manual de contabilidade aplicada ao setor pÚblico€¦ · contabilidade (cfc) e instituições que...

78
MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO Aplicado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Válido para o exercício de 2010, de forma facultativa e obrigatoriamente em 2011 para a União, 2012 para os Estados e 2013 para os Municípios. (Portaria STN nº467, de 6 de agosto de 2009) edição VOLUME IV Plano de Contas Aplicado ao Setor Público

Upload: others

Post on 15-Jul-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

MANUAL DE CONTABILIDADE

APLICADA AO SETOR PÚBLICO

Aplicado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.

Válido para o exercício de 2010, de forma facultativa e obrigatoriamente em 2011 para a

União, 2012 para os Estados e 2013 para os Municípios.

(Portaria STN nº467, de 6 de agosto de 2009)

2ª edição

VOLUME IV

Plano de Contas Aplicado ao Setor Público

Page 2: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:
Page 3: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL

MANUAL DE CONTABILIDADE

APLICADA AO SETOR PÚBLICO

Aplicado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.

Válido para o exercício de 2010, de forma facultativa e obrigatoriamente em 2011 para a

União, 2012 para os Estados e 2013 para os Municípios.

(Portaria STN nº467, de 6 de agosto de 2009)

2ª edição

VOLUME IV

Plano de Contas Aplicado ao Setor Público

Brasília – DF

2009

Page 4: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

É permitida a reprodução total ou parcial desta publicação desde que citada a fonte.

Disponível também em: http://www.tesouro.fazenda.gov.br

Impresso no Brasil MINISTRO DA FAZENDA Guido Mantega SECRETÁRIO-EXECUTIVO Nelson Machado SECRETÁRIO DO TESOURO NACIONAL Arno Hugo Augustin Filho SECRETÁRIOS-ADJUNTOS Líscio Fábio de Brasil Camargo Marcus Pereira Aucélio Paulo Fontoura Valle Eduardo Coutinho Guerra Cléber Ubiratan de Oliveira COORDENADOR-GERAL DE CONTABILIDADE Paulo Henrique Feijó da Silva COORDENADOR-GERAL DE CONTABILIDADE Gilvan da Silva Dantas GERENTE DE NORMAS E PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS Francisco Wayne Moreira EQUIPE TÉCNICA Francisco Wayne Moreira Heriberto Henrique Vilela do Nascimento

Caio César Sales Nogueira Henrique Ferreira Souza Bruno Ramos Mangualde Carla de Tunes Nunes Felipe Quitete Curi

Renato Lacerda Filho Informações – STN: Fone: (61) 3412-3011 Fax: (61) 3412-1459 Correio Eletrônico: [email protected] Página Eletrônica: www.tesouro.fazenda.gov.br

COORDENAÇÃO EDITORIAL / REVISÃO DE TEXTO

Secretaria do Tesouro Nacional / Coordenação-Geral de Contabilidade

CRIAÇÃO CAPA: Coordenação-Geral de Desenvolvimento Institucional

TIRAGEM:

Ficha Catalográfica

Brasil. Secretaria do Tesouro Nacional

Manual de contabilidade aplicada ao setor público : aplicado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios : plano de contas aplicado ao setor público / Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional. – 2. ed. –

Brasília : Secretaria do Tesouro Nacional, Coordenação-Geral de Contabilidade, 2009.

78 p. : il. ; 25 cm. – (Manual de contabilidade aplicada ao setor público ; v.4)

“Válido para o exercício de 2010, de forma facultativa e obrigatoriamente em 2011 para a União, 2012 para os

Estados e 2013 para os Municípios (Portaria STN nº 467, de 6 de agosto de 2009)” ISBN 978-85-87841-41-4

1. Contabilidade pública – Brasil. 2. Plano de contas – Brasil. 3. Sistema de informação contábil – Brasil. 4. Contas nacionais – Brasil. 5. Finanças públicas – Brasil. I. Titulo. II. Plano de contas aplicado ao setor público.

CDD: 657.61 CDU: 336.121.8(81)

Page 5: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

APRESENTAÇÃO

A Secretaria do Tesouro Nacional – STN, por meio da Coordenação-Geral de Contabilidade –

CCONT, em conjunto com o Grupo Técnico de Procedimentos Contábeis, instituído pela Portaria

STN nº 136/2007, realiza estudos visando a padronização mínima de conceitos e práticas contábeis,

plano de contas e classificação orçamentária de receitas e despesas públicas no âmbito da União,

Estados, Distrito Federal e Municípios.

Com o objetivo de uniformizar as práticas contábeis, este volume aborda os aspectos

relacionados ao Plano de Contas, padronizando-o nacionalmente, adequando-o aos dispositivos

legais vigentes, aos padrões internacionais de Contabilidade do Setor Público e às regras e

procedimentos de Estatísticas de Finanças Públicas reconhecidas por organismos internacionais.

A padronização do registro contábil possibilitará aos usuários acesso a informações

consistentes e confiáveis para a tomada de decisão. Esta uniformização deve abranger atos e fatos no

âmbito do setor público, em todas as etapas da receita e da despesa, dentre as quais se destacam o

planejamento, orçamento, programação financeira, execução orçamentária e financeira, passando

pelo controle patrimonial e dos atos que possam afetar o patrimônio.

Ante o exposto, observa-se que o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público faz

parte das ações da Secretaria do Tesouro Nacional que se apresenta em consonância com as

“Orientações Estratégicas para a Contabilidade aplicada ao Setor Público no Brasil”, documento

elaborado pelo Conselho Federal de Contabilidade com vistas à:

a) convergência aos padrões internacionais de contabilidade aplicados ao setor público;

b) implementação de procedimentos e práticas contábeis que permitam o reconhecimento, a

mensuração, a avaliação e a evidenciação dos elementos que integram o patrimônio público;

c) implantação de sistema de custos no âmbito do setor público brasileiro;

d) melhoria das informações que integram as Demonstrações Contábeis e os Relatórios

necessários à consolidação das contas nacionais;

e) possibilitar a avaliação do impacto das políticas públicas e da gestão, nas dimensões social,

econômica e fiscal, segundo aspectos relacionados à variação patrimonial.

O referido documento estabelece três grandes diretrizes estratégicas, desdobradas em macro-

objetivos, que contribuem para o desenvolvimento da Contabilidade Aplicada ao Setor Público,

cujas implantações deverão ocorrer a partir da celebração de parcerias entre o Conselho Federal de

Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade

aplicada ao Setor Público:

a) Diretriz 1 - Promover o Desenvolvimento Conceitual da Contabilidade Aplicada ao Setor Público

no Brasil.

b) Diretriz 2 - Estimular a Convergência às Normas Internacionais de Contabilidade aplicadas ao

Setor Público (IPSAS).

c) Diretriz 3 - Fortalecer institucionalmente a Contabilidade aplicada ao Setor Público.

Assim, o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público busca promover o

desenvolvimento conceitual da contabilidade aplicada ao setor público no Brasil, com o objetivo de

torna-se obra de referência para a classe contábil brasileira. Ganham a comunidade contábil, a

sociedade e o País.

Page 6: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

PORTARIA Nº 467, DE 6 DE AGOSTO DE 2009.

Aprova os volumes II -

Procedimentos Contábeis

Patrimoniais, III - Procedimentos

Contábeis Específicos e IV - Plano

de Contas Aplicado ao Setor

Público, da 2ª edição do Manual de

Contabilidade Aplicada ao Setor

Público, e dá outras providências.

O SECRETÁRIO DO TESOURO NACIONAL, no exercício das atribuições

que lhe foram conferidas pelo Regimento Interno da Secretaria do Tesouro Nacional, aprovado pela

Portaria MF nº 141, de 10 de julho de 2008, combinado com o inciso I do art. 4º do Decreto nº 3.589,

de 6 de setembro de 2000, que confere à Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda -

STN/MF a condição de órgão central do Sistema de Contabilidade Federal, e tendo em vista o

disposto no art. 50, § 2º, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, e

Considerando as competências do órgão central do Sistema de Contabilidade

Federal, estabelecidas no art. 5º do Decreto nº 3.589, de 2000, complementadas pela atribuição

definida nos incisos XV, XVI e XVII do art. 21 do Decreto nº 6.764, de 10 de fevereiro de 2009, e

conforme art. 18 da Lei nº 10.180, de 6 de fevereiro de 2001;

Considerando a necessidade de:

a) padronizar os procedimentos contábeis nos três níveis de governo, com o

objetivo de orientar e dar apoio à gestão patrimonial na forma estabelecida na Lei Complementar nº

101, de 4 de maio de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal;

b) elaborar demonstrações contábeis consolidadas e padronizadas com base no

Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, a ser utilizado por todos os entes da Federação,

conforme o disposto no inciso II do art. 1º da Portaria nº 184, de 25 de agosto de 2008, do Ministério

da Fazenda; e

c) instituir instrumento eficiente de orientação comum aos gestores nos três níveis

de governo, mediante consolidação de conceitos, regras e procedimentos de reconhecimento e

apropriação contábil de operações típicas do setor público dentre as quais destacam-se aquelas

relativas às Operações de Crédito, à Dívida Ativa, às Parcerias Público-Privadas (PPP), ao Regime

Próprio de Previdência Social (RPPS), e ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação

Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB).

Page 7: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

Considerando a necessidade de proporcionar maior transparência sobre as contas

públicas, resolve:

Art. 1º Aprovar os seguintes volumes como partes integrantes da 2ª edição do

Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP:

I - Volume II - Procedimentos Contábeis Patrimoniais;

II - Volume III - Procedimentos Contábeis Específicos;

III - Volume IV - Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP.

Parágrafo único. A Secretaria do Tesouro Nacional disponibilizará versão

eletrônica do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público no endereço eletrônico

http://www.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/leg_contabilidade.asp.

Art. 2º Os registros patrimoniais no âmbito da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios, observarão as orientações contidas no Volume II do Manual de

Contabilidade Aplicado ao Setor Público - Procedimentos Contábeis Patrimoniais, sem prejuízo do

atendimento dos instrumentos normativos vigentes.

Parágrafo único. As variações patrimoniais serão reconhecidas pelo regime de

competência patrimonial, visando garantir o reconhecimento de todos os ativos e passivos das

entidades que integram o setor público, conduzir a contabilidade do setor público brasileiro aos

padrões internacionais e ampliar a transparência sobre as contas públicas.

Art. 3º Todos os volumes aprovados por esta portaria deverão ser utilizados pelos

entes, de forma facultativa, a partir de 2010 e, de forma obrigatória, a partir de 2011 pela União, de

2012 pelos Estados e Distrito Federal e de 2013 pelos Municípios.

Art. 4º O Volume III do Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público -

Procedimentos Contábeis Específicos padroniza os procedimentos contábeis relativos ao FUNDEB,

às Parcerias Público-Privadas, às Operações de Crédito, ao Regime Próprio da Previdência Social, à

Dívida Ativa e a outros procedimentos de que trata.

Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação e tem seus efeitos

aplicados a partir do exercício financeiro de 2010, revogando-se a Portaria Conjunta STN/SOF nº 3,

de 14 de outubro de 2008, nos aspectos relacionados com procedimentos contábeis patrimoniais e

específicos de que tratam os volumes II - Procedimentos Contábeis Patrimoniais e III -

Procedimentos Contábeis Específicos, à medida que os manuais sejam utilizados de forma

obrigatória pelos entes.

ARNO HUGO AUGUSTIN FILHO

Page 8: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

SUMÁRIO

SUMÁRIO ....................................................................................................................................... 8

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 10

2 PLANO DE CONTAS .................................................................................................................... 12

2.1 CONCEITO DE PLANO DE CONTAS ................................................................................................ 12 2.2 OBJETIVO DE UM PLANO DE CONTAS .......................................................................................... 12 2.3 CONTA CONTÁBIL ..................................................................................................................... 12

3 ASPECTOS GERAIS DO PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO ................................ 15

3.1 DIRETRIZES ................................................................................................................................ 15 3.2 OBJETIVOS ................................................................................................................................ 16 3.3 RESPONSABILIDADES ................................................................................................................ 17 3.4 CAMPO DE APLICAÇÃO ............................................................................................................. 17

4 SISTEMA CONTÁBIL ................................................................................................................... 18

5 REGISTRO CONTÁBIL ................................................................................................................. 20

5.1 LÓGICA DO REGISTRO CONTÁBIL ...................................................................................................... 20 5.1.1 NATUREZA DA INFORMAÇÃO DAS CONTAS DO PCASP ..................................................... 20

5.2 CONTAS FINANCEIRAS E PERMANENTES .................................................................................. 20 5.2.1 UTILIZAÇÃO DO CONTROLE “EM LIQUIDAÇÃO” ................................................................ 22

5.3 FORMALIDADES DO REGISTRO CONTÁBIL ............................................................................................ 23

6 COMPOSIÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO ................................................................................. 27

6.1 ATIVO ......................................................................................................................................... 27 6.2 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................................................................................... 27 6.3 VARIAÇÕES PATRIMONIAIS ....................................................................................................... 28

6.3.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO ............................................................................................. 28 6.3.2 RESULTADO PATRIMONIAL................................................................................................ 30

7 ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO .......................................... 31

7.1 ATRIBUTOS DA CONTA CONTÁBIL ............................................................................................. 31 7.2 RELAÇÃO DE CONTAS ................................................................................................................ 31

7.2.1 CLASSE ............................................................................................................................... 35 7.2.2 GRUPO ............................................................................................................................... 35 7.2.3 SUBGRUPO ........................................................................................................................ 39

7.3 LANÇAMENTOS PADRONIZADOS .............................................................................................. 45 7.4 ESTATÍSTICAS FISCAIS ............................................................................................................... 45

7.4.1 MANUAL DE ESTATÍSTICAS DE FINANÇAS PÚBLICAS DE 2001 – GFSM 2001 (GOVERNMENT FINANCE STATISTICS MANUAL 2001) ............................................................... 46 7.4.2 ABRANGÊNCIA GFSM 2001 ................................................................................................ 46 7.4.3 ESTATÍSTICAS HARMONIZADAS NO ÂMBITO DO MERCOSUL............................................ 49 7.4.4 ESTATÍSTICAS FISCAIS E CONTABILIDADE PÚBLICA ........................................................... 49

8 ANEXO I - RELAÇÃO DE CONTAS CONTÁBEIS ............................................................................. 50

9 ANEXO II – ATRIBUTOS DAS CONTAS CONTÁBEIS ...................................................................... 54

Page 9: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

10 ANEXO III – LANÇAMENTOS CONTÁBEIS PADRONIZADOS ....................................................... 66

10.1 PREVISÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA ................................................................................. 66 10.2 FIXAÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA .................................................................................. 66 10.3 RECONHECIMENTO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO ........................................................................ 66 10.4 ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS ................................................................................................. 66 10.5 OPERAÇÃO DE CRÉDITO .......................................................................................................... 67 10.6 ALIENAÇÃO DE VEÍCULOS (À VISTA) ........................................................................................ 67 10.7 MOVIMENTAÇÃO DE CRÉDITOS .............................................................................................. 67 10.8 CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS ................................................................................................. 67 10.9 PASSIVO SEM SUPORTE ORÇAMENTÁRIO ............................................................................... 69 10.10 MATERIAL DE CONSUMO ...................................................................................................... 70 10.11 AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS ...................................................................................................... 73 10.12 CONVÊNIOS .......................................................................................................................... 74 10.13 DOAÇÃO RECEBIDA DE VEÍCULOS ......................................................................................... 75 10.14 DOAÇÃO CONCEDIDA DE COMPUTADORES ......................................................................... 75 10.15 DEPÓSITO DE CAUÇÃO .......................................................................................................... 75 10.16 DEVOLUÇÃO PARCIAL DE CAUÇÃO ....................................................................................... 75 10.17 DÍVIDA ATIVA ........................................................................................................................ 75

INDICE REMISSIVO ....................................................................................................................... 77

Page 10: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

10 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

1 INTRODUÇÃO

A ciência contábil tem como finalidade principal o fornecimento de informações,

contribuindo de forma significativa para a adequada tomada de decisão. Assim, o papel

desempenhado pelo contador ganha relevância, com o objetivo principal de adequar práticas

contábeis, demonstrações e a evidenciação da informação (disclosure) às novas necessidades dos

usuários.

No Brasil a contabilidade aplicada ao setor público efetua de modo eficiente o registro dos

atos e fato relativos ao controle da execução orçamentária e financeira. No entanto, muito ainda se

pode avançar no que se refere à evidenciação do patrimônio público.

Esta necessidade de melhor evidenciação dos fenômenos patrimoniais e a busca por um

tratamento contábil padronizado dos atos e fatos administrativos no âmbito do setor público tornou

necessária a elaboração de um Plano de Contas Aplicado ao Setor Público com abrangência

nacional.

O Plano de Contas Aplicado ao Setor Público - PCASP - estabelece conceitos básicos, regras

para registro dos atos e fatos e estrutura contábil padronizada, de modo a atender a todos os entes da

Federação e aos demais usuários da informação contábil, permitindo a geração de base de dados

consistente para compilação de estatísticas e finanças públicas.

O Grupo Técnico de Padronização de Procedimentos Contábeis, criado pela Portaria STN nº

136, de 6 de março de 2007, priorizou a elaboração de um Plano de Contas Aplicado ao Setor

Público em conformidade com a lei 4.320/1964, permitindo a consolidação das contas públicas

conforme o art. 50, § 2º, da Lei Complementar n.º 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal –

LRF.

É fundamental que o PCASP possibilite a elaboração padronizada de relatórios e

demonstrativos previstos na LRF e das demais demonstrações contábeis. O objetivo é reduzir

divergências conceituais e procedimentais, em benefício da transparência da gestão fiscal, da

racionalização de custos nos entes da Federação e do controle social.

Assim, desde a criação do Grupo Técnico têm sido realizados estudos e discussões com a

participação de diversos órgãos e entidades técnicas representativas da sociedade, que resultaram nas

seguintes diretrizes para o PCASP:

I. Adoção de estrutura de Plano de Contas padronizada nas três esferas de governo, para

fins de consolidação nacional e compatibilização com a elaboração de relatórios e demonstrativos

previstos na legislação vigente e nas normas de contabilidade, de forma, ainda, a contemplar

peculiaridades inerentes às empresas estatais dependentes, sendo facultativo para as empresas

estatais independentes;

II. Flexibilidade para que os entes detalhem em níveis inferiores, a partir do nível de

detalhamento definido como mínimo a ser observado, de modo adequado às suas peculiaridades;

III. Divulgação da estrutura do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, com prazo para

implantação facultativa em 2010 e obrigatória em 2011 para União, em 2012 para os Estados e em

2013 para os Municípios; e

Page 11: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

11 INTRODUÇÃO

IV. Elaboração de Manual do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, descrevendo o

elenco das contas e suas funções e demais procedimentos a serem observados.

Page 12: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

12 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

2 PLANO DE CONTAS

2.1 CONCEITO DE PLANO DE CONTAS

É a estrutura básica da escrituração contábil, formada por um conjunto de contas, previamente

estabelecido, que permite obter as informações necessárias à elaboração de relatórios gerenciais e

demonstrações contábeis conforme as características gerais da entidade, possibilitando a

padronização de procedimentos contábeis.

2.2 OBJETIVO DE UM PLANO DE CONTAS

O plano de contas de uma entidade tem como objetivo atender, de maneira uniforme e

sistematizada, o registro contábil dos atos e fatos praticados pela entidade. Desta forma, proporciona

maior flexibilidade no gerenciamento e consolidação dos dados e alcança as necessidades de

informações dos usuários. Sua entrada de informações deve ser flexível de modo a atender os

normativos, gerar informações necessárias à elaboração de relatórios e demonstrativos e facilitar a

tomada de decisões e a prestação de contas.

2.3 CONTA CONTÁBIL

Conta é a expressão qualitativa e quantitativa de fatos de mesma natureza, evidenciando a

composição, variação e estado do patrimônio, bem como de bens, direitos, obrigações e situações

nele não compreendidas, mas que, direta ou indiretamente, possam vir a afetá-lo.

As Contas são agrupadas segundo suas funções, possibilitando:

a) Identificar, classificar e efetuar a escrituração contábil, pelo método das partidas dobradas,

dos atos e fatos de gestão, de maneira uniforme e sistematizada;

b) Determinar os custos das operações do governo;

c) Acompanhar e controlar a execução orçamentária, evidenciando a receita prevista,

lançada, realizada e a realizar, bem como a despesa autorizada, empenhada, realizada e as dotações

disponíveis;

d) Elaborar os Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial, a Demonstração das

Variações Patrimoniais, de Fluxo de Caixa e do Resultado Econômico;

e) Conhecer a composição e situação do patrimônio analisado, por meio da evidenciação de

todos os ativos e passivos;

f) Analisar e interpretar os resultados econômicos e financeiros;

g) Individualizar os devedores e credores, com a especificação necessária ao controle

contábil do direito ou obrigação; e

h) Controlar contabilmente os atos potenciais oriundos de contratos, convênios, acordos,

ajustes e outros instrumentos congêneres.

Page 13: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

13 PLANO DE CONTAS

A estrutura do plano de contas é influenciada pela teoria das contas, que explica a

representação e a classificação das contas contábeis. As principais teorias são:

a) Teoria Personalista: cada conta assume a configuração de uma pessoa no seu

relacionamento com a entidade. Dessa forma, caixa, bancos, duplicatas a receber,

capital, receitas e despesas representam pessoas com as quais a entidade mantém

relacionamento. De acordo com essa teoria, as contas se classificam em:

i. Agentes consignatários (pessoas encarregadas da guarda de valores):

representam os bens da empresa;

ii. Agentes correspondentes (terceiros que mantêm transações com a empresa):

representam os direitos e obrigações;

iii. Proprietários (dono e responsável pela riqueza administrada): representam as

contas do patrimônio líquido e suas variações, inclusive despesas e receitas.

b) Teoria Materialista: as contas representam relações materiais e se classificam em dois

grandes grupos:

i. Contas integrais: representam bens, direitos e obrigações exigíveis;

ii. Contas diferenciais: representam as contas do patrimônio líquido e suas

variações, inclusive as receitas e despesas.

c) Teoria Patrimonialista: entende que o objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio

e que a finalidade contábil é a administração do mesmo. O patrimônio pode ser

compreendido pela sua situação estática, pela sua situação dinâmica e pela sua

representação quantitativa e qualitativa. De acordo com essa teoria as contas são

classificadas em:

i. Contas patrimoniais: representam a situação estática, ou seja, o patrimônio, os

elementos ativos e passivos, que são os bens, direitos, obrigações com terceiros

e o patrimônio líquido;

ii. Contas de resultado: representam a situação dinâmica e as variações

patrimoniais, ou seja, as contas que alteram o patrimônio líquido e demonstram

o resultado do exercício.

A estrutura conceitual do plano de contas será baseada na teoria patrimonialista visando a

evidenciação dos elementos patrimoniais, a compreensão da composição patrimonial e a

demonstração de todos os bens, direitos e obrigações da entidade.

Na Contabilidade Aplicada ao Setor Público as contas contábeis são classificadas segundo a

natureza das informações que evidenciam:

Contas com Informações de Natureza Patrimonial: representadas pelas contas que

integram o Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Variações Patrimoniais Diminutivas (VPD) e

Variações Patrimoniais Aumentativas (VPA);

Contas com Informações de Natureza Orçamentária: representadas pelas contas que

registram aprovação e execução do planejamento e orçamento, inclusive Restos a Pagar;

Contas com Informações de Natureza Típica de Controle: representadas pelas contas não

caracterizadas como contas patrimoniais, que tenham função precípua de controle seja para fins de

Page 14: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

14 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

elaboração de informações gerenciais específicas, acompanhamento de rotinas, elaboração de

procedimentos de consistência contábil ou para registrar atos que não ensejaram registros nas contas

patrimoniais, mas que potencialmente possam vir a afetar o patrimônio.

As contas contábeis podem ainda ser classificadas quanto à:

a) Natureza do saldo:

i. Conta Devedora – aquela de possui saldo predominantemente devedor;

ii. Conta Credora – aquela que possui saldo predominantemente credor;

iii. Conta Híbrida ou Mista – aquela que possuí saldo devedor ou credor.

b) Variação na natureza do saldo:

i. Conta Estável – aquela que só possui um tipo de saldo;

ii. Conta Instável – aquela que possui saldo devedor ou credor.

c) Movimentação que sofrem:

i. Conta Unilateral: aquelas que são utilizadas para lançamentos a débito ou a crédito

exclusivamente;

ii. Conta Bilateral: aquela que são utilizadas para lançamentos a débito e a crédito;

d) Frequência das movimentações no período:

i. Conta Estática: pouca movimentação no período;

ii. Conta Dinâmica: frequente movimentação no período.

e) Necessidade de desdobramento:

i. Conta Sintética: aquela que funciona como agregadora, possuindo conta em nível

inferior;

ii. Conta Analítica: aquela que recebe escrituração, não possuindo conta em nível

inferior.

Page 15: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

15 ASPECTOS GERAIS DO PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO

3 ASPECTOS GERAIS DO PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR

PÚBLICO

Motivada pela busca da convergência aos padrões internacionais, a contabilidade pública

encontra-se em um momento de transformações. A conjuntura econômica, interna e externa, tem

demandado esforços das organizações contábeis nacionais para adoção de conceitos e procedimentos

reconhecidos e utilizados internacionalmente.

A lei nº 4.320/1964, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle

dos orçamentos e balanços, em seu Título IX, “Da Contabilidade”, estabelece:

“Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o

acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a

determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise

e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros.”

(....)

“Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária,

financeira patrimonial e industrial.”

O PCASP atende as necessidades dos entes da Federação e dos demais usuários da

informação contábil, e está em conformidade com os princípios da administração pública, com as

leis de finanças e orçamento público e com as normas e princípios contábeis.

Esse plano foi concebido para possibilitar, de maneira uniforme e sistematizada, o registro

contábil de atos e fatos no setor público, proporcionando flexibilidade no gerenciamento e

consolidação dos dados, atendendo assim às necessidades de informações dos que atuam na área

pública.

O PCASP é a estrutura primária para gerar os demonstrativos contábeis, inclusive os

demonstrativos do Relatório Resumido de Execução Orçamentária e do Relatório de Gestão Fiscal e

aqueles necessários a geração de informações ao público, incluindo os organismos internacionais.

Essa estrutura contempla a relação de contas contábeis com suas funções, atributos,

lançamentos padrões, nomenclatura e explicações gerais de uso.

3.1 DIRETRIZES

A globalização econômica, a evolução tecnológica e sistêmica, a demanda por informações

gerenciais e a complexidade das transações no setor público exigem que os instrumentos contábeis

utilizados pela gestão pública sejam eficientes, eficazes e tempestivos.

A contabilidade aplicada ao setor público deve submeter-se a mudanças conceituais em

virtude do novo modelo de gestão pública, face ao objetivo de aproximação conceitual com a

contabilidade patrimonial. Este objetivo encontra-se nos esforços de organismos internacionais, a

exemplo da IFAC (International Federation of Accountants), que estabelece padrões internacionais

de contabilidade para o setor público.

Assim, faz-se necessário um Plano de Contas padronizado para a Federação com

metodologia, estrutura, conceitos e funcionalidades que o tornem versátil e abrangente, permitindo

Page 16: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

16 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

ao país obter informações orçamentárias, financeiras e patrimoniais consolidadas por esfera

governamental.

As diretrizes do PCASP são:

Padronização dos registros contábeis das entidades do setor público de todas as esferas de

governo, envolvendo a administração direta e indireta, inclusive fundos, autarquias, agências

reguladoras e empresas estatais dependentes - de todas as esferas de governo;

Harmonização dos procedimentos contábeis com os princípios e normas de contabilidade,

sempre observando a legislação vigente;

Adoção de estrutura codificada e hierarquizada em classes de contas, contemplando as

contas patrimoniais, de atos potenciais, de resultado e de planejamento e execução orçamentária

além daquelas com funções precípuas de controle;

Flexibilidade para que os entes detalhem, conforme suas necessidades, os níveis inferiores

das contas a partir do nível seguinte ao padronizado;

Controle do patrimônio e dos atos de gestão que possam afetá-lo, assim como do

orçamento público, demonstrando a situação econômico-financeira da entidade;

Distinção de institutos com conceitos e regimes próprios em classes ou grupos, como no

caso de patrimônio e orçamento, mantendo-se seus relacionamentos;

Preservação dos aspectos orçamentários em seus conceitos, regime de escrituração e

demonstrativos, com destaque em classes ou grupos de modo a possibilitar visões sob os enfoques

patrimonial, orçamentário ou fiscal;

Inexistência de necessária vinculação entre as classificações orçamentária e patrimonial;

Possibilidade de extração de informações de modo a atender seus usuários.

3.2 OBJETIVOS

Os objetivos gerais do PCASP correspondem ao estabelecimento de normas e procedimentos

para o registro contábil das entidades do setor público e a viabilizar a consolidação das contas

públicas.

Seus objetivos específicos são:

a) Atender as necessidades de informação das organizações do setor público;

b) Observar formato compatível com as legislações vigentes, os Princípios Fundamentais de

Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público -

NBCASP;

c) Adaptar-se, tanto quanto possível, às exigências dos agentes externos, principalmente às

Normas Internacionais de Contabilidade do Setor Público (NICSP).

Page 17: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

17 ASPECTOS GERAIS DO PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO

3.3 RESPONSABILIDADES

A STN, com o apoio do Grupo Técnico de Procedimentos Contábeis, é responsável pela

administração do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público até a implantação do Conselho de

Gestão Fiscal, instituído pela LRF, a quem compete:

Criar, extinguir, especificar, desdobrar, detalhar e codificar contas;

Expedir instruções sobre a utilização do Plano de Contas, compreendendo os

procedimentos contábeis pertinentes; e

Promover as alterações e ajustes necessários à atualização do Plano de Contas, observada

sua estrutura básica, incluindo os lançamentos típicos da Administração Pública.

3.4 CAMPO DE APLICAÇÃO

O campo de aplicação do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público abrange todas as

entidades governamentais, exceto as estatais independentes, cuja utilização é facultativa.

O PCASP deve ser utilizado por todos os Poderes de cada ente da federação, seus fundos,

órgãos, autarquias, inclusive especiais, e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, bem

como pelas empresas estatais dependentes.

As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas

próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

Entende-se por empresa estatal dependente, conforme disposto no art. 2º, inciso III da LRF, a

empresa controlada que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas

com pessoal, de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de

aumento de participação acionária.

Page 18: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

18 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

4 SISTEMA CONTÁBIL

O sistema contábil é a estrutura de informações para identificação, mensuração, avaliação,

registro, controle e evidenciação dos atos e dos fatos da gestão do patrimônio público, com o

objetivo de orientar o processo de decisão, a prestação de contas e a instrumentalização do controle

social.

Esse sistema é organizado em subsistemas de informações, que oferecem produtos diferentes

em razão das especificidades demandadas pelos usuários e facilitam a extração de informações.

Conforme as NBCASP, o sistema contábil público estrutura-se nos seguintes subsistemas:

a) Subsistema de Informações Orçamentárias – registra, processa e evidencia os atos e os

fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária, tais como:

i. Orçamento;

ii. Programação e execução orçamentária;

iii. Alterações orçamentárias; e

iv. Resultado orçamentário.

b) Subsistema de Informações Financeiras – registra, processa e evidencia os fatos

relacionados aos ingressos e aos desembolsos financeiros, que subsidia a administração com

informações tais como:

i. Fluxo de caixa;

ii. Resultado primário; e

iii. Receita corrente líquida.

c) Subsistema de Informações Patrimoniais – registra, processa e evidencia os fatos não

financeiros relacionados com as variações do patrimônio público, que subsidia a administração com

informações tais como:

i. Alterações nos elementos patrimoniais;

ii. Resultado econômico; e

iii. Resultado nominal.

d) Subsistema de Custos – registra, processa e evidencia os custos da gestão dos recursos e

do patrimônio públicos, que subsidia a administração com informações tais como:

i. Custos dos programas, dos projetos e das atividades desenvolvidas;

ii. Bom uso dos recursos públicos; e

iii. Custos das unidades contábeis.

e) Subsistema de Compensação - registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos

efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles

com funções específicas de controle, que subsidia a administração com informações tais como:

i. Alterações potenciais nos elementos patrimoniais; e

ii. Acordos, garantias e responsabilidades.

Os subsistemas contábeis devem ser integrados entre si e a outros subsistemas de informações

de modo a subsidiar a administração pública sobre:

Page 19: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

19 SISTEMA CONTÁBIL

1. O desempenho da unidade contábil no cumprimento da sua missão;

2. A avaliação dos resultados obtidos na execução dos programas de trabalho com relação à

economicidade, à eficiência, à eficácia e à efetividade;

3. A avaliação das metas estabelecidas pelo planejamento; e

4. A avaliação dos riscos e das contingências.

O conhecimento do conceito do sistema contábil e de seus subsistemas, apesar de

essencialmente teórico, facilita o pleno entendimento da estrutura e funcionamento do PCASP.

Page 20: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

20 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

5 REGISTRO CONTÁBIL

5.1 LÓGICA DO REGISTRO CONTÁBIL

5.1.1 NATUREZA DA INFORMAÇÃO DAS CONTAS DO PCASP

O PCASP é dividido em 8 classes:

1. Ativo;

2. Passivo e Patrimônio Líquido;

3. Variações Patrimoniais Diminutivas;

4. Variações Patrimoniais Aumentativas;

5. Controles da Aprovação do Planejamento e Orçamento;

6. Controles da Execução do Planejamento e Orçamento;

7. Controles Devedores; e

8. Controles Credores.

A natureza da informação evidenciada pelas contas das quatro primeiras classes, 1 a 4, é

Patrimonial, ou seja, informa a situação do Patrimônio da Entidade Pública. A natureza da

informação das contas das duas classes seguintes, 5 e 6, é Orçamentária, pois nessas classes são

feitos os controles do Planejamento e do Orçamento, desde a aprovação até a execução. Por fim, a

natureza da informação das contas das duas últimas classes, 7 e 8, é de controle, pois nessas classes

são registrados os atos potenciais e diversos controles.

O registro contábil deve ser feito pelo método das partidas dobradas e os lançamentos devem

debitar e creditar contas que apresentem a mesma natureza de informação, seja patrimonial,

orçamentária ou de controle. Assim, os lançamentos estarão fechados dentro das classes 1, 2, 3 e 4

ou das classes 5 e 6 ou das classes 7 e 8.

5.2 CONTAS FINANCEIRAS E PERMANENTES

A Lei 4.320/1964, em seu art. 105, determina:

“Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará:

I - O Ativo Financeiro;

II - O Ativo Permanente;

III - O Passivo Financeiro;

IV - O Passivo Permanente;

V - O Saldo Patrimonial;

VI - As Contas de Compensação.

§ 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários.

Page 21: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

21 REGISTRO CONTÁBIL

§ 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação

dependa de autorização legislativa.

§ 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outros pagamento independa de

autorização orçamentária.

§ 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de

autorização legislativa para amortização ou resgate.”

Essa classificação é importante para que se faça a apuração do Superávit Financeiro,

necessário para a abertura de créditos adicionais no exercício seguinte, conforme disposto no art. 43

da Lei 4.320/1964.

"Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos

disponíveis para ocorrer à despesa e será precedida de exposição justificativa.

§1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, deste que não comprometidos;

I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;

(...)

2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo

financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles

vinculadas. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)”

Dessa maneira, é importante que as contas do Ativo e Passivo sejam diferenciadas por um

atributo específico que atenda ao critério da lei e permita separar o ativo e o passivo em Financeiro e

Permanente. Assim, nos exemplos de lançamentos padronizados as contas de Ativo e Passivo virão

acompanhadas das letras “F” ou “P”, entre parênteses, para indicar se são contas financeiras ou

permanentes.

As contas de Passivo que dependam de autorização orçamentária para amortização ou resgate

integram o Passivo Permanente, mas após essa autorização, materializada na figura do empenho da

despesa, elas passam a independer de autorização orçamentária, ou seja, passam a ter característica

Financeira, integrando o Passivo Financeiro.

Conforme a Lei 4.320/1964, em seu art. 58, o momento dessa autorização é o empenho, pois

neste se cria obrigação de natureza orçamentária, pendente ou não de implemento de condição.

Trata-se da efetivação da autorização orçamentária dada pela LOA ou pelas leis de créditos

adicionais:

“Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado

obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)”

Assim, em conformidade com as regras estabelecidas na lei 4.320/1964, o passivo modifica

sua característica, de permanente (P) para financeiro (F). Existem diversas formas de se realizar esse

controle; dentre elas, destaca-se a utilização da sistemática de controle por meio de conta-corrente ou

a simples duplicação de contas, sendo uma financeira e outra permanente. A escolha dessa forma

será feita pelo ente. Essa situação pode ser visualizada no anexo III, subitem 10.9, “PASSIVO SEM

SUPORTE ORÇAMENTÁRIO”, desse volume.

A título de exemplo, caso a unidade tenha obrigação a pagar que não esteja amparada por

crédito orçamentário, ou seja, não tenha sido empenhada, esta deverá ser registrada como um passivo

Page 22: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

22 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

permanente no momento do fato gerador. Quando a obrigação a pagar for empenhada, deve-se

proceder à baixa do passivo permanente em contrapartida ao passivo financeiro, conforme o art. 105

da Lei 4.320/1964.

5.2.1 UTILIZAÇÃO DO CONTROLE “EM LIQUIDAÇÃO”

No Balanço Patrimonial, o Passivo Financeiro representa as obrigações decorrentes do

empenho da despesa, liquidadas ou não, mas que ainda não foram pagas. Neste conceito se incluem

despesas orçamentárias que ainda não se constituíram em passivo circulante ou não-circulante

(classe 2). Dessa forma o passivo financeiro não será composto apenas pelas contas da Classe 2

(Passivo e Patrimônio Líquido) com atributos (F), pois a essas contas deve-se somar o saldo dos

empenhos emitidos cujos fatos geradores dos passivos exigíveis não tenham ainda acontecido. Este

saldo é obtido na conta “Crédito Empenhado a Liquidar”.

Os créditos empenhados a liquidar compreendem, além do saldo dos empenhos cujos fatos

geradores ainda não ocorreram, o saldo dos empenhos cujos fatos geradores ocorreram, mas que

ainda não foram conferidos o objeto, o credor e o valor, ou seja, não houve a liquidação.

Contudo, essa última situação (empenhos cujos fatos geradores ocorreram, porém ainda não

foram liquidados) já se encontra na Classe 2 (Passivo e Patrimônio Líquido), em contas com atributo

“F”, pois o fato gerador do passivo exigível e o empenho já ocorreram.

Dessa maneira, a simples soma das contas da Classe 2 (Passivo e Patrimônio Líquido) com o

saldo da conta “Crédito Empenhado a Liquidar” acarretaria em duplicação de valores no Balanço

Patrimonial quando o reconhecimento do passivo ocorrer antes da liquidação, ou seja, quando o fato

gerador do passivo exigível ocorrer antes do segundo estágio da despesa orçamentária.

Há então a necessidade de uma conta intermediária, entre o empenho e a liquidação, para a

qual seja transferido o saldo dos empenhos cujos fatos geradores ocorreram, porém ainda não foram

liquidados. Essa conta intermediária é denominada “Crédito Empenhado em Liquidação”.

Com isso, evita-se a duplicação de valores e faz-se a correta contabilização do passivo no

momento da ocorrência do fato gerador, conforme os Princípios Fundamentais de Contabilidade da

Competência e Oportunidade.

Situações sobre como efetuar os lançamentos nos casos em que o fato gerador ocorrer antes

do empenho e após o empenho mas antes da liquidação podem ser visualizadas no anexo III deste

volume, respectivamente nos subitens 10.9 “PASSIVO SEM SUPORTE ORÇAMENTÁRIO” e

10.11 “AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS”.

Situações sobre como efetuar os lançamentos nos casos em que o fato gerador seja

concomitante à liquidação podem ser visualizadas também no anexo III deste volume, nos subitens

10.8 “CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS” e 10.10 “MATERIAL DE CONSUMO”.

Nota-se que quando o fato gerador do passivo ocorrer antes do empenho, será no momento do

empenho que haverá, simultaneamente, a transferência de saldo da conta “Crédito Orçamentário

Disponível” para conta “Crédito Empenhado a Liquidar” e da conta “Crédito Empenhado a

Liquidar” para a conta “Crédito Empenhado em Liquidação”.

Quando há a ocorrência do fato gerador do passivo simultaneamente à liquidação, é

facultativa a passagem pela conta “Crédito Empenhado em Liquidação”. Caso o registro seja

Page 23: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

23 REGISTRO CONTÁBIL

efetuado, será na liquidação que ocorrerão as transferências simultâneas da conta “Crédito

Empenhado a Liquidar” para a conta “Crédito Empenhado em Liquidação” e da conta “Crédito

Empenhado em Liquidação” para a conta “Crédito Empenhado Liquidado”.

A transferência de Saldo da conta “Crédito Empenhado a Liquidar” para a conta “Crédito

Empenhado em Liquidação” acontecerá de forma isolada quando o fato gerador ocorrer após o

empenho e antes da liquidação.

5.3 FORMALIDADES DO REGISTRO CONTÁBIL

As entidades do setor público devem manter procedimentos uniformes de registros contábeis,

por meio de processo manual, mecanizado ou eletrônico, em rigorosa ordem cronológica, como

suporte às informações.

São características do registro e da informação contábil:

a) Comparabilidade – os registros e as informações contábeis devem possibilitar a análise

da situação patrimonial de entidades do setor público ao longo do tempo e estaticamente, bem como

a identificação de semelhanças e diferenças dessa situação patrimonial com a de outras entidades;

b) Compreensibilidade – as informações apresentadas nas demonstrações contábeis devem

ser entendidas pelos usuários. Para esse fim, presume-se que estes já tenham conhecimento do

ambiente de atuação das entidades do setor público. Todavia, as informações relevantes sobre temas

complexos não devem ser excluídas das demonstrações contábeis, mesmo sob o pretexto de que são

de difícil compreensão pelos usuários;

c) Confiabilidade – o registro e a informação contábil devem reunir requisitos de verdade e

de validade que possibilitem segurança e credibilidade aos usuários no processo de tomada de

decisão;

d) Fidedignidade – os registros contábeis realizados e as informações apresentadas devem

representar fielmente o fenômeno contábil que lhes deu origem;

e) Imparcialidade – os registros contábeis devem ser realizados e as informações devem ser

apresentadas de modo a não privilegiar interesses específicos e particulares de agentes e/ou

entidades;

f) Integridade – os registros contábeis e as informações apresentadas devem reconhecer os

fenômenos patrimoniais em sua totalidade, não podendo ser omitidas quaisquer partes do fato

gerador;

g) Objetividade – o registro deve representar a realidade dos fenômenos patrimoniais em

função de critérios técnicos contábeis preestabelecidos em normas ou com base em procedimentos

adequados, sem que incidam preferências individuais que provoquem distorções na informação

produzida;

h) Representatividade – os registros contábeis e as informações apresentadas devem conter

todos os aspectos relevantes;

i) Tempestividade – os fenômenos patrimoniais devem ser registrados no momento de sua

ocorrência e divulgados em tempo hábil para os usuários;

Page 24: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

24 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

j) Uniformidade – os registros contábeis e as informações devem observar critérios

padronizados e contínuos de identificação, classificação, mensuração, avaliação e evidenciação, de

modo que fiquem compatíveis, mesmo que geradas por diferentes entidades. Esse atributo permite a

interpretação e a análise das informações, levando-se em consideração a possibilidade de se

comparar a situação econômico-financeira de uma entidade do setor público em distintas épocas de

sua atividade;

k) Utilidade – os registros contábeis e as informações apresentadas devem atender às

necessidades específicas dos diversos usuários;

l) Verificabilidade – os registros contábeis realizados e as informações apresentadas devem

possibilitar o reconhecimento das suas respectivas validades;

m) Visibilidade – os registros e as informações contábeis devem ser disponibilizados para a

sociedade e expressar, com transparência, o resultado da gestão e a situação patrimonial da entidade

do setor público.

A entidade do setor público deve manter sistema de informação contábil refletido em plano

de contas que compreenda:

A terminologia de todas as contas e sua adequada codificação, a natureza e o grau de

desdobramento, possibilitando os registros de valores;

A função atribuída a cada uma das contas;

O funcionamento das contas;

A utilização do método das partidas dobradas em todos os registros dos atos e dos fatos

que afetam ou possam vir a afetar o patrimônio das entidades do setor público, de acordo com

sua natureza de informação orçamentária, patrimonial ou de controle;

Contas específicas que possibilitem a apuração de custos;

Tabela de codificação de registros que identifique o tipo de transação, as contas

envolvidas e a movimentação a débito e a crédito.

O registro deve ser efetuado em idioma e moeda corrente nacionais, em livros ou meios

eletrônicos que permitam a identificação e o seu arquivamento de forma segura.

Quando se tratar de transação em moeda estrangeira, esta, além do registro na moeda de

origem, deve ser convertida em moeda nacional, aplicando a taxa de câmbio oficial e vigente na data

da transação.

São elementos essenciais do registro contábil:

1. A data da ocorrência da transação;

2. A conta debitada;

3. A conta creditada;

Page 25: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

25 REGISTRO CONTÁBIL

4. O histórico da transação de forma descritiva ou por meio do uso de código de histórico

padronizado, quando se tratar de escrituração eletrônica, baseado em tabela auxiliar inclusa em plano

de contas;

5. O valor da transação;

6. O número de controle para identificar os registros eletrônicos que integram um mesmo

lançamento contábil.

Exemplo:

Previsão da receita:

Título da Conta

D Previsão Inicial da Receita Orçamentária

C Receita Orçamentária a Realizar

Brasília, 12 de dezembro de 20X1

Registro da previsão inicial da receita, conforme apresentado na Lei Orçamentária Anual de

20X2, Lei nº 125.560/20X1.

O registro dos bens, direitos e obrigações deve possibilitar a indicação dos elementos

necessários à sua perfeita caracterização e identificação. Em cumprimento à Lei 4.320/1964 os

débitos e créditos serão escriturados com individualização do devedor ou do credor e especificação

da natureza, importância e data do vencimento, quando fixada.

Os atos da administração com potencial de modificar o patrimônio da entidade devem estar

evidenciados, nas contas de compensação do Balanço Patrimonial, em cumprimento ao § 5º do art.

105 da Lei 4.320/1964:

“§ 5o Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, obrigações e situações

não compreendidas nos parágrafos anteriores e que, mediata ou indiretamente, possam vir a afetar o

patrimônio.”

Esses atos serão devidamente registrados em Contas de Natureza de Controle.

Exemplo:

Registro de Contrato de Fornecimento de Bens:

Título da Conta

D Obrigações Contratuais – Valor Contratado

C Obrigações Contratuais a Executar

Brasília, 12 de abril de 20X2.

Registro do Contrato de Fornecimento de Bens, conforme processo licitatório nº

12500.000124/20X1-X11. Aquisição de materiais de expediente do Fornecedor Rápido de Marte.

Nota de Empenho nº 20X2NE90012X11.

Page 26: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

26 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

Os registros contábeis devem ser efetuados de forma analítica, refletindo a transação

constante em documento hábil, em consonância com os Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Os registros contábeis devem ser validados por contabilistas, com base em documentação

hábil e em conformidade às normas e às técnicas contábeis.

Os registros extemporâneos devem consignar, nos seus históricos, as datas efetivas das

ocorrências e a razão do atraso.

Nota:

A NBC T 2.8 estabelece critérios e procedimentos para a escrituração contábil em forma

eletrônica e a sua certificação digital, sua validação perante terceiros, manutenção dos

arquivos e responsabilidade de contabilista.

Page 27: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

27 COMPOSIÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO

6 COMPOSIÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO

Patrimônio Público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não,

adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor

público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à

prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas

obrigações.

O patrimônio público compõe-se dos seguintes elementos:

a) Ativo – compreende os direitos e os bens, tangíveis ou intangíveis, adquiridos, formados,

produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelo setor público, que represente um fluxo de

benefícios, presente ou futuro;

b) Passivo – compreende as obrigações assumidas pelas entidades do setor público ou

mantidas na condição de fiel depositário, bem como as contingências e as provisões; e

c) Patrimônio Líquido, Saldo Patrimonial ou Situação Líquida Patrimonial – representa

a diferença entre o Ativo e o Passivo.

A classificação dos elementos patrimoniais considera a segregação em “circulante” e “não

circulante”, com base em seus atributos de conversibilidade e exigibilidade, conforme disposto na

Lei nº 6.404/1976, viabilizando a utilização da classificação patrimonial pelas empresas estatais.

6.1 ATIVO

Os ativos devem ser classificados como circulante quando satisfizerem a um dos seguintes

critérios:

a) Estiverem disponíveis para realização imediata; e

b) Tiverem a expectativa de realização até o término do exercício seguinte.

Os demais ativos ser classificados como não circulante.

6.2 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Os passivos devem ser classificados como circulante quando satisfizerem a um dos seguintes

critérios:

a) Corresponderem a valores exigíveis até o término do exercício seguinte;

b) Corresponderem a valores de terceiros ou retenções em nome deles, quando a entidade

do setor público for fiel depositária, independentemente do prazo de exigibilidade.

Os demais passivos devem ser classificados como não circulante.

O patrimônio líquido compreende os recursos próprios da entidade, e seu valor é a diferença

positiva entre o valor do Ativo e do Passivo.

Page 28: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

28 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

Quando o valor do passivo for maior que o valor do ativo, o resultado é denominado passivo

a descoberto.

No Patrimônio Líquido, deve ser evidenciado o resultado do período segregado dos resultados

acumulados de períodos anteriores.

Integram o Patrimônio Líquido: patrimônio/capital social, reservas de capital, ajustes de

avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria, resultados acumulados e outros

desdobramentos do saldo patrimonial.

6.3 VARIAÇÕES PATRIMONIAIS

6.3.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO

Variações patrimoniais são transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais

da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado.

Assim, todas as alterações ocorridas no patrimônio são denominadas Variações Patrimoniais

e podem ser classificadas em:

Quantitativas;

Qualitativas.

As variações quantitativas decorrem de transações que aumentam ou diminuem o patrimônio

líquido, subdividindo-se em:

Variações Patrimoniais Aumentativas – quando aumentam o patrimônio líquido;

Variações Patrimoniais Diminutivas – quando diminuem o patrimônio líquido.

As variações qualitativas alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o

patrimônio líquido, determinando modificações apenas na composição específica dos elementos

patrimoniais.

Existem variações que, simultaneamente, alteram a composição qualitativa e a expressão

quantitativa dos elementos patrimoniais e são conhecidas como variações mistas ou compostas.

Page 29: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

29 COMPOSIÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO

Variações Patrimoniais

Quantitativas

Aumentativas

Diminutivas

Qualitativas

Page 30: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

30 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

6.3.2 RESULTADO PATRIMONIAL

A variação do patrimônio público é mensurada por meio da apuração do resultado patrimonial

a cada exercício.

As variações patrimoniais aumentativas e variações patrimoniais diminutivas decorrem de

transações que aumentem ou diminuem o patrimônio líquido.

De acordo com as características e peculiaridades das entidades governamentais, em nível

geral, as variações patrimoniais aumentativas podem ser classificadas nos seguintes grupos:

Governamentais – abrangem tributos e contribuições;

Empresariais – tratam de venda de bens e serviços;

Financeiras – versam sobre receitas de juros, dividendos, descontos obtidos etc.;

Transferências – incluem doações, subvenções, subsídios, transferências

intergovernamentais e intragovernamentais recebidas, entre outras; e

Outras Variações Aumentativas – outras variações patrimoniais aumentativas não

classificadas nos grupos anteriores.

O setor público, dentro das funções típicas de governo, executa ações que se materializam na

contraprestação de bens e serviços à comunidade (em algumas situações a preços subsidiados) e

ações de distribuição renda e riqueza por meio de transferências e concessão de benefícios sociais,

que podem classificar-se, de forma geral, nos seguintes grupos de variações patrimoniais

diminutivas:

Pessoal – trata da remuneração e encargos de pessoal do governo;

Benefícios Sociais – caracterizados em geral por espécies de transferências com o objetivo

de proteger a população ou segmentos dela contra certos riscos sociais;

Uso de Bens e Serviços – serviços, insumos e matérias-primas empregados na produção de

bens e serviços acrescidos de mercadorias compradas para revenda menos a variação

líquida de inventários de produtos em elaboração, bens acabados e mercadoria para

revenda;

Operações Financeiras – tratam de despesas com juros, descontos concedidos, etc.;

Transferências – incluem doações, subvenções, subsídios, transferências

intergovernamentais e intragovernamentais concedidas, entre outros; e

Outras Variações Diminutivas – outras variações patrimoniais diminutivas não classificadas

nos grupos anteriores.

O mapeamento dos elementos patrimoniais e das transações típicas de governo serve de ponto

de partida conceitual para a construção da estrutura fundamental do Plano de Contas Aplicado ao

Setor Público.

Page 31: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

31 ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO

7 ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR

PÚBLICO

O PCASP é composto por:

Tabela de atributos da conta contábil;

Relação de contas; e

Estrutura Padronizada de Lançamentos.

7.1 ATRIBUTOS DA CONTA CONTÁBIL

Atributos da conta contábil é o conjunto de características próprias que a individualizam,

distinguindo-a de outra conta pertencente ao plano de contas. Os atributos podem ser definidos por

conceitos teóricos, força legal ou por características operacionais do sistema utilizado.

a. Título – palavra ou designação que identifica o objeto de uma conta, ou seja, a razão para

a qual foi aberta e a classe de valores que registra;

b. Função – descrição da natureza dos atos e fatos registráveis na conta, explicando de forma

clara e objetiva o papel desempenhado pela conta na escrituração;

c. Funcionamento (quando debita e quando credita) – descrição da relação de uma conta

específica com as demais, demonstrando quando se debita a conta, e quando se credita;

d. Natureza do Saldo – identifica se a conta tem saldo credor ou devedor;

e. Código – conjunto ordenado de números que permite a identificação de cada uma das

contas que compõem o Plano de Contas de uma entidade;

f. Encerramento – indica a condição de permanência do saldo em uma conta, conforme sua

natureza;

g. Indicador para cálculo do Superávit Financeiro – atributo utilizado para informar se as

contas do Ativo e Passivo são classificadas como Ativo/Passivo Financeiro ou Ativo/Passivo

Permanente, conforme definições do art. 105 da Lei 4.320/1964. Nesse Manual esse indicador será

dado pelas letras “P” e “F”, entre parênteses, ao lado das contas de Ativo e Passivo.

7.2 RELAÇÃO DE CONTAS

A relação ou elenco de contas é a disposição ordenada dos códigos e títulos das contas.

A estrutura básica do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público é a seguinte:

Page 32: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

32 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

CÓDIGO TÍTULO CÓDIGO TÍTULO

1 ATIVO 2 PASSIVO E PATRIMÔNIO

LÍQUIDO

1.1 Ativo Circulante 2.1 Passivo Circulante

1.1.1 Disponível 2.1.1 Valores de terceiros

1.1.2 Créditos em Circulação 2.1.2 Obrigações em Circulação

1.1.3 Bens e Valores em Circulação

1.1.4 Investimentos dos Regimes

Próprios de Previdência

1.2 Ativo Não-Circulante 2.2 Passivo Não - Circulante

1.2.1 Ativo Realizável a Longo

Prazo 2.2.1

Obrigações Exigíveis a Longo

Prazo

1.2.2 Investimento

1.2.3 Imobilizado

1.2.4

Intangível

2.5 Patrimônio Líquido

2.5.1 Patrimônio Social/Capital

Social

2.5.2 Reservas de Capital

2.5.3 Ajustes de Avaliação

Patrimonial

2.5.4 Reservas de Lucros

2.5.5 Ações em Tesouraria

2.5.6 Resultados Acumulados

2.5.6.1 Do Exercício

2.5.6.2 Exercícios Anteriores

3

VARIAÇÃO

PATRIMONIAL

DIMINUTIVA

4

VARIAÇÃO

PATRIMONIAL

AUMENTATIVA

3.1 Pessoal e Encargos 4.1 Tributárias

3.1.1 Remuneração Pessoal 4.1.1 Impostos

3.1.2 Obrigações Patronais 4.1.2 Taxas

3.1.3 Benefícios a Pessoal 4.1.3 Contribuições de Melhoria

3.1.9

Outras Variações Patrimoniais

Diminutivas – Pessoal e

Encargos

3.2 Benefícios Sociais 4.2 Contribuições

3.2.1 Aposentadorias e Reformas 4.2.1 Contribuições Sociais

3.2.2 Pensões 4.2.2 Contribuições Econômicas

3.2.3 Benefícios Assistenciais

Page 33: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

33 ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO

3.2.9

Outras Variações Patrimoniais

Diminutivas – Benefícios

Sociais

3.3 Uso de Bens e Serviços 4.3 Exploração de Bens e Serviços

3.3.1 Material de Consumo 4.3.1 Exploração de Bens

3.3.2 Serviços 4.3.2 Exploração de Serviços

3.3.3 Depreciação,

Amortização, e Exaustão

3.4 Financeiras 4.4 Financeiras

3.4.1

Juros e Encargos de

Empréstimos e Financiamentos

Obtidos

4.4.1

Juros e Encargos de

Empréstimos e Financiamentos

Concedidos

3.4.2 Demais Juros e Encargos 4.4.2 Demais Juros e Encargos

3.4.3 Variações Cambiais 4.4.3 Variações Cambiais

3.4.4 Descontos Concedidos 4.4.4 Descontos Obtidos

4.4.5 Remuneração das

Disponibilidades

3.4.9 Outras Variações Patrimoniais

Diminutivas – Financeiras 4.4.9

Outras Variações Patrimoniais

Aumentativas – Financeiras

3.5 Transferências 4.5 Transferências

3.5.1 Governamentais 4.5.1 Governamentais

3.5.2 Não Governamentais 4.5.2 Não Governamentais

3.6 Tributárias e Contributivas

3.6.1 Tributos

3.6.2 Contribuições

3.9 Outras Variações Patrimoniais

Diminutivas 4.9

Outras Variações Patrimoniais

Aumentativas

Registros relativos à execução do orçamento são efetuados nas classes de Controle da

Aprovação do Planejamento e Orçamento e Controles da Execução do Planejamento e Orçamento,

conforme estrutura definida a seguir:

CÓDIGO TÍTULO CÓDIGO TÍTULO

5. Controles da Aprovação do

Planejamento e Orçamento

6. Controles da Execução do

Planejamento e Orçamento

5.1 Planejamento Aprovado 6.1 Execução do Planejamento

5.1.1 PPA – Aprovado 6.1.1 Execução do PPA

5.1.2 PLOA 6.1.2 Execução do PLOA

5.2 Orçamento Aprovado 6.2 Execução do Orçamento

5.2.1 Previsão da Receita 6.2.1 Execução da Receita

Page 34: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

34 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

5.2.2 Fixação da Despesa 6.2.2 Execução da Despesa

5.3 Inscrição de Restos a Pagar 6.3 Execução de Restos a Pagar

5.3.1 Inscrição de RP não processado 6.3.1 Execução de RP não processado

5.3.2 Inscrição de RP processado 6.3.1.1 RP não processado a liquidar

6.3.1.2 RP não processado em liquidação

6.3.1.3 RP não processado liquidado a pagar

6.3.1.4 RP não processado pago

6.3.2 Execução de RP processado

6.3.2.1 RP processado a pagar

6.3.2.2 RP processado pago

Os controles devedores e credores apresentam contas apenas de controle. A Estrutura dos

controles devedores e credores até o terceiro nível é a seguinte:

Os quatro primeiros níveis das contas contábeis observam as seguintes codificações:

CÓDIGO TÍTULO CÓDIGO TÍTULO

7. Controles Devedores 8. Controles Credores

7.1 Atos Potenciais 8.1 Execução dos Atos Potenciais

7.1.1 Atos Potenciais do Ativo 8.1.1 Execução dos Atos Potenciais do Ativo

7.1.2 Atos Potenciais do Passivo 8.1.2 Execução dos Atos Potenciais do

Passivo

7.2 Administração Financeira 8.2 Execução da Administração Financeira

7.2.1 Programação Financeira 8.2.1 Execução da Programação Financeira

7.2.2 Disponibilidades por Destinação 8.2.2 Execução das Disponibilidades por

Destinação

7.3 Dívida Ativa 8.3 Execução da Dívida Ativa

7.3.1 Controle da Dívida Ativa 8.3.1 Créditos a Encaminhar para Dívida

Ativa

8.3.2 Créditos Encaminhados para Dívida

Ativa

8.3.3 Créditos a Inscrever em Dívida Ativa

8.3.4 Créditos a Inscrever em Dívida Ativa

devolvidos

8.3.5 Créditos Inscritos em Dívida Ativa a

receber

8.3.6 Créditos Inscritos em Dívida Ativa

recebidos

7.4 Riscos Fiscais 8.4 Execução dos Riscos Fiscais

7.4.1 Controle de Riscos Fiscais 8.4.1 Riscos Fiscais Previstos

8.4.2 Riscos Fiscais Confirmados

7.8 Custos 8.8 Apuração de Custos

7.9 Outros Controles 8.9 Outros Controles

Page 35: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

35 ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO

1º NÍVEL – CLASSE

2º NÍVEL – GRUPO

3º NÍVEL – SUBGRUPO

4º NÍVEL – ELEMENTO

7.2.1 CLASSE

A Classe representa a agregação máxima das contas contábeis e está estruturada da seguinte

forma:

1 – ATIVO

2 – PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

3 – VARIAÇÃO PATRIMONIAL DIMINUTIVA

4 – VARIAÇÃO PATRIMONIAL AUMENTATIVA

5 - CONTROLES DA APROVAÇÃO DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO

6 – CONTROLES DA EXECUÇÃO DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO

7 – CONTROLES DEVEDORES

8 – CONTROLES CREDORES

Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se

espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade.

Passivo e Patrimônio Líquido é a classe que abrange obrigações presente da entidade,

derivadas de eventos já ocorridos, cuja extinção se espera resultar em saída de recursos capazes de

gerar benefícios econômicos. Compreende também os recursos próprios da entidade.

Variação Patrimonial Diminutiva é decréscimo no benefício econômico durante o período

contábil sob a forma de saída de recurso ou redução de ativo ou incremento em passivo, que resulte

em decréscimo do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de distribuição aos proprietários

da entidade.

Variação Patrimonial Aumentativa é aumento no benefício econômico durante o período

contábil sob a forma de entrada de recurso ou aumento de ativo ou diminuição de passivo, que

resulte em aumento do patrimônio líquido e que não seja proveniente de aporte dos proprietários da

entidade.

Controles da Aprovação e Execução do Planejamento e Orçamento compreendem contas

com função de registrar os atos e fatos ligados à execução orçamentária e financeira.

Controles Devedores e Credores compreendem as contas em que são registrados os

denominados Atos Potenciais e contas com função precípua de controle.

7.2.2 GRUPO

A classe do ATIVO compreende os seguintes grupos de contas:

1.1 Ativo Circulante – compreende as disponibilidades de numerário, bem como outros bens e

direitos pendentes ou em circulação, realizáveis até o término do exercício seguinte, bem

como as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.

Page 36: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

36 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

1.2 Ativo Não-Circulante – compreende os demais ativos não classificados como circulante

segregado em ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.

A classe do PASSIVO compreende os seguintes grupos de contas:

2.1 Passivo Circulante – são as obrigações conhecidas e os encargos estimados, cujos prazos

estabelecidos ou esperados situem-se no curso do exercício subseqüente à data do balanço

patrimonial.

2.2 Passivo Não-Circulante – compreende os demais passivos não classificados como

circulante.

2.5 Patrimônio Líquido - compreende os recursos próprios da Entidade, dividindo-se em

capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações

em tesouraria e resultados acumulados.

A classe da VARIAÇÃO PATRIMONIAL DIMINUTIVA compreende os seguintes grupos

de contas:

3.1 Pessoal e Encargos – Representa o somatório das variações patrimoniais

diminutivas/despesas de natureza salarial decorrentes do exercício efetivo do cargo ou do

emprego público, quer seja civil ou militar, função de confiança, bem como as obrigações

trabalhistas e os benefícios de responsabilidade do empregador incidentes sobre a folha de

salários. Compreende: salários, remunerações, gratificações, funções, 1/3 de férias, décimo

terceiro salário, encargos patronais, entre outros. (as despesas com aposentadorias, reformas e

pensões serão registradas em grupo específico denominado "Despesas de Benefícios

Sociais").

3.2 Benefícios Sociais – Representa o somatório das variações patrimoniais

diminutivas/despesas com benefícios previdenciários e assistenciais. Compreende:

aposentadorias, pensões, reformas, benefícios de assistenciais, programas sociais tais como,

Programa Fome Zero, Prouni, Farmácia Popular, Luz para Todos, Programa de Erradicação

do Trabalho Infantil, bolsas, auxílios, entre outros.

3.3 Uso de Bens e Serviços – Representa o somatório das variações patrimoniais

diminutivas/despesas com manutenção e operação da máquina pública, exceto despesas com

pessoal e encargos que serão registradas em grupo específico (Despesas de Pessoal e

Encargos). Compreende: diárias, material de consumo, material de distribuição gratuita,

passagens e despesas com locomoção, serviços de terceiros, arrendamento mercantil

operacional, aluguel, depreciação, amortização, exaustão, entre outras.

3.4 Financeiras – Representa o somatório das variações patrimoniais diminutivas/despesas

com operações financeiras. Compreende: juros incorridos, descontos concedidos, comissões e

despesas bancárias, correções monetárias, despesas com obrigações tributárias, remunerações

de depósitos, entre outras.

3.5 Transferências – Representa o somatório das variações patrimoniais diminutivas/despesas

com transferências intergovernamentais e intragovernamentais para entes governamentais,

instituições multigovernamentais, instituições privadas com ou sem fins lucrativos e

transferências ao exterior, compreende subvenções sociais, subvenções econômicas e doações

concedidas.

Page 37: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

37 ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO

3.6 Tributárias e Contributivas – Representa o somatório das variações patrimoniais

diminutivas/despesas com tributos e contribuições devidos pelos órgãos e entidades do setor

público.

3.9 Outras Variações Patrimoniais Diminutivas – Representa o somatório das demais

variações patrimoniais diminutivas não incluídas nos grupos anteriores. Compreende:

provisões para crédito de liquidação duvidosa, ajuste ao valor recuperável, perda na alienação

de ativos, resultado negativo da equivalência patrimonial, assunção de passivos, indenizações,

perdas por obsolescência e inservibilidade, entre outras.

A classe da VARIAÇÃO PATRIMONIAL AUMENTATIVA compreende os seguintes

grupos de contas:

4.1 Tributárias – Representa o somatório da variação patrimonial aumentativas decorrente de

impostos, taxas e contribuições de melhoria. Compreende: impostos sobre importação de

produtos estrangeiros, exportação de produtos nacionais, rendas e proventos de qualquer

natureza, produtos industrializados, propriedade territorial rural, grandes fortunas,

propriedade predial e territorial urbana, transmissão causa mortis e doação, circulação de

mercadorias e prestação de serviços, serviços de qualquer natureza, entre outros.

4.2 Contribuições – Representa o somatório das variações patrimoniais aumentativas de

contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias

profissionais ou econômicas como instrumento de intervenção nas respectivas áreas.

Compreende: contribuições previdenciárias, contribuição para o financiamento da seguridade

social, contribuições sobre a receita de concurso de prognósticos, contribuição para o

"Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público", entre

outras.

4.3 Exploração de Bens e Serviços – Representa o somatório das variações patrimoniais

aumentativas industriais compostas de: receita de produção vegetal, animal e derivados,

decorrentes das atividades ou explorações agropecuárias; receita da indústria de extração

mineral, de transformação, de construção e outros; receita originária da prestação de serviços,

tais como: atividades comerciais, de transporte, de comunicação, de saúde, de armazenagem,

serviços científicos e tecnológicos, de metrologia, agropecuários e etc., e; de remuneração

pela exploração de bens como alugueis, royalties, entre outras.

4.4 Financeiras – Representa o somatório das variações patrimoniais aumentativas com

operações financeiras. Compreende: descontos obtidos, juros auferidos, prêmio de resgate de

títulos e debêntures, entre outros.

4.5 Transferências – Representa o somatório das variações patrimoniais aumentativas com

transferências intergovernamentais (interferências) e intragovernamentais para entes

governamentais, instituições multigovernamentais, instituições privadas com ou sem fins

lucrativos e transferências ao exterior, além de subvenções sociais, subvenções econômicas e

doações recebidas.

4.9 Outras Variações Patrimoniais Aumentativas – Representa o somatório das demais

variações patrimoniais aumentativas não incluídas nos grupos anteriores. Compreende:

reavaliação, ganho na alienação de ativos, ganhos na variação cambial, resultado positivo a

equivalência patrimonial, cancelamento de passivos, reversão de provisões, recuperação de

despesas, multas (exceto tributária), entre outras.

Page 38: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

38 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

A classe de CONTROLES DA APROVAÇÃO DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO compreende os

seguintes grupos de contas:

5.1 Planejamento Aprovado – registra o somatório dos valores financeiros previstos para

execução dos programas e ações estabelecidos no Plano Plurianual e Projeto de Lei

Orçamentária Anual.

5.2 Orçamento Aprovado – registra a receita prevista no orçamento geral, bem com a

previsão adicional. Registra também a fixação da despesa e os créditos adicionais.

5.3 Inscrição de Restos a Pagar – registra o valor da inscrição e integração das despesas

empenhadas e não pagas até o último dia do ano financeiro.

A classe de CONTROLES DA EXECUÇÃO DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO

compreende os seguintes grupos de contas:

6.1 Execução do Planejamento – registra a execução do planejamento do Plano Plurianual e o

que foi aprovado no Projeto de Lei Orçamentária.

6.2 Execução do Orçamento – registra a execução do orçamento geral, ou seja, registra os

valores oriundos da receita inicial e adicional a realizar e sua realização, assim como os

valores da Execução do Crédito Orçamentário.

6.3 Execução de Restos a Pagar -– registra o valor da transferência, liquidação e pagamento

das despesas empenhadas e não pagas até o último dia do ano financeiro.

A classe de CONTROLES DEVEDORES compreende os seguintes grupos de contas:

7.1 Atos potenciais – compreende contas relacionadas às situações não compreendidas no

patrimônio, mas que, direta ou indiretamente, possam vir a afetá-lo, exclusive as que dizem

respeito a atos e fatos ligados à execução orçamentária e financeira e as contas com função

precípua de controle.

7.2 Administração Financeira – registra o valor das cotas de despesas e restos a pagar

autorizados.

7.3 Dívida Ativa – registra o controle dos créditos a serem inscritos em dívida ativa, dos que

encontram-se em processo de inscrição e a tramitação dos créditos inscritos.

7.4 Riscos Fiscais – registra o controle dos riscos fiscais identificados no anexo de riscos

fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias e que não preencham os requisitos para

reconhecimento como passivo.

7.8 Custos – registra o controle dos custos dos bens e serviços produzidos.

7.9 Outros Controles – registra controles não especificados anteriormente nos grupos dessa

classe.

A classe de CONTROLES CREDORES compreende os seguintes grupos de contas:

8.1 Execução dos atos potenciais - compreende contas relacionadas às situações não

compreendidas no patrimônio, mas que, direta ou indiretamente, possam vir a afetá-lo,

Page 39: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

39 ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO

exclusive as que dizem respeito a atos e fatos ligados à execução orçamentária e financeira e

as contas com função precípua de controle.

8.2 Execução da Administração Financeira - registra o valor das movimentações de cotas de

despesas e restos a pagar.

8.3 Execução da Dívida Ativa– registra o controle dos créditos a serem inscritos em dívida

ativa, dos que encontram-se em processo de inscrição e a tramitação dos créditos inscritos.

8.4 Execução dos Riscos Fiscais– registra o controle dos riscos fiscais identificados no anexo

de riscos fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias e que não preencham os requisitos para

reconhecimento como passivo.

8.8 Apuração de Custos - registra o controle dos custos dos bens e serviços produzidos.

8.9 Outros Controles - registra controles não especificados anteriormente nos grupos dessa

classe.

7.2.3 SUBGRUPO

O grupo ATIVO CIRCULANTE compreende os seguintes subgrupos de contas:

1.1.1 Disponível – representa o somatório dos valores em caixa e em bancos, bem como

equivalentes, que representam recursos com livre movimentação para aplicação nas operações

da unidade e para os quais não haja restrições para uso imediato.

1.1.2 Créditos em Circulação – representa os direitos realizáveis ate o termino do exercício

seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos, empréstimos, valores em

transito e outros.

1.1.3 Bens e Valores em Circulação – representa o somatório dos valores dos estoques, títulos

e valores, materiais em transito e demais em circulação.

1.1.4 Investimentos dos Regimes Próprios de Previdência – representa os valores aplicados

pelo regime próprio destinados a cobertura das obrigações previdenciárias.

O grupo ATIVO NÃO CIRCULANTE compreende os seguintes subgrupos de contas:

1.2.1 Ativo Realizável a Longo Prazo – representa os direitos realizáveis após o término do

exercício seguinte. Abrange os Créditos inscritos em Dívida Ativa e não renegociados junto

aos respectivos entes.

1.2.2 Investimento – representa as participações permanentes em outras sociedades e os

direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à

manutenção da atividade da entidade.

1.2.3 Imobilizado – representa os bens e direitos não destinados à transformação direta em

meios de pagamento e cuja perspectiva de permanência na entidade ultrapasse um exercício.

1.2.4 Intangível – representa os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à

manutenção da entidade ou exercidos com essa finalidade.

Page 40: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

40 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

O grupo PASSIVO CIRCULANTE compreende os seguintes subgrupos de contas:

2.1.1 Valores de Terceiros – representa os débitos exigíveis em ate 12 meses, relativos a

recebimentos a titulo de depósitos, consignações em folha, cauções e outros.

2.1.2 Obrigações em Circulação – representa os compromissos assumidos, exigíveis ate o

termino do exercício seguinte, representados por obrigações a pagar, credores – entidades e

agentes, empréstimos e financiamentos, adiantamentos recebidos, valores.

O grupo PASSIVO NÃO CIRCULANTE compreende os seguintes subgrupos de contas:

2.2.1 Obrigações Exigíveis a Longo Prazo – Registra as obrigações exigíveis após o término

do exercício seguinte, classificados nos elementos obrigações de credito internas, operações

de crédito externas, obrigações legais e tributárias, obrigações a pagar e outras operações

exigíveis.

O grupo PATRIMÔNIO LÍQUIDO compreende os seguintes subgrupos de contas:

2.5.1 Patrimônio Social / Capital Social – Registra o resultado patrimonial dos órgãos da

administração direta bem como o capital dos órgãos da administração indireta.

2.5.2 Reservas de Capital – Compreende os valores acrescidos ao patrimônio que não

transitaram pelo resultado como receitas.

2.5.3 Ajustes de Avaliação Patrimonial – Registra as contrapartidas de aumentos ou

diminuições de valores atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua

avaliação a valor justo, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao

regime de competência.

2.5.4 Reservas de Lucros – Compreende parcelas do resultado positivo das entidades, retidas

com finalidades especificas.

2.5.5 Ações em Tesouraria – Registra o valor do custo de aquisição das ações da empresa que

foram emitidas e adquiridas pela própria companhia.

2.5.6 Resultados Acumulados – Registra o valor dos resultados acumulados para compensação

com lucros de períodos subseqüentes, com outras reservas ou redução do Capital Social.

O grupo PESSOAL E ENCARGOS compreende os seguintes subgrupos de contas:

3.1.1 Remuneração Pessoal – registra as despesas com salários, remunerações e gratificações,

decorrentes do exercício de efetivo cargo ou emprego público.

3.1.2 Obrigações Patronais – registra as despesas com obrigações trabalhistas incidente sobre

a folha, decorrentes do exercício de efetivo cargo ou emprego público.

3.1.3 Benefícios a Pessoal – registra as despesas com benefícios de responsabilidade do

empregador, decorrentes do exercício de efetivo cargo ou emprego público, tai como auxílio-

alimentação e auxílio-transporte.

Page 41: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

41 ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO

3.1.9 Outras Variações Patrimoniais Diminutivas/Pessoal e Encargos – Representa as

despesas decorrentes do exercício de efetivo cargo ou emprego público, não abrangidas pelos

subgrupos anteriores.

O grupo BENEFÍCIOS SOCIAIS compreende os seguintes subgrupos de contas:

3.2.1 Aposentadorias e Reformas – registra as despesas com aposentadorias e reformas a

cargo da entidade governamental.

3.2.2 Pensões – registra as despesas com pensões a cargo da entidade governamental.

3.2.3 Benefícios assistenciais – registra as despesas com benefícios assistenciais a cargo da

entidade governamental.

3.2.9 Outras Variações Patrimoniais Diminutivas/Benefícios Sociais – registra as despesas

decorrentes de Benefícios Sociais não compreendidos pelos subgrupos anteriores.

O grupo USO DE BENS E SERVIÇOS compreende os seguintes subgrupos de contas:

3.3.1 Material de Consumo – registra a despesa proveniente da distribuição do material de

consumo (a simples compra do material de consumo sem a efetiva distribuição NÃO é

despesa patrimonial)..

3.3.2 Serviços – registra a despesa proveniente da prestação de serviços fornecida à entidade

governamental.

3.3.3 Depreciação, Amortização e Exaustão – registra a despesa devido à redução do valor

dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.

O grupo FINANCEIRAS compreende os seguintes subgrupos de contas:

3.4.1 Juros e Encargos de Empréstimos e Financiamentos Obtidos – registra a despesa com

juros e encargos de empréstimos e financiamentos obtidos.

3.4.2 Demais Juros e Encargos – registra a despesa com juros e encargos não compreendidos

pelo subgrupo anterior.

3.4.3 Variações Cambiais – registra a despesa proveniente de flutuações da taxa de câmbio.

3.4.4 Descontos Concedidos - registra a despesa resultante de descontos concedidos.

3.4.9 Outras Variações Patrimoniais Diminutivas/Financeiras – registra as despesas

provenientes de operações financeiras não compreendidas nos subgrupos anteriores.

O grupo TRANSFERÊNCIAS compreende os seguintes subgrupos de contas:

3.5.1 Governamentais – registra as despesas decorrentes de transferências

intergovernamentais ou intragovernamentais.

3.5.2 Não-Governamentais – registra as despesas decorrentes de transferências a entidades

não governamentais.

Page 42: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

42 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

O grupo TRIBUTÁRIAS E CONTRIBUTIVAS compreende os seguintes subgrupos de

contas:

3.6.1 Tributos – registra as despesas com tributos de entidades governamentais.

3.6.2 Contribuições – registra as despesas com contribuições de entidades governamentais.

O grupo TRIBUTÁRIAS compreende os seguintes subgrupos de contas:

4.1.1 Impostos – registra as receitas provenientes de impostos.

4.1.2 Taxas – registra as receitas provenientes de taxas.

4.1.3 Contribuições de Melhoria– registra as receitas provenientes de contribuições de

melhoria.

O grupo CONTRIBUIÇÕES compreende os seguintes subgrupos de contas:

4.2.1 Contribuições Sociais – registra as receitas provenientes de contribuições sociais.

4.2.2 Contribuições Econômicas – registra as receitas provenientes de contribuições

econômicas.

O grupo EXPLORAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS compreende os seguintes subgrupos:

4.3.1 Exploração de Bens – registra as receitas provenientes de aluguéis, royalties, etc.

4.3.2 Exploração de Serviços – registra as receitas provenientes de serviços.

O grupo FINANCEIRAS compreende os seguintes subgrupos de contas:

4.4.1 Juros e Encargos de Empréstimos e Financiamentos Concedidos – registra as receitas

provenientes de juros e encargos de empréstimos e financiamentos concedidos.

4.4.2 Demais Juros e Encargos – registra as receitas provenientes de juros e encargos não

compreendidas no subgrupo anterior.

4.4.3 Variações Cambiais – registra as receitas provenientes de flutuações da taxa de câmbio.

4.4.4 Descontos Obtidos - registra as receitas provenientes de descontos obtidos.

4.4.5 Remuneração das disponibilidades - registra as receitas provenientes da remuneração

das disponibilidades.

4.4.9 Outras Variações Patrimoniais Aumentativas/Financeiras – registra as receitas

provenientes de operações financeiras não compreendidas nos subgrupos anteriores.

O grupo TRANSFERÊNCIAS compreende os seguintes subgrupos de contas:

4.5.1 Governamentais – registra a receita proveniente de transferências recebidas de entidades

governamentais.

Page 43: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

43 ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO

4.5.2 Não-Governamentais – registra a receita proveniente de transferências recebidas de

entidades não governamentais.

O grupo PLANEJAMENTO APROVADO compreende os seguintes subgrupos de contas:

5.1.1 PPA - Aprovado – registra os valores financeiros previstos para a execução dos

programas e ações estabelecidos no Plano Plurianual.

5.1.2 PLOA – registra os valores financeiros previstos para a execução dos programas e ações

estabelecidos no Projeto de Lei Orçamentária Anual.

O grupo ORÇAMENTO APROVADO compreende os seguintes subgrupos de contas:

5.2.1 Previsão da Receita – registra a previsão da receita orçamentária aprovada pela Lei

Orçamentária, bem como as previsões adicionais.

5.2.2 Fixação da Despesa – registra a fixação da despesa orçamentária aprovada pela Lei

Orçamentária, bem como os créditos adicionais.

O grupo INSCRIÇÃO DE RESTOS A PAGAR compreende os seguintes subgrupos de

contas:

5.3.1 Inscrição de RP não-processado – registra os valores inscritos em Restos a Pagar não-

processados.

5.3.2 Inscrição de RP processado – registra os valores inscritos em Restos a Pagar

processados.

O grupo EXECUÇÃO DO PLANEJAMENTO compreende os seguintes subgrupos:

6.1.1 Execução do PPA – registra a execução do Plano Plurianual.

6.1.2 Execução do PLOA – registra os valores aprovados para execução do Projeto de Lei

Orçamentária Anual.

O grupo EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO compreende os seguintes subgrupos de contas:

6.2.1 Execução da Receita – registra a receita orçamentária a ser arrecadada e a receita

orçamentária arrecadada.

6.2.2 Execução da Despesa – registra o crédito orçamentário disponível e as diversas etapas

da execução das despesas orçamentárias, do empenho ao pagamento.

O grupo EXECUÇÃO DE RESTOS A PAGAR compreende os seguintes subgrupos:

6.3.1 Execução de RP não-processado – registra o valor da transferência, liquidação e

pagamento das despesas empenhadas, não liquidadas e não pagas até o último dia do

exercício financeiro.

6.3.2 Execução de RP processado – registra o valor da transferência e pagamento das

despesas empenhadas, liquidadas e não pagas até o último dia do exercício financeiro.

Page 44: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

44 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

O grupo ATOS POTENCIAIS compreende os seguintes subgrupos de contas:

7.1.1 Atos Potenciais do Ativo – registra os atos e fatos que possam vir a afetar o ativo da

entidade governamental.

7.1.2 Atos Potenciais do Passivo – registra os atos e fatos que possam vir a afetar o passivo

da entidade governamental.

O grupo ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA compreende os seguintes subgrupos de contas:

7.2.1 Programação Financeira – registra os valores autorizados para Programação

Financeira.

7.2.2 Disponibilidades por Destinação – registra o controle da disponibilidade de recursos.

O grupo DÍVIDA ATIVA compreende os seguintes subgrupos de contas:

7.3.1 Controle da Dívida Ativa – registra os valores inscritos e passíveis de inscrição em

Dívida Ativa.

O grupo RISCOS FISCAIS compreende os seguintes subgrupos de contas:

7.4.1 Controle de Riscos Fiscais – registra os riscos fiscais identificados no anexo de riscos

fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias e que não preencham os requisitos para

reconhecimento como passivo.

O grupo EXECUÇÃO DOS ATOS POTENCIAIS compreende os seguintes subgrupos:

8.1.1 Execução dos Atos Potenciais do Ativo – registra a execução dos atos e fatos que possa

vir a afetar o ativo da entidade governamental.

8.1.2 Execução dos Atos Potenciais do Passivo – registra a execução dos atos e fatos que

possa vir a afetar o passivo da entidade governamental.

O grupo EXECUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA compreende os seguintes

subgrupos de contas:

8.2.1 Execução da Programação Financeira – registra a execução dos valores autorizados

para a Programação financeira.

8.2.2 Execução das Disponibilidades por Destinação – registra a execução da disponibilidade

de recursos.

O grupo EXECUÇÃO DA DÍVIDA ATIVA compreende os seguintes subgrupos de contas:

8.3.1 Créditos a Encaminhar para a Dívida Ativa – registra os valores a serem encaminhados

para o órgão competente em inscrever em Dívida Ativa.

8.3.2 Créditos Encaminhados para a Dívida Ativa – registra os valores encaminhados para o

órgão competente em inscrever em Dívida Ativa.

Page 45: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

45 ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO

8.3.3 Créditos a Inscrever em Dívida Ativa – registra os valores a serem inscritos em Dívida

Ativa pelo o órgão competente em inscrever em Dívida Ativa.

8.3.4 Créditos a Inscrever em Dívida Ativa devolvidos – registra os valores a serem inscritos

em Dívida Ativa que foram devolvidos.

8.3.5 Créditos Inscritos em Dívida Ativa a receber – registra os valores inscritos em Dívida

Ativa pelo o órgão competente em inscrever em Dívida Ativa.

8.3.6 Créditos Inscritos em Dívida Ativa recebidos – registra os valores que estavam inscritos

em Dívida Ativa recebidos.

O grupo RISCOS FISCAIS compreende os seguintes subgrupos de contas:

8.4.1 Riscos Fiscais Previstos – registra os riscos fiscais previstos no anexo de riscos fiscais

da Lei de Diretrizes Orçamentárias e que não preencham os requisitos para reconhecimento

como passivo.

8.4.2 Riscos Fiscais Confirmados –registra a confirmação dos riscos fiscais previstos no

anexo de riscos fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias e que não preencham os requisitos

para reconhecimento como passivo.

7.3 LANÇAMENTOS PADRONIZADOS

O PCASP contém uma relação de lançamentos contábeis padronizados que normatizam e

orientam a sistemática de utilização do plano. Esse conjunto de lançamentos apresenta a forma de

registro de atos e fatos típicos da Administração Pública e encontra-se no anexo III desse volume.

7.4 ESTATÍSTICAS FISCAIS

O acompanhamento da situação fiscal de um país tem importância fundamental para orientar

os gestores públicos na implementação de políticas eficientes, que proporcionem crescimento

econômico permanente, com responsabilidade fiscal e sustentabilidade a longo prazo. Para tanto, as

estatísticas fiscais são de extrema relevância, devendo ser apuradas através de metodologias bem

definidas, normatizadas e amplamente divulgadas. Assim, a adoção de metodologias harmonizadas

de estatísticas alinhadas a padrões internacionais permite a produção de indicadores fiscais

adequados para uma correta avaliação das finanças públicas de um país, bem como a

comparabilidade da situação fiscal de diversos países.

Insere-se nesse contexto a avaliação e implementação da nova metodologia de Estatísticas de

Finanças Públicas sob o marco analítico do Government Finance Statistics Manual - 2001 (GFSM

2001), ou Manual de Estatísticas Fiscais de 2001, bem como a harmonização de estatísticas fiscais

no âmbito do MERCOSUL. Tais padrões requerem a compilação de informações da União, Estados,

Distrito Federal e Municípios, incluindo as corporações públicas financeiras e não financeiras de

todos os entes da federação.

Page 46: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

46 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

7.4.1 MANUAL DE ESTATÍSTICAS DE FINANÇAS PÚBLICAS DE 2001 –

GFSM 2001 (GOVERNMENT FINANCE STATISTICS MANUAL 2001)

Em 2001, foi publicado pelo Fundo Monetário Internacional a segunda edição do Manual de

Estatísticas de Finanças Governamentais - GFSM, revisando a primeira publicação de 1986, com o

objetivo de promover maior transparência e conhecimento das finanças e das operações

governamentais, bem como de estabelecer integração das estatísticas fiscais com outros marcos

metodológicos de estatísticas macroeconômicas, como o Sistema de Contas Nacionais, de 1993, a 5ª

edição do Manual de Balanço de Pagamentos e o Manual de Estatísticas Monetárias e Financeiras.

A edição de 2001 do GFSM, ao promover a consistência econômica e a consistência temporal

das estatísticas, possibilita a completa integração de fluxos estoques, bem como a determinação do

impacto das políticas fiscais na evolução temporal do Patrimônio Líquido do País. Dessa forma, o

manual introduziu o conceito de patrimônio nas estatísticas fiscais, em linha com as Normas

Internacionais de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. A integração das contas do setor fiscal

com as contas do setor externo, do setor financeiro e monetário, e com o Sistema de Contas

Nacionais (SCN 1993), permite maior aproveitamento das informações produzidas pelos outros

sistemas, maior confiança na apresentação das informações e o acompanhamento e análise da

economia dos países de forma mais completa e integrada.

Com o objetivo de melhoria da transparência nas operações de governo, o novo Manual

apresenta um sistema estatístico especializado para análise e avaliação do desempenho do setor

público, em um marco analítico integrado, atualizado de acordo com as normas internacionais de

contabilidade pública e harmonizado com os demais sistemas estatísticos existentes.

Há que se ressaltar, entretanto, que a adoção da nova metodologia não implica em mudanças

nas práticas de compilação das estatísticas de finanças públicas adotadas atualmente pelo Banco

Central e pelo Tesouro Nacional, tampouco em relação à prática contábil preconizada pela Lei nº

4.320/1964 e adotada pelo Governo Geral em todas suas esferas. Os sistemas de compilação dos

dados para fins de estatísticas fiscais ou contabilidade pública atualmente em vigor no Brasil têm

objetivos próprios e devem se constituir na base de dados do novo sistema. O resultado final

fornecerá, seguramente, estatísticas fiscais mais abrangentes, o que deve propiciar elementos para

uma análise mais ampla e detalhada da avaliação das políticas públicas e contribuir para o

aperfeiçoamento analítico das finanças públicas.

Assim, o GFSM 2001 introduziu importantes mudanças em relação ao tratamento anterior

dado às estatísticas nacionais e a principal delas refere-se à cobertura institucional, cujo enfoque é o

Setor Governo Geral definido na base de unidades institucionais. Para identificar as transações e

atividades fiscais que ocorram fora do setor do governo geral, é incentivada a compilação de

estatísticas do Setor Público e a identificação de transações entre as unidades do Setor do Governo

Geral e do Setor das Corporações Públicas.

Dessa forma, o Setor Governo Geral é subdivido nos Subsetores Governo Central, Governos

Estaduais e Governos Municipais. O setor Corporações Públicas é composto pelo Subsetor

Corporações Públicas Não Financeiras e pelo Subsetor Corporações Públicas Financeiras, este

dividido em Corporações Monetárias e Corporações Não Monetárias.

7.4.2 ABRANGÊNCIA GFSM 2001

Page 47: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

47 ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO

Esquematicamente, a estrutura de abrangência do GFSM pode ser representada da seguinte

forma:

Outro aspecto importante do GFSM 2001 diz respeito à base de registro dos eventos

econômicos, segundo a qual os fluxos deverão ser compilados obedecendo ao regime de

competência. Importante destacar, porém, que o GFSM 2001 também contém um demonstrativo de

fluxo de caixa, ou seja, neste novo marco agrega-se à informação de caixa os registros pelo regime

de competência, de forma que o conjunto de informações fiscais disponíveis torna-se mais amplo.

No GFSM 2001 o Balanço Patrimonial é completo e inclui todo o estoque de ativos e

passivos financeiros, ativos e passivos não-financeiros e o patrimônio líquido, diferentemente do

GFSM 1986 que apresenta apenas os estoques de ativos e passivos financeiros. Com a inclusão de

todas as transações inclusive os outros fluxos econômicos é possível a integração de fluxos e

estoques e a conciliação dos balanços de abertura e fechamento no novo marco metodológico. No

GFSM 2001, as receitas são definidas como transações que aumentam o patrimônio líquido e as

despesas como transações que reduzem o patrimônio líquido. As transações em ativos não

financeiros não afetam o Patrimônio Líquido, haja vista que têm natureza permutativa.

No demonstrativo de outros fluxos econômicos, por sua vez, estão as mudanças de estoque de

ativos, passivos e patrimônio líquido, resultantes de outras origens, que não transações. Mais

especificamente, os ganhos/perdas de reavaliação por manutenção de ativos representam mudanças

nos estoques, decorrentes de alterações no índice de preços, incluindo variações na taxa de câmbio

dentre outras.

Assim, a partir do balanço de abertura, compiladas as variações patrimoniais devidas a

operações do governo e a outros fluxos econômicos, consolida-se, por fim, o balanço de

encerramento do setor público para determinado exercício. Ao desmembrar o total de ativos e o total

Setor Público

Setor Governo Geral

Subsetor Governo Central

Subsetor Governos Estaduais

Subsetor Governos Municiapais

Setor Corporações Públicas

Subsetor Corporações Públicas Não Financeiras

Subsetor Corporações Públicas Financeiras

Corporações Monetárias (inclusive BACEN)

Corporações Não Monetárias

Page 48: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

48 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

de passivos em seus componentes, e ao estabelecer as fontes de mudanças em cada um deles, de um

período a outro, em termos de transações e outros fluxos econômicos, tais como definidos acima, o

modelo provê uma explicação estatística robusta dos fatores responsáveis pelas variações no

patrimônio líquido do governo. Pela integração total de fluxos e saldos e pela coerência com os

conceitos apresentados no sistema de contas nacionais, permite a construção de outras relações

macroeconômicas, que possibilitam ampliar a visão sobre o governo a partir das estatísticas de

finanças públicas.

ESTRUTURA DO MARCO ANALÍTICO DO SISTEMA DE ESTATÍSTICA DE

FINANÇAS PÚBLICAS CONFORME METODOLOGIA DO GFSM 2001

Page 49: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

49 ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO

7.4.3 ESTATÍSTICAS HARMONIZADAS NO ÂMBITO DO MERCOSUL

Em 2000, os Ministros da Economia e Presidentes de Bancos Centrais dos países membros do

MERCOSUL, concordaram em estabelecer metas comuns de resultado fiscal, dívida pública e

variação de preços, tendo como primeiro passo a construção de estatísticas fiscais e de dívida pública

harmonizada, baseadas em metodologia comum. Com esse objetivo, foi constituído o Grupo de

Monitoramento Macroeconômico (GMM) encarregado de avaliar a consistência das metodologias de

apuração dos indicadores fiscais existentes e a partir de abril de 2002 assumiu a responsabilidade

pela observância de metodologia comum para a harmonização das estatísticas fiscais. Criado

formalmente em junho de 2000, pelo Conselho de Mercado Comum - CMC (Decisão CMC

30/2000), o GMM é composto por representantes dos Ministérios da Economia (Fazenda ou

Finanças) e dos Bancos Centrais, dos países membros do MERCOSUL e países associados.

Dessa forma, em outubro de 2000 foram divulgadas as primeiras estatísticas harmonizadas,

com dados retroativos a 1999, e a primeira versão do Manual de Estatísticas Fiscais do GMM. As

séries são trimestrais, divulgadas 45 dias após o encerramento do período de referência, e abrangem

os seguintes indicadores: i) Resultado Primário do Governo Nacional; ii) Resultado Nominal do

Governo Nacional; iii) Dívida Líquida do Governo Nacional; iv) Dívida Líquida do Setor Público

Consolidado; v) Variação da Dívida Líquida do Setor Público Consolidado. A página do GMM na

internet é http://www.bcb.gov.br/?MERCOSUL.

Atualmente, está sendo conduzindo um novo ciclo de ações de harmonização de

metodologias para elaboração de indicadores comparáveis e análises de temas vinculados ao

processo de convergência macroeconômica dos Estados Membros do MERCOSUL. Nesse contexto,

está em andamento a estruturação de um Novo Manual de Estatísticas Fiscais, que apresentará os

princípios econômicos e contábeis para a compilação de estatísticas fiscais harmonizadas entre os

integrantes do Bloco. Neste processo, o Governo Brasileiro tem buscado estabelecer sinergias entre

as estatísticas harmonizadas do MERCOSUL e o GFSM 2001, de modo a aproveitar os recursos

humanos, financeiros e materiais de forma eficiente, garantindo que seus objetivos sejam atingidos.

A condução das ações relacionadas à estatística fiscal no Brasil está a cargo da Secretaria do Tesouro

Nacional e as atividades estão concentradas no desenho de processos sistematizados, no

aprimoramento de sistemas informatizados de coleta de dados de todas as esferas da federação

(União, Estados, Distrito Federal, Municípios e Empresas Estatais), e na integração de sistemas de

distintos órgãos do Governo Federal que gerenciam dados, bem como no planejamento de atividades

de capacitação para os usuários e fornecedores das estatísticas fiscais.

7.4.4 ESTATÍSTICAS FISCAIS E CONTABILIDADE PÚBLICA

A base de dados para elaboração de estatísticas fiscais são os registros contábeis,

principalmente no contexto de acompanhamento da evolução do patrimônio líquido que está sendo

implementado pelo novo manual estatístico GFSM 2001. Dessa forma, a apuração de estatísticas

fiscais depende da disponibilidade de informações contábeis e da conjugação de esforços que está

sendo realizada por várias instituições no sentido de produzir a progressiva convergência da

contabilidade pública brasileira às Normas Internacionais de Contabilidade aplicadas ao Setor

Público – NICSP. Nesse sentido, as atividades de aprimoramento da contabilidade aplicada ao setor

público e as ações de aprimoramento das estatísticas fiscais, ambas sob coordenação da Secretaria do

Tesouro Nacional, devem estar cada vez mais integradas e articuladas com as iniciativas dos entes

federados.

Page 50: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

50 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

8 ANEXO I - RELAÇÃO DE CONTAS CONTÁBEIS

Código Especificação

1 ATIVO

1.1 Ativo Circulante

1.1.1 Disponível

1.1.2 Créditos em Circulação

1.1.3 Bens e Valores em Circulação

1.1.4 Investimento dos Regimes Próprio de Previdência

1.2 Ativo Não-Circulante

1.2.1 Ativo Realizável a Longo Prazo

1.2.2 Investimento

1.2.3 Imobilizado

1.2.4 Intangível

2 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

2.1 Passivo Circulante

2.1.1 Valores de Terceiros

2.1.2 Obrigações em Circulação

2.2 Passivo Não-Circulante

2.2.1 Obrigações Exigíveis a Longo Prazo

2.5 Patrimônio Líquido/Saldo Patrimonial

2.5.1 Patrimônio/Capital Social

2.5.2 Reservas de Capital

2.5.3 Ajustes de Avaliação Patrimonial

2.5.4 Reservas de Lucros

2.5.5 Ações em Tesouraria

2.5.6 Resultados Acumulados

2.5.6.1 Do Exercício

2.5.6.2 Exercícios Anteriores

3 VARIAÇÃO PATRIMONIAL DIMINUTIVA

3.1 Pessoal e Encargos

3.1.1 Remuneração Pessoal

3.1.2 Obrigações Patronais

3.1.3 Benefícios a Pessoal

3.1.9 Outras Variações Patrimoniais Diminutivas – Pessoal e Encargos

3.2 Benefícios Sociais

3.2.1 Aposentadorias e Reformas

3.2.2 Pensões

3.2.3 Benefícios Assistenciais

Page 51: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

51 ANEXO I - RELAÇÃO DE CONTAS CONTÁBEIS

Código Especificação

3.2.9 Outras Variações Patrimoniais Diminutivas – Benefícios Sociais

3.3 Uso de Bens e Serviços

3.3.1 Material de Consumo

3.3.2 Serviços

3.3.3 Depreciação,

Amortização, e Exaustão

3.4 Financeiras

3.4.1 Juros e Encargos de Empréstimos e Financiamentos Obtidos

3.4.2 Demais Juros e Encargos

3.4.3 Variações Cambiais

3.4.3 Descontos Concedidos

3.4.9 Outras Variações Patrimoniais Diminutivas – Financeiras

3.5 Transferências

3.5.1 Governamentais

3.5.2 Não Governamentais

3.6 Tributárias e Contributivas

3.6.1 Tributos

3.6.2 Contribuições

3.9 Outras Variações Patrimoniais Diminutivas

4 VARIAÇÃO PATRIMONIAL AUMENTATIVA

4.1 Tributárias

4.1.1 Impostos

4.1.2 Taxas

4.1.3 Contribuições de Melhoria

4.2 Contribuições

4.2.1 Contribuições Sociais

4.2.2 Contribuições Econômicas

4.3 Serviços e Exploração de Bens

4.3.1 Exploração de Bens

4.3.2 Serviços

4.4 Financeiras

4.4.1 Juros e Encargos de Empréstimos e Financiamentos Concedidos

4.4.2 Demais Juros e Encargos

4.4.3 Variações Cambiais

4.4.4 Descontos Obtidos

4.4.5 Remuneração das Disponibilidades

4.4.9 Outras Variações Patrimoniais Aumentativas – Financeiras

Page 52: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

52 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

Código Especificação

4.5 Transferências

4.5.1 Governamentais

4.5.2 Não Governamentais

4.9 Outras Variações Patrimoniais Aumentativas

5. CONTROLES DA APROVAÇÃO DO PLANEJAMENTO E

ORÇAMENTO

5.1 Planejamento Aprovado

5.1.1 PPA - Aprovado

5.1.2 PLOA

5.2 Orçamento Aprovado

5.2.1 Previsão da Receita

5.2.2 Fixação da Despesa

5.3 Inscrição de Restos a Pagar

5.3.1 Inscrição RP Não-Processado

5.3.2 Inscrição de RP Processado

6. CONTROLES DA EXECUÇÃO DO PLANEJAMENTO E

ORÇAMENTO

6.1 Execução do Planejamento

6.1.1 Execução do PPA

6.1.2 Execução do PLOA

6.2 Execução do Orçamento

6.2.1 Execução da Receita

6.2.2 Execução da Despesa

6.3 Execução de Restos a Pagar

6.3.1 Execução de RP não processado

6.3.1.1 RP Não Processado a liquidar

6.3.1.2 RP não Processado em liquidação

6.3.1.3 RP não Processado liquidado a pagar

6.3.1.4 RP não Processado pago

6.3.2 Execução de RP processado

6.3.2.1 RP processado a pagar

6.3.2.2 RP processado pago

7. CONTROLES DEVEDORES

7.1 Atos Potenciais

7.1.1 Atos Potenciais do Ativo

7.1.2 Atos Potenciais do Passivo

Page 53: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

53 ANEXO I - RELAÇÃO DE CONTAS CONTÁBEIS

Código Especificação

7.2 Administração Financeira

7.2.1 Programação Financeira

7.2.2 Disponibilidades por Destinação

7.3 Dívida Ativa

7.3.1 Controle da Dívida Ativa

7.4 Riscos Fiscais

7.4.1 Controle de Riscos Fiscais

7.8 Custos

7.9 Outros Controles

8. CONTROLES CREDORES

8.1 Execução dos Atos Potenciais

8.1.1 Execução dos Atos Potenciais do Ativo

8.1.2 Execução dos Atos Potenciais do Passivo

8.2 Execução da Administração Financeira

8.2.1 Execução da Programação Financeira

8.2.2 Execução das Disponibilidades por Destinação

8.3 Execução da Dívida Ativa

8.3.1 Créditos a Encaminhar para Dívida Ativa

8.3.2 Créditos Encaminhados para Dívida Ativa

8.3.3 Créditos a Inscrever em Dívida Ativa

8.3.4 Créditos a Inscrever em Dívida Ativa devolvidos

8.3.5 Créditos Inscritos em Dívida Ativa a receber

8.3.6 Créditos Inscritos em Dívida Ativa recebidos

8.4 Execução dos Riscos Fiscais

8.4.1 Riscos Fiscais Previstos

8.4.2 Riscos Fiscais Confirmados

8.8 Controle de Custos

8.9 Outros Controles

Page 54: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

54 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

9 ANEXO II – ATRIBUTOS DAS CONTAS CONTÁBEIS

Código Título Função/Funcionamento Natureza

do Saldo

1 ATIVO

Compreende os direitos e os bens, tangíveis ou

intangíveis adquiridos, formados, produzidos,

recebidos, mantidos ou utilizados pelo setor

público, que represente um fluxo de benefícios,

presente ou futuro.

Devedor

1.1 Ativo Circulante

Compreende as disponibilidades de numerário, bem

como outros bens e direitos pendentes ou em

circulação, realizáveis até o término do exercício

seguinte, bem como as aplicações de recursos em

despesas do exercício seguinte.

Devedor

1.1.1 Disponível

Registra o somatório dos valores em caixa e em

bancos, bem como equivalentes, que representam

recursos com livre movimentação para aplicação

nas operações da unidade e para os quais não haja

restrições para uso imediato.

Devedor

1.1.2 Créditos em

Circulação

Registra os direitos realizáveis ate o termino do

exercício seguinte, assim como os derivados de

vendas, adiantamentos, empréstimos, valores em

transito e outros.

Devedor

1.1.3 Bens e Valores em

Circulação

Registram o somatório dos valores dos estoques,

títulos e valores, materiais em transito e demais em

circulação.

Devedor

1.1.4

Investimentos dos

Regimes Próprios de

Previdência

Representa os valores aplicados pelo regime próprio

destinados à cobertura das obrigações

previdenciárias.

Devedor

1.2 Ativo Não-Circulante

Compreende os demais ativos não classificados

como circulante segregado em ativo realizável a

longo prazo, investimentos, imobilizado e

intangível.

Devedor

1.2.1 Ativo Realizável a

Longo Prazo

Representa os direitos realizáveis após o término do

exercício seguinte. Abrange os Créditos inscritos

em Dívida Ativa não renegociados com o

respectivo ente.

Devedor

1.2.2 Investimento

Representa as participações permanentes em outras

sociedades e os direitos de qualquer natureza, não

classificáveis no ativo circulante, e que não se

destinem à manutenção da atividade da entidade.

Devedor

1.2.3 Imobilizado

Representa o conjunto de bens e direitos não

destinados à transformação direta em meios de

pagamento e cuja perspectiva de permanência na

entidade ultrapasse um exercício.

Devedor

1.2.4 Intangível

Representa os direitos que tenham por objeto bens

incorpóreos destinados à manutenção da entidade

ou exercidos com essa finalidade.

Devedor

Page 55: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

55 ANEXO II – ATRIBUTOS DAS CONTAS CONTÁBEIS

Código Título Função/Funcionamento Natureza

do Saldo

2

PASSIVO E

PATRIMÔNIO

LÍQUIDO

Compreende as obrigações assumidas pelas

entidades do setor público ou mantidas na

condição de fiel depositário, bem como as

contingências e as provisões.

Credor

2.1 Passivo Circulante

Representa as obrigações conhecidas e os

encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou

esperados situem-se no curso do exercício

subseqüente à data do balanço patrimonial.

Credor

2.1.1 Valores de

Terceiros

Compreende os débitos exigíveis em ate 12

meses, relativos a recebimentos a titulo de

depósitos, consignações em folha, cauções e

outros.

Credor

2.1.2 Obrigações em

Circulação

Compreende os compromissos assumidos,

exigíveis ate o termino do exercício seguinte,

representados por obrigações a pagar, credores –

entidades e agentes, empréstimos e

financiamentos, adiantamentos recebidos, valores.

Credor

2.2 Passivo Não-

Circulante

Compreende os demais passivos não classificados

como circulante. Credor

2.2.1

Obrigações

Exigíveis a Longo

Prazo

Registra as obrigações exigíveis após o término

do exercício seguinte, classificados nos elementos

obrigações de credito internas, operações de

crédito externas, obrigações legais e tributárias,

obrigações a pagar e outras operações exigíveis.

Credor

2.5

Patrimônio

Líquido/Saldo

Patrimonial

Compreende os recursos próprios da Entidade,

dividido em capital social, reservas de capital,

ajustes de avaliação patrimonial, reservas de

lucros, ações em tesouraria e resultados

acumulados. Seu valor é a diferença positiva entre

o valor do Ativo e o valor do Passivo. Quando o

valor do Passivo for maior que o valor do Ativo, o

resultado é denominado Passivo a Descoberto.

Portanto, a expressão Patrimônio Líquido deve ser

substituída por Passivo a Descoberto.

Credor

2.5.1 Patrimônio Social /

Capital Social

Registra o resultado patrimonial dos órgãos da

administração direta bem como o capital dos

órgãos da administração indireta.

Credor

2.5.2 Reservas de Capital Compreende os valores acrescidos ao patrimônio

que não transitaram pelo resultado como receitas. Credor

2.5.3

Ajustes de

Avaliação

Patrimonial

Registra as contrapartidas de aumentos ou

diminuições de valor atribuídos a elementos do

ativo e do passivo, em decorrência da sua

avaliação a valor justo, nos casos previstos pela

lei 6.404/76, alterada pela lei 11.638/07 ou em

normas expedidas pela comissão de valores

mobiliários, enquanto não computadas no

resultado do exercício em obediência ao regime

de competência.

Devedor

ou

Credor

2.5.4 Reservas de Lucros Compreendem parcelas do resultado positivo das

entidades, retidas com finalidades especificas. Credor

Page 56: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

56 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

Código Título Função/Funcionamento Natureza

do Saldo

2.5.5 Ações em

Tesouraria

Registra o valor do custo de aquisição das ações

da empresa que foram emitidas e adquiridas pela

própria companhia.

Devedor

2.5.6 Resultados

Acumulados

Registra o valor dos resultados acumulados para

compensação com lucros de períodos

subseqüentes, com outras reservas ou redução do

Capital Social.

Devedor

ou

Credor

2.5.6.1 Do Exercício Registra o resultado do exercício atual.

Devedor

ou

Credor

2.5.6.2 Exercícios

Anteriores

Registra os resultados acumulados até o exercício

anterior.

Devedor

ou

Credor

Código Título Função/Funcionamento Natureza

do Saldo

3

VARIAÇÃO

PATRIMONIAL

DIMINUTIVA

Representa o decréscimo no benefício econômico

durante o período contábil sob a forma de saída de

recurso ou redução de ativo ou incremento em

passivo, que resulte em decréscimo do patrimônio

líquido e que não sejam provenientes de

distribuição aos proprietários da entidade.

Devedor

3.1 Pessoal e Encargos

Representa o somatório das variações

patrimoniais diminutivas de natureza salarial

decorrentes do exercício efetivo do cargo ou do

emprego público, quer seja civil ou militar, função

de confiança, bem como as obrigações trabalhistas

e os benefícios de responsabilidade do

empregador incidentes sobre a folha de salários.

Compreende: salários, remunerações,

gratificações, funções, 1/3 de férias, décimo

terceiro salário, encargos patronais, entre outros.

(as despesas com aposentadorias, reformas e

pensões serão registradas em grupo específico

denominado "Despesas de Benefícios Sociais").

Devedor

3.1.1 Remuneração Pessoal

Registra as despesas com salários, remunerações e

gratificações, decorrentes do exercício de efetivo

cargo ou emprego público.

Devedor

3.1.2 Obrigações Patronais

Registra as despesas com obrigações trabalhistas

incidente sobre a folha, decorrentes do exercício

de efetivo cargo ou emprego público.

Devedor

3.1.3 Benefícios a Pessoal

Registra as despesas com benefícios de

responsabilidade do empregador, decorrentes do

exercício de efetivo cargo ou emprego público, tai

como auxílio-alimentação e auxílio-transporte.

Devedor

Page 57: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

57 ANEXO II – ATRIBUTOS DAS CONTAS CONTÁBEIS

Código Título Função/Funcionamento Natureza

do Saldo

3.1.9

Outras Variações

Patrimoniais

Diminutivas –

Pessoal e Encargos

Representa as despesas decorrentes do exercício

de efetivo cargo ou emprego público, não

abrangidas pelos subgrupos anteriores.

Devedor

3.2 Benefícios Sociais

Representa o somatório das variações

patrimoniais diminutivas com benefícios

previdenciários e assistenciais. Compreende:

aposentadorias, pensões, reformas, benefícios de

assistenciais, programas sociais tais como,

Programa Fome Zero, Prouni, Farmácia Popular,

Luz para Todos, Programa de Erradicação do

Trabalho Infantil, bolsas, auxílios, entre outros.

Devedor

3.2.1 Aposentadorias e

Reformas

Registra as despesas com aposentadorias e

reformas a cargo da entidade governamental. Devedor

3.2.2 Pensões Registra as despesas com pensões a cargo da

entidade governamental. Devedor

3.2.3 Benefícios

Assistenciais

Registra as despesas com benefícios assistenciais

a cargo da entidade governamental. Devedor

3.2.9

Outras Variações

Patrimoniais

Diminutivas –

Benefícios Sociais

Registra as despesas decorrentes de Benefícios

Sociais não compreendidos pelos subgrupos

anteriores.

Devedor

3.3 Uso de Bens e

Serviços

Representa o somatório das variações

patrimoniais diminutivas com manutenção e

operação da máquina pública, exceto despesas

com pessoal e encargos que serão registradas em

grupo específico (Despesas de Pessoal e

Encargos). Compreende: diárias, material de

consumo, material de distribuição gratuita,

passagens e despesas com locomoção, serviços de

terceiros, arrendamento mercantil operacional,

aluguel, depreciação, amortização, exaustão,

ajuste a valor recuperável (impairment), entre

outras.

Devedor

3.3.1 Material de Consumo

Registra a despesa proveniente da distribuição do

material de consumo (a simples compra do

material de consumo sem a efetiva distribuição

NÃO é despesa patrimonial).

Devedor

3.3.2 Serviços Registra a despesa proveniente da prestação de

serviços fornecida à entidade governamental. Devedor

3.3.3

Depreciação,

Amortização, e

Exaustão

Registra a despesa devido à redução do valor dos

bens pelo desgaste ou perda de utilidade por uso,

ação da natureza ou obsolescência.

Devedor

3.4 Financeiras

Representa o somatório das variações

patrimoniais diminutivas com operações

financeiras. Compreende: juros incorridos,

descontos concedidos, comissões e despesas

bancárias, correções monetárias, despesas com

obrigações tributárias, remunerações de depósitos,

entre outras.

Devedor

Page 58: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

58 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

Código Título Função/Funcionamento Natureza

do Saldo

3.4.1

Juros e Encargos de

Empréstimos e

Financiamentos

Obtidos

Registra a despesa com juros e encargos de

empréstimos e financiamentos obtidos.

Devedor

3.4.2 Demais Juros e

Encargos

Registra a despesa com juros e encargos não

compreendidos pelo subgrupo anterior. Devedor

3.4.3 Variações Cambiais Registra a despesa proveniente de flutuações da

taxa de câmbio. Devedor

3.4.4 Descontos

Concedidos

Registra a despesa resultante de descontos

concedidos. Devedor

3.4.9

Outras Variações

Patrimoniais

Diminutivas/Financei

ras

Registra as despesas provenientes de operações

financeiras não compreendidas nos subgrupos

anteriores.

Devedor

3.5 Transferências

Representa o somatório das variações

patrimoniais diminutivas com transferências

intergovernamentais e intragovernamentais para

entes governamentais, instituições

multigovernamentais, instituições privadas com

ou sem fins lucrativos e transferências ao exterior,

compreende subvenções sociais, subvenções

econômicas e doações concedidas.

Devedor

3.5.1 Governamentais Registra as despesas decorrentes de transferências

intergovernamentais ou intragovernamentais Devedor

3.5.2 Não Governamentais Registra as despesas decorrentes de transferências

a entidades não governamentais. Devedor

3.6 Tributárias e

Contributivas

Representa o somatório das variações

patrimoniais diminutivas/despesas com tributos e

contribuições devidos pelos órgãos e entidades do

setor público.

Devedor

3.6.1 Tributos Registra as despesas com tributos de entidades

governamentais. Devedor

3.6.2 Contribuições Registra as despesas com contribuições de

entidades governamentais. Devedor

3.9

Outras Variações

Patrimoniais

Diminutivas

Representa o somatório das variações patrimoniais

diminutivas não incluídas nos grupos anteriores.

Compreende: provisões para crédito de liquidação

duvidosa, ajuste ao valor recuperável, perda na

alienação de ativos, resultado negativo da

equivalência patrimonial, assunção de passivos,

indenizações, perdas por obsolescência e

inservibilidade, entre outras.

Devedor

Código Título Função/Funcionamento Natureza

do Saldo

Page 59: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

59 ANEXO II – ATRIBUTOS DAS CONTAS CONTÁBEIS

4

VARIAÇÃO

PATRIMONIAL

AUMENTATIVA

Representa o aumento no benefício econômico

durante o período contábil sob a forma de entrada

de recurso ou aumento de ativo ou diminuição de

passivo, que resulte em aumento do patrimônio

líquido e que não seja proveniente de aporte dos

proprietários da entidade.

Credor

4.1 Tributárias

Representa o somatório da variação patrimonial

aumentativa decorrente de impostos, taxas e

contribuições de melhoria. Compreende: impostos

sobre importação de produtos estrangeiros,

exportação de produtos nacionais, rendas e

proventos de qualquer natureza, produtos

industrializados, propriedade territorial rural,

grandes fortunas, propriedade predial e territorial

urbana, transmissão causa mortis e doação,

circulação de mercadorias e prestação de serviços,

serviços de qualquer natureza, entre outros.

Credor

4.1.1 Impostos Registra as receitas provenientes de impostos. Credor

4.1.2 Taxas Registra as receitas provenientes de taxas. Credor

4.1.3 Contribuições de

Melhoria

Registra as receitas provenientes de contribuições

de melhoria. Credor

4.2 Contribuições

Representa o somatório das variações patrimoniais

aumentativas de contribuições sociais, de

intervenção no domínio econômico e de interesse

das categorias profissionais ou econômicas como

instrumento de intervenção nas respectivas áreas.

Compreende: contribuições previdenciárias,

contribuição para o financiamento da seguridade

social, contribuições sobre a receita de concurso de

prognósticos, contribuição para o "Programa de

Integração Social e de Formação do Patrimônio do

Servidor Público", entre outras.

Credor

4.2.1 Contribuições Sociais Registra as receitas provenientes de contribuições

sociais. Credor

4.2.2 Contribuições

Econômicas

Registra as receitas provenientes de contribuições

econômicas. Credor

4.3 Exploração de Bens e

Serviços

Representa o somatório das variações patrimoniais

aumentativas industriais compostas de: receita de

produção vegetal, animal e derivados, decorrentes

das atividades ou explorações agropecuárias; receita

da indústria de extração mineral, de transformação,

de construção e outros; receita originária da

prestação de serviços, tais como: atividades

comerciais, de transporte, de comunicação, de

saúde, de armazenagem, serviços científicos e

tecnológicos, de metrologia, agropecuários e etc., e;

de remuneração pela exploração de bens como

alugueis, royalties, reavaliação, entre outras.

Credor

4.3.1 Exploração de bens Registra as receitas provenientes de aluguéis,

royalties, etc. Credor

4.3.2 Exploração de

serviços Registra as receitas provenientes de serviços. Credor

Page 60: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

60 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

4.4 Financeiras

Representa o somatório das variações patrimoniais

aumentativas com operações financeiras.

Compreende: descontos obtidos, juros auferidos,

prêmio de resgate de títulos e debêntures, entre

outros.

Credor

4.4.1

Juros e Encargos de

Empréstimos e

Financiamentos

Concedidos

Registra as receitas provenientes de juros e

encargos de empréstimos e financiamentos

concedidos.

Credor

4.4.2 Demais Juros e

Encargos

Registra as receitas provenientes de juros e

encargos não compreendidas no subgrupo anterior. Credor

4.4.3 Variações Cambiais Registra as receitas provenientes de flutuações da

taxa de câmbio. Credor

4.4.4 Descontos Obtidos Credor

4.4.5 Remuneração das

disponibilidades

Registra as receitas provenientes de descontos

obtidos. Credor

4.4.9

Outras Variações

Patrimoniais

Aumentativas/Financ

eiras

Registra as receitas provenientes de operações

financeiras não compreendidas nos subgrupos

anteriores.

Credor

4.5 Transferências

Representa o somatório das variações patrimoniais

aumentativas com transferências

intergovernamentais (interferências) e

intragovernamentais para entes governamentais,

instituições multigovernamentais, instituições

privadas com ou sem fins lucrativos e transferências

ao exterior, além de subvenções sociais, subvenções

econômicas e doações recebidas.

Credor

4.5.1 Governamentais Registra a receita proveniente de transferências

recebidas de entidades governamentais. Credor

4.5.2 Não-governamentais Registra a receita proveniente de transferências

recebidas de entidades não governamentais. Credor

4.9

Outras Variações

Patrimoniais

Aumentativas

Representa o somatório das demais variações

patrimoniais aumentativas não incluídas nos grupos

anteriores. Compreende: reavaliação, ganho na

alienação de ativos, ganhos na variação cambial,

resultado positivo a equivalência patrimonial,

cancelamento de passivos, reversão de provisões,

recuperação de despesas, multas (exceto tributária),

entre outras.

Credor

Código Título Função/Funcionamento Natureza

do Saldo

5

CONTROLES DA

APROVAÇÃO DO

ORÇAMENTO E

PLANEJAMENTO

Compreendem contas com função de registrar os

atos e fatos ligados à execução orçamentária e

financeira.

Devedor

Page 61: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

61 ANEXO II – ATRIBUTOS DAS CONTAS CONTÁBEIS

Código Título Função/Funcionamento Natureza

do Saldo

5.1 Planejamento

Aprovado

Registra o somatório dos valores financeiros

previstos para execução dos programas e ações

estabelecidos no Plano Plurianual e Projeto de Lei

Orçamentária Anual.

Devedor

5.1.1 PPA - Aprovado

Registra os valores financeiros previstos para a

execução dos programas e ações estabelecidos no

Plano Plurianual.

Devedor

5.1.2 PLOA

Registra os valores financeiros previstos para a

execução dos programas e ações estabelecidos no

Projeto de Lei Orçamentária Anual.

Devedor

5.2 Orçamento

Aprovado

Registra a receita prevista no orçamento geral, bem

com a previsão adicional. Registra também a

fixação da despesa e os créditos adicionais.

Devedor

5.2.1 Previsão da Receita

Registra a previsão da receita orçamentária

aprovada pela Lei Orçamentária, bem como as

previsões adicionais.

Devedor

5.2.2 Fixação da Despesa

Registra a fixação da despesa orçamentária

aprovada pela Lei Orçamentária, bem como os

créditos adicionais.

Devedor

5.3 Inscrição de Restos a

Pagar

Registra o valor da inscrição e integração das

despesas empenhadas e não pagas até o último dia

do ano financeiro.

Devedor

5.3.1 Inscrição de RP não-

processado

Registra os valores inscritos em Restos a Pagar

não-processados. Devedor

5.3.2 Inscrição de RP

processado

Registra os valores inscritos em Restos a Pagar

processados. Devedor

Código Título Função/Funcionamento Natureza

do Saldo

6

CONTROLES DA

EXECUÇÃO DO

ORÇAMENTO E

PLANEJAMENTO

Compreendem contas com função de registrar os

atos e fatos ligados à execução orçamentária e

financeira.

Credor

6.1 Execução do

Planejamento

Registra a execução do planejamento do Plano

Plurianual e o que foi aprovado no Projeto de Lei

Orçamentária.

Credor

6.1.1 Execução do PPA Registra a execução do Plano Plurianual. Credor

6.1.2 Execução do PLOA Registra os valores aprovados do Projeto de Lei

Orçamentária Anual. Credor

6.2 Execução do

Orçamento

Registra a execução do orçamento geral, ou seja,

registra os valores oriundos da receita inicial e

adicional a realizar e sua realização, assim como os

valores da Execução do Crédito Orçamentário.

Credor

Page 62: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

62 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

6.2.1 Execução da Receita Registra a receita orçamentária a ser arrecadada e a

recita orçamentária arrecadada. Credor

6.2.2 Execução da Despesa

Registra o crédito orçamentário disponível e as

diversas etapas da execução das despesas

orçamentárias, do empenho ao pagamento.

Credor

6.3 Execução de Restos a

Pagar

Registra o valor da transferência, liquidação e

pagamento das despesas empenhadas e não pagas

até o último dia do ano financeiro.

Credor

6.3.1 Execução de RP não-

processado

Registra o valor da transferência, liquidação e

pagamento das despesas empenhadas, não

liquidadas e não pagas até o último dia do exercício

financeiro.

Credor

6.3.1.1 RP não-processado a

liquidar

Registra o valor dos RP não-processados ainda não

liquidados. Credor

6.3.1.2 RP não-processado

em liquidação

Registra o valor dos RP não-processados ainda não

liquidados, porém cujo fato gerador já ocorreu. Credor

6.3.1.3 RP não-processado

liquidado a pagar

Registra o valor dos RP não-processados já

liquidados, porém não pagos. Credor

6.3.1.4 RP não-processado

pago Registra o valor dos RP não-processados e já pagos. Credor

6.3.2 Execução de RP

processado

Registra o valor da transferência e pagamento das

despesas empenhadas, liquidadas e não pagas até o

último dia do exercício financeiro.

Credor

6.3.2.1 RP processado a

pagar

Registra o valor dos RP processados já liquidados e

ainda não pagos. Credor

6.3.2.2 RP processado pago Registra o valor dos RP processados já liquidados e

já pagos. Credor

Page 63: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

63 ANEXO II – ATRIBUTOS DAS CONTAS CONTÁBEIS

Código Título Função/Funcionamento Natureza

do Saldo

7 CONTROLES

DEVEDORES

Compreendem as contas em que são registrados

os denominados Atos Potenciais e contas com

função precípua de controle.

Devedor

7.1 Atos potenciais

Compreende contas relacionadas às situações não

compreendidas no patrimônio, mas que, direta ou

indiretamente, possam vir a afetá-lo, exclusive as

que dizem respeito a atos e fatos ligados à

execução orçamentária e financeira e as contas

com função precípua de controle.

Devedor

7.1.1 Atos Potenciais do

Ativo

Registra os atos e fatos que possam vir a afetar o

ativo da entidade governamental. Devedor

7.1.2 Atos Potenciais do

Passivo

Registra os atos e fatos que possam vir a afetar o

passivo da entidade governamental. Devedor

7.2 Administração

Financeira

Registra o valor das cotas de despesas e restos a

pagar autorizados. Devedor

7.2.1 Programação

Financeira

Registra os valores autorizados para Programação

Financeira. Devedor

7.2.2 Disponibilidades por

Destinação Registra a disponibilidade de recursos. Devedor

7.3 Dívida Ativa

Registra o controle dos créditos a serem inscritos

em dívida ativa, dos que encontram-se em

processo de inscrição e a tramitação dos créditos

inscritos.

Devedor

7.3.1 Controle da Dívida

Ativa

Registra os valores passíveis de serem inscritos

em Dívida Ativa. Devedor

7.4 Riscos Fiscais

Registra o controle dos riscos fiscais identificados

no anexo de riscos fiscais da Lei de Diretrizes

Orçamentárias e que não preencham os requisitos

para reconhecimento como passivo.

Devedor

7.4.1 Controle de Riscos

Fiscais

Registra os riscos fiscais identificados no anexo

de riscos fiscais da Lei de Diretrizes

Orçamentárias e que não preencham os requisitos

para reconhecimento como passivo.

Devedor

7.8 Custos Registra o controle dos custos dos bens e serviços

produzidos. Devedor

7.9 Outros Controles Registra controles não especificados

anteriormente nos grupos dessa classe. Devedor

Código Título Função/Funcionamento Natureza

do Saldo

Page 64: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

64 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

8 CONTROLES

CREDORES

Compreendem as contas em que são registrados

os denominados Atos Potenciais e contas com

função precípua de controle.

Credor

8.1 Execução dos atos

potenciais

Compreende contas relacionadas às situações não

compreendidas no patrimônio, mas que, direta ou

indiretamente, possam vir a afetá-lo, exclusive as

que dizem respeito a atos e fatos ligados à

execução orçamentária e financeira e as contas

com função precípua de controle.

Credor

8.1.1 Execução dos Atos

Potenciais do Ativo

Registra a execução dos atos e fatos que possa vir

a afetar o ativo da entidade governamental. Credor

8.1.2

Execução dos Atos

Potenciais do

Passivo

Registra a execução dos atos e fatos que possa vir

a afetar o passivo da entidade governamental Credor

8.2

Execução da

Administração

Financeira

Registra o valor das movimentações de cotas de

despesas e restos a pagar. Credor

8.2.1

Execução da

Programação

Financeira

Registra a execução dos valores autorizados para

a Programação financeira. Credor

8.2.2

Execução das

Disponibilidades

por Destinação

Registra a execução da disponibilidade de

recursos. Credor

8.3 Execução da Dívida

Ativa

Registra o controle dos créditos a serem inscritos

em dívida ativa, dos que encontram-se em

processo de inscrição e a tramitação dos créditos

inscritos.

Credor

8.3.1

Créditos a

Encaminhar para a

Dívida Ativa

Registra os valores a serem encaminhados para o

órgão competente em inscrever em Dívida Ativa. Credor

8.3.2

Créditos

Encaminhados para

a Dívida Ativa

Registra os valores encaminhados para o órgão

competente em inscrever em Dívida Ativa. Credor

8.3.3 Créditos a Inscrever

em Dívida Ativa

Registra os valores a serem inscritos em Dívida

Ativa pelo o órgão competente em inscrever em

Dívida Ativa.

Credor

8.3.4

Créditos a Inscrever

em Dívida Ativa

devolvidos

Registra os valores a serem inscritos em Dívida

Ativa que foram devolvidos.

8.3.5

Créditos Inscritos

em Dívida Ativa a

receber

Registra os valores inscritos em Dívida Ativa pelo

o órgão competente em inscrever em Dívida

Ativa.

Credor

8.3.6

Créditos Inscritos

em Dívida Ativa

recebidos

Registra os valores que estavam inscritos em

Dívida Ativa recebidos. Credor

8.4 Execução dos

Riscos Fiscais

Registra o controle dos riscos fiscais identificados

no anexo de riscos fiscais da Lei de Diretrizes

Orçamentárias e que não preencham os requisitos

para reconhecimento como passivo.

Credor

Page 65: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

65 ANEXO II – ATRIBUTOS DAS CONTAS CONTÁBEIS

8.4.1 Riscos Fiscais

Previstos

Registra os riscos fiscais previstos no anexo de

riscos fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias e

que não preencham os requisitos para

reconhecimento como passivo.

Credor

8.4.2 Riscos Fiscais

Confirmados

Registra a confirmação dos riscos fiscais previstos

no anexo de riscos fiscais da Lei de Diretrizes

Orçamentárias e que não preencham os requisitos

para reconhecimento como passivo.

Credor

8.8 Apuração de Custos Registra o controle dos custos dos bens e serviços

produzidos. Credor

8.9 Outros Controles Registra controles não especificados

anteriormente nos grupos dessa classe. Credor

Page 66: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

66 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

10 ANEXO III – LANÇAMENTOS CONTÁBEIS PADRONIZADOS

Os lançamentos são apresentados de forma simplificada e exemplificativa, apresentando as

contas debitadas e creditadas com seus respectivos títulos e códigos. Os valores são arbitrários e

servem para uma melhor compreensão dos lançamentos.

No caso das contas de Ativo e Passivo, existe ainda uma informação adicional, o atributo

Indicador para cálculo do Superávit Financeiro. Caso a conta seja financeira, no conceito da lei

4.320/1964, essa terá ao seu lado a letra F entre parênteses, caso seja permanente, também no

conceito da lei 4.320/1964, essa terá ao seu lado a letra P entre parênteses. A maneira como será

feito esse controle, seja por duplicação de contas, seja por conta-corrente ou outro modo, ficará a

cargo do ente.

10.1 PREVISÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 5.2.1.x.x.xx.xx Previsão inicial da receita 1.200.000

1.200.000 C 6.2.1.x.x.xx.xx Receita orçamentária a realizar

10.2 FIXAÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 5.2.2.x.x.xx.xx Dotação orçamentária inicial 1.200.000

1.200.000 C 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito orçamentário disponível

10.3 RECONHECIMENTO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 1.1.x.x.x.xx.xx Tributo a receber (P) 1.000.000

1.000.000 C 4.1.1.x.x.xx.xx Variação patrimonial aumentativa - Tributárias

10.4 ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 1.1.1.x.x.xx.xx Disponível (F) 900.000

900.000 C 1.1.2.x.x.xx.xx Tributo a receber (P)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.2.1.x.x.xx.xx Receita orçamentária a realizar 900.000

900.000 C 6.2.1.x.x.xx.xx Receita orçamentária realizada

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 7.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade de recursos 900.000

900.000 C 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos

Page 67: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

67 ANEXO III – LANÇAMENTOS CONTÁBEIS PADRONIZADOS

10.5 OPERAÇÃO DE CRÉDITO

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 1.1.1.x.x.xx.xx Disponível (F) 200.000 200.000 C 2.1.2.x.x.xx.xx Obrigações em circulação (P)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.2.1.x.x.xx.xx Receita orçamentária a realizar 200.000

200.000 C 6.2.1.x.x.xx.xx Receita orçamentária realizada

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 7.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade de recursos 200.000

200.000 C 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos

10.6 ALIENAÇÃO DE VEÍCULOS (À VISTA)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 1.1.1.x.x.xx.xx Disponível (F) 300.000

300.000 C 1.2.3.x.x.xx.xx Imobilizado – Veículos (P)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.2.1.x.x.xx.xx Receita orçamentária a realizar 300.000

300.000 C 6.2.1.x.x.xx.xx Receita orçamentária realizada

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 7.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade de recursos 300.000

300.000 C 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos

10.7 MOVIMENTAÇÃO DE CRÉDITOS

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito orçamentário disponível 400.000

400.000 C 6.2.2.x.x.xx.xx Destaque/Provisão concedida

Na unidade beneficiada:

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 5.2.2.x.x.xx.xx Destaque/Provisão recebida 400.000

400.000 C 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito orçamentário disponível

10.8 CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS

1) Registro de contrato de serviços

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 7.1.2.x.x.xx.xx Contratos de serviços 120.000 120.000 C 8.1.2.x.x.xx.xx Obrigações contratadas a executar

Page 68: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

68 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

2) Empenho da despesa de serviços

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito orçamentário disponível 120.000

120.000 C 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado a liquidar

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos 120.000 120.000 C 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida

3) Liquidação da despesa de serviços e entrega da nota fiscal

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 3.3.2.x.x.xx.xx Variação patrimonial diminutiva – Uso de bens e serviços 10.000

10.000 C 2.1.2.x.x.xx.xx Obrigações em circulação (F)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.1.2.x.x.xx.xx Obrigações contratadas a executar 10.000

10.000 C 8.1.2.x.x.xx.xx Obrigações contratadas executadas

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado a liquidar 10.000

10.000 C 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado liquidado a pagar

4) Pagamento da despesa de serviços

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 2.1.2.x.x.xx.xx Obrigações em circulação (F) 10.000

10.000 C 1.1.1.x.x.xx.xx Disponível (F)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado liquidado a pagar 10.000

10.000 C 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado pago

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida 10.000 10.000 C 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida - utilizada

,

No encerramento do exercício:

5) Inscrição de Restos a Pagar não Processados (sem recebimento da nota fiscal)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 5.3.1.x.x.xx.xx Inscrição de RP não processado 110.000

110.000 C 6.3.1.1.x.xx.xx RP não processado a liquidar

6) Baixa da destinação de recursos

Page 69: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

69 ANEXO III – LANÇAMENTOS CONTÁBEIS PADRONIZADOS

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida - utilizada 10.000

10.000 C 7.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade de recursos

No exercício seguinte:

7) Liquidação de Restos a Pagar não Processados (com recebimento da nota fiscal)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.3.1.1.x.xx.xx RP não processado a liquidar 110.000

110.000 C 6.3.1.2.x.xx.xx RP não processado liquidado a pagar

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 3.3.2.x.x.xx.xx Variação patrimonial diminutiva – Uso de bens e serviços 110.000

110.000 C 2.1.2.x.x.xx.xx Obrigações em circulação (F)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.1.2.x.x.xx.xx Obrigações contratadas a executar 110.000

110.000 C 8.1.2.x.x.xx.xx Obrigações contratadas executadas

8) Pagamento de Restos a Pagar não processados

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.3.1.3.x.xx.xx RP não processado liquidado a pagar 110.000

110.000 C 6.3.1.4.x.xx.xx RP não processado liquidado pago

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

C 2.1.2.x.x.xx.xx Obrigações em circulação (F) 110.000

110.000 C 1.1.1.x.x.xx.xx Disponível (F)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida 110.000

110.000 C 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida - utilizada

10.9 PASSIVO SEM SUPORTE ORÇAMENTÁRIO

1) Reconhecimento do Passivo

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 3.1.x.x.x.xx.xx Variação patrimonial diminutiva – Pessoal e encargos 350.000 350.000 C 2.1.2.x.x.xx.xx Obrigações em circulação (P)

2) Empenho do passivo sem suporte orçamentário

Page 70: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

70 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito orçamentário disponível 350.000

350.000 C 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado a liquidar

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado a liquidar 350.000 350.000 C 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado em liquidação

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 2.1.2.x.x.xx.xx Obrigações em circulação (P) 350.000

350.000 C 2.1.2.x.x.xx.xx Obrigações em circulação (F)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos 350.000 350.000 C 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida

3) Liquidação

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado em liquidação 350.000

350.000 C 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado liquidado a pagar

4) Pagamento

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 2.1.2.x.x.xx.xx Obrigações em circulação (F) 350.000

350.000 C 1.1.1.x.x.xx.xx Disponível (F)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado liquidado a pagar 350.000 350.000 C 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado pago

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida 350.000

350.000 C 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida - utilizada

No encerramento do exercício:

5) Baixa da destinação de recursos

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida - utilizada 350.000

350.000 C 7.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade de recursos

10.10 MATERIAL DE CONSUMO

1) Empenho da despesa de material de consumo

Page 71: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

71 ANEXO III – LANÇAMENTOS CONTÁBEIS PADRONIZADOS

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito orçamentário disponível 250.000 250.000 C 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado a liquidar

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos 250.000

250.000 C 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida

2) Entrega da Nota Fiscal e Liquidação

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 1.1.3.x.x.xx.xx Material de consumo (P) 150.000

150.000 C 2.1.2.x.x.xx.xx Obrigações em circulação (F)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado a liquidar 150.000 150.000 C 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado liquidado a pagar

3) Pagamento

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 2.1.2.x.x.xx.xx Obrigações em circulação (F) 110.000

110.000 C 1.1.1.x.x.xx.xx Disponível (F)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado liquidado a pagar 110.000

110.000 C 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado pago

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida 110.000 110.000 C 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida - utilizada

4) Distribuição do material de consumo

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 3.3.1.x.x.xx.xx Variação patrimonial diminutiva – Uso de bens e serviços 30.000

30.000 C 1.1.3.x.x.xx.xx Material de consumo (P)

No encerramento do exercício:

5) Inscrição de Restos a Pagar Processados

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 5.3.2.x.x.xx.xx Inscrição de RP processado 40.000

40.000 C 6.3.2.1.x.xx.xx RP processado a pagar

6) Inscrição de Restos a Pagar não Processados (sem recebimento da nota fiscal)

Page 72: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

72 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 5.3.1.x.x.xx.xx Inscrição de RP não processado 100.000

100.000 C 6.3.1.1.x.xx.xx RP não processado a liquidar

7) Baixa da destinação de recursos

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida - utilizada 110.000 110.000 C 7.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade de recursos

No exercício seguinte:

8) Pagamento de Restos a Pagar Processados

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.3.2.1.x.x.xx.xx RP processado a pagar 40.000 40.000 C 6.3.2.2.x.x.xx.xx RP processado pago

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 2.1.2.x.x.xx.xx Obrigações em circulação (F) 40.000

40.000 C 1.1.1.x.x.x.xx.xx Disponível (F)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida 40.000

40.000 C 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida - utilizada

9) Recebimento da Nota Fiscal e liquidação de Restos a Pagar não Processados:

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.3.1.1.x.xx.xx RP não processado a liquidar 100.000 100.000 C 6.3.1.2.x.xx.xx RP não processado liquidado a pagar

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 1.1.3.x.x.xx.xx Material de consumo (P) 100.000

100.000 C 2.1.2.x.x.xx.xx Obrigações em circulação (F)

10) Pagamento de Restos a Pagar não processados

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.3.1.3.x.xx.xx RP não processado liquidado a pagar 100.000 100.000 C 6.3.1.4.x.xx.xx RP não processado liquidado pago

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

C 2.1.2.x.x.xx.xx Obrigações em circulação (F) 100.000 100.000 C 1.1.1.x.x.xx.xx Disponível (F)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida 100.000

100.000 C 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida - utilizada

Page 73: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

73 ANEXO III – LANÇAMENTOS CONTÁBEIS PADRONIZADOS

10.11 AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS 1) Empenho da despesa de aquisição de veículos

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito orçamentário disponível 180.000

180.000 C 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado a liquidar

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos 180.000 180.000 C 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida

2) Recebimento da nota fiscal de despesa de aquisição com veículos sem conferência

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 1.2.3.x.x.xx.xx Imobilizado – Veículos (P) 180.000 180.000 C 2.1.2.x.x.xx.xx Obrigações em circulação (F)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado a liquidar 180.000

180.000 C 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado em liquidação

3) Depreciação do veículo (1 mês)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 3.3.3.x.x.xx.xx Variação patrimonial diminutiva -Uso de Bens e Serviços - Depreciação 3.000 3.000 C 1.2.3.x.x.xx.xx *Imobilizado - Depreciação Acumulada – Veículos (P)

No encerramento do exercício:

4) Inscrição de Restos a Pagar não Processados (sem recebimento da nota fiscal)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 5.3.1.x.x.xx.xx Inscrição de RP não processado 180.000

180.000 C 6.3.1.2.x.xx.xx RP não processado a liquidar

No exercício seguinte:

5) Liquidação de Restos a Pagar não Processados (com recebimento da nota fiscal)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.3.1.2.x.xx.xx RP não processado a liquidar 180.000 180.000 C 6.3.1.3.x.xx.xx RP não processado liquidado a pagar

6) Pagamento de Restos a Pagar não processados

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.3.1.3.x.xx.xx RP não processado liquidado a pagar 180.000

180.000 C 6.3.1.4.x.xx.xx RP não processado liquidado pago

Page 74: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

74 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

C 2.1.2.x.x.xx.xx Obrigações em circulação (F) 180.000

180.000 C 1.1.1.x.x.xx.xx Disponível (F)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida 180.000 180.000 C 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida - utilizada

10.12 CONVÊNIOS

1) Assinatura de convênio

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 7.1.2.x.x.xx.xx Obrigações de Convênios 310.000 310.000 C 8.1.2.x.x.xx.xx Obrigações de Convênios a Executar

2) Empenho do convênio

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito orçamentário disponível 310.000 310.000 C 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado a liquidar

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos 310.000

310.000 C 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida

3) Documento comprobatório e liquidação do convênio

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 1.1.3.x.x.xx.xx Créditos em circulação (P) 310.000

310.000 C 2.1.2.x.x.xx.xx Obrigações em Circulação (F)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado a liquidar 310.000 310.000 C 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado liquidado a pagar

4) Pagamento do convênio

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado liquidado a pagar 310.000

310.000 C 6.2.2.x.x.xx.xx Crédito empenhado pago

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.1.2.x.x.xx.xx Obrigações de Convênios a Executar 310.000

310.000 C 8.1.2.x.x.xx.xx Obrigações de Convênios Liberada

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 2.1.2.x.x.xx.xx Obrigações em Circulação (F) 310.000

310.000 C 1.1.1.x.x.xx.xx Disponível (F)

Page 75: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

75 ANEXO III – LANÇAMENTOS CONTÁBEIS PADRONIZADOS

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida 310.000

310.000 C 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida - utilizada

5) Prestação de contas do convênio e aprovação

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 3.5.x.x.x.xx.xx Variação patrimonial diminutiva - Transferências 310.000

310.000 C 1.1.3.x.x.xx.xx Valores em circulação (P)

10.13 DOAÇÃO RECEBIDA DE VEÍCULOS

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 1.2.3.x.x.xx.xx Imobilizado – Veículos (P) 18.000

18.000 C 4.5.x.x.x.xx.xx Variação patrimonial aumentativa – Transferências – Doações recebidas

10.14 DOAÇÃO CONCEDIDA DE COMPUTADORES

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 3.5.x.x.x.xx.xx Variação patrimonial diminutiva – Transferências – Doações concedidas 7.000

7.000 C 1.2.3.x.x.xx.xx Imobilizado – Computadores (P)

10.15 DEPÓSITO DE CAUÇÃO

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 1.1.3.x.x.xx.xx Bens e Valores em Circulação – Depósitos (F) 8.000

8.000 C 2.1.1.x.x.xx.xx Valores de terceiros (F)

10.16 DEVOLUÇÃO PARCIAL DE CAUÇÃO

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 2.1.1.x.x.xx.xx Valores de terceiros (F) 6.000

6.000 C 1.1.3.x.x.xx.xx Bens e Valores em Circulação – Depósitos (F)

10.17 DÍVIDA ATIVA 1) Inscrição da dívida ativa

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 7.3.1.x.x.xx.xx Inscrição da dívida ativa 100.000 100.000 C 8.3.4.x.x.xx.xx Créditos inscritos em Dívida Ativa a receber

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 1.2.1.x.x.xx.xx Divida Ativa (P) 100.000

100.000 C 1.1.2.x.x.xx.xx Tributo a receber (P)

2) Recebimento da dívida ativa

Page 76: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

76 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 1.1.1.x.x.xx.xx Disponível (F) 10.000

10.000 C 1.2.1.x.x.xx.xx Divida Ativa (P)

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 6.2.1.x.x.xx.xx Receita orçamentária a realizar 10.000 10.000 C 6.2.1.x.x.xx.xx Receita orçamentária realizada

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 7.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade de recursos 10.000

10.000 C 8.2.2.x.x.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.3.4.x.x.xx.xx Créditos inscritos em Dívida Ativa a receber 10.000

10.000 C 8.3.5.x.x.xx.xx Créditos inscritos em Dívida Ativa recebidos

3) Cancelamento da inscrição em dívida ativa

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.3.4.x.x.xx.xx Créditos inscritos em Dívida Ativa a receber 3.000 3.000 C 7.3.1.x.x.xx.xx Inscrição da dívida Ativa

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 1.1.2.x.x.xx.xx Tributo a receber (P) 3.000

3.000 C 1.2.1.x.x.xx.xx Divida Ativa (P)

4) Cancelamento da inscrição da dívida ativa por impossibilidade de recebimento

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 8.3.4.x.x.xx.xx Créditos inscritos em Dívida Ativa a receber 2.000

2.000 C 7.3.1.x.x.xx.xx Inscrição da dívida Ativa

Código da

Conta Título da Conta Valor (R$)

D 3.9.x.x.x.xx.xx Variação Patrimonial Diminutiva – Cancelamento da Dívida Ativa 2.000

2.000 C 1.2.1.x.x.xx.xx Divida Ativa (P)

Page 77: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

77 ANEXO III – LANÇAMENTOS CONTÁBEIS PADRONIZADOS

INDICE REMISSIVO

A

Ações em tesouraria ....................................42 Agentes consignatários ...............................14 Agentes correspondentes ...........................14 Ajustes de avaliação patrimonial ................42 Alienação de veículos (à vista) ....................70 Aquisição de veículos ..................................76 Arrecadação de tributos ..............................69 Ativo ............................................................28 Atributos da conta contábil .........................32 Atributos das contas contábeis ...................57

C

Classe ...........................................................36 Comparabilidade .........................................24 Compreensibilidade ....................................24 Confiabilidade .............................................24 Contas com informações de natureza

orçamentária ...........................................15 Contas com informações de natureza

patrimonial ..............................................15 Contas com informações de natureza típica

de controle ..............................................15 Contas contábeis

Classificação ............................................15 Contas diferenciais ......................................14 Contas integrais ...........................................14 Contratação de serviços ..............................71 Controles credores ......................................40 Controles devedores ...................................40 Convênios ....................................................77

D

Depósito de caução .....................................78 Devolução parcial de caução .......................78 Dívida ativa ..................................................79 Doação recebida de veículos .......................78

E

Estatísticas fiscais ........................................47

F

Fidedignidade ..............................................24 Fixação da despesa orçamentária ...............69

G

GFSM ......................................... 47, 48, 49, 51 GMM ........................................................... 51 Grupo .......................................................... 37 Grupo técnico de padronização de

procedimentos contábeis ....................... 11

I

Imparcialidade ............................................ 24 Integridade ................................................. 24

L

Lançamentos contábeis padronizados........ 69 Lançamentos padronizados ........................ 47 Lei complementar n.º 101/2000 ................. 11

M

Manual de estatísticas de finanças públicas ................................................................ 47

Material de consumo .................................. 74 Mercosul ............................................... 47, 51 Movimentação de créditos ......................... 70

N

Natureza da informação ............................. 21

O

Objetividade ............................................... 24 Operação de crédito ................................... 70

P

Passivo ........................................................ 28 Passivo sem suporte orçamentário ............ 73 Patrimônio líquido ...................................... 28 Patrimônio público

Conceito .................................................. 28 Plano de contas

Campo de aplicação ................................ 18 Conceito .................................................. 13 Diretrizes ................................................. 16 Estrutura ................................................. 32 Objetivo .................................................. 13 Objetivo .................................................. 17 Responsabilidade .................................... 18

Page 78: MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO€¦ · Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

78 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – 2º EDIÇÃO

Plano de contas aplicado ao setor público ...2, 3, 7, 8, 11, 12, 18, 31, 32

Previsão da receita orçamentária ...............69 Princípios fundamentais de contabilidade .17,

23, 27 Proprietários ................................................14

R

Reconhecimento de crédito tributário ........69 Registro contábil

Elementos essenciais ...............................26 Registro contábil .........................................21 Registro e informação contábil

Características .........................................24 Relação de contas........................................32 Relação de contas contábeis .......................52 Representatividade .....................................25 Reservas de capital ......................................42 Reservas de lucros .......................................42 Resultado patrimonial ..................... 31, 42, 58

S

Saldo patrimonial ........................................28 Secretaria do tesouro nacional .. 4, 6, 7, 8, 51,

52 Sistema contábil .................................... 19, 20

Situação líquida patrimonial ....................... 28 Subgrupo ..................................................... 41 Subsistemas ........................................... 19, 20

Compensação ......................................... 19 Custos ..................................................... 19 Informações orçamentárias .................... 19

T

Tempestividade .......................................... 25 Teoria materialista ...................................... 14 Teoria patrimonialista ................................. 14 Teoria personalista ..................................... 14

U

Uniformidade .............................................. 25 Utilidade ..................................................... 25

V

Variações patrimoniais ............................... 29 Variações patrimoniais aumentativas . 15, 21,

29, 34, 39, 44, 54, 63, 64 Variações patrimoniais diminutivas15, 21, 23,

29, 33, 34, 38, 42, 43, 53, 60, 61, 62 Verificabilidade ........................................... 25 Visibilidade .................................................. 25