manual de aquisicoes

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MANUAL DE AQUISIES Pgina 3

ApresentaoO servidor deve estar se perguntando: por que a confeco de um Manual de Aquisies? Na verdade, inmeras so as razes que alimentam a necessidade de termos um Manual que ensine com segurana o passo a passo para se adquirir algum produto ou servio na Cmara. A legislao ptria complexa no que concerne s aquisies. Regidas pelas normas do Direito Pblico, as compras governamentais tm na licitao sua regra geral. O administrador pblico possui uma trajetria certa a ser seguida e dela no pode desviar-se, sob pena de ilegalidade. As regras jurdicas so complementadas por diversas interpretaes dos Tribunais, em especial da Corte de Contas. A padronizao de procedimentos por intermdio de um Manual confere uma maior celeridade e segurana jurdica ao processo de compras, ao mesmo tempo em que reduz erros e aumenta a probabilidade de a Instituio estabelecer relaes contratuais mais eficientes com seus fornecedores, isto , qualidade e economia simultneas. Ademais, a existncia do texto ajuda a formar uma linguagem comum entre os colaboradores que atuam com licitaes e contratos. particularmente til quando utilizada por servidores recm admitidos na Casa ou que nunca lidaram com o tema." Histrico A idia de se confeccionar um Manual de Aquisies foi germinada na Assessoria Tcnica da Diretoria-Geral - ATEC, rgo que analisa todos os processos de compras da Casa. Sendo assim, a ATEC preparou um texto inicial destinado aos rgos compradores, ou seja, aqueles demandam a aquisio de algum produto ou servio. A existncia desse texto despertou o interesse do Comit de Gesto do Conhecimento - CGC, colegiado representado por vrios setores da Casa criado para discutir poltica e estratgias de gesto do conhecimento. Membros do CGC vislumbraram a possibilidade de submeter o texto preparado pela ATEC a uma Comunidade Virtual criada especificamente para essa finalidade, composta por membros de vrios setores que participam do processo de compras e que enfrentam esse dia-a-dia. Dessa maneira, a viso tcnico-jurdica da ATEC aliou-se viso operacional dos rgos compradores num trabalho colaborativo virtual que resultou em cerca de 70 mensagens com sugestes melhorias e adaptaes ao texto. Essas mensagens foram postadas e gravadas em ferramentas de fruns

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existentes na plataforma Plone, mesma tecnologia utilizada pelo Portal da Cmara. O resultado da Comunidade Virtual foi compilado por um Grupo de Trabalho criado pelo Diretor-Geral. O grupo analisou profundamente as sugestes e consolidou o texto que ora se apresenta.

COMIT DE GESTO DO CONHECIMENTO Cmara dos Deputados

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SumrioCOMO UTILIZAR ESTE MANUAL ......................................................................................................... 9 INTRODUO......................................................................................................................................... 11 PARTE 1 - REGRAS GERAIS DE CONTRATAES .......................................................................... 13 1.1. Regra Geral..................................................................................................................................... 15 1.1.1. Incio do processo de contratao ............................................................................................ 15 1.1.1.1. Ao 1- Justificar a necessidade da contratao ............................................................... 15 1.1.1.2. Ao 2 Especificar o objeto pretendido ......................................................................... 15 1.1.1.3. Ao 3- Estimar o preo.................................................................................................... 16 1.1.1.4. Ao 4 Informar sobre a programao oramentria ..................................................... 16 1.1.1.5. Ao 5 Especificar o objeto no Sistema DEMAP - SISDEMAP ................................... 17 1.1.1.6. Ao 6- Encaminhar solicitao autoridade superior ..................................................... 17 1.2. Regras especficas........................................................................................................................... 18 1.2.1. Fornecimento de Bens.............................................................................................................. 18 1.2.1.1. Conceito de compra .......................................................................................................... 18 1.2.1.2. Caracterizao do objeto................................................................................................... 18 1.2.1.3. Registro de Preos............................................................................................................. 18 1.2.1.4. Condies de aquisio e pagamento................................................................................ 18 1.2.1.5. Parcelamento do objeto..................................................................................................... 18 1.2.1.6. Balizamento de preos ...................................................................................................... 19 1.2.1.7. Indicao de marca ........................................................................................................... 20 1.2.1.8. Padronizao ..................................................................................................................... 21 1.2.1.9. Homologao .................................................................................................................... 21 1.2.2. Contratao de Obras e de Servios......................................................................................... 22 1.2.2.1. Conceito de Obra .............................................................................................................. 22 1.2.2.2. Conceito de Servio .......................................................................................................... 22 1.2.2.3. Conceito de servios de engenharia .................................................................................. 22 1.2.2.4. Conceito de servios tcnicos profissionais especializados .............................................. 22 1.2.2.5. Obras e Servios Orientaes especficas ...................................................................... 23 1.2.2.6. Projeto bsico.................................................................................................................... 24 1.2.2.6.1 Elementos do projeto bsico ....................................................................................... 24 1.2.2.6.2 Requisitos do projeto bsico ....................................................................................... 25 1.2.2.7. Detalhamento do oramento ............................................................................................. 26 1.2.2.7.1. Critrios de Aceitabilidade de preos......................................................................... 26 1.2.2.7.2 Previso de recursos oramentrios ............................................................................ 26 1.2.2.8. Projeto executivo .............................................................................................................. 26 1.2.2.9. Execuo das obras e servios .......................................................................................... 27 1.2.2.9.1. Empreitada por preo global ...................................................................................... 27 1.2.2.9.2. Empreitada por preo unitrio.................................................................................... 27 1.2.2.9.3. Tarefa ......................................................................................................................... 27 1.2.2.9.4. Empreitada integral .................................................................................................... 27 1.2.2.10. Vedaes......................................................................................................................... 28 1.2.2.11. Elaborao de projeto de obra......................................................................................... 29 1.2.2.11.1 Consideraes gerais.............................................................................................. 29 1.2.2.11.2. Estudo preliminar ou anteprojeto ............................................................................. 29 1.2.2.11.3. Detalhamento do Projeto Executivo......................................................................... 30 PARTE 2 - REGRAS PARA CONTRATAES DIRETAS................................................................... 31 2.1. Regra Geral..................................................................................................................................... 33 2.2. Hipteses legais de contratao direta ............................................................................................ 33

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2.2.1. Licitao Dispensada ........................................................................................................... 34 2.2.2. Dispensa de Licitao .......................................................................................................... 35 2.2.2.1 Dispensa em razo do valor ........................................................................................... 35 2.2.2.2. Demais casos de dispensa ................................................................................................. 36 2.2.2.2.1. Contratao emergencial ou em caso de calamidade pblica..................................... 36 2.2.2.2.2. Licitao sem interessados ......................................................................................... 37 2.2.2.2.3. Contratao de pessoa jurdica de direito pblico interno, de rgo ou entidade que integre a Administrao Pblica. ............................................................................................... 38 2.2.2.2.4. Contratao de remanescente de obra, servio ou fornecimento, em conseqncia de resciso contratual...................................................................................................................... 38 2.2.2.2.5. Contratao de instituio brasileira incumbida da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituio dedicada recuperao social do preso......... 38 2.2.2.2.6. Contratao de impresso dos dirios oficiais, de formulrios padronizados e de uso da Administrao e de edies tcnicas oficiais......................................................................... 38 2.2.2.2.7. Contratao de servios de informtica a pessoa jurdica de direito pblico interno, por rgos ou entidades que integrem a Administrao Pblica, criados para esse fim especfico. .................................................................................................................................. 38 2.2.2.2.8. Contratao com Associao de Portadores de Deficincias sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade. ............................................................................................................ 39 2.2.2.2.9. Contratao de fornecimento ou suprimento de energia eltrica e gs natural........... 39 2.2.3. Inexigibilidade de Licitao ................................................................................................. 39 2.2.3.1. Inexigibilidade de Licitao fornecedor exclusivo......................................................... 39 2.2.3.2. Inexigibilidade de Licitao servios tcnicos por notria especializao..................... 40 2.2.3.3. Inexigibilidade de Licitao contratao de artista ........................................................ 42 PARTE 3 - DESCRIO DAS ROTINAS DE OUTROS RGOS ..................................................... 43 3.1. Departamento de Finanas, Oramento e Contabilidade - DEFIN ................................................. 45 3.2. Departamento de Material e Patrimnio - DEMAP ........................................................................ 45 3.3. Comisso Permanente de Licitao - CPL ...................................................................................... 48 3.4. Roteiro a partir da montagem da Minuta de Edital ......................................................................... 49 3.4.1. Manifestao dos rgos tcnicos quanto minuta.................................................................. 49 3.4.2. Anlise da minuta pela Assessoria Tcnica da Diretoria-Geral ............................................... 49 3.4.3. Publicao do edital pela CPL ................................................................................................. 49 3.4.4. Abertura da reunio pela CPL.................................................................................................. 49 3.4.5. Processamento e julgamento da licitao pela CPL ................................................................. 49 3.4.6. Autorizao e empenho da Despesa......................................................................................... 49 3.4.7. Publicao do resultado do Certame ........................................................................................ 49 3.4.8.Convocao do vencedor .......................................................................................................... 50 PARTE 4 CONCEITOS E NOES GERAIS ...................................................................................... 51 4.1. Princpios bsicos das contrataes pblicas .................................................................................. 53 4.2. O que Licitao ............................................................................................................................ 53 4.3. Por que Licitar................................................................................................................................. 53 4.4. Princpios ........................................................................................................................................ 54 4.4.1. Legalidade................................................................................................................................ 54 4.4.2. Isonomia................................................................................................................................... 54 4.4.3. Impessoalidade......................................................................................................................... 54 4.4.4. Moralidade e Probidade Administrativa................................................................................... 55 4.4.5. Publicidade............................................................................................................................... 55 4.4.6. Vinculao ao instrumento convocatrio ................................................................................. 55 4.4.7. Julgamento objetivo ................................................................................................................. 55 4.4.8. Adjudicao compulsria......................................................................................................... 55 4.4.9. Ampla defesa............................................................................................................................ 55 4.5 - Quem deve licitar.......................................................................................................................... 56 4.6 - Modalidade de Licitao................................................................................................................ 56

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4.6.1. Concorrncia............................................................................................................................ 56 4.6.2.Tomada de Preos ..................................................................................................................... 56 4.6.3. Convite..................................................................................................................................... 56 4.6.4. Prego ...................................................................................................................................... 57 4.6.4.1. Prego eletrnico .............................................................................................................. 57 4.6.4.2. Utilizao de prego para aquisio de bens de informtica............................................. 57 4.6.4.3. Utilizao de prego para contratao de servios de engenharia..................................... 58 4.6.5. Concurso .................................................................................................................................. 59 4.6.6. Leilo ....................................................................................................................................... 60 4.7. Escolha da Modalidade ................................................................................................................... 60 4.8. Tipos de Licitao........................................................................................................................... 60 4.8.1. Menor preo............................................................................................................................. 61 4.8.2. Melhor Tcnica ........................................................................................................................ 61 4.8.3. Tcnica e Preo ........................................................................................................................ 61 4.8.4. Maior Lance ou Oferta............................................................................................................. 61 4.9. Sistema de Registro de Preos ........................................................................................................ 61 4.10. Excees Quanto Obrigatoriedade de Licitao......................................................................... 63 ANEXOS ................................................................................................................................................... 65 A.1. Modelos ......................................................................................................................................... 67 A.1.1. Modelo de aquisio mediante licitao ................................................................................. 67 A.1.2. Modelo de compra com indicao de marca e fornecedor exclusivo...................................... 69 A.2. Exemplos de informaes contidas no Projeto Bsico................................................................... 71 A.2.1. Projeto Bsico para contratao de servios de manuteno preventiva e corretiva de equipamentos ..................................................................................................................................... 71 A.2.2. Projeto Bsico para contratao de servios de restaurao de obras de arte ......................... 71 A.3. Fluxograma da fase interna de licitao......................................................................................... 72 A.4. Quadro de Rotinas - Fase interna de licitao................................................................................ 73 A.5. Instrumentos Normativos referenciados neste Manual .................................................................. 75 A.5. Lista dos Membros da Comunidade Virtual .................................................................................. 80 A.6. Lista dos Membros da Grupo de Trabalho de Consolidao ......................................................... 81

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COMO UTILIZAR ESTE MANUALO Manual de Aquisies da Cmara dos Deputados foi elaborado de forma a possibilitar o seu uso eletrnico ou o seu manuseio como livro texto. Confeccionado em forma de tutorial, permite ao usurio a consulta direta, passo a passo, desde a deciso do rgo interessado em adquirir algum produto ou servio at o trmino da fase interna da licitao. A seguir esto listadas algumas funcionalidades do Manual: Hyperlinks Os hyperlinks esto disponveis na verso eletrnica do Manual. Podem aparecer na forma de ligaes para instrumentos normativos e decises jurisprudenciais ou como links internos, destinados a outros setores do Manual. Quadro de Rotinas O Quadro de Rotinas da fase interna da licitao encontrado no Anexo A-4. Seu passo a passo possui ainda informaes do rgo responsvel pelo procedimento e os links intitulados LEIA MAIS remetendo respectiva parte do texto que discorre sobre o assunto. Fluxograma O fluxograma encontrado no Anexo A-3. Compreende todas as etapas, desde a deciso de se adquirir algum produto/servio at o incio da fase pblica da licitao. Inclui todas as trs categorias, quais sejam prestao de servios, fornecimento de bens e execuo de obras. Quadro de Normas O Quadro de Normas encontrado no Anexo A-5. Contm a relao e ementa de todas as normas referenciadas neste Manual por ordem de importncia (incluindo as decises jurisprudenciais). No formato eletrnico possui ainda hyperlinks que remetem ao texto da norma na Internet. Legenda So trs os smbolos encontrados no decorrer deste Manual:O texto encontrado esquerda deste smbolo diz respeito a rotinas, em especial aqueles procedimentos relevantes cuja seqncia ou detalhamento convm ser memorizado.

Este smbolo surge sempre que o texto associado referir-se a conceitos bsicos do processo de compra.

Referncias a decises jurisprudenciais recentes do TCU esto relacionadas a este smbolo.

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INTRODUOEste Manual foi elaborado com base na Lei n 8.666/931, no Regulamento dos Procedimentos Licitatrios da Cmara dos Deputados2 e na publicao Licitaes&Contratos Orientaes Bsicas do Tribunal de Contas da Unio, bem como nos mais recentes entendimentos jurisprudenciais e doutrinrios, com o objetivo de orientar os rgos solicitantes e tcnicos na elaborao das solicitaes de contratao para: (a) fornecimento de bens, (b) execuo de obras e (c) prestao de servios, integrantes da fase interna dos procedimentos licitatrios. O Manual est dividido em quatro partes: Parte I Regras Gerais para Contrataes abrange os principais passos para a solicitao de uma contratao com ou sem licitao. Parte II Regras para Contrataes Diretas solicitao de uma contratao sem licitao. detalha os passos para a

Parte III Rotinas dos rgos - Descrio e fluxo das rotinas, abordando as atividades dos rgos necessariamente envolvidos no processo de contratao, quais sejam, o Departamento de Material e Patrimnio, o Departamento de Finanas, Oramento e Contabilidade e a Assessoria Tcnica da Diretoria-Geral. Parte IV Conceitos e Noes Gerais aborda os principais conceitos relacionados ao tema contratao, tais como: o que licitao, o que licitar (objeto da licitao), por que licitar, quais so as modalidades de licitao e de contratao direta, dentre outros.

Doravante as referncias para a Lei 8.666/1993 sero simplesmente denominadas Lei. Doravante as referncias para o Regulamento dos Procedimentos Licitatrios da Cmara dos Deputados sero simplesmente denominadas Regulamento.2

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PARTE 1 - REGRAS GERAIS DE CONTRATAES

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1.1. Regra Geral1.1.1. Incio do processo de contratao Para dar incio ao processo de contratao visando a aquisio de bens, prestao de servios ou execuo de obras, o rgo interessado deve promover as seguintes aes: Ao 1 justificar a necessidade da contratao Ao 2 especificar o objeto pretendido Ao 3 estimar o preo Ao 4 informar sobre a programao oramentria Ao 5 especificar o objeto no Sistema DEMAP - SISDEMAP Ao 6 encaminhar solicitao autoridade superior 1.1.1.1. Ao 1- Justificar a necessidade da contratao A primeira providncia que incumbe ao rgo solicitante a de demonstrar autoridade superior a necessidade da contratao, mediante processo administrativo prprio, no qual dever restar evidente o que contratar, por que contratar e por quanto contratar, devidamente documentado. Trata-se de estabelecer a relao entre a necessidade e a quantidade de servios ou bens a serem contratados, demonstrando os resultados que se busca alcanar em termos de economia e de eficincia. Enfim, a justificativa apresentada deve instruir a deciso da autoridade competente a respeito de contratar ou no, bem como a justificativa de que o servio no pode ser executado pela prpria Cmara dos Deputados (execuo direta). 1.1.1.2. Ao 2 Especificar o objeto pretendido A fim de garantir que a contratao atenda s necessidades da Administrao, o objeto da contratao (obra, servio ou bem) dever ser descrito minuciosamente pelo prprio rgo solicitante ou pelo rgo tcnico

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competente, quando necessrio, por fora de caractersticas tcnicas especficas, ou por ambos em conjunto. O importante que a especificao deve ser clara e precisa e conter pelo menos as seguintes informaes: quantidade, caractersticas de padro de qualidade, manuteno, assistncia tcnica, condies de guarda e armazenamento e garantias a serem requisitadas. O procedimento de elaborao das especificaes tcnicas do objeto da contratao, observar certas peculiaridades que sero abordadas nos tpicos: Aquisio de Bens, Prestao de Servios e Execuo de Obras. 1.1.1.3. Ao 3- Estimar o preo A estimativa do preo informao essencial para a instruo do processo, devendo indicar adequadamente os custos unitrios e totais da contratao. Com base nela que se define, por exemplo, a modalidade de licitao (ou mesmo a sua dispensabilidade em razo do valor), bem como se verifica a existncia de dotao oramentria. Alm do que, o preo estimado constitui subsdio para o futuro julgamento das propostas apresentadas no procedimento licitatrio ou para a aceitao do preo proposto em uma contratao direta. A elaborao da estimativa de preos incumbncia do rgo solicitante, em conjunto com o DEMAP, ou com o rgo tcnico, conforme o objeto. A estimativa pode ser feita mediante pesquisa de mercado, consulta em publicaes especializadas (inclusive pela Internet), ou pesquisa junto a outros rgos pblicos que tenham contratado objeto semelhante. fundamental que a fonte das informaes, o mtodo utilizado e o perodo em que a pesquisa foi realizada sejam indicados. Por indicao da fonte, no caso de pesquisa de mercado, entende-se, no mnimo, nome do fornecedor consultado, do funcionrio que respondeu a consulta e nmero de telefone (ou fax). 1.1.1.4. Ao 4 Informar sobre a programao oramentria A informao de que a despesa com a contratao j havia sido prevista na programao do exerccio pelo rgo e encaminhada ao DEFIN, quando da

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elaborao da proposta oramentria para o exerccio correspondente, indica que o rgo j vem planejando a medida com alguma antecedncia, bem como que ela j foi de certa forma examinada e aprovada pela direo da Casa. Caso no tenha havido essa previso, ou se o preo estimado for diferente do programado, deve-se informar tambm se h possibilidade de cancelamento total ou parcial de outra despesa programada, a fim de viabilizar a realizao da despesa com a contratao, quando necessrio. Toda contratao administrativa que implicar desembolso por parte da Administrao deve ter sua despesa prevista no Oramento. Ante a necessidade da contratao, podem ocorrer trs hipteses: 9 A despesa com a contratao encontra-se prevista: cumpre ao rgo solicitante informar o projeto ou atividade em que est inserida; 9 A contratao no est prevista, total ou parcialmente: nesse caso, informar que outro projeto ou atividade deixar de ser executado para viabiliz-la; 9 A contratao no est prevista e no existe a possibilidade de reduzir ou cancelar outro projeto para aproveitamento da dotao oramentria para atendimento da necessidade: a contratao ficar na dependncia de ajustes no oramento. 1.1.1.5. Ao 5 Especificar o objeto no Sistema DEMAP - SISDEMAP O interessado dever, alm de instruir o ofcio com a devida especificao tcnica (item 1.1.1.2), incluir a especificao tambm no Sistema DEMAP SISDEMAP (Sistema Eletrnico de Gesto de Material e Patrimnio). Para faz-lo, dever estar previamente cadastrado no mdulo Especificaes do SISDEMAP e acessar no seguinte endereo eletrnico:

http://prod.camara.gov.br/DEMAPGeral/Menu/DEMAP.asp1.1.1.6. Ao 6- Encaminhar solicitao autoridade superior Promovidas as aes anteriores, verificadas as especificidades relativas a cada objeto (consoante detalhamento a seguir explicitado), o processo estar adequadamente instrudo para a deciso sobre contratar ou no. o momento de encaminhar a solicitao ao rgo competente, o DEMAP, a quem incumbe as demais providncias necessrias.

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1.2. Regras especficasNesta parte sero abordados aspectos especficos de contratao para: 9 Aquisio de bens 9 Contratao de obras e de servios 1.2.1. Fornecimento de Bens As compras so disciplinadas pelos artigos 14 e 15 da Lei e pelos artigos 15 e 16 do Regulamento. 1.2.1.1. Conceito de compra toda aquisio remunerada de bens para fornecimento de uma s vez ou parceladamente (art. 6, inc. III da Lei e art. 2, inc. III do Regulamento). 1.2.1.2. Caracterizao do objeto Observe que o artigo 14 da Lei, correspondente ao art. 15 do Regulamento dispe: nenhuma compra ser feita sem a adequada caracterizao de seu objeto e indicao dos recursos oramentrios para seu pagamento, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa. 1.2.1.3. Registro de Preos Sempre que possvel, as compras devero ser processadas atravs de sistema de registro de preos. 1.2.1.4. Condies de aquisio e pagamento Sempre que possvel, as compras devem submeter-se s condies de aquisio e pagamento semelhantes s do setor privado. 1.2.1.5. Parcelamento do objeto O parcelamento do objeto da contratao est previsto no art. 23, 1, 2 e 5, da Lei (art. 19, 1, 2 e 5, do Regulamento), sendo, porm, vedado o fracionamento com o claro objetivo de se utilizar modalidade de licitao inferior recomendada pela legislao, ou para efetuar contratao direta.

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Fracionamento de despesas art. 23 5 da Lei e art. 19 5 do Regulamento. vedado o fracionamento que se caracteriza quando se divide a despesa para se utilizar modalidade de licitao inferior recomendada pela legislao para o total da despesa, ou para efetuar contratao direta. Exemplo: se existe a necessidade de substituir 1.000 cadeiras de um auditrio, cujo preo total demandaria a realizao de tomada de preos, no lcita a realizao de vrios convites para compra das mesmas cadeiras, hiptese que caracterizaria o fracionamento da despesa com utilizao de modalidade de licitao inferior exigida pela Lei. Parcelamento de despesas art. 23 1 e 2 da Lei e art. 19 1 e 2 do Regulamento. recomendvel a diviso do objeto em parcelas, quando tcnica e economicamente vivel, preservando-se, a cada etapa, a modalidade de licitao pertinente ao todo. Exemplo: Na compra de material de escritrio, em vez de fazer uma licitao com um nico item (Contratao de empresa para aquisio de material de escritrio, tais como, lpis, papel A4, pasta de cartolinas e pastas registradas), dividir a compra em itens, por exemplo: 9 Item 1 Lpis e caneta; 9 Item 2 Papel A4; 9 Item 5 Pastas registradas. Assim, estar a competio sendo ampliada, beneficiando a Administrao, que encontrar no mercado mais opes para a escolha da proposta mais vantajosa. 1.2.1.6. Balizamento de preos Sempre que possvel, as compras devero balizar-se pelos preos praticados no mbito dos rgos e entidades da Administrao Pblica, conforme disposto no inciso V do artigo 15 da Lei.

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1.2.1.7. Indicao de marca Nas compras devero ser observados, ainda: I a especificao completa do bem a ser adquirido sem indicao de marca; II a definio das unidades e das quantidades a serem adquiridas em funo do consumo e utilizao provveis, cuja estimativa ser obtida, sempre que possvel, mediante adequadas tcnicas quantitativas de estimao, considerando-se um perodo de 12 meses. III as condies de guarda e armazenamento que no permitam a deteriorao do material. Diante disso, o fornecimento do bem dever ser definido em cronograma de entrega, levando-se em considerao o consumo interno, as condies de armazenamento e seu prazo de validade. Conforme dispe a legislao, vedada a aquisio de produto de marca determinada, salvo nos seguintes casos: 9 para atender ao princpio da padronizao (art. 15, I, da Lei, e art. 16, I, do Regulamento); 9 quando for tecnicamente justificvel; 9 quando o interesse do servio recomendar sejam estabelecidas referncias de comparao, de modo a assegurar padro mnimo de especificao e qualidade do objeto. A vedao legal diz respeito indicao arbitrria ou subjetiva da marca, sendo sempre necessria a justificativa tcnica do profissional da rea envolvida. A indicao de marca como parmetro de qualidade pode ser admitida para facilitar a descrio do objeto a ser licitado, desde que seguidas das expresses ou equivalente, ou similar e ou da melhor qualidade, que representam a aceitao, pela Administrao, de produtos similares aos indicados pela marca consignada.

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1.2.1.8. Padronizao A Lei, no inciso I do artigo 15, determina que as compras, sempre que possvel devero atender ao princpio da padronizao, que imponha compatibilidade de especificaes tcnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as condies de manuteno, assistncia tcnica e garantia oferecidas. A definio pela padronizao nunca poder confundir-se com a preferncia por marca. O procedimento dever se materializar por meio de uma deciso justificada, fundamentada em estudos, laudos, percias e pareceres, capaz de evidenciar as vantagens econmicas e de interesse pblico que envolvem a opo por um certo produto ou tecnologia, A padronizao consagrada como um instrumento de racionalizao da atividade administrativa, com reduo de custos e otimizao da aplicao de recursos, porque elimina variaes, tanto no tocante seleo de produtos no momento da contratao, como tambm na sua utilizao e conservao. Deve ser esclarecido que a padronizao, em regra, no afasta a realizao de procedimento licitatrio, j que pode haver, no mercado, mais de um fornecedor do produto padronizado. 1.2.1.9. Homologao A indicao de marca ainda no padronizada dever passar por um processo de homologao, que consiste na criao de grupo, com no mnimo trs integrantes, para pesquisarem no mercado as diversas marcas passveis de atendimento da necessidade, estabelecendo parmetros comparativos entre elas e homologando, com justificativas tcnicas, aquela que melhor se amolde s necessidades da Casa. O resultado do procedimento de homologao um relatrio, que dever ser anexado ao processo de contratao.

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1.2.2. Contratao de Obras e de Servios 1.2.2.1. Conceito de Obra Considera-se obra toda construo, reforma, fabricao, recuperao ou ampliao de bem pblico, realizada de forma direta pela Administrao ou indiretamente, por intermdio de terceiro contratado (art. 6, I, da Lei, e art. 2, XIII, do Regulamento). 1.2.2.2. Conceito de Servio3 Toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administrao, tais como: demolio, conserto, instalao, montagem, operao, conservao, reparao, adaptao, manuteno, transporte, locao de bens, publicidade, seguro ou trabalhos tcnico-profissionais. 1.2.2.3. Conceito de servios de engenharia Para se conceituar o que so servios de engenharia, posto que a Lei no tratou de conceitu-los, h de se utilizar um critrio de excluso em relao s obras de engenharia, bem como valer-se das disposies contidas no art. 7 da Lei n 5.194/66, que disciplina as atividades inerentes ao ramo da engenharia. Baseado nisso, servios de engenharia devem ser entendidos como sendo aqueles que, de forma exclusiva, pessoal, devam ser prestados ou assinados por profissionais engenheiros, mas que no dizem respeito a obras de engenharia. 1.2.2.4. Conceito de servios tcnicos profissionais especializados Trata-se de uma categoria especial de servios definidos pelo artigo 13 da Lei como sendo trabalhos relativos a: 9 Estudos tcnicos, planejamentos e projetos bsicos ou executivos; 9 Pareceres, percias e avaliaes em geral; 9 Assessorias ou consultorias tcnicas e auditorias financeiras ou tributrias; 9 Fiscalizao, superviso ou gerenciamento de obras ou servios;

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Vide Art. 6, Inc. II da Lei n 8.666/93 e art. 2, XIV, do Regulamento dos Procedimentos Licitatrios da Cmara dos Deputados

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9 Patrocnio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; 9 Treinamento e aperfeioamento de pessoal; 9 Restaurao de obras de arte e bens de valor histrico. A importncia da adequada compreenso desses servios reside no fato da possibilidade de virem a ser contratados de forma direta, por inexigibilidade de licitao, conforme se ver em tpico futuro. 1.2.2.5. Obras e Servios Orientaes especficas Independentemente de se tratarem de servios de engenharia ou de outros servios, alm das regras gerais, comuns a todas as contrataes, devero ser especificamente observadas pela Administrao as prescries contidas nos artigos 7 a 12 da Lei. Nesse sentido, vale apontar que o caput do artigo 7 do mencionado normativo prescreve que as licitaes para a execuo de obras e para a prestao de servios obedecero seguinte seqncia: I projeto bsico II projeto executivo III execuo das obras e servios. Em adio, o 2 do mesmo dispositivo condiciona a realizao da licitao : 9 Existncia de projeto bsico aprovado pela autoridade competente e disponvel para exame dos interessados em participar do processo licitatrio; 9 Existncia de oramento detalhado em planilhas que expressem a composio de todos os seus custos unitrios; 9 Previso de recursos oramentrios que assegurem o pagamento das obrigaes decorrentes de obras ou servios a serem executados no exerccio financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma; e 9 O produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art. 165 da Constituio Federal, quando for o caso.

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1.2.2.6. Projeto bsico conceituado pelo inciso IX do art. 6 da Lei como sendo o conjunto de elementos necessrios e suficientes, com nvel de preciso adequado, para caracterizar o servio, elaborado com base nas indicaes de estudos tcnicos preliminares. A exigncia de projeto bsico para a contratao de servios que no sejam da rea de engenharia constitui questo emblemtica. A jurisprudncia dominante do Tribunal de Contas da Unio aponta no sentido de que a exigncia de projeto bsico recai a todo e qualquer tipo de servio, conforme o Relatrio do Ministro Relator do Acrdo 717/2005 Primeira Cmara. Colhe-se da doutrina de Maral Justen Filho, em sua obra Comentrios Lei de Licitaes e Contratos Administrativos (8 edio, fls. 109/110), relevante ensinamento acerca da necessidade de Projeto Bsico (LEIA MAIS). Longe de ser visto como mera burocracia resultante da aplicao da Lei, o projeto bsico deve ser encarado como uma ferramenta til Administrao na sua ao de contratar. Assim, afastadas as discusses acerca da exigibilidade, ou no, do projeto bsico para a contratao de servios que no os de engenharia, deve-se aproveitar aquilo que h de comum no relatrio e no voto da jurisprudncia colacionada, no sentido de que qualquer tipo de servio dever ser previsto com mincia. Tal previso minuciosa, devidamente documentada, no outra coisa seno o projeto bsico. 1.2.2.6.1 Elementos do projeto bsico Consoante exigncia legal, o projeto bsico deve conter os seguintes elementos: 9 Desenvolvimento da soluo escolhida de forma a fornecer viso global da obra e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza; 9 Solues tcnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulao ou de variantes durante as fases de elaborao do projeto executivo e de realizao das obras e montagem; 9 Identificao dos tipos de servios a executar e de materiais e equipamentos a incorporar obra, bem como suas especificaes que

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assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustar o carter competitivo para a sua execuo; 9 Informaes que possibilitem o estudo e a deduo de mtodos construtivos, instalaes provisrias e condies organizacionais para a obra, sem frustar o carter competitivo para a sua execuo; 9 Subsdios para montagem do plano de licitao e gesto da obra, compreendendo sua programao, a estratgia de suprimentos, as normas de fiscalizao e outros dados necessrios em cada caso; 9 Oramento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de servios e fornecimentos propriamente avaliados. 1.2.2.6.2 Requisitos do projeto bsico Os projetos bsicos devero levar em considerao os seguintes requisitos: I segurana; II funcionalidade e adequao ao interesse pblico III economia na execuo, conservao e operao; IV possibilidade de emprego de mo-de-obra, materiais, tecnologia e matrias-primas existentes no local para a execuo, conservao e operao; V facilidade na execuo, conservao e operao, sem prejuzo da durabilidade da obra ou do servio; VI adoo das normas tcnicas, de sade e de segurana do trabalho adequadas; VII impacto ambiental. Importante alertar que as restries estabelecidas no projeto bsico podero resultar no impedimento de um conjunto de possveis licitantes em participar do certame, situao que, consequentemente, levar elevao dos preos ofertados, em razo da diminuio da competio.

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Outro ponto relevante diz respeito padronizao de projetos. Conforme disposto no artigo 11, da Lei, as obras e servios destinados aos mesmos fins tero projetos padronizados por tipos, categorias ou classes, exceto quando o projeto-padro no atender s condies peculiares do local ou s exigncias especficas do empreendimento. 1.2.2.7. Detalhamento do oramento A existncia de oramento detalhado em planilhas que expressem a composio de todos os seus custos unitrios mais uma condio para a realizao de licitao de obras ou de servios. Fundamentados em quantitativos de servios e de fornecimento propriamente avaliados, os custos devem refletir os valores cobrados no mercado formal. Dever ser efetuada pesquisa junto a este mercado, podendo ser realizada pela Internet. Alm, verificar junto a outros rgos pblicos o valor que est sendo pago pelos servios objeto da contratao. O resultado da pesquisa constituir parte do processo administrativo. 1.2.2.7.1. Critrios de Aceitabilidade de preos A elaborao do oramento detalhado servir de base para a formulao dos critrios de aceitabilidade dos preos propostos. Consoante o artigo 40, Inciso XI, da Lei, o critrio de aceitabilidade dos preos unitrios e global deve, obrigatoriamente, constar do edital. 1.2.2.7.2 Previso de recursos oramentrios A previso de recursos oramentrios que assegurem o pagamento das obrigaes decorrentes de obras ou servios a serem executados no exerccio financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma, tambm condio imposta pela Lei para a realizao de licitao de obras ou de servios. 1.2.2.8. Projeto executivo Enquanto o projeto bsico constitui o esboo primeiro, o traado mais simples da obra ou servio de engenharia pretendido pela Administrao, o projeto

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executivo representa o "desenho" da mesma obra ou servio de engenharia elaborado com o detalhamento suficiente para a respectiva execuo. A execuo das obras e dos servios deve se programar em sua totalidade, previstos seus custos atual e final e considerados os prazos de sua execuo. 1.2.2.9. Execuo das obras e servios O planejamento dever contemplar a definio da forma pela qual dar-se- a execuo do servio. Sobre esse aspecto, a Lei admite que os servios executados de forma indireta sejam prestados sob quatro regimes a saber: a) empreitada por preo global; b) empreitada por preo unitrio; c) tarefa; e d) empreitada integral. A empreitada por preo global e a empreitada por preo unitrio so os regimes mais utilizados na contratao. 1.2.2.9.1. Empreitada por preo global utilizada quando se contrata a prestao do servio por preo certo e total. Seu uso se verifica, geralmente, em contrataes de objetos mais comuns, quando os quantitativos de materiais empregados so pouco sujeitos a alteraes durante a execuo 1.2.2.9.2. Empreitada por preo unitrio usada quando se contrata a execuo do servio por preo certo de unidades determinadas. empregada com mais freqncia nas contrataes cujas quantidades de servios e materiais no so definidas de forma exata no detalhamento do objeto, pois so suscetveis de variao durante a execuo. 1.2.2.9.3. Tarefa utilizada quando se contrata a mo-de-obra para pequenos trabalhos por preo certo, com ou sem fornecimento de materiais. 1.2.2.9.4. Empreitada integral usada quando se pretende contratar o objeto em sua totalidade, ou seja, compreendendo todas as etapas do servio e instalaes necessrias. Nesse

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regime, o contratado assume inteira responsabilidade pela execuo do objeto at a sua entrega ao rgo em condies de ser utilizado. Devem ser atendidos os requisitos tcnicos e legais para o uso do objeto. Esse uso diz respeito segurana estrutural e operacional e deve ter as caracterstica adequadas s finalidades para as quais o objeto foi contratado. 1.2.2.10. Vedaes vedada a incluso no objeto da licitao de fornecimento de materiais e servios sem previso de quantidades ou cujos quantitativos no correspondam s previses reais do projeto bsico ou executivo. , tambm, vedada a realizao de licitao cujo objeto inclua bens e servios sem similaridade ou de marcas, caractersticas e especificaes exclusivas. Na contratao de servios cujo objeto inclua o fornecimento de bens, a indicao de marca somente possvel em trs hipteses: 9 para continuidade de utilizao de marca j existente no servio pblico; 9 para adoo de nova marca mais conveniente que as existentes; 9 para padronizao de marca ou tipo de servio pblico. O essencial que o rgo solicitante demonstre a efetiva vantagem de determinada marca ou tipo, para continuidade, adoo ou padronizao em seus setores.

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1.2.2.11. Elaborao de projeto de obra A obra a ser contratada dever ser especificada pelo rgo tcnico responsvel, no caso, o DETEC. Os processos que visam contratao de empresa para execuo de obras devem ser precedidos da elaborao de um projeto, composto das seguintes etapas sucessivas: 9 Estudo preliminar ou anteprojeto 9 Projeto bsico 9 Projeto Executivo 1.2.2.11.1 Consideraes gerais 9 A responsabilidade pela elaborao dos projetos deve ser de profissionais ou empresas legalmente habilitados pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia CREA local. 9 Os autores devero assinar todas as peas que compe os projetos especficos, indicando o nmero de inscrio e de registro das Anotaes de Responsabilidade Tcnica (ARTs) no CREA, nos termos da Lei n 6.496/77. 9 necessrio verificar se o empreendimento necessita de licena ambiental, consoante resolues do CONAMA n 01/1986 e n 237/1997 e a Lei n 6.938/81. Caso necessrio, deve ser elaborado Estudo de Impacto Ambiental e Relatrio de Impacto Ambiental. 1.2.2.11.2. Estudo preliminar ou anteprojeto Nesta fase devero ser expostas as caractersticas bsicas, sem maior nvel de detalhamento, necessrias concepo do empreendimento.

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1.2.2.11.3. Detalhamento do Projeto Executivo4 Consiste no conjunto de elementos necessrios e suficientes realizao do empreendimento a ser executado, com nvel mximo de detalhamento possvel de todas as suas etapas. Observaes: 9 o ideal que os projetos bsico e executivo sejam elaborados pela prpria administrao, porm, se no for possvel, poder ser contratada empresa para elabor-los. 9 se a prpria administrao decidir elaborar o projeto, dever designar um responsvel tcnico, com inscrio no CREA local, que efetuar o registro das respectivas ARTs referentes aos projetos. 9 se no dispuser de corpo especializado, a administrao, em regra, far licitao para contratar empresa especializada para elabor-lo. 9 O responsvel pela autoria dos projetos deve providenciar o alvar de construo e suas aprovaes pelos rgos competentes e entidades de proteo sanitria e do meio ambiente. Na contratao para a execuo de obras, no h obrigatoriedade de existncia prvia de projeto executivo, uma vez que este poder ser desenvolvido concomitante com a execuo das obras e servios, desde que autorizado. Nesse caso, a contratao dever prever a elaborao do competente projeto executivo por parte da contratada ou por preo previamente fixado pela Administrao. (art. 9, 2, da Lei) (art. 14, 2, do Regulamento)

Vide Art. 6, X da Lei n 8.666/93 e art. 2, XVIII, do Regulamento dos Procedimentos Licitatrios da Cmara dos Deputados.

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PARTE 2 - REGRAS PARA CONTRATAES DIRETAS

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2.1. Regra GeralAlm das aes comuns a todos os processos licitatrios, o procedimento da dispensa e da inexigibilidade de licitao deve obedecer ao seguinte: I - Instruo, abrangendo a justificativa da dispensa ou inexigibilidade 9 da escolha do fornecedor 9 do preo contratado II Exame jurdico (pela ATEC)5 III Comunicao autoridade superior IV Ratificao da dispensa ou inexigibilidade V Publicao da deciso A justificativa representa o documento no qual o rgo solicitante demonstra a ocorrncia de todos os requisitos exigidos pela Lei e evidencia a diligncia no trato do errio, atendendo, por conseguinte, ao interesse pblico. Para a justificativa de preo, a instruo do processo dever conter: tabela de preos praticada pelo fornecedor e, ou demonstrao de que o preo praticado condizente com o produto, vista de outros similares e, ou documentos fiscais anteriores que demonstrem a cobrana de preos semelhantes para o objeto pretendido. Alm das razes, devem constar no processo a documentao que serviu de subsdio deciso do Administrador. Devem ser tambm juntados ao Processo os comprovantes da regularidade fiscal da empresa (junto ao INSS, FGTS, Receita Federal; e PGFN6);

2.2. Hipteses legais de contratao diretaA contratao realizada sem licitao pode ocorrer em um dos seguintes casos:Apenas na dispensa em razo de valor o processo no emerge ATEC, ficando restrito ao exame da Diretoria Administrativa. 6 A Receita Federal do Brasil emite a certido conjunta de tributos federais e da Dvida Ativa da Unio.5

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9 licitao dispensada: (art. 17, I e II, da Lei, e art. 150, I e II, do Regulamento); 9 licitao dispensvel (art. 24 da Lei e art. 20 do Regulamento); 9 licitao inexigvel (art. 25 da Lei e art. 21 do Regulamento). 2.2.1. Licitao Dispensada Trata-se de situao especfica aplicvel alienao de bens mveis e imveis da Administrao Pblica. No caso de bens imveis, a licitao dispensada quando se tratar de: 9 dao em pagamento; 9 doao, permitida exclusivamente para outro rgo ou entidade da Administrao Pblica, de qualquer esfera de governo; 9 permuta, por outro imvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do artigo 24 da Lei, correspondente ao mesmo inciso do art. 20 do Regulamento; 9 investidura; 9 venda a outro rgo o entidade da Administrao Pblica, de qualquer esfera de governo; 9 alienao, concesso de direito real de uso, locao ou permisso de uso de bens imveis construdos e destinados ou efetivamente utilizados no mbito de programas habitacionais de interesse social, por rgos ou entidades da Administrao Pblica especificamente criados para esse fim. No caso de bens mveis, a licitao ser dispensada quando se tratar de : 9 doao, permitida exclusivamente para fins de interesse social, aps avaliao de sua oportunidade e convenincia socioecmica, relativamente escolha de outra forma de alienao; 9 permuta, permitida exclusivamente Administrao Pblica; entre rgos ou entidades da

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9 venda de aes, que podero ser negociadas em bolsa, observada a legislao especfica; 9 venda de ttulos, na forma da legislao pertinente; 9 venda de bens produzidos ou comercializados por rgos ou entidades da Administrao Pblica, em virtude de suas finalidades; 9 venda de materiais e equipamentos para outros rgos ou entidades da Administrao Pblica, sem utilizao previsvel por quem deles dispe. 2.2.2. Dispensa de Licitao A dispensa de licitao constitui situao em que a realizao de procedimento licitatrio possvel, porm, a Administrao tem a faculdade de no o promover. As hipteses legais para a contratao com dispensa de licitao encontram-se relacionadas nos incisos do artigo 24 da Lei, correspondente ao artigo 20 do Regulamento. 2.2.2.1 Dispensa em razo do valor7 De acordo com o Art. 24 da Lei dispensvel a licitao: I para obras e servios de engenharia de valor at 10% do limite previsto na alnea a, do inc. I do artigo anterior, desde que no se refiram a parcelas de uma mesma obra ou servio ou ainda para obras e servios da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; II para compras de valor de at 10% do limite previsto na alnea a do inciso II do artigo anterior e para alienaes, nos casos previstos nesta Lei, desde que no se refira a parcelas de um mesmo servio, compra ou alienao de maior vulto que possa ser realizada de uma s vez.

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Vide Art. 24, Inc. II da Lei n 8.666/93 correspondente ao Art. 20, Inc. II do Regulamento dos Procedimentos Licitatrios da Cmara dos Deputados dos Procedimentos Licitatrios da Cmara dos Deputados.

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Assim, para as obras e servios de engenharia no valor de at R$ 15.000,00 e para as compras no valor de at R$ 8.000,00 (10% do valor da modalidade de convite) no necessria a realizao de licitao. 2.2.2.2. Demais casos de dispensa Alm dos casos de dispensa de licitao em razo do valor, outros esto explicitados nos incisos III a XXIV do artigo 24 da Lei, correspondentes aos incisos III a XVII do artigo 20 do Regulamento. Os casos especiais de contratao direta com dispensa de licitao de aplicao mais comuns Cmara dos Deputados so apontados a seguir: 2.2.2.2.1. Contratao emergencial ou em caso de calamidade pblica8 possvel ocorrer dispensa de licitao quando ficar claramente caracterizada urgncia de atendimento a situao que possa ocasionar prejuzo ou comprometer a segurana de pessoas, obras, servios, equipamentos ou outros bens, pblicos ou particulares. A contratao deve servir somente para o atendimento de situao emergencial ou calamitosa que possa ser concluda no prazo mximo de 180 dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrncia da emergncia ou calamidade. No permitida a prorrogao da contratao emergencial.

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Vide Art. 24, IV da Lei n 8.666/93 e Art. 20, IV do Regulamento dos Procedimentos Licitatrios da Cmara dos Deputados.

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Alm das formalidades previstas no art. 26 e nico da Lei (art. 22, nico do Regulamento) so requisitos necessrios caracterizao dos casos de emergncia ou de calamidade pblica que: 9 a situao adversa, dada como de emergncia ou de calamidade pblica, no se tenha originado, total ou parcialmente, da falta de planejamento, da desdia administrativa ou da m gesto dos recursos disponveis, ou seja, que ela no possa, em alguma medida, ser atribuda culpa ou dolo do agente pblico que tinha o dever de agir para prevenir a ocorrncia de tal situao; 9 exista urgncia concreta e efetiva do atendimento situao decorrente do estado emergencial ou calamitoso, visando afastar risco de danos a bens ou sade ou vida de pessoas; 9 o risco, alm de concreto e efetivamente provvel, se mostre iminente e especialmente gravoso; 9 a imediata efetivao, por meio de contratao com terceiro, de determinados servios, segundo as especificaes e quantitativos tecnicamente apurados, seja o meio adequado, efetivo e eficiente para afastar o risco iminente detectado. Deciso n 347/1994 TCU Outras manifestaes do TCU sobre o assunto: 9 Falta de planejamento do administrador no capaz de justificar a contratao de emergncia. Deciso TCU n 300/1995. 9 Devem ser adotadas as providncias cabveis para que sejam promovidos os processos licitatrios com a antecedncia necessria para a sua concluso antes do trmino do contrato vigente, evitando-se a descontinuidade da prestao dos servios e a realizao de dispensa, quando no estiverem absolutamente caracterizados os casos de emergncia e calamidade pblica. Acrdo TCU n 260/2002 Plenrio. 2.2.2.2.2. Licitao sem interessados dispensada a licitao quando no acudirem interessados ao certame anterior e este, justificadamente, no puder ser repetido sem prejuzo para a Administrao, mantidas, neste caso, todas as condies preestabelecidas.

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2.2.2.2.3. Contratao de pessoa jurdica de direito pblico interno, de rgo ou entidade que integre a Administrao Pblica. dispensada a licitao para contratao de servios prestados por pessoa jurdica de direito pblico interno, de bens produzidos ou servio prestados por rgo ou entidade que integre a Administrao Pblica e que tenha sido criado para esse fim especfico em data anterior vigncia da Lei, desde que o preo contratado seja compatvel com o praticado no mercado. 2.2.2.2.4. Contratao de remanescente de obra, servio ou fornecimento, em conseqncia de resciso contratual. permitida a dispensa desde que atendida a ordem de classificao da licitao anterior e aceitas as mesmas condies oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preo, devidamente corrigido. 2.2.2.2.5. Contratao de instituio brasileira incumbida da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituio dedicada recuperao social do preso9. No basta que a instituio contratada preencha os requisitos do art. 24, inciso XIII, ou seja, ser brasileira, no possuir fins lucrativos, deter inquestionvel reputao tico-profissional e ter como objetivo estatutrio ou regimental a pesquisa, o ensino ou o desenvolvimento institucional. H de observar tambm que o objeto do correspondente contrato guarde estreita correlao com o ensino, a pesquisa ou o desenvolvimento institucional alm de deter reputao tico-profissional na especfica rea para a qual est sendo contratada. Deciso TCU n 908/1999 Plenrio. 2.2.2.2.6. Contratao de impresso dos dirios oficiais, de formulrios padronizados e de uso da Administrao e de edies tcnicas oficiais. 2.2.2.2.7. Contratao de servios de informtica a pessoa jurdica de direito pblico interno, por rgos ou entidades que integrem a Administrao Pblica, criados para esse fim especfico.

Vide Art. 24, XIII da Lei n 8.666/93 e art. 20, XI, do Regulamento dos Procedimentos Licitatrios da Cmara dos Deputados

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2.2.2.2.8. Contratao com Associao de Portadores de Deficincias sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade10. 2.2.2.2.9. Contratao de fornecimento ou suprimento de energia eltrica e gs natural11. 2.2.3. Inexigibilidade de Licitao A licitao no ser exigida quando a competio entre particulares e a possibilidade de se obter mais de uma proposta for invivel A inviabilidade de competio genrica tem enquadramento no caput do art. 25 da Lei, correspondente ao caput do art. 21 do Regulamento. A extenso do conceito de inviabilidade de competio dificulta a indicao meramente terica de todas as possibilidades. A Deciso TCU n 656/1995 Plenrio mencionou que nos casos de prestao de assistncia mdica extremamente difcil a definio dos critrios objetivos para o julgamento de licitaes. Em face disso, ficou decidido que para o credenciamento dos profissionais e instituies mdico-hospitalares seria perfeitamente aplicvel a hiptese prevista no caput do art. 25 da Lei. Nessa hiptese, o que melhor condiz com o interesse pblico a Administrao proceder ao credenciamento do maior nmero de prestadores de servios, pessoas fsicas ou jurdicas, com inexigibilidade de licitao e deixar ao prudente arbtrio dos beneficirios diretos da assistncia, a tarefa de eleger, entre os credenciados, o profissional ou instituio mdica que melhor lhe merea a confiana. 2.2.3.1. Inexigibilidade de Licitao fornecedor exclusivo A hiptese de inexigibiliade de licitao em razo de fornecedor exclusivo est prevista no inciso I do artigo 25 da Lei, correspondente ao inciso I do artigo 21 do Regulamento. Trata-se de situao onde a necessidade da Administrao s pode ser atendida por um nico fornecedor.10

Vide Art. 24, XX da Lei n 8.666/93 e art. 20, XV, do Regulamento dos Procedimentos Licitatrios da Cmara dos Deputados 11 Vide Art. 24, XXII da Lei n 8.666/93 e art. 20, XVI, do Regulamento dos Procedimentos Licitatrios da Cmara dos Deputados

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Nesses casos, alm dos elementos comuns qualquer contratao direta, o processo deve ser instrudo com o atestado de exclusividade fornecido pelo rgo de registro do comrcio do local em que se realiza o processo de aquisio, ou pelo Sindicato, Federao ou Confederao Patronal, ou entidades equivalentes (art. 25, I, da Lei) (art. 21, I, do Regulamento). Convm destacar que:

No tem valor legal a autodeclarao de exclusividade, na qual a prpria empresa declara ser exclusiva no fornecimento de determinado produto, tampouco a declarao na qual o fabricante indica a empresa como distribuidor exclusivo do produto na praa. O DEMAP verificar a veracidade da certido Portaria n 103/2005). ( 2 do art. 4 da

2.2.3.2. Inexigibilidade de Licitao servios tcnicos por notria especializao O inciso II do artigo 25 da Lei trata da contratao de servios tcnicos de natureza singular, com profissionais ou empresas de notria especializao, vedada a inexigibilidade para servios de publicidade e divulgao (art. 25, II, do Regulamento). So trs os requisitos exigidos: 9 Que o servio seja tcnico realizado por profissionais especializados O art. 13 da Lei (art. 21, II, do Regulamento) traz a seguinte relao de servios tcnicos profissionais especializados :

estudos tcnicos, planejamentos e projetos bsicos; pareceres, percias e avaliaes em geral; assessorias ou consultorias tcnicas e auditorias financeiras ou tributrias; fiscalizao, superviso ou gerenciamento de obras e servios; treinamento e aperfeioamento de pessoal;

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restaurao de obras de arte e bens de valor histrico.

9 Que o servio tenha natureza singular Por natureza singular do servio entende-se aquele servio que portador de uma tal complexidade que o individualiza, tornando-o diferente dos da mesma espcie, e que exige, para a sua execuo, um profissional ou uma empresa de especial qualificao. O fato de existirem servios singulares no autoriza que a Administrao os contrate. necessrio, em face das condutas a serem tomadas na busca do interesse pblico, que haja necessidade de contrat-los. 9 Realizado por empresas ou profissionais de notria especializao. Os critrios para a identificao da notria especializao esto estabelecidos no 1, do art. 25 da Lei (art. 2, XXI, do Regulamento), devendo a reputao da empresa ou profissional ser decorrente de:

desempenho anterior, pouco importando se foi realizado para a Administrao Pblica ou privada; estudos, publicados ou no, que conhecimento da rea de atividade; experincias; publicaes, prprias do autor ou includas em outros meios de divulgao tcnica, revistas especializadas, disquete, CD-ROM, internet, peridicos oficiais ou no; organizao termo que se emprega como designativo da forma de constituio da entidade e seu funcionamento, mas que, considerada individualmente, no caracteriza inviabilidade de competio; aparelhamento, significando a posse de equipamento e instrumental necessrio ao desempenho da funo que, pelo tipo, qualidade ou quantidade, coloque o profissional entre os mais destacados do ramo de atividade; tenham chegado ao

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equipe tcnica conjunto de profissionais vinculados empresa que se pretende notria especialista, ou mesmo profissional, pessoa fsica, firma invidividual.

Nessa hiptese de contratao (licitao inexigvel), no necessariamente dever existir apenas uma empresa ou profissional em condies de prestar o servio. O que justifica a no realizao de licitao a natureza do servio, a capacidade tcnica do prestador a ser selecionado, e as peculiaridades do servio que est a exigir a contratao da referida empresa ou profissional. 2.2.3.3. Inexigibilidade de Licitao contratao de artista A contratao de profissional de qualquer setor artstico, diretamente ou atravs de empresrio exclusivo, desde que consagrado pela crtica especializada ou pela opinio pblica pode ser realizada mediante inexigibilidade de licitao, com base no inciso III, do artigo 25 da Lei, correspondente ao mesmo inciso do artigo 21 do Regulamento.

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PARTE 3 - DESCRIO DAS ROTINAS DE OUTROS RGOS

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3.1. Departamento de Finanas, Oramento e Contabilidade DEFINO Departamento de Material e Patrimnio encaminhar o processo ao DEFIN para: 9 Informar se a despesa com a contratao pretendida foi devidamente prevista no Plano Plurianual; 9 Informar se a despesa com a contratao pretendida foi devidamente includa no Oramento da Cmara dos Deputados para o exerccio em questo; 9 classificar a despesa; 9 informar se h dotao oramentria suficiente para fazer face despesa decorrente da contratao; 9 Caso exista dotao oramentria, o DEFIN faz o bloqueio do valor, por meio da emisso de nota de pr-empenho, que dever ser tambm anexada ao processo. Observaes 9 Caso a despesa a ser realizada refira-se criao, expanso ou aperfeioamento de ao governamental que acarrete aumento de despesa, dever constar do processo, tambm, sempre que cabvel: 9 a estimativa do impacto oramentrio-financeiro no exerccio em que deva entrar em vigor a despesa e nos dois subsequentes (art. 16, inciso I da LeiComplementar n 101/2000

Lei de Responsabilidade Fiscal).

3.2. Departamento de Material e Patrimnio - DEMAPO DEMAP verifica se o processo foi instrudo pelo rgo tcnico com todas as informaes necessrias anlise da oportunidade, convenincia e relevncia da contratao. Os processos objetivando a contratao direta de servios ou o fornecimento de materiais, seja por inexigibilidade ou dispensa de licitao, devero

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conter os documentos que comprovam a regularidade fiscal da empresa que se pretende contratar, a saber: 9 a) Certido Conjunta de Dbitos Relativos a Tributos Federais e Dvida Ativa da Unio. A apresentao da certido negativa de tributos est prevista na Lei e tem sido objeto de deliberao do Tribunal de Contas da Unio. A partir de novembro de 2005, consoante Portaria Conjunta PGFN/SRF n 3, de 22/11/2005, essa certido foi aglutinada com aquela referente Dvida Ativa. A certido conjunta pode ser obtida a partir dos seguintes endereos eletrnicos, respectivamente para pessoa jurdica e pessoa fsica:http://www.receita.fazenda.gov.br/aplicacoes/ATSPO/certidao/CertInter/NICertidao.asp?Tipo=1 http://www.receita.fazenda.gov.br/aplicacoes/ATSPO/certidao/CertInter/NICertidao.asp?Tipo=2

9 b) Certido Negativa de Dbito - CND ou Certido Positiva de Dbito com Efeitos de Negativa - CPD-EN. Esses documentos so emitidos pelo Instituto Nacional de Seguridade Social, sendo que a sua apresentao antes da contratao deriva do dispositivo constitucional contido no 3 do art. 195 da Constituio Federal. Essa documentao poder ser obtida no seguinte endereo eletrnico:http://www010.dataprev.gov.br/cws/contexto/cnd/cnd.html

9 c) Certificado de Regularidade com o FGTS - CRF. Esse documento emitido pela Caixa Econmica Federal, sendo que a sua apresentao visa atender Lei, podendo ser obtido no seguinte endereo eletrnico:https://webp.caixa.gov.br/cidadao/Crf/FgeCfSCriteriosPesquisa.asp

Ficar a cargo do rgo que iniciou a contratao obter e anexar ao processo os documentos referidos acima. As certides/certificado que forem extradas da Internet devero ser impressas e autenticadas por servidor do quadro, indicando o dia e o nmero de ponto (exemplo de autenticao: "confere com as informaes do site. Em 03.05.2004. assinatura e ponto").

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Dever ser observado se as certides/certificado no esto com o respectivo prazo de validade vencido. A impossibilidade de obteno das certides/certificado na Internet no quer dizer, necessariamente, que a empresa esteja em situao irregular junto ao respectivo ente pblico, razo por que, nesses casos, o rgo requerente da Casa dever entrar em contato com a empresa em questo solicitando que a referida documentao faltosa seja entregue Cmara dos Deputados. Caso o processo esteja devidamente instrudo, o DEMAP submeter o assunto s instncias superiores, observada a competncia do Diretor-Geral ou do Diretor Administrativo, consoante delegao de competncia feita Portaria n 18/200512, solicitando, a depender do caso: Hiptese de contratao direta: envio do processo DIRAD / DG, solicitando a autorizao de despesa; Hiptese de licitao: envio do processo DIRAD13 / DG, solicitando a autorizao para a abertura de licitao. COMPETNCIA: DIRAD E DG Obs: (Modalidade Convite: at R$ 150.000,00 para obras e servios de engenharia e at R$ 80.000,00 para compras e demais servios) - COMPETNCIA DO DIRETOR ADMINISTRATIVO: Contrataes diretas ou mediante licitao cujo valor atinja at o limite estabelecido para a modalidade Convite. Essa autoridade tambm competente, nessas contrataes, para homologar o resultado da licitao, assinar os instrumentos contratuais competentes e autorizar a despesa. 9 Obs: O Anexo III do Ato da Mesa n 17/1999 estabelece que "compete ao titular do DEMAP assinar as Cartas-Contrato". A utilizao do instrumento de carta-contrato est prevista no art. 62 da Lei (art. 110 do Regulamento). - COMPETNCIA DO DIRETOR-GERAL: Contrataes diretas ou mediante licitao cujo valor exceda o limite estabelecido para a modalidade Convite. Essa autoridade tambm competente, nessas contrataes, para homologar o resultado da licitao, assinar os instrumentos contratuais competentes e autorizar a despesa.12

Nos processos de competncia do Diretor-Geral, a Assessoria-Tcnica instrui o processo para Deciso. 13 Na hiptese de Convite, a DIRAD recebe o processo, autoriza o certame e envia CCOMP/DEMAP (Seo de Aquisies) para elaborao do Instrumento Convocatrio.

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O processo instrudo para encaminhamento Primeira-Secretaria, que poder ou no autorizar a abertura do processo licitatrio. A autoridade competente autoriza a abertura do Procedimento Licitatrio Diretor Geral/Diretor Administrativo Se a contratao decorre da criao, expanso ou aperfeioamento da ao governamental, que provoque aumento de despesa, deve, ento, constar do processo: 9 Declarao do ordenador de despesa de que o aumento tem adequao oramentria e financeira com a lei oramentria anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes oramentrias (art. 16 da Lei Complementar n 101/2000) Observao: A Lei Complementar n 101/2000 ressalvou dessas exigncias apenas as despesas consideradas irrelevantes (aquelas cujo valor no ultrapasse os limites dos incisos I e II do art. 24 da Lei), definida pela LDO para 2004 (art. 110, inciso II, da Lei n 10.707/03).

3.3. Comisso Permanente de Licitao - CPLSua principal atribuio elaborar o edital da licitao. A minuta do edital deve conter as indicaes relacionadas nos incisos do art. 40 e caput da Lei. O edital deve conter os seguintes anexos (art. 40, 2 da Lei): 9 projeto bsico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, especificaes e outros complementos; 9 oramento estimado em planilhas de quantitativos e preos unitrios; 9 a minuta do contrato a ser firmado entre a Administrao e o licitante vencedor;(quando a contratao tiver de ser formalizada por meio de termo contratual) 9 as especificaes complementares e as normas de execuo pertinentes licitao.

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Observao: No caso das concorrncias de mbito internacional o edital deve ser ajustado s diretrizes da poltica monetria e do comrcio exterior e atender s exigncias dos rgos competentes (art. 42 da Lei).

3.4. Roteiro a partir da montagem da Minuta de EditalUma vez montada a minuta de edital pela CPL, os seguintes passos devero ser observados seqencialmente: 3.4.1. Manifestao dos rgos tcnicos quanto minuta Entende-se por rgo tcnico o rgo solicitante e o especificador. Nesse momento, o rgo tcnico deve averiguar, especialmente, se houve adequada e correta caracterizao do objeto a ser contratado. 3.4.2. Anlise da minuta pela Assessoria Tcnica da Diretoria-Geral 3.4.3. Publicao do edital pela CPL 3.4.4. Abertura da reunio pela CPL 3.4.5. Processamento e julgamento da licitao pela CPL A licitao ser processada e julgada com observncia dos procedimentos descritos no art. 43, 44 a 48 da Lei, pela Comisso Permanente de Licitao/DEMAP e encaminhada ao Diretoria-Geral/Diretor Administrativo para fins de homologao, adjudicao e autorizao da despesa, nos casos dos processos por ele autorizado. 3.4.6. Autorizao e empenho da Despesa O Diretor-Geral/Diretor Administrativo, aps homologar a licitao, autoriza a despesa e o processo encaminhado para o DEFIN para empenho e ao DEMAP, para publicao do resultado do certame e para as providncias pertinentes assinatura do contrato/retirada da nota de empenho. 3.4.7. Publicao do resultado do Certame A publicao do resultado do certame feita pelo DEMAP, aps a homologao da licitao pelo Diretor-Geral/Diretor Administrativo.

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3.4.8.Convocao do vencedor Aps a emisso do empenho e elaborao do termo, o licitante vencedor convocado a assinar o contrato/retirar a nota de empenho.

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PARTE 4 CONCEITOS E NOES GERAIS

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4.1. Princpios bsicos das contrataes pblicasConforme disposto no inciso XXI do artigo 37 da Constituio Federal, ressalvados os casos especificados na legislao as obras, servios, compras e alienaes devero ser, contratados mediante processo de licitao pblica. Ou seja, o emprego do procedimento licitatrio constitui regra a ser observada pela Administrao quando necessita contratar com terceiros, devendo deixar de adot-lo somente nos casos especificados em lei. De acordo com a Lei, que regulamenta o dispositivo anteriormente citado, a licitao tem por finalidade garantir a observncia do princpio constitucional da isonomia e selecionar a proposta mais vantajosa para a Administrao, devendo ser processada e julgada em estrita conformidade como os princpios bsicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculao ao instrumento convocatrio, do julgamento objetivo e dos que lhes so correlatos.

4.2. O que LicitaoA licitao consiste no procedimento administrativo formal em que a Administrao convoca, mediante condies estabelecidas em ato prprio (edital ou convite), interessados em oferecer propostas para o fornecimento de bens ou a prestao de servios. A licitao visa a garantir a contratao da proposta mais vantajosa para o interesse pblico, a moralidade dos atos administrativos e dos procedimentos da Administrao Pblica, bem como a valorizar a livre iniciativa, pela igualdade no oferecimento da oportunidade de contratar com o Poder Pblico.

4.3. Por que LicitarA Constituio Federal, art. 37, inciso XXI, prev a obrigatoriedade de a Administrao Pblica licitar. O escopo do comando constitucional permitir que a Administrao contrate aqueles que tenham as condies necessrias para o melhor atendimento do interesse pblico, levando em considerao aspectos relacionados capacidade tcnica e econmico-financeira do licitante, qualidade do produto e ao valor do objeto.

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A Lei, de 1993, ao regulamentar o referido artigo da Constituio Federal, estabeleceu normas gerais sobre licitaes e contratos administrativos pertinentes a obras, servios, inclusive de publicidade, compras, alienaes e locaes no mbito dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. De acordo com a Lei, a celebrao de contratos com terceiros na Administrao Pblica deve ser necessariamente precedida de licitao, ressalvadas apenas as hipteses nela previstas, de dispensa e de inexigibilidade. O Regulamento, aprovado pelo Ato da Mesa n. 80/2001, define e disciplina as licitaes de interesse da Cmara dos Deputados, observadas as disposies da Lei.

4.4. Princpios14Os procedimentos licitatrios devem observar os seguintes princpios bsicos: 4.4.1. Legalidade Vincula os licitantes e a Administrao Pblica s regras estabelecidas nas normas e princpios em vigor; 4.4.2. Isonomia Significa tratamento igual a todos os interessados. condio essencial para garantir competio em todas as fases da licitao. 4.4.3. Impessoalidade Obriga a Administrao a observar, nas suas decises, critrios objetivos previamente estabelecidos, afastando o subjetivismo na conduo dos procedimentos licitatrios;

14

Vide Art. 3 da Lei n 8.666/93.

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4.4.4. Moralidade e Probidade Administrativa Exigem que os licitantes e os agentes pblicos observem conduta, alm de lcita, compatvel tambm com a moral, a tica, os bons costumes e as regras da boa administrao; 4.4.5. Publicidade Permite a qualquer interessado o acesso s informaes sobre licitaes pblicas e o seu controle, mediante divulgao dos atos praticados pelos administradores em todas as fases. 4.4.6. Vinculao ao instrumento convocatrio Obriga a Administrao e o licitante a observarem as normas e condies estabelecidas no ato convocatrio. Nada poder ser criado ou feito sem que nele haja previso. 4.4.7. Julgamento objetivo O administrador deve observar critrios objetivos definidos no ato convocatrio para o julgamento das propostas. Afasta a possibilidade de se utilizarem fatores subjetivos ou critrios no previstos no ato convocatrio, mesmo que em benefcio da prpria Administrao. 4.4.8. Adjudicao compulsria Significa que a Administrao no pode, concludo o procedimento, atribuir o objeto da licitao a outrem que no seja o vencedor. O direito do vencedor, no entanto, limita-se adjudicao, ou seja, atribuio a ele do objeto da licitao, e no ao contrato imediato, porque a Administrao pode, licitamente, revogar ou anular o procedimento, ou adiar o contrato. 4.4.9. Ampla defesa O artigo 87 da Lei exige a observncia da ampla defesa para aplicao das sanes administrativas. A Constituio Federal estabelece, no art. 5, inc. LV, que, em qualquer tipo de processo administrativo em que haja litgio est assegurada a ampla defesa.

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4.5 - Quem deve licitar15Todos aqueles que administrem recursos pblicos esto sujeitos regra de licitar prevista na Lei, alm dos rgos integrantes da administrao direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundaes pblicas, as empresas pblicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Unio, Estado, Distrito Federal e Municpios.

4.6 - Modalidade de Licitao16Forma de conduzir o procedimento licitatrio, a partir de critrios definidos por lei. O valor estimado para a contratao e as caractersticas do objeto a contratar so os principais fatores de influncia na escolha da modalidade de licitao. (ver item Escolha da Modalidade). Alm do leilo e do concurso, as demais modalidades de licitao admitidas so exclusivamente as seguintes: 4.6.1. Concorrncia Modalidade da qual podem participar quaisquer interessados que, na fase de habilitao preliminar, comprovem possuir os requisitos mnimos de qualificao exigidos no edital para execuo do objeto da licitao. 4.6.2.Tomada de Preos Modalidade realizada entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condies exigidas para cadastramento at o terceiro dia anterior data do recebimento das propostas, observada a necessria qualificao. 4.6.3. Convite Modalidade realizada entre interessados do ramo de que trata o objeto da licitao, escolhidos e convidados em nmero mnimo de trs pela Administrao.

15 16

Vide Art 1, Pargrafo nico da Lei n 8.666/93 Vide Art. 22 da Lei n 8.666/93 e Art. 18 do Regulamento dos Procedimentos Licitatrios da Cmara dos Deputados dos Procedimentos Licitatrios da Cmara dos Deputados.

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4.6.4. Prego17 Modalidade em que a disputa se realiza em sesso pblica, na qual os licitantes previamente cadastrados apresentam propostas de preo em regime de lances ou melhor oferta at a obteno de um vencedor. Aplica-se ao fornecimento de bens e servios comuns, ou seja, aqueles cujos padres de desempenho e qualidade podem ser objetivamente definidos no edital, por meio de especificaes usuais praticadas no mercado. O prego no se aplica s alienaes e locaes imobilirias. possvel a contratao de mo-de-obra especializada para a prestao de servios de manuteno de bens mveis por meio da modalidade prego (Deciso TCU n 674/2002 Plenrio). 4.6.4.1. Prego eletrnico A realizao de licitao na modalidade de prego com a utilizao de recursos de tecnologia de informao disciplinada por meio da Portaria n 01/2003, cuja redao foi alterada pela Portaria n 02/2006. 4.6.4.2. Utilizao de prego para aquisio de bens de informtica Em regra, as contrataes de bens e servios de informtica devem ser feitas mediante licitao que adote o critrio de tcnica e preo, consoante dispe o 4 do art. 45 da Lei. Entretanto, se os bens ou servios de informtica a serem contratados no comportarem variabilidade tcnica a ser ponderada pela Administrao, nada obsta adoo de licitao do tipo menor preo. Uma vez admitida a possibilidade de licitar bens de informtica pelo critrio de menor preo, preciso, ainda, que os bens e servios de informtica que se pretende contratar sejam classificados como comuns para que se possa licitlos na modalidade prego. A possibilidade de licitar bens de informtica por prego foi confirmada com a recente edio da Lei n 11.077/04, a qual, acrescentando o pargrafo 3 ao17

Vide Lei n 10.520/02 e Portaria n 61/2001.

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art. 3 da Lei n 8.248/91, estabeleceu que a aquisio de bens e servios de informtica considerados comuns poder ser realizada na modalidade prego, restrita s empresas que cumpram o Processo Produtivo Bsico, nos termos daquela Lei e da Lei n 8..387/91. O 4 do art. 45 da Lei, j citado, prev, tambm, que na contratao de bens e servios de informtica, a administrao observar o disposto no art. 3 da Lei n 8.248/91. Esse normativo, que dispe sobre a capacitao e competitividade do setor de informtica e automao, contempla, no seu art. 3, o chamado direito de preferncia, a ser observado pela Administrao Pblica, nas aquisies e servios de informtica, para os bens e servios com tecnologia desenvolvida no pas e produzidos de acordo com processo produtivo bsico. O direito de preferncia tambm previsto no 8 do art. 18 do nosso Regulamento, o qual consigna que os bens de informtica adquiridos na modalidade Prego, referidos na Portaria a que se refere o 7, devero ser fabricados no Pas, com significativo valor agregado local, conforme disposto no art. 3 da Lei n 8.248/91, e regulamentado pelo Decreto n 1.070/94. Vale ainda lembrar que poder ser realizado registro de preos para contratao de bens e servios de informtica, obedecida a legislao vigente, desde que devidamente justificada e caracterizada a vantagem econmica, nos termos do pargrafo nico do art. 3 do Regulamento do Sistema de Registro de Preos, aprovado pelo Ato da Mesa n 34/2003. 4.6.4.3. Utilizao de prego para contratao de servios de engenharia De acordo artigo 5 do Decreto n 3.555/00, o prego no pode ser utilizado para bens e servios de engenharia, verbis: Art. 5 A licitao na modalidade de prego no se aplica s contrataes de obras e servios de engenharia, bem como s locaes imobilirias e alienaes em geral, que sero regidas pela legislao geral da Administrao. Em primeiro lugar, vale observar que inexiste na Lei dispositivo que conceitue obra e servio de engenharia, j que, quando pretendeu definir, o legislador indicou de forma genrica o que ser considerado obra e servio, nos termos dos incs. I e II do art. 6 da Lei.

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Diante dessa lacuna da lei, socorremo-nos das lies do mestre Jorge Ulisses Jacoby Fernandes18 para traar diretrizes seguras no esclarecimento do que pode ser considerado servio de engenharia: Em sntese, so servios de engenharia, aqueles que: a) nos termos da lei que Regulamento dos Procedimentos Licitatrios da Cmara dos Deputados a profisso, estiverem elencados entre os que para a sua execuo dependam de profissional registrado no CREA e; b) a atividade de engenheiro for predominante, em complexidade e custo. Pode ocorrer, assim, que em determinada atividade, para um servio, exija-se profissional de engenharia, mas sua participao no contexto global da atividade venha a ser mnima. Logo, o servio no deve ser classificado como de engenharia. De outra parte, o Tribunal de Contas da Unio, aps arrostar a questo da contratao de servios de engenharia por prego em diversas oportunidades, expressando posicionamentos diversos, adotou, por fim, o entendimento de que, se determinado servio puder ser classificado como comum, mesmo quando for servio de engenharia, pode ser licitado por prego. Com efeito, na Deciso n 674/2002 Plenrio, o TCU, ao analisar representao formulada pelo CREA-DF acerca de licitao feita pelos Correios, considerou que a vedao do art. 5 do Decreto n 3.555/00 cede ante a clara manifestao do Anexo II, de que os servios de manuteno de bens mveis e imveis so comuns e que, portanto, mesmo sendo servios de engenharia, poderiam ser licitados na modalidade prego. 4.6.5. Concurso a modalidade de licitao entre quaisquer interessados para escolha de trabalho tcnico, cientfico ou artstico, mediante a instituio de prmio ou remunerao aos vencedores (art. 22, 4 da Lei).

18

Sistema de Registro de Preos e Prego. 1.ed. p. 437

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4.6.6. Leilo a modalidade de licitao entre quaisquer interessados para venda de bens mveis inservveis para a Administrao ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para alienao de bens imveis a quem possa oferecer o maior lance, igual ou superior ao da avaliao (art. 19 e 22, 5 da Lei).

4.7. Escolha da ModalidadeA modalidade de licitao definida com base nas caractersticas do objeto a ser contratado e no valor estimado para a contratao, em funo dos seguintes limites: (art. 23 da Lei e art. 19 do Regulamento):Obras e servios de engenharia Compras e outros servios Acima de R$650.000,00

Concorrncia

Acima de R$1.500.000,00

Tomada de Preos

Acima de R$150.000,00 R$1.500.000,00

at Acima de R$80.000,00 at R$650.000,00

Convite Prego Leilo

Acima de R$15.000,00 R$150.000,00

at Acima de R$8.000,00 R$80.000,00

at

Bens e servios comuns qualquer que seja o valor da contratao. Alienao de bens avaliados, isolada ou globalmente, em quantia no superior a R$ 650.000,00

Na Cmara dos Deputados, compete ao Departamento de Material e Patrimnio o enquadramento da contratao na modalidade apropriada (Resoluo n 10/1984).

4.8. Tipos de Licitao19O tipo de licitao no deve ser confundido com modalidade de licitao.

Vide Art. 45 da Lei n 8.666/93 e Art. 85 do Regulamento dos Procedimentos Licitatrios da Cmara dos Deputados dos Procedimentos Licitatrios da Cmara dos Deputados.

19

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Modalidade o procedimento, ou seja, o rito especfico que o certame dever observar. J os tipos se relacionam com o critrio de julgamento para seleo da proposta mais vantajosa. Os mais utilizados so os seguintes: 4.8.1. Menor preo Critrio de seleo em que a proposta mais vantajosa para a Administrao a que apresente menor preo entre as que atendam especificao do objeto desejado pela Administrao. utilizado para compras e servios de modo geral. 4.8.2. Melhor Tcnica Critrio de seleo em que a proposta mais vantajosa para a Administrao escolhida com base em fatores de ordem tcnica. usado exclusivamente para servios de natureza predominantemente intelectual, em especial na elaborao de projetos, clculos, fiscalizao, superviso e gerenciamento e de engenharia consultiva, em particular para a elaborao de estu

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