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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS PARA UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS ANTI-RETROVIRAIS DO ESTADO DE MINAS GERAIS 2008

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Page 1: MANUAL DE BOAS PRÁTICAS PARA UNIDADES · visando o acesso e o uso racional de medicamentos, de forma integrada com as demais ações de saúde, de acordo com os princípios do SUS

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS PARA UNIDADES

DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS ANTI-RETROVIRAIS

DO ESTADO DE MINAS GERAIS

2008

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE

SUBSECRETARIA DE POLÍTICAS E AÇÕES DE SAÚDESUPERINTENDÊNCIA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICAGERÊNCIA DE MEDICAMENTOS ESTRATÉGICOS

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDECOORDENAÇÃO ESTADUAL DE DST/AIDS

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Manual de boas práticas para unidades

dispensadoras de MedicaMentos anti-retrovirais do

estado de Minas Gerais

2008

Governo do estado de Minas Gerais

secretaria de estado de saÚde

SUBSECRETARIA DE POLÍTICAS E AÇÕES DE SAÚDE

SUPERINTENDÊNCIA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

GERÊNCIA DE MEDICAMENTOS ESTRATÉGICOS

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

COORDENAÇÃO ESTADUAL DE DST/AIDS

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É permitida a reprodução parcial, desde que citada a fonte

Governador do Estado de Minas GeraisAécio Neves da Cunha

Secretário de Estado de Saúde de Minas GeraisMarcus Vinícius Caetano Pestana da Silva

Secretário AdjuntoAntônio Jorge de Souza Marques

Subsecretária de Políticas e Ações de SaúdeHelidéa de Oliveira Lima

Superintendente de Assistência FarmacêuticaAugusto Afonso Guerra Júnior

Gerente de Medicamentos EstratégicosRenata Cristina Resende Macedo

Subsecretaria de Vigilância em SaúdeLuiz Felipe Almeida Caram Guimarães

Coordenação Estadual DST/AidsAdélia Maria Batista de Souza

Secretaria de Estado da Saúde de Minas GeraisSuperintendência de Assistência FarmacêuticaGerência de Medicamentos Estratégicos

Rua Sapucaí, 429, 5° andar, Bairro FlorestaBelo Horizonte - MG, Cep. 30.150-050Telefone: 31 3247 3980/3981Telefax: 31 3247 [email protected]

Projeto Gráfico, diagramação e impressão

Autêntica Editora LTDA.

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coMissÃo tÉcnica

Nanci Bernardo PintoPatrícia Almeida de Andrade RodriguesRenata Cristina Rezende MacedoSílvia Inácio Pinto CostaTânia Azevedo AnacletoValéria Munaier e Silva

Anderson Ferreira BrandãoAndreza PereiraDiana Mara de Souza CarvalhoFlávia Martins Santos CruzJosé Amarante JúniorJoana Batista Faria CostaMarcos Luiz de Carvalho

coMissÃo de revisÃo do Manual

Flávia Avelar de OliveiraEstagiária de Farmácia da Gerência de Medicamentos Estratégicos (GMEST)

Larissa Ferreira GiacominiEstagiária de Farmácia da UDM Hospital da Baleia

Marcos Luiz de CarvalhoFarmacêutico da UDM Ponte Nova

Maria Laura Dias Alves e SilvaFarmacêutica da GMEST – SES/MG

Patrícia Almeida de Andrade RodriguesFarmacêutica Referência Técnica em DST/Aids da GMEST – SES-MG

Renata Cristina Rezende MacedoGerente de Medicamentos Estratégicos da Superintendência de AF – SES-MG

Rosane Augusta LucindoFarmacêutica UDM Hospital Eduardo de Menezes

Valéria Munaier e SilvaFarmacêutica UDM Sete Lagoas

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Premissa do Governo de EstadoTornar Minas Gerais o melhor Estado para se viver.

Missão da Superintendência de Assistência FarmacêuticaFormular, desenvolver e coordenar a política estadual de assistência farmacêutica,

visando o acesso e o uso racional de medicamentos, de forma integrada com as demais ações de saúde, de acordo com os princípios do SUS e as necessidades da população.

Visão da Superintendência de Assistência FarmacêuticaSer identificada pela confiabilidade e humanização na condução de ações efetivas e

eficientes na gestão pública da assistência farmacêutica.

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suMário

LISTA DE ABREVIATURAS ........................................................................................................... 07

LISTA DE FIGURAS, TABELAS E QUADROS ................................................................................ 07

1 APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................... 09

2 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 11

3 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA ÀS PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS EM MINAS GERAIS ............................................................................. 13

3.1 Localização das UDM .......................................................................................................... 13 3.2 Infra-estrutura ..................................................................................................................... 14 3.3 Recursos humanos .............................................................................................................. 14 3.4 Número de pacientes que utilizam medicamentos anti-retrovirais ............................... 15

4 ATIVIDADE DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA .......................................................................... 17 4.1 Ciclo da Assistência Farmacêutica ..................................................................................... 17

4.1.1 Seleção de medicamentos ..............................................................................................................................17 4.1.2 Programação ........................................................................................................................................................18 4.1.3 Aquisição ...............................................................................................................................................................18 4.1.4 Armazenamento e/ ou Conservação...........................................................................................................18 a) Recebimento ...........................................................................................................................................18 b) Orientações gerais para o armazenamento de medicamentos ...........................................19 c) Armazenamento de medicamentos Termolábeis ......................................................................21 d) Controle de estoque e validade .......................................................................................................21 4.1.5 Distribuição .................................................................................................................................................22 a) Requisição ...............................................................................................................................................23 b) Transporte ...............................................................................................................................................23 4.1.6 Dispensação ................................................................................................................................................24 4.1.6.1 Cadastramento .......................................................................................................................................24 4.1.6.2 Dispensação – Normas Gerais ...........................................................................................................25 4.1.6.3 Dispensação para Gestantes .............................................................................................................27 4.1.6.4 Dispensação de Medicamentos para Crianças ...........................................................................29 4.1.6.5 Projeto Nascer .........................................................................................................................................30 4.1.6.6 Exposição Ocupacional .......................................................................................................................31 4.1.6.7 Exposição Não-Ocupacional (violência sexual, compartilhamento de seringa) ............32

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4.1.6.8 Atendimento a Usuários Internados ..............................................................................................32 4.1.6.9 Transferências..........................................................................................................................................33 4.1.6.10 Registro de Óbitos ..............................................................................................................................33

5 RESÍDUOS QUÍMICOS GERADOS ............................................................................................... 35

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................ 37

7 ANEXOS ...................................................................................................................................... 39Anexo 1 - Lista das UDM de Minas Gerais ............................................................................... 39Anexo 2 - Formulário para registro de temperatura .............................................................. 42Anexo 3 - Formulário de remanejamento de medicamentos ................................................ 43Anexo 4 – Formulário registro de dispensa ............................................................................ 44

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lista de abreviaturas

Aids Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

ARV Medicamentos Anti-retrovirais

ASC Área de Superfície Corporal

CE DSTAids – MG Coordenação Estadual de DST/Aids de Minas Gerais

CIB Comissão Intergestores Bipartite

DST Doenças Sexualmente Transmissíveis

GRS Gerência Regional de Saúde

HIV Vírus da Imunodeficiência Humana

IO Infecções Oportunistas

PGRSS Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde

PNDST/Aids Programa Nacional DST/Aids

PVHA Pessoas vivendo com HIV e Aids

RN Recém-Nascido

SES-MG Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais

SICLOM Sistema de Controle Logístico de Medicamentos

SISCEL Sistema de Controle de Exames Laboratoriais

SUS Sistema Único de Saúde

UDM Unidades Dispensadoras de Medicamentos

lista de FiGuras, tabelas e Quadros

Figura 1 Ciclo da Assistência Farmacêutica 14

Figura 2 Fluxograma de distribuição dos anti-retrovirais em Minas Gerais 22

Figura 3 Fluxograma para liberação mensal dos medicamentos anti-retrovirais

em Minas Gerais 22

Tabela 1 Escalas de temperatura 17

Quadro 1 Indicativos de possíveis alterações na estabilidade de medicamentos 19

Quadro 2 Profilaxia da transmissão vertical do HIV 29

Quadro 3 Esquema posológico da Zidovudina no recém-nacido 30

Quadro 4 Esquema recomendado para profilaxia do HIV da exposição

ocupacional e não ocupacional 34

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8 Manual de boas práticas para Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-Retrovirais do Estado de Minas Gerais

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91 APRESENTAÇÃO

1 apresentaÇÃo

A Política de acesso universal ao tratamento da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) tem garantido, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), acesso e gratuidade, bem como importante redução da mortalidade e da manifestação de doenças oportunistas em pessoas vivendo com HIV e Aids (PVHA). Entretanto, o impacto do acesso universal ao tratamento ainda não é equânime no âmbito do SUS. A assistência ao portador do HIV/Aids requer trabalho multidisciplinar, com desenvolvimento de ações voltadas para a adesão ao tratamento e o manejo de toxicidade das drogas, importantes barreiras ao sucesso prolongado da terapia.

A vasta extensão territorial do Estado, associada ao crescente cadastramento de unidades, tem repre-sentado fator limitante para a interação entre os profissionais de saúde e o estabelecimento de fluxos e condutas padronizados. Objetivando discutir e normatizar as atividades farmacêuticas nestas unidades, foi instituída, em junho de 2005, uma comissão estadual composta de treze farmacêuticos para elaborar um documento de diretrizes técnicas. Lançado em dezembro de 2006, o “Manual de Boas Práticas para Unidades Dispensadoras de ARV do Estado de Minas Gerais”, pioneiro no país, tornou-se um documento referência, utilizado por todas as Unidades Dispensadoras do Estado.

O Programa Nacional DST/Aids tem buscado fortalecer a resposta nacional à epidemia, balizado nos princípios do SUS e considerando o perfil crônico-degenerativo assumido pela doença. Neste contexto, o Comitê Assessor para Terapia Anti-retroviral de Adultos e Adolescentes elaborou, em 2007, um protocolo mais integral e renovado, preparando o sistema de saúde para a segunda década de acesso universal ao tratamento anti-retroviral.

Neste contexto, a Superintendência de Assistência Farmacêutica em conjunto com a Coordenação Estadual DST/Aids apresenta aos profissionais das UDM um instrumento atual que normatiza e orienta ações e procedimentos relacionados à Assistência Farmacêutica no Estado. Revisado por uma comissão de farmacêuticos, este manual contribuirá para a qualidade do serviço prestado às PVHA em Minas Gerais.

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113 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA ÀS PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS EM MINAS GERAIS

2 introduÇÃo

Desde 1996, ano da publicação da Lei 9.313, o Ministério da Saúde garante o tratamento com anti-retrovirais a todos os portadores de HIV que se enquadram nas recomendações terapêuticas vigentes no Brasil. Estas recomendações terapêuticas são revisadas e atualizadas sempre que surgem novas drogas ou que as evidências demonstram necessidade de mudança no manejo das mesmas.

Os serviços de dispensação de medicamentos anti-retrovirais são prestados pelas Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDM), as quais integram a Rede Estadual de Assistência Farmacêutica -Rede Farmácia de Minas. Atualmente, Minas possui cinquenta e cinco farmácias cadastradas pelo Ministério da Saúde como UDM. O controle e fornecimento dos medicamentos para estas Unidades são realizados pela Gerência de Me-dicamentos Estratégicos/Superintendência de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Estado de Saúde.

Estabelecer recomendações técnicas consensuais para utilização de medicamentos anti-retrovirais é uma importante estratégia da Política de Medicamentos de Aids do Ministério da Saúde. Um dos princi-pais objetivos da elaboração do documento de “Recomendações para Terapia Anti-Retroviral” é facilitar a logística de programação, aquisição, distribuição, dispensação e controle dos medicamentos, de forma a garantir que não haja interrupção do tratamento.

Outra estratégia do Programa Nacional de DST/Aids é a utilização do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos – SICLOM. Este Sistema foi desenvolvido com o objetivo de gerenciar a logística dos ARV, ampliando a capacidade de planejamento e aprimorando a qualidade das informações geradas nas UDM, a fim de possibilitar o desenvolvimento de ações para promover a adesão à terapia.

Este Manual foi elaborado pela Gerência de Medicamentos Estratégicos em parceria com as UDM, visando normatizar e uniformizar ações e procedimentos relacionados à Assistência Farmacêutica nas Unidades Dispensadoras. A elaboração conjunta do documento favoreceu a integração dos profissionais e a atualização das condutas e fluxos nas Farmácias do Estado.

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12 Manual de boas práticas para Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-Retrovirais do Estado de Minas Gerais

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133 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA ÀS PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS EM MINAS GERAIS12 Manual de boas práticas para Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-Retrovirais do Estado de Minas Gerais

3 assistÊncia FarMacÊutica Às pessoas vivendo coM Hiv/aids eM Minas Gerais

A Assistência Farmacêutica é uma atividade multidisciplinar. A produção de conhecimento é considerada estratégica para seu desenvolvimento, bem como a capacitação dos recursos humanos e melhoria dos serviços. Exige articulação permanente com áreas técnicas, administrativo-financeiras, coordenações de programas estratégicos de saúde, Conselhos de Saúde, universidades, profissionais de saúde, entre outros segmentos da sociedade, para melhor execução, divulgação e apoio às suas ações (BRASIL, 2006).

No que tange à qualidade e a eficiência do gerenciamento da AF, estas estão condicionadas ao proces-so de trabalho, aos recursos humanos e à utilização adequada dos medicamentos. A qualidade é a base de qualquer processo de trabalho e engloba conhecimentos que conduzam à sua garantia, visando à redução de perdas e custos, adequação de serviços e maximização de resultados (BRASIL, 2001).

Entendendo que o acesso a medicamentos é parte determinante para a efetivação da premissa de governo: “Minas, o melhor lugar para se viver” e reconhecendo a necessidade de reorientação das atividades de Assistência Farmacêutica, o Governo de Minas, no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde, promoveu a evolução institucional da antiga Gerência de Assistência Farmacêutica à Superintendência de Assistên-cia Farmacêutica. A Superintendência, por meio da Gerência de Medicamentos Estratégicos, assumiu a responsabilidade pela gestão dos medicamentos anti-retrovirias (ARV) em janeiro de 2008, realizando o controle e distribuição dos ARV às Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDM) no Estado. A relação dos serviços de Assistência Farmacêutica em DST Aids de Minas Gerais está apresentada no Anexo 1. Atu-almente, 13.000 pessoas recebem medicamentos anti-retrovirais nas UDM de Minas Gerais.

Considerando a necessidade de estabelecer parâmetros, visando garantir serviços de assistência farmacêutica qualificados às pessoas vivendo com HIV/Aids, o estado de Minas Gerais publicou a Resolu-ção SES/MG nº 1539/2008, pactuada pela Deliberação Comissão Intergestores Bipartite (CIB)-SUS/MG nº 466, em 17 de julho de 2008. Por meio dessa Resolução, foram aprovados requisitos para implantação e adequação dos serviços de dispensação de medicamentos ARV, estabelecendo critérios de localização, infra-estrutura, recursos humanos e número mínimo de usuários de ARV.

3.1 Localização das UDM

O ambiente destinado à UDM deve ser exclusivo para desenvolver as atividades relacionadas à assistên-cia farmacêutica. O acesso deve ser fácil, considerando malha viária e distribuição populacional e garantir, obrigatoriamente, o acesso de usuários com necessidades especiais, sendo localizada preferencialmente no piso térreo. A UDM deve ser independente, de forma a não permitir a comunicação com qualquer outro local distinto do estabelecimento no qual está inserida e deverá possuir circulação interna restrita aos funcionários da farmácia.

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14 Manual de boas práticas para Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-Retrovirais do Estado de Minas Gerais

3.2 Infra-estrutura

A construção de uma nova UDM ou adequações de área física deve observar o padrão da “Planta de Farmácia da Rede Farmácia de Minas”, constante no Anexo I da Resolução SES nº 1416, de 21 de fevereiro de 2008, disponível no sítio eletrônico www.saude.mg.gov.br.

As instalações devem possuir superfícies (piso, teto e paredes) lisas e impermeáveis, de fácil lavagem e sem rachaduras. As condições de ventilação e iluminação devem ser adequadas às atividades desenvol-vidas e a temperatura ideal para armazenamento adequado dos medicamentos. O ambiente de armaze-namento deve ser protegido da incidência direta da luz solar e contra a entrada de roedores e insetos, com proteção nas janelas. As instalações elétricas devem ser mantidas bem conservadas, em boas condições de segurança, evitando-se ligar dois aparelhos em um mesmo ponto elétrico.

A UDM deve dispor das seguintes áreas distintas: sala de espera; área de atendimento; sala para atendimento farmacêutico individualizado, almoxarifado, área para a guarda dos pertences dos funcio-nários, sanitário de fácil acesso para funcionários, sanitário para usuários e local ou sistema de segregação devidamente identificado.

Os equipamentos e mobiliários deverão ser disponibilizados em quantidade proporcional à demanda atendida, utilizando como base a “Lista de equipamentos da Farmácia”, constante no Anexo II da Resolução SES nº 1416, de 2008, sendo que, para a adequada utilização do SICLOM, é fundamental a disponibilidade dos seguintes itens:

computadores em número suficiente para atender à demanda de usuários, com acesso • ao SICLOM ou outro sistema informatizado preconizado pelo PNDST/ Aids em todas as máquinas;

telefone com linha externa;•

internet banda larga;•

impressora;•

aparelho de fax.•

3.3 Recursos humanos

Para o adequado desempenho das atividades de Assistência Farmacêutica nas UDM- Anti-retrovirais são indispensáveis os seguintes profissionais:

a) Farmacêutico, presente durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento. Os farma-cêuticos devem ser treinados antes do início de suas atividades tendo como referência a Superintendência de Assistência Farmacêutica/Gerência de Medicamentos Estratégicos e a Comissão de Farmacêuticos Dispensadores de ARV de Minas Gerais. O profissional habilitado deverá treinar toda equipe da Farmácia. Além disto, todos os farmacêuticos deverão manter-se atualizados, participando de congressos, cursos, simpósios, dentre outros. Está previsto, na Convenção Coletiva de Trabalho, o abono de faltas para partici-pação em congressos, cursos, etc, desde que o empregador seja avisado com antecedência de 72(setenta e duas) horas.

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154 ATIVIDADE DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Dentre as atividades exercidas pelo profissional farmacêutico na UDM destacam-se:

Conhecer, interpretar e estabelecer condições para o cumprimento da legislação pertinente;•

Avaliar (sempre que possível) a prescrição médica antes da dispensação dos medicamentos;•

Assegurar condições adequadas de conservação e dispensação dos medicamentos;•

Manter o SICLOM em pleno funcionamento;•

Participar de estudos de farmacovigilância com base em análise de reações adversas e interações • medicamentosas;

Ser responsável pela gestão de estoque dos medicamentos visando evitar perdas e desabas-• tecimento;

Orientar os usuários quanto à importância do uso correto dos medicamentos, as possíveis reações • adversas e interações medicamentosas;

Ser responsável pelo cadastramento dos usuários, geração de mapas, boletins e relatórios • mensais;

Fica a critério do farmacêutico delegar funções aos funcionários de acordo com as habilidades • de cada um.

b) Auxiliares de farmácia, com conhecimentos de informática, capacitados e treinados para atendi-mento e orientações aos usuários, presentes durante todo o horário de funcionamento. Entende-se por auxiliar de farmácia o profissional de, no mínimo, nível médio, devidamente treinado e qualificado para atividades de assistência farmacêutica, que trabalha sob supervisão do profissional farmacêutico;

c) Equipe de apoio e limpeza suficiente para atender às dimensões do local.

Todos os funcionários devem usar jalecos ou uniformes de cor clara, limpos e em boas condições de uso.

3.4 Número de pacientes que utilizam medicamentos anti-retrovirais

Somente será autorizada a implantação de uma nova UDM em municípios que possuam, no mínimo, 50 (cinqüenta) usuários de anti-retrovirais residentes no município solicitante e cadastrados em outra UDM do Estado de Minas Gerais. Números inferiores ao recomendado serão avaliados individualmente, mediante justificativa aprovada pela Superintendência de Assistência Farmacêutica/SAF em conjunto com a Coordenação Estadual DST/Aids e apreciada pelo PN-DST/Aids.

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174 ATIVIDADE DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

4 atividades da assistÊncia FarMacÊutica

A Assistência Farmacêutica é um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da quali-dade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população (BRASIL, 2006).

4.1 Ciclo da Assistência Farmacêutica

Figura 1 – Ciclo da Assistência Farmacêutica

4.1.1 Seleção de medicamentos

A seleção é um processo de escolha de medicamentos seguros, eficazes e custo-efetivos, baseada em cri-térios epidemiológicos, técnicos e econômicos, com a finalidade de racionalizar seu uso, harmonizar condutas terapêuticas, direcionar o processo de aquisição, produção e políticas farmacêuticas (BRASIL, 2006).

Seleção

Uso racional

PrescriçãoProdução

Política de Medicamentos

Política de Saúde

InformaçãoGerenciamento

Controle

Programação

Aquisição

Dispensação

Distribuição

Armazenamento

16 Manual de boas práticas para Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-Retrovirais do Estado de Minas Gerais

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18 Manual de boas práticas para Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-Retrovirais do Estado de Minas Gerais

A seleção dos ARV disponibilizados no país é realizada pelo Programa Nacional de DST e Aids, confor-me recomendações do Comitê Assessor para Terapia Anti-retroviral em Adultos e Adolescentes Infectados pelo HIV e Comitê Assessor para Terapia Anti-retroviral em Crianças Infectadas pelo HIV, após aprovação do Ministério da Saúde.

Os medicamentos para tratamento de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e infecções oportu-nistas (IO) foram selecionados conforme Deliberação CIB-SUS-MG nº12 de março de 2003.

4.1.2 Programação

“Programar medicamentos consiste em estimar quantidades a serem adquiridas, para atender determinada demanda de serviços, em um período definido de tempo, possuindo influência direta sobre o abastecimento e o acesso ao medicamento” (BRASIL, 2006).

Segundo Ofício nº 606/06 do Programa Nacional de DST/Aids, desde 3 de abril de 2006, as reposições de estoque, planejamento e programação da distribuição de medicamentos utilizam como base, exclusivamen-te, as informações contidas nos Relatórios de Medicamentos/Aids (Boletim e Mapa) digitados via Internet pelas UDM no site do Programa Nacional DST/Aids, pelo endereço www.aids.gov.br/gerencial .

4.1.3 Aquisição

“Consiste num conjunto de procedimentos pelos quais se efetiva o processo de compra dos medicamen-tos, de acordo com uma programação estabelecida, com o objetivo de suprir necessidades de medicamentos em quantidade, qualidade e menor custo-efetividade e manter a regularidade do sistema de abastecimento.” (BRASIL, 2006)

Os anti-retrovirais são adquiridos de forma centralizada pelo Ministério da Saúde e por ele disponibi-lizados aos Estados, para repasse aos serviços de assistência farmacêutica dos municípios.

Os medicamentos para tratamento das IO e DST são adquiridos pelo Estado de Minas Gerais e pelos Municípios que possuem incentivo do Plano de Ações e Metas (PAM) conforme estabelecido pela Deliberação da CIB-SUS-MG nº12 de março de 2003. Esta aquisição é realizada com recursos de contra-partida.

4.1.4 Armazenamento e/ou Conservação

“O armazenamento consiste em ordenar adequadamente os produtos em áreas apropriadas, de acordo com suas características e condições de conservação exigidas, a fim de garantir a qualidade dos mesmos”. (BRASIL, 2002)

a) RecebimentoO recebimento compreende atividades de inspeção e conferência.Os medicamentos recebidos deverão ser separados em área específica até a sua conferência (área de

recebimento). O funcionário responsável pelo recebimento deverá conferir as apresentações, dosagens, quantidades, lote e validade dos medicamentos que estão sendo entregues com o quantitativo especifi-cado na fatura, observando, visualmente, se os medicamentos estão em condições adequadas. Conferir primeiro os medicamentos que necessitam de refrigeração, armazenando-os em seguida.

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194 ATIVIDADE DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Qualquer discordância entre a fatura e os medicamentos recebidos deverá ser comunicada, por escrito, ao Almoxarifado Estadual para os devidos ajustes e/ou correções.

Não deverão ser recebidos medicamentos quebrados, com embalagens violadas ou cuja data de validade seja inferior a sessenta dias (exceções deverão ser analisadas pelo farmacêutico). Separar os me-dicamentos com validade menor para que sejam armazenados na frente e dispensados primeiro.

Não deverão ser aceitas etiquetas auto-adesivas ou similares indicando o número do lote, validade ou nome do medicamento pelo fabricante. Os medicamentos que não estiverem identificados corretamente ou fora das condições adequadas deverão ser devolvidos imediatamente. Caso a devolução imediata não seja possível, estes deverão ser guardados em área identificada e separada da dispensação.

Logo após o recebimento e conferência dos medicamentos anti-retrovirais o funcionário responsável deverá lançar no SICLOM operacional as quantidades apresentadas na fatura, por lote e validade.

b) Orientações gerais para o armazenamento de medicamentosA área de armazenamento deverá ser exclusiva para este fim. Os medicamentos devem ficar protegidos

da luz e em temperatura adequada. Tal condição deverá ser providenciada e monitorada sistematicamente, mantendo-se os devidos registros.

Os medicamentos devem ser armazenados, preferencialmente, em estantes de aço e os de controle especial, em armários de aço com chave. O armazenamento dos medicamentos deverá ser feito de acordo com as suas características:

Condições de temperatura, conforme Tabela 1.•

Medicamentos controlados (Portaria 344/98) e ARV – em armário fechado e/ou sala própria • fechada com chave.

Soros e afins – de acordo com o empilhamento permitido pelo fabricante.•

Tabela 1. Escalas de temperatura

Especificação Temperatura ºC

Refrigeração De 2 a 8 graus

Local fresco De 8 a 15 graus

Temperatura ambiente De 15 a 30 graus

Temperatura quente Acima de 30 graus

Os medicamentos não deverão ser armazenados diretamente no chão, encostados nas paredes e teto, nem em local que receba luz solar direta. As caixas deverão ser armazenadas em estrados (palletes) com altura mínima de 15 cm, dispostos de maneira a facilitar a limpeza e a circulação de pessoas.

A limpeza do chão deve ser realizada com pano úmido diariamente. A limpeza das prateleiras e ar-mários deve ser mensal, com pano úmido ou água e sabão.

Os medicamentos com as mesmas apresentações e diferentes datas ou lotes de fabricação, devem ser armazenados separadamente. Os lotes com datas de fabricação mais antigas devem ficar na frente para que sejam dispensados primeiro.

No armazenamento deverá ser observado o correto posicionamento das caixas, segundo as setas

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indicativas impressas nas embalagens. As pilhas devem ser feitas em sistema de amarração, obedecendo às recomendações do fabricante e devem manter uma distância entre elas para uma boa circulação de ar.

O armazenamento deve obedecer aos seguintes critérios:

1 Ordem alfabética

2 Nome genérico

3 Forma farmacêutica

4 Alerta para embalagens similares

O armazenamento deve permitir a fácil visualização para a perfeita identificação dos medicamentos quanto ao nome do produto, número de lote e prazo de validade. O local de armazenamento dos medica-mentos na prateleira deve ser identificado por uma etiqueta contendo o nome genérico, a sigla correspon-dente (ex: AZT, 3TC), a dosagem ou concentração e o grupo farmacológico a que pertence. As embalagens que apresentarem manchas ou deformidades deverão ser separadas e avaliadas pelo farmacêutico.

Os medicamentos que tiverem validade curta (até 2 meses) deverão ser identificados com a data do seu vencimento. Os medicamentos vencidos, deteriorados, com desvio de qualidade devem ser identifi-cados e guardados em área separada do armazenamento, para posterior destino final conforme Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) municipal.

Os medicamentos não devem ser armazenados no mesmo local de outros materiais, principalmente produtos de limpeza, inseticidas, reagentes de laboratório e produtos inflamáveis.

Ampolas, vidros e demais materiais passíveis de quebra devem ser guardados com a máxima cautela, em lugar seguro, a fim de evitar acidentes.

As temperaturas ambiente e de geladeira deverão ser medidas diariamente com termômetro de máxima e mínima, no início da manhã e final da tarde, mantendo-se registro mensal em formulário próprio e distinto. Modelo de formulário para registro de temperatura está apresentado no anexo 2.

Os medicamentos não deverão ser armazenados próximos a goteiras, pia ou banheiro, a paredes com umidade e mofo, pois a umidade causa danos às embalagens e aos medicamentos.

O local de armazenamento deve receber iluminação adequada de modo a não ser excessiva ou defi-ciente. Recomenda-se o uso de luz fria.

Os locais devem ser frescos e bem ventilados. No entanto, as janelas devem possuir grades e telas garantindo a segurança e impedindo a entrada de roedores e insetos.

Os indicativos de possíveis alterações na estabilidade de medicamentos, de acordo com a forma farmacêutica, estão apresentados no quadro 1.

Quadro 1. Indicativos de possíveis alterações na estabilidade de medicamentos.

FORMA FARMACÊUTICA ALTERAÇÕES VISÍVEIS

Comprimidos

Quantidade excessiva de pó;Quebra, lascas e rachaduras na superfície;Manchas, descoloração, aderência entre os comprimidos ou formação de cristais na superfície.

Drágeas Fissuras, rachaduras ou manchas na superfície

Cápsulas Mudança na consistência ou aparência

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214 ATIVIDADE DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

FORMA FARMACÊUTICA ALTERAÇÕES VISÍVEIS

Cremes e pomadas

Diminuição de volume por perda de água;Mudança na consistência (endurecimento ou amolecimento);Presença de líquido ao apertar a bisnaga ou na superfície do pote;Formação de grânulos e textura arenosa; Mudança de cor.

Soluções, xaropes, elixirPresença de partículas (precipitação, turbidez);Formação de gases (bolhas);Alteração do cheiro; Formação de cristais.

Suspensões

Presença de grumos não dissolvíveis;Formação de gases (bolhas); Dificuldade de re-suspensão após agitação (endurecimento);Alteração do cheiro; Mudança de cor.

Soluções injetáveisPresença de partículas (precipitação, turbidez);Formação de cristais; Mudança de cor.Vazamento do líquido da embalagem;

Suspensões injetáveisPresença de grumos não dissolvíveis;Dificuldade para dissolução após adição de diluente;Vazamento do líquido da embalagem; Mudança de cor.

Supositórios Amolecimento, manchas de óleo, enrugamento.

Adaptado de: Assistência Farmacêutica na Atenção Básica – Instruções Técnicas para sua Organização – MS – 2002.

c) Armazenamento de Medicamentos TermolábeisOs medicamentos de armazenamento sob refrigeração deverão ser guardados em geladeira exclusi-

va. Não é permitida a existência de alimentos ou outras substâncias juntamente com os medicamentos. Os refrigeradores deverão estar em local ao abrigo do sol, de correntes de ar e distante de paredes. No compartimento do congelador, devem-se colocar acumuladores de frio para ajudar a manter baixa a temperatura, em caso de oscilações da energia elétrica. Os medicamentos não devem ser armazenados na porta da geladeira e não podem ser congelados.

Devem-se manter espaços entre as caixas ou frascos de medicamentos para permitir a circulação de ar e distância adequada entre as caixas ou frascos e as paredes da geladeira. Os medicamentos não devem ser armazenados nas caixas de papelão.

Verificar a temperatura de armazenamento duas vezes ao dia, com termômetro de máxima e mínima, anotando as temperaturas em formulário próprio (Anexo 2). O formulário para registro da temperatura da geladeira deve ser distinto do formulário para registrar a temperatura ambiente.

A geladeira deve ser descongelada mensalmente (ou quando houver acúmulo de gelo), anotando-se a data do descongelamento no campo de observações do formulário. Durante o seu descongelamento, os medicamentos deverão ser armazenados em isopor com barras de gelo ou, em outra geladeira, se houver disponibilidade. Após o descongelamento, deverão ser realizadas limpeza interna e externa da geladeira, com água e sabão.

d) Controle de estoque e validade:Os medicamentos deverão ser armazenados de forma que os de menor validade fiquem na frente. Os

medicamentos deverão ser retirados do estoque 30 (trinta) dias antes do vencimento. Exceções deverão ser avaliadas pelo farmacêutico responsável.

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O usuário deverá ser informado por escrito, com identificação na embalagem, quando o prazo de validade do medicamento fornecido for igual ou inferior a sessenta dias.

Para que sejam evitadas perdas de medicamentos, cujas demandas forem inferiores aos estoques dis-poníveis, deve-se realizar remanejamento ao Estado seis meses antes do vencimento, utilizando formulário próprio de remanejamento (anexo 3). A devolução de medicamentos é medida fundamental para minimizar as perdas. Deve ser feita quando houver diminuição da demanda por determinado medicamento, quando houver envio de medicamento em excesso à UDM, quando houver necessidade/requisição por parte da GMEST ou, principalmente, quando da aproximação da data de validade.

As devoluções podem ser feitas a qualquer momento, desde que seja respeitado o limite máximo de seis meses antes do vencimento, para que haja tempo de se fazer as devidas redistribuições. A UDM deve entrar em contato com a GMEST por escrito, informando a quantidade de medicamento a ser devolvida por lote, com a respectiva validade e o motivo da devolução. A GMEST avaliará as informações e autorizará ou não a devolução.

A autorização de devolução conterá os dados do medicamento a ser devolvido e terá uma validade (prazo) para a entrega ao Almoxarifado da Secretaria de Estado da Saúde. O prazo será determinado pela GMEST, caso a caso.

Uma cópia da autorização será enviada para o Almoxarifado, para que a devolução seja de conheci-mento deles e para que o recebimento seja autorizado. Sem a autorização, o Almoxarifado não receberá o medicamento, assim como se o prazo para devolução for ultrapassado. Caso isso ocorra, novo contato com a GMEST deverá ser feito para solicitar nova autorização. Todo processo de avaliação da devolução será refeito, podendo inclusive acontecer a não autorização do pedido de devolução.

4.1.5 Distribuição

“Consiste no suprimento de medicamentos às unidades de saúde, em quantidade, qualidade e tempo oportuno. A distribuição de medicamentos deve garantir rapidez e segurança na entrega, eficiência no controle e informação” (BRASIL, 2006).

Os medicamentos ARV são entregues pelo Ministério da Saúde ou pelo laboratório fabricante direta-mente ao Almoxarifado da Secretaria de Estado de Saúde (SES). O fluxo de distribuição de ARV no estado está apresentado na figura 2.

Figura 2 – Fluxograma de distribuição dos anti-retrovirais em Minas Gerais

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A GMEST avalia o Mapa de Movimento Mensal de Medicamentos/Aids e o Boletim Mensal para Avaliação do Uso de Medicamentos/Aids. Após análise, faz uma autorização de fatura de me-dicamentos e envia para o almoxarifado da SES, que fatura a autorização. Os medicamentos são então separados, para posterior distribuição pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos às UDM, conforme cronograma de atendimento.

O fluxograma para liberação mensal dos medicamentos ARV no Estado é apresentado, a seguir, na figura 3.

Figura 3 – Fluxograma para liberação mensal dos medicamentos anti-retrovirais em Minas Gerais

a) RequisiçãoAs UDM e Gerências Regionais de Saúde (GRS) cadastradas como UDM (responsáveis pelo fluxo de

medicamentos para as maternidades do Projeto Nascer e portas de entrada para acidentes com material biológico) preenchem o Mapa de Movimento Mensal de Medicamentos/Aids e o Boletim Mensal para Avaliação do Uso de Medicamentos/Aids no site do SICLOM Gerencial, importando os dados gerados pela movimentação mensal registrada no SICLOM Operacional, cumprindo rigorosamente as datas de prestação de contas estabelecidas pela GMEST:

As UDM devem preencher o Mapa e o Boletim, via internet, no endereço www.aids.gov.br/gerencial até o quinto dia útil do mês subseqüente, para a consolidação e avaliação dos dados. O prazo máximo de alteração/ajuste é até o dia 14 do mês de preenchimento, conforme instruções do próprio site. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) fecha o Mapa e o Boletim no dia 15 (quinze) de cada mês. Após esta data, a UDM só poderá reabrir os documentos (Mapa e Boletim) digitados mediante solicitação por escrito enviada à GMEST.

O mapa de distribuição de medicamentos para IO e DST deve ser preenchido e encaminhado para o e-mail da GMEST: [email protected] até o quinto dia útil do mês subseqüente. Caso a UDM não possua o modelo deste mapa, esta deve solicitar o modelo para a GMEST, por e-mail.

O não cumprimento dos prazos estabelecidos pela GMEST compromete o gerenciamento de estoque de medicamentos levando à diminuição da quantidade fornecida pelo Ministério da Saúde ao Estado de Minas Gerais.

b) TransporteAtualmente, o transporte de medicamentos do almoxarifado da SES-MG para as UDM é terceirizado

para a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. O farmacêutico da UDM deverá conferir as condições de transporte dos medicamentos quando da sua chegada à Farmácia. A integridade dos medicamentos

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deve ser mantida até que estes cheguem ao seu destino. Deverão ser verificadas as seguintes condições: carro fechado, ao abrigo do calor, de chuva, de poeira e proteção contra choques bruscos e quedas. Os medicamentos termolábeis devem ser transportados sob refrigeração.

4.1.6 Dispensação

“Dispensação é o ato profissional farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, em resposta à apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado. Neste ato, o farma-cêutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento. São elementos importantes da orientação, dentre outros, a ênfase no cumprimento da dosagem, a influência dos alimentos, a interação com outros medicamentos, o reconhecimento de reações adversas potenciais e as condições de conservação dos produtos” (BRASIL, 2002).

A terapia anti-retroviral para PVHA não é uma emergência e não deve ser iniciada até que a importância da adesão ao tratamento seja entendida e aceita pelo paciente, objetivo que deve ser buscado pelas equipes e serviços de saúde, estabelecendo-se uma relação de co-responsabilidade entre estes e o paciente.

Fonte: Recomendações para terapia anti-retroviral em adultos e adolescentes infectados pelo HIV 2007/2008.

O primeiro atendimento, as trocas de esquema ARV e os retornos de pacientes em abandono ou com retornos irregulares deverão ser realizados pelo profissional farmacêutico, com agendamento prévio, se necessário.

4.1.6.1 CadastramentoNo início do uso de esquema ARV deverá ser preenchido o formulário de cadastramento de usuário

SUS com os seguintes campos, obrigatoriamente:

Nome Completo do Usuário,•

Nome Completo da Mãe,•

Cidade e Estado de Nascimento,•

Data de Nascimento,•

Sexo,•

Raça/cor,•

Cidade e estado de Residência,•

Ação cautelar (sim/não),•

Acompanhamento médico (público/privado),•

O responsável pelo preenchimento e o usuário SUS deverão datar e assinar o formulário.

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Outros dados presentes no formulário, mas cujo preenchimento não é obrigatório:Número de Prontuário,•

Cartão Nacional de Saúde,•

CPF,•

Estado Civil,•

Endereço completo,•

Telefone para contato,•

E-mail, •

Escolaridade,•

Unidade de Atendimento,•

1° CD4 e 1° Carga Viral,•

Data de início de tratamento.•

Para ser cadastrado, o usuário SUS deverá, obrigatoriamente, estar portando um documento de iden-tificação (carteira de identidade, carteira de trabalho, passaporte, ou qualquer outro documento oficial que possua foto). Os menores de idade devem apresentar o documento de identidade do responsável e a certidão de nascimento do menor. No caso de ser judicialmente incapaz, deverá ser apresentado o documento de identificação pelo usuário SUS.

Após o preenchimento do formulário de cadastro, as unidades devem transcrever o formulário para o SICLOM Operacional. Quando o cadastro SISCEL do usuário estiver disponível, conferir os dados e realizar as adequações, caso necessário.

Além dos usuários cadastrados no SICLOM, outras pessoas poderão receber medicamentos, tais como: aqueles que sofrem exposição ocupacional ou não ocupacional, com risco qualquer de contágio do vírus HIV; parturientes com teste rápido positivo para o HIV; recém-nascidos (RN) de mães HIV positivas.

4.1.6.2 Dispensação – Normas GeraisOs medicamentos anti-retrovirais só podem ser dispensados mediante apresentação do Formulário

de Solicitação de Medicamentos devidamente preenchido e assinado pelo médico que acompanha o usuário. Este formulário pode ser obtido pelo Siclom Operacional, no menu Aplicativo/Informações/Documentos.

O Formulário de Solicitação de Medicamentos deve conter:

Número do Prontuário, se houver,• Nome completo do usuário,• Peso do usuário,• Categoria do usuário (gestante, parturiente, Aids, etc.). Em caso de gestantes, deverá ser • informada a semana de gestação,Medicamentos prescritos pelo nome genérico acompanhados da posologia,• Data, assinatura e carimbo do médico,• Justificativa da mudança no tratamento ARV, quando for o caso,• Justificativa da dispensação de quantitativo para mais de 1 mês, quando for o caso.•

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Como os medicamentos ARV pertencem à Portaria 344/98, a prescrição tem validade por 30 dias para a primeira dispensação, podendo o formulário ser utilizado para uma ou duas dispensas (no caso de duas dispensas devem ser preenchidos os campos indicados no formulário de dispensação).

Os medicamentos deverão ser dispensados para trinta dias de tratamento, devendo o Formulário de Solicitação de Medicamentos ser retido pela Farmácia e armazenado por um período de 2 anos.

Exceção: são permitidas duas dispensações para 60 dias de tratamento, por ano, por usuário, • conforme disponibilidade de estoque da farmácia, mediante justificativa por escrito no campo próprio do Formulário de Solicitação.

O farmacêutico deverá avaliar a prescrição antes de dispensar os medicamentos. As dispensas devem ser registradas no Siclom Operacional antes da entrega dos medicamentos aos usuários. Deverão ser observados os seguintes aspectos:

Conferir o tratamento prescrito com o cadastro do paciente no SICLOM. Caso haja alguma • divergência, não especificada no formulário como troca, procurar o prescritor para os devidos esclarecimentos;

Assegurar que as associações medicamentosas e esquemas de tratamento sigam as recomen-• dações do consenso vigente;

Conferir a prescrição e os rótulos junto com o usuário antes de entregar os medicamentos. • Conferir também a validade e a quantidade total dispensada.

Orientar os usuários quanto à forma de utilização e armazenamento dos medicamentos. •

Orientar o usuário para manter os medicamentos nas embalagens originais, preservando a • identificação do medicamento (nome, dosagem, fabricante, lote e validade).

Informar que quaisquer números que estejam gravados nos comprimidos/cápsulas não cor-• respondem à dosagem do medicamento. Esses números são usados pelos fabricantes para identificar a cor e o formato dos comprimidos.

As embalagens que contêm medicamentos para mais de trinta dias de tratamento não deverão ser fracionadas.

O farmacêutico e o usuário devem datar e assinar a via do Formulário de Solicitação de Medicamentos que será retida pela Farmácia.

Em caso de falta de algum dos medicamentos prescritos, o infectologista deverá ser consultado para avaliar a melhor conduta a ser adotada para cada usuário (suspensão de todo o esquema, troca ou forne-cimento dos medicamentos disponíveis no estoque).

Em situações excepcionais (faltas, previsão de desabastecimento, novos medicamentos disponíveis), a dispensação deverá seguir as orientações de Notas Técnicas publicadas pelo Programa Nacional DST/Aids.

Sugere-se que o registro das dispensas seja também realizado manualmente, em ficha individual, in-cluindo outros medicamentos utilizados como os para tratamento e profilaxia de Infecções Oportunistas. Este registro pode ser de fundamental importância em casos de falhas na conexão da internet e/ou acesso ao Siclom. O modelo de ficha individual para acompanhamento dos pacientes está apresentado no anexo 4.

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4.1.6.3 Dispensação para gestantesO direito reprodutivo das pessoas que vivem com o HIV, tal como o de todos os cidadãos, está garantido

pela Constituição Federal, sendo responsabilidade do Estado no que se refere ao planejamento familiar, propiciar recursos para o exercício deste direito. Faz-se necessário o aconselhamento de todas as mulheres em idade fértil e seus parceiros, focando anticoncepção efetiva, desejo de engravidar e conscientização das medidas necessárias à prevenção da transmissão vertical do HIV.

A terapia anti-retroviral combinada está indicada para mulheres grávidas que preencham os critérios para início de tratamento, visando controle de sua infecção e/ou redução da transmissão vertical do HIV e como profilaxia da transmissão vertical em portadoras do HIV. A redução da transmissão vertical do HIV é possível por meio de um conjunto de intervenções: uso de anti-retrovirais combinados durante a gestação; indicação de via de parto; profilaxia com AZT na parturiente e no recém-nascido e a não-amamentação, conforme consenso vigente.

O objetivo de reduzir a transmissão vertical faz com que toda gestante infectada pelo HIV seja me-dicada com anti-retroviral a partir da 14a semana de gestação, independente de seu estado imunológico ou virológico.

O primeiro atendimento a uma gestante na UDM deve ser realizado pelo profissional farmacêutico, considerando a situação da terapia instituída: profilaxia com TARV ou tratamento com TARV. Durante este atendimento deve-se reforçar o aconselhamento pós-teste, abrangendo os seguintes tópicos:

Objetivo da terapia anti-retroviral instituída, em caso de mulheres virgens de tratamento;•

Manutenção ou adequação do esquema anti-retroviral daquelas que já se encontravam em • terapia;

Esclarecer que a terapia durante a gestação é parte da profilaxia e sensibilizar sobre a importância • do uso de AZT injetável durante o trabalho de parto e no parto e do uso de AZT solução oral pelo recém-nascido durante as primeiras seis semanas;

Deverá ser reforçada nesse momento e durante todo o pré-natal, a informação da contra-indicação • da amamentação e do aleitamento cruzado (amamentação da criança por outra mulher e de outra criança pela parturiente). Informar sobre a disponibilidade de fórmula láctea infantil e medidas para inibição de lactação no serviço;

Sensibilizar a mulher para o uso correto do preservativo durante todas as relações sexuais, para • a prevenção de reinfecção pelo HIV e transmissão de outras DST.

Para mulheres que já utilizam TARV previamente à gestação, a primeira conduta é verificar se o es-quema prescrito está de acordo com as “Recomendações para profilaxia da transmissão vertical do HIV e terapia anti-retroviral em gestantes”. O esquema medicamentoso será mantido enquanto se apresentar eficaz, exceto se contiver sabidamente drogas contra-indicadas durante a gestação (ex: Efavirenz), que deverão ser substituídas.

Aspectos como tolerabilidade e adesão aos medicamentos deverão ser discutidos e esclarecidos com a gestante. A mulher deve ser informada sobre os potenciais riscos/benefícios da manutenção, modificação ou suspensão do tratamento, considerando-se os potenciais efeitos adversos da terapêutica ARV sobre a criança.

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Profilaxia no momento do partoO esquema posológico da Zidovudina (AZT) na gestante para profilaxia da transmissão vertical do

HIV está apresentado no Quadro 2.

Quadro 2. Profilaxia da transmissão vertical do HIV: esquema do PACTG 076

a) Esquema posológico da zidovudina na parturiente

Zidovudina injetável frasco ampola de 200mg com 20mL (10mg/mL)•

A parturiente deve receber AZT endovenoso, desde o início do trabalho de parto até o clampeamento do cordão umbilical.•

Nota: essa recomendação se refere a todo tipo de parto, incluindo cesárea eletiva, sendo que nessa situação a zidovudina intravenosa deverá ser iniciada três horas antes da intervenção cirúrgica.

b) Zidovudina oral – esquema alternativo recomendado em situações de não disponibilidade do AZT injetável no momento do parto

300mg de zidovudina oral no começo do trabalho de parto e, a partir de então, 300mg a cada três horas, até o clampeamento do •cordão umbilical.

Nota: em virtude da dificuldade de ingresso na maternidade enfrentada pelas mulheres, esse esquema deverá ser orientado a todas elas, possibilitando dessa forma que, tão logo o trabalho de parto inicie, o uso da quimioprofilaxia com o AZT possa ser iniciado e, posteriormente, tenha continuidade na maternidade com a instituição do AZT intravenoso.

Fonte: Recomendações para profilaxia da transmissão vertical pelo HIV e terapia anti-retroviral em gestantes, 2007.

É importante que, durante o acompanhamento da gestante, seja discutido o local do parto, de forma a definir precocemente o melhor fluxo para disponibilização dos medicamentos e fórmula láctea infantil, essenciais à profilaxia da transmissão vertical do HIV.

Quimioprofilaxia anti-retroviral no recém- nascidoRecém-nascidos de mulheres infectadas pelo HIV devem receber solução oral de AZT, mesmo que

suas mães não tenham recebido anti-retrovirais durante a gestação e/ou parto. A quimioprofilaxia deverá ser administrada preferencialmente ainda na sala de parto, logo após os cuidados imediatos, ou nas duas primeiras horas de vida. Não há estudos que comprovem benefício do início da quimioprofilaxia com a zidovudina após 48 horas do nascimento. A indicação da quimioprofilaxia após esse período fica a critério médico. A administração da solução oral de AZT deverá ser mantida durante as seis primeiras semanas de vida (42 dias).

As recomendações ao esquema posológico da zidovudina no recém-nascido estão apresentadas no Quadro 3.

Quadro 3 - Esquema posológico da Zidovudina no recém-nascido

Zidovudina, solução oral, 10mg/mL - Iniciar preferencialmente até a 2ª hora pós-parto, na dose de 2mg/kg a cada seis horas, durante seis semanas (42 dias). Excepcionalmente, quando a criança não tiver condições de receber o medicamento por via oral, deve ser utilizado o AZT injetável.A dose de AZT apropriada para crianças prematuras, abaixo de 34 semanas de gestação, foi definida em estudo que recomenda 1,5mg/kg IV ou 2mg/kg VO a cada 12 horas, nas primeiras 2 semanas e 2mg/kg a cada oito horas, por mais quatro semanas, se a criança nasceu com mais de 30 semanas.

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294 ATIVIDADE DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Fonte: Recomendações para profilaxia da transmissão vertical pelo HIV e terapia anti-retroviral em gestantes, 2007.

A gestante deve ser orientada que, ao sair da Maternidade, ela receberá o frasco de AZT xarope em utilização pela criança e 4(quatro) latas de fórmula láctea infantil. É fundamental que ela seja orientada também quanto à importância de seu acompanhamento clínico e ginecológico e sobre o acompanhamento da criança até a definição da situação sorológica.

4.1.6.4 Dispensação de medicamentos para criançasA terapia ARV em crianças deve ser individualizada e cuidadosamente planejada, em conjunto com

os responsáveis pelo paciente (cuidadores) e, quando possível, também com a própria criança. Tal proce-dimento tem como objetivo maximizar a adesão aos esquemas terapêuticos indicados, fator fundamental para o sucesso do tratamento.

Na dispensação do primeiro esquema ARV, é importante verificar se a prescrição segue as recomen-dações do “Guia de Tratamento Clínico da Infecção pelo HIV em Crianças”. Todo ajuste de dose necessário deverá ser baseado na Área de Superfície Corporal (ASC), dada pela fórmula:

ASC = Raiz quadrada de Peso(KG) x altura(cm) 3.600

Observar que NÃO devem ser feitos ajustes baseados na ASC durante as primeiras semanas de trata-mento. Após a 6ª semana, a dose prescrita deverá corresponder a ASC.

O quantitativo dispensado deverá ser suficiente para 30 dias de tratamento e estar indicado na prescri-ção. Recomenda-se rotular cada frasco de medicamento indicando a posologia prescrita. Deve-se sensibilizar o cuidador para a importância de registrar na etiqueta dos frascos a data da dispensação, a indicação da data da abertura e do término de cada frasco de medicamento, solicitando que todos os frascos (os vazios, os abertos e os que possivelmente ficaram cheios) sejam retornados na próxima consulta.

Deve-se ensinar o manuseio do medicamento, fazendo as medições das doses a serem administradas e solicitando que repitam as instruções. Quando necessário, marcar as unidades no copo medidor ou na seringa dosadora oral.

Na administração da primeira dose do medicamento, solicitar ao cuidador que:

prepare e administre a primeira dose independente do horário, pois o mesmo poderá ser ajustado • nas próximas doses. Caso seja necessário, fazer as devidas intervenções.

anote em um diário de tratamento (caderno ou folhas seqüenciadas), todas as doses adminis-• tradas, quantidades, dias e horários.

registre todos os acontecimentos não rotineiros (febre, diarréia, irritação, vômitos, regurgitação, • perda do apetite, desânimo, tristeza, alterações no sono ou outros), que deverão ser mostrados ao médico na próxima consulta e ao farmacêutico na próxima dispensação.

Na primeira consulta de retorno, é necessário avaliar o consumo dos medicamentos prescritos, ve-rificando o tempo médio de consumo de cada frasco dispensado por meio do registro do cuidador nos frascos abertos.

Sugerir que seja elaborado um “Diário de tratamento”, onde devem ser registradas as dificuldades enfrentadas e eventos ocorridos durante o período. Quando forem identificados problemas, realizar as

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30 Manual de boas práticas para Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-Retrovirais do Estado de Minas Gerais

intervenções necessárias e propor metas para o próximo encontro.Podem-se sugerir procedimentos para enfrentar as dificuldades das administrações medicamentosas,

tais como:

Esquecimento• : vincular a ingestão de medicamentos aos eventos diários (acordar, refeições, programas televisão...), ou uso de despertador, ou lembretes;

Sabor• : Ideal é administrar o medicamento sem misturas, primeiro o de sabor ruim seguido do de melhor sabor finalizando com um pouco de água e só em seguida oferecer o alimento. A criança, com o passar dos dias, acostuma-se com o sabor do medicamento, diminuindo os enjôos e evitando o risco de rejeição aos alimentos;

Sentimentalismo: • O cuidador deve estar consciente da importância dos medicamentos. Em caso do cuidador ser portador do HIV e utilizar ARV, ele deve ser orientado a evitar comentários de reações adversas ou dificuldades apresentadas para a ingestão de medicamentos a fim de não prejudicar o tratamento da criança.

Quando forem identificadas dificuldades na adesão do usuário e/ou cuidador, recomenda-se o agen-damento de um próximo retorno.

A mudança na terapia ARV deverá ser indicada e justificada. A eficácia da terapia anti-retroviral deve-rá ser avaliada após 8 a 12 semanas de uso sendo que sinais de intolerância como náuseas, vômitos, dor abdominal e cefaléia são leves e geralmente desaparecem após as primeiras semanas.

4.1.6.5 Projeto NascerExistem hoje, no Estado de Minas Gerais, oitenta e nove maternidades cadastradas no Projeto Nascer

que realizam profilaxia da transmissão vertical do HIV. Essas maternidades devem ser abastecidas com os kits para profilaxia da transmissão vertical pela UDM mais próxima, em quantidade proporcional à demanda. Cada kit deve ser montado com dois frascos de Zidovudina injetável e um frasco de Zidovudina solução oral. Este quantitativo pode ser alterado conforme a necessidade de uso (como no caso de criança que não tiver condições de receber o medicamento por via oral).

As gestantes que estiverem sendo acompanhadas pelos serviços, cadastradas em Unidade Dispensa-dora e apresentarem justificativa para realização do parto em uma maternidade não cadastrada no Projeto Nascer (município de moradia da gestante distante da Maternidade Cadastrada ou outras justificativas), podem eventualmente receber os medicamentos para profilaxia do HIV. Para isso, a gestante deve apre-sentar o Formulário de Solicitação de Medicamentos devidamente preenchido pelo médico responsável na UDM em que faz seu tratamento. A UDM deverá preencher um termo de responsabilidade que será assinado pela gestante, orientando sobre a fundamental importância do uso destes medicamentos no parto (parturiente) e pós-parto (RN).

As UDM são responsáveis pelo envio de medicamentos às Maternidades cadastradas no Projeto Nas-cer. Os medicamentos deverão ser encaminhados em embalagens lacradas, identificadas quanto ao seu destino e acompanhados de cópia da requisição.

As UDM devem estabelecer um fluxo de envio e reposição dos medicamentos, visando garantir a disponibilidade dos mesmos no momento do parto a todas as gestantes HIV positivas.

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315 RESÍDUOS QUÍMICOS GERADOS

4.1.6.6 Exposição Ocupacional A Coordenação Estadual de DST/Aids de Minas Gerais iniciou em 2004 um projeto junto aos Municípios

para criação de uma rede de atendimento às vítimas de exposição a material biológico, onde estão sendo estabelecidas Portas de Entrada (Unidades de atendimento que trabalham 24 horas).

Conforme o consenso “Recomendações para Terapia Anti-Retroviral em Adultos e Adolescentes In-fectados pelo HIV”, os acidentes com material biológico devem ser tratados como emergência, uma vez que as intervenções para profilaxia da infecção pelo HIV deverão ser iniciadas logo após a ocorrência do acidente (idealmente até duas horas após) para a sua maior eficiência. O prazo máximo recomendado é de 72 horas após a exposição. Os anti-retrovirais recomendados para profilaxia da infecção pelo HIV em pessoas expostas a material biológico estão apresentados no quadro 4.

Quadro 4 – Esquemas recomendados para profilaxia do HIV da exposição ocupacional e não ocupacional

QUIMIOPROFILAXIA BÁSICA – 2 ITRN (preferencialmente AZT+ 3TC)

Indicada em exposições com risco conhecido de transmissão pelo HIV

QUIMIOPROFILAXIA EXPANDIDA – 2 ITRN + IP (preferencialmente LPV/r ou IDV/r)

Indicada em exposições com risco elevado de transmissão pelo HIV

O atendimento às vitimas de exposição a material biológico pela Farmácia da Porta de Entrada deverá seguir às normas estabelecidas:

Os medicamentos deverão ser dispensados pela farmácia mediante apresentação do Formulário de Solicitação de Medicamentos ARV, devidamente preenchido pelo médico.

A primeira via do Formulário de Solicitação de Medicamentos deverá ser encaminhada pela Farmácia da Porta de Entrada a UDM, para que esta digite no SICLOM os dados do Acidente.

Conferir se o esquema prescrito está em conformidade com o protocolo para acidente com • material biológico. Caso haja alguma discordância, procurar o prescritor para os devidos esclarecimentos.

Antes de entregar os medicamentos, conferir a prescrição e os rótulos junto com o usuário. • Conferir também a validade e a quantidade total dispensada.

Orientar os usuários quanto à forma de utilização e armazenamento dos medicamentos.•

O dispensador e o usuário devem datar e assinar a via do Formulário de Solicitação que será • retida pela Farmácia.

A Unidade Dispensadora deverá:

Disponibilizar medicamento anti-retroviral para o atendimento às vitimas de acidente com • material biológico nas Portas de Entrada (Ex: Pronto Socorro, hospital).

Estabelecer um fluxo junto à Porta de Entrada para controle de validade e reposição do estoque • utilizado nos atendimentos aos acidentados.

Orientar sobre a importância do correto preenchimento do Formulário de Solicitação de • Medicamentos.

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32 Manual de boas práticas para Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-Retrovirais do Estado de Minas Gerais

Repor, sempre que utilizado pela Porta de Entrada, o medicamento ARV, quando esta enviar • para UDM a Original do Formulário de Solicitação de Medicamentos.

Digitar no SICLOM o atendimento do acidente com material biológico.•

4.1.6.7 Exposição Não-Ocupacional (violência sexual, compartilhamento de seringa)O atendimento às vitimas de violência sexual pela farmácia da Porta de Entrada deverá seguir às

normas estabelecidas:

Os medicamentos deverão ser dispensados pela farmácia da Porta de Entrada mediante • apresentação do Formulário de Solicitação de Medicamentos ARV, devidamente preenchido pelo médico.

A primeira via do Formulário de Solicitação de Medicamentos deverá ser encaminhada pela • Farmácia da Porta de Entrada à UDM, para que esta digite no SICLOM os dados da exposição.

Antes de entregar os medicamentos, conferir a prescrição e os rótulos junto com o usuário. • Conferir também a validade e a quantidade total dispensada.

Orientar os usuários quanto à forma de utilização e armazenamento dos medicamentos.•

O dispensador e o usuário devem datar e assinar a via do Formulário de Solicitação que será • retida pela Farmácia.

A Unidade Dispensadora deverá:

Disponibilizar medicamento anti-retroviral para o atendimento das vitimas de violência sexual • nas Portas de Entrada.

Orientar sobre a importância do correto preenchimento do Formulário de Solicitação de • Medicamentos.

Repor, sempre que utilizado pela Porta de Entrada, o medicamento ARV, quando esta enviar • para UDM a original do Formulário de Solicitação.

Digitar no SICLOM o atendimento à vítima de violência sexual.•

4.1.6.8 Atendimento a Usuários InternadosToda dispensação de ARV para usuário internado que não é cadastrado no SICLOM deve ser feita

na categoria “saída para pacientes internados“. Deverá ser informado o destinatário deste medicamento, não importando o nome do usuário que irá utilizá-lo. Quando o usuário for cadastrado em uma UDM, a dispensação deverá ser realizada, preferencialmente, pela UDM de cadastro, estabelecendo-se fluxo para envio dos medicamentos.

A saída dos medicamentos é realizada considerando-se sua forma farmacêutica, embalagem e vali-dade, com controle de lote.

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337 ANEXOS

4.1.6.9 Transferências A transferência dos usuários entre as unidades se fará “on line”, pela UDM de destino, tendo em vista

que nem sempre o usuário SUS tem conhecimento, ao sair da UDM de origem, de qual será sua nova UDM. A fim de que as informações relativas à transferência dos usuários sejam corretamente enviadas à UDM de destino e para situações em que o paciente não saiba a sua UDM de destino, deverá ser adotado o seguinte procedimento:

A UDM atual deverá dispensar os ARV para um mês de tratamento.•

Orientar o usuário que procure a UDM de destino para que seja efetivada a sua transferência.•

Fornecer o histórico de dispensação contendo as seguintes informações:•

Identificação da UDM (nome, cidade, telefone para contato, e-mail); »Identificação do usuário (nome completo, naturalidade, data de nascimento, nome »completo da mãe);Início do tratamento na UDM; »Esquema utilizado nos últimos 6 meses com as respectivas datas de dispensação e »quantitativo da última dispensação.

Em hipótese nenhuma deverá ser feito um novo cadastro de usuário SUS que já esteja cadastrado no banco de dados do Programa Nacional de DST e Aids.

4.1.6.10 Registro de ÓbitosO registro de óbito deve ser realizado toda vez que a UDM receber a informação de falecimento de

algum usuário SUS cadastrado. A informação pode ser proveniente da própria unidade, quando for um hospital, ou de algum parente ou amigo. Não é exigida, para registro de informação no sistema, a apresen-tação da certidão de óbito. O nome do responsável pela comunicação, a data de comunicação e a data do óbito são as informações necessárias para o cadastramento do registro. O registro de óbito no sistema só será possível na UDM onde o usuário SUS era cadastrado e retirava os medicamentos.

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357 ANEXOS

5 resÍduos QuÍMicos Gerados

Medicamentos que não foram consumidos ou remanejados dentro do prazo de validade deverão ser descartados. Devem ser adotados os seguintes procedimentos:

Retirar os medicamentos vencidos do estoque físico.•

Anotar no mapa de medicamentos a quantidade a ser inutilizada.•

Retirar do estoque do mapa, ficha ou sistema informatizado, de acordo com o método • utilizado pela UDM.

Os medicamentos retirados do estoque deverão ser embalados, lacrados e rotulados. O rótulo • deverá conter a identificação completa dos produtos (nome genérico do medicamento, lote, data de validade, fabricante e quantidade).

Os medicamentos vencidos deverão ser armazenados em local isolado da dispensação, até o • momento do descarte.

Fazer um termo de Baixa de Medicamento vencido especificando o lote, data de vencimento • e quantidades.

Encaminhar os medicamentos vencidos a serem descartados de acordo com o método • adotado pela UDM (PGRSS):

Secretaria de Saúde. »Descarte no próprio local, se houver condições. »

Caso seja descartado pela Secretaria, encaminhar junto o Termo de Baixa, para assinatura do • mesmo.

Arquivar a cópia do termo de baixa.•

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377 ANEXOS

6 reFerÊncias biblioGráFicas

BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 290, de 26 de abril de 1996. Aprova o Código de Ética Farmacêutica.

BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 308 de 2 de maio de 1997. Dispõe sobre a Assistência Farmacêutica em farmácias e drogarias.

BRASIL. Conselho Federal de Farmácia.Resolução nº 357 de 27 de abril de 2001. Aprova o regulamento técnico das Boas Práticas em Farmácia.

BRASIL. Conselho Federal de Medicina. Resolução CFM nº 1246/88. Aprova o código de Ética Médica. Brasília; Tablóide- Editora e Publicidade. 1990 – 72 p.

BRASIL. Decreto nº 20931 de 11 de janeiro de 1932.Regula e fiscaliza o exercício da Medicina, da Odontologia, da Medicina Veterinária e das profissões de Farmacêutico, Parteira e Enfermeira, no Brasil e estabelece Penas.

BRASIL. Decreto 793 de 12 de abri de 1993 - Dispõe sobre prescrição médica.

BRASIL. Lei 5991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre normas para receituário e a obrigatoriedade do farmacêutico em farmácias.

BRASIL. Lei nº 7498 de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre o exercício da enfermagem.

BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Recomendações para terapia anti-re-troviral em adultos e adolescentes infectados pelo HIV 2007/2008 – documento preliminar. Brasília: Ministério da Saúde, 2007

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Assistência farmacêutica: instruções téc-nicas para a sua organização. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Assistência farmacêutica: instruções técnicas para a sua organização. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST/Aids. Reco-mendações para terapia anti-retroviral em Adultos e Adolescentes Infectados pelo HIV. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 140p.

BRASIL. Portaria SVS/MS nº 344 de 12 de maio de 1998. Aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamento sujeito a controle especial.

BRASIL. Portaria nº 99 de 29/09/1993 da Secretaria de Estado da Saúde. Regulamenta o fracionamento de medicamentos.

BRASIL. Resolução nº 307 de 1999 da Secretaria de Estado da Saúde. Regulamenta no âmbito do Estado de Minas Gerais, o licenciamento dos estabelecimentos farmacêuticos.

BRASIL. Resolução 328 de 22 de julho de 1999 do Ministério da Saúde. Dispõe sobre requisitos de interesse à saúde em farmácias e drogarias.

CAMPOS , J.Q. Técnicas de Organização Sanitária. São Paulo (SP), 1996,159 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST/Aids. Assessoria de Informática – Equipe do Siclom Manual de Referência Rápida de Dispensação de Medicamentos ARV pelo Siclom - Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

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397 ANEXOS

Unidades Dispensadoras de Medicamentos

IDENTIFICAÇÃO DA UDM

NOME DA UDM MUNICÍPIO ENDEREÇO TELEFONE

1 CEMAE SABARÁPraça Dr. Louis Ensch s/nª - BAIRRO CENTRO - CEP: 34505-000

3672 6496

2Ambulatório Municipal Dr. Plínio Prado Coutinho

ALFENASRUA /AV. PRAÇA FAUSTO MONTEIRO, 127 BAIRRO CENTRO - CEP:37130-000

(35) 3292 5274

3 Farmácia Central DEMASP BARBACENARUA /AV TEOBALDO TOLENDAL, 85 BAIRRO CENTRO - CEP: 36205000

(32) 3339 2170

4Centro de Referência de Especialidades Divino Ferreira Braga

BETIMRUA/ AV LEOZINO OLIVEIRA, 75 BAIRRO FILADELFIA - CEP: 32650180

3531 2882

5Farmácia do Programa DST/AIDS de Contagem CCE - IRIA DINIZ

CONTAGEMRUA/ AV JOÃO CÉSAR DE OLIVEIRA, 2889 BAIRRO ELDORADO - CEP: 32340001

3352 5793

6Fundação Benjamin Guimarães (Hospital da Baleia)

BELO HORIZONTERUA/AV JURAMENTO, 1464 - BAIRRO SAUDADE - CEP: 30285000

3489 1593

7 Fundação Hemominas BELO HORIZONTERUA/ AV OLEGÁRIO MACIEL, 1203 - BAIRRO LOURDES - CEP: 30180111

3290 6585

8HOSPITAL EDUARDO DE MENEZES – HEM FHEMIG

BELO HORIZONTEAv DR.CRISTIANO REZENDE, 2213 - BAIRRO BOM SUCESSO - CEP:30.622-070

33285049

9 Hospital Infantil João Paulo II BELO HORIZONTEALAMEDA EZEQUIEL DIAS, 345 - BAIRRO SANTA EFIGÊNIA - CEP: 30130110

3239 9060

10Centro de Referência de Orestes Diniz - Prefeitura

BELO HORIZONTEALAMEDA ALVARO CELSO, 241 - BAIRRO SANTA EFIGENIA - CEP: 30150260

3274 7526 / 3277 4433

11 PAM Sagrada Família BELO HORIZONTERUA JOAQUIM FELÍCIO, 101 - BAIRRO SAGRADA FAMÍLIA - CEP: 31030200 3277 5771

12Ambulatório de Referência de Doenças Infecciosas e Parasitárias RIBEIRÃO DA NEVES

RUA JOSE PEDRO PEREIRA, 76 - BAIRRO CENTRO - CEP: 33886-200 3624 1023

13Unifenas - Universidade José do Rosário Vellano BELO HORIZONTE

RUA PROFESSOR HERMÍNIO GUERRA, 75 - BAIRRO ITAPOA - CEP: 31710030 3497 4300

14 Centro de Referência Vital Brasil VESPASIANORUA SÃO FRANCISCO DE ASSIS, 81- BAIRRO CENTRO cep: 33200-000 3621 1285

15Centro de Promoção da Saúde de Conselheiro Lafaiete

CONSELHEIRO LAFAIETERUA NARCISO JÚNIOR, 390 BAIRRO CAMPO ALEGRE - CEP: 36400000

3769 9054

16 Policlínica Municipal de Divinópolis DIVINÓPOLISAV GETÚLIO VARGAS, 550 BAIRRO CENTRO - CEP: 35500024

(37) 3221 3735

Anexo 1 - Relação de Serviços de Assistência Farmacêutica em DST/HIV/Aids no Estado de Minas Gerais

7 aneXos

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40 Manual de boas práticas para Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-Retrovirais do Estado de Minas Gerais

IDENTIFICAÇÃO DA UDM

NOME DA UDM MUNICÍPIO ENDEREÇO TELEFONE

17Unidade Mista de Saúde Carlos Modesto dos Santos

ITUIUTABAAV 45, 164 BAIRRO - ELANDIA - CEP: 38304244

(34) 3268 2516

18 Hospital Universitário CAS UFJF JUIZ DE FORARua CATULO BREVIGLIERI S/N BAIRRO CENTRO - CEP: 36036101

(32) 4009 5398/ 5347

19Programa Municipal de DST/AIDS de Santos Dumont

SANTOS DUMONTRUA MAQUINISTA JOÃO MENDES, 196 BAIRRO CENTRO - CEP: 36240000

(32) 3251 6751

20 Secretaria Municipal de Manhuaçú MANHUAÇÚRUA MELLIN ABI-ACKEL, 600 BAIRRO TODOS OS SANTOS - CEP: 36900000

(33) 3332 2279

21Centro Ambulatorial de Especialidades Tancredo Neves SAE/UNIMONTES

MONTES CLAROSAV CULA MANGABEIRA, 500, 6º andar, BAIRRO SANTO EXPEDITO - CEP: 39401002

(38) 3224 8005 (38) 3224 8280 /8282

22Ambulatório Escola Faenpa - Passos

PASSOSRUA SABARÁ, 164 CENTRO - CEP: 37900004

(35) 35298029

23Centro de Saúde Dr. Euphrásio José Rodrigues

PATOS DE MINASRUA DONA LUÍZA, 710 BAIRRO LAGOA GRANDE - CEP: 389700164

(34) 3822 9629/ 9811

24 Policlínica Milton Campos PONTE NOVAPRAÇA GETULIO VARGAS - 136 - BAIRRO CENTRO - CEP: 35430002

3817 4466

25Centro de Assistência e Prevenção em DST/AIDS

ITAJUBÁRUA BASÍLIO PINTO FILHO, S/N BAIRRO VARGINHA - CEP: 37501150

(35) 3692 1741

26Ambulatório de Infectologia de São Sebastião do Paraíso

SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO

RUA LÍGIA AMARAL, 115 - VILA SANTA MARIA - CEP: 37950000

(35) 3539 1055

27 Policlínica Dr. Nerval de Figueiredo TEÓFILO OTONIRUA JOSÉ PAULO DE CARVALHO, 69 - BAIRRO ALTINO BARBOSA - CEP: 39800007

(33) 3522 3903

28Hospital Escola Universidade Federal do Triângulo Mineiro

UBERABAAV GETÚLIO VARGAS, 331 BAIRRO NOSSA SENHORA ABADIA - CEP: 38025440

(34) 3312 9908

29 Ambulatório Médico Especializado LAVRASAV ERNESTO MATIOLLI - 885 - SANTA EFIGENIA - CEP: 37200-000

(35) 3694 4132

30 Policlínica Central de Varginha VARGINHARUA joao manoel azze, 42 centro - cep: 37002-370

(35) 3690 2160/2227 OU 3214 9984

31Centro de Saúde Padre Hildebrando de Freitas

JOÃO MONLEVADERUA 17 SEM Nº. -BAIRRO VILA TANQUE - CEP: 35930409

\

32Centro de Especialidades e Programa de Saúde CEPS

CORONEL FABRICIANORUA QUINTINO ALVES, 105 - NAZARE - CEP: 35170113

(31) 3846-7027/ 3556

33 Unidade de Saúde Cidade Nobre IPATINGAAV. MONTEIRO LOBATO, 826 - CIDADE NOBRE -CEP: 35162-399

(31) 3829-8590/8559

34Centro de Especialidades Raimundo

TIMÓTEOAV. ANA MOURA, 550, Bairro TIMOTINHO - CEP: 35180-000

(31) 3847-7624

35POLICLÍNICA REGIONAL DR.LOMELINO RAMOS COUTO

DIAMANTINARUA DA GLÓRIA, 105 - Centro - CEP: 39100-000

(38) 3531-9498 (38) 3531-6251

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417 ANEXOS

IDENTIFICAÇÃO DA UDM

NOME DA UDM MUNICÍPIO ENDEREÇO TELEFONE

36CRASE-Centro de Referêcia em Atenção à Saúde

GOVERNADOR VALADARESRUA BELO HORIZONTE, 585; CENTRO - CEP: 35010-050

(33) 3271-6836

37 Policlínica Municipal de Itabira ITABIRARua Luís ventura; 75 - Vila piedade - CEP: 35.900-205

(31) 3839-2399

38SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA DE JUIZ DE FORA

JUIZ DE FORARUA MARECHAL DEODORO, 496, LOJA 8; CENTRO- CEP: 36013-000

(32) 3215-7340

39 Policlínica Municipal de Carangola CARANGOLARUA OLÍMPIO MACHADO, 148 ,CENTRO - CEP: 36800-000

(32) 3741-7720

40 Policlínica Aldo Olivotti EXTREMARUA PRESIDENTE KENNEDY, 355, CENTRO - CEP:37640-000

(35) 3435-1894/ 6245/ 6350 fax

41 Centro de Saúde de Paraisópolis PARAISOPOLISTRAVESSA SEBASTIÃO JOSÉ DE BARROS, CENTRO - CEP: 37660-000

(35) 3651-1849

42Policlínica Municipal CTA/SAE-Pouso Alegre

POUSO ALEGRERua Prof.Jorge Beltrão, 147, Centro - CEP: 37550-000

(35) 3449-4386

43Programa Municipal de DST/Aids de Poços de Caldas

POÇOS DE CALDASRUA PERNAMBUCO, 495, CENTRO - CEP: 37701-021

(35) 3697-2272

44 CTA São João Del Rey SÃO JOÃO DEL REY Rua Maria Tereza,110-Centro-36300.108 (32) 3372-8097

45 SAE-Policlínica de Sete Lagoas SETE LAGOASRua Alencar Bento Cunha, 234 bairro Progresso CEP 35701 122.

(31) 3697 2303

46 Centro de Apoio Especializado ARAGUARIPRAÇA JOSÉ RODRIGUES ALVES S/N; Centro - CEP: 38440-248

(34) 3690-3023

47 Hospital Clínicas UFU UBERLÂNDIAAV. PARÁ, 1720, UMUARAMA - cep: 38405-320

(34) 3218-2488

48 Ambulatório Herbert de Souza UBERLÂNDIARUA AVELINO JORGE NASCIMENTO, 15; PRESIDENTE ROOSEVELT - cep: 38401-216

(34) 3215-2444

49 Policlinica Municipal SÃO LOURENÇORUA JAIME SOTTO MAYOR, 285 - FEDERAL - CEP: 37470-000

(35) 3331-1864/33314555

50 Centro Psicosocil TRES PONTASRUA DR. OSWALDO CAMPOS REIS, 13; VICENTINI - CEP: 37190-000

(35) 3266-1075

51Centro de Saúde Dr. Aurélio Gazolla

TRES CORAÇÕESRUA GENERAL OSÓRIO, 174; Cotia - CEP: 37410-000

(35) 3691-1077

52GEMED - GERENCIA DE MEDICAMENTOS SMSA-PBH

BELO HORIZONTEAVENIDA AFONSO PENA, 2336 - 4º ANDAR - cep´30130-007

(31) 3277-7803

53POLICLÍNICA MUNICIPAL DE ANDRADAS

ANDRADASRUA TIRADENTES, 55 - CENTRO - CEP:37795-000

(35) 3731-1802

54 FARMÁCIA MUNICIPAL DE MURIAÉ MURIAÉRUA JÚLIO BRANDÃO, 168; BARRA - cep:36880-000

(32) 3722-4276

55 UBS SANTA RITA DO SAPUCAÍ SANTA RITA DO SAPUCAIRUA CAPITÃO JOÃO ANTÔNIO DIAS, 122; CENTRO - cep: 37540-000

(35) 3471-7112 (35) 3471-7109

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42 Manual de boas práticas para Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-Retrovirais do Estado de Minas Gerais

Anexo 2 - Formulário para registro de temperatura

Governo do estado de Minas Geraissecretaria de estado da saÚde

FORMULÁRIO PARA REGISTRO TEMPERATURA Termômetro de Máximo e Mínimo

Unidade Dispensadora: Município:

Responsável pelo preenchimento: Mês /Ano:

Dia Hora Min Max Atual Rubrica Dia Hora Min. Max Atual Rubrica Observações

1 1

2 2

3 3

4 4

5 5

6 6

7 7

8 8

9 9

10 10

11 11

12 12

13 13

14 14

15 15

16 16

17 17

18 18

19 19

20 20

21 21

22 22

23 23

24 24

25 25

26 26

27 2728 28

29 29

30 30

31 31

FALH

A

Hora da Falha:

Temperatura ao encontrar a Falha:

Dias parado por falha:

OBESRVAÇÃO: GELADEIRA EXCLUSIVA PARA ARMAZENAR MEDICAMENTOS

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437 ANEXOS

Anexo 3 - Formulário de remanejamento de medicamentos

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44 Manual de boas práticas para Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-Retrovirais do Estado de Minas Gerais

Anexo 4 – Modelo de ficha individual para acompanhamento dos pacientes

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAISSECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDEGERENCIA DE MEDICAMENTOS ESTRATÉGICOS - GMESTFICHA INDIVIDUAL PARA ACOMPANHAMENTO DOS PACIENTES

Nome:

Data de nascimento: / / Nº cadastro farmácia:

Ano: Quantidade de medicamentos ARV dispensados por mês

MEDICAMENTOSUnid /dia JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Data / Quantid. atendida D Q D Q D Q D Q D Q D Q D Q D Q D Q D Q D Q D Q

Abacavir (ABC) 300mg

Atazanavir (ATZ) 150 mg

Atazanavir (ATZ) 200 mg

Darunavir 300mg

Didanosina EC (ddI) 400mg

Didanosina EC (ddI) 250mg

Efavirenz (EFZ) 600mg

Enfuvirtida (T-20) injetável

Estavudina (D4T) 30mg

Estavudina (D4T) 40mg

Fosamprenavir (FPV) 700 mg

Indinavir (IDV) 400mg

Lamivudina (3TC) 150mg

Lopinavir+Ritonavir (LPV/r) 200mg+50mg

Nevirapina (NVP) 200mg

Ritonavir (RTV) 100mg

Saquinavir (SQV) 200mg

Tenofovir (TDF) 300mg

Zidovudina (AZT) 100mg

Zidovudina+Lamivudina 300mg+150mg

6. Mudança de esquema:

Data: ____/____ / ____ Motivo:

7. Observações:

Ano: Demais medicamentos dispensados em cada mês

MEDICAMENTOSUnid / dia

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Data / Quantid. atendida D Q D Q D Q D Q D Q D Q D Q D Q D Q D Q D Q D Q

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SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE

SUBSECRETARIA DE POLÍTICAS E AÇÕES DE SAÚDESUPERINTENDÊNCIA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICAGERÊNCIA DE MEDICAMENTOS ESTRATÉGICOS

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDECOORDENAÇÃO ESTADUAL DE DST/AIDS

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