manual de lançamentos contabeis

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  • 8/6/2019 Manual de lanamentos contabeis

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    Guia de Lanamentos

    Outubro 2004.

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    Guia de Lanamentos

    Folha 2/158

    NDICE

    1 - FOLHA DE PAGAMENTO .................................................................................................................. 52 - ICMS EM CONTAS DE ENERGIA ELTRICA E TELECOMUNICAES ...................................8

    3 - PROVISO PARA PAGAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA ....................................................94 - CONSTITUIO DA EMPRESA .................................................................................................. 10

    5 - FOMENTO MERCANTIL (FACTORING) ....................................................................................... 116 - VENDA A PRAZO DE UNIDADES IMOBILIRIAS CONCLUDAS ........................................... 127 - TTULOS CAUCIONADOS .............................................................................................................. 13

    8 - PERDAS NO RECEBIMENTO DE CRDITOS ................................................................................ 159 - REPAROS, CONSERVAO OU SUBSTITUIO DE PARTES E PEAS DE BENS DO

    ATIVO IMOBILIZADO ..................................................................................................................... 1610 - EXAUSTO DE RECURSOS MINERAIS ...................................................................................... 1711 - EXAUSTO DE RECURSOS FLORESTAIS .................................................................................. 1712 - AJUSTES CONTBEIS DE EXERCCIOS ANTERIORES ........................................................... 1913 - ASSINATURA DE JORNAIS E REVISTAS ................................................................................... 2214 - EMPRSTIMO COMPULSRIO SOBRE COMBUSTVEIS E VECULOS ................................ 2315 - DESCONTO DE DUPLICATAS ...................................................................................................... 2316 - IMPORTAO DE MERCADORIAS E MATRIAS-PRIMAS .................................................... 2517 - ADIANTAMENTOS PARA FUTURO AUMENTO DE CAPITAL ............................................... 2618 - ADIANTAMENTOS PARA VIAGENS AO EXTERIOR ................................................................ 2619 - APURAO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS ..................................................... 2720 - QUEBRAS OU PERDAS DE ESTOQUE ......................................................................................... 2921 - VENDA AMBULANTE .................................................................................................................... 3022 - ENCARGOS DE DEPRECIAO ................................................................................................... 3023 - AQUISIO DE BENS ATRAVS DE CONSRCIOS ................................................................ 3124 - SIMPLES - MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE .......................................... 3425 - REMUNERAO DE "PR-LABORE" ......................................................................................... 3526 - RECEBIMENTO E PAGAMENTO ATRAVS DE CHEQUE PR-DATADO ............................ 3527 - JUROS SOBRE IMPOSTOS E CONTRIBUIES A COMPENSAR ........................................... 36

    28 - ENCARGOS FINANCEIROS A APROPRIAR ................................................................................ 3729 - LUCROS OU DIVIDENDOS - DISTRIBUIO ........................................................................... 3730 - CUSTO ORADO NA ATIVIDADE IMOBILIRIA ..................................................................... 3831 - EMPRSTIMOS E FINANCIAMENTOS ........................................................................................ 4132 - APLICAO EM INCENTIVOS FISCAIS FINOR E FINAM ....................................................... 4333 - DESPESAS ANTECIPADAS - TRATAMENTO CONTBIL ........................................................ 4434 - REMESSAS PARA INDUSTRIALIZAO .................................................................................... 4535 - DCIMO TERCEIRO SALRIO ..................................................................................................... 4636 - COMPRA DE BEM PARA O ATIVO IMOBILIZADO - PARTE DO PAGAMENTO EFETUADA

    COM BEM USADO ............................................................................................................................ 4837 - CRDITO PRESUMIDO DO IPI PARA RESSARCIMENTO DO VALOR DO PIS/PASEP E

    COFINS ............................................................................................................................................... 4938. VALE-TRANSPORTE ........................................................................................................................ 4939 - DEVOLUO DE COMPRAS ......................................................................................................... 50

    Prof. Enio Gehlen

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    Guia de Lanamentos

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    40 - DEVOLUO DE VENDAS ............................................................................................................ 5141 - APURAO DO ICMS - SALDO DEVEDOR E SALDO CREDOR ............................................ 5242 - DUPLICATAS COLOCADAS EM COBRANA ATRAVS DE BANCOS ................................ 5343 GANHOS/PERDAS DE CAPITAL NA ALIENAO DE BENS DO ATIVO IMOB.................. 5344 - ENCARGOS FINANCEIROS A APROPRIAR ................................................................................ 54

    45 - FUNDO FIXO DE CAIXA ................................................................................................................ 5546 - RETENO DE TRIBUTOS E CONTRIBUIES SOBRE PAGAMENTOS EFETUADOS APESSOAS JURDICAS POR RGOS, AUTARQUIAS E FUNDAES DAADMINISTRAO PBLICA FEDERAL ....................................................................................... 55

    47 - ARRENDAMENTO MERCANTIL - LEASING .............................................................................. 5748 - MARCAS E PATENTES ................................................................................................................... 5849 - AQUISIO E DISTRIBUIO DE BRINDES ............................................................................. 5950 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCRO - RECOLHIMENTO

    POR ESTIMATIVA ........................................................................................................................... 5951 - OPERAES DE COMPRA E VENDA EM UMA EMPRESA COMERCIAL ............................. 6252 - PROVISO PARA PAGAMENTO DE FRIAS DE EMPREGADOS ........................................... 67

    53 - PROVISO PARA O 13 SALRIO ................................................................................................ 6954 - AQUISIO DE BENS PARA O ATIVO IMOBILIZADO ATRAVS DO FINAME ................. 7155 - ADIANTAMENTOS PARA FUTURO AUMENTO DE CAPITAL ............................................... 7256 - AJUSTES CONTBEIS DE EXERCCIOS ANTERIORES ........................................................... 7357 - DEPSITOS JUDICIAIS .................................................................................................................. 7558 - ADIANTAMENTO PARA DESPESAS DE VIAGENS .................................................................. 7659 - AUMENTO DE CAPITAL COM LUCROS ACUMULADOS E RESERVA DE CORREO

    MONETRIA - ALTERAO CONTRATUAL ............................................................................. 7760 - DEMOLIO DE EDIFICAES .................................................................................................. 7861 - ATIVIDADE RURAL ....................................................................................................................... 7862 - ATIVIDADES IMOBILIRIAS - CUSTOS CONTRATADOS ..................................................... 8163 - CISO DE SOCIEDADES ............................................................................................................... 8364. LIQUIDAO DE SOCIEDADE MERCANTIL NO ANNIMA ................................................ 8665. FUNDO DE COMRCIO ("GOODWILL") ....................................................................................... 9466 - BENFEITORIAS E CONSTRUES EM PROPRIEDADES DE TERCEIROS TRATAMENTO

    CONTBIL ......................................................................................................................................... 9867 - REFIS - COMPENSAO DE PREJUZOS FISCAIS E BASE DE CLCULO NEGATIVA DA

    CSLL PRPRIOS E DE TERCEIROS TRATAMENTO CONTBIL ...........................................10268 - MQUINAS E EQUIPAMENTOS CONSTRUDOS PELA PRPRIA EMPRESA -

    CLASSIFICAO CONTBIL .......................................................................................................10469 - AQUISIO DE BENS PARA O ATIVO PERMANENTE - CRDITO DO ICMS ...................105

    70 - IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE - TRATAMENTO CONTBIL ...........................10771 - BONIFICAO EM MERCADORIAS - ASPECTOS CONTBEIS ...........................................10972 - INSS RETIDO SOBRE SERVIOS (11%) - TRATAMENTO CONTBIL ................................ 11073. VALE PEDGIO ..............................................................................................................................11174. REAVALIAO DE BENS .............................................................................................................11375. BENS SINISTRADOS - INDENIZAO DE SEGURO ................................................................11476 - TROCA OU PERMUTA DE BENS OU SERVIOS - ESCAMBO .............................................. 11577 - APLICAES FINANCEIRAS DE RENDA FIXA - CONTABILIZAO ................................11878. DIFERENA DE ICMS NA AQUISIO DE BENS ORIUNDOS DE OUTRO ESTADO ........12079. CONSIGNAO MERCANTIL - TRATAMENTO CONTBIL ..................................................12180 - VENDA DE BENS DO ATIVO PERMANENTE - APURAO DO GANHO OU PERDA DE

    CAPITAL .......................................................................................................................................... 12381 - DEVOLUO DE MERCADORIAS A FORNECEDORES - Contabilizao ............................ 124

    Prof. Enio Gehlen

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    82 - PIS/COFINS - SUBSTITUIO TRIBUTRIA NAS OPERAES COM VECULOS -Tratamento Contbil .......................................................................................................................... 125

    83 - VARIAO CAMBIAL DE DIREITOS E OBRIGAES Contabilizao .................................12684 - CHEQUE PR-DATADO - Aspectos Contbeis ........................................................................... 12785. COMODATO DE BENS MVEIS .................................................................................................. 128

    86. MTUOS (EMPRSTIMO DE DINHEIRO) ENTRE SCIOS E SOCIEDADESCONTABILIZAO ........................................................................................................................12987. PRMIO DE SEGUROS A APROPRIAR - CONTABILIZAO .................................................13188 - NT .....................................................................................................................................................13289 - JUROS REMUNERATRIOS DO CAPITAL PRPRIO ............................................................ 13290 - ISS - IMPOSTO SOBRE SERVIOS .............................................................................................13391 NT .......................................................................................................................................................13492 NT .......................................................................................................................................................13493. MATRIZ E FILIAIS - ASPECTOS CONTBEIS ...........................................................................13494. EXPORTAES ASPECTOS CONTBEIS .................................................................................. 14395. ESTOQUES - DIFERENA APURADA ENTRE O ESTOQUE FSICO E O CONTBIL -

    PROCEDIMENTOS ..........................................................................................................................15096. PIS CREDITOS NA MODALIDADE NO CUMULATIVA .........................................................15297 NT .......................................................................................................................................................15798. ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES - ASPECTOS CONTBEIS ......................................157

    Prof. Enio Gehlen

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    1 - FOLHA DE PAGAMENTO

    I - VALORES QUE COMPEM A FOLHA DE PAGAMENTO

    Na folha de pagamento, alm dos salrios dos funcionrios, constam tambm outros valores, tais como:frias, 13 salrio, INSS e IRRF descontados dos salrios, aviso prvio, valor do desconto relativo ao vale-transporte e s refeies e ainda o valor do FGTS incidente sobre os salrios.

    Podem, ainda, constar da folha de pagamento de salrios, as verbas pagas aos funcionrios por ocasioda resciso de contrato de trabalho.

    II - Observncia do Princpio Contbilda da Competncia

    Normalmente os salrios so pagos at o 5 dia til do ms seguinte ao de referncia, exceto os casosem que os acordos ou convenes coletivas estabelecem prazos menores. No entanto, a contabilizao da folhade pagamento de salrios deve ser efetuada observando-se o regime de competncia, ou seja, os salriosdevem ser contabilizados no ms a que se referem ainda que o seu pagamento seja efetuado no ms seguinte.

    No caso do valor relativo s frias e ao 13 salrio, a empresa deve apropriar estes valores mensalmenteem obedincia ao regime de competncia, efetuando a proviso para o pagamento dessas verbas. Se a empresano faz a proviso, esses valores sero apropriados como custo ou despesa por ocasio do respectivopagamento.

    III - Classificao Contbil

    Os salrios e encargos incidentes sobre os mesmos, classificam-se como despesas operacionais,quando referentes a funcionrios das reas comercial e administrativa, e como custo de produo quandoreferentes a funcionrios dos setores de produo.

    IV - Lanamentos Contbeis

    Considerando-se que o resumo de folha de pagamento de determinada empresa comercial apresente osseguintes dados:

    a) Folha de Pagamento de Salrios do Ms de Maro/99

    DESCRIO $

    Salrios 15.000,00Aviso Prvio indenizado 800,00Frias indenizadas 700,00Salrio-maternidade 1.800,00Salrio-famlia 30,0013 salrio quitao 500,00Total das verbas 18.830,00

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    Folha 6/158

    DESCONTOS $

    Adiantamento de salrio 6.000,00INSS sobre salrios 1.425,00INSS sobre 13 salrio 40,00Vale-transportes 740,00

    Vale-refeies 980,00Assistncia mdica 630,00Faltas e atrasos 90,00IRRF sobre salrios 710,00Contribuio Sindical 30,00Total dos descontos 10.645,00

    VALOR LQUIDO DA FOLHA DE PAGAMENTO $ 8.185,00

    b) Contribuio Previdenciria a Recolher

    INSS sobre salrios $ 4.200,00

    INSS sobre 13 salrio $ 130,00(=)INSS devido pela empresa $ 4.330,00(+)INSS descontado dos empregados $ 1.465,00(-) Salrio-famlia $ 30,00(-) Salrio-maternidade $ 1.800,00(=) Valor lquido a recolher $ 3.965,00

    c) Contribuio ao FGTS a Recolher

    Parcela incidente sobre a folha de pagamento $ 1.260,00(+) Contribuio ao FGTS sobre 13 salrio - resciso $ 40,00(=) Valor da contribuio ao FGTS devida $ 1.300,00

    Nota:1. A resciso de contrato de trabalho por dispensa sem justa causa, ocorrida no dia 31.03.99 e o pagamentoser feito at o 5 dia til subseqente;2. A contribuio ao FGTS sobre os salrios e sobre os valores devidos na resciso foi depositada nasrespectivas contas vinculadas;3. O adiantamento de salrio foi pago no dia 20.03.99, e sobre esse valor foi retido o IRRF no valor de $ 250,00;4. A empresa provisiona mensalmente o valor das frias, o 13 salrio e os encargos sociais.Teremos os seguintes lanamentos contbeis:

    a) Pelo valor do adiantamento de salrio pago no dia 20.03.99:

    D - ADIANTAMENTO DE SALRIOS (Ativo Circulante) $6.000,00

    C - IRRF A RECOLHER (Passivo Circulante) $ 250,00C - BANCO CONTA MOVIMENTO (Ativo Circulante) $ 5.750,00

    b) Pelo pagamento do IRRF sobre o adiantamento:

    D - IRRF A RECOLHER (Passivo Circulante)C - BANCO CONTA MOVIMENTO (Ativo Circulante) $ 250,00

    c) Pela proviso dos valores relativos aos salrios e ao aviso prvio indenizado:

    D - GASTOS COM PESSOAL (Resultado)C - SALRIOS E ORDENADOS A PAGAR (Passivo Circulante) $ 15.800,00

    d) Pela baixa da proviso para frias e encargos incidentes sobre essa verba, pelo valor a serpago na resciso, tendo em vista que esses valores j foram provisionados anteriormente:

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    Folha 8/158

    D - GASTOS COM PESSOAL (Resultado)INSS - empresa $ 4.200,00D - PROVISO PARA DCIMO TERCEIRO E ENCARGOS SOCIAIS (P Circulante) $ 130,00C - INSS A RECOLHER (Passivo Circulante) $ 4.330,00

    o) Pelo pagamento dos salrios pelo valor de $ (total lquido da folha de $ 8.185,00 menos os

    valores a pagar em resciso de contrato de $ 2.000,00):

    D - SALRIOS E ORDENADOS A PAGAR (Passivo Circulante)C - BANCO CONTA MOVIMENTO (Ativo Circulante) $ 6.185,00

    p) Pelo pagamento das verbas rescisrias (aviso prvio, 13 salrio e frias):

    D - SALRIOS E ORDENADOS A PAGAR (Passivo Circulante)C - BANCO CONTA MOVIMENTO (Ativo Circulante) $ 2.000,00

    q) Pelo pagamento do FGTS:

    D - FGTS A RECOLHER (Passivo Circulante)C - BANCO CONTA MOVIMENTO (Ativo Circulante) $ 1.300,00

    r) Pelo pagamento do INSS:

    D - INSS A PAGAR (Passivo Circulante)C - BANCO CONTA MOVIMENTO (Ativo Circulante) $ 3.965,00

    s) Pelo pagamento da Contribuio Sindical:

    D - CONTRIBUIO SINDICAL A PAGAR (Passivo Circulante)

    C - BANCO CONTA MOVIMENTO (Ativo Circulante) $ 30,00

    t) Pelo pagamento do IRRF:

    D IRRF A RECOLHER (Passivo Circulante)C - BANCO CONTA MOVIMENTO (Ativo Circulante) $ 710,00

    2 - ICMS EM CONTAS DE ENERGIA ELTRICA E TELECOMUNICAES

    I - Direito a CrditoAs faturas de energia eltrica e telecomunicaes contm o ICMS destacado, incidente sobre o montante

    da tarifa cobrada pela concessionria.O ICMS destacado nessas faturas passvel de aproveitamento como crdito recupervel pela empresaindustrial.

    II - ContabilizaoNa contabilizao, a empresa dever registrar como custo ou despesa operacional, o valor da fatura de

    energia eltrica ou da fatura do servio de telecomunicao, diminudo do valor do ICMS que estiver destacadonas respectivas faturas. O valor do ICMS ser registrado em conta grfica, a dbito de uma conta do ativocirculante que pode ser intitulada como "ICMS a Recuperar".Admitindo-se que as faturas de energia eltrica e de servios de telecomunicaes de determinada empresaapresentem os seguintes dados:

    a) Valor da fatura de energia eltrica $ 2.500,00Prof. Enio Gehlen

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    b) Valor do ICMS na fatura de energia eltrica $ 625,00c) Valor da fatura de servios de telecomunicaes $ 1.400,00d) Valor do ICMS na fatura de servios de telecomunicaes $ 350,00Temos os seguintes lanamentos contbeis:A) Pelos valores constantes da fatura de energia eltrica:D - ENERGIA ELTRICA (Custo/Despesa - Resultado) $ 1.875,00

    D - ICMS A RECUPERAR (Ativo Circulante) $ 625,00C - CONTAS A PAGAR (Passivo Circulante) $ 2.500,00B) Pelos valores constantes da fatura de servios de telecomunicaes:D - TELECOMUNICAES (Custo/Despesa Resultado) $ 1.050,00D - ICMS A RECUPERAR (Ativo Circulante) $ 350,00C - CONTAS A PAGAR (Passivo Circulante) $ 1.400,00

    Nota: sobre a forma de utilizao do crdito de ICMS, verificar a legislao do Estado pertinente ao assunto.

    3 - PROVISO PARA PAGAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA

    I - Obrigatoriedade da Constituio da ProvisoPor ocasio do encerramento do perodo-base de apurao do imposto, a pessoa jurdica tributada com

    base no regime do lucro real dever constituir a proviso para pagamento do Imposto de Renda, inclusive sobrelucros diferidos, desse mesmo perodo.

    II - Classificao ContbilContabilmente, a classificao da proviso para pagamento do Imposto de Renda dever ser:

    a) no passivo circulante - referente ao Imposto de Renda incidente sobre a parcela de lucrosque se tornar exigvel at o final do perodo-base seguinte;

    b)passivo exigvel a longo prazo - referente ao Imposto de Renda incidente sobre a parcela dolucro diferido que se tornar exigvel aps o final do perodo-base seguinte.

    Imaginemos que determinada empresa tenha apresentado a seguinte situao no ano-calendrio encerrado em31 de dezembro de 1998:a) lucro lquido antes do Imposto de Renda $ 120.000,00b) adies ao lucro lquido $ 16.600,00c) excluses do lucro lquido $ 25.900,00d) no curso do ano-calendrio foi recolhido de Imposto de Renda estimado aimportncia de

    $ 12.280,00.

    e) valor do incentivo fiscal ao PAT $ 664,20

    O clculo da proviso para pagamento do Imposto de Renda ser efetuado do seguinte modo:

    I - Determinao do lucro real conforme segue:Lucro lquido antes do Imposto de Renda $ 120.000,00(+) adies ao lucro lquido $ 16.600,00(-) excluses do lucro lquido $ 25.900,00(=) lucro real $ 110.700,00

    II - clculo do Imposto de Renda sobre o lucro real apurado:Lucro real $ 110.700,00(X) alquota 15% $ 16.605,00

    III - compensao e dedues do Imposto de Renda apurado:Imposto de Renda apurado $ 16.605,00(-) Programa de alimentao do trabalhador $ 664,20(-) Imposto de Renda mensal $ 12.280,00(=) Imposto de Renda a recolher $ 3.660,80

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    IV - Os lanamentos contbeis podero ser efetuados do seguinte modo:

    a) pela constituio da proviso para pagamento do Imposto de Renda (Imposto de Rendaapurado:$ 16.605,00 - PAT:$ 664,20 = Valor da proviso: $ 15.940,80 ):

    D - RESULTADO DO EXERCCIO (Conta Transitria)C - PROVISO PARA IMPOSTO DE RENDA (Passivo Circulante) $ 15.940,80

    b) pela compensao do Imposto de Renda recolhido por estimativa:

    D - PROVISO PARA IMPOSTO DE RENDA (Passivo Circulante)C - IMPOSTO DE RENDA A COMPENSAR (Ativo Circulante) $ 12.280,00

    c) pelo pagamento do saldo do imposto:

    D - PROVISO PARA IMPOSTO DE RENDA (Passivo Circulante)

    C - CAIXA/BANCO (Ativo Circulante) $ 3.660,80III - Falta ou Insuficincia da Proviso

    Se a empresa no tiver constitudo a proviso para o Imposto de Renda no encerramento do perodo-base, ou a tiver contabilizado por um valor inferior ao imposto devido, deve regularizar tal situao no perodo-base seguinte mediante lanamento contbil de ajuste cujos efeitos retroagem ao incio desse perodo-base. Sea empresa apurar o lucro real mensalmente, esse ajuste deve ser feito no ms seguinte quele a que se referir aproviso que est sendo regularizada.

    Neste caso, a proviso contabilizada intempestivamente ou o seu complemento, se for o caso, tem comocontrapartida um dbito conta de lucros ou prejuzos acumulados no Patrimnio Lquido.

    4 - CONSTITUIO DA EMPRESA

    A constituio de uma empresa consiste, primeiramente, no arquivamento de seus atos constitutivos noRegistro do Comrcio ou no Registro Civil das Pessoas Jurdicas.

    Para abertura da escrita contbil da empresa, tem-se os lanamentos de subscrio do capital e, emseguida, a integralizao total ou parcial do capital subscrito, pois no se pode admitir que a empresa comecesuas atividades sem que ao menos uma parte do capital subscrito pelos scios seja integralizada.A integralizao do capital social poder ser efetuada em dinheiro ou em bens mveis ou imveis suscetveis deavaliao em dinheiro.

    Admitindo-se que os scios Joo da Silva e Jos de Souza constituram uma sociedade por quotas deresponsabilidade limitada, cuja clusula do contrato social, relativa forma da realizao do capital, est redigidada seguinte forma:

    Clusula 4 - O capital social de $ 500.000,00 (quinhentos mil reais), dividido em 500.000 (quinhentas mil)quotas de $ 1,00 (um real) cada uma, a ser integralizado da seguinte forma:

    a) Joo da Silva, 250.000 (duzentas e cinqenta mil) quotas de $ 1,00 (um real) cada uma,totalizando $ 250.000,00 (duzentos e cinqenta mil reais), sendo que: 100.000 (cem mil) quotas,totalizando $ 100.000,00 (cem mil reais) integralizadas neste ato em moeda corrente do Pas, e;150.000 (cento e cinqenta mil) quotas, totalizando $ 150.000,00 (cento e cinqenta mil reais) aser integralizadas no prazo de 60 (sessenta) dias em moeda corrente do Pas;

    b) Jos de Souza, 250.000 (duzentos e cinqenta mil) quotas de $ 1,00 (um real) cada uma,totalizando $ 250.000,00 (duzentos e cinqenta mil reais) integralizadas neste ato, medianteincorporao sociedade de um imvel avaliado nesse mesmo valor, conforme laudo pericialcom destaque para as seguintes parcelas: $ 80.000,00 (oitenta mil reais) para o terreno e $170.000,00 (cento e setenta mil reais) para as edificaes.

    Prof. Enio Gehlen

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    Folha 11/158

    Assim, temos os seguintes registros contbeis:

    I - Pela subscrio do capital social:D - CAPITAL SOCIAL A REALIZAR (Patrimnio Lquido)C - CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO (Patrimnio Lquido) 500.000,00

    Valor do capital subscrito no valor de $ 500.000,00, dividido em 500.000 quotas de $ 1,00 cada uma,conforme o contrato arquivado na Junta Comercial, cabendo 250.000 quotas ao scio Joo da Silva e 250.000quotas ao scio Jos de Souza.

    II - Pelo valor integralizado do capital em dinheiro:D - CAIXA (Ativo Circulante)C - CAPITAL SOCIAL A REALIZAR (Patrimnio Lquido) 100.000,00

    Valor da integralizao parcial, em moeda corrente, das quotas do scio Joo da Silva.

    III - Pela integralizao do capital em bens:D - EDIFICAES (Ativo Imobilizado) 170.000,00D - TERRENOS (Ativo Imobilizado) 80.000,00C - CAPITAL SOCIAL A REALIZAR (Patrimnio Lquido) 250.000,00

    Valor da incorporao ao patrimnio da sociedade, para integralizao das quotas do scio Jos deSouza, do imvel localizado ........ devidamente avaliado por laudo pericial.

    IV - Pela integralizao do saldo das quotas do scio Joo da Silva, no prazo de 60 dias:D - CAIXA (Ativo Circulante)C - CAPITAL SOCIAL A REALIZAR (Patrimnio Lquido) 150.000,00

    Valor da integralizao do saldo das quotas do scio Joo da Silva, conforme cheque de sua emisson .... do Banco .....

    5 - FOMENTO MERCANTIL (FACTORING)

    I - ConceitoA faturizao consiste, na sua forma genuna, na venda da carteira ou parte dela, derivada de

    faturamento a prazo de uma empresa. Essa venda efetuada com a condio de o comprador arcar com todosos gastos necessrios cobrana, bem como com todo o risco por eventuais inadimplncias dos clientes.

    O art. 28, 1, alnea c.4, da Lei n 8.981/95, definiu factoring como a prestao cumulativa e contnuade servios de assessoria creditcia, mercadolgica, gesto de crdito, seleo de riscos, administrao decontas a pagar e a receber, compras de direitos creditrios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de

    prestao de servios.

    II - Tratamento FiscalO Ato Declaratrio Normativo da Coordenao Geral do Sistema de Tributao (Cosit) n 51/94, definiu que naalienao de duplicatas empresa de factoring deve ser observado o seguinte:

    a) - a diferena entre o valor de face e o valor de venda do ttulo de crdito empresa de factoring sercomputada como despesa operacional na data da transao;

    b) - a receita obtida pela empresa de factoring, representada pela diferena entre a quantia expressa nottulo de crdito adquirido e o valor pago, dever ser reconhecida, para efeito de apurao do lucro lquido doperodo, na data da operao.A definio importante porque havia controvrsia se a diferena representava ganho financeiro ou receita deservio, para a empresa de factoring. Se fosse ganho financeiro, a alienante da duplicata teria que apropriar a

    despesa pelo critrio de pro rata tempore e a empresa de factoring apropriaria a receita pelo mesmo critrio.A Receita Federal entende que a diferena entre o valor de face da duplicata e o valor de aquisio representareceita de servio da empresa de factoring.

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    Folha 14/158

    120 B 15.000,00 09.02.98

    130 C 10.000,00 12.02.98

    140 D 7.000,00 20.02.98

    TOTAL $ 37.000,00Percentagem contratada sobre o valor do border = 85%

    I) Pela remessa das duplicatas para o banco:D - DUPLICATAS CAUCIONADAS (Conta de Compensao Ativa)C - ENDOSSOS PARA CAUO (Conta de Compensao Passiva) $ 37.000,00

    II) Recebido o border, o banco credita na conta corrente da pessoa jurdica a percentagem preestabelecida -85% do valor total do border:$ 37.000,00 X 85% = $ 31.450,00D - BANCO CONTA MOVIMENTO (Ativo Circulante)C - EMPRSTIMO CAUCIONADO (Passivo Circulante) $ 31.450,00

    III) Considerando-se que o Banco XYZ S/A receba a duplicata n 100 da Empresa "A", no valor de $ 5.000,00,com vencimento em 05.02.98, temos:

    a) Pela baixa do valor da conta de compensao:

    D - ENDOSSOS PARA CAUO (Conta de Compensao Passiva)C - DUPLICATAS CAUCIONADAS (Conta de Compensao Ativa) $ 5.000,00

    b) Pela amortizao do emprstimo junto ao Banco XYZ S/A:

    D - EMPRSTIMO CAUCIONADO (Passivo Circulante)C - CLIENTES (Ativo Circulante) $ 5.000,00

    IV) Pelo valor das despesas bancrias, no valor de $ 350,00, debitadas pelo banco:D - DESPESAS BANCRIAS (Conta de Resultado)C - BANCO CONTA MOVIMENTO (Ativo Circulante) $ 350,00

    Nota: por ocasio do recebimento das demais duplicatas sero efetuados os mesmos lanamentos.Aps o recebimento da duplicata no valor de $ 5.000,00 da Empresa "A", a situao do emprstimo caucionadoficou sendo a seguinte:

    Saldo devedor na conta de emprstimo caucionado:$ 31.450,00 - $ 5.000,00 = $ 26.450,00

    Montante das duplicatas em poder do banco:$ 37.000,00 - $ 5.000,00 = $ 32.000,00

    Valor do novo emprstimo:$ 32.000,00 X 85% = $ 27.200,00

    No caso, a empresa est devendo $ 26.450,00, e as duplicatas em poder do Banco do cobertura paraum emprstimo no valor de $ 27.200,00, portanto a empresa pode solicitar ao banco XYZ S/A que credite essaquantia na sua conta movimento.

    A empresa poder tambm optar pelo restabelecimento do valor inicial, enviando ao banco um novoborder de $ 5.000,00, passando a ter assim a possibilidade de um novo emprstimo no valor de $ 31.450,00 ,uma vez que o valor das duplicatas em poder do banco com a nova remessa passa a ser de $ 37.000,00(37.000,00 X 85% = 31.450,00).

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    8 - PERDAS NO RECEBIMENTO DE CRDITOS

    I - CRDITOS QUE PODERO SER REGISTRADOS COMO PERDA

    A pessoa jurdica poder registrar como perda os crditos (art. 9 da Lei n 9.430/97):

    a) em relao aos quais tenha havido a declarao de insolvncia do devedor, em sentenaemanada do Poder Judicirio;b) sem garantia, observados os limites de valor e temporal;c) com garantia, observado o limite temporal;d) contra devedor declarado falido ou pessoa jurdica declarada concordatria.

    1 - Crditos Sem GarantiaA pessoa jurdica poder registrar como perda os crditos sem garantia, de valor:

    a) at $ 5.000,00 (cinco mil reais), por operao, vencidos h mais de seis meses,independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento;

    b) acima de $ 5.000,00 (cinco mil reais) at $ 30.000,00 (trinta mil reais) por operao, vencidosh mais de um ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seurecebimento, porm mantida a cobrana administrativa;

    c) acima de $ 30.000,00 (trinta mil reais), vencidos h mais de um ano, desde que iniciados emantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento.

    2 - Crditos Com GarantiaA pessoa jurdica poder registrar como perda os crditos com garantia, vencidos h mais de dois anos,

    desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias.Considera-se crdito garantido o proveniente de vendas com reserva de domnio, de alienao fiduciria

    em garantia ou de operaes com outras garantias reais.

    3 - Crditos Contra Devedor Declarado Falido ou ConcordatrioA pessoa jurdica poder registrar como perda os crditos contra devedor declarado falido ou pessoa

    jurdica declarada concordatria, em relao parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido apagar, observado o seguinte:

    a) a deduo da perda ser admitida a partir da data da decretao da falncia ou da concessoda concordata, desde que a credora tenha adotado os procedimentos judiciais necessrios parao recebimento do crdito;

    b) a parcela do crdito, cujo compromisso de pagar no houver sido honrado pela empresaconcordatria, poder tambm ser deduzido como perda, nas condies mencionadas neste

    item.

    Assim, se o crdito contra empresa concordatria for de $ 12.000,00 e o compromisso para pagamentofor de $ 10.000,00, a diferena de $ 2.000,00 poder ser registrada como perda. Caso a empresa concordatriano honre o compromisso do pagamento do crdito, a parcela correspondente poder tambm ser registradacomo perda. No caso acima, a pessoa jurdica poder tambm deduzir a parcela do crdito correspondente a $10.000,00.

    II - Registro Contbil

    a) Tratando-se de crditos sem garantia de valor, at $ 5.000,00, por operao, vencidos hmais de seis meses, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seurecebimento, o registro contbil ser feito a dbito da conta de resultado e a crdito da conta que

    registra o crdito:

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    D - PERDAS NO RECEBIMENTO DE CRDITOS (Conta de Resultado)C - DUPLICATAS A RECEBER (Ativo Circulante)

    b) Quando o crdito for acima de $ 5.000,00 e at $ 30.000,00, por operao vencidos h maisde um ano e mantida a cobrana administrativa, o registro contbil ser feito a dbito de contade resultado representativa da perda e a crdito de conta redutora do crdito correspondente:

    D - PERDAS NO RECEBIMENTO DE CRDITOS (Conta de Resultado)C - CRDITOS DE LIQUIDAO DUVIDOSA (Conta Redutora - Ativo Circulante)

    Os valores registrados na conta redutora do crdito podero ser baixados definitivamente emcontrapartida conta que registre o crdito, a partir do perodo de apurao que se completar cinco anos dovencimento do crdito sem que o mesmo tenha sido liquidado pelo devedor. Assim, o registro contbil serefetuado da seguinte forma:

    D - CRDITOS DE LIQUIDAO DUVIDOSA (Conta Redutora - Ativo Circulante)C - DUPLICATAS A RECEBER (Ativo Circulante)

    9 - REPAROS, CONSERVAO OU SUBSTITUIO DE PARTES E PEASDE BENS DO ATIVO IMOBILIZADO

    I - Bens Totalmente DepreciadosOs gastos com reparos, conservao e substituio de partes e peas de bens do Ativo Imobilizado que

    impliquem aumento da vida til do bem, a que sejam relacionados e desde que relevantes, ou seja, em valorsuperior a $ 326,62, devero ser ativados e depreciados conforme o prazo de vida til previsto.

    No caso de bens j totalmente depreciados, o valor a ser ativado referente ao aumento da vida til emdecorrncia de reparos, conservao de partes e peas, aquele equivalente aos gastos, inclusive despesasacessrias.

    II - Bens Com Vida til em CursoSe, dos gastos mencionados neste texto, resultar aumento da vida til prevista para o bem, tais gastos

    devero ser incorporados ao valor do bem, desde que relevantes.Neste caso, para fins de depreciao do novo valor contbil, no novo prazo de vida til previsto para o bemrecuperado, deve ser observado o seguinte:

    a) aplicar o percentual de depreciao correspondente parte no depreciada do bem sobre oscustos de substituio das partes ou peas;

    b) apurar a diferena entre o total dos custos de substituio e o valor determinado conforme aletra "a";

    c) escriturar o valor apurado na letra "a" a dbito de contas de resultado;

    d) escriturar o valor de "b" a dbito da conta do Ativo Imobilizado que registre o bem, o qual terseu novo valor contbil deprecivel no novo prazo de vida til previsto.

    Para melhor compreenso do que foi exposto, elaboramos um exemplo, tendo em vista os seguintesdados:a) Custo de substituio de peas em uma mquina $ 62.000,00b) Valor contbil da mquina $ 200.000,00c) Valor da depreciao acumulada $ 160.000,00 = 80%d) Parte no depreciada $ 40.000,00 = 20%1 Passo: aplicar o percentual de 20% sobre o valor de $ 62.000,00:

    $ 62.000,00 X 20% = $ 12.400,002 Passo: Registrar esse valor a dbito de contas de resultado:D - DESPESAS COM MANUTENO (Conta de Resultado)

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    C - FORNECEDORES (Passivo Circulante) 12.400,003 Passo: Determinar a diferena entre o custo de substituio e o valor apuradono 1 passo:Custo total $ 62.000,00(-) Despesa apropriada $ 12.400,00(=) Valor a ser ativado $ 49.600,00

    4 Passo: Registrar esse valor na conta do Ativo Permanente:D - MQUINAS E EQUIPAMENTOS (Ativo Permanente)C - FORNECEDORES (Passivo Circulante) 49.600,00

    10 - EXAUSTO DE RECURSOS MINERAIS

    A diminuio de recursos minerais resultante da sua explorao ser computada como custo ou encargoem cada perodo de apurao do Imposto de Renda.

    A sistemtica para a determinao da quota anual de exausto semelhante quela aplicada no clculodo encargo anual de depreciao.

    A base de clculo da quota anual de exausto o custo de aquisio dos recursos minerais explorados.valor contbil da jazida $ 30.000,00exausto acumulada $ 6.000,00possana conhecida da jazida 5.000 toneladasproduo do perodo 750 toneladasprazo para trmino da concesso 8 anos

    O encargo de exausto a ser apropriado como custo do perodo ser calculado do seguinte modo:

    a) relao entre a produo no perodo e a possana conhecida da mina:

    750 ton. x 100 / 5.000 ton. = 15%

    $ 30.000,00 x 15% = $ 4.500,00

    b) prazo para trmino da concesso:

    100 / 8 = 12,5%

    $ 30.000,00 x 12,5% = $ 3.750,00

    No exemplo, o prazo para trmino da concesso de 8 (oito) anos e, assim sendo, o encargo a sercontabilizado ser no valor de $ 4.500,00, uma vez que a jazida estar exaurida antes do trmino do prazo deconcesso.

    Se, por outro lado, o volume de produo do perodo fosse de 500 toneladas, o clculo da quota deexausto seria efetuado em funo do prazo de concesso para explorao da jazida.Assim teremos o seguinte lanamento contbil:D - DESPESAS DE EXAUSTO (Resultado)C - EXAUSTO ACUMULADA (Ativo Permanente)

    11 - EXAUSTO DE RECURSOS FLORESTAIS

    A quota de depreciao utilizada quando a floresta destinada explorao dos respectivos frutos.Neste caso, o custo de aquisio ou formao da floresta depreciado em tantos anos quantos forem os deproduo de frutos. A amortizao, por sua vez, utilizada para os casos de aquisio de floresta de propriedade

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    de terceiros, apropriando-se o custo ou encargo ao longo do perodo determinado, contratado para a explorao.Por fim, na hiptese de floresta prpria, o custo de sua aquisio ou formao ser objeto de quotas deexausto, medida e na proporo em que seus recursos forem sendo exauridos. Da mesma forma, serolanadas quotas de exausto quando a floresta pertencer a terceiro e for explorada em funo de contrato porprazo indeterminado.

    Para o clculo da quota de exausto de recursos florestais, devero ser observados os seguintes

    critrios:

    a) apurar-se-, inicialmente, o percentual que o volume dos recursos florestais utilizados ou aquantidade de rvores extradas durante o perodo representa em relao ao volume ou quantidade de rvores que no incio do perodo compunham a floresta;

    b) o percentual encontrado ser aplicado sobre o valor da floresta, registrado no ativo, e oresultado ser considerado como custo dos recursos florestais extrados.

    I - Floresta NaturalTratando-se de floresta natural, a quota de exausto ser determinada mediante relao percentual entre osrecursos florestais extrados no perodo e o volume dos recursos florestais existentes no incio do mesmoperodo.

    Floresta Natural = X * 100 / y = %onde:X = rea explorada no perodoy = rea total dos recursos no incio do perodo

    Exemplo:Suponhamos que no incio do ano-calendrio de 1999 a empresa possua 80 hectares de florestas naturais e aquantidade extrada no ms de janeiro de 1999 correspondeu a uma rea de 5 hectares. O percentual deexausto ser calculado do seguinte modo:5 ha x 100 / 80 ha = 6,25%

    Dando seqncia ao exemplo, imaginemos que a empresa apresente os seguintes dados:valor contbil da floresta em 31.12.98 $ 400.000,00exausto acumulada at 31.12.98 $ 100.000,00Clculo da quota de exausto:$ 400.000,00 x 6,25% = 25.000,00

    O registro contbil da quota de exausto no ms de janeiro de 1999 ser feito do seguinte modo:D - EXAUSTO DE RECURSOS FLORESTAIS (Resultado)C - EXAUSTO ACUMULADA (Ativo Permanente) 25.000,00

    II - Floresta PlantadaNo caso de floresta plantada, a quota de exausto ser determinada mediante a relao percentual existenteentre a quantidade de rvores extradas durante o perodo de apurao e a quantidade existente no incio dessemesmo perodo.Floresta Plantada =A x 100 / B = %A = nmero de rvores extradas no perodo de apuraoB = nmero de rvores existentes no incio do perodo de apurao

    Exemplo:Suponhamos que o nmero de rvores cortadas no ms de janeiro de 1999 tenha atingido 10.000 unidades eque a quantidade existente no incio desse mesmo perodo era de 80.000 rvores. O percentual de exaustoser calculado do seguinte modo:10.000 x 100 / 80.000 = 12,5%

    Considerando-se que o valor contbil da floresta em 31.12.98 era de $ 250.000,00, o valor do encargo deexausto corresponder a:

    250.000,00 x 12,5% = 31.250,00

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    O lanamento contbil no ms de janeiro de 1999 poder ser feito do seguinte modo:D - EXAUSTO DE RECURSOS FLORESTAIS (Resultado)C - EXAUSTO ACUMULADA (Ativo Permanente) 31.250,00

    12 - AJUSTES CONTBEIS DE EXERCCIOS ANTERIORES

    Os registros dos fatos contbeis so suscetveis de erros, que podero ou no interferir na apurao doresultado e, conseqentemente, na base imponvel do Imposto de Renda relativo ao exerccio em determinadoperodo.

    Partindo do pressuposto de que a escriturao contbil a fonte de informaes para a apurao dolucro ou prejuzo fiscal, qualquer erro no registro de um fato, via de regra, poder provocar o aumento oudiminuio do imposto devido em determinado exerccio.

    I - Critrio Para Utilizao da Conta Ajustes de Exerccios AnterioresSegundo a Lei da S/A, o lucro lquido do exerccio no deve estar influenciado por efeitos que pertenam

    a exerccios anteriores, ou seja, devero transitar pelo balano de resultados somente os valores que competem

    ao respectivo perodo.Como ajustes de exerccios sero considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudana de critriocontbil, ou da retificao de erro imputvel a determinado exerccio anterior, e que no possam ser atribudos afatos subseqentes.

    1 - Mudana de Critrio Contbil

    A modificao de mtodos ou critrios contbeis podero ter ou no efeitos relevantes e, tambm,podero influenciar ou no a apurao do lucro lquido do exerccio.Observe-se que quando a modificao de mtodos ou critrios contbeis afetar a apurao do lucro lquido doexerccio, o efeito correspondente dever ser lanado, conforme o caso, a dbito ou a crdito da conta de"Lucros ou Prejuzos Acumulados".

    O Manual de Contabilidade da Fipecafi cita os seguintes exemplos de alteraes de critrios contbeis:

    a) alterao do mtodo de avaliao dos estoques (do custeio direto para o custeio por absoroou do FIFO para o mdio, etc.);

    b) passagem do regime de caixa para o de competncia, na contabilizao do Imposto de Renda(e outros passivos);

    c) mudana no mtodo de avaliao dos investimentos (do mtodo do custo para o daequivalncia patrimonial).

    2 - Retificao de Erros de Exerccios Anteriores

    A retificao de erros de exerccios anteriores poder afetar, tambm, o lucro lquido do exerccio. Nessecaso, o valor correspondente a retificao ser lanado, conforme o caso, a dbito ou a crdito da conta de"Lucros ou Prejuzos Acumulados". Note-se que os ajustes so aqueles resultantes de efeitos na retificao deerro imputvel a determinado exerccio anterior e que no possam ser atribudos a fatos subseqentes.

    O Manual de Contabilidade da Fipecafi adverte que se deve ter bastante cautela e prudncia pararegistrar ajustes por erros de exerccios anteriores diretamente na conta de Lucros Acumulados, e no se devedar esse tratamento a pequenos valores.

    II - Erros Com Contas Patrimoniais

    Regra geral, os erros cometidos com contas patrimoniais, tais como inverso de lanamento,contrapartida a dbito em conta indevida ou contrapartida a crdito em conta indevida, no provocam influnciana determinao do lucro e, por inferncia, no resultado tributvel do exerccio.

    O reflexo na determinao do resultado do exerccio, via de regra, s ocorre quando a contrapartida dascontas patrimoniais transitar pelo balano de resultados e, conseqentemente, se traduzem em aumento,reduo ou postergao do pagamento do Imposto de Renda.

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    III - Aumento Indevido do Resultado na Escriturao Contbil

    Os erros contbeis mais comuns que se traduzem em aumento indevido do resultado podem ocorrerdevido a:

    a) despesa lanada a menor do que a efetivamente paga ou incorrida;

    b) receita lanada a maior ou manuteno na contabilidade de valor de receita, cuja nota fiscal jfoi objeto de cancelamento;

    c) falta de registro referente a baixa de bens do ativo permanente.

    Fora os casos retro descritos, bvio, existem outros que podem causar distores na determinao doresultado.

    IV - Procedimento Contbil Para Regularizao do ErroSupondo-se que os erros que provocam aumento indevido do resultado tenham sido detectados aps o

    encerramento do perodo, o procedimento contbil a ser seguido pela empresa ser o seguinte:

    a) lanamento de ajuste a dbito da conta "Ajustes de Exerccios Anteriores";

    b) transferncia do valor do ajuste da conta "Ajustes de Exerccios Anteriores" para a conta"Lucros ou Prejuzos Acumulados";

    c) diminuir do valor a ser retificado a parcela correspondente ao Imposto de Renda.

    Exemplo:Considerando-se que no ano-calendrio de 1998 a empresa, inadvertidamente, no efetuou o registro

    contbil referente ao cancelamento de uma nota fiscal no valor de $ 60.000,00, ocorrendo a sua regularizao no

    perodo subseqente.

    Os ajustes contbeis, no exemplo proposto, sero efetuados da seguinte forma:D - AJUSTES DE EXERCCIOS ANTERIORES (Patrimnio Lquido)C- DUPLICATAS A RECEBER (Ativo Circulante) 60.000,00Valor relativo baixa da duplicata n ..... referente a nota fiscal n ..... de ........ cancelada.

    D - LUCROS OU PREJUZOS ACUMULADOS (Patrimnio Lquido)C - AJUSTES DE EXERCCIOS ANTERIORES (Patrimnio Lquido) 60.000,00Transferncia referente ajustes efetuados no perodo de 1998:

    D - PROVISO PARA IMPOSTO DE RENDA (Passivo Circulante)

    C- LUCROS OU PREJUZOS ACUMULADOS (Patrimnio Lquido) 9.000,00Valor relativo Imposto de Renda calculado sobre o valor contido no resultado do ano-calendrio de 1998 ($60.000,00 x 15%).

    Caso no haja saldo na conta de proviso para Imposto de Renda, em virtude da empresa j ter efetuadoo pagamento do mesmo, o ajuste dever ser efetuado, tendo como contrapartida a conta de impostos arecuperar no Ativo Circulante.II - Na hiptese em que os erros que provocam a reduo indevida do resultado tenham sido detectados aps otrmino do exerccio, o procedimento contbil a ser seguido pela empresa ser o seguinte:

    a) lanamento de ajuste a crdito da conta "Ajustes de Exerccios Anteriores";

    b) transferncia do valor do ajuste da conta "Ajustes de Exerccios Anteriores" para a conta"Lucros ou Prejuzos Acumulados";

    c) diminuir do valor a ser retificado a parcela correspondente ao Imposto de Renda.

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    D - VECULOS (Ativo Permanente)C- AJUSTES DE EXERCCIOS ANTERIORES (Patrimnio Lquido) 10.000,00Valor relativo nota fiscal n .... de ....... da Reformadora Alfa Ltda. referente a reforma do veculomarca.....tipo.....motor....., cujo lanamento ora regularizamos.

    D - AJUSTES DE EXERCCIOS ANTERIORES (Patrimnio Lquido)C- LUCROS OU PREJUZOS ACUMULADOS (Patrimnio Lquido) 10.000,00Transferncia referente ajustes efetuados no ano-calendrio de 1997.

    D - LUCROS OU PREJUZOS ACUMULADOS (Patrimnio Lquido)C - PROVISO PARA IMPOSTO DE RENDA (Passivo Circulante) 1.500,00Valor relativo Imposto de Renda incluso no valor retificado ($ 10.000,00 x 15%)

    13 - ASSINATURA DE JORNAIS E REVISTAS comum as empresas adquirirem assinaturas de jornais, revistas e outras publicaes tcnicas, por

    perodos semestrais ou anuais e cujo pagamento ocorre antecipadamente, ou seja, antes da gerao dobenefcio.

    De acordo com o artigo 179 da Lei n 6.404/76, as aplicaes de recursos em despesas do exerccioseguinte sero classificadas no ativo circulante, no subgrupo de despesas antecipadas. O valor da despesaincorrida ser apropriada ao resultado do exerccio, mediante observncia do princpio contbil da competncia.

    No caso da vigncia da assinatura, ser por um perodo que ultrapasse o exerccio social seguinte, aparcela das despesas que devero ser apropriadas aps o trmino do exerccio social seguinte, devero serclassificadas no grupo Realizvel a Longo Prazo.Considerando-se que determinada empresa tenha adquirido uma assinatura de revista em 01.10.98, pelo valor vista de $ 600,00, cuja vigncia da assinatura de 12 meses, teremos os seguintes lanamentos contbeis:

    a) Pelo pagamento da assinatura em 01.10.98:

    D - DESPESAS ANTECIPADAS (Ativo Circulante)C - CAIXA/BANCO (Ativo Circulante) 600,00

    b) Pela apropriao mensal da despesa:

    D - DESPESAS COM ASSINATURAS DE JORNAIS E REVISTAS (Resultado)C - DESPESAS ANTECIPADAS(Ativo Circulante) 50,00Nota: 600,00 : 12 = 50,00

    Caso a empresa tivesse optado pelo pagamento da assinatura em trs parcelas de $ 200,00, teremos:

    a) Pela aquisio da assinatura:

    D - DESPESAS ANTECIPADAS (Ativo Circulante)C - FORNECEDOR (Passivo Circulante) 600,00

    b) Pelo pagamento das parcelas:

    D - FORNECEDOR (Passivo Circulante)C - CAIXA/BANCO (Ativo Circulante) 200,00

    c) Pela apropriao mensal da despesa:

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    D - DESPESAS COM ASSINATURAS DE JORNAIS E REVISTAS (Resultado)C - DESPESAS ANTECIPADAS (Ativo Circulante) 50,00.

    14 - EMPRSTIMO COMPULSRIO SOBRE COMBUSTVEIS E VECULOS

    A atualizao monetria mensal dos valores referentes ao emprstimo compulsrio sobre combustveis eveculos, ser calculada com base nos critrios de apurao dos rendimentos da caderneta de poupana comdata de aniversrio no primeiro dia de cada ms (art. 16, 1, do Decreto-lei n 2.288/86 e ADN CST n 15/92).

    Sobre o valor atualizado do emprstimo calcula-se o valor dos juros mensais, mediante aplicao docoeficiente 0,005 (equivalente taxa de 0,5%).

    a) Registro contbil da atualizao monetria

    D - EMPRSTIMO COMPULSRIO VECULOS E COMBUSTVEIS (Realizvel a Longo Prazo)C - VARIAO MONETRIA ATIVA (Resultado)

    b) Registro contbil dos juros:

    D - EMPRSTIMO COMPULSRIO VECULOS E COMBUSTVEIS (Realizvel a Longo Prazo)C - JUROS ATIVOS (Resultado)

    15 - DESCONTO DE DUPLICATASO desconto de duplicatas um procedimento utilizado pela empresa para obteno de capital de giro.

    A operao de desconto de duplicatas consiste na transferncia para uma instituio financeira de ttulos depropriedade da empresa. Esses ttulos so relacionados num documento chamado "border" e entregues instituio financeira para o respectivo processamento.

    Aps o processamento, a instituio financeira credita em conta corrente da empresa o valor de face dottulo negociado deduzido dos encargos financeiros e despesas bancrias correspondentes.

    Embora a propriedade dos ttulos negociados sejam transferidos para a instituio, a empresa co-responsvel pelo pagamento dos mesmos em caso de no liquidao pelo devedor. Neste caso, a instituiofinanceira leva a dbito em conta corrente da empresa o valor de face do ttulo no liquidado.

    A conta "duplicatas descontadas" apresenta a seguinte funo na operao de desconto:

    a) creditada, pelo valor constante do border , no momento em que efetuada a operao dedesconto e a instituio financeira faz o crdito em conta corrente da empresa;

    b) debitada no momento da liquidao do ttulo pelo devedor ou quando a instituio financeiraleva a dbito em conta corrente da empresa por falta de pagamento por parte do devedor.

    Os encargos financeiros debitados pela instituio financeira devem ser apropriados "pro rata tempore".Assim, a conta "encargos financeiros a transcorrer" debitada por ocasio do desconto e creditada no momentoem que a despesa incorrida, observando-se o regime de competncia.A conta "despesas financeiras" debitada no perodo em que a despesa incorrida. Assim, se um ttulo descontado no dia 16 de um ms com vencimento no dia 15 do ms seguinte, a empresa registrar comodespesa antecipada o valor correspondente a 30 dias e, em seguida, far a apropriao em conta de resultado

    da importncia correspondente a 15 dias. No ms seguinte, o valor remanescente na conta "encargos financeirosa apropriar" ser transferido para "despesas financeiras".Considerando-se que determinada empresa tenha efetuado uma operao de desconto de duplicatas conformeos dados abaixo:

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    DUPLICATAS VALOR $ VENCIMENTO28 20.000,00 31.08.98

    30 10.000,00 30.09.98Data em que o banco efetuou o desconto : 01.08.98Encargos financeiros cobrados: $ 1.500,00Taxa cobrada: 5%

    a) Pelo registro da venda e emisso da duplicata correspondente:

    D - DUPLICATAS A RECEBER (Ativo Circulante)C - RECEITA BRUTA DE VENDAS (Conta de Resultado) $ 30.000,00

    Valor das vendas realizadas conf. duplicatas n 28 e 30.

    b) Pelo desconto das duplicatas no banco conforme o border, no dia 01.08.98:

    D - BANCO CONTA MOVIMENTO (Ativo Circulante) $ 28.500,00Valor lquido creditado em c/c, referente ao desconto de duplicatas conf. aviso do banco "A".

    D - ENCARGOS FINANCEIROS A TRANSCORRER(Ativo Circulante) $ 1.500,00Valor ref. aos encargos financeiros sobre desconto de duplicatas, conf. aviso do banco "A".

    C - DUPLICATAS DESCONTADAS (Ativo Circulante) $ 30.000,00.

    c) Pela liquidao das duplicatas n 28 no dia 31.08.98:

    D - DUPLICATAS DESCONTADAS ( Ativo Circulante)C - DUPLICATAS A RECEBER (Ativo Circulante) $ 20.000,00

    Baixa da duplicata n 28, paga nesta data, conf. aviso banco "A".

    d) Pela apropriao dos encargos financeiros incorridos no ms de agosto (5% de $ 20.000,00):

    D - DESPESAS FINANCEIRAS (Conta de Resultado)C - ENCARGOS FINANCEIROS A TRANSCORRER (Ativo Circulante) $ 1.000,00

    Valor das despesas incorridas at esta data, ref. desconto de duplicatas no banco "A".

    e) Pela liquidao pelo cliente da duplicata n 30 no dia 30.09.98:

    D - DUPLICATAS DESCONTADAS (Ativo Circulante)C - DUPLICATAS A RECEBER (Ativo Circulante) $ 10.000,00

    Baixa da duplicata n 30, paga nesta data, conf. aviso do banco "A".

    f) Pela apropriao dos encargos financeiros incorridos no ms de setembro (5% de 10.000,00) :

    D - DESPESAS FINANCEIRAS (Conta de Resultado)C - ENCARGOS FINANCEIROS A TRANSCORRER (Ativo Circulante) $ 500,00

    Valor despesas incorridas at esta data, ref. desconto de duplicatas no banco "A".

    g) Na hiptese do cliente no ter liquidado na data a duplicata n 30, temos o seguintelanamento:

    D - DUPLICATAS DESCONTADAS (Ativo Circulante)

    C - BANCO CONTA MOVIMENTO (Ativo Circulante) $ 10.000,00Valor debitado em c/c ref. a duplicata n 30, no liquidada pelo cliente, conf. aviso do banco "A".

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    16 - IMPORTAO DE MERCADORIAS E MATRIAS-PRIMAS

    De acordo com o princpio contbil do Custo como Base de Valor, o custo de aquisio de um ativo oudos insumos necessrios para fabric-lo e coloc-lo em condies de gerar benefcios para a Entidade,representa a base de valor para a contabilidade. Isto significa que todo o esforo despendido para incorporardeterminado bem ao patrimnio, representar a sua valorao em termos de custo contbil.

    I - Valores Integrantes do CustoO custo a ser atribudo aos insumos ou mercadorias para revenda adquiridos no mercado externo

    composto por todos os gastos incorridos desde a data da assinatura do contrato de cmbio (tais como fretes,comisses, seguros, impostos no recuperveis, tarifas aduaneiras, etc.), at o efetivo desembarao aduaneirodos bens. Todos os gastos efetuados e relativos importao devem ser agregados a uma conta especfica etransitria intitulada "Importao em Andamento". Quando os bens importados (mercadorias ou matrias-primas)forem desembaraados, ser efetuado o registro no almoxarifado do importador, mediante transferncia do saldofinal da conta transitria para a conta definitiva de "Estoques de Mercadorias ou Matrias-primas" no AtivoCirculante.

    As mercadorias e matrias-primas importadas devem ser avaliadas mediante converso da moedaestrangeira pela taxa de cmbio (valor de venda) vigente na data do desembarao aduaneiro.As variaes cambiais passivas ocorridas at a data do desembarao aduaneiro sero registradas como custona conta de "Importao em Andamento". A partir da data do desembarao aduaneiro devem ser registradascomo despesa operacional, mediante obedincia ao princpio contbil da competncia.

    II - IOF Incidente Nas Operaes de CmbioOs impostos no recuperveis pagos por ocasio da importao de insumos ou mercadorias para

    revenda, devem compor o custo de aquisio a ser atribudo aos mesmos.Contudo, em relao ao IOF incidente sobre tais operaes, a legislao do Imposto de Renda admite que, acritrio da pessoa jurdica, esse imposto (IN SRF n 131/80):

    a) seja considerado como acrscimo ao custo de aquisio do bem; ou

    b) seja registrado como despesa tributria, computada na determinao do lucro real no perodo

    em que ocorrer o pagamento, ou seja na liquidao do contrato de cmbio.

    Neste tpico veremos, passo a passo, os registros contbeis correspondentes a uma operao deimportao de mercadorias e matrias-primas.

    I - Pelo registro dos gastos com a obteno da Guia de Importao e a contratao de seguro:D - IMPORTAO EM ANDAMENTO (Ativo Circulante)C - CAIXA/BANCOS C/ MOVIMENTO (Ativo Circulante)

    II - Pelo registro do preo de aquisio dos bens, constante da Fatura de Importao:D - IMPORTAO EM ANDAMENTO (Ativo Circulante)C - FORNECEDORES ESTRANGEIROS (Passivo Circulante)

    III - Pelo reconhecimento da variao cambial antes da chegada das mercadorias ou matrias-primas:D - IMPORTAO EM ANDAMENTO (Ativo Circulante)C - FORNECEDORES ESTRANGEIROS (Passivo Circulante)

    IV - Pelo registro dos gastos com impostos no recuperveis, taxas e servios aduaneiros incidentes sobre aoperao:

    D - IMPORTAO EM ANDAMENTO (Ativo Circulante)C - CAIXA/BANCOS C/MOVIMENTO (Ativo Circulante)

    V - Pelo registro dos valores relativos ao ICMS/IPI recuperveis conforme a legislao de regncia:D - IPI A RECUPERAR (Ativo Circulante)D - ICMS A RECUPERAR (Ativo Circulante)C - CAIXA/BANCO C/MOVIMENTO (Ativo Circulante)

    VI - Pela transferncia do saldo da conta "Importao em Andamento" para a conta definitiva, em face da entradadas mercadorias/matrias-primas no estabelecimento:

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    D - ESTOQUE (Ativo Circulante)C - IMPORTAO EM ANDAMENTO (Ativo Circulante)

    VII - Pelo reconhecimento da variao cambial sobre a dvida aps a chegada das mercadorias:D - VARIAO MONETRIA PASSIVA (Conta de Resultado)C - FORNECEDORES ESTRANGEIROS (Passivo Circulante)

    VIII - Pela liquidao do contrato de cmbio:

    D - FORNECEDORES ESTRANGEIROS (Passivo Circulante)C - BANCOS C/MOVIMENTO (Ativo Circulante)

    IX - Pela apropriao do IOF incidente sobre a liquidao do contrato de cmbio admitindo-se que a empresatenha optado pela apropriao como despesa tributria:

    D - DESPESAS TRIBUTRIAS (Conta de Resultado)C - CAIXA/BANCO C/MOVIMENTO (Ativo Circulante)

    17 - ADIANTAMENTOS PARA FUTURO AUMENTO DE CAPITAL

    Os adiantamentos para aumento de capital so recursos recebidos pela empresa de seus acionistas ouquotistas destinados a serem utilizados como aporte de capital.O problema dos adiantamentos para aumento de capital reside na classificao contbil como passivo exigvelou como patrimnio lquido, uma vez que existe a possibilidade da no-incorporao ao capital e de suadevoluo ao investidor.

    Desta forma, os adiantamentos para aumento de capital devem ser classificados como parte integrantedo patrimnio lquido, em conta distinta, com a devida evidenciao de sua origem, montante e finalidade. Casopairem dvidas de que os valores iro se incorporar ao capital, tais valores sero classificados como passivoexigvel.

    Contabilmente, no recebimento de tais recursos, a empresa poder fazer o seguinte registro:

    D - DISPONIBILIDADES (Ativo Circulante)C - ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL (Patrimnio Lquido)

    Quando formalizar o aumento de capital, o registro contbil ser:D - ADIANTAMENTO PARA FUTURO AUMENTO DE CAPITAL (Patrimnio Lquido)C - CAPITAL SOCIAL (Patrimnio Lquido)

    18 - ADIANTAMENTOS PARA VIAGENS AO EXTERIOR

    Quando o diretor ou scio viaja para o exterior a servio da empresa temos, pela ordem, os seguintesfatos:

    a) adiamento para viagem;b) efetivao de despesas no exterior; ec) devoluo de parte do adiantamento, no caso de sobra.

    A dedutibilidade das despesas realizadas no exterior fica condicionada finalidade da viagem, isto , eladeve estar voltada para os interesses da empresa. Destarte, a viagem do diretor ou scio deve ser necessria atividade da empresa.

    Considerando-se que o diretor de determinada empresa tenha realizado uma viagem ao exterior

    conforme dados abaixo:adiantamento em 20.06.98 $ 6.000,00Taxa/cmbio compra 20.06.98 $ 1,00/US$ 1.00adiantamento US$ 6,000.00

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    despesas US$ 4,000.00taxa/cmbio na data da realizao da despesa $ 1,10/US$ 1.00taxa/cmbio na data da realizao da despesa $ 1.15/US$ 1.00taxa/cmbio venda na data da devoluo do adiantamento em 10.07.98 $ 1,20/US$ 1.00Desta forma teremos os seguintes lanamentos contbeis:

    a) Pela aquisio de moeda estrangeira:

    D - ESTOQUE DE MOEDA ESTRANGEIRA (Ativo Circulante)C - CAIXA/BANCO (Ativo Circulante) (U$$ 6,000.00) $ 6.000,00

    b) Pela entrega do adiantamento ao diretor:

    D - ADIANTAMENTO PARA VIAGENS AO EXTERIOR (Ativo Circulante)C - ESTOQUE DE MOEDA ESTRANGEIRA (Ativo Circulante) $ 6.000,00

    c) Pelo reconhecimento da variao cambial em obedincia ao princpio contbil dacompetncia, em 30.06.98 (U$$ 6,000.00 X taxa 1,0790 = $ 6.474,00):

    D - ADIANTAMENTO PARA VIAGENS AO EXTERIOR (Ativo Circulante)C - VARIAO CAMBIAL ATIVA (Conta de Resultado) $ 474,00

    d) Pelo registro das despesas efetuadas no exterior, quando do retorno do diretor em 10.07.98:

    D - DESPESAS COM VIAGENS AO EXTERIOR (Conta de Resultado)C - ADIANTAMENTO PARA VIAGENS AO EXTERIOR (Ativo Circulante) $ 4.500,00Nota: U$$ 2,000.00 x $ 1,10 = $ 2.200,00U$$ 2,000.00 x $ 1,15 = $ 2.300,00

    e) Pelo registro da devoluo do saldo no utilizado do adiantamento:

    D - ESTOQUE DE MOEDA ESTRANGEIRA (Ativo Circulante)C - ADIANTAMENTO PARA VIAGENS AO EXTERIOR (Ativo Circulante) $ 2.400,00Nota: U$$ 2,000.00 x $ 1.20 = $ 2.400,00

    f) Pelo registro da variao cambial apurada na data da prestao de contas:

    D - ADIANTAMENTO PARA VIAGENS AO EXTERIOR (Ativo Circulante)C - VARIAO CAMBIAL ATIVA (Conta de Resultado) $ 426,00Nota: Valor debitado na conta adiantamento para viagens ao exterior $ 6.474,00 - valor creditado na contaadiantamento para viagens ao exterior $ 6.900,00 = $ 426,00 variao cambial ativa.

    19 - APURAO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS

    I - Custos Das Mercadorias Vendidas - CMVA apurao do custo das mercadorias vendidas est diretamente relacionada aos estoques da empresa,

    pois representa a baixa efetuada nas contas dos estoques por vendas realizadas no perodo.O custo das mercadorias vendidas pode ser apurado atravs da equao:CMV = EI + C - EF

    Onde:CMV = Custo das Mercadorias VendidasEI = Estoque Inicial

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    C = ComprasEF = Estoque Final (inventrio final)II - Resultado Com Mercadorias - RCM

    O resultado com mercadorias surge do confronto entre as vendas efetuadas e o custo das mercadoriasvendidas.

    Se o valor das vendas for maior do que o CMV, pode-se dizer que houve um lucro bruto.Se o valor das vendas for menor do que o CMV, pode-se dizer que houve um prejuzo com mercadorias.

    O resultado com mercadorias pode ser apurado atravs da equao:RCM = V - CMV

    Onde:RCM = Resultado Com MercadoriasV = VendasCMV = Custo das Mercadorias Vendidas

    Consideraremos os seguintes dados para calcular o resultado com mercadorias no perodo de 01.01.99 a31.03.99.

    Estoque em 01.01.99 $ 1.600,00Compras para revenda $ 1.300,00Vendas de mercadorias $ 3.840,00Compras devolvidas $ 300,00PIS/Cofins $ 930,00Fretes $ 250,00Vendas canceladas $ 100,00Estoque inventariado (31.03.99) $ 1.270,00

    ICMS sobre compras e vendas - alquota de 17%.

    Assim temos:Compras totais $ 1.300,00

    (-) ICMS sobre compras $ 170,00(-) compras devolvidas $ 300,00(+) fretes $ 250,00(=) Compras Lquidas $ 1.080,00Nota: ICMS sobre compras: 17% de $ 1.300,00 = $ 221,00ICMS compras devolvidas: 17% de $ 300,00 = $ 51,00

    Valor lquido da conta ICMS sobre compras $ 170,00

    Vendas totais $ 3.840,00(-) ICMS sobre vendas $ 635,80(-) Vendas canceladas $ 100,00(-) PIS/Cofins $ 930,00

    (=) Vendas Lquidas $ 2.174,20Nota: ICMS sobre vendas: 17% de$ 3.840,00 = $ 652,80(-)ICMS sobre devolues: 17% de $ 100,00 = $ 17,00(=)Valor lquido da conta de ICMS sobre vendas $ 635,80

    Substituindo nas frmulas teremos:CMV = EI + C - EFCMV = 1.600,00 + 1.080,00 - 1.270,00CMV = 1.410,00RCM = V - CMVRCM = 2.174,20 - 1.410,00RCM = 764,20

    Com base nos dados do tpico 4, retro, os registros contbeis podero ser efetuados do seguinte modo:

    a) Pelo valor do estoque inicial em 01.04.97:

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    D - CUSTO DE MERCADORIAS VENDIDAS (Conta de Resultado)C - ESTOQUE DE MERCADORIAS (Ativo Circulante) $ 1.600,00

    b) Pelo valor das compras efetuadas no perodo:

    D - CUSTO DE MERCADORIAS VENDIDAS (Conta de Resultado)C - COMPRAS (Conta de Resultado) $ 1.080,00

    c) Pelo valor do estoque final inventariado em 30.06.97:

    D - ESTOQUE DE MERCADORIAS (Ativo Circulante)C - CUSTO DE MERCADORIAS VENDIDAS (Conta de Resultado) $ 1.270,00

    d) Pela transferncia do custo para o resultado com mercadorias:

    D - RESULTADO COM MERCADORIAS (Conta de Resultado)C - CUSTO DE MERCADORIAS VENDIDAS (Conta de Resultado $ 1.410,00

    e) Pela transferncia das vendas para o resultado com mercadorias:

    D - VENDAS (Conta de Resultado)C - RESULTADO COM MERCADORIAS (Conta de Resultado) $ 2.174,20

    f) Pela transferncia do Resultado com mercadorias para apurao do resultado do exerccio:

    D - RESULTADO COM MERCADORIAS (Conta de Resultado)C - RESULTADO DO EXERCCIO (Conta de Resultado) $ 764,20

    20 - QUEBRAS OU PERDAS DE ESTOQUE

    Integram o custo dos produtos os valores:

    a) das quebras e perdas razoveis, de acordo com a natureza do bem e da atividade, ocorridasna fabricao, no transporte e manuseio;

    b) das quebras ou perdas de estoque por deteriorao e obsolescncia ou pela ocorrncia deriscos no cobertos por seguros, desde que comprovada:

    b.1) por laudo ou certificado de autoridade sanitria ou de segurana, que especifique eidentifique as quantidades destrudas ou inutilizadas e as razes da providncia;

    b.2) por certificado de autoridade competente, nos casos de incndios, inundaes ououtros eventos semelhantes;

    b.3) mediante laudo de autoridade fiscal chamada a certificar a destruio de bensobsoletos, invendveis ou danificados, quando no houver valor residual apurvel.

    A Terceira Cmara do Primeiro Conselho de Contribuintes decidiu, atravs do Acrdo n 103-10.440,publicado no Dirio Oficial da Unio de 16.07.92, que as quebras de vasilhames ocorridas no processo industrialde bebidas, desde que razoveis, podem ser admitidas como custos, independentemente de os vasilhames terem sido fabricados ou no pela empresa, nos termos do inciso I do art. 184 do RIR/80.Quando o controle do estoque for efetuado de forma permanente, a pessoa jurdica poder fazer o seguintelanamento contbil:

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    JUL 200429

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    D - QUEBRAS OU PERDAS DE ESTOQUE (Resultado)C - ESTOQUE (Ativo Circulante)

    No mantendo controle permanente do estoque, as quebras ou as perdas ocorridas estaro refletidas nacontagem do estoque no final de cada perodo de apurao do imposto de renda.

    21 - VENDA AMBULANTE

    Por ocasio da remessa de mercadorias para venda fora do estabelecimento deve ser destacado naNota Fiscal geral o ICMS correspondente.

    No momento da efetiva venda, a Nota Fiscal emitida com o dbito do ICMS.Quando do retorno das mercadorias no vendidas, dever ser emitida Nota Fiscal de entrada com destaque doICMS.Nota: Salientamos que o contribuinte dever observar a legislao do ICMS de seu Estado, pertinente aoassunto.

    O tratamento contbil na remessa de mercadorias para venda fora do estabelecimento poder ser oseguinte:I - quando da remessa das mercadorias conforme dados a seguir:

    a) valor das mercadorias $ 20.000,00b) valor do ICMS $ 3.400,00

    D - ICMS S/VENDA AMBULANTE (Ativo Circulante)C - ICMS A RECOLHER (Passivo Circulante) $ 3.400,00

    II - quando do retorno das mercadorias no vendidas conforme dados a seguir:

    a) valor das mercadorias $ 5.000,00

    b) valor do ICMS $ 850,00

    D - ICMS A RECOLHER (Passivo Circulante)C - ICMS S/VENDA AMBULANTE (Ativo Circulante) $ 850,00

    III - pela venda efetiva de mercadorias conforme dados a seguir:

    a) valor das mercadorias $ 15.000,00b) valor do ICMS $ 2.550,00

    D - ICMS S/VENDAS (Resultado)C - ICMS S/VENDA AMBULANTE (Ativo Circulante) $ 2.550,00

    22 - ENCARGOS DE DEPRECIAO

    A quota de depreciao a ser registrada na escriturao contbil da pessoa jurdica, como custo oudespesa operacional, ser determinada mediante aplicao da taxa de depreciao sobre o valor do bem emreais.

    A partir de 01.01.96, com a extino da correo das demonstraes financeiras, no ser mais utilizadoo Razo Auxiliar em UFIR para fins de clculo do encargo de depreciao.O clculo das quotas de depreciao de bens do ativo imobilizado ser efetuado da seguinte forma:I - Bens Existentes no Ativo Imobilizado em 31.12.96

    As quotas de depreciao de bens existentes no Ativo Imobilizado em 31.12.96, a ser apropriada no ano-calendrio 1997, sero determinadas da seguinte forma:

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    JUL 200430

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    a) aplicar a taxa anual sobre o valor dos bens em reais, constante do saldo de abertura da conta,para obteno da quota anual de depreciao;

    b) dividir a quota anual em reais por 12, para determinar os duodcimos mensais a seremregistrados na escriturao em cada ms;

    c) caso o bem seja baixado do Ativo Imobilizado, no decorrer do ano-calendrio, multiplica-se ovalor do duodcimo mensal pelo nmero de meses, contados do ms de incio do ano-calendrioat o ms em que o bem for baixado contabilmente.

    Conforme exposto acima, teremos:Saldo de abertura da conta mquina e equipamentos $ 12.000,00Taxa de depreciao 10%

    a) $ 12.000,00 X 10% = $ 1.200,00 (quota anual)b) $ 1.200,00 : 12 (meses) = $ 100,00 (quota mensal)c) Supondo-se que o bem tenha sido baixado em junho/98, teremos:

    $ 100,00 X 6 (nmero de meses de janeiro/98 a junho/98) = $ 600,00 (valor a ser apropriado contabilmente at oms de junho/98).

    II - Bens Acrescidos no Ativo Imobilizado no Ano-CalendrioA quota de depreciao em reais, das aquisies ou dos valores acrescidos aos bens existentes, ser

    calculada da seguinte forma:

    a) aplicar a taxa anual de depreciao sobre o valor do custo de aquisio ou acrscimo,obtendo a quota anual em reais;

    b) dividir a quota anual em reais por 12, para obter o valor do duodcimo mensal de depreciao,a ser registrado na escriturao a partir do ms de aquisio ou incorporao do acrscimo;

    c) no caso de bem incorporado e baixado do Ativo Imobilizado, dentro do ano-calendrio, seroapropriados os duodcimos de depreciao proporcionais ao nmero de meses que o bempermanecer incorporado ao ativo.

    O registro contbil do encargo de depreciao ser feito a dbito de uma conta de custo ou despesa operacionale a crdito da conta redutora do ativo imobilizado intitulada depreciao acumulada.

    D - CUSTO OU DESPESA OPERACIONAL(Conta de Resultado)Depreciao de Mquinas e EquipamentosC - DEPRECIAO ACUMULADA (Imobilizado)Mquinas e Equipamentos

    23 - AQUISIO DE BENS ATRAVS DE CONSRCIOS

    I - Classificao Dos Pagamentos AntecipadosTratando-se de bem destinado ao Ativo Imobilizado, os pagamentos feitos ao consrcio, antes do

    recebimento do bem, devem ser registrados numa conta transitria desse subgrupo.Exemplo:Considerando que a pessoa jurdica ingressou em um consrcio para aquisio de um veculo, nas seguintescondies:

    a) Nmero de prestaes: 36;b) Prazo: 36 meses;

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    8 prestaes x $ 615,00 = $ 4.920,00Valor registrado = $ 4.640,00Valor do ajuste = $ 280,00

    Esse acrscimo dvida contabiliza-se da seguinte forma:D - VARIAES MONETRIAS PASSIVAS (Conta de Resultado) $ 945,00

    C - QUOTAS DE CONSRCIO A PAGAR (Passivo Circulante) $ 665,00C - QUOTAS DE CONSRCIO A PAGAR (Exigvel a Longo Prazo) $ 280,00

    IV - Pagamento Das Prestaes RestantesOs pagamentos efetuados nos meses seguintes, pelo novo valor, sero contabilizados da seguinte

    forma:D - QUOTAS DE CONSRCIO A PAGAR (Passivo Circulante)C - CAIXA/BANCOS C/MOVIMENTO (Ativo Circulante) $ 615,00V - Contabilizao Conforme PN CST N 1/83

    De acordo com o PN CST n 1/83, as aquisies atravs de consrcios devero ser contabilizadas daseguinte forma:

    a) os desembolsos ocorridos antes do recebimento do bem devem ser classificados em conta doAtivo Imobilizado, ou a critrio da pessoa jurdica, no Circulante ou Realizvel a Longo Prazo;

    b) por ocasio do recebimento do bem, este ser registrado em conta especfica e definitiva doativo, pelo valor constante da nota fiscal pela qual foi faturado, tendo como contrapartida:

    b.1) a Conta do Ativo que registrou os pagamentos antecipados, pelo saldo dessa conta;

    b.2) a Conta do Passivo que vai registrar o saldo devedor, pela diferena entre o valor danota fiscal e o saldo da conta mencionada em "b.1";

    c) o valor do saldo devedor, lanado no Passivo, deve ser ajustado pela diferena verificada noconfronto com o valor efetivo das prestaes vincendas, tendo, como contrapartida, a conta deVariaes Monetrias Ativas ou Passivas (contas de resultado), conforme o caso;

    d) as variaes que vierem a ocorrer no saldo devedor no futuro, decorrentes de modificaes novalor das prestaes, sero registradas na Conta do Passivo que registra a obrigao, emcontrapartida Conta de Variaes Monetrias Ativas ou Passivas (contas de resultado),conforme o caso.

    VI - Algumas Consideraes Sobre o PN CST N 1/83O Parecer Normativo CST n 1/83 aborda alguns pontos na contabilizao de bens adquiridos atravs de

    consrcio conflitantes com os princpios contbeis, notadamente o "princpio do custo como base de valor", cujoenunciado assim prescreve: "O custo de aquisio de um ativo ou dos insumos necessrios para fabric-lo e

    coloc-lo em condies de gerar benefcios para a Entidade representa a base de valor para a Contabilidade,expresso em termos de moeda de poder aquisitivo constante".Outro ponto no abordado no indigitado ato normativo diz respeito ao Fundo de Reserva, cujo valor, aps

    o encerramento do grupo, pago para o consorciado. A nosso ver, em atendimento boa tcnica contbil, osdesembolsos efetuados pelo consorciado a esse ttulo so classificados em rubrica do ativo realizvel a longoprazo e, posteriormente, transferidos para o ativo circulante.

    1 - Quanto Classificao dos Pagamentos AntecipadosA boa tcnica contbil determina que, tratando-se de valores aplicados na aquisio de bens destinados

    ao Ativo Imobilizado, devem, de imediato, ser classificados nesse subgrupo do Ativo Permanente. Desta forma, aclassificao de tais valores no Ativo Circulante ou no Realizvel a Longo Prazo, admitida pelo ParecerNormativo em questo, no tecnicamente correta.

    2 - Quanto ao Registro do Bem Pelo Valor da Nota FiscalO valor da nota fiscal somente deve ser considerado quando representar essa realidade, o que no

    ocorre no caso, porque no incorpora a taxa de administrao do consrcio, que uma parcela integrante docusto do bem. Assim, o registro do bem pelo valor da nota fiscal, estabelecido pelo PN CST n 1/83, no

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    tecnicamente correto, porque o bem deve ser ativado pelo custo real de aquisio, em atendimento ao PrincpioContbil do Custo como Base de Valor.

    3 - Quanto Atualizao Monetria da Dvida Registrada no PassivoEm relao atualizao monetria da dvida registrada no passivo, no h divergncia entre o disposto

    no PN CST n1/83 e a posio da tcnica contbil.

    24 - SIMPLES - MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE

    Valor Devido Mensalmente

    O valor devido mensalmente pela microempresa e empresa de pequeno porte, inscritas no SIMPLES,ser determinado mediante a aplicao, sobre a receita bruta mensal auferida, dos percentuais fixados nalegislao.

    Exemplo:

    a) faturamento do ms de abril/99 $ 85.600,00b) Receita bruta acumulada at o ms de abril/99 $ 250.000,00c) alquota aplicvel: 5,8%d) valor devido: $ 4.964,80e) No contribuinte do IPI.

    I - Pela proviso do valor a recolher:

    D - DESPESAS TRIBUTRIAS (Conta de Resultado)C - IMPOSTOS E CONTRIBUIES - SIMPLES - A RECOLHER (Passivo

    Circulante)

    $ 4.964,80

    II - Pelo pagamento:

    D - IMPOSTOS E CONTRIBUIES - SIMPLES - A RECOLHER (Passivo Cte.)C - BANCOS C/MOVIMENTO (Ativo Circuante) $ 4.964,80

    Alternativamente, os registros contbeis podero ser efetuados de forma mais detalhada evidenciando cadaimposto e/ou contribuio em funo do respectivo percentual aplicvel sobre a receita bruta do ms. Assim, naaplicao do percentual de 5,8% (cinco inteiros e oito dcimos por cento), temos:

    a) 0,26% X $ 85.600,00 = $ 222,56 relativo ao IRPJ;

    b) 0,26% X $ 85.600,00 = $ 222,56 relativo ao PIS/PASEP;c) 1% X $ 85.600,00 = $ 856,00 relativo CSLL;d) 2% X $ 85.600,00 = $ 1.712,00, relativo COFINS;e) 2,28% X $ 85.600,00 = $ 1.951,68 relativo contribuio para o INSS.

    Desta forma teremos os seguintes lanamentos contbeis:

    I - Pela proviso do valor a recolher:D - DESPESAS TRIBUTRIAS (Conta de Resultado),IRPJ $ 222,56PIS/Pasep $ 222,56CSLL $ 856,00Cofins $ 1.712,00

    INSS $ 1.951,68C - IMPOSTOS E CONTRIBUIES - SIMPLES - A RECOLHER (Passivo Cte.) $ 4.964,80

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    II - Pelo pagamento:D - IMPOSTOS E CONTRIBUIES - SIMPLES - A RECOLHER (Passivo Cte)C - BANCOS C/MOVIMENTO (Ativo Circulante) $ 4.964,80

    25 - REMUNERAO DE "PR-LABORE"

    A remunerao "pr-labore" ser debitada conta de custos ou despesas operacionais. Referido valorser classificado como custo quando a remunerao for atribuda a dirigentes de indstria e de produo dosservios, e como despesa operacional quando a remunerao for atribuda a dirigentes ligados administrao.

    O registro contbil referente a remunerao de "pr-labore", considerando-se os dados abaixo, poderser feito do seguinte modo:a) remunerao $ 4.000,00b) IR-Fonte (valor hipottico) $ 620,00

    I - Pela proviso:D - DESPESAS ADMINISTRATIVAS (Conta de Resultado)C - CONTAS A PAGAR (Passivo Circulante) $ 4.000,00

    II - pelo pagamento:D - CONTAS A PAGAR (Passivo Circulante) $ 4.000,00C - IRRF A RECOLHER (Passivo Circulante) $ 620,00C - BANCO C/MOVIMENTO (Ativo Circulante) $ 3.380,00

    III - Pelo valor do INSS:D - DESPESAS ADMINISTRATIVAS (Resultado)C - INSS A RECOLHER (Passivo Circulante) $ 800,00

    26 - RECEBIMENTO E PAGAMENTO ATRAVS DE CHEQUE PR-DATADO

    De acordo com a Lei n 7.357, de 1985, o cheque uma ordem de pagamento vista.Embora no exista previso legal para a figura do chamado "cheque pr-datado", tem-se tornado praxe o

    pagamento e recebimento atravs de cheque que, atravs de um simples acordo entre as partes, s apresentado ao banco sacado na data previamente convencionada.

    O cheque pr-datado, portanto, surgiu por uma imposio do mercado para facilitar as transaes decompra e venda. O seu uso passou a ser feito de forma generalizada e, atualmente, esse meio de pagamento utilizado, inclusive, pelas pessoas jurdicas.

    I - Recebimento Atravs de Cheque Pr-datadoA classificao mais adequada dos valores correspondentes aos cheques pr-datados em conta

    representativa de crditos a receber no ativo circulante. Portanto, os cheques pr-datados no devem serclassificados como disponibilidades.

    Exemplo:Imaginemos que determinada empresa tenha efetuado uma venda no dia 05.05.99, no valor de $ 1.500,00,recebendo em cheque e ficando acertado com o cliente que o mesmo ser depositado no dia 30.05.99.Com base nos dados do exemplo, os registros contbeis podero ser efetuados do seguinte modo:

    a) pelo recebimento do cheque em 05.05.99:

    D - CHEQUES A RECEBER (Ativo Circulante)C - VENDAS (Conta de Resultado) $ 1.500,00

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    A receita de juros dever ser contabilizada com observncia do regime de competncia.

    28 - ENCARGOS FINANCEIROS A APROPRIARO funcionamento da conta "Encargos Financeiros a Apropriar" decorre dos encargos financeiros

    incidentes sobre as operaes realizadas entre a empresa e uma instituio financeira, dentre as quaisdestacamos:

    a) desconto de duplicatas;b) emprstimo, etc.

    A conta "Encargos Financeiros a Apropriar" recebe dbitos nas respectivas contas de segundo grauquando da realizao do desconto de duplicatas ou obteno de emprstimo junto a estabelecimento bancrio.Os valores dos encargos financeiros so imputados aos resultados "pro-rata tempore".

    Exemplo:Considerando-se que determinada empresa tenha efetuado um desconto de duplicatas junto a umestabelecimento bancrio conforme dados a seguir:data do aviso de lanamento 16.05.99valor da operao $ 35.600,00valor creditado $ 32.800,00juros sobre a operao de desconto $ 2.800,00data do vencimento 15.06.99

    Os juros incidentes sobre a operao de desconto sero rateados da seguinte forma:

    a) $ 1.400,00 no ms de maio/99, correspondente a 15 dias;

    b) $ 1.400,00 no ms de junho/99, correspondente a 15 dias.

    O registro contbil poder ser efetuado do seguinte modo:

    a) pelo registro dos encargos financeiros a apropriar:

    D - ENCARGOS FINANCEIROS A APROPRIAR (ATIVO CIRCULANTE)C - BANCOS C/MOVIMENTO (Ativo Circulante) $ 2.800,00

    b) pelo registro das despesas financeiras incorridas durante o ms de maio/99:

    D - DESPESAS FINANCEIRAS (Conta de Resultado)C - ENCARGOS FINANCEIROS A APROPRIAR (Ativo Circulante) $ 1.400,00

    c) pelo registro das despesas financeiras incorridas durante o ms de junho/99:

    D - DESPESAS FINANCEIRAS (Conta de Resultado)C - ENCARGOS FINANCEIROS A APROPRIAR (Ativo Circulante) $ 1.400,00

    29 - LUCROS OU DIVIDENDOS - DISTRIBUIO

    Tratando-se de sociedade annima, a Lei n 6.404/76 determina que a administrao dever propor, nadata do balano, a destinao do resultado, inclusive dividendos. Isso significa que a destinao do resultado

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    dever ser contabilizada na data do balano, no pressuposto de sua aprovao pela assemblia. Assim, se aproposta de distribuio de dividendos for de $ 50.000,00, o valor correspondente dever ser contabilizado nadata do balano da seguinte forma:

    D - LUCROS OU PREJUZOS ACUMULADOS (Patrimnio Lquido)C - DIVIDENDOS PROPOSTOS (Passivo Circulante) $ 50.000,00

    Aps a aprovao pela Assemblia, os dividendos propostos sero transferidos para a conta de"Dividendos a Pagar". Neste caso, o lanamento contbil poder ser feito do seguinte modo:D - DIVIDENDOS PROPOSTOS (Passivo Circulante)C - DIVIDENDOS A PAGAR (Passivo Circulante) $ 50.000,00

    No caso de sociedade por quotas de responsabilidade limitada, a proposta de destinao de lucro deverser estabelecida no contrato social. O contrato social poder prever a reteno total ou parcial dos lucros parafutura incorporao ao capital. De qualquer forma, em se tratando de sociedade por quotas de responsabilidadelimitada, a destinao do resultado ficar a critrio dos scios.

    Os registros contbeis, considerando-se que o lucro apurado no encerramento do exerccio social tenhasido de $ 80.000,00 e a proposta de distribuio de lucros de $ 40.000,00, podero ser efetuados da seguintef