manual de boas praticas

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optimizao da qualidade e reduo de custos na cadeia de distribuio de produtos hortofrutcolas frescos

Manual de Boas Prticas

Instituies do consrcio

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CARACTERIZAOAspectos Gerais O kiwi pertence famlia das actinidiceas, ao gnero Actinidia e espcie Actinidia deliciosa (A. Chev.) C. F. Liang e A. R. Ferguson.

A actindea uma espcie diica, isto , existem cultivares s com flores femininas e outras s com flores masculinas, embora todas possuam ovrio e estames. O ovrio encontra-se atrofiado nas flores masculinas e o plen estril nas femininas. Assim, para se produzirem frutos de calibre comercial, o plen necessita de ser transferido das flores masculinas para as flores femininas. O kiwi uma baga de epiderme castanha coberta com plo, polpa verde, com numerosas sementes de reduzida dimenso e cor castanha muito escura. O teor em gua colheita varia entre 80% e 85%. O kiwi tem um teor em vitamina C muito elevado, quase o dobro do da laranja. Contm tambm magnsio, que normalmente um nutriente limitado na dieta e importante para o sistema cardio-vascular. Em contrapartida, o teor em sdio e em potssio, muito baixo. O kiwi ainda considerado uma boa fonte de fibra e um dos poucos alimentos que combina um baixo teor em gordura com uma elevada concentrao de vitamina E. Em termos dietticos e comparativamente ao limo, o kiwi seis vezes mais rico em vitaminas, sendo ainda relativamente ma: i) 4 vezes mais rico em potssio; ii) 4 vezes mais rico em fsforo; iii) 10 vezes mais rico em clcio; e, iv) 5 vezes mais rico em ferro. A actindea cultivada no nosso pas tem origem no interior da China, nas margens do rio Yang-Ts-Kiang, entre os 25 e os 35 de latitude norte. A Nova Zelndia foi o maior produtor mundial de kiwis at finais da dcada de 80, tendo sido ultrapassado pela Itlia, que, em 1989, apresentava j uma rea de 18 x 103 hectares e uma produo de 210 x 103 toneladas.

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CultivaresCultivar feminina mais comum: Caractersticas da cultivar Hayward: Hayward Boas caractersticas organolpticas, frutos de grande calibre, elevada produtividade, bom poder de conservao. Cultivares masculinas: Tomuri, Matua, M3 e Autari,entre outras.

Inovaes Varietais As cultivares Hort 16 A e Chinabelle, seleces da espcie Actinidia chinensis, com frutos de polpa amarela, constituem a maior inovao a nvel varietal desde a introduo da Hayward em produo. A seleco de cultivares que produzem frutos isentos de plo (cv. Top Star) e frutos com maturao mais tempor (cv. Kramer) so tambm inovaes recentes. Zonas de Produo A rea de produo tem-se mantido estabilizada em torno dos 1 000 hectares e a produo perto das 10 000 toneladas. A regio de Entre Douro e Minho representa 74% da rea nacional, a Beira Litoral 22%, estando os restantes 4% localizados na regio de Ribatejo e Oeste. poca de Colheita Outubro/Novembro poca de Comercializao Outubro/Maio Caracterizao da Cadeia A cadeia tpica do kiwi apresentada esquematicamente na Figura 1, podendo contudo existir cadeias mais curtas, onde algumas destas fases no existem. Por exemplo, os frutos podem ser colhidos, calibrados, embalados e directamente expedidos para venda, sem passarem por uma fase de conservao.

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CAMPO

PRODUO COLHEITA TRANSPORTE PR-ARREFECIMENTO

Figura 1: Cadeia de distribuio tpica do Kiwi

INSTALAES DE CALIBRAO EMBALAGEM E CONSERVAO

PREPARAO CONSERVAO EMBALAGEM TRANSPORTE

DISTRIBUIO E VENDA

ENTREPOSTO TRANSPORTE LOJA

TRANSPORTE

Perdas Associadas Cadeia Em Portugal no so conhecidas estimativas fiveis das perdas que ocorrem na cadeia dos frutos frescos. S atravs da identificao e quantificao das perdas que ocorrem nas diferentes fases da cadeia ser possvel a optimizao da qualidade e reduo de custos na cadeia de distribuio.

Segundo dados recolhidos por uma empresa de distribuio nacional, em 1998 e 1999, o principal motivo de rejeio de kiwi entrada nos entrepostos excesso de maturao. entrada nas lojas, a presena de frutos podres e pisados indicada como a principal causa de rejeio.

PRODUOCondies Edafoclimticas Clima A planta adapta-se melhor a climas com elevada humidade relativa, ausncia de ventos fortes, frio invernal entre as 600 e 700 horas, no ocorrncia de geadas primaveris, nem excesso de sol. Na Tabela 1 esto indicados os efeitos nocivos dos factores climticos mais relevantes e as medidas preventivas que podero contrariar a sua aco.

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Tabela 1: Efeito dos factores climticos e respectivas medidas preventivas na cultura do Kiwi

Efeitos

Aces preventivas

Aco Quebra de ramos, manchas e deformaes Instalao de quepersistente do fruto que originam a sua depreciao bra-ventos ou mondo vento tagem de redes comercial; Aumento da transpirao, causando leses especiais com funo anti-vento. de natureza fisiolgica com repercusses directas ao nvel da produo. Aco do frio e geada Na Primavera podem causar danos graves Uso de sistemas anti-geada; nos rebentos e gomos florais; Os quebra ventos No Outono antes da colheita, embora no muito frequentes, as folhas caem e deixam fixos, quando utilizados, devem ter os frutos mais expostos. primeira vista aberturas na parte parecem no ter sofrido leses, mas mais baixa de modo depois durante a conservao que se nota a impedir a estaum amadurecimento precoce com a congnao do ar mais sequente produo de etileno; frio. Nas plantas jovens pode ocorrer o fendilhamento da casca dos troncos, sendo a parte mais sensvel a que se encontra nos primeiros 50 cm acima do solo. Uso de redes som Perda de plo pelo epicarpo dos frutos; danos nas plantas, ao nvel das folhas e dos breadoras. frutos, com fenmenos de abortamento.

Aco do sol

Figura 2: Pomar de Kiwi

Solo A planta prefere os solos frteis, profundos, bem drenados, ricos em matria orgnica e com um pH entre 5,5 6. No suporta bem os solos demasiado argilosos e calcrios. Conduo do Pomar A conduo do pomar consiste em todas as aces levadas a cabo no pomar com o objectivo de atingir uma boa produo. A armao do pomar, as podas (de formao, produo e das plantas macho) e a sua relao com a iluminao da planta, o nmero de gomos deixados no pomar, o nmero de varas em cada planta, a monda de frutos, a polinizao, a rega, a fertilizao e nutrio, a manuteno do solo, a proteco fitossanitria

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e os reguladores de crescimento so factores determinantes nas produes obtidas. A actindea produz frutos sobre ramos de um ano. Os ramos ideais para produzir so os de crescimento determinado e entrens curtos, gomos bem desenvolvidos e bem expostos.Armao do Pomar A armao do pomar feita, normalmente em T. Caracteriza-se por uma estrutura de metal, beto ou madeira, com cerca de 1,80 m de altura e uma barra atravessada de 1,5 a 2,0 m de largura na qual se encontram inseridos trs arames, em que o central ocupa uma posio mais elevada em relao aos laterais. O dimetro dos arames a utilizar deve ser pelo menos de 4 mm para o central e 2,5 mm para os laterais. Compassos de Plantao Os compassos de plantao mais indicados so 4,7 m a 5,0 m por 2,5 m a 5,0 m, devendo dar-se preferncia aos mais apertados na linha. Poda de Formao A poda de formao tem por objectivo a obteno e formao, no menor perodo de tempo possvel, de uma planta com estrutura e capacidade produtiva adequadas. Consiste, fundamentalmente, na poda a 2 ou 3 gomos aps a plantao, na eleio do lanamento melhor posicionado para a constituio do caule principal, na formao do cordo, e na sua orientao ao longo do arame. Poda de Produo Dependendo da regio e do pomar, esta poda executada a partir do momento em que a planta entra em produo. Com esta operao pretende-se equilibrar a relao frutificao/crescimento vegetativo, assegurar a renovao das varas e manter a sua distribuio na copa. A poda de produo inclui uma poda no Inverno e outra no Vero.

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Figura 3 Exemplo de poda de Inverno

Poda de Inverno: realiza-se de meados de Dezembro a meados de Fevereiro. uma interveno que permite encontrar o equilbrio entre o nmero de varas, o nmero de gomos, a posio das varas e a iluminao da copa. Consiste na eliminao dos ramos que apresentam as seguintes caractersticas: i) frutificao no ciclo vegetativo anterior; ii) insero demasiado na vertical; iii) excedentes em relao aos que se pretendem para produzir (Figura 3). Poda de Vero: embora, no haja consenso entre os investigadores sobre o efeito positivo desta poda, ela continua a ser praticada, consistindo fundamentalmente no seguinte: i) corte a partir das 2 ou 3 folhas dos ramos demasiado vigorosos, de modo a evitar que partam pela aco do vento, e a permitir a rebentao de varas menos vigorosas, ii) corte aps a 34 folha, contada a partir do ltimo fruto, dos ramos frutferos de modo a privilegiar o crescimento dos frutos relativamente ao crescimento dos ramos, iii) manuteno da iluminao da copa sem provocar escaldo dos frutos, iv) os cortes realizados devero ter em ateno a orientao das varas que entretanto iro surgir. Na Figura 4 est exemplificada uma poda de Vero (A - representao do ramo antes do corte; B - resposta ao corte aps a poda).

Figura 4 Exemplo de uma poda de vero

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Poda das Plantas Macho Esta poda realizada de modo a manter uma estrutura semelhante das plantas fmea. A poda mais importante das plantas macho realizada aps a florao, eliminando os ramos que j floriram e garantido a renovao junto do cordo principal. Nmero de Gomos Deixados num Pomar O nmero de gomos deixados no pomar depende do nmero de plantas e do compasso de plantao e deve variar entre os 150 000 - 200 000 gomos/hectare. Nmero de Varas em cada Planta O nmero de varas em cada planta deve ser tal que permita um bom arejamento e uma iluminao adequada, de modo a reduzir a sensibilidade s doenas, em particular Botrytis. Entre varas deve existir pelo menos uma distncia aproximada de 20 cm. Cada vara deve conter no mximo 15 a 20 gomos. Monda de Frutos Esta operao habitual quando se pretendem obter produes de qualidade. Consiste, fundamentalmente, na eliminao dos botes deformados e na eliminao dos laterais quando o seu nmero excessivo, e deve realizar-se na fase de boto floral. Polinizao Este um dos eventos mais importantes para a obteno de uma produo de qualidade superior, dada a estreita relao entre o calibre dos frutos e o nmero de sementes. Em mdia colocam-se 8 colmeias por hectare durante a florao e retiram-se aps a polinizao, de modo a no criar habituao flora do local. A pulverizao das plantas com produtos atractivos para os insectos, em particular para as abelhas, e a polinizao manual so, ainda, algumas das tcnicas recomendadas. Recentemente, a recolha de plen e posterior aplicao recorrendo a sistemas mecnicos artificias tem sido desenvolvida de modo a complementar a polinizao natural.

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Rega Na instalao de um pomar de actindeas a disponibilidade de gua um dos factores mais importantes para a rega e para o combate s geadas primaveris. Em mdia so necessrios 145-180 L/planta/dia de gua destinados alimentao da planta e criao de um ambiente hmido favorvel ao desenvolvimento da cultura. O sistema de rega mais utilizado a microasperso, dimensionado para permitir a rega durante o Vero e o combate s geadas durante a Primavera. Manuteno do Solo A manuteno do solo feita sem qualquer mobilizao, recorrendo ao uso de herbicidas nas linhas e ao corte de infestantes na entrelinha. Fertilizao e Nutrio A actindea apresenta um intenso desenvolvimento vegetativo e produes potenciais elevadas exigindo que a fertilizao praticada conduza a um equilbrio entre o vigor da planta, a frutificao e a capacidade de conservao dos frutos. Antes da instalao dos pomares devem ser realizadas anlises de terra e efectuar a correco do estado de fertilidade dos solos de acordo com as recomendaes emitidas pelo laboratrio. Salienta-se que esta fase uma oportunidade nica para se fazer uma distribuio adequada dos correctivos orgnicos e minerais e de nutrientes com pouca mobilidade, como o fsforo. Aps a instalao dos pomares devem ser efectuadas anlises de terra de 2 em 2 anos e uma vez por ano anlise de folhas, para avaliao do nvel de fertilidade do solo e do estado nutricional das plantas.

Os solos devem ser mantidos com um nvel de fertilidade que permita a obteno dos teores foliares, no estado fenolgico E (botes florais bem visveis), indicados na Tabela 2. A aplicao de adubos ao solo, em fertirrigao ou em pulverizao deve ser ponderada de acordo com as condies particulares de cada pomar e os objectivos que se pretendem alcanar.

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Macronutrientes (%) N 3,85 P 0,52 K 2,66 Ca 2,10 Mg 0,34 S 0,50 Fe

Micronutrientes (ppm) Cu 17 Zn 48 Mn 189

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Tabela 2 Teores foliares normais em actindea (cv. Hayward) no estado fenolgico E (botes foliares bem visveis) na regio de Entre Douro e Minho. Fonte: Veloso, (1998)

Proteco Fitossanitria A expresso de pragas e doenas reduzida. Exceptua-se, no entanto, o aparecimento de Botrytis cinerea Pers em situaes especficas, nomeadamente em anos particularmente chuvosos, em pomares com cruzetas demasiado baixas e tneis muito fechados e fortemente adubados em azoto. A existncia de nemtodos e de podrides radiculares constituem, ainda, alguns dos problemas fitossanitrios a registar. Reguladores de Crescimento A utilizao destes produtos destina-se, sobretudo, a estimular o abrolhamento dos gomos nos anos e nos locais em que o clima mais ameno. Deve ser uma prtica a incluir na conduo dos pomares. O composto homologado em Portugal para o efeito designa-se por cianamida hidrogenada (Dormex). Tratando-se de um produto extremamente txico para o aplicador, recomenda-se o cumprimento rigoroso das condies de aplicao, nomeadamente: - aplicar s quando o nmero de horas de frio (temperatura inferior a 7C) for insuficiente; - fazer uma s aplicao, sempre aps as operaes de poda e empa; - efectuar uma aplicao homognea ajustando o bico do pulverizador de forma a que todos os gomos sejam convenientemente molhados, sem que ocorra escorrimento; - no efectuar a aplicao atravs da gua de rega; - no misturar a cianamida hidrogenada com outros produtos fitofarmacuticos; - no atingir culturas ou plantas vizinhas da rea a tratar; - no ingerir bebidas alcolicas 24 horas antes e depois de efectuar a aplicao de Dormex .

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COLHEITACritrio de Definio da Data de Colheita Os dois critrios mais usados internacionalmente como ndices de maturao do kiwi so o teor de slidos solveis (0Brix) e a dureza da polpa. O teor de slidos solveis (0Brix) varia com as condies edafoclimticas, a tecnologia de produo e a posio do fruto na rvore, devendo apresentar colheita um valor mnimo de 6,2 0Brix. A amostra para ensaio deve ser constituda por um mnimo de dez frutos colhidos aleatoriamente no pomar. A valor da dureza da polpa colheita deve estar compreendido entre 5,5-8 kg, determinado com um penetrmetro manual. As limitaes deste instrumento para avaliar a dureza, nomeadamente o facto dos resultados variarem com o operador, levou ao desenvolvimento de novos equipamentos: SoftSense, Softness Meter, KIWIPOKE e Massey Twist Tester. Tcnicas de Colheita Os frutos devero ser colhidos manualmente sem pednculo para caixas de plstico ou para aventais prprios, com fivelas em cruz e alforges laterais, que quando cheios so esvaziados para contentores de plstico (palox) de grande capacidade. Parmetros de Qualidade do Produto a Colher Alm de apresentar o valor mnimo de 6,2 Brix, os frutos devero estar num estado de desenvolvimento tal que lhes permita suportar o transporte e conservao, devendo ser: - inteiros, - sos, - limpos, isentos de matria estranha visvel, - suficientemente firmes (no moles, enrugados ou inchados com gua), - bem formados, excluindo frutos duplos ou mltiplos, - isentos de parasitas, - isentos de danos causados por parasitas, - isentos de odor ou /e sabor estranhos.

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PREPARAODescarga Esta fase deve ser realizada de forma a evitar danos mecnicos nos frutos. Pr Arrefecimento O arrefecimento habitualmente feito em cmara com circulao natural de ar. importante arrefecer o kiwi num perodo no superior a 6 horas aps a colheita, temperatura de 0 C e manter os nveis de etileno na cmara abaixo de 0,03 ppm. Triagem A seleco deve ser extremamente rigorosa de modo a evitar a conservao de frutos que no iro ser comercializados. Devem ser rejeitados os frutos geminados, deformados e/ou podres. Desta forma reduzem-se os custos de conservao e no caso de podrides evita-se a contaminao dos frutos sos. O produto que foi rejeitado, deve ser recolhido para contentor prprio e descartado logo que possvel. Separao em Categorias Existem trs categorias de qualidade do kiwi: Extra, I e II. Na categoria Extra deve ser includo apenas produto de qualidade superior, isento de defeitos. Na categoria I includo produto de boa qualidade, sendo permitidos frutos com ligeiros defeitos de forma, desenvolvimento e colorao. O kiwi da categoria II pode apresentar alguns defeitos de forma, de desenvolvimento e de colorao um pouco mais pronunciados do que na categoria I. No anexo I encontram-se especificadas as caractersticas de cada categoria de acordo com a norma em vigor.

Figura 5 Seleco manual na linha de calibrao

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Figura 6 Calibrao de Kiwi

Calibragem A separao por calibres feita pelo peso dos frutos. Na Tabela 3 apresenta-se a relao entre o calibre e o peso. O kiwi com peso inferior a 65 g deve ser rejeitado. O peso mnimo para a categoria extra de 90 g, para a categoria I de 70 g e para a categoria II de 65 g.Calibre* Refugo 46 42 39 36 33 30 27 25 20-23 Peso (g) 0-65 65/70 70/75 75/80 80/85 85/95 95/105 105/115 115/125 >125

Tabela 3 Relao entre calibre e peso. *Nmero de frutos/3kg

Figura 7 Acondicionamento do Kiwi em palox. Dispositivo para evitar danos

Cuidados a ter na Preparao Nas instalaes: - Limpeza regular do pavilho (tectos, paredes e cho); - Limpeza regular da linha de calibragem; - Limpeza regular das embalagens reutilizveis, usadas na colheita e comercializao; - Boa iluminao; - Formao especfica do pessoal.

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Com o produto: - Eliminao de sujidade no kiwi deve ser feita com escovas e nunca pela aco da gua; - Manipulao do kiwi na linha de calibragem durante a seleco deve ser feita com muito cuidado de forma a evitar o dano mecnico nos frutos.

Figura 8 Escovagem do Kiwi para eliminao do plo

CONSERVAOPerodo de Conservao O kiwi pode ser conservado por perodos longos, podendo chegar aos 6 meses.Tabela 4 Condies ptimas para a conservao de kiwi

Temperatura 0C

Humidade relativa 90-95%

Concentrao O2 e CO2 1-2% O2 e 3-5% CO2

Humidade Relativa A transpirao do kiwi aumenta com a diminuio da humidade relativa ambiente. A perda de gua do produto leva perda de peso, ao enrugamento da epiderme e ao falso amadurecimento. Por outro lado, a humidade relativa perto do ponto de saturao pode favorecer o desenvolvimento de podrides devido a Botrytis. Resposta ao Etileno O kiwi extremamente sensvel ao etileno. Concentraes da ordem dos 5-10 ppb so suficientes para provocar o amadurecimento. Assim, a exposio de kiwi ao etileno deve ser evitada durante toda a sua cadeia.

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Os nveis de etileno nas cmaras de armazenamento podem ser controlados atravs da utilizao de convertores catalticos, como por exemplo o permanganato de potssio ou arejando frequentemente as cmaras com ar puro, filtrado ou lavado com gua.Resposta a Atmosferas Controladas (AC) A manuteno de nveis de O2 e CO2 controlados atrasa o amadurecimento e a senescncia. A AC deve ser estabelecida nos dois dias aps a colheita de forma a maximizar os seus benefcios. Cuidados a ter na Conservao - Limpar as cmaras; - No misturar o kiwi com produtos que libertem etileno (como o caso das mas); - No exceder a capacidade das cmaras; - Controlar o nvel de etileno; - Manter corredores entre paletes de forma a existir uma circulao correcta de ar; - Identificar os contentores (palox); - Inspeccionar periodicamente a carga, no armazenamento prolongado, tendo em ateno contudo que a abertura frequente das cmaras altera as condies ambientais e aumenta os custos energticos.

EMBALAGEMActualmente o kiwi a granel comercializado em caixas plsticas de 10 kg de capacidade e em sacos de rede para kiwis de menor calibre. Para pequenas quantidades corrente encontrar bandejas plsticas com rede sinttica, sendo usado um tabuleiro de carto para agrupamento. Encontram-se no mercado sistemas alternativos para a venda a granel, como a caixa de carto canelado com liner (saco) de polietileno, para kiwi importado.

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Cuidados a ter no Embalamento - O kiwi deve ser acondicionado de forma a garantir a proteco conveniente do produto; - Os materiais utilizados no interior da embalagem devem ser novos, limpos e no provocar no produto quaisquer alteraes externas ou internas; - O contedo de cada embalagem deve ser homogneo, isto , com a mesma origem, variedade qualidade e calibre; - As caixas reutilizveis que no esto a ser utilizadas devem estar limpas e guardadas em local apropriado.

Figura 9 Sistemas de embalagem para o Kiwi

De forma a evitar problemas no empilhamento e durante o transporte: - As caixas devem ter a dimenso e a resistncia mecnica adequada; - O nvel e a densidade de enchimento das caixas deve ser adequado, para evitar danos no produto no empilhamento e por vibrao durante o transporte; - O empilhamento das caixas na palete deve ser correcto; - As caixas devem ser manuseadas com cuidado para evitar choques entre caixas, com o solo, etc.

DISTRIBUIOExpedio A distncia entre o local de produo e o de consumo por vezes muito grande sendo

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necessrio transporte refrigerado. O transporte com temperatura controlada tem custos muito superiores aos do transporte temperatura ambiente, por isso a optimizao dos veculos ainda mais importante. O carregamento para o transporte deve ser feito em condies de temperatura e humidade relativa ptimas, referidas anteriormente, sendo necessrio o mesmo cuidado e precaues referidos para as etapas anteriores. Apesar de normalmente serem usados veculos refrigerados entre o entreposto e a loja, nas outras fases da cadeia de distribuio, a cadeia de frio muitas vezes interrompida. Acresce o facto dos veculos transportarem cargas mistas com diferentes exigncias ao nvel da temperatura e humidade relativa. Actualmente j existem carros com divisrias mveis que admitem duas ou trs temperaturas diferentes permitindo assim o transporte simultneo de produtos congelados e frescos. Por exemplo, na ausncia deste tipo de transporte podem ser usados pequenos contentores com refrigerao autnoma.Cuidados a ter Durante o Carregamento Os problemas mais comuns na expedio so devidos a variaes de temperatura. Para que estes problemas sejam evitados devem ser tomadas as seguintes precaues antes de carregar o veculo: - Arrefecer previamente a galera frigorfica temperatura recomendada e testar o sistema de circulao de ar; - Colocar o produto no veculo de transporte temperatura pretendida, uma vez que no transporte refrigerado apenas se mantm a temperatura do produto (sem o arrefecer); - Estacionar o veculo de transporte o mais prximo possvel da cmara frigorfica onde se encontra armazenado o produto e sempre que possvel ligar estes dois por um tnel. Uma alternativa interessante passa pela existncia de um cais refrigerado para expedio permitindo que o carregamento se faa directamente para o veculo. O cais deve estar isolado do exterior por portas de bandas de borracha que se ajustam ao perfil do veculo;

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- Uma vez iniciado efectuar o carregamento sem demora; - Se o processo de carga for interrompido por qualquer motivo, fechar as portas e ligar o aparelho de frio at que sejam retomadas as operaes; - Fechar a porta do veculo e pr os ventiladores em funcionamento assim que as paletes estejam na galera; - Garantir que durante o transporte o produto no sofre oscilaes importantes de temperatura; - No carregar lotes onde tenham sido detectadas temperaturas anormais; - Limitar a altura mxima de carregamento, para garantir uma boa repartio de ar sobre todo o compartimento do veculo, prevendo um espao livre de 10 a 20 cm abaixo do tecto; - Assegurar a limpeza, externa e interna, do veculo e garantir a ausncia de qualquer cheiro e/ou humidade no interior da caixa. frequente o carregamento deste tipo de produtos em veculos de transporte secundrio sem pr refrigerao, obrigando-se o sistema de frio do veculo a fazer o arrefecimento. Esta prtica deve ser evitada porque como o sistema de frio est dimensionado apenas para manter a temperatura, o arrefecimento lento.

VENDAManipulao no Ponto de Venda No ponto de venda tambm necessrio que sejam tomadas algumas precaues de modo a no comprometer todo o processo anterior: - Minimizar a manipulao, - Eliminar os frutos podres, com excesso de maturao, estragados, demasiadamente pequenos, etc.; - Comercializar em primeiro lugar os produtos adquiridos h mais tempo; - Armazenar, se possvel, o produto em cmaras frigorficas a temperaturas entre 8 e 12 C; - Evitar variaes bruscas de temperatura; - Evitar pilhas de produto; - Abastecer o ponto e venda medida das necessidades.

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Exposio no Ponto de Venda O sucesso da venda dos produtos passa tambm pela forma como os produtos so apresentados ao consumidor, deve-se assim: - Rotular de forma visvel e precisa; - Expor em quantidade suficiente; - Iluminar e arranjar bem o produto; - Cuidar diariamente da apresentao e limpeza do espao destinado venda dos produtos; - Colocar na banca/expositor apenas embalagens limpas; - Manter as etiquetas sempre limpas; - No colocar os produtos em contacto com o pavimento; Como Comprar Kiwi de Qualidade Na compra de kiwi deve optar-se por frutos de polpa macia que no estejam moles nem de aspecto enrugado. Para os escolher deve-se carregar suavemente com o polegar na zona mdia do fruto. A polpa deve apresentar ligeira resistncia e voltar forma inicial depois de se retirar o dedo. Os frutos demasiado maduros so desagradveis ao paladar. Como Conservar Correctamente o Kiwi O kiwi deve ser mantido no frigorfico e s deve ser misturado com frutos que estejam a amadurecer caso se pretenda que evoluam mais rapidamente. Para este efeito podem igualmente ser embrulhados em papel castanho ou em sacos de plstico, preferencialmente em conjunto com mas.

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BIBLIOGRAFIAHOPKIRK, G; MAINDONALD, J. H.; WHITE, A.1996 Comparison of four new devices for measuring kiwifruit firmness. New Zeland Journal of Crop and Horticultural Science. 24. 273-286. MADRP, 1990 - Normas de Qualidade Produtos Hortofrutcolas Frescos. Lisboa. MADRP, [s.d.] - Qualidade e Apresentao de Frutas e Legumes Guia Prtico para o Pequeno Retalhista. [MADRP]. Lisboa MADRP, 1999 - Secretaria de Estado da Modernizao Agrcola da Qualidade Alimentar Normalizao das Frutas e Legumes. Garantia da Qualidade Guia Prtico para o Consumidor. [MADRP]. Lisboa. SILVEIRA, H.; GOMES, R.; AGUIAR, L. 1999 Guia dos produtos fitofarmacuticos. Direco Geral de Proteco das Culturas. MADRP. Lisboa. SIMA, 1993 Kiwi, o mercado nacional e internacional. Caderno de conjuntura, 6. 1. Lisboa SIMA, 1998/1999 Anurio Hortofrutcola. Gabinete de Planeamento e Poltica Agro-alimentar. MADRP. Lisboa. VELOSO, A. 1998 Anlise foliar em kiwi. Ficha Tcnica 70. Ed. DRAEDM. Braga. XILOYANNIS, C.; ANGELINI, P.; GALLIANO, A. 1990 Drip irrigation of kiwifruit trees. Acta Horticulturae. 282. 217 225.

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ANEXO I Normas Oficiais de Qualidade para Kiwis (Regulamento CE n 410/90, de 16 de Fevereiro)O Ministrio da Agricultura procurando uniformizar a qualidade dos frutos comercializados publicou em 1995 as normas oficiais para frutos frescos nas quais se inclui o kiwi. Estas normas, transcritas a seguir, incluem a definio do produto e disposies relativas qualidade, calibragem, tolerncias, apresentao e etiquetagem.1. Definio do Produto

A presente norma diz respeito aos kiwis (tambm denominados actindeas), das variedades (cultivares) de actindea chinensis (Planch) ou de actinidia deliciosa (A. Chev, C. F. Lian e A. R. Ferguson), destinados a ser fornecidos ao consumidor no estado fresco, com excluso dos kiwis destinados transformao industrial.

2. Disposies Relativas Qualidade

A norma tem como objectivo definir as qualidades que os kiwis devem apresentar aps acondicionamento e embalagem.2.1. Caractersticas Mnimas

Em todas as categorias, tendo em conta as disposies especiais previstas para cada categoria e as tolerncias admitidas, os kiwis devem ser: - inteiros (mas sem pednculo), - sos (so excludos os produtos atingidos por podrido ou alteraes tais que os tornem imprprios para consumo), - limpos, praticamente isentos de matria estranha visvel, - suficientemente firmes; nem moles nem enrugados nem insuflados com gua, - bem formados, sendo excludos os frutos duplos ou mltiplos, - praticamente isentos de parasitas, - praticamente isentos de danos causados por parasitas,

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- isentos de humidade exterior anormal, - isentos de odor e/ou sabor estranhos. Os produtos devem ser bem desenvolvidos e ter atingido um estado de maturao suficiente (para respeitar esta disposio, os frutos, por ocasio da colheita, devem ter atingido um grau de maturao, avaliado pelo mtodo de Brix, de pelo menos 6,2). O desenvolvimento e o estado dos kiwis devem ser tais que lhes permita: - suportar o transporte e a manuteno, - chegar ao local de destino em condies satisfatrias.2.2. Classificao

Os kiwis so objecto de uma classificao em trs categorias a seguir definidas: a) Categoria extra Os kiwis classificados nesta categoria devem ser de qualidade superior. Devem ser bem desenvolvidos e apresentar todas as caractersticas tpicas da variedade. Devem ser isentos de defeitos, com excepo de alteraes superiores muito ligeiras, desde que estas no prejudiquem a qualidade, a manuteno da qualidade, o aspecto do produto nem a sua apresentao na embalagem. b) Categoria I Os kiwis classificados nesta categoria devem ser de boa qualidade. Os frutos devem ser firmes. Devem apresentar as caractersticas da variedade. Podem, no entanto, ter os seguintes defeitos ligeiros, desde que estes no prejudiquem o aspecto do produto, a qualidade, a manuteno da qualidade nem a apresentao na embalagem: - um ligeiro defeito de forma (mas sem incumescncias nem deformao), - um ligeiro defeito de colorao, - defeitos superiores da epiderme, desde que a rea total afectada no exceda 1 cm2.

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- uma pequena marca hayward correspondente a linhas longitudinais e sem protuberncia. c) Categoria II Esta categoria inclui os kiwis que no podem ser classificados nas categorias superiores mas que correspondem s caractersticas mnimas acima definidas. Os frutos devem ser razoavelmente firmes e a polpa no deve apresentar defeitos srios. Podem, contudo, ter os seguintes defeitos, desde que os kiwis mantenham as suas caractersticas essenciais em matria de qualidade, conservao e apresentao: - defeitos de forma, - defeitos de colorao, - defeitos de epiderme, com pequenas fendas cicatrizadas ou tecido de cicatrizao de uma escoriao, desde que a sua rea total no exceda 2 cm2. - diversas marcas hayward mais pronunciadas com uma ligeira protuberncia, - ligeiras contuses.

3. Disposies Relativas Calibragem

O calibre determinado pelo peso dos frutos. O peso mnimo para a categoria extra de 90 gramas, para a categoria I de 70 gramas e para a categoria II de 65 gramas. A diferena de peso entre o fruto maior e o fruto mais pequeno em cada embalagem no deve exceder: - 15 gramas para os frutos com um peso inferior a 85 gramas, - 20 gramas para os frutos com um peso compreendido entre 85 gramas e 120 gramas, - 30 gramas para os frutos com um peso igual ou superior a 120 gramas.

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4. Disposies Relativas s Tolerncias

So admitidas tolerncias de qualidade e de calibre, em cada embalagem, em relao aos produtos que no estejam em conformidade com as exigncias da categoria indicada:4.1. Tolerncias de Qualidade

a) Categoria extra 5% em nmero ou em peso de kiwis que no correspondam s caractersticas da categoria, mas que estejam em conformidade com as da categoria I ou sejam excepcionalmente admitidos nas tolerncias desta categoria. b) Categoria I 10% em nmero ou em peso de kiwis que no correspondam s caractersticas da categoria, mas que estejam em conformidade com as da categoria II ou sejam excepcionalmente admitidos nas tolerncias desta categoria. c) Categoria II 10% em nmero ou em peso de kiwis que no correspondam s caractersticas da categoria nem s caractersticas mnimas, com excluso dos frutos afectados por podrido ou qualquer outra alterao que os tornem imprprios para consumo.4.2. Tolerncias de Calibre

Para todas as categorias, 10% em nmero ou em peso de kiwis que no correspondam s disposies relativas ao peso mnimo e/ou calibre. Todavia, os frutos devem ter um calibre imediatamente inferior ou superior ao calibre indicado e, no caso do calibre inferior, no devem pesar menos de 85 gramas, 67 gramas e 62 gramas no que diz respeito, respectivamente categoria extra categoria I e categoria II.

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5. Disposies Relativas Apresentao5.1. Homogeneidade

O contedo de cada embalagem deve ser homogneo e consistir apenas em kiwis da mesma origem, variedade, qualidade e calibre. A parte visvel do contedo da embalagem deve ser representativa do conjunto.5.2. Acondicionamento

Os kiwis devem ser acondicionados de modo a assegurar uma proteco conveniente do produto. Os materiais utilizados no interior da embalagem devem ser novos, limpos e tais que no possam causar aos produtos alteraes externas ou internas. autorizado o emprego de materiais e nomeadamente, de papis ou selos que contenham indicaes comerciais, desde que a impresso ou a rotulagem sejam efectuadas com uma tinta ou uma cola no txicas. As embalagens devem ser isentas de qualquer matria estranha. Os frutos classificados na categoria extra devem ser acondicionados separados uns dos outros, numa nica camada.

6. Disposies Relativas Etiquetagem

Cada embalagem deve trazer, em caracteres agrupados do mesmo lado, legveis, indelveis e visveis do exterior, as seguintes indicaes:6.1. Identificao

Embalador e/ou expedidor nome e endereo ou identificao simblica emitida ou reconhecida por um servio oficial.

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6.2. Natureza do Produto

- kiwis e/ou actindea se o contedo no for visvel do exterior, - nome e variedade (facultativo).6.3. Origem do Produto

Pas de origem e, eventualmente, zona de produo ou designao nacional, regional ou local.6.4. Caractersticas Comerciais

- categoria, - calibre, expresso em peso mnimo e mximo dos frutos no caso de apresentao no ordenada, - nmero de frutos no caso de apresentao ordenada.6.5. Marca Oficial de Controlo (Facultativa)

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