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Sistema de Normalização Contabilísitica

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Sistema de Normalização

Contabilísitica

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Programa EGE – Especialização em Gestão Empresarial – Módulo 6214

Formador: Carlos Tapadinhas 2

I - CONCEITOS E FUNDAMENTOS - O relato financeiro visto com uma nova luz

O relato financeiro em Portugal está a assistir a um importante e abrangente processo de

transformação. Em 2005 tornou-se obrigatório para as demonstrações financeiras

consolidadas das entidades cotadas em Bolsa, de acordo com as Normas Internacionais de

Relato Financeiro tal como adotadas na União Europeia (“IFRS” - International Financial

Reporting Standards).

Nessa data, esta forma de relato manteve-se ainda facultativa para as demonstrações

financeiras consolidadas de outras entidades e para as demonstrações financeiras separadas

das entidades que adotam as IFRS na preparação das suas demonstrações financeiras

consolidadas e das suas subsidiárias.

Atualmente, Portugal, participa no processo do Sistema de Normalização Contabilística

(“SNC”), o qual preconiza a adoção generalizada de uma estrutura de relato financeiro em

grande medida coincidente com as IFRS.

S.N.C.- Sistema de Normalização Contabilística Contabilidade Financeira

Normalizar consiste em criar uma metodologia comum, tendo em vista a comparação e compreensão das informações dos diversos agentes económicos.

Diplomas legais relacionados:

Dec-Lei nº 158/2009 de 13 de Julho, que aprovou o SNC Dec-Lei nº 159/2009 de 13 de Julho, que alterou o CIRC Dec-Lei nº 160/2009 de 13 de Julho, que aprovou a nova Comissão de Normalização Contabilística

A Normalização Contabilística, mediante estes diplomas legais, define-se como “ um conjunto de regras e princípios, que devem ser seguidos pelas unidades económicas”.

Diplomas Legais Publicações Dec Lei nº 158/2009, de 13 de Julho Base para apresentação das Demonstrações Financeiras ( BADF) Portaria nº 986/2009, de 7 de Setembro Modelos de Demonstrações Financeiras (MDF ) Portaria nº 1011/2009, de 9 de Setembro Códigos de Contas ( CC ) Aviso nº 15652/2009 de 7 de Setembro Estrutura Conceptual ( EC ) Aviso nº 15655/2009 de 7 de Setembro Normas Contabilísticas de Relato Financeiro ( NCRF ) Aviso nº 15654/2009 de 7 de Setembro NCRF – Pequenas Entidades ( NCRF-PE) Aviso nº 15653/2009 de 7 de Setembro Normas Interpretativas ( NI )

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Formador: Carlos Tapadinhas 3

CLASSIFICAÇÃO DAS ENTIDADES QUANTO À DIMENSÃO

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Formador: Carlos Tapadinhas 4

I A S IAS 1: Apresentação de Demonstrações Financeiras IAS 2: Inventários IAS 7: Demonstrações de Fluxos de Caixa IAS 8: Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros IAS 10: Acontecimentos Após a Data do Balanço IAS 11: Contratos de Construção (revista em 1993) IAS 12: Impostos sobre o Rendimento (revista em 2000) IAS 14: Relato por Segmentos (revista em 1997) IAS 16: Ativos Fixos Tangíveis IAS 17: Locações IAS 18: Rédito (revista em 1993) C IAS 19: Benefícios dos Empregados (revista em 2002) IAS 20: Contabilização dos Subsídios do Governo e Divulgação de Apoios do Governo (reformatada em 1994) IAS 21: Os Efeitos de Alterações em Taxas de Câmbio IAS 23: Custos de Empréstimos Obtidos (revista em 1993) IAS 24: Divulgações de Partes Relacionadas IAS 26: Contabilização e Relato dos Planos de Benefícios de Reforma (reformatada em 1994) IAS 27: Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas IAS 28: Investimentos em Associadas IAS 29: Relato Financeiro em Economias Hiperinflacionárias (reformatada em 1994) IAS 31: Interesses em Empreendimentos Conjuntos IAS 32: Instrumentos financeiros: divulgação e apresentação IAS 33: Resultados por Acção IAS 34: Relato Financeiro Intercalar IAS 36: Imparidade de Ativos IAS 37: Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes IAS 38: Ativos Intangíveis IAS 39: Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração IAS 40: Propriedades de Investimento IAS 41: Agricultura I F R S IFRS 1: Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro IFRS 2: Pagamento com Base em Acções IFRS 3: Concentrações de actividades empresariais IFRS 4: Contratos de seguro IFRS 5:Ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas IFRS 6:Exploração e Avaliação de Recursos Minerais IFRS 7:Instrumentos Financeiros: Divulgação de Informações

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Formador: Carlos Tapadinhas 5

NCRF – NORMAS CONTABILÍSTICAS E DE RELATO FINANCEIRO NORMAS

1 Estrutura e Conteúdo das Demonstrações Financeiras IAS 1

2 Demonstração de Fluxos de Caixa IAS 7

3 Adopção pela primeira vez das NCRF IFRS 1

4 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas e Erros IAS 8

5 Divulgação de Partes Relacionadas IAS 24

6 Ativos Intangíveis IAS 38

7 Ativos Fixos Tangíveis IAS 16

8 Ativos Não Correntes Detidos para Venda e Unid. Descontinuadas IFRS 5

9 Locações IAS 17

10 Custos de Empréstimos Obtidos IAS 23

11 Propriedades de Investimento IAS 40

12 Imparidade de Ativos IAS 36

13 Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Inv. em Associadas IAS 28/31

14 Concentrações de Actividades Empresarias IFRS 3

15 Investimentos em Subsidiárias e Consolidação IAS 27

16 Exploração e Avaliação de Recursos Minerais IFRS 6

17 Agricultura IAS 41

18 Inventários IAS 2

19 Contratos de Construção IAS 11

20 Rédito IAS 18

21 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes IAS 37

22 Contabilização dos Subsídios do Governo e Divulgação de Apoios do Governo

IAS 20

23 Os Efeitos de Alterações em Taxas de Câmbio IAS 21

24 Acontecimentos Após a Data do Balanço IAS 10

25 Impostos Sobre o Rendimento IAS 12

26 Matérias Ambientais

27 Instrumentos Financeiros IAS 32/39

28 Benefícios dos Empregados IAS 19

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Formador: Carlos Tapadinhas 6

Os vários nomes da Contabilidade (obrigatória): Geral, Financeira, Fiscal ou Externa

O processo contabilísitico destina-se a :

• Registar as relações externas da empresa, com os bancos, o Estado, os fornecedores, credores, os clientes, os sócios, ...

• Compete-lhe apurar os lucros ou prejuízos, co9mparandos RENDIMENTOS e GASTOS, bem como elaborar contas anuais de resultados.

• A Contabilidade de Custos, ou Analítica, é um processo facultativo de âmbito interno e destina-se, na sua essência, a identificar o peso numérico/percentual de cada unidade produzida imputável aos “Centros de Custo” relacionáveis com a atividade empresarial.

Bases para a Apresentação de Demonstrações Financeiras (BADF)

Estabelecem os requisitos globais que permitem assegurar a comparabilidade, quer com as demonstrações financeiras de períodos anteriores da mesma entidade, quer com as de outras empresas.

São uma representação estruturada da posição financeira (Balanço) e do desempenho financeiro (Demonstração de Resultados) de uma entidade.

Ao preparar as suas demonstrações financeiras, a empresa deve ter em conta os 6 seguintes pressupostos:

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1. Continuidade

2. Regime de periodização económica

3. Consistência de apresentação

4. Materialidade e agregação

5. Compensação

6. Informação Comparativa

Analiticamente, são eles:

1. Continuidade Significa que a Contabilidade efetua a avaliação do património e o registo das suas mutações considerando que a entidade, até evidências em contrário, terá uma vida continuada ao longo do tempo, ou seja, é a hipótese básica de que a entidade cujo património está sendo contabilizado não está destinada à liquidação, insolvência ou a qualquer forma de extinção mas sim a prosseguir as suas operações comerciais e financeiras por tempo indeterminado.

2. Regime de periodização económica Os réditos e gastos são registados no período a que se referem independentemente do seu pagamento ou recebimento.

3. Consistência de apresentação A apresentação e a classificação de itens nas demonstrações financeiras devem ser mantidas de um período para o outro.

4. Materialidade e agregação Cada classe material de itens semelhantes deve ser apresentada separadamente nas demonstrações financeiras.

5. Compensação Os ativos e passivos, e os rendimentos e gastos, não devem ser compensados, exceto quando tal for exigido na NCRF.

6. Informação Comparativa A menos que uma NCRF o permita ou exija de outra forma, deve ser divulgada informação comparativa com respeito ao período anterior para todas as quantias relatadas nas demonstrações financeiras.

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O conjunto completo das demonstrações financeiras inclui:

Balanço;

Demonstração dos resultados;

Demonstração das alterações no capital próprio;

Demonstração dos fluxos de caixa;

Anexo em que se divulguem as bases de preparação e políticas contabilísticas adotadas e outras exigidas pelas NCRF

Reconhecimento dos Elementos das Demonstrações Financeiras É o processo de incorporar no Balanço e na Demonstração dos Resultados um item que satisfaça a definição de uma classe, deve ser reconhecido quando:

Probabilidade de benefícios económicos futuros

Fiabilidade da mensuração.

Mensuração dos Elementos das Demonstrações Financeiras Mensuração é o processo de determinar as quantias monetárias:

Custo corrente

Valor realizável

Valor presente

Justo valor

Custo histórico - O custo histórico é a política contabilística mais utilizada.

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Demonstração Financeira “Balanço” – relato da posição patrimonial

O Balanço constitui um quadro de representação do património da empresa (conjunto de

valores utilizados pela unidade económica no exercício da sua atividade), em determinado

momento. Como o património é um conjunto de valores heterogéneo, existe a necessidade

de os agrupar em conjuntos homogéneos (equipamentos, dívidas de terceiros, dívidas a

terceiros, numerário em caixa, depósitos bancários, mercadorias,…).

No património podemos distinguir duas classes de elementos patrimoniais distintos: por um

lado aquilo que se tem (um conjunto de bens e um conjunto de direitos) e, por outro lado

aquilo que se deve (um conjunto de obrigações).

Ao primeiro conjunto designa-se por Ativo.

Ao segundo conjunto designa-se por Passivo.

É desta forma fácil de perceber que a diferença entre o Ativo e o Passivo representa o valor

do património, ou Capital Próprio, ou ainda a Situação Líquida da empresa.

Além da perspetiva jurídica do Balanço ser a da representação de um conjunto de bens e

direitos, por um lado e de um conjunto de obrigações, por outro, o Balanço também pode ser

analisado numa perspetiva mais financeira, que resulta num conjunto de aplicações de capital

(ou investimentos) e um conjunto de fontes de financiamento (Origem e Aplicação de

Fundos).

De facto, os Ativos, onde se incluem os bens e direitos detidos pela empresa não são mais do

que diferentes aplicações com vista ao desenvolvimento da sua atividade. Por outro lado, os

Passivos, que incluem as obrigações (ou dívidas) e os Capitais Próprios, o capital social e os

resultados presentes e passados da empresa, podem ser considerados como as fontes de

financiamento dessas aplicações efetuadas.

Os elementos do Balanço podem ainda ser entendidos como um conjunto de capitais,

ordenados por ordem crescente de liquidez no Ativo e de exigibilidade no Passivo:

- Capital Fixo (Imobilizações – ativo não corrente) – constitui a infraestrutura da empresa e não

se destina a ser convertido em meios líquidos.

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- Capital Circulante (corrente) – É formado pelos meios financeiros intermutáveis e associados

ao funcionamento e exploração (dívidas de terceiros, existências e disponibilidades).

- Capital Próprio – Conjunto dos meios financeiros pertencentes à própria empresa.

- Capital Alheio – Constituído pelo meios financeiros postos à disposição da

empresa por terceiros (Passivo corrente e não corrente).

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RUBRICAS NOTAS DATAS

31 DEZ N 31 DEZ N-1

ATIVO

Ativo não corrente

Ativos fixos tangíveis

Propriedades de investimento

Trespasse (goodwill)

Ativos intangíveis

Ativos biológicos

Participações financeiras - método da equivalência patrimonial

Participações financeiras - outros métodos

Acionistas/sócios

Outros Ativos financeiros

Ativos por impostos diferidos

Ativos não correntes detidos para venda

Ativo corrente

Inventários

Ativos biológicos

Clientes

Adiantamentos a fornecedores

Estado e outros entes públicos

Acionistas/sócios

Outras contas a receber

Diferimentos

Ativos financeiros detidos para negociação

Outros ativos financeiros

Caixa e depósitos bancários

Total do ativo

CAPITAL PROPRIO E PASSIVO

Capital próprio

Capital realizado

Ações (quotas) próprias

Prestações suplementares e outros instrumentos de capital próprio

Prémios de emissão

Reservas legais

Outras reservas

Excedentes de revalorização

Ajustamentos em ativos financeiros

Outras variações no capital próprio

Resultados transitados

Resultado liquido do período

Interesses minoritários

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Total do capital proprio

Passivo

Passivo não corrente

Provisões

Financiamentos obtidos

Responsabilidades por benefícios pós-emprego

Passivos por impostos diferidos

Outras contas a pagar

Passivo corrente

Fornecedores

Adiantamentos de clientes

Estado e outros entes públicos

Acionistas/sócios

Financiamentos obtidos

Outras contas a pagar

Passivos financeiros detidos para negociação

Outros passivos financeiros

Diferimentos

Total do passivo

Total do capital próprio e do passivo

Resumo: As Demonstrações Financeiras são documentos contabilísticos que apresentam de forma estruturada e normalizada a informação que é exigida para a prestação de contas das entidades e apoia a gestão nas tomadas de decisão. As d. F. têm como objetivo proporcionar informação acerca da situação financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que sejam úteis para a generalidade dos utentes no processo de tomada de decisão.

Têm ainda outro importante objetivo que é o de determinar a rentabilidade que os gestores conseguiram com os recursos que obtiveram (dos sócios/acionistas e dos financiadores).

As NCRF aplicam-se apenas às d.f. e não a outra informação apresentada num relatório anual ou noutro documento. Relembro que um conjunto completo de demonstrações financeiras inclui:

Balanço (ncrf 1)

Demonstração dos resultados (ncrf 1)

Demonstração de alterações no capital próprio (ncrf 1)

Demonstração dos fluxos de caixa; (ncrf 2)

Anexo (onde se divulgam as bases de preparação e políticas contabilísticas e outras divulgações exigidas pelas ncrf 1)

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A TÉCNICA CONTABILÍSTICA

CONTA - Conjunto de elementos patrimoniais expressos em unidades de valor, essencialmente variável no espaço e no tempo.

PARTES CONSTITUITIVAS DA CONTA

1-TITULO É a expressão ou palavra por que se designa a conta. Deve ser escolhida de tal forma que revele imediatamente a natureza dos elementos que a compõem, i.e., nos dê a conhecer o seu conteúdo. Tem como finalidade identificar a conta e distingui-la de todas as outras, pelo que o seu título será fixo e imutável. Ex: Conta “Mobiliário de escritório”, engloba secretárias, estantes, cadeiras, etc.

2-SUBSTÂNCIA Vertente qualitativa. Traduz o conjunto de atributos qualitativos homogéneos que aí pretendemos registar.

3-VALOR Representa a qualidade expressa em unidades monetárias contidas na conta no momento em que se analisa. O valor é o elemento variável da conta.

REQUISITOS DA CONTA – Apenas para o título e substância – Uma conta só deve conter elementos subordinados à característica comum que define substância. – A conta deve identificar todos os factos patrimoniais.

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA (RAZÃO ou T´s)

TITULO DA CONTA

Designado por: “DÉBITO” ou “DEVE” Designado por: “CRÉDITO” ou “HAVER”

SALDO

O SALDO DE UMA CONTA É A DIFERENÇA ENTRE O DÉBITO E O CRÉDITO

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AO BALANCEAR UMA CONTA PODE OCORRER: D > C O SALDO DIZ-SE DEVEDOR (Sd)

D = C O SALDO DIZ-SE NULO (So)

D < C O SALDO DIZ-SE CREDOR (Sc)

FECHAR UMA CONTA UMA VEZ DETERMINADO O SALDO, ESTE ADICIONA-SE AO LADO CUJA SOMA FOR DE MENOR VALOR, OBTENDO-SE ASSIM A IGUALDADE ENTRE OS DOIS LADOS DA CONTA

D>C D=C+Sd D=C D=C D<C D+Sc=C

REABERTURA DE CONTA Reabrir uma conta é inscrever o saldo na coluna do débito, se na conta fechada o mesmo era devedor; ou inscrever o saldo na coluna do crédito se na conta fechada o mesmo era credor

A CONTA TEM POR OBJECTO: – ATIVO E PASSIVO - ELEMENTOS ABSTRATOS – SITUAÇÃO LÍQUIDA ASSIM TEMOS CONTAS: -DO ATIVO;

-DO PASSIVO;

-SITUAÇÃO LÍQUIDA

Dentro destas 3 grandes classes inserem-se outras de âmbito mais reduzido, cujos elementos patrimoniais foram agrupados em obediência a um determinado ponto de vista ou característica AS CONTAS QUE SÃO SUBCONTAS DE OUTRAS, CHAMAM-SE SUBCONTAS OU DIVISIONÁRIAS

Partidas Dobradas Este método é caracterizado pela duplicação dos registos contabilísticos, ou

seja, todo o débito numa conta dá lugar a um crédito noutra ou noutras contas e vice-versa.

implicações Cada facto patrimonial dá origem a um registo em duas ou mais contas. Ao valor de débito ou débitos corresponde sempre um crédito ou créditos de igual valor.

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Equação fundamental da contabilidade A = P ± CP regras A um débito ou débitos corresponde sempre um crédito ou créditos de igual valor;

A soma dos débitos é sempre igual à soma dos créditos

A soma dos saldos devedores é igual à soma dos saldos credores

Regras de movimentação As contas do ativo debitam-se pelos aumentos

As contas do ativo creditam-se pelas diminuições

As contas do passivo creditam-se pelos aumentos

As contas do passivo debitam-se pelas diminuições

ASSIM OS FACTOS PATRIMONIAIS SÃO REGISTADOS POR ORDEM DE DATAS NO DIÁRIO E POR ORDEM DE CONTAS NO RAZÃO

DIÁRIO Serve para registar, dia a dia, por ordem de datas em assento separado, os factos patrimoniais permutativos e/ou modificativos do património da entidade.

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Formador: Carlos Tapadinhas 17

RAZÃO Serve para escriturar o movimento de todas as operações do diário, ordenados a débito e crédito em relação a cada uma das respetivas contas, para se conhecer o estado e a situação de qualquer delas, sem necessidade de recorrer ao exame de todos os lançamentos do diário BALANCETE É um resumo do razão, onde a soma dos totais do débito e do crédito deve ser igual, coincidindo também, com o total do diário, consequentemente os totais das somas dos saldos devedores e credores devem ser iguais Neste resumo de movimentos efetuados devem constar: Nome de todas as contas utilizadas no período;

Movimentos acumulados das contas a débito e a crédito;

Saldos apresentados pelas contas utilizados.

Fluxograma

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Demonstração de Resultados: GANHOS vs GASTOS

Classe 7 SNC

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Classe 6 SNC

Classe 8

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Formador: Carlos Tapadinhas 20

Classe 8

Classe 8

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Formador: Carlos Tapadinhas 21

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Formador: Carlos Tapadinhas 22

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS LIQUÍDOS

RENDIMENTOS E GASTOS Ano N Ano N-1

Vendas e serviços prestados

Subsídios a exploração

Ganhos/perdas imputados de subsidiarias, associadas e empreendimentos conjuntos

Variação nos inventários da produção

Trabalhos para a própria entidade

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

Fornecimentos e serviços externos

Gastos com o pessoal

Ajustamentos de inventários (perdas/reversões)

Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversoes)

Provisões (aumentos/reduções)

Imparidade de ativos não depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões)

Aumentos/reduções de justo valor

Outros rendimentos e ganhos

Resultado antes de depreciações, financiamento e impostos

Gastos/reversões de depreciação e de amortização

Imparidade de ativos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões)

Resultado operacional (antes de financiamento e impostos)

Juros e rendimentos similares obtidos

Juros e gastos similares suportados

Resultado antes de impostos

Imposto sobre o rendimento do periodo

Resultado liquido do periodo

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Formador: Carlos Tapadinhas 23

- II PRÁTICA SIMULADA EM SNC – Exercícios e Resoluções em aula

(recurso ao código SNC Portaria n º1011/2008, de 9 de Setembro)

Momento 0 – O formando deverá estar na posse da noção documental de um circuito

comercial completo, sendo capaz de reconhecer documentos viáveis e relevantes, analisar a

estrutura da informação contida num movimento de ficha de armazém, faturação geral,

descontos/devoluções - notas débito e de crédito, Rec. Bancária., tratamento do IVA, Cálculo

dos valores líquidos para Processamento de Salários, Gastos, etc.

Movimentos fundamentais a desenvolver em sala através da extensão do

conceito de tratamento contabilístico por SNC em suporte Diário / Razão:

- Abertura de atividade empresarial – Sociedade por Quotas / Anónima

- Movimentação da Classe 1, Classe 2 (identificação de fatos patrimoniais ativos/passivos)

- Classe 3 - Gestão de Compras por sistema de inventário permanente (SIP)

Classe 6 – Conta 61 – CMVMC (noção factos patrimoniais modificativos)

Fornecedores e Credores diversos / adiantamentos a fornecedores

Quebras em armazém

N/ devolução – v/ devolução

- Classe 4 – Investimentos ( trabalhar os tipos de Ativo e caracterizá-los / Amortização)

- Classe 5 – Capital, Reservas e Resultados Transitados (noção de Passivo de Financiamento /

Funcionamento – Mapas de origem e Aplicações de Fundos / Ajustamentos ao C.P.)

- Classe 6 e Classe 7 – desenvolver a perceção dos factos patrimoniais modificativos que

conduzem à Demonstração de Resultados Líquidos.

- Classe 8 – Apuramento de Resultados antes de impostos / aplicação do IRC

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Esquematização e procedimentos com a aplicação do Código de Contas

Sistemas de Normalização Contabilística (SNC)

1- A utilização do Sistema de Inventário Permanente (SIP) para um armazém realista.

1) CONCEITO No sistema de inventário permanente, o Custo da Mercadoria Vendida – CMV (conta 61) é apurado em cada venda efetiva (conta 71). A conta de mercadorias ou stock de mercadorias, tem o seu saldo atualizado após cada operação de compra ou de venda, indicando efetivamente qual o nível de armazenagem existente. Se fizermos um inventário das mercadorias o valor encontrado deverá coincidir com o saldo da conta de mercadorias.

Page 25: Manual de Formação EGE - SNC - Módulo 6214

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Formador: Carlos Tapadinhas 25

2- A contabilização e o apuramento do IVA.

3 – Processamento de Salários (em 3 fases)

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4 – Contabilizar operações gerais no contexto de formação em sala, como por exemplo, os seguintes factos patrimoniais, modificativos ou permutativos, dignos de registo: Adiantamentos recebidos, Depósitos Bancários, Venda a prazo, Compra de Serviços, Compra de mercadorias, Compra de equipamento, furto detetado, descontos obtidos/concedidos, empréstimos bancários, juros, multas, seguros, amortizações, letras, crédito incobrável, etc.

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