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28 WWW.CARTACAPITAL.COM.BR Seu País E m 24 de abril de 2009, sob as barbas do então presi- dente Lula e com o apoio do ministro da Defesa, Nelson Jobim, o Exército do Bra- sil produziu um documento impressionante. Classifica- do internamente como “reservado” e des- conhecido, até agora, de Celso Amorim, que sucedeu a Jobim no ministério, o tex- to de 162 páginas recebeu o nome Manual de Campanha – Contra-Inteligência. Tra- ta-se de um conjunto de normas e orien- tações técnicas que reúne, em um só uni- verso, todas as paranoias de segurança herdadas da Guerra Fria e mantidas into- cadas, décadas depois da queda do Muro de Berlim, do fim da ditadura e nove anos após a chegada do “temido” PT ao poder. Há de tudo e um pouco mais no do- cumento elaborado pelo Estado Maior do Exército. A começar pelo fato de os gene- rais ainda não terem se despido da prática de espionar a vida dos cidadãos comuns. O manual lista como potenciais inimigos (chamados no texto de “forças/elementos adversos”) praticamente toda a população não fardada do País e os estrangeiros. Cita- dos de forma genérica estão movimentos sociais, ONGs e os demais órgãos governa- mentais, de “cunho ideológico ou não”. Só não explica como um órgão governamen- tal pode estar incluído nesse conceito, em- bora seja fácil deduzir que a Secretaria de Direitos Humanos, empenhada em inves- tigar os crimes da ditadura, seja um deles. O manual foi liberado a setores da tro- pa por força de uma portaria assinada pe- lo então chefe do Estado Maior, general Nós, os inimigos FORÇAS ARMADAS | Em manual tão hilário quanto tenebroso, o Exército elege quase toda a sociedade brasileira como adversária e estimula métodos de bisbilhotagem POR LEANDRO FORTES •CCSeuPaisCapa_668d.indd 28 10/13/11 10:51:01 PM

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Seu País

Em 24 de abril de 2009, sob as barbas do então presi-dente Lula e com o apoio do ministro da Defesa, Nelson Jobim, o Exército do Bra-sil produziu um documento impressionante. Classifica-

do internamente como “reservado” e des-conhecido, até agora, de Celso Amorim, que sucedeu a Jobim no ministério, o tex-to de 162 páginas recebeu o nome Manual de Campanha – Contra-Inteligência. Tra-ta-se de um conjunto de normas e orien-tações técnicas que reúne, em um só uni-verso, todas as paranoias de segurança herdadas da Guerra Fria e mantidas into-cadas, décadas depois da queda do Muro de Berlim, do fim da ditadura e nove anos após a chegada do “temido” PT ao poder.

Há de tudo e um pouco mais no do-cumen to elaborado pelo Estado Maior do Exército. A começar pelo fato de os gene-rais ainda não terem se despido da prática de espionar a vida dos cidadãos comuns. O manual lista como potenciais inimigos (chamados no texto de “forças/elementos adversos”) praticamente toda a população não fardada do País e os estrangeiros. Cita-dos de forma genérica estão movimentos sociais, ONGs e os demais órgãos governa-mentais, de “cunho ideológico ou não”. Só não explica como um órgão governamen-tal pode estar incluído nesse conceito, em-bora seja fácil deduzir que a Secretaria de Direitos Humanos, empenhada em inves-tigar os crimes da ditadura, seja um deles.

O manual foi liberado a setores da tro-pa por força de uma portaria assinada pe-lo então chefe do Estado Maior, general

Nós, os inimigos FORÇAS ARMADAS | Em manual tão hilário quanto tenebroso, o Exército elege quase toda a sociedade brasileira como adversária e estimula métodos de bisbilhotagemPOR LEANDRO FORTES

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Darke Nunes de Figueiredo. Ex-chefe da segurança pessoal do ex-presidente Fer-nando Collor de Mello, Figueiredo é hoje assessor do senador do PTB de Alagoas. O texto é dividido em sete capítulos, com centenas de itens. O documento confirma oficialmente que o Exército desrespeita frontalmente a Constituição Brasileira. Em um trecho registrado como norma de conhecimento, descreve-se a política de in-filtração de agentes de inteligência militar em organizações civis, notadamente movi-mentos sociais e sindicatos. O expediente, usado à farta na ditadura, está vetado a ara-pongas militares desde a Carta de 1988, embora nunca tenha, como se vê no docu-mento, deixado de ser usado pela caserna.

Também há referências a controle de meios de comunicação social e técni-cas de contrapropaganda, inclusive com orientação para a disseminação de boa-tos, desqualificação de acusadores e uso de documentos falsos. Em outra ponta, o manual tem servido de bússola nas ações disciplinares contra oficiais da força, mui-tos deles ameaçados de expulsão por as-sumir posições políticas consideradas de esquerda ou simplesmente por criticar as doutrinas aplicadas pelos comandantes.

A recomendação explícita de infiltração de agentes de inteligência em movimentos sociais, assim como a mania de bisbilhotar a privacidade de cidadãos comuns, faz do manual uma prova de que, passados 26 anos, a ditadura ainda teima em não sair dos quartéis. Ou ao menos da cabeça do comando. É ranço direto da Doutrina de Segurança Nacional, acalentada nos ban-cos da Escola Superior de Guerra (ESG) e

Movimentos sociais, ONGs, órgãos governamentais, militares estrangeiros... Ninguém escapa

O mentor. Darke Figueiredo e a mulher. O general coordenou a confecção do documento

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praticada, em tempos idos, pelo extinto Serviço Nacional de Informações (SNI).

Na quarta-feira 12, ao ser informado por CartaCapital da existência do documento, o ministro Amorim pediu esclarecimen-tos sobre o texto ao comandante do Exér-cito, general Enzo Peri, titular do cargo à época da edição do manual. Também or-denou aos demais comandantes da Aero-náutica, brigadeiro Juniti Saito, e da Mari-nha, almirante Júlio Soares de Moura Ne-to, que o informem se existem ou não ma-nuais semelhantes em suas jurisdições. As chances de haver documentos do mesmo naipe são grandes, pois se trata de doutri-na conjunta das Forças Armadas. E os co-mandos da Aeronáutica e da Marinha es-tão entre os destinatários na lista de dis-tribuição do manual do Exército.

A resistência dos militares brasileiros em se adequar às regras do poder civil é, inclusive, a razão de a presidenta Dilma Rousseff ter ordenado a Amorim apressar a criação, em Brasília, do Instituto Pandiá Calógeras, ideia nascida e adormecida du-rante a gestão de Jobim. Será uma home-nagem ao primeiro civil a exercer o car-go de ministro da Guerra na história repu-blicana brasileira, no governo de Epitácio Pessoa, entre 1919 a 1922. A ideia é criar, na nova entidade, uma permanente doutri-na civil sobre a questão da defesa nacional. À ESG restará a sede na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, e o direito de ministrar cursos de aperfeiçoamento de militares.

Para se ter uma ideia, no capítulo re-ferente a “Segurança Ativa”, no item so-bre “Contra-Espionagem”, o manual re-comenda a criação de uma “rede de in-formantes” por meio do recrutamento de pessoas integrantes de organizações so-ciais, com vistas a detectar seus interesses e atividades. Consiste na “cooptação de agente hostil, utilizando-o como agente duplo”. Em seguida, prevê a infiltração de agentes em movimentos que constituam “alvo provável de ações adversas”.

Como forma de organização, o manu-al classifica de “público interno” a ser atingido pelas normas todo o contingen-te do Exército, da ativa e da reserva, e os familiares dos militares da força terres-tre – ou seja, inclui civis em um sistema oficial de inteligência militar, sem defi-nir-lhes um papel. Um grupo formado por cerca de 200 mil cidadãos. Incrivel-mente, o manual define por “público ex-terno”, logo alvo do “Sistema Exército”, os demais brasileiros e estrangeiros, ou

seja, o restante da humanidade, bem co-mo “instituições e/ou organizações a que pertençam, desde que não defendam mu-danças radicais e revolucionárias”. Em resumo, em vez de estar a serviço da na-ção, o Exército a encara como um corpo estranho eventualmente a ser combatido. É o velho espírito das forças de ocupação.

Um dos trechos mais hilários, relativo ao capítulo intitulado “Segurança Orgâni-ca”, dá a dimensão da paranoia na caserna: “A principal ameaça que pode afetar o pes-soal é a espionagem, utilizando integran-tes do Sistema EB (Exército Brasileiro) co-mo agente infiltrado ou explorando-o, de

O ministro Celso Amorim quer saber se a Marinha e a Aeronáutica produziram manuais semelhantes

Estilos. Amorim não conhece o manual. Jobim, seu antecessor, deu a bênção ao documento

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forma inconsciente, em proveito de ou-trem”. É a tese do “inocente útil”, parte do conceito de guerra revolucionária presen-te nos manuais militares brasileiros desde o golpe de 1964.

O documento ainda recomenda, como parte das ações voltadas ao público inter-no, “relacionar suspeitos e listar pessoas e/ou organizações a quem uma ação hostil possa beneficiar ou interessar mais dire-tamente”. Esse item revela a existência de listas elaboradas por agentes de inteligên-cia com base em arapongagem, se neces-sário, da vida privada de militares e seus parentes. Em outro ponto, elenca quais se-riam as principais ações dessas “forças ou elementos adversos”: “invasão e ocupação de áreas públicas e/ou privadas, bloqueio de vias de circulação e promoção de gre-ves em serviços essenciais”. O MST é, cer-tamente, um inimigo, pela leitura possível desse item. Mas também poderiam ser en-quadrados, por exemplo, os funcionários dos Correios, que interromperam uma

greve de quase um mês na quinta-feira 13.O texto atém-se em certo momento à

ameaça do terrorismo, considerada das mais relevantes, “pois pode afetar uma autoridade, vítima de ação seletiva”. So-bre o tema, aliás, o manual produz algu-mas platitudes. Entre elas, a definição de que entre os objetivos do terrorismo está o de “divulgar uma causa e mostrar a dis-posição de lutar por ela”, no qual se en-quadram, obviamente, os movimentos so-ciais. Outro objetivo, segundo o manual, é o de “adquirir direitos políticos para mi-norias sociais, étnicas e/ou religiosas”.

Naturalmente incluídos nessa defini-ção, os movimentos de luta por cidadania, direitos civis e liberdade religiosa acaba-ram enquadrados como terroristas. Ain-da nesse item, o manual prevê que o “Sis-tema Exército” sempre tenha controle sobre as evidências relativas a atividades terroristas e exerça, se necessário, con-trole sobre os meios de comunicação, já

que a “decisão de difundir deve estar cen-tralizada no mais alto nível da força”.

A certa altura do capítulo intitulado “Es-tudo de Situação de Contra-Inteligência”, no item “Expressão Política”, o manual é explícito em orientar os agentes que iden-tifiquem “a filosofia, os objetivos e o grau de apoio dos partidos políticos ao governo e sua ligação com a OM (Organização Mi-litar, no caso, localizada na região de inte-resse)”. Também determina o levantamen-to de informações sobre “ONGs que fazem campanha contra a organização”. Mais adiante, preconiza aos agentes verificar “atitudes da população em relação à políti-ca local: examinar o grau de envolvimento da população nos assuntos políticos e sua atitude em relação às organizações políti-cas e seus líderes, concluindo sobre os as-pectos desfavoráveis para a OM”.

O manual recomenda outras medidas de bisbilhotagem em relação às comuni-dades onde estão localizadas unidades militares. Segundo o documento, caberá aos arapongas “identificar os principais líderes políticos, comunitários e de asso-ciações, levantando seus hábitos, gostos, atitudes, suscetibilidades, traços de per-sonalidade e outras peculiaridades”. Tra-ta-se de uma instrução para localizar en-tre a população civil supostos opositores do Exército nos locais dos quartéis.

No capítulo sobre contraespionagem, o manual determina o monitoramen-to “de militares estrangeiros, principal-mente nas escolas do EB e em outros lo-cais que permitam controlar e acompa-nhar os militares estrangeiros em servi-ço no País, em sua movimentação pelo território nacional, com vistas a detectar atividades veladas”. Ou seja, espionagem pura e simples de militares de outros paí-ses, muitos dos quais lotados como adi-dos em embaixadas, além daqueles con-vidados pelo governo brasileiro para fa-zer cursos de aperfeiçoamento no Brasil.

Nas considerações gerais sobre “Con-traterrorismo”, o manual reforça o lobby dos militares pela adoção de uma lei anti-terrorismo nos moldes daquela que os Es-tados Unidos queriam impor ao mundo depois dos ataques de 11 de setembro de 2001. Esse expediente, sob o patrocínio de Jobim, foi tentado duas vezes, sem sucesso, nos governos Lula e Dilma. Diz o manual: “A depender do vulto do impacto de uma ação terrorista, pode ser necessária uma legislação especial para habilitar a ado-ção de medidas antiterror e estabelecer

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a responsabilidade de autoridades”. O manual dedica um item para a situa-

ção dos quartéis de fronteira. Assim, deter-mina que os agentes descrevam as relações, oficiais ou não, existentes entre essas uni-dades militares “e outras nações”. Logo em seguida, no item “Expressão Econômica”, recomenda a elaboração de um quadro da estrutura econômica das regiões onde es-tão esses quartéis, inclusive “injustiças na distribuição de renda e no controle do po-der econômico”. Além de listar atividades econômicas, nível de emprego e relações de trabalho. Mas com um detalhe: “Identificar o modus faciendi, a eficácia e o peso político das organizações dos trabalhadores”.

No item referente a “Medidas de Con-tra-Inteligência Interna”, as instruções se concentram na bisbilhotagem dentro da caserna. Orienta “produzir conhecimen-to” sobre “militares envolvidos em mani-festações contrárias aos interesses da ins-tituição”. Entre os objetivos dessa políti-ca está o de “produzir conhecimento so-bre elementos do público interno com ca-pacidade de serem cooptados”. Essa nor-ma tem servido para enquadrar oficiais que, por razões políticas, caíram em des-

graça dentro do Exército e, em muitos ca-sos, correm risco de expulsão.

Caso do capitão Luís Fernando Ribeiro de Sousa, lotado no Arsenal de Guerra de General Câmara, no interior do Rio Gran-de do Sul. Em 2004, quando servia no Rio de Janeiro, Sousa decidiu se candidatar a vereador pelo antigo Partido dos Aposen-tados da Nação (PAN). Derrotado nas ur-nas, sofreu uma repreensão na ficha dis-ciplinar por ter se ausentado do quartel para fazer o registro partidário.

Em 2005, o capitão aproximou-se da Coordenação de Movimentos Sociais, entidade que congrega diversas organi-zações populares, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União Na-cional dos Estudantes (UNE), além de sindicatos e pastorais católicas. No fim daquele ano, decidiu usar o período de férias para participar, em Caracas, do Fó-rum Social Mundial. Queria conhecer um de seus ídolos, o presidente venezue-lano Hugo Chávez, mas foi proibido de deixar o País pelo Comando Militar do Leste, sem qualquer justificativa oficial. Em seguida, sofreu uma punição por re-latar o fato em uma entrevista a Carta-Capital. Em dezembro do mesmo ano, foi

atropelado por um carro, jamais identifi-cado, no centro do Porto Alegre

Por causa do acidente, que resultou em diversas fraturas nas pernas e nos braços, Sousa está afastado do serviço ativo des-de 2009, embora continue a residir, em General Câmara, em uma casa do Exérci-to. Espera, pacientemente, ser reformado por invalidez, mas o Comando Militar do Sul decidiu abrir um processo para expul-sá-lo da força. A razão pode estar na cam-panha eleitoral de 2010, quando o capitão, de 35 anos, candidatou-se a deputado fe-deral pelo PT gaúcho (perdeu novamen-te). O Exército o acusa de atentar contra o “pundonor” (honra) do Exército, termo recorrente no manual. O caso espera jul-gamento no Superior Tribunal Militar.

Ao tratar do item “Contrapropaganda”, o manual o define como um expedien-te para “neutralizar propaganda adver-sa que possa causar prejuízo aos interes-ses do Exército Brasileiro”. Entre as ações previstas estão: localizar a fonte e o veícu-lo da propaganda; desmontar a propagan-da do adversário; atacar e desacreditar o adversário; procurar, no passado, atitu-des e posições da organização que conduz a propaganda, para buscar contradições; quando se tratar de pessoa, desacreditá-la, colocá-la em posição de inferioridade; e ridicularizar a propaganda adversária.

A estratégia inclui textos jornalísticos, conforme se pode deduzir do trecho do manual em que se explica que essa técnica “consiste em responder item por item à pro-paganda do adversário”, atuar de forma “di-versionista” para desviar a atenção do pú-blico para outros temas e fazê-lo cair no es-quecimento ou, simplesmente, usar a técni-ca do “silêncio”, para situações em que dar satisfação “não se presta a uma resposta fa-vorável”, de modo ao assunto se “diluir na-turalmente nos veículos de comunicação”.

Na resposta aos pedidos de explicação de CartaCapital, o Centro de Comunicação do Exército (Ccomsex) parece ter optado por uma mistura de todas as recomendações do manual. Em uma explicação lacônica, esclareceu que o manual “é um documen-to sigiloso que orienta a execução das me-didas necessárias à proteção de dados, in-formações, documentos, instalações e ma-teriais sigilosos”. Lê-se em seguida uma amea ça: “Por oportuno, vale ressaltar que todo aquele que tiver conhecimento de as-suntos sigilosos fica sujeito às sanções ad-ministrativas, civis e penais decorrentes da eventual divulgação dos mesmos”. •

Alvo. O capitão Sousa enfrenta processo de expulsão por suas posições políticas

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