manual de importação para aplicação ao despacho aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/emerson...

161
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Emerson Fernando Boeira Rodrigo Ruckhaber de Morais TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização, Sistemas e Métodos ITAJAÍ (SC) 2010

Upload: dinhhanh

Post on 15-Oct-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Emerson Fernando Boeira

Rodrigo Ruckhaber de Morais

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

Manual de Importação para Aplicação ao

Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo

Organização, Sistemas e Métodos

ITAJAÍ (SC)

2010

Page 2: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

2

EMERSON FERNANDO BOEIRA

RODRIGO RUCKHABER DE MORAIS

TRABALHO DE CONCLUSÃO

DE ESTÁGIO Manual de Importação para Aplicação

ao Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo

Trabalho desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ - SC, 2010

Page 3: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

3

Agradecemos aos nossos familiares, as nossas

esposas pela compreensão nos momentos de

profundo estudo. À nossa orientadora Bárbara

Silvana Sabino pelo incentivo e apoio nessa

caminhada. A Hansa Logística Global Ltda. pela

acolhida e na oportunidade em estagiar e a crescer

profissionalmente.

Page 4: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

4

“O único lugar onde o sucesso vem

antes do trabalho é no dicionário”.

Albert Einstein

Page 5: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

5

EQUIPE TÉCNICA

a) Nome dos estagiários

Emerson Fernando Boeira

Rodrigo Ruckhaber de Morais

b) Área de estágio

Organização, Sistemas e Métodos

c) Supervisor de campo

Rodrigo Ruckhaber de Morais

d) Orientadora de estágio

Profª. Bárbara Silvana Sabino, M. Sc.

e) Responsável pelos Estágios em Administração

Prof. Eduardo Krieger da Silva, M. Sc.

Page 6: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

6

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social

Hansa Logística Global Ltda

b) Endereço

Rua Uruguai, 45, Sala 02, Centro – Itajaí – SC

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Importação

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome do cargo do supervisor de campo

Rodrigo Ruckhaber de Morais

f) Carimbo e visto da empresa

Page 7: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

7

AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

ITAJAÍ, 25 DE OUTUBRO DE 2010.

A Empresa HANSA LOGÍSTICA GLOBAL LTDA, pelo

presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí -

UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o Trabalho de Conclusão

de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pelos

acadêmicos EMERSON FERNANDO BOEIRA E RODRIGO

RUCKHABER DE MORAIS.

__________________________________

Rodrigo Ruckhaber de Morais

Page 8: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

8

RESUMO

Em função da competitividade na prestação de serviço, é crescente a preocupação das organizações com a capacitação dos seus profissionais. Atualmente, tornou-se de vital importância para as organizações terem profissionais qualificados e comprometidos com os seus objetivos. Com o Brasil em crescente desenvolvimento do comércio exterior, o volume das importações sobrepõe às exportações. A Hansa Logística Global Ltda. se depara dentro deste negócio acompanhando o crescimento do país. Em virtude disso, o objetivo geral do trabalho foi desenvolver um manual para padronização dos processos aduaneiros no setor de importação, no registro de declarações de importações do tipo consumo, com intuito de reduzir erros de registro. Tendo como objetivos específicos: identificar o perfil dos colaboradores; levantar o tipo de DI predominante, emitidas na Hansa; levantar os valores de multas recolhidas pela Hansa e RFB em Itajaí (SC); apresentar a legislação pertinente; reunir os documentos de importação; Levantar os padrões de trabalho; e descrever as etapas do despacho aduaneiro de importação do tipo para consumo. A pesquisa caracterizou-se inicialmente pela coleta de referencial teórico que fundamentou o trabalho, em segunda instância coletaram-se os valores das multas aplicadas pelo setor aduaneiro na RFB de Itajaí, sem e com redução. Foi exposto detalhadamente o padrão de trabalho no setor de importação, por meio do fluxograma de processos. Desenvolveu-se o manual de importação, uma ferramenta importante para o desenvolvimento das atividades do despacho aduaneiro da empresa estudada. Conclui-se que o manual permite a compreensão de todas as atividades, objetivando a administração do setor de importação.

PALAVRAS-CHAVE: Comércio Exterior. Importação. DI Consumo. Manual.

Page 9: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

9

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 – Indicadores para tratamento e análise dos dados....................... 26

Quadro 2 – Resumo das teorias da administração ....................................... 33

Quadro 3 – As principais etapas no desenvolvimento da qualidade.............. 40

Quadro 4 – Simbologia geral para representação do fluxograma.................. 49

Quadro 5 – Quadro de multas ....................................................................... 68

Figura 1 – Logo da Hansa ............................................................................. 71

Quadro 6 – Quadro de clientes ...................................................................... 75

Quadro 7 – Quadro de concorrentes ............................................................. 75

Figura 2 – Organograma da filial de Itajaí (SC) ........................................... 77

Figura 3 – Primeira tela do SISCOMEX ....................................................... 85

Figura 4 – Tela nova declaração .................................................................. 86

Figura 5 – Tela tipo de declaração ................................................................ 87

Figura 6 – Tela guia importador .................................................................... 88

Figura 7 – Tela guia básicas ......................................................................... 89

Figura 8 – Tela guia transporte ..................................................................... 91

Figura 9 – Tela guia carga, subguia 1 ........................................................... 93

Figura 10 – Tela guia carga, subguia 2 ......................................................... 95

Figura 11 – Tela guia carga, subguia 3 ......................................................... 96

Figura 12 – Tela guia pagamento .................................................................. 97

Figura 13 – Tela guia informações complementares ..................................... 98

Figura 14 – Tela inserir adição ...................................................................... 99

Figura 15 – Tela fornecedor/exportador ........................................................ 100

Figura 16 – Tela guia fornecedor/fabricante/produto ..................................... 101

Figura 17 – Tela guia mercadoria, subguia 1 ................................................ 102

Figura 18 – Tela guia mercadoria, subguia 2 ................................................ 103

Figura 19 – Tela guia mercadoria, subguia 3 ................................................ 105

Figura 20 – Tela guia mercadoria, subguia 4 ................................................ 106

Figura 21 – Tela guia valor aduaneiro ........................................................... 107

Figura 22 – Tela guia tributos, subguia I.I. .................................................... 108

Figura 23 – Tela guia tributos, subguia I.P.I. ................................................. 109

Page 10: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

10

Figura 24 – Tela guia tributos, subguia PIS/COFINS (PIS/PASEP) .............. 110

Figura 25 – Tela guia tributos, subguia PIS/COFINS (COFINS) .................... 111

Figura 26 – Tela guia tributos, antidumping .................................................. 112

Figura 27 – Tela guia tributos/subguia cálculos ............................................. 113

Figura 28 – Tela guia câmbio ......................................................................... 114

Figura 29 – Tela declaração de importação ................................................... 115

Figura 30 – Tela transmissão para análise .................................................... 116

Figura 31 – Tela diagnóstico por nº de transmissão ...................................... 117

Page 11: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

11

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Dados pessoais ........................................................................... 79

Tabela 2 – Dados profissionais ..................................................................... 79

Tabela 3 – Tipos de DI’s emitidas ................................................................. 81

Tabela 4 – Valores das multas recolhidas .................................................... 81

Tabela 5 – Valores das multas recolhidas Receita Federal do Brasil ........... 82

Tabela 6 – Percentual das multas recolhidas RFB X Hansa ........................ 83

Tabela 7 – Percentual das multas recolhidas RFB X PM Despachos Aduaneiros ....................................................................................................

83

Page 12: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

12

LISTA DE SIGLAS

ALADI – Associação Latino-Americana de Integração.

ANVISA – Agência Nacional da Vigilância Sanitária.

APO – Administração por Objetivos.

Art. – Artigo.

AVA – Acordo de Valoração Aduaneira.

BACEN – Banco Central do Brasil.

B/L – Bill of lading (Conhecimento de carga marítimo).

CCO – Comprovante de Compra.

CE – Ceará.

CE – Comprovante de Exportação.

CI – Comprovante de Importação.

CIDE – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico.

CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica.

CNTR – Container (Contêiner).

CFR – Cost and Freight (Custo de Frete).

COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.

COMEX – Comércio Exterior.

CPF – Cadastro de Pessoa Física.

DAD – Depósito Aduaneiro de Distribuição.

DARF – Documento de Arrecadação de Receitas Federais.

DCR-E – Demonstrativo do Coeficiente de Redução Eletrônico.

DECEX – Departamento de Operações de Comércio Exterior.

DDE – Declaração para Despacho de Exportação.

DEA – Depósito Especial Alfandegado.

DI – Declaração de Importação.

DO – Desenvolvimento Organizacional.

DRF – Delegacia da Receita Federal.

DSIC – Departamento de Segurança da Informação e Comunicações.

EADI – Estação Aduaneira Interior (Hoje Porto Seco).

EDA – Equipe de Despacho Aduaneiro.

Page 13: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

13

EIZOF – Entreposto Internacional da Zona Franca de Manaus.

ES – Espírito Santo.

FOB – Free on Board (Carga a Bordo).

FUNDAP – Fundo para Desenvolvimento das Atividades Portuárias.

GATT – General Agreement on Tariffs and Trade (Acordo Geral sobre Tarifas

Aduaneiras e Comércio).

IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços.

II – Imposto de Importação.

IN – Instrução Normativa.

INCOTERMS – International Commercial Terms (Termos Internacionais do

Comércio).

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados.

LI – Licença de Importação.

Ltda. – Limitada.

MA – Ministério da Agricultura e Abastecimento.

MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

MF – Ministério da Fazenda.

NALADI – Nomenclatura da Associação Latino-Americana de Integração.

NBM – Nomenclatura Brasileira de Mercadorias.

NC – Nota Complementar.

NCCA – Nomenclatura do Conselho de Cooperação Aduaneira.

NCM – Nomenclatura Comum do MERCOSUL.

NVE – Nomenclatura de Valor e Estatística.

OMC – Organização Mundial do Comércio.

PDF – Portable document format (Formato de documento portátil).

PE – Pernambuco.

PIS/PASEP – Programa de Integração Social.

POP – Procedimentos Operacionais Padrão.

POC3 – Planejar; Organizar; Coordenar; Comandar; e Controlar.

PR – Paraná.

RA – Regulamento Aduaneiro.

RADAR – Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes

Aduaneiros.

Page 14: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

14

RC – Registro de Operação de Crédito.

RE – Registro de Exportação.

REI – Registro de Exportadores e Importadores.

RES – Registro de Exportação Simplificado.

RF – Receita Federal.

RFB – Receita Federal do Brasil.

ROF – Registro de Operações Financeiras.

RS – Rio Grande do Sul.

RV – Registro de Venda.

SC – Santa Catarina.

SECEX – Secretaria de Comércio Exterior.

SGPC – Sistema Global de Preferências Comerciais.

SH – Sistema Harmonizado de Codificação e Designação de Mercadorias.

SISCOMEX – Sistema Integrado de Comércio Exterior.

SN – Sem Número.

SRF – Secretaria da Receita Federal (Hoje RFB).

SP – São Paulo.

URF – Unidade da Receita Federal.

TCE – Trabalho de Conclusão de Estágio.

TEC – Tarifa Externa Comum.

THC – Terminal Handling Charge (Capatazia).

TIPI – Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados.

VA – Valor Aduaneiro.

VMCV – Valor da Mercadoria na Condição de Venda.

VMLD – Valor da Mercadoria no Local de Descarga.

VMLE – Valor da Mercadoria no Local de Embarque.

VUCV – Valor unitário na condição de venda.

VTMLE – Valor Total das Mercadorias no Local de Embarque.

ZFM – Zona Franca de Manaus.

ZFM-PE – Zona Franca de Manaus (Produtos Estrangeiros).

ZFM-PI – Zona Franca de Manaus (Produtos Industrializados).

Page 15: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

15

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO........................................................................................... 18 1.1 Problema de Pesquisa/Justificativa ....................................................... 19 1.2 Objetivos do trabalho .............................................................................. 20 1.3 Aspectos metodológicos ........................................................................ 21 1.3.1 Caracterização da pesquisa ...................................................................... 22 1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa ........................................................ 23 1.3.3 Procedimentos de coleta de dados............................................................ 24 1.3.4 Tratamento e análise de dados.................................................................. 25 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................. 29 2.1 Administração.......................................................................................... 29 2.1.1 Administração como ciência ...................................................................... 30 2.1.2 Funções administrativas ............................................................................ 35 2.1.3 Administração na prestação de serviço ..................................................... 37 2.1.4 Padronização ........................................................................................... 38 2.1.5 Qualidade ................................................................................................. 39 2.2 Organização, sistemas e métodos ......................................................... 41 2.2.1 Evolução .................................................................................................... 42 2.2.2 O Profissional............................................................................................. 43 2.2.3 Formulário de levantamento ...................................................................... 44 2.2.4 Manualização ............................................................................................ 45 2.2.4.1 Elaboração do manual............................................................................ 47 2.2.4.2 Fluxograma ............................................................................................ 48 2.3 Globalização............................................................................................. 50 2.3.1 Comércio exterior....................................................................................... 51 2.3.2 Importação................................................................................................. 54 2.3.3 Modal marítimo .......................................................................................... 56 2.4 Despacho aduaneiro................................................................................ 57 2.4.1 Despachantes aduaneiros ......................................................................... 58 2.4.2 Início do despacho aduaneiro de importação ............................................ 58 2.4.3 Declaração de importação ......................................................................... 60 2.4.4 Documentos que instruem a declaração de importação ............................ 61 2.4.5 Fatura comercial ........................................................................................ 61 2.4.6 Packing List (romaneio de carga) .............................................................. 62 2.4.7 Conhecimento de carga marítimo (B/L) ..................................................... 63 2.4.8 Certificados especiais/ certificados de origem ........................................... 64 2.4.9 Preenchimento da declaração de importação ........................................... 64 2.4.10 Valor Aduaneiro....................................................................................... 65 2.4.11 Sistema integrado de comércio exterior (SISCOMEX)............................ 66 2.4.12 Multas aplicadas ao despacho aduaneiro ............................................... 68 3. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO ................................. 70 3.1 Caracterização da Empresa .................................................................... 70 3.1.1 Histórico..................................................................................................... 70 3.1.2 Principais serviços ..................................................................................... 72 3.1.3 Instalações................................................................................................. 74 3.1.4 Principais clientes ...................................................................................... 74

Page 16: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

16

3.1.5 Principais concorrentes.............................................................................. 75 3.1.6 Estrutura organizacional ........................................................................... 76 3.1.7 Missão, visão e valores.............................................................................. 77 3.2 Resultado da pesquisa .............................................................................. 78 3.2.1 Perfil dos colaboradores............................................................................ 79 3.2.2 Tipo de DI predominante ........................................................................... 81 3.2.3 Valores das multas Receita Federal do Brasil na DRF de Itajaí (SC) ...... 82 3.3 Manual de importação para o modal marítimo ........................................ 84 3.3.1 Orientações iniciais ................................................................................... 84 3.3.2 Tela inicial da declaração de importação (DI) no SISCOMEX .................. 84 3.3.3 Tela principal da declaração de importação no SISCOMEX importação .. 85 3.3.4 Inserindo uma nova declaração de importação ........................................ 86 3.3.5 Guia importador......................................................................................... 87 3.3.6 Guia básicas ............................................................................................. 89 3.3.7 Guia transporte ......................................................................................... 90 3.3.8 Guia carga ................................................................................................ 92 3.3.9 Subguia 2 ................................................................................................. 94 3.3.10 Subguia 3 ............................................................................................... 96 3.3.11 Guia pagamento ..................................................................................... 96 3.3.12 Guia informações complementares ........................................................ 98 3.3.13 Adição ..................................................................................................... 99 3.3.14 Guia fornecedor/importador.....................................................................100 3.3.15 Guia fornecedor/fabricante/produtor .......................................................101 3.3.16 Guia mercadoria/subguia 1 ....................................................................102 3.3.17 Guia mercadoria/subguia 2 ....................................................................103 3.3.18 Guia mercadoria/subguia 3 ....................................................................104 3.3.19 Guia mercadoria/subguia 4 ....................................................................105 3.3.20 Valor aduaneiro ......................................................................................106 3.3.21 Guia tributos/subguia I.I. .........................................................................108 3.3.22 Guia tributos/subguia I.P.I. .....................................................................109 3.3.23 Guia tributos/subguia PIS/COFINS (PIS/PASEP) ..................................110 3.3.24 Guia tributos/subguia PIS/COFINS (COFINS) .......................................111 3.3.25 Guia tributos/subguia antidumping .........................................................111 3.3.26 Guia tributos/subguia cálculos ................................................................112 3.3.27 Guia câmbio ...........................................................................................113 3.3.28 Transmissão para análise 1º passo ........................................................115 3.3.28.1 Transmissão para análise 2º passo .....................................................116 3.3.29 Transmissão para diagnóstico ................................................................116 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................118 4.1 Considerações sobre as questões teóricas envolvidas ......................119 4.2 Considerações sobre os resultados .....................................................120 4.3 Limitações, contribuições e recomendações .......................................122 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................123 ANEXOS ............................................................................................................127 APÊNDICES ......................................................................................................145

Page 17: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

17

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS..............................................................161

Page 18: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

18

1 INTRODUÇÃO

As organizações no Brasil vivem fases de crescimento no comércio exterior.

Novos conceitos de serviços fazem parte da mudança incessante das empresas que

buscam a qualidade na prestação de serviços, e tornam-se constante no mercado.

No cenário do comércio exterior, a importação consiste na entrada de

mercadorias provenientes do exterior, em um país, desempenhando um papel

importante no desenvolvimento social e econômico. As atividades de importação

avançaram seu crescimento em relação aos últimos anos, principalmente pelos

portos, aeroportos e pontos de fronteiras no Estado de Santa Catarina, o que

fortalece a economia local e do Brasil.

As relações comerciais internacionais exigem a adoção de procedimentos

que propõe controlar e fiscalizar o mercado interno, por meio de medidas vinculadas

ao Despacho Aduaneiro. Este consiste num procedimento fiscal com o objetivo de

assegurar regularidade na operação bem como o cumprimento dos aspectos

tributários.

O ambiente organizacional vem sendo marcado por inúmeras

transformações, que buscam a competitividade, com o objetivo da sobrevivência e

do crescimento no mercado. Essas transformações resultam em mudanças internas

fazendo com que as organizações necessitem de colaboradores qualificados.

As empresas têm conhecimento que uma equipe de colaboradores

preparados, motivados e comprometidos são diferenciais e itens fundamentais para

a busca de seu sucesso empresarial. Nesse cenário, a Hansa Logística Global Ltda

tem sua sede administrativa na cidade de Joinville (SC), a organização conta com

filiais em Vitória (ES) e Itajaí (SC). A filial em que foi desenvolvido o trabalho de

pesquisa situa-se em Itajaí (SC).

Essa unidade atua no mercado como prestadora de serviço no despacho

aduaneiro. E está vivenciando dificuldades na realização dos processos de

importação, sem que ocorra pagamento de multas em decorrência de imperícia por

falta de treinamento externo, interno e qualificação profissional e para tais

afirmações se apresenta o problema de pesquisa. Quais são as informações que

Page 19: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

19

obrigatoriamente devem ser levantadas para a eficaz elaboração de um manual de

processos do despacho aduaneiro do tipo consumo?

Com base nessas informações, esse trabalho busca desenvolver um manual

para padronização dos processos aduaneiros no setor de importação, no registro de

declarações de importações do tipo consumo, com intuito de reduzir erros de

registro. Sendo que os colaboradores poderão adquirir conhecimento e esclarecer

suas dúvidas nesse manual de processos.

O que vem a comprovar, tomando como base, Manzoli (2009) relata que, a

descrição incorreta ou incompleta pode acarretar atrasos no desembaraço e multas

significativas, portanto, a busca da minimização nas ocorrências de multas no

despacho aduaneiro é constante entre as partes envolvidas.

1.1 Problema de Pesquisa/Justificativa

Nesse item apresenta-se o problema de pesquisa e a justificativa de

elaboração desse estudo. Na opinião de Roesch (2007, p. 90), o problema de

pesquisa.

Pode ser definido tanto a partir da observação, como da teoria, ou ainda de um método que se queira testar. No contexto de um projeto de prática profissional, um problema é uma situação não resolvida, mas também pode ser a identificação de oportunidades até então não percebidas pela organização.

Os acadêmicos propõem para a empresa Hansa Logística Global Ltda a

pergunta de pesquisa que está relacionada com o seu ambiente de trabalho. Quais

são as informações que obrigatoriamente devem ser levantadas para a eficaz

elaboração de um manual de processos do despacho aduaneiro do tipo

consumo?

A padronização no interior das organizações é vista como instrumento

expressivo de gerenciamento nas rotinas, desde o chão de fábrica até o pós-venda.

Seguindo a mesma lógica, Campos (1999) relata que a padronização sob a ótica

empresarial, traz melhorias na qualidade do produto ou serviço, na redução dos

custos fixos e variáveis, nos cumprimentos dos prazos, etc.

Page 20: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

20

E para se atingir uma padronização nas operações de forma homogenia, a

área de Organização, Sistemas e Métodos contribui com a manualização. Este é um

importante caminho que deve ser percorrido, pois Cury (2005) denomina que os

manuais são documentos predispostos pela organização com o propósito de

padronizar os métodos em que se apresentam nas diversas áreas em atividade.

Em relação à originalidade os acadêmicos elaboraram junto ao coordenador

da unidade de Itajaí (SC) uma entrevista (APÊNDICE G) e pode-se observar que não

há trabalho de estágio relacionado ao tema que está sendo pesquisado, conforme a

pergunta de número 6.

Nessa Universidade há um trabalho de conclusão de curso elaborado pela

acadêmica Indianara Nayra Heusi Leal Nunes denominado Manual do importador

para empresa Full Comex importação e exportação Ltda que foi desenvolvido no

curso de Comércio Exterior, porém nesse trabalho foi apresentado os detalhes do

despacho aduaneiro no modal marítimo.

Quanto à viabilidade, a elaboração não envolveu custos significativos como

também houve a disponibilidade de informações e dados sobre a organização e fácil

acesso das pessoas que participaram dessa pesquisa, até pelo fato de um

componente da dupla ser Coordenador da empresa na unidade de Itajaí (SC).

Em suma, esse trabalho vem ao encontro de interesses acadêmicos e

empresariais, pois:

• o aporte teórico reunido nesse trabalho auxiliará na execução do

despacho aduaneiro;

• padroniza as atividades ao realizar o despacho aduaneiro e

• traz as legislações vigentes na área de importação, sendo útil para

constante consulta e

• servirá de base para futuros trabalhos.

1.2 Objetivos do trabalho

Esse item apresenta os objetivos do estudo, os quais Roesch (2007, p. 94)

apresenta como sendo o “definido como alvo ou desígnio que se pretende atingir”.

Page 21: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

21

Ressaltando que há duas implicações importantes, sendo que a autora estabelece

padrões de sucesso por meio da qual o trabalho foi avaliado e pela formulação de

objetivos que ajudaram a perceber etapas de seu estudo. Cabe ressaltar que tais

objetivos orientaram a revisão da literatura e da metodologia da pesquisa.

Nesses termos, o objetivo geral do presente trabalho é desenvolver um

manual para padronização dos processos aduaneiros no setor de importação,

no registro de declarações de importações do tipo consumo, com intuito de

reduzir erros de registro.

Quanto aos objetivos específicos, a formulação de um objetivo geral não é

suficiente para dar uma ideia como o trabalho foi desenvolvido. Com isso, Richardson

(2007, p. 63) define que “os objetivos específicos definem etapas que devem ser

cumpridas para alcançar o objetivo geral”. Assim, para atender o objetivo do trabalho

foram definidos os seguintes objetivos específicos:

• Identificar o perfil dos colaboradores;

• Levantar o tipo de Declaração de Importação predominante, emitidas na

Hansa;

• Levantar os valores das multas recolhidas pela Hansa;

• Levantar os valores das multas recolhidas pela Receita Federal do Brasil em

Itajaí (SC);

• Apresentar a legislação pertinente;

• Reunir os documentos de importação;

• Levantar os padrões de trabalho e

• Descrever as etapas da realização de um despacho aduaneiro de importação

do tipo para consumo.

1.3 Aspectos metodológicos

Neste item apresentam-se os aspectos metodológicos utilizados no presente

trabalho, enfatizando as questões ligadas ao tipo de pesquisa, área de abrangência,

Page 22: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

22

bem como apresentação e análise das informações. Cruz e Ribeiro (2003) comentam

que a metodologia é um elemento constitutivo de um estudo científico que apresenta

as técnicas a serem adotadas para a realização da pesquisa (entrevista, questionário

e outros). Corroborando, Roesch (2007) menciona que a finalidade da metodologia é

desenvolver no aluno familiaridade com a prática da pesquisa científica, sob a

supervisão de um pesquisador qualificado.

Destaca-se que a metodologia desse trabalho é composta por: (1) a

caracterização da pesquisa; (2) a tipologia de estágio; (3) os participantes da

empresa no presente estudo e (4) a coleta e tratamento dos dados. Vale ressaltar

que os aspectos metodológicos são essenciais para efetuar o trabalho, e os seus

itens devem ser determinados com exatidão conforme o tema escolhido, levando em

conta o trabalho a ser realizado para que se encontre o objetivo proposto.

1.3.1 Caracterização da pesquisa

Em suma, esse estudo tem como propósito o método proposição de planos,

pois se destina a desenvolver um manual para padronização dos processos

aduaneiros no setor de importação, reduzindo erros no registro de Declarações de

Importação. Pois, a proposição de planos tem como característica expressar

soluções para problemas já diagnosticados.

Dessa forma, mesmo sendo predominantemente qualitativo (pesquisa

bibliográfica, legislação pertinente (ANEXO A) e entrevista com o Coordenador da

empresa Apêndice G), beneficiou-se de métodos e técnicas da pesquisa quantitativa

(levantamentos da Receita Federal do Brasil (APÊNDICE C), dos concorrentes

(APÊNDICE D), do perfil dos colaboradores (APÊNDICE F), e documentos da

empresa, com cunho descritivo.

O método adotado para o estudo foi o método qualitativo com aporte

quantitativo. O autor Richardson (2007, p. 79) menciona que “o método qualitativo

difere em princípios do quantitativo à medida que não se emprega um instrumento

estatístico com base do processo de análise de um problema”. Quanto ao método

quantitativo, Richardson (2007, p. 70) descreve que ao contrário, “caracteriza-se

Page 23: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

23

pelo emprego da quantificação tanto das modalidades de coleta de informações,

quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas”.

Na pesquisa descritiva, “os fatos são observados, registrados, analisados,

classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles”. (ANDRADE,

1997, p. 104). Esse tipo de pesquisa, geralmente é utilizado para obter informações

relacionadas às atitudes dentro da organização, em que Gil (2007, p. 44) destaca

que “a pesquisa descritiva tem como objetivo primordial a descrição das

características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de

relação entre variáveis”.

Em síntese, esse trabalho descreve uma pesquisa, prevalecendo o método

qualitativo com aporte quantitativo que em suma é uma proposição de plano que se

concretizou por meio do desenvolvimento do manual para padronização dos

processos aduaneiros no setor de importação isso foi possível por intermédio de

dados coletados conforme: (1) buscar pesquisas bibliográficas; (2) reunir documentos

da Hansa; (3) identificar o perfil dos colaboradores; (4) levantar o tipo de DI

predominante, emitidas na Hansa; (5) levantar os valores das multas recolhidas pela

Hansa; (6) levantar os valores das multas recolhidas pela Delegacia da Receita

Federal em Itajaí (SC); (7) aplicar entrevista com Coordenador; (8) apresentar a

legislação vigente na área; (9) reunir os documentos de importação; (10) levantar os

padrões de trabalho e (11) descrever as etapas da realização de um despacho

aduaneiro de importação.

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa

Essa seção destina-se a determinação da população envolvida no estudo,

bem como da amostragem a ser adotada. Seguindo essa linha, Richardson (2007, p.

158) define que “população pode ser um conjunto de indivíduos que trabalham em

um mesmo lugar”. E amostra utilizada foi por conveniência, que na visão de

Malhotra (2001), busca obter uma amostra de elementos convenientes, em que na

maioria dos casos, o entrevistador escolhe as pessoas que farão parte da pesquisa,

porque elas estavam no lugar e no momento certo.

Page 24: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

24

Como a população restringe-se a apenas 4 pessoas, é possível adotar o

sistema de amostragem censo formada por conveniência por abranger a todos os

elementos da população.

Na pesquisa qualitativa, a coleta de dados foi realizada por meio de

pesquisa em livros, sites na internet, leis e decretos, publicações de revistas, artigos

para análise e entendimento do assunto. Já na pesquisa quantitativa foram

coletados dados da Receita Federal do Brasil em Itajaí (SC) por meio da solicitação

de dados (APÊNDICE C) e dados de outras organizações do mesmo ramo

demonstrado no Quadro 7.

1.3.3 Procedimentos de coleta de dados

Compete ressaltar que Richardson (2007) comenta que esta seção existe

numa pesquisa com a intenção de apontar os instrumentos de coleta de

informações, as quais podem ser por intermédio de questionários, entrevistas,

fichas, por exemplo. Esse estudo contou com pesquisas bibliográfica e documental,

e ainda levantamentos por meio da aplicação de questionários e entrevistas.

Os questionários foram aplicados na Receita Federal do Brasil (APÊNDICE

C), com concorrentes (APÊNDICE D), com colaboradores (APÊNDICE F). Já a

entrevista com o Coordenador de Despacho Aduaneiro (APÊNDICE G) que também

cedeu documentos da empresa para respaldar a veracidade das informações, bem

como completa-las. E por fim vale registrar que a pesquisa bibliográfica ocorreu

sobre as temáticas envolvidas e sobre as legislações vigentes (ANEXO A).

Em relação às temáticas pertinentes para esse estudo foram pesquisados

livros, artigos, legislações pertinentes, sites da internet sobre as temáticas: (1)

Administração; (2) Organização, Sistemas e Métodos; (3) Comércio Exterior; (4)

Importação e (5) Despacho Aduaneiro. A biblioteca comunitária central da UNIVALI –

Itajaí (SC) foi a que deu suporte a toda essa pesquisa que ocorreu de agosto de 2009

a julho de 2010 quando os acadêmicos dedicaram-se aos Estágios I e II.

Marconi e Lakatos (2006, p. 167) relatam que “a etapa de coleta de dados é a

aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas a fim de se

efetuar a coleta dos dados previstos”. Seguindo esse preceito, Richardson (2007, p.

Page 25: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

25

207) explica que a “entrevista é uma técnica importante em que o investigador se

apresenta frente ao investigado e lhe formulam perguntas, com o objetivo de

obtenção dos dados que interessam à investigação”.

A entrevista com o Coordenador ocorreu no dia 03 de agosto de 2010

conforme (APÊNDICE G), esta sondou sobre questões específicas referentes ao

despacho aduaneiro de importação da filial de Itajaí (SC) e para tal contou com 9

questões fechadas.

Mas, para dar suporte quantitativo ao trabalho realizou-se levantamento com

os colaboradores (APÊNDICE F). Este questionário aplicado com os colaboradores

foca no perfil demográfico dos mesmos. Assim foi formulado com 9 questões

fechadas que abordam sobre: (1) nome completo; (2) gênero; (3) idade; (4) estado

civil; (5) experiência anterior na área; (6) escolaridade; (7) se fala outro idioma; (8) se

possui conhecimentos em informática e no pacote Office; e (9) se tem familiaridade

com legislações vigentes na área. Foi aplicado pelos acadêmicos no dia 14 de

setembro de 2010.

Já os questionários enviados à Receita Federal do Brasil (APÊNDICE C) e

concorrentes (APÊNDICE D), foram para levantar o volume ou percentual das multas

recolhidas nos códigos (2185 e 5149). Como enfatiza Richardson (2007, p. 189) “os

questionários cumprem pelo menos duas funções: descrever as características e

medir determinadas variáveis de um grupo social”. Trabalharam-se questões

fechadas referentes à solicitação de coleta de dados.

1.3.4 Tratamento e análise de dados

Este item mostra como os pesquisadores tratam e analisam os resultados

obtidos. Nos estudos de caráter qualitativo, nos quais se obtêm uma quantidade de

dados em forma de textos podem ser tratadas pela análise de conteúdo. Já para a

pesquisa de caráter quantitativo, habitualmente os dados coletados são tratados de

maneira estatística. Marconi e Lakatos (2006) relatam que na análise dos dados, o

pesquisador encontra os mínimos detalhes sobre o trabalho, procurando conseguir

Page 26: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

26

respostas as suas perguntas e institui as descrições necessárias entre dados

adquiridos e as suposições determinadas.

Falando-se de dados quantitativos, foram coletados de instituições públicas

e empresas privadas e foram tabulados por meios estatísticos, que como ressalta

Oppenheim (1992, p. 157 apud Roesch, 2007, p. 150), “essas técnicas são bastante

poderosas, incluindo a média, desvio-padrão, variância, análise de variância e a

maioria dos métodos multivariados”, para visualização eficaz dos resultados.

Já os dados qualitativos foram tratados tendo com base os conceitos da

análise de conteúdo, conforme agrupadas as respostas de acordo com as categorias

de referencial teórico. O método da análise de conteúdo na opinião de Roesch

(2007, p. 170), “busca classificar palavras, frases, ou mesmos parágrafos em

categorias de conteúdo. Utiliza desde técnicas simples até outras mais complexas,

que se apóiam em métodos estatísticos”.

Ressalta-se que as devidas análises dos dados, os resultados foram

transcritos e apresentados em quadros tabelas e textos descritivos. Os indicadores

para o tratamento e análise de dados coletados podem ser mais bem visualizados

no Quadro 1.

Categoria da informação

Informação Coleta Autores

Manual Um conjunto ou coleção sistemática de regras, premissas, políticas, metas que determinam para todos os colaboradores da empresa o que deve ser feito, como, onde, quando, quem deve fazer e por que é feito.

Pesquisa bibliográfica

D’Ascenção (2007)

Comércio Exterior

“É a relação direta do comércio entre dois países ou blocos. São as normatizações com que cada país administra seu comércio com os demais, regulando as formas, métodos e deliberações para viabilizar este comércio”.

Pesquisa bibliográfica

Maluf (2003, p. 23)

Importação “É a entrada da mercadoria estrangeira no território nacional, por prazo limitado (admissão temporária) ou definitivo (importação de consumo)”.

Pesquisa bibliográfica

Werneck (2010, p. 22).

Tipos de DI Consumo; Admissão em entreposto aduaneiro; Admissão em EIZOF – entreposto internacional da ZFM; Admissão em entreposto industrial; Admissão temporária; Admissão na ZFM; Admissão em loja franca; Admissão em ALC; Admissão em DAD; Admissão em DEA; Consumo e Admissão temporária.

Figura 5, p. 87

Programa SISCOMEX

Legislação 1 - Tipo de declaração ANEXO A Receita Federal do

Page 27: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

27

Categoria da informação

Informação Coleta Autores

ANEXO ÚNICO IN SRF 680

Até 55 – Internação de ZFM-PI

Brasil (2010)

Perfil dos colaborado-res

gênero; idade; estado civil; experiência anterior na área; escolaridade; outro idioma; conhecimentos de informática e o pacote office; e familiaridade com as legislações vigentes na área.

APÊNDICE F Elaborado pelos acadêmicos (2010)

Levantamen-to das multas da Hansa

Valores em Reais (R$) nos anos de 2008, 2009 até julho de 2010 nos códigos (2185) e (5149).

APÊNDICE H

Documentos Hansa (2010)

Levantar tipo de DI predominan-te na Hansa

A predominância das declarações emitidas que nesse caso servem de exemplo para o presente trabalho que é a de consumo.

Pesquisa Documental.

Relatório Hansa (2010)

Reunir documentos de importação

Fatura comercial; Packing List; B/L; e outros documentos exigidos em decorrência de acordos internacionais ou por força da lei, de regulamento ou de outro ato normativo.

ANEXOS B, C e D respectiva-mente.

Exemplos tem caráter meramente ilustrativos, qualquer semelhança é pura coincidência.

Levantar os padrões de trabalho

Documentos de entrada; fluxo de informações; fluxos de documentos; e atividades rotineiras.

Coleta de dados.

Livros de: Organização, Sistemas e Métodos Araujo (2001); Cury (2005); D’Ascenção (2007); Manganote (2001). Comércio Exterior: Dias; Rodrigues (2004); Hartung (2002); Ludovico (2002); Magnoli; Serapião (2006); Maluf (2003); Marinho; Pires (2002); Soares (2004); Vazquez (2009). E Despacho Aduaneiro: Bizelli; Barbosa (1997); Keedi (2008); Maluf (2003); Martins (2005); Sosa (1995); Werneck (2010).

Descrever etapas do despacho aduaneiro

Fluxograma no (APÊNDICE B) demonstra fielmente como acontece às etapas do desembaraço aduaneiro, desde a entrega da documentação até a finalização do processo, assim é a base do manual.

APÊNDICE B

Livros de: Comércio Exterior Dias; Rodrigues (2004); Hartung (2002); Ludovico (2002); Magnoli; Serapião (2006); Maluf (2003); Marinho; Pires (2002); Soares (2004); Vazquez (2009). Despacho Aduaneiro: Bizelli; Barbosa (1997);

Page 28: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

28

Categoria da informação

Informação Coleta Autores

Keedi (2008); Maluf (2003); Martins (2005); Sosa (1995); Werneck (2010). E Instrução Normativa 680. (ANEXO A).

Quadro 1 - Indicadores para tratamento e análise dos dados. Fonte: Elaborado pelos acadêmicos (2010).

Dessa maneira, acredita-se ter abordado os pontos indispensáveis para o

encaminhamento eficaz da coleta, tratamento e análise dos dados. Iniciando com o

referencial teórico, constatando o prisma de cada autor e entrando especificamente

no despacho aduaneiro de importação.

Page 29: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

29

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para a realização deste trabalho, fez-se um levantamento bibliográfico com a

finalidade de aprofundar os conhecimentos na fundamentação teórica. Assim, traz

assuntos pertinentes a: (1) Administração; (2) Padronização; (3) Qualidade; (4)

Organização, Sistemas e Métodos; (5) Manualização; (6) Fluxograma; (7)

Globalização; (8) Comércio Exterior; (9) Importação e (10) Despacho Aduaneiro.

2.1 Administração

A administração revela-se como uma das áreas do conhecimento humano

complexa e de inúmeros desafios. O profissional que escolhe a administração como

o seu trabalho pode atuar em diversos e variados níveis de uma organização, seja

na área de recursos humanos, financeiro, produção, mercadológica e administração

geral.

Conforme Daft (2005, p. 5), “administração é o alcance de metas

organizacionais de maneira eficaz e eficiente por meio de planejamento, organização,

liderança e controle dos recursos organizacionais”. O mesmo autor (2005, p. 7) ainda

afirma que:

A administração é tão importante porque as organizações são igualmente muito importantes. Em uma sociedade industrializada, na qual as tecnologias complexas dominam, as organizações reúnem conhecimento, pessoas e matérias-primas para realizar tarefas que um indivíduo sozinho não conseguiria.

A maioria dos homens crê que os interesses fundamentais dos

empregadores e empregados sejam necessariamente antagônicos. Pelo contrário, a

administração tem por seus fundamentos a certeza do qual o verdadeiro interesse de

ambos são um, único e mesmo, em que a prosperidade do empregador não pode

existir por vários anos, se não acompanhada da prosperidade do empregado e vice-

versa, e de que é preciso proporcionar ao trabalhador aquilo desejado, motivação e

um bom ambiente de trabalho, e ao empregador o qual ele realmente almeja o baixo

custo de produção e o lucro. (DAFT, 2005).

Page 30: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

30

A principal razão para o estudo da administração é o seu impacto sobre o

desempenho das organizações e é a forma como são administradas que tornam as

empresas capazes de utilizar corretamente seus recursos para atingir os objetivos.

(MAXIMIANO, 2000).

Neste sentido, o mesmo autor (2000, p. 25) refere que “é a função do

profissional de administração tornar isto por instrumento de trabalho e sempre ter em

mente estas colocações”.

Além disso, o autor ainda relata que os processos administrativos são

chamados também de funções administrativas ou funções gerenciais, como

coordenação, direção, comunicação e participação, que contribuem para a realização

dos quatros processos principais (MAXIMIANO, 2000).

Atualmente, a realidade das organizações é diferente das administrações do

passado, pois com o surgimento de várias inovações tecnológicas e com o próprio

desenvolvimento intelectual do homem é necessário mais do que intuição e

percepção das oportunidades. A administração necessita de um amplo conhecimento

e a aplicação correta dos princípios técnicos até agora formulados, a necessidade de

combinar os meios e objetivos com eficiência e eficácia.

2.1.1 Administração como ciência

Em função do crescimento das empresas e consequentemente da

necessidade de um administrador profissional é que surgiu a preocupação de se

estudar a administração de forma científica. Era necessário ter alguém para planejar,

coordenar, dirigir e controlar as pessoas e os recursos materiais utilizados, a fim de

buscar ganhos expressivos de produtividade.

A administração nasceu como corpo independente de conhecimentos na

Europa no século XVIII, durante a Revolução Industrial. As primeiras fábricas

modernas naquela época começaram a colocar em prática diversos conceitos, como

a divisão do trabalho. (MAXIMIANO, 2000).

A administração científica é “um subcampo da perspectiva administrativa

clássica que enfatiza as mudanças cientificamente determinadas nas práticas

Page 31: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

31

administrativas como a solução para melhorar a produtividade da mão-de-obra”.

(DAFT, 2005, p. 31).

Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915) via a necessidade premente de

aplicar métodos científicos, para garantir a consecução de seus objetivos de máxima

produção a mínimo custo. (FERREIRA, 1997).

A primeira teoria administrativa foi nomeada Escola da Administração

Científica, oriunda com as novas necessidades industriais na virada do século XIX,

na qual Frederick W. Taylor produziu estudos a respeito de técnicas da

racionalização do trabalho do operário. Suas opiniões preconizavam a prática da

divisão do trabalho. (FERREIRA, 1997).

Para Taylor (1995), era imperativo desenvolver um método de trabalho para

todas as atividades industriais. Foi necessário analisar cada tarefa minuciosamente

e buscar a melhor maneira de executá-la. O método por excelência a ser seguido

pelo trabalhador deveria conter a descrição da tarefa, meios e prazos para

execução.

Observar, calcular, definir, deduzir seguro contra sofismas e erros de lógica,

para projetar situações e estruturar a ação com vistas a objetivos claros e

hierarquizados, isso é a forma científica de saber e trabalhar, assim Taylor procedeu

com sucesso. (MATTOS, 2008)

Embora tenha sido conhecido como o “pai da administração científica”,

Taylor não estava só nessa área. Henry Laurence Gantt (1861 – 1919) desenvolveu

o gráfico de Gantt – um gráfico de barras que mede o trabalho planejado e trabalho

concluído ao longo de cada estágio de produção por tempo decorrido. (DAFT, 2005).

Daft (2005, p. 31), conclui que:

Dois outros importantes pioneiros nessa área foram o casal Frank B. e Lillian M. Gilbreth. Frank B. Gilbreth (1868-1924) foi pioneiro no estudo de tempos e movimentos e chegou a muitas de suas técnicas administrativas independentemente de Taylor. [...] Lillian M. Gilbreth (1878-1972) estava mais interessada no aspecto humano do trabalho. [...] A destemida “primeira-dama da administração” [...] foi pioneira no campo da psicologia industrial e fez contribuições substanciais para a administração dos recursos humanos.

Em essência, os princípios e as técnicas criadas pelo movimento de Taylor,

procuravam aumentar a eficiência dos trabalhadores por meio da racionalização do

trabalho. (MAXIMIANO, 2000). Além dele, Jules Henri Fayol (1841 – 1925), diretor de

grandes minas e usinas siderúrgicas, contribuiu também para o movimento da

Page 32: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

32

Administração Científica, formulando a doutrina administrativa que passou a ser

conhecida como fayolrismo.

Essa doutrina atribuiu aos subordinados uma capacidade técnica, que se

exprime nos princípios: conhecer; prever; organizar; comandar; coordenar e controlar.

(GIL, 2007).

Henry Ford (1863 – 1947) foi também um contribuinte da Administração

Científica, o pioneiro da indústria automobilística americana. Ford afirmava que:

Para diminuir os custos, a produção deveria ser em massa, em grande quantidade e aparelhada com tecnologia capaz de desenvolver ao máximo a produtividade dos funcionários [...] e o trabalho deveria ser altamente especializado, realizando cada operário uma única tarefa. E propunha boa remuneração e jornada de trabalho menor para aumentar a produtividade dos operários. (GIL, 2007, p. 19).

A escola do pensamento sobre as relações humanas considera que o

controle verdadeiramente eficaz vem de dentro do indivíduo, em vez de ser o controle

restrito e autoritário. (DAFT, 2005).

“O movimento de valorização das relações humanas no trabalho surgiu da

constatação da necessidade de considerar a relevância dos fatores psicológicos e

sociais na produtividade”. (GIL, 2007, p. 19).

As relações humanas compõem um processo de adaptação de indivíduos

numa situação de trabalho, de maneira a fazer com que os trabalhadores colaborem

com a organização e até encontrem satisfação de suas necessidades sociais e

psicológicas. (GIL, 2007).

Elton George Mayo (1880 – 1949) comenta que o desempenho das pessoas

era determinado não apenas pelo método de trabalho, mas também pelo

comportamento. (MAXIMIANO, 2000).

No prisma do mesmo autor, (2000) as organizações são conjuntos sociais

deliberadamente norteados para a realização de objetivos e finalidades, uma

organização em especial pode produzir diferentes produtos e ao mesmo tempo

prestar diferentes serviços.

Um dos principais recursos das organizações é os colaboradores que

realizam suas metas pré-estabelecidas, e por isso precisam ser motivadas no

trabalho para desempenhar suas tarefas com realização e satisfação. Em tempos

atuais, a tarefa da administração é de interpretar os objetivos propostos pela empresa

e transformá-los em ação organizacional por meio de planejamento, organização,

Page 33: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

33

direção e controle de todos os esforços realizados na organização, com o intuito de

alcançar tais objetivos de maneira adequada à situação presente. (DAFT, 2005).

Complementando o que os autores citaram sobre o processo evolutivo das

organizações, Sabino (2009) apresenta uma visão geral da evolução dos

procedimentos administrativos que podem ser visualizados no Quadro 2:

Teorias Época

aproxi-mada

Idéias Centrais Visão da organiza-ção

Visão do homem

Visão Crítica

Mecanicista 1890 a 1925

Economias, produção em série, subordinação funcional.

Formal Homem Econômico

Supervalorização do operário, vi-são microscópica do homem.

Clássica 1890 a 1925

Centralização, unidade de comando, normas, divisão do trabalho, economias.

Formal Homem Econômico

Excesso de normas, centralismo exagerado.

Humanas 1927 Pessoas têm qualidades que precisam ser esti-muladas, fatores emo-cionais interferem na eficiência do trabalho, o comportamento humano é complexo.

Informal Homem Social Visão parcial do problema, conclusões óbvias.

Comportamen-tal

1932 a 1940

Os indivíduos participam, tomam decisões e resolvem problemas.

Informal Homem Social Parte da ótica dos proprietários da empresa.

Burocrática 1940 Padronização, definir a racionalidade burocrática, administração impessoal, responsabilidades do cargo definidas.

Informal Administrativo Rotina inflexível. A insensibilidade das pessoas que vem de uma aderência infle-xível a procedi-mentos e regras.

Estruturalista 1950 A pessoa vive em conflito com a organização, mas precisa adaptar-se a ela, a organização exerce enérgica influ-ência no indivíduo.

Formal e Informal

Homem Organizacional

Fatalismo. Os Homens aprisio-nados pela organização. Provocam o conflito, mas não o resolvem.

Sistêmica 1951 Os sistemas existem dentro dos sistemas, são abertos, as funções de um sistema dependem de sua estrutura.

Organiza-ção como um sistema

Funcional Trouxe uma fantástica ampliação na visão dos pro-blemas organiza-cionais em con-tra posição à antiga aborda-gem do sistema fechado, mas ainda carece de melhor sistematização e detalhamento,

Page 34: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

34

Teorias Época aproxi-mada

Idéias Centrais Visão da organiza-ção

Visão do homem

Visão Crítica

pois a sua aplicação prática é ainda Incipiente.

Administração por objetivos (APO)

1954 Planejamento, formulação De políticas e Relações com os Clientes.

Formal e Informal

Homem Econômico

A APO não é uma fórmula mágica mas um meio de desenvolver um trabalho ordenado e consciente para conhecer, com razoável probabilidade, o resultado futuro das decisões.

Desenvolvimen-to organizacional (DO)

1962 Clara percepção do que está ocorrendo nos ambientes interno e externo da organização, análise e decisão do que precisa ser mudado e a intervenção necessária para provocar mudança, tomando a organização mais eficaz.

Formal e Informal

Administrativo Existe uma convicção de que o DO é um rótulo utilizado para a embala-gem de desco-bertas e princí-pios da teoria das relações hu-manas e da teo-ria comporta-mental, dentro de novas formulações.

Contingencial 1972 São as características ambientais que condicionam as características organizacionais. Identificação das variáveis que produzem maior impacto sobre a organização, como o ambiente e a tecnologia.

Sistema Aberto e Sistema Fechado

Complexo Eminentemente eclética e interativa, mas ao mesmo tempo relativista e si-tuacional. Em alguns aspectos parece mais uma maneira relativa de encarar o mundo do que propriamente uma teoria administrativa.

Quadro 2 – Resumo das teorias da administração. Fonte: Sabino (2009, p. 32).

O Quadro 2 de resumo das teorias mostra a evolução das Escolas da

Administração desde a Científica de Taylor em que exibe a ênfase nas tarefas,

Page 35: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

35

passando pela Clássica de Fayol na qual ele regulamentou a hierarquia e descreveu

as funções básicas do administrador em planejar, organizar, comandar e controlar.

A partir dessas teorias originaram: Humanas; Comportamental; Burocrática;

Estruturalista; Sistêmica; APO; DO; e a Contingencial que veio para associar-se as

demais Escolas e por ser eclética e interativa aglutinando as ideias anteriores para

um novo patamar, considerando que tudo é relativo e que não existe um modelo

absoluto, sempre vai depender das variáveis do ambiente.

E um dos vestígios notáveis das sociedades modernas é o seu cunho

burocrático e limitado, desse modo, Ribeiro (2010, p. 95) afirma que “a burocracia

surge da necessidade de criar um modelo organizacional que considerasse todos os

aspectos organizacionais, fossem humanos ou estruturais”.

Maximillian Weber (1864 – 1920) é considerado o pai da teoria da

burocracia, não como a maioria pejorativamente denomina, mas efetivamente

atender às organizações formais no âmbito da racionalidade e eficiência. (RIBEIRO,

2010). A finalidade real da Escola Burocrática foi beneficiar a administração de um

modo gerencial racional e sistematizado, salientando as características de

formalidade, impessoalidade e profissionalismo.

2.1.2 Funções administrativas

POC3 (Planejar, Organizar, Coordenar, Comandar e Controlar) é uma

importante ferramenta e é por meio dela que o gestor pode exercer sua função de

obter e maximizar seus resultados pela utilização dos recursos disponíveis. Planejar

(definir tarefas); Organizar (munir-se de recursos necessários); Coordenar (inter-

relacionar tarefas); Comandar (instruir as pessoas envolvidas no processo) e

Controle (monitorar e corrigir).

Um conceito usual para organização é “duas ou mais pessoas trabalhando

juntas e de modo estruturado para alcançar um objetivo específico ou um conjunto

de objetivos” (STONER; FREEMAN, 1995, p. 4). Os mesmos autores relatam que as

organizações são importantes elementos à vida civilizada por servirem à sociedade,

permitindo que realizemos coisas que, como indivíduos jamais poderiam fazer tão

bem ou talvez não as fizéssemos de modo algum.

Page 36: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

36

Stoner e Freeman (1995) declaram que as organizações não devem ser

confundidas apenas como empresas, uma vez que, ao pensarem nos valores e

necessidades culturalmente aceitas, servem à sociedade, organizando a vida e

transformando o globo em um lugar seguro e ainda agradável de viver.

Nas organizações, a realização das metas é um fator primordial. Dessa

forma, torna-se claro que as pessoas que as administram realizam função essencial,

ou seja, coordenando os esforços de diferentes indivíduos. As organizações nos

permitem alcançar metas que, de outra forma, seriam difíceis ou até mesmo

impossíveis de serem alcançadas.

Cabe ressaltar que Barnard (1979) define que uma organização é um campo

de forças pessoais, composto das atividades dos seres humanos nas quais podem

ser coordenadas. As organizações estão presentes em nosso dia-a-dia e tem um

papel fundamental na nossa vida.

Alguns teóricos em administração identificam funções administrativas

adicionais, como o preenchimento do quadro dos funcionários. Essas funções são

subconjuntos das funções primárias que são: Planejar, Organizar, Liderar e Controlar.

Das quatro funções administrativas elencadas, o planejamento é considerado

item fundamental, sendo que as demais se derivam dele, o planejamento também é

uma função controversa, pois não se consegue ler um futuro incerto tampouco

controlar um ambiente turbulento.

“Planejamento significa a definição de metas para o desempenho

organizacional futuro e a decisão sobre as tarefas e o uso dos recursos necessários

para alcançá-las”. (DAFT, 2005, p. 5). Refere que o propósito do planejamento e do

estabelecimento das metas é de ajudar a organização a alcançar um desempenho

organizacional satisfatório.

A função de organizar segue o planejamento e reflete como a organização

põe em prática seu plano, a organização envolve a atribuição e agrupamentos das

tarefas em departamentos e a concessão de autoridade e alocação de recursos pela

organização. Desta maneira Daft (2005, p. 346) conceitua:

Três habilidades básicas de liderança estão no centro da identificação e da solução dos problemas envolvendo pessoas: (1) diagnosticar ou ganhar discernimento na situação que um gerente está tentando influenciar; (2) adaptar o comportamento individual e os recursos para satisfazer as necessidades da situação; (3) comunicar de forma que os outros consigam compreender e aceitar.

Page 37: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

37

Para lidar com essa responsabilidade os líderes precisam compreender o

comportamento organizacional, a maneira como os indivíduos e grupos tendem a

agirem nas organizações. “A liderança é recíproca, ocorrendo entre as pessoas. É

uma atividade das pessoas, distintas das atividades com a papelada administrativa

ou da resolução de problemas [...] a liderança é dinâmica e envolve o uso de poder”.

(DAFT, 2005, p. 373).

Daft (2005, p. 476) define “o controle organizacional é o processo sistemático

de regular as atividades organizacionais para torná-las consistentes com as

expectativas estabelecidas nos planos, metas e padrões de desempenho”.

Para os gerentes terem controle de uma organização precisam estar

informados dos padrões de desempenho e compartilhar as informações com os

colaboradores da empresa. Percebe-se por meio das ideias dos autores, que o

sucesso de uma organização depende do esforço coordenado de seus membros e tal

esforço implica na compreensão das características organizacionais, as quais

identificam como estrutura, processo de coleta de informação e mensuração, de

comunicação e tomada de decisões, recursos para a execução, além de processos

de influenciação, conjunto de atitudes e motivações.

2.1.3 Administração na prestação de serviço

Compreende-se como prestação de serviço a realização de trabalho

oferecido ou contratado por terceiros, tanto na comunidade ou empresa, incluindo

consultorias e assessorias. Caracteriza-se pela intangibilidade, inseparabilidade e

não resulta na posse de um bem.

Drucker (2006) relata que as entidades prestadoras de serviços são

essenciais às sociedades modernas e precisam apresentar bom desempenho à

organização e constituem pilares sustentadores também à mesma. Para que a

organização possa dar ênfase a sua atividade fim, ela terceiriza às prestadoras de

serviços as suas atividades meio, sem prejudicar o andamento das atividades e sem

perder a qualidade das suas funções.

De acordo com as ideias de Johnston e Clark (2002, p. 23), “administração

das operações de serviço é uma atividade que diz respeito a que serviço prestamos

Page 38: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

38

e como ele é fornecido a nossos clientes”. Com isso estamos suscetíveis a

compreender as necessidades dos clientes, gerenciar os processos do serviço e

simultaneamente devem-se ficar atentos à melhoria contínua dos serviços

prestados.

Apesar disso, Drucker (2006, p. 154) descreve que “a entidade prestadora

de serviços não difere muito da empresa em qualquer área, exceto na sua missão

especifica”. Com essa citação pode-se afirmar que as empresas prestadoras de

serviços e as empresas tradicionais tendem a trabalhar juntas para que obtenham

sucesso e procurem se desenvolver a fim de maximizar seus lucros, aperfeiçoar os

processos e tornar melhor o ambiente de trabalho.

Dentre os aspectos pode-se afirmar que quem presta o serviço deve estar

atento: (1) a gerenciar os processos; (2) a gerenciar a capacidade produtiva; (3)

gerenciar pessoas a todo o momento; (4) gerenciar as diferentes estruturas e (5)

explorar oportunidades e problemas. (JOHNSTON; CLARK, 2002).

A gestão da prestação de serviço está associada ao ponto de entrega ao

cliente, seja fornecendo o trabalho que satisfaça o contratante, mas também existe a

parte de que a prestadora de serviço cumpra o orçamento e gere lucro, tanto para si

própria quanto à empresa que contratou seus serviços.

2.1.4 Padronização

Contemporaneamente, a padronização nas organizações compõe uma das

poderosas ferramentas para o gerenciamento das rotinas do cotidiano. Os benefícios

da padronização são práticos e proporcionam um superior desempenho a cada

processo e, consequentemente, o aumento da produtividade e competitividade

empresarial.

Diante desse fato, Campos (1999, p. 2) conceitua que “a padronização deve

ser vista dentro das empresas, desta mesma forma, como algo que trará melhorias

em qualidade, custo, cumprimento de prazo, segurança, etc.”

Page 39: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

39

Na organização objeto de estudo, a padronização é importante para o

desenvolvimento das atividades de desembaraço aduaneiro, contudo, os

colaboradores deverão estar engajados à missão da empresa.

Padronização é o processo sistemático de uma organização para estabelecer

e se utilizar de padrões de trabalho/processo, preservando seu histórico e

documentando os resultados alcançados. No entanto, a maioria dos casos em que se

dá pela obrigatoriedade, definido por normas, projetos, plantas e que devem ser

cumpridas. (CAMPOS, 1999).

Uma ferramenta importantíssima para o gerenciamento dos processos é a

padronização na qual os autores Juran e Gryna (1993) mencionam que sem

padronização não há o devido controle sobre as operações e que ela exerce um

papel importante no desenvolvimento de um país.

E com estas colocações pode-se afirmar que o processo padronizado pode

ser considerado como um método efetivo e organizado de produzir bens e serviços

sem que haja desperdício de tempo e matéria-prima, a fim de maximizar os

resultados da organização, garantindo qualidade naquilo que faz, a meta crucial da

padronização é a garantia da qualidade.

2.1.5 Qualidade

A qualidade é um assunto amplo, com inúmeras literaturas e diversos

trabalhos acadêmicos desenvolvidos, em diferentes níveis de profundidade. Pode ser

vista em todos os níveis das organizações desde o chão de fábrica até o pós venda.

Diante desses fatos, Miguel (2006) relata o desenvolvimento histórico da era

moderna da qualidade e que se divide em quatro situações diferentes, as quais são:

(1) inspeção; (2) controle estatístico da qualidade; (3) qualidade assegurada ou

garantia da qualidade e (4) gestão da qualidade.

Detalhando as ideias de Crosby (1994) descreve que a qualidade é utilizada

no sentido de valor relativo dos fatos, também se pode definir que nada mais é do

que a conformidade com os requisitos propostos. No atual ambiente competitivo, há o

cliente mais exigente em relação à qualidade do produto e serviço.

Page 40: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

40

Em resumo, a qualidade passa a ser o principal diferencial não só dos

produtos em si, mas, especialmente dos serviços prestados pelas empresas.

(HARGREAVES; ZUANETTI, 2001). Para o entendimento dessas dimensões,

apresenta-se o Quadro 3 traçando-se a evolução da qualidade como instrução,

desde a inspeção até a gestão da qualidade.

Etapas do movimento da qualidade Identificação das Características

Inspeção Controle da Qualidade

Qualidade Assegurada

Gerenciamento da Qualidade

Preocupação básica-visão de qualidade

verificação de um problema a ser resolvido

controle de um problema a ser resolvido

coordenação de um problema a ser resolvido, mas enfrentando proativamente

impacto estratégico como uma oportunidade de concorrência

Ênfase uniformidade do produto

uniformidade do produto com menos inspeção

toda a cadeia de produção desde o projeto até vendas

as necessidades do mercado e do consumidor

Métodos instrumento de medição

instrumentos e técnicas estatísticas

programas e sistemas

planejamento estratégico, estabelecimento de objetivos

Papel dos profissionais da qualidade

inspeção, classificação e avaliação

solução de problemas e a aplicação de métodos estatísticos

mensuração e planejamento da qualidade

estabelecimento de objetivos, educação, e treinamento

Responsável pela qualidade

departamento de inspeção

departamento de controle da qualidade

todos os departamentos, embora a alta gerência só se envolva perifericamente

todos na empresa, com alta gerência exercendo intensa liderança

Orientação e abordagem

“inspeciona” a qualidade

“controla” a qualidade

“constrói” a qualidade

“gerencia” a qualidade

Quadro 3 – As principais etapas no desenvolvimento da qualidade. Fonte: Garvin apud Miguel (2006, p. 40).

O Quadro 3 demonstra cronologicamente desde 1920 no qual os grupos

relacionados à qualidade nas organizações eram integrantes dos departamentos de

“inspeção”. Evoluindo gradativamente até 1968 quando o gerenciamento da

qualidade total passou a ser utilizado pelo ocidente, principalmente na Europa.

Na qualidade existem pontos de vista diferentes de seu significado. Para a

compreensão do que vem a ser qualidade, deve-se recordar que não existe um

conceito incontestável, mas sim, referente a alguma coisa e frequentemente, técnicas

e metodologias se misturam a sua definição. (MIGUEL, 2006).

Page 41: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

41

Finalmente, programas de qualidade buscam produzir um ambiente no qual

as pessoas possam crescer e se desenvolver, estender sua capacidade criativa, esse

objetivo concretiza-se na medida em que as necessidades pessoais, de ampliar e

transformar em realidade seus potenciais e que possam ser atingidas,

significativamente, no seu espaço de trabalho, assegurando, dessa forma, a

sobrevivência da organização.

A gestão da qualidade tem sido amplamente utilizada, na atualidade, por

organizações públicas e privadas, de todos os portes, em materiais, produtos,

processos ou serviços. A conscientização e a busca da qualidade e do

reconhecimento da sua importância, tornou a certificação dos sistemas de

gerenciamento da qualidade indispensável uma vez que:

• aumenta a satisfação e a confiança dos clientes internos, externos e

stakeholders;

• aumenta a produtividade por meio da padronização;

• reduz os custos fixos e variáveis;

• melhora a imagem e os processos contínuamente e

• torna o acesso fácil a novos mercados.

Crosby (1994) define que qualidade significa o cumprimento dos padrões e o

fazê-lo bem desde a primeira vez. E uma maneira de assegurar a perpetuação de

uma organização é por meio da qualidade, ou seja, não pode ser entendida que a

mesma não tenha defeitos, mas sim como um recente modo de valores que

conduzem a gestão para o sucesso da organização.

2.2 Organização, sistemas e métodos

Organização, Sistemas e Métodos é uma das atividades administrativas que

são voltadas para a obtenção de uma melhor produtividade dos recursos humanos e

de material, por meio dessa técnica que abrangem os pontos de vista

comportamentais e instrumentais no macro e micro ambiente da empresa.

Page 42: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

42

“Para alguns teóricos, qualquer estudo tem de levar em consideração o fato

de que as organizações diferem uma das outras. As pessoas, a tecnologia e as

situações são pano de fundo da organização” (ARAUJO, 2001, p. 19). Com essas

palavras o autor coloca que em diferentes campos de atuação, mesmo em negócios

semelhantes, são diferentes por causa de seu capital intelectual.

Dentro desse panorama de OSM são colocados em xeque a questão dos

clientes e processos de suma importância para sobrevivência das organizações. Os

processos existem para dar rotatividade às operações da empresa e precisam de

total atenção para a sua consecução.

Com isso, Manganote (2001), afirma que os processos utilizam auxílios da

empresa para propor resultados objetivos aos seus clientes. Dessa maneira os

processos são importantes na vivência das organizações.

Do mesmo modo, Cury (2005, p. 122) declara que “OSM é uma das funções

especializadas de Administração e uma das principais responsáveis pela modelagem

da empresa”. Envolvendo e verificando as partes de infra-estrutura compatíveis com

os projetos do empreendimento e complementando com a definição e redefinição de

processos e maneiras sistemáticas de trabalho, sendo absolutamente necessário à

efetividade organizacional (CURY, 2005).

Para que a área de OSM seja efetiva dentro das empresas, é necessário

que seja regulamentada de forma que tenha condições de atuar em todos os níveis

da organização.

2.2.1 Evolução

Um novo paradigma toma forma nos dias atuais em que se caminha para um

novo estilo de empresa, aquela na qual aparenta ser o fim dos empregos como

existia no século XX, a tecnologia que aproxima quem está longe eliminando a

distância e tempo e o aumento progressivo dos níveis de exigência dos clientes.

Com isso a área de OSM está nos dias de hoje se moldando às novas formas

organizacionais e se apresenta com destaque dentro das empresas.

Page 43: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

43

Anteriormente, OSM apoiavam seus esforços de obtenção à finalidade de

racionalizar e estruturar, sendo assim iniciava-se a mudança organizacional na

análise estrutural e seu objetivo era a transformação. (ARAUJO, 2001). Dessa forma,

a área de OSM atuava nas empresas, que aplicava importância ao componente

estrutural e mínimo envolvimento aos componentes tecnológicos.

Como afirma D’Ascenção (2007), de 1968 a 1980 foi o auge da profissão de

analista de OSM, pois tinha share de mercado amplo, todavia exercia a atividade de

simplificação das rotinas, tornando as estruturas organizacionais ágeis e também

desenvolvendo a implantação de sistemas de informação em computadores.

É presente em diversos autores a concordância em que se apresenta e

justifica-se a contribuição da área de OSM à gestão das organizações nos dias de

hoje. Mesmo assim, Cury (2005, p. 122) relata que é “indispensável um enfoque da

empresa em seu todo e não em suas partes – considerando que o todo representa

mais do que a soma de suas partes”, isso quer dizer que se espera no futuro um

entendimento da empresa satisfatório, dos seus sistemas, dos ambientes e da inter-

relação entre eles.

A interdependência resultada da especialização da Administração, OSM

derivam da circunstância de que a organização procura estruturar e desenvolver

sistemas para realizar suas atividades com eficiência, com o auxilio da racionalização

de trabalho para alargar a produtividade e reduzir os custos.

2.2.2 O Profissional

Uma questão que deve ser levada em consideração no quesito localização

da estrutura das organizações é que o profissional de OSM deve estar alocado ao

staff da mesma, pois atua em diversos ambientes e se relaciona com os demais

órgãos da empresa. O profissional de OSM impreterivelmente deve conhecer os

avanços tecnológicos ligados ao sistema de informação da empresa, não que ele

tenha que ser um expert em computadores, mas deve estar credenciado a dialogar e

interagir com pessoas e máquinas.

Na percepção de Cury (2005), o profissional de OSM não pode ser

compreendido como aqueles que são subordinados da informática ou os criadores

Page 44: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

44

de extravagantes profissões hibridas como aquela pessoa que simplesmente exerce

seu ofício por meio dos formulários.

Ele deve dominar um método próprio de trabalho, aprendida e aprimorada

ao longo da carreira, tendo sensibilidade que permita diagnosticar situações,

identificando problemas e causas, envolvendo os usuários, podendo assim planejar

soluções cabíveis à organização. (CURY, 2005).

A meta desse profissional perante a empresa é:

• Integrar as atividades, dentre as unidades organizacionais por meio de um

inter-relacionamento consistente e padronizado;

• Qualidade na solução de problemas, evitando a aplicação de simples

métodos ou modelos, porém empregá-los e adaptá-los sempre que possível

sem esquecer as peculiaridades das culturas, linguagem e

produtos/mercados e

• Equilibrar os recursos organizacionais, sinergicamente promover as forças em

direção aos objetivos num movimento crescente e constante.

2.2.3 Formulário de levantamento

Formulários podem ser definidos como excelente veículo de transmissão de

informações de uma pessoa para outra. Além disso, Araujo (2001, p. 96) aponta que

formulário “é a materialização do dado, da informação, armazenada ou disseminada,

veiculada por pouco período de tempo ou não”.

Consequentemente, Cury (2005) conceitua o formulário como um

documento padronizado, estruturado de acordo com sua finalidade específica,

podendo ter características e campos apropriados, destinado a receber, reter e

propagar informações, definindo seu fluxo de trabalho do início da atividade até a

conclusão.

Assim, as organizações contemporâneas, necessitam de processos

otimizados como condição indispensável para a sobrevivência e desenvolvimento. E

o levantamento das tarefas executadas no setor de importação da empresa em

estudo se dará por meio do quadro de distribuição do trabalho. Essa é uma técnica

Page 45: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

45

especializada utilizada pelo profissional de OSM, com o intuito de avaliar a

distribuição das atividades entre os diversos órgãos e nesse aspecto, demonstrar as

atividades individuais dos colaboradores.

Desta forma, Cury (2005, p. 403) comenta que

O QDT é o instrumento utilizado como objetivo de se analisar as diversas atividades atribuídas a cada uma das unidades orgânicas existentes numa dada empresa, por meio do diagnóstico das tarefas executadas por seus empregados, visando aferir a carga de trabalho e a nacionalidade de sua distribuição.

Com isso, a Hansa Logística Global Ltda. por intermédio de seu

Coordenador, colaboradores, acadêmicos e mediante pesquisa bibliográfica criaram

o quadro de distribuição do trabalho para o setor de importação, como pode ser mais

bem visualizado no Apêndice A. Ficam explícitas as atividades pertinentes ao

despacho aduaneiro de importação. Desde o início de uma declaração até o fim do

processo, ou seja, desembaraçado.

2.2.4 Manualização

A manualização é o primeiro passo para atingir a padronização de seus

serviços. A elaboração de manuais técnicos de procedimentos operacionais padrão,

mais conhecidos como POP, têm por finalidade padronizar um processo de

produção, fazendo com que os colaboradores que executam as tarefas o façam de

maneira uniforme.

Detalhando as ideias de Cury (2005), assegura-se que manuais são

documentos preparados na empresa com o intuito de padronizar os procedimentos

que merecem atenção e são observados nas diversas áreas de atuação, tornando-se

excelente aparato de racionalização de métodos e de aperfeiçoamento, integrando

diversos subsistemas organizacionais.

Além disso, Araujo (2001) aponta que a finalidade da manualização é permitir

que o agrupamento de informações dispostas de forma sistematizada, criteriosa e

segmentada atue como meio facilitador do desempenho de uma organização.

Atualmente os manuais podem ser vistos eletronicamente, dado ao nível de

tecnologia da informação que se tem nas empresas. Conforme a colocação de

Page 46: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

46

D’Ascenção (2007) que conceitua o manual como um conjunto ou coleção

sistemática de regras, premissas, políticas, metas que determinam para todos os

colaboradores da empresa: (1) o que deve ser feito; (2) como; (3) onde; (4) quando;

(5) quem deve fazer e (6) por que é feito.

As vantagens para a implantação de um manual são inúmeras, pois auxilia

nos critérios e padrões adotados pela organização, permite uniformização dos

processos, poderá ser consultado a qualquer momento, aumenta a eficiência e a

eficácia, melhora o gerenciamento, inibe a improvisação, evita conflitos entre pares e

representa a evolução detalhada dos processos dentro da organização.

(D’ASCENÇÃO, 2007).

“O manual vale como instrumento de permanente consulta, sem ser o único

no qual os executivos e executantes devem pautar seu trabalho. Por isso, deve ser

bem elaborado, claro, lógico, sem ser limitador da criatividade humana”. (ARAUJO,

2001, p. 108). Para dar rapidez ao funcionamento das atividades é importante que os

usuários do manual sempre o tenham disponível e acessível (fisicamente ou on-line)

para verificações das rotinas de trabalho a serem executadas.

Para a execução desse estudo, trabalhou-se a forma de manual de

procedimentos que tem “como objetivo descrever as atividades que interessam aos

diversos órgãos da empresa e explicitar como elas devem ser desenvolvidas”.

(CURY, 2005, p. 430). E para Araujo (2001) relata que a descrição desse manual na

ordem, objetivo do mesmo, classificar os assuntos pertinentes, preparo e emissão de

regras, padrões para redação de comunicações normativas e modificações das

normas, se necessário.

Há algumas interrogações que deve haver reflexões e ser manifestadas por

coordenadores em todas as organizações: (1) Como manualizar? (2) Como escrever

e ajudar o novo funcionário no exercício de seu cargo? (3) De que modo cooperar na

redação de um manual a ser útil ao público-usuário? Pois é aqui que a técnica de

elaboração torna-se importante. (ARAUJO, 2001).

Um manual não pode ser desenvolvido apenas para as pessoas que não

sabem do processo ou que estão iniciando suas atividades e vêem tudo como novo,

pois, os colaboradores que estão na empresa há mais tempo e trabalham

mecanicamente imaginando que estão fazendo todos os seus procedimentos dentro

dos padrões, tem chance de fazer o processo errado tanto quanto os demais

colaboradores.

Page 47: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

47

No manual devem conter as informações consideradas obvias e as

complexas porque ele é um importante instrumento de trabalho e deve ser levado a

sério por todos os níveis da organização. Portanto, na preparação e organização de

um manual os responsáveis por sua elaboração e utilização têm que ter em mente

que a finalidade é a eficiência do funcionamento da organização.

2.2.4.1 Elaboração do manual

Um manual existe para que sejam colocados em detalhes todos os

procedimentos a serem executados pela pessoa que o lê, isto é, de forma clara e

objetiva. São explanadas ao leitor os determinados processos e atividades que

devem ser feitas por ele para a realização de uma tarefa.

Para Cury (2005), o manual pode ter conteúdo diverso de uma empresa para

outra, embora alguns pontos possam ser comuns. O Manual de Organização do

Management Center do Brasil, define que seja qual for seu campo de abrangência,

deve ter a seguinte composição gráfica, de um modo geral:

• ter um formato cômodo, que facilite seu manuseio e sua guarda (de

preferência o tamanho A-4 = 297 x 210 mm), ainda podendo ser digitalizado e

disponibilizado pelo software PDF – Portable document format (Formato de

documento portátil);

• montar o volume da obra impressa que deve ser separado por uma

pessoa qualificada, com as folhas soltas, facilitando sua consulta e alteração das

folhas atualizadas;

• aplicar linguagem simples, direta, o mais exato e coerente possível,

correspondente ao nível dos profissionais a que se destinam;

• incluir índice geral e guias de cartolina, com os títulos do assunto para

melhor situar-se e

• estudar criteriosamente a quem se determina de antemão o manual,

para que não gere desperdício à empresa.

Um manual bem preparado permite aos seus usuários de qualquer órgão,

sendo público ou privado, podendo ficar cientes com clareza de suas

responsabilidades e quais as suas formas de relacionamentos com os demais

Page 48: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

48

envolvidos, evitando conflitos nos processos, tornando a tomada de decisão eficaz e

instituindo um instrumento de controle eficiente da empresa.

Do mesmo modo, D’Ascenção (2007) relata que os manuais devem

responder às perguntas: (1) O que deve ser feito; (2) Como deve ser feito; (3)

Quando deve ser feito; (4) Onde deve ser feito; (5) Quem deve fazer; (6) Por que

deve ser feito?

Para sua criação deve ser feito um roteiro na qual serão definidos os

processos e seus objetivos. Tem que haver um conhecimento amplo do ramo da

empresa, entrevistar a liderança, verificar a infra-estrutura da empresa, toda parte

documental (constituição, estrutura organizacional, demonstrativos e relatórios),

mapear preliminarmente os processos-fins e meios da organização. (D’ASCENÇÃO,

2007).

A técnica de manualização auxilia no progresso da organização, uma

ferramenta de constante consulta e um rico depósito das experiências acumuladas,

subsidiando o treinamento dos colaboradores novos e dando suporte como

instrumento de controle. Por fim, para a implantação do manual, além de todo o

detalhamento mencionado, deve-se fazer um treinamento com a equipe, visando

reduzir a ineficiência e buscando um aumento na capacidade da organização em

enfrentar as dificuldades e problemas demandados de toda a natureza.

2.2.4.2 Fluxograma

O fluxograma ou flow-chart em inglês ou ainda carta de fluxo de processo

trata-se de uma representação de uma sequência de trabalho podendo ser sintética,

na qual as operações e seus respectivos operadores e departamentos envolvidos

são visualizados no processo mapeado.

Buscando uma definição mais recente, descreve-se que D’Ascenção (2007,

p. 109) coloca que “todo e qualquer processo, tanto administrativo quanto

operacional, tem um fluxo das operações de entrada, processamento e saída”, de

forma geral o fluxograma se apresenta a estabelecer passo a passo, ação por ação

de tudo o que pode acontecer em um procedimento organizacional.

Page 49: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

49

Com a visão de Manganote (2001), a utilização dos fluxogramas é

considerada uma ferramenta fundamental para o discernimento do funcionamento

interno e dos relacionamentos entre as técnicas organizacionais. A aplicação do

fluxograma pode permitir ao profissional verificar como funcionam de fato todas as

partes do processo. O entendimento fica simples com essa técnica, torna fácil a

posição exata das deficiências e pode ser aplicado a qualquer sistema.

Basicamente existem dois tipos de fluxogramas, vertical e horizontal. Nesse

trabalho será utilizado o vertical que “é o mais utilizado para identificar as rotinas

existentes num setor de trabalho qualquer”. (CURY, 2005, p. 344).

E os objetivos do fluxograma para Miller (apud ARAUJO, 2001) são:

• Estabelecer a utilidade das etapas do processo;

• Confirmar as vantagens em alterar a sucessão das operações;

• Buscar proporcionar as operações (passos) às pessoas que as executam e

• Identificar se é preciso treinamento para o trabalho específico dos processos.

E para uma melhor visualização da simbologia do fluxograma, o Quadro 4

com os respectivos símbolos utilizados no fluxo de importação ao despacho

aduaneiro no modal marítimo.

SIMBOLO

DESCRIÇÃO

Inicia ou termina uma rotina ou um processo, podendo ser colocado dentro da figura sua identificação: início ou término.

Estabelece qualquer processamento efetivado em um fluxo de trabalho, não podendo ser traduzido por símbolo próprio.

Identifica o documento que entra no fluxo, alocando nome ou sigla no seu interior e sua representação deve afirmar o número de vias graficamente.

Declara uma decisão, levando ao desdobramento do fluxo, segundo as alternativas verificadas, exemplo: sim ou não.

Aponta que o fluxo está em parada temporária, ou seja, aguardando alguma providência para continuar. Informando no centro a pendência.

Mostra que o fluxo está em conferência ou em inspeção de trabalho.

Indica uma operação manual dentro do fluxo de trabalho.

Partindo do símbolo do documento para a linha do fluxo, acréscimo de uma ou mais operações.

Page 50: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

50

SIMBOLO

DESCRIÇÃO

Mostra o arquivamento no fluxo de trabalho, definitivamente, podendo em seu interior descrever tal arquivamento.

Operação manual, sem intervenções de dispositivos eletromecânicos.

Teclado em linha, as informações podem ser recebidas ou enviadas pelo computador.

Conector de página, ou seja, é utilizado para transferir para outra página o fluxo, devendo expor a folha de destino.

Acesso arbitrário de disco ou de tambor que são os dados armazenados.

Relação, relatório, listagem e se for necessário indicar o número de vias no processo.

Fita magnética

Quadro 4 – Simbologia geral para representação do fluxograma. Fonte: Cury (2005) e Araujo (2001).

Com a pormenorização do Quadro 4, o profissional responsável pelo

fluxograma tem nas mãos todas as partes esmiuçadas de um procedimento e

poderá tomar decisões em relação a um processo, seja reparando ou melhorando os

mesmos.

2.3 Globalização

A globalização é o processo de integração global que induz ao crescimento

da interdependência entre as nações, na ordem política e econômica mundial. Pela

revolução das tecnologias de informação, esse processo de globalização ultrapassa

limites da economia e começa a provocar a homogeneização cultural entre países.

Compete ressaltar que “o acirramento da concorrência força as empresas a

desenvolver estratégias para projetar produtos e serviços para mercados

internacionais e a maximizar seus recursos ao produzi-los”. (LARA; COELHO, 2002,

p. 1).

Page 51: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

51

Barbosa (2003) relata que a globalização tem a característica da expansão

dos fluxos de informações que alcançam todas as nações, afetando empresas,

indivíduos e movimentos sociais pela aceleração das transações econômicas

rodeadas por meio de mercadorias, capitais e aplicações financeiras, que

extrapolam as fronteiras e pela elevação da dispersão de valores políticos e morais

em escala mundial.

Neste contexto Baumann (2004) comenta sobre a globalização financeira na

qual podem ser compreendidas como a interação de tres técnicas distintas ao longo

dos últimos vinte anos: (1) difusão dos fluxos financeiros internacionais; (2) o

acirramento da concorrência mundial de capitais e (3) a integração entre os sistemas

financeiros do país. Outra contribuição relevante é a de Torres (2000, p. 22) que fala

sobre “o fenômeno da Globalização caracteriza-se pela redução da capacidade de

intervenção e regulação da economia dos Estados Nacionais”.

Por fim, a globalização presente em nosso cotidiano, nos mercados, na

produção de bens e serviços, na economia mundial, nas atividades empresariais e

em todos os setores, contribui para que ações e reações locais impliquem

internacionalmente.

2.3.1 Comércio exterior

A necessidade de maior integração à economia globalizada e a oportunidade

de realizar novos negócios, vem transformando o Comércio Exterior em atividade de

importância relevante para a economia dos países. As trocas comerciais entre as

nações envolvem interesses que afetam diretamente as economias nacionais, tal

atividade estabelece regras para o intercâmbio de bens e serviços.

Compete ressaltar Magnoli e Serapião JR (2006, p. 2) que descreve “o

Comércio Exterior redistribui renda dentro de cada economia nacional e produz,

portanto, vencedores e perdedores”. Por meio dessa definição pode perceber que o

Comércio Exterior juntamente com outras áreas tem papel fundamental para um país,

pois define regras e normas nas transações para que as empresas possam efetuar

negociações tornando-as globalizadas.

Page 52: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

52

Nesse sentido, Maluf (2003) define Comércio Exterior como o relacionamento

de comércio entre dois países ou blocos, nas quais as normatizações com que cada

país administra seu comércio com os demais, regulando as formas, métodos e

deliberações para viabilizar tais transações. Com isso, Marinho e Pires (2002)

conceitua que se trata da relação comercial de um determinado país com os demais,

essa relação é manifestada em termos, regras e normas nacionais, refletindo,

portanto, as prioridades, exigências e limitações do país em referência.

Soares (2004, p. 13) conceitua Comércio Exterior como

Operação de compra e venda internacional como aquela em que dois ou mais agentes econômicos sediados e/ou residentes em países diferentes negociam uma mercadoria que sofrerá um transporte internacional e cujo resultado financeiro sofrerá uma operação de câmbio.

Contudo, Ludovico (2002, p. 1) comenta que “as negociações globais

representam um percentual cada vez maior das atividades mercadológicas no mundo

empresarial e das atividades dos indivíduos” [...] atualmente as organizações

estreitam suas fronteiras por meio do Comércio Exterior, as pequenas e médias

empresas exportam para a Ásia, Europa, etc., e também importam matéria-prima e

novas tecnologias para seu parque de produção.

Tudo isso vem ocorrendo pelo avanço dessa área que cresceu

vertiginosamente após a II Guerra Mundial e hoje alcança níveis de excelência em

suas operações. Países pobres e ricos lutam para obter no Comércio Exterior,

recursos que favoreçam o incremento de suas importações de bens de capital,

produtos intermediários, serviços e bens de consumo indispensáveis ao progresso

social e a elevação dos padrões de vida da sua população. Que é o caso do Brasil,

um país em franco desenvolvimento que depende para a manutenção da sua

economia devidamente aquecida, de importações e de inúmeras matérias-primas,

diversas máquinas, equipamentos industriais e de tecnologias sofisticadas.

No Comércio Exterior existem órgãos anuentes que, em razão da

especialidade do produto emitem um parecer técnico do mesmo. Cada órgão

anuente é responsável, dentro de sua área de atuação, por atestar o cumprimento

das exigibilidades nacionais em relação ao produto de sua área de competência.

Há também os órgãos gestores que, irão efetuar o controle e garantir a

operatividade do Comércio Exterior com base nas definições normativas. São eles:

Page 53: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

53

• Secretaria da Receita Federal é um órgão do Ministério da Fazenda

responsável pela entrada e saída de mercadorias do país. Que responde pelo

desembaraço aduaneiro das mercadorias, também regulamenta, supervisiona

a atividade de administração tributária federal, arrecada os tributos, impostos e

estabelece medidas preventivas de combate ao contrabando e descaminho.

Sua atuação é por meio da aduana.

• Banco Central do Brasil, também relacionado ao Ministério da Fazenda é

responsável pelo controle cambial brasileiro, controla o funcionamento do

sistema de movimentação da moeda estrangeira, por conseguinte, executa as

normas e determinações do Conselho Monetário Nacional.

• SECEX/DECEX – Secretaria de Comércio Exterior / Departamento de

Operações de Comércio Exterior, são órgãos do Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que conduzem as atividades

inerentes ao Comércio Exterior como: emitir a licença de importação;

exportação; e decidir sobre normas, critérios e sistemas de classificação

comercial dos produtos objetos do Comércio Exterior.

O governo federal para facilitar o desembaraço aduaneiro determinou o

desenvolvimento de um sistema de informações que integrasse as atividades dos

principais órgãos públicos envolvidos com o Comércio Exterior, a modo de

uniformizar o tratamento dado ao fluxo de informações nas importações, com isso foi

instituído o SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio Exterior).

O SISCOMEX foi criado justamente para suprir a fragilidade administrativa. Os controles passaram a ser efetuados de maneira eletrônica, e o sistema passou a figurar como uma base única de dados fornecendo com maior segurança informações sobre o comércio exterior brasileiro. (HARTUNG, 2002, p. 42).

Por fim, o Comércio Exterior é um dos motores essenciais para que o

progresso e o ambiente sejam economicamente favoráveis, tem como conceito um

complexo de atividades suscetíveis a promover a saída de bens e serviços do país

denominado exportação e o ingresso de bens e serviços em nosso país chamado de

importação.

Page 54: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

54

2.3.2 Importação

A importação consiste no ato de trazer, portar ou introduzir em um país

mercadorias ou produtos adquiridos em outros países, ocorrendo uma transposição

de fronteiras. Importação, conforme conceito de Maluf (2003, p. 31) “é a entrada de

mercadorias provenientes do exterior, em um país. E […] resulta quase sempre, na

saída de divisas.”

Consequentemente, Peria (1990), relata que importar baseia-se na compra

de produtos do exterior e na entrada de mercadorias no país, provenientes de outro

país. Atualmente os países não conseguem se desenvolver isoladamente, ou seja,

dependem um do outro, sendo que um país não consegue se especializar em todas

as áreas que necessita.

Ainda, cabe destacar as idéias de Peria (1990) pode-se, então, concluir que

dentre as inúmeras finalidades do processo de importação de um país, dois se

destacam entre os demais:

• suprir as necessidades internas, com mercadorias em que não é

auto-suficiente e

• proporcionar um intercâmbio com os demais países.

No Brasil, para que ocorra a compra de produtos no exterior e a entrada

desses no país, devem ser cumpridos certos procedimentos comerciais, cambiais e

fiscais. Dessa forma, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

(MDIC, 2010), discorre que a importação compreende a compra de produtos no

exterior observadas as normas comerciais, cambiais e fiscais vigentes. O processo

de importação se divide em três fases: administrativa, fiscal e cambial.

A administrativa está ligada aos procedimentos necessários para efetuar a

importação que variam de acordo com o tipo de operação e mercadoria. A fiscal

compreende o despacho aduaneiro que se completa com os pagamentos dos

tributos e retirada física da mercadoria da Alfândega. Já a cambial está voltada para

a transferência de moeda estrangeira por meio de um banco autorizado a operar em

câmbio.

Page 55: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

55

O governo brasileiro desempenha um papel fiscalizador sobre as

importações, que consiste em preservar o mercado interno de forma moderada com

aplicação ou isenção de tributos. Maluf (2003) afirma que o governo, com base na

sua competência para instituir e cobrar impostos, discriminada na Constituição

Federal, tanto para regulamentar as operações do Comércio Exterior, valendo-se de

vários mecanismos para instrumentar estas competências, tais como:

• as Leis;

• as Medidas Provisórias;

• os Decretos;

• as Resoluções;

• as Portarias;

• as Instruções Normativas e outros.

A importação possui dois tipos: direta e indireta, em que a direta é feita pelo

importador diretamente com o fabricante da mercadoria, podendo haver algum

intermediário, porém o exportador não deixará de ser o fabricante. Na indireta o

importador compra a mercadoria de outro que não é o fabricante, em que a

operação da exportação, embarque e documentos ficam por conta deste terceiro

sem envolvimento do fabricante. (KEEDI, 2008). O autor ainda explica que a

importação pode acontecer das duas maneiras, definitiva e temporária.

A importação pode ocorrer da forma própria em que o importador adquire a

mercadoria sem a participação de um terceiro no processo de importação, ou seja, o

próprio importador é o comprador e dono da mercadoria. Existe também a

importação terceirizada, ou seja, o comprador da mercadoria contrata uma empresa

especializada e reconhecida legalmente para proceder na importação como

importador, apesar disso não isentar o comprador da operação. (RECEITA

FEDERAL DO BRASIL, 2010).

As principais finalidades do processo de importação brasileira são prevenir a

evasão de divisas, possibilitar a correta cobrança de tributos, favorecer o controle da

evolução da dívida externa e ainda buscar do exterior tecnologia não produzida

internamente.

Page 56: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

56

2.3.3 Modal marítimo

O modal marítimo é a atividade que se limita à movimentação de cargas

entre diferentes portos e regiões do mundo, utiliza navios de diferentes tipos e

dimensões. Este tipo de transporte é utilizado como um dos elos de ligação das

cadeias multimodais e a sua vantagem principal é o baixo custo do frete e a larga

capacidade de carga.

Além disso, Werneck (2010) divide o modal marítimo em: (1) cabotagem,

quando a viagem é realizada entre portos localizados em um mesmo país; e (2) de

longo curso, quando o transporte for realizado entre portos de países distintos.

As navegações do modal marítimo acontecem nos mares e oceanos. Os

veículos utilizados são os navios, barcos, barcaças, entre outras embarcações, de

diversos tamanhos, tipos e finalidades, com capacidade de carregarem expressivas

quantidades e toneladas. (KEEDI, 2008).

“O navio é um veículo adequado para mercadorias de baixo e médio valor

agregado, podendo transportar mercadorias comuns, perecíveis e perigosas” (DIAS;

RODRIGUES, 2004, p. 257).

Cabe destacar que, Keedi (2008), comenta que os navios dividem-se em:

• Navios de carga geral: possuem porões (holds) e pisos ou coberturas (decks)

e podem comportar diferentes quantidades de carga. Existem os navios para

carga seca como máquina, equipamentos, e para carga com controle de

temperatura (reefer), por exemplo, carnes, laticínios, frutas, etc.

• Navios especializados: são definidos pelo tipo de carga: graneleiros sólidos

(bulk carrier) como, por exemplo, os produtos agrícolas e graneis; tanques

(tanker) apropriados para mercadorias líquidas (petróleo, sucos, produtos

químicos); gaseiros adequados para transporte de gás; roll-on roll-off, para

cargas rolantes (automóveis, ônibus) e porta-containers (full container ship)

especializado no carregamento de container.

• Navios multipropósitos: transportam cargas de mais de um tipo de navio, por

exemplo, container e veículos.

O valor do frete marítimo é o montante cobrado pelo transporte, mas há

também outras despesas que não compõem o valor do frete que devem ser

Page 57: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

57

consideradas, pois se formam os custos portuários, como a capatazia (THC), taxas

cobradas pela arrumação da carga no navio, utilização das instalações portuárias,

entre outras. (DIAS; RODRIGUES, 2004).

Efetivamente a necessidade de transportar por via marítima deriva do

comércio de mercadorias, devido a essa necessidade, as empresas organizam de

acordo com: (1) tipos de cargas; (2) volumes de cargas a transportar; (3) forma de

distribuição por parcelas a transportar; (4) local de recebimento e também entrega e

(5) tempo utilizado no trânsito entre dois pontos.

2.4 Despacho aduaneiro

O despacho aduaneiro é um procedimento fiscal pelo qual toda mercadoria

proveniente ou destinada ao exterior deve ser submetida para que o exportador

receba a permissão definitiva para enviar sua mercadoria e o importador obtenha a

autorização para receber suas mercadorias importadas.

Tem por finalidade a verificação da precisão dos dados declarados pelo

importador ou exportador em relação à mercadoria importada ou exportada, já que é

com base nessa declaração que serão calculados os impostos porventura devidos.

Sosa (1995) relaciona que duas são as correntes de entendimento para o

despacho aduaneiro, uma diz que a entrada se dá no momento da transposição da

fronteira, situação a partir da qual o imposto seria instantaneamente gerado e a

outra corrente informa que este ingresso não é a simples transposição de fronteiras

e sim um procedimento de caráter administrativo-tributário.

O Decreto nº 5.759, de 05 de fevereiro de 2009, regulamenta o

procedimento de despacho aduaneiro, estabelecendo quais os documentos

necessários para seu processamento, seus prazos e formas. Ambas as modalidades

de despacho aduaneiro, quer seja o despacho aduaneiro de exportação quer seja o

de importação está previsto e regulado pelo referido decreto.

Page 58: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

58

2.4.1 Despachantes aduaneiros

Despachante Aduaneiro é o profissional devidamente habilitado para, em

nome do importador, efetuar o despacho aduaneiro, que consiste em verificar a

precisão dos dados declarados pelo importador ou exportador com relação à

mercadoria importada ou exportada, já que é com base nessa declaração que será

calculado os impostos devidos.

Interessante, também, é o fato de se poder constatar que (Lara; Coelho,

2002) definem os operadores logísticos de comércio exterior como comissárias de

despachos aduaneiros, consistindo suas funções em prestar total atenção aos

importadores e exportadores nos procedimentos relacionados à liberação

alfandegária das mercadorias, habilitação perante os órgãos intervenientes,

obtenção de licenciamento, classificação fiscal da carga, declarações fiscais,

conferência aduaneira, os pagamentos devidos de tributos, dentre outros.

Consequentemente, Martins (2005, p. 380) relata que “é um profissional

responsável pela realização dos trâmites necessários ao desembaraço aduaneiro de

mercadorias importadas ou a exportar, nas áreas alfandegadas”.

O despacho aduaneiro poderá ser efetuado pelo próprio importador

(empresa importadora), por meio de seus diretores, gerentes, e/ou empregados

devidamente registrados no REI (Registro de Exportadores e Importadores) e

cadastrados no sistema RADAR ou ainda pelo despachante aduaneiro.

O Decreto-Lei nº 366, de 19 de dezembro de 1968, tornou facultativa a

intervenção de despachante aduaneiro no desembaraço e despacho de exportação

e importação de mercadorias e em toda e qualquer outra operação do Comércio

Exterior.

2.4.2 Início do despacho aduaneiro de importação

O ato que determina o início do despacho aduaneiro de importação é o

registro da Declaração de Importação no SISCOMEX. No momento desse registro é

Page 59: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

59

que ocorre o pagamento de todos os tributos federais devidos, inclusive o imposto

de importação.

Também ocorre o pagamento dos demais valores exigidos em decorrência

da aplicação de direitos antidumping, compensatórios ou de salvaguarda.

Entretanto, o início do despacho aduaneiro de importação somente ocorrerá após a

mercadoria chegar à Unidade da Receita Federal na qual o importador for submetê-

la ao desembaraço (URF de Despacho), no caso de ser diferente da unidade de

entrada da mercadoria no território aduaneiro nacional.

Além disso, Sosa (1995, p. 127) afirma que “toda e qualquer entrada de

mercadoria estrangeira no País, independentemente da finalidade do ingresso, da

natureza do produto, da qualidade do importador etc”. [...] deve obedecer aos

mesmos trâmites e compartilhe os mesmos comandos administrativo-aduaneiros,

desde a chegada do veículo que transporta até o depósito da carga.

O despacho aduaneiro possui diversas modalidades, uma delas é a de

importação. Em termos conceituais é o procedimento fiscal no qual é verificada a

exatidão dos dados declarados pelo importador em relação à mercadoria importada,

aos documentos apresentados e à legislação vigente. Tudo isso, com o escopo de

efetuar seu desembaraço aduaneiro, ou seja, a autorização da entrega da

mercadoria ao importador.

Esse procedimento é regulamentado pelo Decreto nº 6.759, de 05 de

fevereiro 2009 e disciplinado pela Instrução Normativa SRF 680, de 02 de outubro

2006 (ANEXO A). Tal Instrução Normativa, em seu artigo 2º, atribui uma

classificação ao despacho aduaneiro de importação, dispondo que ele compreende

o despacho para consumo e despacho para admissão.

O despacho para consumo ocorre quando as mercadorias ingressadas

forem destinadas ao uso, pelo aparelho produtivo nacional, como insumos, matérias-

primas, bens de produção e produtos intermediários, bem como quando forem

destinadas à comercialização e à revenda. O despacho para consumo visa,

portanto, á nacionalização da mercadoria importada.

Por fim, o despacho para admissão tem por finalidade o ingresso, em caráter

temporário, de mercadorias, produtos ou bens provenientes do exterior, devendo

estes permanecer no território aduaneiro por prazo certo e conforme a finalidade a

que seria originalmente destinada.

Page 60: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

60

2.4.3 Declaração de importação

O despacho aduaneiro de importação tem por base a declaração formulada

pelo importador ou por seu representante legal. Nessa, deverá constar as

informações gerais, tais como: (1) a identificação do importador; (2) o meio de

transporte usado; (3) o número identificador da carga; (4) a forma de seu pagamento

e (5) as Informações Específicas (Adição).

Ou seja, qual é o seu fornecedor, o seu valor aduaneiro, os tributos devidos,

o câmbio usado, dentre outras informações constantes do Anexo Único da IN SRF

nº 680 de 02 de outubro 2006 (ANEXO A), de modo a possibilitar que a autoridade

aduaneira conheça todos os detalhes sobre aquela operação de importação.

Deste modo, Sosa (1995, p. 137) conceitua declaração de importação

[...] documento complexo através do qual o interessado coloca a Alfândega ao par de sua transação internacional, declinando o país de aquisição, o exportador, o volume adquirido, a qualidade da mercadoria, o valor pago ou a pagar pela mesma e qual moeda de transação, além de informar qual veículo transportador, o porto de descarga e um sem número de outras informações de caráter tributário e estatístico, dentre as quais a classificação fiscal, a alíquota e o imposto devido e recolhido.

A declaração de importação é formulada no Sistema Integrado de Comércio

Exterior – SISCOMEX, um software usado em todo o território nacional que integra

as atividades de registro, acompanhamento e controle das operações de comércio

exterior, com fluxo único, computadorizado, de informações.

Inicialmente, são preenchidas, na declaração de importação, as informações

gerais acerca da carga importada. Logo após, são preenchidas as informações

específicas (adição), que individualizarão as mercadorias constantes da carga

importada.

Ocorrendo a necessidade de alguma correção ou aditamento na Declaração

de Importação, essa deverá ser feita diretamente no SISCOMEX pelo próprio

importador (ou seu representante legal). No caso de já ter havido o desembaraço da

mercadoria, a retificação deverá ser solicitada à autoridade aduaneira.

Elaborada a Declaração de Importação, poderá o importador transmiti-la para o computador central do SISCOMEX para simples análise ou registro, observando-se que neste ultimo caso, registrada a DI no sistema, considerar-se-á iniciado o processo de despacho aduaneiro. (BIZELLI; BARBOSA, 1997, p. 129).

Page 61: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

61

Uma vez preenchidas todas as informações enumeradas configura-se

completa a declaração de importação, possibilitando, desse modo, o início do

procedimento do despacho aduaneiro. Para ratificar estas informações, o Anexo E

serve de exemplo de uma declaração de importação em caráter meramente

ilustrativo.

2.4.4 Documentos que instruem a declaração de importação

Conforme IN 680, de 02 de outubro de 2006 (ANEXO A) em seu Art. 18, e

fundamentada no Art. 553 do RA (Regulamento Aduaneiro) a Declaração de

Importação será instruída com os seguintes documentos:

• a via original da fatura comercial, assinada pelo exportador (ANEXO B);

• a via original do packing list (romaneio de carga, ANEXO C);

• a via original do B/L conhecimento de carga ou documento de efeito

equivalente (ANEXO D);

• o comprovante de pagamento dos tributos, se exigível; e

• outros documentos exigidos em decorrência de acordos internacionais ou por

força de lei, de regulamento ou de outro ato normativo.

2.4.5 Fatura comercial

A fatura comercial é essencial para efetuar o despacho aduaneiro, é emitida

pelo exportador em formulário próprio da empresa e deve ser transcrita no idioma do

importador ou em inglês, não podendo conter erros, emendas ou rasuras.

“A fatura comercial é o documento hábil para o desembaraço da mercadoria

no país destino”. (MALUF, 2003, p. 145). No Art. 557 do RA decreto 6.759/2009, a

fatura comercial deverá conter as seguintes indicações: (1) dados do exportador e

importador; (2) especificações das mercadorias, quantidade e espécies dos

volumes, peso líquido e bruto, preço único e (3) total de cada espécie de

Page 62: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

62

mercadoria, condições de pagamento, moeda e país de origem. A fatura comercial

está regulamentada nos Art. 557 a 562 do RA.

Art. 562 do RA, à Secretaria da Receita Federal poderá dispor, em relação à

fatura comercial, sobre:

• casos de não-exigência;

• casos de dispensa de sua apresentação para fins de desembaraço aduaneiro,

hipótese em que deverá o importador conservar o documento em seu poder,

pelo prazo decadencial, à disposição da fiscalização aduaneira;

• quantidade de via em que deverá ser emitida e sua destinação e

• outros elementos a serem indicados, além dos descritos no Art. 557.

A Pró-Forma antecede a Fatura Comercial, que é o primeiro documento

representativo do negócio realizado após o contrato de compra e venda, serve para

o importador providenciar os trâmites de licenciamento de importação em seu país.

É bastante utilizado no mundo internacional dos negócios, mas não há um modelo

para a mesma, ela agrega informações das exigências de país para país.

E para justificar essas informações, o (ANEXO B) serve de exemplo de uma

fatura comercial em caráter meramente ilustrativo.

2.4.6 Packing list (romaneio de carga)

Packing List – Romaneio de Carga descreve individualmente os volumes das

embalagens de transporte, indicando seus respectivos conteúdos, pesos líquidos e

brutos, dimensões e numerações dos volumes em ordem sequencial. Este não é um

simples documento contábil e tem a finalidade de auxiliar nos serviços de

movimentação de carga, identificação das mercadorias pela alfândega e na

conferência por parte do importador. (MALUF, 2003).

Deve ser emitido pelo exportador e é necessário para o desembaraço da

mercadoria e para orientação do importador quando da chegada dos produtos no

país destino e com essas afirmações entende-se que facilita a localização de

Page 63: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

63

determinada mercadoria no momento de sua vistoria pelas autoridades aduaneiras

de ambos os países.

Para confirmar essas informações, o Anexo C serve de exemplo de um

packing list em caráter meramente ilustrativo.

2.4.7 Conhecimento de carga marítimo (B/L)

Conhecimento de carga marítimo (B/L) é um título de crédito representado

do objeto entregue para efeito da prestação de serviços de transporte e ainda prova

a matéria de propriedade ou posse das mercadorias nele declaradas.

Seguindo essa linha, Sosa (1995) relata que o conhecimento de carga que

lhe interessa em especifico, são os elementos de controle aduaneiros oriundos da

fase logística e desses é sem duvida um documento representativo. O conhecimento

de carga é emitido pela empresa transportadora ou por seu agente, representando

basicamente, o contrato de transporte e podem ser consignados nominalmente ou a

“ordem”.

O Regulamento Aduaneiro dispõe do conhecimento de carga nos Art. 554 à

556, no qual o Art. 555 consta que cada conhecimento de carga deverá

corresponder a uma única declaração de importação, salvo exceções estabelecidas

pela Secretaria da Receita Federal.

O conhecimento de carga ou bill of lading, é o documento importante da

navegação e de extrema relevância no Comércio Exterior. É um documento de

emissão do armador, podendo ser assinado pelo comandante do navio, bem como

pela agência marítima representante do armador, em seu nome.

É um documento de adesão, sendo que o impresso é fornecido pelo

armador e preenchido de acordo com as características do próprio conhecimento de

embarque, bem como da carga que vai representar. Suas cláusulas, que

representam a frente do conhecimento de embarque, não podem ser modificadas e

devem ser aceitas integralmente pelo embarcador.

Page 64: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

64

No máximo podem ser colocadas algumas observações de interesse do

embarcador, no corpo do conhecimento, como número de carta de crédito, ordem de

compra ou venda, trânsito, transbordo, etc.

2.4.8 Certificados especiais/ certificados de origem

Algumas mercadorias, de acordo com a sua peculiaridade, só podem ser

desembaraçadas mediante a apresentação de determinados Certificados Especiais,

que por meio desses ficam comprovadas sua qualidade e especificações técnicas.

Há também o Certificado de Origem que é um documento providenciado pelo

exportador. É emitido pelas Federações de Agricultura, da Indústria e Comércio, por

Associações Comerciais, Centros e Câmaras de Comércio.

Os Certificados de Origem são fornecidos mediante a apresentação de cópia

da fatura comercial e documentos de análise previstos em cada acordo

internacional.

2.4.9 Preenchimento da declaração de importação

Após recebimento e conferência dos documentos que instruem a Declaração

de Importação, começa a confecção da Declaração de Importação via SISCOMEX.

Primeiramente passam-se os dados do processo para o SISCOMEX

Importação, acrescentam-se as adições conforme a mercadoria, pois duas ou mais

mercadorias com o mesmo NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) e fabricante

podem entrar na mesma adição. O preenchimento da declaração de importação se

deu pelo Resultado da Pesquisa no tópico (3.2.2).

Page 65: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

65

2.4.10 Valor aduaneiro

O valor aduaneiro pode ser nomeado como um sistema prévio de

fiscalização de preços declarados em documentos fiscais do Comércio Exterior. Tem

por finalidade a determinação do valor das mercadorias importadas, fixando um

montante que servirá de base para o cálculo dos tributos e casuais direitos

aduaneiros, seguindo certos princípios e critérios técnicos e legais autorizados e

realizados internacionalmente.

Então, seguindo essa linha de pensamento, Werneck (2010, p. 144) afirma

que “a forma de estabelecimento do valor aduaneiro também oferece soluções para

os casos em que não há preço de venda, o que ocorre nas doações, locações e

empréstimos”.

Com essa afirmação pode-se entender que a finalidade é padronizar um

valor próximo possível do preço real da mercadoria, sem, consentir que a vinculação

eventualmente existente entre importador e exportador.

Diante deste fato, Vazquez (2009, p. 127) relata que

O Decreto Legislativo nº 30, de 15-12-1994, que promulgou o Acordo sobre a implementação do art. VII do Acordo Geral sobre as Tarifas Aduaneiras e Comércio (código da valoração aduaneira), define a base de cálculo do Imposto de Importação, estabelecendo seis métodos para identificar o valor aduaneiro.

E para uma melhor compreensão, será explanado o primeiro método que é o

principal no cálculo e é nomeado como valor de transação. Portanto Werneck (2010)

conceitua como o preço realmente que se paga pelo produto ou a pagar pelo

mesmo, em uma exportação para o país de importação, somado ao valor do

transporte do produto até o porto, ou ponto de fronteira alfandegado onde são

honradas as formalidades de entrada no território aduaneiro, acrescentado aos

gastos da carga, à descarga, ao manuseio e ao seguro do produto durante esse

trajeto.

Aprofundando o estudo desse assunto, conforme o Art. 76 do Regulamento

Aduaneiro, todas as mercadorias estão sujeitas ao controle de valor aduaneiro. Os

métodos de valoração foram criados no Acordo de Valoração Aduaneira, e devem

ser usados sequencialmente.

Page 66: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

66

O primeiro método é o Valor de Transação, segundo o qual o valor

aduaneiro será o efetivamente pago ou que será pago ao vendedor estrangeiro,

ajustado de acordo com o Art. 8º do Acordo de Valoração Aduaneira.

Conforme disposto nesse artigo, deverão ser acrescentados ao preço

efetivamente pago ou a pagar pelas mercadorias importadas:

I - Os valores de comissões e corretagens, excetuadas as comissões de

compra;

II - Custo de embalagens e recipientes considerados, para fins aduaneiros,

como formando um todo com as mercadorias em questão;

III - Materiais, componentes, partes e elementos semelhantes, incorporados

na produção das mercadorias importadas;

IV - Ferramentas, matrizes, moldes e elementos semelhantes, empregados

na produção das mercadorias importadas;

V - Materiais consumidos na produção das mercadorias importadas;

VI - Projetos de engenharia, pesquisa e desenvolvimento, trabalhos de arte e

de design, e planos e esboços, necessários à produção das mercadorias importadas

e realizadas fora do país de importação;

VII - Royalties e direitos de licença relacionados com as mercadorias objeto

de valoração, que o comprador deva pagar, direta ou indiretamente, como condição

de venda dessas mercadorias e

VIII - O valor de qualquer parcela do resultado de qualquer revenda, cessão

ou utilização subsequente das mercadorias importadas, que reverta direta ou

indiretamente ao vendedor.

O valor aduaneiro estabelecido internacionalmente, tem como finalidade

padronizar a base de cálculo do Imposto de Importação, refletindo também na base

de cálculo de todos os demais tributos incidentes sobre a operação de Importação.

2.4.11 Sistema integrado de comércio exterior (SISCOMEX)

SISCOMEX é um software desenvolvido sob a plataforma do Windows, para

auxiliar tanto o importador quanto o Estado e demais intervenientes nos processos

Page 67: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

67

das importações brasileiras, e é por meio dele que se dá o controle governamental

do Comércio Exterior.

Consequentemente, Maluf (2003) relaciona os documentos que podem ser

executados por intermédio deste programa, a saber:

• Formulação e obtenção da Licença de Importação;

• Elaboração, registro, extrato e consulta da DI, bem como sua retificação;

• Registro de operações financeiras (ROF), conectada ao BACEN (Banco

Central do Brasil), registrando operações com prazo superior a 360 dias,

capital estrangeiro e outros;

• Comprovante de Importação é o documento oficial emitido pelo programa ao

final da importação;

• Registro de Exportação, documento do qual se inicia o processo de despacho

aduaneiro de exportação;

• Registro de Operação de Crédito, exigido para as operações de exportação

com prazo de vencimento superior a 180 dias;

• Registro de Venda, exigido para as operações de exportações de

mercadorias negociadas em Bolsa de Valores, Commodities;

• Comprovante de Compra, exigido para mercadorias negociadas em Bolsa de

Valores;

• Declaração de Despacho de Exportação;

• Comprovante de Exportação, documento oficial emitido pelo sistema ao final

da exportação e

• Registro de Exportação Simplificado.

O SISCOMEX originou-se em 1993 para simplificar o registro e controle do

comércio exterior brasileiro iniciando-se com a exportação e no ano de 1997

operando nas importações. (APRENDENDO A EXPORTAR, 2010).

O ingresso ao SISCOMEX é concedido aos seguintes usuários, a saber: (1)

SECEX; (2) SRF; (3) BACEN; (4) exportador; (5) importador; (6) despachante; (7)

depositários; (8) transportadores e (9) órgãos anuentes como o DECEX, IBAMA, MA,

ANVISA, entre outros. (APRENDENDO A EXPORTAR, 2010).

Page 68: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

68

Por fim, o SISCOMEX é o programa utilizado em território nacional que faz a

intermediação entre as partes que negociam, a fim de padronizar e facilitar as

transações comerciais.

2.4.12 Multas aplicadas ao despacho aduaneiro

Em conformidade com as legislações vigentes na área de Comércio Exterior,

para as atividades de despacho aduaneiro toda e qualquer ação tomada e que não

esteja de acordo com os parâmetros legais, poderão ser objetos de penalidades, ou

seja, à incidência de multas. Corroborando, Werneck (2010, p. 249) relata que as

“infrações são ações ou omissões, voluntárias ou involuntárias, que resultem em

não-cumprimento das normas estabelecidas na legislação aduaneira”. Por isso, para

cada ato cometido que confronte a legislação, ocorrerá a penalidade.

O autor ensina que as infrações estão expostas às penalidades

administrativas, a saber: (1) sanções administrativas; (2) multas; (3) perdimento da

mercadoria; (4) perdimento da moeda e (5) perdimento do veículo transportador.

A finalidade do presente trabalho está evidenciada na redução do

recolhimento de multas, penalidade que consiste na cobrança de uma quantia em

virtude da prática, voluntária ou involuntária, de uma infração. Werneck (2010, p.

250) argumenta ainda que “no Regulamento Aduaneiro as multas são expressas em

reais, ou em percentuais, aplicáveis sobre o valor do tributo ou da mercadoria”.

E para visualização das multas com elevado índice de aplicação no

despacho aduaneiro, tem-se o Quadro 5. Ele demonstra os respectivos artigos, suas

descrições, códigos de multas aplicadas pelo setor aduaneiro (2185 – sem redução

e 5149 – com redução).

TIPO ARTIGO DESCRIÇÃO COMPLETA: MERCADORIA CÓDIGO R$ - % Decreto 6759/09 706 Sem Licença de Importação 5149 30% sobre o VA

Autorização de Embarque 5149 30% sobre o VA Decreto 6759/09 715 Fatura Comercial em Desacordo 2185 R$200,00 Decreto 6759/09 711 Classificação Fiscal 2185 1% sobre o VA

Unidade de Medida Estatística 2185 1% sobre o VA Câmbio 2185 1% sobre o VA Identificação: Importador / Exportador / Produtor 2185 1% sobre o VA Destinação da Mercadoria: Consumo / Revenda 2185 1% sobre o VA

Page 69: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

69

Quadro 5 – Quadro de Multas. Fonte: Elaborado pelos acadêmicos (2010).

Do detalhamento do Quadro 5, resumidamente é possível identificar os

principais artigos do Regulamento Aduaneiro (DECRETO 6.759/09) em que constam

as penalidades na realização do despacho aduaneiro. No Quadro 5, evidenciou-se a

descrição das multas, códigos de recolhimento e valores ou percentuais

relacionados a cada Artigo, oriundas da imperícia na realização do despacho

aduaneiro.

TIPO ARTIGO DESCRIÇÃO COMPLETA: MERCADORIA CÓDIGO R$ - % Descrição Completa: Mercadoria 2185 1% sobre o VA País de Origem 2185 1% sobre o VA País de Procedência 2185 1% sobre o VA Porto de Embarque 2185 1% sobre o VA Porto de Desembarque 2185 1% sobre o VA

Decreto 6759/09 725 Diferença de Tributos 5149 75% da diferença

Decreto 6759/09 728 Packing List 2185 R$500,00 Embaraço a Fiscalização 2185 R$5.000,00

Page 70: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

70

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

Este capítulo representa o resultado dos dados coletados na empresa Hansa

Logística Global Ltda para a elaboração de um manual de importação com

aplicação ao despacho aduaneiro no modal marítimo.

Destacando-se a caracterização da empresa e os demais objetivos do

estudo tal como a estrutura organizacional, ramo de atividade, os produtos e

mercado em que trabalha, conforme dados do site da empresa, cujo endereço pode

ser mais bem visualizado no capítulo destinado as referências desse estudo.

3.1 Caracterização da empresa1

A Hansa Logística Global Ltda é uma empresa prestadora de serviços com

atuação nos portos, nos aeroportos e pontos de fronteira e visa auxiliar os

importadores e exportadores nos trâmites necessários ao desembaraço aduaneiro

de mercadorias importadas ou a exportar.

A organização atua sempre em nome de importadores e exportadores,

mediante procuração, perante repartições públicas governamentais e

transportadores.

3.1.1 Histórico

O nome Hansa advém da poderosa Liga Hanseática formada na Idade

Média pelas principais cidades mercantes do Norte da Europa. Fundada no ano de

1973 na cidade de Joinville (SC), pelo Sr. Peter Paul Kadur, a organização iniciou

suas atividades com o objetivo de representar compradores americanos

interessados em produtos brasileiros.

1 Seção desenvolvida com base em manuais internos, documentos da empresa em estudo e entrevista com o coordenador de despacho aduaneiro (APÊNDICE G).

Page 71: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

71

Em 1975 desvinculava o trabalho de representar, e passou a prestação de

serviços à comunidade exportadora e importadora. Até o ano de 1985 mantinha a

política de operar apenas com transporte aéreo de cargas, doméstica ou

internacional, mas em face da amplitude de mercado na exportação e importação,

expandiu-se para os serviços que hoje é conhecido como um transitário completo.

Fundada no ano de 2002, a filial de Vitória (ES) tem como função, a

prestação de serviço, no embarque das exportações de granito, para o modal

marítimo. A unidade de Itajaí (SC), fundada em 2006, tem como finalidade realizar

os processos de despacho aduaneiro. Conta com uma equipe composta por 8

colaboradores, disponibiliza para as suas equipes estações de trabalho modernas e

confortáveis, e equipamentos com poder de processamento adequado às tarefas a

serem executadas. Todos os colaboradores possuem a sua estação própria de

trabalho, incluindo os que executam as tarefas externas.

Abaixo, o logotipo da empresa na Figura 1.

Figura 1 – Logo da Hansa. Fonte: Documentos da Hansa Logística Global Ltda (2010).

A Hansa trabalha em todos os modais de transportes disponíveis, e utiliza a

figura de um avião no logotipo, por ser o primeiro modal de atuação desde a data de

sua fundação.

Page 72: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

72

3.1.2 Principais Serviços

Com a estrutura citada no tópico anterior, a organização atua para atender

com modelo diferenciado na prestação de serviços de despacho aduaneiro para

exportadores e importadores de todo o Brasil. Diferencia-se no mercado como

prestador de serviço único, capaz de atuar com uma procuração para as grandes

empresas que buscam minimizar o número de fornecedores e ao mesmo tempo

serviços qualificados. Estabelecer uma relação de segurança e agilidade nos

processos que é a prioridade da empresa.

Dentre os diferentes modais de transporte a empresa trabalha com (1)

aéreo; (2) marítimo; (3) rodoviário; e (4) ferroviário. Em termos de transporte aéreo

desenvolve atividades de exportação e importação, com representação direta das

empresas aéreas, por intermédio dos aeroportos brasileiros, destacando-se os

internacionais de Guarulhos e Viracopos no estado de São Paulo e o Galeão no Rio

de Janeiro.

Os serviços de exportação e importação via modal marítimo ocorre com

contratos próprios junto às empresas marítimas, por intermédio dos portos

brasileiros para navegação de longo curso, destacando-se Santos (SP), Vitória (ES),

Itajaí (SC), São Francisco do Sul (SC), Rio Grande (RS), Paranaguá (PR), Pecém

(CE) e Suape (PE).

Já os serviços rodoviários são efetuados por meio de convênio com

transportadoras credenciadas, por meio das fronteiras brasileiras com países da

América Latina, destacando-se as cidades fronteiriças de Uruguaiana, São Borja,

Santana do Livramento, Jaguarão, Chuí (RS), Foz do Iguaçu (PR) e Corumbá (MS).

No modal ferroviário as exportações e importações acontecem por intermédio do

porto seco Ferroviário de Uruguaiana (RS), fronteira brasileira com a Argentina.

Determina um método de trabalho diferenciado, buscando oportunizar a

todos os colaboradores a conquista pelo conhecimento e desenvolvimento

profissional, permitindo que os colaboradores conheçam todas as etapas dos

processos de desembaraço aduaneiro, seja na importação como na exportação.

Page 73: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

73

O principal produto da organização é o serviço de desembaraço aduaneiro

junto às unidades da Receita Federal do Brasil, que basicamente divide-se em

despacho aduaneiro de (1) exportação; e (2) importação.

Os serviços de exportação dizem respeito a:

• receber a documentação enviada pelos clientes exportadores;

• emitir a fatura comercial e “packing list”;

• emitir o certificado de origem;

• consularizar os documentos;

• emitir o RE no SISCOMEX;

• emitir a DDE no SISCOMEX;

• montar o processo e apresentar o desembaraço para a autoridade aduaneira;

• efetivar o despacho mediante a conferência documental e física da

mercadoria, acompanhada da autoridade aduaneira;

• corrigir o conhecimento de transporte internacional;

• liberar a carga na fronteira/alfândega ou porto;

• enviar a documentação para o importador ou despachante no exterior e

• disponibilizar as informações para o acompanhamento permanente do

andamento do processo via internet para o exportador.

Já os serviços de importação são relativos a:

• receber a documentação enviada pelo exportador no exterior;

• analisar a documentação;

• classificar a mercadoria;

• emitir o licenciamento de importação (quando houver necessidade);

• provisionar os custos de desembaraço nas diferentes modalidades

aduaneiras;

• pré-calcular os numerários para pagamento de impostos;

• verificar as condições gerais da carga;

• registrar junto ao SISCOMEX a declaração de importação elaborada de

acordo com as normas e requisitos exigidos pela legislação em vigor;

• tramitação junto a Receita Federal e demais órgãos intervenientes;

• recolher de tributos e/ou taxas devidas;

• acompanhar a conferência física da mercadoria durante o desembaraço

aduaneiro (nos casos em que a parametrização indique a necessidade);

Page 74: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

74

• emitir a nota fiscal de entrada das mercadorias de acordo com instruções

expressas do importador;

• entregar a documentação completa para o trânsito da mercadoria à

transportadora e

• disponibilizar o acompanhamento permanente do andamento do processo por

meio da internet para o importador.

Apresenta ainda, soluções em:

• aspectos aduaneiros e tributários em Comércio Exterior;

• agenciamento de transporte internacional;

• interatividade por intermédio da integração com os sistemas de informação

dos clientes;

• padrões de serviços estabelecidos proporcionando atender como um

fornecedor único e

• soluções para consolidar parcerias e alcançar vantagens competitivas para

seus clientes.

Em suma, a empresa realiza serviços de exportação e importação por

intermédio dos modais aéreo, marítimo, rodoviário e ferroviário.

3.1.3 Instalações

A unidade de Itajaí (SC) é uma filial e é a responsável pelo desembaraço

aduaneiro da organização que será objeto de estudo. Localizada na Rua Uruguai,

45, Sala 02, Centro, CEP 88302-202.

3.1.4 Principais clientes

Os clientes de referência da Hansa Logística Global Ltda são apresentados

no Quadro 6, de acordo com o tempo de relacionamento.

Page 75: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

75

Clientes Cidade UF Tempo de Relacionamento

Porte Setor

Weg Equipamentos Elétricos S/A Jaraguá do Sul

SC 4 anos Grande Industrial

Buschle & Lepper S/A Joinville SC 4 anos Médio Industrial Tigre S/A – Tubos e Conexões Joinville SC 3,5 anos Grande Industrial Importbeer Distribuidora de Bebidas Ltda

Cachoeirinha RS 2,2 anos Médio Comércio

Fábio Perini S/A Joinville SC 2 anos Grande Industrial Caribor Tecnologia da Borracha Ltda

Joinville SC 2 anos Grande Industrial

Octa Pneus Ltda Chapecó SC 1,8 anos Médio Comércio Trust Importação e Exportação Ltda

Itajaí SC 1,5 anos Médio Serviços

WRC Operadores Portuários S/A São Francisco do Sul

SC 1,4 anos Grande Serviços

APC do Brasil Ltda Chapecó SC 1 ano Grande Industrial Quadro 6 – Quadro de clientes. Fonte: Documentos da Hansa Logística Global Ltda (2010).

De acordo com o Quadro 6, pode-se determinar o porte e localização de

atuação, mostrando os diferentes tipos de setores dos clientes da Hansa Logística

Global Ltda.

3.1.5 Principais concorrentes

Cidade litorânea e detentora de um porto que ocupa o quarto lugar em

movimentação de contêineres no ano de 2009 (BAGGIO, 2010), atraiu inúmeras

empresas no segmento aduaneiro a aportar em Itajaí (SC).

Podem-se levantar algumas como principais concorrentes, as quais são

abordados no Quadro 7.

Concorrentes Logradouro Cidade UF Tempo no mercado

Porte

Nelson Heusi Rua Gil Stein Ferreira, 100 9º andar Itajaí SC 77 anos Grande Itajaí Comissária de Despacho

Rua Cap. Adolfo Germano de Andrade, 99

Itajaí SC 24 anos Pequeno

Comissária Pibernat Rua Gil Stein Ferreira, 357 sala 204

Itajaí SC 22 anos Pequeno

Blucargo Comissária Rua Alberto Werner, 33 Itajaí SC 18 anos Pequeno PM Despachos Rua Gil Stein Ferreira, 357 sala

101 Itajaí SC 16 anos Pequeno

Quadro 7 – Quadro de concorrentes. Fonte: Sites das empresas.

Page 76: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

76

O Quadro 7 é uma amostra das empresas que trabalham neste setor, de

comissárias de despachos, consequentemente com 110 empresas cadastradas no

município.

Foi realizado levantamento com aplicação de questionários aos concorrentes

(APÊNDICE D) aplicado nas empresas do Quadro 6, com o objetivo de coletar

dados sobre:

• valores de multas recolhidas nos últimos 5 anos, em decorrência de erros no

preenchimento da DI, em valores mensais e anuais, na DRF de Itajaí (SC),

nos códigos (2185)2 e (5149)3;

• e/ou o valor percentual das multas recolhidas em cada um desses códigos,

com relação ao mesmo período e ficando o (APÊNDICE D) como exemplo da

solicitação.

Com a aplicação dos questionários, foi possível realizar um levantamento de

valores e percentuais de multas recolhidas nos últimos cinco anos na DRF de Itajaí

(SC).

3.1.6 Estrutura organizacional

Os organogramas têm a finalidade de representar à estrutura organizacional,

demonstrando à divisão do trabalho, a hierarquia, a interdependência entre os

órgãos e os níveis da organização.

Corroborando, Cury (2000, p. 219) descreve que “o organograma é

conceituado como a representação gráfica e abreviada da estrutura organizacional”.

E na Figura 2 apresenta-se o organograma clássico que é utilizado na maioria das

organizações para representar graficamente a estrutura organizacional da Hansa

logística Global Ltda. filial de Itajaí (SC).

2 Multa aplicada pelo setor aduaneiro – sem redução. 3 Multa aplicada pelo setor aduaneiro – com redução.

Page 77: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

77

Figura 2 – Organograma da Filial de Itajaí (SC). Fonte: Documentos da Hansa Logística Global Ltda (2010).

O organograma deve ser utilizado como instrumento de trabalho, para

facilitar a compreensão de toda a organização e expressar a verdadeira forma de

trabalho de seus colaboradores. Seguindo essa linha percebe-se (FIGURA 2) que a

estrutura da empresa em estudo é formada por um diretor, coordenador, analistas

de importação e exportação e seus respectivos apoios.

3.1.7 Missão, visão e valores

A missão é o propósito de uma empresa existir e a razão de ser da mesma,

como ela desempenha suas funções na sociedade e no mercado, geralmente é

expressa em termos de satisfação por parte da sociedade. A missão indica a razão

de ser de uma organização, sendo um importante instrumento para a formulação de

estratégias que podem contribuir para uma atuação consolidada perante outras

organizações do seu ambiente. (SILVA; FERREIRA JR.; CASTRO, 2006).

Com isso, Oliveira (2007, p. 50) descreve que “missão é a determinação do

motivo central da existência da empresa, [...] representando a razão de ser da

empresa”. E a missão da Hansa Logística Global Ltda. é “contribuir com agilidade e

COORDENADOR

ANALISTA IMPORTAÇÃO

ANALISTA EXPORTAÇÃO

DIRETOR

APOIO IMPORTAÇÃO

APOIO EXPORTAÇÃO

Page 78: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

78

eficácia na prestação de seus serviços, satisfazendo seus clientes com respeito e

confiança”.

Já visão de uma empresa compreende a expectativa que a mesma têm para

com o seu futuro, bem como, o que ela deseja se tornar. Oliveira (2007) vislumbra

que a visão é como um planejamento estratégico a ser desenvolvido e implantado

na organização a propósito de delinear os limites em que os empresários devem ver

em longo prazo, sob uma abordagem mais vasta representando o que a empresa

deseja ser no futuro. Vale resgatar que a visão da empresa estudada é “ser o

paradigma no despacho aduaneiro atendendo todas as necessidades de seus

clientes, visando sempre maximizar resultados, num esforço conjunto e sendo

referência no Comércio Exterior”.

Com relação aos valores, o autor discorre que representam o conjunto dos

princípios e crenças fundamentais de uma empresa, bem como fornecem

sustentação a todas as suas principais decisões. Nesses moldes, os valores da

Hansa Logística Global Ltda. são “transparência e honestidade; profissionalismo; pró

– atividade e inovação; servir com qualidade e segurança”.

A disseminação dos valores de uma organização, têm elevada influência na

qualidade do desenvolvimento e operacionalização do planejamento estratégico,

tornando-o indispensável às organizações contemporâneas.

3.2 Resultados da pesquisa

Este item apresenta o resultado da pesquisa realizada na empresa Hansa

Logística Global Ltda. Cabe lembrar que envolveu o Coordenador, os colaboradores

e os estagiários para o desenvolvimento de um manual para o despacho aduaneiro

de importação no modal marítimo.

Com relação ao manual, por meio das bibliografias contidas no referencial

teórico (Organização, Sistemas e Métodos; Padronização; Comércio Exterior;

Importação; e Despacho Aduaneiro) juntamente com as legislações vigentes na área

(IN 680 no ANEXO A) foi possível o desenvolvimento do manual de processos.

Page 79: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

79

3.2.1 Perfil dos colaboradores

Neste item apresentam-se as tabelas com o levantamento do perfil dos

colaboradores no setor de Importação. Na Tabela 1 estão relacionadas às respostas

com relação aos dados pessoais, a começar pelo gênero, idade e estado civil.

Tabela 1 – Dados Pessoais 1 – Gênero: Masculino Feminino

Quantidade 1 3 Percentual 25,00% 75,00%

2 – Idade: 21 a 25 anos 26 a 30 anos 31 a 35 anos Quantidade 1 2 1 Percentual 25,00% 50,00% 25,00%

3 – Estado Civil: Solteiro Casado Quantidade 2 2 Percentual 50,00% 50,00% Fonte: Elaborada pelos acadêmicos (2010).

Com base na Tabela 1, observa-se que há concentração dos colaboradores

do gênero feminino (75,00%) lotadas na unidade de Itajaí (SC), vinculadas ao setor

de importação. Em termos de idade, a metade (50,00%) concentra-se na faixa de 26

a 30 anos, chama a atenção que a outra metade subdivide-se em dois grupos

distintos. Mesmo assim, é possível inferir que os colaboradores da Hansa no

departamento de importação são compostos por jovens que estão entre 21 a 35

anos.

E no quesito estado civil, metade da equipe é casada e a outra metade é

solteira. Na Tabela 2, destacam-se os dados profissionais, tanto em termos de

experiência profissional quanto acadêmica, pois é importante para a organização em

estudo estes dois itens.

Tabela 2 – Dados Profissionais

4 – Experiência Específica Anterior na Área de Importação: Possui Não Possui Quantidade 2 2 Percentual 50,00% 50,00%

5 – Escolaridade: Superior incompleto Quantidade 4 Percentual 100,00%

6 – Fala outro idioma? Sim Não

Page 80: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

80

6 – Fala outro idioma? Sim Não Quantidade 2 2 Percentual 50,00% 50,00% Qual idioma? Inglês Italiano Quantidade 1 1 Percentual 50,00% 50,00%

7 – Você possui conhecimentos de Informática e do Pacote Office? Sim Quantidade 4 Percentual 100,00% 8 – Você tem familiaridade com as Legislações vigentes nesta área? Sim Quantidade 4 Percentual 100,00% Fonte: Elaborada pelos acadêmicos (2010).

A leitura dos dados postados na Tabela 2 evidencia que a metade dos

profissionais (50,00%) declarou ter experiência anterior na área de importação. E

com isso, trazem bagagem anterior positiva ao desempenho das atividades. E

referindo-se à escolaridade tem-se um dado importantíssimo que todos estão

matriculados em curso superior e que é um diferencial competitivo no capital

intelectual de qualquer empresa.

Além disso, na percepção de Gonçalves (2009) para os profissionais em

Comércio Exterior é imprescindível que se tenha a fluência em outras línguas, pois a

competitividade e a concorrência são implacáveis e há necessidade de se falar uma

segunda língua.

E com este pensamento, os acadêmicos elaboraram uma pergunta sobre

outro idioma que os profissionais dominam no setor de importação. Para esta

chegou-se ao resultado de que (50,00%) falam outra língua, ou seja, um colaborador

domina a língua inglesa e outro o idioma italiano, tornando a empresa diferenciada e

competitiva.

Já na questão de informática, todos dominam os recursos necessários para

desempenho favorável ao despacho aduaneiro. E para finalizar, a última pergunta é

referente às legislações vigentes na área estudada, conta também com maioridade

positiva. Esse resultado sugere à organização que os colaboradores possuem

conhecimento das leis que regem o processo de importação.

Page 81: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

81

3.2.2 Tipo de DI predominante

Nesse tópico apresentam-se os tipos de declaração de importação

predominante emitida, conforme exemplificado na Tabela 3, justificando-se o

trabalho realizado na Hansa Logística Global Ltda. com o tipo de declaração para

consumo.

Tabela 3 - Tipos de DI’s emitidas na Hansa

TIPO DE DI/ANO: DECLARAÇÕES

2008 DECLARAÇÕES

2009 DECLARAÇÕES

2010 Consumo 100,00% 99,48% 99,63% Admissão em Entreposto Aduaneiro - - - Admissão em EIZOF - - - Admissão em Entreposto Industrial - - - Admissão Temporária - 0,26% 0,37% Admissão na ZFM - - - Admissão em Loja Franca - - - Admissão em ALC - - - Admissão em DAD - - - Admissão em DEA - - - Consumo e Admissão Temporária - 0,26% - Total 100,00% 100,00% 100,00% Fonte: Elaborada pelos acadêmicos (2010).

Por intermédio de levantamento documental da Tabela 3, é demonstrada a

predominância das declarações emitidas que neste caso servem de exemplo para o

trabalho que é a de consumo, representando 100% em 2008, 99,49% no ano de

2009 e até o mês de julho de 2010 com um percentual de 99,63%.

Cabe levantar ainda as Declarações de Importação que geraram multas na

Hansa, por questões de preenchimento incorreto e que merecem atenção da

coordenação e dos colaboradores. Os resultados desse levantamento podem ser

mais bem visualizados na Tabela 4.

Tabela 4 – Valores das multas recolhidas 2008 - R$ 2009 - R$ 2010 - R$ Total – R$

TIPO DI 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 2185 sem redução 3.100,00 10.500,00 4.550,00 18.150,00 5149 com redução 2.020,00 2.500,00 14.405,00 18.925,00 Fonte: Elaborada pelos acadêmicos (2010).

Fica demonstrada na Tabela 9 que as DI’s predominantes são a de

Consumo (TIPO DI - 1) e que os valores das multas, tanto no código (2185 – sem

Page 82: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

82

redução) quanto no código (5149 – com redução) ocorreram neste campo. Vale

salientar que o ano de 2010 os dados são referentes até julho e que no código

(5149) do tipo Consumo está acima da média dos anos anteriores com o valor de R$

14.405,00.

3.2.3 Valores das multas Receita Federal do Brasil na DRF de Itajaí

(SC)

Neste item apresentam-se os valores de arrecadação bruta original pela

Receita Federal do Brasil na DRF Itajaí (SC). Em caráter comparativo, têm-se os

valores das multas recolhidas pela Hansa e da PM Despachos Aduaneiros, que foi a

única empresa respondente com relação à solicitação dos dados para a pesquisa.

Tabela 5 – Valores das multas recolhidas Receita Federal do Brasil Receita Federal do Brasil Hansa Logística Global Ltda PM Despachos Aduaneiros

Ano Cód. 2185 Cód. 5149 Ano Cód. 2185 Cód. 5149 Ano Cód. 2185 Cód. 5149 2006 2.917.558,84 602.521,59 2006 - - 2006 - - 2007 3.645.197,32 1.548.199,23 2007 - - 2007 - - 2008 5.315.309,34 3.052.901,44 2008 3.100,00 2.020,00 2008 - - 2009 5.395.583,00 3.507.231,00 2009 10.500,00 2.500,00 2009 12.385,00 2.595,09 2010 3.178.135,00 1.462.287,00 2010 4.550,00 14.405,00 2010 5.252,00 1.052,99

Fonte: Elaborada pelos acadêmicos (2010).

Na Tabela 5, ficam explícitos os valores da RFB, Hansa e Concorrente A.

Com relação aos números das multas levantadas pela RFB, torna o tema do

presente trabalho propício aos Despachantes Aduaneiros. Porque demonstra

monetariamente o volume de multas recolhidas pelo órgão fiscalizador, por imperícia

dos profissionais que atuam na área e que de certa forma, trouxeram prejuízo às

organizações.

E para ser mais bem visualizada, nas Tabelas 6 e 7 explanou-se os

percentuais de arrecadação de ambos os despachantes, comparando com o total da

arrecadação bruta pela Receita Federal do Brasil em Itajaí (SC).

Page 83: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

83

Tabela 6 – Percentual das multas recolhidas RFB X Hansa RFB x Hansa

Ano % Cód. 2185 % Cód. 5149 2006 - - 2007 - - 2008 0,058322099 0,066166564 2009 0,194603623 0,071281304 2010 0,143165725 0,985100736

Fonte: Elaborada pelos acadêmicos (2010).

Cabe registrar que na cidade de Itajaí (SC) estão cadastradas 110 empresas

relacionadas com o despacho aduaneiro, ou seja, a fatia de pagamento das multas

pode ser considerada pequena pela empresa em estudo, porém se multiplicar por

110 empresas atuantes na área, o valor é exorbitante. Na Tabela 6 mostra o

percentual de recolhimento de multas da Hansa em comparação à RFB.

Já a Tabela 7 mostra também, os percentuais de recolhimento das multas

pela Receita Federal do Brasil em comparação ao Concorrente A. Fica exposto que

a percentagem de recolhimento das multas da PM Despachos Aduaneiros são

aproximadas ao da Hansa, determinando a equiparação da qualificação profissional

das empresas.

Tabela 7 – Percentual das multas recolhidas RFB X PM Despachos Aduaneiros RFB x PM Despachos Aduaneiros

Ano % Cód. 2185 % Cód. 5149 2006 - - 2007 - - 2008 - - 2009 0,229539607 0,07399256 2010 0,165254151 0,0720098

Fonte: Elaborado pelos acadêmicos (2010).

Em resumo as Tabelas 6 e 7 demonstram a fragilidade operacional das

empresas despachantes aduaneiras no quesito à declaração de importação, porque,

os valores das multas são suportadas pela empresa. Valores que poderiam ser

empregados em outras áreas, na infraestrutura de TI, na melhoria da política de

salários e benefícios, dentre outros. Mas vale salientar que as organizações

trabalham para padronizar suas operações, melhorar seus processos e a qualificar

seus profissionais, pois, essa é uma forma de alavancar o sucesso organizacional.

Page 84: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

84

3.3 Manual de importação para o modal marítimo

A Declaração de Importação desse manual é totalmente hipotética, sem a

necessidade de obtenção da licença de importação, conforme o tipo de DI

predominante no estudo, ou seja, tipo consumo. A importação consiste a título

definitivo, a aquisição de Polietileno para revenda a indústrias de plásticos.

3.3.1 Orientações iniciais

De posse dos documentos instrutivos ao despacho, os quais são: Fatura

Comercial (ANEXO B), Packing List (ANEXO C), Conhecimento de Carga – B/L

(ANEXO D) e de outros eventualmente necessários (item 12 do ANEXO A), foi

preenchida a Declaração de Importação com o auxílio do Anexo Único da Instrução

Normativa 680/2006 (ANEXO A).

3.3.2 Tela inicial da declaração de importação (DI) no SISCOMEX

Para declarar as informações no SISCOMEX:

• Duplo clique no atalho da pasta importação no desktop;

• Selecionar o ícone Declaração de Importação, e duplo clique para

abrir a Declaração de Importação – Perfil Importador.

Page 85: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

85

Figura 3 – Primeira tela do SISCOMEX. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

3.3.3 Tela principal da declaração de importação no SISCOMEX

importação

A tela principal da DI no SISCOMEX é apresentada conforme Figura 4.

Page 86: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

86

Figura 4 - Tela nova declaração. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

• Clicar no item Declaração na Barra de Menus;

• Automaticamente, o sistema abre a caixa do Menu de Opções;

• Selecionar e clicar na opção Nova... para abrir uma nova declaração.

3.3.4 Inserindo uma nova declaração de importação

Na tela da Figura 5 o usuário deve escolher o conjunto de informações que

caracterizam a declaração a ser elaborada, de acordo com a origem e o destino da

mercadoria submetida ao despacho.

Nesse exemplo, com base no (ANEXO A), verificou-se que a mercadoria é

oriunda diretamente do exterior para ser desembaraçada, com o pagamento total

dos tributos devidos e incorporados à economia nacional, sem qualquer restrição de

uso, ou seja, o desembaraço é para consumo.

Menu de Opções

Área de Trabalho

Barra de Ferramentas

Barra de Menus

Barra de Título da Janela em Operação

Page 87: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

87

Esta janela (FIGURA 5) do sistema SISCOMEX está relatada na Instrução

Normativa nº 680 de 02 de outubro de 2006 (ANEXO A), no item 1.

Figura 5 - Tela tipo de declaração. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Formas de preenchimento da guia:

• Clicar no item consumo, que ao ser marcado recebe destaque. Isso

pode ser mais bem visualizado na Figura 5. Para confirmar a escolha

realizada, selecionar o botão Ok.

• Após clicar no botão Ok, automaticamente o sistema vai abrir a guia

Importador (FIGURA 6).

3.3.5 Guia importador

Na Figura 6, o usuário deve criar uma Identificação da DI, Para uso do

Importador, com o campo Identificação da DI, que não tem efeito fiscal, servindo

apenas para auxiliar o interessado na organização de suas declarações na memória

Page 88: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

88

do seu computador. Neste campo o analista de importação preenche o número do

processo identificado pelo sistema utilizado pela Hansa Logística Global Ltda.

Nesse exemplo trata-se da Empresa RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

LTDA, inscrita no CNPJ número 01.000.000/0002-47. A inscrição é informada no

campo CNPJ do Estabelecimento. A mercadoria é importada pela própria empresa,

não sendo por encomenda e nem por conta e ordem de outra.

Figura 6 - Tela guia importador. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Formas de preenchimento da guia:

• No quadro Tipo do Importador selecionar a opção Pessoa Jurídica

conforme (ANEXO A), item 2.

• Preencher o número do CNPJ no campo CNPJ do Estabelecimento

conforme (ANEXO A), item 3 e (ANEXO B), item 3.

• Selecionar no quadro Caracterização da Operação, a opção

Importação Própria, conforme IN 680 do (ANEXO A), item 4.

• Para passar para a próxima guia, seleciona-se com o cursor a aba da

respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a guia

Básicas da Figura 7.

Page 89: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

89

3.3.6 Guia básicas

Nessa tela o usuário deverá informar os dados básicos da importação de

acordo com os (ANEXO A; B; C; e D).

Figura 7 - Tela guia básicas. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Formas de preenchimento da guia:

• No campo URF dede Despacho, Clicar no botão da letra T,

selecionado, abre a lista das URF’s, com respectivos nomes e

códigos, permitindo que o analista percorra a lista e marque a unidade

desejada.

Nessa guia, no campo URF de Despacho deve ser informado o código da

Unidade da Receita Federal (URF) de Despacho, nesse exemplo, o código da

unidade local da Secretaria da Receita Federal do Brasil em que será processado o

desembaraço aduaneiro da mercadoria (0920600), conforme IN 680 (ANEXO A),

item 10.

Page 90: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

90

• No quadro Documentos de Instrução do Despacho, clicar no

campo Denominação, selecionar o documento conforme IN 680

(ANEXO A), item 12. Preenche-se com o tipo e a identificação de

cada um dos documentos que instruem o despacho. Neste exemplo,

os documentos instrutivos são: Fatura Comercial (ANEXO B), Packing

List (ANEXO C) e o conhecimento de carga (B/L) (ANEXO D).

• Selecionar no quadro Modalidade do Despacho, a opção Normal,

conforme (ANEXO A), item 9.

• Para passar para a próxima guia, seleciona-se com o cursor a aba da

respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a guia

Transporte da Figura 8.

3.3.7 Guia transporte

Nessa guia há diversas variações no preenchimento, considerando que

existem diversas vias de transporte disponíveis para utilização de acordo com o

(ANEXO A), item 14 e 14.1. Para preenchimento dessa guia, será utilizado

documento do conhecimento de carga, (ANEXO D).

Page 91: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

91

Figura 8 - Tela guia transporte. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Formas de preenchimento da guia:

• Selecionar no quadro Via de Transporte, a opção Marítima,

conforme (ANEXO A), item 14.

Com essa seleção são abertos espaços para que sejam informados o

transportador, o nome da embarcação, o documento de chegada da carga e o

conhecimento de transporte, conforme (ANEXO A), itens 15, 16, 16.1, 16.2, 17, 18,

18.1, 18.2, 18.3, 19, 19.1 e 19.2.

No exemplo o transportador é a empresa alemã Hamburg Sud, conforme

(ANEXO A), item 16, portanto a bandeira é a 023, código da Alemanha. Para obter

os códigos, clicar no campo Bandeira, botão da letra T obtém-se o acesso a tabela

armazenada no computador.

O quadro Conhecimento de Transporte, o campo Tipo permite duas

alternativas. House B/L diz respeito nos casos de carga consolidada, para os quais

deverão ser informados o número do conhecimento principal master, emitido pelo

transportador em favor do consolidador da carga, e o do conhecimento filhote house,

emitido pelo consolidador em favor do importador.

Page 92: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

92

Na IN 680 (ANEXO A), item 15, os demais campos são preenchidos direto:

nome da embarcação, navio CAP ROCA; documento de chegada da carga,

manifesto 145873264759; conhecimento de transporte campo Identificação

CEMERCANTE31032008 e no campo Ident. do master 639836269863926; Local

de Embarque HOUSTON, TX; e Data do Embarque 26/06/2010.

• No quadro Utilização, selecionar a opção Total;

• Para passar para a próxima guia, seleciona-se com o cursor a aba da

respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a guia

Carga da Figura 9.

3.3.8 Guia carga

A guia Carga está divida em três subguias numeradas 1, 2 e 3, com suas

abas à direita.

• Subguia 1, referente a detalhes da carga;

• Subguia 2, referente ao valor das mercadorias, do frete e do seguro;

• Subguia 3, referente a declaração de Exportação Estrangeira.

Para preenchimento dessa guia e suas subguias, serão utilizados: Fatura

Comercial (ANEXO B), Packing List (ANEXO C) e o conhecimento de carga (B/L)

(ANEXO D).

Page 93: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

93

Figura 9 - Tela guia carga, subguia 1. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Formas de preenchimento da guia:

• Clicar no campo País de Procedência, botão da letra T, para obter os

códigos, armazenados na tabela do SISCOMEX.

• País de procedência (país onde a mercadoria foi embarcada) de

acordo com o Anexo A, item 13: 249 - Estados Unidos.

• A URF de entrada no País de acordo com o Anexo A, item 10:

0920600 (Itajaí).

• A data da chegada de acordo com o Anexo A, item 23: 27/07/2010

• Peso Bruto de acordo com o (ANEXO A), item 21: 17.080,00

• Peso líquido de acordo com o (ANEXO A), item 22: 17.000,00

• No quadro Volumes é especificada, para cada tipo de embalagem, a

sua quantidade de acordo com o (ANEXO A), item 20.

• Embalagem de acordo com o (ANEXO A), item 20.1: Saco de Outros

Materiais;

• Quantidade de acordo com o (ANEXO A), item 20.1.1: 680

Page 94: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

94

As mercadorias de importação, salvo exceções, devem ser armazenadas em

recintos alfandegados. Cada recinto tem seu código e, para facilitar a organização

da fiscalização, agrupados em setores.

• No quadro Local de Armazenamento clicar no botão da letra T para

acesso da tabela armazenada no SISCOMEX de acordo com o

(ANEXO A), item 24;

• Recinto Aduaneiro de acordo com o (ANEXO A), item 24.1: 9101301

(Porto de Itajaí);

• Setor de acordo com o (ANEXO A), item 24.2: 002 (Importação

Porto);

• Armazém de acordo com o (ANEXO A), item 24.3: Pátio

• Para passar para a próxima subguia, seleciona-se com o cursor a aba

da respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a

subguia 2 da Figura 10.

3.3.9 Subguia 2

Nessa subguia preenche-se, de acordo com o (ANEXO B), o valor total das

mercadorias no local de embarque, o valor do frete e o valor de seguro, se houver e

especifica-se as respectivas moedas. O valor em real serão calculados pelo

SISCOMEX com base na Tabela de Conversão de Moeda.

Page 95: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

95

Figura 10 - Tela guia carga, subguia 2. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Formas de preenchimento da guia:

• No campo Moeda, clicar no botão da letra T, para obter os códigos,

da tabela SISCOMEX.

• No quadro Valor Total das Mercadorias no Local de Embarque

digitar o valor da mercadoria de acordo com Anexo B;

• Moeda de acordo com o (ANEXO A), item 25: 220 (Dólar);

• No quadro Frete Total, de acordo com o (ANEXO A), item 25.1 o frete

Prepaid é valor pago no local de embarque.

• Moeda: 220 (Dólar);

• Prepaid: 1.400,00

• Para passar para a próxima subguia, seleciona-se com o curso a aba

da respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a

subguia 3 da Figura 11.

Page 96: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

96

3.3.10 Subguia 3

De acordo com os documentos instrutivos ao despacho aduaneiro e

instrumentos de negociação, a subguia 3 não será preenchida.

Figura 11 - Tela guia carga, subguia 3. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

• Para passar para a próxima guia, seleciona-se com o curso a aba da

respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a guia

Pagamento da Figura 12.

3.3.11 Guia pagamento

Na guia Pagamento são informados os códigos das receitas e os

respectivos valores. Os códigos são predefinidos pelo SISCOMEX.

Page 97: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

97

Figura 12 - Tela guia pagamento. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Formas de preenchimento da guia:

• Selecionar e digitar no campo Banco, Agência e Conta Corrente, os

seus respectivos códigos de acordo com o (ANEXO A), item 29.2.

Formas de preenchimento do quadro Valores:

• Selecionar e digitar no campo Receita, o código da Receita de acordo

com o (ANEXO A), item 28.1.

• Selecionar e digitar no campo Valor Total o valor do crédito a

compensar de acordo com o (ANEXO A), item 28.2.

Os tributos, em relação ao exemplo, a serem recolhidos são:

• 0086 (Imposto de Importação): R$ 6.771,59

• 1038 (Imposto sobre Produtos Industrializados): R$ 2.757,00

• 5602 (PIS/PASEP): R$ 1.095,04

• 5629 (COFINS): R$ 5.043,80

• 7811 (Taxa de Utilização do SISCOMEX): R$ 40,00

Page 98: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

98

• Para passar para a próxima guia, seleciona-se com o cursor a aba

da respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a guia

Informações Complementares da Figura 13.

3.3.12 Guia informações complementares

O quadro Informações Complementares é utilizado para informações

adicionais do importador, em texto livre. As repartições da Receita também podem

solicitar que sejam preenchidas determinadas informações, de acordo com as

condições locais.

Figura 13 - Tela guia informações complementares. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Formas de preenchimento da guia:

Neste exemplo preenchemos o número do CNTR, número do Lacre e,

repetindo informações já prestadas na ficha Básicas. O motivo é que no Extrato da

Declaração, nem no Comprovante de Importação, tais informações são

impressas.

Page 99: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

99

• Após o preenchimento de todas as guias, selecionar a opção Salvar,

no menu Arquivo. Para fechar, selecionar a opção Fechar, no

mesmo menu.

• Para passar para a Guia Adição, seguir as orientações do item

3.2.12.

3.3.13 Adição

A adição serve para descrever as mercadorias e podem existir diversas

adições para uma só declaração. Neste exemplo, é necessária apenas uma adição.

Para abrirmos uma adição:

• No menu, clicar em Adição, selecionar Nova e logo após clicar em

Sem LI.

Figura 14 - Tela inserir adição. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

• Após clicar no item Sem LI, automaticamente o sistema vai abrir a

guia Fornecedor.

Page 100: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

100

3.3.14 Guia fornecedor/exportador

No exemplo, o fabricante não é o exportador. Marca-se a opção e no

quadro Exportador informa-se seu nome, país onde está localizado e endereço.

Figura 15 - Tela guia fornecedor/exportador. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de preenchimento da guia:

• Nos campos Nome e País de Aquisição, clicar no botão da letra T

para obter os códigos, para acessar a tabela do SISCOMEX.

• Selecionar “O fabricante/produtor não é o exportador” de acordo

com as informações do (ANEXO B).

• Selecionar a opção no quadro Vinculação entre Comprador e o

Vendedor a opção Sem vinculação de acordo com as informações

do (ANEXO B).

• No quadro Exportador, preencher as informações de acordo com o

(ANEXO A), item 33 e (ANEXO B).

Page 101: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

101

• Preencher no campo Quantidade na Medida Estatística: 17.000,00

de acordo com o (ANEXO B) e (ANEXO C).

3.3.15 Guia fornecedor/fabricante/produtor

No quadro Fabricante / Produtor informa-se seu nome, país onde está

localizado e endereço.

Figura 16 - Tela guia fornecedor/fabricante/produtor. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de preenchimento da guia:

• No quadro Fabricante / Produtor, preencher as informações de

acordo com o (ANEXO A), item 34 e (ANEXO B).

• Para passar para a próxima guia, seleciona-se com o cursor a aba da

respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a guia

Mercadoria da Figura 17.

Page 102: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

102

3.3.16 Guia mercadoria/subguia 1

A guia Mercadoria está divida em quatro subguias numeradas 1, 2, 3 e 4,

com suas abas à direita:

• Subguia 1, referente à classificação fiscal da mercadoria;

• Subguia 2, referente a detalhes da mercadoria;

• Subguia 3, referente à NVE;

• Subguia 4, referente a declaração de exportação Estrangeira.

Figura 17 - Tela guia mercadoria, subguia 1. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de preenchimento da guia:

• Nos campos NALADI/SH e NALADI/NCCA clicar no botão da letra T,

obtém-se o acesso a tabela SISCOMEX. Não se aplica ao exemplo.

• Selecionar com o cursor no quadro NCM, informar o código

3901.10.10 de acordo com o (ANEXO A), item 35 e informações do

(ANEXO B).

Page 103: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

103

• Automaticamente, após informar o código no quadro NCM, o sistema

alimentará o quadro Denominação NCM, Alíquota I.I., Alíquota I.P.I.

e Unidade de Medida Estatística.

• Preencher no campo Quantidade na Medida Estatística: “17.000,00”

de acordo com as informações do (ANEXO B) e (ANEXO C).

• Preencher no campo Peso Líquido: “17.000,00” de acordo com o

(ANEXO A), item 37 e informações do (ANEXO B) e (ANEXO C).

• No quadro Aplicação, seleciona a opção: “Revenda” de acordo com o

(ANEXO A), item 39.

• Para passar para a próxima subguia 2, seleciona-se com o cursor a

aba da respectiva subguia.

3.3.17 Guia mercadoria/subguia 2

Na subguia 2 descrevemos os detalhes da mercadoria, incluindo sua

descrição completa e utilização.

Figura 18 - Tela guia mercadoria, subguia 2.

Page 104: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

104

Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de preenchimento da guia:

• No quadro Descrição Detalhada de Mercadoria, preencher no

campo Unidade Comercializada: “Tonelada” de acordo com o

(ANEXO A), item 42.3 e informações do (ANEXO B) e do (ANEXO C).

• No quadro Descrição Detalhada de Mercadoria, preencher no

campo Quantidade na Unidade Comercializada: “17,00” de acordo

com o (ANEXO A), item 42.4 e informações do (ANEXO B) e do

(ANEXO C).

• No quadro Descrição Detalhada de Mercadoria, preencher no

campo Valor Unitário: “1.620,00” de acordo com o (ANEXO A), item

43.2 e informações do (ANEXO B).

• No quadro Descrição Detalhada de Mercadoria, preencher no

campo Especificação a descrição completa da mercadoria de acordo

com o (ANEXO A), item 42 e 42.2.

• Após incluir todas as informações no quadro Descrição Detalhada

de Mercadoria, selecionar e clicar com o cursor a opção Incluir.

• Para passar para a próxima subguia 3, seleciona-se com o cursor a

aba da respectiva subguia.

3.3.18 Guia mercadoria/subguia 3

A subguia 3 refere-se à Nomenclatura Aduaneiro e Estatística (NVE)

obrigatória para alguns produtos. Essa nomenclatura permite a identificação unívoca

da mercadoria, evitando a generalidade da descrição livre da subguia 2.

Page 105: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

105

Figura 19 - Tela guia mercadoria, subguia 3. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Pelo exemplo, não há NVE para o produto importado.

• Para passar para a próxima subguia 4, seleciona-se com o cursor a

aba da respectiva subguia.

3.3.19 Guia mercadoria/subguia 4

Não há regulamentação para preenchimento da subguia 4.

Page 106: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

106

Figura 20 - Tela guia mercadoria, subguia 4. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Não se aplica ao exemplo dessa importação.

• Para passar para a próxima guia, seleciona-se com o cursor a aba da

respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a guia

Valor Aduaneiro da Figura 21.

3.3.20 Guia valor aduaneiro

Na ficha Valor Aduaneiro define a base de cálculo do imposto, o valor

aduaneiro de acordo com as informações da guia Carga e Mercadoria.

Page 107: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

107

Figura 21 - Tela guia valor aduaneiro. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de preenchimento da guia:

• Nos campos INCOTERM e Método de Valoração Aduaneira, clicar

no botão da letra T, obtém-se o acesso a tabela do SISCOMEX.

• No quadro Condição de Venda da Mercadoria, selecionar no campo

Incoterm: “CFR” de acordo com informações do (ANEXO B) e

(ANEXO D).

• No quadro Condição de Venda da Mercadoria, preencher no campo

Local da Condição: “ITAJAÍ/SC” de acordo com informações do

(ANEXO B) e (ANEXO D).

• Demais informações são preenchidas automaticamente pelo sistema.

• Para passar para a próxima guia, seleciona-se com o cursor a aba

da respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a guia

Tributos da Figura 22.

Page 108: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

108

3.2.21 Guia tributos/subguia I.I.

A guia Tributos compreende cinco subguias, em que há espaço para definir

as alíquotas dos tributos federais, bem como os tratamentos específicos, isenções e

suspensões.

Na subguia I.I., o sistema informa automaticamente a Base de Cálculo,

obtida pelo somatório do preço da mercadoria, do frete e do seguro (se houver),

ajustado pelos acréscimos, deduções e complementos lançados na ficha Valor

Aduaneiro.

Figura 22 - Tela guia tributos, subguia I.I.. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de preenchimento da guia:

• No campo Código, clicar no botão da letra T obtém-se o acesso a

tabela do SISCOMEX.

• No quadro Regime de Tributação, selecionar no campo Código: “1”

de acordo com o (ANEXO A), item 46.

• Demais informações são preenchidas automaticamente pelo sistema.

Page 109: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

109

• Para passar para a próxima subguia, seleciona-se com o cursor a aba

da respectiva subguia I.P.I. da Figura 23.

3.3.22 Guia tributos/subguia I.P.I.

A subguia I.P.I. refere-se ao cálculo do IPI, com informações lançadas

automaticamente pelo sistema.

Figura 23 - Tela guia tributos, subguia I.P.I. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de preenchimento:

• No quadro Regime de Tributação, selecionar o item Recolhimento

Integral de acordo com o (ANEXO A), item 47;

• Demais informações são preenchidas automaticamente pelo sistema;

• Para passar para a próxima subguia, seleciona-se com o cursor a aba

da respectiva subguia I.P.I. da Figura 24.

Page 110: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

110

3.3.23 Guia tributos/subguia PIS/COFINS (PIS/PASEP)

Na subguia PIS/COFINS refere-se ao cálculo do PIS e da COFINS, tendo

portanto, duas subguias, uma para cada tributo.

Figura 24 - Tela ficha tributos, subficha PIS/COFINS (PIS/PASEP). Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de preenchimento da guia:

• No campo Código, clicar no botão da letra T obtém-se o acesso a

tabela do SISCOMEX.

• No campo Alíquota do ICMS, preencher: “17” de acordo com

(ANEXO A), o item 49.1;

• Demais informações são preenchidas automaticamente pelo sistema;

• Para passar para a próxima subguia, seleciona-se com o cursor a aba

da respectiva subguia Cofins da Figura 25.

Page 111: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

111

3.3.24 Guia tributos/subguia PIS/COFINS (COFINS)

Na subguia Cofins, automaticamente o sistema preenche a alíquota

aplicável.

Figura 25 - Tela guia tributos, subguia PIS/COFINS (COFINS). Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

• Para passar para a próxima subguia, seleciona-se com o cursor a aba

da respectiva subguia Antidumping da Figura 26.

3.3.25 Guia tributos/subguia antidumping

Nessa guia são registrados os valores correspondentes, caso a mercadoria

esteja sujeita a aplicação de alguma medida de defesa comercial.

Page 112: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

112

Figura 26 - Tela guia tributos, subguia antidumping. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Não se aplica ao exemplo dessa importação.

• Para passar para a próxima subguia, seleciona-se com o cursor a aba

da respectiva subguia Cálculos da Figura 27.

3.3.26 Guia tributos/subguia cálculos

Essa ficha indica o montante dos tributos federais a serem recolhidos no ato

do registro da Declaração de Importação, faltando apenas a taxa de utilização do

SISCOMEX.

Page 113: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

113

Figura 27 - Tela guia tributos/subguia cálculos. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

• Para passar para a próxima guia, seleciona-se com o cursor a aba da

respectiva guia. Pela ordem (não obrigatória), foi escolhida a guia

Câmbio da Figura 28.

3.3.27 Guia câmbio

A guia Câmbio serve para registrar como será feito o pagamento da

mercadoria.

Page 114: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

114

Figura 28 - Tela guia câmbio. Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de preenchimento da guia:

• No campo Modalidade de Pagamento, clicar no botão da letra T

obtém-se o acesso a tabela do SISCOMEX.

• No quadro Cobertura Cambial, seleciona-se a opção 1 – Até 180

Dias;

• No quadro Modalidade de Pagamento, selecionar com o cursor a

opção “31” de acordo com o (ANEXO B);

• No quadro Pagamento em até 180 Dias, selecionar a opção

Parcelas Fixas;

• No quadro Pagamento em até 180 Dias, preencher no campo Nº de

Parcelas o número “1” de acordo com o (ANEXO B);

• No quadro Pagamento em até 180 Dias, preencher no campo

Periodicidade o número “60” de acordo com o (ANEXO B);

• No quadro Pagamento em até 180 Dias, preencher no campo Valor

Total o valor da importação “27.540,00” de acordo com o (ANEXO B);

• No quadro Pagamento em até 180 Dias, selecionar na opção

Indicador de Periodicidade;

Page 115: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

115

• Após o preenchimento de todas as guias da Adição, selecionar a

opção Salvar, no menu Arquivo. Para fechar, selecionar a opção

Fechar, no mesmo menu.

3.3.28 Transmissão para análise 1º passo

Após preenchimento de todos os campos da DI, a declaração deverá ser

transmitida Para a Análise.

Figura 29 - Tela Declaração de Importação Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de envio dos dados declarados na DI:

Page 116: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

116

• No menu, selecione a opção Transmissão e logo após, clique na

opção Para Análise.

3.3.28.1 Transmissão para análise 2º passo

Automaticamente, o sistema vai abrir uma nova janela. Neste exemplo,

selecione o processo 40901101 e clique em Ok para transmitir a DI.

Figura 30 - Tela Transmissão para Análise Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

3.3.29 Transmissão para diagnóstico

Após transmitir a DI Para Análise, clicar no menu opção Diagnóstico.

Automaticamente, o sistema vai abrir uma janela.

Page 117: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

117

Figura 31 - Tela Diagnóstico por Nº de Transmissão Fonte: Sistema SISCOMEX (2010).

Forma de envio:

• Selecione o processo e clique em Incluir. Logo após, clique em Ok

para transmitir ao Diagnóstico.

• Automaticamente, o sistema retornará com eventuais alertas sobre o

preenchimento.

• Status de Ok com sinal verde significa que a DI poderá ser registrada.

Após o registro da Declaração de Importação, o SISCOMEX retorna com o

número da DI, esse número identificador deverá ser anotado na capa de processo.

O extrato da Declaração será emitido de acordo com (ANEXO E) e, após a

parametrização via SISCOMEX, nesse exemplo parametrizado no canal verde,

automaticamente será possível emitir o Comprovante de Importação (ANEXO F).

Page 118: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

118

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em geral, as organizações passam por um processo de modificações nos

quais o conhecimento e o capital intelectual tornaram-se recursos extremamente

essenciais. As informações aparecem a todo o momento e o nível de conhecimento

exigido dos profissionais se eleva gradativamente e neste panorama as

organizações que almejam acompanhar as novas tendências e tecnologias do

mercado devem estar preparadas com profissionais qualificados que tenham os

conhecimentos, habilidades e atitudes essenciais.

E para que os profissionais estejam qualificados e tenham a possibilidade de

oferecer um nível de serviço satisfatório, correspondendo aos clientes e contribuindo

para o desenvolvimento crucial da organização é inevitável que eles recebam

treinamento continuadamente, tenham manuais de padronização dos processos e

ambiente favorável para estarem capacitados e aptos a satisfazerem as

necessidades da organização e consequentemente do cliente final.

A partir da pesquisa foi possível levantar as variáveis que interferem no

resultado do despacho aduaneiro na empresa Hansa Logística Global Ltda. Com

isso foi possível sugerir ações que poderão ajudar na melhoria do rendimento das

funções, como a realização da pré-conferência da declaração pelo Coordenador

antes do envio para registro.

Seguindo essa linha de pensamento, o estudo desse trabalho teve como

principal objetivo desenvolver um manual para padronização dos processos

aduaneiros no setor de importação, no registro de declarações de importações do

tipo consumo, com intuito de reduzir erros de registro. E para que este objetivo fosse

atingido foram traçados os segundos objetivos específicos: (1) Identificar o perfil dos

colaboradores; (2) Levantar o tipo de DI predominante, emitidas na Hansa; (3)

Levantar os valores das multas recolhidas pela Hansa; (4) Levantar os valores das

multas recolhidas pela RFB em Itajaí (SC); (5) Apresentar a legislação pertinente; (6)

Reunir os documentos de importação; (7) Levantar os padrões de trabalho e (8)

Descrever as etapas da realização de um despacho aduaneiro de importação do tipo

para consumo.

Page 119: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

119

Quanto ao manual, que foi desenvolvido pelos acadêmicos relatado no

objetivo geral do presente trabalho, pode ser evidenciado pela teoria de OSM,

utilizou-se de conhecimentos específicos de livros, contribuindo para a modelagem

do setor de importação da empresa Hansa Logística Global Ltda. Dentro desse

panorama criou-se o quadro de distribuição do trabalho (APÊNDICE A), o qual

demonstra o padrão de trabalho na execução das tarefas. Utilizando-se da técnica

QDT, foram expostas as etapas do despacho aduaneiro de importação demonstrada

no fluxograma (APÊNDICE B).

Além de conhecimentos técnicos no despacho aduaneiro, utilizou-se de

embasamentos teóricos compostos do Comércio Exterior, importação e legislações

vigentes (ANEXO A), contribuindo no desenvolvimento do manual de processos.

Com relação ao perfil dos colaboradores (TABELAS 1 e 2), percebe-se que

tanto em nível de escolaridade e profissional atendem as expectativas da Hansa,

pois todos tem conhecimento de informática, todos tem familiaridade com as

legislações vigentes na área e todos estão matriculados em Curso Superior. Com os

resultados dessa pesquisa demonstra-se também o diferencial intelectual da

organização.

Já no Apêndice B está o fluxograma de processos do despacho aduaneiro

de importação. Com a sua construção foi possível verificar os documentos

necessários para a importação, levantar os padrões de trabalho e descrever as

etapas do despacho aduaneiro.

Compete ressaltar que a forma como esse trabalho foi desenvolvido

propiciou a apresentação de considerações sobre as questões teóricas envolvidas,

bem como na análise dos resultados e demonstrar algumas limitações e sugestões

para a realização de futuros trabalhos nesta mesma área.

4.1 Considerações sobre as questões teóricas envolvidas

A padronização de processos dentro de uma empresa é importante para

todas as partes envolvidas na operação, pois, assegura que a tarefa será executada

de forma homogênea e que todos os colaboradores estejam capacitados para tal

Page 120: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

120

função. Seguindo este pensamento, Cury (2005) assegura que os manuais são

documentos preparados na empresa com o intuito de padronizar os procedimentos

que merecem atenção e são observados nas diversas áreas de atuação, tornando-se

excelente aparato de racionalização de métodos e de aperfeiçoamento, integrando

diversos subsistemas organizacionais.

Com base nos aspectos metodológicos, a pesquisa utilizou o método

qualitativo com aporte quantitativo, caracterizou-se como uma proposição de planos,

pois se destina a desenvolver um manual para padronização dos processos

aduaneiros no setor de importação, a fim de reduzir erros no registro de declarações

de importação.

A pesquisa está fundamentada em conhecimentos teóricos, abordando

assuntos relacionados à: (1) Administração; (2) Padronização; (3) Qualidade; (4)

Organização, Sistemas e Métodos; (5) Globalização; (6) Comércio Exterior; (7)

Importação; (8) Despacho Aduaneiro; entre outros.

A Administração embasa as demais áreas, tornando as temáticas de

Padronização; Qualidade e OSM como sua ramificação. Na questão da globalização

na qual desencadeou-se os temas de Comércio Exterior, Importação e Despacho

Aduaneiro pode se perceber gradativamente como houve a necessidade de se

negociar com o mundo e por esse motivo trouxeram à tona essas temáticas.

4.2 Considerações sobre os resultados

Este estudo teve como objetivo geral desenvolver um manual para

padronização dos processos aduaneiros no setor de importação, no registro de

declarações de importações do tipo consumo, com intuito de reduzir erros de registro.

E pode-se assegurar que o objetivo geral foi alcançado por meio do manual de

processos que foi desenvolvido pelos estagiários.

Com relação ao primeiro objetivo específico, em identificar o perfil dos

colaboradores, aplicou-se um questionário com 9 questões fechadas referentes ao

perfil demográfico dos mesmos, demonstrado no (TABELAS 1 e 2), com base

nessas informações identificou-se que 50% tem experiência anterior na área de

Page 121: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

121

importação, e todos estão matriculados em Curso Superior. No segundo objetivo

específico buscou-se levantar o tipo de DI predominante, com base em pesquisa

documental desenvolveu-se a Tabela 3 descrevendo os tipos de DI existentes e o

percentual utilizado na Hansa nos anos de 2008, 2009 até julho de 2010. Ficando

constatado que em elevado número, a DI predominante emitida na Hansa é a do tipo

consumo.

Já para o terceiro objetivo específico, que foi levantar os valores das multas

recolhidas pela Hansa, baseando-se em pesquisa documental e estão demonstrados

na Tabela 4 os valores desde 2008 até julho de 2010. E para visualizar o documento

oficial fornecido pela empresa foi disponibilizado o (APÊNDICE H).

O quarto objetivo específico, que foi levantar os valores das multas recolhidas

pela RFB em Itajaí (SC), foi enviado um ofício solicitando por meio do (APÊNDICE C)

ao Exmo Sr. Luis Gustavo Robetti (Chefe da EDA 1) a solicitação de dados

pertinentes a pesquisa, tal ofício foi protocolado com data de recebimento pela RFB

no dia 29 de julho de 2010. E como resultado deste item, na Tabela 5 demonstra os

valores das arrecadações brutas desde janeiro de 2006 até julho de 2010.

Demonstrando um crescimento nas arrecadações das multas substancialmente

expressivo, com isso, justificasse o desenvolvimento do manual, pois, padronizando

os processos busca-se eficiência para melhorar o registro das DI’s.

No quinto objetivo específico apresentou-se a legislação pertinente (ANEXO

A) da IN SRF 680 de 02 de outubro de 2006. Com relação às multas aplicadas ao

despacho aduaneiro, formatou-se o Quadro 6 que demonstra a síntese do

Regulamento Aduaneiro do Decreto 6.759/2009, resumido pelos artigos pertinentes e

a descrição completa das multas recolhidas nos códigos das multas (2185 – sem

redução e 5149 – com redução) com os valores ou percentuais sobre o valor

aduaneiro.

Como sexto objetivo específico proposto que é reunir os documentos de

importação, que são: (1) fatura comercial; (2) packing list; e (3) B/L estão alocados

aos (ANEXOS B; C; e D) respectivamente. Com relação ao sétimo e oitavo objetivos

específicos que foram de levantar os padrões de trabalho e descrever as etapas do

despacho aduaneiro de importação do tipo para consumo respectivamente,

basearam-se na bibliografia indicada no Quadro 1 e mediante ao fluxograma de

processos no (APÊNDICES A e B) fica descrito de maneira ordenada como se

realizou tais situações.

Page 122: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

122

4.3 Limitações, contribuições e recomendações

Contudo, as limitações desse estudo que podem ser elencadas é a questão

de não haver diversidade de bibliografia atualizada na biblioteca referente ao

assunto de despacho aduaneiro, porém como essa área é regida por bases legais

(leis, decretos e instruções normativas), as atualizações são realizadas pelos órgãos

públicos e podem ser acessadas pela Internet em endereços eletrônicos dos órgãos

competentes. Outra limitação foi a questão referente ao ofício de solicitação de

dados as Comissárias de Despacho Aduaneiro concorrentes, na qual apenas uma

empresa respondeu o questionário positivamente.

A contribuição para a organização foi a elaboração do manual, desenvolvido

pelos acadêmicos que poderá ser aplicado no setor de importação. Contudo, após o

treinamento dos colaboradores o manual poderá ser utilizado como sistema de

consulta. Já como recomendação, os acadêmicos propõem a Hansa Logística

Global Ltda. a implantação do manual de padronização nos processos no setor de

importação após um treinamento com todos os colaboradores envolvidos.

Para que o manual atenda o requisito de padronizar a operação com ênfase

na qualidade da prestação de serviço é necessário que os colaboradores passem

por um treinamento adequado junto ao Coordenador da empresa, a fim de

maximizar a produtividade com superior percentual de eficiência nas declarações

emitidas, tornando as atividades sem o recolhimento de multas.

Em resumo, com a conclusão desse trabalho para os estagiários, fica a

sensação de ter contribuído de alguma forma para levantar questões importantes,

bem como, serviu para aprimorar os conhecimentos sobre o tema estudado e de

forma ampla contribuir para que os conhecimentos adquiridos nas cadeiras da

universidade fossem colocados na prática.

Page 123: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

123

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos de graduação. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1997.

APRENDENDO A EXPORTAR. Artesanato. Disponível em: <http://www.aprendendoaexportar.gov.br/artesanato/012_frameset.htm>. Acesso em: 04 out. 2010. ARAUJO, Luis César G. de. Organização, Sistemas e Métodos. São Paulo: Atlas, 2001. BAGGIO, João Henrique. Itajaí- Navegantes termina 2009 na quarta posição. Itajaí, 2010. Disponível em: < http://www.itajaipraticos.com.br/site/noticias_det.php?id=257>. Acesso em 14 jul. 2010. BARBOSA, Alexandre. de F. O Mundo Globalizado: Política, sociedade e economia. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2003.

BARNARD, Chester I. As funções do Executivo. São Paulo: Atlas, 1979. BAUMANN, Renato; CANUTO, Otaviano; GONÇALVES Reinaldo. Economia Internacional. Rio de Janeiro: Campus, 2004.

BERVIAN, Pedro A.; CERVO, Amado L. Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo: Makron Books, 2002. BIZELLI, João dos Santos; BARBOSA, Ricardo. Noções básicas de importação. 6. ed. São Paulo: Aduaneiras, 1997. CAMPOS, Vicente Falconi. Qualidade Total Padronização de Empresas. Belo Horizonte: EDG, 1999.

CROSBY, Philip B. Qualidade é investimento. 6. ed. Rio de Janeiro: José Olympio: 1994. CRUZ, Carla; RIBEIRO, Uirá. Metodologia Científica: metodologia e prática. Minas Gerais: Axcel Books do Brasil, 2003.

CURY, Antonio. Organização e Métodos. São Paulo: Atlas, 2005. DAFT, Richard L. Administração. São Paulo: Thomson, 2005. D’ASCENÇÃO, Luiz Carlos M. Organização, Sistemas e Métodos. São Paulo: Atlas, 2007.

Page 124: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

124

DIAS, Reinaldo; RODRIGUES, Waldemar. Comércio Exterior. São Paulo: Atlas, 2004. DRUCKER, Peter F. Introdução à Administração. 3. ed. São Paulo: Thomson, 2006. FERREIRA, Ademir Antonio. Gestão empresarial. São Paulo: Pioneira, 1997. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

GONÇALVES, Milena Queiróz. Porque falar inglês se tornou imprescindível. Artigonal, 2009. Disponível em: <http://www.artigonal.com/carreira-artigos/por-que-falar-ingles-se-tornou-imprescindivel-712653.html>. Acesso em: 09 out. 2010. HARGREAVES, Lourdes; ZUANETTI, Rose. Qualidade em prestação de serviços. 2. ed. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2001. HARTUNG, Douglas S. Negócios Internacionais. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. Instrução Normativa SRF n° 680, de 02 de outubro de 2006. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2006/in6802006.htm>. Acesso em 01 mai. 2010. JOHNSTON, Robert; CLARK, Graham. Administração de Operações de Serviço. São Paulo: Atlas, 2002.

JURAN, J. M.; GRYNA Frank M. Controle da Qualidade. 4. ed. São Paulo: Makron Books, 1993. KEEDI, Samir. ABC do Comércio Exterior. Abrindo as Primeiras Páginas. 3. ed. 1. reimp. São Paulo: Aduaneiras, 2008.

LARA, José E.; COELHO, Flávio J. P. A Atuação de Operadoras Logísticas de Comércio Exterior Instaladas em Minas Gerais: um Desafio à Competitividade. Minas Gerais: ENANPAD, 2002. LUDOVICO, Nelson. Comércio Exterior: Preparando sua empresa para o mercado global. São Paulo: Thomson, 2002. MAGNOLI, D.; SERAPIÃO JR, C. Comércio Exterior e Negociações Internacionais. São Paulo: Saraiva, 2006. MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada. Porto Alegre: Bookman, 2001. MALUF, Sâmia Nagib. Administrando o Comércio Exterior do Brasil. São Paulo: Aduaneiras, 2003.

Page 125: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

125

MANGANOTE, Edmilson J. T. Organização, Sistemas e Métodos. 2. ed. São Paulo: Alínea, 2001.

MANZOLI, Danielle Rodrigues. Descrição da mercadoria para fins de despacho aduaneiro. São Paulo, 2009. Disponível em: <http://www.aduaneiras.com.br/noticias/artigos/default.asp?artigo_id=458&n=1> Acesso em 15 jul. 2010. MARCONI, Marina de Andrade & LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

MARINHO, Mônica R. M.; PIRES, Jovelino de G. Comércio Exterior. São Paulo: Aduaneiras, 2002.

MARTINS, Eliane M. Octaviano. Curso de Direito Marítimo. 2. ed. São Paulo: Manole, 2005. MATTOS, Pedro Lincoln C. L. de. Administração: Ciência ou Arte: o Que Podemos Aprender com este Mal-Entendido. Rio de Janeiro: XXXII ENANPAD, setembro de 2008. MAXIMIANO, Antonio Cesar A. Teoria geral da Administração: da escola científica à competitividade na economia globalizada. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. MIGUEL, Paulo Augusto Cauchick. Qualidade: Enfoque e Ferramentas. 1. reimp. São Paulo: Artliber, 2006. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR. Operações de Comércio Exterior – DECEX. Importação. Disponível em: <http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=246>. Acesso em 01 mai. 2010. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebolças de. Planejamento estratégico: metodologia e práticas. São Paulo: Atlas, 2007. PERIA, Milve Antonio. Prática de importação. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 1990. RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Aduana e Comércio Exterior: Importação. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/Aduana/ProcAduExpImp/DespAduImport.htm> . Acesso em: 01 mai. 2010.

REGULAMENTO ADUANEIRO. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Decretos/2009/dec6759.htm>. Acesso em 01 mai. 2010. RIBEIRO, Antonio de Lima. Teorias da Administração. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

Page 126: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

126

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007. Colaboradores José Augusto de Souza Peres... (et al.).

ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: Guia para Estágios, Trabalhos de Conclusão, Dissertação e Estudos de Caso. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

SABINO, Bárbara Silvana. Plano de comunicação para o Centro Educacional Mundo Infantil. 2009. 126 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) – Curso de Administração, Centro de Ciências Sociais e Aplicadas - Gestão, Univali, Itajaí. SILVA, Antônio J. H. da.; JR FERREIRA, Israel; CASTRO, Marcos de. Teoria e Prática na Missão Organizacional em Instituições de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Região Sul. Gramado: XXIV Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica ANPAD, outubro de 2006. SOARES, Claudio César. Introdução ao Comércio Exterior. São Paulo: Saraiva, 2004. SOSA, Roosevelt Baldomir. A Aduana e o Comércio Exterior. São Paulo: Aduaneiras, 1995. STONER, J. F.; FREEMAN, R. E. Administração. 5.ed. Rio de Janeiro: Prentice Hall do Brasil, 1995. TAYLOR, Frederick Winslow. Princípios de Administração Científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1995. TORRES, Igor G. Comércio internacional no Século XXI. São Paulo: Aduaneiras, 2000. VAZQUEZ, José Lopes. Comércio Exterior Brasileiro. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009. WERNECK, Paulo de L. Comércio Exterior & Despacho Aduaneiro. 4. ed. 3. reimp. Curitiba: Juruá, 2010.

Page 127: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

127

ANEXOS

Page 128: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

128

ANEXO A – Anexo Único IN SRF 680

ANEXO ÚNICO

INFORMAÇÕES A SEREM PRESTADAS PELO IMPORTADOR 1 - Tipo de Declaração Conjunto de informações que caracterizam a declaração a ser elaborada, de

acordo com o tratamento aduaneiro a ser dado à mercadoria objeto do despacho, conforme a tabela "Tipos de Declaração", administrada pela SRF.

2 - Tipo de Importador Identificação do tipo de importador: pessoa jurídica, pessoa física ou missão

diplomática ou representação de organismo internacional. 3 - Importador Identificação da pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no

território aduaneiro. 4 - Caracterização da Operação Indica se a importação é própria ou por conta e ordem de terceiros. 5 - Adquirente da Mercadoria Identificação do adquirente da mercadoria no caso de importação por conta e

ordem de terceiros. 6 - Operação FUNDAP Indicativo de operação de importação efetuada por empresa integrante do

sistema FUNDAP - Fundo para Desenvolvimento das Atividades Portuárias. 7 - Representante Legal Número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da

Fazenda, da pessoa habilitada a representar o importador nas atividades relacionadas ao despacho aduaneiro.

8 - Processo Tipo e identificação do processo formalizado na esfera administrativa ou

judicial que trate de pendência, consulta ou autorização relacionada à importação objeto do despacho.

9 - Modalidade do Despacho Modalidade de despacho aduaneiro da mercadoria. Fl. 2 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de

2006. 10 - URF de Despacho Unidade da Receita Federal responsável pela execução dos procedimentos

necessários ao desembaraço aduaneiro da mercadoria importada, de acordo com a tabela "Órgãos da SRF", administrada pela SRF.

11 - URF de Entrada no País Unidade da Receita Federal que jurisdiciona o local de entrada da mercadoria

no País, de acordo com a tabela "Órgãos da SRF" administrada pela SRF. 12 - Outros Documentos de Instrução do Despacho Documentos necessários

para o despacho aduaneiro, além daqueles informados em campo próprio da declaração.

13 - País de Procedência

Page 129: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

129

País onde a mercadoria se encontrava no momento de sua aquisição e de onde saiu para o Brasil, independentemente do país de origem ou do ponto de embarque final, de acordo com a tabela "Países" administrada pelo BACEN.

14 - Via de Transporte Via utilizada no transporte internacional da carga. 14.1 - Indicativo de Multimodal Indicativo da utilização de mais de uma via, de acordo com o conhecimento

de transporte internacional. 15 - Veículo Transportador Identificação do veículo que realizou o transporte internacional da carga. 16 - Transportador Razão Social da pessoa jurídica, nacional ou estrangeira, que realizou o

transporte internacional e emitiu o conhecimento de transporte (único ou master). 16.1 - Bandeira Identificação da nacionalidade do transportador, utilizando o código do país

do transportador, conforme a tabela "Países", administrada pelo BACEN. Fl. 3 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de

2006. 16.2 - Agente do Transportador Número de inscrição no CNPJ/MF, da pessoa jurídica nacional que

representa o transportador da carga. 17 - Documento da Chegada da Carga Documento que comprova a chegada da carga no recinto alfandegado sob a

jurisdição da URF de despacho, de acordo com a via de transporte internacional utilizada.

18 - Conhecimento de Transporte Documento emitido pelo transportador ou consolidador, constitutivo do

contrato de transporte internacional e prova de propriedade da mercadoria para o importador.

18.1 - Identificação Indicação do tipo e número de documento, conforme a via de transporte

internacional. 18.2 - Indicativo de Utilização do Conhecimento Indicativo de utilização do

conhecimento no despacho aduaneiro. 18.3 - Identificação do Conhecimento de Transporte Máster Identificação do

documento de transporte da carga consolidada (master), que inclua conhecimento house informado.

19 - Embarque Local e data do embarque da carga. 19.1 - Local de Embarque Denominação da localidade onde a carga foi embarcada, de acordo com o

conhecimento de transporte. Local de postagem ou de partida da carga, nos demais casos.

19.2 - Data de Embarque Data de emissão do conhecimento de transporte, da postagem da mercadoria

ou da partida da mercadoria do local de embarque. 20 - Volumes Características dos volumes objeto do despacho. Fl. 4 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de

2006.

Page 130: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

130

20.1 - Tipo de Embalagem Espécie ou tipo de embalagem utilizada no transporte da mercadoria

submetida a despacho, conforme a tabela "Embalagens", administrada pela SRF. 20.1.1 - Quantidade Número de volumes objeto do despacho, exceto para mercadoria a granel. 21 - Peso Bruto Somatório dos pesos brutos dos volumes objeto do despacho, expresso em

Kg (quilograma) e fração de cinco (5) casas decimais. 22 - Peso Líquido Somatório dos pesos líquidos das mercadorias objeto do despacho, expresso

em Kg (quilograma) e fração de cinco (5) casas decimais. 23 - Data da Chegada Data da formalização da entrada do veículo transportador no porto, no

aeroporto ou na Unidade da SRF que jurisdicione o ponto de fronteira alfandegado. 24 - Local de Armazenamento Local alfandegado, em zona primária ou secundária, onde se encontre a

mercadoria, ou, no caso de despacho antecipado, onde a mesma deverá ficar à disposição da fiscalização aduaneira para verificação.

24.1 - Recinto Alfandegado Código do recinto alfandegado conforme a tabela "Recintos Alfandegados",

administrada pela SRF. 24.2 - Setor Código do setor que controla o local de armazenagem da mercadoria,

conforme tabela administrada pela URF de despacho. 24.3 - Identificação do Armazém Código do armazém, quando a informação constar de tabela administrada

pela URF de despacho. Fl. 5 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de

2006. 25 - Custo do Transporte Internacional Custo do transporte internacional das mercadorias objeto do despacho, na

moeda negociada, de acordo com a tabela "Moedas", administrada pelo BACEN. As despesas de carga, descarga e manuseio associadas a esse trecho devem ser incluídas no valor do frete.

25.1 - Valor Prepaid na Moeda Negociada Valor do frete constante do conhecimento de transporte, pago no exterior

antecipadamente ao embarque, inclusive "valor em território nacional", se for o caso. 25.2 - Valor Collect na Moeda Negociada Valor do frete constante do conhecimento de transporte, a ser pago no Brasil,

inclusive "valor em território nacional", se for o caso. 25.3 - Valor em Território Nacional na Moeda Negociada Valor da parcela do frete destacada no conhecimento, correspondente ao

transporte dentro do território nacional. 26 - Seguro Internacional Valor do prêmio de seguro internacional relativo às mercadorias objeto do

despacho, na moeda negociada, de acordo com a tabela "Moedas", administrada pelo BACEN.

27 - Valor Total da Mercadoria no Local de Embarque (VTMLE) Valor total das mercadorias objeto do despacho no local de embarque, na

moeda negociada, conforme a tabela "Moedas", administrada pelo BACEN. Quando

Page 131: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

131

as mercadorias objeto da declaração tiverem sido negociadas em moedas diversas, esse valor deve ser informado em real. Somatório das adições.

28 - Compensação de Tributos Valor reconhecido a título de crédito, correspondente a tributo recolhido a

maior ou indevidamente, utilizado pelo importador para reduzir os tributos a recolher apurados na declaração. Preenchimento completo do quadro quando houver compensação de tributo na declaração.

28.1 - Código de Receita Código da receita tributária conforme a "Tabela Orçamentária", administrada

pela SRF. Fl. 6 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de

2006. 28.2 - Valor a compensar Valor do crédito a compensar. 28.3 - Referência Tipo e número do documento comprobatório do crédito a ser considerado

para compensação. 29 - DARF Transcrição dos dados constantes do DARF - Documento de Arrecadação de

Receitas Federais. Informação obrigatória nas declarações que apuraram impostos a recolher.

29.1 - Código de Receita Código de receita tributária conforme a "Tabela Orçamentária", administrada

pela SRF. 29.2 - Código do Banco, da Agência e da Conta Corrente Código do banco, da agência e da conta corrente arrecadadora do tributo

constantes da autenticação mecânica. 29.3 - Valor do Pagamento Valor do tributo pago constante da autenticação mecânica. 29.4 - Data do Pagamento Data do pagamento do tributo constante da autenticação mecânica. 30 - Informações Complementares Informações adicionais e esclarecimentos sobre a declaração ou sobre o

despacho aduaneiro. 31 - Documento Vinculado Identificação do tipo e número do documento de despacho aduaneiro anterior

(DI ou RE), que justifica o tratamento requerido no despacho atual. 32 - Licenciamento de Importação Número de identificação da Licença de Importação (LI). Fl. 7 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de

2006. 33 - Exportador Identificação da pessoa que promoveu a venda da mercadoria e emitente da

fatura comercial. 34 - Fabricante ou Produtor Identificação da pessoa que fabricou ou produziu a mercadoria e sua relação

com o exportador. 35 - Classificação Fiscal da Mercadoria

Page 132: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

132

Classificação da mercadoria, segundo a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) e Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM), conforme tabelas administradas pela SRF.

35.1 - Destaque para Anuência Destaque da mercadoria dentro do código NCM para fins de licenciamento da

importação, conforme tabela "Destaque para Anuência", administrada pela SECEX. Informação obrigatória quando NCM sujeita a anuência.

35.2 - "Ex" para o Imposto de Importação Destaque da mercadoria dentro do código NCM, para o Imposto de

Importação. 35.2.1 - Ato Legal Ato legal que instituiu o "ex" na NCM. 35.3 - "Ex" para o Imposto sobre Produtos Industrializados Destaque da mercadoria dentro do código NBM, para o Imposto sobre

Produtos Industrializados. 35.3.1 - Ato Legal Ato legal que instituiu o "ex" na NBM. 36 - Classificação da Mercadoria na NALADI/SH ou NALADI/ NCCA Classificação da mercadoria, segundo a Nomenclatura da Associação Latino-

Americana de Integração (NALADI) com base no Sistema Harmonizado de Codificação e Designação de Mercadorias (SH) ou na Nomenclatura do Conselho de Cooperação Aduaneira (NCCA). Informação obrigatória quando o país de procedência for membro da ALADI.

Fl. 8 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006.

37 - Peso Líquido das Mercadorias da Adição Peso líquido das mercadorias constantes da adição, expresso em quilograma

e fração de cinco casas decimais. 38 - Destaque NCM Anuência/CIDE Destaque NCM Anuência/CIDE. 39 - Aplicação da Mercadoria Destino da mercadoria: consumo ou revenda. 40 - Indicativos da Condição da Mercadoria Assinalar o(s) indicativo(s) abaixo, se adequado(s) à condição da mercadoria

objeto da adição: 1 - Material usado 2 - Bem sob encomenda 41 - Condição de Negócio da Mercadoria Cláusula contratual que define as obrigações e direitos do comprador e do

vendedor, em um contrato internacional de compra e venda de mercadoria, de acordo com a tabela INCOTERMS, administrada pela SECEX.

41.1 - Local da Condição Ponto ou local até onde o vendedor é responsável pelos custos dos

elementos próprios da condição. 42 - Descrição Detalhada da Mercadoria Descrição completa da mercadoria de modo a permitir sua perfeita

identificação e caracterização. 42.1 - Nomenclatura de Valor e Estatística (NVE)

Page 133: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

133

Nomenclatura de classificação da mercadoria, para fins de valoração aduaneira e estatística, por marca comercial e código, conforme a tabela "NVE", administrada pela SRF.

Fl. 9 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006.

42.2 - Especificação Espécie, tipo, marca, número, série, referência, medida, nome científico e/ou

comercial, etc. da mercadoria. 42.3 - Unidade Comercializada Unidade de medida utilizada na comercialização da mercadoria, conforme

fatura comercial. 42.4 - Quantidade na Unidade Comercializada Número de unidades da mercadoria, na unidade de medida comercializada. 42.5 - Valor Unitário da Mercadoria na Condição de Venda Valor da mercadoria por unidade comercializada, na condição de venda

(INCOTERMS) e na moeda negociada, de acordo com a fatura comercial. 43 - Informações Estatísticas Informações para fins estatísticos. 43.1 - Quantidade Quantidade da mercadoria expressa na unidade estatística, exceto quando

esta for quilograma. 43.2 - Valor Unitário da Mercadoria na Condição de Venda Valor da

mercadoria por unidade estatística, na condição de venda e na moeda negociada. 44 - Valoração Aduaneira Método, acréscimos, deduções e informações complementares para

composição do valor aduaneiro, base de cálculo do imposto de importação. 44.1 - Método de Valoração Método utilizado para valoração da mercadoria, conforme a tabela "Método de

Valoração", administrada pela SRF, e indicativo de vinculação entre o comprador e o vendedor.

Fl. 10 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006

44.2 - Acréscimos Valores a serem adicionados ao preço efetivamente pago ou a pagar, para

composição do valor aduaneiro, conforme a tabela "Acréscimos", administrada pela SRF.

44.3 - Deduções Valores a serem excluídos do preço efetivamente pago ou a pagar, para

composição do valor aduaneiro, conforme a tabela "Acréscimos", administrada pela SRF.

44.4 - Complemento Informações complementares que justifiquem a composição do valor

aduaneiro. 45 - Acordo Tarifário Tipo de Acordo que concede preferência tarifária para a mercadoria. 45.1 - Acordo ALADI Preenchimento obrigatório do código do Acordo ALADI, conforme a tabela

"Acordos ALADI", administrada pela SRF, quando a mercadoria for procedente de país membro da ALADI, mesmo quando não negociada.

45.1.1 - Ato Legal

Page 134: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

134

Ato do Executivo que deu vigência ao Acordo no País. No caso de vigência administrativa, indicar o número do Protocolo. 45.1.2 - "Ex" ou "Observação" Destaque da mercadoria negociada no Acordo, na NALADI (SH ou NCCA). 45.1.3 - Alíquota do Acordo Alíquota estabelecida no Acordo para a mercadoria. No caso de margem de

preferência, deverá ser informada alíquota residual. 45.2 - Acordo OMC/GATT 45.2.1 - Ato Legal Ato que promulga o Acordo no País. No caso de vigência administrativa, indicar o número do Protocolo. Fl. 11 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de

2006. 45.2.2 - "Ex" OMC/GATT Destaque de mercadoria negociada no Acordo. 45.2.3 - Alíquota do Acordo OMC Alíquota estabelecida no Acordo para a mercadoria. No caso de margem de

preferência, deverá ser informada alíquota residual. 45.3 - Acordo SGPC 45.3.1 - Ato Legal Ato que promulga o Acordo no País. No caso de vigência administrativa, indicar o número do Protocolo. 45.3.2 - "Ex" Destaque de mercadoria negociada no Acordo. 45.3.3 - Alíquota do Acordo Alíquota estabelecida no Acordo para a mercadoria. No caso de margem de

preferência, deverá ser informada alíquota residual. 46 - Regime de Tributação para o Imposto de Importação Regime de tributação pretendido, conforme a tabela "Regimes de Tributação

do I.I.", administrada pela SRF. 46.1 - Enquadramento Legal Enquadramento legal que ampara o regime de tributação pretendido para o

I.I., conforme a tabela "Fundamentação Legal", administrada pela SRF. 46.2 - Redução Benefício aplicável ao I.I. quando o regime de tributação for "redução". Pode

ser uma alíquota reduzida ou um percentual de redução do imposto, conforme previsto no texto legal. A aplicação de um tipo de redução exclui o outro.

46.2.1 - Alíquota Reduzida Alíquota ad valorem reduzida incidente sobre a base de cálculo do imposto. Fl. 12 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de

2006. 46.2.2 - Percentual de Redução do Imposto Percentual de redução aplicável sobre o valor do imposto devido. 47 - Regime de Tributação para o Imposto sobre Produtos Industrializados. Regime de tributação pretendido, conforme a tabela "Regimes de Tributação

do I.P.I.", administrada pela SRF. 47.1 - Fundamento Legal Fundamento legal que ampara o regime de tributação pretendido para o I.P.I.,

conforme a tabela "Fundamentação Legal", administrada pela SRF. 47.2 - Redução

Page 135: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

135

Benefício aplicável ao I.P.I. quando o regime de tributação for "redução". Pode ser uma alíquota reduzida ou um percentual de redução do imposto, conforme previsto no texto legal. A aplicação de um tipo de redução exclui o outro.

47.2.1 - Alíquota Reduzida Alíquota ad valorem reduzida incidente sobre a base de cálculo do imposto. 47.2.2 - Percentual de Redução do Imposto Percentual de redução aplicável sobre o valor do imposto devido. 48 - Imposto de Importação Cálculo do imposto de importação em real. 48.1 - Tipo de Alíquota Tipo de alíquota aplicável: ad valorem ou unitária. 48.2 - Base de Cálculo para Alíquota Unitária Quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida em

ato legal. 48.3 - Unidade de Medida para Alíquota Unitária Unidade de medida estabelecida em ato legal para a mercadoria. 48.4 - Alíquota ad valorem Alíquota vigente, conforme a Tarifa Externa Comum (TEC). Fl. 13 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de

2006. 48.5 - Alíquota Unitária Valor por unidade de medida a ser aplicado sobre a base de cálculo, expresso

em real. 49 - PIS/COFINS 49.1 - Alíquota do ICMS Valor da alíquota do ICMS. 49.2 - Redução da Base de Cálculo 49.2.1 - Fundamento Legal Fundamento legal que ampara o regime de tributação pretendido para o

PIS/COFINS. 49.2.2 - Percentual de Redução Percentual de redução aplicável sobre o valor do imposto devido. 50 - Regime de Tributação Código do regime de tributação pretendido e fundamento legal que ampara o

regime de tributação pretendido. 51 - Alíquota PIS/PASEP 51.1 - Alíquota PIS/PASEP ad valorem Tipo de alíquota aplicável ad valorem. 51.1.1 - Alíquota ad valorem Alíquota ad valorem vigente, conforme a Tarifa Externa Comum (TEC). 51.1.2 - Alíquota Reduzida Alíquota ad valorem reduzida incidente sobre a base de cálculo do imposto. 51.2 - Alíquota PIS/PASEP Unitária Tipo de alíquota aplicável específica. 51.2.1 - Alíquota Unitária Valor por unidade de medida a ser aplicado sobre a base de cálculo, expresso

em real. Fl. 14 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de

2006. 51.3 - Unidade de Medida para Alíquota Unitária

Page 136: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

136

Unidade de medida estabelecida em ato legal para a mercadoria. 51.4 - Base de Cálculo para Alíquota Unitária Quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida em

ato legal. 52 - Alíquota COFINS 52.1 - Alíquota COFINS ad valorem Tipo de alíquota aplicável ad valorem. 52.1.1 - Alíquota ad valorem Alíquota ad valorem vigente, conforme a Tarifa Externa Comum (TEC). 52.1.2 - Alíquota Reduzida Alíquota ad valorem reduzida incidente sobre a base de cálculo do imposto. 52.2 - Alíquota COFINS Unitária Tipo de alíquota aplicável específica. 52.2.1 - Alíquota Unitária Valor por unidade de medida a ser aplicado sobre a base de cálculo, expresso

em real. 52.3 - Unidade de Medida para Alíquota Unitária Unidade de medida estabelecida em ato legal para a mercadoria. 52.4 - Base de Cálculo para Alíquota Unitária Quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida em

ato legal. 53 - Direitos Antidumping e Compensatórios Cálculo do direito Antidumping ou do direito compensatório, em real. 53.1 - "Ex" Destaque da mercadoria dentro do código NCM, se houver. Fl. 15 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de

2006. 53.2 - Ato legal Instrumento jurídico que ampara o direito exigível, conforme a tabela "Atos

Legais", administrada pela SRF. 53.3 - Tipo de Alíquota Tipo de alíquota aplicável. 53.4 - Base de Cálculo para Aplicação da Alíquota Valor tributável ou quantidade da mercadoria na unidade de medida,

conforme estabelecido em ato legal. 53.5 - Unidade de Medida para Aplicação da Alíquota Unidade de medida estabelecida no ato legal para a mercadoria. 53.6 - Alíquota Aplicável Alíquota aplicável sobre a base de cálculo. 54 - Imposto sobre Produtos Industrializados Cálculo do IPI vinculado à importação, em real. 54.1 - Tipo de Alíquota Tipo de alíquota aplicável: ad valorem ou unitária. 54.2 - Nota Complementar TIPI Número da Nota Complementar (NC) prevista na Tabela de Incidência do

Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI) relativa à alíquota ad valorem do IPI, quando houver.

54.3 - Base de Cálculo para Alíquota Unitária Quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida em

ato legal.

Page 137: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

137

54.4 - Unidade de Medida para Aplicação da Alíquota Unitária Unidade de medida estabelecida em ato legal para a mercadoria. 54.5 - Alíquota ad valorem Alíquota do imposto vigente, conforme previsto na TIPI. Fl. 16 do Anexo Único à Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de

2006. 54.6 - Alíquota Unitária Valor, em real, por unidade de medida a ser aplicado sobre a base de cálculo. 55 - Internação de ZFM-PI Cálculo do imposto de importação relativo aos insumos/componentes

importados para a ZFM e utilizados na industrialização de mercadoria destinada à internação no restante do País, conforme Demonstrativo do Coeficiente de Redução - Eletrônico (DCR-E).

55.1 - Identificação do Demonstrativo do Coeficiente de Redução - Eletrônico (DCR-E)

Número identificador constante do Demonstrativo do Coeficiente de Redução. 55.2 - Coeficiente de Redução Percentual de redução incidente sobre a alíquota ad valorem, conforme DCR-

E. 55.3 - Imposto de Importação Calculado em Dólar Valor do imposto unitário devido na aquisição de insumos/ componentes

importados, conforme DCR-E, expresso em dólar dos EUA.

Page 138: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

138

ANEXO B – Fatura Comercial

YYYYY POLYMERS, LLC 1795 N. FRY ROAD

KATY – TEXAS – 77449 – 3347 USA DATE: JUNE 26, 2010

COMMERCIAL INVOICE: INT 006/10 SHIPPER/EXPORTED: YYYYY POLYMERS, LLC 1795 N. FRY ROAD KATY, TEXAS 77449 – 3347 USA

PACKAGE DESCRIPTION: TYPE: 25 KG BAGS CONTAINER: 20’ QTY.: 01

MANUFACTURER: YYYYY AND COMPANY 101 E. BARBOURS CUT BLVD LAPORTE, TX 77571

PAYMENT CONDITIONS: PAYMENT DRAFT AT 60 DAYS OF BL DATE

CONSIGNEE: RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA RUA DOS SANTOS, 239 CEP 88.302-500 BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC-BRASIL CNPJ 01.000.000/0002-47

BUYER: RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA RUA DOS SANTOS, 239 CEP 88.302-500 BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC-BRASIL CNPJ 01.000.000/0002-47

NOTIFY PARTY: RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA RUA DOS SANTOS, 239 CEP 88.302-500 BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC-BRASIL CNPJ 01.000.000/0002-47

REMARKS: PORT OF LOADING: HOUSTON – U.S.A. FINAL DESTINATION: PORTO DE ITAJAÍ (SC), BRAZIL CARRIER: CAP ROCA SAILING ON OR ABOUT: JUNE 26, 2010

YYYYY POLYMERS, LLC

Vessel: CAP ROCA 33S Total Gross Weight 17.080,0 Kg Shipped By: SEA Total Net Weight 17.000,0 Kg Country of Origin: U.S.A. Total Number of Bags 680 Place of Departure Houston – U.S.A. Country of Acquisition U.S.A. Place of Arrival ITAJAÍ (SC), BRAZIL Country of Procedence U.S.A.

DESCRIPTION OF GOODS Quantity Unit Price TOTAL PRICE

(M/TON) (M/TON) (US$)

17 1.620,00 27.540,00

POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE NCM 3901.10.10 FOB PRICE US$ 26.140.00 OCEAN FREIGHT US$ 1.400.00 TOTAL (CFR) ITAJAÍ ------- (SC) – BRAZIL US$ 27.540,00

TOTAL CFR ITAJAÍ(SC)

27.540.00

3

Page 139: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

139

ANEXO C – Packing List (Romaneio de carga)

YYYYY POLYMERS, LLC 1795 N. FRY ROAD

KATY – TEXAS – 77449 – 3347 USA DATE: JUNE 26, 2010

Packing List: INT 007/10 SHIPPER/EXPORTED: YYYYY POLYMERS, LLC 1795 N. FRY ROAD KATY, TEXAS 77449 – 3347 USA

PACKAGE DESCRIPTION: TYPE: 25 KG BAGS CONTAINER: 20’ QTY.: 01

MANUFACTURERS: YYYYY AND COMPANY

PAYMENT CONDITIONS: PAYMENT DRAFT AT 60 DAYS OF BL DATE

IMPORTER: RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA RUA DOS SANTOS, 239 CEP 88.302-500 BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC-BRASIL CNPJ 01.000.000/0002-47 BUYER: RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA RUA DOS SANTOS, 239 CEP 88.302-500 BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC-BRASIL CNPJ 01.000.000/0002-47

REMARKS: PORT OF LOADING: HOUSTON – U.S.A. FINAL DESTINATION: PORTO DE ITAJAÍ (SC), BRASIL CARRIER: CAP ROCA SAILING ON OR ABOUT: JUNE 26, 2010

DESCRIPTION OF GOODS CONTAINER# SEAL# Number

of Packages

GROSS WEIGHT

NET WEIGHT

(KGS) (KGS)

KHLU 8200317

026177 680 17.080,0 17.000,0

TOTAL TOTAL TOTAL

POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE NCM 3901.10.10

680 17.080,0 17.000,0

YYYYY POLYMERS, LLC

Page 140: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

140

ANEXO D – Conhecimento de carga - B/L (Bill of Lading)

Shipper YYYYY POLYMERS, LLC 1795 N. FRY ROAD KATY, TEXAS 77449-3347

Blue Anchor Line Bill of Lading

Consignee RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA RUA DOS SANTOS, 239 CEP 88.302-500 BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC-BRASIL CNPJ 01.000.000/0002-47

Forwarding Agent KUEHNE + NAGEL, INC FMC#1162F 10 EXCHANGE PLACE CHB#4455 19TH FLOOR JERSEY CITY, NJ 07302 USA

Notify Party RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA RUA DOS SANTOS, 239 CEP 88.302-500 BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC-BRASIL CNPJ 01.000.000/0002-47

Delivery Agent KUEHNE + NAGEL SERV. LOGIST. LTDA. AV. BRIG. FARIA LIMA 2066-6 ANDAR 01451-905 SAO PAULO-SP-BRAZIL

Combined Transport – Place of Receipt*

Pre-carriage by Port of Loading HOUSTON, TX

Vessel CAP ROCA

Vovage No. 035S

Port of Transshipment

Port of Discharge ITAJAÍ

Combined Transport – Place of Delivery*

Movement CY/CY

Freight Payable at ORIGIN

Marks and Numbers Numbers of Packages Description of Goods Gross Weight kgs Measurement cbm

KHLU8200317 1 20’ GE CONTAINER SAID CONTAIN 17.080.00 25.000

SEAL 026177 680 BAGS

LOW DENSITY

POLYETHYLENE

(SINTETIC RESIN)

NCM# 3901.10.10 HAMBURG SUD OCEAN FREIGHT CHARGES: ONE THOUSAND FOUR

HUNDRED US DOLLARS

TOTAL 1 ASS PER ATTACHED 17.080,00 25.000

FREIGHT PREPAID

THESE COMODITIES, TECHNOLOGY OR SOFTWARE WERE EXPORTED FROM THE UNITED STATES IN ACCORDANCE WITH THE EXPORT ADMINISTRATION REGULATIONS. DIVERSION CONTRARY TO U.S. LAW IS PROHINITED. Above particulars as declared by shipper *If the Combined Transport boxes are filled out, shipment bill will be treated as Trough combined Transport.

OCEAN FREIGHT AND CHARGES Rates, Weight and/or Measurements subject to correction Prepaid Collect

OCEAN FREIGHT USD 1400.00

Total amount due

NOTICE: The Laws and/or International Conventions applicable to Port Shipment are limiting by virtue and/or by incorporation into this Bill of Lading the Carrier’s liability to certain amounts per package or customary freight unit (for Carriage to or from ports en the United States to a maximum of $500, - per package or customary freight unit as per U.S. Carriage of Goods by Sea Act, 1936) unless the Merchant declares a higher cargo value below and pays the Carrier’s ad valorem freight rate (see also clauses 17 A, 18.4 and 28.2, on the reverse side hereof)

Declared Cargo Value _***NO VALUE DECLARED***_. If Merchant enters a value, Carrier’s per package limitation of liability shall not apply and the ad valorem rate will be charged.

Received for shipment in apparent good order and condition.

Terms of this Bill of Lading continues on reverse side hereof.

IN WITNESS WHEREOF, the carrier by its agents has signed three (3) original Bills of Lading all of this tenor and date, one of which being accomplished the others to stand void.

Place and date of issue:

NEW YORK, NY 06/26/2010

Date 06/26/2010 For and on behalf of the Carrier

Shipped on Board Vessel Blue Anchor

Shipped from Port of Loading: Line as carrier

HOUSTON, TX

by KUEHNE + NAGEL, INC

For and on behalf of the Carrier

Blue Anchor

Line as carrier

by KUEHNE + NAGEL, INC

As Agents for the Carrier BLUE ANCHOR LINE As Agents for the Carrier BLUE ANCHOR LINE

For Combined Transport

and Port to Port Shipment

B/L-No. 6310-0421-001.041

1400.00

Page 141: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

141

ANEXO E – Declaração de Importação (DI)

Declaração: xxxxxxxxxx Data do Registro: 16/08/2010 1/3

Modalidade do despacho: NORMAL Quantidade de adições: 0001 Importador CGC: 01.000.000/0002-47 RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA Adquirente da Mercadoria CNPJ: 01.000.000/0002-47 RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA Representante Legal CPF: 999.999.999-99 DESPACHANTE ADUANEIRO Carga Tipo do Manifesto: MANIFESTO DE CARGA Número do Manifesto: 1810501279966 Recinto Aduaneiro: INST. PORT. FLUVIAL DE USO PRIVAT. MISTO_- PORTONAVE S/A Embalagem: SACO DE OUTROS MATER Quantidade: 0680 Peso Bruto: 17.080,00000 Kg Peso Líquido: 17.000,00000 Kg Valores Moeda Valor Frete: DOLAR DOS EUA 1.400,00 Seguro: 0,00 VMLE: DOLAR DOS ESTADOS UN 26.140,00 VMLD: DOLAR DOS ESTADOS UN 47.996,57 Tributos Suspenso A Recolher I.I.: 0,00 6.771,59 I.P.I.: 0,00 2.757,00 Pis/Pasep: 0,00 1.095,04 Cofins: 0,00 5.043,80 Direitos Antidumping: 0,00 0,00 Data da emissão: ___/___/___ ___________________________________________ Assinatura do Representante Legal

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - RFB ITAJAI EXTRATO DA DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO CONSUMO

Page 142: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

142

Declaração: xxxxxxxxxx Data do Registro: 16/08/2010 2/3 Dados Complementares CNTR: KHLU8200317 LACRE: 026177 B/L: 6310-0421-001.041 Declaração: xxxxxxxxxx Data do Registro: 16/08/2010 3/3 ____________________________________________________________________________ Adição: xxxxxxxxxx / 001 Exportador Nome: YYYYY POLYMERS, LLC

Page 143: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

143

País: ESTADOS UNIDOS Fabricante/Produtor Nome: YYYYY AND COMPANY País: ESTADOS UNIDOS Classificação Tarifária NCM 3901.10.10 - POLIETILENO LINEAR, DENSIDADE<0.94, EM FORMA PRIMARIA NBM 3901.10.10 Condição de Venda INCOTERM: CFR - COST AND FREIGHT VMCV: 27.540,00 DOLAR DOS EUA Peso Líquido da Adição: 17.000,00000 Kg Descrição Detalhada da Mercadoria

POLIETILENO LINEAR D/DENSIDADE INF. A 0,94 SENDO: POLIETILENO LINEAR DE BAIXA DENSIDADE - EM GRANULOS - CONOMERO EM BUTENO-DENSIDADE: 0, 919 g/cm3 - APLICACAO COM EXTRUSAO FILMES - ACONDICIONADO EM 680 SACOS DE 25 KGS. CADA - LOTE 10DA12. Qtde: 17 TONELADAS VUCV: 1.620,0000000 DOLAR DOS EUA

Imposto de Importação

Regime de Tributação: RECOLHIMENTO INTEGRAL Aliquota Advalorem (TEC) : 14,00 % Valor a Recolher: R$ 6.771,59

Imposto sobre Produtos Industrializados

Regime de Tributação: RECOLHIMENTO INTEGRAL Aliquota Advalorem (TIPI) : 5,00 % Valor a Recolher: R$ 2.757,00

Dados Gerais Pis e Cofins

Base de Cálculo: R$ 66.365,78 Percentual de Redução da Base de Cálculo: 0,00 % Regime de Tributação: RECOLHIMENTO INTEGRAL Alíquota ICMS: 17,00 %

Pis/Pasep

Alíquota Ad Valorem: 1,65 % Valor Devido: R$ 1.095,04. Valor a Recolher: R$ 1.095,04

Cofins

Alíquota Ad Valorem: 7,60 % Valor Devido: R$ 5.043,80 Valor a Recolher: R$ 5.043,80

ANEXO F – Comprovante de Importação (CI)

Page 144: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

144

COMPROVANTE

DE IMPORTAÇÃO

1. DADOS GERAIS

DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO Nº xxxxxxxxxx

DATA DO REGISTRO 16/08/2010

DECLARAÇÃO RETIFICADORA Nº

DATA DO REGISTRO

2. DADOS DO IMPORTADOR

NOME DO IMPORTADOR RREB IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA

CNPJ/CPF 01.000.000/0002-47

ENDEREÇO COMPLETO RUA DOS SANTOS 239 CENTRO BALNEÁRIO CAMBORIÚ SC 88.302-500 3. DADOS SOBRE A CARGA

VALOR TOTAL DA IMPORTAÇÃO (R$) 48.368,50

PESO BRUTO (Kg) 17.080,00

QUANTIDADE DE VOLUMES 680

4. DADOS DO DESEMBARAÇO

CANAL DE CONFERENCIA ADUANEIRA VERDE

DATA DO DESEMBARAÇO 16/08/2010

OBSERVAÇÕES

DATA DA EMISSÃO 16/08/2010

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL – RFB Coordenação-Geral do Sistema Aduaneiro DRF - ITAJAÍ

Page 145: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

145

APÊNDICES

APÊNDICE A – Quadro de distribuição do trabalho

Page 146: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

146

Quadro de Distribuição do Trabalho

Lista de Tarefas

Divisão: Seção:

Importação Declaração de Importação Nome: Assinatura: Data:

XXXXXXX XXXXXXX XXXXXXX Número Atividades desenvolvidas

1 Receber procuração original mais uma cópia para MAPA e Marinha Mercante.

2 Revisão das cópias dos documentos. 3 Revisão da NCM e informar ao importador. 4 Arquivar a pasta do processo. 5 Fazer os cálculos dos tributos e taxas portuárias. 6 Avisar cliente e solicitar o depósito do numerário. 7 Realizar o acompanhamento da carga via site do armador e manter o cliente informado.

8 Quando a carga chegar, aguardar a presença de carga pela unidade portuária. 9 Pegar com o cliente os documentos originais e revisar. 10 Lançar dados dos documentos originais no SISCOMEX. 11 Enviar para análise no SISCOMEX. 12 Após diagnóstico, registrar no SISCOMEX. 13 Anotar nº da DI na capa do processo. 14 Imprimir extrato da DI. 15 Guardar todos os documentos e extrato da DI na pasta física do processo. 16 Guardar o arquivo PDF no computador. 17 Aguardar parametrização no SISCOMEX. 18 Para o canal Verde a liberação é automática, imprimir a CI no SISCOMEX. 19 Para os canais Amarelo, Vermelho e Cinza, separar 1 envelope para RFB contendo os documentos originais. 20 Após desembaraço pelo Fiscal, imprimir a CI no SISCOMEX. 21 Canais Verde, Amarelo, Vermelho e Cinza arquivar na pasta temporária. 22 Ir ao Porto calcular a armazenagem de posse dos documentos em cópias e originais.

23 Voltar para escritório e providenciar o pagamento on-line da guia de armazenagem.

24 Ir ao Porto na sala de pátio para programar a saída da carga. 25 Entregar as cópias e originais dos documentos. 26 Aguardar o Porto realizar a programação e reter os documentos. 27 Porto emite ao Despachante a guia de retirada. 28 Enviar a guia de liberação via e-mail para cliente e transportadora. 29 Reunir os documentos originais, gerar arquivo PDF e salvar no computador. 30 Enviar todos os documentos para o cliente. APÊNDICE B – Guia de Atividades Pertinentes ao Despacho Aduaneiro de

Importação

Page 147: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

147

Início

Cliente procura Despachante Aduaneiro para efetuar desembaraço aduaneiro

Cliente credencia/habilita o representante legal no RADAR e

Cliente entrega/envia cópias dos documentos para o Despachante

Aduaneiro iniciar o processo

B/L 4 Packing List

3 Fatura Comercial

2 Procuração da Representação 1

Despachante recebe procuração original mais uma cópia para MAPA e Marinha Mercante

Revisão das cópias dos documentos

Documentos OK?

Não

Não

Sim

Sim

Revisão da NCM

NCM OK?

Informa ao importador

1.2

Page 148: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

148

Avisa o cliente e solicita depósito do numerário

Cliente fez o depósito?

Não

Não

Sim

Aguardando presença de

carga

Cálculos dos tributos e taxas portuárias

Arquivar Pasta Processo

2.1

Sim

Realiza o acompanhamento da carga via site do armador e mantém o cliente informado

Carga chegou no destino?

2.3

Page 149: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

149

Não

Sim

Documentos OK?

Não Informar cliente para

providenciar correções

Sim

Lançar dados documentos originais no SISCOMEX

Envia para análise no SISCOMEX

Diagnóstico OK?

Não

Sim

Unidade Portuária registrou a

presença de carga?

3.2

Pegar com o cliente os documentos originais

e revisar

B/L 4 Packing List

3 Fatura Comercial 2 Procuração da Representação

1

3.4

Page 150: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

150

Registrar no SISCOMEX

Anotar nº da DI na capa do processo

Imprimir extrato da DI

Guardar todos os

documentos e extrato da DI na pasta

física do processo

Guarda o arquivo PDF no

computador

Verde

Aguarda parametrização no

SISCOMEX

Amare-lo

Não

Sim

Liberação automática

4.3

4.5 A

Verme-lho

Não Não

Sim Sim Sim

4.5 C

4.5 D

4.5 B

Não Cinza

Page 151: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

151

Imprimir CI no

SISCOMEX

Arquivar

Vai ao Porto calcular a armazenagem, de posse cópias

e originais dos documentos:

Volta para escritório e providencia o pagamento on-line da guia de armazenagem

Volta ao Porto na sala de pátio para programar a saída

da carga

Entrega de cópias e originais dos documentos

Aguardar Porto realizar a

programação, retém os

documentos

5.6

Separa 1 envelope para RFB contendo os documentos originais

Fiscal desembaraça a mercadoria no

sistema

5.4 A

5.4 C

B: Fiscal faz a

conferên-cia

documen-tal

5.4 D

5.4 B

C: Fiscal faz a

conferên-cia

documen-tal

D: Fiscal faz a

conferê-ncia

documen-tal

B/L 4 Packing List

3 Fatura Comercial 2 2 2 Declaração de Importação

1

C: Fiscal vai ao

Porto fazer a confe-rência física

D: Fiscal vai ao

Porto fazer a confe-rência física

D: Fiscal faz a

Valoração Aduaneira

Page 152: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

152

Porto emite para Despachante guia de retirada

Despachante volta para escritório

Guia de liberação envia via e-mail para: Cliente e

Transportadora

Reúne documentos originais, gera arquivos digitais (PDF) e

salva no computador:

Envia os documentos para o cliente

Fim

6.5

B/L 5 Packing List

4 Fatura Comercial 3 Declaração de Importação

2 Comprovantes de

pagamento/recolhimentos e Notas Fiscais do Porto e da Comissária de

despacho 1

Page 153: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

153

APÊNDICE C – Ofício de Solicitação de Dados à Receita Federal

Page 154: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

154

APÊNDICE D – Ofício de Solicitação de Dados aos Despachantes Aduaneiros

Page 155: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

155

APÊNDICE E: Valores das Multas da PM Despachos

Page 156: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

156

APÊNDICE F: Questionário para Identificar o Perfil dos Colaboradores

Prezado colaborador,

Este questionário faz parte do trabalho de conclusão de estágio do curso de

Administração da UNIVALI dos acadêmicos Emerson Fernando Boeira e Rodrigo

Ruckhaber de Morais, sob orientação da Profª. M. Sc, Bárbara Sabino.

Ele tem como finalidade coletar informações e identificar o perfil dos

colaboradores desta empresa. Solicitamos sua colaboração, enfatizando que o sigilo

das informações e sua identidade serão respeitadas.

Instruções para preenchimento do questionário:

● Assinale com um “X” a resposta que melhor representa a sua opinião, a respeito

de cada frase apresentada;

● Assinale apenas uma alternativa;

● Evite resposta em branco;

1 - Nome Completo:

_________________________________________________

2 - Gênero:

( ) Masculino

( ) Feminino

3 - Idade:

( ) 16 anos a 20 anos

( ) 21 anos a 25 anos

( ) 26 anos a 30 anos

( ) 31 anos a 35 anos

( ) 36 anos a 40 anos

( ) 41 anos a 45 anos

( ) Acima de 45 anos

4 - Estado Civil:

( ) Solteiro

Page 157: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

157

( ) Casado

( ) Viúvo

( ) Divorciado

( ) União Estável

5 – Experiência Específica Anterior na Área:

( ) Possui

( ) Não possui

6 - Escolaridade:

( ) Primeiro grau incompleto

( ) Primeiro grau completo

( ) Segundo grau incompleto

( ) Segundo grau completo

( ) Superior incompleto

( ) Superior completo

7 – Você fala outro idioma? Qual?

( ) Não

( ) Sim. Qual? ______________

8 – Você possui conhecimentos de Informática e o Pacote Office?

( ) Sim

( ) Não

9 – Você tem familiaridade com as Legislações vigentes nesta área?

( ) Sim

( ) Não

Obrigado por participar deste questionário, pois suas informações são

importantes!

Page 158: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

158

APÊNDICE G: Entrevista com Coordenador

Prezado coordenador,

Este questionário faz parte do trabalho de conclusão do estágio do curso de

Administração da UNIVALI dos acadêmicos Emerson Fernando Boeira e Rodrigo

Ruckhaber de Morais, sob orientação da Profª. M. Sc, Bárbara Sabino.

Tem como finalidade coletar informações e identificar adversidades da

organização. Solicitamos sua colaboração, enfatizando que o sigilo das informações

e sua identidade serão respeitadas.

Instruções para preenchimento do questionário:

● Assinale com um “X” a resposta que melhor representa a sua opinião, a respeito

de cada frase apresentada;

● Assinale apenas uma alternativa;

● Evite resposta em branco;

1 - Nome Completo:

Rodrigo Ruckhaber de Morais

2 – Qual é o maior volume de processos registrados no despacho aduaneiro

nesta unidade?

( x ) Importação

( ) Exportação

3 – Qual o tipo de Declaração de Importação predominante ao registro dos

despachos aduaneiros?

( x ) Consumo

( ) Outras. Quais? _____________________________

4 – Na unidade, há algum programa para formatação da Declaração de

Importação?

( ) Não

( x ) Sim. Qual? Sistema Aberta

Page 159: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

159

5 – Na unidade, há algum programa para consulta das informações pertinentes

ao despacho aduaneiro?

( ) Não

( x ) Sim. Qual? Tec Win

6 – Existe algum manual para auxiliar a equipe de importação na realização do

despacho aduaneiro?

( ) Sim

( x ) Não

7 – Na ocorrência de multas por erros no registro da Declaração de

Importação, o pagamento é realizado pelo Importador ou pela Hansa?

( ) Importador

( x ) Hansa

8 – Na ocorrência de multas por erros no preenchimento dos documentos

instrutivos da Importação, o pagamento é realizado pelo Importador ou pela

Hansa?

( x ) Importador

( ) Hansa

9 – Na ausência de multas em decorrência do registro, o valor poderia ser

investido em capacitação técnica dos colaboradores, incluindo benefícios?

( x ) Sim

( ) Não

Obrigado por participar deste questionário, pois suas informações são

importantes!

Page 160: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

160

APÊNDICE H: Valores das Multas da Hansa Logística Global Ltda.

Page 161: Manual de Importação para Aplicação ao Despacho Aduaneiro ...siaibib01.univali.br/pdf/Emerson Fernando Boeira e Rodrigo de... · Despacho Aduaneiro no Modal Marítimo Organização,

161

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Estagiários

Supervisor de campo

Orientador de estágio

Responsável pelo Estágio Supervisionado