manual de combate à incêndio (2006)

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  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Manual bsico de combate a incndio

    Mdulo 3- Tcnicas de combate a incndio -

    2 edio

    2009

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    Manual bsico de combate a incndio do

    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Aprovado pela portaria n 30, de 10 de novembro de 2006 e publicado no BoletimGeral n 216, de 16 de novembro de 2006.

    Comisso de ElaboraoTEN-CEL QOBM/Comb. RICARDO V. TVORA G. DE CARVALHO, mat. 00188-0CAP QOBM/Comb. LUCIANO MAXIMIANO DA ROSA, mat. 00322-0;CAP QOBM/Comb. MARCELO GOMES DA SILVA, mat. 00341-7;CAP QOBM/Compl. FBIO CAMPOS DE BARROS, mat. 00469-3;CAP QOBM/Compl. GEORGE CAJATY BARBOSA BRAGA, mat. 00477-4;CAP QOBM/Comb. ALAN ALEXANDRE ARAJO, mat. 00354-9;CAP QOBM/Comb. HELEN RAMALHO DE O. LANDIM, mat. 00414-6;

    CAP QOBM/Comb. DEUSDETE VIEIRA DE SOUZA JNIOR, mat. 00404-9;1o TEN QOBM/Comb. VANESSA SIGNALE L. MALAQUIAS, mat. 09526-6;1o TEN QOBM/Comb. ANDR TELLES CAMPOS, mat. 00532-0;1o TEN QOBM/Comb. SINFRNIO LOPES PEREIRA, mat. 00570-3;1o TEN QOBM/Comb. MARCOS QUINCOSES SPOTORNO, mat. 00565-7;2o TEN QOBM/Comb. KARLA MARINA GOMES PEREIRA, mat. 00583-5;2o TEN QOBM/Comb. RISSEL F. C. CARDOCH VALDEZ, mat. 00589-4;2o TEN QOBM/Comb. MARCELO DANTAS RAMALHO, mat. 00619-X;2o TEN KARLA REGINA BARCELLOS ALVES, mat. 00673-4;1o SGT BM GILVAN BARBOSA RIBEIRO, mat. 04103-3;2o SGT BM EURPEDES JOS SILVA, mat. 04098-3;3o SGT BM JOAQUIM PEREIRA LISBOA NETO, mat. 06162-X;3o SGT BM HELDER DE FARIAS SALAZAR, mat. 07265-6.

    Comisso de RevisoTEN-CEL QOBM/Comb. WATERLOO C. MEIRELES FILHO, mat.00186-4;MAJ QOBM/Comb. MRCIO BORGES PEREIRA, mat. 00249-6;CAP QOBM/Comb. ALEXANDRE PINHO DE ANDRADE, mat. 00383-2;1o TEN QOBM/Compl. FTIMA VALRIA F. FERREIRA, mat. 00597-5;2o TEN QOBM/Comb. LCIO KLEBER B. DE ANDRADE, mat. 00584-3.

    Reviso OrtogrficaSBM QBMG-1 SOLANGE DE CARVALHO LUSTOSA, mat. 06509-9.

    Braslia-DF, 10 de novembro de 2006.

    SOSSGENES DE OLIVEIRA FILHO Coronel QOBM/Comb.Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

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    2009 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Qualquer parte desta publicao pode ser reproduzida, desdeque citada a fonte.

    Disponvel tambm em CD-ROM.

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    Apresentao da 2 edio.

    Quando o Manual bsico de combate a incndio foi criado, em

    2006, tinha por objetivo nortear a conduta do bombeiro do Corpo de

    Bombeiros Militar do Distrito Federal nas aes de combate a incndio

    urbano, atentando para os princpios basilares da segurana e da

    efetividade do socorro prestado.

    Vrias obras subsidiaram o processo de construo do

    contedo apresentado, com o intuito de fornecer o maior nmero

    possvel de informaes sobre as aes tcnicas e tticas de combate a

    incndio e sobre a experincia de outros corpos de bombeiros frente a

    um inimigo comum.

    Nesta segunda edio, a comisso teve a oportunidade de

    rever os conceitos aplicados, por meio da consulta a novas literaturas,

    bem como aprimorar o contedo j existente, com base na experincia

    da instruo diria e nas adaptaes que toda profisso requer para

    evoluir.

    Neste contexto, no se poderia deixar de agradecer aos

    profissionais que, direta ou indiretamente, contriburam para que a

    presente obra fosse atualizada.

    Com a dedicao que lhes peculiar, alguns militares

    contriburam para esta reviso, tendo sido designados ou no para tal.Movidos pelo amor profisso, estes militares engrandecem o nome da

    instituio e inspiram seus colegas.

    A comisso agradece especialmente ao Coronel QOBM/Comb

    RRm Ivan Feregueti Ges que, mesmo em seu merecido descanso, no

    poupou esforos para contribuir, com sua experincia profissional e de

    ensino, a toda a obra aqui apresentada e de modo especial partettica do manual.

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    O presente manual ser revisado sempre que necessrio ao

    bom desempenho do bombeiro em sua misso vidas alheias e riquezas

    salvar.

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    Sumrio

    Introduo................................................................................11. Equipamentos de proteo individual para combate a

    incndio ............................................................................... 31.1. Descrio dos equipamentos de proteo individual..........51.1.1 Capacete de combate a incndio.......................................61.1.2 Balaclava............................................................................71.1.3 Roupa de aproximao.......................................................81.1.4 Luvas..................................................................................91.1.5 Botas.................................................................................101.1.6 Equipamento de proteo respiratria (EPR) ...................101.2. Preparao para utilizao do EPI ...................................171.3. Equipagem........................................................................181.4. Desequipagem..................................................................28

    2. Equipamentos de combate a incndio..........................3332.1. Mangueiras .....................................................................3332.2. Mangotes ........................................................................3662.3. Mangotinho .....................................................................3772.4. Esguichos .......................................................................3772.4.1 Esguicho regulvel..........................................................3882.4.2 Esguicho canho..............................................................402.4.3 Esguicho proporcionador de espuma...............................412.4.4 Esguicho agulheta............................................................422.4.5 Esguicho pistola................................................................432.5. Ferramentas......................................................................442.5.1 Chave de hidrante.............................................................442.5.2 Chave de mangote............................................................452.5.3 Chave de biela..................................................................452.5.4 Chave sobreposta.............................................................462.5.5 Chave de mangueira.........................................................462.5.6 Chave tipo T......................................................................472.5.7 Volante de hidrante...........................................................472.6. Acessrios hidrulicos ......................................................482.6.1 Junta de unio storz..........................................................482.6.2 Suplemento de unio........................................................482.6.3 Adaptador.........................................................................492.6.4 Reduo............................................................................50

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    2.6.5 Tampo............................................................................ 502.6.6 Divisor.............................................................................. 512.6.7 Coletor.............................................................................. 522.6.8

    Misturador entre linhas..................................................... 52

    2.6.9 Ralo com vlvula de reteno.......................................... 532.6.10 Luva de hidrante.............................................................. 54

    3. Acondicionamento e manuseio de mangueiras.............553.1. Aduchamento pela ponta ................................................. 573.2. Aduchamento pelo seio.................................................... 603.2.1 Para enrolar com um bombeiro - Tcnica 1:.................... 613.2.2 Para enrolar com um bombeiro - Tcnica 2:.................... 633.2.3 Para enrolar com dois bombeiros Tcnica 3:................ 643.2.4 Para desenrolar mangueira de 1 1

    2polegada................. 67

    3.2.5 Para desenrolar mangueira de 212

    polegadas:............... 693.3. Aduchamento com alas.................................................. 723.4. Ziguezague ou sanfonada................................................ 75

    4. Armao de mangueiras para o combate a incndio ....784.1. Terminologia utilizada ...................................................... 784.2. Formas de comando ........................................................ 814.3. Termos abreviados .......................................................... 874.4. Formas de montagem das linhas de combate ................. 874.5. Tcnica base para armao de ligao ........................... 884.5.1 Armao de ligao com uma mangueira........................ 894.5.2 Armao de ligao com duas mangueiras..................... 904.5.3 Armao de ligao com trs mangueiras....................... 914.5.4 Armao de ligao com quatro mangueiras................... 924.6. Tcnicas base para armao de linhas............................ 934.6.1 Armao de linha com uma mangueira............................ 934.6.2 Armao de linha com duas mangueiras......................... 944.6.3 Armao de linha com trs mangueiras........................... 954.7. Armao de linha direta ................................................... 954.7.1 Armao de linha direta com uma mangueira.................. 964.7.2 Armao de linha direta com duas mangueiras............... 974.7.3 Armao de linha direta com trs mangueiras................. 984.7.4 Armao de linha direta com quatro mangueiras............. 994.8. Exerccios de armao de linha simples, dupla e tripla, deacordo com a tcnica base ........................................................ 1004.8.1 Prescries gerais.......................................................... 1004.8.2 Bomba armar 1 x 1......................................................... 1024.8.3 Armao 1 x 2................................................................ 105

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    4.8.4 Armao 2 x 1.................................................................1064.8.5 Armao 2 x 2.................................................................1064.8.6 Armao 3 x 1.................................................................1064.8.7

    Armao 3 x 2.................................................................106

    4.8.8 Armao 4 x 1.................................................................1074.8.9 Armao 4 x 2.................................................................1074.9. Armao de mangueiras no plano vertical......................1074.9.1 Utilizao de escada prolongvel de fibra com doisbombeiros...................................................................................1084.9.2 Tcnica da mochila.........................................................1124.9.3 Iamento de linha............................................................1134.9.4 Operao de iar ligao................................................1164.9.5 Armao de linhas de combate em prdios altos utilizandoa plataforma mecnica...............................................................119

    5. Combate a incndio com o uso de espuma .................1266. Tcnica de abastecimento .............................................132

    6.1. Fontes de abastecimento................................................1326.2. Abastecimento por meio de hidrante urbano..................1336.2.1 Abastecimento de hidrante urbano utilizando o mangote1346.2.2 Abastecimento de hidrante urbano utilizando mangueira1356.3. Abastecimento em mananciais e reservatrios ..............1376.4. Abastecimento realizado por outra viatura .....................138

    7. Tipos de jatos ..................................................................1427.1. Jato compacto.................................................................1427.2. Jato neblinado.................................................................1437.3. Jato atomizado................................................................144

    8.Abertura e entrada de incndio ..................................... 1478.1. Avaliao do incndio e da edificao............................148

    8.2. Escolhendo a entrada.....................................................1498.3. Fazendo a abertura de porta ..........................................1508.4. Entrada ...........................................................................1578.5. Proteo da rota de fuga ................................................159

    9. Progresso ......................................................................161

    9.1. Tcnica de dois pontos...................................................1629.2. Tcnica de trs pontos....................................................1639.3. Tcnica de quatro pontos ...............................................164

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    9.4. Tcnica de proteo....................................................... 168

    10. Combate a incndio utilizando gua ...........................17010.1. Posicionamento.............................................................. 17010.2. Ataque direto.................................................................. 17010.3. Ataque indireto ............................................................... 17210.4. Ataque tridimensional..................................................... 17210.5. Utilizando os diferentes tipos de ataque ao fogo ........... 17310.5.1 Ambiente sem ventilao adequada .............................. 17310.5.2 Ambiente com ventilao adequada .............................. 174

    11. Evacuao e busca em local de incndio...................17912. Ventilao ttica ............................................................195

    12.1. Efeitos da ventilao sobre o incndio........................... 19612.2. Ventilao natural e seus fatores de movimento ........... 19812.3. Ventilao forada ......................................................... 20612.3.1 Ventilao de presso negativa..................................... 20712.3.2 Ventilao hidrulica por arrastamento.......................... 20812.3.3 Ventilao de presso positiva....................................... 20912.3.4 Arranjos de ventiladores................................................ 21712.3.5 Problemas com o uso de ventiladores. .......................... 21812.3.6 Incorporando o uso de ventiladores ao combate aincndio...................................................................................... 22012.4. Resumo das aes e efeitos da ventilao.................... 22212.5. Integrando tcnicas de abertura, ventilao e ataques aofogo.......... .................................................................................. 223

    13. Incndios em subsolos.................................................225

    14.Salvatagem.....................................................................231

    Bibliografia...........................................................................233

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 1

    Introduo

    Neste mdulo so apresentadas tcnicas e equipamentos decombate a incndio, em ordem crescente de complexidade, seguindo o

    objetivo de uma atuao segura e eficaz, desde a utilizao correta do

    equipamento de proteo respiratria (EPI/EPR) at as tcnicas de

    salvatagem.

    Os assuntos aqui presentes so o que h de mais moderno

    atualmente no combate a incndio estrutural, tanto no que diz respeito segurana do bombeiro quanto efetividade do socorro.

    Apesar de no ser uma obra completa, o mdulo visa

    apresentar o maior nmero de informaes sobre as tcnicas

    necessrias ao combate a incndio urbano. A prtica destes assuntos,

    por meio de treinamentos constantes e atualizados, possibilita um

    socorro rpido, seguro e adequado e deve ser adotada por todos os

    bombeiros da corporao.

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    2 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 3

    1. Equipamentos de proteo individual para combate a

    incndio

    Figura 1 - Equipamento de proteo individual

    Em toda a abordagem deste manual, enfatiza-se a

    necessidade de utilizao do equipamento de proteo individual (EPI)

    por todos os bombeiros envolvidos nas aes de salvamento e combate

    a incndio.

    Os equipamentos de proteo individual so projetados para

    oferecer segurana aos bombeiros durante as operaes contra:

    O calor convectivo e chamas.

    Choques mecnicos (no caso do capacete).

    Cortes e perfuraes.

    Gases, vapores ou ambientes com atmosfera pobre em

    oxignio.

    necessrio garantir, principalmente, a viabilidade da

    respirao do bombeiro por meio do equipamento de proteo

    respiratria (EPR).

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    4 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Nesse caso, o EPI deve proteger o bombeiro de forma que

    nenhuma parte do seu corpo fique exposta s condies do incndio.

    Entretanto, importante salientar que, por mais bem

    desenvolvido que um equipamento seja, ele no consegue oferecerproteo integral e irrestrita ao combatente, cabendo a este respeitar e

    adotar as aes de segurana previstas, conhecendo os limites de cada

    equipamento, a fim de que no se exponha desnecessariamente ou

    alm da capacidade do EPI.

    De outra forma, importante que o bombeiro saiba que, ao

    estar completamente equipado, seus sentidos de tato, viso e audiosero, significativamente, reduzidos pelo EPI, o que exige dele mais

    ateno e cuidado nas aes. A maioria dos equipamentos usados em

    conjunto acaba por restringir os movimentos, os quais podem ficar

    lentos ou mesmo limitados, exigindo maior esforo fsico e ateno,

    alm de aumentar o desgaste fsico do bombeiro.

    Mesmo com todos os fatores acima relacionados, o emprego

    desses equipamentos no deve, sob nenhum pretexto, ser

    negligenciado ou dispensado pelos bombeiros, mesmo que a situao

    do incndio no aparente ser grave ou ainda quando se acredita que

    no haver maiores problemas para a guarnio.

    Ainda que seja possvel realizar o combate sem o uso do EPI,

    ressalta-se que alguns tipos de leso, como a respiratria por inalao

    da fumaa, podem manifestar-se horas ou dias depois do evento e

    causar danos irreversveis ao bombeiro. Esse assunto e os efeitos do

    Os equipamentos de proteoindividual so projetados parapreservar o bombeiro em suasatividades profissionais.

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 5

    incndio no bombeiro foram abordados no Mdulo 2 do presente

    manual.

    Para que os bombeiros utilizem destes importantes dispositivos

    de maneira correta e completa, necessrio que a equipagem e

    desequipagem dos materiais sejam realizadas de forma metdica, semdanificar o equipamento, bem como com eficincia e qualidade, no

    menor tempo possvel.

    Tais metas, somadas boa adaptabilidade do bombeiro ao

    equipamento, s so obtidas por meio de treinamentos dirios sobre seu

    uso, bem como com o emprego de maneira rotineira e adequada.

    Os equipamentos aqui relacionados so especficos para as

    aes de combate a incndio.

    1.1. Descrio dos equipamentos de proteo individualOs equipamentos de proteo individual para combate a

    incndio compreendem os seguintes itens bsicos:

    Roupa de aproximao (capa e cala).

    Botas de combate a incndio.

    Equipamento de proteo respiratria (EPR).

    Balaclava. Capacete de combate a incndio.

    A boa adaptabilidade do bombeiro aoEPI sempre depender de treinamentosdirios.

    Os bombeiros nunca devemsubestimar um princpio de incndio.

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    6 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Luvas de combate a incndio.

    Alerta de homem morto PASS (Personal Alert Safety

    System)1

    sistema de segurana de alerta pessoal queemite um sinal sonoro em caso de falta de movimento do

    bombeiro. Deve ser acionado antes de entrar no local

    sinistrado.

    Constituem outros equipamentos de uso individual:

    Cabo da vida e mosqueto. Lanterna.

    Rdio comunicador1.

    A equipe deve carregar material de arrombamento (p de

    cabra, alavanca, machado, corta-frio) ao entrar no local do incndio,

    para no perder tempo em busc-lo na viatura. O arrombamento pode

    ser necessrio tanto para a busca, quanto em caso de os bombeiros

    terem de escapar rapidamente devido ao avano do incndio.

    1.1.1 Capacete de combate a incndio

    O capacete de combate a incndio tem a finalidade de oferecer

    proteo para a cabea contra choques mecnicos, evitando ou

    minimizando os danos de traumas no bombeiro como, por exemplo, ser

    atingido por algum objeto em queda (telhas, caibros, forros, etc) e

    protegendo a cabea e o pescoo contra o calor.

    No CBMDF, os capacetes de cor branca so destinados aos

    oficiais e os de cor amarela so destinados aos praas.

    Os capacetes devem ser identificados conforme o padro

    existente na corporao.

    1 Se a corpora o ou instituio possuir tal equipamento.

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 7

    Figura 2 Capacete de combate a incndio

    Os capacetes atualmente utilizados pelo CBMDF possuemregulagem na parte posterior, para ajuste na cabea. Esse ajuste deve

    ser feito ao se assumir o servio, a fim de que no fique apertado nem

    frouxo demais, o que pode comprometer a segurana oferecida pelo

    equipamento. Os capacetes possuem tambm um protetor de calor para

    a nuca, feito em tecido antichama.

    1.1.2 Balaclava

    Pea em tecido especial, resistente s chamas, utilizada para o

    isolamento trmico da regio da cabea e do pescoo. Seu formato

    abrange, inclusive, o couro cabeludo e as orelhas, as quais devem estar

    bem protegidas por serem muito sensveis e constitudas de cartilagem,

    o que faz com que no ocorra sua regenerao em caso de leso.

    Figura 3 - Balaclava

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    8 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    1.1.3 Roupa de aproximao

    Feita de material resistente s chamas e retardante, a roupa de

    aproximao composta de capa e cala. Sua funo principal proteger o bombeiro contra queimaduras e efeitos do calor no

    organismo, contudo a sua proteo se estende tambm contra os riscos

    relacionados a cortes e ferimentos.

    Em geral, a roupa de aproximao protege pela combinao de

    camadas de tecido e de ar. Por isso, deve-se evitar comprimir a roupa

    de aproximao quando aquecida.

    desejvel que a roupa de aproximao evite que o suor

    produzido pelo bombeiro evapore em demasia.

    As roupas possuem faixas refletivas para facilitar a localizao

    do bombeiro no interior do ambiente sinistrado.

    Figura 4 Roupa de aproximao

    Mesmo sabendo da qualidade de proteo de seu

    equipamento, h um costume quase mundial entre os combatentes de

    se molharem para entrar no incndio. A gua aplicada no EPI d uma

    sensao de frescor e segurana quando o bombeiro entra em um localque est enfrentando altas temperaturas.

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 9

    Entretanto, durante a exposio ao calor ambiente, a

    temperatura do EPI se elevar mais rapidamente do que se estivesse

    seco podendo causar srias queimaduras por contato. A absoro decalor pela gua 25 vezes maior que a absoro de calor pelo ar.

    Alm disso, existe a possibilidade de que o calor presente seja

    suficiente para evaporar toda a gua, causando queimaduras.

    Portanto, mesmo protegido com a roupa de aproximao o

    bombeiro no deve se molhar antes de entrar no ambiente sinistrado.

    1.1.4 Luvas

    As luvas so peas destinadas a proteger as mos e os pulsos

    do bombeiro contra queimaduras (por ao direta das chamas ou pelo

    calor), bem como contra cortes e ferimentos que possam ser produzidos

    durante aes de combate a incndio.

    As qualidades mais buscadas nestas peas so: boa

    flexibilidade, a fim de no limitar demais os movimentos tcteis do

    bombeiro, alm de boa resistncia abraso, ao fogo e gua.

    Durante o seu acondicionamento, deve-se evitar contato ou

    exposio a leos e graxas.

    No se deve us-las nem guard-las molhadas ou midas.

    Tambm, no devem ser usadas para operaes de salvamento, devido

    o desgaste.

    Entrar molhado para combater um incndiopode causar queimadura.

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    10 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Figura 5 Luva de combate a incndio

    1.1.5 Botas

    As botas se destinam a proteger os ps, tornozelos e pernas do

    bombeiro, evitando que o calor irradiado cause queimaduras, alm de

    proteger contra possveis cortes, pancadas e perfuraes durante as

    aes de combate a incndio.

    Figura 6 Bota de combate a incndio

    1.1.6 Equipamento de proteo respiratria (EPR)

    Equipamento de proteo respiratria todo o conjunto pelo

    qual se possvel respirar protegido de partculas (gases, poeiras, etc.)

    nocivas ao organismo humano.

    Existem vrios tipos de equipamentos de proteo respiratria:

    Por filtro.

    Por linha de ar.

    Autnomo.

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 11

    o De circuito aberto (o ar circula na mscara e escapa

    para o exterior).

    o

    De circuito fechado (o ar circula na mscara e reciclado sem escapar para o exterior).

    Neste manual ser abordado o equipamento autnomo de

    circuito aberto, por ser o mais comum utilizado pelos corpos de

    bombeiros no mundo inteiro. Por isso mesmo, toda referncia a este

    equipamento no manual ser equipamento de proteo respiratria

    (EPR).

    O EPR tem por finalidade proteger as vias respiratrias em

    todas as situaes em que houver o risco da atmosfera estar

    contaminada ou possuir uma taxa de oxignio insuficiente para a

    manuteno da vida. O usurio respira o ar do cilindro, totalmente

    independente do ar atmosfrico.

    O uso do EPR deve ser rotineiro nas aes de combate,

    independentemente do tipo de incndio. Utilizado em local aberto ou

    fechado, no incio, no meio ou no fim do incndio, uma vez que esses

    ambientes so sempre nocivos ao organismo humano.

    Deve possuir sistema de presso positiva, na qual criada uma

    ligeira sobrepresso no interior da mscara, evitando a entrada do ar

    exterior.

    Figura 7 EPR completo

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    12 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    O EPR composto de:

    Cilindro com ar comprimido (Figura 8) - confeccionadoem ao, composite ou outra liga leve, encontrado com

    volume de 4 a 12 litros.

    Figura 8 - Cilindro com ar comprimido

    Vlvula redutora de presso (Figura 9) - a reduo de

    presso realizada em dois estgios, de alta presso

    para mdia presso.

    Figura 9 - Vlvula redutora de presso

    - Mscara panormica (Figura 10) possui uma trava

    denominada trava da vlvula de demanda que serve para

    prender e liberar a vlvula de demanda da mscara (seta

    amarela Figura 12); possui duplos lbios, adaptvel a

    qualquer rosto, ngulo de viso de 180o na horizontal e100o na vertical, com vlvula de exalao, ala de

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 13

    transporte, tirantes de regulagem (aranha) e mascarilha

    interna; evita danos pela inalao de fumaa, tambm

    oferece proteo contra queimaduras na face e nas viasareas superiores, alm de proporcionar melhor

    visibilidade durante o incndio pela proteo dos olhos.

    Figura 10 - Mscara panormica

    - Vlvula de demanda (Figura 11) possui boto de

    bloqueio de fluxo de ar que serve para interromper o

    fluxo de ar quando for necessrio (seta vermelha Figura

    12); possui tambm boto de liberao do fluxo de ar, o

    qual serve para garantir o fluxo normal de ar (seta verde

    Figura 12 presso positiva);

    Figura 11 Vlvula de demanda

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    14 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Figura 12 - Trava do bocal da vlvula de demanda (seta amarela)

    - Manmetro (Figura 13) possui efeito florescente que

    possibilita a leitura no escuro; ligado mangueira de

    alta presso juntamente com o alarme sonoro com

    potncia de 90 decibis; possui marcao de presso em

    BAR, sendo que em grande parte dos equipamentos vai

    de 0 a 350 BAR de presso, variando um pouco de

    acordo com o modelo.

    Figura 13 - Manmetro

    - Suporte dorsal (Figura 14) - anatmico e possui

    tirantes regulveis de ombro e cinto resistente ao fogo;

    possui duas alas apropriadas para o transporte do

    equipamento.

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 15

    Figura 14 - Suporte dorsal

    Orientaes quanto montagem do equipamento:

    Inspecione visualmente o equipamento: tirantes, fivelas,

    cintos e braadeiras.

    Verifique se a presso est acima de 80% (oitenta por

    cento) da presso total do cilindro de ar.

    Verifique se os anis de vedao (o-ring) das vlvulas

    redutora de presso e de demanda no esto danificados.

    Orientaes quanto montagem e desmontagem do

    equipamento:

    Posicione o suporte na horizontal, folgue a fita e,

    deslizando o cilindro, posicione a vlvula do cilindro junto

    ao volante do redutor.

    Coloque o equipamento na posio vertical, rosqueie o

    volante na vlvula do cilindro. No utilize ferramentas para

    apertar. Use apenas a fora das mos e coloque a tira

    antivibrao no volante.

    Coloque novamente o equipamento na posio horizontal,

    aperte bem a fita para fixar o cilindro e acomode a parte

    que sobrar, introduzindo no passador ou pressionando-a

    contra o velcro.

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    16 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Para a desmontagem, realize operao inversa,

    comeando pela liberao da fita que prende o cilindro.

    No esquea que o sistema deve estar despressurizadopara desmontagem do EPR. Para isso basta conferir se a

    vlvula do cilindro est fechada e pressionar o boto de

    liberao de fluxo de ar da VD (seta verde - Figura 12).

    Para maior segurana, deve-se realizar os seguintes testes no

    EPR antes de utiliz-lo:

    Teste de vedao de mdia e alta presso:

    1) Verifique se o boto de bloqueio do fluxo de ar est

    acionado.

    2) Abra o registro do cilindro, vagarosamente, para

    pressurizar o sistema e feche-o novamente.

    3) Verifique, no manmetro, se no houve perda de mais de

    10 BAR em um minuto.

    Teste do alarme sonoro:

    1) Segure a vlvula de demanda e observe, com a mo, a

    sada de ar.

    2) Pressione o boto de liberao do fluxo de ar.

    3) Alivie suavemente a mo, liberando o ar do sistema.

    4) Observe se vai apitar na presso ideal de 55 BAR,

    podendo ter um erro de 5 BAR.

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 17

    Teste de conexo e vedao da mscara:

    1) Encaixe a vlvula de demanda na mscara e depois puxe,

    suavemente, para testar a sua trava; a seguir, pressione atrava e retire a vlvula.

    2) Coloque a ala de transporte da mscara no pescoo e a

    mscara no rosto, ajustando a aranha de regulagem.

    3) Inspire, profundamente, segure a respirao e conecte a

    vlvula de demanda na mscara.

    4) No momento da inspirao, se houver uma selagem

    satisfatria, a mscara vir de encontro ao rosto.

    5) Pressione a trava de liberao da vlvula de demanda e

    retire-a. Caso no localize a trava rapidamente, para

    retirar a vlvula de demanda, introduza o dedo indicador

    entre os lbios da mscara e a face e respire com

    tranquilidade, depois localize, pressione a trava e retire a

    vlvula.

    1.2. Preparao para utilizao do EPI

    Ao assumir o servio, todo bombeiro deve separar seu conjunto

    completo de EPI, realizar uma rigorosa inspeo visual, que inclua

    aes voltadas a test-los e ajust-los ao seu tamanho.

    Se essas aes forem negligenciadas, pode haver uma

    reduo do nvel de segurana oferecido pelos equipamentos, expondo

    o bombeiro a riscos desnecessrios. Exemplo: se o capacete estiver

    muito frouxo, a proteo contra algum choque mecnico estar

    comprometida, podendo resultar em uma leso mais grave.

    Dada a urgncia das aes de socorro, no haver tempo ou

    condies, para realizar esses ajustes na cena do incndio de formaeficiente.

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    18 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Ao sair de sua unidade operacional para atender um chamado

    de incndio, o ideal que, ao entrar na viatura, o bombeiro j esteja, no

    mnimo, equipado com as botas e a cala da roupa de aproximao.Ao chegar ao local, verificando a necessidade de EPI completo,

    o bombeiro dever fazer com agilidade.

    1.3. Equipagem

    A sequncia a seguir foi organizada para proporcionar uma

    equipagem rpida e eficiente:

    1. Coloque as botas sua frente, uma ao lado da outra (Figura

    15a); introduza uma das mos pela perna da cala de

    aproximao, como se estivesse colocando a perna e

    segure, com essa mesma mo, as alas da bota (Figura

    15b); abaixe bem a perna da cala, at que o cano da bota

    fique exposto; repita o procedimento com a outra perna;

    essa disposio pode permanecer pronta na viatura, a fim

    de diminuir o tempo de equipagem e sada do quartel

    (Figura 15c).

    Figura 15 Preparao da cala e da bota para equipagem

    (a) (b) (c)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 19

    2. Calce as botas (Figura 16a); puxe a cala para cima,

    vestindo o suspensrio (Figura 16b); prenda os grampos e o

    velcro da cala (Figura 16c).

    Figura 16 - Equipagem da cala

    3. Pegue a capa de aproximao e posicione-a sua frente,

    com a gola para cima e com mangas voltadas para as

    pernas (Figura 17a); introduza as mos nas mangas e gire a

    capa, lateralmente e para trs do corpo (ou por cima da

    cabea, realizando um movimento de 180o), at introduzir

    completamente os braos (Figura 17b); prenda os grampos

    (ou feche o zper, conforme o modelo), comeando de baixo

    para cima, e feche o velcro (Figura 17c); por fim, puxe a gola

    para cima, ainda sem prender o velcro da gola (Figura 17d).

    Figura 17 - Equipagem da capa de aproximao

    (a) (b) (c)

    (b) (c)(a) (d)

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    20 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    necessria a utilizao da ala da capa de aproximao no

    dedo polegar (Figura 18). Isso garantir que a manga da capa no

    subir pelo antebrao, expondo-o ao do calor e das chamas em umincndio.

    Figura 18 - Vista ampliada da ala da capa

    4. Prepare o suporte do EPR com a base do cilindro voltada

    para si (Figura 19a); os tirantes de ombro e o da cintura

    (cinto) devem estar folgados e abertos; posicione-se,

    corretamente, para vestir o suporte com o cilindro, ou seja,

    com pelo menos um dos joelhos apoiado no cho (Figura

    19b).

    5. Vista o equipamento passando-o por sobre a cabea; o

    redutor de presso e o registro do cilindro devem ficar

    voltados para frente (Figura 19b); introduza os cotovelos nos

    tirantes do ombro, tendo o cuidado para que eles no fiquem

    torcidos; segure, ao mesmo tempo, as alas do suporte,

    lanando o equipamento para suas costas (Figura 19c).

    Deve-se sempre utilizar a ala dacapa de aproximao no dedopolegar!

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 21

    Figura 19 - Equipagem do EPR

    6. Ajuste os tirantes dos ombros, puxando as pontas destes

    para trs (Figura 20a); no se deve puxar os tirantes para

    baixo nem para os lados, a fim de no danific-los; ajuste o

    cinto e as sobras dos tirantes de ombro (Figura 20b);

    aproveite para liberar a gola da capa de aproximao e

    esconder as pontas dos tirantes, evitando que venham a se

    enganchar durante as atividades (Figura 20c).

    Figura 20 - Ajuste dos tirantes do EPR

    7. Coloque a ala da mscara no pescoo (Figura 21a); ajuste

    a mscara no rosto, de maneira que fique bem encaixada,

    com o queixo apoiado dentro dela (Figura 21b); ajuste os

    tirantes de fixao da mscara, puxando-os para trs da

    cabea com o cuidado e seguindo a seqncia: primeiro os

    tirantes inferiores (do pescoo), depois os medianos, das

    (a) (b) (c)

    (b)(a) (c)

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    tmporas (Figura 21c), e terminando com o superior, da

    cabea.

    Figura 21 - Colocao da mscara

    A ala da mscara deve estar totalmente por dentro da roupa de

    aproximao (Figura 22).

    Figura 22 - Alas por dentro da roupa de aproximao

    A seguir alguns cuidados que devem ser adotados ao utilizar a

    mscara do equipamento de proteo respiratria:

    Se a mscara no estiver bem encaixada norosto, a vedao ser comprometida e asegurana do bombeiro estar em risco.

    (a) (b) (c)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 23

    Figura 23 Forma correta de puxar os tirantes da mscara

    Os tirantes devem ser puxados para trs e no para os lados.

    Alm de danificar o equipamento, o procedimento errado faz com

    que a vedao no seja perfeita.

    Figura 24 Forma correta de colocar a mscara sobre uma superfcie

    Ao colocar a mscara sobre uma superfcie, o visor deve estar

    voltado para cima. Dessa forma, evitam-se arranhes na lente que

    podem dificultar a visibilidade do bombeiro e diminuir a vida til do

    equipamento.

    8. Passe a abertura frontal da balaclava (do rosto) sobre o

    encaixe da vlvula de demanda da mscara (Figura 25a);

    puxe a balaclava para trs, cobrindo a cabea; ajuste-a de

    modo que o tecido no fique sobre o visor da mscara;

    esconda as extremidades da balaclava e a ala da mscara

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    24 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    dentro da capa da roupa de aproximao (Figura 25b); feche

    a gola por cima destes e prenda o velcro (Figura 25c).

    Figura 25 - Colocao da balaclava

    importante que esse procedimento seja observado pelo

    companheiro, com o objetivo de assegurar que a extremidade da

    balaclava e a ala da mscara estejam bem escondidas dentro da

    roupa. Da mesma forma, o fechamento com o velcro deve ser

    inspecionado, a fim de que o calor irradiado pelo incndio ou material

    aquecido no adentre na roupa de aproximao por aberturas, ainda

    que mnimas, deixadas pelo bombeiro durante a equipagem. Por esse

    motivo e pelos riscos que as misses-fins oferecem, imprescindvel

    que os bombeiros trabalhem em dupla.

    9. Coloque o capacete de forma que a proteo da nuca fique

    voltada para fora (Figura 26a); ajuste-o na cabea, puxando

    o tecido para baixo, de forma que cubra a nuca (Figura 26b);

    prenda-o pelo encaixe (Figura 26c); a ala deve permanecer

    O bombeiro deve trabalharsempre em dupla! Isso tambmvale para a equipagem do EPI.

    (a) (b) (c)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 25

    sob o queixo do bombeiro, entre o seu pescoo e a vlvula

    de demanda do EPR.

    Figura 26 - Colocao do capacete

    10.Com o cilindro ainda fechado, trave a vlvula de demanda

    do EPR apertando o boto de bloqueio do fluxo de ar com o

    dedo polegar (Figura 27a); esse procedimento impedir que

    o ar seja liberado antes que o bombeiro o esteja utilizando;

    abra o registro do cilindro (Figura 27b); certifique-se da

    quantidade de ar no cilindro pela indicao no manmetro

    (Figura 27c).

    Figura 27 Bloqueio do fluxo de ar

    Observe se a quantidade de ar disponvel no

    cilindro suficiente para realizar as aes decombate a incndio com segurana e por quantotempo.

    (a) (b) (c)

    (a) (b) (c)

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    26 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    11. Calce as luvas, ajustando o velcro e se certificando de que

    nenhuma parte da pele est exposta (Figura 28).

    Figura 28 - Colocao das luvas

    12.Conecte a vlvula de demanda na mscara.

    Por fim, conecte a vlvula de demanda na mscara.

    importante que o bombeiro faa esse procedimento em si mesmo e que

    seu companheiro faa a conferncia, para assegurar que a conexo foi

    feita da forma correta.

    Figura 29 - Colocao da vlvula de demanda em si prprio

    A desconexo acidental desse dispositivo durante um combate

    a incndio far com que o bombeiro aspire fumaa e gases quentes e

    txicos, podendo at mesmo provocar pnico na tentativa de encaix-la

    novamente na cena do sinistro. Conseqentemente, essa possibilidadedeve ser evitada ao mximo.

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 27

    Caso isso acontea, o bombeiro dever, imediatamente,

    colocar o rosto junto ao solo e, calmamente, recolocar a vlvula de

    demanda.Em caso de pane que impossibilite a utilizao do ar, o

    bombeiro deve desconectar a vlvula de demanda e cobrir o local com a

    balaclava enquanto sai rapidamente do ambiente sinistrado.

    Como os bombeiros devem sempre trabalhar em dupla,

    funo de um monitorar o outro:

    1. Durante a equipagem:

    Se h tirantes ou pontas do EPR soltos. Se a balaclava est vestida corretamente.

    Se a gola da roupa de aproximao est posicionada

    corretamente e devidamente fechada com o velcro.

    Se a vlvula de demanda do EPR est conectada

    corretamente.

    2. Durante toda a atividade:

    Se a reserva de ar do companheiro est em nveis

    aceitveis para as aes de combate a incndio e

    salvamento.

    A acoplagem da vlvula deve ser feita prximoao ambiente sinistrado. Em ambientes

    respirveis, no h necessidade de se utilizar oar do EPR.

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    28 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Se o companheiro apresenta algum sinal de mal-estar.

    Figura 30 Conferncia da quantidade de ar

    1.4. Desequipagem

    Ao retirar o equipamento de proteo individual de combate a

    incndio, basta seguir a ordem inversa equipagem, desde que sejam

    observados alguns cuidados:

    1. Para desconectar a vlvula de demanda:

    Localize a trava da vlvula de demanda com uma das

    mos e o boto de bloqueio do fluxo de ar com a outra

    (Figura 12).

    Nessa posio, pressione ambos, simultaneamente, ao

    mesmo tempo em que puxa a vlvula de demanda,

    desconectando-a da mscara. Esse procedimento evita o

    desperdcio de ar e previne acidentes pela desconexo da

    vlvula de demanda (se esta for desconectada da

    mscara com o fluxo de ar aberto, a presso do ar

    suficiente para causar uma leso no bombeiro por choquemecnico).

    No se esquea de monitorar sempre aquantidade de ar do seu EPR e do seucompanheiro antes e enquanto estiveremcombatendo um incndio.

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 29

    Figura 31 - Retirada da vlvula de demanda

    2. Retire o capacete.

    3. Para retirar a balaclava: puxe-a de trs para frente, nunca o

    inverso.

    Figura 32 - Retirada da balaclava

    4. Para retirada do suporte com cilindro:

    Desconecte o cinto.

    Folgue os tirantes dos ombros.

    Libere um dos braos do tirante de ombro; enquanto um

    brao (ainda com o tirante) suporta o equipamento, o

    outro puxa o equipamento, segurando-o pela ala de

    transporte (Figura 33).

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    Figura 33 - Retirada do suporte do cilindro

    Posicione o conjunto de suporte do cilindro voltado para o

    solo. Retire a ala da mscara panormica do pescoo e

    coloque-a ao solo, com o visor voltado para cima.

    No retire de imediato a capa de aproximao, faa a sua

    abertura e aguarde algum tempo para que seja realizado

    um balanceamento entre a temperatura ambiente e a

    interna na roupa.

    Aps retirar a capa, coloque-a aberta, expondo seu

    interior, para que ainda no local do evento possa receber

    uma ventilao.

    Tenha cuidado ao retirar a cala, observe para no

    danificar os fechos de plstico do suspensrio.

    Descalce as botas e coloque-as para receber ventilao.

    Somente acondicione os materiais de proteo, aps

    serem revisados, manutenidos e estarem secos.

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 31

    Esses cuidados faro com que os equipamentos de proteo

    estejam sempre em condies de uso.

    A Tabela 1 aponta as possveis conseqncias aos bombeiros

    quando eles negligenciam o uso dos equipamentos de proteoindividual.

    Tabela 1 - Conseqncia ao organismo ocasionada pela falta de EPI

    A falta doequipamento

    Pode ocasionar

    Capacete

    traumatismo de cabea, face e pescoo por ao de

    instrumento cortante ou contundente (por exemplo, pela

    queda de algum objeto sobre o bombeiro)

    Balaclava queimadura na cabea, face, orelhas e pescoo.

    Luvasqueimaduras nas mos;

    ferimentos por cortes, arranhes ou perfuraes

    Botasqueimaduras nos ps

    ferimentos por perfuraes nos ps e pernas

    Roupa deaproximao

    queimaduras graves na pele;

    exausto pelo calor;

    golpe de calor e

    ferimentos por ao de instrumentos cortantes ou

    perfurantes.

    Equipamento de

    ProteoRespiratria

    intoxicao por fumaa;

    asfixia;

    queimaduras de face e das vias areas edificuldade de viso.

    A roupa de aproximao no deve ser colocadaao sol para secagem, pois pode fazer com quesuas propriedades de proteo sejamdiminudas.

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 33

    2. Equipamentos de combate a incndio

    Os equipamentos utilizados em operaes de extino de

    incndio so as ferramentas de bombeiros, necessrias para viabilizar a

    utilizao do agente extintor (gua, espuma, ps para extino de

    incndio, CO2) no combate.

    Figura 34 Aes de combate a incndio necessitam de equipamentos especficos

    Eles compreendem basicamente:

    Mangueiras de 1 e 2 polegadas.

    Esguichos: regulvel, canho, proporcionador de espuma,

    agulheta, e pistola.

    Ferramentas: chaves de mangueira; chaves de mangote,

    chave tipo T.

    Acessrios hidrulicos: divisor, coletor, redues,

    adaptadores, e tampes.

    Aparelhos extintores portteis.

    2.1. Mangueiras

    As mangueiras so peas que servem para transportar gua ou

    espuma. Podem ligar tanto o corpo de bombas da viatura (ou o hidrante

    de parede) cena do incndio quanto ligar o manancial at a viatura.

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    34 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Figura 35 - Corpo de bombas da viatura e hidrante de parede

    So formadas por um duto flexvel de lona de fibras naturais ou

    sintticas na parte externa, revestidas por borracha na parte interna,

    para evitar que a gua extravase durante o transporte.

    As revestidas por fibras sintticas apresentam maiores

    vantagens sobre as de fibra natural, tendo em vista que:

    So mais leves.

    Suportam melhor a alta presso.

    Tem manuteno mais barata.

    Absorvem menos gua.

    Por esses motivos, as mangueiras de fibra sinttica so mais

    adequadas s difceis condies de trabalho dos bombeiros e,

    conseqentemente, mais utilizadas por eles.

    Quanto sua constituio, as mangueiras se classificam em:

    De lona simples: quando envolvidas por uma nica

    camada txtil.

    De lona dupla: quando envolvidas por duas camadas

    sobrepostas.

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 35

    De lona revestida por material sinttico: alm de serem

    envolvidas por uma ou duas camadas txteis, so

    tambm revestidas, externamente, por um materialsinttico de maior resistncia a produtos cidos, abrasivos

    e outros degradantes.

    Nas extremidades de cada lance de mangueira so fixadas (ou

    empatadas), sob presso, peas metlicas denominadas juntas de

    unio, as quais servem tanto para conectar lances de mangueiras,

    quanto para lig-las s viaturas ou aos outros equipamentos hidrulicos.

    O CBMDF utiliza mangueiras com lance padro de 15 (quinze)

    metros de comprimento, com juntas de unio do tipo storz nas

    extremidades para conexo rpida, visando ao seu fcil

    acondicionamento, manuseio e transporte.

    O dimetro das mangueiras utilizadas atualmente de 2

    polegadas (63 mm) ou de 1 polegadas (38 mm).

    Figura 36 Mangueira de 15 metros com junta storz nas extremidades

    Antes de serem disponibilizadas para o servio de bombeiros,

    as mangueiras devem ser submetidas a testes de:

    Juntas de unio (conexo rpida e segura).

    Estanqueidade (verificao da inexistncia devazamentos).

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    36 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Presso de acordo com a NBR no 11.861, devem

    apresentar resistncia s seguintes presses mnimas:

    o

    presso trabalho 13,7 bar (14 Kgf/cm2);o presso mnima de prova 27,5 bar (28 Kgf/cm2); e

    o presso mnima de ruptura 41,2 bar (42 Kgf/cm2).

    Para a realizao dos testes de presso, a norma prev a

    utilizao de uma gaiola, na qual montado um segmento da mangueira

    que ser pressurizado, com a finalidade de absorver o impacto do seu

    rompimento, evitando acidentes.

    2.2. Mangotes

    So tubos de borracha reforados com arame de ao

    helicoidal, totalmente integrados e recobertos por uma camada

    composta por borracha ou poliuretano (plstico com alta resistncia

    abraso), a fim de serem usados com presso negativa.

    So usados, normalmente, para o abastecimento das viaturas,

    momento em que o corpo de bombas aspira gua do manancial ou

    hidrante.

    Figura 37 - Mangote

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 37

    2.3. Mangotinho

    Mangotinhos so tubos flexveis feitos de borracha. Em geral,

    trabalham com alta presso e baixa vazo e oferecem grandemobilidade e rapidez de utilizao.

    Sua principal funo atuar em princpios de incndio.

    Figura 38 - Mangotinho da viatura ASE

    2.4. Esguichos

    Os esguichos so equipamentos conectveis nas mangueiras,

    responsveis por regular e direcionar o fluxo de gua nas aes de

    combate a incndio. Por isso mesmo, so indispensveis para a

    utilizao do agente extintor.

    Devem possuir caractersticas de resistncia a choques

    mecnicos e, no mnimo, s mesmas presses estticas e dinmicas

    que suportam as mangueiras.

    Os tipos mais comuns de esguicho so:

    Regulvel.

    Canho.

    Proporcionador de espuma.

    Agulheta.

    Pistola.

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    38 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    2.4.1 Esguicho regulvel

    Figura 39 - Esguicho regulvel

    Pode ser encontrado de 2 polegadas (63 mm) ou de 1

    polegadas (38 mm), sendo o mais utilizado, nas aes de combate a

    incndio, o de menor dimetro.

    O modelo atualmente utilizado no CBMDF possui grande

    eficincia nos combates a incndios, por:

    Proporcionar os trs tipos de jato: compacto, neblinado e

    atomizado. Esses assuntos sero abordados ainda no

    presente mdulo.

    Proporcionar aplicao de forma contnua ou intermitente

    (pulsos), por causa da manopla para fechamento e

    abertura rpida da passagem de gua.

    Possuir regulagem da abertura do jato que permite variar,

    rapidamente, de quase 180o a um ngulo mnimo

    possvel, o que permite obter tanto um jato neblinado de

    grande abrangncia, quanto um jato slido eficiente

    quando desejado.

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 39

    Sua regulagem de vazo de gua medida na forma de:

    Tabela 2 Equivalncia de vazoGales por minuto Litros por minuto*

    30 113

    60 227

    90 340

    125 475

    *Valores aproximados

    Possui ainda a funo flush, que significa enxaguar,

    destinada limpeza do esguicho depois do uso de espuma, a fim de

    evitar danos no equipamento por resduos deixados pelo extrato.

    Figura 40 - Partes do esguicho regulvel

    Regulagem da vazo.Movimenta-se em forma de

    giro para direita ou paraesquerda.

    Regulagem do ngulodo jato. Movimenta-seem forma de giro paradireita ou para aesquerda.

    Punho que facilita seumanuseio nasoperaes de combatea incndio.

    Manopla de abertura efechamento rpido dapassagem de gua;movimenta-se parafrente e para trs.

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    40 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    1. Acoplamento do tipo storz.

    2. Punho por ele que se segura o esguicho, no pela

    mangueira; deve ser seguro com o brao estendido, para

    poder varrer o espao no alto, em baixo, direita e esquerda

    e resistir ao recuo do esguicho; quando se segura o esguicho

    com a mo direita, a mangueira passa sob o brao direito.

    3. Alavanca serve para abrir ou fechar o esguicho.

    4. Controle rotativo de vazo.

    5. Cabea defletora (ou difusora) com disco dentado fixo ou

    rotativo.

    Figura 41 Cabea defletora do esguicho regulvel

    2.4.2 Esguicho canho

    O esguicho do tipo canho muito eficiente em locais onde se

    deseja realizar ataques com alta vazo e alta presso, pois capaz de

    alcanar grandes distncias e liberar, em poucos minutos, um grande

    volume de gua.

    Esguichos canho operam lanando gua no incndio com

    vazo igual ou superior a 300 gales por minuto (1136 litros por minuto).

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 41

    Figura 42 - Esguicho canho

    Pode ser mvel ou fixo, o que permite sua utilizao na

    armao de torre dgua com Auto Escada Mecnica ou Auto

    Plataforma Mecnica ou ainda no solo, fixo em uma base.

    Dependendo do caso, pode ser o nico meio de resfriamento

    de recipientes que estejam sob o risco de uma exploso como o BLEVE,

    uma exploso do lquido armazenado em recipiente (assunto abordado

    no Mdulo 1 deste manual).

    O alto alcance do jato permite uma distncia de segurana

    para os bombeiros. Exemplo: em uma ocorrncia envolvendo um

    caminho tanque, os bombeiros podem se valer da utilizao do

    esguicho canho, resfriando-o distncia de segurana estabelecida

    para o isolamento.

    2.4.3 Esguicho proporcionador de espuma

    O esguicho proporcionador de espuma um dispositivo

    especfico para fornecer, ao combate a incndio, a espuma em

    Ao estabelecer o esguicho canho, uma dasprimeiras preocupaes deve ser com oabastecimento por causa do grande volumede gua utilizada por esse tipo de esguicho.

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    42 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    condies de atuar como agente extintor, a qual permanece, em forma

    de extrato, armazenada em gales, sendo preparada somente no

    momento do combate.Esse tipo de esguicho possui aberturas para entrada de ar e

    pode, ou no, necessitar de um misturador entre linhas (ver Figura 63),

    o qual um aparelho utilizado na ligao, posicionado antes do divisor,

    para proporcionar espuma em todas as linhas.

    Disponibiliza espuma de baixa expanso, com baixa aerao,

    ou seja, pouco ar no interior de suas bolhas.

    Figura 43 - Esguichos proporcionadores de espuma

    Ao utilizar o esguicho da Figura 43a, necessrio o misturador

    entre linhas, enquanto o esguicho da Figura 43b no o necessita por j

    possuir um duto de suco do extrato de espuma.

    2.4.4 Esguicho agulheta

    Os esguichos agulheta so encontrados, geralmente, em

    hidrantes de parede (ver Figura 35), conforme o tipo de risco da

    edificao e adotados pelo seu baixo custo em relao aos esguichos

    regulveis. So destinados populao do prdio.

    (a) (b)

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 43

    Figura 44 - Esguicho agulheta

    O esguicho agulheta permite somente a utilizao por jato

    compacto e de forma contnua, o que no possibilita o controle direto daquantidade de gua lanada. Por isso mesmo, no deve ser utilizado

    pelos bombeiros em um combate a incndio, exceto em situaes

    extremadas.

    A probabilidade de se inundar o ambiente ao combater um

    incndio com esse tipo de esguicho (destruindo, com gua, o que as

    chamas ou o calor no atingiram) grande e deve ser minimizada.

    Os bombeiros devem trabalhar com o esguicho regulvel, o

    qual permite um controle do volume de gua e do jato a ser utilizado em

    cada combate, com o esguicho canho ou com os proporcionadores de

    espuma, conforme o caso, sempre controlando a quantidade de gua

    lanada.

    2.4.5 Esguicho pistola

    O esguicho do tipo pistola muito comum em mangotinhos e

    produz ataques com alta presso e baixa vazo.

    Mesmo existindo esguicho agulheta noprdio em chamas, os bombeiros devemtransportar e utilizar seus esguichosregulveis nas aes de combate a incndio.

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    44 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Em testes realizados pelo CBMDF em simulaes de incndio

    generalizado (flashover) no apresentou efetividade no combate.

    Recomenda-se seu uso em princpios de incndio.

    Figura 45 - Esguicho pistola

    2.5. Ferramentas

    As ferramentas aqui descritas so os acessrios indispensveis

    ao manuseio e utilizao dos hidrantes, mangueiras, registros e

    esguichos e compreendem:

    Figura 46 - Hidrante urbano ou de coluna

    2.5.1 Chave de hidrante

    Pea metlica que se destina, exclusivamente, a abrir e fechar

    tampes de hidrantes urbanos. Elas so de dois tipos J (Figura 47a) e S(Figura 47b).

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 45

    Figura 47 - Chaves de hidrante

    2.5.2 Chave de mangote

    Pea metlica que se destina, exclusivamente, a conectar e

    desconectar juntas de mangote.

    Figura 48 - Chaves de mangote

    2.5.3 Chave de biela

    Pea metlica para acoplamento e desacoplamento de

    mangotes, junes, ralos e suplementos.

    (a) (b)

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    46 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Figura 49 - Chave de biela

    2.5.4 Chave sobreposta

    Pea metlica para acoplamento e desacoplamento de

    junes, ralos e suplementos.

    Figura 50 - Chave sobreposta

    2.5.5 Chave de mangueira

    Pea metlica utilizada para conectar e desconectar juntas de

    unio tipo storz de 2 polegadas (63 mm) ou de 1 polegadas (38 mm).

    Pode ser simples (Figura 51a), dupla (Figura 51b) ou tripla (Figura 51c).

    Figura 51 - Chaves de mangueira

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 47

    2.5.6 Chave tipo T

    Chave que permite a abertura e fechamento do registro davlvula do hidrante. Esse tipo de chave facilita a operao devido ao

    brao de alavanca ser maior que o do volante de hidrante. Seu emprego

    mais indicado quando o registro se encontra no plano horizontal.

    Figura 52 - Chave tipo T

    Figura 53 Exemplo de registro da vlvula do hidrante

    2.5.7 Volante de hidrante

    Tem a mesma finalidade da chave tipo T, porm a fora

    necessria para a sua utilizao maior. O seu emprego mais

    indicado quando o registro da vlvula do hidrante encontra-se no planovertical.

    Brao daalavanca

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    48 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Figura 54 - Volante de hidrante

    2.6. Acessrios hidrulicos

    2.6.1 Junta de unio storz

    Pea metlica que serve para unir as extremidades de conexo

    rpida, sejam as das mangueiras ou as dos diversos acessrios de 2

    polegadas (63mm) ou de 1 polegadas (38mm).

    Figura 55 - Junta de unio storz

    2.6.2 Suplemento de unio

    Pea usada para permitir ligaes de duas juntas de unio com

    rosca macho (Figura 56a), ou de duas juntas de unio com roscas

    fmeas (Figura 56b).

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 49

    Figura 56 - Suplemento de unio

    2.6.3 Adaptador

    uma pea metlica que serve para modificar expedies em

    fios de rosca (tpico de registros de hidrantes de parede) em unio storz

    (tpica de mangueiras de combate a incndio) ou o inverso. Pode ser do

    tipo fmea ou macho.

    Adaptador fmea possui de um lado um fio de rosca

    fmea (interno) e do outro uma junta de unio storz. Pode

    ser de 1 polegadas (38 mm), no caso dos hidrantes de

    parede ou de 2 polegadas (63 mm), no caso dos

    hidrantes urbanos (de coluna).

    Figura 57 - Adaptador junta storzpara rosca fmea

    Adaptador macho possui de um lado um fio de rosca

    macho (externo) e do outro uma junta de unio storz.

    Pode ser encontrado de ambos os dimetros.

    (a) (b)

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    50 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Figura 58 - Adaptador junta storz para rosca macho

    2.6.4 Reduo

    Pea formada por juntas storzem ambos os lados, porm com

    dimetro de 2 polegadas de um lado e 1 polegadas do outro. Serve

    para unir peas (mangueiras, expedies, registros, etc.) de dimetros

    diferentes.

    Figura 59 - Reduo

    2.6.5 Tampo

    Pea que serve para vedar ou proteger hidrantes ou bocas (de

    expulso ou admisso) de viaturas quando no esto sendo utilizados.

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 51

    Figura 60 - Tampo

    2.6.6 Divisor

    Pea metlica destinada a canalizar a gua que vem da viaturaou do hidrante at as linhas de ataque (mangueiras estabelecidas para o

    combate). Possui uma entrada, denominada boca de admisso e duas

    ou trs sadas denominadas de bocas de expulso.

    Enquanto a boca de admisso recebe a mangueira de 2

    polegadas (63 mm) da ligao, as bocas de expulso se conectam s

    mangueiras de 1 polegadas (38 mm) das linhas, as quais so

    identificadas como 1a, 2a e 3a linhas, contadas da direita para a

    esquerda, com o observador posicionado de frente para as bocas de

    expulso.

    Possui registro (ou alavanca) para fechamento e abertura do

    fluxo de gua em cada linha, o que permite sua utilizao de forma

    independente.

    Com o divisor de duas sadas so identificadas, obviamente, a

    1a e 2a linhas contadas da mesma forma.

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    52 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Figura 61 - Divisor

    2.6.7 ColetorPea metlica que recebe gua de duas fontes e a canaliza

    para uma, semelhante ao aparelho divisor, porm com funo inversa.

    Figura 62 - Coletor

    2.6.8 Misturador entre linhas

    Pea utilizada para armao de linhas de espuma, com uma

    regulagem para controle da porcentagem de espuma, que pode variar

    de 3 a 6 % (trs a seis por cento).

    Para se obter espuma em todas as linhas, deve-se colocar o

    misturador entre linhas antes do divisor e utilizar esguichos

    proporcionadores de espuma. Para isso, necessrio o uso de uma

    manga de mangueira para conectar o misturador entre linhas ao

    aparelho divisor (ver seta vermelha na Figura 64).

    Boca de

    2a Linha

    3a Linha

    1a Linha

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 53

    Para se obter espuma em uma nica linha, deve-se colocar o

    misturador entre linhas aps o divisor, na linha desejada e utilizar o

    esguicho adequado.Antes de colocar a mangueira de suco do lquido gerador de

    espuma (LGE) dentro do galo, deve-se observar se ela est aspirando

    ar. Para que isso acontea, deve-se primeiro liberar a passagem de

    gua no divisor e no esguicho. Caso contrrio, o LGE no ser aspirado.

    Figura 63 - Misturador entre linhas conectado s mangueiras e ao LGE

    Figura 64 - Manga de mangueira

    2.6.9 Ralo com vlvula de reteno

    Acessrio hidrulico destinado operao de suco da gua

    em reservatrios. Possui dispositivo na base que impede a entrada de

    objetos imersos ou em suspenso na gua, da o seu nome. A vlvula

    de reteno permite a passagem da gua em uma nica direo, doreservatrio para a bomba de gua da viatura.

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    54 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Figura 65 - Ralo com vlvula de reteno

    2.6.10 Luva de hidrante

    Acessrio de ferro fundido, destinado a permitir o encaixe mais

    preciso da chave tipo T ao registro da vlvula do hidrante (Figura 53).

    Eventualmente, esse encaixe pode ser prejudicado por causa do

    desgaste das peas metlicas do registro do hidrante.

    Figura 66 - Luvas de hidrante

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 55

    3. Acondicionamento e manuseio de mangueiras

    Alguns cuidados permanentes devem ser adotados com asmangueiras, a fim de se prolongar sua vida til:

    Retir-las da embalagem e armazen-las em local

    arejado, longe de umidade, de roedores e protegidas da

    exposio direta ao sol.

    Guard-las em sees ou depsitos com prateleiras

    adequadas e acondicionadas em espiral. Evitar que permaneam muito tempo guardadas sem

    manuseio e sem um novo acondicionamento, mesmo nas

    viaturas, em virtude dos vincos formados pelas dobras as

    enfraquecerem, tornando-as menos resistentes presso

    da gua quando utilizadas.

    Durante as operaes de combate a incndio, deve-se evitar:

    Arrast-las, estando ou no pressurizadas, sobre

    superfcies speras ou aquecidas, quinas vivas e outros

    materiais que podem cort-las ou causar o seu

    estrangulamento.

    Arrast-las sobre produtos cidos, derivados de petrleo e

    outros que possam enfraquecer as suas fibras.

    Que as juntas de unio batam no solo ou que caiam

    objetos sobre elas.

    Que veculos passem sobre as mangueiras (utilizar

    passagem de nvel para proteg-las).

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    56 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Que as mangueiras formem dobras ou quinas, mas

    somente de modo que fiquem curvas (formando o seio da

    mangueira) ou retas.

    Figura 67 - Deve-se formar seios nas mangueiras e no quinas vivas.

    Aps cada operao de combate a incndio, deve-se:

    Fazer a limpeza da mangueira com gua, tendo o cuidado

    de remover barro, lama, poeira ou outra substncia que a

    tenha atingido.

    Fazer uma inspeo visual detalhada nas mangueiras,

    com a finalidade de detectar avarias na sua camada

    externa e em suas juntas. Aquelas reprovadas na

    inspeo devero ser retiradas da viatura e levadas ao

    servio de manuteno, para passarem por uma nova

    empatao das juntas de unio, ou para limpeza, no caso

    de terem sido atingidas por graxas, leos, cidos ou

    outros produtos mais difceis de serem removidos. As que

    no apresentarem condies de recuperao sero

    retiradas do servio, definitivamente descartadas ou ainda

    aproveitadas nas instrues, como protees de quinas.

    Escoar toda gua da mangueira e coloc-la para secar

    sombra, em local arejado e, preferencialmente, pendurada

    com as juntas de unio para baixo.

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 57

    Lembrar de substituir as mangueiras que foram para

    manuteno ou secagem, a fim de que, no atendimento a

    outra ocorrncia, os equipamentos estejam dentro daviatura e em condies de uso.

    Acondicionar as mangueiras, aps a secagem, com os

    cuidados anteriormente descritos.

    As tcnicas de acondicionamento e manuseio das mangueiras

    visam proporcionar a utilizao de forma otimizada, objetivando o menor

    tempo possvel para armao e maior segurana e conforto durante o

    deslocamento at o local especfico do combate.

    As mais utilizadas so o aduchamento pela ponta, pelo seio,

    com ala e ziguezague ou sanfonada.

    3.1. Aduchamento pela ponta

    Aduchar enrolar em espiral. Esse acondicionamento consiste

    na sobreposio das superfcies da mangueira sobre a junta, formando

    uma aducha pela ponta e indicado somente para armazenagem da

    mangueira.

    As mangueiras devemsecar sempre sombra.

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    58 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Figura 68 - Aduchamento pela ponta

    Com a vantagem de produzir uma dobra suave, o que preserva

    a mangueira.Entretanto possui como principal desvantagem o fato de

    dificultar o desenrolamento da mangueira:

    Se for desenrolada por lanamento, a outra junta ir bater

    no cho.

    Se for desenrolada puxando-se a junta no interior da

    aducha, a mangueira ir sofrer toro e ficar totalmente

    enroscada, dificultando o fluxo de gua.

    Para enrolar:

    1. Coloque a mangueira totalmente estendida sobre uma

    superfcie plana.

    2. Comece o acondicionamento por uma das extremidades,

    envolvendo a junta de unio com o lance de mangueira,

    enrolando-a at chegar outra extremidade.

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 59

    Figura 69 - Incio do aduchamento da mangueira pela ponta

    3. Ajuste, se necessrio, pressionando a espiral contra o solo e

    puxando a extremidade externa para fora.

    Figura 70 - Fim do aduchamento da mangueira pela ponta

    Para desenrolar:

    1. Deixe a extremidade externa apoiada no solo.

    2. Segure a espiral entre as palmas das mos e avance (de p

    ou agachado) no sentido desejado, desenrolando a

    mangueira com cuidado. Esta tcnica vlida para

    mangueiras de 1 polegadas (Figura 71a).

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    60 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Figura 71 - Formas de desenrolar mangueira aduchada pela ponta

    Pode-se desenrolar tambm empurrando a mangueira na

    direo desejada, sobre o solo. Essa tcnica vlida para mangueira de1 polegadas ou de 2 polegadas (Figura 71b).

    3.2. Aduchamento pelo seio

    Esse tipo de acondicionamento, feito pelo meio da mangueira,

    muito eficiente para utilizao em combate a incndios, por permitir a

    manobra com agilidade e rapidez.

    Diferente do aduchamento pela ponta, a mangueira pode ser

    facilmente desenrolada pelo lanamento da espiral, uma vez que as

    juntas permanecem na parte externa do rolo. Ainda assim, necessrio

    que o bombeiro tenha o cuidado de segurar as juntas da mangueira

    durante o arremesso.

    Figura 72 - Aduchamento pelo seio

    (b)(a)

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 61

    3.2.1 Para enrolar com um bombeiro - Tcnica 1:

    1. Estenda a mangueira dobrada ao meio, formando dois

    lances paralelos. Um lance no deve estar sobreposto e simao lado do outro.

    Figura 73 - Posicionamento inicial da mangueira para o aduchamento pelo seio

    2. Estabelea, na parte superior da dobra, uma distncia

    equivalente ao comprimento da perna (entre o p e o joelho).

    Figura 74 - Estabelecimento da distncia para a dobra do aduchamento pelo seio

    3. Inicie o enrolamento da mangueira a partir deste ponto,

    fazendo uma dobra.

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    62 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Figura 75 - Incio do aduchamento pelo seio

    4. Enrole a mangueira em direo s juntas.

    Figura 76 - Processo do aduchamento pelo seio

    5. Deite a espiral sobre o solo, ajustando-a com a ajuda das

    mos e do joelho.

    Figura 77 - Ajuste da mangueira no trmino do aduchamento pelo seio

    6. Puxe as juntas para fora, tensionando a mangueira.

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 63

    Respeitada a distncia correta de incio do enrolamento, a

    distncia entre as juntas, ao final, ser de 5 (cinco) a 10 (dez)

    centmetros.

    Figura 78 - Tensionamento da espiral no aduchamento pelo seio

    3.2.2 Para enrolar com um bombeiro - Tcnica 2:

    1. Estenda a mangueira dobrada ao meio, formando dois

    lances paralelos. Um lance no deve estar sobreposto e sim

    ao lado do outro (ver Figura 73).

    2. Em p, comece a enrolar a mangueira em direo s juntas,

    a partir do seio. Para facilitar o enrolamento, pode-se fazer

    uma pequena dobra e iniciar sobre ela o procedimento.

    Figura 79 - Incio do aduchamento pelo seio com um bombeiro em p

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    64 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    3. Enquanto uma das mos faz o movimento de enrolamento

    da mangueira, a outra sustenta o peso, de forma que a

    espiral j feita se mantenha ajustada e no possa sedesenrolar.

    Figura 80 - Processo de aduchamento pelo seio com um bombeiro em p

    4. Deite a mangueira no cho e, pressionando a espiral com o

    joelho, puxe as juntas para tensionar a mangueira (ver

    Figura 78).

    Respeitada a distncia correta de incio do enrolamento, a

    distncia entre as juntas, ao final, ser de 5 (cinco) a 10 (dez)

    centmetros.

    3.2.3 Para enrolar com dois bombeiros Tcnica 3:

    1. Cada bombeiro segura uma junta de mangueira e,

    afastando-se um do outro, a estende no solo de forma que

    fique sem tores.

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 65

    Figura 81 - Extenso da mangueira para o incio do aduchamento pelo seio com doisbombeiros

    2. Enquanto um dos bombeiros permanece segurando uma das

    juntas, o outro traz a extremidade oposta e a posiciona sobreo outro lance, estabelecendo uma distncia de 40 (quarenta)

    a 50 (cinqenta) centmetros entre as juntas.

    Figura 82 - Posicionamento das juntas no aduchamento pelo seio com dois bombeiros

    3. O bombeiro que recebeu a junta prende com os ps os

    lances da mangueira, enquanto o outro termina de estend-

    la, alinhando-os e sobrepondo-os.

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    66 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Figura 83 - Posicionamento dos bombeiros no aduchamento pelo seio

    4. Aps realizar o alinhamento dos lances, o bombeiro

    posicionado prximo ao seio da mangueira inicia o

    enrolamento, realizando uma dobra nesse ponto.

    Figura 84 - Incio do aduchamento pelo seio da mangueira

    5. O bombeiro, que antes prendia as juntas, se desloca para

    prximo do ponto em que est sendo feito o enrolamento da

    mangueira e, de p ou agachado, auxilia o procedimento,

    alinhando o lance superior sobre o inferior. Com o cuidado

    de no puxar o lance superior da mangueira durante o

    enrolamento, a fim de que a atividade no seja prejudicada;

    o segundo bombeiro continua o enrolamento da espiral em

    direo s juntas.

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 67

    Figura 85 - Processo de aduchamento pelo seio com dois bombeiros

    6. Ao terminar o enrolamento, deita-se a espiral sobre o solo,

    alinhando-a com a ajuda das mos e do joelho e puxando as

    juntas para fora, tensionando a mangueira para facilitar seu

    transporte (ver Figura 78).

    3.2.4 Para desenrolar mangueira de 1 12

    polegada

    Essa tcnica permite desenrolar uma ou duas mangueiras

    simultaneamente:

    1. Segure a(s) mangueira(s) de modo que as juntas de unio

    estejam voltadas para a direo que se deseja estend-la(s).

    Os bombeiros devem ter o cuidado demanter os lances ajustados durante todoo enrolamento da mangueira.

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    68 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Figura 86 - Posio para o desenrolamento de mangueira aduchada pelo seio

    2. Prenda os lances (prximo s extremidades) com os dedos

    indicador, mdio e polegar. Ao lanar a(s) mangueira(s), as

    juntas devem permanecer na(s) mo(s) do bombeiro. Se as

    juntas de unio no estiverem bem seguras, cairo sobre o

    solo, sofrendo avarias.

    Figura 87 - Detalhe da posio dos dedos na mangueira

    3. Lance a(s) mangueira(s) na direo onde se deseja estend-

    la(s) em um movimento de arremesso, semelhante ao usado

    no jogo de boliche.

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 69

    Figura 88 - Movimento de lanamento da mangueira aduchada pelo seio

    No caso de se desenrolar apenas uma mangueira por vez, a

    mo livre pode ajudar no procedimento, apoiando a espiral antes do

    arremesso.

    3.2.5 Para desenrolar mangueira de 212

    polegadas:

    1. Posicione a espiral em p sobre o solo.

    2. Posicione a junta de unio externa da espiral para trs, sobre

    o respectivo lance de mangueira.

    Figura 89 - Posio inicial de desenrolamento da mangueira de 2polegadas

    3. Prenda este lance de mangueira com o p e puxe o outro

    para cima, forando o movimento para frente em um impulso

    rpido, a fim de que seja desenrolada de uma s vez.

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    70 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Figura 90 - Movimento de lanamento da mangueira 2polegadas

    Para transportar com as mos

    Essa tcnica permite transportar uma ou duas mangueiras

    simultaneamente, sendo de 1 ou de 2 polegadas, estando

    aduchadas pelo seio ou pela ponta.

    Tcnica de transporte com as mos:

    1. Prenda os lances prximo s extremidades, com os dedos

    indicador, mdio e polegar.

    Figura 91 - Modo de segurar a mangueira para o transporte

    2. Levante a(s) mangueira(s) com as juntas voltadas para

    frente.

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 71

    Figura 92 - Forma de se levantar duas mangueiras ao mesmo tempo para o transporte

    3. Transporte a(s) mangueira(s) prxima(s) ao corpo.

    Figura 93 Forma de transporte da (s) mangueira(s) com as mos

    Para transportar sob os braos

    Essa tcnica permite transportar uma ou duas mangueiras

    simultaneamente e indicada para dimetro de 1 polegadas.

    Tcnica de transporte sob os braos:

    1. Coloque uma mangueira sob cada brao com as juntas de

    unio voltadas para frente.

    2. Apie a espiral com a mo do respectivo brao.

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    72 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Figura 94 - Forma de transporte da(s) mangueira(s) sob os braos

    Para transportar no ombro

    Essa tcnica indicada para mangueiras de 2 polegadas:

    1. Posicione a mangueira sobre o ombro, prximo cabea.

    2. Com a mo do respectivo ombro, segure a espiral da

    mangueira.

    Figura 95 - Forma de transporte da mangueira no ombro

    3.3. Aduchamento com alas

    Esse tipo de acondicionamento permite o transporte da

    mangueira por meio de uma ala sobre o ombro do bombeiro,

    semelhante a uma bolsa, deixando suas mos livres enquanto se

    desloca.

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 73

    Figura 96 - Aduchamento de mangueira com alas

    indicada para situaes nas qual o deslocamento do

    bombeiro requer mais cuidado e o transporte da mangueira pelas

    tcnicas anteriores no for seguro. Exemplos: transposio de

    obstculos, subida de escadas, etc.

    Para enrolar:

    1. Coloque as juntas de unio no solo, uma ao lado da outra, de

    forma que a mangueira fique sem tores e formando linhas

    paralelas.

    2. Do outro lado, no seio da mangueira, faa uma ala em

    forma de X, transpondo uma parte sobre a outra a 1,5 metros

    da dobra original (Figura 97a).

    3. Coloque o ponto mdio da ala frente do local onde as

    partes se cruzam (Figura 97b e Figura 97c).

    4. Inicie o aduchamento sobre a ala na direo das juntas de

    unio, fazendo dois rolos lado a lado. O procedimento

    permitir a confeco de uma ala de cada lado da espiral

    (Figura 97d e Figura 97e).

    5. Ao terminar o aduchamento, coloque as juntas prximas aos

    rolos e puxe uma das alas, de maneira que uma fique

    menor que a outra (Figura 97f).

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    74 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    6. Passe a ala maior pela menor, por cima das juntas, a fim de

    que permaneam juntas (Figura 97g).

    7. Ajuste a ala (Figura 97h).8. Passe a ala pelo brao, posicionando-a como uma bolsa

    (Figura 97i).

    Figura 97 - Aduchamento pela ala

    Para desenrolar:

    1. Libere as alas que estavam prendendo a mangueira (Figura

    98a).

    (a) (b) (c)

    (d) (e) (f)

    (g) (h) (i)

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 75

    2. Posicione as juntas para baixo e para trs, sobre os

    respectivos lances da mangueira (Figura 98a).

    3. Empurre as espirais para frente, desenrolando a mangueira(Figura 98a).

    Figura 98 - Desenrolar mangueira aduchada pelas alas

    3.4. Ziguezague ou sanfonada

    O transporte feito com a mangueira disposta em ziguezague

    sobre o ombro do bombeiro, prxima ao corpo, segura pelo brao e com

    a junta mais externa voltada para frente.

    Figura 99 - Condicionamento em ziguezague

    Esse tipo de acondicionamento pode ser utilizado para:

    Facilitar o transporte para locais mais distantes ou de

    difcil acesso.

    (a) (b) (c)

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 77

    Figura 100 - Enrolando mangueira em ziguezague

    Para desenrolar:

    O companheiro puxa a junta de unio mais externa, com a

    mangueira ainda posicionada sobre o ombro do outro bombeiro.

    Figura 101 - Desenrolando mangueira em ziguezague

    Nessa tcnica, arrasta-se oseio da mangueira no solo eno as untas.

    (a) (b) (c)

    (d) (e) (f)

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    78 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    4. Armao de mangueiras para o combate a incndio

    Figura 102 - Armao de mangueiras

    As armaes de mangueira so as formaes empregadas

    para o fornecimento de gua ou espuma para realizar as atividades de

    combate a incndio.

    4.1. Terminologia utilizada

    Ligao a mangueira ou srie de mangueiras de 2

    polegadas que canaliza a gua da boca de expulso da

    viatura, hidrante ou outro manancial at o divisor. Conta-se

    essas mangueiras a partir do manancial em direo aodivisor.

    Figura 103 - Ligao

    Linha a mangueira ou srie de mangueiras de 1polegadas que canaliza a gua do divisor ao esguicho.

    1a 2a 3a 4a

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 79

    Contam-se essas mangueiras a partir do divisor em direo

    ao esguicho

    Figura 104 - Linha

    Linha direta a mangueira ou srie de mangueiras de 2

    ou 1 polegadas que canaliza a gua da boca de expulso

    da viatura ou hidrante ao esguicho, sem passar pelo divisor.

    As mangueiras so contadas a partir do manancial em

    direo ao esguicho.

    Figura 105 - Linha direta

    Linha simples a armao de uma nica linha de

    mangueira, acoplada boca de expulso direita do divisor,

    ou conforme determinao do chefe da guarnio.

    Linha dupla a armao de duas linhas de mangueira,

    acopladas, preferencialmente, na primeira e segunda boca

    de expulso do divisor.

    Linha tripla a armao das trs linhas de mangueira,

    ocupando todas as bocas de expulso do aparelho divisor.

    1a 2a 3a

    1a 2a 3a

  • 7/31/2019 Manual de Combate Incndio (2006)

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    80 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

    Figura 106 - Linha tripla

    Bomba armar o conjunto de operaes que se processa

    no estabelecimento dos equipamentos, para a montagem

    das ligaes e linhas de mangueira.

    Figura 107 - Combinao de mangueira