manual de aplicacao radar inovacao e glossario

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Atualização dos formulários para a determinação do Radar da Inovação do Programa ALI - Relatório Técnico - Documento interno PRELIMINAR R1 – Faltando ajustes que serão feitos em paralelo à redação final do Guia para a Inovação. R2 – Inclui ajustes feitos durante a redação do Guia e os comentários enviados por Ederaldo e Newton. R3 – Inclui ajustes no item 39 (patentes) Curitiba, 22 de setembro de 2014.

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Manual de Aplicacao Radar Inovacao e GlossarioDimensões da Inovação

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Page 1: Manual de Aplicacao Radar Inovacao e Glossario

Atualização dos formulários para a

determinação do Radar da Inovação do Programa ALI

- Relatório Técnico -  

Documento  interno  PRELIMINAR  

 R1  –  Faltando  ajustes  que  serão  feitos  em  paralelo  à  redação  final  do  Guia  para  a  Inovação.  R2  –  Inclui  ajustes  feitos  durante  a  redação  do  Guia  e  os  comentários  enviados  por  Ederaldo  e  Newton.    R3  –  Inclui  ajustes  no  item  39  (patentes)  

Curitiba, 22 de setembro de 2014.  

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Atualização dos formulários para a determinação do Radar da

Inovação do Programa ALI - Relatório Técnico -

Sumário Executivo O primeiro formulário para a mensuração do Grau de Inovação nas MPE foi desenvolvido com enfoque na área industrial, para avaliar o projeto piloto que estava sendo conduzido pelos SEBRAE/PR e SEBRAE/DF. O formulário original apresentou limitações quando aplicado às empresas varejistas e de serviço. Em junho de 2010, foram criados formulários específicos para cada um desses segmentos. Na ocasião, decidiu-se que o critério básico para a escolha do formulário a ser usado em cada EPP seria a natureza da atividade, claramente definida pelo tipo de imposto pago. O ajuste também criou oportunidade para a incorporação de algumas melhorias que a experiência com o uso do formulário inicial, e as contribuições de profissionais trouxeram. Em 2011 foi feita uma revisão geral do material, para aproveitar o aprendizado ocorrido no período. Finalmente, em 2014, em novo esforço para aprimorar o material e simplificar o diagnóstico, houve uma reanálise de todo o formulário. Este documento apresenta um resumo da metodologia e a evolução dos formulários, justificando as alterações feitas.

A vantagem competitiva está em gerar e saber usar a informação e o capital intelectual.

Jeffrey Pfeffer (Stanford University)

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Atualização dos formulários para a determinação do Radar da Inovação do Programa ALI

- Relatório Técnico -

Sumário  

Sumário  Executivo  .....................................................................................................  2  

Objetivo  ....................................................................................................................  5  

Introdução  .................................................................................................................  5  Premissas  ..........................................................................................................................  6  

Conceitos  básicos  ......................................................................................................  7  Inovação  ............................................................................................................................  7  Processo  de  Gestão  da  inovação  ........................................................................................  7  Radar  da  Inovação  .............................................................................................................  8  Evidência  objetiva  .............................................................................................................  9  Manifestação  do  cliente  ....................................................................................................  9  Mercado  ............................................................................................................................  9  Nicho  de  mercado  .............................................................................................................  9  Produto  ...........................................................................................................................  10  Produto  complementar  ...................................................................................................  10  Famílias  de  produtos  .......................................................................................................  10  Versões  de  produtos  ........................................................................................................  10  Soluções  ..........................................................................................................................  11  

Radar  da  inovação  ...................................................................................................  11  Metodologia  ....................................................................................................................  11  

Dimensões  da  inovação  ......................................................................................................  12  Escala  ..................................................................................................................................  13  Horizonte  temporal  ............................................................................................................  14  Formulário  ..........................................................................................................................  15  

Outras  considerações  ......................................................................................................  16  Dimensão  Sustentabilidade  .............................................................................................  16  

Formulários  para  o  diagnóstico  ................................................................................  17  A  -­‐  Dimensão  Oferta  ........................................................................................................  17  

Item  1  -­‐  Novos  mercados  (RESERVADO)  .............................................................................  17  Item  2  -­‐  Novos  produtos  .....................................................................................................  18  Item  3  -­‐  Ousadia  .................................................................................................................  19  Item  4  -­‐  Resposta  ao  meio  ambiente  .................................................................................  19  Item  5  –  Design  ...................................................................................................................  21  Item  6  -­‐  Inovações  Tecnológicas  .........................................................................................  22  

B  -­‐  Dimensão  Plataforma  .................................................................................................  23  Item  7  -­‐  Sistema  de  produção  ............................................................................................  23  Item  8  -­‐  Versões  de  produtos  .............................................................................................  24  

C  -­‐  Dimensão  Marca  ........................................................................................................  25  Item  9  -­‐  Proteção  de  marca  ................................................................................................  25  Item  10  -­‐  Alavancagem  da  marca  .......................................................................................  26  

D  -­‐  Dimensão  Clientes  ......................................................................................................  27  Item  11  -­‐  Identificação  de  necessidades  ............................................................................  27  

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Item  12  -­‐  Identificação  de  mercados  ..................................................................................  27  Item  13  -­‐  Uso  das  manifestações  dos  clientes  (RESERVADO)  .............................................  28  Item  14  -­‐  Uso  das  manifestações  dos  clientes  -­‐  Resultado  ................................................  29  

E  -­‐  Dimensão  Soluções  .....................................................................................................  29  Item  15  -­‐  Soluções  complementares  ..................................................................................  30  Item  16  -­‐  Integração  de  recursos  .......................................................................................  30  

F  -­‐  Dimensão  Experiência  do  Cliente  ................................................................................  31  Item  17  -­‐  Facilidades  e  amenidades  ...................................................................................  31  Item  18  –  Informatização  ...................................................................................................  32  

G  -­‐  Dimensão  Agregação  de  valor  ....................................................................................  33  Item  19  -­‐  Uso  dos  recursos  existentes  ................................................................................  33  Item  20  -­‐  Uso  das  oportunidades  de  relacionamento  ........................................................  34  

H  -­‐  Dimensão  Processos  ...................................................................................................  34  Item  21  -­‐  Melhoria  dos  processos  ......................................................................................  35  Item  22  -­‐  Sistemas  de  gestão  .............................................................................................  36  Item  23  -­‐  Certificações  .......................................................................................................  37  Item  24  -­‐  Softwares  de  gestão  ............................................................................................  38  Item  25  -­‐  Aspectos  ambientais  (Ecológicos)  .......................................................................  38  Item  26  -­‐  Gestão  de  resíduos  .............................................................................................  39  

I  -­‐  Dimensão  Organização  ................................................................................................  40  Item  27  –  Reorganização  ....................................................................................................  40  Item  28  –  Parcerias  .............................................................................................................  41  Item  29  -­‐  Visão  externa  (RESERVADO)  ...............................................................................  42  Item  30  -­‐  Estratégia  competitiva  ........................................................................................  43  

J  -­‐  Dimensão  Cadeia  de  fornecimento  ..............................................................................  43  Item  31  -­‐  Cadeia  de  fornecimento  ......................................................................................  43  

K  -­‐  Dimensão  Presença  ....................................................................................................  45  Item  32  -­‐  Pontos  de  venda  .................................................................................................  45  Item  33  –  Intermediação  ....................................................................................................  46  

L  -­‐  Dimensão  Rede  ...........................................................................................................  47  Item  34  –  Rede  empresa  -­‐  cliente  ......................................................................................  47  

M  -­‐  Dimensão  Ambiência  inovadora  ................................................................................  49  Item  35  -­‐  Fontes  externas  de  conhecimento  –  I  .................................................................  49  Item  36  -­‐  Fontes  externas  de  conhecimento  –  II  ................................................................  51  Item  37  -­‐  Fontes  externas  de  conhecimento  –  III  ...............................................................  51  Item  38  -­‐  Fontes  externas  de  conhecimento  –  IV  ...............................................................  53  Item  39  -­‐  Propriedade  intelectual  ......................................................................................  53  Item  40  -­‐  Ousadia  inovadora  (RESERVADO)  .......................................................................  54  Item  41  -­‐  Financiamento  da  inovação  ................................................................................  55  Item  42  -­‐  Coleta  de  ideias  ...................................................................................................  56  

Diretrizes  para  o  preenchimento  .............................................................................  56  

Considerações  finais  ................................................................................................  58  

Agradecimentos  ......................................................................................................  58  

Glossário  .................................................................................................................  59  

Referências  ..............................................................................................................  65  

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Atualização dos formulários para a determinação do Radar da Inovação do Programa ALI

- Relatório Técnico -

Objetivo Documentar a metodologia e o trabalho de revisão e atualização dos formulários de diagnóstico do Radar da Inovação para as áreas de indústria, serviços e comércio, considerando a aprendizado ocorrido desde a primeira edição.

A inovação não requer altos investimentos, mas pressupõe a transformação de boas ideias em algo concreto, que represente algum tipo de melhoria de processos, produtos e atitudes. Aliada à gestão da qualidade, a inovação é a solução que contribui decisivamente para o aumento da competitividade das micro e pequenas empresas.

SEBRAE

Introdução O primeiro formulário para a mensuração do Grau de Inovação nas MPE foi desenvolvido com enfoque na área industrial, para avaliar o projeto piloto que estava sendo conduzido pelo SEBRAE/PR e SEBRAE/DF [1]. Em outubro de 2009, para complementar a capacitação dos Agentes, foi publicada a 1ª edição do “Guia para a Inovação” [2]. O formulário original apresentou limitações quando aplicado às empresas varejistas e de serviço. Em junho de 2010 foram criados formulários específicos para cada um desses setores. Na ocasião, decidiu-se que o critério básico para a escolha do formulário a ser usado em cada MPE seria a natureza da atividade, claramente definida pelo tipo de imposto pago (IPI na indústria, ICMS no comércio e ISS na prestação de serviços). O ajuste também criou oportunidade para a incorporação de algumas melhorias que a experiência com o uso do formulário inicial, e as contribuições de profissionais que ofereceram sugestões e criticas, trouxeram. Em 2011 foi feita uma revisão geral do material, para aproveitar o aprendizado ocorrido no período. As principais mudanças foram: - Alterado o nome de “Grau da Inovação” para “Radar da Inovação”. - Os itens 13, 15, 28 e 31 sofreram pequenos ajustes na redação, visando maior clareza. - O período de referência para a avaliação mudou de “últimos três anos encerrados” para “últimos três anos”, contados da data do diagnóstico. - A dimensão “Ambiência Inovadora” ganhou peso 2, para destacar sua importância em relação às demais. - Como a área de aplicação, inicialmente limitada ao Paraná, foi ampliada, siglas como IEP (Instituto de Engenharia do Paraná) e RETEC (Rede

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Paranaense de Respostas Técnicas) foram eliminadas ou substituídas por outras, mais genéricas ou de abrangência nacional. - Incluída observação sobre a restrição de uso da metodologia em unidades franqueadas, pois nesses casos a liberdade do empreendedor para inovar, embora possível, é mais restrita. A nova revisão (2014) objetiva uma atualização geral tanto dos formulários, em face do aprendizado, quanto do “Guia para a Inovação”, e à necessidade de inclusão de maior quantidade de exemplos nos setores de comércio e de serviços.

Premissas As principais premissas adotadas na atualização dos formulários foram: - Preservar a estrutura do formulário anterior, com três assertivas para cada item. - Considerar as peculiaridades dos segmentos de comércio, serviço e indústria, mas manter a maior semelhança possível entre os formulários, para facilitar o uso e preservar a coerência da metodologia. - Alterar o critério básico para a escolha do formulário a ser usado em cada PN com base na natureza da atividade, identificada pelo código CNAE (http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/cnaefiscal/cnaef.htm).

A determinação da natureza da atividade do contribuinte para apurar se é "empresa industrial" ou "empresa comercial" ou "empresa prestadora de serviços" deverá ser realizada em conformidade com o seu objeto social, sem levar em consideração outros aspectos dissociados da verdadeira atividade praticada1.

- Apresentar as mudanças em formulários em planilhas Excel 2003, para compatibilidade com a maioria dos sistemas em uso, lembrando que o formulário efetivamente usado estará no sistema informatizado do Programa ALI. - Considerar que a aplicação do diagnóstico será feita exclusivamente por profissionais treinados (normalmente os Agentes Locais de Inovação) nos conceitos usados na metodologia.

1 - Parecer do Dr. Fernando Dantas Casillo Gonçalves. Disponível em http://www.fiscosoft.com.br/a/1yi4/contribuicoes-para-o-senai-sesi-e-sebrae-impossibilidade-da-cobranca-nas-empresas-de-construcao-civilfernando-dantas-casillo-goncalves. Acesso em 15.09.14.

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Conceitos básicos Para a correta interpretação dos textos do formulário de diagnóstico, há necessidade de uniformizar o entendimento dos conceitos apresentados a seguir.

Inovação Inovação, neste trabalho, diz respeito à utilização do conhecimento sobre novas formas de produzir e comercializar produtos (bens e serviços). A inovação empresarial pode ser feita tanto nos produtos quanto nos processos, no marketing e até mesmo na forma de organizar o negócio. Existe uma forte tendência de associar “Inovação” com “Inovação Tecnológica”. Porém, na metodologia, inovação é qualquer mudança que envolva um grau significativo de novidade para a empresa e exclui mudanças que sejam “mais do mesmo”. Embora a imitação, estritamente falando, não caracterize inovação, trata-se de uma etapa que muitas vezes é usada para alavancar o processo inovador. Assim, a metodologia trata a imitação como uma prática inovadora, pois se constitui em um primeiro esforço para olhar o ambiente externo em busca de melhorias. Uma inovação é considerada implantada se tiver sido introduzida no mercado (inovação de produto) ou usada no processo de produção (inovação de processo) [3].

Processo de Gestão da inovação A inovação, embora crítica para o sucesso dos negócios, resulta de um processo complexo e de difícil gerenciamento. Diferentes estudos levam à conclusão de que o processo de gestão da inovação conta com uma dimensão física, como estruturas organizacionais que favorecem a inovação, e uma dimensão intangível, relacionada a comportamentos, liberdade de comunicação, cultura de aceitação de riscos e à prática de técnicas de criatividade. O Processo de Gestão da Inovação tomado como referência é o adotado pelo SEBRAE (figura 1).

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Figura 1 - Processo de Gestão da Inovação (Modelo SEBRAE) Fonte: SEBRAE. Curso Gestão da Inovação: Inovar para competir. 2009.

Radar da Inovação É uma medida de maturidade do processo de inovação nos Pequenos Negócios (PN), com base em seus processos, resultados e a importância dada ao conhecimento como ferramenta que visa à competitividade. Dadas as características dos PN, a metodologia considera quaisquer inovações de produto, mesmo as estéticas e de design, por considerar que estas podem ser um primeiro passo dado pelo empreendedor no uso do conhecimento (de produto e de mercado) com o objetivo de aumentar a competitividade. Além dos aspectos tecnológicos, o Radar da Inovação também leva em conta a adoção de práticas de gestão que são comuns nas organizações maiores e que, nas Empresas de Pequeno Porte (EPP), representam alguma novidade. Finalmente, o Radar da Inovação avalia o quanto o ambiente interno é propício à inovação. Afinal, é amplamente aceito que “Uma empresa inovadora é um local onde as pessoas estão capacitadas a resolver problemas e onde a criatividade é parte da cultura organizacional”. Portanto, a determinação do Radar da Inovação não é absoluta, mas uma referência sobre as oportunidades para inovar existentes na empresa avaliada. Nota: O Radar da Inovação se diferencia da conhecida Taxa de Inovação, adotada pela PINTEC. Enquanto a Taxa de Inovação corresponde ao percentual de empresas que implementaram inovação de produto ou processo em relação ao total de empresas respondentes, o Radar da Inovação tem um enfoque mais limitado e avalia a inovação internamente à organização.

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Evidência objetiva Caráter do dado ou do fato conhecido que não comporta nenhuma dúvida quanto à sua verdade ou falsidade. Por exemplo, uma nota fiscal registrando uma venda ou um folheto de propaganda.

Manifestação do cliente É o termo usado para designar tanto as reclamações como as sugestões e comentários feitos pelos clientes. As empresas que conseguem transformar essas manifestações em resultados concretos (produtos mais adequados ao gosto do consumidor ou processos melhores do ponto de vista de custo ou de sustentabilidade) têm significativa vantagem competitiva.

Mercado Mercado, na visão do marketing, é o conjunto de compradores atuais e potenciais de um produto. Encontrar novos mercados para produtos existentes é uma das soluções mais efetivas para o crescimento. Embora tomar mercado dos concorrentes seja benéfico para o negócio e possa exigir algum esforço de adaptação, a verdadeira inovação está em estender as vendas a novos mercados, isto é, grupos de consumidores que normalmente não fazem uso do produto (figura 2). Um exemplo interessante é a venda de água sanitária para a higienização de verduras e legumes. Esta oferta criou um novo mercado para um produto que, tradicionalmente, era usado apenas para limpeza de pisos e branqueamento de tecidos.

Figura 2 – Mercados convencionais e inovadores Fonte:  Bachmann  &  Associados.  

Nicho de mercado Nichos de mercado são grupos de clientes com necessidades, características ou preocupações específicas ou com algum senso de identificação (consumidores de alimentos orgânicos, canhotos, colecionadores de carros antigos, diabéticos, torcedores de um mesmo time de futebol, etc.).

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Produto O termo “produto” é usado tanto para descrever bens como serviços (Figura 3).

Figura 3 - O espectro produto – serviço.

Fonte: Bachmann & Associados.

Produto complementar É o produto utilizado junto ou que está bastante relacionado ao produto principal. Por exemplo, queijos e vinhos ou brocas e furadeiras, que frequentemente são consumidos ou usados juntos.

Famílias de produtos Formalmente, famílias de produtos são todas as classes de produtos que podem satisfazer a uma necessidade-núcleo com razoável eficácia (Kotler). Seguem alguns exemplos de famílias no segmento da educação: - Educação formal: cursos regulamentados pelo ministério da educação (fundamental e médio) que objetivam a educação formal e a obtenção de um diploma regular. - Educação profissionalizante: cursos que se destinam a habilitar para o exercício de uma profissão, como torneiro, marceneiro, programador, etc. - Cursos livres: cursos que oferecem conhecimentos de interesse de grupos específicos, como: artes, fotografia, xadrez, artesanato, etc.

Versões de produtos “Versões” são produtos com pequenas adaptações para adequação a grupos específicos de clientes (nichos), podendo resultar em grandes vantagens de mercado com custos marginais, visto que os recursos de produção são praticamente os mesmos e a maioria dos componentes é similar. Versões de produto incluem modelos diferentes ou embalagens de diversos tamanhos ou tipos, como: Coca-Cola, Coca Light e Coca Zero, em embalagens de 750 ml, 1

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litro, 2 litros, 2,5 litros e em latas. Outra forma de gerar versões é a inclusão de opcionais e acessórios, como é usual na indústria automobilística.

Soluções Uma solução é a combinação customizada e integrada de bens, serviços e informações capazes de resolver um problema do cliente. Normalmente, a oferta de soluções agrega valor aos produtos das empresas, gerando fidelidade e maior rentabilidade. Para ampliar as possibilidades de avaliação, as “soluções para o cliente” foram divididas em 4 modalidades (figura 4), como segue:

Figura 4 - Alternativas para a oferta de benefícios e facilidades

Nota: Os números correspondem aos itens do diagnóstico.

Fonte:  Bachmann  &  Associados.  

Radar da inovação O Radar da Inovação é uma metodologia para mensurar o grau de maturidade no uso do processo de gestão da inovação em empresas de pequeno porte. O determinação do Radar tem dois objetivos: - Permitir a avaliação da eficácia na implantação do processo de gestão da inovação. - Apontar oportunidades (diagnóstico) para a inovação nas empresas.

Metodologia Os indicadores tradicionalmente usados para medir a inovação nas organizações, como “Número de Patentes” e “Percentual do Faturamento Aplicado em P&D”, apresentam limitações quando aplicados ao universo das pequenas empresas. Na busca de uma alternativa, foi desenvolvida uma metodologia que tomou como referência o trabalho do professor Mohanbir Sawhney, diretor do Center for Research in Technology & Innovation, da

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Kellogg School of Management, Illinois, EUA [4, 5] que relaciona as dimensões pelas quais uma empresa pode procurar caminhos para inovar. O Radar da Inovação, do Prof. Sawhney, reúne quatro dimensões principais:

1. As ofertas criadas 2. Os clientes atendidos 3. Os processos empregados 4. Os locais de presença usados

Entre estas, são apontadas mais oito dimensões que devem ser observadas. Entretanto, a abordagem não destaca o ambiente interno da organização. Assim, foi incluída uma dimensão adicional denominada “Ambiência inovadora”, já que um clima organizacional propício à inovação é pré-requisito para uma empresa inovadora. A determinação do Radar da Inovação presume que a inovação não é um evento ou fato isolado, mas fruto de um processo. Daí a preocupação em avaliar não o simples resultado (número de inovações), mas a maturidade dos processos de inovação das empresas. Muitos novos empreendimentos decorrem de uma única ideia de sucesso, frequentemente casuísta; isto não é suficiente para caracterizar tal organização como inovadora. Assim, é dado um escore maior àquelas empresas que tem uma prática estruturada (ação sistemática) para buscar e gerar inovações. Com base nessas premissas, a determinação do Radar da Inovação se sustenta em três pilares: o que avaliar (dimensões da inovação), como medir (escala usada) e que período de tempo considerar. Como a experimentação é uma das ferramentas da inovação, também é observada a ousadia da organização em testar produtos, processos e mercados. A metodologia, por ser focada em PN, admite que um produto, processo ou método de gestão deve ser considerado inovador se é novo para a empresa, ainda que seja lugar comum na concorrência ou em outros negócios do setor.

Dimensões da inovação A determinação do Radar da Inovação é feita separadamente para cada uma das seguintes dimensões da inovação:

1. Oferta 2. Plataforma 3. Marca 4. Clientes 5. Soluções 6. Relacionamento ou Experiência do Cliente 7. Agregação de valor 8. Processos 9. Organização 10. Logística 11. Praça 12. Rede 13. Ambiência inovadora

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De modo a compor uma avaliação abrangente das oportunidades para a inovação (figura 5).

Figura 5 – Radar da Inovação Fonte:  Bachmann  &  Associados.  

Escala Para as medidas objetivas na determinação do Radar da Inovação foi adotada uma escala com 3 níveis (figura 6), a fim de identificar as empresas:

3 – Inovadoras sistêmicas; 2 – Inovadoras ocasionais; 1 – Pouco ou nada inovadoras.

Figura 6 – Evolução das empresas quanto à inovação

Fonte:  Bachmann  &  Associados.  

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As justificativas para a escolha desta escala podem ser encontradas no relatório “Metodologia para Estimar o Grau de Inovação nas MPE” [1]. Considerando a escala dada, é razoável assumir as seguintes situações, em função dos escores medidos [6]:

Quadro I - Classificação das empresas quanto ao grau de inovação

Tipo de empresa Definição Pontuação no Grau de Inovação (GI)

Inovadora Sistêmica É aquela que pratica sistematicamente a gestão da inovação.

O GI fica acima de 4.

Inovadora Ocasional É a empresa que inovou nos últimos anos, porém não há sistematização do processo.

O GI fica acima de 3 e abaixo de 4.

Pouco ou nada Inovadora

É a empresa que inova pouco ou não inova.

O GI fica acima de 1 e abaixo de 2,99. Se a pontuação do GI for 1 (um) a empresa não é inovadora.

Fonte: Silva Néto, Ana Teresa da. Mensuração do Grau de Inovação em Micro e Pequenas Empresas do Estado de Sergipe. Dissertação de mestrado da Universidade Federal de Sergipe. Sergipe 2012. Entretanto, as afirmações devem ser feitas com algum cuidado, pois dependendo do item que eleva o resultado de 3,9 para 4,0, por exemplo, não podemos afirmar que a empresa deixa de ser uma inovadora ocasional e passa, automaticamente, a ser uma inovadora sistêmica. Em outras palavras, a escala não tem o nível de objetividade desejável e existe uma "zona cinzenta" entre cada uma das três situações possíveis. Trata-se, portanto, de um balizamento; uma referência para encontrar empresas que estejam operando bem no aspecto inovação e possam ter suas práticas identificadas e absorvidas por outras (benchmarking) ou que possam ser comparadas consigo mesmo, ao longo do tempo, para saber se estão no caminho certo.

Horizonte temporal Os processos de inovação – ou de criação de ambientes propícios à inovação – demoram a apresentar resultados. Por outro lado, resultados obtidos e práticas adotadas há muito tempo não refletem a situação atual da organização. Por exemplo, uma empresa que tem a rotina de fazer ajustes no layout visando ganho de produtividade não é, por isso, inovadora. Porém, uma que tenha adotado esta prática recentemente, tomou uma ação inovadora. Como o objetivo é determinar o Radar da Inovação das organizações da forma mais pontual possível, para permitir o acompanhamento da evolução das mesmas, foi tomado um horizonte de três anos para o levantamento dos dados. Porém, devido à elevada mortalidade dos PN, é possível que um bom número

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delas tenha menos de 3 anos; neste caso, todos os seus produtos e serviços seriam considerados inovadores, exigindo que a análise descarte ou trate estes resultados com as restrições devidas. Portanto, pode ser útil observar a data de instalação da empresa. Nos casos das questões objetivas, em que se buscou determinar se a empresa tinha ou não um determinado recurso ou ativo, como por exemplo um pedido de depósito de patente, deve-se considerar o momento específico do levantamento, como indicado na figura 7.

Figura 7 – Horizonte de tempo Fonte:  Bachmann  &  Associados.  

Formulário A estruturação do formulário levou em conta a necessidade de avaliar separadamente cada dimensão, segundo a escala estabelecida. Para cada dimensão foram estabelecidas algumas questões, ou itens, que são avaliados independentemente. A medida da Inovação na dimensão é dada pela média aritmética dos escores dos respectivos itens. O resultado geral (Grau de Maturidade no uso do Processo de Gestão da Inovação) corresponde à média ponderada dos escores de cada uma das 13 dimensões da inovação. Entretanto, apenas a dimensão Ambiência, devido à sua importância para a implantação efetiva do processo de gestão da inovação, recebeu peso 2. Assim, o formulário foi dividido em blocos: Bloco I – Dados gerais da empresa (informações cadastrais). Inclui informações para a caracterização da empresa, obtenção de estatísticas e a rastreabilidade das informações, como nomes do entrevistado e do entrevistador.

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Bloco II – Determinação do Radar da Inovação. Inclui as questões objetivas, necessárias à determinação do Radar da Inovação. A experiência levou ao desenvolvimento de três formulários diferentes, porém conceitualmente iguais. As diferenças incluem a linguagem adaptada ao tipo de negócio (indústria, serviços ou comércio) e, em alguns casos, a supressão de itens de difícil aplicação ou entendimento. Entretanto, para facilitar as comparações, a numeração dos itens correspondentes foi mantida a mesma.

Quadro II - Diferenças entre os formulários Item Indústria Serviços Comércio

1 0 0 0 4 X X 0 5 X 0 0 6 X 0 0 7 X X 0 8 X X 0

13 0 0 0 29 0 0 0 33 X X 0 39 X 0 0 40 0 0 0

Notas: 0 - Item ausente do formulário. X - Item presente no formulário. Os demais itens estão presentes nos 3 formulários.

Outras considerações A supressão ou inclusão de algum item, para adequar o formulário, não prejudica a comparação histórica, já que os resultados comparados são as médias de cada dimensão. Do mesmo modo, como o Grau de Maturidade no uso do Processo de Gestão da Inovação não é a média dos itens, mas a média dos resultados de cada dimensão, a influência destes ajustes pode ser desprezada na comparação histórica. Esta metodologia não se aplica às unidades franqueadas, pois a liberdade do empreendedor para inovar, embora possível, costuma ser bastante restrita.

Dimensão Sustentabilidade Embora fuja da intenção do diagnóstico feito pelo Radar, são frequentes as consultas sobre como o aspecto Sustentabilidade é tratado. Podemos imaginar que teríamos uma medida da inovação nesse aspecto por meio da média aritmética dos escores dos itens que fazem referência direta à sustentabilidade (na visão de meio ambiente):

Item 4 - Resposta ao meio ambiente (Dimensão: Oferta) Item 25 - Aspectos ambientais (Dimensão: Processos) Item 26 - Gestão de resíduos (Dimensão: Processos)

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Mas, outros itens também apresentam oportunidades associadas ao meio ambiente, como por exemplo o 23 (Certificações) que valoriza a ISO14001.

Formulários para o diagnóstico O formulário é a ferramenta que permite ao Agente de Inovação avaliar a empresa atendida nos diversos aspectos em que a inovação é possível, servindo tanto para mensurar a evolução como para identificar oportunidades para que a inovação aconteça. Para facilidade de entendimento, as premissas e outras considerações que justificam a presença e o formato das diversas questões dos formulários estão documentadas a seguir, de forma itemizada. Na descrição de cada item, as alternativas de resposta estão associadas aos escores 5, 3 e 1, que correspondem à maturidade no aspecto específico. Quando oportuno, mesmos nos casos em que o conceito se aplica de forma uniforme nos diversos setores, houve o cuidado de ajustar a linguagem às características do setor. Por exemplo, a frase ”A empresa sistematicamente modifica seus processos, compra ou aluga equipamentos diferentes dos usados anteriormente, ou adota técnicas de gestão da produção mais modernas, para obter maior eficiência, qualidade, flexibilidade ou menor ciclo de produção.” usada no formulário para a indústria, foi substituída por “A empresa sistematicamente modifica seus processos (execução, controle, marketing, etc.) ou instalações, para obter maior eficiência, qualidade, flexibilidade ou rapidez no atendimento”, no formulário de serviços. Para comparação, são apresentadas os textos diferenciados para cada um dos setores. Optou-se por manter o termo “Produto”, que se refere a bens e serviços2, em todos os formulários, para manter um único padrão nos documentos relativos à metodologia e, principalmente, porque a imensa maioria dos objetos de negócio têm algum conteúdo físico e de serviço (figura 3).

A - Dimensão Oferta A dimensão Oferta se refere aos produtos (bens e serviços) oferecidos pela empresa ao mercado.

Item 1 - Novos mercados (RESERVADO) O item 1, que objetivava avaliar as novas ofertas de forma associada ao mercado, foi suprimido na revisão feita em 2011, devido aos questionamentos que apontavam semelhança com o item 12. Na versão original, este item buscava analisar a possibilidade de ofertar os produtos existentes para novos mercados.

Nota: A supressão ou inclusão de algum item, para adequar o formulário, não causa grande impacto, já que os resultados comparados são as médias de cada dimensão. Do mesmo modo, como o Grau de

2 - Essa decisão foi ratificada em reunião de 22 de julho de 2014, no SEBRAE/NA.

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Maturidade do Processo de Inovação não é a média dos itens, mas a média dos resultados de cada dimensão, a influência desses ajustes pode ser desprezada na comparação histórica.

Item 2 - Novos produtos Este item avalia uma característica típica das empresas inovadoras, que é a colocação de novos produtos no mercado. Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - A empresa lançou, com sucesso, mais de um novo produto no mercado nos últimos 3 anos. 3 - A empresa lançou, com sucesso, um novo produto no mercado nos últimos 3 anos. 1 - A empresa não lançou, com sucesso, qualquer novo produto no mercado nos últimos 3 anos. Justificativas e considerações: O volume de novos produtos pode ser associado à capacidade inovadora da organização. Algumas empresas inclusive avaliam o sucesso de seu processo de gestão da inovação pela participação da receita dos novos produtos no faturamento3. Cabe lembrar que o termo “produto” é usado tanto para descrever bens como serviços. Na verdade, é muito difícil encontrar um produto que seja exclusivamente bem ou apenas serviço (figura 3). Isto cria uma grande oportunidade de diferenciação quando uma empresa que tipicamente vende bens inova na parte do serviço e vice versa. Por essa razão, o termo “produto” foi mantido nos formulários de serviço e comércio. É importante destacar que o “produto” do comércio é a intermediação de produtos de terceiros. Portanto, nesse enfoque, a simples venda de produtos diferentes ou a troca regular de fornecedores de um determinado produto por outro não significa lançar um novo produto e, portanto, não caracteriza uma ação inovadora. Mas se, por exemplo, uma loja de materiais de construção também passa a comercializar produtos de decoração, ela está oferecendo um novo “produto” para o mercado. Do mesmo modo, um mercado que inicie a comercialização de uma linha de produtos orgânicos ou uma linha de produtos light, ou ainda uma farmácia que decida, além dos produtos regulares, também produzir e comercializar medicamentos manipulados, estariam efetivamente oferecendo um novo produto. Nesses casos, haveria o enquadramento no item. Outra forma do comércio “criar” novos produtos é oferecer conjuntos diferenciados; um exemplo é o supermercado que compra alimentos em separado e faz seu empacotamento para venda como uma “cesta básica”, agregando valor para o cliente final.

3 - www.fdc.org.br/professoresepesquisa/nucleos/Documents/apresentacao_caso_suzano.pdf

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Item 3 - Ousadia A literatura sobre inovação deixa evidente que o número de acertos é proporcional ao de tentativas. Mas, muitas tentativas não dão o resultado esperado. Este item avalia quão ousada a empresa é, por meio da medida indireta do número de falhas ou insucessos no esforço de colocar novos produtos no mercado. Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa retirou do mercado mais de um produto que não teve sucesso. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa retirou do mercado um produto que não teve sucesso. 1 - Nos últimos 3 anos, todos os produtos colocados no mercado tiveram sucesso. Nota: Caso não tenha sido colocado qualquer novo produto no mercado, também prevalece este escore. Justificativas e considerações: Uma característica típica das organizações inovadoras é a disposição para correr riscos. Mesmo as empresas que têm um bom planejamento e, portanto, erram menos, estão sujeitas a colocar produtos inadequados no mercado, se houver um esforço consistente para lançar novidades. Na avaliação, só devem ser computados produtos que foram efetivamente colocados no mercado. Exemplos: Em um restaurante (serviço), a oferta de um novo prato acabou não tendo aceitação e foi retirado do cardápio. Ou uma panificadora (comércio) que desistiu de vender carvão para churrasco, pois a lucratividade, em face do baixo volume de vendas, não pagou os inconvenientes da sujeira e do espaço ocupado. Na revisão de 2014 do formulário foi incluída a nota “Caso não tenha sido colocado qualquer novo produto no mercado, também prevalece este escore” no escore 1, para dirimir qualquer dúvida.

Item 4 - Resposta ao meio ambiente O apelo ambiental tem sido um forte motivador para que os clientes deem preferência a alguns produtos. A finalidade deste item é avaliar se a empresa está atenta a essa oportunidade e buscou lançar algum novo produto que tire proveito desse aspecto. Alternativas – Indústria / Serviços 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa mudou características de mais de um produto por razões ecológicas. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa mudou alguma característica de um de seus produtos por razões ecológicas. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não mudou qualquer característica de seus produtos por razões ecológicas. Comércio Não se aplica.

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Justificativas e considerações: A quantidade de produtos novos, fundamentados em oferecer benefícios ambientais como menor consumo de água ou energia, ou com embalagens recicláveis ou, ainda, com menos matéria prima, reflete o esforço da empresa em aproveitar o interesse do mercado por produtos sustentáveis. Para que uma mudança seja computada neste item, é importante que a motivação para a alteração no produto seja de natureza ecológica. Embora não seja algo tão comum quanto na área industrial, também existe espaço para inovar com benefícios ambientais nos serviços. Seguem exemplos: - Restaurante: Substituição de embalagens de isopor (de difícil reciclagem) por papelão, nas entregas. A embalagem é parte do produto. - Lavagem de veículos: Lavagem sem consumo de água, como no Sistema BestDry, que substitui a água por uma cera líquida especial que retira a sujeira sem danificar ou riscar a pintura do veículo. De modo geral, isto poderia ser considerada uma alteração de processo, mas no caso particular, é o grande argumento de venda e tem até marca registrada, caracterizando o produto (serviço) como "Lavagem sem o uso de água". - Consultoria: Entrega dos relatórios em papel reciclado ou em meio eletrônico. Reuniões por meio de videoconferência, evitando deslocamentos que consomem combustível. - Aluguel de geradores de energia elétrica: Substituição do diesel por biodiesel. O produto passou a ser "energia elétrica neutra em carbono". O item 4 (Resposta ao meio ambiente) foi suprimido do formulário de Comércio, pois mesmo as inovações associadas à oferta, como a embalagem na qual o produto é entregue (sacolas de plástico ou papel, por exemplo) podem ser consideradas como alterações de processo e melhor avaliadas por meio do item 25. Mas, isso não significa que o comércio não possa atuar no sentido de reduzir o impacto ambiental. O Walmart, por exemplo, realiza um programa junto aos fornecedores para reduzir a quantidade de material usado nas embalagens dos produtos comercializados. O questionamento do item 4 serve, portanto, para incentivar a pensar no aspecto ambiental como elemento de diferenciação. Na maioria dos negócios, é relativamente fácil no "processo" (item 25), mas um desafio na "oferta". Na revisão de 2014 o texto foi simplificado, passando de: “A empresa mudou características de mais de um produto por razões ambientais (ecológicas)” para “A empresa mudou características de mais de um produto por razões ecológicas”.

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Item 5 – Design O design pode ser uma alavanca poderosa e de baixo custo para melhorar ou oferecer novos produtos, visando ganho de competividade. Alternativas – Indústria 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa fez mudanças significativas na estética, desenho ou outra mudança funcional ou subjetiva em mais de um produto. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa fez alguma mudança significativa na estética, desenho ou outra mudança funcional ou subjetiva em pelo menos um produto. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não fez qualquer mudança significativa na estética, desenho ou outra mudança funcional ou subjetiva em nenhum produto. Alternativas – Serviços Não se aplica. Alternativas - Comércio Não se aplica. Justificativas: Uma das áreas mais propícias à inovação está no design dos produtos, incluindo as embalagens, resultando em comodidade ou facilidade de uso. O termo “mudança significativa” corresponde a mudança que é facilmente percebida pelos clientes. É importante lembrar que, muitas vezes, o sucesso de um produto decorre das facilidades oferecidas pela embalagem, como por exemplo: - Facilidade de abertura. - Possibilidade de expor ou destacar as qualidades do produto. - Praticidade no uso, como as embalagens que incluem dosador. O item 5 (Design) foi suprimido dos formulários de Serviços e Comércio, pois nos Serviços, há uma tendência em confundir o design do produto com o design do processo (item 21). Um exemplo de design de produto é a Promoção Ponto Zero, da Porto Seguro. A empresa oferece desconto de 5% para motoristas sem pontos na carteira, atraindo novos clientes com um diferencial de preço e, ao mesmo tempo, reduzindo os riscos. Mas, este tipo de oferta pode ser, de qualquer modo, computada como novo produto (item 2), simplificando o diagnóstico. No comércio, normalmente ocorre apenas a transferência de produtos projetados por terceiros. Embora possível, um exemplo seria a Liquidação da Madrugada, inventada pelo Magazine Luíza, e que representa a colocação do produto “varejo” em horário fora do convencional, o mais comum são as alterações de processo, avaliadas por meio do item 21.

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Na revisão de 2014 foi acrescentado o aspecto relativo à funcionalidade, passando de: “Nos últimos 3 anos, a empresa fez mudanças significativas na estética, desenho ou outra mudança subjetiva em mais de um produto” para “Nos últimos 3 anos, a empresa fez mudanças significativas na estética, desenho ou outra mudança funcional ou subjetiva em mais de um produto” e excluído o item também de Serviços.

Item 6 - Inovações Tecnológicas O item avalia a adoção de novas soluções tecnológicas - uma das inovações mais comuns. Com o rápido avanço tecnológico, os empresários devem estar atentos às possibilidades de aprimoramento dos produtos pela inclusão de novos materiais e outros recursos que possam contribuir para diferenciar seus produtos. Alternativas - Indústria 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa adotou mais de uma das seguintes inovações de produto: - uso de novos materiais. - uso de eletrônica embarcada. - uso de novas peças funcionais. - uso de tecnologia radicalmente nova. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa adotou pelo menos uma das seguintes inovações de produto: - uso de novos materiais. - uso de eletrônica embarcada. - uso de novas peças funcionais. - uso de tecnologia radicalmente nova. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não adotou qualquer das seguintes inovações de produto: - uso de novos materiais. - uso de eletrônica embarcada. - uso de novas peças funcionais. - uso de tecnologia radicalmente nova. Alternativas – Serviços Não se aplica. Alternativas - Comércio Não se aplica. Justificativas: O questionamento visa motivar o empresário a olhar para fora em busca de soluções tecnológicas que possam ser incorporadas ao produto e trazer vantagem competitiva. Por exemplo, o uso do Nomex - um tecido a prova de fogo e de queimaduras por ácidos – permite o acesso das empresas de confecções ao mercado de uniformes para as indústrias química e de petróleo.

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Na avaliação deste item devem ser consideradas exclusivamente as inovações de produto ou de insumos que sejam incorporadas às ofertas. Na revisão de 2014, o item 6 (Inovações tecnológicas) foi suprimido nos formulários de Comércio e de Serviços, em que os aspectos tecnológicos dos produtos normalmente são de responsabilidade dos fornecedores. Também foi acrescentado o uso de eletrônica embarcada, por sugestão do Eng. Diogo Takayama (Agente Local de Inovação).

B - Dimensão Plataforma Plataforma é o nome dado a um conjunto de componentes comuns, métodos de montagem, recursos ou tecnologias, que são usados de forma “modular” na construção de um portfólio ou família de produtos. A habilidade em usar uma mesma plataforma ou conjunto de componentes para oferecer maior número de produtos reflete maior capacidade inovadora. O exemplo mais didático deste conceito é dado pela indústria automobilística, que já incorporou a prática de oferecer uma família de veículos usando os mesmos recursos (chassi e linha de montagem). NOTA: A dimensão Plataforma não é mais avaliada no Comércio. É conveniente que essa informação conste do Relatório de Devolutiva, para evitar má interpretação.

Item 7 - Sistema de produção O item avalia o aproveitamento da infraestrutura de produção ou de atendimento para a entrega de uma maior variedade de produtos. Este tipo de aproveitamento resulta em uma vantagem competitiva que reflete a capacidade de inovação e criatividade. Alternativas – Indústria / Serviços 5 - Os recursos físicos e de conhecimento para produção ou atendimento servem à mais de uma família de produtos. 3 - Os recursos físicos e de conhecimento para produção ou atendimento servem à uma família de produtos. 1 - Os recursos físicos e de conhecimento para produção ou atendimento servem à apenas um produto. Alternativas - Comércio Não se aplica. Justificativa: O aproveitamento dos recursos modulares de produção para gerar uma maior variedade de produtos indica, com certeza, maior capacidade inovadora. Para a interpretação do item é necessário esclarecer que “família de produtos” se refere às classes de produtos que podem satisfazer a uma mesma necessidade-núcleo. No exemplo já citado da indústria automobilística, a necessidade-núcleo atendida é “transporte”.

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Outra forma de pensar sobre este item é determinar se a empresa oferece mais de um produto usando os mesmos componentes ou módulos. Uma resposta positiva ocorre, por exemplo, na situação em que um mesmo tipo de molde é usado na indústria de confecções para fazer diferentes modelos de roupas. A área de serviços pode ser exemplificada pela cadeia de restaurantes McDonald’s que, percebendo a baixa utilização de sua infraestrutura no período da manhã, lançou um novo produto (Café da manhã) que usa os mesmos recursos (plataforma), aumentando a lucratividade sem aumento de investimento, ou, ainda, a mesma infraestrutura que atende o café da manhã de um hotel opera como um restaurante aberto ao público no almoço e jantar. Outro exemplo seria uma panificadora que, ao final do dia, utiliza sua estrutura para comercializar caldos e pizzas no seu estabelecimento. Este item avalia uma situação pontual. Deseja saber a realidade no momento do diagnóstico. Na revisão de 2014, o item foi excluído do formulário de Comércio.

Item 8 - Versões de produtos O item avalia a oferta de diferentes versões de produtos para conseguir vantagem competitiva. Pequenas adaptações feitas nos produtos para adequação a grupos específicos de clientes (nichos) podem representar grandes vantagens de mercado com custos marginais, visto que os recursos de produção são praticamente os mesmos e a maioria dos componentes é similar. Alternativas – Indústria / Serviços 5 - O mesmo produto é oferecido em mais de duas versões, para atingir novos mercados ou grupos de consumidores. 3 - Algum produto é oferecido em duas versões, para atingir novos mercados ou grupos de consumidores. 1 - Cada produto é oferecido em uma única versão. Nota: No caso de empresa com mais de um produto, basta que um deles tenha mais de uma versão para estabelecer o escore. Alternativas - Comércio Não se aplica. Justificativa: Para a interpretação do item é necessário esclarecer que “versões” de produtos consistem em pequenas adaptações para adequação a grupos específicos de clientes (nichos), podendo resultar em grandes vantagens de mercado com custos marginais, visto que os recursos de produção são praticamente os mesmos e a maioria dos componentes é similar. Versões de produto incluem modelos diferentes ou embalagens de diversos tamanhos ou tipos, como: Coca-Cola e Coca Zero, em embalagens de 750 ml, 1 litro, 2 litros, 2,5 litros e em latas. Outra forma de gerar versões é a inclusão de opcionais e acessórios, como é usual na indústria automobilística.

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No setor de serviços, a oferta de diferentes versões é adotada pelas companhias aéreas, que oferecem passagens com diferentes denominações e que dão maior ou menor flexibilidade para troca dos horários dos voos. Do mesmo modo, alguns parques temáticos oferecem um passe, mais caro, que se diferencia pelo tratamento prioritário, dispensando a necessidade de gastar tempo nas filas. Para simplicidade, o item 8 (versões de produtos) foi suprimido no formulário de Comércio. Mas, isto não significa impossibilidade de uso. Por exemplo, as alternativas de oferecer refeições no restaurante e por meio de drive through não deixam de ser diferentes versões no comércio de refeições prontas. Este item avalia uma situação pontual. Deseja saber a realidade no momento do diagnóstico.

C - Dimensão Marca A marca é entendida como o conjunto de símbolos, palavras (slogan) ou formatos pelos quais uma empresa transmite sua imagem, ou promessa, aos clientes. A inovação nesta dimensão implica em usar criativamente a marca, em tirar partido da marca para alavancar outras oportunidades de negócio ou, inversamente, usar outros negócios para valorizar a marca. Grande parte do esforço em oferecer produtos de qualidade ou um tratamento diferenciado pode se perder, se os clientes não tiverem uma referência visual para associar.

Item 9 - Proteção de marca O item avalia a importância dada pelo empresário a um ativo intangível, servindo para medir sua preocupação com a identidade ou personalidade do negócio junto aos clientes. Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - A empresa tem uma ou mais marcas registradas. 3 - A marca da empresa não é registrada. 1 - A empresa não tem uma marca. Nota: Devido à demora dos processos burocráticos, basta que a solicitação de registro tenha sido feita para que a marca possa ser considerada. Justificativa: Uma forte evidência do entendimento de que a marca representa, ou pode representar, uma vantagem competitiva é buscar sua proteção. Não faz sentido investir, de forma criativa ou convencional, em dar valor à uma marca que pode, a qualquer momento, ser adotada por outra empresa. A proteção a que este item se refere é, exclusivamente, o registro legal da marca ou das marcas junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI. Devido à demora dos processos burocráticos, basta que a solicitação de

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registro tenha sido feita, não havendo necessidade do pedido já ter sido aprovado. Este item avalia uma situação pontual. Deseja saber a realidade no momento do diagnóstico. Nota: A razão social não é uma marca, embora possa ser usada como uma.

Item 10 - Alavancagem da marca O item avalia o interesse e a capacidade do empreendedor em dar visibilidade à marca da empresa, gerando valor para o negócio. Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - A empresa usa sua marca em propaganda ou associada a outros tipos de produtos ou negócios que possam trazer prestígio. 3 - A empresa usa sua marca exclusivamente em seus produtos. 1 - A empresa não usa sua marca nos produtos ou negócio. Nota: Caso a empresa não tenha uma marca, também prevalece este escore. Justificativa: Para avaliar o quanto a empresa tira vantagem de sua marca, foi incluído o item “Alavancagem da Marca”. Parte das ações de marketing, que podem ser realizadas de forma convencional ou inovadora, consiste em dar visibilidade positiva à marca, criando uma imagem que traduza para os clientes os atributos do negócio ou de seus produtos. Para o correto preenchimento deste item, é importante entender que o termo “marca” se refere a quaisquer recursos que busquem oferecer uma identidade visual ao negócio ou a seus produtos, ainda que não tenha havido esforço para seu registro. São exemplos de associação da marca o uso conjunto de uma indicação geográfica (Indicação de Procedência ou Denominação de Origem) ou, ainda ligar a marca a uma entidade de prestígio, como uma incubadora de empresas, um APL, clientes importantes, etc. Exemplo: Indústria Brasileira de Artefatos Técnicos Ltda. – IBRATEC, fornecedora da Mercedes-Benz do Brasil. Outro exemplo interessante foi dado por uma pequena Escola Infantil que, com o apoio de marcas de renome nos segmentos alimentício e de confecções, organizou um passeio de velocípedes, triciclos e carrinhos de bebe, reunindo mais de 500 famílias. A divulgação do evento teve destaque em todo o estado, em virtude da participação das grandes marcas e de outras empresas. Este item avalia uma situação pontual. Deseja saber a realidade no momento do diagnóstico. Na revisão de 2014, o texto foi alterado de: “A empresa usa sua marca em propaganda ou em outros tipos de produtos ou negócios”

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para “A empresa usa sua marca em propaganda ou associada a outros tipos de produtos ou negócios que possam trazer prestígio” para maior clareza e simplicidade.

D - Dimensão Clientes Os clientes são pessoas ou organizações que usam ou consomem produtos para atender a determinadas necessidades. Os métodos de inovação centrados no cliente divergem das abordagens tradicionais, caracterizadas pela busca da inovação por meio de avanços tecnológicos ou pela otimização dos processos comerciais.4

Item 11 - Identificação de necessidades Como as inovações nas empresas objetivam aumentar a competitividade, é importante que estejam alinhadas com as necessidades, explícitas ou não, dos clientes. O item avalia o quanto a empresa leva em conta este aspecto. Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - A empresa tem uma sistemática para colher informações sobre as necessidades dos clientes. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa identificou ao menos uma necessidade não atendida de seus clientes. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não identificou qualquer nova necessidade de seus clientes. Justificativa: A quantidade de novos produtos que são lançados no mercado e falham por não atender as necessidades reais dos clientes potenciais é muito grande. Uma sistemática que busque conhecer melhor o que o cliente deseja, ou precisa, é um elemento importante para o sucesso dos negócios inovadores. Para avaliar este item, é necessário saber como a empresa interage com seus clientes atuais ou potenciais para conhecer sua opinião sobre os produtos. As informações servem de referência para mudanças e criam oportunidades para a inovação. Práticas de relacionamento ou facilidades, tais como formulários para que os clientes deem sugestões, são exemplos deste tipo de interação. Caso a empresa tenha uma sistemática para colher informações sobre as necessidades dos clientes (Escore 5), não é relevante considerar a data em que isto foi implantado. Nos demais casos, considerar o horizonte dos últimos 3 anos.

Item 12 - Identificação de mercados Novos mercados podem ser grupos de clientes em outras regiões ou compradores com necessidades diferentes. Este item mede o empenho em buscar novos mercados, com reflexos na forma de trabalhar e nas características dos produtos.

4 - HSM Management. Um processo para ser repetido. Março-abril 2008. p. 123.

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Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - A empresa tem uma sistemática para identificar novos mercados para seus produtos. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa identificou ao menos um novo mercado para seus produtos. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não identificou qualquer novo mercado para seus produtos. Justificativa: O esforço de adequação do negócio ou dos produtos a um novo público ou nicho frequentemente resulta em inovações. Do mesmo modo, a adaptação e a criação de versões de produtos para atender um novo mercado serve de incentivo para testar novas ideias. De modo geral, a simples reprodução do negócio em outro local já leva ao atendimento de um novo mercado. Mas, no conceito de W. Chan Kim [7], a inovação está em ampliar o mercado pelo atendimento a um público que anteriormente não consumia o produto. Para ilustrar o conceito de novos mercados, que vai além de apenas tomar parte do mercado atendido pela concorrência, foi desenvolvida a figura 2. Exemplos: Indústria – Com o surto de gripe A, o álcool gel que era vendido para limpeza passou a ser usado como antisséptico. A nova utilização atingiu um novo mercado e exigiu modificações na forma e tamanho das embalagens, embora o produto tenha permanecido o mesmo. Serviços – Uma oficina mecânica que participa de licitação para efetuar manutenção em veículos de órgãos públicos está atendendo um mercado diferente e mais estável do que o convencional. Comércio - Uma loja de roupas de cidade do interior oferece seu saldo de estoque na área rural do município, por meio de um vendedor com carro. Assim, satisfaz a necessidade de “liquidar” as peças que saíram de moda, atendendo um público com menor poder aquisitivo e menos exigente. Caso a empresa tenha uma sistemática para identificar novos mercados para seus produtos (Escore 5), não é relevante considerar a data em que isto foi implantado. Nos demais casos, considerar o horizonte dos últimos 3 anos.

Item 13 - Uso das manifestações dos clientes (RESERVADO) O item 13, que objetivava avaliar se a empresa fazia uso das manifestações dos clientes, foi suprimido na revisão feita em 2011, para simplificação do diagnóstico que, originalmente, previa a avaliação em três níveis: - Colhe os dados? (item 11) - Usa os dados colhidos? (item 13) - Os dados colhidos geram novos produtos ou versões de produtos? (item 14).

Nota: A supressão ou inclusão de algum item, para adequar o formulário, não causa grande impacto, já que os resultados comparados

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são as médias de cada dimensão. Do mesmo modo, como o Grau de Maturidade do Processo de Inovação não é a média dos itens, mas a média dos resultados de cada dimensão, a influência desses ajustes pode ser desprezada na comparação histórica.

Item 14 - Uso das manifestações dos clientes - Resultado Sugestões e reclamações de clientes são uma rica fonte de ideias para a melhoria dos processos e produtos. O item avalia a capacidade da empresa em traduzir o conhecimento adquirido sobre as necessidades e desejos dos clientes em produtos que sejam mais adaptados ao mercado e, em consequência, tragam vantagem competitiva. Alternativas – Indústria / Serviços 5 - A empresa lançou mais de um novo produto, ou versão, nos últimos 3 anos, em decorrência de informações sobre necessidades dos clientes. 3 - A empresa lançou apenas um novo produto, ou versão, nos últimos 3 anos, em decorrência de informações sobre necessidades dos clientes. - A empresa não lançou nenhum novo produto, ou versão, nos últimos 3 anos, em decorrência de informações sobre necessidades dos clientes. Alternativas - Comércio 5 - A empresa fez diversas alterações em seu atendimento, ou forma de trabalho, nos últimos 3 anos, em decorrência de informações sobre necessidades dos clientes. 3 - A empresa alterou seu atendimento ou forma de trabalho, nos últimos 3 anos, em decorrência de informações sobre necessidades dos clientes. 1 - A empresa não alterou seu atendimento, ou forma de trabalho, nos últimos 3 anos, em decorrência de informações sobre necessidades dos clientes. Justificativa: Muitas empresas são bem sucedidas em colher os desejos e necessidades dos clientes atuais e potenciais, mas falham em transformar esse conhecimento em produtos. A questão busca chamar a atenção para essa deficiência, visando sua superação. O item 14 (Uso das manifestações dos clientes – Resultados) teve a linguagem adaptada no formulário de Comércio.

E - Dimensão Soluções Soluções são ofertas que combinam diferentes recursos para atender as necessidades e conveniências dos clientes. Podem ou não gerar receita para a organização. O objetivo aqui é olhar o negócio sob diversos ângulos, facilitando a identificação de ideias originais que possam trazer contribuição para o negócio.

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Para ajudar a esclarecer a diferença entre as soluções (Dimensão E) e as ações de agregação de valor (Dimensão G), foi desenvolvido um diagrama (figura 4). O diagrama evidencia, por exemplo, que a “integração de recursos” é caracterizada pelo uso de recursos ou produtos de terceiros para ofertar uma solução para o cliente; nessa opção, o cliente paga o custo adicional mas não gera lucro para a empresa.

Item 15 - Soluções complementares As soluções complementares trazem conveniência e conforto aos clientes. Caracterizam-se por gerarem alguma receita e serem administradas pela própria empresa. (figura 4). Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa ofertou mais de uma nova solução complementar a seus clientes, criando novas oportunidades de receita. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa ofertou uma nova solução complementar a seus clientes, criando nova oportunidade de receita. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não ofertou qualquer nova solução complementar, isto é, fora de seu negócio central. Justificativa: Para a interpretação do item é necessário esclarecer que “solução complementar” é um benefício que, apesar de cobrado, complementa a oferta principal, trazendo satisfação ao cliente e vantagem de receita para a empresa. Por exemplo, um varejista de madeira oferece o serviço de corte nas dimensões desejadas pelo cliente, cobrando uma taxa pelo serviço. Um salão de beleza pode oferecer tiaras e presilhas para cabelo às clientes ou, ainda, cursos de auto maquiagem para mulheres que não têm tempo de frequentar o salão. Um tipo particular de solução complementar é ampliar a lista dos produtos ofertados, pela inclusão de produtos complementares.

Item 16 - Integração de recursos Este item avalia a utilização da integração pela empresa. A integração consiste em fazer uso de recursos ou produtos de terceiros para ofertar uma solução mais completa para o cliente, sem buscar aumento de receita direta em função do benefício oferecido. Na integração de recursos, o custo adicional da conveniência ou benefício é cobrado do cliente e repassado ao parceiro. Um exemplo é a entrega de pizzas, em que o custo adicional do motoboy (taxa de entrega) é pago pelo cliente. Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa ofereceu mais de uma nova solução a seus clientes, com base na integração de recursos/produtos/serviços.

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3 - Nos últimos 3 anos, a empresa ofereceu uma nova solução a seus clientes com base na integração de recursos/produtos/serviços. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não ofereceu novas soluções a seus clientes com base na integração de recursos/produtos/serviços. Justificativa: Facilitar a vida dos clientes, ainda que cobrando os custos adicionais incorridos, costuma ser uma alternativa para garantir fidelidade. São exemplos de soluções por integração: - Uma indústria de niquelagem de peças oferece aos clientes o serviço de coleta e entrega das peças para tratamento, repassando o custo da logística. - Uma clínica oferece a opção de coleta residencial das amostras para exame, cobrando o custo adicional. - Lojas de artigos para turistas oferecem o envio das compras à residência das pessoas, evitando que tenham que transportar na bagagem, porém repassam o custo do frete. É importante lembrar que a integração só existe quando há um terceiro envolvido.

F - Dimensão Experiência do Cliente Esta dimensão, denominada de “Experiência do Cliente” ou “Relacionamento”, leva em conta tudo que o consumidor vê, ouve, sente ou experimenta de algum modo ao interagir com a empresa em todos os momentos. Estudos recentes na área de marketing indicam que a relação das pessoas com as empresas e com os produtos tem um forte caráter emocional, que pode ser influenciado positivamente pela associação com o tratamento oferecido e com sons, odores e sensações de conforto percebidos durante o relacionamento. As ações voltadas para a Experiência do Cliente não costumam ser cobradas, mas frequentemente permitem cobrar mais pelo produto entregue.

Item 17 - Facilidades e amenidades Uma forma de criar uma imagem positiva junto aos clientes é a oferta de facilidades, amenidades e interfaces que melhorem a experiência dos clientes. O item avalia a esforço de inovação nesse aspecto, que não resulta diretamente em receita e que torna-se parte da forma de agir da empresa, sem necessidade de serviços de terceiros. Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa adotou mais de uma nova facilidade, interface ou recurso para melhorar o relacionamento com os clientes. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa adotou uma nova facilidade, interface ou recurso para melhorar o relacionamento com os clientes. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não adotou qualquer nova facilidade, interface ou recurso para melhorar o relacionamento com os clientes. Nota: Exemplos de recursos são: senhas, cafezinho, cartão de aniversário, vitrine, design diferenciado, etc.

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Justificativa: A relação entre o consumidor e o cliente extrapola a simples troca do produto (bem ou serviço) por dinheiro. As emoções e sensações sentidas pelo cliente são parte importante do processo e melhorias nesse sentido podem influenciar significativamente o sucesso de um negócio. Como exemplos de ações já convencionais com o intuito de fornecer experiências positivas aos clientes, temos: - Sala de espera com design mais elaborado. - Catálogo com recursos visuais diferenciados ou com amostras. Mas, existem outras – muitas derivadas do chamado Design de Serviço” – que ainda são novas, como: - Aspersão de um perfume que permita associação positiva com a empresa. - Uso de fundo musical apropriado. - Simplificação do fluxo de atendimento. Excepcionalmente, a “Experiência do Cliente” pode, inclusive, se transformar em um novo produto. O Atelier Flávio Franco de Joias criou o Dia da Aliança5, para que os noivos possam forjar os anéis de compromisso. Os pacotes incluem: coquetel com champanhe, sessão de fotos e uma aula de ourivesaria.

Item 18 – Informatização O item avalia especificamente o uso de recursos de tecnologia de informação para tornar a experiência dos clientes mais positiva. A medida da informática em separado se justifica pela grande potencialidade e baixo custo relativo desta tecnologia. Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa adotou mais de um novo recurso de informática para se relacionar com os clientes. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa adotou um novo recurso de informática para se relacionar com os clientes. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não adotou qualquer novo recurso de informática para se relacionar com os clientes. Nota: São exemplos de recursos: site, redes sociais, câmeras online, cookies, etc. Justificativa: O uso da informática permite significativa melhora na relação com os clientes a um custo muito baixo. Além da personalização possível, também permite oferecer facilidades como informações e atendimento (por exemplo reservas) 24 horas por dia. Em 2011 o item 18 (Informatização), atendendo sugestão dos agentes de inovação, foi modernizado. Assim, e-mails e CDs foram substituídos por recursos como Orkut, Facebook e Twitter. Com as muitas mudanças que a Internet provocou, agora houve necessidade de uma nova atualização, generalizando para “redes sociais” e incluindo novas tecnologias. 5 - www.diadaalianca.com.br/index.php/dia-da-alinca

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Atenção - Sistemas informatizados que não são acessíveis aos clientes, como o CRM, devem ser considerados na dimensão “Processos”.

G - Dimensão Agregação de valor Esta dimensão considera os mecanismos pelos quais uma empresa capta parte do valor criado. Isto é feito normalmente pela análise da Cadeia de Valor, objetivando descobrir fluxos de receita não explorados e formas de captar valor a partir de interações com clientes e parceiros ou pelo melhor aproveitamento das instalações e recursos existentes. Um exemplo bastante representativo é dado pelas companhias aéreas. As empresas, percebendo o potencial de mercado que seus clientes representam, passaram a vender espaço publicitário nas toalhas de proteção de cabeça usadas nos assentos das aeronaves. Assim, o que era um custo, se tornou mais uma fonte de receitas. A “Agregação de Valor” se caracteriza pela ampliação da receita devida ao envolvimento de uma terceira parte.

Item 19 - Uso dos recursos existentes Uma das formas mais inteligentes de alavancar um negócio é adotar novas formas de gerar receitas usando, fora do negócio principal, os recursos já existentes. O item avalia justamente esse aproveitamento. Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - A empresa tem uma sistemática para adotar novas formas de gerar receitas usando as instalações e recursos já existentes. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa adotou alguma nova forma de gerar receita usando as instalações e recursos já existentes. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não adotou novas formas de gerar receitas usando as instalações e recursos já existentes. Justificativa: O uso criativo de recursos já existentes para gerar receita, aproveitando a ociosidade de instalações, equipamentos ou da equipe pode ser feito nas mais diversas áreas de negócio, como exemplificado a seguir. Indústria – Empresa aluga espaço ocioso em seu depósito para terceiros. Companhia vende serviço de embalagem de perfumes para terceiros, aproveitando ociosidade parcial de sua linha de produção. Serviços – Escola aluga salas de aula para empresas efetuarem treinamento, ou, durante a obra, uma construtora oferece espaço para propaganda (outdoors) em seu canteiro de obra. Comércio – As lojas oferecem espaço e acesso aos seus clientes permitindo a instalação temporária de quiosques de outras empresas, como as de telefonia móvel. Na revisão de 2011 do item 19 (Uso dos recursos existentes), o texto “usando os produtos e processos já existentes” foi substituído por “instalações e recursos já existentes”, para simplificar o entendimento.

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Caso a empresa tenha uma sistemática para adotar novas formas de gerar receitas usando as instalações e recursos já existentes (Escore 5), não é relevante considerar a data em que isto foi implantado. Nos demais casos, considerar o horizonte dos últimos 3 anos.

Item 20 - Uso das oportunidades de relacionamento Frequentemente as empresas esquecem que as relações estabelecidas com seus clientes e fornecedores são um patrimônio valioso que pode ser transformado em receita. O objetivo do item é avaliar se a empresa identificou e adotou novas formas de “vender” oportunidades de relacionamento com seus clientes e parceiros. Alternativas – Indústria Serviços / Comércio 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa adotou mais de uma nova forma de gerar receita facilitando o relacionamento de parceiros com seus clientes. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa adotou alguma nova forma de gerar receita facilitando o relacionamento de parceiros com seus clientes. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não adotou qualquer nova forma de gerar receita facilitando o relacionamento de parceiros com seus clientes. Justificativa: Quase todo negócio consegue, de alguma forma, se beneficiar do acesso privilegiado aos seus clientes ao facilitar o acesso remunerado de parceiros que tem interesse nesse mesmo público. Exemplos: Indústria – O site da empresa pode, sem prejuízo para a imagem do negócio, oferecer propaganda paga de outros produtos voltados ao mesmo segmento de clientes. Serviços – Uma oficina de veículos permite a pintura de propagandas em suas paredes, em troca de uma mensalidade ou da pintura de todo a instalação. Comércio – Uma banca de frutas embala seus produtos em sacos de papel com propaganda de terceiros e que são fornecidos para ela sem qualquer custo (a banca economiza na compra dos cartuchos). Na revisão de 2011, a redação do item foi alterada para maior clareza, passando de: “5 - Nos últimos 3 anos, a empresa adotou mais de uma nova forma de “vender” oportunidades de interação com seus clientes e parceiros.” para “5 - Nos últimos 3 anos, a empresa adotou mais de uma nova forma de gerar receita facilitando o relacionamento de parceiros com seus clientes.” Na revisão de 2014 o nome do item foi trocado de “Uso das oportunidades de interação” para “Uso das oportunidades de relacionamento”, para maior simplicidade.

H - Dimensão Processos Os processos são as configurações das atividades usadas na condução das operações internas à empresa. A inovação, nesta dimensão, pressupõe o

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reprojeto dos processos para buscar maior eficiência, maior qualidade ou um tempo de resposta (tempo de ciclo ou de atendimento) menor.

Item 21 - Melhoria dos processos O item avalia a importância dada pela empresa à melhoria dos processos, em busca de maior eficiência, qualidade, flexibilidade ou menor ciclo de produção ou atendimento. Nota: Os processos de gestão são avaliados no item 22. Alternativas - Indústria 5 - A empresa sistematicamente modifica seus processos, compra ou aluga equipamentos diferentes dos usados anteriormente, ou adota técnicas de gestão da produção mais modernas, para obter maior eficiência, qualidade, flexibilidade ou menor ciclo de produção. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa alterou pelo menos um processo interno, comprou ou alugou equipamentos diferentes dos usados anteriormente, ou adotou técnicas de gestão da produção mais modernas, para obter maior eficiência, qualidade, flexibilidade ou menor ciclo de produção. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não alterou qualquer de seus processos internos, comprou ou alugou equipamentos diferentes dos usados anteriormente, ou adotou técnicas de gestão da produção mais modernas, para obter maior eficiência, qualidade, flexibilidade ou menor ciclo de produção. Alternativas – Serviços 5 - A empresa sistematicamente modifica seus processos (execução, controle, marketing, etc.) ou instalações, para obter maior eficiência, qualidade, flexibilidade ou rapidez no atendimento. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa modificou pelo menos um processo (execução, controle, marketing, etc.) ou instalações, para obter maior eficiência, qualidade, flexibilidade ou rapidez no atendimento. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não modificou qualquer de seus processos (execução, controle, marketing, etc.) ou instalações, para obter maior eficiência, qualidade, flexibilidade ou rapidez no atendimento. Alternativas - Comércio 5 - A empresa sistematicamente modifica seus processos (compra, estocagem, venda, etc.) ou instalações, para obter maior eficiência, qualidade, flexibilidade ou rapidez no atendimento. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa modificou pelo menos um processo (compra, estocagem, venda, etc.) ou instalações, para obter maior eficiência, qualidade, flexibilidade ou rapidez no atendimento. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não alterou qualquer de seus processos (compra, estocagem, venda, etc.) ou instalações, para obter maior eficiência, qualidade, flexibilidade ou rapidez no atendimento. Justificativa: O critério para a avaliação é o empenho dos empreendedores em buscar melhorias por meio de mudanças nos processos. Nas indústrias, isto pode estar associado à substituição de máquinas ou alterações no layout, por

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exemplo. Nas empresas de serviços, pode estar relacionada à simplificação de rotinas, entre outras possibilidades. No comércio, pode ser associado a mudança de layout, troca de mobiliário, forma de estocagem ou reposição de produtos, etc., desde que focados em melhoria do desempenho. Atenção - Só devem ser pontuadas as substituições de máquinas, dispositivos ou ferramentas por equipamentos diferentes dos anteriormente usados. De outro modo, seria apenas reposição e não melhoria. As ações de automação de processos de produção devem ser consideradas neste item. Caso a empresa tenha uma sistemática para modificar seus processos (compra, estocagem, venda, etc.) ou instalações, para obter maior eficiência, qualidade, flexibilidade ou rapidez no atendimento (Escore 5), não é relevante considerar a data em que isto foi implantado. Nos demais casos, considerar o horizonte dos últimos 3 anos. Na revisão de 2011, o item 21 (Melhoria dos processos) teve a linguagem adaptada nos formulários de Comércio e de Serviços. Na revisão de 2014, o texto relativo à indústria foi reformatado para maior clareza e as questões relativas aos serviços e comércio foram modificadas pela inclusão de “ou instalações”, para maior compatibilidade com o formato da indústria.

Item 22 - Sistemas de gestão Outra forma de promover melhoria nos processos de negócio é a adoção de novas práticas de gestão. O item avalia o aproveitamento das novas técnicas e práticas. Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa adotou pelo menos duas novas práticas de gestão. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa adotou pelo menos uma nova prática de gestão. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não adotou qualquer nova prática de gestão. Justificativa: Reorganizar o trabalho, usando ferramentas modernas de gestão pode trazer grandes ganhos de competitividade a custos bastante baixos. Para a avaliação, deve ser considerada a efetiva implantação de práticas e ferramentas de gestão como as exemplificadas a seguir, mas não limitadas a estas:

• Balanced Scorecard • Benchmarking • Controle Estatístico de Processo – CEP • Customer Relationship Management - CRM • Declarações de missão e visão • Gestão pela Qualidade Total – GQT

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• Modelo de Excelência da Gestão – MEG • Planejamento estratégico • Remuneração por desempenho • Segmentação de consumidores • Terceirização

Nota: Os softwares associados à equipamentos (softwares embarcados) devem ser considerados no item 21 (Melhorias dos Processos). Na revisão de 2011 o item 22 (Sistemas de gestão) teve a linguagem adaptada nos formulários de Comércio e de Serviços. Na revisão de 2014 a redação dos itens foi simplificada, com as diversas práticas de gestão incluídas apenas em uma nota. O texto do nível 5 também deixou de exigir “pelo menos três novas práticas” para cobrar apenas duas.

Item 23 - Certificações Embora a obtenção de certificações não seja em si uma ação inovadora, ela indica que os processos estão controlados e que eventuais inovações que venham a ser feitas encontrarão ambiente propício. O item 23 avalia a adoção das certificações para a melhoria dos processos e produtos da empresa. Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa recebeu mais de uma nova certificação de processo ou de produto. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa recebeu uma nova certificação de processo ou de produto. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não recebeu qualquer certificação de processo ou de produto. Nota: Alguns exemplos de certificações são: ISO9001, ISO14001, OHSAS18001, SA8001, PBQP-H, acreditação, certificação voluntária, Selo do INMETRO, PAS, Produto orgânico, etc.). Justificativa: Muitas vezes os processos implantados nas organizações – entre eles o da gestão da inovação - têm vida efêmera, pois desaparecem quando mudam as prioridades. As empresas que obtém certificações de seus processos têm mais estabilidade e tendem a preservar os ganhos obtidos. As empresas que conseguem certificar seus produtos normalmente ganham vantagem competitiva e acesso a mercados que, de outro modo, não estariam disponíveis. A lista de certificações apresentada no item é apenas referencial, pois cada segmento de negócio e tipo de produto tem certificações próprias. Na revisão de 2011, o item 23 (Certificações) teve a linguagem adaptada nos formulários de Comércio e de Serviços.

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Na revisão de 2014 a redação dos itens foi simplificada, com os exemplos de certificações concentrados apenas em uma nota, permitindo uma listagem mais ampla e o uso de uma única redação para os três tipos de negócio.

Item 24 - Softwares de gestão A simples adoção de algum software de gestão representa, na realidade dos pequenos negócios, uma ação que pode ser tomada como inovadora. O item avalia o aproveitamento que a empresa faz dos recursos da tecnologia da informação para ganhar uma gestão mais eficaz e confiável. Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa adotou algum novo software para a gestão administrativa ou da produção com o propósito específico de ganhar diferenciação. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa adotou ou substituiu algum software para a gestão administrativa ou da produção. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não adotou qualquer novo software para a gestão administrativa ou da produção. Justificativa: Neste item, cabe avaliar se a empresa adotou algum novo software para a gestão administrativa (como os usados para controle de ponto ou folha de pagamento) ou da produção (como os de programação de manutenção). Um exemplo de software que promove diferenciação é um programa de balanceamento de rações que pode ser usados nas fazendas de gado leiteiro, para obter maior produtividade com menor custo. Ou, um de planejamento de corte de tecidos para maximizar o aproveitamento da matériaprima. Destacamos que softwares implantados apenas para atender exigências legais, como é o caso da emissão de notas fiscais em alguns negócios, não devem ser considerados. Como o termo “atualização de software” (no texto da alternativa 3) era, algumas vezes, entendido como aquela feita periodicamente pelo fabricante, na revisão de 2014 foi trocado por “substituição de software”. Deste modo, fica caracterizada a intenção do empreendedor de mudar para melhorar.

Item 25 - Aspectos ambientais (Ecológicos) Embora grande parte das pequenas empresas ainda não tenham se dado conta, os cuidados com o meio ambiente e a sustentabilidade deixaram de ser moda e passaram a ser parte integrante dos processos de negócio. O item avalia a atenção às inovações neste aspecto. Alternativas - Indústria 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa modificou mais de um insumo ou processo por razões ecológicas. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa modificou algum insumo ou processo por razões ecológicas.

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1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não modificou nenhum insumo ou processo por razões ecológicas. Alternativas – Serviços / Comércio 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa fez mais de uma mudança nas instalações ou na forma de trabalhar por razões ecológicas. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa fez uma mudança nas instalações ou na forma de trabalhar por razões ecológicas. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não fez qualquer mudança nas instalações ou na forma de trabalhar por razões ecológicas. Justificativa: Na avaliação, devem ser consideradas quaisquer mudanças nos processos ou insumos que objetivem reduzir o impacto ambiental da empresa. Exemplos: Indústria - Substituição dos motores por outros com maior eficiência. Serviços - Em restaurantes, pode ser a substituição de talheres descartáveis por outros reutilizáveis, enquanto que em postos de serviços pode ser a compra de lubrificante a granel, para reduzir o descarte das embalagens tradicionais. Comércio – Substituição da iluminação por outra mais eficiente. Além dos ganhos ambientais representarem um benefício para a natureza e gerarem uma imagem positiva da empresa, com eventual preferência por parte dos consumidores, é frequente que os esforços para reduzir o impacto ambiental resultem em economia de energia, de água e na geração de resíduos, trazendo ganhos econômicos. Na revisão de 2011, o item 25 (Aspectos ambientais) teve a linguagem adaptada nos formulários de Comércio e de Serviços. Na revisão de 2014 a abordagem foi simplificada, passando de: “Nos últimos 3 anos, a empresa modificou insumos ou processos para ganhar competitividade (diferenciação) devido a aspectos ambientais (ecológicos)” para “Nos últimos 3 anos, a empresa modificou mais de um insumo ou processo por razões ecológicas”. Os textos para Serviços e Comércio ficaram iguais.

Item 26 - Gestão de resíduos Mesmo com redução na geração de resíduos (ação avaliadas no item 25), a destinação ambientalmente correta dos resíduos excedentes continua sendo um desafio à criatividade das empresas. As soluções para este problema caracterizam capacidade inovadora, que são avaliadas neste item. Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa transformou parte de seus resíduos em uma oportunidade de gerar receita. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa alterou a destinação de seus resíduos, visando menor impacto ambiental ou benefícios para terceiros.

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1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não alterou a destinação de seus resíduos. Justificativa: Para avaliar este aspecto, é importante saber se a empresa alterou a destinação de seus resíduos, gerando menor impacto ambiental (por exemplo, submetendo a tratamento antes do descarte final), benefícios para terceiros (como ocorre nas doações para cooperativas de reciclagem) ou para si (quando consegue transformar em um material comercializável). Nessa abordagem, a melhor pontuação ocorre na situação em que, além dos ganhos ambientais, a empresa consegue gerar receita com a solução ou soluções adotadas. Alguns exemplos: Indústria – Uma fábrica entrega seus resíduos de lagoa de decantação para que sejam incorporados à massa cerâmica em uma fábrica de tijolos. Serviços – Uma empresa troca seus resíduos de papel de boa qualidade pelo serviço de limpeza dos escritórios. Comércio – Uma loja encaminha seus resíduos de embalagem de papelão para reciclagem.

I - Dimensão Organização A dimensão Organização refere-se ao modo como a empresa está estruturada, quais as parcerias estabelecidas e o papel e responsabilidade dos colaboradores. A inovação nesta dimensão inclui, entre outras: - Alterações no organograma; - Redistribuição do trabalho para ganhar agilidade ou qualidade; - Reorganização para dar tratamento diferenciado a segmentos de clientes.

Item 27 – Reorganização A organização do trabalho é um fator importante para a inovação, além de muitas vezes ser, em si, uma inovação. O item avalia como as empresas aproveitam as possibilidades de organizar e reorganizar a forma de trabalhar para conquistar competitividade. Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - A empresa sistematicamente reorganiza suas atividades, ou modifica a forma de trabalhar dos colaboradores, para obter melhora em seus resultados. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa reorganizou suas atividades, ou modificou a forma de trabalhar dos colaboradores, para obter melhora em seus resultados. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não reorganizou suas atividades, ou modificou a forma de trabalhar dos colaboradores, para obter melhora em seus resultados. Justificativas: A inovação, neste item, inclui alterações no organograma para ganhar agilidade ou qualidade, reorganização para dar tratamento diferenciado a segmentos de clientes ou por outras razões. Inclui, também alterações temporárias, como a adoção de equipes para solução de problemas e círculos

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de controle de qualidade (CCQ), além de ações desvinculadas do organograma, mas relacionadas com a organização do trabalho, como a adoção do horário flexível, casual day, redistribuição de tarefas, trabalho em casa, etc. Um exemplo na área comercial: Uma loja de eletrodomésticos, percebendo a maior complexidade dos produtos que vendia, criou o “vendedor especialista”. Assim, cada um dos vendedores foi orientado a entender de um tipo de produto (TV, micro-ondas, lavadora, etc.) em maior profundidade. Quando um cliente tinha uma dúvida mais complexa, a questão era encaminhada ao especialista. Isto trouxe maior autoestima aos vendedores e melhor atendimento para os clientes. Caso a empresa tenha uma sistemática para a reorganizar suas atividades, ou modificar a forma de trabalhar dos colaboradores, para obter melhora em seus resultados (Escore 5), não é relevante considerar a data em que isto foi implantado. Nos demais casos, considerar o horizonte dos últimos 3 anos. Na revisão de 2011, o item 27 (Organização) teve a linguagem simplificada, para facilitar o uso em todos os tipos de negócio. Na revisão de 2014 o texto foi simplificado para evitar dubiedade, passando de: “A empresa sistematicamente reorganiza suas atividades, ou adotou pelo menos duas novas abordagens nos últimos 3 anos, como: grupos de solução de problemas, horário flexível, casual day, redivisão de tarefas, trabalho em casa, etc., para melhorar seus resultados” para “A empresa sistematicamente reorganiza suas atividades, ou modifica a forma de trabalhar dos colaboradores, para obter melhora em seus resultados”.

Item 28 – Parcerias Estabelecer parcerias é uma forma de trazer novos conhecimentos tecnológicos ou sobre o mercado para a empresa, colaborando para o desenvolvimento de inovações. A cooperação também permite alavancar recursos, dividir riscos, definir padrões, realizar pesquisas e joint ventures [9]. O item avalia a disposição da empresa em fazer uso de parcerias para aumentar a competitividade. Alternativas – Indústria / Serviços 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa fez duas ou mais parcerias com outras organizações, para fornecer produtos melhores ou ganhar competitividade. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa fez uma parceria com outra organização, para fornecer produtos melhores ou ganhar competitividade. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não fez qualquer parceria com outra organização, para fornecer produtos melhores ou ganhar competitividade.

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Alternativas - Comércio 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa fez duas ou mais parcerias com outras organizações, para ganhar competitividade. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa fez uma parceria com outra organização, para ganhar competitividade. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não fez qualquer parceria com outra organização, para ganhar competitividade. Justificativa: É importante entender que o conceito de parceria é uma associação de entidades (duas ou mais) para desenvolverem ação conjunta com vista a atingirem um objetivo determinado. Deste modo, aqueles fornecedores e clientes que são – na linguagem do dia a dia – chamados de parceiros, na verdade continuam sendo apenas fornecedores e clientes. Na avaliação deste item, vale também considerar as parcerias informais, desde que sejam efetivas, ou seja, que tenham resultado em ganhos para as partes. Exemplos: Indústria – Um sistema CAD/CAM, que custa entre US$50.000,00 e US$ 200.000,00, é impraticável para uma pequena empresa. Entretanto, um programa de cooperação entre diversas empresas pode viabilizar a solução. Serviços – Uma pousada e uma escola de línguas podem estabelecer uma parceria para a oferta de cursos de imersão. Nesse caso, a escola se beneficia de preços mais favoráveis e a pousada obtém maior taxa de ocupação em período em que o número de turistas é menor. Comércio – O ganho de escala nas compras e a divisão das despesas burocráticas associados aos processos de uma Central Compartilhada de Compras permitem empresas associadas (parceiras) gerem margem para remunerar o serviço prestado e tenham lucro.

Item 29 - Visão externa (RESERVADO) O item 29, que objetivava avaliar a busca de conhecimento junto aos fornecedores e concorrentes, foi suprimido na revisão feita em 2014. Essa avaliação foi incluída no item 37 (Fontes externas de conhecimento – III).

Nota: A supressão ou inclusão de algum item, para adequar o formulário, não causa grande impacto, já que os resultados comparados são as médias de cada dimensão. Do mesmo modo, como o Grau de Maturidade do Processo de Inovação não é a média dos itens, mas a média dos resultados de cada dimensão, a influência desses ajustes pode ser desprezada na comparação histórica.

Histórico: Na revisão de 2011, o item 29 (Visão externa) tinha sido simplificado, para facilitar a interpretação. Na ocasião também foi levado em conta comentário feito pelo prof. Dálcio Reis em e-mail de 16.02.09.

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Item 30 - Estratégia competitiva Não só nos processos e nos produtos uma empresa pode ser inovadora. Sua estratégia de negócio também pode representar uma importante vantagem competitiva. O item avalia a ênfase dada na busca de novas estratégias para o negócio. Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa fez uma mudança radical na estratégia competitiva. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa fez uma mudança significativa na estratégia competitiva. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não fez qualquer mudança significativa na estratégia competitiva. Justificativa: As mudanças de estratégia são ações de elevado risco para as empresas e não devem, em princípio, ser incentivadas pelos Agentes de Inovação. Entretanto, saber se aconteceram contribui para a avaliação do espírito inovativo. Uma mudança estratégica pode ser a especialização em um segmento específico de clientes (estratégia de nicho). Outros exemplos de mudanças estratégicas são: - Adoção de uma política de elevada terceirização, para obter maior flexibilidade ou reduzir riscos. - Troca de posicionamento (Excelência Operacional, Inovação no Produto, ou Orientada para serviço) [8]. - Focar o mercado externo ou o mercado interno. - Assumir a distribuição dos produtos ou, pelo contrário, começar a comercializar para lojistas, via representante comercial. O conceito de “mudança radical” não é objetivo, mas se refere a uma mudança que causou um grande impacto, positivo ou negativo, no modo da empresa trabalhar ou em seu faturamento.

J - Dimensão Cadeia de fornecimento A Cadeia de Fornecimento corresponde à sequência de atividades e de agentes que movem os produtos, serviços e informações da origem à entrega. Abrange, portanto, os aspectos logísticos do negócio.

Item 31 - Cadeia de fornecimento A gestão da logística exige o entendimento da cadeia de valor e a comparação de alternativas externas à empresa. Exige, também, o conhecimento dos requisitos de quantidades e prazos da empresa e dos clientes. O item mede o esforço da empresa para otimizar os aspectos logísticos do negócio. Alternativas - Indústria 5 - A empresa sistematicamente adota novas soluções para reduzir o custo do transporte ou dos estoques das matérias primas e produtos.

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3 - Nos últimos 3 anos, a empresa adotou uma nova solução para reduzir o custo do transporte ou dos estoques das matérias primas e produtos. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não adotou qualquer nova solução para reduzir o custo do transporte ou dos estoques das matérias primas e produtos. Alternativas – Serviços 5 - A empresa sistematicamente adota novas soluções para reduzir o custo do transporte ou dos estoques das matérias primas e produtos. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa adotou uma nova solução para reduzir o custo do transporte ou dos estoques das matérias primas e produtos. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não adotou qualquer nova solução para reduzir o custo do transporte ou dos estoques das matérias primas e produtos. Alternativas - Comércio 5 - A empresa sistematicamente adota novas soluções para reduzir o custo do transporte ou dos estoques dos produtos comprados e vendidos. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa adotou uma nova solução reduzir o custo do transporte ou dos estoques dos produtos comprados e vendidos. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não adotou qualquer nova solução para reduzir o custo do transporte ou dos estoques dos produtos comprados e vendidos. Justificativa: Para avaliar este aspecto, deve ser dada atenção aos esforços feitos pela organização para reduzir os custos de logística. Caso a empresa tenha uma sistemática para adotar novas soluções para reduzir o custo do transporte ou dos estoques das matérias primas e produtos (Escore 5), não é relevante considerar a data em que isto foi implantado. Nos demais casos, considerar o horizonte dos últimos 3 anos. Exemplos: Indústria – Um fabricante de papel alterou a embalagem para reduzir o custo do transporte e diminuir o espaço de armazenagem. Serviços – Uma lavanderia pode otimizar o transporte e a estocagem dos produtos químicos usados e terceirizar a entrega das roupas lavadas, para ganhar eficiência e reduzir custos. Comércio – Uma loja pode alterar a política de estoques por meio de uma melhor previsão de venda, ganhando espaço e reduzindo o capital de giro. Na revisão de 2011, o item 31 (Cadeia de fornecimento) teve a linguagem simplificada, para facilitar o uso em todos os tipos de negócio. Na revisão de 2014, o item foi excluído do formulário de Serviços, pelo pequeno benefício esperado.

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K - Dimensão Presença A Presença, ou Praça, está relacionada aos canais de distribuição que a empresa utiliza para colocar seus produtos no mercado e também aos locais em que esses itens podem ser adquiridos pelos consumidores. A inovação, aqui, significa a criação de novos pontos, ou a utilização dos já existentes, de forma criativa. Um exemplo são os quiosques para a venda de sorvetes adotados pelo McDonald’s; trata-se de um modelo de menor custo que a loja convencional, que permitiu ampliar a base de clientes.

Item 32 - Pontos de venda Os pontos de venda representam um importante aspecto dos negócios, por estarem associados ao relacionamento com os clientes e geralmente apresentarem um custo elevado. Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa criou pontos ou canais de venda diferentes dos existentes anteriormente, compartilhando recursos com terceiros. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa criou pontos ou canais de venda diferentes dos existentes anteriormente. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não criou pontos ou canais de venda diferentes dos existentes anteriormente. Justificativa: Na avaliação deste item, devem ser consideradas somente as ações tomadas para criar canais de venda “diferentes” dos usuais na empresa. Assim, a simples reprodução do mesmo tipo de loja em um outro local não caracteriza inovação e não deve ser computado. Nota: A reprodução do modelo de loja ou ponto de distribuição em um local em que o público é diferente, devido por exemplo às características socioeconômicas, deve ser computada no item 12 (Identificação de novos mercados); afinal, a diferença – que afeta o aspecto inovação – não está no ponto de venda em si, mas nas adaptações para atender um tipo diferente de cliente. Em alguns casos, pode ser difícil distinguir entre um novo ponto de venda que acaba atendendo um público diferente (item 32) e a identificação de um novo mercado que exigiu um novo tipo de ponto de venda (item 12). Nesses casos, cabe tentar identificar junto ao empresário o que é causa e o que é consequência, para que o escore seja dado no item apropriado. Mas, o importante é não computar a mesma ação (o novo ponto de venda) nos dois itens. Vale destacar que a Internet também é um canal de venda. O “compartilhamento de recursos com terceiros” – requisito para o escore 5 – considera que, de modo geral, o compartilhamento traz maiores benefícios para a empresa e exige mais flexibilidade e criatividade, abrindo novas oportunidades.

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Exemplos: Indústria – A abertura de uma “loja de fábrica” permite que uma confecção obtenha maior aproximação com seus clientes, garantindo melhor conhecimento do mercado; essa é uma vantagem que o uso exclusivo de distribuidores ou revendedores não oferece. Serviços – O aceite de serviços de reprodução de documentos (apostilas, desenhos técnicos, folders de propaganda, etc.) por meio da Internet e remessa do material impresso por correio permite acesso a novas oportunidades de negócio. Comércio – Uma loja de roupas de cidade do interior oferece seu saldo de estoque na área rural do município, por meio de um vendedor com carro. Um canal diferente, para um público menos exigente e com menor poder aquisitivo.

Item 33 – Intermediação O item avalia o interesse da empresa em buscar novos espaços para a comercialização de seus produtos por meio de intermediários. Alternativas - Indústria 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa estabeleceu relação com distribuidores ou representantes para a venda de seus produtos em novos mercados. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa estabeleceu relação com distribuidores ou representantes para a venda de seus produtos. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não estabeleceu novas relações com distribuidores ou representantes para a venda de seus produtos. Alternativas – Serviços 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa estabeleceu relação com intermediários para a venda de seus produtos em novos mercados. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa estabeleceu relação com intermediários para a venda de seus produtos. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não estabeleceu novas relações com intermediários para a venda de seus produtos. Alternativas – Comércio Não se aplica. Justificativa: Na avaliação deste item, é importante saber se a EPP começou a vender seus produtos por meio de distribuidores, representantes ou algum outro tipo de intermediário. O entendimento é que os intermediários, em busca de vantagens, irão procurar tanto os mercados semelhantes quanto os diferentes para aumentar seus lucros. O escore 5 é aplicado quando se caracteriza o acesso a um novo mercado, seja devido a aspectos regionais (que apresentam cultura diferente), seja devido a diferenças socioeconômicas. Exemplos:

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Indústria – O uso de representantes é bastante comum nas indústrias, mas muitas ainda não usam este recurso. Serviços – Empresas de design e de “otimização de sites em buscadores” pagam comissão para sites que fazem a intermediação de seus negócios com novos clientes. Comércio – No comércio atacadista é comum o uso de representantes. (embora excluída da avaliação no formulário, nota-se que é perfeitamente possível o comércio também fazer uso da intermediação para alavancar as vendas). Na revisão de 2011, o item 33 (Intermediação) teve a redação trocada para: Item 33 – Intermediação - Nos últimos 3 anos, a empresa estabeleceu relação com distribuidores/representantes para a venda de seus produtos em novos mercados. - Nos últimos 3 anos, a empresa estabeleceu relação com distribuidores/representantes para a venda de seus produtos. - Nos últimos 3 anos, a empresa não estabeleceu novas relações com distribuidores/representantes para a venda de seus produtos. Na revisão de 2014, o item 33 (Intermediação) deixou de ser usado no Comércio, pois as situações em que se aplica são poucas e não resultam em inovação significativa. Deste modo, optou-se pela simplificação do formulário. Os termos “distribuidores/representantes” foram substituídos por “intermediários” no formulário de Serviços, para ajuste à linguagem usada no setor.

L - Dimensão Rede Esta dimensão cobre os aspectos relacionados à Rede que conecta a empresa e seus produtos aos clientes. Trata-se, essencialmente, dos recursos usados para a comunicação ágil e eficaz entre a empresa e seus clientes nos processos de negócio. A inovação nessa dimensão consiste em realizar melhorias na rede capazes de ampliar o valor das ofertas da empresa e, frequentemente, de trazer benefícios logísticos.

Item 34 – Rede empresa - cliente A inovação no relacionamento direto com o cliente, tanto na contratação como na entrega dos produtos, é fundamental para o sucesso dos negócios. O item avalia o aproveitamento das informações transacionais trocadas com os clientes como parte de seus processos de negócio com os clientes para o aumento da eficiência. Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - Nos últimos 3 anos, a empresa adotou novas formas de trocar informações com os clientes, usando ou não a tecnologia da informação, para ganhar eficiência em seus processos. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa adotou uma nova forma de trocar informações com os clientes, usando ou não a tecnologia da informação, para ganhar eficiência em seus processos.

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1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não adotou qualquer nova forma de trocar informações com os clientes, usando ou não a tecnologia da informação, para ganhar eficiência em seus processos. Justificativa: Este item avalia tanto o “falar com” como o “ouvir” o cliente, usando ou não os recursos tecnológicos da informática, mas como parte dos processos de negócio e não como alternativa de relacionamento (busca de boa vontade) ou de marketing (visando ampliar as vendas). Isto pode ser exemplificado pelo restaurante que coleta os pedidos usando computadores portáteis. Além de obter agilidade e redução nos erros devido à comunicação, a empresa também ganha um banco de dados que fornece informações como: - Quais os pratos mais e menos demandados em cada dia da semana; - Quais os horários de maior movimento; - Quais as refeições mais servidas em cada horário; - Qual o volume de vendas de cada garçom, etc. Essas informações, se devidamente trabalhadas, permitem ajustes no cardápio - excluindo refeições com pouca saída - realização de promoções para gerar movimento nos momentos de menor demanda e maior previsibilidade para a compra das matérias primas. Exemplos: Indústria – Um fabricante de cimento pronto instalou um sistema de computadores com GPS nos caminhões, permitindo que cargas de pedidos cancelados pudessem ser rapidamente direcionadas a outros clientes. Serviços – Empresas de consultoria podem usar um formulário padrão, ou um checklist, para colher as necessidades do cliente durante o processo de venda do serviço, reduzindo a ocorrência de erros de interpretação. Comércio – O uso de sistemas que identificam os clientes no momento da compra (cartão fidelidade), permite que os supermercados possam conhecer o perfil socioeconômico dos consumidores e ajustar suas ofertas ao mercado, diminuindo a variedade de produtos oferecidos. Nota: Este item não avalia as ações de relacionamento com o cliente voltadas exclusivamente para estabelecer boa vontade; tais ações são consideradas nos itens 17 e 18. Na revisão de 2011, o item 34 (Diálogo com o cliente) teve a redação substituída, para evitar confusão com a dimensão Relacionamento. Nova redação básica: A empresa adotou novas formas de trocar informações com os clientes, usando ou não tecnologia da informação, para ganhar eficiência. Na revisão de 2014, o item 34 (Diálogo com o cliente) teve o título alterado para “Rede empresa – cliente”, buscando diferenciar ainda mais da dimensão Relacionamento. O texto, para maior clareza e objetividade, passou de: “Nos últimos 3 anos, a empresa adotou novas formas de falar com ou ouvir os clientes, usando ou não a tecnologia da informação, para ganhar eficiência” para

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“Nos últimos 3 anos, a empresa adotou novas formas de trocar informações com os clientes, usando ou não a tecnologia da informação, para ganhar eficiência em seus processos.

M - Dimensão Ambiência inovadora Uma forma de avaliar o quanto o ambiente na empresa é propício à inovação, é medir a fração da equipe que é composta por profissionais com formação voltada para a pesquisa. Assim, a quantidade de colaboradores com mestrado ou doutorado pode ser um fator relevante. Entretanto, a presença destes profissionais não é comum nas pequenas empresas (exceto naquelas que surgiram em universidades). Outro aspecto que caracteriza as organizações com disposição para inovar é a existência de mecanismos, como programas de sugestões, que incentivem os colaboradores a apresentar ideias. Nas pequenas empresas, devido à informalidade possível devido ao tamanho das equipes, muitas vezes o incentivo existe, porém não está formalizado e na maioria das vezes não é documentado, o que dificulta o levantamento de evidências. Além dos trabalhos de P&D realizados internamente, acordos de transferência de tecnologia originados de licenças de direitos de exploração de patentes e uso de marcas, aquisição de outros tipos de conhecimentos técnico-científicos de terceiros, para que a empresa desenvolva ou implemente inovações, também são evidências importantes da existência de um processo de gestão da inovação. Outra forma de avaliar se a empresa tem foco na inovação é saber se ela usa, ou ao menos tentou usar, algum recurso dos órgãos de fomento à inovação - como a FINEP e as fundações estaduais de fomento à pesquisa - ou fez uso de incentivos fiscais como os da Lei de Informática. Também é indício de um ambiente adequado, a participação em algum concurso voltado à inovação. Aqui, o importante não é saber se a empresa ganhou ou não um prêmio, mas saber se existe um espírito de valorização da inovação. Para avaliar a competência inovadora, também é interessante saber se a organização conhece e aplica ferramentas típicas dos processos de criação, como: brainstorm e prototipagem. Esta dimensão, portanto, avalia a importância que a empresa dá aos fatores que contribuem para criar uma ambiência favorável à inovação.

Item 35 - Fontes externas de conhecimento – I O esforço de inovar frequentemente é barrado pela falta de conhecimentos tecnológicos ou outros. A maior parte das informações necessárias para a solução dos problemas das empresas está disponível, a baixo custo, por meio de entidades como o SEBRAE, SENAI e outras. O conhecimento da existência e utilização de recursos como o Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas (SBRT) indica iniciativa e mostra que a empresa não limita as buscas de soluções internamente à organização. Alternativas - Indústria

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5 - A empresa faz uso rotineiro de consultorias ou do apoio de entidades como o SEBRAE, SENAI, SESI, universidades, empresas júnior, etc. ou de serviços como SBRT. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa fez uso eventual de consultorias ou do apoio de entidades como o SEBRAE, SENAI, SESI, universidades, empresas júnior, etc. ou de serviços como o SBRT. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não fez uso de consultorias ou do apoio de entidades como o SEBRAE, SENAI, SESI, universidades, empresas júnior, etc. ou de serviços como o SBRT. Alternativas – Serviços 5 - A empresa faz uso rotineiro de consultorias ou do apoio de entidades como o SEBRAE, SENAI, SESI, SENAC, universidades, empresas júnior, etc. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa fez uso eventual de consultorias ou do apoio de entidades como o SEBRAE, SENAI, SESI, SENAC, universidades, empresas júnior, etc. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não fez uso de consultorias ou do apoio de entidades como o SEBRAE, SENAI, SESI, SENAC, universidades, empresas júnior, etc. Alternativas - Comércio 5 - A empresa faz uso rotineiro de consultorias ou do apoio de entidades como o SEBRAE, SENAC, universidades, empresas júnior, etc. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa fez uso eventual de consultorias ou do apoio de entidades como o SEBRAE, SENAC, universidades, empresas júnior, etc. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não fez uso de consultorias ou do apoio de entidades como o SEBRAE, SENAC, universidades, empresas júnior, etc. Justificativa: As entidades referenciadas e outras, como centros de pesquisas – às vezes denominadas de ativos tecnológicos – podem, na prática, servir como uma área de P&D para a empresa. O conceito de “faz uso rotineiro”, associado ao escore 5, aplica-se quando essas consultas podem ser consideradas como prática usual na empresa. Exemplos: Indústria – Fábrica procura o SEBRAE para um programa de eficientização energética. Serviços – Um restaurante busca capacitação junto ao SENAC para a implantação do Programa Alimentos Seguros, ganhando segurança e vantagem competitiva. Comércio – Lojista procura apoio do SEBRAE para melhoria do layout ou capacitação em vitrinismo. Na revisão de 2011, o item 35 (Fontes externas de conhecimento – I) foi ajustado para cada uma das áreas de negócio. Na revisão de 2014 o termo “sindicatos patronais” foi eliminado.

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Item 36 - Fontes externas de conhecimento – II Outra forma das empresas obterem conhecimento externo é a participação em eventos, clubes de lojistas e em associações técnicas e empresariais, o que é avaliado por este item. Alternativas – Indústria / Serviços 5 - A empresa sistematicamente busca novas informações e tecnologias em eventos (seminários, congressos, etc.) e associações técnicas ou empresariais. 3 - A empresa eventualmente busca novas informações e tecnologias em eventos (seminários, congressos, etc.) e associações técnicas ou empresariais. 1 - A empresa não busca novas informações e tecnologias em eventos (seminários, congressos, etc.) e associações técnicas ou empresariais. Alternativas - Comércio 5 - A empresa sistematicamente busca novas informações e tecnologias em eventos (seminários, congressos, etc.), em clubes de lojistas e em associações empresariais. 3 - A empresa eventualmente busca novas informações e tecnologias em eventos (seminários, congressos, etc.), em clubes de lojistas e em associações empresariais. 1 - A empresa não busca novas informações e tecnologias em eventos (seminários, congressos, etc.), em clubes de lojistas e em associações empresariais. Justificativa: A visita a exposições e feiras de negócios, inclusive de outros setores, contribui para despertar a criatividade, pois o empresário pode conhecer novas soluções que podem ser adotadas ou adaptadas para seu negócio. Para avaliar este item, deve-se verificar a participação do empresário ou de colaboradores da empresa em seminários, congressos, mesas redondas e grupos de trabalho em clubes de lojistas ou em associações técnicas e empresariais. Este item também pode pontuar a participação em projetos cooperativos (com concorrentes) e fóruns para o desenvolvimento de normas para os produtos ou para o preparo de cartilhas para usuários, por exemplo. Essas atividades são, normalmente, conduzidas por uma associação empresarial. Caso a empresa tenha uma sistemática para buscar novas informações e tecnologias em eventos, clubes de lojistas ou associações técnicas ou empresariais (Escore 5), não é relevante considerar a data em que isto foi implantado. Nos demais casos, considerar o horizonte dos últimos 3 anos.

Item 37 - Fontes externas de conhecimento – III Uma das fontes de conhecimento mais comuns para as pequenas empresas são os fornecedores de equipamentos e matérias-primas. O item avalia o uso que a empresa faz desta que é uma das mais baratas e eficazes fonte de informação. Também avalia a troca de ideias com clientes.

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Alternativas – Indústria / Serviços 5 - A empresa tem por prática buscar conhecimentos ou tecnologias junto aos fornecedores, concorrentes ou clientes. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa absorveu algum tipo de conhecimento ou tecnologias junto aos fornecedores ou clientes. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não absorveu qualquer tipo de conhecimento ou tecnologia junto de fornecedores ou clientes. Alternativas - Comércio 5 - A empresa tem por prática buscar conhecimentos ou capacitação junto aos fornecedores ou clientes. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa absorveu algum tipo de conhecimento ou tecnologia junto aos fornecedores ou clientes. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não absorveu qualquer tipo de conhecimento ou tecnologia de fornecedores ou clientes. Justificativa: Muitos fornecedores oferecem tecnologias e capacitações para melhorar o aproveitamento de seus produtos, pois sabem que seu sucesso depende do sucesso dos clientes. Em algumas cadeia produtivas, como a automobilística, é comum a transferência de tecnologias industriais e de gestão para as empresas fornecedoras, visando garantir a qualidade e os prazos de entrega essenciais à linha de montagem. Exemplos: Indústria – Fabricantes de máquinas para produção de fraldas descartáveis oferecem orientação para o uso eficiente das máquinas e dicas de fornecedores de matéria prima com menor custo, dentro da qualidade necessária. Serviços – Muitas empresas de software oferecem cursos gratuitos para que as empresas conheçam melhor os produtos e tirem mais proveito, buscando lealdade dos clientes. Comércio – Vários fornecedores do comércio oferecem orientações de marketing e cursos gratuitos para produção de cartazes promocionais e decoração de vitrines. Caso a empresa tenha por prática buscar conhecimentos ou capacitação junto aos fornecedores ou clientes (Escore 5), não é relevante considerar a data em que isto foi implantado. Nos demais casos, considerar o horizonte dos últimos 3 anos. Na revisão de 2014 o texto foi alterado para incluir os concorrentes, anteriormente avaliado no item 29 (Visão externa), simplificando e agilizando o diagnóstico.

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Item 38 - Fontes externas de conhecimento – IV Além dos trabalhos de P&D realizados internamente e das fontes gratuitas de conhecimento (entidades de governo, fornecedores e clientes), as empresas também podem comprar conhecimento por meio de licenças para exploração de patentes ou contratos de transferência de tecnologia (know-how). O item objetiva avaliar, especificamente, se a empresa valoriza o conhecimento a ponto de estar disposta a pagar por ele. Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - A empresa sistematicamente adquire informações, técnicas ou não, pagando taxas ou royalties por invenções patenteadas, ou absorve know-how e competências. 3 - Nos últimos 3 anos, a empresa adquiriu informações, técnicas ou não, pagando taxas ou royalties por invenções patenteadas ou know-how e competências. 1 - Nos últimos 3 anos, a empresa não adquiriu informações, técnicas ou não, pagando taxas ou royalties por invenções patenteadas ou know-how e competências. Justificativa: Entre os serviços que devem ser considerados para a pontuação neste item temos a contratação de consultorias (ainda que subsidiadas, como ocorre no SEBRAETEC), a compra de know-how ou de serviços de prospecção tecnológica ou de mercado e o licenciamento de processos e produtos. Exemplos: Indústria – Licenciamento de processos, produtos ou marcas. Serviços – Contratação de consultorias. Comércio – Compra de resultados de pesquisas de marketing. Caso a empresa sistematicamente adquira informações, técnicas ou não, pagando taxas ou royalties por invenções patenteadas, ou absorva know-how e competências (Escore 5), não é relevante considerar a data em que isto foi implantado. Nos demais casos, considerar o horizonte dos últimos 3 anos.

Item 39 - Propriedade intelectual Mesmo não sendo algo muito comum nas pequenas empresas, a existência de alguma proteção intelectual, como depósito de patente ou registro de Modelo de Utilidade, é uma demonstração importante de valorização do conhecimento e, portanto, reflexo de uma gestão que incentiva a inovação. O item avalia se a empresa conhece e usa o sistema de proteção da propriedade intelectual. Distingue ainda as empresas que iniciaram o processo das que já estão mais maduras e conseguiram ter pelo menos uma patente depositada ou registro aprovado. Alternativas - Indústria 5 - A empresa tem pelo menos uma patente de invenção ou de modelo de utilidade em vigor.

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3 - A empresa solicitou o depósito de pelo menos uma patente de invenção ou de modelo de utilidade. 1 - A empresa não tem nenhuma patente em vigor nem solicitou depósito de patente de invenção ou de modelo de utilidade. Alternativas – Serviços Não se aplica. Alternativas - Comércio Não se aplica. Justificativa: O escalonamento para fins de diagnóstico considera as empresas que não têm nem estão buscando ter uma patente (escore 1), aquelas que já solicitaram uma ou mais patentes (escore 3) e, finalmente, as que tem pelo menos uma patente aprovada (escore 5). A avaliação deste item é pontual e deve se referir ao momento do diagnóstico. O registro da marca não deve ser considerado aqui, mas no item 9 (Proteção da marca). Na revisão de 2011, o item 39 (Propriedade intelectual) foi excluído do formulário de Comércio e adequado à área de serviços. Na revisão de 2014, o item 39 deixou de existir no formulário de serviços e foram feitos ajustes no texto. Um dos ajustes foi para corrigir erro apontado pelo ALI José Guilherme Grossi, de São Paulo.

Item 40 - Ousadia inovadora (RESERVADO) O processo de inovação é repleto de incertezas. Logo, antes de um acerto, é comum a ocorrência de erros. A organização que tem dificuldade em conviver e aceitar os erros também tem dificuldade para inovar. Para medir a aceitação de erros, o item objetivava avaliar os esforços recentes para modificar processos que não deram a resposta esperada e acabaram sendo abandonados. Entretanto, considerando que: - a avaliação da Ousadia não costuma ser bem entendida pelos empresários; - o aspecto mais importante e fácil de avaliar, que é a ousadia no lançamento de novos produtos, já está contemplado no formulário (item 3); - na medida do possível, é conveniente simplificar o formulário; optou-se por excluir este item6 na revisão de 2014.

Nota: A supressão ou inclusão de algum item, para adequar o formulário, não causa grande impacto, já que os resultados comparados são as médias de cada dimensão. Do mesmo modo, como o Grau de Maturidade do Processo de Inovação não é a média dos itens, mas a média dos resultados de cada dimensão, a influência desses ajustes pode ser desprezada na comparação histórica.

6 - Essa decisão foi ratificada em reunião de 22 de julho de 2014, no SEBRAE/NA.

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Item 41 - Financiamento da inovação O item avalia se o empresário conhece a existência de linhas especiais para financiamento de inovação e se, em conhecendo, domina o caminho – as vezes complexo – para obter este tipo de recurso. Neste item, interessa saber se a empresa conhece, já tentou obter ou obteve recursos financeiros de alguns dos programas de fomento à inovação de governo, como FINEP, Fundações Estaduais de Fomento à Pesquisa, etc., ou se fez uso de incentivos fiscais como os da Lei de Informática. Além do uso efetivo de recursos financeiros de terceiros para a inovação, o item avalia o conhecimento do empreendedor sobre a disponibilidade destes recursos e suas exigências para aplicação, contribuindo para a disseminação das informações. Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - A empresa já utilizou algum dos programas de apoio financeiro subsidiado para atividades inovadoras. 3 - A empresa já solicitou algum dos programas de apoio financeiro subsidiado para atividades inovadoras. 1 - A empresa nunca solicitou qualquer dos programas de apoio financeiro subsidiado para atividades inovadoras. Justificativa: Para compensar os riscos decorrentes da inovação, os governos e algumas entidades como o SEBRAE oferecem uma grande variedade de programas de apoio financeiro subsidiados, incluindo: - Incentivos fiscais, nos três níveis de governo. - Financiamentos com juros reduzidos. - Financiamentos com recursos não-reembolsáveis. - Bolsas para especialistas na empresa. - Subsídios para a contratação de serviços tecnológicos, como o SEBRAETEC, etc. É importante esclarecer que a avaliação não deve considerar empréstimos e linhas de financiamento convencionais oferecidos pelas instituições bancárias. Do mesmo modo, embora o Cartão BNDES seja uma boa ferramenta de crédito para o pequeno empresário, não deve ser considerado no diagnóstico, pois não apresenta taxas diferenciadas para a aquisição de produtos associados à inovação. Exemplos: Indústria – Uma fábrica conseguiu empréstimo com juros reduzidos para a substituição das máquinas por outras mais modernas e eficientes. Serviços – Empresa de consultoria teve parte dos custos dos equipamentos de informática cobertos pela ISS pago à prefeitura de Curitiba, por meio do programa de incentivo denominado “ISS Tecnológico”. Comércio – Uma pequena rede de lanchonetes teve apoio do SEBRAETEC para desenvolver um plano de comercialização de franquias.

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Na revisão de 2014 o texto ganhou maior objetividade, passando de: “A empresa já utilizou algum dos programas de apoio do governo (recursos financeiros) para as suas atividades inovadoras” para “A empresa já utilizou algum dos programas de apoio financeiro subsidiados para atividades inovadoras”.

Item 42 - Coleta de ideias Um importante aspecto que caracteriza as organizações com disposição para inovar é a existência de mecanismos, como programas de sugestões, que incentivam os colaboradores a apresentar ideias. O item avalia a disposição e o esforço da empresa para colher sugestões dos colaboradores para a melhoria dos produtos e processos. Alternativas – Indústria / Serviços / Comércio 5 - A empresa tem um sistema formal para colher sugestões dos colaboradores. 3 - A empresa tem um sistema informal para colher sugestões dos colaboradores. 1 - A empresa não tem qualquer sistema, formal ou informal, para colher sugestões dos colaboradores. Justificativa: Provavelmente a melhor e mais barata forma de melhorar os processos internos em uma pequena empresa seja ouvir as sugestões das pessoas que executam as tarefas. Mesmo assim, não é comum que seja dada atenção para essa poderosa fonte de ideias, favorecida pelo ambiente informal proporcionado por equipes menores. No diagnóstico, é importante que “sistema formal” não seja confundido com burocrático. Se existe uma sistemática de colher ideias (por exemplo em uma reunião semanal ou mensal) e um esforço genuíno em implantar ideias oriundas dessa fonte, dando feedback aos autores das ideias, pode-se estabelecer o escore 5. A avaliação deste item é pontual e deve se referir ao momento do diagnóstico.

Diretrizes para o preenchimento Para tornar a capacitação dos Agentes de Inovação mais efetiva, sugere-se que os seguintes pontos sejam destacados no treinamento: 1. O termo "Produto", como utilizado no Programa ALI, significa "bem ou

serviço" e inclui a embalagem (que também é entregue ao cliente). 2. Quaisquer ações feitas exclusivamente para atender exigências legais, não

devem ser contabilizadas na avaliação. O entendimento é que “atender aos requisitos legais” não é inovação, mas obrigação.

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3. Nos casos em que a análise mostra uma ação com possibilidade de pontuação em dois ou mais itens, recomenda-se que seja escolhido apenas um. Justamente aquele em que há maior sintonia com a intenção do empreendedor. Por exemplo: A empresa lançou um novo produto com enfoque em sustentabilidade ambiental. Nesse caso, temos que escolher entre o item 2 (Novos produtos) e 4 (Resposta ao meio ambiente). Se o empreendedor demonstrou preocupação em que o produto fosse mais ecológico, esse enfoque deve prevalecer, com registro no item 4. Caso contrário, computa-se no item 2. A intenção é evitar que uma mesma ação seja computada duas vezes e se perca a oportunidade de identificar uma linha de inovação com que o empresário se mostra menos conhecedor ou preocupado.

4. Nos casos onde a opção pelo modelo do formulário (indústria, comércio ou

serviços) não for evidente, recomenda-se o uso do CNAE como critério para a escolha.

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Considerações finais Este relatório documenta mais uma etapa de ajustes para aprimorar a metodologia de determinação do Radar da Inovação nos pequenos negócios, refletindo o aprendizado decorrente da aplicação prática e comentários e sugestões de profissionais envolvidos com o programa Agentes Locais da Inovação. Como decorrência das alterações feitas, os materiais (apostila e apresentação Power Point) usados no treinamento dos ALI devem sofrer atualização. O uso do Radar da Inovação tem se concentrado em "medir", mas pouco como uma ferramenta de diagnóstico que ajuda a identificar oportunidades para os 2 ou 3 primeiros ciclos do Processo de Inovação, de modo a servir de incentivo para que os empresários continuem o trabalho após o desligamento do Programa.

Agradecimentos Nosso especial agradecimento ao profissionais envolvidos nesta revisão, especialmente ao Thiago Cunha Soares, ao Ederaldo Ribeiro e ao Newton Mauro, pela compreensão e ajuda, e aos especialistas e agentes de inovação que contribuíram ao longo do tempo com comentários enriquecedores e úteis. Agradecemos, também, ao José Guilherme Grossi, pela correção no item 39, e à equipe interna da B&A que participou do trabalho: - Dennis Bachmann - Taiana Rodrigues

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Glossário 5S – Programa 5S – Programa com o de objetivo mobilizar, motivar e conscientizar toda a empresa para a Qualidade Total, através da organização e da disciplina no local de trabalho. (Wikipédia) ALI - Agentes Locais de Inovação – Bolsistas de projeto SEBRAE de mesmo nome, voltado para a inovação na micro e pequena empresa. (SEBRAE) Arranjos Produtivos Locais APL - São aglomerações de empresas, localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm algum vínculo de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com os outros atores locais, como: governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa. Benchmarking - Nome genérico dado aos processos de aprendizado que buscam identificar, compreender e aproveitar os resultados e as boas práticas de outras organizações. (Bachmann & Associados) BPF - Boas Práticas de Fabricação. BSC (Balanced Scorecard) – Conjunto balanceado de indicadores estratégicos. Brainstorm – É uma técnica desenvolvida para explorar a potencialidade criativa de um grupo de indivíduos e gerar ideias inovadoras. Cadeia de Valor – É o conjunto de atividades desempenhadas por uma organização desde as relações com os fornecedores e ciclos de produção e de venda até à fase da distribuição final. (Wikipédia) Cadeia produtiva – É um conjunto de etapas consecutivas pelas quais passam e vão sendo transformados e transferidos os diversos insumos. (Victor Prochnik) Canais de vendas – São estruturas que permitem construir estratégias de ampliação do acesso ao mercado, que podem levar ao crescimento das empresas e suas marcas. (Praxis Business) Capital intelectual – É a soma das patentes, processos, habilidades dos funcionários, tecnologias e informações sobre clientes e fornecedores. CEP – Controle Estatístico de Processo – é uma ferramenta com base estatística, de auxílio ao controle da qualidade, nas etapas do processo, particularmente no caso de processos de produção repetitivos. Certificação – Modo pelo qual uma terceira parte dá garantia escrita de que um produto, processo ou serviço está em conformidade com os requisitos especificados. (ABNT ISO/IEC Guia 2)

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Cliente – É o destinatário dos produtos da empresa. Pode ser uma pessoa física ou jurídica. É quem adquire (comprador) ou quem utiliza o produto (usuário/consumidor). (SEBRAE) Cliente potencial – É a pessoa ou organização que ainda não é cliente da empresa. É um cliente da concorrência ou alguém que poderia ser atendido pela empresa. (SEBRAE) Competitividade – É a capacidade da empresa formular e implementar estratégias concorrenciais, que lhe permitam ampliar ou conservar, de forma duradoura, uma posição sustentável no mercado. Conhecimento – É constituído pela tecnologia, políticas, procedimentos, bases de dados e documentos, bem como pelo conjunto de experiências e habilidades da força de trabalho. (SEBRAE) CPM (Critical Path Method) ou Método do Caminho Crítico – É um dos vários métodos de análise de planejamento de projetos, com o objetivo de minimizar a duração total do projeto. (Wikipédia) Design – Atividade de projeto que determina as características exteriores, relações estruturais e funcionais do objeto. Empresa inovadora – É aquela que pratica sistematicamente a gestão da inovação”. (Manual de Oslo) EPP – Empresa de Pequeno Porte. (SEBRAE) Ergonomia – É uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos e sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema. (Associação Brasileira de Ergonomia) Estratégia – É o caminho escolhido para posicionar a empresa de forma competitiva e garantir sua continuidade no longo prazo, com a subsequente definição de atividades e competências inter-relacionadas para adicionar valor de maneira diferenciada às partes interessadas. (SEBRAE) Estratégia competitiva – É o conjunto das ações ofensivas e defensivas de uma empresa para criar uma posição sustentável dentro da indústria. Evidência - É algo tangível que prova um fato. (BS Brasil) Fornecedor – É qualquer empresa que forneça bens e serviços. A utilização desses bens e serviços pode ocorrer em qualquer estágio de projeto, produção e uso dos produtos. Assim, fornecedores podem incluir distribuidores, revendedores, prestadores de serviço terceirizados, transportadores, contratados e franquias, bem como os que suprem a organização com materiais e componentes. (SEBRAE)

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Funcionalidade – Conjunto de atributos que evidenciam a existência de um conjunto de funções e suas propriedades especificadas. As funções são as que satisfazem as necessidades explícitas ou implícitas. (NBR13596) Gargalo tecnológico – é entendido como deficiência de conhecimento, processo, produto ou serviço que afete negativamente o desempenho da cadeia produtiva. GQT – Gestão pela Qualidade Total. GPS (Global Positioning System) ou Sistema de Posicionamento Global – É um sistema de navegação por satélite que fornece a um aparelho receptor móvel a sua posição, assim como informação horária, sobre todas condições atmosféricas, a qualquer momento e em qualquer lugar na Terra, desde que o receptor se encontre no campo de visão de quatro satélites GPS. (Wikipédia) Incubadora de empresas – Empreendimento que ofereça espaço físico, por tempo limitado, para instalação de empresas de base tecnológica ou tradicional, e que dispõe de uma equipe técnica para dar suporte e consultoria a estas empresas. (ANPROTEC) Indicação de Procedência - é o nome geográfico de um país, cidade, região ou uma localidade de seu território, que se tornou conhecido como centro de produção, fabricação ou extração de determinado produto ou prestação de determinado serviço. (SEBRAE) Indicação Geográfica - Associa a prestação de determinado serviço ou a fabricação, produção ou extração de determinado produto a um local conhecido. De acordo com a lei brasileira (art. 176), “constitui indicação geográfica a indicação de procedência ou a denominação de origem”. (SEBRAE) Inovação – É a introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo ou social que resulte em novos produtos, processos ou serviços. (Lei de Inovação, 2004) INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Logística – É o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo de armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor. Logomarca – é um neologismo usado de forma empírica e genérica para designar logotipo, símbolo ou marca, foi popularizado no Brasil sem que haja consenso nem precisão absoluta ao que ele se refere, se apenas ao símbolo, ao logotipo ou ao sinal misto (combinação de ambos). (Wikipédia)

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Marca - É o conjunto de símbolos, palavras (slogan) ou formatos pelos quais uma empresa transmite sua imagem, ou promessa, aos clientes. Marca coletiva – É uma marca registrada ou marca de serviço usada por um grupo ou uma organização. MEG – Modelo de Excelência da Gestão. (Fundação Nacional da Qualidade) Mercado – É o conjunto de compradores atuais e potenciais de um produto. (Conceito de marketing) Metodologia – É a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida, ou a desenvolver, no método (caminho) do trabalho. Modelo – É uma abstração de alguma coisa, com o propósito de conhecê-la antes de construí-la. Modelo de Utilidade – É uma modalidade de patente que se destina a proteger inovações com menor carga inventiva, normalmente resultantes da atividade do operário ou artífice. No Brasil, o Modelo de Utilidade se destina apenas a inovações em elementos físicos (vedada a proteção de processos) tais como utensílios, pequenos equipamentos, etc. MPE - Micro e Pequena Empresa. Negócio – É o foco de atuação da empresa, o nicho, o segmento de mercado. O que nós fazemos. Que valor agregamos. (SEBRAE) Otimização – É a capacidade de planejar e realizar atividades com mais eficiência, de forma estratégica e sustentável, ou o aumento máximo da lucratividade de um determinado processo ou negócio. Parceria - É uma associação de entidades (duas ou mais) para desenvolverem ação conjunta com vista a atingirem um objetivo determinado. PAS - Programa Alimento Seguro. Patente – é uma concessão, conferida pelo Estado, que garante ao seu titular a propriedade de explorar comercialmente a sua criação. Os direitos exclusivos garantidos pela patente referem-se ao direito de prevenção de outros de fabricarem, usarem, venderem, oferecerem vender ou importar a dita invenção. (Wikipédia) PBQP-H - Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat. PCP – Planejamento e Controle da Produção. PERT – Program Evaluation and Review Technique – É uma técnica utilizada para planejar, avaliar e controlar os prazos de execução de determinado programa ou projeto.

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Pesquisa e Desenvolvimento - P&D – Compreendem trabalho criativo executado de forma sistemática para aumentar o estoque de conhecimento, inclusive o conhecimento sobre o homem, a cultura e a sociedade e o uso desse estoque de conhecimento para imaginar novas aplicações. (Manual Frascati) PN – Pequeno Negócio. (SEBRAE) Processo – É o conjunto de recursos e atividades inter-relacionados que transformam insumos (entradas) em produtos (saídas). (SEBRAE) Processo de Gestão da Inovação – Processo estruturado com etapas que objetivam permitir que uma organização utilize seus recursos para aumentar a capacidade de inovar. (SEBRAE) Produtividade – É a eficiência na utilização de recursos. Embora a palavra seja frequentemente aplicada a um só fator, como mão-de-obra (produtividade do trabalho), máquina, materiais, energia e capital, o conceito de produtividade também se aplica ao total dos recursos consumidos na obtenção de um produto. (SEBRAE) Produto – É o resultado de atividades ou processos. Considerar que: • o termo produto pode incluir serviços, materiais e equipamentos,

informações ou uma combinação desses elementos; • um produto pode ser tangível (como, por exemplo, equipamentos ou

materiais) ou intangível (por exemplo, conhecimento ou conceitos), ou uma combinação dos dois. (SEBRAE)

Protótipo – É uma representação visual do produto que está sendo desenvolvido. É construído geralmente com os mesmos materiais do produto final e já traz os mecanismos necessários para fazê-lo funcionar. (Design Brasil) Resultados finalísticos – São os representados por indicadores mensuráveis de mudanças concretas na realidade dos beneficiários, sob a ótica das suas principais demandas e necessidades. (SEBRAE) Royalty - É uma palavra de origem inglesa que se refere a uma importância cobrada pelo proprietário de uma patente de produto, processo de produção, marca, entre outros, ou pelo autor de uma obra, para permitir seu uso ou comercialização. SBRT – Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas. (http://sbrt.ibict.br) SEBRAETEC – É um instrumento que permite às Empresas de Pequeno Porte o acesso a conhecimentos tecnológicos existentes nas áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação, visando à melhoria de processos e produtos e/ou introdução de inovações com foco nas empresas e/ou no mercado, fornecendo

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recursos e consultoria que auxiliam empresários no desenvolvimento de novos produtos. (SEBRAE) SEO (Search Engine Optimization) - é o conjunto de estratégias com o objetivo de potencializar e melhorar o posicionamento de um site nas páginas de resultados naturais (orgânicos) nos sites de busca gerando conversões, sejam elas, um lead, uma compra, um envio de formulário, agendamento de consulta e outros. (Wikipédia) Sustentabilidade – É satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de satisfazerem suas próprias necessidades. (Comissão de Brundtland, da ONU) Software – é um termo geral que descreve um conjunto de programas de computador, procedimentos e respectiva documentação, para executar uma tarefa em um sistema computadorizado. TOC – Teoria das Restrições (Theory of Constraints) É uma filosofia, introduzida por Eliyahu M. Goldratt, baseada na aplicação de princípios científicos e do raciocínio lógico para guiar organizações humanas. (Wikipédia) Para outros termos, recomenda-se o acesso à Wikipédia.

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Referências 1. Bachmann & Associados. Metodologia para Estimar o Grau de Inovação

nas MPE. Curitiba. Abril de 2008.

2. SEBRAE/PR. Guia para a Inovação: Instrumento de Orientação de Ações para melhoria das dimensões da inovação. Curitiba, 2011.

3. Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento. Manual de Oslo: Proposta de Diretrizes para Coleta e Interpretação de Dados sobre Inovação Tecnológica. Versão FINEP 2004.

4. Sawhney, Mohanbir. Wolcott, Robert C. and Arroniz, Inigo. The 12 Different Ways for Companies to Innovate. MIT Sloan Management Review (Spring 2006). pp. 75-81. Disponível em: http://leonardopublic.innovation.si/1.Introduction/The%2012%20different%20ways%20for%20companies%20to%20innovate.pdf Acesso em 14 Nov. 12.

5. HSM Management. As 12 dimensões da inovação. Vol. 1. Jan/fev. 2007.

pp. 104-112. 6. Silva Néto, Ana Teresa da. Mensuração do Grau de Inovação em Micro e

Pequenas Empresas do Estado de Sergipe. Dissertação apresentada para a obtenção do titulo de Mestre em Desenvolvimento Regional e Gestão de Empreendimentos Locais. São Cristovão/SE 2012. Disponível em: http://bdtd.ufs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=898. Acesso em 10 ago. 2014.

7. W. Chan Kim, Renée Mauborgne. A Estratégia do Oceano Azul: Como Criar Novos Mercados e Tornar a Concorrência Irrelevante. Editora Campus. 2005.

8. Treacy, Michael. Wiersema, Fred. The Discipline of Market Leaders: Choose Your Customers, Narrow Your Focus, Dominate Your Market. Perseus Book. USA. 1995.

9. Sbragia, Roberto ET alii. Inovação: Como vencer esse desafio empresarial. Clio Editora. São Paulo. 2006.

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Para citar este trabalho: Bachmann & Associados. Atualização dos formulários para a determinação do Radar da Inovação do Programa ALI: Relatório Técnico. Curitiba. 2014.

 

 

 

 

 

 

 

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