manual da caixa 2002

115
0 CADERNO DE ORIENTAÇÕES DE EMPREENDIMENTO 1. Manual Técnico de Engenharia 2. Manual do Trabalho Social MANUAL TÉCNICO DE ENGENHARIA ORIENTAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS HABITACIONAIS DO SETOR PRIVADO CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Vigência: 01.08.2002

Upload: guilherme-alves-monteiro

Post on 05-Dec-2014

150 views

Category:

Documents


9 download

TRANSCRIPT

Page 1: Manual Da Caixa 2002

0

CADERNO DE ORIENTAÇÕES DE EMPREENDIMENTO

1. Manual Técnico de Engenharia2. Manual do Trabalho Social

MANUAL TÉCNICO DE ENGENHARIA

ORIENTAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DEEMPREENDIMENTOS HABITACIONAIS DO SETOR PRIVADO

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Vigência: 01.08.2002

Page 2: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

APRESENTAÇÃO 1

APRESENTAÇÃO

SOBRE O CADERNO DE ORIENTAÇÕES DE EMPREENDIMENTO - COE:

O Caderno de Orientações de Empreendimento contempla todos os procedimentos da CAIXA para concessão definanciamento ao Setor Privado, sendo constituído pelos seguintes Manuais:

• Manual Técnico de Engenharia• Manual Técnico do Serviço Social

Os Manuais têm por princípios:• Uniformizar os documentos a serem apresentados;• Orientar o preenchimento dos documentos;• Tornar transparentes os aspectos relevantes das análises da Caixa;• Agilizar o trâmite do processo na Caixa.

SOBRE O MANUAL TÉCNICO DE ENGENHARIA – MTE:

Aplicabilidade do MTE-SP

O MTE aplica-se aos empreendimentos passíveis de enquadramento nos seguintes programas de financiamento:• Imóvel na Planta e/ou em Construção - Recursos FGTS – SFH (antigo Associativo);• Imóvel na Planta e/ou em Construção - Recursos FGTS – Parceria – SFH;• Imóvel na Planta e/ou em Construção - Recursos CAIXA – SFI (antigo Prodecar);• Imóvel na Planta e/ou em Construção - Recursos FAT HABITAÇÃO – SFI.

Mesmo obedecendo a uma estruturação de assuntos padronizada nacionalmente, predominantemente o MTE respeitaas peculiaridades estaduais, assim, o presente MTE tem aplicabilidade apenas no Estado de São Paulo.

Histórico da Elaboração

A versão inicial, editada em 12.12.99, esteve sendo revista entre Mar/01 e Mar/02, acolhendo contribuições diversasdos empregados da CAIXA: Escritórios de Negócios e GIDUR – Gerência Filial de Apoio ao Desenvolvimento Urbano,em especial do corpo de Engenheiros e Arquitetos; e também, acolhendo contribuições significativas dos Construtorese Incorporadores.As soluções de consenso foram incorporadas à esta segunda versão, portanto o MTE-SP é fruto de um trabalhoconjunto entre a CAIXA e Entidades Representativas da Indústria da Construção Civil no Estado de São Paulo -SINDUSCON, SECOVI e APEOP.

Síntese do Conteúdo

O Manual inicialmente apresenta a documentação de engenharia exigida pela CAIXA para concessão definanciamento, informando quando prescindíveis e instruindo como elaborar os documentos.No Capítulo 2 são apresentados os aspectos relevantes das Análises da CAIXA, tornando transparentes e uniformesos critérios de análise técnica pelo corpo de Engenheiros e Arquitetos.No Capítulo 3 são apresentados aspectos relevantes durante o acompanhamento de obras e conseqüente liberação derecursos.No Capítulo 4, a título informativo, apresentamos assuntos que tendem a interferir em todo o macro-setor da construçãocivil: programas de qualidade, evolução tecnológica, impacto ambiental, etc...E finalmente, concluímos apresentando todos os modelos padronizados pela CAIXA, auxiliares na montagem daspeças técnicas pelos Proponentes.

Vigência

O MTE-SP, versão 2, entra em vigor a partir de 01.08.02, contudo haverá um período de transição, entre 01.08.02 e30.11.02, de forma a não prejudicar as empresas que já iniciaram aprovação de projetos junto às Prefeituras, projetosestes eventualmente elaborados seguindo regras da versão inicial do MTE.

Críticas e sugestões

Sabedores da complexidade do tema, e reconhecendo que o assunto não se esgota nesta edição, deixamos o Manualpermanentemente aberto a críticas e sugestões que venham enriquecer o seu conteúdo.

Eventuais críticas ou sugestões poderão ser encaminhadas para: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – GIDUR/SPEndereço eletrônico: [email protected]

Page 3: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ÍNDICE 2

ÍNDICE

CAPÍTULO PÁGINA

1 DOCUMENTAÇÃO DE ENGENHARIA

1.1 Relação de Documentos ........................................................................................................ 041.2 Instruções de Elaboração....................................................................................................... 05

2 PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA

2.1 - Princípios Básicos ................................................................................................................. 092.2 - Local do empreendimento e infra-estrutura externa ...............................................................102.3 - Projeto .................................................................................................................................... 112.4 - Condições Mínimas: da região do empreendimento, da infra-estrutura e da habitação........ 122.5 - Memorial Descritivo................................................................................................................ 272.6 - Orçamento.............................................................................................................................. 282.7- Cronograma ........................................................................................................................... 292.8 - Quadros da NBR 12.721 ........................................................................................................ 302.9 - Ficha Resumo de Empreendimento - FRE ............................................................................ 342.10 - Conformidade com a Legislação Ambiental........................................................................... 362.11 - Conclusão da Análise: Viabilidade Técnica e Viabilidade Mercadológica ............................. 372.12 - Empreendimento em Módulos ................................................................................................38

3 PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA

3.1 - Informações Gerais ................................................................................................................ 423.2 - Placa de Obra..........................................................................................................................443.3 - Critérios CAIXA para Mensuração de Obra ........................................................................... 453.4 - Planilha de Levantamento de Serviços - PLS........................................................................ 47

4 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

4.1 - Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat – PBQP-h........................... . 514.2 - Concepção de Projeto ........................................................................................................... 544.3 - Construção Sustentável.................................................................................................... ..... 564.4 - Acessibilidade..................................................................................................................... ... 604.5 - Segurança e Saúde no Trabalho......................................................................................... .. 62

5 ANEXOS

A - Carta Proposta ....................................................................................................................... 66B - Ficha Resumo do Empreendimento – FRE............................................................................ 67C - Memorial Descritivo – Habitação/Equipamento Comunitário................................................. 69D - Memorial Descritivo – Infra-estrutura ..................................................................................... 80E - Orçamento Discriminativo e Folha Resumo – Habitação/Equipamento Comunitário............ 93F - Orçamento Discriminativo e Folha Resumo – Infra-estrutura................................................100G - Cronograma – Habitação/Equipamento Comunitário.............................................................104H - Cronograma – Infra-estrutura.................................................................................................105I - Cronograma Global................................................................................................................106J - Declaração de Viabilidade de Atendimento pela Concessionária de Energia Elétrica..........107K - Declaração de Viabilidade de Atendimento pela Concessionária de Água e Esgoto............108L - Planilha de Levantamento de Serviços – PLS – APARTAMENTO........................................109M - Planilha de Levantamento de Serviços – PLS – CASAS.......................................................110N - Planilha de Levantamento de Serviços – PLS - EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO...............111O - Planilha de Levantamento de Serviços – PLS - INFRA-ESTRUTURA..................................112P - Quadro Complementar para Condomínios Horizontais.........................................................113Q - Padrão de Acabamentos – Critério SINAPI...........................................................................114

Page 4: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

DOCUMENTAÇÃO DE ENGENHARIA 3

1 DOCUMENTAÇÃO DE ENGENHARIA

Page 5: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

DOCUMENTAÇÃO DE ENGENHARIA 4

1.1 RELAÇÃO DE DOCUMENTOS

FASE DOCUMENTO NECESSIDADE DE APRESENTAÇÃO

MODELO VIDE ANEXO

ELABORAÇÃO VIDE ITENS

1 CARTA PROPOSTA IMPRESCINDÍVEL A -

2 FICHA RESUMO DO EMPREENDIMENTO – FRE IMPRESCINDÍVEL B 2.9

3 MAPA DA CIDADE RESTRITO A REGIÃO DO EMPREENDIMENTO IMPRESCINDÍVEL - 1.2.1 e 2.2

LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO VIDE I - 1.2.2

LOTEAMENTO VIDE II - 1.2.3

ARQUITETÔNICO IMPRESCINDÍVEL - 1.2.4, 2.3, 2.4 e 4.2 a 4.4

PLANTA COM MOBILIÁRIO DE CADA TIPO DE UNIDADE (layout) IMPRESCINDÍVEL - 1.2.5

COMPLEMENTARES (fundação, estrutura, inst. hidr./elétrica, etc) VIDE III - 1.2.6

INFRA-ESTRUTURA (água, esgoto, drenagem, paviment., etc) VIDE IV - 1.2.7

4 PROJETOS

TERRAPLENAGEM VIDE I - 1.2.8

HABITAÇÃO IMPRESCINDÍVEL C 2.5

EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO VIDE V C 2.5

5 MEMORIAL DESCRITIVO

INFRA-ESTRUTURA VIDE IV D 2.5

HABITAÇÃO IMPRESCINDÍVEL E 2.6

EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO VIDE V E 2.6

6 ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO

INFRA-ESTRUTURA VIDE IV F 2.6

HABITAÇÃO IMPRESCINDÍVEL G 2.7

EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO VIDE V G 2.7

INFRA-ESTRUTURA VIDE IV H 2.7

7 CRONOGRAMA

FÍSICO-

FINANCEIRO

GLOBAL VIDE VI I 2.7

MINUTA DO MEMORIAL DE INCORPORAÇÃO OU DA INSTITUIÇÃO DE CONDOMÍNIO

VIDE VII - 1.2.9 e 2.8

MINUTA DA CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO VIDE VII - 1.2.9 e 2.8

8 INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA

QUADROS DE I A VIII DA NBR 12.721 VIDE VII - 1.2.9 e 2.8

CERTIDÃO DE INTEIRO TEOR DA MATRÍCULA DO IMÓVEL IMPRESCINDÍVEL - 1.2.10 9 DOCUMENTAÇÃO DO TERRENO

TERMO DE OPÇÃO DE COMPRA E VENDA DO TERRENO VIDE VIII - 1.2.11

VIABILIDADE DE ATENDIMENTO DA CONCES. DE ENERGIA IMPRESCINDÍVEL J -

VIABILIDADE DE ATENDIMENTO DA CONCES. DE ÁGUA/ESGOTO IMRESCINDÍVEL K -

ANÁLIS

E

10 DECLARAÇÃÕES E MANIFESTAÇÕES

MANIFESTAÇÃO DOS ÓRGÃOS DO MEIO AMBIENTE VIDE IX - 2.10

11 ATESTADO DE QUALIFICAÇÃO DA CONSTRUTORA IMPRESCINDÍVEL - 4.1

12 PROJETOS APROVADOS (arquitetura e infra-estrutura) IMPRESCINDÍVEL - -

13 ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO OU DOCUMENTO EQUIVALENTE IMPRESCINDÍVEL - 1.2.12

14 REGISTRO DA INCORPORAÇÃO OU DA INSTITUIÇÃO DE CONDOMÍNIO VIDE VII - -

15 CERTIDÃO DE REGISTRO DE PESSOA JURÍDICA NO CREA (Construtor) IMPRESCINDÍVEL - 1.2.13

16 A.R.T. DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA CONSTRUÇÃO IMPRESCINDÍVEL - 1.2.14

ATÉ CONTRATAÇÃO

17 A.R.T. DOS PROJETISTAS (arquitetura. e infra-estrutura) IMPRESCINDÍVEL - -

18 A.R.T. DOS PROJETISTAS (projetos complementares) IMPRESCINDÍVEL - -

19 PROJETOS DE DETALHES CONSTRUTIVOS (impermeabilização, alvenaria, esquadria, ...) VIDE III - 1.2.15

20 A.R.T. DE FISCALIZAÇÃO PELO PROPONENTE VIDE X - -

1º D

ESEMBOLS

O

21 PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS IMPRESCINDÍVEL L, M, N e O 3.1.9 e 3.4

22 HABITE-SE IMPRESCINDÍVEL - -

23 TERMO DE RECEBIMENTO DA INFRA PELAS CONCESSIONÁRIAS E/OU PREFEITURA VIDE XI - 1.2.16

FINAL

CONSTRUÇÃO

24 MANUAL DO PROPRIETÁRIO IMPRESCINDÍVEL - 1.2.17

OBSERVAÇÃO SOBRE NECESSIDADE DE APRESENTAÇÃO

I Exigível a critério da engenharia. VII Exigível para empreendimento em condomínio (vertical ou horizontal). II Exigível nos casos de parcelamento de solo (lei 6766 e lei 9785/99). VIII Exigível quando o terreno não for do Proponente ou da Construtora. III Exigível a critério da engenharia, contudo é obrigatório o arquivo dos mesmos em canteiro de obra. IX Os casos exigíveis são citados no item 2.10. Para empreendimentos verticais o projeto de fundações é dispensável na fase de análise. X Dispensável quando o Proponente for a Construtora. IV Exigível apenas para empreendimento que contemple ruas redes internas e com solicitação da eng. XI Dispensável quando as redes e ruas não forem sujeitas à manutenção V Exigível apenas para empreendimento que contemple equip. com. (creche, escola, posto de saúde). pela Concessionária/Prefeitura. VI Exigível quando existir obra de infra-estrutura e/ou equipamento comunitário.

ATENÇÃO : para EMPREENDIMENTO EM MÓDULOS vide relação de documentos no sub-item 2.12.5.

Page 6: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

DOCUMENTAÇÃO DE ENGENHARIA 5

1.2 INSTRUÇÕES DE ELABORAÇÃO

1.2.1 CÓPIA DO MAPA DA CIDADE RESTRITO À REGIÃO DO EMPREENDIMENTO• preferencialmente, apresentar em papel tamanho A4;• o mapa deve estar em escala;• desenhar circunferências centradas no empreendimento com raios múltiplos de 500 m;• indicar em planta, através de numeração, as ocorrências: supermercado, hospital, escola, creche, área

de lazer, indústria, aeroporto, favela, etc. .• informar os seguintes serviços junto ao empreendimento: rede de água, esgoto, drenagem, energia e

telefone, iluminação pública, guias, pavimentação e gás, trajeto da coleta de lixo e transporte coletivo;• realçar as principais vias de acesso.

1.2.2 LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICOEm terrenos planos é dispensável a altimetria, contudo, os níveis de projeto e as cotas do terreno naturaldevem ser indicados no projeto de implantação.

1.2.3 PROJETO DE LOTEAMENTODevem ser "iluminados" (identificados) os lotes objeto de financiamento, e também demonstrada a implantaçãodas unidades nesses lotes.

1.2.4 PROJETO ARQUITETÔNICOO projeto de arquitetura deve conter, no mínimo:

• planta de situação do terreno, cotando as distâncias em relação às esquinas (amarrações);• implantação das edificações no terreno demonstrando os afastamentos;• planta dos pavimentos;• planta de previsão de ampliação para residências térreas;• cortes transversais e longitudinais;• fachadas;• planta da garagem em escala e com locação de pilares, demonstrando comportar a quantidade de

veículos e condições de manobra;• planta da cobertura.

IMPORTANTE:

• O Projeto Arquitetônico deve contemplar os complementos externos, tais como piscina, guarita,playground, quadras, quiosques, salão de festas, passeio para pedestres, bancos, rampas, jardins,etc., indicados em uma das seguintes pranchas: habitação, implantação, urbanização ou paisagismo.

• Equipamentos Comunitários internos ao empreendimento, entendidos como escolas, creches, centrosde saúde, etc., devem ser objeto de Projeto específico.

• Todos os projetos (urbanístico, arquitetônico, infra e complementares) podem ser apresentados paraanálise sem aprovação dos Órgãos Públicos, contudo devem estar aprovados, até a contratação .Alterações de projeto que por ventura venham a ocorrer durante a aprovação devem ser comunicadastempestivamente à CAIXA, e podem ensejar nova análise ou parecer complementar.

• Apesar da CAIXA não exigir Certidão de Diretrizes da Prefeitura, sugere-se que toda elaboração deprojeto seja precedida de consulta sobre: parcelamento, ocupação, etc... Para EquipamentoComunitário, verificar condições de dimensionamento, operação e manutenção pela Prefeitura.

• Sobre projetos, veja também: sub-itens 2.3, 2.4, 4.2, 4.3 e 4.4, e Anexos C e D.

1.2.5 PLANTA COM MOBILIÁRIO DE CADA TIPO DE UNIDADE (Layout)Apresentar a disposição do mobiliário (sugestão), louças, bancadas, armários e sentido de abertura de folhasde portas/janelas/armários, e etc., na mesma escala (planta da unidade e mobiliário).

1.2.6 PROJETOS COMPLEMENTARESO conjunto de projetos complementares inclui projetos de:

• fundações, inclusive contenções, se for o caso;• estrutura;• instalações elétricas e telefônicas prediais;• instalações hidro-sanitárias prediais, inclusive de águas pluviais; e• prevenção e combate a incêndios.

Page 7: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

DOCUMENTAÇÃO DE ENGENHARIA 6

1.2.7 PROJETOS DE INFRA-ESTRUTURAO conjunto de projetos de infra-estrutura inclui projetos de:

• abastecimento de água;• esgotamento sanitário (inclusive elevatórias e ETE);• pavimentação;• drenagem de águas pluviais;• energia elétrica;• iluminação pública; e• obras especiais (muros de arrimo, muros divisórios, etc.)

Os projetos de rede de drenagem e esgotamento sanitário devem conter: curvas de nível, cotas de caixa,bitolas e comprimento de tubos, detalhes de assentamento, de poços de visita, de caixas e de bocas de lobo.Quando previstas fossas e sumidouros devem ser apresentados os testes de permeabilidade do solo,comprovando a adequação da solução proposta.Para os casos de abastecimento de água através de poços artesianos, deve ser comprovada a existência deágua potável, com vazão suficiente para abastecimento do empreendimento projetado e estimativa de vida útildo poço.Na fase de análise pode ser apresentado o ante-projeto das obras de infra-estrutura desde que contenha:

• largura das vias;• traçado das redes com diâmetros e declividades, e• curvas de nível.

Na primeira mensuração devem ser apresentados os projetos definitivos ou executivos, devidamenteaprovados pela Prefeitura ou Concessionária, quando for o caso.

1.2.8 PROJETO DE TERRAPLENAGEMO projeto de terraplenagem compõe-se dos seguintes elementos gráficos:

• perfis dos trechos naturais de cada seção;• indicação do greide das ruas e cotas das estacas nas esquinas;• planta de terraceamento ou patamarização dos lotes com indicação das respectivas seções

transversais, áreas e volumes de corte e aterro.Na fase de análise é facultada a apresentação de ante-projeto contendo:

• curvas de nível;• cotas de implantação de ruas e lotes, quando empreendimento horizontal;• cotas de implantação de ruas e platô de prédios, quando empreendimento vertical.

1.2.9 INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA E QUADROS DA NBR 12.721Pode ser apresentada minuta do Memorial de Incorporação ou minuta da Instituição de Condomínio.Caso a incorporação já esteja registrada, apresentar Certidão do Registro da Incorporação ou Instituição deCondomínio.No documento apresentado deve constar a discriminação das partes de propriedade exclusiva e das partes decondomínio, com especificação das áreas, frações ideais e confrontações.O Registro da Incorporação deve preceder o início das vendas.Os quadros de I a VIII da NBR 12.721 podem ser apresentados em forma de minuta.Ainda sobre os quadros da NBR vide sub-item 2.8.

1.2.10 CERTIDÃO DE INTEIRO TEOR DA MATRÍCULA DO IMÓVEL NO REGISTRO DE IMÓVEISHavendo averbação de restrição de uso (servidões, área “non aedificandi”), tais locais devem estarperfeitamente demarcados nos projetos.

1.2.11 TERMO DE OPÇÃO DE COMPRA E VENDA DO TERRENODeve conter: identificação das partes, caracterização do objeto, definição de valor, forma de pagamento eprazo de validade.

1.2.12 ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO OU DOCUMENTO EQUIVALENTEEmitido em nome da Construtora, caso contrário, deve ser providenciado apostilamento junto à Prefeitura.

1.2.13 CERTIDÃO DE REGISTRO DE PESSOA JURÍDICA DO CREADefine responsáveis técnicos da Construtora (citados no Alvará e A.R.T. de execução).

1.2.14 A.R.T. DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA CONSTRUÇÃOEmitida em nome da Construtora, citando também o nome do Responsável Técnico pela obra.Este Responsável Técnico pela Obra deve constar na Certidão do CREA citada no item anterior.A atividade que define a responsabilidade técnica perante o CREA é a atividade de DIREÇÃO TÉCNICA.

1.2.15 PROJETOS DE DETALHES CONSTRUTIVOSO conjunto de projetos de detalhes construtivos inclui, entre outros, projetos de:

• Impermeabilização;• Alvenaria;• Esquadrias.

Page 8: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

DOCUMENTAÇÃO DE ENGENHARIA 7

1.2.16 TERMO DE RECEBIMENTO DA INFRA-ESTRUTURA PELAS CONCESSIONÁRIAS E PREFEITURAEmitido pelas Concessionárias (água, esgoto, energia) e Prefeitura (arruamento, drenagem e iluminaçãopública), assumindo responsabilidade pela manutenção e operação do sistema.

1.2.17 MANUAL DO PROPRIETÁRIOEste documento deve ser entregue aos usuários ao final da construção, com uma cópia para arquivo naCAIXA.O assunto é regido pela Norma Brasileira – NBR 14.037/98.Quando condomínio, além do Manual do Proprietário, devem ser fornecidos ao Síndico os seguintesdocumentos:

• cópia de todos os projetos de aprovação (prefeitura, bombeiros, etc.);• cópia dos projetos como construído (“as built”);• alvará e licenças;• termos de garantia de materiais, máquinas e equipamentos;• manual de uso e manutenção das máquinas e equipamentos.

IMPORTANTE:

• Todos os documentos devem estar coerentes entre si, datados e assinados sob identificação, tantopelo representante legal do Proponente, como pela Construtora.

• Havendo divergência entre documentos são adotados os seguintes procedimentos:� Na fase de análise: refazer os documentos divergentes;� Na fase de construção: prevalece o arbítrio do adquirente, desde que não comprometa a garantia

da CAIXA.

Page 9: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 8

2 PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISEDE VIABILIDADE DE ENGENHARIA

Page 10: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 9

2.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ANÁLISE

A análise da CAIXA abrange desde a concepção do produto até sua viabilidade mercadológica, sem perder devista os princípios básicos norteadores, como :

• A SATISFAÇÃO DO CLIENTE

O produto ofertado deve atender aos anseios do cliente (adquirente final), suprindo suas necessidadesde moradia, com qualidade e preço justo.

• RESPEITO AO MEIO-AMBIENTE

Toda construção interfere no meio ambiente.São valorizadas pela CAIXA as concepções que preservem o meio ambiente, que promovam melhoriaaos bairros e, consequentemente, que elevem as condições de vida da população.

• A GARANTIA DO FINANCIAMENTO

O empreendimento é garantia financeira da operação. Assim, deve representar um produto final dequalidade compatível com o valor financiado, ao longo do prazo de retorno previsto.

• MANUTENÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Concepção de projetos, bem como utilização de materiais, que conduzam a um baixo custo demanutenção durante a vida do empreendimento.

IMPORTANTE:

• São analisados também: o potencial do município, o deficit e a demanda habitacionais, a existência deempreendimentos concorrentes ou empreendimentos problemas, visando a perfeita adequação doporte do empreendimento.

• Normalmente, empreendimentos menores oferecem simplificação operacional e redução do risco.

Page 11: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 10

2.2 LOCAL DO EMPREENDIMENTO E INFRA-ESTRUTURA EXTERNA

2.2.1 ANÁLISE DA CAIXA

Verifica se o empreendimento está em harmonia com a região.

Verifica a existência de infra-estrutura básica no entorno (água, esgoto, energia elétrica, coleta de lixo,transporte coletivo, telefone, iluminação pública, drenagem pluvial, guias e sarjetas, pavimentação e gás). Sãoconsiderados imprescindíveis: água, esgoto, energia elétrica e pavimentação. Os demais são ponderados casoa caso.

Verifica se a Prefeitura e as Concessionárias têm condições de atender a demanda gerada peloempreendimento, nos serviços de água, esgoto e energia elétrica.

Em decorrência, é obrigatória a apresentação de Declarações de Viabilidade de Atendimento, conformesugestão de modelos apresentada em:

• item 5 - Anexo J: Declaração de Viabilidade de Atendimento pela Concessionária de Energia;• item 5 - Anexo K: Declaração de Viabilidade de Atendimento pela Concessionária de Água e Esgoto.

Verifica a existência dos equipamentos públicos comunitários: escolas, hospitais, creches, lazer, etc. Paraempreendimentos de maior impacto (acima de 200 unidades em municípios até 100.000 hab, ou acima de 400unidades para municípios acima de 100.000 hab) cabe uma análise mais detalhada sobre a capacidade deatendimento à nova demanda.

Verifica a existência ou probabilidade de instalação futura dos equipamentos comerciais: padaria, açougue,farmácia, mercearia, etc.

Verifica a existência e nível de influência de fatores desvalorizantes, tais como:

• Topografia excessivamente acidentada, ou implantação inadequada (com risco de erosão oudesmoronamento);

• Proximidade de sub-habitações;• Precariedade de transporte coletivo;• Limítrofe a córrego sem curso definido;• Proximidade de locais como: lixão, lagoa de tratamento, matadouro, fábrica poluente, penitenciária, etc..• Pólos pioneiros de urbanização (ilhas urbanas descontínuas da malha urbana).

Não são aceitos locais com as seguintes características:

• Alagadiços ou sujeitos a inundação;• Aterrados com material nocivo à saúde pública;• Onde as condições geológicas não aconselhem edificações;• Área de preservação ambiental;• Em áreas sob a influência de conjunto considerado “problema” pela CAIXA.

IMPORTANTE:

• A prioridade da CAIXA é para locais dotados de infra-estrutura.Nos locais que necessitem de ampliação ou execução de obras de infra-estrutura externa, essasdeverão ser executadas até a Contratação do financiamento. Excepcionalmente, a critério do Escritóriode Negócios, a infra-externa pode ser executada em paralelo com as obras do empreendimento, desdeque haja capacidade financeira para suportar o custo desta infra-externa.

• No caso de condomínios e loteamentos não implantados, entende-se por infra-estrutura externa asobras fora do limite da área do terreno que permitirá a formação do condomínio ou da gleba a sertransformada em loteamento.

• Nos loteamentos já implantados, ou seja, dotados de redes, entende-se por infra-estrutura externa asobras fora do limite de cada um dos lotes.

Page 12: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 11

2.3 PROJETO

2.3.1 OBJETIVO

O objetivo do PROJETO é permitir a execução do empreendimento, partindo de uma concepção que otimize oseu DESEMPENHO e, portanto o seu VALOR.

Em outras palavras, o PROJETO é a representação gráfica dos estudos e soluções arquitetônicas eurbanísticas que busca traduzir em espaços as necessidades vivenciais do homem que ali habitará,propiciando-lhe um abrigo seguro, saudável, duradouro, e ainda, compatível com sua condição social,econômica e cultural.

A elaboração do PROJETO é a forma mais eficaz e barata de identificar problemas, antecipar e aperfeiçoar assoluções a serem adotadas, ou seja, é a forma mais econômica de prevenir patologias ou situaçõesinadequadas às condições e necessidade do futuro morador.

2.3.2 CONCEPÇÃO DE PROJETO

Ainda que não caracterizando exigências, apresentamos no capítulo 4 alguns temas que enriquecem aelaboração de projetos, sob os seguintes títulos:

• 4.2 –Concepção de Projeto;• 4.3 –Construção Sustentável;• 4.4 – Acessibilidade.

2.3.3 ANÁLISE DA CAIXA

A análise da CAIXA tende a valorizar as soluções arquitetônicas e urbanísticas que não visem somenteatender às condições mínimas dos órgãos públicos.Convém esclarecer que tais condições mínimas existem para oferecer o menor parâmetro para determinadoaspecto, sem compromisso quanto ao conjunto de itens que formam a solução final de um projeto.

A análise do projeto verifica:

• o atendimento às condições estabelecidas pela CAIXA (vide sub-item 2.4 e Anexos C e D - MemorialDescritivo).

• o atendimento às exigências dos órgãos públicos (aprovação);

IMPORTANTE:

• Havendo divergências entre as condições mínimas da CAIXA e da Legislação Local, deve ser atendidaa mais restritiva.

Page 13: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 12

2.4 CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS DA CAIXA – ESTADO SP

• O conceito de condição mínima adotada pela CAIXA não deve ser confundido com o conceito dehabitabilidade mínima.

A condição da CAIXA almeja atingir um padrão de qualidade adequado às características regionais, deordem cultural, econômica e social, enquanto que o conceito de habitabilidade mínima é único em qualquersituação.

Em outras palavras, as Condições Mínimas da CAIXA são diretrizes de cunho, ora técnico, ora negocial,enquanto que a habitabilidade mínima é uma diretriz exclusivamente técnica.

• O conceito de condição mínima adotado pela CAIXA, também, não deve ser confundido com outrosconceitos que classificam padrões de acabamento, sendo mais conhecidos:

� padrões alto, normal e baixo, definidos pela NB 12.721, utilizados para cálculo do CUB-SINDUSCON;

� padrões alto, normal, baixo e mínimo, definidos pelo SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa deCustos e Índices da Construção Civil), utilizado pela CAIXA – vide item 5 anexo Q;

� padrões alto, normal e baixo, definidos pela Editora PINI.

Portanto, empreendimentos que adotem as condições mínimas deste MTE não estarão enquadradosnecessariamente como Padrão de Acabamentos Mínimo do SINAPI.

• As Condições Mínimas da CAIXA variam em função:

� da região: as exigências para as cidades do interior podem ser diferentes das exigências para aregião metropolitana da Capital e Baixada Santista;

� do público alvo;� do programa habitacional da CAIXA.

• Em virtude das diferenças regionais, o Estado de São Paulo foi dividido em três regiões conforme abaixo:

Região SP : Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Jundiaí (somente municípiosintegrantes da região metropolitana de São Paulo)

Região CP : Região de Campinas, Limeira, Sorocaba, São José dos Campos e Jundiaí (excetomunicípios da região metropolitana de SP)

Região BU : Região de Bauru, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Presidente Prudente

• Nos itens seguintes são apresentadas as CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS da CAIXA, agrupadasda seguinte forma:

� item 2.4.1 - CASAS – Condições Mínimas e Exigências (Valor de Venda a partir de R$ 17.000,00)

� item 2.4.2 - Flexibilização para Casas com Valor de Venda abaixo de R$ 17.000,00

� item 2.4.3 - APARTAMENTOS – Condições Mínimas e Exigências

� item 2.4.4 - Quadro de Dimensões Mínimas de Mobiliário e Circulação – Casas e Apartamentos

IMPORTANTE:

• Recomenda-se a adoção dos ”mínimos” em situações excepcionais, e de forma parcial.

• O valor de R$ 17.000,00 para casas, acima citado, e o valor de R$ 38.000,00, citado nas tabelas doitem 2.4.3 estão sujeitos a revisão sempre que houver alteração nos limites de valor de venda ou definanciamento dos programas da CAIXA.

Page 14: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 13

2.4.1 CASAS - CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS – Valor de Venda a partir de R$ 17.000,00

REGIÕES

CASAS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIASEm Loteamentos e Condomínios Horizontais SP CP BU

ÁguaEsgoto

Redes

Energia Elétrica

Estas redes devem tangenciar, em algum ponto, o perímetro doempreendimento;Devem oferecer vazão, dimensionamento e capacidade para atenderao Empreendimento.

#

# #

Iluminação Pública No acesso principal do empreendimento # # #

PavimentaçãoGuias e Sarjetas No acesso principal do empreendimento

#

#

#

Transporte Coletivo, Coleta deLixo, Escola, Creche e Posto deSaúde

No entorno do empreendimento

#

#

#

Infr

aE

xter

na

As obras de infra-externa devem estar concluídas até a contratação do financiamento. Excepcionalmente, a critério doEscritório de Negócios, a infra-externa pode ser executada em paralelo com as obras do empreendimento, desde quehaja capacidade financeira para suportar o custo desta infra-externa.

10,00 m #

8,50 m, em condições excepcionais, para loteamentos antigos onde oprojeto das casas agregue valorização ao produto

#

7,00 m #

5,00 m, em condições excepcionais, para loteamentos antigos onde oprojeto das casas agregue valorização ao produto

#

ParaLoteamentos

5,00 m #

Lote

TestadaMínima

Para Condomínios Horizontais acata-se a Legislação Municipal # # #

Compactação Em camadas com espessura máxima de 20 cm;Grau de compactação mínimo de 95 % do proctor normal.

Cota de nível dosLotes

Lotes em aclive: 15 cm acima do greide da rua, com declividade de0,5% para a rua frontal;Lotes em declive (perfil natural do terreno): a cota de soleira deve ficar15 cm acima do greide da rua e deve-se executar rede de drenagem eesgotamento subterrâneos com captação no fundo do lote, sem deitaráguas em terreno vizinho.

ControleTecnológico Executar em conformidade com a Norma Brasileira

Terraplenagem

Taludes Inclinação máxima de 45o em relação à horizontal;A linha de divisa lateral dos lotes deve coincidir com o centro do talude.A linha de divisa do fundo dos lotes deve coincidir com o topo dotaludeSomente é permitido deitar saia (ponto mais baixo) do talude emterreno externo ao empreendimento com autorização escrita dovizinho.

#

#

#

Desnível máximo de 1,50m.Desnível até 1,00m: talude sem proteção vegetal, salvo os casos ondea estabilidade do solo esteja comprometida.

Nas divisaslaterais do Lote

Desnível de 1,00m a 1,50m: muro de arrimo com altura do desnível,em toda a divisa lateral.

#

#

#

Desnível máximo de 6,00m.

#

#

#

Desnível até 1,00m: talude sem proteção vegetal, salvo os casos ondea estabilidade do solo esteja comprometida.

#

#

#

Desnível entre 1,00m e 1,50m: talude protegido do pé ao topo comgrama em placas

#

Desnível entre 1,00m e 2,00m: talude protegido do pé ao topo comgrama em placas

#

#

Desnível de 1,50m a 6,00m: muro de arrimo com altura correspondenteao desnível

#

Desnível de 2,00m a 6,00m: muro de arrimo com altura correspondenteao desnível

# #

Na divisa defundo do Lote

Guarda corpo no topo do arrimo para desníveis a partir de 2,00m. # # #

Infr

aIn

tern

a

Contenções

Nas áreaspúblicas ou deuso comum

Talude com proteção vegetal para qualquer desnível.

#

#

#

Page 15: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 14

REGIÕES

CASAS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIASEm Loteamentos e Condomínios Horizontais SP CP BU

Acesso ao empreendimento(somente para condomínios)

Acessos distintos para pedestres e veículos;Preferencialmente, prever apenas uma entrada para veículos

#

#

#

Desnível até 1,00m (da guia à soleira): rampa com declividade máximade 20% ou escada.Quando forem previstas unidades habitacionais para portadores dedeficiência física o desnível, porventura existente, deve ser por rampacom largura mínima de 80cm e declividade máxima de 8%

Acesso às casas

Desnível acima de 1,00m: somente escada.

#

#

#

Água

EsgotoEnergia ElétricaIluminação Interna

Devem atender todos os lotes a financiar.Devem obedecer às regras das Concessionárias.

#

#

#

Redes

Drenagem Deve contemplar a área de contribuição do empreendimento e ascontribuições à montante;Prever rede subterrânea para escoamento dos lotes em declive.

#

#

#

RuasDevem ser pavimentadas todas as ruas do empreendimento, de formaque todos os lotes financiados tenham acesso através de ruaspavimentadas.No caso de empreendimento em módulo, além das ruas internas aomódulo, devem ser pavimentadas as ruas onde houver redesubterrânea de drenagem ou que servirem de acesso aos lotes comsolicitação de financiamento.O dimensionamento deve ocorrer em função do tráfego e obedecer àsnormas da Prefeitura;A especificação para a pavimentação deve ser asfalto, paralelepípedoou blocos de concreto, executado com controle tecnológico emconformidade com a Norma Brasileira.

#

#

#

Pavimentação

Estacionamento(somente paracondomínios)

Deve ser pavimentada toda a área de estacionamento.Excepcionalmente, no local das vagas, serão admitidos pavimentosintercalados com grama.

#

#

#

Guias e Sarjetas Devem ser previstas em todas as ruas pavimentadas, inclusive emestacionamento, além de atender às normas da Prefeitura.

#

#

#

Infr

aIn

tern

a

Instalações Elétricas eEquipamentos emÁreas de Uso Comum(portões elétricos, interfone,porteiro eletrônico e antena)

(somente para condomínios)

Prever a instalação de portão de pedestres com fechadura elétrica.Prever a instalação de portão de veículos com acionamento elétrico(tubulação, fiação e equipamento)Quando houver portaria: instalar interfones (tubulação, fiação eaparelhos)Quando não houver portaria: instalar porteiro eletrônico (tubulação,fiação e aparelhos)Nos financiamentos com Recursos do FGTS: instalar antena coletiva(tubulação, fiação e antena)Nos financiamentos com Recursos da CAIXA ou do FAT HABITAÇÃOé opcional a fiação e a antena, sendo obrigatória a tubulação.Prever instalação de luminárias nas áreas de uso comum.

#

#

#

Page 16: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 15

REGIÕES

CASAS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIASEm Loteamentos e Condomínios Horizontais SP CP BU

Apenas em uma das divisas laterais, no caso de casas térreasParaLoteamentos Nas duas divisas laterais, no caso de sobrados

#

#

# Geminação

Para Condomínios Horizontais adota-se a Legislação Municipal # # #

Paredes Divisórias entre CasasGeminadas

Espessura mínima de 14 cm, sem incluir o revestimento;Prolongamento da parede até o nível do telhado

#

#

#

Casa tipo embrião 22,00 m2. Compartimentada em banheiro, cozinha ecômodo múltiplo uso, devidamente isolados entre si.

#

Área Mínima de Construção eCompartimentação Casa de 1 dormitório 30,00 m2. Compartimentada em sala, quarto,

banheiro e cozinha, devidamente isolados entre si.

#

#

Pé direito Mínimo de 2,60 m

#

#

#

Dimensões dos Ambientes Vide quadro: DIMENSÕES MÍNIMAS DE MOBILIÁRIO ECIRCULAÇÃO – CASAS E APARTAMENTOS, no item 2.4.4

#

#

#

Ventilação e IluminaçãoVentilação e iluminação naturais (direta ou indireta) nos banheiros.Admite-se ventilação mecânica e iluminação artificial apenas emlavabo.

#

#

#

Prever piso para área de serviço externa (tanque), com largura mínimade 1,50 m

Espaço para área de serviço ecalçada perimetral

Prever calçada perimetral com largura de 10 cm além da projeção dobeiral e mínimo de 60 cm

#

#

#

Espaço externo para botijão degás

Prever local no exterior da casa, com tubulação interligada ao local dofogão. Instalar argolas com grapas para afixação de corrente.

#

#

#

Dimensões Mínimo de 2,20m x 4,80m, quando no recuo frontal.Mínimo de 2,80m x 4,80m, quando houver parede contínua nas duaslaterais.

Quantidade Mínimo de uma vaga por casa, preferencialmente no recuo lateral.

Vagas degaragem

Bolsões eenclausuramento

Apenas para Condomínios Horizontais são permitidos bolsões deestacionamento, com enclausuramento máximo de duas vagas,desde que pertençam a mesma casa.

#

#

#

Sapata corrida de acordo com projeto específico;Ou Radier, com a seguinte especificação mínima: lastro de 3cm debrita compactada, lona plástica (1,50 micra), concreto com 8cm deespessura, rebaixo no box e na calçada perimetral, armada em telaQ-61 com reforço de armadura em uma faixa de 60 cm de largura sobas paredes e cobrimento de 2cm, e reforço de espessura nas bordas.

Fundações

Optando por radier, prever ampliação para 2º dormitório, no caso deembrião ou casa de 1 dormitório

#

#

#

Laje em toda a unidade

Laje Pré (vigotas e lajotas) com ferragem negativa

Adotar ações preventivas para evitar fissuras no encontro da laje com aalvenaria.Cinta de amarração no respaldo da alvenaria

Vergas e contra-vergas nos vãos com transpasse de 20 cm

Somente para paredes com espessura a partir de 11,5 cm, é permitidafôrma em canaletas para vergas e cintas.Não é permitido substituir a verga por ferragem embutida naargamassa de assentamento de fiadas.

Uni

dade

Hab

itaci

onal

Esp

ecifi

caçõ

es

Estrutura

Pilares nos encontros de parede, quando utilizar alvenaria comespessura de 9 cm (sem revestimento) executada com tijolo cerâmicoou bloco de concreto, não estruturais

# # #

Page 17: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 16

REGIÕES

CASAS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIASEm Loteamentos e Condomínios Horizontais SP CP BU

Em casa térrea com paredes executadas em bloco Estruturalcerâmico ou de concreto: espessura mínima de 9 cm (semrevestimento)Em casa térrea com paredes executadas em tijolo cerâmico maciço,blocos cerâmicos ou de concreto, Não Estruturais : espessura mínimade 11 cm (sem revestimento)Em sobrado com paredes executadas em bloco Estrutural cerâmicoou de concreto: espessura mínima de 14 cm (sem revestimento) paraparedes estruturais.No encontro entre paredes efetuar amarração das fiadas ou executarpilar.Utilizar grampos ou telas somente quando a modulação de tijolos oexigir, e neste caso, efetuar amarração a cada duas fiadas.

Alvenaria

Paredes em contato com o solo:- solução de projeto através de parede dupla, impermeabilizada na

face em contato com o solo e com espaçamento mínimo de 5cmentre as paredes, dotadas de dispositivo de drenagem; ou soluçãoem caixão perdido com parede impermeabilizada na face voltadapara o solo e dispositivo de drenagem.

- evitar em ambientes de permanência prolongada.- aceitável o uso em no máximo 10% das unidades do

empreendimento.

#

#

#

Janelas em dormitório com veneziana e vidroPortas externas com folha de 80 cm de largura.

Ou alçapão, ou portinhola ventilada, para acesso ao forro

Quando utilizar esquadrias de alumínio:- perfis adequados aos vãos, atendendo aos requisitos quanto a não

vibração, rigidez, vedação e durabilidade;- proteção de fábrica (com plástico ou madeirite) até conclusão do

revestimento de paredesQuando utilizar esquadrias de aço:

- tratamento anti-ferruginosa de fábrica;- proteção de fábrica (com plástico ou madeirite) até conclusão do

revestimento de paredes

Esquadrias

Quando utilizar madeira:- que a mesma seja selecionada, evitando-se madeiras verdes,

empenadas ou com existência de nós, brocas ou cupins;- que as folhas de porta externa e janelas sejam maciças e tenham

espessura mínima de 3 cm;- que as folhas de porta em chapa compensada sejam encabeçadas

e tenham espessura mínima de 3,5 cm.

#

#

#

Telhas em cerâmicaTelha em fibrocimento somente ocultada por elemento construtivocomo platibanda.Estrutura em madeira de lei imunizada

Frechais com seção contínua sobre as paredes e no beiral

Beiral com madeiramento aparente: execução com ripamento dobrado,colocação de tabeiras e testeiras e acabamento com pintura.Emboçamento de beirais (quando o tipo de telha permitir) e cumeeirascom argamassa de cimento, cal e areiaLargura dos rufos acima de 25 cm

Cobertura

Prever solução para extensão da cobertura na área de serviço sobre otanque, inclusive sobre o usuário, com projeção mínima de 1,20 m.

#

#

#

Impermeabilização nos seguintes locais:- fundações (baldrame ou alvenaria de embasamento);- pisos ou lastros em contato com o solo (principalmente radier).

Assentamento das 3 primeiras fiadas com aditivo impermeabilizante

Uni

dade

Hab

itaci

onal

Esp

ecifi

caçõ

es

Impermeabilização

Barra impermeável no perímetro da parede externa, altura de 50 cm

#

#

#

Page 18: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 17

REGIÕES

CASAS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIASEm Loteamentos e Condomínios Horizontais SP CP BU

Azulejo até o teto no box e até 1,50 m nas paredes do banheiro

Azulejo até o teto apenas na parede hidráulica ou até 1,50m em todasas paredes, na cozinhaAzulejo até 1,50m na parede do tanque

Chapisco, massa única ou emboço paulista, e pintura látex nasparedes e tetos.Excepcionalmente, é permitido revestimento em gesso para:

- casas em condomínio que não utilizem janelas e batentes de ferro,não possuam paredes em contato com o solo, tenham valor devenda acima de R$ 38.000,00, e ainda apresentem projetodetalhado de impermeabilização de fundação.

No caso de lajes maciças com acabamento liso, pode haver apenasregularização da superfície e posterior pinturaPara esquadrias de madeira: tratamento e pintura a óleo.

Revestimento

Interno e

Pintura

Para esquadrias metálicas: tratamento prévio, pintura anti-ferruginosade fábrica e pintura final em esmalte.

#

#

#

Chapisco, massa única ou emboço paulista, e pintura látex acrílica.RevestimentoExterno Adotar ações preventivas para evitar fissuras no encontro da laje com a

alvenaria.

#

#

#

Calçada externa no perímetro da edificação com largura mínima de60 cm, devendo superar em 10 cm a projeção do beiral e possuircaimento mínimo de 2% para o exterior.Calçada ao redor do local do tanque, com dimensão mínima de 1,50 m

Cerâmica no banheiro e na cozinha e cimentado áspero nos demaiscompartimentosOnde houver revestimento do piso deve ser executado rodapé

Cota do piso interno, no mínimo, 2 cm acima da cota da calçadaexterna

Pisos e

Calçadas

Piso do box rebaixado em 2 cm, com caimento exclusivo para o ralo.

#

#

#

Soleira das portas externas com desnível mínimo de 2 cmSoleira e peitorilPeitoril das janelas com caimento para o exterior

#

#

#

Obedecer a regra da Concessionária quanto à voltagem de entrada deenergia (monofásico ou bifásico)As instalações devem ser embutidas na alvenaria

Prever circuito específico para aparelhos com consumo superior a2.500W e, preferencialmente, com voltagem de 220VPrever circuitos independentes para tomadas e para iluminação

Adotar codificação por cores para a fiação

Utilizar fiação de 6 mm2 para ponto de chuveiro e 2,5 mm2 parademais tomadasNão executar emendas de fios dentro de eletrodutos

Utilizar pontos de luz no teto. Pontos na parede são auxiliares.

Prever arandelas externas na porta de entrada e área de serviço

Uni

dade

Hab

itaci

onal

Esp

ecifi

caçõ

es

Instalações

Elétricas

e Telefonia

1 ponto de telefone, 1 de antena e, no mínimo, as seguintesquantidades de pontos de tomada elétrica: 2 na sala, 4 na cozinha, 1na área de serviço, 2 em cada dormitório (sendo uma baixa) e 1tomada no banheiro e mais 1 tomada quando houver chuveiro elétrico.

#

#

#

Page 19: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 18

REGIÕES

CASAS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIASEm Loteamentos e Condomínios Horizontais SP CP BU

As instalações devem ser embutidas na alvenaria.Excepcionalmente, pode ser adotado tubulação aparente comcarenagem sob bancadas, lavatórios, tanques e atrás de fogão egeladeira, desde que não haja comprometimento visual ou estético.Prever pontos de água para filtro na cozinha, ducha higiênica nobanheiro e para máquina de lavar na área de serviço.Caixa d’água com capacidade mínima de 500 litros, provida deextravasor e dreno para limpeza.Para condomínios pode haver reservatório comum.Prever instalação de registros de gaveta internos à unidade em cadaramal de distribuição de água. Evitar registros no forro.Tanque de concreto

Pia de cozinha com bancada e cuba em marmorite de 1,20m.

#

#

#

Quando a bancada for inferior a 1,50m prever a colocação de pedra deapoio para filtro

# #

Vaso sanitário com caixa de louça acoplada

Metais cromados com canoplas

Sifões de plástico flexível (corrugado). Não utilizar sifão de borracha(tipo “maria-mole”).Prever instalação de papeleira e saboneteira no banheiro quando nãohouver revestimento de azulejos até o teto no banheiroHavendo “divisão física” do box, é necessário ralo no banheiro, além doralo do box.Evitar passagem de tubulação de esgoto sob pisos de salas edormitórios, exceto em Condomínios com sobrados geminados nasduas divisas laterais.Prever caixa de gordura apenas quando exigido pela Concessionária

Instalações

Hidro-sanitárias

Prever pontos de inspeção nos pontos de mudança de direção datubulação de esgoto e na divisa do lote, para lançamento em redeexterna, mesmo que haja fossa e sumidouro.

#

#

#

Placas para identificação das ruas e unidades habitacionais

Marcação dos lotes com piquetes de concreto ou ferro nos vértices

Para Condomínios, o fechamento na divisa deve ter altura mínima de1,80 m, podendo ser em tela ou em alvenariaPlantio de 1 muda de árvore, com altura de 1,00 m, por lote

Para Condomínios, prever o plantio de grama em placas no recuofrontal dos lotes, bem como tratamento estético das fachadas dasunidades habitacionaisPara Condomínios, prever a instalação de caixa de correio quando nãohouver guaritaLimpeza final

Uni

dade

Hab

itaci

onal

Esp

ecifi

caçõ

es

Complementos

Ao final das obras as instalações internas das edificações e das redesde condomínio devem estar interligadas às redes públicas, testadas eem perfeito estado de funcionamento

#

#

#

Page 20: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 19

2.4.2 FLEXIBILIZAÇÃO PARA CASAS COM VALOR DE VENDA ABAIXO DE R$ 17.000,00.

Pode ser adotada flexibilização nas exigências, se esgotadas todas as outras alternativas para redução dovalor de venda da unidade relacionados a itens como: valor de terreno, corretagem, lucro da Construtora.

Tal flexibilização é admitida em caráter de excepcionalidade, sempre com o intuito de atender um público depoder aquisitivo mais baixo, adquirente de casas com Valor de Venda abaixo de R$ 17.000,00.

Primeiramente, as concessões são realizadas em itens que apresentem menor interferência no desempenhoda habitação ou itens nos quais o usuário terá menor dificuldade para promover reformas futuras.

Nesse sentido, sugerimos obedecer a hierarquia abaixo, quanto às especificações que podem ser suprimidasou alteradas:

1o Exclusão pintura interna.2o Exclusão da cerâmica do piso.3o Exclusão de azulejo, desde que mantendo barra impermeável no box e paredes onde hajam instalações

hidráulicas.4o Exclusão da folha de portas internas (cozinha e dormitório).5o Substituição da pintura externa látex por pintura a cal.6o Eliminação da estrutura de telhado, utilizando laje inclinada.7o Exclusão da ampliação de radier do 2o dormitório.8o Redução do número de tomadas; eliminar ponto de água de filtro, ducha higiênica e máquina de lavar;

substituir caixa acoplada de vaso por caixa de descarga suspensa (externa), com “cordinha”.9o Execução das tubulações aparentes.10o Utilização do forro de madeira e laje somente sobre o banheiro.11o Exclusão do forro, mantendo somente a laje sobre o banheiro.

Caso ainda não se tenha alcançado Valor de Venda para as unidades habitacionais compatível com o poderaquisitivo do público alvo, pode ser estudada alternativa complementar relacionada com redução de áreas deambiente interno, aquém do mínimo previsto no quadro de Dimensões Mínimas de Mobiliário e Circulação –item 2.4.4.

Em paralelo, podem ser estudadas outras flexibilizações, tais como:

• dimensões dos lotes;• implantação no lote (geminação),• contenções (substituição das contenções com muros de arrimo por taludes com previsão de bermas,

drenagem e proteção vegetal).

IMPORTANTE:

• Não são permitidas reduções na infra-estrutura dos loteamentos, sendo imprescindível abastecimentode água, esgoto, energia, iluminação pública, guias/sarjetas, drenagem e pavimentação.

Page 21: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 20

2.4.3 APARTAMENTOS - CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS

REGIÕESAPARTAMENTOS : CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIASEm Condomínios Verticais

SP CP BU

ÁguaEsgoto

Redes

Energia Elétrica

Estas redes devem tangenciar em algum ponto o perímetro doempreendimento;Devem oferecer vazão, dimensionamento e capacidade para atenderao Empreendimento.

#

# #

Iluminação PúblicaNo acesso principal do empreendimento

#

#

#

PavimentaçãoGuias e Sarjetas No acesso principal do empreendimento

#

#

#

Transporte Coletivo, Coleta deLixo, Escola, Creche, Posto deSaúde

No entorno do empreendimento

#

#

#Infr

aE

xter

na

As obras de infra externa devem estar concluídas até a contratação do financiamento. Excepcionalmente, a critério doEscritório de Negócios, a infra externa pode ser executada em paralelo com as obras do empreendimento, desde quehaja capacidade financeira para suportar o custo desta infra externa.

Compactação Em camadas com espessura máxima de 20 cm;Grau de compactação mínimo de 95 % do proctor normal.

# # #

Cota de nível doPrédio

Em terreno em aclive: Cota de soleira do hall térreo, no mínimo, com30 cm acima do greide da rua interna mais próxima, quando existir, ouda rua externa (na ausência da rua interna);Em terreno em declive: Cota de soleira do hall térreo, no mínimo, com15 cm acima da calçada ou jardim que circunda o edifício.

#

#

#

Controletecnológico Executar em conformidade com as Normas Brasileiras

#

#

#

Terraplenagem

Taludes eContenções

Inclinação máxima de 45o em relação à horizontal;Somente é permitido deitar saia de talude em terreno externo aoempreendimento com autorização escrita do vizinho.Talude com proteção vegetal para qualquer desnível.Nos desníveis a partir de 3,00m prever a execução de bermas providasde canaleta.

#

#

#

Pedestres Preferencialmente, por rampa com declividade máxima de 8 %.Prever acessos distintos para pedestres e veículos.

Acesso aoEmpreendimento

Veículos Preferencialmente, prever apenas um acesso para entrada e saída deveículos.

#

#

#

ÁguaEsgoto

Energia Elétrica

Iluminação Interna

Devem ser dimensionadas para atender todo o empreendimento,mesmo havendo unidades não financiadas.Devem ser obedecidas as normas das Concessionárias, mesmoquando se tratar de sistemas internos específicos para o Condomínio.

#

#

#

Redes

Drenagem As águas pluviais coletadas por calhas e condutores devem serconduzidas por sistema de drenagem superficial ou subterrânea.

#

#

#

Ruas Devem ser pavimentadas as ruas de acesso aos prédios financiadosDevem, também, ser pavimentadas todas as ruas onde houver redesubterrânea de drenagem;Devem ser dimensionadas em função do tráfego;O pavimento pode ser em asfalto, paralelepípedo ou blocos deconcreto, com controle tecnológico de acordo com a Norma Brasileira.

#

#

#

Pavimentação

Estacionamento Deve ser pavimentada toda a área de estacionamento.Excepcionalmente, no local das vagas, são admitidos pavimentosintercalados com grama.

#

#

#

Infr

aIn

tern

a

Guias e Sarjetas Devem acompanhar todas as ruas pavimentadas, inclusiveestacionamento.

#

#

#

Page 22: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 21

REGIÕESAPARTAMENTOS : CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIASEm Condomínios Verticais

SP CP BU

Infr

aIn

tern

a

Instalações Elétricas eEquipamentos(interfone, porteiro eletrônico eantena coletiva) eNúmero mínimo de pontos emÁreas de Uso Comum

Quando houver portaria: instalar interfones (tubulação, fiação eaparelhos)Quando não houver portaria: instalar porteiro eletrônico (tubulação,fiação e aparelhos)Nos financiamentos com Recursos do FGTS: instalar antena coletiva(tubulação, fiação e antena)Nos financiamentos com Recursos da CAIXA ou do FAT HABITAÇÃOé opcional a fiação e a antena, sendo obrigatória a tubulação.Prever instalação de luminárias nas áreas de uso comum.Número mínimo de pontos:Tomadas - 1 para porteiro eletrônico, 1 na guarita e 2 no hall térreo;Campainha - 1 de campainha no hall para cada apartamento;De luz - 2 no hall (1 para luz de emergência), 2 no hall térreo (1 paraluz externa);Interfone – 1 de interfone no hall térreo.

#

#

#

Dimensões dos Ambientes Vide quadro: DIMENSÕES MÍNIMAS DE MOBILIÁRIO ECIRCULAÇÃO – CASAS E APARTAMENTOS, no item 2.4.4

# # #

Ventilação e iluminação naturais (direta ou indireta) no banheiro# #

Ventilação e IluminaçãoVentilação e iluminação naturais (direta ou indireta) no banheiroprincipal. Nos demais banheiros admite-se ventilação/exaustãomecânica e iluminação artificial.

#

Pé direitoMínimo de 2,30 m nos banheiros e 2,50 m no restante

#

#

#

Sem elevador : até 4 pavimentos. Excepcionalmente, pode seracatada solução de blocos com solução mista de 4 e 5 pavimentos,desde que o acesso seja pela projeção de 4 pavimentos.

#

#

#

Sem elevador : até 4 pavimentos. Excepcionalmente, pode seracatada solução até 5 pavimentos, quando os apartamentos tiveremvalor de venda máximo de R$ 38.000,00.

#

Um elevador : até 8 pavimentos (térreo + 7 pavimentos tipo) e até 4apartamentos por pavimento. Os pavimentos de subsolo, paragaragens, não devem ser computados nesta contagem.

#

#

Um elevador : até 10 pavimentos (térreo + 9 pavimentos tipo) e até 4apartamentos por pavimento. Os pavimentos de subsolo, paragaragens, não devem ser computados nesta contagem.

#

Dois elevadores : acima de 8 pavimentos ou acima de 4 apartamentospor andar.

# #

Tipologia e

Número de Elevadores

Dois elevadores : acima de 9 pavimentos ou acima de 4 apartamentospor andar.

#

Quantidade Mínimo de uma vaga por apartamento

#

#

#

DimensõesLargura de 2,20 m para automóvel pequeno ou médio;Largura de 2,50 m para automóvel grande.Largura de 2,80 m quando houver parede contínua nas duas laterais.A distribuição de vagas pequenas, médias e grandes deve atender àlegislação municipal.Profundidade das vagas e circulação de veículos conforme legislaçãomunicipal.

#

#

#

Implantação As vagas devem estar, preferencialmente, em local plano. Evitarlocação ao longo de rampas

#

#

#

Enclausuramento máximo de uma vaga, desde que do mesmoapartamento

#

#

Uni

dade

Hab

itaci

onal

Vagas deGaragem

EnclausuramentoAdota-se a Legislação Municipal,

#

Page 23: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 22

REGIÕESAPARTAMENTOS : CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIASEm Condomínios Verticais

SP CP BU

Fundações Conforme projeto específico # # #

Conforme projeto específicoEstruturaReticulada deConcreto

Adotar ações preventivas para evitar fissuras no encontro da laje com aalvenaria.

#

#

#

Conforme projeto específicoEspessura mínima das paredes estruturais igual a 14 cm

Adotar ações preventivas para evitar fissuras no encontro da laje com aalvenaria.Cinta de amarração no respaldo da alvenaria

Vergas e contra-vergas nos vãos, com transpasse de 20cm

Estrutura emAlvenariaEstrutural

Somente para paredes com espessura a partir de 11,5 cm, é permitidafôrma em canaletas para vergas e cintas.Não é permitido substituir a verga por ferragem embutida naargamassa de assentamento de fiadas.

#

#

#

Alvenaria devedação

No encontro entre paredes efetuar amarração das fiadas ou executarpilar.Utilizar grampos ou telas somente quando a modulação de tijolos oexigir, e neste caso, efetuar amarração a cada duas fiadas.

#

#

#

Alvenaria emcontato com solo

Paredes em contato com o solo:- solução de projeto através de parede dupla, impermeabilizada na

face em contato com o solo e com espaçamento mínimo de 5cmentre as paredes, dotadas de dispositivo de drenagem; ou soluçãoem caixão perdido com parede impermeabilizada na face voltadapara o solo e dispositivo de drenagem.

- evitar em ambientes de permanência prolongada.

#

#

#

Armários comoParede Divisória

Nos financiamentos com Recursos do FGTS não é permitida utilizaçãode armários como parede divisória entre dormitórios.Nos financiamentos com Recursos da CAIXA ou do FAT HABITAÇÃOé permitido somente para apartamentos com mais de 3 dormitórios

#

#

#

Janelas em dormitório com veneziana além da folha de vidroPortas externas com folha de 80 cm de largura.

Ou alçapão, ou portinhola ventilada, para acesso ao forro

Quando utilizar esquadrias de alumínio:- perfis adequados aos vãos, atendendo aos requisitos quanto a não

vibração, rigidez, vedação e durabilidade;- proteção de fábrica (com plástico ou madeirite) até conclusão do

revestimento de paredesQuando utilizar esquadrias de aço:- tratamento anti-ferruginosa de fábrica;- proteção de fábrica (com plástico ou madeirite) até conclusão do

revestimento de paredes

Uni

dade

Hab

itaci

onal

Esp

ecifi

caçõ

es

Esquadrias

Quando utilizar madeira:- que a mesma seja selecionada, evitando-se madeiras verdes,

empenadas ou com existência de nós, brocas e cupins;- que as folhas de porta externa e janelas sejam maciças e tenham

espessura mínima de 3 cm;- que as folhas de porta em chapa compensada sejam encabeçadas

e tenham espessura mínima de 3,5 cm.

#

#

#

Page 24: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 23

REGIÕESAPARTAMENTOS : CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIASEm Condomínios Verticais

SP CP BU

Telhas de fibrocimento com espessura mínima de 8 mm, encoberta porplatibanda.Estrutura do telhado em madeira de lei imunizada

Calhas com declividade mínima de 2%

Rufos com largura acima de 25 cm.

Ralos com grelha hemisférica nas entradas dos condutores

Para telhado com telhas de barro e beiral aparente:- Emboçamento de beirais e cumieiras com argamassa de cimento,

cal e areia;- Acabamento do beiral com tabeira, testeira, ripamento final

dobrado, e pintura do madeiramento;- Calhas e rufos em chapa de zinco galvanizada, com pintura anti-

corrosiva para prédios acima de 5 pavimentos. Até 5 pavimentos ascalhas podem ser substituídas pela execução da calçada periféricacom 20 cm além da projeção do beiral.

Barrilete concentrado, de fácil acesso, com identificação e iluminação

Cobertura

Evitar passagem sobre telhas para acessar calhas, antenas, aberturade tubos de ventilação

#

#

#

Impermeabilização nos seguintes locais:- fundações (baldrame ou alvenaria de embasamento);- pisos ou lastros em contato com o solo (principalmente piso de

apartamento térreo);- alvenarias em contato com o solo (parede dupla);- reservatórios;- lajes expostas (coberturas de sub-solo e outras). Não é permitido o

uso lajes descobertas, exceto: cobertura de casa de máquinas ebarrilete, terraços e pisos de áreas molháveis.

Assentamento das 3 primeiras fiadas com aditivo impermeabilizante

Impermeabilização

Barrado impermeável no perímetro da parede externa dos prédios,com altura de 50cm.

#

#

#

Azulejo até o teto no box e 1,50m nas paredes do banheiroAzulejo até o teto apenas na parede hidráulica ou até 1,50m em todasas paredes, na cozinhaAzulejo até 1,50m na parede do tanque

Gesso nas paredes e tetos, com exceção das paredes das áreasmolháveis (box) e áreas úmidas (cozinha, banheiro, área de serviço).Optando por gesso nas paredes do térreo, executar:

- baldrames ou radier impermeabilizados;- camada drenante de brita sob o piso de no mínimo 5 cm;- piso acabado interno com no mínimo 15 cm acima da calçada

perimetral externa; apenas no hall de acesso este desnível podeser de 1,5 cm

- argamassa de assentamento dos blocos com aditivoimpermeabilizante até a 3a fiada;

- revestimento externo impermeável em faixa com no mínimo 50 cmde altura.

Para prédios sem elevador não é permitido o revestimento da caixa deescada e do hall com gesso, necessitando chapisco e emboçopaulista.Para prédios com elevador, optando por revestimento de gesso nasáreas comuns, há necessidade de aplicar rodapé impermeável(cerâmica, ardósia, etc...)No caso de lajes maciças com acabamento liso, pode haver apenasregularização da superfície e posterior pintura.Pintura à cal nos áticos e sub-solos

Pintura impermeável nos hall de elevadores, hall do térreo, salão defestas/jogos e guarita. Para prédios sem elevador acrescentar pinturaimpermeável na escadaria.Para esquadrias de madeira: tratamento e pintura a óleo.

Uni

dade

Hab

itaci

onal

Esp

ecifi

caçõ

es

Revestimento

Interno e

Pintura

Para esquadrias metálicas: tratamento prévio, pintura anti-ferruginosade fábrica e pintura final em esmalte.

#

#

#

Page 25: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 24

REGIÕESAPARTAMENTOS : CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIASEm Condomínios Verticais

SP CP BU

Chapisco, massa única ou emboço paulista, e pintura látex acrílica.Excepcionalmente, revestimentos sem execução prévia de chapiscopodem ser aceitos, mediante comprovação de desempenho do produtoatravés de ensaios, e com garantia de 10 anos do Fabricante eConstrutor.

RevestimentoExterno

Adotar ações preventivas para evitar fissuras no encontro da laje com aalvenaria.

#

#

#

Calçada Perimétrica: largura mínima de 60 cm, devendo superar em10 cm a projeção do beiral e possuir caimento mínimo de 2% para oexterior.Para prédios até 5 pavimentos, com beiral aparente e sem calha, acalçada deve superar em 20 cm a projeção do beiral.Cerâmica no banheiro e na cozinha e cimentado no resto

Onde houver revestimento do piso deverá ser executado rodapé

Pisos em madeira devem ser entregues raspados, calafetados etratados

Pisos

Piso do box com desnível em 2 cm, com caimento exclusivo para oralo. Opcionalmente ao desnível, é facultado o uso de“bit/baguete/filete” , em pedra, com altura mínima de 2 cm.

#

#

#

Soleira ou “bit/baguete/filete” nas portas externas com desnível mínimode 1,5 cm em relação ao piso acabado externo

Soleira e peitoril

Peitoril nas janelas com caimento para o exterior

#

#

#

As instalações devem ser embutidas na alvenariaPrever circuito específico para aparelhos com consumo superior a2.500W e preferencialmente com voltagem de 220VPrever circuitos independentes para tomadas e iluminação

Adotar codificação por cores para a fiação

Utilizar fiação de 6 mm2 para ponto de chuveiro e 2,5 mm2 parademais tomadasNão executar emendas de fios dentro de eletrodutos

Utilizar pontos de luz no teto. Pontos na parede são auxiliares.

1 ponto de telefone e 1 de campainha, 1 ponto de interfone, 1 ponto deantena e, no mínimo de pontos de tomada elétrica: 2 na sala, 4 nacozinha, 2 na área de serviço, 2 em cada dormitório (sendo umabaixa), 1 tomada no banheiro e mais 1 tomada quando houver chuveiroelétrico.Nos financiamentos com Recursos do FGTS: instalar antena coletiva(tubulação, fiação e antena)Nos financiamentos com Recursos da CAIXA ou do FAT HABITAÇÃOé opcional a fiação e a antena, sendo obrigatória a tubulação.Prever a instalação de portão de pedestres com fechadura elétrica

Prever a instalação de portão de veículos com acionamento elétrico(tubulação, fiação e equipamento)Quando houver portaria: instalar interfones (tubulação, fiação eaparelhos)Quando não houver portaria: instalar porteiro eletrônico (tubulação,fiação e aparelhos)Prever instalação de luminárias, com lâmpadas, nas áreas de usocomum.Bombas de recalque:

- Compartimento de fácil acesso;- Instalação de no mínimo 2 bombas com manobra simultânea, por

sistema de recalque;- O circuito para deve de protegido com chaves magnéticas e chaves

reversoras, todas em quadro de comando com identificação,guarnecido com portas com iluminação;

- Tubulação de recalque com válvula de retenção, registro de gavetae uniões que facilitem a retirada das bombas.

Uni

dade

Hab

itaci

onal

Esp

ecifi

caçõ

es

Instalações

Elétricas e

Telefonia

Não é permitido o uso de pára-raio radioativo

#

#

#

Page 26: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 25

REGIÕESAPARTAMENTOS : CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIASEm Condomínios Verticais

SP CP BU

As instalações devem ser embutidas na alvenariaExcepcionalmente, pode ser utilizada tubulação aparente comcarenagem sob bancadas, lavatórios, tanques e atrás de fogão egeladeira desde que não haja comprometimento visual ou estético.Prever pontos de água: para filtro na cozinha, para ducha higiênica nobanheiro e para máquina de lavar na área de serviço.Efetuar teste de fumaça com as tubulações ainda aparentes

Prever registros de gaveta, internos aos apartamentos, nas derivaçõesde prumada de água.Tanque de louça.

Vaso sanitário com caixa de louça acoplada.

Pia de cozinha e cuba em marmorite de 1,20m.

Metais cromados com canoplas

Sifões de plástico flexível (corrugado). Não utilizar sifão de borracha(tipo “maria-mole”).Engate flexível (“rabicho”) metálico para prédio com elevador

Prever Instalação de papeleira e saboneteira no banheiro quando nãohouver revestimento de azulejos até o teto no banheiroPrever ralo com condutor em sacadas com área maior que 2,40 m2 eprofundidade maior que 80 cmPara profundidades até 80 cm pode ser dispensado ralo com condutordesde que sejam previstas pingadeiras.Prever ralo na área de serviço.

Havendo “divisão física” do box, é necessário ralo no banheiro, além doralo do box.Evitar passagem de tubulação de esgoto sob compartimentos deapartamentos térreos.Prever caixa de gordura apenas quando exigido pela Concessionária

Prever caixas de inspeção nos pontos de mudança de direção datubulação de esgoto e na divisa do lote, para lançamento em redeexterna, mesmo que haja fossa e sumidouro.

Instalações

Hidro-sanitárias

Tubo de ventilação em todos os banheiros, cozinha e área de serviço

#

#

#

Bateria de bujão de gás no térreo (central de gás), bem como, toda arede de distribuição de gás para os apartamentos.

Instalações deGás

Para empreendimentos sem elevador com instalação de sistema deaquecimento de água à gás deve-se fornecer o aquecedor ou instalarum ponto de energia para chuveiro elétrico.

#

#

#

Placas para identificação das ruas, blocos e unidades habitacionaisO fechamento na divisa deve ter altura mínima de 1,80 m podendo serem tela ou alvenariaPrever o paisagismo das áreas de uso comum

Prever a instalação de equipamentos de playground

Prever a execução do passeio público

Prever a instalação de caixa de correio quando não houver guarita

Limpeza final

Uni

dade

Hab

itaci

onal

Esp

ecifi

caçõ

es

Complementos

As instalações devem estar interligadas às redes públicas, testadas eem perfeito estado de funcionamento

#

#

#

Page 27: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 26

2.4.4 DIMENSÕES MÍNIMAS DE MOBILIÁRIO E CIRCULAÇÃO – CASAS E APARTAMENTOS

MOBILIÁRIO

DIMENSÕES (m)AMBIENTE

MÓVEL OUEQUIPAMENTO Largura Profund

CIRCULAÇÃO(m)

OBSERVAÇÕES

Sofá de 3 lugares com braço 1,70 0,70

Sofá de 2 lugares com braço 1,20 0,70

Poltrona com braço 0,80 0,70

Sofá de 3 lugares sem braço 1,50 0,70

Sofá de 2 lugares sem braço 1,00 0,70

Poltrona sem braço 0,50 0,70

Capital: prever espaço de0,50 m na frente do assentopara sentar, levantar ecircular.CP e BU: prever 0,60 m.

Largura mínima sala de estar :2,40m.

Quantidade mínima de móveisdeterminada pelo número dehabitantes da unidade. Os sofásdevem prever número de assentosno mínimo igual ao número deleitos.

Estante/armário para TV 0,80 0,50Capital: 0,50 m.CP-BU: 0,60 m. Espaço para o móvel obrigatório.

Sala de Estar

Mesinha centro ou cadeira apoio - - - Espaço para os móveis opcional.

Mesa redonda para 4 pessoas ∅ 1,00 -

Mesa redonda para 6 pessoas ∅ 1,20 -

Mesa quadrada para 4 pessoas 1,00 1,00

Mesa quadrada para 6 pessoas 1,20 1,20

Mesa retangular para 4 pessoas 1,20 0,80

Sala Estar/JantarSala de JantarCopaCopa/Cozinha

Mesa retangular para 6 pessoas 1,50 0,80

Circulação mínima de 0,75 ma partir da borda da mesa(espaço para afastar acadeira e levantar)

Largura mínima da sala deestar/jantar e da sala de jantar(isolada): 2,40 m.Quantidade mínima: 1 mesa de 4pessoas.Admite-se layout com cabeceirade mesa encostada na parede,desde que haja espaço suficientepara seu afastamento, quando dautilização

Pia 1,20 0,60

Fogão 0,60 0,60

Geladeira 0,70 0,70

Circulação mínima de 0,90 mfrontal à pia, fogão egeladeira.

Largura mínima da cozinha:1,60 m.

Quantidade mínima: pia, fogão egeladeira.

Armário sobre a pia e gabinete - - - Espaço para o móvel obrigatório.

Cozinha

Apoio para refeição ( 2 pessoas) - - - Espaço para o móvel opcional.

Cama de casal 1,40 2,00

Criado-mudo 0,50 0,50Dormitório Casal(dormitório principal)

Guarda-roupa 1,60 0,55

Capital: circulação mínimaentre o mobiliário de 0,50 m.

CP e BU: mínimo 0,60 m.

Quantidade mínima: 1 cama, 2criados e 1 guarda-roupa.Admite-se apenas 1 criado-mudo,quando o segundo interferir naabertura de portas do guarda-roupa.

Duas camas de solteiro 0,80 2,00

Criado-mudo 0,50 0,50

Guarda-roupa 1,60 0,55

Circulação mínima entre ascamas: 0,80 m.Demais circulações: 0,50 mna Capital e 0,60 m em CP eBU.

Quantidade mínima: 2 camas, 1criado e 1 guarda-roupa.Admite-se a substituição do criado-mudo por mesa de estudo.

Dormitório para 2Pessoas( 2o dormitório)

Mesa de estudo 0,80 0,60 - Espaço para o móvel opcional.

Cama de solteiro 0,80 2,00

Criado-mudo 0,50 0,50

Armário 1,20 0,55

Capital: circulação mínimaentre o mobiliário de 0,50 m.

CP e BU: mínimo 0,60 m.

Dimensão mínima: a que permitainscrever um círculo de ∅ 2,10m.Quantidade mínima: 1 cama, 1criado e 1 guarda-roupa.

Dormitório para 1Pessoa( 3o dormitório)

Mesa de estudo 0,80 0,60 - Espaço para o móvel opcional.

Lavatório tamanho médio

Lavatório com bancada 0,80 0,55

Vaso sanitário (caixa acoplada) 0,60 0,70

Vaso sanitário 0,60 0,60

Box quadrado 0,80 0,80

Box retangular 0,70 0,90

Circulação mínima de 0,50 mfrontal ao lavatório, vaso ebidê. Admite-se circulaçãode 0,45 m, quando vasosanitário de 0,70 m.

Largura mínima do banheiro:1,20 m.

Quantidade mínima: 1 lavatório, 1vaso e 1 box.

Banheiro

Bidê 0,60 0,60 Peça opcional.

Tanque 0,60 0,55Área de serviço Máquina de lavar roupa 0,60 0,65

Circulação mínima de 0,50 mfrontal ao tanque e máquinade lavar.

Quantidade mínima: 1 tanque e 1máquina, (tanque de no mínimo 20litros).

Corredor/Escada 0,80 - -

Page 28: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 27

2.5 MEMORIAL DESCRITIVO

2.5.1 OBJETIVO DO DOCUMENTO

O Memorial Descritivo objetiva, em forma dissertativa, esclarecer os materiais, equipamentos e técnicas deexecução a serem utilizados na obra, caracterizando previamente como ficará a construção após concluída.O Memorial Descritivo é um complemento do projeto, ou seja, é um complemento dissertativo da peça gráficaPROJETO.

2.5.2 ANÁLISE DA CAIXA

Verifica se o Memorial caracteriza perfeitamente o objeto a ser construído, sem omissões, semincompatibilidades e sem indeterminações que possam gerar dúvidas.

Enquadra o “Padrão de Acabamentos” do empreendimento, através de comparação do Memorial propostocom as tipologias do SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil,desenvolvido e mantido pela CAIXA.Os parâmetros SINAPI para enquadramento nos padrões Alto, Normal, Baixo e Mínimo são apresentados noitem 5 – Anexo Q.

Verifica a coerência entre os documentos: Memorial Descritivo, Quadros da NBR 12.721, Projeto e Orçamento.

Observa se os materiais atendem a um padrão de qualidade que confira às obras condições de habitabilidade,garantindo vida útil prolongada e minimizando os custos de manutenção.

2.5.3 PREENCHENDO O MEMORIAL DESCRITIVO

Utilizar os modelos padronizados do item 5:• ANEXO C: Memorial Descritivo - Habitação/Equipamentos Comunitários• ANEXO D: Memorial Descritivo - Infra-Estrutura

IMPORTANTE:

• O conceito de qualidade da obra deve ser entendido como resultado da boa técnica de execução,devendo estar presente em todos os serviços independentemente do padrão de acabamento ou tipo dematerial utilizado.

• O Memorial Descritivo apresentado à CAIXA deve estar coerente com aquele apresentado à Prefeitura,com as citações em stand de vendas (material publicitário), que não necessitam apresentação àCAIXA.

• Qualquer alteração nas especificações, após a contratação, deve ser previamente comunicada porescrito à CAIXA, estando sua aplicação condicionada à análise e aprovação por parte da Engenhariada CAIXA.

• Não é admitida a utilização do termo “SIMILAR”, podendo-se especificar até 3 marcas, comdesempenho técnico equivalente, que servirão de balizamento de qualidade.

• Se o desempenho técnico não for equivalente, adotar-se-á, em qualquer decisão a ser tomada, o demelhor desempenho técnico.

• Devem ser especificados materiais de longa durabilidade, principalmente, nos acabamentos de áreasexternas (cobertura, parede e piso) e áreas internas de uso comum.

Page 29: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 28

2.6 ORÇAMENTO

2.6.1 OBJETIVO DO DOCUMENTO

Tem por objetivo detalhar o custo da obra.

2.6.2 ANÁLISE DA CAIXA

A análise da CAIXA prioriza a aferição do custo por serviço , que é analisado por comparação com:• custos praticados na região;• sistema de custo do SINAPI.

A análise da CAIXA, secundariamente, afere o indicador de custo unitário de construção (R$/m2) doempreendimento, que é comparado com índices de custo praticados na região e no SINAPI.

A análise da CAIXA também verifica a incidência percentual de cada serviço em relação ao custo da obra.

2.6.3 PREENCHENDO O ORÇAMENTO

Utilizar modelos padronizados dom item 5 – Anexos D e E, separados em: habitação, equipamentoscomunitários e infra-estrutura.

A planilha fornecida solicita primeiramente o lançamento dos quantitativos e custos por serviço, sendo gerado apartir disso o ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO, a folha ORÇAMENTO RESUMO e o CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO (coluna de valores dos itens).

No preenchimento do ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO os valores devem estar sem BDI.O BDI deve ter seu percentual informado em campo específico, no último item do orçamento, assim,automaticamente a folha ORÇAMENTO RESUMO será gerada com o BDI incluso.

Para o item "Serviços Preliminares e Gerais" o máximo aceito é 6% do total da obra, sendo admitido até 60%deste item para “Preliminares”.O custo de projetos deve estar incluído em “Preliminares”.Para o item "Ligações e Habite-se" o mínimo aceito é 2% do total da obra.O uso de valores como “verba” deve ser restrito.

PARA EMPREENDIMENTOS HORIZONTAIS:• elaborar um Orçamento Discriminativo e uma folha Orçamento Resumo para cada unidade tipo;• elaborar uma folha Orçamento Resumo global contemplando todas as unidades (o cronograma de

habitação global deve ser gerado deste orçamento).• elaborar um Orçamento Discriminativo e uma folha Orçamento Resumo para equipamentos

comunitários internos (escola, creche, ...), quando houver;• elaborar um Orçamento Discriminativo e uma folha Orçamento Resumo para infra-estrutura.

PARA EMPREENDIMENTOS VERTICAIS:• elaborar um Orçamento Discriminativo e uma folha Orçamento Resumo para cada bloco tipo.• elaborar uma folha Orçamento Resumo global contemplando todos os blocos (o cronograma de

habitação global deve ser gerado deste orçamento global).• elaborar um Orçamento Discriminativo e uma folha Orçamento Resumo para equipamentos

comunitários internos (escola, creche, posto de saúde, ...), quando houver.• elaborar um Orçamento Discriminativo e uma folha Orçamento Resumo para infra-estrutura.

IMPORTANTE:• Complementos , tais como: piscina, playground, guarita, salão de festas , etc.. são considerados

serviços complementares e devem constar nos modelos da seguinte forma:� Nos empreendimentos horizontais , tais Complementos devem ser lançados no Orçamento de

Infra-Estrutura, campo “12. Outros”;� Nos empreendimentos verticais até duas torres , tais Complementos devem ser lançados no

Orçamento de Habitação, campo “9.3 Outros”;� Nos empreendimentos verticais com mais de duas torres , tais Complementos devem ser

lançados no Orçamento de Infra-Estrutura, campo “12. Outros”, se separados do corpo da torre.• Em caso de empreendimentos em módulos , vide instruções adicionais no ítem 2.12.• Os itens “Serviços Preliminares” e “Outros” constam nos dois modelos ( Habitação/Equip. Comunitário

e Infra-Estrutura), contudo devem ser preenchidos em apenas um dos modelos, evitando duplicidade.

Page 30: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 29

2.7 CRONOGRAMA

2.7.1 OBJETIVO DO DOCUMENTO

Tem por objetivo programar o desenvolvimento da obra ao longo do prazo de construção, traduzindo aevolução física da obra em recursos financeiros.

2.7.2 ANÁLISE DA CAIXA

A análise da CAIXA observa prioritariamente a coerência da distribuição dos serviços ao longo do tempo, ouseja, a seqüência lógica de serviços de acordo com as etapas de obra, bem como os serviços programados erespectivos prazos. Contudo, também é analisado o cumprimento de exigências operacionais, que são citadasa seguir.

2.7.3 PREENCHENDO O CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

Utilizar modelos padronizados da CAIXA, separados em habitação, equipamentos comunitários e infra-estrutura, apresentados nos anexos deste Manual, e que são fornecidos em planilhas EXCEL.

A coluna “VALOR DOS SERVIÇOS” do Cronograma é preenchida automaticamente a partir do lançamento dosquantitativos e custos unitários no ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO.

No CRONOGRAMA deve ser lançada a distribuição dos serviços ao longo dos meses, ou melhor, aporcentagem de distribuição do serviço ao longo dos meses; os demais dados são preenchidosautomaticamente, a partir da folha Orçamento Resumo.

Quando houver serviços já realizados, devem ser lançados na coluna “Executado”.

Elaborar um cronograma de Habitação para cada conjunto de casas ou bloco tipo sempre que essas obras nãoforem executadas concomitantemente.

Elaborar um cronograma de Habitação global, gerado da folha Orçamento Resumo Habitação global.

Elaborar um cronograma para Equipamentos Comunitários (quando houver).

Elaborar um cronograma para Infra-Estrutura (quando houver).

Elaborar um cronograma global (resultante da superposição dos três últimos citados anteriormente).Sendo este o cronograma que orienta o desembolso de recursos pela CAIXA.

Quando houver diferentes tipologias de casas ou blocos e essas obras não forem executadasconcomitantemente, recomenda-se abrir uma linha para cada tipologia de casas ou blocos no cronogramaglobal.

Os três últimos meses do cronograma global deverão somar no mínimo 20% do valor total da obra, sendoque o último mês não poderá ser inferior a 5%.

IMPORTANTE: não confundir Cronograma Físico-Financeiro de Obra com Cronograma de Desembolso.

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO DE OBRA CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO

• elaborado pela Construtora • elaborado pela CAIXA• contempla o custo total de construção

(habitação, equip comunit, infra)• contempla: terreno, construção, despesas

diversas e lucro.

• elaborado em função da evolução física daobra.

• é decorrente do cronograma de obraconjugado com as regras do programa definanciamento.

• não demonstra a utilização de recursospróprios, financiamento e FGTS.

• demonstra a utilização de recursos próprios,financiamento e FGTS.

Page 31: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 30

2.8 QUADROS DA NBR 12.721

2.8.1 OBJETIVO DO DOCUMENTO

Os quadros da NBR 12.721 foram introduzidos pela lei federal 4591/64 (Lei de Incorporações), sendo exigidosnos empreendimentos que constituam condomínio. Os quadros são parte integrante do Memorial deIncorporação.

Os quadros têm por objetivo:• definir a área de cada unidade (privativa, comum e total);• definir o coeficiente de proporcionalidade, que normalmente (não obrigatoriamente) é adotado como

fração ideal;• apresentar uma estimativa de custo do empreendimento com base no Custo Unitário SINDUSCON;• caracterizar o produto através da especificação de acabamento dos materiais de piso, parede e teto,

bem como da especificação dos equipamentos (elevadores, bombas, ...).

2.8.2 ANÁLISE DA CAIXA

A análise da CAIXA verifica:• a perfeita individualização da área das unidades autônomas (quadros I e II) e sua coerência com o

projeto arquitetônico;• a concordância entre as áreas constantes no Memorial de Incorporação ou Convenção de Condomínio

com os Quadros I e II da NBR 12721;• a concordância entre o enquadramento das vagas de garagem nos Quadros I e II e a descrição

constante no Memorial de Incorporação ou Convenção de Condomínio;• a concordância entre o especificado em memorial e projeto com os quadros V, VI, VII e VIII.

Verificada incoerência apenas nas Áreas Equivalentes de Construção, podem ser mantidos os documentos doProponente, desde que não contrariem os critérios da NBR 12.721.

Verificada incoerência nos demais dados dos quadros, é necessária retificação dos documentos.

IMPORTANTE:

• Via de regra, o conceito de área construída adotado nas Prefeituras é diferente do conceito adotadopela NBR 12.721.

• O conceito de área equivalente é ligado ao custo. É definido em norma como área fictícia que, aocusto unitário básico, tenha o mesmo valor construtivo que o efetivamente estimado para a áreacoberta padrão correspondente. O conceito de equivalência está, portanto, vinculado ao custounitário básico e este, vinculado ao projeto padrão.

• O coeficiente de proporcionalidade é obtido através de cálculo no Quadro II, já as frações ideais sãoarbitradas pelo Incorporador e definidas no memorial de incorporação/convenção de condomínio, econstituem uma ficção legal definindo direitos de propriedade do terreno. Nas edificações mistas(comercial e residencial), a diferença entre a fração ideal e o coeficiente de proporcionalidade podeficar bastante evidenciada devido a valorização do térreo em relação aos andares superiores.

Page 32: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 31

2.8.3 SOBRE CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS

A principal distinção entre Incorporação de Condomínio Vertical e de Condomínio Horizontal é que nesteúltimo cada unidade autônoma possui uma área de terreno de utilização exclusiva.

No Condomínio Vertical calcula-se um coeficiente de proporcionalidade em função das áreas de construção, e,normalmente, adota-se o mesmo percentual como Coeficiente de Fração Ideal.

No Condomínio Horizontal, em virtude da existência de área de terreno de uso exclusivo, existirão doiscoeficientes de proporcionalidade: um calculado em função das áreas construídas e outro em função dasáreas de terreno exclusivas. O Coeficiente de Fração Ideal, definidor do direito de propriedade do terrenocomum e das coisas comuns, pode seguir qualquer dos coeficientes de proporcionalidade.

Devem ser elaborados os documentos rotineiros de Incorporação: Memorial de Incorporação, Convenção deCondomínio e Quadros da NBR 12721.

Além destes rotineiros, convém elaborar um QUADRO COMPLEMENTAR PARA CONDOMÍNIOSHORIZONTAIS, contemplando: as áreas de terreno de utilização exclusiva, o coeficiente de proporcionalidade,as áreas não exclusivas e as áreas totais de terreno de cada unidade autônoma.

Na elaboração do Memorial de Incorporação transcrever dos Quadros as seguintes informações sobre aUnidade Autônoma:

• Quanto ao terreno de cada unidade:� Área de utilização exclusiva (privativa);� Área de utilização não exclusiva (uso comum);� Área total de terreno da unidade autônoma e o percentual de Fração Ideal.

• Quanto à edificação:� Área real privativa (Quadro II – Área de Divisão não Proporcional - Real - soma das colunas

23 e 28);� Área real de uso comum (Quadro II – Área de Divisão Proporcional - Real - coluna 35);� Área real total (Quadro II – Área da Unidade - Real - coluna 37).

Como sugestão, apresentamos no “Item 5: Anexo P” um modelo opcional de QUADRO COMPLEMENTARPARA CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS.

IMPORTANTE:

• Sugerimos que nos Condomínios Horizontais seja adotado como Fração Ideal o coeficiente deproporcionalidade calculado em função das áreas de terreno privativas.

• As áreas de terreno de uso não exclusivo são calculadas proporcionalmente aos coeficientes defrações ideais.

Page 33: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 32

2.8.4 SOBRE VAGAS DE GARAGEM - QUADROS I e II :

As vagas de garagem podem ser classificadas em dois agrupamentos, a saber:

a) VAGAS VINCULADAS A APARTAMENTO:

• são preenchidas na mesma linha dos apartamentos, sendo a unidade autônoma constituída peloconjunto apartamento/vaga.

• admitem três enquadramentos nas colunas do quadro II:� Área de Divisão Não Proporcional - Privativa (coluna 21);� Área de Divisão Não Proporcional - Uso Comum (coluna 26);� Área de Divisão Proporcional - Uso Comum (coluna 33).

• necessitam de apenas uma matrícula no Cartório de Registro de Imóveis para o conjuntoapartamento/vaga.

b) VAGAS DESVINCULADAS DE APARTAMENTO:

• também chamadas “vagas autônomas” ou “vagas extras”.• são preenchidas em linha diferente dos apartamentos.• admitem dois enquadramentos nas colunas do quadro II:

� Área de Divisão Não Proporcional - Privativa (coluna 21);� Área de Divisão Não Proporcional - Uso Comum (coluna 26).

• necessitam de matrículas individualizadas, separadas dos apartamentos, no Cartório de Registro deImóveis.

IMPORTANTE:

• Para enquadramento das vagas de garagem nas colunas do quadro II, deve-se observar:

� Coluna 21 (Área de Divisão Não Proporcional - Privativa):� vaga determinada (demarcada, numerada), com possibilidade de fechamento (boxes).

� Coluna 26 (Área de Divisão Não Proporcional - Uso Comum):� vaga determinada (demarcada, numerada), porém sem possibilidade de fechamento

(permite passagem sobre a mesma).

� Coluna 33 (Área de Divisão Proporcional - Uso Comum):� pode ser determinada (demarcada, numerada) e pode ser indeterminada (escolha em

sorteio pelo condomínio).� quando indeterminada deve estar perfeitamente descrito no memorial de incorporação e na

convenção de condomínio que haverá sorteio posteriormente.� no quadro de áreas aparecerá somada às demais áreas de uso comum pertinentes ao

apartamento.

• Em qualquer das hipóteses anteriores, a área de circulação das garagens deve constar na coluna 33,agrupada às demais áreas comuns do prédio.

• Área de apartamento e área de garagem sempre devem ser apresentadas distintamente, ou emlinhas separadas (unidades autônomas, desvinculadas) ou em colunas separadas (unidades comvagas vinculadas).

• Por dificuldade de realização da garantia da CAIXA em casos de adjudicação, deve-se evitar, namedida do possível, o financiamento de empreendimentos com garagens registradas como VAGADESVINCULADA (unidade autônoma).

• Vagas enclausuradas devem ser evitadas.

Page 34: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 33

2.8.5 SOBRE PONDERAÇÃO DE ÁREA EQUIVALENTE – QUADROS I e II

A ÁREA EQUIVALENTE assume maior relevância na análise da CAIXA somente quando o engenheiro opta por aferir oOrçamento do Proponente através de comparação de custos unitários de construção.

Nesta opção, o custo unitário do empreendimento é calculado dividindo-se o proposto em orçamento pela ÁREAEQUIVALENTE calculada nos padrões da CAIXA. Este unitário obtido é comparado com o unitário do SINAPI.

Visando padronização, as análises da CAIXA adotam no cálculo da ÁREA EQUIVALENTE os valores tabelados abaixo.

Podem ocorrer divergências entre a área equivalente apresentada pelo Proponente e aquela calculada conforme ponderaçãosugerida neste item. Contudo, somente será exigida alteração dos quadros do Proponente, quando sua ponderação estiverferindo aquela permitida pela NBR 12.721.

CONDOMÍNIO VERTICAL

a) GARAGENS:• Em pilotis, ou pavimento elevado de garagem ......................................... 0,50• Cobertas e pavimentos abaixo do greide da rua (subsolos):

� 1º subsolo ........................................................................................ 0,75� 2º subsolo ........................................................................................ 0,85� com mais de 2 subsolos .................................................................. 1,00

(Considere-se a média ponderada, de forma a utilizar um único pesopara todos os subsolos. Tais pesos supõe subsolo com escavaçãototal do pavimento, pintura de paredes e tetos, faixas de piso e barralisa de 1 m nas paredes)

• Descobertas (pavimentação sobre laje) .................................................... 0,00 (vide quadro “Importante”)

b) TÉRREO:• Fechado ..................................................................................................... 1,00 a 1,50• Pilotis .......................................................................................................... 0,50 a 1,00• Guaritas, Salão de festas............................................................................ 0,50 a 1,00• Áreas Descobertas: pavimentação (sobre laje), jardins e áreas

não tratadas (sobre solo natural), piscinas, quadras, etc........................... 0,00 (vide quadro “Importante”)

c) PAVIMENTO:• Pavimento Tipo e outras coberta padrão .................................................. 1,00• Sacadas e Terraços Cobertos ................................................................... 1,00

d) ÁTICO:• Terraço superior descoberto ..................................................................... 0,50• Casa de Máquinas, Barrilete e Caixa D’água ........................................... 0,75

Obs: Telhado não pode ser incluído nem como área real, nem como área equivalente.

CONDOMÍNIO HORIZONTAL

a) CORPO PRINCIPAL ou EDIFÍCIO.................................................................. 1,00

b) CORPO SECUNDÁRIO ou EDÍCULA (quarto de empregada, wc,lavanderias, abrigo para veículos, etc..., independentemente de estaremisoladas ou ligadas ao corpo principal)............................................................. 0,60 a 1,00

c) ÁREAS DESCOBERTAS• Em terreno de uso exclusivo da unidade (recuo frontal, lateral, quintal) .. 0,00 (vide quadro “Importante”)• Em terreno de uso não exclusivo (ruas, estacionamento, quadras,

jardins, playground, piscina e áreas não tratadas).................................... 0,00 (vide quadro “Importante”)

d) ÁREA COBERTA EM TERRENO DE USO COMUM• Guarita, Salão de Festas, etc.................................................................... 1,00

IMPORTANTE:• Sobre ponderação nula (0,00): Embora as áreas descobertas do térreo sejam rotineiramente aceitas como

ÁREA REAL, a análise da CAIXA evita computar o custo destas áreas através de ponderação ou equivalência(daí adotar peso 0,00). Este custo é conferido, internamente, através de orçamentação dos serviços;eventualmente, em Empreendimentos Verticais com até duas torres, o custo das áreas descobertas do térreo éconferido através de equivalência de áreas.Esta metodologia de análise da CAIXA não obriga o Proponente a alterar seus lançamentos nos Quadros daNBR. Se os Quadros forem aceitos pelo Registro de Imóveis, serão acatados pela CAIXA.Somente os casos de equívoco nas ÁREAS REAIS exigirão alteração dos Quadros junto ao Registro de Imóveis.

• Na montagem dos quadros da NBR 12721 o Proponente deve atentar para a não duplicidade de custos, ou seja, ocusto das áreas externas descobertas deve ser considerado uma única vez, ou através de sua Área Equivalentenos Quadros I e II, ou através de seu orçamento no Quadro III.

Page 35: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 34

2.9 FICHA RESUMO DO EMPREENDIMENTO - FRE

2.9.1 OBJETIVO DO DOCUMENTO

O documento tem por objetivo descrever resumidamente o pleito do Proponente quanto ao empreendimento aser financiado.

Contém campos para informação preliminar sobre as CARACTERÍSTICAS do EMPREENDIMENTO e daREGIÃO, sobre os CUSTOS para produção, sobre os VALORES DE VENDA PROPOSTOS paracomercialização das unidades habitacionais e sobre o VALOR DE FINANCIAMENTO pretendido.

2.9.2 ANÁLISE DA CAIXA

Considerando ser um documento informativo preliminar, cujos dados, via de regra, são alteráveis apóselaboração do Laudo de Análise do Empreendimento, a análise da CAIXA limita-se a verificar se o documentotem todos os seus campos preenchidos, permitindo uma visão geral do pleito.

Eventuais divergências entre a Análise da CAIXA e os dados informados na FRE são toleráveis, nãonecessitando refazer a FRE.

2.9.3 PREENCHENDO A FRE

Utilizar o modelo padronizado CAIXA do item 5 – Anexo B.

As informações da FRE devem estar compatíveis com os demais documentos: Projeto, Memorial, Cronograma,Opção de Compra e Venda e Orçamento.

Instruções para preenchimento do item 3 da FRE:

• Por “infra-estrutura ” entenda-se: rede de água, esgoto, energia, telefone, iluminação pública,pavimentação, guias e sarjetas, gás canalizado e águas pluviais.

• Por “serviços públicos e equipamentos comunitários ” entenda-se: coleta de lixo, escola, creche,saúde pública, comércio, segurança pública e lazer.

• Por “infra-estrutura junto ao empreendimento ” entenda-se:

� “disponível - atendendo satisfatoriamente” : quando a rede (ou a pavimentação) estivertangenciando algum ponto da divisa do empreendimento, apresentar dimensionamentosuficiente (vazão, carga, ...) e acesso viável, já considerando a nova demanda geradapelo empreendimento;

� “disponível – atendendo precariamente” : quando estiver tangenciando e não tiver dimensionamentosuficiente e acesso viável para atender ao empreendimento;

� “não disponível” : quando não estiver tangenciando o empreendimento.

Observações:a) Apenas a rede de drenagem de águas pluviais subterrânea pode estar distante do empreendimento e

ainda assim ser considerada satisfatória, neste caso deve existir drenagem superficial (sarjetas).b) Mesmo que o Proponente ou as Concessionárias comprometam-se a atender futuramente ao

empreendimento (até a conclusão das obras), esta condição não deve ser considerada nopreenchimento da FRE. Contudo, estes compromissos futuros podem ser ponderados peloengenheiro da CAIXA, quando da análise de Risco do Empreendimento.

Page 36: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 35

• Por “serviços públicos e equipamentos comunitários no entorno ” entenda-se:

� “disponível - atendendo satisfatoriamente” : quando houver indícios de que, nos bairros do entorno(raio de 2 km), o serviço em questão (coleta de lixo, escola, creche, saúde, comércio,segurança e lazer) terá condição de atender ou absorver a nova demanda gerada peloempreendimento;

� “disponível – atendendo precariamente” : quando houver indícios de que, nos bairros do entorno, oserviço esteja saturado, ou não haja atendimento regular ;

� “não disponível” : quando não houver o serviço nos bairros no entorno.

Observações:a) O serviço de comércio, via de regra, pode ser considerado “disponível - atendendo satisfatoriamente”,

posto que se estabelece automaticamente em decorrência da implantação dos empreendimentos.b) Para empreendimentos de maior impacto (acima de 200 unidades em municípios até 100.000

habitantes, ou acima de 400 unidades para municípios acima de 100.000 habitantes) cabe umaanálise mais detalhada sobre atendimento pelos serviços públicos.

• Por “infra-estrutura no empreendimento ” entenda-se:

� “serviço já existente” : quando as ruas internas já dispuserem de rede (ou pavimentação, guia, ...),com capacidade suficiente e já interligadas na rede da concessionária;

� “serviço a executar” : quando as ruas internas não dispuserem de rede (ou pavimentação, guia, ...),ou as mesmas não tiverem capacidade suficiente, ou não estiverem interligadas àrede da concessionária.

� “serviço não necessário” : pode ser preenchido somente para: telefone (pois a concessionária faz oserviço gratuitamente), gás canalizado (quando houver distribuidoras de botijão) edrenagem subterrânea (quando o escoamento for somente superficial).

• Os campos relativos a “serviços públicos e equipamentos comunitários no empreendimento”, não devemser preenchidos, por estarem contemplados nas condições do entorno. Apenas o campo referente a lazerdeve ser preenchido tanto no entorno como no empreendimento.

No item 4 da FRE, o campo “Valor de Venda Proposto para a Unidade Tipo” deve englobar também o Valorda Quota de Terreno.

No item 5 da FRE, observar:

• O campo “Valor de Venda Proposto” deve ser igual ao campo de soma da coluna “Valor de VendaProposto para a Unidade Tipo (R$)” do item 4.

• o campo “Valor Proposto para o Terreno” deve ser igual ao campo de soma da coluna “Valor da Quota deTerreno (R$)” do item 4.

• Na coluna “Custo Unitário (R$) – médio por unidade”, quando houver várias unidades-tipo (apartamentos de2 e 3 dormitórios, etc...), preencher a coluna com os custos da unidade-tipo de maior quantidade.

No item 6 da FRE, deve ser informado sobre: número de unidades comercializadas, número de unidadesquitadas, número de unidades reservadas, fatores valorizantes ou desvalorizantes na região, etc..

IMPORTANTE:

• O cálculo do valor máximo a financiar é estabelecido em função do menor valor entre VALOR DEVENDA PROPOSTO e VALOR DE AVALIAÇÃO CAIXA, respeitados os limites máximos de cadaprograma.

• O cálculo para enquadramento no programa de financiamento é estabelecido em função do maiorvalor entre VALOR DE VENDA PROPOSTO e VALOR DE AVALIAÇÃO CAIXA.

Page 37: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 36

2.10 MANIFESTAÇÃO DOS ÓRGÃOS DO MEIO AMBIENTE

2.10.1 OBJETIVO

Atender à legislação quanto à ocupação do solo e meio ambiente.

2.10.2 ANÁLISE DA CAIXA

Verifica se foram apresentados os “Licenciamentos” (Certidões ou Manifestações) dos Órgãos Públicosresponsáveis pela aprovação federal e/ou estadual: GRAPROHAB, CETESB, DEPRN, DAIA e DAEE.Bem como, se estão sendo atendidas as exigências citadas nesses “Licenciamentos”.

2.10.3 SOBRE A NECESSIDADE OU DISPENSA DAS CERTIDÕES/MANIFESTAÇÕES

GRAPROHAB: O principal documento exigido em São Paulo é a CERTIDÃO DE APROVAÇÃO DOEMPREENDIMENTO NO GRAPROHAB , necessário nas seguintes situações:

• para área bruta, onde haverá loteamentos caracterizados pela abertura de ruas públicas eparcelamento em lotes;

• para empreendimentos em condomínio, quando ocorrer alguma das seguintes situações:

� condomínio com mais de 200 unidades e desprovidos de infra-estrutura (não existircondição de interligação às redes públicas) de água, esgoto, drenagem e coleta de lixo;

� condomínio com área de terreno maior que 15.000 m2;� condomínio com área de terreno maior que 10.000 m2, em área de proteção ambiental

especial, APM, APA e áreas de relevante interesse ecológico.

Eventualmente, mesmo para empreendimentos não enquadrados nas situações anteriores,pode a Engenharia da CAIXA, através de justificativa escrita, solicitar a apresentação deManifestação do GRAPROHAB isentando o empreendimento de análise.

CETESB: Via de regra, é necessária quando há indício de poluição atmosférica, sonora, poluição dosrecursos hídricos, etc... É dispensável se o empreendimento houver sido analisado noGRAPROHAB.

DEPRN: Via de regra, é necessária quando há: córrego, nascente e mata nativa, internos ou lindeiros àárea do empreendimento. É dispensável se o empreendimento houver sido analisado noGRAPROHAB.

DAIA: Via de regra, é necessária quando os esgotos não forem lançados em rede pública, quando olocal for área de proteção ambiental. É dispensável se o empreendimento houver sidoanalisado no GRAPROHAB.

DAEE: Via de regra, é necessária quando se usar de recursos hídricos (lençol subterrâneo, lagoa,córrego, ...) para abastecimento do empreendimento, quando os esgotos não forem lançadosem rede pública e quando houver canalização/retificação de córrego. É exigível, mesmoquando houver sido analisado no GRAPROHAB.

IMPORTANTE:

• Empreendimentos isentos de análise pelo GRAPROHAB, podem necessitar análise individual juntoao DAEE, DPRN, CETESB, etc.

• Empreendimentos efetivamente analisados pelo GRAPROHAB dispensam manifestação de qualqueroutro órgão estadual, à exceção daqueles que não tenham assento no Grupo, tais como:CONDEPHAT, DAEE, etc.

Page 38: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 37

2.11 CONCLUSÃO DA ANÁLISE:VIABILIDADE TÉCNICA E VIABILIDADE MERCADOLÓGICA

A Viabilidade Técnica e Mercadológica é a síntese de todas as análises de engenharia a que é submetido oempreendimento.

A Viabilidade Técnica compreende:

• aferição da correção de preenchimento de cada documento apresentado;• aferição da compatibilidade entre os diversos documentos técnicos;• aferição da compatibilidade entre os documentos e a realidade do terreno “in loco”;• aferição da funcionalidade e adequabilidade do projeto com a região e com o público alvo;• aferição se os documentos apresentados são suficientemente claros para caracterizar o produto a

financiar;• aferição da compatibilidade dos projetos e memoriais aos custos propostos, garantindo a exeqüibilidade

do empreendimento;• aferição da compatibilidade entre prazo e evolução mensal da obra com o porte do empreendimento;• aferição do atendimento às normas de incorporação (quando condomínios);• aferição da documentação de atendimento à legislação ambiental;• aferição da condição de habitabilidade do produto.

Além destas aferições, na análise técnica estima-se o CUSTO TOTAL do empreendimento.

A Viabilidade Mercadológica compreende:

• pesquisa do valor de mercado para pagamento à vista para uma unidade isolada como se prontaestivesse;

• aferição do valor de aluguel de unidades assemelhadas;• consideração sobre a retração do valor de mercado em função do porte do empreendimento;• consideração sobre o comportamento do mercado imobiliário, para o tipo e porte de empreendimento,

na região.

Com base nestas aferições e considerações arbitra-se o VALOR DE AVALIAÇÃO DAS UNIDADES DOEMPREENDIMENTO.

A Viabilidade Técnica e Mercadológica :

• Estando toda a documentação e os custos compatíveis com os parâmetros da CAIXA, conclui-se que oempreendimento é viável tecnicamente sob o aspecto documental de engenharia.

• Se o VALOR DE AVALIAÇÃO GLOBAL for igual ou superior ao CUSTO TOTAL DOEMPREENDIMENTO, conclui-se que o empreendimento é viável técnica e mercadologicamente.

• Se o VALOR DE AVALIAÇÃO GLOBAL for inferior ao CUSTO TOTAL DO EMPREENDIMENTO,conclui-se que o empreendimento é inviável.

IMPORTANTE:

• O resultado da análise de engenharia pela CAIXA culmina com a conclusão: recomenda ou não oempreendimento.

• Pode ocorrer que o resultado da análise demonstre que o empreendimento torna-se viável medianteadequações nos documentos ou valores propostos. Neste caso o Proponente, estando de acordo,deve proceder as alterações pertinentes.

• A análise da Engenharia representa uma das etapas do processo de contratação; todavia, ultrapassaresta etapa não assegura a realização/concretização do negócio, pois outras áreas da empresadevem sinalizar positivamente para que seja finalmente contratado o empreendimento, por exemplo:a Área de Risco de Crédito deve aprovar a saúde financeira da Construtora, a Agência deve aprovara capacidade financeira dos promitentes compradores, etc...

Page 39: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 38

2.12 EMPREENDIMENTO EM MÓDULOS

2.12.1 DEFINIÇÃO / OBJETIVO

Módulo é uma divisão teórica do empreendimento, prevendo a sua execução em fases.

O objetivo básico de desmembrar um empreendimento em módulos é possibilitar a comercialização parcial doempreendimento, propiciando o alongamento de prazos, redução da aplicação de recursos próprios, reduçãode riscos, facilitando a viabilização do negócio.

Exemplo hipotético: Num empreendimento com 320 apartamentos (10 blocos) a CAIXA exige, via deregra, cerca de 192 apartamentos vendidos (6 blocos – demanda em torno de 60%)para contratar a operação; havendo opção por modulação do empreendimento, ehavendo possibilidade técnica de se transformar cada bloco em um módulo, pode-seviabilizar a contratação com a demanda de apenas 32 apartamentos vendidos(100% das unidades do bloco).

Contudo, uma modulação sem planejamento pode apresentar inconvenientes como: infra-estrutura provisória,serviços complementares (piscinas, play-ground, quadras, etc...) executados parcialmente, transtorno aosmoradores decorrente do desenvolvimento das obras posteriores, etc... E ainda, módulos muito pequenospodem não gerar receita suficiente para cobrir os custos com infra, complementos e equipamentos.

2.12.2 EXIGÊNCIAS CAIXA PARA MODULAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS VERTICAIS

• Módulo mínimo :� um bloco. Não é permitida a modulação de blocos que apresentem paredes geminadas;� o módulo mínimo deve ter valor de mercado igual ou superior ao seu custo (terreno, habitação,

complementos, equipamentos, infra e outras despesas). Atentar que, no módulo inicial, o custo deinfra, complementos e equipamentos, nem sempre é proporcional apenas às unidades do módulo.

• Infra-estrutura mínima :� aquela que permita plena condição de habitabilidade ao módulo;� entrada de água, caixa d’água geral, cabine primária, entrada de telefonia, saída de esgoto e saída de

drenagem devem ser executados junto com o 1o módulo;� os tapumes para delimitação do módulo e o acesso independente para os módulos subsequentes

devem ser executados junto com o 1o módulo.� deve ser previsto um acesso independente e devidamente protegido para as obras dos módulos

subseqüentes;

• Serviços complementares e equipamentos comunitários mínimos :� devem ser executados junto com o 1o módulo os complementos: piscinas, play-ground, churrasqueira,

quadra, guarita, muros, salão de festas, etc...� devem ser executados junto com o 1o módulo todos os equip. comunitários (creche, escola,...);� se o empreendimento tiver algum complemento/equipamento em duplicidade, pode ser executado

apenas um, no 1o módulo, a critério da Engenharia da CAIXA. O(s) outro(s) será(ão) executado(s) nosmódulos subsequentes.

• Vagas de garagem e pavimentação :� pode ser executada apenas a quantidade de vagas suficiente para o módulo;� devem ser pavimentados os acessos e circulações do módulo.

Page 40: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 39

2.12.3 EXIGÊNCIAS CAIXA PARA MODULAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS HORIZONTAIS(LOTEAMENTO E CONDOMÍNIO HORIZONTAL)

• Módulo mínimo :� loteamento: duas casas;� condomínio: quantidade que permita isolamento das unidades sem interferência das obras dos

Engenharia da CAIXA);� o módulo mínimo deve ter valor de mercado igual ou superior ao seu custo (terreno, habitação,

complementos, equipamentos, infra e outras despesas). Atentar que, no módulo inicial, o custo deinfra, complementos e equipamentos, nem sempre é proporcional apenas às unidades do módulo.

• Infra-estrutura mínima :� aquela que permita plena condição de habitabilidade ao módulo;� caixa d’água geral, coletores tronco de esgoto, emissários, ETE e saídas de drenagem devem ser

executados junto com o 1o módulo;� o sistema de drenagem deve ser projetado de forma a impedir que a pavimentação do módulo e as

áreas institucionais e as áreas de lazer/verdes venham a ser danificadas;� para condomínio: os tapumes de delimitação do módulo e o acesso independente para os módulos

subsequentes devem ser executados junto com o 1o módulo.

• Serviços complementares e equipamentos comunitários mínimos :� devem ser executados junto com o 1o módulo os complementos: piscinas, playground, churrasqueira,

quadra, guarita, muros, salão de festas, etc...� devem ser executados junto com o 1o módulo todos os equip. comunitários (creche, escola,...);� se o empreendimento tiver algum complemento/equipamento em duplicidade, pode ser executado

apenas um, no 1o módulo, a critério da Engenharia da CAIXA. O(s) outro(s) será(ão) executado(s) nosmódulos subsequentes.

• Pavimentação :� devem ser pavimentados junto com o 1o módulo: o acesso, o contorno dos complementos externos, o

contorno dos equipamentos comunitários e o contorno de áreas verdes/lazer;� para condomínio: deve ser previsto um acesso, independente e devidamente protegido para as obras

dos módulos subseqüentes.

2.12.4 ANÁLISE DA CAIXA

• verifica se a documentação apresentada permite caracterizar todo o empreendimento, e também, se estásuficientemente identificado o módulo a executar.

• confere se foram atendidas as orientações anteriores sobre: módulo mínimo, infra, serviçoscomplementares, garagem e pavimentação.

• verifica se o custo de infra, complementos e habitação referentes ao módulo em questão, pode serabsorvido pelo valor de venda das unidades que o compõe.

IMPORTANTE:

• A análise de risco de crédito do EMPREENDIMENTO refere-se ao empreendimento global. Portanto,ao aprovar um empreendimento, estão automaticamente aprovados todos os módulos futuros(respeitado o prazo de validade do Laudo de Análise do Empreendimento ou da avaliação).

• Durante a fase de análise inicial de engenharia, não há necessidade de se definir a modulaçãopretendida, tendo em vista o empreendimento ser obrigatoriamente analisado como um todo. Após aaprovação pela CAIXA e a conseqüente obtenção da Carta de Garantia do Financiamento, oProponente pode optar pela contratação de forma modular, apresentando assim os documentosrelativos ao módulo.

• Caso o custo da obra (habitação+infra+complementares+ despesas) seja superior ao resultado davenda do módulo, a proposta é inviável. Para viabilizá-la existem as possibilidades:

� ampliar o número de unidades do módulo;� “aproximar” as casas para reduzir o custo da infra (empreendimento horizontal);

Page 41: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 40

2.12.5 DOCUMENTAÇÃO COMPLEMENTAR PARA MODULAÇÃO

Além da documentação do empreendimento como um todo, já entregue e devidamente analisada, deve serapresentada a seguinte documentação para o módulo:

• FRE (Ficha Resumo do Empreendimento) relacionada ao módulo;

• duas vias extras da planta de loteamento, “iluminando” os lotes que compõem o módulo, “iluminando”também a área de lazer, complementos e equipamentos comunitários que serão executados junto com omódulo (para LOTEAMENTO);

• duas vias extras da planta de implantação, “iluminando” os prédios que compõem o módulo, indicando ondeserá executada a divisão física (tapumes), indicando os acessos de moradores e do prosseguimento dasobras das próximas etapas, além de salientar-se a área comum e complementos que serão executadosnesta fase (para Condomínio fechado vertical e horizontal);

• via extra dos projetos de infra-estrutura, “iluminando” os trechos de infra a executar;

• folha resumo de orçamento e orçamento discriminativo referente à habitação das edificações integrantes domódulo;

• folha resumo de orçamento e orçamento discriminativo referente aos equipamentos comunitáriosintegrantes do módulo;

• folha resumo de orçamento e orçamento discriminativo referente à infra-estrutura necessária ao módulo;

• cronograma físico-financeiro habitação relacionado ao módulo;

• cronograma físico-financeiro equipamentos comunitários relacionados ao módulo;

• cronograma físico-financeiro infra-estrutura relacionado ao módulo;

• cronograma físico-financeiro global relacionado ao módulo.

IMPORTANTE:

• todos os documentos devem estar coerentes entre si, datados e assinados sobre identificação, tantopelo Proponente quanto pela Construtora;

• anotar em todas as folhas dos documentos a identificação do módulo objeto de análise.

Page 42: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA 41

3 PARÂMETROS CAIXA PARAACOMPANHAMENTO DE OBRA

Page 43: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA 42

3.1 INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE ACOMPANHAMENTO DE OBRAS

3.1.1 OBJETIVO DO ACOMPANHAMENTO DE OBRA PELA CAIXA

O objetivo é verificar o cumprimento do objetivo do contrato, verificando a evolução da obra sob a óptica degarantia de um financiamento, assim, dois fatores ganham maior importância:1o - a confirmação de que o volume de obra é compatível com a quantidade de recursos aportados;2o - o efetivo cumprimento do prazo de obra.A responsabilidade por verificar a qualidade de execução do produto é atividade inerente ao Proponente.A verificação de qualidade pela CAIXA está relacionada a fatores que venham comprometer sua garantia.

3.1.2 RESPONSABILIDADE CIVIL SOBRE A OBRA

A responsabilidade técnica sobre a obra é da Construtora.Os responsáveis pela fiscalização são: o Proponente e os Proprietários.

3.1.3 PERIODICIDADE DE LIBERAÇÃO DE RECURSOS

É aquela estabelecida em contrato. Via de regra, as liberações são mensais, na data de aniversário docontrato, consequentemente, as visitas de engenheiros da CAIXA também são mensais, entre 3 a 5 dias antesdo aniversário do contrato.

3.1.4 AGENDAMENTO DE VISITAS PARA MENSURAÇÕES

O dia e hora de visita à obra para mensuração, devem estar compreendidos em horário comercial, e sãocomunicados ao Construtor com no mínimo 24 horas de antecedência, através de contato telefônico.Cabe ao profissional responsável pela mensuração definir dia e hora.

3.1.5 REMUNERAÇÃO DO SERVIÇO DE VISTORIA

A taxa pelo acompanhamento de obra está incluída na taxa de serviço debitada mensalmente pela CAIXA(uma vistoria por mês). Havendo solicitação extra de serviço de engenharia (mudança de cronograma,mudança de especificação, nova vistoria) haverá cobrança de taxa de serviço pela CAIXA.

3.1.6 MENSURAÇÃO DE OBRA PRONTA x MENSURAÇÃO DE MATERIAL

Somente são objeto de mensuração os materiais já aplicados.Não podem ser objeto de mensuração os materiais estocados em canteiro, mesmo aqueles comprados e comnota fiscal.Excepcionalmente, os elevadores podem ser objeto de liberação mediante nota fiscal, conforme abaixo.

3.1.6.1 ELEVADORES

Podem ser considerados na mensuração, desde que solicitado pelo Proponente, mediante a apresentação docontrato de fornecimento dos elevadores e contra a apresentação de cópia da fatura mensal quitada, limitado a50% do elevador orçado. A partir daí, somente com instalação física executada, conforme distribuição sugeridana tabela do item 3.3.

3.1.7 DOCUMENTO ORIENTADOR DAS LIBERAÇÕES (ORÇAMENTO CONTRATADO)

As operações da CAIXA com o setor privado prevêem o regime de construção por Empreitada Global (PreçoFechado).Consequentemente, as mensurações de obra relacionam-se com o cumprimento de etapas previamentedefinidas e não com o valor dos serviços realizados.

Por exemplo:• o contrato inicial previa no orçamento estaqueamento com 10 m de profundidade (R$ 10.000,00), porém

ocorreu a “nega” com 15m (R$ 15.000,00). Será mensurado o previsto, ou seja, 10 m de profundidade(R$ 10.000,00);

• o contrato inicial previa no orçamento elevadores a R$ 30.000,00, porém fechou-se contrato com ofornecedor por R$ 25.000,00. Será mensurado o previsto, ou seja, R$ 30.000,00.

Page 44: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA 43

3.1.8 ALTERAÇÕES DE PROJETO, DE ESPECIFICAÇÃO OU DE CRONOGRAMA

Na fase de acompanhamento de obras, caso seja verificada a necessidade de alteração de algum documentotécnico, essas alterações podem ser processadas, devendo ser previamente comunicada por escrito à CAIXA,ficando sua aplicação condicionada à análise e aprovação por parte da CAIXA.Tal comunicação deve ser feita pelo Proponente. Excepcionalmente, pode ser feita pela Construtora, desdeque contenha a anuência do Proponente.

3.1.9 PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS

A confecção da PLS é obrigatória para todos os empreendimentos e deve estar disponibilizada no canteiropor ocasião da vistoria da CAIXA, com antecedência de 5 dias do aniversário do contrato.

A PLS subsidia as mensurações da CAIXA. Havendo divergências entre os dados apresentados na PLS e amensuração da CAIXA, deve ser procedida a adequação da PLS.

Informações detalhadas sobre PLS constam no item 3.4.

3.1.10 DIVERGÊNCIAS NA DOCUMENTAÇÃO

Na fase de acompanhamento de obras, caso sejam constatadas divergências entre os documentos, a CAIXAadota o seguinte procedimento:

1º Consultar o Proprietário (adquirente final) sobre qual o documento que deve prevalecer;2º Com base na decisão do Proprietário, é verificado o comprometimento da garantia da Caixa e asimplicações legais (Prefeitura, Concessionárias, Cartório, etc.)

Page 45: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA 44

3.2 PLACA DE OBRA

As obras contratadas devem ter placa de obra da CAIXA, condicionando-se os respectivos desembolsos àverificação pela Engenharia da CAIXA do cumprimento desta exigência.

A placa de obra deve ser afixada em lugar visível, em posição de destaque. Não devendo ser menor que amaior placa afixada (exceto placas promocionais).

A placa deve ser confeccionada em chapas planas, com material resistente às intempéries, metálicasgalvanizadas ou de madeira compensada impermeabilizada, com pintura à óleo ou esmalte, nas cores etonalidades especificadas.

Devem ser obedecidas as cores, medidas, proporções e demais orientações estabelecidas pela CAIXA.Estas orientações podem ser obtidas nas Agências.

Devem ser fornecidas e fixadas pelo Proponente ou Construtor e mantidas em bom estado de conservação,inclusive quanto à integridade do padrão das cores durante todo o período de execução das obras, devendoser recuperada/substituída, quando verificado o seu desgaste, precariedade ou por solicitação da CAIXA.

Page 46: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA 45

3.3 CRITÉRIOS CAIXA PARA MENSURAÇÃO DE OBRA

A mensuração, obrigatoriamente, é orientada pelo Orçamento e Cronograma aprovados pela CAIXA,integrantes do processo de financiamento. Os itens do orçamento são detalhados pela PLS.

Somente quando houver dúvida ou omissão sobre valor de serviços no Orçamento contratado ou na PLS,a engenharia da CAIXA pode arbitrar o valor do serviço. Neste caso são utilizados os critérios abaixo:

CRITÉRIOS DE MENSURAÇÃO PELA CAIXA(utilizada somente em caso de dúvida ou omissão no Orçamento contratado ou na PLS)

1. Fundações e embasamento: 100% 12. Pintura interna (latex) 100%- estaqueamento 60% - emassamento 60%- escavação 8% - 1a demão 20%- sapatas, cintas, cortinas 26% - 2a demão 20%- rebaixamento do lençol 8%- escoramento dos vizinhos 4% 13. Pintura sobre madeira 100%

- seladora 40%2. Supra-estrutura 100% - 1a demão 30%

- medir proporcionalmente ao n° paviment - 2a demão 30%

3. Alvenaria 100% 14. Pintura externa (latex acrílico) 100%- medir proporcionalmente ao n° paviment - seladora 20%

- 1a demão 40%4. Esquadria de Alumínio 100% - 2a demão 40%

- contramarco 30%- folha 70% 15. Pintura externa (cal com fixador) 100%

- 1a demão 30%5. Esquadria de Madeira 100% - 2a demão 30%

- aduela 35% - 3a demão 40%- folha 60%- alizar ou guarnição 5% 16. Azulejos 100%

- chapisco 5%6. Ferragem 100% - emboço 15%

- dobradiça 20% - assentamento 75%- fechadura 70% - rejuntamento 5%- maçanetas e espelhos 10%

17. Piso cerâmico ou madeira 100%7. Cobertura 100% - contrapiso 35%

- madeiramento 45% - cerâmica ou madeira (taco) 65%- telha 45%- arremates (rufos, calhas, tabeira) 10% 18. Piso em carpete 100%

- contrapiso 50%8. Impermeabilização 100% - carpete 50%

- medição proporcional à área de aplicação19. Louças e metais (imóvel c/1 banheiro) 100%

9. Revestimento interno 100% - cozinha e área de serviço 45%- chapisco 10% - banheiro 55%- emboço 20%- reboco (gesso) 70% 20. Louças e metais (imóvel c/2 banheiro) 100%

- cozinha e área de serviço 35%10. Revestimento externo 100% - banheiros 65%

- chapisco 20%- emboço alisado (reboco paulista) 80% 21. Elevadores 100%

- adiantamento mediante fatura paga 50%11. Pintura interna 100% - guias verticais 10%

- Paredes e Tetos 75% - máquina montada 10%- Esquadrias 15% - soleiras 2%- Áreas e poços 5% - controle casa de máquinas 10%- Rodapé, corrimão, quadros, etc... 5% - contrapesos 3%

- portas instaladas e cabine montada 10%- funcionamento 5%

IMPORTANTE:

• Esta tabela não deve induzir a confecção do orçamento ou da “PLS”. Deve ser utilizadasomente quando houver dúvidas ou omissões nos documentos citados.

Page 47: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA 46

CRITÉRIOS DE MENSURAÇÃO PELA CAIXA – INSTALAÇÕES(utilizada somente em caso de dúvida ou omissão no Orçamento contratado ou na PLS)

EDIFICAÇÕES VERTICAIS (PRÉDIOS) EDIFICAÇÕES HORIZONTAIS (CASAS)

1. Instalações elétricas e telefônicas 100% 1. Instalações elétricas e telefônicas 100%- tubulação nas lajes 20% - tubulação nas lajes 30%- tubulação nas alvenarias e caixas 20% - tubulação nas alvenarias e caixas 30%- prumadas gerais 10% - enfiação 20%- enfiação dos apartamentos 15% - disjuntores/tomadas/interruptores 10%- enfiação das prumadas/áreas comuns 10% - entrada de energia e quadros 10%- disjuntores/tomadas/interruptores 10%- quadros de medição e entrada energia 15% 2. Água fria e água quente 100%

- tubulação no piso 20%2. Água fria e água quente 100% - tubulação na alvenaria 60%

- barrilete superior 15% - barrilete e caixa d’água 20%- prumadas 20%- distribuição nos pavimentos 60% 3. Esgoto e águas pluviais 100%- entrada do hidrômetro à cisterna 5% - tubulação no piso 40%

- tubulação na alvenaria 10%3. Esgoto e águas pluviais 100% - caixas, fossa e sumidouro 50%

- prumadas esgoto e ventilação 30%- ramais de esgoto 35% 4. Instalação de gás 100%- rede do térreo de esgoto 10% - tubulação no piso 70%- prumadas pluviais 15% - tubulação na alvenaria 30%- rede térrea (coletores) 5%- captação (caixas, ralos, calhas,...) 5%

4. Gás canalizado (gás de rua) 100%- prumadas 70%- distribuição nos pavimentos 20%- alimentação (da rua ao medidor) 10%

5. Central de gás (gás de botijão) 100%- prumadas 30%- distribuição nos pavimentos 45%- medidores de gás 15%- cilindros e equipamentos 10%

IMPORTANTE:

• Esta tabela não deve induzir a confecção do orçamento ou da “PLS”. Deve ser utilizadasomente quando houver dúvidas ou omissões nos documentos citados.

Page 48: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA 47

3.4 PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS

3.4.1 OBJETIVO DO DOCUMENTO

A PLS tem por objetivo definir uma regra para levantamento da execução física das obras que compõem oempreendimento.

Esta regra deve assegurar objetividade ao levantamento e permitir rastreabilidade dos serviços ou etapas,através da identificando da época e/ou local onde foram executados.

Na estruturação da PLS convencionou-se por:• “serviço ” : aqueles itens discriminados no orçamento;• “eventos ” : as etapas de execução de um serviço.

Os eventos devem ser definidos de forma que só sejam considerados no levantamento quando estiveremtotalmente concluídos.

Para melhor entendimento quanto à decomposição dos serviços em eventos, apresentamos os exemplos:

SERVIÇO : Alvenaria (em casas) SERVIÇO : PinturaEVENTOS: Alvenaria até ½ altura EVENTOS: 1a. demão

Alvenaria até laje 2a. demãoAlvenaria do oitão Acabamento final

Através da PLS o Proponente/Construtor efetua o levantamento para posterior aferição por parte da CAIXA nasmensurações.

3.4.2 ANÁLISE INICIAL DA PLS E DURANTE AS MENSURAÇÕES

A análise inicial da PLS ocorre antes da 1a mensuração e consiste em verificar:

• o critério de medição adotado pelo Construtor: se por unidades, por pavimentos, por blocos ou por obra;• a decomposição dos serviços em eventos e suas respectivas unidades de medição, quantidades e

incidências;• se as PLS’s contemplam todas os obras que compõem o empreendimento.

Nas mensurações verifica-se:

• a identificação da medição, o período de referência e a data do levantamento;• se foram alterados campos já preenchidos nas PLS anteriores;• a compatibilidade entre obra executada e eventos informados como executados.

3.4.3 MODELOS DE PLS

Foram desenvolvidos quatro modelos específicos para cada tipo de obra, a saber:

• PLS - APARTAMETOS;• PLS - CASAS;• PLS – EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO;• PLS – INFRA-ESTRUTURA.

São fornecidos em planilhas vinculadas às pastas de Orçamento de Habitação/Equipamentos Comunitários eOrçamento de Infra-Estrutura, sendo que parte dos seus campos já são preenchidos automaticamente.

Os modelos contêm uma sugestão de decomposição dos serviços em eventos, porém, podem ser adaptados àrealidade de cada obra.

Page 49: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA 48

3.4.4 PREENCHENDO A PLS

Inicialmente deve-se proceder a estruturação da matriz da PLS, a qual permanece inalterada até o final daobra, preenchendo os campos em “verde claro”.Esta estruturação compreende:

• a definição do critério de mensuração: se mensuração por unidades, por pavimentos, por blocos ou porobra;

• a definição dos eventos em função do critério de mensuração;• a unidade de medição adotada para cada evento (mês, pavimento,casa, bloco, trecho de rua, etc.);• a quantidade de vezes que cada evento repete-se durante a obra;• a incidência de cada evento nos macro-itens do orçamento em função de seu custo;• a compatibilidade do fracionamento do campo local e/ou época de execução do evento em relação à

unidade de medição adotada.

Após o preenchimento da matriz (campos em “verde claro”), para cada medição, somente devem serpreenchidos os campos em “amarelo”.Os campos em “amarelo” compreendem:

• o número da medição;• o período de referência;• a data do levantamento;• a época e/ou local de execução de cada evento.

Sobre a época e/ou local de realização dos eventos, convém informar:• Os eventos realizados devem ter sua quadrícula preenchida com o número da medição, lembrando que:

para obras habitacionais as quadrículas referem-se a casas, apartamentos ou pavimentos;para obras de equipamento comunitário e infra-estrutura as quadrículas referem-se aos meses em queocorreram os eventos;

• os campos já preenchidos em meses anteriores e consignados nas mensurações da CAIXA não podemser alterados, em hipótese alguma.

Após o preenchimento dos campos em “amarelo”, a planilha desenvolve os cálculos sobre quantidades epercentuais executados, preenchendo automaticamente os demais campos da planilha.

Os campos em “azul claro” , indicando a evolução dos macro-itens do orçamento, são utilizados pela CAIXApara elaboração dos Relatórios de Acompanhamento de Obra (RAE).

Quando houver necessidade de alterações nas linhas ou colunas, proceder da seguinte forma:• Inclusão de linha: posicionar o cursor na linha acima do local onde se pretende incluir e clicar no botão

“INSERIR LINHA” ou utilizar os recursos convencionais do EXCEL. No primeiro procedimento as linhassão criadas já com os formatos e fórmulas. No segundo caso é necessário incluir as fórmulas.

• Exclusão de linha: utilizar os recursos convencionais do EXCEL.• Inclusão ou exclusão de coluna: utilizar os recursos convencionais do EXCEL.

Page 50: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA 49

IMPORTANTE:

• A soma de incidência de eventos deve totalizar 100% de cada macro-item do orçamento.

• Nas PLS-APARTAMENTOS, PLS-CASAS, PLS-EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO e PLS-INFRA-ESTRUTURA o macro-item “SERVIÇOS PRELIMINARES E GERAIS” pode ser decomposto em 2eventos:� Primeiro “SERVIÇOS PRELIMINARES” : aglutinando Serviços Técnicos, Despesas Iniciais e

Instalações Provisórias. Este evento poderá ser considerado concluído já na primeira medição;� Segundo “SERVIÇOS GERAIS” : aglutinando Máquinas, Consumos, Limpeza, Transporte, etc.

A quantidade deste evento deve corresponder ao número de meses da obra.Atentar que a medição deste evento não deve ocorrer para obras em atraso.

• Na PLS-APARTAMENTOS o item “Elevadores” pode ser decomposto nos seguintes eventos:� Fatura de elevadores: a unidade de medição deve ser em meses até o limite de 50% do item;� Obra física: decompor o serviço nos seguintes eventos: guias verticais (10%), máquina montada

(10%), soleiras (2%), controle casa máq (10%), contrapesos (3%), portas instaladas e cabinemontada (10%) e funcionamento (5%).

• Somente será mensurado pela CAIXA o evento que estiver 100% concluído.

• Quando houver tipologias diferenciadas de obras de mesma natureza, habitacionais ou equipamentoscomunitários, é necessário elaborar uma PLS para cada tipologia. Nestes casos, a mensuração daCAIXA resulta da média ponderada dos percentuais dos macro-itens dessas obras.

• Para mensuração global do empreendimento é considerado pela CAIXA o somatório dos percentuaisexecutados das obras (habitação, equipamento comunitário e infra-estrutura), observando aincidência de cada uma no empreendimento.

• Prazos:� A matriz da PLS deve ser encaminhada para análise da CAIXA, no máximo até 15 dias após a

contratação;� A PLS mensal deve estar disponível no canteiro 5 dias antes da data prevista para liberação de

recursos.

• Simplificação na apresentação mensal da PLS (impressa):� É facultado ocultar as linhas de evento sempre que o percentual mensurado do macro-

item seja 0% ou 100%. Nestes casos, deixar visível somente a linha de subtotal;� É facultado ocultar as colunas correspondentes ao local e/ou época de execução do evento,

quando não houver nenhum dado anotado nas mesmas.

Page 51: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 50

4 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Page 52: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 51

4.1 PBQP-H – Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat

4.1.1 HISTÓRICO

Acompanhando o movimento internacional de Qualidade da década de 80, e também motivado pela aberturado mercado brasileiro a empresas estrangeiras na década de 90, o Governo Brasileiro implementa desde 1990um abrangente programa de modernização, em diversos setores: saúde, educação, habitação, agricultura,etc... denominado Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade – PBQP.

Em 1998 inicia-se a implantação do PBQP na Indústria da Construção Civil, no setor habitacional, criando-se oderivado Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade da Construção Habitacional, de sigla PBQP-H.Posteriormente, em 2000, foi ampliado o programa para o saneamento, infra-estrutura e transporte urbano,alterando-se sua nomenclatura para Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no HABITAT, porémmantendo a sigla PBQP-H.

4.1.2 OBJETIVOS

O PBQP-H tem por objetivos:• melhoria da qualidade;• aumento da produtividade e, conseqüente;• redução de custos da construção.

4.1.3 PROJETOS

O Programa é constituído dos seguintes projetos:

1. Estruturação e Gestão do PBQP-H2. Sistema Nacional de Aprovações Técnicas3. Apoio à Utilização de Materiais, Componentes e Sistemas Construtivos4. Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras5. Qualidade de Materiais e Componentes (Meta Mobilizadora Nacional da Habitação)6. Sistema Nacional de Comunicação e Troca de Informações7. Formação e Requalificação dos Profissionais da Construção Civil8. Qualidade de Laboratórios9. Aperfeiçoamento da Normalização Técnica para a Habitação10. Assistência Técnica à Auto-Construção e ao Mutirão11. Cooperação Técnica Bilateral Brasil/França/BID12. Programa Regional: Desafios Sociais e Econômicos Ligados à Melhoria da Qualidade das Habitações

no Mercosul e Chile (Cooperação Técnica Bilateral Brasil/UE)

4.1.4 PROJETOS DE IMPACTO IMEDIATO

Todos os projetos citados anteriormente produzirão efeitos futuros sobre os participantes da indústria daconstrução civil, contudo, dois projetos já causam impacto imediato, afetando diretamente Construtores eFabricantes de Materiais. Estes projetos são apresentados a seguir:

4.1.4.1 Projeto: Qualidade de Materiais e Componentes (Meta Mobilizadora)

• Objetiva elevar a qualidade, aumentar a produtividade e, consequentemente, reduzir os custos dosmateriais de construção ;

• Estabelece níveis de qualificação progressivos (C, B e A) para os Materiais. Registre-se que aqualificação é para o produto e não para o fabricante;

• Tais níveis de qualificação, futuramente, passarão a condicionar as compras diretas do poder público,bem como, condicionarão as compras para obras financiadas pelo governo;

• Para que os produtos atinjam os níveis mencionados, as linhas de montagem dos fabricantes passarãopor auditagens de Organizações Certificadoras Credenciadas (OCC);

• A qualificação expedida pelas Certificadoras tem validade para todo o território nacional;• As regras e os prazos para qualificação dos materiais ou produtos, são variados, sendo definidos por

ACORDO SETORIAL firmado entre o Governo e Entidades Representativas dos Fabricantes (ABCP,IBS, ASFAMAS, SIAMFESP, AFAP-PVC, ANFACER, SINPROCIM, ABITAM, ABCEM, etc...);

• A meta prevista é de, até o ano 2002, elevar para 90% o percentual médio de conformidade com asnormas técnicas dos produtos que compõem a cesta básica de materiais de construção.

Page 53: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 52

4.1.4.2 Projeto: Sistema de Qualificação de Empresas de Serviços e Obras

• Objetiva elevar a qualidade, aumentar a produtividade e, consequentemente, reduzir os custos dasobras de construção civil ;

• Estabelece níveis de qualificação progressivos(D, C, B e A) para Empresas intervenientes naconstrução: Construtoras, Incorporadoras, Projetistas, Gerenciadoras, Empreiteiras, etc...

• Tais níveis de qualificação condicionarão as contratações de obras e de financiamentos do poderpúblico.

• Para galgar tais níveis, as Empresas passarão por auditagem de Organizações CertificadorasCredenciadas (OCC);

• A qualificação expedida pelas Certificadoras tem validade para todo o território nacional;• As regras e os prazos para qualificação das Empresas são variados, sendo definidos por ACORDO

SETORIAL firmado entre o Governo (SEDU/PR, Estados, Municípios e CAIXA) e EntidadesRepresentativas da Indústria da Construção Civil (SINDUSCON, SECOVI, etc...);

4.1.4.2.1SISTEMA DE QUALIFICAÇÃO DE EMPRESAS DE SERVIÇOS E OBRAS - CONSTRUTORAS ( SiQ-C )

• Dentro do Projeto está prevista a qualificação de todos os intervenientes da construção, contudo,foram priorizadas as EMPRESAS CONSTRUTORAS , devido sua ascendência sobre os demaisintervenientes. Assim, o primeiro sistema implantado visa qualificar as CONSTRUTORAS, e éconhecido como SiQ-C.

• A regra geral que orienta a Qualificação de Empresas é denominada Regimento do Sistema deQualificação de Empresas de Serviços e Obras, e foi instituída em 21.11.2000, através da Portaria 67da SEDU/PR

• Complementarmente, foi editada a regra específica para CONSTRUTORAS, definindo os ITENS EREQUISITOS que devem ser atendidos para obtenção de Qualificação, conforme a seguir:

SIQ-Construtoras Níveis de qualifica çãoITEM REQUISITO D C B A

1. Responsabilidade da Direçã o 1 1 Política da Qualidade I II III IIII1.2. Representante da Administração I I I I1.3. Responsabilidade, autoridade e recurso I I I I1.4. Analise crítica da direção I II

2. Sistemas da Qualidade 2.1. Sistema evolutivo I I I I2.2. Planej. de desenv. e implant. do sistema I I I I2.3. Manual da Qualidade e procedimentos I I I I2.4. Plano da Qualidade de Obras I II

3. Análise crítica de contrato I I4. Controle de Projeto (Item não aplicável)5. Controle de documentos e dados I I II II6. Aquisição 6.1. Materiais controlados I II III

6.2. Dados para aquisição I I I6.3. Qualificação e avaliação de I I6.4 Verificação do produto adquirido I I

7. Controle produtos forn ecidos I8. Identificação e rastreabilidade 8.1. Identificação I I

8.2. Rastreabilidade I9. Controle de processo 9.1. Condições controladas I II

9.2. Serviços de execução controlados I II III10. Inspeção e ensaios 10.1. Inspeção e ensaios no recebimento I II III

10.2. Inspeção e ensaios durante o processo I II III10.3. Inspeção e ensaios finais I

11. Controle equip inspeção, med e I I12. Situação de inspeção e ensaios I I I13. Controle de produto não - I I14. Ação corretiva e ação 14.1. Ação corretiva I I

preventiva 14.2. Ação preventiva I15. Manuseio, armazenamento, 15.1. Controle do manuseio e armaz do I I I

preserva ção e entre ga 15.2. Proteção dos serviços executados I15.3. Entrega da obra e Manual do I

16. Registros da qualidade I I17. Auditorias internas da qualidade I18. Treinamento I I I19. Serviços associados I20. Técnicas estatísticas I

Page 54: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 53

Informações adicionais sobre o SiQ-C :

• O documento conclusivo do SiQ-C é o ATESTADO DE QUALIFICAÇÃO DO PBQP-H, que possui asseguintes características:� é de conhecimento público;� é emitido por Organização Certificadora Credenciada, de livre escolha do Construtor;� tem validade de 01 ano, renovável até 3 anos;� é válido em todo o território nacional. Existem Certificados aceitos apenas nos Estados

(QUALIHAB-SP, QUALIPARÁ-PA, QUALIOP-BA, QUALIPAV-RJ, etc...).� é direcionado para o setor da Construção Civil. Não confundir com Certificados do segmento

industrial (Certificação ISO 9000).

• O ATESTADO DE QUALIFICAÇÃO DO PBQP-H no Nível A supera ligeiramente o Certificado ISO9000 pelo seguinte motivo:� o SiQ-C impõe auditoria na empresa e nas obras, enquanto a ISO 9000 exige apenas auditoria da

empresa;� o SiQ-C exige controle de 25 serviços de obra pré-definidos pelo sistema, e também o controle de

pelo menos 30 materiais de construção definidos pelo Construtor. Na certificação ISO 9000inexistem tais exigências.

4.1.5 IMPACTO DO PBQP-H NOS FINANCIAMENTOS DA CAIXA

A utilização de materiais qualificados ainda não é exigida pela CAIXA, contudo, existe previsão de passar aser exigida no futuro, de forma gradativa.

Já a QUALIFICAÇÃO DE CONSTRUTORAS pelo PBQP-H começou a ser exigida pela CAIXA desde 01.06.01.

O cronograma abaixo apresenta os Níveis de Qualificação de Construtoras exigidos pela CAIXA paraconcessão de financiamento nos Estados onde foram firmados os Acordos Setoriais.

Estado Nível D Nível C Nível B Nível ABahia Dez/2001 Não divulgado Não divulgado Não divulgado

Ceará Jan/2002 Out/2002 Jul/2003 Jul/2004

Distrito Federal Dez/2001 Jun/2002 Dez/2002 Jun/2003

Espírito Santo Dez/2001 Jun/2002 Dez/2002 Jun/2003

Goiás Dez/2001 Jun/2002 Dez/2002 Jun/2003

Maranhão Jan/2002 Jul/2002 Jan/2003 Jul/2003

Minas Gerais Jun/2001 Dez/2001 Jun/2002 Dez/2002

Pará Abr/2002 Out/2002 Abr/2003 Out/2003

Paraná Jan/2002 Jul/2002 Jan/2003 Jul/2003

Pernambuco Jul/2002 Jan/2003 Jul/2003 Jan/2004

Rio de Janeiro Out/2001 Jul/2002 Jan/2003 Jul/2003

Rio Grande do Norte Jan/2002 Jul/2002 Jan/2003 Jul/2003

São Paulo Jun/2001 Dez/2001 Jun/2002 Dez/2002

4.1.6 APOIO DAS ENTIDADES DO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL AO PBQP-H

No intuito de atender o interesse dos associados, o SINDUSCON/SP e o SECOVI/SP estão dispensandoatendimento especial às Construtoras interessadas, disponibilizando instruções, organizando cursos eincentivando a montagem de grupos para qualificação, como forma de redução de custos.

IMPORTANTE:

Para maiores informações, visite o site www.pbqp-h.gov.br

Page 55: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 54

4.2 CONCEPÇÃO DE PROJETO

O processo de elaboração de um projeto é composto por diversas etapas que abrangem desde o levantamentode dados até o registro das especificações e soluções adotadas, podendo envolver também a coordenação eintegração com os demais projetos, bem como a assistência à execução.

Após a etapa de levantamento de dados vem a etapa de elaboração do programa de necessidades, onde sãodefinidas as exigências de caráter prescritivo ou de desempenho a serem atendidas pela edificação, tanto nosseus aspectos qualitativos como quantitativos.

Nesse sentido, na concepção do projeto, convém identificar preliminarmente as necessidades e expectativasdo usuário quanto à edificação em termos de desempenho, considerando as condições de uso a que estarásubmetida.

Além de atender às exigências do usuário o projeto deve atender às exigências da sociedade, normalmentecitadas em legislação municipal, estadual e federal. Outro fator a ser ponderado pelo projetista é a adequaçãodo produto ao meio-ambiente, sendo interessante uma leitura do item 4.3 – Construção Sustentável.

Paralelamente às necessidades e expectativas do usuário, há que se considerar o impacto das soluções deprojeto nos custos de produção e nos custos de manutenção ao longo da vida útil da edificação.

Também merecem destaques aspectos sobre qualidade de projeto e a sua influência na qualidade do produtofinal.

4.2.1 EXIGÊNCIAS DO USUÁRIO

As exigências do usuário, quanto às edificações, podem ser sintetizadas na forma de requisitos dedesempenho, conforme abaixo:

• SEGURANÇA� Estrutural� Contra Incêndio� No Uso e Operação

• HABITABILIDADE� Estanqueidade� Conforto Térmico� Conforto Acústico� Conforto Lumínico� Conforto Tátil e Antropodinâmico� Saúde, Higiene e Qualidade do Ar� Funcionalidade e Acessibilidade

• SUSTENTABILIDADE� Durabilidade e Manutenabilidade� Adequação Ambiental

4.2.2 EXIGÊNCIAS DA SOCIEDADE E AMBIENTAIS

As exigências da sociedade são traduzidas pelas legislações: municipal, estadual e federal.Além das exigências legais, devem ser observados aspectos urbanísticos, como:

• RESPEITO AO MEIO-AMBIENTE� Adequada coleta e disposição de resíduos (esgoto e lixo); adequado direcionamento de águas

pluviais e fluviais, e respeito à fauna e flora nativos.

• HARMONIA COM O ENTORNO� Compatibilidade do projeto com as condições locais, de forma a valorizar o contexto urbano.

• HARMONIA INTERNA� Adequado dimensionamento de vias de circulação e áreas verdes; tratamento de fachadas e

muros (detalhes construtivos e uso de cores); paisagismo de praças e jardins; espaços para lazer

Page 56: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 55

4.2.3 IMPACTO DAS DEFINIÇÕES DE PROJETO NOS CUSTOS

Dentre os processos isolados envolvidos na construção de um empreendimento imobiliário, o PROJETO éaquele cujas definições causam maior impacto no VALOR do empreendimento.

As soluções adotadas na elaboração do Projeto repercutem em todo o processo da construção, na medida quedefinem partidos, detalhes construtivos e especificações que permitem uma maior ou menor facilidade deconstruir e, conseqüentemente, afetam diretamente os custos de construção.

O projeto detêm ainda um grande potencial de racionalização do processo de execução das obras e, portanto,de elevação da produtividade global a partir da simplificação dos métodos e técnicas construtivas. A esteconceito foi atribuído o termo “construtibilidade ”, podendo ser interpretado como “facilidade de construir ”.

Ao se conceber um Projeto há que observar também, além dos custos de produção , os custos ao longo davida útil do edifício, ou seja, custos de operação e custos de manutenção.

As atividades que dão origem aos custos de manutenção provêm de três fontes básicas estritamente ligadasao projeto:

• Durabilidade dos materiais e componentes;• Ocorrência de manifestações patológicas;• Alterações das necessidades dos usuários.

Através da especificação correta de materiais – considerando-se os requisitos de desempenho e de suacombinação no detalhamento construtivo, bem como as características de dimensionamento -, pode-seassegurar condições adequadas de durabilidade ao longo da vida útil e, portanto, minimizar os custos demanutenção.

A partir das considerações anteriores, a respeito da repercussão das decisões de projeto sobre aprodutividade, sobre os custos de execução e os custos ao longo da vida útil, verifica-se que é na fase deprojeto que o empreendedor tem o maior poder de intervir sobre os custos totais do empreendimento.

A título ilustrativo, apresentamos alguns aspectos que merecem atenção especial durante a elaboração doprojeto arquitetônico/urbanístico, devido sua forte influência nos custos, no meio-ambiente e no contextourbano:

• traçado da malha viária em relação à topografia existente, declividades e integração das ruas com oentorno;

• dimensionamento dos lotes, quadras e das vias de circulação de veículos e pedestres;• traçado de redes de drenagem, água, esgoto, energia e iluminação;• destino final de águas pluviais e esgoto, bem como disposição de resíduos sólidos;• movimento de terra e necessidade de obras de contenção;• partido adotado para as unidades habitacionais, considerada a implantação, as tipologias, as condições

de insolação e de ventilação, as dimensões, os acabamentos, as ampliações e a possibilidade demodulação do empreendimento.

4.2.4 QUALIDADE DE PROJETO

A aferição da qualidade de um projeto é um processo complexo, envolvendo inúmeras variáveis.Um caminho para aferir a qualidade de um projeto pode ser a identificação e avaliação das etapas do seudesenvolvimento, classificando-as quanto à qualidade da seguinte forma:

• qualidade da solução : traduzida pela qualidade do produto final, pela facilidade de construir, peloscustos de produção e pelos custos de manutenção futura da edificação;

• qualidade da descrição da solução ou da apresentação : resultante da clareza e da precisão doprojeto executivo, dos memoriais de cálculo e dimensionamento e das especificações técnicas;

• qualidade no seu processo de elaboração : compreende a uniformização de procedimentos nadefinição de diretrizes e parâmetros, na integração entre projetos, na análise crítica e no controle derecebimento.

Page 57: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 56

4.3 CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

4.3.1 HISTÓRICO SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

O atual modelo de desenvolvimento mundial, baseado na exploração intensiva e descontrolada de recursosnaturais do planeta, que acelerou-se bruscamente nos últimos 50 anos, tem beneficiado apenas pequenaporção da população mundial, mormente aquela concentrada nos países desenvolvidos, propiciando-lhecondições dignas de alimentação, segurança, saúde, educação, lazer, etc...

Mesmo atendendo pequena porção da população mundial, esta exploração dos recursos naturais começa adar sinais de esgotamento, interferindo danosamente no equilíbrio ambiental do planeta.

A se tentar expandir o nível de dignidade para todos os povos, o impacto ambiental tende a assumirproporções catastróficas, podendo inclusive vir a comprometer a sobrevivência da espécie humana.

São exemplos de desequilíbrio ambiental gerados pelo atual modelo de desenvolvimento:

• O aquecimento global, também conhecido como efeito estufa:� causa: principalmente pela queima de combustíveis fósseis, para movimentar máquinas

(automóveis, turbinas, tratores, etc...) e para gerar energia;� conseqüência: o degelo da calota polar e consequente elevação do nível dos oceanos e a elevação

da velocidade máxima dos ventos.• A destruição da camada de ozônio, expondo os habitantes a excessos de raio ultra-violeta:

� causa: lançamento de gases carbono halogenados, sendo mais conhecidos os gases CFCutilizados em sistemas de ar condicionado e geladeiras, e também em aerossóis;

� conseqüência: o aumento de câncer de pele e outras.• A poluição do solo com nutrientes:

� causa: uso excessivo de fertilizantes que contêm nitrogênio, fósforo e potássio;� conseqüência: crescimento descontrolado de algumas espécies, rompendo o equilíbrio do

ecossistema, servindo como exemplo o crescimento exagerado de algas em corpos d’água, levando à contaminação e mortandade de peixes.O nitrogênio também está associado à chuva ácida e contribui para a geração doozônio de baixa altitude, um dos principais problemas ambientais das grandescidades.

• A redução das reservas de água potável por diversos motivos:� causa: ora ocasionada pela desertificação de vastas regiões; ora pela contaminação de

mananciais superficiais oriunda despejo direto de esgotos industriais e domésticos;ora pela contaminação de lençóis subterrâneos decorrente de infiltrações de despejosindustriais, de infiltrações do chorume de aterros sanitários, etc...

O risco de se exaurir e envenenar o planeta devido à manutenção do modelo atual de desenvolvimento, vemsendo denunciado há décadas, porém atitudes abrangentes e planejadas, visando enfrentar efetivamente oproblema, formalizam-se somente a partir de 1987, quando a ONU divulga o conceito deDESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, cunhado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente eDesenvolvimento:

“O Desenvolvimento Sustentável é aquele que atende às necessidades do presente semcomprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades”

(Gro Brundtland, presidente da Comissão Mundial sobre MeioAmbiente e Desenvolvimento, no relatório Nosso Futuro Comum).

O relatório Nosso Futuro Comum, reconhecendo o modelo vigente como injusto socialmente e perdulárioambientalmente, e demonstrando que devem ser tratados conjuntamente os interesses ambientais,econômicos e sociais, aponta que o Desenvolvimento Sustentável deve ser o princípio organizador para todosos governos do mundo.

A Conferência Mundial da ONU de 1992 - conhecida como EC0-92 -, no Rio de Janeiro-BR, reunindo a Cúpulade Governantes Mundiais, ratificou o relatório Nosso Futuro Comum e, mais ainda, naquela ocasião oslíderes comprometeram-se a fazer cumprir tais princípios, inclusive agendando compromissos, com prazos emetas, redundando daí o documento conclusivo do Encontro: A Agenda Mundial para o Novo Século -AGENDA 21.

Page 58: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 57

AGENDA 21: MUNDIAL, NACIONAL, LOCAL

De caráter descentralizado, a Agenda 21 Mundial sinaliza que todos (países, cidades, comunidades) devemestabelecer seus planos de desenvolvimento, devem criar agendas locais;de caráter democrático, sinaliza que as Agendas locais devem ser obtidas de consenso, com atores e grupossociais opinando e comprometendo-se com o plano.

No Brasil encontram-se em discussão diversas Agendas 21 locais: nas empresas, nas escolas, nos bairros,nos municípios e nos estados da federação.

De maior amplitude, encontra-se em elaboração a AGENDA 21 NACIONAL, coordenada pela Comissão dePolíticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21, no âmbito do Ministério do Meio Ambiente,havendo previsão de conclusão para Nov/2002.Esta Agenda 21 Brasileira está estruturada em seis capítulos:

1. Agricultura Sustentável2. Cidades Sustentáveis3. Infra-Estrutura e Integração Regional4. Gestão dos Recursos Naturais5. Redução das Desigualdades Sociais6. Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentável

Ainda que todos tenham alguma relação com o complexo da construção civil habitacional, destacaremos oitem Cidades Sustentáveis como de maior interesse para o setor.

CIDADES SUSTENTÁVEIS

Duas Conferências da ONU trataram especificamente das cidades.

• Na primeira em 1976 – Habitat I – as grandes cidades eram vistas como desgraça a ser evitada,incentivava-se a fixação do homem no campo para evitar o êxodo rural e conseqüente inchaço dascidades.

• Na segunda em 1996 – Istambul – Assentamentos Humanos e Habitat II -, já com a sociedade permeadade conceitos de sustentabilidade, e reconhecendo que as grandes cidades, em que pese suas deficiências,minoravam os sofrimentos da população rural, passou-se a incorporar o conceito de que as cidadesmerecem ser priorizadas, cabendo humanizá-las. Reconheceu-se que nos conglomerados urbanos residea origem dos mais fortes processos de degradação ambiental: poluição do ar, dos rios, dos lençóis,geração de resíduos, consumo exagerado e desperdício.

Em Conferência de 1994 no Cairo, a ONU põe em foco o tema População e Desenvolvimento;em 1995 o tema da Conferência de Copenhague é Pobreza e Desenvolvimento Social.

Abarcando e conectando todos estes temas, o Consórcio Parceria 21 elaborou um longo texto-base sobre oPlano Estratégico que deverá compor o capítulo 2 – Cidades Sustentáveis, da Agenda 21 Brasileira.

Este texto-base estabelece quatro estratégias prioritárias:

Estratégia 1: Aperfeiçoar a regulamentação do uso e da ocupação do solo urbano e promover o ordenamento do território,contribuindo para a melhoria das condições de vida da população, considerando a promoção da eqüidade aeficiência e a qualidade ambiental.

Estratégia 2: Promover o desenvolvimento institucional e o fortalecimento da capacidade de planejamento e de gestãodemocrática da cidade, incorporando no processo a dimensão ambiental e assegurando a efetivaparticipação da sociedade.

Estratégia 3: Promover mudanças nos padrões de produção e de consumo da cidade, reduzindo custos e desperdícios efomentando o desenvolvimento de tecnologias urbanas sustentáveis.

Estratégia 4: Desenvolver e estimular a aplicação de instrumentos econômicos no gerenciamento dos recursos naturaisvisando à sustentabilidade urbana.

AGENDAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

Também dentro do tema desenvolvimento sustentável, o Estado de SP elaborou Agendas específicas:

Agenda Marrom: Prevenção e controle da degradação ambiental decorrente de atividades poluidoras, e pelo desempenhode atividades correlatas como a realização de pesquisas sobre poluição, qualidade do ar, da água e dosolo.

Agenda Azul: Gestão de Recursos HídricosAgenda Verde: Responsável pela formulação e execução da política florestal, de forma a promover a preservação da

biodiversidade e o desenvolvimento sustentável dos recursos naturais renováveis.

Page 59: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 58

4.3.2 CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

A cadeia da construção civil é tida como o maior setor industrial de um país (no Brasil, cerca de 14% do PIB).Além desta expressiva participação na economia, o setor produz os bens de maiores dimensões físicas(estradas, pontes, edifícios, barragens, etc...), sendo portanto o maior consumidor de recursos naturais e,conseqüentemente, o maior gerador de resíduos.

Portanto, para se implementar um novo modelo de Desenvolvimento Sustentável, necessariamente há quese rever todo o macro-setor da construção, desde a exploração de jazidas, até a obra acabada e posteriormanutenção.

IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO NO MEIO AMBIENTE

São exemplos de impactos da construção no meio ambiente:

• consumo de recursos naturais ou extração em jazidas: de areia, de pedra, de calcário, de minério deferro, etc...

• consumo de energia elétrica nas fases de: extração, transformação, fabricação, transporte, aplicaçãoem obra, etc...

• geração de resíduos decorrentes de perdas, desperdício e demolição, estimando-se que a quantidade deresíduos da construção, medidos em peso, já se aproximam da quantidade de todo o lixo produzido pelascidades.

• desmatamento, alteração de relevo e erosão de solo, presente em obras de rodovias e grandesempreendimentos habitacionais.

ATITUDES DO SETOR FRENTE À NOVA REALIDADE

Consciente de sua responsabilidade, o setor da construção civil, inicialmente através do meio acadêmicovem contribuindo com esta mudança de paradigma, sendo considerado um marco deste processo, o momentoem que o CIB (International Council for Research and Innovation in Building and Construction), sistematizando todos osestudos das últimas duas décadas sobre o assunto, promoveu seu Congresso Mundial da Construção CIB,em 1998, na cidade de Gävle – Suécia, com o tema: A Construção e o Ambiente.

Este Congresso estabeleceu um roteiro para a "AGENDA 21 PARA A CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL".

O sumário executivo do encontro relata que a mesma pretende ser um elo de ligação global entre o relatórioBrundtland, a Agenda Habitat II e as Agendas 21 Nacionais/Regionais, no que concerne ao ambienteconstruído.

Sobre o conceito de Construção Sustentável, transcrevemos o sumário executivo do Congresso:

"A construção sustentável adota diferentes enfoques e confere diferentes prioridades em diferentes países.Não é raro, verificar a existência de posições e interpretações muito diferentes entre vários países comdiferenças marcadas entre economias de mercado desenvolvidas, economias em transição e países emdesenvolvimento. As economias maduras estão em condições de dedicar maior atenção na criação de ummercado imobiliário mais sustentável, quer seja pela renovação, por novos empreendimentos ou pela invençãoe uso de novas tecnologias, enquanto as economias em desenvolvimento, naturalmente, dedicarão maioratenção na igualdade social e na sustentabilidade econômica."

"O entendimento ou a interpretação da sustentabilidade na edificação na construção civil também sofreumudanças ao longo dos anos. No início, a ênfase era em como lidar com o problema da limitação de recursos,especialmente energia, e em como reduzir o impacto na natureza.Nessa mesma época, a ênfase era colocada mais em problemas técnicos da construção tais como: materiais,componentes da construção, tecnologias construtivas e em conceitos de projeto ligados à energia.Atualmente, uma apreciação do significado dos aspectos não-técnicos está crescendo e percebe-se que oschamados aspectos "leves" são, também, cruciais para um desenvolvimento sustentável na construção.Sustentabilidade econômica e social devem ter uma definição clara e de consenso. Mais recentemente,também os aspectos culturais e as implicações do patrimônio cultural do ambiente construído passaram a serconsiderados como aspectos preeminentes na construção sustentável."

Page 60: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 59

EXEMPLO DE TEMAS ENVOLVENDO CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

A seguir apresentamos temas de diversos países sobre construção sustentável:

• O edifício deve consumir uma quantidade mínima de água e de energia durante toda sua vida útil;• O edifício deve ser durável, de forma a não necessitar de manutenção;• Quando o conceito de projeto prever ampliações ou modificações futuras, os materiais empregados

devem ser facilmente remomíveis e reaproveitáveis (desmontabilidade);• Devem ser incentivados processos industrializados que demandem um mínimo de desperdício;• O edifício deve ocupar área mínima de terreno;• O edifício deve ter ambiente interior saudável;• Incentivar o uso de materiais reciclados e recicláveis;• Evitar o avanço das áreas urbanas sobre as áreas rurais (verticalização das cidades);• Projetar espaços para lixeiras seletivas;• Evitar movimento de terra (no presente e no futuro pós-ocupado);• Utilizar materiais com menor demanda de energia para fabricação;• Utilizar materiais com menor demanda de energia em transporte;• Incentivar iluminação e ventilação naturais;• Reutilizar água de lavagem para irrigação;• Permitir a infiltração de águas de chuva no solo;• Desenvolver sistemas para recolher água de chuva;• Desenvolver métodos de avaliação de impacto ambiental de empreendimentos;

ENCERRAMENTO

Finalizando, emprestamos palavras do Prof. Dr. Wanderley M. John, no artigo Construção e DesenvolvimentoSustentável:

"Se a última década foi a década da qualidade, as próximas serão dedicadas à questão ambiental,...A revolução da qualidade pode ser simbolizada na série de normas ISO 9000. Do mesmo modo, a série denormas ISO 14000 simboliza a chegada da preocupação ambiental ao mundo dos negócios......Neste momento, a construção civil tem a opção de desenvolver sua própria agenda ambiental, antecipando-seà tendência de sofrer regulamentos unilaterais por parte dos órgãos governamentais.....As empresas que adotarem esta visão(os conceitos de sustentabilidade) ganharão capacidade competitiva.Adicionalmente, os profissionais envolvidos receberão uma forma de pagamento única: o orgulho decontribuir para a preservação ambiental."

Page 61: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 60

4.4 ACESSIBILIDADE

4.4.1 ACESSIBILIDADE EM GERAL

4.4.1.1 Conceito

O bem estar de uma população também tem relação com sua autonomia de mobilidade de forma segura econfortável.O termo ACESSIBILIDADE tem sido empregado no estudo das condições de mobilidade das pessoas.Acessibilidade abrange princípios de ergonomia, que devem respeitar características antroprométricas dopúblico alvo.Os princípios de acessibilidade guardam estreita relação com princípios de segurança contra incêndio, aopropiciarem rotas de fuga seguras, na ocorrência de sinistros.Os princípios de acessibilidade também se relacionam com princípios de conforto antropodinâmico.Os princípios de acessibilidade devem estar presentes no ambiente interior das edificações, no meio urbano,nos transportes, etc...

4.4.1.2 Soluções de Projeto

Na elaboração de projetos, deve-se atentar para:• Sinalização objetiva e adequada;• Eliminação de barreiras em passeios, vias de acesso e áreas comuns;• Vias de transporte vertical adaptadas às diversas necessidades;• Dimensionamento de cômodos ou espaços de circulação de forma a garantir segurança e conforto,

considerando medidas de mobiliário padrão;• Eliminação sistemática de desníveis;• Especificação de pisos e materiais de revestimento que garantam segurança de uso, em especial em

áreas molhadas;• Uso de corrimãos, guarda-corpos e barras de apoio em áreas de risco;• Rígida observação de medidas mínimas necessárias em portas e aberturas, quanto a vãos luz e altura

de peitoris;• Observação de medidas básicas de alcance de aparelhos e equipamentos fixos;• Soluções de saída e escape de emergência sem obstáculos.

4.4.2 ACESSIBILIDADE PARA PORTADORES DE DEFICIÊNCIA

4.4.2.1 Caracterização de Portadores de Deficiência

Estudos sobre ACESSIBILIDADE PARA PORTADORES DE DEFICIÊNCIA indicam a existência de barreirasvisíveis e invisíveis:

• as barreiras visíveis são entendidas como impedimentos concretos (obstáculos físicos, falta desinalização);

• já as barreiras invisíveis são decorrentes da discriminação às pessoas que vêem reduzida suacapacidade de mobilidade.

A eliminação das barreiras visíveis contribui para a diminuição das barreiras invisíveis, pois ao se permitir maiormobilidade aos portadores de deficiência, facilita-se a integração dos mesmos à sociedade.

O conceito de deficiência diz respeito a uma alteração num órgão ou estrutura do corpo humano.Cruzando dados da Organização Mundial de Saúde – OMS com dados do IBGE de 1992, o quadro deportadores de deficiência no Brasil é o seguinte:

TIPO DE DEFICIÊNCIA POPULAÇÃO %Deficiência Mental 8.000.000 5Deficiência Física (paraplegia, hemiplegia, tetraplegia, amputação) 3.200.000 2Deficiência Auditiva 2.400.000 1,5Deficiência Múltipla 1.600.000 1Deficiência Visual 800.000 0,5TOTAL 16.000.000 10

Perante o conceito de acessibilidade, merecem atenção especial os portadores de deficiência física, visual emúltipla.

Page 62: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 61

4.4.2.2 Soluções de Projeto para Portadores de Deficiência

Considerando que a acessibilidade de deficientes está cotejada na Constituição Brasileira, entende-se comoideal que os princípios de acessibilidade sejam contemplados durante a elaboração de projetos.

A adaptação interna das unidades habitacionais, no que concerne à dimensão de ambientes e instalação dedispositivos específicos, pode, ou ser incorporada, ou prever a possibilidade de incorporação futura, quandoda efetiva ocupação.Tal adaptação interna é aplicável apenas a um número reduzido de unidades dentro de um empreendimentohabitacional, via de regra, guardando-se relação com a proporção da população brasileira portadora dedeficiência.

Em relação ao ambiente exterior à unidade habitacional, convém incorporar soluções que proporcionemmobilidade aos portadores de deficiência.

Além das soluções de projeto citadas anteriormente, há necessidade de adoção de projetos especiaisdestinados a deficientes físicos, visuais ou auditivos, que devem atender aos dispositivos normativosespecíficos, observando:

• Dimensionamento de acessos;• Declividade de rampas;• Adequação de acessórios e aparelhos sanitários;• Adequação de elevadores;• Adequadas condições de iluminação.

4.4.3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS

NBR 9050/94 - ABNT – Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência a edificações, espaço, mobiliário eequipamentos urbanos;NBR 9077/93 - ABNT – Saídas de emergência em edifícios;NBR 13994/97 - ABNT – Elevadores para transporte de pessoa portadora de deficiência;Normas estaduais e municipais quanto a segurança contra incêndio e acessibilidade a portadores dedeficência.

Page 63: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 62

4.5 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Os acidentes e doenças do trabalho constituem hoje no Brasil um grave problema.As estatísticas oficiais indicam que ocorrem cerca de três mil acidentes do trabalho por dia, dos quais dozeresultam em morte.Estes números ainda são elevados, mas as ocorrências de acidentes já reduziram a um terço em comparaçãoaos registros da segunda metade da década de 80.Na Indústria da Construção Civil, via de regra, as causas de acidentes estão relacionadas à falta deplanejamento, falha de projeto, materiais, ferramentas e equipamentos inadequados, execução de obras semprocedimentos operacionais claros ou treinamento adequado dos operários.Nos últimos anos, o setor da Construção Civil, preocupado com essas estatísticas, vem participandoativamente na discussão e elaboração de normas voltadas à prevenção de acidentes e preservação da vida.Estas normas, na medida que disciplinam procedimentos, acabam contribuindo também para melhoria daqualidade e da produtividade das obras, em virtude de investimentos em educação, treinamento e motivaçãodos trabalhadores.Muitas empresas adotam esses procedimentos como diferencial competitivo, conseguindo melhores resultadospara a empresa e para o produto final.

4.5.1 OBJETIVO DAS NORMAS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e organização, que objetivem aimplementação e manutenção de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos,nas condições e no meio ambiente de trabalho, no sentido de manter salubridade e evitar doençasocupacionais e acidentes.

4.5.2 CONCEITO DE ACIDENTE DO TRABALHO

A Lei 8.213/91/91 define o conceito de acidente de trabalho como aquele que ocorre pelo exercício do trabalhoa serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ouredução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.Os acidentes de trabalho são classificados em três espécies:

• Doenças do trabalho: aquelas que não têm no trabalho sua causa única ou exclusiva; as condiçõesexcepcionais ou especiais do trabalho determinam a quebra da resistência orgânica, fazendo eclodir ouagravar a doença;

• Doenças profissionais: têm no trabalho a sua causa única, eficiente por sua própria natureza, ou seja,a insalubridade;

• Acidentes do trabalho tipo: são aqueles de causa e resultado imediato, ao contrário das doenças quepossuem progressividade.

4.5.3 REGULAMENTAÇÃO E PROGRAMAS

As normas básicas referentes a SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO estão previstas nos artigos 154 a201 da CLT com redação dada pela Lei 6.514/77 e Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho, e suasatualizações.A Portaria 3.214/78 contém um conjunto de Normas Regulamentadoras – NR, que devem ser observadas naimplementação dos programas preventivos.Dentre as Normas Regulamentadoras, destacam-se:

• NR 05: estabelece a implantação de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA,constituídas de representantes de empregados e empregadores;

• NR 06: as empresas são obrigadas a fornecer, gratuitamente, Equipamento de Proteção Individual –EPI, adequado e em perfeito estado de conservação e funcionamento;

• NR 07: estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação de um Programa de ControleMédico de Saúde Ocupacional - PCMSO, por parte de todos os empregadores e instituições queadmitam trabalhadores como empregados;

• NR 08: estabelece os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações parasegurança aos que nela trabalham;

• NR 09: estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação de um Programa de Prevenção deRiscos Ambientais – PPRA, por parte de todos os empregadores e instituições que admitamtrabalhadores como empregados;

• NR 18: instituiu a obrigatoriedade de implantação de um Programa de Condições e Meio Ambiente deTrabalho na Indústria da Construção – PCMAT, em locais onde trabalhem vinte, ou mais trabalhadores.

Page 64: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 63

CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

A CIPA tem como objetivo precípuo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, mediantecontrole dos riscos presentes no ambiente, nas condições e na organização do trabalho, de modo a obter apermanente compatibilização do trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde dostrabalhadores.

PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

O PCMSO tem como objetivo a promoção e preservação da saúde do conjunto de trabalhadores bem como olevantamento dos riscos à saúde.

PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

O PPRA visa a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação,reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou quevenham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursosnaturais.

PCMAT – Programa de Condições e Meio ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

O PCMAT tem por objetivo básico garantir a saúde e a integridade dos trabalhadores através da prevenção dosriscos inerentes ao processo de execução das obras.Para tanto, é necessário estabelecer ações de reconhecimento, avaliação e controle destes riscos.Este programa deve conter no mínimo:

• memória descritiva da segurança;• projeto das proteções coletivas;• especificações técnicas dos equipamentos de proteção individual;• cronograma de implantação das medidas preventivas;• layout do canteiro de obras e áreas de vivência;• programa educativo.

4.5.4 IMPLEMENTAÇÃO

Na implementação dos programas em obras da Construção Civil, deve-se observar, principalmente, asseguintes ações:

• instituição da CIPA;• implantação de sistema de controles de equipamentos de proteção individual e coletiva adequados às

atividades;• observância ao contido na NR 08 quanto a locais, circulação e proteção contra intempéries;• elaboração e manutenção de programa de prevenção de riscos ambientais, conforme NR 09, com o

reconhecimento dos agentes de risco, implementação de medidas de controle, avaliação dos níveis deexposição ao risco, com elaboração do PPRA;

• atendimento ao disposto na NR 18, estabelecer medidas de ordem administrativa, de planejamento eorganização, na implementação de medidas de controle e segurança no processo construtivo, comelaboração do PCMAT;

• promoção de treinamentos e divulgação de técnicas de segurança no trabalho;• sinalização adequada.

4.5.5 OUTRAS NORMAS DE REFERÊNCIA

Legislação específica de alçada municipal e estadualCódigo SanitárioNBR 7678 – ABNT – Segurança na Execução de Obras e Serviços de Construção

Page 65: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXOS 64

5 ANEXOS

Page 66: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXOS 65

ANEXO A : CARTA PROPOSTA

ANEXO B : FICHA RESUMO DO EMPREENDIMENTO - FRE

ANEXO C : MEMORIAL DESCRITIVO – HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO

ANEXO D : MEMORIAL DESCRITIVO – INFRA-ESTRUTURA

ANEXO E : ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO –HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO

ANEXO F : ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO – INFRA-ESTRUTURA

ANEXO G : CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO – HABITAÇÃO/EQUIPAMENTOCOMUNITÁRIO

ANEXO H : CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO – INFRA-ESTRUTURA

ANEXO I : CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO – GLOBAL

ANEXO J : DECLARAÇÃO DE VIABILIDADE DE ATENDIMENTO PELA CONCESSIONÁRIADE ENERGIA ELÉTRICA

ANEXO K : DECLARAÇÃO DE VIABILIDADE DE ATENDIMENTO PELA CONCESSIONÁRIADE ÁGUA E ESGOTO

ANEXO L : PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS – APARTAMENTOS

ANEXO M: PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS - CASAS

ANEXO N : PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS - EQUIPAMENTOCOMUNITÁRIO

ANEXO O : PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS - INFRA-ESTRUTURA

ANEXO P : QUADRO COMPLEMENTAR PARA CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS

ANEXO Q : PADRÃO DE ACABAMENTOS – CRITÉRIO SINAPI

Page 67: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO A – CARTA PROPOSTA 66

ANEXO A : CARTA PROPOSTA

(Utilizar papel timbrado da proponente)

Local, ......../......../.........

ÀCAIXA ECONÔMICA FEDERALEscritório de Negócios ..........................................................

Assunto: Proposta de Financiamento

Senhor Superintendente de Negócios,

1 Vimos pleitear financiamento imobiliário junto à CAIXA, e para tanto informamos:

Proponente/Entidade OrganizadoraNomeCGCEndereçoMunicípio/UF CEP:Nome para contatoTelefones e faxe-mail

ConstrutoraNomeCGC CREA:EndereçoMunicípio/UF CEP:Nome para contatoTelefones e faxe-mailResponsável TécnicoCREA do Resp. Técnico CPF:

EmpreendimentoNomeEndereçoMunicípio/UF CEP:Número de UnidadesResponsável TécnicoCREA do Resp. Técnico CPF:

Financiamento Pleiteado na CAIXAPrograma e ModalidadeFinanciamento GlobalFinanc. Médio por UnidadeValor Venda por Unidade

2 Encaminhamos em anexo, a documentação requerida pela CAIXA.

Atenciosamente

____________________________________Responsável pela ProponenteCarimbo/Assinatura

Page 68: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO B – FICHA RESUMO DO EMPREENDIMENTO - FRE 67

ANEXO B : FICHA RESUMO DO EMPREENDIMENTO - FRE

Page 69: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO B – FICHA RESUMO DO EMPREENDIMENTO - FRE 68

Page 70: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 69

ANEXO C: MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO

MEMORIAL DESCRITIVO

1 HABITAÇÃO

1 EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO

IDENTIFICAÇÃO:

Proponente : .......................................................................................................................................................Construtora : .......................................................................................................................................................Empreendimento : .......................................................................................................................................................Endereço : ......................................................................................... Cidade: ...........................................

MEMORIAL DESCRITIVO

1 SERVIÇOS PRELIMINARES E GERAIS

1.1 SERVIÇOS TÉCNICOSDescrever o tipo de sondagem (trado, percussão,...), número de pontos e espaçamento de acordo com a NBR.

1.2 CANTEIROS E INSTALAÇÕES PROVISÓRIASDeclarar: “Será implantado canteiro de obras dimensionado de acordo com o porte e necessidades da obra”.

IMPORTANTE

Exige-se:

• Placa da CAIXA, conforme modelo padronizado (vide item 3.2 ), a ser fixada em local frontal à obra e em posição

de destaque. Esta placa nunca poderá ser menor que a maior placa afixada (exceto placas promocionais de venda).

1.3 MÁQUINAS E FERRAMENTASDeclarar: “Serão fornecidos todos os equipamentos e ferramentas adequadas de modo a garantir o bom desempenho da

obra”.

1.4 LIMPEZA PERMANENTE DA OBRADeclarar: “A obra será mantida permanentemente limpa”.

1.5 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO E SEGURANÇADeclarar: “A obra será suprida de todos os materiais e equipamentos necessários para garantir a segurança e higiene

dos operários”.

1.6 CONTROLE DE QUALIDADEDeclarar: “A Construtora implantará um Programa de Controle de Qualidade Total, incluindo procedimentos de

execução e inspeção, tanto de serviços como de materiais, em conformidade com o PBQP-H”.

Page 71: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 70

2 INFRA ESTRUTURA

2.1 TRABALHOS EM TERRAInformar edificações a demolir.

Informar serviços de locação de obra a serem utilizados (topografia, gabaritos, etc...)

Descrever a execução de serviço de terraplanagem, informando os serviços a serem executados, espessura de

raspagem da camada vegetal, grau de compactação de aterros, espessuras das camadas a compactar, necessidade de

importação e/ou remoção para bota-fora.

Descrever medidas preventivas a adotar quanto à estabilidade e contenção de taludes e terrenos vizinhos.

Declarar: "Será executada contenção com muro de arrimo sempre que o desnível ultrapassar o limite estabelecido pela

CAIXA no Manual Técnico de Empreendimento.

2.2 FUNDAÇÕESInformar o tipo de fundação a ser utilizada, em função do tipo e características do solo.

Informar o FCK do concreto, tipo de formas e de armação previstos.

Descrever o processo de impermeabilização (lona plástica, aditivo no concreto, pintura asfáltica, respaldo com

argamassa aditivada, etc...)

No caso de fundação em radier, informar : espessura do lastro de brita, da camada de concreto do piso interno, da

calçada externa, e o tipo de armação a ser utilizado.

3 SUPRA ESTRUTURA

Descrever o tipo de sistema estrutural: convencional (pilar, viga, laje), alvenaria auto-portante, alvenaria estrutural

(“grout”), etc...

Informar o FCK do concreto, tipo de forma e de armação previstas.

Informar espessura, tipo e local de utilização de lajes (para casas).

No caso de alvenaria estrutural ou auto-portante, informar: tipo, dimensões e resistência de blocos, e o traço de

assentamento da argamassa e “grout”.

4 PAREDES E PAINEIS

4.1 ALVENARIAEspecificar tipo e dimensões de tijolos e blocos e traço da argamassa de assentamento.

Especificar o tipo, a seção e o transpasse de vergas e contra-vergas.

Descrever o sistema de amarração entre blocos, entre paredes, entre paredes e lajes, entre paredes e pisos.

4.2 ESQUADRIAS

Descrever as portas e janelas no nível de detalhe do exemplo abaixo:

PORTAS

AMBIENTE MATERIAL TIPO E MODELO DIMENSÃO MARCA

Sala Metálica 2 folhas de correr, para vidro 3mm, veneziana ventilada inferior,

estrutura em chapa 18

1,20 x 2,20

A, B, C

Dormitório 1 Madeira 1 folha de abrir, lisa, compensada, encabeçada, miolo colméia 0,70 x 2,10 “

Dormitório (suíte) Madeira 1 folha de abrir, lisa, compensada, encabeçada, miolo colméia 0,70 x 2,10 “

Cozinha (porta

externa)

Metálica 1 folha de abrir, c/vidro liso, estrutura em chapa 18, com

batente acoplado e fechadura acoplada

0,80 x 2,10 ”

Banheiro

Social

Alumínio 1 folha de abrir, estrutura em perfil 10, veneziana fixa. 0,60 x 2,10 “

Escadaria

Metálica

Corta-Fogo

1 folha de abrir, atendendo às especificações dos Bombeiros 0,80 x 2,10 “

Page 72: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 71

JANELAS E BASCULANTES

AMBIENTE MATERIAL TIPO E MODELO DIMENSÃO MARCA

Sala Metálico 4 folhas cegas (2fixas e duas móveis

c/veneziana) e 2 folhas para vidro, em chapa 18,

com caixilho e trinco acoplados.

1,80 x 1,20 A, B, C

Dormitório 1 Madeira 4 folhas: 2 de abrir venezianas e duas

guilhotinas para vidro.

1,20 x 1,20 “

Dormitório

(suíte)

Alumínio e PVC 3 folhas: 1 fixa em PVC cega, 1 móvel em PVC

veneziana e 1 móvel p/ vidro, c/caixilho e trinco

acoplado

1,20 x 1,20 “

Cozinha Metálica Basculante c/ 4 folhas móveis, em chapa dobrada

18, caixilho e alavanca acoplados

1,20 x 1,00 “

Banheiro

Social

Alumínio Basculante c/2 folhas móveis, caixilho, alavanca

e vidro acoplados

0,80 x 0,80 ”

Banheiro

Suíte

Vidro Temperado Maxim-ar, vidro 10 mm, cor bronze, com

alavanca acoplada

0,60 x 0,60 “

4.2.1 ESQUADRIAS ESPECIAIS, PORTÕES, GRADES, BOX, CORRIMÃOS, ETC...Descrever no nível de detalhe do exemplo abaixo:

ESQUADRIAS ESPECIAIS, PORTÕES, GRADES, BOX, CORRIMÃOS

AMBIENTE MATERIAL TIPO E MODELO DIMENSÃO MARCA

Caixa D’água Metálico Alçapão, com caixilho e trinco acoplados. 0,50 x 0,50 A, B, C

Garagem Metálico Portão de abrir, c/2 folhas, em ferro redondo,

desenho a projetar

3,00 x 1,00

Área Serviço Alumínio Porta de correr com 2 folhas, tipo box, em

alumínio e folha acrílica

1,20 x 2,20 “

Quintal Metálico Escada Marinheiro, barra de ferro redonda ½”, a

projetar

0,40 x 5,00 ”

Escada Metálico Escada helicoidal, 15 degraus, degrau médio 15

cm, chapa ..., a projetar

1,00 diâmetro

Escada Madeira Corrimão em seção retangular 7x5cm, canto

boleado, fixador com grapas

4,00 m

4.2.2 BATENTES E GUARNIÇÕESDescrever: material, dimensões, modelo, perfil, marca e local de aplicação.

4.3 FERRAGENSDescrever no nível de detalhe do exemplo a seguir:

Page 73: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 72

FECHADURAS

ESQUADRIA TIPO E MODELO MARCA

Porta Entrada Em latão cromado, com maçaneta tipo bola, externa fixa, chave

em cilindro espelho de chave separado, de 1a linha.

A, B, C

Porta Cozinha

(externa)

Niquelado, tipo alavanca, com chave externa. “

Porta Dormit 1 e Suíte Cromado, tipo alavanca, com chave interna “

Janela Dormit 1 Dourado, colonial, tipo cremona. “

4.4 VIDROS

Descrever no nível de detalhe do exemplo abaixo:

VIDROS

ESQUADRIA ESPESSURA, MODELO E ASSENTAMENTO

Porta Entrada 3 mm, martelado, assentado com massa de vidro

Porta Cozinha

(externa)

3 mm, martelado, assentado com massa de vidro

Janela Dormitório 1 3mm, liso, assentado com baguete de madeira.

Janela Dormitório Suíte 4 mm, liso, fornecido junto com a esquadria

Basculante Banheiro Suíte 10 mm, temperado, fornecido junto com a esquadria

IMPORTANTE:

Sugerem-se as seguintes espessuras mínimas:• semiperímetro até 200 cm ......... 3 mm• semiperímetro até 300 cm ......... 4 mm• semiperímetro até 400 cm ......... 5 mm• acima de 400 cm a espessura deverá ser estudada.

5 COBERTURA E PROTEÇÕES

5.1 TELHADODefinir os materiais para execução de sua estrutura.

Especificar as telhas por tipo e sistema para fixação das peças, no caso de telhas de fibrocimento, especificar também a

marca e a espessura.

Definir sistema de captação de águas, (calhas, rufos e condutores) especificando os materiais a serem utilizados.

Descrever a vedação no encontro da alvenaria com o madeiramento do telhado.

Descrever o acabamento dos beirais (tabeira, testeira, arremates, etc...) e forros dos beirais.

Relacionar os locais cobertos com telhas (eventualmente omissos no projeto de cobertura).

Page 74: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 73

5.2 IMPERMEABILIZAÇÕESDescrever separadamente os tipos de impermeabilização (rígidas, pinturas, membranas, especiais, ...) para:

• caixa d’água

• box de banheiro, sacada ou varanda

• pisos ou radier (para casas)

• alvenaria de embasamento ou baldrame (quando este funcionar como embasamento)

• laje descoberta

• piscina

Especificar a execução de barrados impermeáveis internos e externos (altura, material, etc...)

5.3 TRATAMENTOSEspecificar os materiais e técnicas utilizados no tratamento de concreto armado aparente e juntas se dilatação.

6 REVESTIMENTOS, ACABAMENTOS E PINTURA

6.1 INTERIORESDescrever no nível de detalhe do exemplo abaixo:

REVESTIMENTOS, ACABAMENTOS E PINTURA

AMBIENTE PISO PAREDE TETO

Sala Contrapiso alisado, 3 cm, no

traço 1:3, sobre radier,

revestido com carpete 6mm, e

rodapé em cordão.

Chapisco no traço 1:3

Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm

Reboco c/massa pronta, 2mm.

Pintura latex sobre massa corrida, em

2 demãos.

Chapisco no traço 1:3

Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm

Reboco c/gesso, 2mm.

Caiação sobre reboco, em 2

demãos.

Dormitórios e

circulação

Radier desempenado,

revestido com ardósia cinza

50x50cm, com rodapé 5cm

em ardósia.

Chapisco no traço 1:3

Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm

Pintura latex sobre emboço.

Chapisco no traço 1:3

Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm.

Pintura latex sobre emboço, em 2

demãos.

Banheiro Social Cerâmica 20 x 20 de 1ª linha,

marca A, B ou C, sobre

contrapiso 3 cm, no traço 1:3,

com rodapé 7 cm do mesmo

material.

Chapisco no traço 1:3

Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm

Azulejo 15 x 15 liso de 1ª linha, marca

A, B ou C, até o teto no box e na

parede hidráulica.

Pintura latex acrílica sobre emboço

em 2 demãos nas demais paredes.

Forro em placas de gesso de 50

cm x 50 cm, liso.

Pintura latex sobre gesso, em 2

demãos.

Cozinha Cerâmica 20 x 20 de 1ª linha,

marca A, B ou C, sobre

contrapiso 3 cm, no traço 1:3,

com rodapé 7 cm do mesmo

material.

Chapisco no traço 1:3

Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm

Azulejo 15 x 15 liso de 1ª linha, marca

A, B ou C , até o teto na parede

hidráulica.

Pintura latex acrílica sobre emboço

em 2 demãos nas demais paredes.

Chapisco no traço 1:3

Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm

Pintura latex sobre emboço em 2

demãos.

Área Serviço

ÁR

EA

PR

IVA

TIV

A

Page 75: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 74

REVESTIMENTOS, ACABAMENTOS E PINTURA

AMBIENTE PISO PAREDE TETO

Guarita Contrapiso desempenado 8

cm no traço 1:4:5, sobre lastro

de brita

Chapisco no traço 1:3

Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm

Pintura latex acrílica sobre emboço

em 2 demãos.

Chapisco no traço 1:3

Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm

Reboco c/gesso, 2mm

Pintura latex sobre emboço em 2

demãos.

Salão Festas e

Jogos

Contrapiso desempenado 8

cm no traço 1:3, sobre lastro

de brita, revestido com lajota

esmaltada 50x50cm e rodapé

em cerâmica 7 cm.

Chapisco no traço 1:3

Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm

Reboco c/massa pronta, 2mm

Pintura latex acrílica sobre emboço

em 2 demãos.

Chapisco no traço 1:3

Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm

Pintura latex sobre emboço em 2

demãos.

Banheiros do

Salão Festas, e

WC Guarita

Contrapiso desempenado 8

cm no traço 1:3, sobre lastro

de brita, revestido com lajota

esmaltada 50x50cm e rodapé

em cerâmica 7 cm.

Chapisco no traço 1:3

Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm

Azulejo colorido até o teto, de 1a

linha, 15x15cm.

Forro em placas de gesso de 50

cm x 50 cm, liso.

Pintura latex sobre gesso em 2

demãos.

Copa Salão de

Festas

Contrapiso 3 cm, no traço 1:3,

sobre radier, com acabamento

alisado (cimento queimado)

Chapisco no traço 1:3

Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm

Azulejo colorido até o teto, de 1a

linha, 15x15cm.

Chapisco no traço 1:3

Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm

Pintura latex sobre emboço em 2

demãos.

Sala de

Ginástica

Hall Térreo

Hall Andares

Caixa de

Escada

Degraus em concreto,

revestido com granilite cinza,

e rodapé em granilite 7 cm.

Chapisco no traço 1:3

Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm

Pintura acrílica sobre massa

texturizada acrílica, tipo Quantil.

Chapisco no traço 1:3

Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm

Caiação sobre emboço, em 2

demãos.

Garagem

Subsolo

Contrapiso 10cm em concreto

sarrafeado e desempenado,

fck 15 mpa, 10 cm, entremea-

do de ferragem (tela), sobre

lastro de brita.

Chapisco no traço 1:3

Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm

Pintura à cal sobre emboço, em 2

demãos.

Chapisco no traço 1:3

Emboço no traço 1:2:5, esp 1 cm

Caiação sobre emboço, em 2

demãos.

Quadra

Poliesportiva

ÁR

EA

CO

MU

M

Garagem

Térreo

Page 76: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 75

6.2 EXTERIORES, FACHADAS E MUROSDescrever o tipo de revestimento das paredes externas (chapisco, emboço, reboco, ...), especificando o traço.

Descrever os barrados impermeáveis (barra de chapisco): altura, local.

Descrever o tipo de revestimento dos pisos externos (calçadas perimétricas, pátios, área de serviço, ...)

Citar a largura e espessura da calçada perimétrica.

Nos casos de revestimento especiais (pastilhas, cerâmicas, tijolo maciço, etc.) devem ser especificados o material e o

local a ser aplicado.

6.3 PINTURA DE ESQUADRIASDescrever:

• o local de aplicação.

• a preparação das superfícies (lixamento ou emassamento)

• o fundo preparador (anticorrosivo metálico, seladora para madeira).

• o recobrimento final (tinta óleo, tinta esmalte, etc...).

• o número de demãos.

IMPORTANTE: SOBRE REVESTIMENTOS, PINTURA E PISOS

Sugere-se:• quando usar piso em carpete, que este seja instalado somente quando da entrega da unidade, ou fornecida

carta de crédito ao adquirente referente ao material e respectiva instalação;• passarela cimentada, ou com placas de concreto, desde a testada do lote até a porta de entrada;• passeio público pavimentado, com largura mínima de 1,00 m.

7 SOLEIRAS E PEITORISDefinir, de acordo com os locais de aplicação os diversos materiais utilizados para , soleiras e peitoris, especificando

tipos e dimensões.

IMPORTANTE

Sugere-se:• utilizar soleiras ou filetes na transição de materiais de piso, ou em desníveis de piso interno.

8 INSTALAÇÕES E APARELHOS

8.1 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E TELEFÔNICASEspecificar tipos de eletroduto, condutores e cabos, caixas, interruptores, tomadas e pontos de telefone, quadros geral e

secundários.

Especificar marcas e tipos de luminárias a serem utilizadas nas áreas comuns.

Especificar o tipo de pára-raios.

Esclarecer se haverá fiação para: antena, telefone e interfone, ou se haverá apenas duto seco.

Informar locais onde serão instalados pontos de iluminação nas áreas de uso comum externas.

Page 77: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 76

Relacionar o número de pontos de cada compartimento de acordo com o quadro de resumo abaixo:

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – NÚMERO DE PONTOS

AMBIENTE Luz

Teto

Arandela Interrupt Tomada Antena Telefone Interfone

Sala

Dormitório 1

Dormitório Suíte

Banheiro Social

Banheiro Suíte

Circulação

Varanda

Cozinha

Área Serviço

ÁR

EA

PR

IVA

TIV

A

Guarita

Salão de Festas

Hall de Entrada

ÁR

EA

DE

US

OC

OM

UM

8.2 INSTALAÇÕES HIDRAULICAS E DE ESGOTODefinir todos os materiais a serem empregados, separando claramente as especificações de água fria, água quente,

águas pluviais, gordura, esgoto primário e secundário, definindo tanto os tubos como as conexões.

Especificar o sistema de aquecimento e os pontos de utilização das instalações de água quente.

Page 78: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 77

Relacionar o número mínimo de pontos de cada compartimento de acordo com o quadro resumo abaixo:

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – NÚMERO DE PONTOS

AMBIENTE Água Fria Água Quente Esgoto

Banheiro Social

Banheiro Suíte

Cozinha

Área de Serviço

Quintal

ÁR

EA

PR

IVA

TIV

RE

AD

EU

SO

CO

MU

M

8.3 INSTALAÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIODeclarar: “As instalações de combate a incêndio serão executadas de acordo com projeto aprovado pelo Corpo de

Bombeiros”.

8.4 INSTALAÇÕES DE GÁSEspecificar os materiais a serem utilizados na entrada e na rede de distribuição.

Esclarecer se haverá ambiente de estocagem de gás de bujão.

8.5 INSTALAÇÕES MECÂNICASCompactador de lixo: Deve ser especificado de acordo com suas características de funcionamento e capacidade.

Exaustão mecânica: Descrever o sistema, de acordo com o projeto.

8.6 ELEVADORESInformar a quantidade e o número de paradas e marcas.

8.7 APARELHOS SANITÁRIOSDescrever a marca e acabamento de todas as peças a serem fornecidas e instaladas nos diversos compartimentos,

inclusive saboneteiras, papeleiras, cabides, etc

Descrever a marca, modelo, linha e acabamento dos metais sanitários.

Descrever os tampos, bancadas e cubas, bem como o local de instalação.

Page 79: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 78

9 COMPLEMENTAÇÃO

9.1 BENFEITORIASDescrever os serviços complementares à edificação, tais como: equipamentos de playground, piscinas, equipamentos

de lazer, calçadas e escadas de acesso, passeios, etc...

9.1.1 FECHAMENTO PERIMETRAL DE CONDOMÍNIOInformar os locais onde serão executados os fechamentos.

Informar o tipo de fechamento que será executado.

Especificar os materiais que serão utilizados, inclusive portões.

Descrever a execução dos serviços compreendendo as fundações, elevações (altura, espessura, etc.), estrutura, juntas

de dilatação (material e distanciamento) e acabamentos.

Declarar: “ Os fechamentos perimetrais do condomínio terão altura mínima de 1,80 m”.

IMPORTANTE:

Sugere-se:

• Utilizar muros com altura mínima de 1,80m;

• Quando utilizar FECHAMENTO COM TELA:

� Utilizar tela de arame galvanizado número 8, malha 12;

� Utilizar mourões de concreto armado de 2,70m, seção de 0,10m x 0,10m, com inclinação superior para

receber 3 fios de arame farpado galvanizado;

� Fixá-los ao solo com bases de concreto de 0,50m de profundidade e espaçamento máximo de 2,50m;

� A cada 20,00m, e nas deflexões, colocar mestres e escoras;

� Colocar a tela de arame perfeitamente esticada, sem abaulamentos, utilizando para tanto arames

galvanizados corridos, pré-esticados, nas extremidades superior e inferior.

� Executar as amarrações entre a tela e os mourões com arame galvanizado número 8.

• Quando utilizar FECHAMENTO EM ALVENARIA:

� Executar as fundações com brocas e baldrames, a estrutura de concreto com pilares espaçados de no

máximo 2,50m;

� Prever juntas de dilatação no máximo a cada 10,00m.

9.1.2 PAISAGISMOInformar os locais onde será executado o paisagismo.

Especificar as espécies de grama, arbustos e árvores que serão plantadas.

Especificar as características como, tamanhos e quantidades das plantas que comporão o paisagismo. ( ex.: grama em

placas justapostas ou semeadura).

Descrever a execução dos serviços compreendendo movimento de terra, plantio, irrigação, etc.

Declarar: “Serão plantadas no mínimo uma muda de árvore por unidade habitacional, com altura de mínima de 1,00 m,

fixadas em tutores e envoltas por protetores”.

Especificar as características dos tutores e protetores das árvores.

Declarar: “ A manutenção da grama, árvores e arbustos será feita até a entrega da obra”.

9.2 PLACA DE IDENTIFICAÇÃODeclarar: “A obra será entregue com placas de identificação de casas, ruas, blocos e apartamentos”.

9.3 MARCAÇÃO DOS LOTESNo caso de LOTEAMENTOS e que não for previsto muros de fechamento, declarar: “ Os lotes serão entregues

devidamente demarcados por piquetes”.

Especificar as dimensões e o tipo de piquete (ferro, concreto) que será utilizado.

9.4 LIMPEZA FINALDescrever a execução da calafetação e a limpeza final de obra.

Declarar: “Será efetuada a limpeza final de toda o obra”.

Page 80: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO C – MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 79

10 DECLARAÇÕES FINAIS

10.1 Declarar: “A obra obedecerá à boa técnica, atendendo às recomendações da ABNT e das Concessionárias locais”.

10.2 Declarar: “Esta empresa tem ciência das exigências do Manual Técnico de Engenharia da CAIXA, mais precisamente,

das Condições Mínimas e Exigências, comprometendo-se a cumprir tais instruções”.

10.3 Declarar: "Esta empresa responsabiliza-se pela execução e ônus financeiro de eventuais serviços extras, indispensáveis

à perfeita habitabilidade das Unidades Habitacionais, mesmo que não constem no projeto, memorial e orçamento”.

10.4 Declarar: “A obra será entregue completamente limpa, com cerâmicas e azulejos totalmente rejuntados e lavados, com

aparelhos, vidros, bancadas e peitoris isentos de respingos. As instalações serão ligadas definitivamente à rede pública

existente, sendo entregues devidamente testadas e em perfeito estado de funcionamento. A obra oferecerá total

condição de habitabilidade, comprovada com a expedição do “ habite-se” pela Prefeitura Municipal”.

10.5 Declarar: “Estará disponibilizada em canteiro a seguinte documentação: todos os projetos (inclusive complementares),

orçamento, cronograma, memorial, diário de obra, alvará de construção e documentação do Programa de Qualidade”.

10.6 Declarar: “Em função da diversidade de marcas existentes no mercado, eventuais substituições serão possíveis, desde

que apresentadas com antecedência à CAIXA, devendo os produtos apresentarem desempenho técnico equivalente

àqueles anteriormente especificados, mediante comprovação através de ensaios desenvolvidos pelos fabricantes, de

acordo com as Normas Brasileiras”.

Local e data

_____________________________________ ______________________________________

Construtora Proponente

______________________________________

CAIXA - Visto do Engenheiro

Page 81: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 80

ANEXO D : MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA

MEMORIAL DESCRITIVO

1 INFRA - ESTRUTURA

IDENTIFICAÇÃO:

Proponente : .......................................................................................................................................................Construtora : .......................................................................................................................................................Empreendimento : .......................................................................................................................................................Endereço : ......................................................................................... Cidade: ...........................................

MEMORIAL DESCRITIVO DE INFRA-ESTRUTURA

1 SERVIÇOS PRELIMINARES E GERAIS

1.1 SERVIÇOS TÉCNICOSDeclarar: “ Os serviços técnicos de topografia e sondagem e controle tecnológico serão descritos nos itens relativos a

terraplenagem, esgoto, drenagem e pavimentação”.

1.2 CANTEIRO E INSTALAÇÕES PROVISÓRIASDeclarar: “Será implantado canteiro de obras dimensionado de acordo com o porte e necessidades da obra”.

IMPORTANTE

Exige-se:• Placa da CAIXA, conforme modelo padronizado (vide item 3.2 ), a ser fixada em local frontal à obra e em posição

de destaque. Esta placa nunca poderá ser menor que a maior placa afixada (exceto placas promocionais de venda).

1.3 MÁQUINAS E FERRAMENTASDeclarar: “Serão fornecidos todos os equipamentos e ferramentas adequadas de modo a garantir o bom desempenho da

obra”.

1.4 LIMPEZA PERMANENTE DA OBRADeclarar: “A obra será mantida permanentemente limpa”.

1.5 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO E SEGURANÇADeclarar: “A obra será suprida de todos os materiais e equipamentos necessários para garantir a segurança e higiene

dos operários”.

1.6 CONTROLE DE QUALIDADEDeclarar: “A Construtora implantará um Programa de Controle de Qualidade Total, incluindo procedimentos de

execução e inspeção, tanto de serviços como de materiais, em conformidade com o PBQP-H”.

Page 82: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 81

2 TERRAPLENAGEM

2.1 SONDAGEM E CONTROLE TECNOLÓGICODescrever os serviços de sondagem

2.2 TRABALHOS EM TERRADescrever os serviços de topografia específicos para terraplenagem.

Citar quais serviços e materiais serão submetidos obrigatoriamente a ensaios tecnológicos e testes.

Declarar: “Os controles e ensaios tecnológicos citados anteriormente serão executados em conformidade com as Normas

Brasileiras”.

Informar as medidas preventivas a adotar quanto à estabilidade do solo e edificações de vizinhos (vistoria “Ad Perpetuam

rei Memoriam”).

Informar os equipamentos que serão utilizados.

Informar sobre a necessidade de serviços de empréstimo de solo e bota-fora e distância de transporte.

Declarar: “ Havendo serviços de empréstimo de solo ou bota-fora, tais serviços serão realizados em locais autorizados

pelo Poder Público”.

Declarar: “ Para lotes em aclive, a cota do platô ficará no mínimo 15 cm acima do greide da rua e a declividade mínima

em direção à rua será de 0,5%. Para lotes em declive, haverá uma rede específica, subterrânea, para drenagem de

águas pluviais no fundo destes lotes”.

2.2.1 DESMATAMENTO, DESTOCAMENTO E LIMPEZA SUPERFICIALDeclarar: “Será realizado o corte e remoção da vegetação (incluindo tocos e raízes) e do solo orgânico, na profundidade

necessária, nos locais definidos em projeto”.

Informar a espessura média de raspagem da camada vegetal superficial.

2.2.2 CORTESDeclarar: “ Os taludes de corte obedecerão às inclinações definidas em projeto. Havendo omissão de projeto, a

inclinação máxima do talude será de 45o em relação à horizontal”.

Declarar: “ Nos locais de corte, uma camada de no mínimo 60 cm abaixo da cota de projeto ficará livre de tocos e

raízes”.

2.2.3 ATERROSDeclarar: “ Os taludes de aterro terão inclinação máxima de 45o em relação à horizontal”.

Declarar: “ Os materiais utilizados para aterro serão de 1a qualidade e estarão isentos de matéria orgânica e impurezas.

O aterro será compactado em camadas com espessura compatível com o tipo de solo e com o equipamento utilizado, na

umidade ideal, e grau de compactação mínimo de 95% do proctor normal”.

2.2.4 TALUDESNo caso de CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS e LOTEAMENTOS, declarar:

• " Os taludes entre lotes com altura inferior a 1,00 m não receberão proteção, salvo os casos onde a estabilidade do

solo esteja comprometida”.

• “ Os taludes entre fundos de lotes com altura entre 1,00 m e 1,50 m na região de Bauru, ou altura entre 1,00 m e

2,00 m nas regiões São Paulo e Campinas, serão protegidos do pé à crista com grama em placas”;

• “ Nas áreas de uso comum (Condomínios) e áreas públicas (Loteamento) todos os taludes, de qualquer altura,

receberão proteção com grama em placas. Os taludes de altura superior a 2,00 m receberão dispositivos de

drenagem na crista e no pé do talude, sendo que a descida das águas deverá ocorrer através de canaletas ou

escadarias de dissipação interligadas ao sistema de captação. Os taludes de altura superior a 3,00 m serão, ainda,

interrompidos com bermas providas de canaleta. Para estes taludes com altura superior a 3,00 m poderá ser

adotada outra solução de contenção e proteção, mediante parecer de consultores de solo”.

No caso de CONDOMÍNIOS VERTICAIS, declarar:

• “ Todos os taludes, de qualquer altura, receberão proteção com grama em placas. Os taludes de altura superior a

2,00 m receberão dispositivos de drenagem na crista e no pé do talude, sendo que a descida das águas deverá

ocorrer através de canaletas ou escadarias de dissipação interligadas ao sistema de captação. Os taludes de altura

superior a 3,00 m serão, ainda, interrompidos com bermas providas de canaleta. Para estes taludes com altura

superior a 3,00 m poderá ser adotada outra solução de contenção e proteção, mediante parecer de consultores de

solo.

• A cota do platô de cada prédio, ficará no mínimo 15 cm acima do nível das circulações de uso comum do entorno do

prédio”.

Page 83: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 82

Declarar: “Qualquer talude poderá ser substituído por muro de arrimo, a critério do Construtor”.

Declarar: “Taludes nas divisas do empreendimento, que necessitarem deitar saia em terreno externo ao

empreendimento, terão prévia anuência do proprietário vizinho”.

Sugere-se:

• Que o movimento de terra seja iniciado somente após a conclusão das operações de desmatamento, destocamento

e limpeza.

• Preparação da “ caixa” da via pública acrescida de 50 cm para cada lado além do alinhamento da guia, de forma a

garantir que a sarjeta e a guia sejam assentados sobre terreno devidamente compactado.

• Cota de platô de prédios com apartamento no térreo, no mínimo, 1,00 m acima do nível das circulações de uso

comum, garantindo maior privacidade e conseqüente valorização destes apartamentos.

• Atentar para a anuência dos Órgãos Ambientais durante os serviços de terraplenagem, mormente quando a área

envolver mata nativa, ou regiões de proteção ambiental.

3 ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL

Declarar: “O projeto obedecerá às Normas da Concessionária ou Órgão Responsável.”

Descrever a concepção geral do sistema: captação, tratamento, reservação e distribuição.

Informar sobre a captação: se for em rede existente, informar o ponto de interligação; se for através de poço profundo,

informar vazão, potabilidade, vida útil do lençol e autorização do Órgão Competente ; se for através de manancial de

superfície, informar vazão, vida útil, tratamento para potabilidade e autorização do Órgão Competente.

Descrever como será o tratamento da água.

Descrever como serão a adução e recalque.

Descrever a forma de reservação: reservatório enterrado, semi-enterrado ou elevado.

Especificar os materiais a serem empregados, indicando claramente as especificações dos tubos, conexões e tipos de

juntas.

Descrever a execução dos serviços de rede: locação, cadastramento de interferências, escavação de valas (indicando

largura e profundidade), escoramento, esgotamento de valas, regularização de fundo, assentamento de tubulação,

caixas de registro, ancoragem, reaterro e compactação.

Informar como serão executadas as ligações domiciliares (tomada de água da rede, ramal predial, montagem e

instalação de cavalete).

Informar a quem caberá a responsabilidade de fornecimento e instalação de hidrômetros.

Informar a quem caberão as providências e eventuais ônus junto à Concessionária quanto às ligações domiciliares.

Declarar: “Serão de responsabilidade do Construtor as providências e eventuais ônus junto à Concessionária quanto à

fiscalização, vistorias e interligações”.

Informar se o sistema será público ou privado (exclusivo do condomínio), definindo inclusive a responsabilidade sobre a

operação e manutenção do sistema.

Informar se, após concluído, o sistema será doado à Concessionária.

Declarar: “ O Construtor disponibilizará ao operador o projeto completo do sistema (levantamento cadastral)”.

Sugere-se:

• Quanto à ESCAVAÇÃO:

� Para LARGURA de vala, utilizar a Tabela da página seguinte

� Para PROFUNDIDADE de vala, adotar:

� mínimo de 0,70 para valas no passeio;

� mínimo de 1,00 m para valas sob via pavimentada ou com greide definido por guias e sarjetas;

� mínimo de 1,20 m para valas sob via de terra ou greide indefinido.

� Colocar os materiais provenientes das escavações e que se prestarem ao aterro ao lado das valas a uma

distância das bordas nunca inferior à medida de sua largura;

� Se no decorrer da escavação for atingido terreno rochoso, desmontá-lo a fogo quando se apresentar sob forma

maciça e contínua, ou simplesmente retirá-lo se constituído por matacões de até 0,50m3 de volume;

Page 84: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 83

Sugere-se: (continuação)

• Quanto ao ESCORAMENTO DE VALAS:

� Executar o escoramento nas paredes das valas com profundidade superior a 1,50m., bem como em locais onde,

pela natureza do terreno, for necessária sua utilização;

� Quanto utilizar PONTALETAMENTO conter o solo lateral da cava com tábuas de 2,7cm x 16cm., espaçadas de

1,35m e travadas horizontalmente com estroncas de 20cm de diâmetro;

� Quando utilizar ESCORAMENTO DESCONTÍNUO conter o solo lateral da cava com tábuas de 2,7cm x 16cm,

espaçadas de 16cm e travadas horizontalmente por longarinas de 6cm x 16cm em toda a sua extensão, e

estroncas de 20cm de diâmetro a cada 1,35m, à exceção das extremidades das longarinas onde as estroncas

estarão a 0,40m;

� Quando utilizar ESCORAMENTO CONTÍNUO conter o solo lateral da cava com tábuas de 2,7cm x 16cm.,

encostadas umas as outras, travadas horizontalmente por longarinas de 6cm x 16cm em toda a sua extensão e

estroncas de 20cm de diâmetro, espaçadas de 1,35m, à exceção das extremidades das longarinas, onde as

estroncas estarão a 0,40m;

� Quando utilizar ESCORAMENTO ESPECIAL conter o solo lateral por pranchas de 6cm x 16cm., do tipo macho

e fêmea, travadas horizontalmente por longarinas de 8cm x 18cm., em toda a sua extensão e estroncas de

25cm de diâmetro, espaçadas de 1,35m., a menos nas extremidades das longarinas onde as estroncas estarão

a 0,40m.

• Quanto ao ESGOTAMENTO DE VALAS:

� Efetuar o seu esgotamento por meio de bombas, sendo executados drenos laterais nos fundos das valas para

que a água seja coletada pelas bombas em pontos adequados, permitindo o assentamento de tubos e

confecção de juntas a seco.

� Colocar os crivos das bombas em poços, recobertos de brita a fim de evitar a erosão.

• Quanto à REGULARIZAÇÃO DO FUNDO DE VALAS:

� Efetuar uma regularização do fundo da vala de forma a permitir um apoio uniforme da tubulação;

� Caso o fundo da vala apresente rocha ou material indeformável, interpor uma camada de areia ou de terra de

espessura não inferior a 0,10m.

• Quanto ao ASSENTAMENTO DE TUBULAÇÕES:

� Que as tubulações de ferro com diâmetro até 250mm possuam junta elástica; com diâmetro entre 300mm e

500mm possuam juntas de chumbo; e diâmetros superiores possuam juntas mecânicas;

� Seguir as instruções dos fabricantes para montagem.

• Quanto às CAIXAS DE REGISTRO:

� Proteger os registros com caixas de concreto ou alvenaria com tampa de ferro fundido;

� Utilizar tampas do tipo T 9 / 202 x 122 x 114mm / 9 kg nos passeios e nos leitos carroçáveis onde o diâmetro da

rede for inferior a 600mm, ou aquela que a Concessionária recomendar;

� Utilizar tampas do tipo T 120 / 760 x 100 x 120 mm / 120 kg nos leitos carroçáveis quando a rede tiver diâmetro

superior a 600mm, ou aquela que a Concessionária recomendar.

• Quanto à ANCORAGEM:

� Que as ancoragens sejam de concreto, dimensionadas de formar a evitar deformações na tubulação.

• Quanto ao REATERRO:

� O espaço compreendido entre a base de assentamento e a cota definida pela geratriz externa superior do tubo,

acrescida de 20cm, seja preenchido com aterro isento de pedras e corpos estranhos, adensado com soquetes

manuais e aplicado em camadas de espessuras não superior a 20cm;

� Para tubulações assentadas nos passeios, que o restante do aterro seja executado de maneira que resulte

densidade aproximadamente igual ao do solo que se apresenta nas paredes das valas, utilizando-se, de

preferência o mesmo solo isento de corpos estranhos;

� No caso de tubulações assentadas sob o leito carroçável, efetuar a compactação mecânica a 95% do Proctor

Normal, utilizando-se equipamento apropriado;

� Quando o material proveniente da escavação não se prestar para a execução do aterro, substituí-lo por material

adequado, proveniente de empréstimo;

� Após a execução do aterro, remover ao bota-fora todo o material proveniente da escavação não utilizado.

• Quanto às LIGAÇÕES DOMICILIARES:

� Fornecer e instalar hidrômetros de acordo com as normas da Concessionária local;

Page 85: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 84

3.1 INSTALAÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIOHavendo necessidade de rede, declarar: “ O projeto obedecerá às Normas da Concessionária ou Órgão Responsável”.

4 ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Declarar: “O projeto obedecerá às Normas da Concessionária ou Órgão Responsável”.

Descrever a concepção geral do sistema de esgotamento: coleta, tratamento e lançamento final dos efluentes.

Descrever os serviços de topografia relativos ao esgotamento sanitário;

Especificar os materiais e descrever a execução dos serviços de rede: locação, escavação (indicando largura e

profundidade das valas), escoramento, esgotamento, regularização das valas (apiloamento e lastros), assentamento de

tubulações, reaterro e compactação.

Descrever a execução dos poços de visita e de inspeção: escavação, lastros e lajes de fundo, alvenaria, revestimento,

impermeabilização, aterro e colocação de tampão.

Informar a declividade mínima da rede e também a distância máxima entre poços de inspeção.

Informar se os efluentes serão lançados em rede pública.

Informar se o esgoto receberá tratamento antes do lançamento final.

Descrever o tipo de tratamento e informar sobre a autorização dos Órgãos Competentes.

Informar sobre o lançamento final: se for em rede existente, indicar o ponto de interligação; se for em curso d’água,

dissertar sobre a autorização dos Órgãos Competentes.

Nos casos de CONDOMÍNIO HORIZONTAL e LOTEAMENTO, declarar: “ A interligação da caixa de inspeção final ao

coletor será realizada juntamente com a rede coletora, para todos lotes do empreendimento, evitando rasgos futuros na

pavimentação”.

Informar a quem caberá as providências e eventuais ônus junto a Concessionária quanto às ligações domiciliares.

Declarar: “Serão de responsabilidade do Construtor as providências e eventuais ônus junto à Concessionária quanto a

fiscalização, vistorias e interligações”.

Informar se a rede e o tratamento serão públicos ou privados (exclusivos do condomínio), definindo inclusive a

responsabilidade sobre a operação e manutenção do sistema.

Declarar: “ O Construtor disponibilizará ao operador o projeto completo do sistema (levantamento cadastral)”.

Sugere-se:

• Quanto a: ESCAVAÇÃO, ESCORAMENTO DE VALAS, ESGOTAMENTO DE VALAS, REGULARIZAÇÃO DO

FUNDO e REATERRO, vide sugestões do item anterior;:

5 DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

5.1 DRENAGEM EM RUAS DE LOTEAMENTO

Declarar: “O projeto obedecerá às Normas da Prefeitura ou Órgão Responsável”.

Declarar: “No dimensionamento da drenagem foi considerada a área de contribuição do empreendimento, bem como as

contribuições a montante”;

Informar os locais onde haverá drenagem superficial e drenagem subterrânea.

Descrever os serviços de topografia relativos à rede de drenagem;

Especificar os materiais e descrever a execução dos serviços de rede: locação, escavação (indicando largura e

profundidade das valas), escoramento, esgotamento, regularização das valas (apiloamento e lastros), assentamento de

tubulações, reaterro e compactação.

Descrever os dispositivos de drenagem: poços de visita, caixas de passagem, tampões e bocas de lobo.

Informar a declividade mínima da rede.

Informar como e onde será o lançamento final das águas pluviais.

Declarar: “ Serão de responsabilidade do Construtor as providências e eventuais ônus junto ao Órgão Responsável

quanto a fiscalização, vistorias e interligações”.

Informar se após concluído o sistema, o mesmo será doado ao Órgão Responsável.

Declarar: “ O Construtor disponibilizará ao operador o projeto completo do sistema (levantamento cadastral)”.

Page 86: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 85

5.2 DRENAGEM DE LOTES

Informar se haverá rede de drenagem interna à quadra, ou se haverá caimento dos lotes para a rua.

Informar se a drenagem interna aos lotes será em área pública (viela) ou atravessando os lotes (servidão de passagem).

Informar os locais onde haverá drenagem superficial e drenagem subterrânea.

Especificar os materiais e descrever a execução dos serviços de rede: locação, escavação (indicando largura e

profundidade das valas), escoramento, esgotamento, regularização das valas (apiloamento e lastros), assentamento de

tubulações, reaterro e compactação.

Descrever os dispositivos de drenagem: poços de visita, caixas de passagem, tampões e bocas de lobo.

Informar a declividade mínima da rede.

Informar como e onde será o lançamento final das águas pluviais.

Declarar: “ Serão de responsabilidade do Construtor as providências e eventuais ônus junto a Concessionária quanto à

fiscalização, vistorias e interligações”.

Informar se a rede de drenagem em viela, após concluída, será doada à Prefeitura ou Órgão Responsável.

Declarar: “ O Construtor disponibilizará ao operador o projeto completo do sistema (levantamento cadastral)”.

5.3 DRENAGEM EM ÁREAS DE USO COMUM DE CONDOMÍNIOS

Declarar: “No dimensionamento da drenagem foi considerada a área de contribuição do empreendimento, bem como as

contribuições a montante”.

Informar os locais onde haverá drenagem superficial e drenagem subterrânea.

Especificar os materiais e descrever a execução dos serviços de rede, : locação, escavação (indicando largura e

profundidade das valas), escoramento, regularização das valas (apiloamento e lastros), assentamento de tubulações,

reaterro e compactação.

Descrever os dispositivos de drenagem: poços de visita, caixas de passagem, tampões e bocas de lobo.

Informar a declividade mínima da rede.

Sugere-se:

• Declividade mínima de 0,5 %;

• Bocas de lobo, caixas de areia e caixas de passagem com dimensões adequadas à limpeza, revestimento interno

liso e tampa removível;

• Que os lotes fiquem em aclive, permitindo escoamento superficial em direção à rua frontal. Ocorrendo lotes em

declive, prever em projeto o sistema de drenagem interna aos lotes.

6 PAVIMENTAÇÃO, GUIAS, SARJETAS E SARJETÕES

6.1 PAVIMENTAÇÃO EM RUAS DE LOTEAMENTO

Declarar: “O projeto obedecerá às Normas da Prefeitura ou Órgão Responsável”.

Informar os controles tecnológicos que serão utilizados.

Declarar: “Será efetuada a terraplenagem com grau de compactação igual a 95% do Proctor Normal”.

Descrever os serviços de topografia e sondagem relativos à pavimentação;

Descrever os trabalhos em terra quanto ao PREPARO DA CAIXA DO PAVIMENTO, conforme a seguir:

• Descrever os serviços de PREPARO DO SUBLEITO: escarificação, pulverização, umedecimento ou secagem,

regularização de camada solta, compactação e regularização final, bem como os equipamentos utilizados.

• Descrever os serviços de REFORÇO DO SUB-LEITO: transporte, esparrame, pulverização, umedecimento ou

secagem, regularização da camada solta, compactação e regularização final.

• Descrever o serviço de camada de bloqueio: distribuição do material e compressão.

Declarar: “ Os serviços de PREPARO e REFORÇO DO SUB-LEITO consistem na execução, sobre a terraplenagem

acabada, de todas as operações necessárias à compactação do sub-leito na profundidade de 0,15 m, para a obtenção

da superfície definida nos alinhamentos, perfis e seções transversais do projeto.”

Informar os locais e os tipos de pavimento que serão utilizados em função do tráfego a que estarão sujeitos.

Informar os materiais e a execução dos serviços que serão empregados.

Informar a declividade do centro do pavimento em direção à sarjeta.

Page 87: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 86

No caso de PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA, especificar os materiais e a execução dos serviços que comporão o

pavimento:

• Preparo da caixa do pavimento (sub-leito, reforço do sub-leito, camada de bloqueio);

• Sub-base e base (macadame hidráulico, camada estabilizada granulometricamente, brita graduada, solo-cimento,

solo-brita, concreto rolado, macadame betuminoso);

• Imprimação (imprimação impermeabilizante e imprimação ligante);

• Revestimento (tratamento superficial, pré-misturado a frio, concreto betuminoso usinado a quente – CBUQ).

Informar a espessura das camadas do pavimento: sub-base, base, imprimação, revestimento asfáltico.

No caso de PAVIMENTAÇÃO COM PARALELEPÍPEDOS ou PAVIMENTAÇÃO COM BLOCOS PRÉ-MOLDADOS DE

CONCRETO, especificar os materias e a execução dos serviços que comporão o pavimento:

• Colchão de assentamento;

• Assentamento;

• Travamento;

• Rejuntamento;

• Compressão.

Informar a espessura das camadas do pavimento: colchão de assentamento e paralelepípedos ou blocos de concreto.

Declarar: “O Controle tecnológico do pavimento será realizado por laboratório especializado à razão de um ensaio a

cada 60 metros de pista, alternando eixo, bordos direito e esquerdo”.

Declarar: “Serão de responsabilidade do Construtor as providências e eventuais ônus junto quanto a fiscalização,

vistorias e recebimento do serviço”.

Declarar: “Após concluído o pavimento, o mesmo será doado à Prefeitura ou Órgão Responsável”.

Declarar: “O Construtor disponibilizará à Prefeitura ou Órgão Responsável o projeto do pavimento (levantamento

cadastral)”.

Sugere-se:

• Solicitar Certidão de Diretrizes de Pavimentação junto à Prefeitura, onde constem as especificações e normas a

serem atendidas para execução dos serviços.

6.2 GUIAS, SARJETAS E SARJETÕES DE CONCRETO

Declarar: “O projeto obedecerá as Normas da Prefeitura ou Órgão Responsável.”

Descrever o tipo de guias , sarjetas e sarjetões que serão utilizados (pré-moldados, moldados no local, guias e sarjetas

monolíticas).

Informar as dimensões das guias, sarjetas e sarjetões;

Informar a resistência mínima do concreto para guias, lastros, sarjetas e sarjetões.

Especificar os materiais a serem empregados, bem como ensaios e controle tecnológico.

Descrever os serviços de topografia relacionados com guias e sarjetas;

Descrever a execução dos serviços de preparo do terreno (terraplenagem, compactação, regularização) e execução das

guias ( base, assentamento, encostamento de terra), sarjetas (base, execução da sarjeta, juntas) e sarjetões.

Declarar: “As guias e sarjetas serão assentadas sobre terreno mecanicamente compactado”.

No caso de guias pré moldadas, declarar ; “Serão executados “travesseiros” de apoio de concreto na face externa das

junções das peças ( lado calçada ), para evitar seu tombamento”.

Declarar: “A faixa de no mínimo 0,50 m contígua à anteface das guias, deverá ser aterrada e compactada com material

de boa qualidade, após a execução dos travesseiros ou bolas de apoio”.

Declarar: “ As guias serão executadas em concreto com resistência mínima de 20 Mpa ou conforme norma da

Prefeitura”.

Declarar: “Serão de responsabilidade do Construtor as providências e eventuais ônus junto quanto a fiscalização,

vistorias e recebimento do serviço”.

Declarar: “Após concluído o pavimento, o mesmo será doado à Prefeitura ou Órgão Responsável”.

Declarar: “O Construtor disponibilizará à Prefeitura ou Órgão Responsável o projeto do pavimento (levantamento

cadastral)”.

Page 88: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 87

Sugere-se:

• Quanto ao PREPARO DO SUB-LEITO:

� Nos aterros, os solos a serem utilizados deverão ter características uniformes e possuir qualidade idênticas ou

superiores as do material previsto no projeto do pavimento;

� Em qualquer caso, não utilizar solos turfosos, micáceos ou que contenham substâncias orgânicas.

• Quanto a GUIAS MOLDADAS NO LOCAL:

� Utilizar as dimensões de 30 cm de altura e 12 cm de espessura na base reduzindo para 10 cm no topo. A

aresta formada pelo piso e espelho, voltada para a pista de rolamento deverá ser arredondada, inscrevendo-se

um arco de 3 cm de raio;

� No caso da moldagem " in loco " no sistema de guias e sarjetas monolíticas, deverá ser utilizado concreto de

20 Mpa e seu acabamento não deve apresentar torturas superiores a 5mm, constatadas pela colocação de uma

régua de 3,00m na face superior e lateral da guia;

� Utilizar juntas tipo " seção enfraquecida " a cada 6,00m.

• Quanto a GUIAS PRÉ-MOLDADAS:

� Utilizar dimensões de 13cm de topo, 15cm de base e 30cm de altura, e resistência de 20 Mpa;

� Prever o assentamento sobre lastro de concreto (base), com resistência mínima de 10 Mpa e com consistência

suficiente para assegurar as guias um assentamento estável ainda antes do endurecimento, de forma a sempre

obedecer o perfil e o alinhamento do projeto.

� As guias devem ser escoradas nas juntas por meio de blocos de concreto (travesseiros ou bolas), com a mesma

resistência do concreto da base, preenchendo-se suas juntas com argamassa de cimento e areia, traço 1:3;

� A faixa de 0,50m, contígua a anteface das guias, deve ser aterrada com material de boa qualidade.

• Quanto a SARJETAS DE CONCRETO:

� Utilizar sarjetas com 40 cm de largura e 15 cm de espessura, com caimento em direção à guia igual a 10%.

� Para pavimentos asfálticos, a aresta da sarjeta deve ser chanfrada formando ângulo de 45º com a superfície

superior;

� O concreto para execução das sarjetas devem ter resistência mínima de 20 MPa, aos 28 dias, plasticidade e

umidade que permita ser facilmente lançado nas formas, onde, convenientemente apiloado e alisado, deve

constituir uma massa compacta sem buracos ou ninhos;

� Após o adensamento, a superfície da sarjeta deve ser alisada com gabarito de madeira até apresentar uma

superfície lisa e uniforme;

� As juntas serão do tipo " seção enfraquecida ", com espaçamento de 4,00m a 6,00m.

• Quanto aos SARJETÕES DE CONCRETO

� Os sarjetões de concreto, moldados no local devem ter a largura indicada no projeto ou, na falta desta, ter o

dobro da largura da sarjeta.

� Utilizar espessura mínima de 15 cm, com declividade de 10% no sentido do eixo da largura.

� O preparo do terreno de fundações, as formas, a resistência do concreto, etc. , devem obedecer as

especificações determinadas para as sarjetas.

6.3 PISO DE ESTACIONAMENTO e ACESSO DE VEÍCULOS em CONDOMÍNIOS

Definir o tipo de piso a ser utilizado.

Descrever os materiais que serão empregados, bem como a espessura final do pavimento, juntas e declividades.

Descrever a forma de execução dos serviços.

Informar como serão demarcadas e numeradas as vagas.

Page 89: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 88

Sugere-se:

• Os pisos poderão ser executados em concreto, pavimento asfáltico ou também em blocos poliédricos intertravados

de concreto assentes sobre base de areia fortemente compactada e com dimensionamento compatível com as

cargas previstas;

• Para execução de piso em concreto:

� Executar lastro de pedra britada, sobre esta assentar malha de ferro, e em seguida lançar o concreto simples

desempenado-o com argamassa de cimento e areia.

� Antes da aplicação de pedra britada, o solo deve estar regularizado e fortemente compactado.

� Após o assentamento do lastro, efetuar novo apiloamento.

� Caso a caixa receba aterro, o solo utilizado deverá ser de boa qualidade, aplicado em camadas de 0,20m, no

máximo, umedecido e compactado.

� Utilizar lastro com pedra britada número 2 e espessura de 3 cm.

� Utilizar concreto com resistência de 25 Mpa e 7 cm de espessura, no mínimo, dimensionado conforme a carga

prevista.

� O capeamento com argamassa de cimento e areia, traço 1:3, deve ter a espessura suficiente para permitir

desempenamento do concreto e acabamento liso, sendo aplicado logo após a concretagem.

� Lançar o concreto em duas etapas e de forma alternada, em quadros de pontalete previamente preparados e

bem travados.

� Após a concretagem da primeira etapa, retirar os pontaletes e pintar a face de contato com material betuminoso

formando juntas " secas " de dilatação.

� Recomenda-se um intervalo de 24 horas entre a primeira e a segunda concretagem.

� Os quadros devem ter dimensão máxima de 2,00m x 2,00m de área.

• Demarcar e numerar as vagas com tinta própria para tráfego, de cor amarela e 10 cm de largura.

• Prever caimento suficiente dos pisos para impedir o empoçamento de águas pluviais.

6.4 PASSEIO PÚBLICO em LOTEAMENTOS

Definir o tipo de piso a ser utilizado e se abrangerá a largura total do passeio público.

Descrever os materiais que serão empregados, bem como a espessura final do pavimento, juntas e declividades.

Descrever a forma de execução dos serviços.

Sugere-se:• Se for necessária a execução de aterros, utilizar solo de boa qualidade aplicado em camadas nunca superiores de

20 cm, devidamente umedecidas e apiloadas;

• Para execução de piso em concreto:

� Preparar os quadros, com formas de madeira de 7 cm de altura, fixadas firmemente ao solo para evitar sua

movimentação e consequentemente a falta de alinhamento das calçadas, principalmente em suas emendas.

� Os quadros devem possuir altura de 7 cm, largura de 1,00m, e comprimento de 1,00m, ou a dimensão mais

próxima desta medida, mas nunca superior a 1,25m.

� Ajustar as dimensões dos quadros para coincidência das juntas de dilatação com as divisas dos lotes.

� Sua posição no passeio depende da largura deste, reservando uma parte em terra, junto ao passeio, nunca

inferior a 0,40m. A parte em terra receberá o plantio de grama em placas.

� Encher os quadros com concreto simples, com resistência de 8 Mpa, convenientemente adensado e

desempenado.

� Efetuar o lançamento do concreto em duas etapas, alternando os quadros.

� Após o lançamento da primeira etapa, remover as divisões transversais das formas e pintar estas faces de

concreto com betume para evitar aderência com o concreto da segunda etapa, formando uma junta " seca ".

� Recomenda-se um intervalo de 24 horas antes da segunda concretagem.

Page 90: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 89

6.5 VIA DE PEDESTRE em CONDOMÍNIOS

Definir o tipo de piso a ser utilizado e se abrangerá a largura total da via de pedestre.

Descrever os materiais que serão empregados, bem como a espessura final do pavimento e declividades.

Descrever a forma de execução dos serviços.

Sugere-se:• Vide sugestões do item anterior “PASSEIOS PÚBLICOS EM LOTEAMENTOS”.

7 ENERGIA E ILUMINAÇÃO

7.1 REDE DE ENERGIA

Declarar: “O projeto obedecerá às Normas da Concessionária”.

Informar se a rede será pública ou privativa do condomínio.

Informar o tipo de instalação que será utilizado: subterrânea ou aérea.

Especificar os materiais como postes (material, distância entre eles, etc.), fiação e luminárias.

Declarar: “Serão de responsabilidade do Construtor as providências e eventuais ônus junto quanto a fiscalização,

vistorias e recebimento do serviço”.

7.2 ILUMINAÇÃO EXTERNA

Informar os tipos de luminárias e lâmpadas a serem utilizadas.

Informar os locais onde serão instalados pontos de iluminação.

7.3 EQUIPAMENTOS: PORTEIRO ELETRÔNICO, INTERFONE, ANTENA COLETIVA, PORTÃO AUTOMÁTICO, ETC...

Informar os equipamentos que serão instalados.

Esclarecer se haverá fiação para: antena, telefone e interfone, ou se haverá apenas duto seco. (CONFIRMAR)

Declarar: “Serão executadas todos serviços para permitir a utilização imediata dos equipamentos instalados, sem

necessidade de obras complementares, à exceção das ligações definitivas “.

8 TELEFONE/INTERFONE/ANTENADeclarar: “O projeto obedecerá as Normas da Concessionária”.

Informar os tipos de instalações que serão utilizados: aérea ou subterrânea.

Especificar dutos e fiação.

Declarar: “A construtora fará o pedido de inspeção junto a Concessionária para obtenção do Atestado de Recebimento”.

9 GÁSDeclarar: O projeto obedecerá as normas da Concessionária local”.

Especificar os materiais a serem utilizados e descrever a execução dos serviços.

Esclarecer se haverá ambiente de estocagem de cilindros de gás.

Page 91: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 90

10 OBRAS ESPECIAIS

10.1 MUROS DE ARRIMO/CONTENÇÃO

Informar os locais onde serão executados.

Informar o tipo de muro de arrimo que será executado: de alvenaria ou concreto armado.

Descrever a execução dos serviços compreendendo as fundações, elevações (altura, espessura, etc.), estrutura,

contraventamento, juntas de dilatação (material e distanciamento) e sistema de drenagem.

Declarar: "Serão executados muros de arrimo nos seguintes casos:

• Nas laterais de lote quando o desnível superar 1,00 m;

• Nos fundos de lote quando o desnível superar 1,50m na região de Bauru e 2,00 m no restante do Estado;

• Muros de arrimo abaixo desses limites dependendo da natureza do solo”.

Declarar: “Os muros de arrimo que possuírem altura superior a 2,00 m serão providos de Guarda Corpo de Proteção”.

Especificar os materiais e execução do Guarda Corpo de Proteção.

Declarar: “Os muros de arrimo serão objeto de projeto específico, elaborado por profissional habilitado”.

10.2 OUTROS

10.2.1 BENFEITORIAS

Descrever os serviços complementares que serão executados, tais como: equipamentos de play-ground, piscinas,

escadas de acesso, etc.

10.2.2 PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO

Declarar: “A obra será entregue com placas de identificação de casas, ruas, blocos e apartamentos”.

10.2.3 MARCAÇÃO DOS LOTES

No caso de LOTEAMENTOS e que não for previsto muros de fechamento, declarar: “ Os lotes serão entregues

devidamente demarcados por piquetes”.

Especificar as dimensões e o tipo de piquete (ferro, concreto) que será utilizado.

10.2.4 LIMPEZA FINAL

Declarar: “Será efetuada a limpeza final de toda o obra”.

10.2.5 FECHAMENTO PERIMETRAL DE CONDOMÍNIO

Informar os locais onde serão executados os fechamentos.

Informar o tipo de fechamento que será executado.

Especificar os materiais que serão utilizados, inclusive portões.

Descrever a execução dos serviços compreendendo as fundações, elevações (altura, espessura, etc.), estrutura, juntas

de dilatação (material e distanciamento) e acabamentos.

Declarar: “ Os fechamentos perimetrais do condomínio terão altura mínima de 1,80 m”.

Sugere-se:

• Utilizar muros com altura mínima de 1,80m;

• Quando utilizar FECHAMENTO COM TELA:

� Utilizar tela de arame galvanizado número 8, malha 12;

� Utilizar mourões de concreto armado de 2,70m, seção de 0,10m x 0,10m, com inclinação superior para receber 3 fios

de arame farpado galvanizado;

� Fixá-los ao solo com bases de concreto de 0,50m de profundidade e espaçamento máximo de 2,50m;

� A cada 20,00m, e nas deflexões, colocar mestres e escoras;

� Colocar a tela de arame perfeitamente esticada, sem abaulamentos, utilizando para tanto arames galvanizados

corridos, pré-esticados, nas extremidades superior e inferior.

� Executar as amarrações entre a tela e os mourões com arame galvanizado número 8.

• Quando utilizar FECHAMENTO EM ALVENARIA:

� Executar as fundações com brocas e baldrames, a estrutura de concreto com pilares espaçados de no máximo

2,50m;

� Prever juntas de dilatação no máximo a cada 10,00m.

Page 92: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 91

11 PAISAGISMOInformar os locais onde será executado o paisagismo.

Especificar as espécies de grama, arbustos e árvores que serão plantadas.

Especificar as características como, tamanhos e quantidades das plantas que comporão o paisagismo. ( ex.: grama em

placas justapostas ou semeadura).

Descrever a execução dos serviços compreendendo movimento de terra, plantio, irrigação, etc.

Declarar: “Serão plantadas no mínimo uma muda de árvore por unidade habitacional, com altura de mínima de 1,00 m,

fixadas em tutores e envoltas por protetores”.

Especificar as características dos tutores e protetores das árvores.

Declarar: “ A manutenção da grama, árvores e arbustos será feita até a entrega da obra”.

12 DECLARAÇÕES FINAIS

12.1 Declarar: “A obra obedecerá à boa técnica, atendendo às recomendações da ABNT e das Concessionárias locais”.

12.2 Declarar: “Esta empresa tem ciência das exigências do Manual Técnico de Engenharia da CAIXA, mais precisamente,

das Condições Mínimas e Exigências, comprometendo-se a cumprir tais instruções”.

12.3 Declarar: "Esta empresa responsabiliza-se pela execução e ônus financeiro de eventuais serviços extras, indispensáveis

à perfeita habitabilidade das Unidades Habitacionais, mesmo que não constem no projeto, memorial e orçamento”.

12.4 Declarar: “A obra será entregue completamente limpa, com cerâmicas e azulejos totalmente rejuntados e lavados, com

aparelhos, vidros, bancadas e peitoris isentos de respingos. As instalações serão ligadas definitivamente à rede pública

existente, sendo entregues devidamente testadas e em perfeito estado de funcionamento. A obra oferecerá total

condição de habitabilidade, comprovada com a expedição do “ habite-se” pela Prefeitura Municipal”.

12.5 Declarar: “Estará disponibilizada em canteiro a seguinte documentação: todos os projetos (inclusive complementares),

orçamento, cronograma, memorial, diário de obra, alvará de construção e documentação do Programa de Qualidade”.

12.6 Declarar: “Em função da diversidade de marcas existentes no mercado, eventuais substituições serão possíveis, desde

que apresentadas com antecedência à CAIXA, devendo os produtos apresentarem desempenho técnico equivalente

àqueles anteriormente especificados, mediante comprovação através de ensaios desenvolvidos pelos fabricantes, de

acordo com as Normas Brasileiras”.

Local e data

_____________________________________ ______________________________________

Construtora Proponente

______________________________________

CAIXA - Visto do Engenheiro

Page 93: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO D – MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA 92

Como sugestão, apresentamos a seguir uma tabela com as larguras mínimas recomendadas para valas, em função do

diâmetro da tubulação, da profundidade da vala e do tipo de escoramento:

TABELA DE LARGURA DA VALA (em metros )T i p o d e E s c o r a m e n t o

Diâmetro datubulação

Cota decorte Pontalete Contínuo e

DescontínuoEspecial

0,65 0,65 0,750,75 0,85 1,050,85 1,05 1,35

0,15 0 a 22 a 44 a 66 a 8 0,95 1,25 1,65

0,70 0,70 0,800,80 0,90 1,100,90 1,10 1,40

0,20 0 a 22 a 44 a 66 a 8 1,00 1,30 1,70

0,80 0,80 0,900,90 1,00 1,201,00 1,20 1,50

0,30 0 a 22 a 44 a 66 a 8 1,10 1,40 1,80

0,90 1,10 1,201,00 1,30 1,501,10 1,50 1,80

0,40 0 a 22 a 44 a 66 a 8 1,20 1,70 2,10

1,10 1,30 1,401,20 1,50 1,701,30 1,70 2,00

0,50 0 a 22 a 44 a 66 a 8 1,40 1,90 2,30

1,20 1,40 1,501,30 1,60 1,801,40 1,80 2,10

0,60 0 a 22 a 44 a 66 a 8 1,50 2,00 2,40

1,30 1,50 1,601,40 1,70 1,901,50 1,90 2,20

0,70 0 a 22 a 44 a 66 a 8 1,60 2,10 2,50

1,40 1,60 1,701,50 1,80 2,001,60 2,00 2,30

0,80 0 a 22 a 44 a 66 a 8 1,70 2,20 2,60

1,60 1,80 1,901,70 2,00 2,101,80 2,20 2,50

1,00 0 a 22 a 44 a 66 a 8 1,90 2,40 2,80

Page 94: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO E – ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 93

ANEXO E : ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO -HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO

Page 95: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO E – ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 94

Page 96: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO E – ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 95

Page 97: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO E – ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 96

Page 98: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO E – ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 97

Page 99: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO E – ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 98

Page 100: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO E – ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 99

Page 101: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO F: ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E RESUMO – INFRA-ESTRUTURA 100

ANEXO F : ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E ORÇAMENTO RESUMO –INFRA-ESTRUTURA

Page 102: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO F: ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E RESUMO – INFRA-ESTRUTURA 101

Page 103: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO F: ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E RESUMO – INFRA-ESTRUTURA 102

Page 104: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO F: ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E RESUMO – INFRA-ESTRUTURA 103

Page 105: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO G: CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO – HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 104

ANEXO G : CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO –HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO

Page 106: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO H: CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO – INFRA - ESTRUTURA 105

ANEXO H : CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO – INFRA-ESTRUTURA

Page 107: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO I: CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO – GLOBAL 106

ANEXO I : CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO - GLOBAL

Page 108: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO J: DECLARAÇÃO DE VIABILIDADE DE ATENDIMENTO PELA CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA ELÉTRICA 107

ANEXO J : DECLARAÇÃO DE VIABILIDADE DE ATENDIMENTO PELACONCESSIONÁRIA DE ENERGIA ELÉTRICA

( papel timbrado da concessionária)

( local ), ......./........./.............

À( nome da empresa solicitante )

Assunto : VIABILIDADE DE FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICARef : ( nome do empreendimento e número de unidades )

( endereço do empreendimento )

Prezados Senhores,

1 Em atendimento à consulta formulada por V.S., informamos que esta concessionária temcondições de fornecer ENERGIA ELÉTRICA, na carga solicitada, para o empreendimento supra-citado, a partir do dia ......../........../..................

2 Exigências desta concessionária para viabilizar o atendimento:

- .....................................................................................

- .....................................................................................

2 Informamos que o ônus pela execução dos serviços será de responsabilidade de ..............................................................................................

3 Esclarecemos que esta Concessionária assumirá a operação e manutenção do sistema em pauta.

Atenciosamente

____________________________________Responsável pela ConcessionáriaCarimbo/Assinatura

Page 109: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO K: DECLARAÇÃO DE VIABILIDADE DE ATENDIMENTO PELA CONCESSIONÁRIA DE ÁGUA E ESGOTO 108

ANEXO K : DECLARAÇÃO DE VIABILIDADE DE ATENDIMENTO PELACONCESSIONÁRIA DE ÁGUA E ESGOTO

( papel timbrado da concessionária)

( local ), ......./......../...............

À( nome da empresa solicitante )

Assunto : VIABILIDADE DE FORNECIMENTO DE ÁGUA E DE COLETA DE ESGOTO SANITÁRIORef : ( nome do empreendimento e número de unidades )

( endereço do empreendimento )

Prezados Senhores,

1 Em atendimento à consulta formulada por V.S., informamos:

a) Esta concessionária tem condições de fornecer água potável, na vazão necessária, para oempreendimento supra-citado, a partir do dia ....../........./.............. ,com interligação ao pontolocalizado em ............................................................................................................................

b) O esgoto sanitário deverá ser lançado no POÇO DE VISITA número .............., localizado narua ........................................................................

2 Exigências desta concessionária para viabilizar o atendimento:

- .....................................................................................

- .....................................................................................

3 Informamos que o ônus pela execução dos serviços será de responsabilidade de ..........................................................................................................

4 Esclarecemos que esta Concessionária assumirá a operação e manutenção do sistema em pauta.

Atenciosamente

____________________________________Responsável pela ConcessionáriaCarimbo/Assinatura

Page 110: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO L – PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS - APARTAMENTOS 109

ANEXO L : PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOSPLS -APARTAMENTOS

Page 111: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO M – PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS - CASAS 110

ANEXO M : PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOSPLS - CASAS

Page 112: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO N – PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS – EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO 111

ANEXO N : PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOSPLS -EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO

Page 113: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO O: PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS – INFRA-ESTRUTURA 112

ANEXO O : PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOSPLS - INFRA-ESTRUTURA

Page 114: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO P: QUADRO COMPLEMENTAR PARA CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS 113

ANEXO P : QUADRO COMPLEMENTAR PARA CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS

Page 115: Manual Da Caixa 2002

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO Q: PADRÃO DE ACABAMENTOS – CRITÉRIO SINAPI 114

ANEXO Q : PADRÃO DE ACABAMENTOS – CRITÉRIO SINAPI