manual de instalação e manutenção de transformadores weg

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  • 8/3/2019 Manual de Instalao e Manuteno de Transformadores WEG

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  • 8/3/2019 Manual de Instalao e Manuteno de Transformadores WEG

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    1 - INTRODUO

    Este manual visa dar informaes necessrias ao recebimento, instalao emanuteno de transformadores de distribuio e fora imersos em leo isolante.O atendimento a estas instrues proporcionar um bom desempenho dotransformador, alm de prolongar a sua vida til.Os transformadores WEG so projetados e construdos rigorosamente segundonormas ABNT em suas ltimas edies, estando, por isso, os dados deste manualsujeitos a modificaes sem prvio aviso.

    Recomendamos, queles que desejarem aprofundar-se no assunto, a leituradas seguintes normas:NBR-7036 - Recebimento, instalao e manuteno de transformadores de

    distribuio imersos em lquido isolante Procedimento.NBR-7037 - Recebimento, instalao e manuteno de transformadores de

    potncia em leo isolante mineral - Procedimento.NBR-5416 - Aplicao de cargas em transformadores de potncia - Procedimento.

    muito importante, ainda, ter em mos as publicaes sobre instalao detransformadores emitidas pelas concessionrias de energia da regio, visto quemuitas delas tm carter normativo. Para maiores esclarecimentos, consultenosso Departamento de Assistncia Tcnica.Solicitamos, tambm, verificar as condies de garantia estabelecidas pela WEGpara seus transformadores conforme ANEXO C.

    2 - INSTRUES BSICAS

    2.1. Instrues gerais

    Todos que trabalham em instalaes eltricas, seja na montagem, operao oumanuteno, devero ser permanentemente informados e atualizados sobre asnormas e prescries de segurana que regem o servio, e aconselhados asegu-las. Cabe ao responsvel certificar-se, antes do incio do trabalho, de quetudo foi devidamente observado e alertar seu pessoal para os perigos inerentes tarefa proposta. Recomenda-se que estes servios sejam efetuados por pessoalqualificado.Equipamentos para combate a incndios e avisos sobre primeiros socorros nodevem faltar no local de trabalho, sempre em lugares bem visveis e acessveis.

    IMPORTANTE: Algumas das informaes ou recomendaes contidas nestemanual podem no se aplicar a determinados transformadores. Portanto,desconsider-las sempre que no aplicveis.

    2.2. Recebimento

    Os transformadores, antes de expedidos, so testados na fbrica, garantindo,assim, o seu perfeito funcionamento. Dependendo do tamanho do transformadorou das condies de transporte, ele pode ser expedido completamente montado

    ou desmontado. Maiores detalhes esto descritos mais adiante neste manual.Sempre que possvel, o transformador deve ser descarregado diretamente sobresua base definitiva. Quando for necessrio o descarregamento em localprovisrio, deve ser verificado se o terreno oferece plenas condies desegurana e distribuio de esforo, bem como se o local o mais nivelado elimpo possvel. O equipamento nunca deve ser colocado em contato direto como solo.

    2.2.1. Inspeo de chegada

    Antes do descarregamento, deve ser feita, por pessoal especializado, umainspeo preliminar no transformador visando identificar eventuais danosprovocados durante o transporte, na qual devem ser verificadas as suas

    condies externas (deformaes, vazamentos de leo e estado da pintura) eavarias e/ou falta de acessrios e componentes, fazendo-se, tambm, aconferncia da lista de materiais expedida. Caso se constate alguma ocorrncia,notificar imediatamente o representante WEG mais prximo ou diretamente afbrica e a empresa transportadora para que no haja problemas com a empresaseguradora.

    2.2.2. Descarregamento e manuseio

    Todos os servios de descarregamento e locomoo do transformador devemser executados e supervisionados por pessoal especializado, obedecendo-seas normas de segurana e utilizando-se os pontos de apoio apropriados.

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    2.2.3. Verificaes aps descarregamentoPara transformadores transportados sem leo e pressurizado com gs seco,verificar a presso do sistema. Caso a mesma seja zero, informar imediatamenteo representante WEG mais prximo, ou diretamente fabrica, para que sejaprovidenciado ao corretiva pertinente.Para transformadores transportados com leo, caso a presso indicada sejazero executar anlise fsico-qumica do leo isolante, afim de verificar se houvecontaminao do sistema. Informar o representante WEG mais prximo, oudiretamente fabrica.

    2.3. ArmazenagemPara transformador transportado sem o leo, preferencialmente mont-lo e ench-lo com lquido isolante em seu local de operao to logo seja recebido, mesmono caso do transformador no operar imediatamente data de recebimento (erealizar inspees regulares). Para curtos intervalos de tempo (mximo 3 meses)o transformador pode ser armazenado sem leo, desde que permaneapressurizado com gs seco. Neste caso, deve ser realizado, preferencialmente,inspeo diria na presso de gs, de modo a detectar vazamentos em tempohbil e evitar penetrao de umidade.Quando no instalados imediatamente, devem ser armazenados,preferencialmenteem lugar abrigado, seco, isento de poeiras e gases corrosivos, colocando-os

    sempre em posio normal e afastados de rea com muito movimento ou sujeitoa colises.

    Os componentes e acessrios, quando recebidos e armazenados a parte, devematender ao seguinte:a) Os acessrios devem ser armazenados em locais adequados;b) Os radiadores devem ser armazenados prximos ao transformador, evitando-

    se seu contato com o solo;c) As buchas devem ser armazenadas, se possvel, em local coberto e seco;d) O leo pode ser armazenado em tambores, que devem permanecer na

    posio horizontal, ficando os tampes alinhados horizontalmente e, sepossvel, protegidos por lonas, evitando-se ainda seu contato com o solo;

    e) Transformadores com comutador sob carga devem seguir as mesmasorientaes de armazenamento do equipamento;

    f) Transformadores providos de painis de circuitos auxiliares, devem sermantidos com os resistores de aquecimento ligados, comandados portermostatos regulados para temperatura recomendada de 30C.

    3. INSTALAO

    3.1. Consideraes Gerais

    Transformadores de fora, normalmente a partir da potncia de 3.000kVA, sotransportados parcialmente desmontados. Neste caso, aps posicionamentodo transformador sobre a base definitiva, adicionalmente s recomendaesfeitas neste item 3.1, deve-se observar as orientaes especficas que sodetalhadas no item 4 MONTAGEM DO TRANSFORMADOR.

    Para a instalao do transformador, de fundamental importncia adisponibilidade de pessoal qualificado, assim como de equipamentos eferramentas adequadas. No recomendvel a montagem dos transformadoresem dia chuvoso.Alm das orientaes principais que so relacionadas a seguir, recomendamosobservar com detalhes o que determinado na NBR-7036, quando se tratar detransformadores de distribuio, ou na NBR-7037, quando de fora:a) Quando de instalao em base, verificar o adequado nivelamento e a

    resistncia das fundaes sobre as quais sero instalados os transformadores.Quando aplicvel, confirmao da compatibilidade da distncia entre rodasdo transformador e respectivos trilhos fixados na base;

    b) Deve haver um espaamento mnimo de 0,5m entre transformadores e entreestes e paredes ou muros, proporcionando facilidade de acesso para inspeo

    e ventilao, dependendo, entretanto, das dimenses de projeto e tenso.Os transformadores a serem instalados em poste devem ter seu sistema defixao e montagem em conformidade com a norma ABNT;

    c) No caso de instalaes abrigadas, o recinto no qual ser colocado otransformador deve ser bem ventilado de maneira que o ar aquecido possasair livremente, sendo substitudo por ar fresco. Outrossim, devem ser evitadosobstculos de qualquer natureza ao fluxo de ar dentro da cabine. Para tanto,as aberturas de entrada de ar devem estar prximas do piso e distribudasde maneira mais eficiente, de preferncia abaixo dos transformadores epossurem as dimenses mximas dos transformadores. As aberturas desada devero estar to altas quanto permita a construo; nmero e tamanhodas sadas dependem de suas distncias acima do transformador, do

    rendimento e do ciclo de carga. Em geral, recomenda-se uso de aberturasde sadas de 5,50m2 por 1.000kVA de capacidade instalada.d) Realizar inspeo visual principalmente nas buchas, conectores e acessrios,

    para constatar a ausncia de eventuais danos ou vazamentos que poderiamocorrer devido ao manuseio e transporte do transformador;

    e) Confirmao de que os dados de placa esto compatveis com a especificaotcnica do equipamento;

    f) Verificar se os dados constantes na placa de identificao esto coerentescom o sistema em que o transformador ser instalado e a correta posio docomutador (ou ligao do painel de derivaes) em relao ao diagrama deligaes;

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    g) Para transformadores religveis, constatao de que a ligao de despacho(expedio) atende ao especificado;

    h) Verificar as conexes de aterramento do transformador. Observar, tambm oitem 3.4;

    i) Atentar para as ligaes do primrio e secundrio conforme tem 3.3;j) Para o iamento do transformador, os cabos utilizados devem ser fixados nas

    alas, ganchos ou olhais existentes para essa finalidade.

    3.2. Altitude de instalaoOs transformadores so projetados conforme ABNT, portanto adequados parainstalaes at 1.000m acima do nvel do mar.Em altitudes superiores a 1.000m, o transformador ter sua capacidade reduzidaou necessitar de um sistema de refrigerao mais eficaz. Para funcionamentoem altitudes superiores a esta, no devem ser excedidos os limites detemperatura especificados na tabela 1.

    Tabela 1 - Limites de elevao de temperatura

    Tiposde

    transformadores

    Limites de elevao de temperatura (oC) (A)

    Dos enrolamentos

    Do leo

    Das partes metlicas

    Mtodo da variaoda resistncia

    Dopontomais

    quente

    Circulao doleo naturalou forada

    sem fluxo deleo dirigido

    Circulaoforada de

    leo com fluxodirigido

    Em contato

    com aisolaoslida ouadjacente

    a ela

    No em

    contatocom aisolao

    slida e noadjacente

    a ela

    Emleo

    Semconserva-

    dor ou semgs inerteacima do

    leo

    Comconservadorou com gsinerte acima

    do leo

    55

    55

    65(D)

    60

    60

    70(D)

    65

    65

    80(D)

    50(B)

    55(C)

    65(D)

    No devematingir

    temperatu-ras

    sueriores mxima

    especificadapara o

    ponto mais

    quente daisolao

    adjancenteou em

    contato comesta

    A temperatu-ra no deveatingir, emnenhum

    caso, valoresque venham

    danificarestas partes,

    outras partesou materiaisadjacentes

    (A) Os materiais isolantes, de acordo com experincia prtica e ensaios, devem ser adequados parao limite de elevao de temperatura em que o transformador enquadrado.

    (B) Medida prxima superfcie do leo.(C) Medida prxima parte superior do tanque, quando tiver conservador, e prxima superfcie do

    leo, no caso de gs inerte.(D) Quando utilizado isolao de papel, este deve ser termoestabilizado

    Pr = potncia reduzida, em kVAPn = potncia nominal, em kVAH = altitude, em metros (arredondando, sempre, para a centena de metros

    seguinte)

    k = fator de reduo, de acordo com a tabela 2

    Tabela 2 - Reduo da potncia nominal para altitudes superiores a 1.000m

    Tipo de resfriamento (em lquido isolante) Fator de reduo ka) com resfriamento natural (ONAN) 0,004b) com ventilao forada (ONAF) 0,005c) com circulao forada do lquido isolante e com

    ventilao forada (OFAF) 0,005d) com circulao forada do lquido isolante e com

    resfriamento a gua (OFWF) 0,000

    3.3. Ligaes

    As ligaes do transformador devem ser realizadas de acordo com o diagramade ligaes de sua placa de identificao. fundamental que se verifique seos dados d a placa de identificao esto coerentes com o sistema ao qualo transformador vai ser instalado .As ligaes das buchas devero ser apertadas adequadamente, cuidando paraque nenhum esforo seja transmitido aos terminais, o que viria ocasionarafrouxamento das ligaes, mau contato e posteriores vazamentos porsobreaquecimento no sistema de vedao.As terminaes devem ser suficientemente flexveis a fim de evitar esforosmecnicos causados pela expanso e contrao, que podero quebrar a

    porcelana dos isoladores. Estas admitem considerveis pesos de condutores,mas devem ser evitadas longas distncias sem suportes. Alguns tipos de buchaspermitem a conexo direta dos cabos ou barramentos; outros, necessitam deconectores apropriados, que podem ou no ser fornecidos com o transformador.

    3.4. Aterramento do tanqueO tanque dever ser efetiva e permanentemente aterrado atravs do seu conectorde aterramento (figura 1). Uma malha de terra permanente de baixa resistncia essencial para uma proteo adequada. No tanque est previsto um ou doisconectores para aterramento. A malha de terra dever ser ligada a essesconectores por meio de um cabo de cobre n com seo adequada.

    Obs.: A reduo da potncia nominal para altitudes superiores a 1.000m se d

    de acordo com a equao:Pr = Pn 1 - k , sendo:H - 1000

    100( )

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    3.5. Componentes de proteo e manobra

    Os transformadores devem ser protegidos contra sobrecargas, curto-circuito esurtos de tenso. Normalmente usam-se chaves fusveis, disjuntores,seccionadores, pra-raios, etc. Todos esses componentes devero seradequadamente dimensionados para serem coordenados com o transformadore testados antes de fazer as conexes. Devem ser instalados o mais prximopossvel do transformador. Os elos utilizados nas chaves-fusveis devem estarde acordo com a demanda e potncia do transformador. O aterramento dospra-raios deve ser feito com cabos independentes do aterramento do neutrodo transformador.

    4 - MONTAGEM DO TRANSFORMADOR

    Para os transformadores fornecidos parcialmente desmontados, imp rescindvela contratao de profissionais qualificados para sua remontagem em campo,preferencialmente sob superviso do fabricante do equipamento.Sugerimos observar a seqncia de montagem abaixo relacionada, atentando,adicionalmente, para o que consta na NBR-7037:a) Radiadores

    Os radiadores devem ser inspecionados quanto limpeza e umidade, casonecessrio, devem ser lavados com leo limpo e preferencialmente aquecido(mximo 50oC ).

    b) Conservador Verificar se o conservador est seco e limpo internamente e, caso necessrio,

    lav-lo com leo limpo e preferencialmente aquecido ( mximo 50oC). Caso exista sistema de preservao do leo isolante no conservador

    (membrana ou bolsa), providenciar sua instalao e/ou verificar suaintegridade e correto funcionamento.

    Instalar o conservador e os respectivos suportes eventualmente existentes,bem como seu(s) indicador(es) de nvel.

    c) Sistema de resfriamentoAps inspeo e eventual limpeza, manter as tubulaes e os componentesde resfriamento forado (trocadores de calor, bombas de circulao de leo,etc...)

    d) BuchasAntes da montagem, as buchas devem estar perfeitamente limpas, secas eensaiadas quanto ao fator de potncia ou perdas dieltricas.- as juntas de vedao devem ser cuidadosamente colocados e os seus

    elementos de fixao apertados, a fim de se conseguir boaestanqueidade;- as buchas devem ser montadas uma de cada vez, a fim de reduzir a

    possibilidade de penetrao de ar ambiente, aproveitando a abertura deinspeo para um controle mais efetivo das ligaes internas;

    - para maior segurana durante a montagem das buchas devem ser utilizadosos dispositivos prprios para iamento e manuseio.

    e) TubulaesQuando aplicvel, manter as tubulaes entre comutador(es) de deriva-es em carga e conservador, rels de fluxo de leo e demais tubulaesporventura existentes.

    f) Secador de arPara transformador que no sofre vcuo para enchimento com leo, deve(m)ser instalado(s) o(s) secador(es) de ar. Prover o secador de ar com substnciahigroscpica (slica gel) seco.

    g) Rel de gsDurante a montagem, deve ser verificado se a inclinao da tubulao dorel de gs adequada e se a posio da montagem do rel de gs no

    tocante ao sentido do fluxo de gs (transformador/conservador ) est correta.Nota: verificar o correto funcionamento dos contato de alarme e desligamento.

    h) Nvel de leoVerificar o nvel do leo nas buchas, conservador(es) bolsa(s) de termmetro,secador(es) de ar (cuba).

    i) Rel de proteo do comutadorVerificar o correto funcionamento dos contatos de desligamento.

    j) AcessriosTodos os acessrios do transformador devem ser verificados antes de suamontagem, quanto inexistncia de oxidao, partes quebradas, atritos,corroso, etc.

    k) Comutador de derivao em carga

    Deve-se ter precaues para que sejam retirados calos eventualmentecolocados no seletor para fins de transporte. Verificar se o alojamento dachave comutadora foi expedido com leo.

    l) Indicador de temperaturaOs indicadores de temperatura e seus componentes devem ser protegidos,evitando sua danificao durante os trabalhos subseqentes.

    m) Posio dos registrosControlar a posio de todos os registros das tubulaes de preservao eresfriamento de leo.

    n) Buchas e conectoresOs conectores devem ser devidamente apertados. Verificar se os terminaispara ensaios das buchas esto devidamente aterrados.

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    o) VazamentosVerificar a ocorrncia de vazamento e providenciar sua supresso.

    4.1. Acessrios e Componentes

    4.1.1 Termmetro de leo

    O termmetro (Figura 2a e 2b), possui dois ponteiros de ligao e um de ind ica-o de temperatura mxima atingida em um perodo.Estes trs ponteiros so controlveis externamente, sendo que os do is primeirosmovimentam-se apenas por ao externa, enquanto que o ltimo impulsionadopela agulha de temperatura (ponteiro de arraste), apenas quando em ascensodesta, pois, na reduo ele fica imvel, sujeito apenas ao externa, possibi-litando-se a verificao da temperatura mxima atingida em um dado perodo.O termmetro possui na extremidade um bulbo que colocado no ponto maisquente do leo, logo abaixo da tampa.Pelo controle externo os ponteiros limites podero ser movimentados vontade.Temperatura de regulagem recomendada para ponteiros: para elevao de 55oCno enrolamento vf = 75oC, a= 85oC, d = 95oC.Ponteiro indicador de temperatura mxima do perodo: Aps a inspeo peridicado termmetro voltar o ponteiro indicador at encostar no ponteiro principalatravs do controle externo.

    Figura 2bFigura 2a

    4.1.2 Termmetro de Imagem TrmicaA imagem trmica a tcnica comumente utilizada para se medir atemperatura no enrolamento do transformador. Ela denominada imagemtrmica por repro-duzir indiretamente a temperatura do enrolamento.A temperatura do enrolamento, que a parte mais quente do transformador,nada mais do que a temperatura do leo acrescida da sobreelevao datemperatura do enrolamento (t) em relao ao leo.O sistema composto de uma resistncia de aquecimento e um sensor detemperatura simples ou duplo (figura 2c), ambos encapsulados e montadosem um poo protetor imerso em uma cmara de leo.O conjunto instalado na tampa do transformador, equalizando-se com atemperatura do topo do leo, indicando assim a temperatura do ponto maisquente do enrolamento.A resistncia de aquecimento alimentada por um transformador de corrente(figura 2d) associado ao enrolamento secundrio do transformador principal.

    4.1.3. Dispositivo de alvio de pr essoOs dispositivos de alvio de presso so instalados em transformadores imersosem lquido isolante com a finalidade de proteg-los contra possvel deformaoou ruptura do tanque em casos de defeito interno com aparecimento de pressoelevada. Podem ser divididos em dois tipos bsicos:

    a) Tipo membrana (Figura 3), ou tambm conhecido comotubo de exploso, no qual o alvio de presso ocorrerpelo rompimento da membrana. Sempre que otransformador for submetido a vcuo, essa membrana deveser isolada do tanque, e, quando manuseada, devem sertomados os devidos cuidados para no danific-la.Observar que usual utilizar-se uma proteo para amembrana durante o transporte, devendo,obrigatoriamente, ser retirada antes do incio defuncionamento do transformador;

    Figura 2c Figura 2d

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    Figura 5

    b) Tipo vlvula (Figuras 4 e 4a), uma vlvula com mola, provida de um sistemade amplificao instantnea da fora de atuao. Fecha-se automaticamenteaps a operao, impedindo, assim, a entrada de qualquer agente externono interior do transformador. No necessita ser isolada do tanque quandoeste submetido a vcuo.

    Figura 4

    4.1.4. Rel de presso sbitaO rel de presso sbita (Figura 5) um acessrio de proteo paratransformadores do tipo selado. Normalmente montado em uma das paredeslaterais do tanque do transformador, no espao entre o nvel mximo do lquidoisolante e a tampa. Entretanto, aceitvel tambm a montagem horizontal, sobrea tampa do transformador. projetado para atuar quando ocorrem defeitos no

    transformador que produzem presso interna anormal, sendo sua operaoocasionada somente pelas mudanas rpidas da presso interna, independenteda presso de operao do transformador.Quando o transformador transportado cheio de lquido isolante ou enchidono campo com vcuo, importante verificar que no penetre lquido isolante noorifcio equalizador de presso ou no interior do rel. Normalmente o flange aoqual se aplica o rel fornecido com flange cego de vedao, sendo esseacessrio fornecido em separado, devendo ser montado aps concluda ainstalao do transformador e o enchimento com lquido isolante.Para gradientes de presso superiores a 0,2atm/s a vlvula operainstantaneamente. Por outro lado, o rel no opera devido a mudanas lentasde presso prprias do funcionamento normal do transformador, bem como

    durante perturbaes do sistema (raios, sobretenso de manobra ou curto-circuito), a menos que tais perturbaes produzam danos no transformadorque gerem variao sbita da presso interna.

    Figura 4a

    Figura 6

    O secador de ar composto de um recipiente metlico, no qual est contido oagente secador (vide tem 4.1.5.2) e uma cmara para leo, colocada diante dorecipiente (que contm o agente) isolando-o na atmosfera. Durante ofuncionamento normal do transformador, o leo aquece e dilata, expulsando oar do conservador atravs do secador. Havendo diminuio da carga do

    transformador ou da temperatura ambiente, tambm haver abaixamento datemperatura do leo, acompanhada da respectiva reduo do volume. Forma-se, ento, uma depresso de ar no conservador e o ar ambiente aspiradoatravs da cmara e do agente secador, o qual absorve a umidade contida noar, que entrar em contato com o leo.Para a instalao do secador de ar, proceder conforme segue:a) Retirar o tampo localizado na ponta do tubo apropriado, localizado no

    conservador de leo (no necessrio retirar o leo do tanque);b) Retirar a tampa superior do secador de ar e introduzir a slica-gel no seu

    interior;c) Recolocar a tampa do secador de ar;

    d) Fixar o secador de ar no tubo apropriado, localizado no conservador de leo,

    com o visor voltado para a posio de inspeo;e) Aps fix-lo, retirar a parte inferior do

    desumidificador de ar e colocar o mesmoleo do transformador at a indicao emvermelho existente;

    f) Recolocar a parte inferior do desumidifi-cador de ar;

    g)Certificar-se da perfeita fixao do mesmo,de modo a evitar penetrao de umidadeno transformador.

    4.1.5. Conservador de leo

    Para transformadores recebidos com o conservador em separado, verificar, antesda sua remontagem, se est seco e limpo internamente. Caso necessrio, lav-lo com leo limpo e preferencialmente aquecido (mximo 50C).

    4.1.5.1 Desumidificador de ar (secador de ar)

    A fim de que sejam mantidos elevados ndices dieltricos dolquido isolante dos transformadores, estes so equipadoscom secadores de ar (Figura 6), os quais, devido

    capacidade de absoro de umidade, secam o ar aspiradoque flui ao transformador.

    Figura 7

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    4.1.5.2. Slica-gelO agente secador, denominado slica-gel, vtreo e duro, quimicamente quaseneutro e altamente higroscpico. um silcio, impregnado com c loreto de cobalto,tendo, quando em estado ativo, a cor azul celeste, de aspecto cristalino. capaz de absorver gua at 40% de seu prprio peso.Devido absoro de gua, torna-se rseo, devendo, ento, ser substitudo.Tem a vida muito prolongada e, atravs de um processo de secagem que podeser aplicado repetidas vezes, pode ser regenerado e reutilizado.A higroscopicidade da slica-gel pode ser restabelecida pelo aquecimento em

    estufa na temperatura de 80 a 100C, evaporando, desta maneira, a guaabsorvida. A fim de acelerar o processo de secagem, convm mex-laconstantemente, at a recuperao total de sua cor caracterstica. Seu contatocom leo, ou com os menores vestgios do mesmo, deve ser evitado a todocusto para que no perca sua cor azul, tingindo-se de marrom e at de preto,tornando-se imprestvel. Aps a regenerao, a slica-gel deve ser imediatamenteconservada num recipiente seco, hermeticamente fechado.

    4.1.6. Rel de gs (tipo Buchholz)O rel de gs tipo Buchholz (Figura 8) tem por finalidade proteger aparelhoseltricos que trabalham imersos em lquido isolante, geralmente transformadores.Enquanto sobrecargas e sobrecorrentes so fenmenos controlveis por meiode rels de mxima intensidade de corrente, defeitos tais como perda de leo,descargas internas, isolao defeituosa dos enrolamentos, do ferro ou mesmocontra a terra, ocorridos em transformadores equipados com um rel de mxima,podem causar avarias de grande monta caso o defeito permanea desapercebidodo operador durante algum tempo.O rel Buchholz instalado em transformadores justamente para, em tempohbil, indicar por meio de alarme ou atravs do desligamento do transformador,defeitos como os acima citados e, deste modo, evitar a continuidade dosmesmos.

    Figura 8

    O rel Buchholz normalmente montado entre o tanque principal e o tanque deexpanso do transformador. A carcaa do rel de ferro fundido, possuindo duasaberturas flangeadas e ainda dois visores providos de uma escala graduada indicativado volume de gs. Internamente encontram-se duas bias montadas uma sobre aoutra. Quando do acmulo de uma certa quantidade de gs no rel, a bia superior forada a descer. Se, por sua vez, uma produo excessiva de gs provoca umacirculao de leo no rel, a bia inferior que reage, antes mesmo que os gasesformados atinjam o rel. Em ambos os casos, as bias ao sofrerem o deslocamento,acionam um contato eltrico. Caso o alarme soe sem que o transformador sejadesligado, deve-se deslig-lo imediatamente e, em seguida, fazer-se o teste do gsretirado do interior do rel. Neste caso a origem do defeito pode ser avaliada deacordo com o resultado do teste do gs, ou seja:a) Gs combustvel (presena de acetileno): Neste caso deve haver um defeito a

    ser reparado na parte eltrica;b) Gs incombustvel (sem acetileno): Neste caso temos o ar puro. O transformador

    poder ser ligado novamente, sem perigo, aps a desaerao (sangria) dorel. O alarme soando repetidamente indica ar penetrando no transformador.Desligue e repare a falha;

    c)Nenhuma formao de gs (nvel de gs no rel est baixando e uma quantidadede ar est sendo sugada atravs da vlvula aberta): Neste caso, o nvel do leoest muito baixo, possivelmente devido a um vazamento. Repare o vazamentoe preencha o transformador com leo at o nvel correto.

    4.1.7. Indicador d e nvel de leo

    Os indicadores magnticos de nvel tm por finalidade indicar com preciso o nveldo lquido isolante e, ainda, quando providos de contatos para alarme oudesligamento, servirem como aparelhos de proteo do transformador.Os indicadores magnticos de nvel (Figura 9) possuem a sua carcaa em alumniofundido, sendo que a indicao de nvel feita por ponteiro acoplado a um mpermanente, de grande sensibilidade, fato este que o torna bastante preciso.O mostrador dos indicadores magnticos de nvel possui trs indicaes, ou sejam:MIN, que corresponde ao nvel mnimo, 25C, que corresponde temperaturaambiente assinalada, e MAX, que corresponde ao nvel mximo.

    Figura 9

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    4.1.8. Radiador destacvel

    Os radiadores devem ser inspecionados quanto limpeza e umidade internas.Caso necessrio, devem ser lavados com leo limpo e preferencialmenteaquecido (mximo 50C).

    4.1.9. Buchas

    Antes da montagem, as buchas devem estar perfeitamente limpas com benzinae secas. As juntas de vedao devem ser cuidadosamente colocadas e os seuselementos de fixao apertados a fim de se conseguir boa estanqueidade.

    As buchas devem ser montadas uma de cada vez, a fim de reduzir a possibilidadede penetrao de ar ambiente.Quando necessrio, para maior segurana durante a montagem das buchas,devem ser utilizados os dispositivos prprios para iamento e manuseio.

    4.1.10. Comutador de derivaes s ob carga

    A manuteno de comutadores de derivaesem carga de transformadores se restringe,praticamente, chave comutaora e aomecanismo de acionamento motorizado. Oseletor e o pr-seletor praticamente nonecessitam de manuteno porque seus

    contatos no sofrem a ao do arco eltrico esuas partes, em geral, no se desgastam.

    Esse tipo de servio exige:- pessoal bem treinado para realiz-lo;- conhecimento detalhado da estrutura e do funcionamento do comutador e do

    correspondente mecanismo de acionamento motorizado;- disponibilidade de peas de reserva e leo mineral isolante;- ferramentas, instrumentos e equipamentos adequados.O conhecimento detalhado da estrutura e do funcionamento do comutador edo mecanismo de acionamento motorizado poder ser adquirido nos cursosespecficos e completado no acompanhamento dos trabalhos de manutenofeitos pelas equipes responsveis pelos mesmos.Uma reviso do comutador pode ser realizada em, aproximadamente, 8 horas.O cilindro da chave comutadora no deve ficar exposto ao ar por mais de 10horas, pois pode absorver umidade e ficar com a resistncia de isolamentoprejudicada.

    (Figura 10)

    4.2. Coleta de amostras de lquidos isolantes para transformadoresOs lquidos isolantes so os fluidos com caractersticas dieltricas, a base de leosminerais ou produtos sintticos, utilizados em transformadores com a finalidadedieltrica e a de promover a remoo do calor gerado nas bobinas do equipamento.A verificao e acompanhamento de suas caractersticas fsico-qumicas, desde aenergizao do transformador, fundamental para a segurana e vida til doequipamento. Portanto, apresentamos a seguir alguns cuidados a seremobservados.

    4.2.1.Equipamentos para amostragem

    Usar os seguintes componentes para amostragem:a) Frasco para amostragem: os frascos para acondic ionamento das amostrasdevem ser de vidro escuro, com capacidade para 1 litro, limpos de acordocom o procedimento descrito no item 4.2.3;

    b) Dispositivos de amostragem: dispositivo (niple) e mangueira.

    4.2.2. Limpeza dos frascos de amostragemOs frascos devem ser limpos de acordo com o seguinte procedimento:a) Retirar eventual contedo dos frascos;b) Lavar os frascos e as tampas com detergente neutro;c) Enxagu-los com bastante gua corrente comum;d) Deixar escorrer a gua comum e enxaguar com gua destilada;e) Sec-los na estufa, em posio vertical, a uma temperatura de 102 2C, por

    um tempo mnimo de doze horas;

    f) Deixar os frascos esfriarem em temperatura ambiente, fechando-os emseguida, tomando cuidado para no tocar com a mo a borda do frasco ouparte interna da tampa que entrar em contato com o leo.

    Nota: No lugar da gua comum pode ser utilizado soluo sulfocrmica diluda `em gua, nas propores indicadas pelos fabricantes.

    4.2.3. Procedimento para coleta da amostraA coleta das amostras deve ser feita, preferencialmente, em tempo seco, evitando,assim, possvel contaminao externa. Se o tempo estiver chuvoso devem sertomadas as seguintes precaues:a) Se possvel, o lquido deve estar, no mnimo, mesma temperatura do ar

    ambiente;b) Quando o equipamento estiver em operao, a temperatura do lquido na

    hora da amostragem deve ser anotada. Este requisito particularmentenecessrio quando o contedo de gua ou as caractersticas dependentesdeste devem ser verificadas.

    IMPORTANTE: Para transformadores com conservador de leo (tanque deexpanso) que estejam energizados, o operador dever estar habilitado pararespeitar as normas de segurana quando da coleta de amostras de leo. Porm,para transformadores selados (sem conservador), as amostras de leo devem serretiradas com os mesmos desenergizados.

    Para retirada da amostra:a) Remover a proteo do orifcio de drenagem.

  • 8/3/2019 Manual de Instalao e Manuteno de Transformadores WEG

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    Nota: No caso de o transformador no possuir o orifcio de drenagem, a amostrapoder ser coletada atravs da vlvula inferior ou da vlvula superior oude enchimento. Ou ento, para coleta de amostragem em equipamentosabertos para inspeo, poder ser utilizado mangueira, introduzindo-ano transformador;

    b) Remover toda a sujeira e poeira visvel da vlvula com um tecido limpo e semfiapos;

    c) Adaptar o d ispositivo de amostragem no registro;d) Abrir a vlvula e deixar fluir, vigorosamente, no mnimo trs vezes o volume da

    tubulao.

    Nota: Este procedimento no se aplica a equipamento com pequeno volumede leo. Para estes casos, o volume a retirar deve levar em consideraoo nvel de leo do equipamento;

    e) Colocar o frasco embaixo do d ispositivo de amostragem;f) Encher o frasco desprezando, no mnimo, um volume de lquido igual

    capacidade do recipiente. Recomenda-se encher os frascos o mximopossvel, levando-se em conta as variaes de volume decorrentes de possveisalteraes de temperatura;

    g) Aps enchidos os frascos, sel-los conforme descreve o item i;h) Envi-los ao laboratrio de anlises, identificados conforme item 4.2.4;i) Terminada a amostragem, tampar os frascos tomando cuidado para no tocar

    na rea da tampa que ficar em contato com o lquido. Envolver a parte dogargalo com filme de plstico (cortado em crculo), apert-lo firmemente,fixando-o com fita crepe.

    4.2.4. Identificao das amostrasOs frascos com as amostras devero conter, no mnimo, as seguintesinformaes:a) Numerao de srie do transformador;b) Potncia;c) Classe de tenso;d) Tipo de leo coletado;e) Cliente (no caso de prestao de servio).

    Figura 11 - Dispositivo de amostragem

    Figura 12 - Dispositivo pararetirada de amostra

    1. Conexo para o registro do equipamento2. Frasco de 1000 ml3. Seringa de 50 ml para ensaio cromatogrfico4. Tubo e tampa de cobre o u de po litetrafluoretileno (Teflon)5. Tampa para frasco de 1000 ml6. Mangueira de plstico

    4.2.5.

    Tabeladevaloresnormalizadosparaleoisolante

    Tabela3Caractersticasd

    oleoisolante

    Ensaios

    Rigidez

    dieltrica

    (kV)

    Contedo

    degua

    (ppm)

    Acidez

    (mgKOH/g

    deleo)

    Tenso

    interfacial

    (N/m)

    Cor

    Fatorde

    potncia

    (%)

    Resultadostpicos

    leo

    novo

    50

    65 -7

    010

    0,0

    3

    0,0

    45

    0,5

    0,0

    1-0,0

    7

    0,1

    le

    o

    nov

    o

    >40

    >60

    >32

    >64

    0,04

    70

    ->58

    15

    0,1-0,2

    0,0

    2-0,0

    3

    1-1,5

    0,1-0,3

    - - -

    Satisfatrio

    At230kV

    >30

    >60

    >24

    >48

    70

    >27

    >54

    0,4

    >0,0

    20

    >4

    >1,5 - - -

    Apstratamento

    At230kV

    >33

    >66

    >25

    >50

    38

    >76

    >30

    >60