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Deutsche Bank GTB Investor Services Manual de Marcação a Mercado

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Manual de Marcação a Mercado

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1. Princípios Gerais ....................................................................................................................... 41.1. Objetivo do Manual ...................................................................................................................41.2. Princípios da Marcação a Mercado (MaM) ................................................................................41.3. Estrutura Organizacional ...........................................................................................................51.4. Visão do Processo de MaM .......................................................................................................6

1.4.1. Coleta de Preços ......................................................................................................................... 71.4.2. Validação e Tratamento dos Preços Coletados ............................................................................. 71.4.3. Aplicação dos Preços às Carteiras ............................................................................................... 7

1.5. Supervisão Dinâmica da Metodologia ........................................................................................8

2. Metodologia de Apreçamento de Ativos ................................................................................... 82.1. Indexadores e Taxas Referenciais ............................................................................................82.2. Metodologias para a Construção das Curvas de Referência ......................................................9

2.2.1. Método de Interpolação Exponencial (“Flat Forward”) ................................................................... 92.2.2. Interpolação Linear ...................................................................................................................... 92.2.3. Bootstrapping ............................................................................................................................ 10

2.3. Estrutura a Termo das Taxas de Juros .................................................................................... 102.3.1. Curva Pré-Fixada em Reais ....................................................................................................... 102.3.2. Curva de Cupom Cambial .......................................................................................................... 102.3.3. Curva de Cupom de IPCA .......................................................................................................... 112.3.4. Curva de Cupom de IGPM ......................................................................................................... 112.3.5. Curva de Libor ........................................................................................................................... 112.3.6. Curvas de Juros em Outras Moedas........................................................................................... 11

2.4. Títulos Públicos Federais ........................................................................................................ 122.4.1. Federais Pós-Fixados Selic: LFT ................................................................................................ 122.4.2. Federais Pré-fixados: LTN ......................................................................................................... 132.4.3. Federais Indexados ao IPCA: NTN-B ......................................................................................... 132.4.4. Federais Indexados ao IGPM: NTN-C ........................................................................................ 142.4.5. Federais Pré-Fixados: NTN-F..................................................................................................... 15

2.5. Títulos Privados ...................................................................................................................... 162.5.1. CDB (Certificado de Depósito Bancário) e RDB (Recibo de Depósito Bancário) ........................... 162.5.2. LF (Letra Financeira) ................................................................................................................. 172.5.3. DPGE (Depósito a Prazo com Garantia Especial) ....................................................................... 172.5.4. Operações Compromissadas ..................................................................................................... 172.5.5. Debêntures ................................................................................................................................ 172.5.6. CCB (Cédula de Crédito Bancário) e CCCB (Certificado de Cédula de Crédito Bancário) ............ 182.5.7. Títulos do Segmento Imobiliário (CRI, LCI, CCI) ......................................................................... 182.5.8. Títulos do Segmento Agrícola (CPR, LCA, CDA, CDCA, CRA) .................................................... 19

2.6. Renda Variável ....................................................................................................................... 202.6.1. Ações à Vista ............................................................................................................................ 202.6.2. BDRs (Brazilian Depositary Receipts ou Certificados de Depósito de Valores Mobiliários) ........... 202.6.3. Operações a Termo ................................................................................................................... 202.6.4. Direitos, Recibos e Bônus de Subscrição.................................................................................... 212.6.5. Aluguel de Ações ....................................................................................................................... 21

2.7. Futuros ................................................................................................................................... 222.7.1. Futuros ...................................................................................................................................... 22

2.8. Swaps ..................................................................................................................................... 222.8.1. Ponta Pré-Fixada em Reais ....................................................................................................... 222.8.2. Ponta Indexada ao %CDI ........................................................................................................... 222.8.3. Ponta Indexada ao CDI + Spread ............................................................................................... 232.8.4. Ponta Indexada ao IPCA ............................................................................................................ 232.8.5. Ponta Indexada ao IGPM ........................................................................................................... 232.8.6. Ponta Indexada ao Dólar Norte-Americado ................................................................................. 242.8.7. Ponta Indexada a Outras Moedas Estrangeiras .......................................................................... 242.8.8. Ponta Indexada à Variação de Ativos Listados no Exterior .......................................................... 242.8.9. Ponta Indexada à Taxa de Juros no Exterior (Fixed / Float) ......................................................... 25

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2.9. Opções ................................................................................................................................... 262.9.1. Metodologia para Determinação das Volatilidades ...................................................................... 262.9.2. Opções de Ações ...................................................................................................................... 262.9.3. Opções de Ibovespa .................................................................................................................. 262.9.4. Opções de Dólar ........................................................................................................................ 262.9.5. Opções de IDI ........................................................................................................................... 27

2.10. Ativos Negociados no Exterior ................................................................................................. 272.10.1.Ações e Futuros ........................................................................................................................ 272.10.2.Títulos Privados ......................................................................................................................... 272.10.3.Títulos da Dívida Externa Brasileira ............................................................................................ 27

2.11. Cotas de Fundos de Investimento ........................................................................................... 272.12. Ativos em Default (Inadimplência) ........................................................................................... 272.13. Outros Ativos .......................................................................................................................... 28

2.13.1.Carteira dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) ......................................... 282.13.2.Carteira dos Fundos de Investimento em Participações (FIP’s) ................................................... 28

2.14. Procedimentos para feriados de bolsa ..................................................................................... 29

3. Anexo I – Modelo de Black and Scholes ....................................................................................30

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1. Princípios Gerais

1.1. Objetivo do Manual

Este manual tem como objetivo apresentar os princípios e critérios de Marcação a Mercado paraos ativos dos fundos e carteiras de clientes que utilizam os serviços de controladoria e custódia doDeutsche Bank S.A. – Banco Alemão (“DBSA”).

O Deutsche Bank é uma Instituição participante e aderente ao Código de Regulação e MelhoresPráticas da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) paraFundos de Investimento.

As políticas de Marcação a Mercado descritas no presente documento foram definidas de acordocom as diretrizes do Conselho de Regulação e Melhores Práticas da ANBIMA e em conformidade coma regulamentação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários”) em vigor.

Desta forma, respeitado o disposto neste documento, a Administradora pode, a seu exclusivocritério e responsabilidade, determinar a precificação dos ativos, isentando o DBSA de qualquerresponsabilidade quanto ao valor disponibilizado ao DBSA.

1.2. Princípios da Marcação a Mercado (MaM)

Conforme disposto no Capítulo VII do Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas paraFundos de Investimento, o processo de Marcação a Mercado (MaM) consiste no registro dos ativos,para efeito de valorização e cálculo de cotas dos Fundos de Investimento, pelos respectivos preçosnegociados no mercado em casos de ativos líquidos ou, quando este preço não é observável, por umaestimativa adequada de preço que o ativo teria em uma eventual negociação realizada no mercado.

A MaM tem como principal objetivo evitar a transferência de riqueza entre os cotistas dos Fundosde Investimento, além de dar maior transparência aos riscos embutidos nas posições, uma vez que asoscilações de mercado dos preços dos ativos, ou dos fatores determinantes destes, estarão refletidasnas cotas, melhorando assim a comparabilidade entre suas performances.

O DBSA adota os seguintes princípios de Marcação a Mercado:

I – Formalismo: O DBSA possui um processo formal de MaM e uma área responsável pelaexecução, pela qualidade do processo e metodologia, bem como pela guarda dos documentos quecontenham as justificativas sobre decisões tomadas;

II – Abrangência: Tendo em vista que o principal objetivo da MaM é evitar a transferência de riquezaentre os diversos cotistas de um fundo de investimento, estas diretrizes abrangem todos os fundosnão–exclusivos e não-restritos, ou seja, aqueles em que a mencionada transferência de riquezaprecisa, necessariamente, ser evitada. Nessa medida, para fins destas diretrizes, considera-se: (i)fundo exclusivo aquele destinado exclusivamente a um investidor e (ii) fundo restrito aquele destinadoa um grupo determinado de investidores, que tenham entre si vínculo familiar, societário ou pertençama um mesmo grupo econômico, ou que, por escrito, determinem esta condição. Caso um fundo deinvestimento perca sua característica de fundo exclusivo ou restrito, ser-lhe-ão aplicáveisimediatamente todas as regras gerais aplicáveis aos demais fundos;

III - Melhores Práticas: O processo e a metodologia de MaM adotados pelo DBSA visam seguir asmelhores práticas de mercado;

IV – Comprometimento: O DBSA está comprometido em garantir que os preços reflitam os demercado e, na impossibilidade da observação desses, o DBSA despenderá seus melhores esforços

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para estimar o que seriam os preços de mercado dos ativos pelos quais seriam efetivamentenegociados;

V – Equidade: O DBSA dá tratamento equitativo dos cotistas no processo de MaM;

VI – Objetividade: São utilizadas preferencialmente informações de preços e/ou fatores obtidos defontes externas independentes;

VII – Consistência: É mantida a consistência de preços de todos os ativos dos fundos que utilizama controladoria do DBSA e que está sujeita às diretrizes e políticas dispostas neste manual de MaM.

VIII – Frequência: A MaM tem como frequência mínima, a periodicidade de cálculo das cotas;

IX - Transparência: As metodologias de MaM são públicas e disponíveis.

1.3. Estrutura Organizacional

O DBSA possui uma área dedicada à atividade de MaM, que conta com estrutura própria eindependente das demais áreas da Instituição.

São responsáveis pelo processo de MaM as áreas de Asset Valuation and Risk e Global SecuritiesOperations (GSO ou Operações Custódia). A área de Asset Valuation and Risk é responsável peladefinição das metodologias, critérios e fontes de preços enquanto a área de GSO pela aplicação dospreços nas carteiras, conforme a estrutura apresentada a seguir.

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1.4. Visão do Processo de MaM

O processo de MaM ocorre todos os dias úteis e inicia-se após o fechamento dos mercados locaisatravés da coleta de preços por meio de fontes primárias e secundárias.

As informações de mercado são armazenadas na base de dados interna do DBSA de forma agarantir o histórico e a rastreabilidade dos preços utilizados. Os dados coletados são validados epassam por um processo de checagem com base nos indicadores definidos pela área de AssetValuation and Risk visando garantir a sua integridade.

Após o processo de validação dos dados de mercados iniciam-se as etapas de tratamento eaplicação dos preços às carteiras dos fundos. Caso sejam encontradas divergências ao longo dequalquer uma das etapas, o processo é reiniciado a partir da útlima etapa até que o motivo dadivergência seja encontrado e sanado.

O fluxo do processo de MaM é apresentado pelo diagrama abaixo:

Todos os procedimentos estão descritos detalhadamente a seguir, inclusive as metodologias parao controle de qualidade, validação e supervisão dinâmica.

Coleta de Preços eDados de Mercado

Importação diária dos arquivos:

• Coleta de informações de Mercado

• Alimentação das bases de dados

• Checagem da lista de ativos

Validação e Tratamento dePreços

Validação dos Preços Coletados:• Checagem da consistência dasinformações por meio de indicadorespré definidos pela área de AssetValuation and Risk• Avaliação da necessidade deutilização de fontes secundárias depreços

Aplicação dos Preços àsCarteiras

Importação de arquivos:• Alimentação dos sistemas decontroladoria de fundos com os preços etaxas refernciais

Processamento:• Processamento dos fundos e cálculodas cotas

Conferência de Preços:• Conferência dos preços aplicados àscarteiras.

Tratamento das informações:• Construção das curvas de juros• Apreçamento dos ativos a partira dastaxas e indexadores coletados

Validação dos Preços Calculados:• Checagem dos preços calculados,observando-se a coerência das variações• Geração dos arquivos de preços paraimportação nos sistemas

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1.4.1. Coleta de Preços

O processo inicia-se com a coleta de preços que é realizada através das seguintes fontes primárias:

· BM&FBovespa – Ações (ações e opções de ações);

· BM&FBovespa – Mercadorias e Futuros (futuros, opções de futuros e taxas referenciais);

· ANBIMA (títulos públicos, debêntures e projeções de inflação);

· Bacen (taxas de câmbio e taxa Selic - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia);

· Cetip - Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (taxa CDI - Certificado deDepósito Interbancário);

· Reuters (taxas, cotações e preços de ativos negociados no exterior);

· Ou quaisquer outras fontes que venham a ser disponibilizadas.

Visando dar maior transparência ao processo, serão utilizadas as fontes públicas de preços sempreque possível. Nos casos em que não seja possível utilizar a fonte primária, seja por indisponibilidadeou por não refletirem o valor de mercado pelo qual o ativo seria efetivamente negociado, poderão serutilizadas fontes secundárias e métodos alternativos conforme descrito abaixo nas respectivasmetodologias dos ativos.

1.4.2. Validação e Tratamento dos Preços Coletados

As informações obtidas na etapa de coleta de preços são armazenadas na base de dados do DBSAe a área de Asset Valuation and Risk da Custódia é responsável pela validação e tratamento dospreços. As pricipais atividades executadas são:

· Validação dos preços coletados;

· Avaliação da necessidade de utilização de fontes secundárias e métodos alternativos;

· Cálculo de curvas;

· Apreçamento dos ativos;

· Validação dos preços calculados.

Após o processo de cálculo e validação de preços, os arquivos são gerados no layout de importaçãodos sistemas de cálculo de cotas e/ ou valorização de carteiras de investimentos.

1.4.3. Aplicação dos Preços às Carteiras

A área de GSO é responsável pela aplicação dos preços por meio da importação dos arquivos nossistemas de cálculo de cotas.

Os fundos de investimento com cota de fechamento utilizam os preços verificados no fechamentodos respectivos mercados em que atuam. Para os fundos com cota de abertura são utilizados as taxase preços observados no fechamento do dia útil anterior, corrigidos para a data para a qual está sendocalculada a cota de abertura.

Posteriormente à importação dos preços, existe a validação da aplicação dos preços às carteirase é realizada através da conferência das mesmas pela GSO, sendo que qualquer discrepância seráimediatamente comunicada para a área de Asset Valuation and Risk.

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1.5. Supervisão Dinâmica da Metodologia

A área de Asset Valuation and Risk é responsável pela supervisão dinâmica dos modelos e limitesutilizados no processo de MaM.

Toda e qualquer alteração de metodologia que se fizer necessária será realizada após exaustivasdiscussões e análises de impactos, sendo a decisão sempre tomada com o suporte do Comitê deRiscos e Capital do DBSA (CRC - Capital & Risk Committee) conforme definido em regimento interno,para que haja transparência na busca por melhores esforços na conduta dos trabalhos referentes àMaM.

2. Metodologia de Apreçamento de Ativos

2.1. Indexadores e Taxas Referenciais

Os indexadores e taxas referenciais são utilizados como parâmetros para o apreçamento dosativos a eles atrelados. A seguir serão apresentadas as suas definições bem como as fontes primáriasutilizadas.

Serão utilizadas preferencialmente fontes primárias públicas e independentes, porém em casosde indisponibilidade de tais fontes poderão ser utilizadas cotações com participantes de mercado acritério da área de Asset Valuation and Risk que despenderá os melhores esforços para a obtenção dovalor justo do ativo.

Indexador Descrição Fonte

Taxa SelicTaxa média (%aa) ponderada pelo volume das operações definanciamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais,realizadas no Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia).

Banco Central do Brasil(http://w w w .bcb.gov.br)

Taxa DI (DI-Over)

As estatísticas do ativo Taxa DI-Cetip Over (Extra-Grupo) sãocalculadas e divulgadas pela Cetip, apuradas com base nasoperações de emissão de Depósitos Interf inanceiros pré-f ixados,pactuadas por um dia útil e registradas e liquidadas pelo sistema Cetip,conforme determinação do Banco Central do Brasil.

Cetip (http://w w w .cetip.com.br)

Dólar PTAX (PTAX800Venda)

As taxas PTAX de compra e de venda correspondem,respectivamente, às médias das cotações de compra e de vendaefetivamente fornecidas pelos dealers, excluídas, em cada caso, asduas maiores e as duas menores.

Banco Central do Brasil(http://w w w .bcb.gov.br)

IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, divulgadomensalmente pelo IBGE.

IBGE (http://w w w .ibge.gov.br)

Projeção de IPCA

A coleta das informações para as projeções do IPCA é feita duasvezes ao mês: no dia da divulgação do IPCA fechado e do IPCA-15.Em ambos os casos, a projeção apurada é para o mês corrente e omês imediatamente posterior.

ANBIMA(http://portal.anbima.com.br)

IGP-M Índice Geral de Preços, divulgado mensalmente pela FGV. Bloomberg (IBREIGPM Index)

Projeção de IGP-M

Projeções para o Índice Geral de Preços ao Mercado da FundaçãoGetulio Vargas, com base no consenso do Comitê deAcompanhamento Macroeconômico da ANBIMA. As projeções sãoatualizadas a cada divulgação das prévias ou do índice final pela FGV.

ANBIMA(http://portal.anbima.com.br)

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Legenda:

PTAX - Taxa de câmbio calculada durante o dia pelo Banco Central do Brasil;IGPM - Índice Geral de Preços do MercadoIBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e EstatísticaFGV – Fundação Getúlio Vargas

2.2. Metodologias para a Construção das Curvas de Referência

2.2.1. Método de Interpolação Exponencial (“Flat Forward”)

Utiliza-se o método de interpolação exponencial para o cálculo das taxas de juros em reais, paravencimentos que estejam entre os vértices existentes para uma determinada estrutura a termos de taxade juros (ETTJ).

Onde:

taxa: taxa de juros expressa com base 252 dias úteisdu: número de dias úteis no períodot: data de vencimentot-1: data do vértice imediatamente anteriort+1: data do vértice imediatamente posterior

2.2.2. Interpolação Linear

Para a interpolação de taxas de juros lineares com base em dias corridos, utiliza-se o método deinterpolação linear que considera que, taxas efetivas entre os prazos conhecidos, variam linearmente.

Onde:

taxa: taxa de juros expressa com base 360 dias corridosdc: número de dias corridos no períodot: data de vencimentot-1: data do vértice imediatamente anteriort+1: data do vértice imediatamente posterior

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( )( )

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11

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2.2.3. Bootstrapping

O processo de bootstrapping consiste na criação de uma curva de juros spot (“zero coupon”) apartir dos preços de títulos que possuem pagamento de juros intermediários.

O objetivo desta metodologia é obter a taxa de desconto de um título com fluxo que forneça o preçoequivalente ao observado no mercado, levando-se em conta, para os fluxos intermediários, as taxasspot conhecidas.

Para ilustrar o processo acima descrito tomemos como exemplo um título, cuja taxa spot desejamosobter, com vencimento “t” e apenas um pagamento de juros intermediário. São conhecidos o seu preçounitário de mercado e a taxa spot para o fluxo intermediário em t-1.

Onde:

t: vencimento do títulot-1: pagamento intermediário de jurosPMTM: Preço de mercado conhecido do títuloFt-1: Fluxo de pagamento do título em t-1Ft: Fluxo de pagamento do título em tTaxat-1: taxa spot conhecida para o período tTaxat: taxa spot que deseja-se obter

Resolvendo a equação acima é possivel obter a taxa spot para o vencimento “t”. Repetindo-se esseprocedimento para o vencimentos subsequentes são obtidas as taxas para os demais vértices da curva.

2.3. Estrutura a Termo das Taxas de Juros

2.3.1. Curva Pré-Fixada em Reais

A estrutura a termo das taxas pré-fixadas em reais é obtida a partir dos preços de ajuste doscontratos futuros de DI (Depósitos Interfinanceiros) da BM&FBovespa, sendo utilizado como primeiroponto da curva a taxa DI-Over divulgada pela Cetip.

A fonte primária para obtenção dos preços de ajuste é a própria BM&FBovespa. Como fontesalternativas serão utilizados os dados divulgados pela Bloomberg ou Reuters.

2.3.2. Curva de Cupom Cambial

A curva de cupom cambial é a estrutura a termo da taxa de juros brasileira expressa em dólares,sendo portanto, o diferencial da taxa interna e a variação cambial. As taxas de cupom cambial sãoobtidas a partir dos preços de ajuste dos contratos futuros de cupom cambial (DDI) da BM&FBovespae são conhecidas por cupom cambial “sujo” por incorporarem na sua formação o dólar PTAX800 vendado dia útil anterior.

A curva de cupom cambial “limpa” é obtida excluindo-se a variação do dólar do dia anterior emrelação ao dólar spot.

( ) )1(1 1

1

t

t

t

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FTaxaFP

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-

-

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A fonte primária para obtenção dos preços de ajuste é a própria BM&FBovespa. Como fontesalternativas serão utilizados os dados divulgados pela Bloomberg ou Reuters.

2.3.3. Curva de Cupom de IPCA

A curva de cupom de IPCA é obtida a partir da aplicação do processo de bootstrapping nas taxasindicativas das NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional, série B) divulgadas diariamente pela ANBIMA.Como fontes alternativas, serão utilizadas as taxas médias entre as cotações coletadas em corretorase negociações de leilão primário.

2.3.4. Curva de Cupom de IGPM

A curva de cupom de IGPM é obtida a partir das taxas referenciais divulgadas pela BM&FBovespapara os swaps DI versus IGPM. Como fontes alternativas serão utilizadas cotações com corretorasativas no mercado.

2.3.5. Curva de Libor

Denominaremos de curva de Libor a estrutura a termo das taxas de juros em dólares no mercadointernacional. Para os vencimentos até três (3) meses são utilizadas as taxas Libor (London InterbankOffered Rate ou taxa de juros de referência) divulgadas pela IBA (ICE Benchmark Administration), paravencimentos superiores são utilizados os futuros de Eurodólar (depósitos em dólares efetuados embancos localizados fora do território dos Estados Unidos da América) e complementarmente os swapsde dólar.

A fonte primária para a obtenção das taxas é a Reuters. Como fontes alternativas, serão utilizadasas cotações da Bloomberg.

2.3.6. Curvas de Juros em Outras Moedas

As curvas de juros internacionais para as outras moedas serão calculadas com base no diferencialde juros entre a curva de libor e os juros implícitos nos NDF (Non Deliverable Forwards ou Contrato aTermo de Moeda sem Entrega Física) de moedas.

A fonte primária para a obtenção das taxas é a Reuters. Como fontes alternativas serão utilizadasas cotações da Bloomberg.

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2.4. Títulos Públicos Federais

A fonte primária para os preços e as taxas indicativas dos títulos públicos federais é a ANBIMA.Caso a ANBIMA, por motivos de força maior, não divulgue as taxa em tempo hábil para o cálculo dascotas, poderão ser utilizadas como fontes alternativas as cotações com corretoras ativas e asnegociações em leilão primário.

2.4.1. Federais Pós-Fixados Selic: LFT

Características

LFT: Letras Financeiras do Tesouro.

Prazo: Definido pelo Ministério da Fazenda.

Modalidade: Nominativa e negociável.

Forma de Colocação: Oferta pública ou direta, em favor do interessado.

Valor Nominal: Múltiplo de R$ 1.000,00.

Rendimento: Taxa Selic calculada sobre o valor nominal.

Resgate: Valor nominal acrescido do respectivo rendimento.

Referência Legal: Artigo 2º do Decreto nº 2.701, de 30/07/1998.

Os títulos pós-fixados indexados à taxa SELIC são apreçados segundo a metodologia descrita aseguir:

Onde:

PUPAR: PU par para o respectivo vencimento do papel na data de cálculo. O PU PAR é definido com o VN corrigidopela taxa SELIC acumulada. Preço unitário par divulgado na ANBIMA de acordo com a Resolução nº238 do BancoCentral do Brasil (dados coletados no site da ANBIMA – www.ANBIMA.com.br).du: dias úteis entre a data de cálculo e o vencimento do papel;Taxa: Taxa anual de ágio/deságio para a data de vencimento do papel (MaM). Haverá um deságio no papel casoessa taxa seja positiva, e um ágio, caso contrário;

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2.4.2. Federais Pré-fixados: LTN

Características

LTN: Letras do Tesouro Nacional

Prazo: Definido pelo Ministério da Fazenda.

Modalidade: Nominativa e negociável.

Forma de Colocação: Oferta Pública ou direta, em favor do interessado.

Valor Nominal: Múltiplo de R$ 1.000,00.

Rendimento: Deságio sobre o valor nominal.

Resgate: Valor nominal.

Referência Legal: Artigo 1º do Decreto nº 2.701, de 30/07/1998.

A metodologia de cálculo é apresentada a seguir:

Ondedu: número de dias úteis entre data de cálculo e o vencimento;taxamtm: taxa indicativa divulgada pela ANBIMA;VN: valor nominal;

2.4.3. Federais Indexados ao IPCA: NTN-B

Características

NTN-B: Notas do Tesouro Nacional Série B.

Prazo: Definido pelo Ministério da Fazenda.

Modalidade: Nominativa e negociável.

Forma de Colocação: Oferta Pública ou direta, em favor do interessado.

Valor Nominal: Múltiplo de R$ 1.000,00.

Atualização do Valor Nominal: Variação do IPCA desde a data-base do título.

Taxa de Juros: 6% a.a., calculada sobre o valor nominal atualizado.

Pagamento dos Juros: Semestralmente, com ajuste no primeiro período de fluência, quandocouber.

Resgate: Em parcela única, na data do vencimento.

Referência Legal: Artigo 8º do Decreto nº 3.859, de 04/07/2001 e Portaria STN nº111, de11/03/2002.

÷÷÷

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MTMTaxa

VNPU

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Os títulos indexados ao IPCA são avaliados segundo a metodologia de cálculo apresentada aseguir:

Onde:t: vencimento do fluxon: número de fluxos restantesTaxamtm: taxa indicativa divulgada pela ANBIMA

2.4.4. Federais Indexados ao IGPM: NTN-C

Características

NTN-C: Notas do Tesouro Nacional Série C

Prazo: Definido pelo Ministério da Fazenda.

Modalidade: Nominativa e negociável.

Forma de Colocação: Oferta Pública ou direta, em favor do interessado.

Valor Nominal: Múltiplo de R$ 1.000,00.

Atualização do Valor Nominal: Variação do IGPM desde a data-base do título.

Taxa de Juros: 6% a.a., calculada sobre o valor nominal atualizado.

Pagamento dos Juros: Semestralmente, com ajuste no primeiro período de fluência, quandocouber.

Resgate: Em parcela única, na data do vencimento.

Referência Legal: Artigo 6º do Decreto nº 2.701, de 30/07/1998 e Portaria STN nº490, de29/11/1999.

Os títulos indexados ao IGPM são avaliados segundo a metodologia de cálculo apresentada aseguir:

Onde:t: vencimento do fluxon: número de fluxos restantesTaxamtm: taxa indicativa divulgada pela ANBIMA

( )

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11

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2.4.5. Federais Pré-Fixados: NTN-F

Características

NTN-F: Notas do Tesouro Nacional Série F

Prazo: Definido pelo Ministério da Fazenda.

Modalidade: Nominativa e negociável.

Forma de Colocação: Oferta Pública ou direta, em favor do interessado.

Valor Nominal: Múltiplo de R$ 1.000,00.

Rendimento: Deságio sobre o valor nominal.

Taxa de Juros: 10% a.a., calculada sobre o valor nominal atualizado.

Pagamento dos Juros: Semestralmente, com ajuste no primeiro período de fluência, quandocouber.

Resgate: Valor nominal, na data do vencimento.

Referência Legal: Artigo 11º do Decreto nº 3.859, de 04/07/2001.

A metodologia de cálculo é apresentada a seguir:

Onde:t: vencimento do fluxon: número de fluxos restantesTaxamtm: taxa indicativa divulgada pela ANBIMA

( )

( ) ( )úúúú

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2.5. Títulos Privados

2.5.1. CDB (Certificado de Depósito Bancário) e RDB (Recibo de Depósito Bancário)

Os CDBs são títulos privados emitidos por bancos comerciais, bancos de investimento ou bancosmúltiplos com a finalidade de captação de recursos. Os títulos podem ser pré ou pós-fixados atreladosa indexadores ao CDI, Selic, TR, TJLP (taxa de juros de longo prazo), TBF (taxa básica financeira),IGP-M e IPCA. Os títulos são escriturais e, a critério do custodiante, são todos registrados na Cetip.

A MaM dos CDBs considera as características do título tais como prazo, cláusulas de resgateantecipado (recompra) e risco do emissor. Títulos com cláusula de recompra serão marcados na taxade emissão, já os títulos sem a cláusula de recompra ou com recompra a mercado, serão utilizadastaxas de MaM definidas pela área de Asset Valuation and Risk conforme descrito abaixo.

As taxas de MaM dos CDBs serão definidas, (em ordem de prioridade), com base em:

· Taxas observadas para novas emissões nos fundos custodiados pelo DBSA· Cotações com os participantes de mercado· Definição de um spread de risco de crédito a partir do rating do emissor· Manutenção do spread de risco observado no momento da operação· Critério definido pela Área de Asset Valuation and Risk

Metodologia de cálculo para CDBs pré-fixados sem caixa:

Onde:Taxapre: Taxa obtida pela interpolação da curva pré de mercado descrita no item 2.3.1.Spread: Spread de risco definido pela área de Asset Valuation and Risk

Metodologia de cálculo para CDBs pós-fixados sem caixa:

Onde:VFproj: Valor futuro projetado através do indexador acumulado acrescido da expectativa de mercado para o vencimentoda operaçãoTaxariskfree: Taxa livre de risco obtida pela interpolação da curva de mercado respectiva conforme descrito no item 2.3.Spread: Spread de risco definido pela área de Asset Valuation and Risk

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2.5.2. LF (Letra Financeira)

As Letras Financeiras assemelham-se ao CDBs com a diferença de terem prazo mínimo de dois(2) anos e poderem ser emitidas, alem dos bancos, por sociedades de crédito, financiamento e caixaseconômicas. A metodologia para a definição das taxas de marcação a mercado das LFs é análoga àdescrita no item 2.5.1.

2.5.3. DPGE (Depósito a Prazo com Garantia Especial)

Os DPGEs são títulos emitidos por instituições financeiras (bancos comerciais, múltiplos, dedesenvolvimento, de investimento, além de sociedades de crédito, financiamento e investimentos ecaixas econômicas) sendo uma alternativa de captação de recursos por parte de bancos de pequenoa médio porte.

O prazo dos DPGEs não podem ser inferiores a doze (12) meses ou superiores a trinta e seis (36)meses e contam com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), conforme estabelecido pelaResolução nº 3.692/2012 do Conselho Monetário Nacional, destinada a investidores pessoa física epessoa jurídica.

Os DPGEs podem ser pré ou pós-fixados e sua MaM segue metodologia análoga à descrita noitem 2.5.1.

2.5.4. Operações Compromissadas

As Operações Compromissadas com lastro em títulos públicos serão apreçadas nas respectivastaxas de operação.

As Operações Compromissadas lastreadas em títulos privados serão marcadas a mercado combase no risco de crédito do emissor e analogamente à metodologia aplicada aos CDBs descrita no item2.5.1.

2.5.5. Debêntures

As Debêntures são títulos emitidos por empresas com o objetivo de captação de recursos de médioe longo prazo. Os títulos podem ser pré ou pós-fixados, sendo mais comumente utilizadas asremunerações baseadas e %CDI, CDI + Spread e aos Índices de Inflação.

As fontes primárias para a MaM das debêntures são a ANBIMA e a BM&FBovespa. Para asdebêntures que não tiverem as suas taxas divulgadas pela ANBIMA, serão utilizadas taxas de MaMdefinidas pela área de Asset Valuation and Risk, conforme descrito abaixo:

Alternativamente, as taxas de MaM das debêntures serão determinadas levando-se emconsideração:

· Taxas observadas no mercado secundário;

· Cotações com os participantes de mercado;

· Definição de um spread de risco de crédito a partir do rating do emissor;

· Qualidade das garantias contra o inadimplemento da emissora.

A metodologia de cálculo das debêntures não conversíveis é análoga aos demais títulos pré e pós-fixados já descritos neste manual.

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O apreçamento das debêntures que possuírem cláusulas de conversão e/ou recompra e que nãopossuírem taxas ou preços indicativos de mercado, serão tratadas caso a caso de acordo com ascondições de conversão e/ou recompra estabelecidas nas suas emissões respectivamente. Nestescasos, será embutido no modelo de apreçamento o impacto causado pela opção de conversão emações da companhia por parte do debenturista (opção de compra - call) e/ou direito de recompra porparte do emissor (opção de venda – put).

2.5.6. CCB (Cédula de Crédito Bancário) e CCCB (Certificado de Cédula de CréditoBancário)

A CCB é um título de emissão de pessoas físicas e jurídicas em favor de instituições financeiras eé representativo de uma promessa de pagamento em troca de uma operação de crédito. As CCBs sãotítulos pré ou pós-fixados e podem ser negociados no mercado secundário bem como serem objeto decessão de crédito em FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios).

As CCBs com garantia da instituição financeira credora original da operação terão seu spread derisco de crédito calculado de maneira análoga à metodologia descrita no item 2.5.1.

As CCBs sem garantia da instituição credora original da operação, serão marcadas a mercadocom base no spread de risco de crédito do emissor na data da operação, podendo o spread seratualizado quando houver novas negociações ou eventos que alterem o risco de crédito a ser definidopela área de Asset Valuation and Risk.

As CCBs que sejam objeto de operações de cessão de crédito componentes das carteiras deFIDCs serão apreçadas pela taxa de emissão, tendo o seu risco de crédito (inadimplência) refletido novalor de Provisão de Devedores Duvidosos (PDD) de acordo com as disposições da Instrução CVM nº489/2011 (regulamenta a elaboração e divulgação de informações financeiras para FIDC e FIC-FIDC).

Os Certificados de Cédula de Crédito Bancário (CCCBs) são títulos emitidos por instituiçõesfinanceiras lastreados em uma ou mais cédulas de crédito bancário. Por tratar-se de uma “cesta” deCCBs, será utilizada metodologia análoga à descrita acima.

2.5.7. Títulos do Segmento Imobiliário (CRI, LCI, CCI)

CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários): títulos de crédito nominativos e com garantia realque têm como lastro créditos imobiliários. São emitidos por companhias securitizadoras registradas naCVM e possuem o objetivo de adquirir os créditos imobiliários para servirem de lastro para os CRIs.Podem ser negociados no mercado secundário.

LCI (Letras de Crédito Imobiliário): são títulos emitidos por bancos, caixas econômicas esociedades de crédito imobiliário e são lastreadas por créditos imobiliários garantidos por hipoteca oualienação fiduciária.

CCI (Cédulas de Crédito Imobiliário): são títulos emitidos para captação de recursos querepresentam total ou parcialmente os créditos imobiliários de titularidade de seu emissor. É umaalternativa mais simples do que cessão dos créditos imobiliários para transformá-los em títulosnegociáveis.

A metodologia para a determinação do spread de risco de crédito dos emissores dos títulos dosegmento imobiliário é análoga à descrita no item 2.5.1.

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2.5.8. Títulos do Segmento Agrícola (CPR, LCA, CDA, CDCA, CRA)

CPR (Cédula de Produto Rural): títulos pré ou pós-fixados emitidos por pessoas físicas oujurídicas, que poderão ser emitidos com ou sem garantias. As CPRs podem ser do tipo física (quandoa liquidação se dá pela entrega de produto agropecuário) ou financeira (quando houver apenas apossiblidade de liquidação financeira).

Letras de Crédito do Agronegócio (LCA): são títulos emitidos pelas instituições financeiras paracaptar recursos necessários às operações de financiamento a produtores rurais, cooperativas eterceiros relacionados. Possuem lastro em direitos creditórios provenientes de financiamentos ouempréstimos concedidos ao agronegócio.

Certificado de Depósito Agropecuário (CDA): é um título representativo de promessa de entregade produto agropecuário depositado em conformidade com a Lei nº 9.973 de 29 de Maio de 2000.

Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA): são títulos de crédito emitidos para acaptação de recursos pelo agronegócio. São lastreados em direitos creditórios de titularidade doemissor.

Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA): são títulos de crédtio nominativos, de livrenegociação, representativos de promessa de pagamento em dinheiro de emissão exclusiva dascompanhias securitizadoras de direitos creditórios do agronegócio.

Devido à particularidade deste segmento, poderá ser requisitado pelo DBSA um laudo de empresaespecializada em monitoramento para verificação dos riscos ligados à cadeia de produção earmazenagem de produtos agropecuários. O resultado do laudo será utilizado pela área de AssetValuation and Risk para a definição do fator de ajuste e deverá refletir a possibilidade de perdas ligadasao ativo.

O apreçamento dos títulos vinculados à entrega de commodities será efetuado com base nosvalores referenciais dos futuros negociados em bolsa de valores, observados critérios mínimos deliquidez.

Onde: Fut: valor de ajuste do contrato derivativo Descontos: descontos aplicáveis (frete, custo de armazenagem, etc) Taxacupom: taxa de desconto para a mercadoria Fatoajuste: fator de ajuste aplicado com base em laudo de avaliação

AjusteTituloMTM FatorVPVP ´=

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CupomMTM Fator

TaxaDescontosFutPU ´

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2.6. Renda Variável

2.6.1. Ações à Vista

São utilizadas as cotações referentes ao preço de fechamento do dia negociadas e divulgadas pelaBM&FBovespa. Não havendo negociação no dia, será mantido o preço de fechamento do dia útilanterior por até 90 dias. Acima de deste prazo serão utilizados os critérios de apreçamento conforme odisposto pela Instrução CVM nº 438/2006.

A fonte primária para obtenção dos preços de fechamento é a própria BM&FBovespa. Caso aBM&FBbovespa, por motivos de força maior, não divulgue o arquivo contendo as cotações (BDIN), seráutilizada como fonte alternativa a Reuters.

2.6.2. BDRs (Brazilian Depositary Receipts ou Certificados de Depósito de ValoresMobiliários)

Os BDRs são títulos (recibos) negociados no Brasil que tem como lastro ações de empresasnegociadas em bolsas internacionais. A fonte primária para obtenção dos preços de fechamento dosBDRs é a BM&FBovespa.

2.6.3. Operações a Termo

As operações a termo consistem na compra ou venda de ações a um preço definido com liquidaçãofutura.

As provisões dos valores a receber referente às vendas a termo cobertas (venda a termo, casadacom a compra à vista) serão marcadas a mercado da seguinte forma:

Onde:VFvendatermo: valor futuro da venda a termoTaxapre: taxa pré-fixada de mercado

As provisões dos valores a pagar referentes às operações de compra a termo são marcadas amercado da seguinte forma:

Onde:Du: número de dias úteis até a liquidação da operação a termoPmtm: preço de fechamento da ação na data de apreçamentoTaxapre: taxa pré-fixada de mercadoTaxaaluguel: custo de oportunidade da ação medido pela taxa média dos alugueis observado no BTCPcompratermo: preço da operação de compra a termoQações: quantidade de ações objeto da operação de compra a termo

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2.6.4. Direitos, Recibos e Bônus de Subscrição

Os direitos e bônus de subscrição representam o direito de subscrição (compra) de ações referenteao aumento de capital de uma companhia numa data futura, e são emitidos proporcionalmente aosacionistas com o objetivo de manterem suas participações acionárias. Os direitos e bônus são valoresmobiliários que podem ser negociados no mercado secundário e possuem características semelhantesà de uma opção de compra européia.

A fonte primária para o apreçamento dos direitos é a BM&FBovespa para os direitos que possuíremliquidez. Alternativamente, quando não for possível obter o preço de negociação, será utilizada ametodologia de apreçamento das opções de ações (conforme será descrito adiante na seção 2.9.2.),onde o preço de exercício será o preço estipulado na subscrição.

Após o exercício dos direitos de subscrição, são emitidos os recibos que terão o seu valoratualizado de acordo com o preço à vista da ação objeto, conforme descrito no item 2.6.1.

2.6.5. Aluguel de Ações

As operações de aluguel de ações consistem no empréstimo de ações por parte dos doadores deações aos tomadores de ações, conforme condições e taxas pré-estabelecidas.

As provisões a pagar/receber referentes às posições tomadas/doadas, são calculadas conforme ametodologia descrita a seguir:

Onde:n: número de dias úteis transcorridos a partir da data de operaçãoP: preço médio da ação no dia anterior ao fechamento da operaçãoTaxaaluguel: taxa do aluguelQações: quantidade de ações objeto da operação de aluguel

( )2521n

AluguelAçõesAluguel TaxaPQVP +´´=

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2.7. Futuros

2.7.1. Futuros

A fonte primária para obtenção dos ajustes de futuros é a própria BM&FBovespa. Caso aBM&FBovespa, por motivos de força maior, não divulgue o arquivo contendo as cotações (BDIN), seráutilizada como fonte alternativa a Reuters.

2.8. Swaps

Uma operação de Swap é composta por uma ponta ativa e outra passiva, cujos indexadores sãodefinidos no momento da operação. O resultado da operação de Swap é calculado a partir da diferençaentre total ativo menos o total passivo ao término da operação.

Serão apresentadas a seguir, as metodologias adotadas para o apreçamento dos diversos tipos deindexadores atrelados às pontas dos swaps.

2.8.1. Ponta Pré-Fixada em Reais

A ponta pré-fixada é indexada a uma taxa fixa e é marcada a mercado diariamente pela curva pré-fixada de mercado.

Onde:Principal: valor de principal da operação de swapTaxacontr: taxa pré-fixada contratadaTaxapre: taxa pré-fixada de mercadoDutotal: número de dias úteis total, compreendidos entre a data de operação e o vencimentoDu: número total de dias úteis restantes até o vencimento

2.8.2. Ponta Indexada ao %CDI

A ponta %CDI é indexada a um percentual da taxa CDI apurada diariamente.

Onde:VN: valor nominal%CDIcontr: %CDI contratado%CDImtm: %CDI a mercado

vaPontaPassiPontaAtivaSwap VPVPVP -=

( )( )252Pr

252

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CDIproj: CDI projetado pela taxa pré de mercadoDu: número total de dias úteis restantes até o vencimento

2.8.3. Ponta Indexada ao CDI + Spread

A ponta CDI + Spread é indexada à taxa CDI apurada diariamente acrescida de uma taxa (%a.a.).

Onde:VN: valor nominalSpreadcontr: taxa a.a. acrescida ao CDI contratadaSpreadmtm: taxa a.a. acrescida ao CDI de mercadoCDIproj: CDI projetado pela taxa pré de mercadoDu: número total de dias úteis restantes até o vencimento

2.8.4. Ponta Indexada ao IPCA

A ponta IPCA é indexada à variação do IPCA no período e pode ser acrescida de umSpread/Cupom (%a.a.).

Onde:VN: valor nominalt: vencimento do fluxon: número de fluxos restantesTaxamtm: taxa interpolada da curva de cupom de IPCA

2.8.5. Ponta Indexada ao IGPM

A ponta IGPM é indexada à variação do IGPM no período e pode ser acrescida de umSpread/Cupom (%a.a.).

Onde:VN: valor nominalt: vencimento do fluxon: número de fluxos restantesTaxamtm: taxa interpolada da curva de cupom de IGPM

( ) ( ) ( ) ( )( ) ( )252252Pr

252252Pr

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CupomIGPMIGPMVNVP

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2.8.6. Ponta Indexada ao Dólar Norte-Americado

A ponta dólar é indexada à variação cambial e pode ser acrescida de uma taxa na moedacontratada.

Onde:VN: valor nominalTaxacontr: taxa contratada linear dias corridos base 360Taxamtm: taxa interpolada da curva de cupom cambial limpo/sujoDctotal: número de dias corridos compreendidos entre a data da operaçãoDcmtm: número de dias corridos restantes

2.8.7. Ponta Indexada a Outras Moedas Estrangeiras

A ponta indexada à variação de outras moedas estrangeiras pode ser acrescida de uma taxa namoeda contratada.

Onde:VN: valor nominalTaxacontr: taxa contratada linear dias corridos base 360Taxamtm: taxa interpolada da curva de juros na moedaDctotal: número de dias corridos compreendidos entre a data da operaçãoDcmtm: número de dias corridos restantes

2.8.8. Ponta Indexada à Variação de Ativos Listados no Exterior

A ponta indexada à variação de ativos listados no exterior será marcada a mercado com base nascotações de fechamento dos ativos. A fonte primária para as cotações de fechamento é a Reuters. Asfontes secundárias serão utilizadas de acordo com os critérios aprovados pela área de Asset Valuationand Risk.

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çèæ ´+

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3601

3601

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3601

MTMMTM

totalContr

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ParidadeParidadeVNVP

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2.8.9. Ponta Indexada à Taxa de Juros no Exterior (Fixed / Float)

A ponta indexada à taxa de juros no exterior pode ser do tipo “fixed” (pré-fixadas) ou “float” (pós-fixada). A ponta “float”, que usualmente utiliza a Libor, pode ser acrescida de um spread/cupom. Ocálculo irá depender da convenção acordada no momento da operação, contudo usualmente utiliza-se.

Metodologia para a ponta “fixed”:

Onde:VN: valor nominalfixed: taxa pré-fixadaTaxaZeroMTM: taxa zero interpolada a partir da curva de liborDcpn: número de dias corridos em cada período de pagamento de jurosDcn: número de dias entre até a data do fluxo

A ponta “float”, que usualmente utiliza a Libor, pode ser acrescida de um spread/cupom. O cálculoirá depender da convenção definida no momento da operação. Usualmente, utiliza-se o cálculo de jurossimples para cada período de pagamento de juros, contudo, dependendo das especificações doscontratos, poderá ser adotada metodologia de composição de juros (compounding ou flatcompounding).

Metodologia para a ponta “float”:

Onde:VN: valor nominaltaxaFWDMTM: taxa forward (FRA) a partir da curva de mercado (Libor)TaxaZeroMTM: taxa zero interpolada a partir da curva de mercado (Libor)Spreadcontr: Spread contratadoSpreadmtm: Spread a mercadoDcpn: número de dias corridos em cada período de pagamento de jurosDcn: número de dias entre até a data do fluxo

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3601

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Página 26

2.9. Opções

2.9.1. Metodologia para Determinação das Volatilidades

A volatilidade é o parâmetro que mede a incerteza dos retornos futuros dos ativos, objeto nomodelo de Black and Scholes e suas variações (vide Anexo I). Considera-se a volatilidade um dosparâmetros de mercado mais importantes na negociação de uma opção dado que os demaisparâmetros que afetam o preço são dados (preço do ativo objeto, preço de exercício, vencimento, taxasde juros). Quanto maior a volatilidade maior o prêmio (preço) da opção e vice-versa.

A seguir serão apresentadas as fontes de referência para a determinação das volatilidades emordem de prioridade:

· Volatilidades Implícitas: Volatilidades obtidas de forma implícita com base nos prêmios(preço) negociados das opções utilizando os dados de mercado dos demais parâmetrosno momento das respectivas operações;

· Cotações com Participantes Ativos no Mercado: Cotações de compra e venda (“Bid” /“Ask”) em termos de volatilidade;

· Interpolação das superfícies de volatilidade: As opções para as quais não seja possivelobter cotações ou volatilidades implícitas, poderão ter a sua volatilidade determinada porinterpolação das superfícies de volatilidade obtidas a partir dos métodos acima;

· Volatilidades Históricas: Volatilidades calculadas com base nas séries históricas dosretornos dos ativos objeto.

2.9.2. Opções de Ações

A fonte primária para o apreçamento das opções líquidas será o preço de fechamento daBM&FBovespa. Para as opções sem negociação ou com baixa liquidez, será utilizado o modelo deBlack and Scholes Modificado (vide Anexo I). As volatilidades utilizadas no modelo serão definidas deacordo com a metodologia descrita no capítulo 2.9.1.

2.9.3. Opções de Ibovespa

A fonte primária para o apreçamento das opções será o preço de referência da BM&FBovespa.Para as opções que não possuírem prêmio de referência divulgado, será utilizado o modelo de Black1976 (vide Anexo I). As volatilidades utilizadas no modelo serão definidas de acordo com a metodologiadescrita no capítulo 2.9.1.

2.9.4. Opções de Dólar

A fonte primária para o apreçamento das opções será o preço de referência da BM&FBovespa.Para as opções que não possuírem prêmio de referência divulgado, será utilizado o modelo de Black1976 (vide Anexo I). As volatilidades utilizadas no modelo serão definidas de acordo com a metodologiadescrita no capítulo 2.9.1.

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2.9.5. Opções de IDI

A fonte primária para o apreçamento das opções será o preço de referência da BM&Bovespa. Paraas opções que não possuírem prêmio de referência divulgado, será utilizado o modelo de Black 1976(vide Anexo I). As volatilidades utilizadas no modelo serão definidas de acordo com a metodologiadescrita no capítulo 2.9.1.

2.10. Ativos Negociados no Exterior

2.10.1. Ações e Futuros

A fonte primária para as cotações de fechamento das ações e futuros negociados no exterior é aReuters. A fonte alternativa para a obtenção dos preços é a Bloombeg.

2.10.2. Títulos Privados

A fonte primária para os títulos da divida externa brasileira será o meio do intervalo do preço decompra e venda obtidos às 18h do horário de Brasília na Reuters. A fonte alternativa para a obtençãodos preços é a Bloombeg.

Os títulos privados que não possuírem cotações divulgadas pela Reuters ou Bloomberg serãomarcados a mercado com base em metodologia análoga aos títulos privados nacionais (descritaanteriormente).

2.10.3. Títulos da Dívida Externa Brasileira

A fonte primária para os títulos da divida externa brasileira será o meio do intervalo do preço decompra e venda obtidos às 18h do horário de Brasília na Reuters.

2.11. Cotas de Fundos de Investimento

Para as cotas de fundos de investimento serão utilizados os valores oficiais das cotas divulgadaspelos respectivos administradores/controladores ou via sistema Galgo.

2.12. Ativos em Default (Inadimplência)

Caso na data do vencimento do título não ocorra a liquidação financeira de um ativo, o DBSA,juntamente com o Administrador do Fundo, mediante análise conjunta dos motivos da inadimplência,definirá os procedimentos a serem tomados (caso estes procedimentos não estejam descritos noregulamento do fundo em questão).

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2.13. Outros Ativos

2.13.1. Carteira dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs)

Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) são fundos destinados à aquisição dedireitos creditórios e títulos representativos de crédito. Os direitos creditórios que constituem ascarteiras dos FIDCs serão atualizados diariamente de acordo com a metodologia expressa nosrespectivos regulamentos.

De forma geral os direitos creditórios serão atualizados diariamente através da apropriação dosganhos à taxa de aquisição. O risco de crédito e a expectativa de perdas serão refletidas nos valoresde PDD calculada pelo administrador do fundo.

Atualização dos direitos creditórios pela taxa de aquisição:

Onde:VP: valor presente do direito creditórioVF: valor do direito creditório no vencimentoTaxacessao: taxa de desconto %aa realizada no momento da cessão de crédito

A parcela do fundo investida nos demais ativos e valores mobiliários serão apreçados conforme asmetodologias descritas neste manual.

2.13.2. Carteira dos Fundos de Investimento em Participações (FIP’s)

Os Fundos de Investimento em Participações (FIPs) são fundos fechados destinados à aquisiçãode participações (ações, debêntures, bônus de subscrição, ou outros títulos e valores mobiliáriosconversíveis ou permutáveis em ações) de emissão de companhias, abertas ou fechadas, nas quaisexista participação no processo decisório da companhia investida, ou seja, com efetiva influência nagestão.

A parcela do FIP investida em participações será marcada a mercado de acordo com a metodologiae a periodicidade expressa nos respectivos regulamentos. De forma geral estes investimentos poderãoser apreçados das seguintes formas:

· Custo de aquisição;

· Valor da última negociação;

· Equivalência patrimonial;

· Valor econômico determinado por empresa independente especializada.

Conforme disposto pela Instrução CVM nº 438/2006 (Plano Contábil de Fundos), a utilização dovalor econômico está condicionada à previsão em regulamento do fundo ou por deliberação emassembléia geral de cotistas de que:

· O administrador assuma a responsabilidade perante a CVM e os cotistas pelos critérios,valores e premissas utilizados na avaliação econômica adotada pelo fundo;uma vezadotado determinado critério e metodologia de avaliação para determinado valor mobiliário,este seja regularmente utilizado ao longo dos exercícios sociais subseqüentes; e

( ) 2521MTMdu

CessaoTaxa

VFVP+

=

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· Sempre que houver alteração significativa nas premissas que embasam a avaliaçãoeconômica, esta deve ser revista e os efeitos refletidos contabilmente, devendo oregulamento do fundo dispor sobre a periodicidade mínima de avaliação.

A parcela do fundo investida nos demais ativos e valores mobiliários serão apreçados conforme asmetodologias descritas neste manual.

2.14. Procedimentos para feriados de bolsa

Nas datas em que haja o cálculo de cotas, porém em virtude de feriados na respectiva praça denegociação, não houver divulgação de informações por parte das bolsas, serão adotados os seguintesprocedimentos:

· Manutenção das taxas e preços da útlima data de divulgação;

· Renda Fixa: Atualização dos preços para a data de cálculo mantendo-se as taxas da últimadata de divulgação.

· Demais ativos com cotação terão seus preços atualizados normalmente.

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3. Anexo I – Modelo de Black and Scholes

Este modelo de apreçamento de opções foi criado no início dos anos 70 por Fisher Black, MyronScholes e Robert Merton. Atualmente este modelo tem enorme influência na forma como as opçõessão apreçadas e negociadas no mercado (Hull, John C Options, “Futures and Other Derivatives 7thEdition”, pag 277).

Abaixo, encontra-se a formulação original para o cálculo de opções européias sobre ativos quenão pagam dividendos:

Onde:

c = preço da opção de compra (call)p = preço da opção de venda (put)S0 = preço do ativo objetoK = preço de exercício (strike)r = taxa de jurosT = número de dias úteis até o vencimentoN() = função normal cumulativa

Para o apreçamento de opções de ações com pagamento de dividendos utiliza-se o modeloajustado:

Onde:

q = taxa de dividendos (dividend yied)

Para o apreçamento de opções de futuros utiliza-se o modelo ajustado, inicialmente formulado porFisher Black e publicado em 1976:

Onde:

F0 = preço do ativo objeto (futuro)

( ) ( )T

TrKSds

s 2ln 20

1++

=

( ) ( ) TdT

TrKSd ss

s-=

-+= 1

20

22ln)()( 102 dNSdNKep rT ---= -

)()( 210 dNKedNSc rT--=

( ) ( )T

TqrKSds

s 2ln 20

1+-+

=

( ) ( ) TdT

TqrKSd ss

s-=

--+= 1

20

22ln)()( 102 dNeSdNKep qTrT ---= --

)()( 210 dNKedNeSc rTqT -- -=

( ) ( )T

TKFds

s 2ln 20

1+

=

( ) ( ) TdT

TKFd ss

s-=

+= 1

20

22ln[ ])()( 102 dNFdKNep rT ---= -

[ ])()( 210 dKNdNFec rT -= -