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MANUAL DE BIOSSEGURANÇA
Código: MB-01
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Título: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DA FIOCRUZ RONDÔNIA
Classificação SIGDA: 013.1
ELABORAÇÃOl Alice Sabatino
REVISÃO Felipe Stegun
APROVAÇÃO Jansen Medeiros
DATA APROV. 01/08/2016
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 4 2. OBJETIVOS ............................................................................................................................................ 5 2.1. Objetivos Específicos ............................................................................................................................... 5
3. CAMPO DE APLICAÇÃO ..................................................................................................................... 6 4. DEFINIÇÕES .......................................................................................................................................... 6
5. SIGLAS .................................................................................................................................................... 9 6. GESTÃO DA BIOSSEGURANÇA ..................................................................................................... 10 6.1.Biossegurança no Brasil ........................................................................................................................... 10 Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) .................................................................................. 10 Comissão Interna de Biossegurança (CIBio) ........................................................................................................... 11 Certificado de Qualidade de Biossegurança (CQB) .............................................................................................. 11
6.2. Biossegurança na FIOCRUZ ..................................................................................................................... 12 Gestão da Biossegurança na Fiocruz Rondônia ..................................................................................................... 12 CIBio Fiocruz Rondônia .................................................................................................................................................... 12
7. RISCOS ................................................................................................................................................ 13 7.1 Risco de Acidente ........................................................................................................................................ 13 7.2. Risco Ergonômico ....................................................................................................................................... 13 7.3. Risco Físico ................................................................................................................................................... 14 7.4. Risco Químico .............................................................................................................................................. 14 7.5.Risco Biológico ............................................................................................................................................. 15
8. CLASSES DE RISCO BIOLÓGICO ................................................................................................... 15 8.1. Classe de Risco 1 ......................................................................................................................................... 16 8.2. Classe de risco 2 .......................................................................................................................................... 16 8.3. Classe de risco 3 .......................................................................................................................................... 16 8.4. Classe de risco 4 .......................................................................................................................................... 17 8.5. Classe de risco especial ............................................................................................................................ 17
9. NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA ........................................................................................................ 17 9.1.Nível de Biossegurança 1 (NB1) ............................................................................................................. 18 9.2. Nível de Biossegurança 2 (NB2) ............................................................................................................ 18 9.3. Nível de Biossegurança 3 (NB3) ............................................................................................................ 19 9.4. Nível de Biossegurança 4 (NB4) ............................................................................................................ 19
10. RISCO QUÍMICO ............................................................................................................................. 19 10.1. Princípios de Segurança ........................................................................................................................ 20 10.2.Produtos Químicos Perigosos ............................................................................................................ 21 10.3.Manipulação de Produtos Químicos .................................................................................................. 21 Produtos Formadores de Peróxidos (PFP) .............................................................................................................. 22
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Solventes ................................................................................................................................................................................. 22 AIdeídos .................................................................................................................................................................................. 23 Hidrácidos .............................................................................................................................................................................. 24 Oxiácidos ................................................................................................................................................................................. 24 Bases ......................................................................................................................................................................................... 26 Sais Higroscópicos .............................................................................................................................................................. 26 Substâncias de Baixa Estabilidade ............................................................................................................................... 26 Cuidados na manipulação de substâncias sólidas inflamáveis ....................................................................... 26 Utilização de Luvas na Manipulação de Produtos Químicos ............................................................................ 27 Armazenamento de Produtos Químicos no Laboratório e em Almoxarifados Químicos .................... 27 Derramamento de produtos químicos ....................................................................................................................... 28 Derramamento de substâncias inflamáveis ............................................................................................................ 29 Derramamento de Ácidos e Compostos Químicos Corrosivos ........................................................................ 30 Procedimentos para a limpeza ...................................................................................................................................... 30 Derramamento de produtos tóxicos, inflamáveis ou corrosivos sobre o trabalhador ......................... 30
11. NORMAS BÁSICAS DE BIOSSEGURANÇA ................................................................................ 31 11.1.Higiene Pessoal ......................................................................................................................................... 31 11.2.Cuidados Gerais ......................................................................................................................................... 31 11.3.Proibições na área analítica .................................................................................................................. 32 11.4.Limpeza da área analítica ...................................................................................................................... 33
12. EQUIPAMENTOS ............................................................................................................................ 33 12.1. Equipamentos de Proteção Individual – EPI .................................................................................. 33 12.2.Equipamentos de Proteção Coletiva -‐ EPC ....................................................................................... 37 Capela de segurança química ......................................................................................................................................... 37 Cabines de fluxo laminar ................................................................................................................................................. 37 Cabines de segurança biológica – CSB ...................................................................................................................... 38 Chuveiro de emergência .................................................................................................................................................. 40 Lava-‐olhos .............................................................................................................................................................................. 41 Extintores ............................................................................................................................................................................... 41 Autoclaves .............................................................................................................................................................................. 42
12.3. SEGURANÇA NO USO DE EQUIPAMENTOS ....................................................................................... 42 12.4. OPERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS .......................................................................................................... 42 Cabines de Segurança Biológica ................................................................................................................................... 42 Centrifugas ............................................................................................................................................................................. 44 Homogeneizadores, misturadores e ultrassons .................................................................................................... 45
13. PRÁTICAS SEGURAS DE LABORATÓRIO ................................................................................ 46 13.1. Manipulação de amostras biológicas ................................................................................................ 46 13.2. Manipulação de Sangue e Soro ............................................................................................................ 47 13.3. Manipulação de produtos químicos .................................................................................................. 48 13.4. Lavagem e higienização das mãos .................................................................................................. 49 13.5. Transporte de amostras biológicas e materiais infecciosos ..................................................... 49 Transporte intralaboratorial ........................................................................................................................................ 49
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Transporte interlaboratorial ........................................................................................................................................ 49 14. Descontaminação e Esterilização ........................................................................................... 56
Limpeza ................................................................................................................................................................................... 56 Desinfecção .......................................................................................................................................................... 57 Formaldeído ......................................................................................................................................................................... 57 Álcoois ..................................................................................................................................................................................... 58 Hipoclorito de sódio ......................................................................................................................................................... 59
Esterilização ......................................................................................................................................................... 61 Esterilização por calor úmido ........................................................................................................................................ 61
15. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ................................................................................................. 63
16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 65
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1. INTRODUÇÃO
Define-se biossegurança como, ‘o conjunto de saberes direcionados para ações de prevenção,
minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino,
desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, as quais possam comprometer a saúde do
homem, dos animais, das plantas e do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos’
(FIOCRUZ, 2005).
Nas atividades de serviços de saúde, desde a área da pesquisa básica até a assistência em saúde, é
imprescindível a manipulação de microorganismos, amostras biológicas, produtos químicos e
equipamentos com potencial risco à saúde do trabalhador. O conceito de Biossegurança e sua
respectiva aplicação tem como objetivo principal dotar os profissionais e as instituições de
ferramentas que visem desenvolver suas atividades com um grau de segurança adequado, seja para
o profissional da saúde, para o meio ambiente ou para a comunidade. (Diretrizes do MS, 2010).
A avaliação dos riscos inerentes a cada atividade é o principal componente no estabelecimento de
normas para cada rotina laboratorial, condição para o efetivo controle de contaminações e se torna
um meio de prevenção de acidentes. Dentre as normas estabelecidas pela Biossegurança incluem-se
procedimentos de esterilização, de proteção individual, normas para prevenção de acidentes e
procedimentos em caso de acidentes químicos, físicos e biológicos. Todas as medidas de
biossegurança devem ser direcionadas não só para quem trabalha com exposição a riscos, mas
também para o meio ambiente e a comunidade. Quando conseguimos conter riscos, estamos
praticando biossegurança.
Legislação brasileira
No Brasil o conceito de Biossegurança está intimamente relacionado a aplicação e uso de
organismos geneticamente modificados (OGMs). Em 2005 a Nova Lei da Biossegurança (Lei
11.105/05) é decretada e estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de
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atividades que envolvam OGMs e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança
(CNBS), reestrutura a CTNBio, dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança (PNB) além de
outras providências. (Curso de Biossegurança, 2014)
Com a nova Lei da Biossegurança, o país buscou reordenar as normas e os mecanismos de
fiscalização sobre as condutas que envolvem OGMs, sendo estas, a condução, o cultivo, a produção,
a manipulação, o transporte, a transferência, a importação, a exportação, o armazenamento, a
pesquisa, a comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte, conforme
preconiza o art. 1°, de forma a proteger a vida e a saúde humana, dos animais e das plantas, bem
como o meio ambiente (Vieira, 2005).
A aplicação da Lei de Biossegurança é realizada em consonância com a Lei de Política Nacional do
Meio Ambiente (Lei. nº 6.938/81), em que é objetivado o compatível desenvolvimento sócio-
econômico com a preservação e a restauração do meio ambiente e do equilíbrio ecológico, assim
como o desenvolvimento de pesquisas voltadas para o uso racional dos recursos ambientais, a
conscientização pública acerca da necessidade de preservação e cria sanções legais ao poluidor e ao
predador, inclusive com fins econômico.
2. OBJETIVOS
Este Manual tem por objetivos fornecer orientações e conceitos básicos de biossegurança que
auxiliem na orientação dos profissionais da Fiocruz Rondônia a prevenir e minimizar a exposição
aos riscos ocupacionais, contribuindo para disseminar a cultura da biossegurança na Instituição.
2.1. Objetivos Específicos
Divulgar normas sobre assuntos específicos à Biossegurança no âmbito da instituição, sempre em
consonância com as normas da CIBio e da CTNBio;
Manter informados os trabalhadores e demais membros da coletividade, sujeitos a situações de risco
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decorrentes das atividades, meios de proteção e prevenção aos riscos, bem como procedimentos em
caso de acidentes;
Garantir a observância dos riscos inerentes aos laboratórios e seus respectivos níveis de
biossegurança.
3. CAMPO DE APLICAÇÃO Este manual aplica-se aos ambientes, condições, processos e práticas de trabalho laboratorial que
possam colocar em risco a segurança e a saúde dos seus profissionais, a saúde coletiva, a
preservação do meio ambiente e a qualidade dos trabalhos desenvolvidos na Fiocruz Rondônia.
4. DEFINIÇÕES
Para efeito deste manual, são adotadas as seguintes definições:
Risco ocupacional - São os riscos para a saúde ou para a vida dos trabalhadores decorrentes de suas
atividades no trabalho.
Níveis de Biossegurança - O nível de contenção necessário para permitir as atividades de forma
segura e com risco mínimo para o operador e o meio ambiente. O Nível de Biossegurança é
determinado de acordo com a classe de risco do material biológico.
Material Biológico - Todo material que contenha informação genética e seja capaz de auto-
reprodução ou de ser reproduzido em um sistema biológico. Inclui os organismos cultiváveis e
agentes (entre eles bactérias, fungos filamentosos, leveduras e protozoários); as células humanas,
animais e vegetais, as partes replicáveis destes organismos e células (bibliotecas genômicas,
plasmídeos, vírus e fragmentos de DNA clonado), príons e os organismos ainda não cultivados.
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Patogenicidade - Capacidade de um agente biológico causar doença em um hospedeiro suscetível.
Profissional Responsável - Profissional com conhecimento, experiência, formação e treinamento
específico para a área de atuação e que exerce a função de supervisão do trabalho.
Organismo - Toda entidade biológica capaz de reproduzir ou transferir material genético, inclusive
vírus e outras classes que venham a ser conhecidas;
Moléculas de ADN/ARN recombinante: - As moléculas manipuladas fora das células vivas
mediante a modificação de segmentos de ADN/ARN natural ou sintético e que possam multiplicar-
se em uma célula viva, ou ainda as moléculas de ADN/ARN resultantes dessa multiplicação;
consideram-se também os segmentos de ADN/ARN sintéticos equivalentes aos de ADN/ARN
natural;
Organismo geneticamente modificado – OGM - Organismo cujo material genético (ADN/ARN)
tenha sido modificado por qualquer técnica de engenharia genética;
Ácido desoxirribonucléico - ADN, ácido ribonucléico – ARN - Material genético que contém
informações determinantes dos caracteres hereditários transmissíveis à descendência;
Antimicrobiano – Agente que mata microrganismos ou impede o seu desenvolvimento e
multiplicação.
Anti-séptico – Substância que inibe o crescimento e desenvolvimento de microrganismos sem
necessariamente os matar. Anti-sépticos são normalmente aplicados sobre superfícies do corpo.
Biocida – Termo geral para qualquer agente que mata organismos.
Biossegurança - “É o conjunto de ações voltadas para prevenção, minimização ou eliminação de
riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e
prestação de serviços, as quais possam comprometer a saúde do homem, dos animais, das plantas,
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do ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos" (Fundação Oswaldo Cruz, 2006).
Classe de Risco - Grau de risco associado ao material biológico manipulado.
Clonagem - Processo de reprodução assexuada, produzida artificialmente, baseada em um único
patrimônio genético, com ou sem utilização de técnicas de engenharia genética;
Contenção - O termo contenção é usado para descrever os métodos de segurança utilizados na
manipulação de materiais infecciosos em um meio laboratorial onde estão sendo manejados ou
mantidos.
Derivado de OGM - Produto obtido de OGM e que não possua capacidade autônoma de replicação
ou que não contenha forma viável de OGM;
Disposição Final - Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-
los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental.
Engenharia genética - Atividade de produção e manipulação de moléculas de ADN/ARN
recombinante;
Filtro HEPA - Filtro de alta eficiência, feito de tecido e fibra de vidro com 60µ de espessura. As
fibras do filtro são feitas de uma trama tridimensional a qual remove as partículas de ar que passam
por ele por inércia, intercessão e difusão. O filtro HEPA tem capacidade para filtrar partículas com
eficiência igual ou maior que 99,99%.
Germicida químico – Substância química ou mistura de substâncias químicas utilizadas para matar
microrganismos.
Descontaminação – Qualquer processo de remoção e/ou eliminação de microrganismos. O mesmo
termo é também utilizado para remoção ou neutralização de produtos químicos perigosos e
materiais radioactivos.
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Desinfectante – Substância química ou mistura de substâncias químicas utilizadas para matar
microrganismos, mas não necessariamente esporos. Desinfectantes são normalmente aplicados em
superfícies ou objectos inanimados.
Desinfecção – Meio físico ou químico de matar microrganismos, mas não necessariamente esporos.
Esporocida – Substância química ou mistura de substâncias químicas utilizadas para matar
microrganismos e esporos.
Esterilização – Processo que mata e/ou remove todas as classes de microrganismos e esporos.
Microbicida – Substância química ou mistura de substâncias químicas que matam microrganismos.
O termo é muitas vezes utilizado em vez de «biocida», «germicida químico» ou «antimicrobiano»
5. SIGLAS
ADN: Ácido desoxirribonucléico
ARN: Ácido ribonucléico
ANGM: Animal Geneticamente Modificado
CIBIO: Comissão Interna de Biossegurança
CQB: Certificado de Qualidade em Biossegurança
CTNBIO: Conselho Técnico Nacional de Biossegurança
CSB: Cabine de Segurança Biológica
DNA: Deoxyribonucleic acid (sigla em inglês para ADN)
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EPC: Equipamento de Proteção Coletiva
EPI: Equipamentos de Proteção Individual
FIOCRUZ: Fundação Oswaldo Cruz
FISPQ: Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos
HEPA: High Efficiency Particulate Air filter (Filtro de ar de alta eficiência para partículas)
IPVS: Imediatamente Perigoso a Vida e a Saúde;
NB: Nível de Biossegurança
NR: Norma Regulamentadora
OGM: Organismo Geneticamente Modificado
OSHA: Occupational Safety and Health Administration – USA
PNB: Politica Nacional de Biossegurança
RNA: Ribonucleic acid (sigla em inglês para ARN)
6. GESTÃO DA BIOSSEGURANÇA
6.1.Biossegurança no Brasil
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio)
CTNBio, integrante do Ministério da Ciência e Tecnologia, é instância colegiada multidisciplinar de
caráter consultivo e deliberativo, para prestar apoio técnico e de assessoramento ao Governo
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Federal na formulação, atualização e implementação da PNB de OGM e seus derivados, bem como
no estabelecimento de normas técnicas de segurança e de pareceres técnicos referentes à
autorização para atividades que envolvam pesquisa e uso comercial de OGM e seus derivados, com
base na avaliação de seu risco zoofitossanitário, à saúde humana e ao meio ambiente.(Lei 11.105)
Comissão Interna de Biossegurança (CIBio)
A Comissão Interna de Biossegurança tem como atribuições:
• Acompanhar a implantação das ações de Biossegurança, com foco nas atividades que utilizam
Organismos Geneticamente Modificados (OGMs);
• Avaliar e revisar todas as propostas de atividades com OGM e seus derivados conduzidas na
unidade operativa, bem como identificar todos os fatores e situações de risco à saúde humana e
ao meio ambiente e fazer recomendações a todos os envolvidos sobre esses riscos e como
manejá-los;
• Assegurar que as recomendações da CTNBio sejam observadas na Instituição.
A composição da Comissão Interna de Biossegurança é indicada pelo Diretor da Unidade e
homologada pela CTNBio.
Certificado de Qualidade de Biossegurança (CQB)
As instituições que pretendem realizar pesquisa em laboratório, regime de contenção ou campo,
como parte do processo de obtenção de OGM ou de avaliação da biossegurança de OGM, o que
engloba, no âmbito experimental, a construção, o cultivo, a manipulação, o transporte, a
transferência, a importação, a exportação, o armazenamento, a liberação no meio ambiente e o
descarte de OGM, deverá requerer, junto à CTNBio, a emissão do CQB.
O CQB será emitido pela CTNBio mediante requerimento da CIBio da instituição interessada.
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6.2. Biossegurança na FIOCRUZ
Atualmente, o trato das questões relativas à Biossegurança na FIOCRUZ está sob a
responsabilidade da Comissão Técnica de Biossegurança da Fiocruz (CTBio - Fiocruz), vinculada à
Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência (VPPLR)
Gestão da Biossegurança na Fiocruz Rondônia
É o setor responsável pela condução do Programa de Biossegurança da Fiocruz Rondônia. Entre as
atribuições do setor estão:
• Promover, orientar e avaliar o desenvolvimento e a implantação do programa de Biossegurança
da Fiocruz Rondônia integrado ao Sistema de Gestão da Qualidade;
• Desenvolver e implantar o treinamento de Biossegurança para Fiocruz Rondônia
• Orientar na elaboração, implementação e manutenção dos Procedimentos Operacionais Padrão
(POPs) relativos à Biossegurança;
CIBio Fiocruz Rondônia
Firmada através de portaria da Direção da Fiocruz Rondônia a Comissão Interna de Biossegurança
(CIBio) é responsável por avaliar, revisar e aprovar todas as propostas de atividades com OGM
NB1 e seus derivados, bem como identificar todos os fatores e situações de risco à saúde humana e
ao meio ambiente e fazer recomendações a todos os envolvidos sobre esses riscos e como manejá-
los.
Os documentos atualizados pertinentes à trabalhos com OGM e derivados, constituição e
composição da CIBio, informações sobre solicitação de uso do CQB Fiocruz Rondônia e as áreas
cadastradas encontram-se no site da Fiocruz Rondônia.
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7. RISCOS
De acordo com as Norma Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, o ambiente de trabalho
pode apresentar grupos de risco, que em função de sua natureza, concentração ou intensidade e
tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. São eles os riscos físicos,
químicos, de acidentes, ergonômicos e biológicos.
7.1 Risco de Acidente
É o risco de ocorrência de um evento negativo e indesejado do qual resulta uma lesão pessoal ou
dano material. Em laboratórios os acidentes mais comuns são as queimaduras, cortes e perfurações.
São considerados como agentes de riscos geradores de acidentes:
•Arranjo físico deficiente
•Máquinas e equipamentos sem proteção
•Armazenamento inadequado
•Animais peçonhentos
•Trabalho com animais
7.2. Risco Ergonômico
Considera-se risco ergonômico qualquer fator que possa interferir nas características
psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. Pode-se citar como
exemplos o levantamento e transporte manual de peso, os movimentos repetitivos, a postura
inadequada de trabalho, que podem resultar em LER – Lesões por Esforços Repetitivos, ou DORT
– Doenças Ósteo-musculares Relacionadas ao Trabalho.
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O ritmo excessivo de trabalho, a monotonia, longos períodos de atenção sustentada, ambiente não
compatível com a necessidade de concentração, pausas insuficientes para descanso intra e inter-
jornadas, assim como problemas de relações interpessoais no trabalho também apresentam riscos
psicofisiológicos para o trabalhador.
7.3. Risco Físico
Está relacionado às diversas formas de energia, como pressões anormais, temperaturas extremas,
ruído, vibrações, radiações ionizantes (Raio X, Iodo 125, Carbono 14), ultra-som, radiações não
ionizantes (luz Infra-vermelha, luz Ultravioleta, laser, microondas), a que podem estar expostos os
trabalhadores.
7.4. Risco Químico
Refere-se à exposição a agentes ou substâncias químicas na forma líquida, gasosa ou como
partículas e poeiras minerais e vegetais, presentes nos ambientes ou processos de trabalho, que
possam penetrar no organismo pela via respiratória, ou possam ter contato ou ser absorvidos pelo
organismo através da pele ou por ingestão, como solventes, medicamentos, produtos químicos
utilizados para limpeza e desinfecção, corantes, entre outros.
A ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ) fornece informações sobre
vários aspectos de produtos químicos (substâncias ou misturas) quanto à proteção, à segurança, à
saúde e ao meio ambiente. A FISPQ fornece, para esses aspectos, conhecimentos básicos sobre os
produtos químicos, recomendações sobre medidas de proteção e ações em situação de emergência.
Em alguns países, essa ficha é chamada material safety data sheet (MSDS).
A FISPQ é um meio de o fornecedor transferir informações essenciais sobre os perigos de um
produto químico (incluindo informações sobre o transporte, manuseio, armazenagem e ações de
emergência) ao usuário deste, possibilitando a ele tomar as medidas necessárias relativas à
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segurança, saúde e meio ambiente. A FISPQ também pode ser usada para transferir essas
informações para trabalhadores, empregadores, profissionais da saúde e segurança, pessoal de
emergência, agências governamentais, assim como membros da comunidade, instituições, serviços
e outras partes envolvidas com o produto químico.
7.5.Risco Biológico
Está associado ao manuseio ou contato com materiais biológicos e/ou animais infectados com
agentes biológicos que possuam a capacidade de produzir efeitos nocivos sobre os seres humanos,
animais e meio ambiente. Em relação à biossegurança, os agentes biológicos são classificados de
acordo com o risco que eles apresentam.
8. CLASSES DE RISCO BIOLÓGICO
A importância da avaliação dos agentes biológicos está, não somente na estimativa do risco, mas
também no dimensionamento da estrutura de contenção e a tomada de decisão para o gerenciamento
dos riscos. Para isso, consideram-se alguns critérios, entre os quais destacamos:
a. Virulência
b. Modo de transmissão
c. Estabilidade
d. Concentração e volume
e. Origem do agente biológico
f. Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes
g. Disponibilidade de tratamento eficaz
h. Dose infectante
i. Manipulação de agente patogênico
j. Eliminação do agente
k. Fatores referentes ao profissiona
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De acordo com o Ministério da Saúde (Brasil, 2010), os agentes biológicos que afetam o homem, os
animais e as plantas, são distribuídos em classes de risco assim definidas:
8.1. Classe de Risco 1
São agentes biológicos que representam baixo risco individual e para a coletividade.
São os agentes não incluídos nas classes de risco 2, 3 e 4 e que comprovadamente não causam
doença ao homem ou aos animais. A não classificação do agente nas classes de risco 2, 3 e 4 não
implica na sua inclusão automática na classe de risco 1. Para isso deverá ser feita uma avaliação de
risco baseada nas propriedades conhecidas e/ou potenciais desses agentes e de outros representantes
do mesmo gênero ou família.
Exemplo: Lactobacillus spp.
8.2. Classe de risco 2
São agentes biológicos que apresentam risco moderado para o individuo e risco baixo para a
comunidade.
Inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de
propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado, e para os quais existem
medidas terapêuticas e profiláticas eficazes.
Exemplo: Schistosoma mansoni; Plasmodium falciparum; Trypanosoma cruzi; Leishmania chagasi
8.3. Classe de risco 3
São agentes biológicos que apresentam risco individual elevado e risco comunitário limitado. O
patógeno pode provocar infecções graves no homem e nos animais, podendo se propagar de
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indivíduo para indivíduo, porém existem medidas terapêuticas e de profilaxia.
Exemplos: Vírus da Encefalite Equina Venezuelana e Mycobacterium tuberculosis
8.4. Classe de risco 4
São agentes biológicos que apresentam elevado risco individual e comunitário. São microrganismos
que representam sério risco para o homem e para os animais, sendo altamente patogênicos, de fácil
propagação, não existindo medidas profiláticas ou terapêuticas.
Exemplos: Vírus Marburg e Vírus Ebola.
8.5. Classe de risco especial
Alto risco de causar doença animal grave e de disseminação no meio ambiente. Embora não sejam
obrigatoriamente patógenos de importância para o homem, podem gerar graves perdas econômicas
e/ou na produção de alimentos.
9. NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA
Para tornar as atividades laboratoriais mais seguras os Níveis de Biossegurança (NB) são
classificados em quatro níveis: NB1, NB2, NB3 e NB4. Estes consistem na combinação de práticas
e técnicas laboratoriais com equipamentos de proteção e estrutura física adequada, sendo designado
com base no potencial de risco biológico do patógeno envolvido na atividade.
Cada classe de risco exige um nível de biossegurança correspondente e, por consequência, a adoção
de um conjunto de procedimentos–padrão, equipamentos de proteção e barreiras físicas adequadas
ao tipo de trabalho a ser desenvolvido, bem como capacitação de recursos humanos.
À concepção e instalações de um laboratório em que são realizadas determinado número de
actividades, deve prestar-se uma atenção especial às condições susceptíveis de provocar problemas
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de segurança. Devem ser observadas:
1. Formação de aerossóis
2. Atividades com grandes volumes e/ou altas concentrações de microrganismos
3. Sobrelotação de pessoal e equipamento
4. Infestação de roedores e artrópodes
5. Entradas não autorizadas
6. Fluxo de trabalho: utilização de amostras e reagentes específicos.
9.1.Nível de Biossegurança 1 (NB1)
Representa o nível básico de contenção e compreende a aplicação de Boas Práticas Laboratoriais e
bom planejamento espacial. Não há exigências de equipamentos de proteção ou características
específicas para a planta baixa do laboratório. É indicado para trabalhos com agentes biológicos de
classe de risco 1.
9.2. Nível de Biossegurança 2 (NB2)
Este nível é exigido para trabalhos com agentes biológicos de classe de risco 2, onde os
profissionais deverão possuir treinamento adequado ao trabalho, sendo necessário, além da adoção
das especificações do NB1, o uso de barreiras físicas primárias (equipamentos de proteção coletiva
e equipamentos de proteção individual) e secundárias (desenho e organização do laboratório). Toda
atividade que possa formar partículas ou aerossóis de agentes biológicos deverá ser realizado dentro
de cabines de segurança biológicas.
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9.3. Nível de Biossegurança 3 (NB3)
O NB3 é aplicável aos laboratórios com atividades com agentes biológicos de risco 3, que podem
causar doenças em humanos e/ou animais. Além das práticas adotadas nos NB1 e NB2 este
laboratório requer equipamentos de segurança e instalações mais eficazes na contenção dos
patógenos.
Este nível de contenção exige desenho e construção laboratoriais especiais, controle rígido quanto a
operação, inspeção e manutenção das instalações e equipamentos e o pessoal técnico deve receber
treinamento específico para o microrganismo manipulado. Os laboratórios pertencentes a esse nível
devem ser registrados junto a autoridades sanitárias nacionais.
9.4. Nível de Biossegurança 4 (NB4)
O NB4 é indicado para trabalho laboratorial com agentes biológicos classe de risco 4 ou que
possuam relação antigênica próxima sem definição de nível, até que se consiga dados suficientes
para classificá-lo.
Esses laboratórios requerem, além dos requisitos físicos e operacionais dos níveis de contenção 1, 2
e 3, barreiras de contenção (instalações, desenho equipamentos de proteção) e procedimentos
especiais de segurança que garantam isolamento total do ambiente externo e do trabalhador. Devem
apresentar uma unidade geográfica e funcionalmente independente de outras áreas,
preferencialmente isolada.
10. RISCO QUÍMICO O trabalho com produtos químicos é intrinsecamente perigoso, e medidas de segurança devem ser
tomadas. Portanto, o estudo e o conhecimento dos riscos químicos são muito importantes, bem
como o envolvimento responsável e consciente de todos aqueles que de alguma forma trabalham
com produtos químicos. A organização do trabalho é um aspecto fundamental para a segurança do
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pesquisador ou analista. Nenhum trabalho é tão importante e tão urgente, que não possa ser
planejado e executado com segurança.
10.1. Princípios de Segurança
Conhecer riscos associados aos produtos químicos a serem usados, observar e providenciar os
cuidados apropriados antes de começar a trabalhar.
- Usar somente produtos químicos perigosos com propósitos específicos.
- Ficar atento às condições de falta de segurança e, se for o caso, implementar ações corretivas.
- Manter solventes inflamáveis em recipientes adequados e longe de fontes de calor.
- Utilizar a capela de exaustão sempre que efetuar uma reação ou manipular reagentes que liberem
vapores.
- Conhecer as propriedades tóxicas das substâncias químicas antes de empregá- las pela primeira
vez no laboratório.
- Inspecionar, periodicamente, os equipamentos de segurança, vidrarias e instalações, em busca de
vazamentos, rachaduras, furos, etc, antes de trabalhar com produtos químicos.
- Considerar o risco de reações entre substâncias químicas e usar equipamentos de segurança
adequados, para se proteger de exposição a gases, vapores a aerossóis.
- Não levar as mãos à boca ou aos olhos, quando estiver manuseando produtos químicos.
- Verificar se o sistema de exaustão funciona perfeitamente.
- Familiarizar-se com os sintomas da exposição aos produtos químicos com os quais trabalha e
observar as normas de segurança necessárias ao manuseá-los;
- Manter desobstruída a câmara de exaustão.
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- Não colocar recipientes contendo líquidos inflamáveis a um nível superior ao da cabeça, em
locais de difícil acesso e em locais sem ventilação.
- Realizar a manipulação e evaporação de solventes em capelas.
- Assegurar que as substâncias químicas não sejam manipuladas por pessoas não autorizadas.
- Manter uma boa ventilação e iluminação.
- Limpar, imediatamente, quaisquer derramamentos acidentais de produtos químicos, seguindo as
orientações do chefe do laboratório.
Limpar previamente, com água, ao esvaziar um frasco de reagente, antes de colocá-lo para lavar
ou descartá-lo, observando sempre as propriedades dos produtos químicos.
- Rotular imediatamente qualquer reagente, solução preparada e as amostras coletadas.
- Fechar hermeticamente as embalagens de produtos químicos após a utilização;
- Manter na bancada a quantidade mínima necessária de produtos químicos. No caso de mistura de
produtos, lembrar que a mesma possui o nível de risco do componente mais perigoso.
10.2.Produtos Químicos Perigosos
É definido pelo OSHA (Occupational Safety and Health Administration – USA) como quaisquer
compostos químicos ou misturas de compostos, que oferecem perigo para a integridade física e/ou
saúde. Os produtos químicos perigosos que se enquadram nessa categoria encontram-se no Anexo
A.
10.3.Manipulação de Produtos Químicos
Considera-se manipulação de produtos químicos desde a abertura de sua embalagem, até o descarte
da mesma, após todo o produto ter sido utilizado.
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Infome-se, antecipadamente, se o produto sofre decomposicão, peroxidação ou polimerização, pela
ação da luz, do calor ou de ambos, se é instável ou reativo frente à água e ar; e adote as regras de
manipulação recomendadas pelas normas de segurança do laboratório, visando a segurança pessoal
e coletiva.
Produtos Formadores de Peróxidos (PFP) Peróxidos: pertencem a uma classe especial de compostos químicos, que apresentam problemas
especiais de estabilidade e periculosidade potencial. São classificados entre os compostos mais
perigosos normalmente utilizados em laboratório. Alguns peróxidos manipulados em laboratório
são mais sensíveis do que o TNT (trinitrotolueno). Outras classes de produtos químicos como os
cloratos, percloratos e nitratos, também apresentam periculosidade devido à sua sensibilidade ao
impacto, à luz e a centelha.
Devido a alta periculosidade, caso precise realizer ensaios com peróxidos consulte antes a Gerência
de qualidade e Biossegurança para formação e treinamento específicos.
Solventes São os produtos mais frequentemente encontrados nos laboratórios e, por serem inflamáveis e
tóxicos, precisam ser manipulados com cuidado. Solventes comuns como benzeno, tetracloreto de
carbono, clorofórmio, éter etílico, acetona, hexano e pentano devem ser mantidos longe de fontes de
ignição e de substâncias oxidantes. Dentre os solventes que oferecern maiores riscos, destacam-se:
Benzeno - é considerado carcinogênico de Categoria I pela OSHA. Sempre que possível, substitua-
o pelo tolueno, que oferece menor risco.
- Evite o contato com a pele e a inalação de seus vapores.
- Use a capela ao manipulá-lo, protegido por luvas, óculos e máscara de proteção. Tetracloreto de
carbono - é um solvente perigoso. Sempre que possível, substitua-o por diclorometano, que oferece
menor risco. Reduza, ao mínimo, a exposição a seus vapores, pois em altas concentrações no ar ele
pode levar a morte por falha respiratória.
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- Exposição menos severa pode causar danos aos rins e fígado.
- Manipule-o na capela, usando os equipamentos de proteção adequados.
Clorofórmio - é um solvente similar ao tetracloreto de carbono e apresenta os mesmos efeitos
adversos. Em animais de laboratório, mostrou propriedades carcinogênicas e mutagênicas. Pode ser
substituído, com vantagens para a segurança, pelo diclorometano. A manipulação é idêntica ao
tetracloreto de carbono.
Éter etílico - é um solvente extremamente inflamável, usado para fazer extrações. Seus vapores são
mais pesados do que o ar e podem se propagar pela bancada e atingir fontes de ignição. O produto
anidro tende a formar peróxidos. Pode afetar o sistema nervoso central, causando inconsciência ou
mesmo a morte, se a exposição for severa.
- Manipule-o sempre na capela.
Metanol – é um líquido inflamável, que reage explosivamente com brometos, ácido nítrico,
clorofórmio, hipoclorito de sódio, zinco dietílico, soluções de alquil- aluminatos, trióxido de
fósforo, peróxido de hidrogênio, tert-butóxido de potássio e perclorato de chumbo.
Etanol - é um líquido inflamável e seus vapores podem formar misturas explosivas com o ar em
temperatura ambiente. O etanol reage vigorosamente com vários agentes oxidantes e com outras
substâncias químicas, como nitrato de prata, ácido nítrico, perclorato de potássio, peróxido de
hidrogênio, permanganato de potássio, entre outros.
OBSERVAÇÃO: Sempre que houver a substituição de produto químico mais perigoso por produto
químico mais seguro, avalie o impacto sobre os resultados das análises.
AIdeídos Formaldeído (formalina) é usado como preservativo de tecido biológico, na forma de solução
aquosa 37 %. Esta solução contém cerca de 11 % de metanol. A exposição aos seus vapores pode
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causar câncer nos pulmões e no condutor nasofaríngeo. Pode também causar irritação na pele, nos
olhos, no trato respiratório e edemas. Deve ser manipulado em capela, usando-se os equipamentos
de proteção adequados.
Hidrácidos Os hidrácidos ou haletos de hidrogênio (ácido clorídrico, ácido fluorídrico) são ácidos não
oxigenados, irritantes ao aparelho respiratório. Devem ser manipulados em capela, para quaisquer
propósitos, e com o operador usando luvas, máscara contra gases e capa.
Ácido Fluorídrico: tanto na forma gasosa, quanto em solução, é capaz de penetrar profundamente
nos tecidos, através da pele. Em caso de contato com a pele, aplique rapidamente no local, uma
solução de gluconato de cálcio, e procure atendimento médico de urgência. Após o uso, verificar se
o produto escorreu pela embalagem; se for o caso, neutralize com gluconato de cálcio, lave com
água corrente e enxugue com papel toalha.
Ácido Clorídrico: possui uma alta ação corrosiva sobre a pele e mucosas podendo produzir
queimaduras cuja gravidade dependerá da concentração da solução. O contato do ácido com os
olhos pode provocar redução ou perda total da visão, se o ácido não for removido imediatamente,
através da irrigação com água. O ácido clorídrico em si, não é um produto inflamável, mas em
contato com certos metais libera hidrogênio, formando uma mistura inflamável com o ar.
Oxiácidos São ácidos que contém oxigênio, e possuem propriedades que variam de acordo com a composição.
Aqui, cabe destacar aqueles que são os mais utilizados:
Ácido Sulfúrico: é um poderoso agente desidratante. Na forma concentrada, reage explosivamente
com potássio e sódio metálicos, permanganatos, cloratos, álcool benzílico, além do risco de
provocar queimaduras severas na pele e olhos, mesmo em soluções diluídas. Deve ser manipulado
em capela, usando-se equipamento de proteção.
Ácido Nítrico: é um agente oxidante forte, capaz de destruir estruturas protéicas. O recipiente que o
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contém deve ser aberto com cuidado, porque se a parte inerte interna da tampa se romper, a parte
plástica é atacada, criando pressão positiva no interior, projetando o ácido no ato da abertura. Reage
de forma descontrolada com anidrido acético, de forma explosiva com flúor e acetonitrila. A
amônia se inflama na presença de seus vapores. Quanto à manipulação, oferece riscos iguais
aqueles do ácido sulfúrico; portanto, deve ser tratado de modo idêntico.
Ácido Perclórico é um poderoso agente oxidante, incolor, capaz de reagir explosivamente com
compostos e materiais orgânicos. Forma percloratos explosivos em dutos metálicos do sistema de
exaustão de capelas, exigindo, portanto, capela especial para sua manipulação. Devido ao risco de
queimaduras severas na pele e olhos, usar óculos de proteção e luvas para a manipulação deste
ácido, e no caso de transferência para outro recipiente, fazê-lo sobre a pia para coletar os respingos,
neutralizá-los e lavá-los com água corrente. Na forma anidro (concentração acima de 85 %), DEVE
SER MANIPULADO SOMENTE POR TÉCNICO EXPERIENTE. Se o produto anidro apresentar
coloração, descarte-o imediatamente de acordo com as normas de segurança.
Ácido Acético Glacial: é um solvente excelente para diversos compostos orgânicos, fósforo e
enxofre. Seus vapores são extremamente irritantes aos olhos, sistema respiratório, e pode atacar o
esmalte dos dentes se a exposição for de longa duração. O contato com a pele provoca severas
queimaduras. Deve ser manipulado em capela, exigindo o uso de equipamento de proteção. Os
frascos de ácido acético devem ser estocados longe de materiais oxidantes e de preferência entre 20
e 30 oC (quando estocado em temperaturas inferiores pode solidificar provocando ruptura do
frasco).
Perácidos (Ácido Perbenzóico, Ácido Peracético): são compostos explosivos e devem ser
manipulados conforme as orientações do fabricante e/ou fornecedor.
Os demais ácidos devem ser manipulados em capela comum, usando-se luvas, máscara contra
gases. No preparo de soluções diluídas destes ácidos, MISTURAR AOS POUCOS O ÁCIDO NA
ÁGUA, NUNCA AO CONTRÁRIO,, pois poderá ocorrer ebulição localizada e projeção da
solução.
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Ácido Pícrico: é extremamente explosivo e deve ser adquirido somente quando extremamente
necessário. É manipulado sob rígida orientação de especialista em segurança de laboratório.
Bases As bases mais comumente encontradas nos laboratórios são o hidróxido de metais alcalinos e
alcalinos terrosos e solução aquosa de amônia. As soluções de hidróxidos de metais alcalinos (sódio
e potássio) são corrosivas e provocam danos na pele e tecidos dos olhos. Alem disso, são
extremamente exotérmicas, ou seja, liberam calor durante a preparação. Ao preparar tais soluções,
deve-se usar luvas, óculos de proteção e avental. Quanto a solução de hidróxido de amônia, seus
vapores são extremamente irritantes ao sistema respiratório e aos olhos, exigem sempre o uso de
capela, luvas e máscara contra gases durante a manipulação.
Sais Higroscópicos Deve-se manter as embalagens dos sais higroscópicos sempre bem fechadas, observando se não há
rachaduras na tampa. Pequenas quantidades desses produtos, em recipiente apropriado, podem ser
mantidas em dessecador, para preservar-Ihes a qualidade.
Substâncias de Baixa Estabilidade São substâncias pouco estáveis, de modo geral, devem ser mantidas na embalagern fornecida pelo
fabricante e manipuladas segundo as recomendações do mesmo.
Cuidados na manipulação de substâncias sólidas inflamáveis Na fricção: Fósforo branco, vermelho, amarelo, perssulfato de fósforo.
Na exposição ao ar: Boro, carvão vegetal, ferro pirofosfórico, fósforo branco, vermelho e amarelo,
hidratos, sódio metálico, nitrito de cálcio, pó de zinco.
Na absorção de umidade: Cálcio, carbonato de alumínio, hidratos, magnésio finamente dividido,
óxido de cálcio, peróxido de bário, pó de alumínio, pó de zinco, potássio, selênio, sódio, sulfeto de
ferro.
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Na absorção de pequena quantidade de calor: Carvão vegetal, dinitrobenzol, nitrato de celulose,
piroxilina, pó de zircônio.
Encontra-se no ANEXO B a Classificação de Agentes Químicos Segundo Graus de Risco.
Utilização de Luvas na Manipulação de Produtos Químicos Muitos ácidos, solventes e outros líquidos utilizados em laboratórios são capazes de danificar a
pele, causando dermatites e levando a doenças ocupacionais. Existem luvas próprias para proteger a
mão contra a maioria das exposições.
NOTA: Em caso de dúvidas quanto a um determinado uso de luvas, consultar o fabricante.
Armazenamento de Produtos Químicos no Laboratório e em Almoxarifados Químicos - As áreas de armazenamento devem ter boa ventilação, com exaustão de ar para fora do prédio
(sem sistema de recirculação);
- Bicos de gás, fumaças e unidades de aquecimento não são permitidos nas áreas de
armazenamento;
- Os corredores das áreas de armazenamento devem estar livres de obstruções;
- Quando necessário, áreas de armazenamento devem ter ar condicionado e/ou sistema de
desumidificação para promover uma atmosfera de ar frio e seco;
- Não armazenar produtos químicos em prateleiras elevadas; frascos grandes devem ser colocadas
no máximo a 60 cm do piso;
- Produtos químicos não devem ser expostos ao calor e a luz solar direta;
- Prateleiras devem ter suportes firmes e espaço suficiente para prevenir deslocamento acidental,
bem como, amontoamento de frascos;
- Frascos de reagentes não devem ficar salientes para fora das prateleiras;
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- Adquirir, sempre, a quantidade mínima necessária as atividades do laboratório.
- Selar as tampas dos recipientes de produtos voláteis em uso com filme inerte, para evitar odores
ou a deterioração do mesmo, se estes forem sensíveis ao ar e/ou umidade;
- Não armazenar produtos químicos dentro da Capela de Exaustão Química, nem no chão do
laboratório;
- Se for utilizado armário fechado para armazenamento, que este tenha aberturas laterais ou na
parte superior, para ventilação, evitando-se acúmulo de vapores;
- As prateleiras ou armários de armazenamento devem ser rotulados de acordo com a classe do
produto que contém;
Considerar risco elevado os produtos químicos desconhecidos;
- As áreas devem ser limpas e livres de contaminação química;
- Observar a incompatibilidade dos produtos (Anexo C) e separar:
1. Inflamáveis, oxidantes, ácidos e bases;
2. Família de orgânicos e inorgânicos
3. Família em grupos compatíveis
4. E então, guardar em ordem alfabética.
Derramamento de produtos químicos A maioria das empresas produtoras de compostos químicos para uso laboratorial costuma distribuir
quadros que descrevem a maneira de lidar com os respingos e derramamentos dos diversos produtos
químicos. Estes quadros devem ser afixados em local apropriado.
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Alguns equipamentos, como os relacionados a seguir, devem estar disponíveis para serem utilizados
nos casos de acidente:
a) equipamentos de proteção, tais como respiradores, luvas de borracha grossa, guarda- pós e botas
de borracha;
b) pás para o recolhimento do resíduo;
c) pinça para recolher os estilhaços de vidro;
d) panos tipo esfregão e papel-toalha para o chão;
e) baldes;
f) mantas absorventes;
g) areia de gato;
h) detergente não inflamável.
Consultar a ficha de informação de segurança do produto químico - FISPQ e providenciar o
equipamento e materiais necessários para limpar os locais contaminados pelo produto.
Derramamento de substâncias inflamáveis Absorver imediatamente o líquido derramado com substâncias absorventes, como mantas
específicas ou areia. Recolher e descartar tudo em recipiente destinado a material inflamável.
Em caso de derramamento de produtos tóxicos (mais de 100 ml), inflamáveis (mais de 1 litro) ou
corrosivos (mais de 1 litro) tomar as seguintes providências:
a) interromper o trabalho;
b) evitando inalar o vapor do produto derramado, remover fontes de ignição e desligar os
equipamentos e o gás;
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c) abrir as janelas e ligar o exaustor, se disponível, desde que não haja perigo em fazê-lo;
d) evacuar o laboratório;
e) isolar a área e fechar as portas do ambiente;
f) chamar a equipe de segurança;
g) atender as pessoas que podem ter se contaminado;
h) advertir as pessoas próximas sobre o ocorrido;
i) informar a chefia e/ou gerência do laboratório.
Derramamento de Ácidos e Compostos Químicos Corrosivos Absorver imediatamente o líquido derramado com substâncias absorventes, tais como mantas
específicas ou areia de gato.
Procedimentos para a limpeza Qualquer derramamento de produto ou reagente deve ser limpo imediatamente, usando- se para isso
os EPIs e outros materiais necessários. Em caso de dúvida quanto à toxicidade ou cuidados
especiais em relação ao produto derramado, não efetuar qualquer operação de remoção sem
orientação adequada. Consultar a FISPQ.
Derramamento de produtos tóxicos, inflamáveis ou corrosivos sobre o trabalhador Remover as roupas atingidas sob o chuveiro, lavando a área do corpo afetada com água fria por 15
minutos ou enquanto persistir dor ou ardência;
Se os olhos forem atingidos por produtos químicos, enxágua-se por 15 minutos com água fria,
encaminhando a vítima ao atendimento médico de emergência. Informar ao médico o produto
químico envolvido no acidente.
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11. NORMAS BÁSICAS DE BIOSSEGURANÇA Estas normas consistem num conjunto de regras e procedimentos de segurança que visam eliminar
ou minimizar os acidentes e agravos de saúde relacionados ao trabalho em laboratórios.
11.1.Higiene Pessoal
a) cabelos: Cabelos longos são mantidos presos durante os trabalhos;
b) unhas: As unhas são mantidas limpas e curtas, não ultrapassando a ponta dos dedos;
c) calçados: Usa-se exclusivamente sapatos fechados no laboratório;
d) lentes de contato: O ideal é não usar lentes de contato no laboratório. Se for necessário usá-las,
não podem ser manuseadas durante o trabalho e necessitam ser protegidas com o uso de óculos de
segurança. Evita-se manipular produtos químicos usando lentes de contato, uma vez que o material
das lentes pode ser atacado por vapores ou reter substâncias que possam provocar irritações ou
lesões nos olhos;
e) cosméticos: Não é permitido aplicar cosméticos na área laboratorial;
f) jóias e adereços: Usa-se o mínimo possível. Não são usados anéis que contenham reentrâncias,
incrustações de pedras, assim como não se usa pulseiras e colares que possam tocar as superfícies
de trabalho, vidrarias ou pacientes; Quando são usados crachás presos com cordão em volta do
pescoço, estes devem estar sob o jaleco dentro da área analítica.
11.2.Cuidados Gerais
a) utilizar escada para acessar prateleiras mais altas;
b) colocar os objetos mais pesados em prateleiras mais baixas;
c) não sobrecarregar fichários e não deixar gavetas abertas em área de circulação;
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d) não trabalhar sozinho no laboratório;
e) não dirigir a abertura de frascos na sua direção ou na de outros;
f) verificar, ao encerrar as atividades, se não foram esquecidos aparelhos ligados (bombas,
motores, mantas, chapas, gases, etc.) e reagentes ou resíduos em condições de risco;
g) zelar pela limpeza e manutenção de seu laboratório, cumprindo o programa de limpeza e
manutenção estabelecido para cada área, equipamento e superfície;
h) Não circular nas áreas comuns paramentado com EPI sem necessidade.
11.3.Proibições na área analítica
a) pipetar com a boca;
b) comer, beber ou fumar;
c) armazenar alimentos;
d) utilizar equipamentos da área analítica para aquecer alimentos;
e) manter objetos pessoais, bolsas ou roupas;
f) utilizar celulares e outros dispositivos eletrônicos de uso pessoal;
g) usar ventiladores;
h) presença de pessoas estranhas, sem autorização, ao serviço;
i) presença de animais e plantas que não estejam relacionados com os trabalhos;
j) mover equipamentos do lugar de origem sem autorização do responsável;
k) retirar insumos dos laboratórios sem autorização do responsável.
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11.4.Limpeza da área analítica
a) Os equipamentos devem estar dispostos de modo a permitir fácil limpeza e descontaminação;
b) Os espaços entre bancadas, cabines e equipamentos deve ser suficiente para permitir limpeza;
c) As superfícies de trabalho devem ser limpas sempre após o uso e descontaminadas ao menos
uma vez ao dia ou sempre que ocorrer contaminação;
d) Todo resíduo líquido ou sólido contaminado deve ser descontaminado antes do descarte assim
como todo material ou equipamento que entrar em contato com o OGM;
e) Realizar a lavagem das mãos antes de entrar, após a manipulação com o agente biológico e
antes de sair das áreas laboratoriais;
f) Os resíduos só podem ser retirados das instalações em recipientes rígidos e à prova de
vazamento;
g) Deve ser providenciado um programa rotineiro adequado de controle de pragas (insetos,
roedores).
12. EQUIPAMENTOS Os equipamentos de proteção individuais e coletivos são considerados elementos de contenção
primária ou barreiras primárias. Estes equipamentos podem reduzir ou eliminar a exposição da
equipe do laboratório, de outras pessoas e do meio ambiente aos agentes potencialmente perigosos.
12.1. Equipamentos de Proteção Individual – EPI
São elementos de contenção de uso individual utilizados para proteger o profissional do contato
com agentes infecciosos, químicos, calor ou frio excessivo, fogo, entre outros riscos, no ambiente
de trabalho. Servem também para evitar a contaminação do material em experimento ou em
produção.
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É necessário que o funcionário receba treinamento para usar os EPIs corretamente.
É proibido o uso de EPI em copas, refeitórios, toaletes, veículos (institucionais e particulares) e
outros locais públicos. Este permanece no ambiente técnico, em cabides ou vestiários específicos.
Só deve ser usado em áreas comuns para o transporte de materiais biológicos, químicos, estéreis ou
resíduos.
12.1.1 Jaleco: É usado dentro da área técnica, mesmo quando não se esteja executando algum
trabalho, e em todos os trabalhos que envolvam os riscos descritos acima, pois protegem tanto a
pele como as roupas do técnico. Na Fiocruz Rondônia foi adotado o uso de jalecos descartáveis de
manga longa, em não-tecido. É usado permanentemente fechado.
12.1.2 Óculos de segurança e/ou escudo facial: São usados em todas as atividades que possam
produzir salpicos, respingos e aerossóis, projeção de estilhaços pela quebra de materiais que
envolvam risco químico ou biológico (por ex. criotubos conservados em nitrogênio liquido), ou
quando há exposição a radiações perigosas (por ex. luz ultra-violeta), dando proteção ao rosto e,
especialmente, aos olhos.
Lavar após o uso com água e sabão ou, no trabalho com agentes biológicos, com solução
desinfetante - hipoclorito a 0,1% (o álcool prejudica o material com que são fabricados os óculos) e
guardá-los adequadamente.
12.1.3 Máscaras: São usadas as do tipo cirúrgico, sem sistema de filtro, para proteção do aparelho
respiratório no manuseio de material biológico, dependendo da sua classe de risco, assim como para
proteção do produto que está sendo manuseado.
Existem tipos de máscaras com maior ou menor capacidade de retenção de partículas. A seleção é
feita considerando o agente biológico com o qual se vai trabalhar.
A máscara cirúrgica é uma barreira de uso individual que cobre o nariz e a boca. É indicada para:
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• proteger o Trabalhador de Saúde de infecções por inalação de gotículas transmitidas à curta
distância e pela projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que possam atingir suas vias
respiratórias;
• minimizar a contaminação do ambiente com secreções respiratórias geradas pelo próprio
Trabalhador de Saúde.
É importante destacar que a máscara cirúrgica:
• NÃO protege adequadamente o usuário de patologias transmitidas por aerossóis, pois,
independentemente de sua capacidade de filtração, a vedação no rosto é precária neste tipo de
máscara;
12.1.4 Respiradores: São dispositivos com sistemas de filtro para serem usados em áreas de alta
contaminação com aerossóis de material biológico e na manipulação de substâncias químicas com
alto teor de evaporação, dando proteção ao aparelho respiratório.
O uso do respirador não dispensa o uso de Capela de Segurança Química ou da Cabine de
Segurança Biológica.
Alguns respiradores faciais foram melhor concebidos para proteção do operador considerando a
concentração Imediatamente Perigosa à Vida e Saúde (IPVS) de vapores e gases no ambiente.
a) Respirador Semifacial
É um equipamento de proteção individual (EPI) que cobre a boca e o nariz, proporciona uma
vedação adequada sobre a face do usuário e possui filtro eficiente para retenção dos
contaminantes atmosféricos presentes no ambiente de trabalho na forma de aerossóis (Figura
1). Em ambiente hospitalar, para proteção contra aerossóis contendo agentes biológicos, a
Peça Semifacial Filtrante – PFF - deve ter uma aprovação mínima como PFF2. A PFF
também retém gotículas. Algumas PFF são resistentes ainda à projeção de fluídos corpóreos.
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b) Respirador Semifacial para vapores e névoas
Indicado para proteção de vias respiratórias até 10 vezes o limite de tolerância contra poeiras
tóxicas, fumos de solda, vapores orgânicos, gases ácidos, amônia e formaldeído.
12.1.5 Botas de Borracha: São usadas para proteção dos pés durante atividades em áreas molhadas,
para transporte de material e resíduos e para a limpeza de locais contaminados, entre outras
atividades.
12.1.6 Gorro descartável: É usado para proteger os cabelos de aerossóis e salpicos e o produto ou
experimento de contaminações.
12.1.7 Pro-pé ou sapatilha: Recomendado para a proteção dos calçados/pés, em áreas contaminadas
ou para trabalhar em áreas estéreis.
12.1.8 Luvas: Utilizadas para proteger as mãos. São de uso obrigatório na manipulação de qualquer
material biológico ou produto químico. São fabricadas em diferentes materiais para atender as
diversas atividades laboratoriais.
PRINCIPAIS TIPOS DE LUVAS
Figura 1
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TIPO USO
Luva de Látex Natural Resistência à tração, alongamento,
produtos químicos (Classe B) e barreira
biológica.
Luvas de Látex Nitrílico Aplicadas em diversos tipos de atividades
onde seja necessário excelente resistência
química, flexibilidade e bom tato.
Luvas em PVC Para serviços gerais de limpeza, processos
de limpeza de instrumentos e
descontaminação
Tabela 1: Principais tipos de luvas
12.2.Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC
São equipamentos de contenção que possibilitam a proteção do trabalhador, do meio ambiente e do
produto ou pesquisa desenvolvida. Podem ser utilizados por um ou mais trabalhadores.
Capela de segurança química É uma cabine de exaustão que protege o profissional da inalação de vapores e gases liberados por
reagentes químicos e evita a contaminação do ambiente laboratorial.
As cabines de exaustão não devem ser utilizadas para conter materiais biológicos, pois o ar
contaminado é exaurido diretamente para a atmosfera (sem filtro HEPA).
Cabines de fluxo laminar São equipamentos construídos para proteger o que está sendo manipulado, ou seja, protegem o
produto, não o operador. Possuem velocidade média do ar de 0,45 m/s e podem ser de fluxo
horizontal ou vertical. Nas cabines de fluxo laminar não há recirculação do ar: todo ar que entra,
passando por pré-filtro, passa por um filtro absoluto e pelo produto e sai do equipamento.
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Cabines de segurança biológica – CSB São utilizados para proteger o profissional e o ambiente laboratorial dos aerossóis potencialmente
infectantes que podem se espalhar durante a manipulação dos materiais biológicos. Alguns tipos de
cabine protegem também o produto que está sendo manipulado do contato com o meio externo,
evitando a sua contaminação.
Possuem filtros de ar particulado de alta eficiência (HEPA) capaz de reter 99,97% das partículas de
0,3µm de diâmetro e 99,99% das partículas maiores.
a) Classe I – A primeira CSB reconhecida e, devido sua concepção simples, continua sendo
amplamente utilizada, fornece proteção ao trabalhador e ao ambiente, contudo, por aspirar o
ar da sala para a superfície de trabalho não garante esterilidade ou proteção para o produto.
b) Classe II – Foi concebida para fornecer proteção pessoal, do ambiente e também para
proteger os materiais na superfície de trabalho de contaminações externas. Difere da Classe I
por só permitir circulação interna de ar estéril. Sua utilização é comum para manipulação de
culturas celulares e culturas de parasitos. Existem subdivisões dos tipos de cabines de Classe
II, como tipo A1, A2, B1 e B2. A categoria mais utilizada na Fiocruz Rondônia são as
Figura 2: Diagrama esquemático de uma CSB de Classe I: A. Abertura frontal B. Painel de observação C. Filtro exaustor HEPA D. Conduta do exaustor
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Cabines Classe II Tipo A1.
Figura 3: Diagrama esquemático de uma CSB de Classe IIA1: A. Abertura frontal B. Painel de observação C. Filtro exaustor HEPA D. Conduta traseira E. Filtro HEPA de abastecimento F. Ventoinha
c) Classe III – Fornece o nível mais elevado de proteção ao trabalhador e é utilizada para
trabalhos com agentes de grupo de risco 4. Todos os acessos são selados e à prova de gás. O
ar fornecido é filtrado por filtro HEPA e o ar expelido é filtrado por dois filtros HEPA. O
acesso de trabalho requer luvas de borracha de grande resistência, dispostas na entrada da
câmara. Na Fiocruz Rondônia não há cabines Classe III.
Fluxo Laminar Classe I
Classe II – Tipo A1
Proteção Ao produto;
Ao profissional
Ao ambiente (quando
usadas em conjunto
com as boas práticas
microbiológicas)
- Ao profissional
- Ao ambiente
- Ao produto
Exaustão Não há recirculação
do ar: todo ar que
entra, passando por
pré-filtro, passa por
um filtro absoluto e
pelo produto e sai do
equipamento;
Oferecem 100% de
exaustão através de
filtro HEPA.
70% de recirculação do
ar no interior da cabine;
30% de exaustão
através de filtro HEPA;
O ar que sai do filtro
HEPA de exaustão
pode retornar para o
laboratório.
Desvanta
gem Não oferecem proteção
ao produto
Tabela 2: Diferenças de proteção, exaustão e desvantagens dos tipos de cabines
Chuveiro de emergência
É um chuveiro para banhos em caso de acidentes com produtos químicos e fogo. Este chuveiro é
colocado em local de fácil acesso e é acionado por alavancas de mãos, cotovelos ou joelhos.
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Lava-olhos É utilizado para lavação dos olhos em casos de respingos ou salpicos acidentais. Pode fazer parte do
chuveiro (Figura 3) ou ser do tipo frasco lava olhos (Figura 4).
Figura 4 Figura 5
Extintores
É preciso controlar as chamas com o extintor de incêndio adequado, Na Fiocruz Rondônia os
extintores estão distribuídos de acordo com a tabela abaixo e suas respectivas utilizações.
Tabela 3 – Tipos de extintores de incêndio e sua utilização
Tipos de extintores Utilizar em Não utilizar em
Extintor de dióxido de
carbono
Líquidos inflamáveis e
Metais e incêndios em
equipamentos elétricos.
Metais alcalinos
Extintor de água
pressurizada Fogo em papel e madeira.
Equipamentos elétricos,
inflamáveis e metais em
combustão.
Extintor de pó químico
Líquidos e gases
inflamáveis, metais
alcalinos e incêndio em
Pode ser utilizado, mas só apaga
fogo de superfície
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equipamento elétrico.
Autoclaves
É um equipamento de laboratório utilizado para esterilizar objetos através de calor úmido (vapor)
combinado com pressão. Dessa forma, a esterilização a vapor é realizada em autoclaves, cujo
processo possui fases de penetração do vapor, remoção do ar e secagem. Ao utilizar a autoclave é,
importante assegurar que o vapor deslocou todo o ar antes que a pressão se eleve. Nesse sentido, o
vapor saturado, isento de ar, na pressão de 1 atmosfera, tem uma temperatura de 121ºC.,
12.3. SEGURANÇA NO USO DE EQUIPAMENTOS
- A utilização do equipamento deve seguir as instruções do fabricante;
- A voltagem dos equipamentos deve ser identificada para evitar danos;
- Somente utilizar equipamentos próprios para laboratório;
- Não utilizar adaptadores, extensões e/ou ligar mais de um equipamento na mesma tomada;
- A utilização de nobreaks e/ou estabilizadores é imprescindível para seu bom funcionamento.
12.4. OPERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
Cabines de Segurança Biológica a) durante o uso da CSB as portas do laboratório são mantidas fechadas, evitando a circulação de
pessoas;
b) fazer a descontaminação da superfície interna da cabine com gaze embebida em álcool etílico ou
isopropílico a 70%, sempre de cima para baixo e de trás para frente;
c) as CSB são ligadas pelo menos 5 minutos antes do início das atividades e permanecem ligadas
por pelo menos 5 minutos após o término do seu uso, a fim de que o ar contaminado seja filtrado de
dentro da cabine.
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d) Se forem utilizadas lâmpadas ultravioleta nas cabines, estas devem ser limpas toda a semana,
para retirar o pó e sujidades que podem diminuir a eficácia germicida da radiação. Liga-se a
lâmpada ultravioleta cerca de 20 minutos antes de usar a cabine, depois da desinfecção.
e) recomenda-se registrar o tempo de utilização da lâmpada em formulário próprio para não utilizá-
la quando esta já não mais tiver eficácia. A vida útil (poder germicida) deve ser verificada
consultando-se as especificações técnicas do produto junto ao fabricante;
f) a luz UV deve ser desligada quando a cabine estiver em uso no intuito de proteger olhos e pele e
evitar prejuízos à saúde;
g) a introdução e retirada dos braços na CSB é feita de forma cuidadosa, para que os movimentos
não interfiram no fluxo de ar proveniente da abertura frontal;
h) o manuseio dos materiais dentro da cabine só deve começar 1 minuto após a introdução dos
braços do operador, para que o fluxo de ar no interior se estabilize. Os movimentos de entrada e
saída da cabine devem ser minimizados, introduzindo-se previamente todos os materiais necessários
antes de iniciar o trabalho;
i) às vezes é necessário o uso de uma mesa auxiliar ao lado da cabine, pelo volume de trabalho a ser
executado. Neste caso, os movimentos de introduzir e retirar os braços da cabine são lentos e
cuidadosos;
j) o material a ser colocado dentro da cabine é desinfetado com álcool a 70%;
k) todos os procedimentos são realizados na superfície de trabalho a uma distância de pelo menos
10 cm da grelha frontal;
l) a grelha frontal na entrada das CSB Classe II não pode estar bloqueada com papel, equipamento
ou outros materiais;
m) todo o material a ser utilizado é colocado no fundo da cabine, perto da borda traseira da
superfície de trabalho, sem bloquear a grelha traseira;
n) os materiais são organizados de modo que os itens limpos e os contaminados não se misturem;
o) não é recomendado que os recipientes para descarte de resíduos sejam colocados fora da cabine,
uma vez que a freqüência de movimentos “para dentro e para fora” interfere na integridade da
barreira de ar da cabine e pode comprometer a proteção do operador e do produto manipulado.
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Como alternativa, utilizar recipientes intermediários como a reutilização de latas limpas, que após
fechadas podem ser autoclavadas ou colocadas nos sacos para resíduos infectantes.
p) as atividades são realizadas ao longo da superfície de trabalho, sempre no sentido da área limpa
para a área contaminada;
q) não se recomenda o uso de bicos de Bunsen dentro das CSB, uma vez que a chama perturba o
fluxo de ar e pode ser perigosa quando se utilizam substâncias voláteis.
r) ao término do trabalho a cabine é limpa com gaze embebida em álcool etílico ou isopropílico a
70%, e mantida ligada ainda por no mínimo 5 minutos;
s) todas estas atividades são realizadas com o operador devidamente protegido com jaleco, luvas e,
se necessário, máscaras e óculos de proteção. As luvas devem cobrir os punhos do jaleco e não
devem ficar debaixo das mangas.
Centrifugas - As centrífugas devem ser utilizadas de acordo com as instruções do fabricante;
- Devem ser dispostas de maneira que os usuários possam ver o interior da cuba;
- Deve-se verificar a capacidade de rotação dos tubos ou frascos a serem utilizados nas centrífugas.
Por exemplo, tubos de poliestireno são mais frágeis que os de polipropileno e não se rompem em
altas velocidades;
- Os tubos devem ser corretamente fechados para evitar contaminação do equipamento e não podem
estar totalmente cheios para evitar vazamentos,. O espaço que deve ser deixado entre o nível do
fluido e a borda do tubo de centrifugação deve estar assinalado nas instruções do fabricante;
- Os tubos devem estar distribuídos uniformemente. Devem ser postos aos pares segundo o peso e,
uma vez os tubos no lugar, corretamente equilibrados;
- Para equilibrar os copos vazios deve utilizar-se água destilada ou álcool a 70%. Não se devem
utilizar soluções salinas nem hipocloretos pois corroem os metais.
- Ao utilizar rotores angulares, é preciso assegurar-se que os tubos não estejam demasiado cheios
pois podem verter.
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Acidente com material biológico em centrifugação
Em caso de quebra de tubos contendo material potencialmente infeccioso dentro de centrífugas,
parar o motor (caso ainda esteja em funcionamento) e deixar a máquina fechada durante 30 minutos
para permitir o depósito do material. Se a quebra for descoberta no momento da abertura da tampa,
voltar a fechar a tampa imediatamente e esperar cerca de 30 minutos. O responsável da
biossegurança deve ser acionado.
Para todas as operações seguintes devem utilizar-se luvas resistentes (por exemplo, de borracha
espessa), cobertas, se necessário, com luvas descartáveis. Para retirar restos de vidro, devem
utilizar-se pinças guarnecidas ou não de algodão.
Todos os tubos partidos, fragmentos de vidro, recipientes e o rotor devem ser colocados num
desinfectante não-corrosivo cuja eficácia contra o organismo implicado é conhecida. Os tubos
intactos e arrolhados podem ser colocados em desinfectante num recipiente separado e depois
recuperados.
A cuba da centrifugadora deve ser esfregada com o mesmo desinfectante numa diluição apropriada
e esfregada de novo, lavada com água e seca. Todos os materiais utilizados na limpeza devem ser
considerados como resíduos infecciosos.
Homogeneizadores, misturadores e ultrassons - Os componentes devem estar em boas condições para evitar acidentes;
- As tampas devem vedar bem os equipamentos e os frascos devem estar tampados para evitar
aerossóis;
- No final da utilização desses equipamentos com material infectante, o recipiente deve ser aberto
dentro de uma CSB;
- Deve-se usar proteção auditiva para manipular os geradores de ultrassom.
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13. PRÁTICAS SEGURAS DE LABORATÓRIO A maioria dos acidentes no ambiente de trabalho estão relacionados a falta de atenção, técnicas
ruins e má utilização de equipamentos, que aumentam os riscos inerentes à rotina do laboratório.
O bom planejamento da rotina combinado com algumas técnicas seguras pode reduzir o número de
acidentes. Para isso é essencial conhecer o tipo e o risco de cada amostra a ser manipulada, seja
biológica, química ou um equipamento.
13.1. Manipulação de amostras biológicas
A coleta, transporte, manipulação e descarte de amostras em laboratório não corretamente efetuadas
representam risco de infecção para o pessoal envolvido e está diretamente relacionado à sua classe
de risco. A seguir algumas medidas para prevenção de acidentes:
- Os recipientes devem ser de plástico ou vidro resistente e, sempre que possível, hermeticamente
fechados;
- Todos os recipientes devem possuir identificação correta de seu conteúdo;
- Para evitar derrame ou escoamento acidental todo o transporte devem utilizar um recipiente
secundário resistente à desinfecção química ou física;
- O laboratório que manipula grande número ou volume de amostras devem possuir uma sala ou
área para tal;
- O pessoal que recebe e manipula os recipientes com amostras deve conhecer os riscos potenciais
para a saúde e receber treinamento;
- Depois de utilizadas, as pipetas descartáveis ou de vidro devem ser completamente submergidas
num desinfetante apropriado. Devem ficar no desinfetante durante o tempo que for indicado antes
de serem eliminadas ou lavadas e esterilizadas para nova utilização;
- Os recipientes devem ser abertos numa câmara de segurança biológica;
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- Para evitar a dispersão de material infeccioso a área de trabalho deve ser coberta com material
absorvente que depois será eliminado como resíduo infectante;
- As zonas de trabalhos devem ser descontaminadas no fim de cada período de trabalho;
- A utilização e limitações das CSB devem ser explicadas a todos os usuários, e vale ressaltar que as
CSB não protegem contra derrame, quebra ou técnica deficiente;
- O painel de vidro das CSB não deve ser aberto durante o funcionamento;
- Não bloquear o fluxo de ar interno ou as grelhas das CSB;
- A circulação interna de ar deve funcionar pelo menos 5 minutos antes e depois do trabalho
terminado;
- Durante procedimentos que possam resultar em projeções de material potencialmente infeccioso,
deve proteger-se a face, olhos e boca.
- Redobrar os cuidados com a manipulação de materiais perfuro-cortantes;
- Nunca reencapar agulhas;
- Os materiais perfuro-cortantes devem ser descartados em recipientes especiais imperfuráveis e
com tampa;
13.2. Manipulação de Sangue e Soro
- Este trabalho só deve ser realizado por pessoal devidamente formado;
- Devem utilizar-se luvas e proteção para os olhos e as membranas mucosas;
- Projeções e aerossóis só podem ser evitados ou minimizados com boas técnicas de laboratório.
- O sangue e o soro devem ser pipetados cuidadosamente e não vazados de um recipiente para
outro;
- Pipetar com a boca deve ser proibido;
- Depois de utilizadas, as pipetas descartáveis ou de vidro devem ser completamente submergidas
num desinfetante apropriado. Devem ficar no desinfetante durante o tempo que for indicado antes
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de serem eliminadas ou lavadas e esterilizadas para nova utilização;
- Tubos de amostras contendo coágulos de sangue, etc. destinados a ser eliminados devem ser
tapados com as suas tampas e colocados em recipientes estanques apropriados para esterilização em
autoclave e/ou incineração.
- Desinfetantes adequados devem estar disponíveis para limpar salpicos e derrames.
13.3. Manipulação de produtos químicos
- No laboratório só devem ser armazenadas as quantidades de produtos químicos necessárias para
uso diário.
- Os produtos químicos não devem ser armazenados em ordem alfabética para evitar
incompatibilidade químicas
-Para evitar incêndios e/ou explosões, as substâncias mencionadas na coluna da esquerda do Tabela
4 devem ser armazenadas e manipuladas de maneira a não entrarem em contato com as substâncias
da coluna da direita.
Tabela 4 - Regras gerais sobre incompatibilidades químicas
CATEGORIA DA SUBSTÂNCIA SUBSTÂNCIAS INCOMPATÍVEIS
Metais alcalinos como sódio, potássio, césio e
lítio
Dióxido de carbono, hidrocarbonetos, clorados e
água
Halogéneos Amoníaco, acetileno, hidrocarbonetos
Ácido acético, sulfito de hidrogénio, anilina,
hidrocarbonetos, ácido sulfúrico
Agentes oxidantes como ácido crómico, ácido
nítrico, peroxidos, permanganatos
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13.4. Lavagem e higienização das mãos
A higienização das mãos é reconhecida, mundialmente, como uma medida primária, mas muito
importante no controle de infecções relacionadas à assistência à saúde. Por este motivo, tem sido
considerada como um dos pilares da prevenção e controle de infecções dentro dos serviços de
saúde, incluindo aquelas decorrentes da transmissão cruzada de microrganismos multirresistentes.
13.5. Transporte de amostras biológicas e materiais infecciosos
Transporte intralaboratorial O transporte das amostras entre unidades operacionais necessita de cuidados especiais para evitar
que ocorram acidentes:
a) para o transporte destes materiais, são usadas caixas resistentes à ação de desinfetantes químicos.
Estas caixas devem permitir que o material a ser transportado fique em posição que evite
derramamentos e são desinfetadas diariamente;
b) no transporte entre unidades, o técnico usa jaleco e luvas como proteção;
Transporte interlaboratorial Substâncias infecciosas e amostras para diagnóstico são classificadas como produtos perigosos,
sendo expressamente proibida a remessa não identificada desses materiais, de acordo com as
regulamentações nacionais e internacionais para o transporte seguro de materiais infecciosos por
qualquer via de transporte.
É necessário que os remetentes de substâncias infecciosas e amostras para diagnóstico conheçam
suas responsabilidades em relação às regulamentações pertinentes.
Os princípios do transporte seguro por via terrestre são os mesmos que para o aéreo ou
internacional. O material não deve vazar da embalagem em condições normais de transporte.
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Exigências em Relação à Embalagem As amostras (substâncias infecciosas e materiais biológicos para fins de diagnóstico) são
acondicionadas para transporte num sistema de embalagem tripla, como pode ser observado nas
ilustrações a seguir. A embalagem apropriada serve para assegurar a integridade dos materiais
enviados e minimizar o risco potencial de danos durante o seu transporte.
O sistema triplo básico para embalagem consiste de três recipientes:
Recipiente primário:
a) é um recipiente à prova de vazamento, etiquetado, que contém a amostra, como um tubo de
cultura, um frasco de vidro ou outros recipientes similares;
b) o recipiente primário é envolvido em material absorvente suficiente para absorver todo o fluido
em caso de ruptura;
c) usa-se um sistema de selagem a prova de vazamentos;
d) as tampas de rosca são reforçadas com fita adesiva ou filme plástico.
Recipiente secundário:
a) é um segundo recipiente à prova de vazamentos, que encerra e protege o(s) recipiente(s)
primário(s);
b) podem ser colocados vários recipientes primários num recipiente secundário;
c) quando forem colocados vários recipientes primários dentro de um secundário, os primários são
envoltos de forma individual;
d) é usado material absorvente suficiente para proteger todos os recipientes primários e evitar
choques entre eles.
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Embalagem externa
a) destinada a proteger o recipiente secundário e o seu conteúdo de fatores externos, tais como o
impacto físico e a água, durante o transporte;
b) entre o recipiente secundário e a embalagem externa vão os formulários com dados da amostra,
cartas e outras informações que identifiquem ou descrevam a amostra e também que identifiquem o
remetente e o destinatário;
c) substâncias infecciosas são classificadas como mercadorias perigosas. As embalagens contendo
estes materiais precisam ter rótulo que defina o conteúdo como substância infecciosa:
• na classificação de risco das Nações Unidas (NU ou UN) a Classe 6 se refere às Substâncias
Tóxicas e Infecciosas;
Figura 6
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• a divisão 6.2 inclui substâncias que são infecciosas para os seres humanos e/ou para os animais,
organismos e microrganismos modificados geneticamente, produtos biológicos, amostras
para diagnóstico e resíduos clínicos e médicos;
• as remessas contendo substâncias infecciosas para os seres humanos e/ou animais (categoria A)
apresentam no rótulo o símbolo de risco biológico e ainda outro rótulo com os dizeres Substâncias
Infecciosas que afetam seres humanos e/ou animais, o nome do agente biológico e as letras UN
seguidas do número 2814 , conforme mostra a figura ilustrativa a seguir.
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• para amostras para diagnóstico (categoria B) basta o rótulo contendo os dizeres UN3373, como
mostram as ilustrações acima e a seguir..
Figura 7
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Remessas com Gelo ou Gelo Seco (dióxido de carbono sólido) Quando for usado gelo comum ou gelo seco numa remessa, este material deve ser colocado por fora
do recipiente secundário. No caso do gelo comum, este deve ser colocado num recipiente
impermeável e o pacote externo de envio também deve ser impermeável.
O recipiente secundário deve ser colocado dentro do pacote exterior de envio com um suporte
interno para assegurar que este recipiente permaneça na posição original e prevenir que sofra algum
dano se o gelo seco derreter ou evaporar.
O gelo seco NÃO deve ser colocado dentro do recipiente primário ou secundário, pois existe risco
de explosão.
Se for usado gelo seco o pacote externo de envio deve permitir o escape do dióxido de carbono.
É importante que o expedidor coordene a remessa com a operadora e o destinatário quando esta
contém gelo seco como refrigerante, já que a remessa deve ser recebida pelo destinatário antes que
o gelo seco tenha se dissipado.
O uso de gelo seco é sinalizado com o símbolo ao lado, que deve estar afixado na embalagem
externa, juntamente com a informação da sua quantidade em peso. Seu número UN é 1845.
Figura 8
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Remessa da Amostra Para ser eficiente, o transporte das substâncias infecciosas depende da perfeita coordenação entre
remetente, transportadora e laboratório de destino.
a) responsabilidades do remetente:
• estabelecer um entendimento prévio com a empresa de transporte e o destinatário, a fim de
garantir que as amostras sejam recebidas, evitando sua chegada num final de semana ou dia
não-útil, e a remessa seja feita pela rota mais direta;
• preparar a documentação necessária para o envio;
• informar o destinatário em tempo hábil sobre todos os dados relativos ao transporte.
b) responsabilidades do destinatário:
• obter junto às autoridades nacionais a autorização necessária para a importação (se for o
caso);
• fazer os acertos para receber a remessa da forma mais eficiente e oportuna logo que esta
chegue ao seu destino;
• avisar o laboratório remetente imediatamente sobre o recebimento da amostra.
Figura 9
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14. Descontaminação e Esterilização Os materiais utilizados em laboratórios de saúde e os locais onde são executados os procedimentos
de laboratório podem veicular agentes infecciosos se não forem descontaminados após cada uso.
Assim, a limpeza, desinfecção ou esterilização dos materiais e a limpeza dos ambientes são ações
preventivas de biossegurança.
Os procedimentos para descontaminação e esterilização dependerão do agente infeccioso
manipulado. O tempo de exposição ao desinfetante é especifico para cada material e fabricante e
recomendado em procedimento específico para os laboratórios da Fiocruz Rondônia.
É importante a conscientização sobre o risco de transmissão de infecções e dos limites de cada
método de descontaminação na escolha do processo mais adequado.
Essa conscientização se inicia pelo conhecimento dos conceitos de cada processo, de modo a torná-
los compreensíveis e utilizáveis na prática.
A descontaminação consiste na utilização de processos que eliminam total ou parcialmente
microrganismos. O mesmo termo é utilizado para remoção ou neutralização de produtos químicos
perigosos e materiais radioativos. O objetivo da descontaminação é tornar qualquer material seguro
para o descarte final ou para a reutilização.
Os processos seguintes são utilizados de acordo com o nível de descontaminação que se pretende
alcançar:
• Limpeza
• Desinfecção
• Esterilização
Limpeza É o conjunto de ações que visa à remoção de sujeiras e detritos, com a finalidade de manter em
estado de asseio objetos e superfícies.
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É o primeiro passo nos procedimentos técnicos de desinfecção e esterilização, constituindo o núcleo
de todas as ações referentes aos cuidados de higiene de objetos e superfícies.
Recomendações
As operações de limpeza compreendem a lavação com água e sabão, escovação, fricção ou
esfregação e o uso de pano úmido.
A varredura e espanação secas são proibidas, pois estas práticas espalham no ar e nas superfícies
limpas poeiras, matérias estranhas e microrganismos.
Desinfecção
É o processo de destruição de agentes infecciosos em forma vegetativa existentes em superfícies
inertes, como pisos cerâmicos, fórmica, granito, aço inox e outros, através de procedimentos físicos
ou químicos.
Os meios químicos compreendem os germicidas (desinfetantes), que podem ser líquidos ou
gasosos, e os meios físicos, o calor.
Desinfecção por meio químico liquido:
Há muitos tipos de germicidas químicos (desinfetantes). A escolha destes produtos deve ser feita
cuidadosamente de acordo com as necessidades específicas. Muitos desinfetantes são nocivos para a
saúde e também para o meio ambiente. Por isso, ao serem manuseados ou preparados deve-se
utilizar equipamentos de proteção, tais como luvas, jalecos e óculos de proteção. São utilizados e
descartados com cuidado, de acordo com as instruções do fabricante.
A seguir são apresentados os produtos mais comumente utilizados e o seu procedimento e a
indicação de uso:
Formaldeído Apresenta atividade para bactérias gram-positivas e gram-negativas na forma vegetativa, incluindo
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as micobactérias, fungos, vírus lipofílicos, hidrofílicos e esporos bacterianos.
É utilizado para descontaminação através de fumigação das cabines de segurança biológica. Em
função da sua alta toxicidade e caráter irritante para os olhos e aparelho respiratório não é
recomendado para desinfecção rotineira de superfícies, equipamentos e vidrarias.
É recomendado para fumigação de Cabines de Segurança Biológica. Esse procedimento desse ser
acompanhado pela Gerência da Qualidade da Fiocruz Rondônia.
Álcoois Os álcoois mais empregados em desinfecção são o etanol ou álcool etílico e o isopropanol ou álcool
isopropílico. Apresentam atividade rápida sobre bactérias, mas não possuem atividade sobre
esporos bacterianos e vírus hidrofílicos.
O álcool etílico tem maior atividade germicida, menor custo e menor toxicidade que o isopropílico.
O mecanismo de ação dos álcoois ainda não foi totalmente elucidado, sendo a desnaturação de
proteínas a explicação mais plausível. Na ausência de água as proteínas não são desnaturadas tão
rapidamente quanto na presença desta, razão pela qual o etanol absoluto é menos ativo do que as
suas soluções aquosas.
Em relação à concentração, estudos demonstraram que a atuação do etanol sobre os microrganismos
em meio aquoso se faz entre 60 e 80%, enquanto o álcool sem diluir não inativa os microrganismos.
a) indicações de uso: O álcool a 70%(v/v) é um dos desinfetantes mais empregados no laboratório,
sendo muito utilizado para anti-sepsia da pele, desinfecção e descontaminação de bancadas, cabines
de segurança biológica, estufas, banhos-maria, geladeiras, congeladores e centrífugas. Após a
limpeza com água e sabão deve-se esfregar um pano ou algodão embebido com álcool a 70%.
b) procedimento:
• imergir o produto no álcool ou friccioná-lo na superfície;
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• deixar secar sozinho e repetir por 3 vezes (a rápida evaporação limita o tempo de contato);
• é contra-indicado o uso em acrílico. Enrijece borrachas e tubos plásticos.
c) como preparar Álcool etílico a 70%:
• como o peso de 70g de álcool etílico PA ou álcool etílico comercial (96o) corresponde a
aproximadamente 77 ml na prática, para preparar uma solução de álcool etílico a 70%, admite-se a
utilização de 77 ml de álcool etílico PA ou comercial 96o mais 23 ml de água destilada. Devem ser
medidos em provetas separadas pois o álcool sofre contração e o volume final será diferente
utilizando a mesma proveta.
Hipoclorito de sódio Composto inorgânico liberador de cloro ativo. É o mais utilizado e é muito ativo para bactérias na
forma vegetativa, gram-positivas e negativas, micobactérias, esporos bacterianos, fungos, vírus
lipofílicos e hidrofílicos.
a) indicações de uso:
• no laboratório são apropriados para desinfecção em geral de objetos e superfícies inanimadas,
inclusive as contaminadas com sangue e outros materiais orgânicos e para recipientes de descarte de
materiais, como ponteiras, swabs e outros objetos que contenham pouca matéria orgânica;
• o tempo de exposição para desinfecção de superfícies de laboratório e qualquer superfície
contaminada é de 10 minutos, com 1% de cloro ativo (10.000 ppm);
• na desinfecção de cozinhas, depósitos de água e bebedouros deixar agir por 60 minutos, em 0,02%
de cloro ativo (200ppm).
b) recomendações de uso:
• o hipoclorito de sódio tem capacidade corrosiva e descolorante e não é utilizado em metais e
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mármore devido a estas características;
• seu efeito é limitado na presença de muita matéria orgânica;
• os materiais submetidos até a concentração de 0,02% não necessitam de enxágüe;
• as soluções devem ser estocadas em lugares fechados, frescos e em frascos escuros.
c) efeitos adversos:
• é tóxico, causando irritação da pele e olhos. Quando ingerido provoca irritação e corrosão das
membranas mucosas;
• a inalação do ácido hipocloroso provoca tosse e choque, podendo causar irritação severa do trato
respiratório.
d) formulações:
• para preparar uma solução percentual de hipoclorito deve-se levar em conta a concentração
de cloro ativo indicada no rótulo do hipoclorito que se tem disponível.
Notas:
1. O hipoclorito é preparado diariamente no volume necessário para o trabalho.
2. Cuidados a serem tomados na desinfecção por meio químico líquido:
• utilizar os EPI;
• garantir farta ventilação do local;
• imergir os materiais na solução, evitando a formação de bolhas de ar;
• observar o tempo correto de exposição ao produto;
• manter os recipientes tampados;
• enxaguar os materiais submetidos a estes produtos várias vezes para eliminar os resíduos do
produto utilizado. Evitar recipientes de múltiplo uso;
• secar e acondicionar o material em recipiente ou invólucro adequado.
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Esterilização
É o processo de destruição ou eliminação total de todos os microrganismos na forma vegetativa e
esporulada através de agentes físicos ou químicos.
Os meios químicos compreendem os germicidas que podem ser líquidos ou gasosos. Na Fiocruz
Rondônia utilizam-se os meior físicos de esterilização.
Os meios físicos são o calor, em suas formas seca e úmida, como o método mais tradicional de
esterilização. Na Fiocruz Rondônia utiliza-se apenas a esterilização por calor úmido.
Esterilização por calor úmido Autoclavação:
É um processo rápido. A esterilização é efetuada de 10 a 30 minutos, dependendo do material, a
uma temperatura de 121°C a 134°C, sob pressão.
As autoclaves são equipamentos que realizam o processo de esterilização utilizando vapor saturado,
sob pressão. São indicadas para a esterilização de materiais termorresistentes.
a) recomendações:
• os invólucros para esterilização são permeáveis ao vapor. Na Fiocruz Rondônia utiliza-se papel
madeira, mas pode ser utilizado o papel crepado, inclusive sendo este ultimo o mais recomendado.
• materiais contaminados são autoclavados por 30 minutos em temperatura de 121°C;
• materiais limpos são autoclavados por 10 a 20 minutos (dependendo da autoclave) em
temperatura de 121°C;
• antes da autoclavação do material limpo, é colocada em cada pacote uma fita adesiva
termossensível, que indica se este foi realmente exposto a altas temperaturas. Esta fita muda de cor
quando exposta à autoclavação, mas indica unicamente se a temperatura foi atingida e não o tempo
durante o qual ela foi mantida.
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b) como colocar o material dentro da autoclave para esterilização:
• os materiais são colocados folgadamente dentro da câmara para que o vapor circule livremente;
todos os materiais precisam estar acondicionados em recipientes pequenos e rasos, com aberturas
para facilitar a retirada do ar e permitir a boa penetração do calor;
• os sacos de autoclave precisam estar ligeiramente abertos para que o vapor possa penetrar no seu
conteúdo;
• o carregamento de materiais na autoclave não deve ultrapassar 2/3 da capacidade da câmara e a
distribuição destes é feita de forma a garantir a circulação do vapor. Com a câmara muito carregada
a penetração do calor será inadequada e parte da carga deixará de ser esterilizada, ou seja, a
autoclavação perde a eficiência se o vapor não atingir todos os materiais.
c) monitoramento:
• são realizados testes biológicos com Geobacillus ao término de todas as manutenções realizadas,
sejam elas preventivas ou corretivas;
• é feita a identificação visual dos pacotes com fita termossensível, para assegurar que o material
passou pelo calor;
d) outros cuidados a serem observados no uso das autoclaves:
• a câmara e as vedações da porta precisam ser inspecionadas regularmente por um técnico
qualificado;
• é indispensável manter a principal válvula de vapor fechada e esperar que a temperatura da câmara
caia abaixo de 80°C, antes de abrir a porta, a não ser que a autoclave possua um dispositivo de
segurança que impeça a abertura da porta enquanto a câmara estiver sob pressão;
• antes de abrir e descarregar a autoclave convém abrir a porta apenas alguns milímetros, deixando-
a nesta posição durante cerca de 5 minutos;
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• a pessoa que abre a autoclave precisa usar luvas e máscaras com visor para proteção de braços,
mãos, face e pescoço, mesmo que a temperatura do conteúdo da autoclave já tenha caído para 80°C;
• a responsabilidade pelo manuseio da autoclave e pelos cuidados de rotina com a mesma é confiada
a funcionários capacitados e qualificados;
• deve-se ter o cuidado de verificar se as válvulas de escape da autoclave tipo panela de pressão não
estão obstruídas por papel ou outros materiais que se encontram no meio da carga.
15. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA Uma das formas mais imediatas de identificar um risco é através da simbologia. Os colaboradores
devem estar familiarizados com a simbologia. A seguir são mostrados alguns exemplos de símbolos
associados à riscos.
O uso da sinalização de segurança visa:
- instruir e informar normas de procedimentos;
- advertir contra riscos;
- identificar as canalizações para a condução de líquidos e gases;
- identificar os equipamentos de segurança;
- delimitar áreas.
Os laboratórios devem ser devidamente sinalizados com instruções claras e objetivas, indicando as
áreas de risco, rotas de evacuação em caso de emergência, telefones de interesse, locais de
extintores de incêndio, etc. Os símbolos devem ser colocados somente nos locais onde existe o
risco. Quando a fonte desse risco for removida o símbolo deve ser retirado. Todos os trabalhadores
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devem ser instruídos sobre esses símbolos e sobre as devidas precauções que devem ser tomadas.
A NR-26 define as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes,
identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações
empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e gases e advertindo contra riscos.
Principais cores de sinalização empregadas nos laboratórios e seus significados. As placas podem
ou não vir acompanhadas de frase de significado:
Tipo de
Sinalização
Formato Exemplo Significado
Sinalização de
Emergência
Forma retangular,
fundo verde e
pictograma branco
Chuveiro de
emergência
Sinalização de
Aviso
Forma triangular,
fundo amarelo,
contorno e pictograma
pretos
Atenção: risco de
choque
Sinalização de
Obrigação
Forma circular, fundo
azul e pictograma
branco
Obrigatório lavar as
mãos
Sinalização de
Proibição
Forma circular, fundo
branco, contorno
vermelho e
Proibido comer e
beber
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pictograma preto
16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 7500:2009 -
Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos.
Rio de Janeiro, 2009. 59 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 7501:2011 - Transporte
terrestre de produtos perigosos – Terminologia. Rio de Janeiro, 2011. 17 p.
BRASIL, 2004. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Resolução da Diretoria
Colegiada – RDC No 306, de 7 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Diário Oficial da União; Poder Executivo. Brasília,
10 dez. 2004.
BRASIL, Lei No 11.105, de 24 de março de 2005. Regulamenta os incisos II, IV e V do § 1o do art.
225 da Constituição Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de
atividades que envolvam organismos geneticamente modificados – OGM e seus derivados, cria o
Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança – CTNBio, dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança – PNB, revoga a Lei
no 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisória no 2.191-9, de 23 de agosto de 2001, e os
arts. 5o, 6o, 7o, 8o, 9o, 10 e 16 da Lei no 10.814, de 15 de dezembro de 2003, e dá outras
providências. Agosto de 2012 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2005/lei/l11105.htm
BRASIL, 2006. Ministério da Ciência e Tecnologia. Comissão Técnica Nacional de Biossegurança
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Classificação SIGDA: 013.1
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– CTNBio. Resolução Normativa No 01, de 01 de junho de 2006. Dispõe sobre a instalação e o
funcionamento das Comissões Internas de Biossegurança (CIBios) e sobre os critérios e
procedimentos para requerimento, emissão, revisão, extensão, suspensão e cancelamento do
Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB).
BRASIL, 2006. Ministério da Ciência e Tecnologia. Comissão Técnica Nacional de Biossegurança
– CTNBio. Resolução Normativa No 02, de 27 de novembro de 2006. Dispõe sobre a classificação
de riscos de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e os níveis de biossegurança a serem
aplicados nas atividades e projetos com OGM e seus derivados em contenção. Agosto de 2012.
BRASIL, 2005. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente –
CONAMA. Resolução no 358, de 29 de Abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição
final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder
Executivo. Brasília, 04 mai. 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
Departamento de Ciência e Tecnologia. Classificação de risco dos agentes biológicos. Brasília:
Editora do Ministério da Saúde, 2010. 44 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
Departamento de Ciência e Tecnologia. Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com agentes
biológicos – 2. ed. - Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006. 52 p.
BRASIL, 2010. Ministério da Saúde. Portaria 3204 de 20 de outuubro de 2010. Aprova Norma
Técnica de Biossegurança para Laboratórios de Saúde Pública. Diário Oficial da União, Brasília, 20
de out. de 2010.
BRASIL, 1978. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria 3.214 de 08 de junho de 1978. Aprova
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as Normas Regulamentadoras – NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do
Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho. Diário Oficial da União, Brasília, 06 jul.
1978.
BRASIL, 2011. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 26 – Sinalização de Segurança. Portaria
SIT n.o 229, de 24 de maio de 2011. Diário Oficial da União, Poder Executivo. Brasília, 27 de maio
de 2011.
BRASIL, 2005. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria N.° 485, de 11 de novembro de 2005
Norma regulamentadora n.o 32 (Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde).
Diário Oficial da União, Brasília, 16 nov. 2005 – Seção I.
COSTA, M. A. F. Qualidade em biossegurança, Rio de Janeiro, Qualitymark, 2000. Fundação
Oswaldo Cruz. Comissão Técnica de Biossegurança (Documento interno), 2003.
GOLDIM, J.R. Conferência de Asilomar, 1997. Agosto de 2012
<http://www.ufrgs.br/HCPA/gppg/asilomar.htm
CARVALHO, P. R. de. Boas práticas químicas em biossegurança, Rio de Janeiro: Interciência,
1999.
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, Comissão Técnica de Biossegurança. Procedimentos para a
Manipulação de Microorganismos Patogênicos e/ou Recombinantes na FIOCRUZ, Rio de Janeiro:
Editora Fiocruz, 2006
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, Vice Presidência de Serviços de Referência e Ambiente. Núcleo
de Biossegurança – NUBIO. Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo
Cruz, 2003.
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BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância
Epidemiológica. Biossegurança em laboratórios biomédicos e de microbiologia – 3. ed. Brasília:
Editora do Ministério da Saúde, 2006. 290 p.
CARVALHO, P. R. de. Boas práticas químicas em biossegurança, Rio de Janeiro: Interciência,
1999.
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Classificação SIGDA: 013.1
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ANEXO A
Classificação e definição das classes de produtos perigosos
Classe 1 – EXPLOSIVOS
Classe 2 – GASES, com as seguintes subclasses:
Subclasse 2.1 – Gases inflamáveis
Subclasse 2.2 – Gases não-inflamáveis, não-tóxicos
Subclasse 2.3 – Gases tóxicos
Classe 3 – LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
Classe 4 – Esta classe se subdivide em:
Subclasse 4.1 – Sólidos inflamáveis
Subclasse 4.2 – Substâncias sujeitas a combustão espontânea
Subclasse 4.3 – Substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis
Classe 5 - Esta classe se subdivide em:
Subclasse 5.1 – Substâncias oxidantes
Subclasse 5.2 – Peróxidos orgânicos
Classe 6 - Esta classe se subdivide em:
Subclasse 6.1 – Substâncias tóxicas (venenosas)
Subclasse 6.2 – Substâncias infectantes
Classe 7 – MATERIAIS RADIOATIVOS
Classe 8 – CORROSIVOS
Classe 9 – SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS
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Classificação SIGDA: 013.1
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ANEXO B
Classificação dos agentes químicos segundo seus graus de risco
Ao manusear produtos químicos, a primeira providência é ler as instruções do rótulo, no recipiente
ou na embalagem, observando a classificação quanto ao risco à saúde (R)* que ele oferece e à
medidas de segurança para o trabalho (S)**. O significado dos códigos referentes às colunas -
RISCO- e - MEDIDAS DE SEGURANÇA - estão no final da relação.
Riscos (R) * Cuidados (S) **
GRAU DE RISCO: 1
Ácido Cítrico 36 25 - 26
Ácido Crômico 8 - 35 28
EDTA 37 22
Ácido Fosfomolíbdico 8 - 35 22 - 28
Sulfato de cobre II 22 20
Nitrato de prata 34 24 – 25 - 26
Cromato de Potássio 36 – 37 - 38 22 - 28
GRAU DE RISCO: 2
Ácido Nítrico Fumegante 8 - 35 23 – 26 - 36
Ácido Sulfamílico 20 – 21- 22 25 - 28
Amoníaco 25% 36 – 37 - 38 26
Anídrico Acético 10 - 34 26
Anidrico Carbônico 2 3 – 4 – 7- 34
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Classificação SIGDA: 013.1
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Sulfato de Cádmio 23 – 25 – 33 - 40 13 – 22 - 44
Cianeto 26 – 27 – 28 - 32 1 – 7 – 28 – 29 - 45
Formalina 23 – 24 – 25 - 43 28
Nitrogênio – gás 2 3 – 4- 7- 34
O-toluidina 20 - 21 24 - 25
Oxigênio – gás 2 – 8 - 9 3 – 4- 7 – 18 - 34
Timerosal 26 – 27 – 28 - 33 13 – 28 – 36 - 45
GRAU DE RISCO: 3
Acetato de Etila 11 16 – 23 – 29 - 33
Acetato de Butila 11 9 – 16 – 23 - 33
Acetato 11 9 – 16 – 23 - 33
Ácido Clorídrico 34 26
Ácido Fórmico 31 - 37 23 - 26
Ácido Láctico 34 26 - 28
Ácido Perclórico 5 – 8 - 35 23 – 26 - 36
Ácido Sulfúrico 35 26 - 30
Ácido Tricloroacético 35 24 – 25 - 26
Acrilamida 23 – 24 – 25 - 33 27 - 44
Álcool Etílico 11 7 - 9 – 16 – 23 - 33
Álcool Isobutílico 10 - 20 16
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Classificação SIGDA: 013.1
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Álcool Metílico 11 – 23 - 25 7 – 16 - 24
Amoníaco 10 - 23 7 – 9 – 16 - 38
Anilina 23 – 24 – 25 - 33 28 – 36 – 37 - 44
Benzeno 11 – 23 -24 -29 9 – 16 - 29
Tetracloreto de Carbono 26 – 27 – 40 38 – 45
Clorofórmio 20 24 – 25
Fenol 24 – 25 – 34 28 – 44
Nitrobenzeno 26 – 27 – 28 – 33 28 – 36 – 37 – 45
Ozônio 9 - 23 17 – 23 – 24
Dicromato de Potássio 36 – 37 – 38 – 43 22 – 28
Hidróxido de Potássio 35 26 – 37 – 39
Permangato de Potássio 8 – 20 -21 -22 23 - 42
Tolueno 11 – 20 16 – 29 – 33
Xileno 10 - 20 24 - 25
GRAU DE RISCO: 4
Acetileno 5 – 6 -12 9 – 16- 33
Ácido acético 10 - 35 23 - 26
Ácido Fluorídrico 26 – 27 – 28 - 35 7 – 9 – 26 – 36 - 37
Ácido Pícrico 2 – 4 – 23 – 24 - 25 28 – 35 – 37 - 44
Ácido Sulfídrico 13 - 26 7 – 9 – 25 - 45
Azida Sódica 28 - 32 28
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* Códigos de risco - normas "R" 01 – Risco de explosão em estado seco. 02 – Risco de explosão por choque, ficção ou outras fontes de ignição. 03 – Grave risco de explosão por choque, ficção ou outras fontes ignição. 04 – Formar compostos metálicos explosivos 05 – Perigo de explosão pela ação do calor. 06 – Perigo de explosão com ou sem contato com o ar. 07 – Pode provocar incêndios. 08 – Perigo de fogo em contato com substâncias combustíveis. 09 – perigo de explosão em contato com subst6ancias combustíveis. 10 – Inflamável. 11 – Muito inflamável. 12 – Extremamente inflamável. 13 – Gás extremamente inflamável. 14 – Reage violentamente com a água. 15 – Reage com a água produzindo gases muito inflamáveis. 16 – Risco de explosão em misturas com substâncias oxidantes. 17 – Inflama-se espontaneamente ao ar. 18 – Pode formar misturas vaporar explosivas. 19 – Pode formar peróxidos explosivos. 20 – Nocivo por inalação. 21 – Nocivo em contato com a pele. 22 – Nocivo por ingestão. 23 – Tóxico por inalação. 24 – Tóxico em contato com a pele. 25 – Tóxico por ingestão. 26 – Muito tóxico por inalação. 27 – Muito tóxico em contato com a pele. 28 – Muito tóxico por ingestão. 29 – Libera gases tóxicos em contato com a água. 30 – Pode inflamar-se durante o uso. 31 – Libera gases tóxicos em contato com ácidos. 32 – Libera gases muito tóxicos em contato com ácidos. 33 – Perigo de efeitos cumulativos. 34 – Provoca queimaduras.
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35 – Provoca graves queimaduras. 36 – Irrita os olhos. 37 – Irrita o sistema respiratório. 38 – Irrita a pele. 39 – Risco de efeitos irreversíveis. 40 – Probabilidade de efeitos irreversíveis. 41 – Risco de grave lesão aos olhos. 42 – Probabilidade de sensibilização por inalação. 43 – Probabilidade de sensibilização por contato com a pele. 44 – Risco de explosão por aquecimento em ambiente fechado. 45 – Pode provocar câncer. 46 – Pode provocar dano genético hereditário. 47 – Pode provocar efeitos teratogênicos. 48 – Risco de sério dano à saúde pôr exposição prolongada. ** Códigos de medidas de segurança - normas "S" 01 – Manter fechado. 02 – Manter fora do alcance das crianças e pessoas leigas 03 – Manter em local fresco. 04 – Guardar fora de locais habitados. 05 – Manter em... (líquido inerte especificado pelo fabricante) 06 – Manter em... (gás inerte especificado pelo fabricante) 07 – Manter o recipiente bem fechado. 08 – Manter o recipiente em local seco. 09 – Manter o recipiente em local ventilado. 10 – Manter o produto em estado úmido. 11 – Evitar contato com o ar. 12 – Não fechar hermeticamente o recipiente. 13 – Manter afastado de alimentos. 14 – Manter afastado de... (substâncias incompatíveis) 15 – Manter afastado do calor. 16 – Manter afastado de fontes de ignição. 17 – Manter afastado de materiais combustíveis. 18 – Manipular o recipiente com cuidado. 19 – Não comer nem beber durante a manipulação. 20 – Evitar contato com alimentos. 21 – Não fumar durante a manipulação.
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22 – Evitar respirar o pó. 23 – Evitar respirar os vapores. 24 – Evitar contato com a pele. 25 – Evitar contato com os olhos. 26 – Evitar contato com os olhos, lavar com bastante água. 27 – Tirar imediatamente a roupa contaminada. 28 – Em caso de contato com a pele, lavar com... (especificado pelo fabricante) 29 – Não descartar resíduos na pia. 30 – Nunca verter água sobre o produto. 31 – Manter afastado de materiais explosivos. 32 – Manter afastado de ácidos e Não descartar na pia. 33 – Evitar a acumulação de cargas eletrostáticas. 34 – Evitar choque e fricção. 35 – Tomar cuidados para o descarte. 36 – Usar roupas de proteção durante a manipulação. 37 – Usar luvas de proteção apropriadas. 38 – Usar equipamento de respiração adequado. 39 – Proteger os olhos e rosto. 40 – Limpar corretamente os pisos e objetos contaminados. 41 – Em caso de incêndio ou explosão, não respirar os fumos. 42 – Usar equipamento de respiração adequado (fumigações). 43 – Usar o extintor correto em caso de incêndio. 44 – Em caso de mal-estar, procurar um médico. 45 – Em caso de acidente, procurar um médico. 46 – Em caso de ingestão, procurar imediatamente um médico, levando consigo o rótulo do frasco ou a descrição do conteúdo. 47 – Não ultrapassar a temperatura especificada. 48 – Manter úmido com o produto especificado pelo fabricante. 49 – Não passar para outro frasco. 50 – Não misturar com... (especificado pelo fabricante). 51 – Usar em áreas ventiladas. 52 – Não recomendável para uso interior em áreas de grande superfície.
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ANEXO C LISTA DE SUBSTÂNCIAS INCOMPATÍVEIS
SUBSTÂNCIA INCOMPATÍVEL COM : (Não devem ser armazenadas ou misturadas com)
Acetona Ácido nítrico (concentrado); Ácido sulfúrico (concentrado); Peróxido de hidrogênio
Acetonitrila Oxidantes, ácidos Ácido Acético Ácido crômico; Ácido nítrico; Ácido perclórico; Peróxido de
hidrogênio; Permanganatos
Ácido clorídrico Metais mais comuns; Aminas; Óxidos metálicos; Anidrido acético; Acetato de vinila; Sulfato de mercúrio; Fosfato de cálcio; Formaldeído; Carbonatos; Bases fortes; Ácido sulfúrico; Ácido clorossulfônico
Ácido clorossulfônico Materiais orgânicos; Água; Metais na forma de pó
Ácido crômico Ácido acético; Naftaleno; Cânfora; Glicerina; Alcoóis ; Papel
Ácido fluorídrico (anidro) Amônia (anidra ou aquosa); Ácido nítrico (concentrado)
Ácido acético; Acetona; Alcoóis; Anilina; Ácido crômico;
Ácido oxálico Prata e seus sais; Mercúrio e seus sais; Peróxidos orgânicos;
Ácido perclórico Anidrido acético; Alcoóis; Papel; Madeira; Ácido sulfúrico Cloratos; Percloratos; Permanganatos; Peróxidos orgânicos;
Metais alcalinos e alcalino- terrosos (como o sódio, potássio, lítio, magnésio, cálcio)
Dióxido de carbono; Tetracloreto de carbono e outros hidrocarbonetos clorados; Quaisquer ácidos livres; Quaisquer halogênios; Aldeídos; Cetonas; NÃO USAR ÁGUA, ESPUMA, NEM EXTINTORES DE PÓ QUÍMICO EM INCÊNDIO QUE ENVOLVAM ESTES METAIS. USAR AREIA SECA.
Álcool amílico, etílico e metílico
Ácido clorídrico; Ácido fluorídrico; Ácido fosfórico;
Álquil alumínio Hidrocarbonetos halogenados; Água; Amideto de sódio Ar; Água;
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Amônia anidra Mercúrio; Cloro; Hipoclorito de cálcio; odo,Bromo,Ácido fluorídrico, Prata;
Anidrido acético Ácido crômico; Ácido nítrico; Ácido perclórico; Compostos hidroxilados; Etileno glicol; Peróxidos; Permanganatos; Soda cáustica; Potassa cáustica; Aminas;
Anidrido maleico Hidróxido de sódio; Piridina e outras aminas terciárias;
Anilina Ácido nítrico; Peróxido de hidrogênio; Azidas Ácidos; Benzeno Ácido clorídrico; Ácido fluorídrico; Ácido fosfórico; Ácido nítrico
concentrado; Peróxidos; Bromo Amoníaco; Acetileno; Butadieno; Butano; Metano; Propano;
Outros gases derivados do petróleo; Carbonato de sódio; Benzeno; Metais na forma de pó; Hidrogênio;
Carvão ativo Hipoclorito de cálcio; Todos os agentes oxidantes;
Cianetos Ácidos; Cloratos Sais de amônio; Ácidos; Metais na forma de pó; Enxofre;
Materiais orgânicos combustíveis finamente -divididos; Cloreto de mercúrio Ácidos fortes; Amoníaco; Carbonatos; Sais metálicos; Álcalis
fosfatados; Sulfitos; Sulfatos; Bromo; Antimônio;
Cloro Amoníaco; Acetileno; Butadieno; Butano; Propano; Metano; Outros gases derivados do petróleo; Hidrogênio; Carbonato de sódio; Benzeno; Metais na forma de pó;
Clorofórmio Bases fortes; Metais alcalinos; Alumínio; Magnésio; Agentes oxidantes fortes;
Cobre metálico Acetileno; Peróxido de hidrogênio; Azidas Éter etílico Acido clorídrico; Ácido fluorídrico; Ácido sulfúrico; Ácido
fosfórico;
Fenol Hidróxido de sódio; Hidróxido de potássio; Compostos halogenados; Aldeídos;
Ferrocianeto de potássio Ácidos fortes; Flúor Isolar de tudo; Formaldeído Ácidos inorgânicos; Fósforo (branco) Ar; Álcalis; Agentes redutores; Oxigênio;
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Hidrazina Peróxido de hidrogênio; Ácido nítrico; Qualquer outro oxidante;
Hidretos Água; Ar; Dióxido de carbono; Hidrocarbonetos clorados;
Hidrocarbonetos (como o benzeno, butano, propano, gasolina, etc.)
Flúor; Cloro; Bromo; Ácido crômico; Peróxidos;
Hidróxido de amônio Ácidos fortes; Metais alcalinos; Agentes oxidantes fortes; Bromo; Cloro; Alumínio; Cobre; Bronze; Latão; Mercúrio;
Hidroxilamina Óxido de bário; Dióxido de chumbo; Pentacloreto e tricloreto de fósforo; Zinco; Dicromato de potássio;
Hipocloritos Ácidos; Carvão ativado Hipoclorito de sódio Fenol; Glicerina; Nitrometano; Óxido de ferro; Amoníaco; Carvão
ativado Iodo Acetileno; Hidrogênio; Líquidos Inflamáveis Nitrato de amônio; Ácido crômico; Peróxido de hidrogênio; Ácido
nítrico; Peróxido de sódio; Halogênios;
Mercúrio Acetileno; Ácido fulmínico (produzido em misturas etanol--ácido nítrico); Amônia; Ácido oxálico;
Nitratos Ácidos; Metais na forma de pó: Líquidos inflamáveis; Cloratos; Enxofre; Materiais orgânicos ou combustíveis finamente divididos; Ácido sulfúrico;
Oxalato de amônio Ácidos fortes; Óxido de etileno Ácidos; Bases; Cobre; Perclorato de magnésio; Óxido de sódio Água; Qualquer ácido livre; Pentóxido de fósforo Alcoóis; Bases fortes; Água; Percloratos Ácidos; Perclorato de potássio Ácidos; Ver também em ácido perclórico e cloratos;
Permanganato de potássio Glicerina; Etileno glicol; Benzaldeído; Qualquer ácido livre; Ácido sulfúrico;
Peróxidos (orgânicos) Ácidos (orgânicos ou minerais); Evitar fricção; Armazenar a baixa temperatura;
Peróxido de benzoíla Clorofórmio; Materiais orgânicos; Peróxido de hidrogênio Cobre; Crômio; Ferro; Maioria dos metais e seus sais; Materiais
combustíveis; Materiais orgânicos; Qualquer líquido inflamável; Anilina; Nitrometano; Alcoóis; Acetona;
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Peróxido de sódio Qualquer substância oxidável, como etanol, metanol, ácido acético glaciar, anidrido acético, benzaldeído, dissulfito de carbono, glicerina, etileno glicol, acetato de etíla, acetato de metila, furfural, álcool etílico, álcool metílico;
Potássio Tetracloreto de carbono; Dióxido de carbono; Água;
Prata e seus sais Acetileno; Ácido oxálico; Ácido tartárico; Ácido fulmínico; Compostos de amônio;
Sódio Tetracloreto de carbono; Dióxido de carbono; Água; Ver também em metais alcalinos;
Sulfetos Ácidos; Sulfeto de hidrogênio Ácido nítrico fumegante; Gases oxidantes; Teluretos Agentes redutores; Tetracloreto de carbono Sódio; Zinco Enxofre; Zircônio Água; Tetracloreto de carbono; Não usar espuma ou extintor de pó
químico em fogos que envolvam este elemento;