manual de cuidador de idosos peipi

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MANUAL DE CUIDADOR DE IDOSOS Francelise Pivetta Roque Helen Arruda Guimarães Organizadoras Material de apoio ao 1º Curso de Introdução à Formação de Cuidadores de Idosos da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas UNCISAL APRESENTAÇÃO DO MATERIAL E BOAS VINDAS AO CURSO Este manual foi elaborado pela equipe de profissionais que integra o Programa de Extensão Interdisciplinar Pró-Idoso (PEIPI) da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas UNCISAL. Trata-se da revisão da primeira versão, que foi elaborada em 2006, numa parceria entre o PEIPI e a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Tocqueville. O PEIPI é um programa de extensão universitária, atualmente coordenado pela terapeuta ocupacional Profa. Me. Ana Elizabeth dos Santos Lins, que tem como objetivo promover a qualidade de vida do idoso, mediante ações voltadas à saúde e educação na área do envelhecimento. Para tanto, conta com a participação de docentes e funcionários da UNCISAL, além de colaboradores voluntários e estudantes universitários. Este material servirá de apoio para o acompanhamento das aulas, e também para consulta no decorrer da sua prática de prestação de cuidados. Sejam bem vindos ao 1º Curso de Introdução à Formação de Cuidadores de Idosos da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas UNCISAL! Estamos orgulhosos desse feito, e satisfeitos por tê-los conosco! Um abraço fraterno! Profa. Dra. Francelise Pivetta Roque Fonoaudióloga, Professora Ajunto da UNCISAL e Coordenadora do Núcleo de Estudos Pró-Idoso (NEPI) do PEIPI UNCISAL. Ms. Helen Arruda Guimarães Médica Geriatra da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas e Integrante do Programa de Extensão Interdisciplinar Pró-Idoso.

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  • MANUAL DE CUIDADOR DE IDOSOS

    Francelise Pivetta Roque Helen Arruda Guimares

    Organizadoras

    Material de apoio ao 1 Curso de Introduo Formao de Cuidadores de Idosos da Universidade Estadual de Cincias da Sade de Alagoas UNCISAL

    APRESENTAO DO MATERIAL E BOAS VINDAS AO CURSO

    Este manual foi elaborado pela equipe de profissionais que integra o Programa de Extenso Interdisciplinar Pr-Idoso (PEIPI) da Universidade Estadual de Cincias da Sade de Alagoas UNCISAL. Trata-se da reviso da primeira verso, que foi elaborada em 2006, numa parceria entre o PEIPI e a Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico Tocqueville.

    O PEIPI um programa de extenso universitria, atualmente coordenado pela terapeuta ocupacional Profa. Me. Ana Elizabeth dos Santos Lins, que tem como objetivo promover a qualidade de vida do idoso, mediante aes voltadas sade e educao na rea do envelhecimento. Para tanto, conta com a participao de docentes e funcionrios da UNCISAL, alm de colaboradores voluntrios e estudantes universitrios.

    Este material servir de apoio para o acompanhamento das aulas, e tambm para consulta no decorrer da sua prtica de prestao de cuidados. Sejam bem vindos ao 1 Curso de Introduo Formao de Cuidadores de Idosos da Universidade Estadual de Cincias da Sade de Alagoas UNCISAL! Estamos orgulhosos desse feito, e satisfeitos por t-los conosco! Um abrao fraterno! Profa. Dra. Francelise Pivetta Roque Fonoaudiloga, Professora Ajunto da UNCISAL e Coordenadora do Ncleo de Estudos Pr-Idoso (NEPI) do PEIPI UNCISAL. Ms. Helen Arruda Guimares Mdica Geriatra da Universidade Estadual de Cincias da Sade de Alagoas e Integrante do Programa de Extenso Interdisciplinar Pr-Idoso.

  • ndice

    Apresentao do material e boas vindas ao Curso ............................................1

    A tica e o Cuidar do Idoso ................................................................................3

    Sade do Idoso: Aspectos Biolgicos e Mdicos .............................................. 4

    Aspectos Psicolgicos do Envelhecimento......................................................... 6

    Auxiliando o Idoso na realizao das Atividade de Vida Diria.......................... 8

    A Mobilidade da Pessoa Idosa......................................................................... 11

    Cuidados dirios aos Idosos............................................................................. 14

    Cuidando do Comunicao da Deglutio do Idoso..........................................17

    Cuidando da Nutrio e da Alimentao do Idoso............................................ 21

  • A TICA E O CUIDAR DO IDOSO

    Assistente Social Marta Ferreira Gomes Qual o sentido da tica?

    O homem vive em sociedade, da ser considerado um ser social. O ser humano

    no sobrevive isolado por muito tempo, portanto so criadas algumas normas

    que devem reger a relao com as pessoas que esto no seu convvio como

    seres humanos.

    Mas o que sociedade? Voc j parou para pensar sobre isso?

    Sociedade o conjunto de pessoas que vivem em determinada faixa de tempo

    e de espao seguindo normas comuns e que so unidas pelo sentimento

    de conscincia do grupo. a reunio de seres que vivem em grupo. Assim, os

    homens formam uma sociedade, como exemplo: a famlia, o trabalho, a igreja,

    a escola, os grupos de convivncia e outros.

    Pois bem! A partir da constatao de que vivemos em sociedade, encontramos

    regras, leis, normas que regulam as relaes entre os homens. E por que

    existem essas regras, leis e normas? Elas so necessrias porque a

    convivncia dos homens precisa acontecer dentro de uma certa ordem. Por

    ordem humana, entende-se o conjunto de normas, regras, leis, valores, modos

    de relacionamento: seja no trabalho, na famlia, entre amigos, nas

    organizaes governamentais e nas no governamentais, enfim nos mais

    variados espaos da vida diria das pessoas.

    Essas normas so baseadas em:

    Respeito ao prximo;

    Fazer com os outros o que gostaria que fizessem a voc;

    Solidariedade;

    Amor ao prximo;

    Profissionalismo;

    Dedicao em tudo o que fizer na vida;

  • Responsabilidade nos seus atos;

    Cuidado com as palavras, muitas vezes magoam mais do que os atos.

    A reflexo tica passa pelo estabelecimento de juzos de valor para o que est

    conforme ou contrrio s normas de convivncia dos homens em sociedade.

    Da serem to comuns as expresses tico e antitico quando nos referimos a

    certas atitudes e comportamentos dos indivduos em sociedade.

    A questo tica apresenta-se assim, como um conflito entre o que deve fazer e

    o que quer fazer. Da pode-se entender tica como a seguinte definio:

    a parte da filosofia que estuda os valores morais e os principais ideais da

    conduta humana.

    tica Profissional o conjunto de princpios morais que se devem observar

    no exerccio de uma profisso. A tica importante quando utilizada porque

    facilita a realizao das pessoas. Com a tica pretende-se a perfeio do ser

    humano. A tica , portanto, uma reflexo crtica sobre a moralidade. Mas ela

    no puramente teoria. tica um conjunto de princpios e disposies

    voltados para a ao, historicamente produzidos, cujo objetivo balizar as

    aes humanas. Ela existe como uma referncia para os seres humanos em

    sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais

    humana.

    A TICA E O CUIDAR DO IDOSO:

    Da mesma forma que os profissionais da Geriatria e Gerontologia, os

    CUIDADORES DE PESSOAS IDOSAS devem destinar muita ateno ao

    desenvolvimento de suas aes no dia a dia, em suas decises e

    procedimentos junto ao idoso. Tratam-se de exigncias de carter tico, que

    so de fundamental importncia para a qualidade da atuao profissional do

    cuidador, que tem como finalidade precpua o bem-estar e a qualidade de vida

    do idoso.

  • As formas de envelhecer so sempre diferentes, uns envelhecem com

    dignidade outros no, isso uma questo no bem resolvida pela sociedade e

    tem um significado tico.

    Alguns procedimentos fundamentais para o trato tico com idoso:

    Ouvi-lo com bastante ateno;

    Ateno ao seu bem-estar;

    Garantir sua liberdade preservando sempre a sua autonomia e a sua

    independncia, com observncia do seu estado de segurana;

    Observar o sigilo profissional, no expondo as questes pessoais de

    carter individual do idoso, salvo quando a gravidade e a natureza do

    fato exigirem um procedimento contrrio;

    O respeito as pessoas idosas exige que no sejam tratadas com

    preconceito e discriminao, fazendo parte tambm do conjunto das

    exigncias ticas, pois a velhice faz parte do ciclo de vida do homem,

    portanto um direito antes de tudo personalssimo;

    Respeitar a histria de vida do idoso, na qual est presente a sua

    contribuio com a sociedade. O idoso um ser que possui direitos e

    deveres de cidadania, construdos ao longo de sua vida:

    Respeito pelos seus desejos;

    Respeito pelos valores intrnsecos de suas vidas;

    Respeito pelos seus interesses.

    Conhecer os direitos dos idosos;

    Ter interesse de conhecer e acompanhar na medida do possvel o

    desenvolvimento das polticas pblicas para os idosos;

    Compreender o que a velhice e o envelhecimento;

    Ter noo acerca da realidade minimante dos idosos, do seu municpio

    e, se possvel, do Estado e do pas;

    Entender as formas de violncia e maus tratos contra a pessoa idosa,

    para orientar e denunciar junto aos servios especializados.

  • E AINDA:

    Para tudo isso fundamental o desenvolvimento de um comportamento tico

    com:

    O prprio idoso;

    A famlia;

    Os demais membros da famlia;

    A instituio para quem presta servios: Instituio de Longa

    Permanncia ILPI;

    Os profissionais envolvidos com as diversas modalidades de ateno ao

    idoso com o auto cuidado.

    O CUIDADOR DE PESSOAS IDOSAS tem uma misso de expressiva

    relevncia na sociedade, com o processo do envelhecimento populacional,

    sobretudo, O CUIDAR DA PESSOA IDOSA DEPENDENTE nos vrios graus.

    Portanto procure sempre:

    Ser capaz!

    Ser comprometido!

    Ser responsvel !

    Ser disponvel!

    Ter zelo por suas atividades !

    a base de qualquer que seja a tica de cuidar !

    SEJA TICO!

    O RESPEITO PELAS PESSOAS FUNDAMENTAL !!!

    OS IDOSOS E A SOCIEDADE EM GERAL AGRADECEM!

    ______________________________________________________________

  • SADE DO IDOSO: ASPECTOS BIOLGICOS E MDICOS

    Mdica Geriatra Helen Arruda Guimares

    Mdica Geriatra Ronny Roselly Domingos de Oliveira

    O que envelhecimento?

    Envelhecimento um processo contnuo, lento, no qual ocorrem modificaes

    no organismo em vrios aspectos, que determinam diminuio da capacidade

    de adaptao do indivduo ao meio ambiente, ocasionando maior fragilidade

    frente aos processos patolgicos tornando-o mais suscetvel s doenas, que

    terminam por lev-lo morte.

    Envelhecimento comum a todas as pessoas e no induzido por

    doenas.

    Envelhecimento um processo biolgico! NO doena!!!

    ASPECTOS EPIDEMIOLGICOS DO ENVELHECIMENTO:

    O envelhecimento populacional um fenmeno mundial;

    H um crescimento mais elevado da populao idosa com relao aos

    demais grupos etrios;

    No Brasil vivem hoje cerca de 18 milhes de idosos, o que representa

    9,9 % do total de brasileiros;

    A populao dos muito idosos tambm aumenta em ritmo acelerado:

    hoje o segmento populacional que mais cresce no Brasil.

    QUEM O IDOSO?

    No Brasil (pases em desenvolvimento) a pessoa que tem 60 anos ou mais e

    nos pases desenvolvidos aquele com 65 anos ou mais. No Brasil ns

    contamos com cerca de 15 milhes de idosos. E para 2025 existe uma

    projeo para 32 milhes de idosos (6 populao mundial.)

  • CONSEQUNCIAS:

    Aumento do nmero de doenas crnicas e neoplsicas, s vezes, com

    presena de vrias doenas no mesmo indivduo ao mesmo tempo;

    Uso de muitas medicaes (polifarmcia).

    Veja algumas doenas que so comuns na populao idosa:

    DEMNCIA:

    Antigamente conhecida por esclerose, caduquice e relacionadas como

    sinnimo de envelhecimento, a demncia uma sndrome adquirida, produzida

    por uma doena orgnica, que produz uma deteriorao persistente de

    diversas funes mentais, que acarretam uma incapacidade funcional, em

    pacientes SEM alterao da conscincia.

    A prevalncia de demncia dobra a cada ano aps os 60 anos de idade.

    A prevalncia estimada aos 85 anos de 25-45% em idosos da comunidade e

    50% nos institucionalizados.

    Existem muitos fatores de risco para o desenvolvimento dessa doena:

    Histria familiar positiva

    Sndrome de Down

    Trauma crnio-enceflico (Pugilistas)

    Aterosclerose

    HAS

    Diabetes

    Dislipidemia

    Mulheres (devido uma maior sobrevida e menor escolaridade).

    Existem tambm fatores de proteo:

    Escolaridade (quanto maior escolaridade, menor o risco)

  • Exerccio fsico (reduz o risco para doena de Alzheimer e outros tipos

    de demncia).

    Os idosos com demncia apresentam tendncia repetio das respostas,

    dificuldade para memorizar, recordar e reconhecer a informao recente.

    A Doena de Alzheimer a forma mais comum de demncia no idoso 50 a

    60% dos casos de demncias. Manifesta-se com dficit de memria, alteraes

    de comportamento so comuns, incio insidioso e curso progressivo. Sintomas

    psicticos como desiluses, alucinaes so muito freqentes. A sobrevida

    varia de 2 a 20 anos com mdia de 10 anos de durao aps o diagnstico.

    OSTEOPOROSE:

    Doena que atinge principalmente mulheres na menopausa (cerca de 1 em

    cada 3 mulheres com mais de 50 anos), caracterizada por uma diminuio da

    massa ssea, o que leva a uma fragilidade ssea com conseqente propenso

    para fraturas. A fratura de fmur a conseqncia mais dramtica da

    osteoporose, causando a morte de cerca de 1/3 dos pacientes em at 1 ano

    aps a fratura. Metade dos sobreviventes ficar dependente para a realizao

    das atividades bsicas dirias.

    O diagnstico precoce e o tratamento adequado so de grande importncia

    para a diminuio das fraturas, seqelas e mortes.

    Fatores de risco:

    Idade avanada

    Raa branca

    Sexo feminino

    Histria familiar

    Baixa ingesta de clcio

    Sedentarismo

    Tabagismo

  • Existem ainda muitas doenas comuns na populao de idosos, como

    hipertenso arterial, diabetes, cncer, doena de Parkinson, derrame, entre

    outras. Todas com grande impacto na qualidade de vida dos idosos. Conhecer

    um pouco sobre elas importante para todos ns que cuidamos dessa

    populao. Porm precisamos ter em mente que possvel a busca por um

    envelhecimento ativo, com sade, segurana e participao na sociedade.

  • ASPECTOS PSICOLGICOS DO ENVELHECIMENTO

    Psicloga Luciana Dantas Tenrio

    Psicloga Josilma Santos de Lima

    Voc sabe como sente, como pensa uma pessoa que est envelhecendo?

    Vamos conversar um pouco sobre isso!

    Para compreendermos melhor, precisamos saber algo muito importante! O que

    qualidade de vida!

    Sabemos que todo indivduo precisa de um razovel estado de equilbrio, no

    s fsico como mental, de acordo com suas possibilidades e caractersticas,

    construindo, assim, um estilo particular de viver e se relacionar. Cada pessoa

    tem um jeito prprio, uma viso prpria das coisas que lhe so importantes, e

    de suas necessidades como o trabalho, o lazer, alimentao, sexo, segurana,

    etc. Quando h harmonizao desses fatores, podemos dizer que esse

    indivduo possui qualidade de vida!

    De acordo com a Organizao Mundial de Sade (OMS), Qualidade de Vida

    a percepo do indivduo sobre sua posio no mundo, no contexto da cultura

    e no sistema de valores nos quais ele vive e em relao aos seus objetivos,

    expectativas, padres e preocupaes. Percebemos, dessa forma, que viver

    muito, e acima de tudo viver bem, passa por diversos fatores que precisam ser

    conhecidos e respeitados, e no caso da pessoa idosa so direitos garantidos

    pelo Estatuto do Idoso desde outubro de 2003.

    O envelhecimento pode ser uma etapa de vida difcil, pois alm de suas

    caractersticas prprias, encerra ainda muitos preconceitos e desconhecimento

    de seu processo, tornando difcil a aceitao da sociedade para as mudanas

    que se apresentam. O resultado disso que o idoso, muitas vezes, traz

    consigo a sensao de inadequao no meio em que vive, o que explica muitas

    das mudanas no seu comportamento, seu estado de humor, hbitos, etc.

  • Vejamos algumas mudanas ocasionadas pelo envelhecimento, que podem

    estar associadas s alteraes comportamentais de muitos idosos:

    Aposentadoria, muitas vezes acompanhada de perdas financeiras,

    Ausncia de ocupaes e de interesses;

    Dificuldade de reinsero no mercado de trabalho;

    Sada dos filhos da companhia dos pais - o ninho vazio;

    Morte do cnjuge, amigos e familiares;

    Declnio do vigor fsico e da sade;

    Dificuldades de adaptao s novas tecnologias e costumes.

    Lidar com as modificaes e perdas vo requerer do idoso uma estrutura

    pessoal, sociofamiliar e econmica equilibradas na vivncia dessas fases. E a

    estrutura de personalidade de cada um pode ser a diferena entre uma velhice

    bem ou mal sucedida.

    Num olhar mais cuidadoso preciso atentar para alguns sinais que essas

    experincias causam ao idoso, podendo revelar estados depressivos ou

    mesmo a prpria doena: a depresso! Ela est entre os principais quadros de

    transtornos mentais na populao, atingindo aproximadamente de 15 a 20%

    dos idosos, sendo que 2% apresentam depresso grave.

    Mas, o que mesmo a depresso?

    um distrbio que afeta diretamente a capacidade afetiva do indivduo,

    desencadeando estado de profunda e persistente tristeza, com desinteresse

    por atividades simples, comprometendo a dinmica pessoal diria de

    alimentao, sono, higiene, etc.

    Quais os sintomas da depresso no idoso?

    Humor diminudo;

    Perda do interesse por atividades que antes realizava com prazer;

    Alterao do apetite e, conseqentemente, do peso;

    Alteraes no sono;

    Agitao ou lentificao psicomotora;

  • Dificuldades em coordenar pensamentos e concentrao;

    Idias recorrentes de morte e depreciao de si mesmo;

    Estado de nimo que pode variar da tristeza ao desespero.

    Detectar a depresso em idosos pode ser difcil, pois os mitos sociais acerca

    do envelhecimento (idoso mal-humorado, lento, queixoso) o estigmatizam. As

    coisas da idade e outras caractersticas que apontam uma baixa na qualidade

    de vida podem confundir uma situao real de doena. Sintomas assim podem

    levar o idoso pouco a pouco ao isolamento, podendo ser diagnosticado como

    depresso, que pode ser crnica quando persistiu no tempo, chegando

    etapa do envelhecimento, e tardia quando decorre das situaes existenciais

    (perdas, lutos, doenas) vivenciadas no processo de envelhecimento de uma

    forma geral.

    Com as perdas sofridas no envelhecimento a perspectiva da morte torna-se

    mais real. So vrias as mortes que o idoso v diante de si; algumas fsicas,

    outras sociais, psicolgicas ou afetivas. Faz parte do processo de aceitao

    dessa realidade uma postura serena e de reflexes sobre a vida como os feitos

    do passado, suas realizaes, os investimentos na constituio da famlia e

    que lies deixam para seus descendentes.

    saudvel o reconhecimento das possibilidades e ganhos nesta fase,

    desenvolvendo um estilo de vida que permita vivenciar com prazer:

    Mais tempo livre para dedicar a lazer ou atividades que sejam

    prazerosas

    Investimento numa nova carreira profissional,

    Prtica de atividades fsicas e conhecimento de novas pessoas, contato

    com as novas tecnologias, viagens, namoro...

    comprovado cientificamente que a pessoa idosa perfeitamente capaz de

    manter uma vida sexual ativa, e hoje, despertada por oportunidades de

    encontros e convivncias em grupos, clubes , etc, o idoso tende a reconsiderar

    seu prprio corpo para os contatos. Essa nova forma de se relacionar pretende

  • derrubar mitos e preconceitos da sociedade pelo desconhecimento das

    capacidades dos idosos em manterem relacionamentos amorosos.

    Consideradas as alteraes fisiolgicas e as hormonais, prprias do

    envelhecimento, as experincias de relacionamento amoroso no casal de idade

    madura podem refletir uma vivncia saudvel para ambos, resultando em bem-

    estar geral.

    Nesse contexto, a continuidade dos contatos sociais e afetivos favorece a

    aquisio de novos interesses como a leitura, a msica, as artes, o cinema,

    atividades que proporcionem prazer em novos espaos de lazer e educao,

    onde se encontram vrias geraes, indispensvel manuteno da sade

    mental dos idosos. Estamos falando de intergeracionalidade.

    O que Intergeracionalidade?

    o encontro, o contato de indivduos de faixas etrias diferentes. Um embate

    de tradies, de valores, costumes e modos de viver que podem contribuir para

    a construo e troca de conhecimentos entre geraes.

    O que uma gerao pode ensinar a outra? O que um idoso pode transmitir para

    um jovem e vice-versa? Esse o princpio da intergeracionalidade! Nem

    sempre essas relaes so tranqilas e produtivas, pois so mundos e vises

    diferentes, de contextos scio-histricos tambm diferentes onde se colocam

    em questo os valores adquiridos.

    As relaes intergeracionais devem proporcionar espao de discusso e

    reflexo sobre conceitos, vivncias e experincias de vida, contribuindo na

    educao dos mais jovens formao de valores ticos, conhecimento das

    tradies e histrias, e dos mais velhos na aprendizagem de novas

    tecnologias, valores e comportamentos do mundo atual, tornando mais flexvel

    e saudvel a convivncia.

    ______________________________________________________________

  • AUXILIANDO O IDOSO NA REALIZAO DAS ATIVIDADES DE VIDA

    DIRIA

    Terapeuta Ocupacional Ana Elizabeth dos Santos Lins

    No cotidiano de cada pessoa, atividades so realizadas durante todos os dias,

    o tempo inteiro, desde o momento do nascimento at a morte num ciclo

    denominado vida. Essas aes so chamadas de Atividades de Vida Diria.

    So todas as atividades que realizamos em nosso cotidiano. Elas podem ser

    mais elaboradas como construir um prdio, fazer uma pesquisa, ou

    simplesmente vestir as prprias roupas, preparar o caf da manh, tomar

    banho, escovar os dentes, realizar compras em supermercados, at conseguir

    manusear adequadamente uma ferramenta (como tesouras, copos, talheres,

    etc), ou dirigir um carro, etc. Todas essas aes possuem um ponto em comum

    que as tornam fundamentais, elas so significativas para quem as faz,

    possuem caractersticas individuais que so prprias de cada indivduo.

    As atividades de vida diria (AVD) compreendem aquelas atividades que se

    referem ao cuidado com o corpo das pessoas (vestir-se, fazer higiene,

    alimentar-se), as atividades instrumentais de vida diria (AIVD) so as

    relacionadas com atividades de cuidado com a casa, familiares dependentes e

    administrao do ambiente (limpar a casa, cuidar da roupa, da comida, usar

    equipamentos domsticos, fazer compras, usar transporte pessoal ou pblico,

    lidar com as finanas).

    As AVD e AIVD so atividades que, para os idosos, possuem certo grau de

    complexidade, principalmente para aqueles idosos que j possuem algum

    comprometimento da sade. No entanto, o que fica claro que as AIVD

    possuem um grau de complexidade superior s AVD devido, principalmente ao

    seu carter de envolvimento social. Assim, muitos idosos so capazes de

    realizar todas as tarefas dentro de sua prpria casa, mas se for necessrio

    fazer qualquer atividade que necessita de um contato social fora das

    dependncias em que est habituado, ele se sente impossibilitado.

  • O indivduo quando apresenta dificuldades para realizar essas atividades de

    maneira satisfatria, dizemos que ele possui uma disfuno ocupacional e o

    profissional habilitado por lei a reabilitar e tratar as AVD o terapeuta

    ocupacional O desempenho de atividades da vida diria so determinantes

    para o bem-estar e a qualidade de vida do idoso, desde a realizao de

    servios de rotina (vestir-se, tomar banho, realizar atividades domsticas...),

    at atividades relacionadas ao lazer (danar, caminhar no parque, brincar com

    os netos, controlar a prpria medicao e finanas).

    A habilidade para desenvolver tarefas de cuidado pessoal contribui para o nvel

    de independncia da auto-estima. A independncia em habilidades de vida

    diria permite liberdade para desempenhar tarefas de trabalho e lazer que se

    tornam significativas para a pessoa. A dificuldade para desempenhar tarefas de

    cuidado pessoal e dependncia de outros para complet-las pode ter

    fundamental importncia no bem-estar psicolgico, social e financeiro de uma

    pessoa.

    O trabalho desenvolvido em relao s atividades de vida diria, tornam as

    pessoas responsveis e autnomas com relao as suas necessidades

    bsicas, simplesmente ao poderem pentear seus cabelos, escolherem e

    decidirem sobre sua aparncia, pela forma de se apresentar ao mundo e de

    expressar sua identidade. Ao comerem sozinhas, decidirem quanto e o que lhe

    apetece, a quantidade que desejam ingerir e quando isso deve ocorrer, isso

    chamamos de autonomia.

    Sabemos que, depender de terceiros para realizar essas atividades traz uma

    sensao de incapacidade e dependncia da vontade e disponibilidade do

    outro, para que suas necessidades e desejos sejam atendidos. Quantas vezes

    podemos observar as pessoas alimentando idosos de forma rpida e

    impessoal, no por falta de amor ou dedicao, mas por falta de tempo e at

    de uma real identificao dos desejos daquele indivduo. Poder realizar essas

    tarefas sozinho, o idoso tambm est desenvolvendo sua autonomia, e essa

    atitude traz ao indivduo uma relao muito ntima com a manuteno e

    promoo da vida.

  • Assim, o Terapeuta Ocupacional reabilita o idoso atravs da realizao de

    atividades cotidianas, como tambm utiliza atividades de trabalho, de lazer e de

    auto cuidado para tornar sua vida mais significativa.

    Agora vamos conhecer o termo CAPACIDADE FUCIONAL: que capacidade

    do idoso para executar as atividades que lhe permitem cuidar de si prprio e

    viver independentemente em seu meio. medida por meio de instrumentos

    que avaliam a capacidade do idoso para executar as Atividades de Vida Diria

    (AVD) e Atividades Instrumentais da Vida Diria (AIVD).

    As AVDs - Englobam todas as tarefas que uma pessoa precisa realizar para

    cuidar de si prprio. A incapacidade de execut-las implica em alto grau de

    dependncia.

    As AIVDs - Compreendem a habilidade do idoso para administrar o ambiente

    onde vive.

    Atividades da Vida Diria (AVD)

    CUIDADOS PESSOAIS

    Comer

    Banho

    Vestir-se

    Ir ao banheiro

    MOBILIDADE

    Andar com ou sem ajuda

    Passar da cama para a cadeira

    Mover-se na cama

    CONTINNCIA

    Urinria

    Fecal

  • Atividades Instrumentais da Vida Diria (AIVD)

    DENTRO DE CASA

    Preparar a comida

    Servio domstico

    Lavar e cuidar do vesturio

    Trabalhos manuais

    Manuseio da medicao

    Manuseio do telefone

    Manuseio de dinheiro

    FORA DE CASA

    Fazer compras (alimentos, roupas

    Usar os meios de transporte

    Deslocar-se (ir ao mdico, compromissos sociais e religiosos

    Existem inmeras escalas que servem para quantificao da capacidade para

    executar as Atividades da Vida Diria (AVD) e as Atividades Instrumentais

    da Vida Diria (AIVD), muitas delas validadas no Brasil, que so utilizadas

    pelos profissionais de sade. Elas so breves, simples e de fcil aplicao para

    que atinjam o seu principal objetivo, que servir como instrumento rpido de

    avaliao, triagem e estratificao de risco de dependncia.

    Orientaes Posturais para as Atividades de Vida Diria:

    1. Dormir:

    O colcho ideal deve ser firme e sobre um estrado inteirio. Use um travesseiro

    que preencha o espao cabea-ombro e outro entre as pernas...ou, um

    travesseiro baixo para cabea e nuca e uma almofada em baixo dos joelhos.

    2. Vestir:

    Sentar para se vestir e para calar meias e sapatos.

  • 3. Atividades Domsticas:

    Agachar-se para arrumar a cama..ou ajoelhe-se, ou use uma cadeira.

    4. Repousar:

    Essa a posio de mximo relaxamento para a coluna e deve ser realizada

    diariamente por 20 minutos.

    5. Levantar:

    Antes de levantar, mexa os braos e as pernas. Vire-se de lado, apie-se nos

    braos e ponha as pernas para fora da cama.

    6. Sentar:

    Evite permanecer sentado durante muito tempo. Essa posio causa uma

    sobrecarga grande na coluna. Sentado, apie-se no encosto da cadeira e

    mantenha os ps no cho e se possvel os braos apoiados. Para deitar faa o

    contrrio

    7. Trabalhar em p:

    Sempre que possvel coloque um dos ps sobre uma elevao.

    8. Realizao de Trabalhos Manuais:

    Coloque uma almofada no colo para apoiar os cotovelos, evite abaixar muito o

    pescoo.

    9. Leitura, escrita e TV:

    Procure apoiar os cotovelos nos braos da cadeira ou mesa, evite abaixar

    muito o pescoo e inclinar o corpo.

    10. Sapatos e bolsas:

    Use sapatos confortveis, com saltos largos de 3 a 4cm. Use uma bolsa

    pequena e leve. Carregue-a cruzada no peito ou utilize uma mochila de duas

    alas.

    11. Carregar objetos:

  • No dobre nunca o corpo a partir da cintura. Agache ou ajoelhe para pegar ou

    colocar objetos em lugares baixos. Evite levantar pesos do cho acima de 20%

    do seu peso corporal. Suba para pegar ou colocar objetos em lugares altos.

    12. Lavar e Passar roupas

    Para lavar e passar roupa, encoste a barriga no tanque ou na mesa e use um

    banquinho ou um tijolinho para apoiar o p. Coloque o balde com a roupa

    molhada em cima de uma cadeira para prend-la no varal, que dever estar na

    altura de seu rosto.

    13. Varrer:

    Alongue o cabo das vassouras, rodos e ps, para no curvar-se durante a

    limpeza.

    _______________________________________________________________

  • A MOBILIDADE DA PESSOA IDOSA

    Fisioterapeuta Augusto Csar Alves de Oliveira

    Caro(a) CUIDADOR(A), saiba que voc uma pessoa muito importante, pois

    ter a oportunidade de acompanhar outra pessoa no decurso de sua vida: o

    idoso. Sei que muitas vezes voc no escolheu ser CUIDADOR(A),

    simplesmente voc se viu na obrigao de ser CUIDADOR(A).

    Devo parabeniz-lo (a) por ser voc uma pessoa capacitada para auxiliar o

    idoso o qual apresenta limitaes para realizar as atividades e tarefas da vida

    quotidiana, fazendo elo entre o idoso, a famlia e servios de sade ou da

    comunidade.

    importante que voc CUIDADOR(A) tenha em mente que ao lidarmos com

    idoso devemos atentar para a preservao da capacidade funcional do idoso. A

    capacidade funcional se divide em dois outros termos, a autonomia e a

    independncia. Quando estamos proporcionando ao idoso sua capacidade de

    decidir o que fazer, como fazer e quando fazer estamos garantindo sua

    autonomia; por sua vez quando o idoso realiza suas atividades com sua prpria

    capacidade fsica, estamos garantindo sua independncia.

    O(A) CUIDADOR(A) a aquela que observa e identifica o que o idoso pode

    fazer por si, avalia as condies e ajuda o idoso a fazer as atividades. Voc

    no vai fazer pelo idoso, mas ajud-lo quando ele necessitar, estimulando-o a

    conquistar sua autonomia, mesmo que seja em pequenas tarefas.

    Permita-me, como fisioterapeuta, contribuir com essa sua tarefa to digna, com

    algumas dicas prticas e simples que poder tornar seu trabalho mais eficaz e

    prazerosos. Sem mais delongas, vou apresentar os temas que pretendo

    abordar: lceras de presso, posicionamento, fatores de risco de quedas,

    transferncias, exerccios e massagens.

  • O QUE LCERA POR PRESSO (ESCARA)?

    So feridas que surgem na pele do idoso, quando permanece por muito tempo

    numa mesma posio. causada pela diminuio da circulao do sangue nas

    reas do corpo que ficam em contato com a cama ou com a cadeira. A lcera

    de presso tambm conhecida por escara, e surge de uma hora para outra e

    pode levar meses para cicatrizar.

    Lembrete: Os locais mais comuns onde se formam as escaras so: regio final

    da coluna, calcanhares, quadril, tornozelos.

    COMO PREVENIR AS LCERAS POR PRESSO (ESCARAS)?

    Estimule ou ajude o idoso acamado a mudar de posio pelo menos a

    cada 2 horas

    Ao mudar o idoso de lugar ou de posio, faa isso com muito cuidado,

    evitando que a pele roce no lenol ou na cadeira, pois a pele est muito

    fina e frgil e pode se ferir.

    Mantenha a roupa da cama e do idoso bem esticadas, pois as rugas e

    dobras da roupa podem ferir a pele.

    Caso o idoso fique muito tempo em cadeira de rodas, ajude-o aliviar o

    peso do corpo sobre as ndegas.

    Alguns apoios podem ajudar o idoso a se segurar e mudar de posio

    sozinha: barras de apoio para cabeceiras da cama, faixas de pano

    amarradas na cabeceira, nas laterais ou nos ps da cama ajudam o

    idoso a levantar ou mudar de posio na cama.

    Proteja os locais do corpo onde os ossos so mais salientes com

    travesseiros, almofadas, lenis ou toalhas dobradas em forma de rolo.

    Ao fazer a higiene corporal, evite esfregar a pele com fora, pois isso

    pode romper a pele.

    ORIENTAES DE POSICIONAMENTO NO LEITO:

  • A posio em que o idoso permanece deitado pode causar: lcera de por

    presso, dor na coluna, dificuldade respiratria, e diminuio da qualidade do

    sono.

    Mudar, de 2 em 2 horas, para as posies: barriga para cima (decbito dorsal),

    barriga para baixo (decbito ventral), de lado (decbito lateral), sentar no leito

    ou em poltrona e caminhar com o idoso se for possvel.

    Lembretes:

    A permanncia prolongada numa mesma posio pode facilitar o

    aparecimento de lceras por presso.

    Realize as mudanas de posio frequentemente, no ideal em 2 em 2

    horas.

    O posicionamento adequado ao leito fundamental para a preveno da

    lcera por presso.

    Diminua progressivamente o tempo de repouso no leito, levando-se em

    conta a condio clinica do paciente. Passar um perodo de tempo

    sentado muito importante.

    O idoso que permanecer um longo perodo em uma mesma posio fica

    com a sua circulao, seus movimentos e sua sensibilidade

    comprometidas.

    A caminhada uma atividade importante, pois ajuda a melhorar a

    circulao sangunea e a manter o funcionamento das articulaes,

    entre outros benefcios.

    Dicas:

    Para auxiliar o idoso cuidado a andar preciso que o cuidador lhe d

    apoio e segurana.

    Se o idoso incapacitada de andar, deix-la parte do tempo na sala, local

    onde ocorre maior circulao dos membros da famlia, diminuindo o

    sentimento de solido.

    PREVENO DE QUEDAS

  • A preveno de quedas tarefa difcil devido variedade de fatores de risco

    nos quais o idoso est exposto, que sejam dentro ou fora de casa.

    Dicas para prevenir as quedas:

    Dentro de casa:

    deixe os caminhos livres, retirando mveis e entulhos;

    retire tapetes soltos, cordes e fios (telefone, extenses) do assoalho;

    no deixe animais soltos;

    prenda tacos soltos e bordas soltas de carpetes;

    no encere os pisos;

    coloque uma iluminao adequada para a noite, principalmente no

    caminho do banheiro;

    as escadas devem ter corrimos, boa iluminao e faixa colorida e

    antiderrapante na borda dos degraus;

    substitua ou conserte mveis instveis;

    evite cadeiras muito baixas e camas muito altas (deve ter a altura do

    joelho do idoso);

    evite o uso de chinelos, salto alto e sapatos de sola lisa;

    no deixe o idoso andar de meias;

    guarde itens pessoais e objetos mais usados ao nvel do olhar ou um

    pouco mais embaixo.

    No banheiro:

    instale barras de apoio no chuveiro e no vaso sanitrio;

    instale um vaso sanitrio mais alto;

    mantenha um banquinho para lavagem dos ps;

    use capachos e tapetes antiderrapantes;

    no use chaves na porta dos banheiros.

    Fora de casa:

    conserte caladas e degraus quebrados;

    remova soleiras altas das portas;

    limpe caminhos e remova entulhos;

  • instale corrimo em escadas e rampas;

    instale iluminao adequada em caladas, portas e escadas.

    Com relao ao idoso:

    evite que ele se levante rapidamente aps acordar: esperar alguns

    minutos

    antes de sentar e de caminhar;

    atravesse a rua sempre nas faixas de segurana;

    dar medicamentos somente sob orientao mdica

    estimule o idoso prtica de atividades de coordenao e concentrao

    como dana, artesanato, palavras cruzadas e jogos.

    EXERCICIOS E MASSAGENS FEITAS PELO CUIDADOR

    O idoso por diversas razes pode ficar muito tempo acamado, com diminuio

    da mobilidade e comprometimento da sensibilidade e da circulao.

    O CUIDADOR deve ajudar o idoso recuperar movimentos e funes do corpo,

    prejudicados pela doena ou pela falta de mobilidade. Para isso deve incentivar

    ou realizar exerccios fsicos no idoso e massagens.

    MASSAGENS

    Podem ser feitos com a mo, com uma esponja macia, toalha ou com panos de

    vrias texturas. Nas massagens bom usar creme ou leo.

    - As massagens podem ser feitas no corpo todo. Os toques e massagens

    ajudam o idoso a perceber o prprio corpo e a relaxar, alm de ativar a

    circulao e melhorar os movimentos.

    EXERCICIOS

    Os exerccios podem ser realizados mesmo que os idosos estejam acamados,

    em cadeira de rodas. Os exerccios devem ser fceis e prticos.

    - Movimente cada um dos dedos dos ps, para cima e para baixo, para os

    lados e com movimentos de rotao.

  • - Segure o tornozelo e movimente o p para cima, para baixo, para os dois

    lados e em movimentos circulares.

    - Dobre e estenda uma das pernas, repita o movimento com a outra perna (sem

    atritar o calcanhar na cama, que favorece o surgimento de feridas).

    - Com os ps do idoso apoiados na cama e os joelhos dobrados: faa

    movimentos de separar e unir os joelhos; solicite que o idoso levante os

    quadris e abaixe lentamente; Levante e abaixe os braos do idoso, depois abra

    e feche; Faa movimentos de dobrar e estender os cotovelos, os punhos e

    depois os dedos; Ajude o idoso a flexionar suave e lentamente a cabea para

    frente e para trs, para um lado e depois para o outro, isto alonga os msculos

    do pescoo.

    _______________________________________________________________

  • CUIDADOS DIRIOS AOS IDOSOS

    Enfermeira Ana Paula Rebelo

    Cuidador, aqui voc aprender como melhorar a qualidade da assistncia que

    voc presta ao idoso. Sabemos que diariamente o ajudamos. Dias mais

    simples at as mais complexas atividades de vida do idoso, onde muitas vezes

    ele depende (de ns) do nosso cuidado para tudo: tomar banho, vestir-se,

    escovar os dentes e assim por diante.

    Vamos aprender?

    1. Higienizao e Vesturio:

    As atividades relacionadas higiene e ao vesturio so essenciais na vida do

    idoso, pois previnem doenas, desconforto fsico e psicolgico.

    1.1. Banho:

    Se o idoso se nega a tomar banho, devemos entender primeiramente esta

    causa, que pode ser desde uma timidez em mostrar o corpo ou mesmo o

    horrio em que queremos dar o banho. Pode no ser o horrio habitual (de

    costume) do idoso.

    1.2. Ambiente:

    No que se refere ao ambiente, devemos ter alguns cuidados antes de levar o

    idoso para o banho, como ter cuidado em manter o piso seco, usar tapetes

    antiderrapantes, o que previne quedas ou escorreges. (Pode-se colocar)

    barras de seguranas devem ser colocadas em todo o banheiro, o que permite

    que o idoso tenha onde apoiar-se durante o uso do banheiro e tambm auxilia

    na sua movimentao.

    Muitos idosos conseguem tomar banho sozinhos, apenas apoiando-se nas

    barras como auxilio, entretanto devemos estar por perto para o que for

    necessrio. Se voc perceber que ele no consegue se manter em p durante

    todo o banho, pode ser providenciada uma cadeira de banho.

  • Esta mesma cadeira deve ser utilizada no caso de idosos acamados, pois

    estes tambm devem tomar banho de chuveiro (banho de asperso), pois

    permitir a sua sada da cama. De preferncia, no opte pelo banho na cama,

    pois alm de no ser to relaxante para o idoso, aumenta as chances de

    formao de lceras, pelo risco que se tem de deixar reas midas da cama,

    alm de prejudicar a postura do cuidador.

    Os passos a serem seguidos antes do banho:

    - Separe todos os materiais que sero usados; prepare o banheiro; separe no

    quarto as roupas limpas do idoso a serem utilizadas e as de cama quando

    necessrio. Se possvel estimule para que o prprio idoso escolha sua roupa. A

    autonomia (capacidade de deciso) do idoso deve ser sempre estimulado.

    - essencial que os materiais de higiene pessoal sejam escolhidos pelo idoso,

    e quando isto no for possvel, informe-se da sua preferncia. Durante o banho

    s faa por ele aquilo que ele no consegue fazer por si s, aproveite este

    momento par observar a pele, couro cabeludo, tamanho das unhas, presena

    de (se h) assaduras ou reas ressecadas. (Pode ser feito) Durante a higiene

    com o sabonete, pode ser feita uma massagem no corpo do idoso, o que relaxa

    e ainda favorece a circulao.

    - Depois do banho enxugue bem o corpo do idoso. Enxugue os espaos entre

    os dedos das mos e ps, atrs das orelhas e assim por diante. Para

    locomov-lo do banheiro para o quarto voc pode utilizar um roupo, que o

    protege das correntes de ar e de uso fcil.

    1.3. Higiene oral:

    A higiene oral ou bucal deve ser feita sempre aps as refeies, utilizando a

    escova de dentes, o fio dental e se possvel o anti-sptico. Use escovas

    macias, pequenas e no escove com fora.

    Faa movimentos de vai e vem e circulares com a escova, e no esquea de

    escovar a lingua. Se o idoso consegue escovar sozinho, voc deve permitir,

    apenas oriente-o se for preciso.

    Se h uma dificuldade de uso da escova de dente, envolva a ponta de uma

    esptula com gaze, prenda com esparadrapo e molhe em um anti-sptico e

  • faa a higiene da cavidade oral. No recomendado colocar seu dedo na boca

    do idoso, ele pode, mesmo sem querer lhe morder.

    1.4. Prteses:

    Quanto aos idosos que fazem uso de prteses dentrias, estas devem ser

    retiradas diariamente aps cada refeio e escovadas com escova de dente e

    passado fio dental.

    Quando retirar as prteses faa higiene da boca com uma gaze presa na

    esptula, o que retirar restos alimentares e prevenir infeces.

    1.5. Vesturio:

    As roupas e sapatos a serem utilizadas pelo idoso devem seguir dois pontos:

    Serem confortveis e seguras

    Serem do estilo e escolha do idoso. Sempre que ele puder escolher a roupa

    que quer usar voc deve permitir, assim ele se sentir melhor com o que vai

    usar e ter suas vontades respeitadas.

    Use roupas que se adequem estao do ano, ou seja, no inverno use

    agasalhados, suteres, moletons, meias e no vero, roupas frescas e de

    algodo. Evite tecidos sintticos que podem causar alergias. Voc pode

    escolher roupas que tenham abertura na frente o que facilita a colocao e a

    retirada, mas lembre-se: a vontade do idoso deve ser seguida. Se o idoso

    consegue se vestir (s) sem sua ajuda, voc deve permitir, mesmo que isto

    demore alm do esperado.

    Quanto aos sapatos, d preferncia aos de velcro, com elstico e de tecidos

    moles e antiderrapantes, o que evita quedas e so fceis de calar, como por

    exemplo, as alpercatas. As sandlias que deixam o calcanhar solto,

    aumentam o risco de quedas.

    2. lceras por Presso e Cuidados com a Pele:

    Os idosos tm muita facilidade em (de) apresentar lceras de presso,

    principalmente os que ficam muito tempo deitados ou sentados, os que tm

    dficit nutricional (desnutrio), que no ingerem muito lquido, aqueles que

    tm infeces e uma pssima higienizao.

  • Para prevenir o aparecimento de escaras deve-se:

    oferecer gua freqentemente ao idoso;

    enxug-lo bem aps o banho;

    usar cremes hidratantes;

    esticar bem os lenis da cama, no deixando dobras e troc-los

    sempre que houver sujidades, restos de comidas ou se estiverem

    molhados.

    Se o idoso passa muito tempo deitado voc deve:

    colocar colcho casca de ovo oi colcho d`gua (anti-escara);

    colocar travesseiros sobre as proeminncias sseas;

    mudar a posio dele na cama a cada 2 horas.

    2.1. Pele:

    A pele do idoso deve ser observada diariamente durante o banho, trocar de

    fraldas e sempre que possvel. Observe se h hematomas, leses, cortes,

    hiperemia (pele vermelha), o incio da formao de uma lcera.

    Para prevenir tais complicaes devemos alm de hidratar o idoso com lquidos

    e hidratantes, trocar a fralda constantemente e fazer a higiene ntima sempre

    que o idoso apresentar diurese ou defecar.

    Tenha cuidado ao levant-lo ou transport-lo: sua pele mais delicada e fina e

    pode lesionar muito fcil. Evite o uso de produtos sintticos, de cheiro forte e

    de talcos.

    3. Medicao:

    A administrao de medicamentos ao idoso deve ser feita com muita ateno e

    cuidado. Antes de tudo, no confie na sua memria: anote cada medicao que

    o idoso ir tomar, o horrio e a dose. S administre o que est prescrito e se

    no souber como, pea auxlio.

    Sempre confira a data de validade das medicaes e sempre a coloque em um

    copinho, tipo os de cafezinho, para poder dar ao idoso e nunca diretamente na

  • sua mo. Lembrar a regra dos 5 certos: medicamento certo, paciente certo,

    dose certa, hora certa, via certa.

    No deixar medicaes para o idoso tomar daqui a pouco, sendo ele lcido

    ou no, pea para ele tomar (que ele tome) a medicao na sua frente. Antes e

    aps administrar qualquer medicao, lave as mos.

    4. Curativos:

    MATERIAL necessrio:

    Mscara

    Luva estril (02 pares)

    Luva de procedimento (01 par)

    Soro fisiolgico 500ml

    Gaze estril (01 pacote)

    Esparadrapo

    Cobertura, se houver (papana, cidos graxos, fibrase)

    Saco para lixo

    Bandeja

    TCNICA:

    Lave as mos para evitar infeco;

    Rena todo o material em uma bandeja;

    Coloque o idoso em posio adequada;

    Coloque luva de procedimento, molhe o curativo com soro fisiolgico e

    remova o curativo anterior;

    Descarte o curativo no saco de lixo;

    Retire as luvas;

    Lave as mos;

    Abra o pacote de gaze sem contaminar, bem como a cobertura (pomada

    ou creme ou medicao para o curativo);

    Calce a luva estril;

    Com o soro fisiolgico molhe a leso, em jato;

    Enxugue as bordas da (com gaze /enxugar a) leso com gaze;

    Coloque a cobertura se for o caso;

  • Retire as luvas;

    Coloque o esparadrapo;

    Recolha o material;

    Lave as mos.

    5. Cuidados com a alimentao enteral:

    Quando um idoso no consegue ou tem dificuldade em (de) se alimentar,

    normalmente pela boca, apresenta engasgos e tosse com frequncia,

    (cavidade oral) (ou no consegue mais), ele pode passar a se alimentar por

    uma sonda nasoenteral temporria ou definitivamente. Esta sonda (se) consiste

    em um tubo que passado pelo nariz at o estomago ou o intestino, pela

    equipe de enfermagem.

    Este meio de alimentao, tambm conhecido como gavagem, previne a perda

    de peso, desnutrio, problemas gastrointestinais (constipao, diarria) e

    ajuda o idoso na sua recuperao.

    A dieta a ser ingerida pela sonda prescrita por um nutricionista. Esta dieta

    pode ser caseira ou artesanal (dura cerca de 12 horas) ou ainda industrializada

    (cerca de 24 horas).

    Devemos ter alguns cuidados com a nutrio enteral:

    Antes de administr-la, elevar a cabeceira do idoso, (colocar o idoso na

    posio de fowler), o que previne aspiraes, refluxos e vmitos.

    Depois que ele receber a alimentao, no deit-lo imediatamente, deix-lo

    com a cabeceira elevada (na posio) por no mnimo 30 minutos.

    Aps administrar a dieta, lavar a sonda com gua e durante os intervalos da

    dieta, a sonda tambm pode ser lavada com gua. A quantidade a ser

    administrada estabelecida pelo nutricionista.

    Deixar a sonda fechada quando terminar para a dieta no retornar.

    Se a sonda sair por inteiro ou parcialmente, no tentar recolocar, guarde-a

    apenas e providencie auxlio com profissionais de sade. Estas sondas podem

    ser utilizadas por cerca de 15 dias a 6 meses, dependendo do material delas.

  • 6. Atuao dos profissionais da enfermagem:

    A atuao dos profissionais de enfermagem junto ao idoso, engloba, alm de

    todos os cuidados e tcnicas de enfermagem, o conhecimento especfico do

    processo de envelhecimento.

    O idoso passa por transformaes fsicas, psicolgicas e sociais, que devem

    ser entendidas e respeitadas para que a assistncia prestada seja eficiente. Tal

    assistncia deve englobar aes que previnam complicaes e que promova o

    seguimento da terapia seguida e leve qualidade de vida.

    A enfermagem atua nesta rea tanto em Instituies de Longa Permanncia

    para Idosos, como em hospitais, que atendem idosos principalmente na rea

    de clnica mdica; pode atuar em Programas de Sade da Famlia, que tm

    atividades voltadas para a Sade do Idoso e ainda em cuidados domiciliares.

    _______________________________________________________________

  • CUIDANDO DO COMUNICAO DA DEGLUTIO DO IDOSO

    Fonoaudiloga Francelise Pivetta Roque

    Nesta parte do material vamos falar sobre dois assuntos: a comunicao e a

    deglutio (ato de engolir).

    Vamos comear pela COMUNICAO, que o ato de trocar idias,

    sentimentos e pensamentos, entre duas ou mais pessoas.

    A comunicao est presente em vrias situaes da nossa vida!!!!

    Para o idoso independente, a comunicao lhe permite se relacionar, tanto com

    as pessoas da sua idade, quanto com crianas e membros da famlia, alm de

    preservar a sua identidade, contar sobre o seu passado e fazer planos.

    Pense um pouco sobre quantas vezes ns nos comunicamos com outras

    pessoas ou com a gente mesmo desde a hora em que acordamos at a hora

    em que dormimos!!!

    Quando o idoso dependente em algum aspecto, necessitando de auxlio do

    cuidador, a comunicao lhe permite dizer o que est sentindo e o que quer, de

    forma que ele continue autnomo (decidindo sobre sua prpria vida), e

    facilitando ao cuidador saber de suas necessidades e desejos durante o

    cuidado.

    A comunicao depende que a pessoa possa:

    Ouvir

    Entender o que ouviu

    Ver (expresses faciais e escrita)

    Compreender o que v

    Pensar no que quer falar

    Lembrar e escolher as palavras certas

  • Usar as palavras certas na situao adequada

    Saber o significado das palavras

    Fazer a voz

    Mexer a boca para os sons sarem

    Ler (no caso da escrita)

    Escrever (no caso da comunicao escrita)

    O idoso tem mudanas em todo o seu corpo, conseqentemente, a

    comunicao dele tambm sofre mudanas. Um idoso saudvel no se

    comunica como um jovem, mas ele consegue atingir o seu objetivo. Porm,

    mesmo saudvel, ele provavelmente ter dificuldade para ouvir, e alguma

    dificuldade para ver, que podem ser leves ou mais srias.

    Nestes casos, importante saber que:

    Se o idoso no conseguir se comunicar bem, ele pode ficar deprimido, e

    receber menos estmulos do ambiente, enfraquecendo a memria e o

    pensamento, podendo at ficar doente.

    Mesmo que estas dificuldades sejam normais do idoso, elas tm

    tratamento, que pode ser remdio, cirurgia, ou uso de aparelho auditivo

    ou culos.

    Por estes motivos, o idoso deve ser levado ao mdico, para avaliar e

    tratar estas dificuldades. No caso de dificuldade para ouvir, ele tambm

    dever ser levado ao fonoaudilogo, profissional que ir fazer os

    exames da audio e dizer qual o aparelho certo para ele.

    Existem tambm algumas dicas para facilitar esta comunicao. Estas

    dicas so fceis de serem feitas, e o resultado muito bom.

    Ateno!!!!

    O idoso pode ter outras dificuldades para se comunicar, que no so normais

    do envelhecimento! Problemas para falar, como na Doena de Parkinson, em

    que a voz fica muito fraca e a boca dele se mexe pouco (Disartria), problemas

    para entender e se expressar (Afasia), como pode acontecer no derrame e na

    Demncia de Alzheimer, alm de outros problemas (ex.: Dispraxia de fala).

    Nestes casos, o mdico e o fonoaudilogo devem ser consultados. O mdico

  • ir fazer a avaliao da doena e ir dar o tratamento medicamentoso. O

    fonoaudilogo ir fazer a avaliao da comunicao e o tratamento com

    exerccios e orientaes.

    Seja levando o idoso ao profissional adequado, seguindo as orientaes dadas

    pelos profissionais, ou facilitando a comunicao com o uso de estratgias, o

    papel do cuidador na garantia da comunicao fundamental!!!!

    DICAS PARA FACILITAR A COMUNICAO COM OS IDOSOS

    Idoso com problemas para ouvir ou entender (como nas Afasias, aps

    derrame, ou nas Demncias, como na Doena de Azheimer):

    1) Deixe o ambiente claro enquanto fala com ele(a);

    2) Diminua ou elimine barulhos de fundo quando estiver conversando;

    3) Aproxime-se de uma forma que o(a) idoso(a) perceba sua aproximao, pois

    caso contrrio ele(a) pode se assustar com a sua presena. Chegue perto

    dele(a) devagar e pela frente, ou use o toque para cham-lo;

    4) Fique de frente para o(a) idoso(a) com o(a) qual se est comunicando, e

    perto o suficiente antes de comear a falar, mantendo contato de olho com ele,

    sempre que possvel;

    5) Evite comer, mastigar, fumar ou pr as mos na frente do rosto enquanto

    fala, pois seno sua fala ser mais difcil de ser entendida;

    6) Fale numa velocidade normal, sem gritar, mexendo bem a boca!

    7) Use frases curtas e simples para tornar a comunicao mais fcil;

    8) Use objetos, fotografias e escrita para auxiliar a compreenso (ex.: bote o

    caf na mesa, apontando para o caf e/ou para a mesa);

    9) Permita tempo suficiente para conversar com um(a) idoso(a). Evite

    interromper a fala dele. Se estiver apressado poder gerar estresse e criar

    barreiras para uma conversao com significado;

    Idoso com problemas para ouvir:

    1) Se o(a) idoso(a) usa AASI (Aparelho de Amplificao Sonora Individual =

    aparelho auditivo) e continua com dificuldade para ouvir, veja se o AASI est

    na orelha dele(a);

  • 2) Tambm verifique se o aparelho auditivo (AASI Aparelho de Amplificao

    Sonora Individual) est ligado, e com a bateria funcionando. Se tudo estiver

    OK e o(a) idoso(a) continuar com dificuldade para ouvir, identifique quando foi

    a ltima avaliao;

    3) Se o(a) idoso(a) tiver dificuldade para ouvir algo, encontre um jeito diferente

    de dizer a mesma coisa, ao invs de repetir as mesmas palavras vrias vezes;

    4) Lembre-se de que, quando estas pessoas esto cansadas ou doentes, elas

    escutam e entendem menos;

    Idoso com problemas para entender e se expressar (como nas Afasias,

    aps derrame, ou nas Demncias, como na Doena de Azheimer)

    1) Faa uma pergunta ou d uma ordem por vez;

    2) Faa perguntas fechadas, ou seja, perguntas em que voc d as opes

    para resposta, como por exemplo: voc quer suco ou gua? Voc quer sair?

    (sim ou no);

    3) Faa perguntas abertas quando voc quiser manter dilogo, como por

    exemplo, como foi hoje no mdico? ou o que voc achou do passeio?;

    4) Repita o que ele no entendeu usando as mesmas palavras;

    5) Repita o que ele no entendeu usando outras palavras;

    6) Ajude-o a lembrar de uma palavra, pedindo que ele fale sobre o que est

    querendo lembrar;

    7) Tente entender o que ele est querendo interpretando o comportamento

    dele;

    Idoso com problemas graves para enxergar:

    1) Se voc est entrando num local com algum com dificuldades visuais

    grandes, descreva o ambiente, outras pessoas que esto no quarto e o que

    est acontecendo;

    2) Diga pessoa quando voc estiver indo embora, e diga se algum ficar no

    quarto, ou se ela ficar sozinha;

    3) Aproveite a viso residual (o resto de viso que ele tem), no desconsidere

    o pouco que ele v (quando ele v pouco);

    4) Permita pessoa utilizar o seu brao como guia;

  • 5) Enquanto voc falar, deixe o(a) idoso(a) saber a quem voc est se

    dirigindo;

    6) Pergunte como voc pode ajudar: acendendo a luz, lendo o cardpio,

    descrevendo onde esto as coisas, ou de outra forma;

    7) Deixe as coisas onde elas esto a no ser que o(a) idoso(a) pea para tirar

    do lugar;

    8) Chame o nome do(a) idoso(a) antes de toc-lo. Fazendo isso voc ir

    permitir que ele saiba que voc o est ouvindo;

    9) Permita pessoa tocar voc;

    10) Trate-o(a) como um(a) idoso(a) que v, na medida do possvel;

    11) Use palavras como olhe e se parece normalmente;

    12) Nem sempre a cegueira total. Use movimentos e gestos amplos, e cores

    contrastantes;

    13) Explique o que voc est fazendo, por exemplo, olhando para algum ou

    puxando a cadeira;

    14) Descreva caminhos em lugares rotineiros. Use pistas auditivas e olfativas;

    15) Estimule a familiaridade e a independncia o quanto for possvel.

    Vamos agora falar sobre DEGLUTIO, que o ato de engolir, importante

    para que possamos nos alimentar.

    pela deglutio que a comida e a saliva passam da boca at o estmago. Ela

    tem vrias fases, integradas entre si.

    Pela deglutio, no somente as pessoas podem conseguir o alimento para o

    corpo, como tambm tm momentos de prazer e de convivncia

    proporcionados pelos momentos de alimentao.

    Importante!!!

    s vezes, por alguma doena ou outro problema de sade, comuns nos idosos,

    o alimento ou a saliva podem se desviar do caminho esperado, podendo

    chegar at o pulmo. Estes tipos de problema para deglutir se chamam

    disfagia, e podem levar o idoso a ter pneumonia, desnutrio, desidratao,

    perda do prazer de se alimentar, podendo chegar, em alguns casos mais

    graves, morte.

  • ATENO AOS PRINCIPAIS SINAIS DE DISFAGIA!!!!!

    Tosse

    Febre sem causa aparente

    Engasgo

    Pneumonias de repetio

    Dificuldade para respirar durante a alimentao

    Perda de peso que no foi planejada, nem indicada pelo mdico ou

    nutricionista

    Sada de alimento pela boca ou pelo nariz

    Perda de apetite

    Voz molhada ( voz de gargarejo)

    Qualquer outra dificuldade para deglutir

    Sensao de que o alimento est parado na garganta

    Na presena de um ou mais destes sinais, o mdico e o fonoaudilogo devem

    ser consultados. O mdico ir diagnosticar e tratar a causa da disfagia e o

    fonoaudilogo ir indicar qual a forma mais segura de se alimentar (pela boca

    ou por uma sonda), as consistncias dos alimentos que ele consegue deglutir

    (lquido, pastoso ou slido), alm de outras orientaes e exerccios.

    Em relao deglutio, novamente o papel do cuidador

    importantssimo!!!! Por estar mais prximo do idoso, muitas vezes ele o

    primeiro a identificar os sinais que podem indicar a disfagia. Alm disso, o

    modo como ele oferece a alimentao decisivo na sade no idoso, bem como

    o seguimento das orientaes do fonoaudilogo.

    DICAS PARA AJUDAR O IDOSO A DEGLUTIR DE FORMA MAIS SEGURA

    Estas dicas no substituem a avaliao do mdico e do fonoaudilogo, elas

    apenas complementam.

    1) S d comida para ele(a) quando ele(a) estiver bem acordado.

    2) D comida para ele(a) em um lugar calmo, sem barulho e sem muitas coisas

    para distrarem a ateno dele.

  • 3) Ajude-o(a) a engolir quando perceber que no engoliu: diga para ele(a)

    engolir, e use tambm gestos, toque e outras pistas.

    4) Ele(a) deve comer sentado (de preferncia 90) e continuar sentado 40 min

    depois que comer.

    5) Limpe a boca e a prtese dentria depois das refeies.

    6) Tente chamar a ateno dele se ele estiver distrado durante a alimentao.

    7) Coloque pouco alimento/bebida por vez, na colher, garfo ou no copo.

    8) Veja se ele(a) engoliu antes de lhe dar mais comida.

    9) No use lquidos para fazer a comida descer.

    10) Se ele(a) tossir, no d mais lquido logo em seguida.

    11) Se ele(a) engasgar, pea a ele(a) que tussa com fora.

    _______________________________________________________________

  • CUIDANDO DA NUTRIO E DA ALIMENTAO DO IDOSO

    Nutricionista Emilia Maria Wanderley de Gusmo Barbosa

    O QUE PRECISO SABER PARA CUIDAR DA ALIMENTAO DO IDOSO?

    Primeiramente, preciso que o cuidador conhea as preferncias alimentares

    do idoso e procure oferecer:

    O nmero de refeies deve ser de 5 a 6 por dia, com refeies

    menores e fracionadas, para evitar que o cansao prejudique a

    alimentao e a nutrio;

    A alimentao do idoso, como regra geral, deve ser um pouco mais mole

    que a do adulto, mas no pastosa ou lquida, possibilitando o exerccio

    da mastigao e dos seus msculos, ainda que estes j no sejam to

    vigorosos;

    O ritmo deve ser lento, para permitir uma adequada coordenao entre

    as funes de deglutio e respirao;

    O idoso deve alimentar-se sem ajuda ou com a ajuda mnima possvel e

    necessria. Isto mantm estimulado o ato de alimentar-se, devendo o

    cuidador permanecer ao lado dele, supervisionando a refeio;

    A posio sentada obrigatria em qualquer alimentao, devendo-se

    evitar que o idoso deite at pelo menos 30 minutos aps a refeio. Para

    idosos acamados deve-se ter o cuidado de manter a cabeceira elevada.

    Assim, evita-se o refluxo alimentar e a aspirao para o pulmo.

    A alimentao correta um dos fatores que tem maior influncia na sade e no

    bem-estar do idoso. A manuteno de um estado nutricional adequado e a

    alimentao equilibrada esto associadas a um processo de envelhecimento

    saudvel.

    Refeies em horrios regulares;

    Pratos atrativos, coloridos e saborosos;

    Refeio em local agradvel e confortvel, de preferncia compartilhada

    com outras pessoas;

  • O local deve ser adequado, sem televiso ligada ou barulhos e

    distraes excessivos.

    O idoso lcido pode ser orientado a realizar degluties com mais fora

    e conscincia dos movimentos como forma de exercitar-se. O cuidador

    pode estimular com palavras de ordem como: mastigue!, engula!

    E QUANTO AO CONTEDO DAS REFEIES?

    Devem ser oferecidos alimentos variados, lanches entre as refeies

    principais, sucos de frutas naturais, frutas, legumes e verduras, carne

    magras, peixes, aves, leite e seus derivados (queijos brancos, iogurte),

    dentre outros alimentos da preferncia do idoso.

    Doenas crnicas so comuns no idoso, como diabetes mellitus,

    hipertenso arterial, doena cardaca, alteraes no colesterol, etc.

    importante observar se h necessidade de dieta especial, decorrente

    destas doenas, buscando orientao alimentar individualizada com

    profissional de sade especializado, que estar apto a reconhecer tais

    obstculos e ajud-lo a manter a melhor qualidade de vida possvel e

    merecida pelo idoso.

    Nos casos em que a capacidade mastigatria e de deglutio estejam

    prejudicadas (por falta de dentes, prteses mal adaptadas ou certas

    doenas), poder ser necessria a mudana da consistncia de alguns

    alimentos, ou seja, preparaes de consistncia macias (purs, papas,

    carnes modas e desfiadas, frutas amassadas) e/ou semi-lquidas

    (vitaminas, sopas cremosas, mingaus).

    ATENO: a partir dos 60 anos aumentam as chances da pessoa ficar

    desidratada, ao mesmo tempo em que diminui a sensao de sede. O

    idoso deve tomar muitos lquidos, especialmente quando o tempo estiver

    quente. Oferea lquidos com freqncia, mesmo que ele no solicite.

    A viso geralmente debilitada dificulta a escolha dos alimentos. No caso

    do idoso fazer suas prprias compras, acompanhe-o para que escolha

    alimentos saudveis, variados e em bom estado de conservao e

    higiene. Observe o prazo de validade no rtulo dos produtos.

  • Verifique com o mdico quais so os remdios que causam enjos e

    azia, para oferec-los em horrios distantes das refeies.

    Com o envelhecimento,diminui a capacidade de sentir o gosto e o cheiro

    dos alimentos. Use temperos naturais para acentuar o sabor dos

    alimentos, sem abusar do sal, como: coentro, alho, cebola, cebolinha,

    organo, hortel, folha de louro, entre outro.

    Evite alimentos industrializados. Oferea sempre comida caseira, que

    natural e saudvel, e no contm conservantes, corantes, produtos

    qumicos e gorduras prejudiciais sade.

    QUAIS OS PASSOS QUE DEVEM SER SEGUIDOS PARA UMA

    ALIMENTAO SAUDVEL PARA AS PESSOAS IDOSAS?

    Segundo o Ministrio da Sade, so 10 os passos com orientaes prticas

    sobre como ter uma alimentao saudvel:

    1 passo: Faa pelo menos 3 refeies (caf da manh, almoo e jantar) e 2

    lanches saudveis por dia. No pule as refeies!

    Oferecer 6 a 8 copos de lquidos durante os intervalos das refeies, como

    gua, chs, sucos, para evitar a desidratao e melhorar o hbito intestinal.

    A higiene oral deve ser rigorosa e habitual aps cada refeio.

    2 passo: Inclua diariamente 6 pores do grupo de cereais nas refeies

    (arroz, milho e trigo, pes e massas; tubrculos como a batata; razes com

    macaxeira/inhame). D preferncia aos gros integrais (aveia, grmen de trigo,

    po integral) e aos alimentos na sua forma mais natural.

    3 passo: Coma diariamente pelo menos 3 pores de legumes e verduras

    como parte das refeies e 3 pores ou mais de frutas nas sobremesas e

    lanches.

    4 passo: Coma feijo com arroz todos os dias ou, pelo menos, 5 vezes por

    semana. Esse prato brasileiro uma combinao completa de protenas e bom

    para a sade.

  • 5 passo: Consuma diariamente 3 pores de leite e derivados e 1 poro de

    carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele

    das aves antes da preparao torna esses alimentos mais saudveis!

    6 passo: Consuma, no mximo, 1 poro por dia de leos vegetais, azeite,

    manteiga ou margarina.

    7 passo: Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e

    recheados, sobremesas doces e outras guloseimas como regra da

    alimentao. Coma os, no mximo, 2 vezes por semana.

    8 passo: Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa.

    9 passo: Beba pelo menos 2 litros (6 a 8 copos) de gua por dia. D

    preferncia ao consumo de gua nos intervalos das refeies.

    10 passo: Torne sua vida mais saudvel. Pratique pelo menos 30 minutos de

    atividade fsica todos os dias e evite as bebidas alcolicas e o fumo.

    E SE O IDOSO APRESENTAR ALGUMA ALTERAO INTESTINAL?

    Alguns medicamentos podem ocasionar efeitos colaterais indesejveis,

    atuando no hbito intestinal do idoso. Alimentos contaminados ou estragados

    tambm podem causar alteraes, por isso a importncia da escolha de

    alimentos em bom estado de conservao e preparados de forma higinica.

    NA PRESENA DE DIARRIA:

    Oferecer lquidos com freqncia (gua, gua de cco, sucos de frutas);

    Trocar o leite de vaca por leite de soja;

    Evitar fibras (alimentos integrais, verduras cruas, repolho, couve );

    Evitar alimentos gordurosos e frituras;

    Oferecer frutas e sucos com efeito constipante: caju, ma, banana,

    maracuj;

    Oferecer legumes cozidos em forma de saldas e sopas: batata-inglesa,

    cenoura, chuchu.

  • NA CONSTIPAO INTESTINAL (PRISO DE VENTRE):

    Oferecer lquidos com freqncia;

    Oferecer alimentos ricos em fibras, como verduras cruas (alface, tomate,

    pepino, cebola); frutas cruas (laranja com bagao, mamo, melo,

    melancia, ameixa seca, uva passa); legumes e verduras (quiabo,

    maxixe, couve, repolho) e alimentos integrais (po e arroz integral,

    aveia, farelo e grmen de trigo);

    Adicionar ao almoo e jantar uma colher de sopa de azeite de oliva.

    E QUANDO O IDOSO PRECISA ALIMENTAR-SE POR SONDA?

    Quando o idoso no consegue alimentar-se por via oral, necessria a

    alimentao por via enteral, ou seja, atravs de sonda nasogstrica. Ele pode

    estar hospitalizado ou em domiclio. Caso esteja em domiclio, as refeies

    sero ofertadas em horrios determinados. Sero oferecidos lquidos finos,

    para no causar obstruo da sonda, que podem ser industrializados (frmulas

    prontas) ou preparados de forma artesanal e liquidificados.

    Prepare o contedo da sonda de forma higinica e conforme as

    orientaes do nutricionista;

    Administre a dieta pela sonda gstrica, de forma lenta, colocando o

    idoso em posio sentada ou semi-sentada;

    Lave a sonda aps a dieta, com 20 ml de gua filtrada;

    Observe se ocorre tosse excessiva ou diarria persistente. Nestes

    casos, comunicar ao mdico e/ou nutricionista.

    __________________________________________________________

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