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MANUAL DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO

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Page 1: MANUAL DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO · manual de inseminaÇÃo em tempo fixo (iatf) - asbia - 2011. INSEMINAÇÃO EM TEMPO FIXO (IATF) EM BOVINOS LEITEIROS - IEPEC -

MANUAL DE INSEMINAÇÃOARTIFICIAL EM TEMPO FIXO

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INTRODUÇÃOA Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) é uma tecnologia que permite realizar a inseminação artificial em um horário preestabele-cido, eliminando dessa forma a necessidade de observação e detec-ção do cio.

A IATF tem como objetivo sincronizar a ovulação das fêmeas bovinas, por meio de uma sequência de tratamentos hormonais, conhecida como protocolo de sincronização.

Ao final do protocolo, as inseminações são realizadas em horário prede-terminado, ou seja, em tempo fixo.

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VANTAGENS

Aumento da eficiência reprodutiva.

Ausência da necessidade de observação de cio, favorecendo a melhoria da qualidade de vida.

Aumento do número de vacas inseminadas.

Induz a ciclicidade de vacas em anestro (ausência de manifestação de cio).

Possibilita a inseminação de vacas paridas recentemente.

Aumenta a taxa de prenhez no início da estação reprodutiva.

Programa a ocorrência dos partos conforme a época do ano e a demanda do mercado.

Possibilita programar as inseminações em curto espaço de tempo.

Sincroniza as inseminações e parições.

REQUISITOS BÁSICOS

Vacas com mais de 40 dias pós-parto ou após uma avaliação prévia de um médico veterinário.

Vacas com bom escore corporal (2,5 ou mais, em uma escala de 1 a 5).

Aporte alimentar suficiente para evitar perdas de peso.

Controle sanitário eficiente (brucelose/ leptospirose/ IBR/ BVD/ Campilobacteriose/ etc).

Veterinário capacitado para implantar o programa de IATF.

Infraestrutura adequada (troncos/ currais/ etc).

Contar com inseminadores experientes.

Mão de obra capacitada para execução dos protocolos.

Utilizar somente sêmen de touros com alta fertilidade.

PASSOS FUNDAMENTAIS PARA SINCRONIZAÇÃO UTILIZANDO A TÉCNICA DA IATF

Primeiro Passo:

Sincronização do crescimento dos folículos ovarianos por atresia (associação de E2 com P4) ou por ovulação (GnRH, LH e hCG).

Segundo Passo:

Controle dos níveis de P4 pela manutenção da concentração fisiológica desse hormônio durante o protocolo (inserção e permanência do dispositivo de P4), e pela redução do nível de progesterona ao final (retirada do dispositivo e tratamento com PGF para regressão do CL).

Terceiro Passo:

Indução da ovulação sincronizada (estrógenos, GnRH, LH e hCG), possibilitando realizar a IATF em momento programado.

GnRH - Hormônio Liberador de Gonadotrofinas.

AH - Adenohipófise.

NH - Neurohipófise.

FSH - Hormônio Folículo Estimulante.

LH - Hormônio Luteinizante.

E2 - Estrógeno.

P4 - Progesterona.

hCG - Hormônio Coriônico Gonadotrófico 

FD - Folículo Dominante.

CL - Corpo Lúteo.

Principais hormônios naturalmente produzidos pela fêmea bovina que são utilizados nos protocolos de sincronização para IATF.

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SUGESTÕES DE PROTOCOLO MODELO DE FICHA PARA UTILIZAÇÃO EM IATF

Implante: Data __ / __ / __ - Horário __ h às __ h

Retirada: Data __ / __ / __ - Horário __ h às __ h

IATF: Data __ / __ / __ - Horário __ h às __ h

Responsável: _________________________

Proprietário: _______________

Propriedade: ______________

Lote: _____________________

Descrição das anotações

1- Número do animal

2- Raça do Animal (nelore ou cruzada)

3- Categoria (multípara, primípara, novilha ou solteira - não lactante)

4- ECC (escore de condição corporal - escala de 1 a 5)

5- Implante (novo ou reutilizado 1x, 2x, etc)

6- Touro utilizado

7- Partida do touro

Ordem Número1 Raça2 Categoria3 ECC4 Implante5 Touro6 Partida7 Inseminador Observação

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

PROTOCOLO 1 (Ovsynch):

GnRH PGF GnRH IATF (2,5 ml) (2,0 ml) (2,5 ml) (17 a 24h)

D0 D7 D9 D10

PROTOCOLO 2 (Vacas em produção acima de 25 Kg/dia):

BE

CE

(2,0 ml) (0,5 ml)

GnRH PGF PGF IATF (1,0 ml) (2,0 ml) (2,0 ml)

D0 D7 D9 D11 DISPOSITIVO P4

PROTOCOLO 3 (Vacas em produção abaixo de 25 Kg/dia ou vacas de corte): ECG

(1,5 ml) CE (0,5 ml) BE PGF PGF IATF (2,0 ml) (2,0 ml) (2,0 ml)

D0 D7 D9 D11 DISPOSITIVO P4

PROTOCOLO 4 (Vacas em baixa produção ou vacas de corte):

ECG (1,5 ml)

CE (0,5 ml)

BE PGF IATF (2,0 ml) (2,0 ml)

D0 D8 D10 DISPOSITIVO P4

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SEQUÊNCIA DE PREPARO DO MATERIAL E COLOCAÇÃO DO DISPOSITIVO INTRAVAGINAL

Figura 4 - Montagem do dispositivo no aplicador Figura 5 – Montagem do dispositivo no aplicador

Figura 2 - Modelos de dispositivos intravaginais de progesterona e aplicadores.

Figura 3 - Higienização do aplicador

Figura 6 - Montagem do dispositivo no aplicador

Figura 7 - Montagem do dispositivo no aplicador

Figura 8 - Higiene da vulva do animal

Figura 9 - Colocação do dispositivo intravaginal

Figura 10 - Colocação do dispositivo intravaginal Figura 11 - Colocação do dispositivo intravaginal

Figura 12 - Local adequado de alojamento do dispositivo

Figura 13 - Local adequado de alojamento do dispositivo

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RETIRADA, LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ACONDICIONAMENTO DO DISPOSITIVO INTRAVAGINAL

Figura 14 - Retirada do dispositivo intravaginal Figura 15 - Enxágue e limpeza do dispositivo após a retirada

Figura 16 - Preparo de solução desinfetante para desinfecção do dispositivo

Figura 17 - Desinfecção do dispositivo

Figura 18 - Secagem dos dispositivos após desinfecção

Figura 19 - Controle do número de utilizações do dispositivo

Figura 20 - Armazenamento em recipiente adequado

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Figura 21 - Armazenamento sob refrigeração ou de acordo com recomendação expressa pelo fabricante

Bibliografia consultada:

MANUAL TÉCNICO SOBRE SINCRONIZAÇÃO E INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO (IATF) EM BOVINOS - TECNOPEC - 2008.

MANUAL DE INSEMINAÇÃO EM TEMPO FIXO (IATF) - ASBIA - 2011.

INSEMINAÇÃO EM TEMPO FIXO (IATF) EM BOVINOS LEITEIROS - IEPEC - 2015.

PROTOCOLOS DE IATF - OURO FINO SAÚDE ANIMAL (SITE) - 2017.

Alerta Ecológico

Os materiais descartáveis devem ser colocados em local apropriado.

ANOTAÇÕES

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ANOTAÇÕES

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