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MManual de Auditoria OperacionalNegcioControle Externo da Administrao Pblica e da gesto dos recursos pblicos federaisMissoAssegurar a efetiva e regular gesto dos recursos pblicos em benefcio da sociedadeVisoSer instituio de excelncia no controle e contribuir para o aperfeioamento da Administrao Pblicawww.tcu.gov.br
Tribunal de Contas da Unio
Repblica Federativa do Brasil
MinistrosUbiratan Aguiar, Presidente
Benjamin Zymler, Vice-PresidenteValmir Campelo
Walton Alencar RodriguesAugusto NardesAroldo Cedraz
Raimundo CarreiroJos JorgeJos Mcio
AuditoresAugusto Sherman Cavalcanti
Marcos Bemquerer CostaAndr Lus de Carvalho
Weder de Oliveira
Ministrio PblicoLucas Rocha Furtado, Procurador-Geral
Paulo Soares Bugarin, Subprocurador-GeralCristina Machado da Costa e Silva, Subprocuradora-Geral
Marinus Eduardo de Vries Marsico, ProcuradorJlio Marcelo de Oliveira, Procurador
Srgio Ricardo Costa Carib, Procurador
Braslia, 2010
Manual de Auditoria Operacional
Copyright 2010, Tribunal de Contas da UnioImpresso no Brasil / Printed in Brazil
Brasil. Tribunal de Contas da Unio. Manual de auditoria operacional / Tribunal de Contas da Unio. -- 3.ed. Braslia : TCU, Secretaria de Fiscalizao e Avaliao de Programas de Governo (Seprog), 2010. 71 p.
1.Auditoria operacional. I. Manual de Auditoria Operacional.
Permite-se a reproduo desta publicao, em parte ou no todo, sem alterao do contedo, desde que citada a fonte e sem fins comerciais.
Catalogao na fonte: Biblioteca Ministro Ruben Rosa
PORTARIA-SEGECEX N 4, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2010
Aprova a reviso do Manual de Auditoria de Natureza Operacional e altera a sua denominao para Manual de Auditoria Operacional.
O SECRETRIO-GERAL DE CONTROLE EXTERNO, no uso de suas atribuies,
Considerando que o Plano Estratgico do Tribunal definiu como objetivos estratgicos Aperfeioar a estru-tura legal e normativa de suporte ao controle externo e Aperfeioar instrumentos de controle e processos de trabalho;
Considerando que compete Secretaria-Geral de Controle Externo Segecex aprovar manuais e regulamen-tos relativos s atividades, aos processos de trabalho e aos projetos na rea de controle externo, conforme o disposto no Inciso III do Art. 2 da Portaria-Segecex n 15, de 15 de setembro de 2008;
Considerando o item 9.5 do Acrdo 2.730/2009 TCU-Plenrio, que determina Secretaria-geral de Controle Externo orientar suas unidades tcnicas acerca da necessidade de as auditorias operacionais observarem o disposto nos manuais, roteiros e tcnicas aprovados pelo Tribunal;
Considerando a necessidade de adaptao do Manual evoluo dos mtodos e tcnicas empregados pelo TCU na realizao de auditorias operacionais;
Considerando os padres de auditoria operacional adotados pela International Organization of Supreme Audit Institutions Intosai, resolve:
Art. 1 Fica aprovada a reviso do Manual de Auditoria de Natureza Operacional, anexo da Portaria n 144, de 10 de julho de 2000, documento que passar a ser denominado Manual de Auditoria Operacio-nal, contendo os princpios e padres que orientaro a realizao e o controle de qualidade das auditoras operacionais a cargo das unidades tcnicas do Tribunal de Contas da Unio.
Art. 2 A Segecex manter atualizado o documento de que trata o artigo anterior, cabendo-lhe, ainda, o esclarecimento de dvidas e o recebimento de sugestes para o seu aperfeioamento, bem como o acompa-nhamento de sua implementao.
Art. 3 Todas as auditorias operacionais realizadas por este Tribunal devero observar o disposto neste manual.
Art. 4 Fica revogada a Portaria-Segecex n 33, de 3 de dezembro de 2002.
Art. 5 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.
PAULO ROBERTO WIECHERS MARTINS Secretrio-Geral de Controle Externo
Quadro 1
Tcnicas mais utilizadas na etapa de planejamento 25
Quadro 2
Modelo de matriz de planejamento 32
Quadro 3
Processo lgico de identificao de achados e produo de recomendaes e determinaes 38
Quadro 4
Modelo de matriz de achados 41
Quadro 5
Estrutura recomendada para a parte textual do relatrio de auditoria operacional 48
Quadro 6
Exemplo de quadro resumo da situao de implementao das deliberaes 56
Quadro 7
Principais abordagens em auditoria operacional 62
Quadro 8
Resumo das principais tcnicas de coleta de dados 64
Figura 1
Diagrama de insumo-produto 11
Figura 2
Ciclo de Auditoria Operacional 14
Figura 3
Atividades de planejamento 21
Figura 4
Hierarquia de questes e subquestes 29
Lista de Quadros
Lista de Figuras
Introduo; 9
Objetivo; 9
Dimenses de Desempenho Caractersticas de Anop; 11
Economicidade; 11
Eficincia; 12
Eficcia; 12
Efetividade; 12
Outras dimenses de desempenho; 12
Equidade; 13
Caractersticas da auditoria operacional; 13
Seleo; 15
Processo de seleo dos objetos de auditoria; 15
Integrao com o planejamento estratgico; 15
Critrios de seleo; 15
Agregao de valor; 16
Materialidade; 16
Relevncia; 16
Vulnerabilidade; 17
Levantamento; 17
Levantamento de escopo amplo; 18
Levantamento de escopo restrito; 18
Planejamento; 21
Anlise preliminar do objeto auditado; 23
Definio do objetivo e do escopo da auditoria; 26
Tipos de questo de auditoria; 27
sumrio
Especificao dos critrios de auditoria; 30
Elaborao da matriz de planejamento; 32
Validao da matriz de planejamento; 33
Elaborao de instrumentos de coleta de dados e teste-piloto; 34
Elaborao do projeto de auditoria; 34
Execuo; 35
Achado de auditoria; 35
Evidncias; 37
Desenvolvimento dos trabalhos de campo; 39
Anlise dos dados coletados; 40
Matriz de achados; 40
Validao da matriz de achados; 42
Relatrio; 43
Orientaes gerais para elaborao do relatrio; 44
Padres de elaborao; 45
Apresentao de dados; 47
Citaes e referncias; 47
Componentes do relatrio de auditoria; 47
Introduo; 49
Viso geral; 49
Captulos principais; 49
Anlise dos comentrios dos gestores; 50
Concluso; 51
Proposta de encaminhamento; 51
Monitoramento; 53
Plano de ao; 53
Sistemtica de monitoramento; 54
Relatrio de monitoramento; 54
Situao das deliberaes; 55
Controle de Qualidade; 57
Modalidades de controle de qualidade; 57
Papis dos principais atores envolvidos com o controle de qualidade; 58
Ferramentas de controle de qualidade; 59
Apndice Planejamento e Mtodo; 61
Matriz de Planejamento: Como Preench-la; 61
Informaes Requeridas; 61
Fontes de Informao; 61
Estratgias Metodolgicas; 61
Procedimentos de Coleta de Dados; 64
Procedimentos de Anlise de Dados; 66
Limitaes; 67
O Que a Anlise Vai Permitir Dizer; 68
Referncias; 69
9
Esta a terceira verso do manual, publicado inicialmente em 1998 e revisto em 2000. Diferencia-se das anteriores, pois aborda todo o ciclo de realizao desta modalidade de auditoria. Assim, alm da atualizao dos captulos dedicados ao planejamento, execuo e elaborao do relatrio, incluram-se orientaes gerais sobre a escolha do tema a ser auditado e o monitoramento das deliberaes resultantes da apreciao dos relatrios de auditoria. O controle de qualidade tambm foi objeto de captulo especfico.
O documento reflete a evoluo dos mtodos e tcnicas empregados pelo TCU, por meio da acumulao de experincia na execuo de auditorias operacionais. Na elaborao deste manual foram consideradas as melhores experincias inter-nacionais sobre o tema, bem como contribuies de profissionais desta Corte. O manual est alinhado aos padres de auditoria operacional adotados pela International Organization of Supreme Audit Institutions (Intosai).
introduo
objetivo
O objetivo deste documento definir princpios e padres que orientem a reali-zao e o controle de qualidade das auditorias operacionais a cargo das unidades tcnicas do Tribunal.
11
dimenses de desempenho CaraCterstiCas de anop
1 Auditoria operacional (ANOp1) o exame independente e objetivo da economicidade, eficincia, eficcia e efetividade de organizaes, programas e atividades governamentais, com a finalidade de promover o aperfeioamento da gesto pblica2.
2 As auditorias operacionais podem examinar, em um mesmo trabalho, uma ou mais das principais dimenses de anlise. O diagrama de insumo-produto ilustra essas dimenses e suas inter-relaes:
Efetividade
Economicidade
Compromissoobjetivosdefinidos
Insumosrecursosalocados
Ao/Produoaes
desenvolvidas
Produtobens e servios
providos
Resultadosobjetivosatingidos
EficinciaEficcia
Fonte: Adaptado de ISSAI 3000/1.4, 2004.
Economicidade
3 A economicidade a minimizao dos custos dos recursos utilizados na consecuo de uma atividade, sem comprometimento dos padres de qualidade (ISSAI 3000/1.5, 2004)3. Refere-se capacidade de uma instituio gerir ade-quadamente os recursos financeiros colocados sua disposio.
4 O exame da economicidade poder abranger a verificao de prticas gerenciais, sistemas de gerenciamento, benchmarking de processos de compra e outros procedimentos afetos auditoria operacional, enquanto o exame estrito da legalidade de procedimentos de licitao, fidedignidade de documentos, eficincia dos controles internos e outros devero ser objeto de auditoria de conformidade. Na prtica, poder haver alguma superposio entre auditoria de conformidade e auditoria operacional. Ness