmaralSecretário Municipal de Governo

Maurelio MenezesSecretário Municipal de Comunicação

José Antônio RosaProcurador Geral do Município

Guilherme Frederico de Moura MüllerSecretário Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão

Mario Olímpio Medeiros FilhoSecretário Municipal de Cultura

Luiz Antônio Vitório SoaresSecretário Municipal de Saúde

Celcita Rosa Pinheiro da SilvaSecretária Municipal de Assistência Social e Desenvolvimento Humano

José Carlos Carvalho SouzaSecretário Municipal de Finanças

Josué de Souza JuniorSecretário Municipal de Infra-Estrutura

Carlos Carlão Pereira do NascimentoSecretário Municipal de Educação, Desporto e Lazer

Osmario Forte DaltroSecretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano

Moisés Dias da SilvaSecretário Municipal de Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo

Elismar Bezerra ArrudaSecretário Municipal de Trânsito e Transporte Urbano

Adriana Bussiki Figueiredo SantosPresidente do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Urbano

Pedro Luiz SinoharaSecretário Municipal de Esporte e Cidadania

João de Souza VieiraPresidente da Agência Municipal de Habitação Popular

Maria Rosário OrquizaOuvidoria Geral do Município de Cuiabá/OMBUDSMAN

Ronaldo Rosa TaveiraPresidente do Instituto de Previdência Social dos Servidores de Cuiabá