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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO MANUAL DE CONVÊNIOS INFORMAÇÕES E ORIENTAÇÕES AOS GESTORES E AOS CONVENENTES 2005

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SERVIO PBLICO FEDERAL

MINISTRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRRIO

MANUAL DE CONVNIOS

INFORMAES E ORIENTAES AOS GESTORES E AOS CONVENENTES

2005

Manual de Convnios - MDA 2005

MINISTRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRRIO

Manual aprovado pela Portaria MDA N 003, de 04 de janeiro de 2001

O presente Manual tem o carter preventivo e pedaggico e visa a auxiliar e dar esclarecimentos metodolgicos aos gestores e interessados para que, nas melhores condies, formalizem e executem os convnios no mbito do Ministrio do Desenvolvimento Agrrio, resguardando os princpios gerais da Administrao Pblica e a legislao vigente.

Recomenda-se, portanto, aos proponentes interessados e aos gestores em geral a rigorosa observncia s normas e aos procedimentos estabelecidos neste compndio para que se alcance com esforo comum, de forma regular e com eficincia os planos e projetos colimados.

Assessoria Especial de Controle Internoe-mail: [email protected] SBN Ed. Palcio do Desenvolvimento, 8 andar Braslia DF CEP: 70027-900INTERNET: http://www.mda.gov.br/

Misso do MDA: Criar oportunidades para que as populaes rurais alcancem plena cidadania

Viso do MDA: Ser referncia internacional de solues de incluso social

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http://www.mda.gov.br/mailto:[email protected]

Manual de Convnios - MDA 2005

SUMRIOCAPTULO I

Objetivo, Definies e Conceitos ....................................................................................... 4Fluxo de Transferncias Voluntrias .................................................................................. 9

CAPTULO IICondies Bsicas para a Solicitao de Recursos.......................................................... 10

CAPTULO IIIPlano de Trabalho e Plano de Atendimento....................................................................... 11

CAPTULO IVOutras Exigncias para a Celebrao do Convnio........................................................... 13

CAPTULO VFormalizao do Convnio ................................................................................................. 16

CAPTULO VIProcedimentos a Serem Adotados aps o Recebimento dos Recursos........................... 20

CAPTULO VIICuidados a serem Tomados Durante a Execuo do Convnio....................................... 21

CAPTULO VIIIPrestao de Contas Parcial ............................................................................................... 24

CAPTULO IXPrestao de Contas Final .................................................................................................. 25

CAPTULO XTomada de Contas Especial .................................................................................................. 27

LEGISLAO CORRELATA.............Decreto-lei n 200/1967 - art. 10................................................................................... 29Lei n 8.666/1993 art. 116 ........................................................................................ 30Decreto n 93.872/1986 arts. 48 a 57....................................................................... 32Instruo Normativa STN/MF n 01/1997. Atualizada at a edio da IN STN/MF N 05, de 07/10/04 34

Instruo Normativa STN/MF n 01/2001................................................................... 56Decises do TCU........................................................................................................ 60

ANEXOS..MODELOS

ANEXO IIPlano de Atendimento/Trabalho............................................................................................ 64

ANEXO IIIRelatrio de Execuo Fsico-Financeira.......................................................................... 75

ANEXO IVExecuo da Receita e da Despesa................................................................................... 78

ANEXO VRelao de Pagamentos..................................................................................................... 80

ANEXO VIRelao de Bens................................................................................................................. 82

ANEXO VIIConciliao Bancria.......................................................................................................... 84

ANEXO VIIITermo de Aceitao Definitiva de Obra e/ou Servio....................................................... 85

ANEXO IXRelatrio de Atendimento.................................................................................................. 86

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Manual de Convnios - MDA 2005

CaptuloI Objetivo, Definies e Conceitos

OBJETIVO

Nos convnios a serem celebrados, no mbito do Ministrio do Desenvolvimento Agrrio-MDA, os proponentes interessados devero observar os procedimentos e dispositivos normativos, aderindo s condies que impliquem em direitos e obrigaes. Somente nos casos de acordos internacionais ou de legislao especfica, por expressa estipulao nos instrumentos, deixaro de prevalecer, no que couber, s normas enunciadas neste Manual.

O QUE DESCENTRALIZAO DE RECURSOS FEDERAIS?

A descentralizao ocorre quando o Governo Federal, por meio de seus rgos ou entidades, visando melhor gesto de seus programas de governo, transfere recursos alocados a programas de trabalho aprovados na Lei Oramentria para entidades pblicas ou privadas situadas proximamente s populaes assistidas ou atendidas pelo programa, como, por exemplo, secretarias estaduais, prefeituras, conselhos municipais, entidades civis, com o propsito de realizar aes pblicas de interesse comum.

A descentralizao um princpio administrativo consagrado pelo art. 10 do Decreto-lei n 200, de 1967, que firmou, como uma das prticas principais, descentralizar aes e programas da Administrao Federal para as unidades federadas, quando estejam devidamente aparelhadas e mediante convnio.

A obrigatoriedade de celebrao de convnio no se aplica aos casos em que lei especfica discipline a transferncia de recursos para execuo de programas em parceria do Governo Federal com governos estaduais e municipais, nos termos do art. 1o, 4o, da IN 01/97-STN.

O QUE TRANSFERNCIA VOLUNTRIA?

A Lei Complementar N 101, de 04 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) estabelece critrios para as transferncias voluntrias, assim definidos:

CAPTULO V

DAS TRANSFERNCIAS VOLUNTRIAS

Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferncia voluntria a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federao, a ttulo de cooperao, auxlio ou assistncia financeira, que no decorra de determinao constitucional, legal ou os destinados ao Sistema nico de Sade.

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Manual de Convnios - MDA 2005

O QUE CONVNIO?

Instrumento firmado que pactua a transferncia de recursos pblicos visando a execuo de programas de trabalho ou aes de interesse recproco, em regime de mtua cooperao que tenha como partcipes rgos da administrao pblica direta, autrquica ou fundacional, empresa pblica, sociedade de economia mista, de qualquer esfera de governo, ou entidades civis devidamente organizadas.

O QUE CONCEDENTE E O QUE CONVENENTE?

Concedente, o rgo ou a entidade da administrao pblica direta ou indireta responsvel pela transferncia de recursos financeiros ou descentralizao de crditos oramentrios destinados a transferncia voluntria; e

Convenente, o rgo ou a entidade da administrao pblica direta ou indireta dos governos estaduais, municipais ou do Distrito Federal, com o qual a administrao federal pactue a execuo de programa, projeto, atividade ou evento de durao certa com recursos provenientes de transferncia voluntria.

O QUE OBJETO?

O produto final do convnio, observados o programa de trabalho e as suas finalidades.

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A regulamentao do artigo 25 da Lei Complementar N 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) encontra-se disposta na Instruo Normativa STN/MF N 05, de 08/06/2000. E outras regulamentaes relativas mesma Lei encontram-se dispostas na Instruo Normativa STN/MF N 01, de 04 de maio de 2001.

No se consideram como transferncias voluntrias as descentralizaes de recursos a Estados, Distrito Federal e Municpios que se destinem realizao de aes cuja competncia seja exclusiva da Unio ou que tenham sido delegadas aos referidos entes da Federao com nus para a Unio.

No so tratadas aqui as transferncias constitucionais, que correspondem a parcelas de recursos arrecadados pelo Governo Federal e repassados s unidades federadas por fora de dispositivos constitucionais e tambm as transferncias legais, que so regulamentadas em leis especficas. As transferncias destas modalidades no so efetivadas via convnio.

Manual de Convnios - MDA 2005

O QUE META?

Parcela quantificvel do objeto.

QUAL A DISTINO ENTRE O CONVNIO E O CONTRATO?

Quando os partcipes tm interesses diversos e opostos, isto , quando se desejar, de um lado, o objeto do acordo ou ajuste, e de outro lado a contraprestao correspondente, ou seja, o preo, o acordo ou ajuste constitui contrato (Pargrafo nico, art. 48 do Decreto n 93.872/86)

CONTRATO DE REPASSE

Alm do termo de convnio, o Contrato de Repasse um instrumento que est sendo muito utilizado para transferncia de recursos financeiros da Unio para Estados, Distrito Federal ou Municpios, por intermdio de instituio ou agncia financeira oficial federal, destinados execuo de programas governamentais. Essa modalidade encontra-se disciplinada pelo Decreto n 1.819, de 16/02/1996.

O rgo federal competente para a execuo de determinado programa ou projeto firma termo de cooperao com instituio ou agncia financeira oficial federal, que passa a atuar como mandatria da Unio, e que por sua vez, celebra o contrato de repasse com o Estado, Distrito Federal ou Municpio.

Esta modalidade de instrumento firmada entre as instituies financeiras federais, na qualidade de mandatrias da Unio (Banco do Brasil e Caixa Econmica Federal) e o rgo ou entidade estadual ou municipal. Uma das atribuies dessas instituies financeiras realizar o acompanhamento da aplicao dos recursos previamente liberao das parcelas e informar ao gestor do programa governamental sobre a efetividade da aplicao dos recursos.

TERMO DE PARCERIA

Institudo pela Lei n 9.790, de 23 de maro de 1999, e regulamentado pelo Decreto n 3.100, de junho de 1999, o Termo de Parceria o instrumento firmado entre o Poder Pblico (rgo estatal responsvel) e as entidades qualificadas como Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico - OSCIP, destinado formao de vnculo de cooperao entre as partes, para o fomento e a execuo das atividades de interesse pblico previstas no art. 3 da Lei n 9.790/99.

O rgo estatal a firmar o Termo de Parceria adotar modelo padro prprio, do qual constaro os direitos, as responsabilidades e as obrigaes das partes e as clusulas essenciais descritas no art. 10, 2 da Lei n 9.790/99, e ser responsvel pela prvia verificao do regular funcionamento da organizao.

O QUE CONTRAPARTIDA?

a parcela de recursos prprios que o Estado/Municpio/Entidade convenente aplica na execuo do objeto do convnio.

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https://www.planalto.gov.br/legisla.htmhttp://wwwt.senado.gov.br/netacgi/nph-brs.exe?sect2=NJURNEW&s1=&s2=DEC%5BTNOR%5D&s3="001819"&s4=1996&s5=&l=20&u=%2Flegbra%2F&p=1&r=1&f=s&d=NJUR

Manual de Convnios - MDA 2005

A contrapartida obrigatria para os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, que poder ser fixada por meio de recursos financeiros ou bens e servios economicamente mensurveis e ser estabelecida de modo compatvel com a capacidade financeira da respectiva unidade beneficiada, tendo como limite mnimo e mximo, segundo o art. 44, da Lei n 10.934, de 11/08/2004 (Lei de Diretrizes Oramentrias para 2005):

Art. 44. As transferncias voluntrias dependero da comprovao, por parte do convenente, at o ato da assinatura do instrumento de transferncia, de que existe previso de contrapartida na lei oramentria do Estado, Distrito Federal ou Municpio.

1o A contrapartida ser estabelecida em termos percentuais do valor previsto no instrumento de transferncia voluntria de modo compatvel com a capacidade financeira da respectiva unidade beneficiada e considerando o seu ndice de Desenvolvimento Humano, tendo como limite mnimo e mximo:

I - no caso dos Municpios:

a) 3 (trs) e 8 (oito) por cento, para Municpios com at 25.000 (vinte e cinco mil) habitantes;

b) 5 (cinco) e 10 (dez) por cento, para os demais Municpios localizados nas reas da Agncia de Desenvolvimento do Nordeste - Adene e da Agncia de Desenvolvimento da Amaznia - ADA e na Regio Centro-Oeste;

c) 20 (vinte) e 40 (quarenta) por cento, para os demais;

II - no caso dos Estados e do Distrito Federal:

a) 10 (dez) e 20 (vinte) por cento, se localizados nas reas da Adene e da ADA e na Regio Centro-Oeste; e

b) 20 (vinte) e 40 (quarenta) por cento, para os demais.

2o Os limites mnimos de contrapartida fixados no 1o, incisos I e II, podero ser reduzidos por ato do titular do rgo concedente, quando os recursos transferidos pela Unio:

I - forem oriundos de doaes de organismos internacionais ou de governos estrangeiros, ou de programas de converso da dvida externa doada para fins ambientais, sociais, culturais ou de segurana pblica;

II - beneficiarem os Municpios, includos nos bolses de pobreza, identificados como reas prioritrias;

III - se destinarem:

a) a aes de segurana alimentar e combate fome, bem como aquelas de apoio a projetos produtivos em assentamentos constantes do Plano Nacional de Reforma Agrria ou financiadas com recursos do Fundo de Combate e Erradicao da Pobreza;

b) a Municpios que se encontrem em situao de emergncia ou estado de calamidade pblica formalmente reconhecidos por ato do Governo Federal, durante o perodo em que essas situaes subsistirem;

c) ao atendimento dos programas de educao bsica;

d) ao atendimento de despesas relativas segurana pblica.

3o Os limites mximos de contrapartida, fixados no 1o, incisos I e II, podero ser ampliados quando esses limites inviabilizarem a execuo das aes a serem desenvolvidas ou para atender a condies estabelecidas em contratos de financiamento ou acordos internacionais.

O QUE PROGRAMA DE GOVERNO?

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Manual de Convnios - MDA 2005

Para atingir a sua finalidade, o Governo Federal divide toda a ao governamental em vrias funes, denominadas funes de governo , como reforma agrria, sade, educao, segurana, transportes, agricultura, entre outras.

Na elaborao do Oramento Geral da Unio, cada uma dessas funes dividida em programas de governo, tais como agricultura familiar, merenda escolar, transporte escolar, programa do leite, sade da famlia, programa da AIDS e defesa civil, entre tantos outros.

O QUE SO AES DE GOVERNO?

So todas as operaes desenvolvidas no sentido de se atingir as finalidades dos programas de governo. As aes finalsticas de governo devem proporcionar bens ou servios para atendimento direto s demandas da sociedade

O QUE POPULAO ASSISTIDA OU POPULAO ATENDIDA OU CLIENTES MEDIATOS?

o segmento da sociedade beneficiria das aes de governo. Os entes destinatrios finais e justificadores da existncia do Estado moderno.

O QUE SO PROJETO, ATIVIDADE E EVENTO DE DURAO CERTA?

Quando um conjunto de operaes desenvolvido em um perodo de tempo limitado e resulta em um produto final que contribui para o aumento ou o aperfeioamento da ao governamental, trata-se de projeto. Exemplos: construo de uma ponte (que deve facilitar a atividade de transporte), de uma escola (que deve aumentar a atividade de ensino), de um posto de sade (que deve ampliar a atividade de assistncia mdica), etc.

Quando as aes de governo so realizadas continuamente e o produto final resulta apenas na manuteno da ao governamental j existente, trata-se de atividade. Exemplos: a manuteno de uma ponte, a manuteno de uma escola, a manuteno de um posto de sade, o fornecimento de merenda escolar, etc.

Uma ao de governo que tenha sua durao em um perodo de tempo determinado e resulte em um evento concreto denominada evento de durao certa. Exemplos: um seminrio, um simpsio, um encontro de lderes ou de representantes regionais etc.

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Manual de Convnios - MDA 2005

FLUXO DE TRANSFERNCIAS VOLUNTRIAS

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rgo/entidade estadual oumunicipal ou organizao particular

Inclui no oramento o projeto/atividadePrev verba no oramento para contrapartida

Avalia a rea de necessidade localVerifica qual o projeto ou atividade que se enquadra

Identifica o rgo federal que descentraliza os recursos

Elabora o plano de trabalho ou atendimentoApresenta solicitao ao rgo federal

Instituio FinanceiraCEF ou BB rgo Federal

Analisa o plano de trabalho ou atendimentoVerifica o cumprimento das condies estabelecidas na LRF e LDO

Solicita as comprovaes das exigncias da LRF e LDO

Celebra contrato de repasse Celebra termo de convnio

A UG concedente transfere os recursos e

Fiscaliza a sua aplicao

rgo/entidadeEstadual ou Municipal ou

organizao particular--------------------------------

Aplica os recursos

No presta contas:

Tomada de ContasEspecial

Presta contas

Manual de Convnios - MDA 2005

CAPTULOII

Condies Bsicas para a Solicitao de Recursos

COMO PROCEDER PARA SER CONTEMPLADO COM RECURSOS FEDERAIS?

H duas situaes:

1) quando a secretaria estadual ou prefeitura municipal includa no Oramento Geral da Unio por proposta do Poder Executivo Federal ou em decorrncia de emendas de parlamentares ao projeto da Lei Oramentria;

2) no ocorrendo nenhuma das duas situaes, o interessado dever solicitar a celebrao de convnio junto ao rgo pblico federal que administra os recursos pretendidos.

No primeiro caso, para receber os recursos, o favorecido dever apenas elaborar o Plano de Trabalho ou de Atendimento e apresent-lo na sede do rgo federal descentralizador dos recursos.No segundo caso, para conseguir celebrar convnio, o interessado dever

proceder da seguinte forma:

avaliar as necessidades do estado ou do municpio nas diversas reas, tais como desenvolvimento agrrio, sade, educao, desporto e saneamento bsico, entre outras;

verificar quais atividades, projetos ou eventos podem ser desenvolvidos ou implementados no estado ou no municpio;

identificar os rgos federais que descentralizam recursos para o custeio das atividades ou financiamento dos projetos ou eventos, no mbito das necessidades avaliadas;

verificar se o oramento do municpio prev verba suficiente para a contrapartida, nos percentuais detalhados no Captulo II desta publicao;

elaborar a solicitao do convnio, mediante elaborao do Plano de Trabalho ou Plano de Atendimento (art. 116, 1, da Lei 8.666/93; art. 2, caput, da IN STN 01/97).

Quando se tratar de assistncia social, mdica ou educacional, dever ser apresentado Plano de Atendimento; quando se tratar de projeto ou eventos de durao certa, dever ser apresentado Plano de Trabalho.

indispensvel observar a elaborao e apresentao, junto ao Plano de Trabalho, do Projeto Bsico e Projeto Executivo, principalmente para objetos que resultem em obras e servios, na forma definida nos incisos IX e X, art. 6, da Lei n 8.666/93 .

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CAPTULOIII

Plano de Trabalho ePlano de Atendimento

ATENO:No h necessidade de participao de consultoria externa (ao proponente) para elaborao do plano de trabalho.A contratao de consultoria externa desnecessria e prejudicial, uma vez que cria custos adicionais para o proponente e dificulta o atendimento do objeto que vier a ser conveniado, alm de possibilitar a ocorrncia de irregularidades na liberao dos recursos, com a cobrana de comisses.

O QUE SO OS PLANOS DE TRABALHO E DE ATENDIMENTO?

So instrumentos que integram as solicitaes de convnios, contendo todo o detalhamento das responsabilidades assumidas por cada um dos participantes.

Normalmente, o modelo de Plano de Trabalho/Atendimento, aprovado pela IN STN 01/97, encontra-se disponvel nos rgos concedentes. Os modelos e instrues detalhadas para o preenchimento do Plano de Trabalho e Plano de Atendimento constituem o Anexo II do presente manual.

O QUE DEVE CONTER O PLANO DE TRABALHO OU PLANO DE ATENDIMENTO?COMO DEVE SER PREENCHIDO?

Conforme dispe o art. 116 da Lei n 8.666/93 (Lei das Licitaes), a celebrao de convnio por rgos ou entidades pblicas depende da aprovao prvia do Plano de Trabalho, que deve conter, no mnimo, as seguintes informaes:

identificao do objeto a ser executado. Os Planos de Trabalho ou de Atendimento no podem ser elaborados de forma genrica, devendo trazer, de forma clara e sucinta, todas as informaes suficientes para a identificao do projeto, atividade ou evento de durao certa. A IN-STN 01/97, em seu art. 2o, inciso II, prev como um dos requisitos para a celebrao do convnio a descrio completa do objeto a ser executado;

metas a serem atingidas (qualitativa e quantitativamente);

etapas ou fases da execuo;

plano de aplicao dos recursos financeiros;

cronograma de desembolso;

previso do incio e do fim da execuo do objeto, bem assim da concluso das etapas ou fases programadas;

comprovao de que os recursos prprios (contrapartida) esto assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair sobre a entidade ou rgo descentralizador;

Integrar o Plano de Trabalho a especificao completa do bem a ser produzido ou adquirido e, no caso de obras, instalaes ou servios, o projeto

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Manual de Convnios - MDA 2005

bsico, entendido como tal o conjunto de elementos necessrios e suficientes para caracterizar, de modo preciso, a obra, instalao ou servio objeto do convnio, ou nele envolvida, sua viabilidade tcnica, custo, fases, ou etapas, e prazos de execuo, devendo, ainda, conter os elementos discriminados no inciso IX do art. 6o da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, inclusive os referentes implementao das medidas sugeridas nos estudos ambientais eventualmente exigidos, conforme disposto no art. 12 da Lei n 6.938, de 31 de agosto de 1981. (Acrdo 1572/2003TCUPlenrio).(chamamos especial ateno para o fiel cumprimento deste item)

Conforme salientado, o Plano de Atendimento deve ser apresentado em solicitaes referentes assistncia social, mdica ou educacional; j o Plano de Trabalho deve ser apresentado em propostas referentes realizao de projetos ou eventos de durao certa.

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Manual de Convnios - MDA 2005

CAPTULOIV

Outras Exigncias para a Celebrao do Convnio

COMPROVAES

O solicitante dever comprovar ao rgo repassador dos recursos que:

1) instituiu, regulamentou e arrecada todos os tributos previstos nos arts. 155 e 156 da Constituio, ressalvado o imposto previsto no art. 156, inciso III, com a redao dada pela Emenda Constitucional no 3, de 1993, quando comprovada a ausncia do fato gerador (art. 35, I, da Lei n 9.995/2000);

2) existe previso da contrapartida estabelecida dentro dos percentuais mnimo e mximo do valor total do objeto (ver Captulo I deste Manual), compatvel com a capacidade financeira da respectiva unidade beneficiada;

3) no est em mora nem em dbito com a Unio, inclusive no tocante s contribuies de que tratam os arts. 195 (INSS), 239 (PIS) e 7, inc. III (FGTS), da CF, ou, no caso de dvidas parceladas, que as parcelas esto sendo honradas (IN STN 01/97, art. 3o, VII), mediante declarao expressa do proponente;

5) no est em falta com relao s prestaes de contas relativas a recursos anteriormente recebidos da Administrao Pblica Federal mediante convnios, acordos, ajustes, subvenes sociais, contribuies, auxlios ou similares (Lei 9.293/96, art. 18, III, c);

6) exerce plenos poderes inerentes propriedade do imvel, mediante certido emitida pelo cartrio de registro de imveis competente, quando o convnio tiver por objeto a execuo de obras ou benfeitorias no imvel (IN STN 01/97, art. 2o, VIII); e

7) atende as disposies previstas no art. 25 da Lei Complementar n 101, de 2000:

1o So exigncias para a realizao de transferncia voluntria, alm das estabelecidas na lei de diretrizes oramentrias:

I - existncia de dotao especfica;

II - (VETADO)

III - observncia do disposto no inciso X do art. 167 da Constituio;1

IV - comprovao, por parte do beneficirio, de:

a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, emprstimos e financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto prestao de contas de recursos anteriormente dele recebidos;

b) cumprimento dos limites constitucionais relativos educao e sade;

1 CF - Art. 167. So vedados: "X - a transferncia voluntria de recursos e a concesso de emprstimos, inclusive por antecipao de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituies financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios."

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Manual de Convnios - MDA 2005

c) observncia dos limites das dvidas consolidada e mobiliria, de operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita, de inscrio em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal;

d) previso oramentria de contrapartida.

2o vedada a utilizao de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada.

3o Para fins da aplicao das sanes de suspenso de transferncias voluntrias constantes desta Lei Complementar, excetuam-se aquelas relativas a aes de educao, sade e assistncia social.

Caber ao rgo concedente:

estabelecer nos instrumentos pactuais a obrigao dos entes recebedores de fazerem incluir tais recursos nos seus respectivos oramentos e, ainda, exigir da autoridade competente do Estado, Distrito Federal ou Municpio declarao que ateste o cumprimento dessas disposies, subsidiada nos balanos contbeis do exerccio vigente e dos exerccios anteriores, da lei oramentria para o exerccio seguinte e dos correspondentes documentos comprobatrios; e Ao fixar os valores a serem transferidos, promover anlise de custos, de maneira que o montante de recursos envolvidos na operao seja compatvel com o seu objeto, no permitindo a transferncia de valores insuficientes para a sua concluso, nem o excesso que permita uma execuo por preos acima dos vigentes no mercado.

CERTIDES

O solicitante dever apresentar, dentro dos respectivos prazos de validade, as seguintes certides:

DE REGULARIDADE, fornecida pela Secretaria da Receita Federal (SRF), pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) do Ministrio da Fazenda e pelos correspondentes rgos estaduais e municipais (art. 3, inc. I, da IN 01/97);

CERTIDO NEGATIVA DE DBITO (CND), atualizada, ou comprovante de inexistncia de dbito junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), referente aos 3 meses anteriores, no caso de o convenente estar pagando ao INSS parcelas de dbito renegociados, deve comprovar a regularidade quanto ao pagamento das parcelas (art. 18, III, a, da Lei 9.293/96, e art. 3, inc. II, da IN STN 01/97);

DE REGULARIDADE DO FGTS, fornecida pela Caixa Econmica Federal (CEF) (art. 18, III, b, da Lei n 9.293/96, e art. 3, III, da IN 01/97);

DE REGULARIDADE DO PIS/PASEP (art. 239 da CF e art. 3, inc. IV, da IN 01/97).

CADASTROS DO GOVERNO FEDERAL

O solicitante no pode estar inscrito nos sistemas de cadastro de inadimplentes do Governo Federal, a seguir:

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Manual de Convnios - MDA 2005

como inadimplente no Sistema Integrado de Administrao Financeira do Governo Federal - SIAFI (art. 3, inc. V, da IN STN 01/97); ou

h mais de 30 (trinta) dias no Cadastro Informativo de Crditos no Quitados -CADIN (art. 3, inc.VI, da IN 01/97).

O rgo federal repassador do recurso dever verificar se o solicitante est inscrito ou que tenha restries nesses sistemas.

A comprovao da entrega dos documentos exigidos dos Estados, Distrito Federal e Municpios pelos rgos concedentes, para a celebrao de transferncia voluntria, poder ser feita por meio de extrato emitido pelo subsistema Cadastro nico de Exigncias para Transferncias Voluntrias para Estados e Municpios - CAUC do Siafi, institudo pela Instruo Normativa MF/STN n 01, de 4 de maio de 2001

O convenente ser comunicado pelo rgo concedente da ocorrncia de fato que motive a suspenso ou o impedimento de liberao de recursos a ttulo de transferncias voluntrias.

A Secretaria do Tesouro Nacional manter na internet relao atualizada dos entes que apresentarem motivos de suspenso ou impedimento de transferncias voluntrias.

Nenhuma liberao de recursos transferidos nos termos desta Subseo poder ser efetuada sem o prvio registro no subsistema CAUC do Siafi.

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Manual de Convnios - MDA 2005

CAPTULOV Formalizao do Convnio

O QUE TERMO DE CONVNIO?

um instrumento, no qual o rgo da Administrao Pblica se compromete a repassar um determinado valor e o ente beneficirio se compromete a executar o objeto pactuado de acordo com as obrigaes estipuladas.

A formalizao obrigatria para todas as transferncias para as quais no h regulamentao legal especfica, por ser o instrumento legal para a transferncia de recursos da Unio a rgos e entidades da Administrao Pblica Direta e Indireta de qualquer esfera de governo ou organizaes particulares. Em vista disso, nulo e de nenhum efeito o convnio verbal com a Unio ou com entidade da Administrao Pblica Federal, sendo necessria a sua formalizao at mesmo para a concesso de auxlio, subveno e contribuio.

Considera-se como formalizao do convnio a pactuao da execuo descentralizada, sob regime de mtua cooperao, de programas de trabalho, de projeto/atividade, ou evento com durao certa, mediante instrumento hbil, qualquer que seja a denominao dada a ele (Termo de Convnio, Termo Simplificado, Portaria Ministerial, Ajuste, Acordo, Termo de Cooperao, Contrato de Repasse, etc.).

QUAIS SO OS ELEMENTOS DO TERMO DE CONVNIO?

O prembulo, as clusulas, as assinaturas e os anexos.

O QUE SIGNIFICA TERMO SIMPLIFICADO DE CONVNIO?

o termo de convnio com clusulas simplificadas, no qual um modelo preenchido com os dados do concedente, do convenente, do objeto e da execuo do objeto.

Embora a elaborao do termo de convnio seja de responsabilidade do rgo concedente, importante que o convenente conhea as informaes e clusulas que necessariamente devem constar desse termo.

O termo simplificado de convnio poder ser formalizado quando o valor da transferncia for igual ou inferior ao previsto na alnea a do inciso II do art. 23 da lei no 8.666/93, corrigido na forma do art. 120 do mesmo diploma legal. No obstante o instrumento mais usual e indicado para a formalizao de convnio o Termo Completo, uma vez presentes, em um mesmo documento, todos os direitos, responsabilidades e deveres das partes.

O QUE DEVE CONSTAR NO PREMBULO DE UM CONVNIO?

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O prembulo do convnio deve conter: numerao seqencial; nome e CNPJ do rgo concedente e do solicitante; nome, endereo, nmero e rgo expedidor da carteira de identidade e CPF do titular do rgo concedente e do responsvel pelo ente solicitante; a finalidade; a sujeio do convnio e sua execuo s normas da Lei no 8.666/93, no que couber, bem como do Decreto 93.872/86 e IN STN 01/97 (art. 6 da IN STN 01/97)

O QUE NECESSARIAMENTE DEVEM CONTER AS CLUSULAS DE UM CONVNIO?

Conforme o art. 7 da IN STN 01/97 e o art 8 da IN STN 03/93, os convnios devem conter, expressa e obrigatoriamente, clusulas que estabeleam:

I. o objeto do convnio e seus elementos caractersticos, com descrio sucinta, clara e precisa do que se pretende realizar ou obter;

II. as obrigaes de cada um dos partcipes, inclusive quanto contrapartida;

III. a vigncia, que dever ser fixada de acordo com o prazo previsto para a consecuo do objeto e em funo das metas estabelecidas;

IV. a prerrogativa da Unio, exercida pelo rgo ou entidade responsvel pelo programa, de conservar a autoridade normativa e de exercer controle e fiscalizao sobre a execuo;

V. a classificao funcional-programtica e econmica da despesa, mencionando-se o nmero, a data e o valor da Nota de Empenho ou Nota de Movimentao de Crdito;

VI. a liberao de recursos, obedecendo ao cronograma de desembolso constante do Plano de Trabalho/Atendimento;

VII. a faculdade dos partcipes de denunciar ou rescindir o convnio, a qualquer tempo, imputando-se-lhes as responsabilidades das obrigaes decorrentes do prazo em que tenha vigido e creditando-se-lhes, igualmente, os benefcios adquiridos no mesmo perodo;

VIII. o compromisso do convenente de restituir ao concedente os valores transferidos, atualizados monetariamente a partir da data do recebimento, acrescidos dos juros legais, na forma da legislao aplicvel aos dbitos para com a Fazenda Nacional, quando no for executado o objeto, quando no for apresentada devidamente a prestao de contas, ou comprovao de atendimento, ou quando os recursos forem utilizados em finalidade diversa daquela acordada;

IX. a indicao de cada parcela da despesa a ser executada em exerccios futuros, com a declarao de que sero indicados, em Termos Aditivos, os crditos e empenhos ou Notas de Movimentao de Crdito para sua cobertura;

X. as obrigaes do interveniente e do executor, quando houver; e

XI. a indicao do foro para dirimir dvidas.

CONVNIOS REFERENTES A PROJETOS E EVENTOS DE DURAO CERTA

Alm das clusulas indispensveis em quaisquer convnios, j enumeradas, os instrumentos celebrados para a execuo de projeto ou a realizao de eventos de durao certa devem, consoante o art. 7 da IN STN 01/97, conter outras, que estabeleam:

I. a obrigao de o concedente prorrogar de ofcio a vigncia do convnio quando houver atraso na liberao dos recursos, limitada a prorrogao ao exato perodo do atraso verificado;

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II. a obrigatoriedade de o convenente apresentar relatrios de execuo fsico-financeira e prestar contas dos recursos recebidos, no prazo mximo de sessenta dias, contados da data do trmino da vigncia, observada a forma prevista nesta Instruo Normativa e salvaguardada a obrigao de prestao parcial de contas;

III. a definio do direito de propriedade dos bens remanescentes na data da concluso ou extino do instrumento, e que, em razo deste, tenham sido adquiridos, produzidos, transformados ou construdos, respeitado o disposto na legislao pertinente;

IV. a obrigatoriedade de restituio de eventual saldo de recursos, inclusive os rendimentos de aplicao financeira, ao concedente ou Tesouro Nacional, conforme o caso, na data da sua concluso ou extino;

V. o compromisso de o convenente recolher conta do concedente o valor, atualizado monetariamente, correspondente ao percentual da contrapartida pactuada, no aplicada na consecuo do objeto do convnio;

VI. o compromisso de o convenente recolher conta do concedente o valor correspondente a rendimentos de aplicao no mercado financeiro, referente ao perodo compreendido entre a liberao do recurso e a sua utilizao, quando no comprovar o seu emprego na consecuo do objeto do convnio;

VII. a indicao de que os recursos para atender s despesas em exerccios futuros, no caso de investimentos, esto consignados no Plano Plurianual ou em lei que autorize e fixe o montante das dotaes constantes dos oramentos anuais durante o prazo da execuo do convnio;

VIII. o livre acesso de servidores do rgo de controle interno ao qual esteja subordinado o concedente, a qualquer tempo e lugar, a todos os atos e fatos relacionados, direta ou indiretamente, com o objeto pactuado, quando em misso de fiscalizao ou auditoria;

IX. o compromisso de o convenente movimentar os recursos em conta bancria especfica, quando no integrante da conta nica do Governo Federal.

CLUSULAS INADMISSVEIS EM UM CONVNIO

Nos convnios, no podem existir clusulas que permitam:

a realizao de despesa a ttulo de taxa de administrao, de gerncia ou similar (art. 8, inc. I, da IN STN 01/97 e Deciso TCU n 706/94-Plenrio-Ata 54/94);

pagamento, a qualquer ttulo, a servidor ou em pregado pblico, integrante de quadro de pessoal de rgo ou entidade pblica da administrao direta ou indireta, por servios de consultoria ou assistncia tcnica (art. 8, inc. II, da IN STN 01/97);

a assinatura de termo aditivo com alterao do objeto (art. 8, inc. III, da IN STN 01/97);

a alterao de metas constantes do Plano de Trabalho/Atendimento sem a anuncia do concedente (art. 15, 2o, da IN STN 01/97).

a utilizao de recursos em finalidade diversa ou distoante da estabelecida no instrumento, ainda que em carter de emergncia (art. 8, inc. IV, da IN STN 01/97);

a realizao de despesas antes ou depois do perodo de vigncia do convnio (art. 8, inc. V, da IN STN 01/97);

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a atribuio de vigncia ou de efeitos retroativos (art. 8, inc. VI, da IN STN 01/97);

a realizao de despesas com taxas bancrias, multas, juros ou correo monetria, inclusive referentes a pagamentos ou recolhimentos fora do prazo (art. 8, inc. VII, da IN STN 01/97);

transferncia de recursos para clubes, associaes de servidores ou quaisquer entidades congneres, excetuadas creches e escolas para o atendimento pr-escolar (art. 8, inc. VIII, da IN STN 01/97); e

realizao de despesas com publicidade, salvo as de carter educativo, informativo ou de orientao social, desde que no constem nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos (art. 8, inc. IX, da IN STN 01/97).

CONDIES PARA QUE UM CONVNIO TENHA VALIDADE

Para que o convnio tenha validade, alm dos requisitos at aqui levantados, imprescindvel o cumprimento dos seguintes pressupostos:

emisso do empenho pelo rgo concedente at a data assinatura do convnio;

assinatura do termo de convnio pelos participantes, por duas testemunhas devidamente qualificadas e pelo interveniente, se houver (art. 10 da IN 01/97);

publicao do extrato do convnio no Dirio Oficial da Unio (essa publicao providenciada pelo rgo repassador).

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CAPTULOVI

Procedimentos a Serem Adotados Aps o Recebimento dos Recursos

Neste Captulo, indicamos a forma correta como o beneficirio deve proceder aps receber os recursos:

manter os recursos em conta bancria especfica;

comunicar o recebimento aos partidos polticos, sindicatos de trabalhadores e entidades empresariais com sede no municpio em at dois dias teis a contar da data do recebimento dos recursos (conforme o art. 2 da Lei n 9.452/97);

aplicar os recursos em caderneta de poupana, caso os mesmos no sejam imediatamente aplicados na finalidade a que se destinam e a previso de seu uso seja em perodo igual ou superior a um ms ou em fundo de aplicao financeira de curto prazo ou operaes de mercado aberto lastreadas em ttulos da dvida pblica federal (conforme o art. 20, 1, e incisos IN STN 01/97);

aplicar os rendimentos das aplicaes exclusivamente no objeto do convnio (art. 20, 2, da IN STN 01/97).

no considerar tais rendimentos como contrapartida (art. 20, 3, da IN STN 01/97);

no aplicar os recursos, nem possveis rendimentos desses, em finalidade diferente daquelas do convnio (arts. 20, 2o, e 21, 4o, II da IN STN 01/97);

realizar os procedimentos para licitao e contratos de acordo com a Lei n 8.666/93 (art. 27 da IN STN 01/97).

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CAPTULOVII

Cuidados a Serem Adotados Durante a Execuo do Convnio

A funo gerencial fiscalizadora ser exercida pelo concedente, dentro do prazo regulamentar de execuo/prestao de contas do convnio, ficando assegurado a seus agentes qualificados o poder discricionrio de reorientar aes e de acatar, ou no, justificativas com relao s disfunes porventura havidas na execuo.

O QUE SIGNIFICA EXECUO DO CONVNIO?

a fase que se inicia aps o recebimento dos recursos, quando comeam a se desenvolver as atividades previstas para a consecuo do objeto do convnio.

A execuo do objeto do convnio ser feita de acordo com o cronograma informado no Plano de Trabalho aprovado. A execuo s poder ser iniciada a partir da data de incio da vigncia do instrumento, - sendo vedada a realizao de despesas antes dessa data - e depender do prvio cadastramento do Plano de Trabalho no Sistema Integrado de Administrao Financeira do Governo Federal - SIAFI, independentemente do seu valor ou do instrumento utilizado para sua formalizao.

Os rgos e as entidades de outras esferas de governo que receberem recursos financeiros do Governo Federal, para execuo de obras, para a prestao de servios ou a realizao de quaisquer projetos, usaro dos meios adequados para informar sociedade e aos usurios em geral a origem dos recursos utilizados.

Relacionamos, neste Captulo, alguns cuidados importantes para que no haja falhas durante a execuo do convnio:

no se desviar da finalidade original do convnio;

no celebrar convnio com mais de uma instituio para o cumprimento do mesmo objeto, exceto quando se tratar de aes complementares, o que dever ficar consignado no respectivo convnio, delimitando-se as parcelas referentes de disponibilidade deste e as que devam ser executadas conta do outro instrumento (art. 25, Pargrafo nico, da IN STN 01/97);

No poder haver o pagamento de gratificaes, consultoria, assistncia tcnica ou qualquer espcie de remunerao adicional a servidor que pertena aos quadros (em cargo efetivo, de direo ou em comisso) de rgos ou de entidades da Administrao Pblica Federal, Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, ou aos que estejam lotados ou em exerccio em qualquer dos entes partcipes, aplicando-se esta vedao aos pactos firmados com organismos internacionais, inclusive.

no incorrer em atraso no justificado no cumprimento de etapas ou fases programadas;

no admitir prticas atentatrias aos princpios fundamentais da Administrao Pblica (art. 37, caput e inc. XXI, da CF) nas contrataes e demais atos praticados, sob pena de suspenso das parcelas (art. 21, 4, II, da IN STN 01/97);

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cumprir fielmente as clusulas ou condies estabelecidas no convnio (art. 22 da IN 01/97);

em caso de denncia, concluso, resciso ou extino do instrumento, devolver os saldos, em no mximo 30 dias, sob pena de instaurao de Tomada de Contas Especial (art. 116, 6, da Lei n 8.666/93 e art. 21, 6, da IN 01/97);

no utilizar recurso em desacordo com o Plano de Trabalho/Atendimento, sob pena de resciso do convnio e de instaurao de Tomada de Contas Especial (arts. 36, I, e 37 da IN 01/97);

apresentar a prestao de contas parcial, quando se tratar de convnio de trs ou mais parcelas, sob pena de suspenso das parcelas e, at, de resciso do convnio (arts. 21, 2o, e 36, III, da IN 01/97).

DEVER DE LICITAR

O processo licitatrio pode ser entendido como o conjunto de procedimentos legais a ser observado quando da realizao de contrataes de obras, servios, compras e alienaes decorrentes dos recursos pblicos.

O convenente, ainda que entidade privada, sujeita-se, quando da execuo de despesas com os recursos transferidos, s disposies da lei n 8.666, de 21 de junho de 1993, especialmente em relao a licitao e contrato, admitida a modalidade de licitao prevista na Lei n 10.520, de 17/07/2002 (prego), nos casos em que especifica.

Nada impede que a realizao de licitao para atender execuo do objeto do convnio seja efetuada antes da sua assinatura, podendo, at mesmo, ocorrer situaes em que o convenente j vinha executando uma determinada ao com recursos prprios, para a qual realizou uma licitao e, tendo solicitado recursos a rgo ou entidade federal, celebra convnio para complementar tal ao. Neste caso, no s admissvel como praticamente obrigatrio o aproveitamento da licitao realizada anteriormente.

Podem participar das licitaes os interessados que atuem no ramo pertinente ao objeto licitado, sendo vedada a participao de empresas, de cujas administraes, direta ou indiretamente, faam parte qualquer servidor de cargo efetivo ou comissionado pertencente aos quadros do rgo responsvel pela licitao.

Apesar de no haver proibio expressa na legislao, em razo do princpio da moralidade, os municpios devem evitar contratar com empresas cujos scios ou gerentes possuam relao de parentesco com os funcionrios responsveis pela realizao das licitaes.

O OBJETO DO CONVNIO PODER SER EXECUTADO POR OUTRO RGO OU ENTIDADE QUE NO SEJA O CONVENENTE?

Sim, desde que esse outro rgo ou entidade esteja devidamente indicado no instrumento, constando como executor, devendo este cumprir, tambm, todos os requisitos exigidos do convenente.

Outra possibilidade de o objeto do convnio ser efetivamente executado por outro rgo ou entidade que no seja o convenente quando for requerida nova descentralizao ou transferncia, do convenente para terceiros, situao em que ser obrigatria a subordinao de tais transferncias s mesmas exigncias feitas ao convenente original,

COMO PROCEDER PARA SOLICITAR ALTERAO NO CONVNIO?

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Apresentar a proposta de repactuao, com as devidas justificativas, no prazo mnimo a ser apresentada em prazo mnimo, antes do trmino de sua vigncia, que vier a ser fixado pelo ordenador de despesa do concedente, levando-se em conta o tempo necessrio para anlise e deciso.. O ordenador da despesa dever dar a anuncia do rgo concedente para a validade da alterao (art. 15, caput, da IN 01/97).

Admitir-se- Excepcionalmente ao convenente propor a reformulao do Plano de Trabalho, que ser previamente apreciada pelo setor tcnico e submetida aprovao expressa da autoridade competente do concedente, quando se tratar apenas de alterao da programao de execuo do convnio (como e quando executar).

Alterao realizada sem o prvio e expresso consentimento do concedente ser considerada desvio de finalidade, podendo ensejar a resciso do convnio e inscrio em inadimplncia do convenente que assim proceder.

Qualquer proposta de alterao dever ser encaminhada antes do trmino da vigncia do convnio e o prazo mnimo ser fixado pelo ordenador de despesa do concedente, levando-se em conta o tempo necessrio para anlise e deciso.

Toda e qualquer alterao ser obrigatoriamente registrada no Siafi.

Observar que a alterao no pode modificar o objeto do convnio (art. 15, 1, da IN 01/97) e que alteraes no plano de trabalho so procedimentos excepcionais, s devendo ser adotadas em casos estritamente necessrios.

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CAPTULOVIII Prestao de Contas Parcial

O QUE SIGNIFICA PRESTAO DE CONTAS PARCIAL?

a documentao apresentada para comprovar a execuo de uma parcela recebida (em caso de convnios com trs ou mais parcelas) ou sobre a execuo dos recursos recebidos ao longo do ano (em caso de convnios plurianuais, como, por exemplo, os da merenda escolar).

QUANDO DEVE SER APRESENTADA A PRESTAO DE CONTAS PARCIAL?

Quando a liberao dos recursos ocorrer em trs ou mais parcelas, a prestao de contas parcial referente primeira parcela condio para a liberao da terceira; a prestao referente segunda, para a liberao da quarta, e assim sucessivamente (art. 21, 2, da IN 01/97);

O QUE DEVE CONTER A PRESTAO DE CONTAS PARCIAL?

Conforme o art. 32 da IN STN n 01/97, a prestao de contas parcial dever conter:

Relatrio de Execuo Fsico-Financeira (art. 28, inc. III, da IN 01/97 - vide Anexo III);

Demonstrativo da Execuo da Receita e da Despesa, evidenciando os recursos recebidos em transferncia, a contrapartida, os rendimentos auferidos da aplicao dos recursos no mercado financeiro, quando for o caso, e os saldos de recursos no aplicados (art. 28, inc. IV, da IN STN 01/97 - vide Anexo IV);

relao de pagamentos (art. 28, inc. V, da IN 01/97 - vide Anexo V);

relao dos bens adquiridos, produzidos ou construdos com recursos da Unio (art. 28, inc. VI, da IN STN 01/97 - vide Anexo VI);

extrato da conta bancria especfica do perodo que se estende do recebimento da primeira parcela at o ltimo pagamento e, se for o caso, a conciliao bancria (inc. VII, art. 28, da IN STN 01/97 - vide Anexo VII);

cpia do termo de aceitao definitiva da obra, quando o objeto do convnio for a realizao de obras ou servios de engenharia (art. 28, inc. VIII, da IN STN 01/97 - vide Anexo VIII);

cpia do despacho adjudicatrio e homologao das licitaes realizadas ou justificativa para a sua dispensa ou a sua inexigibilidade, conforme o caso, com o respectivo embasamento legal quando o convenente pertencer Administrao Pblica (art. 28, inc. X, da IN STN 01/97).

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CAPTULOIX Prestao de Contas Final

O QUE SIGNIFICA PRESTAO DE CONTAS FINAL?

a documentao comprobatria da despesa, apresentada ao final da execuo do objeto do convnio.

QUANDO SE DEVE APRESENTAR A PRESTAO DE CONTAS FINAL?

A prestao de contas final ser apresentada ao concedente at sessenta dias aps o trmino da vigncia do convnio, definida conforme disposto no inciso III do art. 7 da IN STN 01/97

Caso o convenente (beneficirio) no a apresente, ser concedido um prazo de 30 dias para a apresentao ou recolhimento dos saldos, includos rendimentos da aplicao no mercado financeiro, conta da entidade repassadora. Aps esse prazo, se no cumprida as exigncias ou se existirem evidncias de irregularidade de que resulte prejuzo ao errio, ser instaurada a competente Tomada de Contas Especial (art. 31, 4o, 7 e 8, da IN STN 01/97).

O QUE DEVE CONTER A PRESTAO DE CONTAS FINAL?

Conforme o artigo 28 da IN STN n 01/97, a prestao de contas final deve conter:

o Plano de Trabalho/Atendimento (inc. I - vide Anexo II);

cpia do Termo de Convnio ou do Termo Simplificado de Convnio, com indicao da data de sua publicao (inc. II);

Relatrio de Execuo Fsico-Financeira (inc. III - vide Anexo III);

Demonstrativo da Execuo da Receita e da Despesa, evidenciando os recursos recebidos em transferncia, a contrapartida, os rendimentos auferidos na aplicao dos recursos no mercado financeiro, quando for o caso, e os saldos (inc. IV - vide Anexo IV);

relao de pagamentos (inc. V - vide Anexo V);

relao dos bens adquiridos, produzidos ou construdos com recursos da Unio (inc. VI - vide Anexo VI);

extrato da conta bancria especfica do perodo que se estende do recebimento da primeira parcela at o ltimo pagamento e, se for o caso, a conciliao bancria (inc. VII - vide Anexo VII);

cpia do termo de aceitao definitiva da obra ou servio, quando o objeto do convnio visar realizao de obra ou servio de engenharia (inc. VIII - vide Anexo VIII);

comprovante de recolhimento do saldo de recursos conta indicada pelo concedente ou DARF, quando recolhido ao Tesouro Nacional (inc. IX);

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cpia dos despachos adjudicatrio e homologatrio das licitaes realizadas ou justificativas para a sua dispensa ou a sua inexigibilidade, com o respectivo embasamento legal, quando o convenente pertencer Administrao Pblica (inc. X).

QUAL PRAZO PARA QUE O CONCEDENTE APRECIE A PRESTAO DE CONTAS APRESENTADA?

O concedente ter 60 dias para se pronunciar sobre a aprovao ou no da prestao de contas apresentada, sendo 45 dias para o pronunciamento da respectiva unidade tcnica e 15 dias para o pronunciamento do ordenador de despesas, sob pena de responsabilizao. (art. 31, caput, da IN 01/97)

QUAL A IMPORTNCIA DE SE APRESENTAR A PRESTAO DE CONTAS DE FORMA CORRETA E NO PRAZO REGULAR?

A no apresentao da prestao de contas no prazo regulamentar vem causando srios transtornos Administrao Pblica, resultando, com freqncia, na instaurao de Tomada de Contas Especial.

A Tomada de Contas Especial, por sua vez, um procedimento que demanda mo-de-obra e, por conseguinte, resulta num alto custo para o Governo Federal. Alm do mais, prejudica a populao do ente federado, na hiptese de omisso ou irregularidade, ao impossibilit-lo de receber novos recursos federais e resulta em srias sanes contra o responsvel pela aplicao dos recursos

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CAPTULOX

Tomada de Contas Especial

O QUE TOMADA DE CONTAS ESPECIAL?

um procedimento administrativo realizado pelo Governo Federal, que tem por finalidade a apurao dos fatos, a identificao dos responsveis e a quantificao do dbito.

tambm um procedimento de exceo, porquanto o gestor pblico concedente dos recursos, no intuito de alcanar o objetivo maior de satisfazer o interesse pblico, deve buscar em primeira instncia, junto ao convenente, a regularizao dos fatos inquinados na execuo do convnio, podendo conceder-lhe um prazo mnimo necessrio regularizao, conforme prev a IN TCU n 13/96.

QUEM RESPONSVEL EM UMA TOMADA DE CONTAS ESPECIAL E COMO IDENTIFICADO?

o agente que assinou o convnio, responsabilizando-se pelas obrigaes assumidas pela convenente. Por exemplo, quando o convenente uma prefeitura, o responsvel o prefeito ou seu substituto legal .

O QUE DBITO E COMO QUANTIFICADO?

o valor do prejuzo causado Administrao Pblica Federal pela m aplicao dos recursos descentralizados por meio de convnio.

O valor do dbito, em se tratando de convnio, o valor repassado, corrigido monetariamente a partir da data da sua liberao.

QUAIS AS HIPTESES EM QUE A TOMADA DE CONTAS ESPECIAL INSTAURADA?

Ser instaurada Tomada de Contas Especial quando:

Houver omisso no dever de prestar contas;

no aprovada a prestao de contas em decorrncia de no execuo total do objeto, de atingimento parcial dos objetivos avenados, de desvio de finalidade, de impugnao de despesas, de no cumprimento dos recursos da contrapartida e/ou de no aplicao dos rendimentos decorrentes de aplicaes financeiras no objeto do convnio (art. 38, inc. II, da IN STN 01/97);

verificado qualquer fato que resulte em dano ao Errio (art. 38, inc. III, da IN STN 01/97);

houver determinao do TCU a respeito, adotada pelo Plenrio, 1a ou 2a Cmaras, ao entender que h fato suficientemente relevante para ensejar a instaurao de TCE (art. 9 da IN TCU n 13/96).

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QUAIS AS CONSEQNCIAS DO JULGAMENTO PELA IRREGULARIDADE EM UMA TCE?

Os responsveis pela aplicao dos recursos transferidos pela Unio que tiverem suas contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas da Unio podero sofrer vrias sanes, tais como:

Devoluo dos valores, com atualizao monetria e juros de mora.

Multa que pode alcanar 100% do valor atualizado do dano causado ao Errio.

Inscrio no Cadastro Informativo de Crditos no Quitados do Setor Pblico Federal CADIN, o que implica impossibilidade de realizar transaes bancrias.

Declarao, pela Justia Eleitoral, de inelegibilidade para cargos eletivos.

Inabilitao para o exerccio de cargo em comisso ou funo de confiana na Administrao Pblica Federal, por um perodo de cinco a oito anos.

Ajuizamento de ao penal pelo Ministrio Pblico Federal.

Alm dessas sanes, o rgo convenente poder receber a chancela de inadimplente no Sistema Integrado de Administrao Financeira da Unio SIAFI, impedindo-o de receber novas transferncias.

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Legislao Correlata

Disponibilizamos, a seguir, o conjunto de legislao concernente a Convnios :

Decreto-Lei N 200/1967

Art. 10 (Descentralizao)

Art. 10. A execuo das atividades da Administrao Federal dever ser amplamente descentralizada.

1 A descentralizao ser posta em prtica em trs planos principais:

a) dentro dos quadros da Administrao Federal, distinguindo-se claramente o nvel de direo do de execuo;

b) da Administrao Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente aparelhadas e mediante convnio;

c) da Administrao Federal para a rbita privada, mediante contratos ou concesses.

2 Em cada rgo da Administrao Federal, os servios que compem a estrutura central de direo devem permanecer liberados das rotinas de execuo e das tarefas de mera formalizao de atos administrativos, para que possam concentrar-se nas atividades de planejamento, superviso, coordenao e controle.

3 A Administrao casustica, assim entendida a deciso de casos individuais, compete, em princpio, ao nvel de execuo, especialmente aos servios de natureza local, que esto em contato com os fatos e com o pblico.

4 Compete estrutura central de direo o estabelecimento das normas, critrios, programas e princpios, que os servios responsveis pela execuo so obrigados a respeitar na soluo dos casos individuais e no desempenho de suas atribuies.

5 Ressalvados os casos de manifesta impraticabilidade ou inconvenincia, a execuo de programas federais de carter nitidamente local dever ser delegada, no todo ou em parte, mediante convnio, aos rgos estaduais ou municipais incumbidos de servios correspondentes.

6 Os rgos federais responsveis pelos programas conservaro a autoridade normativa e exercero controle e fiscalizao indispensveis sobre a execuo local, condicionando-se a liberao dos recursos ao fiel cumprimento dos programas e convnios.

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Lei N 8.666/1993

Art. 116 (CONVNIOS)

Art. 116. Aplicam-se as disposies desta Lei, no que couber, aos convnios, acordos, ajustes e outros instrumentos congneres celebrados por rgos e entidades da Administrao.

1o A celebrao de convnio, acordo ou ajuste pelos rgos ou entidades da Administrao Pblica depende de prvia aprovao de competente plano de trabalho proposto pela organizao interessada, o qual dever conter, no mnimo, as seguintes informaes:

I - identificao do objeto a ser executado;

II - metas a serem atingidas;

III - etapas ou fases de execuo;

IV - plano de aplicao dos recursos financeiros;

V - cronograma de desembolso;

VI - previso de incio e fim da execuo do objeto, bem assim da concluso das etapas ou fases programadas;

VII - se o ajuste compreender obra ou servio de engenharia, comprovao de que os recursos prprios para complementar a execuo do objeto esto devidamente assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair sobre a entidade ou rgo descentralizador.

2o Assinado o convnio, a entidade ou rgo repassador dar cincia do mesmo Assemblia Legislativa ou Cmara Municipal respectiva.

3o As parcelas do convnio sero liberadas em estrita conformidade com o plano de aplicao aprovado, exceto nos casos a seguir, em que as mesmas ficaro retidas at o saneamento das impropriedades ocorrentes:

I - quando no tiver havido comprovao da boa e regular aplicao da parcela anteriormente recebida, na forma da legislao aplicvel, inclusive mediante procedimentos de fiscalizao local, realizados periodicamente pela entidade ou rgo descentralizador dos recursos ou pelo rgo competente do sistema de controle interno da Administrao Pblica;

II - quando verificado desvio de finalidade na aplicao dos recursos, atrasos no justificados no cumprimento das etapas ou fases programadas, prticas atentatrias aos princpios fundamentais de Administrao Pblica nas contrataes e demais atos praticados na execuo do convnio, ou o inadimplemento do executor com relao a outras clusulas conveniais bsicas;

III - quando o executor deixar de adotar as medidas saneadoras apontadas pelo partcipe repassador dos recursos ou por integrantes do respectivo sistema de controle interno.

4o Os saldos de convnio, enquanto no utilizados, sero obrigatoriamente aplicados em cadernetas de poupana de instituio financeira oficial se a previso de seu uso for igual ou superior a um ms, ou em fundo de aplicao financeira de curto prazo ou operao de mercado aberto lastreada em ttulos da dvida pblica, quando a utilizao dos mesmos verificar-se em prazos menores que um ms.

5o As receitas financeiras auferidas na forma do pargrafo anterior sero obrigatoriamente computadas a crdito do convnio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de sua finalidade, devendo constar de demonstrativo especfico que integrar as prestaes de contas do ajuste.

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6o Quando da concluso, denncia, resciso ou extino do convnio, acordo ou ajuste, os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicaes financeiras realizadas, sero devolvidos entidade ou rgo repassador dos recursos, no prazo improrrogvel de 30 (trinta) dias do evento, sob pena da imediata instaurao de tomada de contas especial do responsvel, providenciada pela autoridade competente do rgo ou entidade titular dos recursos.

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Decreto N 93.872/1986

Dispe sobre a unificao dos recursos de caixa do Tesouro Nacional, atualiza e consolida a legislao pertinente e d outras providncias

SEO VI

Convnios, Acordos ou Ajustes

Art . 48. Os servios de interesse recproco dos rgos e entidades de administrao federal e de outras entidades pblicas ou organizaes particulares, podero ser executados sob regime de mtua cooperao, mediante convnio, acordo ou ajuste.

Pargrafo nico. Quando os participantes tenham interesses diversos e opostos, isto , quando se desejar, de um lado, o objeto do acordo ou ajuste, e de outro lado a contraprestao correspondente, ou seja, o preo, o acordo ou ajuste constitui contrato.

Art . 49. Ressalvados os casos de manifesta impraticabilidade ou inconvenincia, o convnio ser utilizado como forma de descentralizao das atividades da administrao federal, atravs da qual se delegar a execuo de programas federais de carter nitidamente local, no todo ou em parte, aos rgos estaduais ou municipais incumbidos de servios correspondentes, e quando estejam devidamente aparelhados (Decreto-lei n 200/67, art. 10, 1, b e 5).

Pargrafo nico. Excepcionalmente, os rgos e entidades federais podero executar programas estaduais ou municipais, e os rgos da administrao direta programas a cargo de entidade da administrao indireta, sob regime de mtua cooperao mediante convnio.

Art . 50. O Ministro da Fazenda fixar, em Portaria, o limite de participao financeira em convnios, dos rgos e entidades da administrao federal, para efeito de obrigatoriedade de sua formalizao mediante termo, ficando facultativo, a critrio da autoridade administrativa, quando inferior a esse limite, caso em que as condies essenciais convencionadas devero constar de correspondncia oficial ou do documento de empenho da despesa.

Art . 51. Os saques para entrega de recursos destinados ao cumprimento do objetivo do convnio, acordo ou ajuste, obedecero a plano de aplicao previamente aprovado, tendo por base o cronograma de execuo fsica, condicionando-se as entregas subseqentes ao regular emprego da parcela anteriormente liberada (Decreto-lei n 200/67, art. 10, 8).

Pargrafo nico. No extrato do convnio para publicao, indicar-se-o as etapas e fases da execuo, conjugadas com o cronograma financeiro.

Art . 52. Nas hipteses previstas no pargrafo nico do artigo 49, os recursos financeiros recebidos por rgo da administrao direta ou autarquia federal, destinados execuo do convnio, sero classificados como receita oramentria, devendo as aplicaes correr conta de dotao consignada no oramento ou em crdito adicional (Lei n 4.320/64, arts. 2 e 57).

1 Somente aps o recolhimento conta do Tesouro Nacional, no caso de rgo da administrao direta, os recursos financeiros de que trata este artigo constituiro disponibilidade ou fonte para efeito da abertura de crdito adicional e podero motivar alterao da programao financeira de desembolso.

2 A execuo de qualquer convnio depende de seu prvio cadastramento no sistema de controle interno, atravs do rgo de contabilidade.

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Art . 53. Os rgos da administrao direta podero fixar entendimentos sobre matria de comum interesse, mediante convnio, com o objetivo de somar esforos e obter melhor rendimento no emprego de seus recursos, s podendo haver redistribuio ou transposio de dotaes, porm, se previamente autorizada em lei, ou quando constituir receita de rgo autnomo.

Pargrafo nico. A formalizao do convnio, no caso deste artigo, poder ser feita atravs de portaria assinada pelos dirigentes dos rgos interessados.

Art . 54. Para acompanhamento e controle do fluxo dos recursos e das aplicaes, inclusive avaliao dos resultados do convnio, o rgo ou entidade executora apresentar relatrios parciais, segundo a periodicidade convencionada, e final, quando concludo ou extinto o acordo, que se faro acompanhar de demonstraes financeiras, sem prejuzo da fiscalizao indispensvel sobre a execuo local (Decreto-lei n 200/67, art. 10, 6).

1 O recebimento de recursos da Unio, para execuo de convnio firmado entre quaisquer rgos ou entidades federais, estaduais ou municipais, independente de expressa estipulao no respectivo termo, obriga os convenentes a manter registros contbeis especficos, para os fins deste artigo, alm do cumprimento das normas gerais a que estejam sujeitos (Lei n 4.320/64, arts. 87 e 93).

2 Os documentos comprobatrios das receitas e despesas realizadas sero conservados em boa ordem no prprio lugar em que se tenham contabilizado as operaes, disposio dos agentes incumbidos do controle interno e externo dos rgos ou entidades convenentes.

Art . 55. Aplicam-se aos convnios, acordos ou ajustes, as mesmas formalidades e requisitos cabveis exigidos para a validade dos contratos (Decreto-lei n 2.300/86, art. 82).

Art . 56. Quando o convnio compreender aquisio de equipamentos e materiais permanentes, ser obrigatria a estipulao quanto ao destino a ser dado aos bens remanescentes na data da extino do acordo ou ajuste.

Pargrafo nico. Os bens, materiais e equipamentos adquiridos com recursos de convnios com Estados, Distrito Federal, Territrios ou Municpios podero, a critrio do Ministro de Estado competente, ser doados quelas entidades quando, aps o cumprimento do objeto do convnio, sejam necessrios para assegurar a continuidade de programa governamental, observado o que, a respeito, tenha sido previsto no convnio.

Art . 57. O convnio poder ser denunciado a qualquer tempo, ficando os convenentes responsveis somente pelas obrigaes e auferindo as vantagens do tempo em que participaram voluntariamente do acordo, ou ajuste, no sendo admissvel clusula obrigatria de permanncia ou sancionadora dos denunciantes.

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INSTRUO NORMATIVA STN/MF N 01, DE 15 DE JANEIRO DE 1997.

Alteraes: IN n 5/2004 - IN STN n 1/2004 - IN n 4/2003 - IN n 3/2003 - IN n 2/2002 - IN n 1/2002 - IN n 6/2001 - IN n 5/2001 - IN n 1/2000 - IN n 1/99 - Acrdo TCU n 1070, de 6.8.2003 - Plenrio, item 9.2

Disciplina a celebrao de convnios de natureza financeira que tenham por objeto a execuo de projetos ou realizao de eventos e d outras providncias.

O Secretrio do Tesouro Nacional, no uso das atribuies, que lhe confere a Portaria/GM n 679, de 22.10.92, combinada com os artigos 155 do Decreto n 93.872, de 23 de dezembro de 1986 e 9 do Decreto n 1.745, de 13 de dezembro de 1995, resolve:

CAPTULO IDAS DISPOSIES INICIAIS

Art. 1 A execuo descentralizada de Programa de Trabalho a cargo de rgos e entidades da Administrao Pblica Federal, Direta e Indireta, que envolva a transferncia de recursos financeiros oriundos de dotaes consignadas nos Oramentos Fiscal e da Seguridade Social, objetivando a realizao de programas de trabalho, projeto, atividade, ou de eventos com durao certa, ser efetivada mediante a celebrao de convnios ou destinao por Portaria Ministerial, nos termos desta Instruo Normativa, observada a legislao pertinente.

1 Para fins desta Instruo Normativa, considera-se:

I - convnio - instrumento, qualquer que discipline a transferncia de recursos pblicos e tenha como partcipe rgo da administrao pblica federal direta, autrquica ou fundacional, empresa pblica ou sociedade de economia mista que estejam gerindo recursos dos oramentos da Unio, visando execuo de programas de trabalho, projeto/atividade ou evento de interesse recproco, em regime de mtua cooperao;

II - concedente - rgo da administrao pblica federal direta, autrquica ou fundacional, empresa pblica ou sociedade de economia mista, responsvel pela transferncia dos recursos financeiros ou pela descentralizao dos crditos oramentrios destinados execuo do objeto do convnio;

III - convenente - rgo da administrao pblica direta, autrquica ou fundacional, empresa pblica ou sociedade de economia mista, de qualquer esfera de governo, ou organizao particular com a qual a administrao federal pactua a execuo de programa, projeto/atividade ou evento mediante a celebrao de convnio;

IV - interveniente - rgo da administrao pblica direta, autrquica ou fundacional, empresa pblica ou sociedade de economia mista, de qualquer esfera de governo, ou organizao particular que participa do convnio para manifestar consentimento ou assumir obrigaes em nome prprio.

V - executor - rgo da administrao pblica federal direta, autrquica ou fundacional, empresa pblica ou sociedade de economia mista, de qualquer esfera de governo, ou organizao particular, responsvel direta pela execuo do objeto do convnio;

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VI - contribuio - transferncia corrente ou de capital concedida em virtude de lei, destinada a pessoas de direito pblico ou privado sem finalidade lucrativa e sem exigncia de contraprestao direta em bens ou servios;

VII - auxlio - transferncia de capital derivada da lei oramentria que se destina a atender a nus ou encargo assumido pela Unio e somente ser concedida a entidade sem finalidade lucrativa;

VIII - subveno social - transferncia que independe de lei especfica, a instituies pblicas ou privadas de carter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa, com o objetivo de cobrir despesas de custeio;

IX - nota de movimentao de crdito - instrumento que registra os eventos vinculados descentralizao de crditos oramentrios;

X - termo aditivo - instrumento que tenha por objetivo a modificao de convnio j celebrado, formalizado durante sua vigncia, vedada a alterao da natureza do objeto aprovado.

XI objeto o produto final do convnio, observados o programa de trabalho e as suas finalidades; (Redao dada pela IN/STN/N 02, de 25/03/2002)

XII meta parcela quantificvel do objeto. (Redao dada pela IN/STN/N 02, de 25/03/2002)

2 A descentralizao da execuo mediante convnio ou Portaria somente se efetivar para entes que disponham de condies para consecuo do seu objeto e tenham atribuies regimentais ou estatutrias relacionadas com o mesmo.

3 No caso de destinao por Portaria incorpora-se mesma o Plano de Trabalho apresentado e do qual constar obrigatoriamente termo de compromisso, obrigando-o ao disposto nesta Instruo Normativa.

4 A obrigatoriedade de celebrao de convnio no se aplica aos casos em que lei especfica discipline a transferncia de recursos para execuo de programas em parceria do Governo Federal com governos estaduais e municipais, que regulamente critrios de habilitao, transferir montante e forma de transferncia, e a forma de aplicao e dos recursos recebidos.

5 Na hiptese de o convnio vir a ser formalizado com rgo ou entidade dependente de ente da Federao, o estado, Distrito Federal ou municpio dever participar como interveniente e seu representante tambm assinar o termo de convnio. (Redao dada pela IN/STN/N 01, de 28/02/2002)

CAPTULO IIDOS REQUISITOS PARA CELEBRAO

Art. 2 O convnio ser proposto pelo interessado ao titular do Ministrio, rgo ou entidade responsvel pelo programa, mediante a apresentao do Plano de Trabalho (Anexo I), que conter, no mnimo, as seguintes informaes:

I - razes que justifiquem a celebrao do convnio;

II - descrio completa do objeto a ser executado;

III - descrio das metas a serem atingidas, qualitativa e quantitativamente;

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IIIA licena ambiental prvia, quando o convnio envolver obras, instalaes ou servios que exijam estudos ambientais, como previsto na Resoluo no 001, de 23 de janeiro de 1986, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), publicada no Dirio Oficial da Unio de 17 de fevereiro daquele ano; (Acrdo 1572/2003TCUPlenrio) (Redao dada pela IN/STN/N 05, de 07/10/2004)

IV - etapas ou fases da execuo do objeto, com previso de incio e fim;

V - plano de aplicao dos recursos a serem desembolsados pelo concedente e a contrapartida financeira do proponente, se for o caso, para cada projeto ou evento;

VI - cronograma de desembolso;

VII - declarao do convenente de que no est em situao de mora ou de inadimplncia junto a qualquer rgo ou entidade da Administrao Pblica Federal Direta e Indireta; e

VIII - comprovao do exerccio pleno da propriedade do imvel, mediante certido de registro no cartrio de imvel, quando o convnio tiver por objeto a execuo de obras, ou benfeitorias no mesmo.

VIII - comprovao do exerccio pleno dos poderes inerentes propriedade do imvel, mediante certido emitida pelo cartrio de registro de imveis competente, quando o convnio tiver por objeto a execuo de obras ou benfeitorias no imvel, admitindo-se, por interesse social, condicionadas garantia subjacente de uso pelo perodo mnimo de vinte anos, as seguintes hipteses alternativas:

a) posse de imvel:

a.1) em rea desapropriada ou em desapropriao por Estado, Municpio ou pelo Distrito Federal;

a.2) em rea devoluta;

b) imvel recebido em doao:

b.1) do Estado ou Municpio, j aprovada em lei estadual ou municipal, conforme o caso e se necessria, inclusive quando o processo de registro de titularidade ainda se encontre em trmite; ou

b.2) de pessoa fsica ou jurdica, inclusive quando o processo de registro de titularidade ainda se encontre em trmite, neste caso, com promessa formal de doao irretratvel e irrevogvel;

c) imvel que, embora ainda no haja sido devidamente consignado no cartrio de registro de imveis competente, pertence a Estado que se instalou em decorrncia da transformao de Territrio Federal, ou mesmo a qualquer de seus Municpios, por fora de mandamento constitucional ou legal; ou

d) imvel cuja utilizao esteja consentida pelo seu proprietrio, com autorizao expressa irretratvel e irrevogvel, sob a forma de cesso gratuita de uso. (Texto alterado pela IN/STN/N 04, de 4/12/2003)

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Na Nota nr. 194 STN/CONED/DINOR, de 03/02/00, o item 3 assevera: "3. Posteriormente edio dessa IN e, em face de situaes especficas que surgiram, esta Secretaria, tendo em vista o interesse social, ampliou essa abrangncia, ento restrita, de uso de propriedade, sem perda da garantia subjacente de uso por perodo mnimo justificado, s seguintes hipteses: a) posse de imvel em rea desapropriada pelo Estado ou rea devoluta, bem como por posse sem oposio judicial e, neste ltimo caso, h mais de cinco anos; b) posse consentida pelo proprietrio do imvel, sob formalizao de contrato de comodato, observada a vigncia do contrato por um perodo que justifique o investimento".

1 Integrar o Plano de Trabalho a especificao completa do bem a ser produzido ou adquirido e, no caso de obras ou servios, o projeto bsico, entendido como tal o conjunto de elementos necessrios e suficientes para caracterizar, com nvel de preciso adequado, a obra ou servio objeto do convnio, sua viabilidade tcnica, o custo, fases ou etapas, e prazos de execuo, devendo conter os elementos que dispe o inciso IX, do art. 6, da Lei n 8.666/93.

1 Integrar o Plano de Trabalho a especificao completa do bem a ser produzido ou adquirido e, no caso de obras, instalaes ou servios, o projeto bsico, entendido como tal o conjunto de elementos necessrios e suficientes para caracterizar, de modo preciso, a obra, instalao ou servio objeto do convnio, sua viabilidade tcnica, custo, fases, ou etapas, e prazos de execuo, devendo conter os elementos discriminados no inciso IX do art. 6 da Lei n 8.666, de 21 de junho de 1993. (Texto alterado pela IN/STN/N 01, de 28/02/2002)

1o Integrar o Plano de Trabalho a especificao completa do bem a ser produzido ou adquirido e, no caso de obras, instalaes ou servios, o projeto bsico, entendido como tal o conjunto de elementos necessrios e suficientes para caracterizar, de modo preciso, a obra, instalao ou servio objeto do convnio, ou nele envolvida, sua viabilidade tcnica, custo, fases, ou etapas, e prazos de execuo, devendo, ainda, conter os elementos discriminados no inciso IX do art. 6o da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, inclusive os referentes implementao das medidas sugeridas nos estudos ambientais eventualmente exigidos, conforme disposto no art. 12 da Lei n 6.938, de 31 de agosto de 1981. (Acrdo 1572/2003TCUPlenrio) (Texto alterado pela IN/STN/N 05, de 07/10/2004)

2 A contrapartida dos Estados, do Distrito Federal, dos Municpios e das entidades de direito privado, que poder ser atendida atravs de recursos financeiros, de bens ou de servios, desde que economicamente mensurveis, e estabelecida de modo compatvel com a capacidade financeira da respectiva unidade beneficiada, tendo por limites os percentuais estabelecidos na Lei de Diretrizes Oramentrias.

3 Exigir-se- comprovao de que os recursos referentes contrapartida para complementar a execuo do objeto, quando previsto, esto devidamente assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair sobre a entidade ou rgo descentralizador;

4 Os beneficirios das transferncias referidas no artigo 1, quando integrantes da administrao pblica, de qualquer esfera de governo, devero inclu-las em seus oramentos.

5 A celebrao de instrumentos visando realizao de servios ou execuo de obras a serem custeadas integral ou parcialmente com recursos externos depender da prvia contratao da operao de crdito.

6 O Estado, o Distrito Federal ou o Municpio, bem como seus rgos e entidades, somente poder figurar como convenente, se atender a todas as exigncias desta Instruo Normativa e aos requisitos da Lei de Diretrizes Oramentrias vigente, especialmente quanto ao cumprimento das disposies constitucionais, ressalvados os casos de calamidade pblica oficialmente declarados.

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7 Quando o convnio envolver montante igual ou inferior ao previsto na alnea "a" do inciso II do "caput" do art. 23 da Lei n 8.666, de 21 de junho de 1993, poder integrar o Plano de Trabalho, de que tratam o "caput" e o 1 deste artigo, projeto bsico simplificado, contendo especificaes mnimas, desde que essa simplificao no comprometa o acompanhamento e controle da execuo da obra ou instalao. (Redao dada pela IN/STN/N 01, de 28 /02/2002)

8 Admitir-se-, ainda, para a celebrao do convnio, que o projeto se faa sob a forma de pr-projeto, desde que do termo de convnio conste clusula especfica suspensiva que condicione a liberao das parcelas de recursos ao atendimento prvio da apresentao do projeto bsico na forma prevista nos 1 e 7, conforme o caso. (Redao dada pela IN/STN/N 01, de 28 /02/2002)

9 O pr-projeto de que trata o pargrafo 8 deste artigo dever conter o cronograma de execuo da obra ou servio (metas, etapas ou fases); o plano de aplicao dos recursos envolvidos no convnio, discriminando-se, inclusive, os valores que correro conta da contrapartida; e o cronograma de desembolso dos recursos, em quotas, pelo menos trimestrais, permitida a apresentao dos detalhes de engenharia no projeto bsico, para fins de reduo de custos, na hiptese de o pr-projeto no ser aceito pelo concedente. (Redao dada pela IN/STN/N 03, de 25/09/2003)

10. Visando a evitar atraso na consecuo do objeto do convnio, pelo descumprimento do cronograma de desembolso de recursos, o concedente dever desenvolver sistemtica especfica de planejamento e controle dos convnios, de maneira a garantir harmonia entre a execuo fsica e a financeira, esta subordinada aos decretos de programao financeira do Poder Executivo Federal. (Redao dada pela IN/STN/N 03, de 25/09/2003)

11. Nas hipteses previstas no item "a.1" da alnea "a" do inciso VIII deste artigo, quando o processo de desapropriao no estiver concludo permitida a substituio da anuncia formal do titular da propriedade (expropriado) por alvar do juzo da vara em que o processo estiver tramitando. (Redao dada pela IN/STN/N 04, de 4 /12/2003)

12. Nas hipteses previstas nas alneas "b" e "d" do inciso VIII deste artigo, imperativa a anuncia formal do titular da propriedade, como interveniente garantidor do uso do imvel cedido ou doado, comprometendo a si e aos respectivos herdeiros e sucessores a cumprir a clusula de cesso gratuita de uso ou de doao do imvel, dispensada a anuncia nos aditivos que vierem a ser firmados nos casos em que no se afete a caracterstica de uso da propriedade. (Redao dada pela IN/STN/N 04, de 4/12/2003)

Art. 3 A situao de regularidade do convenente, para os efeitos desta Instruo Normativa, ser comprovada mediante:

I - apresentao de certides de regularidade fornecidas pela Secretaria da Receita Federal-SRF, pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional-PGFN, do Ministrio da Fazenda, e pelos correspondentes rgos estaduais e municipais;

II - apresentao de comprovantes de inexistncia de dbito junto ao Instituto Nacional de Seguro Social - INSS, referentes aos trs meses anteriores, ou Certido Negativa de Dbitos - CND atualizada, e, se for o caso, tambm a regularidade quanto ao pagamento das parcelas mensais relativas aos dbitos renegociados.

III - apresentao de Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Servio-FGTS, fornecido pela Caixa Econmica Federal, nos termos da Lei n 8.036, de 11 de maio de 1990;

IV - comprovao de regularidade perante o PIS/PASEP;

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V - comprovao de no estar inscrito como inadimplente no Sistema Integrado de Administrao Financeira do Governo Federal- SIAFI;

VI - comprovao de no estar inscrito h mais de 30 (trinta) dias no Cadastro Informativo de Crditos No Quitados - CADIN;

VII - declarao expressa do proponente, sob as penas do art. 299 do Cdigo Penal, de que no se encontra em mora e nem em dbito junto a qualquer rgo ou entidade da Administrao Pblica Federal Direta e Indireta, conforme inciso VII, do art. 2, desta Instruo Normativa.

1 A declarao de que trata o inciso anterior ter referncia abrangente a todo rgo e entidade da Administrao Pblica Federal, exceto quanto queles referidos nos incisos I, II, III e IV, deste artigo que sero objeto de comprovao especfica.

2 Quando a declarao prestada pelo convenente datar de mais de trinta dias, exigir-se- a sua ratificao para a celebrao do convnio.

3 No se exigir a comprovao de regularidade de que trata este artigo para a liberao de parcelas, durante a vigncia do instrumento.

4 No se exigir a comprovao de regularidade de que trata este artigo, exceto a referida no item VI, para os aditamentos que objetivem a concluso do objeto pactuado, desde que o prazo total no ultrapasse 12 (doze) meses.

5 Quando se tratar de convnio plurianual que objetive a manuteno de programas, inclusive os de natureza assistencial, ser exigida a comprovao da situao de regularidade de que trata este artigo, no incio de cada exerccio financeiro, antecedendo a emisso de empenho, para o custeio das despesas daquele ano.

6 A situao de regularidade do convenente, para os efeitos desta Instruo Normativa, poder ser comprovada mediante consulta a cadastro especfico, que vier a ser institudo pelo Governo Federal, para esse fim.

Art. 4 Atendidas as exigncias previstas no artigo anterior, o setor tcnico e o de assessoria jurdica do rgo ou entidade concedente, segundo as suas respectivas competncias, apreciaro o texto das minutas de convnio, acompanhado de:

I - extrato, obtido mediante consulta ao Sistema Integrado de Administrao Financeira do Governo Federal-SIAFI, do cadastramento prvio do Plano de Trabalho, realizado pelo rgo concedente, contendo todas as informaes ali exigidas para a realizao do convnio (pr-convnio);

II - documentos comprobatrios da capacidade jurdica do proponente e de seu representante legal; da capacidade tcnica, quando for o caso, e da regularidade fiscal, nos termos da legislao especfica;

III - comprovante pertinente pesquisa do concedente junto aos seus arquivos e aos cadastros a que tiver acesso, em especial ao Cadastro do Sistema Integrado de Administrao Financeira do Governo Federal - SIAFI e ao Cadastro Informativo - CADIN, demonstrando que no h quaisquer pendncias do proponente junto Unio, entidade da Administrao Pblica Federal Indireta ou a entidade a elas vinculada; e

IV - cpia do certificado ou comprovante do Registro de Entidade de Fins Filantrpicos, fornecido pelo Conselho Nacional de Assistncia Social - CNAS, quando for o caso.

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1 Os instrumentos e respectivos aditivos, regidos por esta Instruo Normativa, somente podero ser celebrados aps a aprovao pela autoridade competente, que se fundamentar nos pareceres das unidades referidas no "caput" deste artigo.

2 A pesquisa referida no inciso III deste artigo processar-se- com a utilizao apenas dos oito dgitos que constituem o nmero base do Cadastro Geral de Contribuintes - CNPJ - MF.

Art. 5 vedado:

I - celebrar convnio, efetuar transferncia, ou conceder benefcios sob qualquer modalidade, destinado a rgo ou entidade da Administrao Pblica Federal, estadual, municipal, do Distrito Federal, ou para qualquer rgo ou entidade, de direito pblico ou privado, que esteja em mo