manual - café

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C AF É C AF É Manual de Procedimentos SECRET`RIA DA FAZENDA Departamento de Administração Tributária - DAT Gerência de Comércio Exterior - GECEX Departamento de Administração Tributária - DAT Gerência de Comércio Exterior - GECEX

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CAFÉCAFÉManual de Procedimentos

SECRETÁRIADA FAZENDA

Departamentode Administração

Tributária - DATGerência

de ComércioExterior

- GECEX

Departamentode Administração

Tributária - DATGerência

de ComércioExterior

- GECEX

CAFÉCAFÉManual de

Procedimentos

2

Governador

CÉSAR AUGUSTO RABELLO BORGES

Secretário

ALBÉRICO MACHADO MASCARENHAS

Subsecretário

LUCIANO SANTOS DE SOUZA

Diretor do Departamento de Administração Tributária

EUDALDO ALMEIDA DE JESUS

Diretor de Fiscalização

ANTÔNIO EXPEDITO SANTOS DE MIRANDA

Gerente de Comércio Exterior

ELÍSIA MEDEIROS PINTO

CAFÉCAFÉManual deProcedimentos

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dinâmica econômicamundial tem originado uma nova

diferenciação entre países,organizações e indivíduos,baseada na capacidade deresponder criativamente às

oportunidades e necessidadesque hoje se apresentam em

ritmo acelerado, comoconseqüência da globalização.

Percebendo tal cenário, aSecretaria da Fazenda do

Estado da Bahia vemdesenvolvendo um programa de

modernização, tendo comoobjetivo o aprimoramento

contínuo da organização e deseus profissionais. O

estabelecimento de núcleos deexcelência, focados em

segmentos ou atividadesespecíficos, tem sido uma

experiência de sucesso, umavez que, conservando a noção

do contexto, tem possibilitado aanálise acurada de toda a cadeiade agregação de valor.

A disseminação dosconhecimentos para toda aorganização, dotando afiscalização de fontesespecializadas de consulta, é apróxima etapa a ser alcançadapelo Departamento deAdministração Tributária,através da Diretoria deFiscalização e de suasGerências.

O “Manual de Procedimentos –Café” insere-se neste contexto,representando um novo produtodisponibilizado pela Gerência deComércio Exterior, que tem secaracterizado pelas constantescontribuições aoaperfeiçoamento dosprofissionais da fiscalização.

CAFÉCAFÉManual de

Procedimentos

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HISTÓRIA DO CAFÉ...................................................................7

ESPÉCIES DE CAFÉ CULTIVADAS NO BRASIL................8

BRASIL - POPULAÇÂO CAFEEIRA........................................8

CULTIVO DA LAVOURA............................................................9Clima...................................................................................9Limpeza do Terreno e Preparo do Solo..........................9Plantio.................................................................................9

TRATOS NA LAVOURA...........................................................10FLORADA E FRUTIFICAÇÃO.................................................11COLHEITA...................................................................................11

PREPARO DO CAFÉ................................................................12Via Seca...........................................................................12Via Úmida........................................................................12Secagem..........................................................................13

ARMAZENAMENTO..................................................................13

PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE.........................................13

BENEFICIAMENTO...................................................................14

REBENEFICIAMENTO.............................................................15

CLASSIFICAÇÃO DO CAFÉ...................................................15ANÁLISE FÍSICA.......................................................................16

Classificação por Peneiras............................................16Classificação por Tipo....................................................16Tabela de Classificação Oficial Brasileira ...................17Classificação por Cor.....................................................17Torração............................................................................17

OS TIPOS DE DEFEITOS........................................................18ANÁLISE ORGANOLÉPTICA.................................................19

Classificação por Bebida...............................................19

ARMAZENAMENTO DO CAFÉ REBENEFICIADO............19*Esquema de Preparo pós Colheita

TORRAÇÃO E MOAGEM.........................................................20Compra do Café..............................................................20Torração............................................................................20Ponto de Torra.................................................................20Moagem...........................................................................20Embalagem......................................................................20

COMERCIALIZAÇÃO DO CAFÉ.............................................21comercialização Interna..................................................21comercialização Externa................................................21

CLASSIFICAÇÃO DE CAFÉ PELABOLSA DE NOVA YORK.........................................................21

Tabela de Equivalência dos Grãos Imperfeitos...........21Tabela Oficial de Nova York ...........................................22

CAFÉCAFÉManual deProcedimentos

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SUMÁRIOSUMÁRIO5

CORRELAÇÃO ENTRE A TABELAOFICIAL DO BR E N.Y..............................................................22

TERMINOLOGIA EMPREGADANO MERCADO DO CAFÉ........................................................22

LEGISLAÇÃO DE ICMS...........................................................23Incidência.........................................................................23Não Incidência Fato gerador..........................................23Fato Gerador....................................................................23Contribuinte......................................................................23Local da Operação.........................................................23Alíquota.............................................................................23Base de Cálculo..............................................................23Suspensão.......................................................................23Diferimento.......................................................................24Substituição Tributária....................................................24Crédito Fiscal..................................................................24Circulação de Café Cru..................................................24Prazo de Recolhimento..................................................24Outras Hipóteses.............................................................24

DOCUMENTAÇÃO....................................................................24

PONTOS A OBSERVAR..........................................................25

GLOSSÁRIO...............................................................................26

*Esquema de Preparo pós Colheita.........................................28Termo de deslacração de café..................................................29Controle de saídas interestaduais de café...............................29

ÓRGÃOS DE APOIO.................................................................30

BIBLIOGRAFIA..........................................................................30

CAFÉCAFÉManual de

Procedimentos

representar 5,19 % em 1997, dototal das exportações brasileiras.

Procuramos dar uma visão glo-balizadora do produto, fazendouma abordagem desde o cultivo,limpeza, descascamento, ventila-ção, rebeneficiamento, classifica-ção até a fase da comercialização.

Enfatizamos, também, a impor-tância do conhecimento das fasesintermediárias da produção docafé como forma de subsidiar afiscalização na aplicação da nor-ma tributária, eis que, o café pro-duzido no país e que é exporta-do, obedece padrões definidospor cada mercado importador.

Esperamos com este manualcontribuir para um maior nível deeficiência fiscal.

ando continuidade aos tra-balhos de especialização desen-volvidos pela gerência de comér-cio exterior, e considerando osefeitos da Lei Complementar 87/96, a partir de setembro/96, mo-mento em que foram desoneradasdo ICMS as exportações de pro-dutos semi-elaborados (aquelesaté então tributados) e primários,sentimos a necessidade de darprosseguimento ao trabalho publi-cado recentemente e intituladocomo Manual de Fiscalização doICMS na Importação e Exporta-ção.

Desta feita, pretendemos ela-borar Manuais de ConhecimentosEspecíficos voltados para as ex-portações de produtos primários,iniciando pelo café, por ser umproduto de extrema relevância naeconomia nacional e baiana. Esteproduto, isoladamente, chegou a

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INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

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CAFÉCAFÉManual deProcedimentos

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cafeeiro planta de origem africa-na, foi introduzido na Arábia porvolta do ano de 1500, tendo sidoclassificado por Linneu como Co-ffea arábica. Irradiou-se por vári-os países, sendo importante mar-co na história de suas culturas,inclusive no Brasil.

Os efeitos da infusão prepara-

tância foi tão marcante que o Estado veio ase tornar o maior centro exportador de cafédo mundo.

O café exerce importante função socialna criação de empregos, não só na colhei-ta mas durante todo o ano, por se tratar deuma atividade quase que totalmente arte-sanal. É também uma importante fonte ge-radora de renda eemprego no país:na lavoura, na in-dústria e no comér-cio. Se constitui umimportante fator dedesenvolvimento:muitas proprieda-des têm no cafésua principal fontede renda, exploran-do as terras, fixan-do mão-de-obra,criando riqueza ebem estar social.Assim, quanto mai-or for a renda naspropriedades, maior será a arrecadação dosMunicípios e Estados e maior a participa-ção nas divisas de exportação.

Atualmente, a produção no Brasil (safrade 1997/98) está em torno de 28 milhõesde sacas. Na Bahia a produção está esti-mada em 1 milhão de sacas.

O Brasil é o maior produtor vindo emseguida a Colômbia, Indonésia, Costa doMarfim e México. Os Estados Unidos é omaior consumidor seguido do Brasil.

A cultura do café já foi responsável por80% da receita cambial do Brasil, hoje re-presenta de 4 a 5%, em função de novasculturas e desenvolvimento da indústria.

História do café

Visãopanorâmicade umaplantação decafé

OOda com o café difundiu-se rapidamente apartir do século XVI, época em que a bebi-da era fartamente utilizada no Oriente. Con-ta-se que o café foi torrado pela primeira vezna Pérsia, influenciando a cultura de váriospaíses como os maometanos que toma-vam-no em suas cerimônias para ficaremmais espertos.

No Brasil foi introduzido em 1727, quan-do o Governador do Maranhão e Grão Pará,João da Maia da Gama outorgou ao Sargen-to-Mor Francisco de Melo Palheta uma mis-são oficial, com o propósito de solucionarproblemas de fronteiras com a Guiana Fran-cesa. De volta de Caiena este trouxe paraBelém do Pará muitas sementes e algumasmudas que ali se desenvolveram bem. DoPará o café foi para o Maranhão e daí seirradiou por pequenas plantações nos Es-tados vizinhos, atingindo no período de 1743a 1750 o Ceará, Pernambuco e Bahia, che-gando ao Rio de Janeiro em 1760 de ondese expandiu para toda a zona cafeeira doBrasil. Por volta de 1780 a 90 atingiu o Valedo Paraíba, alcançando os Estados de SãoPaulo e Minas. O café foi tomando o lugarda mata, abrindo estradas, fixando povoa-dos e criando riquezas. A penetração do cafécom características econômicas, deu-seem meados do século XIX, segundo algu-mas pesquisas. Em São Paulo sua impor-

Cafécatuaíamarelo

CAFÉCAFÉManual de

Procedimentos NN

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o Brasil a quase totalidade doscafeeiros plantados é da espé-cie Cofeea arabica, planta ca-racterística de clima tropical dealtitude, adaptada a clima úmi-do com temperaturas amenas.A espécie Coffea arabica é degrande significação econômi-ca para as regiões que a culti-

Especies de café cultivadas no Brasiligualada e precoce.

Em algumas regiões do Brasil se plantauma outra espécie de café - Coffea canepho-ra variedade Kouillou, conhecido como Coni-lon também chamado de Robusta, é uma es-pécie largamente difundida nas regiões quen-tes, com lavouras bastante produtivas.

O Conilon não proporciona bebida deboa qualidade mas apresenta alta produti-vidade e maior percentagem de sólidos so-lúveis que o arábica. O seu preço mais re-duzido e sua utilização na formação de li-gas na indústria de café solúvel, o faz terboa aceitação no mercado norte-america-no e europeu. Representa cerca de 15% daprodução nacional.

Na Bahia a variedade predominante é oCatuaí com aproximadamente 77% do par-que, o Mundo Novo participa com 11%, oConillon com 11% e outras com 1%.

A variedade Catuaí predomina em quasetodas as regiões, a exceção do extremo suladequada ao Conillon.

Cafécereja

vam, uma vez que seu produto é de quali-dade superior (aroma e sabor mais apreci-ado no mundo), e de maior aceitação em

todos os mercados consumidores. O caféarábica, como é chamado, deu origem pormutação a outras variedades, sendo maisdifundido e de maior valor comercial o Mun-do Novo, o Catuaí Amarelo e o Catuaí Ver-melho.

O Catuaí tem boaprodutividade, é debaixo porte e de es-trutura compacta,sofrendo menos aação dos ventos edas estiagens, per-manecendo sempreenfolhado. A colheitaé mais fácil, permitin-do o plantio em espa-çamento mais aden-sado, mas a matura-ção é desigual e tar-dia. O Mundo Novotem boa adaptaçãonas regiões cafeeirasdo País, no entantoapresenta altura ele-vada, o que dificultasua colheita; perdesaia no período secotem maturação mais

Fonte: FAS/USDA - Circular Séries FTROP/95 e 27/jun e AGR nº BR 7029

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Brasil: população cafeeira, área plantada e produção

1991/92 4,23 3,50 1.209 28,5 8,38

1992/93 3,46 2,45 1.412 24,0 10,91

1993/94 3,12 2,31 1.351 28,5 12,67

1994/95 3,17 2,33 1.361 26,0 11,82

1995/96 3,08 2,26 1.363 16,8 9,08

1996/97 3,40 2,34 1.051 27,5 11,96

1997/98 3,55 2,41 1.481 28,0 11,86

BRASIL - PO-PULAÇÃO CAFE-EIRA

Estima-se quehoje existe no Bra-sil uma área planta-da de café de 2,41

milhões de hectares. Os estados de MinasGerais, Espírito Santo, Paraná, São Paulo,Bahia, Goiás e Rondonia são os maioresprodutores de café do País, com predomi-nância da espécie arábica.

CAFÉCAFÉManual deProcedimentos

CC

Na Bahia existem em torno de 3.000 pro-priedades agrícolas de cultivo de café, querepresenta uma população cafeeira deaproximadamente 119,14 milhões de pés,correspondendo a uma área de 83,4 mil hec-tares.

Regiões produtoras no Esta-do

Planalto de Conquista –28.040 hectares

Jequié – Santa Inês –19.380 hectares

Chapada Diaman-tina – 32.670 hectares

Extremo Sul –7500 hectares

Barreiras – 2.500hectares

O “Diagnósticoda Cafeicultura naBahia 1995 - 96” con-clui que, se comparadaao período 84/85, houveredução do parque cafeei-ro, a exceção do Extremo Sule de Barreiras, que é uma re-gião nova na cultura do café.

A safra prevista para 98/99 é de 1,030milhão de sacas, com produtividade de 12sacas/hectare, considerada baixa em rela-ção aos padrões aceitáveis (> 20 sacas/hectare), devido ao fator climático.

Tentando melhorar a produtividade estãosendo incorporadas novas técnicas como:correção de solo, espaçamento mais raci-onais, adubações equilibradas, tratos maisadequados e irrigação dos cafezais, o quepoderá elevar ao dobro a capacidade de pro-dução do Estado.

Na região de Barreiras, cuja implantaçãoda cultura do café começou em torno de1994, está sendo adotada a irrigação. O par-que nessa região já conta com 2.550 hecta-res de café implantados, correspondendo aaproximadamente 20 milhões de covas, dis-pondo de um potencial de mais 100 mil hec-tares para desenvolvimento da cafeiculturairrigada. Estima-se para este ano colher emmédia 100 sacas beneficiadas por hectare,índice de produtividade superior a qualqueroutra região produtora do país.

lima - em geral a espécie arábi-ca se desenvolve melhor emregiões com altitude entre 400 e1200 metros e que apresentemtemperaturas anuais na faixa de18º a 22º C com chuvas bemdistribuídas. Uma variação mui-to abaixo ou acima desta médiapode ser prejudicial à produtivi-dade do cafeeiro.

Cultivo da lavoura

A espécie conilon se desenvolve em áre-as com altitudes abaixo de 600m e estáadaptada a temperaturas médias anuais

entre 22º e 26º C.Com o desenvolvimento da irrigação nos

cafezais os parâmetros de altitude e climaestão sendo alterados.

Limpeza do terreno e pre-paro do solo - no prepa-

ro do solo para a ins-talação de uma la-

voura de café, aprimeira opera-

ção consta dalimpeza daárea. Essalimpeza adepender douso anteriordo solo, in-clui opera-ções diferen-

tes; se haviamata natural ou

artificial, cerradoou capoeira, cultu-

ras permanentes,pastagens, etc.. Essa

operação pode envolver des-bravagem (roçada, derrubada, quei-

mada), aração, gradagem, calagem, e sub-solagem, que tem por finalidade a uniformi-zação do terreno para que apresentem con-dições adequadas para o plantio. A limpezado terreno deveser feita na esta-ção seca.

Plantio - De-pois de prepara-do o solo, o pró-ximo passo é ademarcação doterreno que seconstitui na mar-cação das nivela-das básicas,ruas de café, co-vas e carreado-res. O cafezaldeve ser plantadoem espaçamentoque possibilite otrânsito de equi-pamento pelasruas de café, per-mitindo a meca-nização das ca-pinas, tratos fitos-sanitários, adu-bação, etc.

O espaça-mento dependede uma série defatores como: variedade a ser plantada, de-clividade e exposição do terreno, número decovas a serem formadas, clima da região,etc. De modo geral são os seguintes espa-çamentos mais comuns nas lavouras decafé do País. 9

BARREIRASPIEMONTE DADIAMANTINA

PARAGUAÇU

LITORAL SUL

EXTREMO SUL

PLANALTO DACONQUISTA

SERRA GERAL

CHAPADADIAMANTINA

SUDOESTESALVADORSALVADOR

CAFÉCAFÉManual de

Procedimentos

Variedades Espaçamento Espaçamento Nº mudasentre linhas entre covas na cova

Mundo Novo 4,0 metros 1,5 a 2,0 metros 20,8 a 1,0 metro 1

Catuaí Vermelho 3,5 metros 1,5 a 2.0 metros 2ou Amarelo 0,8 a 1,0 metro 1

O sistema de espaçamento não é rígido,cada região ou mesmo propriedade é umcaso. O espaçamento padrão de 3 a 4 mentre linhas e 1 a 2 m entre covas, permiteaproximadamente 1.500 a 2.000 covas porhectare. A densidade média atual é de 3.000covas por hectare.

Outro modelo de espaçamento que vemsendo utilizado é o adensado, que consisteem espaçamentos menores entre linhas ecovas, onde as mudas são plantadas em es-paçamentos de 2 x 1m e 1,20 x 0,80m nomodelo superadensado. Esse sistema per-mite a utilização de menor área para a lavou-ra (pode-se plantar de 5.000 a 10.000 plantaspor hectare) e, portanto menor investimentoem terras, possibilitando maior economia nasoperações de trato após o plantio e o aprovei-tamento de áreas não mecanizáveis, muitasvezes mais bem situadas. Tudo isso permiteum retorno mais rápido dos recursos investi-dos, resultando em alta produtividade por áreaa curto prazo.

O espaçamento tradicional representa78% do parque cafeeiro baiano vindo a seguiro renque mecanizado (3,5 – 4,5 x 0,5 a 1,0 m)com 8%; este sistema só vem sendo adota-do nos últimos dez anos.

A lavoura de café tem início com a prepa-ração das mudas em viveiros de meia-som-bra, com cobertura alta ou baixa, usando-seo sistema de semeio direto. Quando as mu-das atingem de 4 a 6 pares de folhas (após 6meses a 1 ano), é transportada para a cova.O plantio deve ser feito durante o período chu-voso (na Bahia de maio a junho). Quanto maispróximo do final das chuvas, maior a probabi-lidade de perda do plantio. Em regiões sujei-

tas a “veranico” em épocas mais ou menosconstantes, deve-se evitar esses períodos.

É muito importante que no primeiro ano deplantio seja feito uma cultura intercalar anualde porte alto, que funcione como quebra-ven-to, evitando o tombamento do cafeeiro novo ea brotação excessiva. A implantação de gre-vília como arborização de cafezais, tem dadobons resultados.

Viveirode

mudas

s tratos culturais recebidos pelalavoura durante o período de de-senvolvimento, florada e frutifica-ção da lavoura, influem na pro-dutividade de um cafeeiro. Osprincipais tratos aplicados aocafezal são:

Capinas – tem como objetivoeliminar as ervas daninhas queretiram água e nutrientes doscafezais. Os produtores combi-nam os métodos manuais, me-cânicos e químicos. Em geralsão realizadas de cinco a seiscapinas por ano.

Podas – entre outros objetivostem a finalidade de facilitar a co-lheita, a pulverização e fortalecera planta ou mesmo recuperá-la.Com a poda promove-se ummelhor arejamento e insolaçãoda lavoura, criando-se um ambi-ente desfavorável ao ataque depragas e doenças. Nos plantiosadensados a poda é obrigatóriapara evitar o fechamento da la-voura.

Adubações – esse trato teminício trinta a quarenta dias apóso plantio, repetindo-se três a qua-tro vezes por ano. O cafezal podereceber adubo orgânico e quími-

OOTratos na lavoura

10

Plantio novomodelo

tradicional

CAFÉCAFÉManual deProcedimentos

EEOOciclo da florada e frutificação na

produção do café é essencial. Afloração ocorre em etapas de cres-cimento e dormência. Os botõescrescem até cerca de 6 a 8 milí-metros e cessam seu crescimen-to entrando em dormência; per-manecendo nesse estado até quehaja um período seco seguido de

chuva para então continuarem a crescer ra-pidamente até sua abertura em flores, cer-ca de dez dias após a chuva.

m média leva-se 6 meses, emcondições climáticas normais,para a maturação. O períodode colheita varia de região pararegião, dependendo da altitude,latitude e condições climáticaslocais. Quanto maior a altitudee menor a temperatura numamesma latitude, mais tardeserá a maturação. A ocorrên-

cia de chuvas durante a fase de maturaçãoprolonga o período de colheita. No centro-sul do país a colheita abrange os meses deabril a agosto. Na Bahia a colheita regular-mente é iniciada em maio, podendo se es-tender até setembro, uma vez que a matu-ração não é uniforme e exige de 2 a 3 re-passes, sendo que no último é feita a “ra-pagem”, ou seja, a colheita de todos os fru-tos remanescentes.

Predominantemente a colheita é feitapelos seguintes processos: derriça no chão,derriça no pano, colheita a dedo e colheitamecânica.

Derriça no chão - é o mais comum e

co no solo além de pulverizações, princi-palmente para correção de deficiências demicronutrientes.

Pulverizações – destinam-se ao con-trole de pragas e doenças entre as quais, obicho mineiro, a broca, os nematoides e acigarra. O bicho mineiro ataca as folhas docafeeiro, a broca ataca os frutos, os nema-tóides e a cigarra atacam o sistema radicu-lar da planta. A principal doença é a ferru-gem, um fungo que ataca as folhas, provo-cando sua queda prematura e afetando aprodutividade do cafeeiro.

Conservação do solo – tem como ob-jetivo o combate à erosão. A capina é a prá-tica vegetativa mais comum. Entre os mé-todos mecânicos utiliza-se a subsolagempara quebrar a compactação do solo e aconstrução de terraços.

As flores fecundadas dão origem aos fru-tos de cor verde (chumbinhos). Como a flo-ração não é toda por igual (repete-se maisou menos por quatro vezes), a frutificaçãoe o amadurecimento dos frutos também nãosão homogêneos. Na Bahia as plantas flo-rescem de novembro a março, frutificam 30dias depois e maturam entre maio e junho.

Florada efrutificação

Colheita

11

CAFÉCAFÉManual de

Procedimentos

AA

envolve as seguintes fases:arruação - é a operação de lim-

peza do solo em volta e em baixodo cafeeiro para que o café derriça-do não se misture aos ciscos e de-tritos

varrição - é o recolhimento docafé que cai naturalmente antes dacolheita

derriça - é a colheita propriamen-te dita, e consiste naderrubada manual detodos os frutos doramo, ainda que ver-des, verdoengos,maduros e secos nochão

rastelação - é orecolhimento do caféderriçado, realizadocom vassoura ou ras-telo

abanação - é aoperação realizadacom peneira, tendopor finalidade eliminarpaus, pedras, folhas.

Derriça no pano -é um processo seme-lhante à derriça, emque se coloca panosou plásticos sob ocafeeiro, para que osfrutos não se mistu-rem às impurezastais como pedras etorrões, e nem tenham contato com osgrãos já caídos.

Colheita a dedo - é um processo feitocom peneira ou cesto e consiste na catados grãos maduros; como a maturação nãoé uniforme implica em duas ou três cata-ções na lavoura. Por ser um processo one-roso não é muito utilizado.

Colheita mecânica - é feita através demáquina sendo mais utilizada nas grandespropriedades e em regiões de topografia

Preparodo café

pós a colheitao café podeser preparadopor dois pro-cessos: viaseca ou viaúmida.

Via seca - éo método maisu t i l i z a d o .

Quando chega do campo ocafé passa por uma limpe-za para eliminar a terra efragmentos diversos atra-vés de seletores especiais,que ainda separa os grãosmais pesados (verde e ce-reja) dos mais leves (bóia).

Em seguida o café é levado separadamen-te para os terreiros e/ou secadores, resul-tando no café em coco.

Na Bahia 46% das propriedades apre-sentam terreiros pavimentados e 27% ter-reiros de chão; as tulhas estão presentesem 25% das propriedades, os armazénsem 39%, principalmente nas médias e gran-des propriedades.

Via úmida – esse processo também édenominado despolpamento, dando origem12

Terreiro de secagem

CAFÉCAFÉManual deProcedimentos

NN

TT

ao café despolpado, exigindo uma colheitacuidadosa de frutos maduros. A limpeza éfeita em lavadores que também separa ocafé cereja e verde do maduro. O café ce-reja pode ser seco em terreiro , secador ouser encaminhado para despolpamento. Nes-te processo a polpa é retirada quando acereja passa pelo despolpador mecânico.Em seguida o café é colocado em tanquespróprios para fermentar (tanques de dego-magem) sendo depois lavado em água cor-rente e posto para secar. Com o despolpa-mento elimina-se a casca e a mucilagemrestando apenas o pergaminho, resultandoum produto de alta qualidade.Somente de 7a 10% das propriedades possuem lavado-res e despolpadores.

Secagem – é uma das mais importan-tes operações, pois, se mal conduzida, po-derá acarretar grandes prejuízos ao cafei-cultor; para se obter um produto de boaqualidade o café precisa ser seco de modocorreto, tanto em terreiro como em seca-dores mecânicos. Um café seco em dema-sia perde peso e se torna quebradiço du-rante o beneficiamento. O ponto ideal éaquele que deixa o café com aproximada-mente 11% de umidade para o café emcoco e 12% para o café pergaminho.

Armazenamentoerminada asecagem,no terreiroou em se-cadores ,tanto ocafé emc ô c ocomo ocafé em

pergaminho são ar-mazenados a granelem tulhas (comparti-mento revestido demadeira), normal-mente próximas aoterreiro em áreas en-solaradas e bem dre-nadas para evitar aumidade dos grãos.O armazenamentotem como finalidadehomogeneizar a umi-dade dos grãos e re-gular a alimentaçãoda máquina de bene-ficiamento.

Cafés de diferen-tes tipos, procedênci-

para ser armazenado até a comercializa-ção. Os médios e grandes produtores emgeral, armazenam a colheita em suas pró-prias tulhas até ser comercializada.

a lavoura de café, a produtivi-dade nem sempre está vincu-lada ao tamanho da proprieda-de, outros fatores influenciamdiretamente tais como: climá-ticos, econômicos e tecnoló-gicos.

A primeira carga de frutosocorre no segundo ano após oplantio, crescendo até o quarto

Produção eprodutividade

ano, quando tende a se estabilizar, já que aplanta atinge a fase adulta. A partir de entãoas safras começam a se alternar entre umano de alta com outro de baixa safra, desdeque não ocorram alterações climáticas.

O café em regra geral tem uma vida útilde 25 anos, podendo atingir até 40 anos.Dentro dessa vida útil, atinge o pico de pro-dução no período que vai dos 8 aos 15 anos.Uma boa média para um cafezal adulto éde 20 sacas beneficiadas por 1.000 covasou 30 sacas beneficiadas por hectare, comeficiência hídrica de1.200 ml/ano.

Na Bahia 82% do parque cafeeiro situa-

13

Recpeção de café cereja para despolpamento

as e secagens, devem ser armazenadosseparadamente.

A maioria dos pequenos produtores sódispõem de terreiros. Após colherem e se-carem o café, levam-no às cooperativas

se na faixa de 10 a 20 anos de idade (cafe-zais adultos); 8% da lavoura apresenta maisde 20 anos (lavoura velha) e 10% cafezalem formação. Quanto à produtividade, 66%do parque cafeeiro baiano apresenta pro-

Visão panorâmica do despolpador

DespolpadorTanques de degomagem

CAFÉCAFÉManual de

Procedimentos

ÉÉo ato de descascar e tambémo primeiro processo de prepa-rar o grão de café para comer-cialização ou consumo. Apósessa etapa o café é denomina-do bica corrida. Esse processose constitui na eliminação deimpurezas, pedras, torrões e opróprio descasca-mento do grão,constando dasseguintes opera-

Beneficiamento

ções: limpeza-bica de jogo,catador de pedras, descasca-mento-descascador e classi-ficação-classificador.

Tanto o café em coco comopergaminho passam pelasmesmas operações de bene-ficiamento, variando somente

a intensidadede algumasetapas. Parase obter 1 kgde café bene-ficiado sãonecessários2 kg de caféem coco. Nodespolpadopara se ob-ter 1 kg decafé benefi-ciado são necessários1,250 kg de café em per-gaminho

O momento maisoportuno para se realizaro beneficiamento é,sempre que possível,quando o café já estiver

próximo de ser comercializa-do pois, em coco ou pergaminho, armaze-nados nos teores de umidade recomenda-dos conserva-se melhor. Pode ser feito nasgrandes propriedades que tenham máqui-nas apropriadas ao processo, nos compra-dores de café, nas máquinas de benefíciovolantes instaladas sobre um caminhão quepercorrem as propriedades beneficiandopequenas quantidades de café, ou nas co-

operativas que concentram a produção ca-feeira de uma região e a preparam, esto-cam e comercializam. Existem ainda em-presas que possuem maquinário e prestamserviço de beneficiamento.

Limpeza - a limpeza do café inicia nabica de jogo que se compõe de um conjun-to de peneiras planas oscilantes que rece-be o café em coco ou pergaminho, separaas impurezas leves, terras e torrões.

Em seguida o café passa para o catadorde pedras que separa as impurezas pesa-das, completando o serviço de limpeza.

Descas-camento -há dois tiposbásicos deequipamen-tos paradescascar ocafé: o des-c a s c a d o rpor fricção epor percus-são. O caféem pergami-nho por nãoter casca,apenas umpergaminho,é processa-

do mais rápido e delicadamente que o caféem coco. No primeiro as cascas são retira-das pelo atrito dos grãos entre si e contraas partes internas do descascador, é o mé-todo mais utilizado. Quanto ao descasca-dor por percussão a retirada da casca é fei-ta por meio de pancadas consecutivas so-bre a massa de grãos. Em seguida o cafévai para a ventilação onde as cascas levessão eliminadas da máquina (as vezes sãoaproveitadas como adubo nas plantaçõesde café).

O café vai então para a sururuca que tra-balha acoplada ao descascador, que con-siste numa peneira redonda dotada demovimento circular excêntrico, tendo por fi-nalidade separar o café descascado do nãodescascado. Essa separação é feita pela14

dutividade inferior a 10 sacas/hectare, 28%do parque produz de 10 a 20 sacas/hectaree somente 6% tem produtividade acima de20 sacas/hectare. A maior parte de cafeei-ros nos padrões de boa produtividade é en-contrada no Extremo-Sul para o Conillon ena região da Chapada Diamantina para oarábica.

Com a implantação do parque cafeeirode Barreiras e as técnicas de irrigação, atendência é o aumento da produtividade mé-dia, com experimentos que estão atingindoa média de 100 sacas/ha.

Secadores epré-secadores

Descascador

Catadoresde pedra

CAFÉCAFÉManual deProcedimentos

diferença do peso es-pecífico e pela forçacentrífuga. O café be-neficiado vai para aperiferia e é levadopara a fase seguintede classificação, en-quanto as impurezasvão para o centro dasururuca e voltam aodescascador.

Ventilação - ocafé descascado se-gue para a máquinaclassificadora, cons-tituída por um conjun-to de peneiras comcrivos circulares eoblongos de dimen-sões que variam de 8a 19/64 de polegada e colunas de ventila-ção, de modo a selecionar os grãos peladimensão e forma, e separar dos cafésmais leves chamados escolhas (brocados,malgranados e conchas).

o segundo estágio do benefíciode padronização de um lote decafé. É uma operação mecâ-nica para uniformização do ta-manho dos grãos, podendopromover a diminuição parcialdos defeitos existentes no cafébeneficiado, melhorando assima classificação comercial docafé.

O rebenefício dar-se-á sobdiversas formas: pela elimina-

ÉÉRebeneficiamento

ção parcial dos principais defeitos; pela eli-minação parcial dos grãos leves, impure-zas, grãos pretos e ardidos; pela padroni-zação parcial ou total do tamanho dos grãos( lote corrido ); e pela formação de uma ligaque na literatura inglesa dá-se o nome deblend , que é a mistura de vários lotes, como intuito de obter um único lote homogêneoe com as qualidades desejadas.

A separação por tamanho é realizada porpeneiras e ventiladores para separar os ca-fés mais leves tais como: brocados, malgranados, conchas, cascas, etc.

Na separação por densidade, que consi-dera o peso específico dos grãos, o café ésubmetido a movimentos vibra-tórios.

Na separação mecânica uti-liza-se imãs para eliminar cor-pos metálicos eventualmenteexistentes no café.

A separação pela cor é feitapor processo eletrônico, pelaação de células fotoelétricas,que permite a eliminação dosgrãos verdes, pretos e ardidos.

Existe ainda a catação ma-nual, feita em bancadas indivi-

um conjunto de análise queleva em conta as propriedadesfísicas (classificação por pe-neira e tipo) e organolépticas(classificação por bebida) docafé.

Remontam-se a 1836, asprimeiras classificações decafé no Brasil, levavam emconta o aspecto, a cor e o ta-manho dos grãos. Em 1855, aBolsa de Café de Nova York

duais ou em esteiras rolantes. É um pro-cesso que rende pouco.

No processo de rebenefício, o grau deaproveitamento do café é bastante variável,pois depende de diversos fatores como ostratos culturais, climáticos e das circunstân-cias em que foram realizadas o beneficia-mento.

Normalmente são as empresas exporta-doras ou comerciantes intermediários quefazem essa etapa, padronizando lotes paraos mercados demandantes.

ÉÉClassificação do café

criou uma tabela de classificação de cafépor tipo, fundamentada na contagem de de-feitos da amostra. Em 1917, com a instala-ção da Bolsa Oficial de Café e Mercadoriade Santos, surgiu no Brasil a prova da xíca-ra, desde então empregada para classificaro café segundo as características de aro-ma e sabor de sua bebida.

Existem várias classificações em vigor,sendo as mais im-portantes as clas-sificações por pe-neira, por tipo epor bebida. Na ex-portação tambémse leva em contaa cor, a torração,e a descrição dosgrãos, bem comoa forma de prepa-ro – via seca ouúmida. 15

Catadorde pedra

Sulton

CAFÉCAFÉManual de

Procedimentos CC lassificação por peneiras -a classificação é executadapor um jogo de peneiras quesepara os grãos pela formae tamanho. As peneiras têmcrivos circulares e oblongosde dimensões que variam de8 a 19/64 de polegada e co-lunas de ventilação. Há pe-neiras com crivos oblongospara a separação dos cafés

CLASSIFICAÇÃO POR PENEIRAS

Chato grosso...........................................peneiras 17 e acima

Chato médio...................................................peneiras 15 a 16

Chatinho..........................................................peneiras 12 a 14

Moca grosso...................................................peneiras 11 a 13

Moca médio...............................................................peneira 10

Moquinha............................................................peneiras 8 e 9

mocas, e com crivos circulares para medi-ção dos cafés chatos. As peneiras para se-parar os mocas, comumente são intercala-das entre as demais, de forma a efetuar aseparação simultaneamente por tamanhoe forma. As favas são classificadas de acor-do com as dimensões dos crivos das pe-neiras oficiais que as retenham. Essas pe-neiras são designadas por números, osquais divididos por 64, fornecem a mediçãodo tamanho dos furos, expressos em fra-ção de polegada. A seleção das favas émuito importante pois a separação de acor-do com o tamanho permite uma torraçãomais uniforme.

O vazamento máximo permitido paracada peneira é de 10%, acima disso passaa se constituir nova peneira.

De acordo com a peneira utilizada, oscafés podem ter a seguinte classificação:

EQUIVAÊNCIA DE GRÃOS

Grãos imperfeitos Defeitos

e impurezas1 grão preto 11 pedra, pau ou torrão grande 51 pedra, pau ou torrão regular 21 pedra, pau ou torrão pequeno 11 coco 11 casca grande 12 ardidos 12 marinheiros 12 a 3 cascas pequenas 12 a 5 brocados 13 conchas 15 verdes 15 quebrados 15 chochos ou mal granados 1

Análise física

Classificação por tipo - esta classifica-ção obedece à Tabela Oficial Brasileira paraClassificação, de acordo com a qual cadatipo de café corresponde um maior ou me-nor número de defeitos (grãos imperfeitosou impurezas). Admite-se sete tipos de va-lores decrescentes de 2 a 8 , resultante daapreciação de 300g de café beneficiado.

Os defeitos podem ser de natureza in-trínseca, representados pelos grãos alte-rados (os pretos, os ardidos, os verdes, oschochos, os mal granados, os quebrados eos brocados). Os de natureza extrínsecasão representados pelos elementos estra-nhos ao café beneficiado tais como cascas,coco, marinheiro, paus e pedras.

Na prática, para se determinar o tipo decafé, a partir da amostra de 300g recolhida,espalha-se em mesa própria para a classi-

ficação de café, provida de boa iluminação;cata-se e separa-se os defeitos encontra-dos, em seguida conta-se os defeitos se-gundo a Tabela de Equivalência dos Defei-tos, e de acordo com o número, determina-se o tipo de equivalência.

A base para se definir a equivalência dosdefeitos é o grão preto, que é consideradoo padrão dos defeitos ou defeito capital. Odefeito preto é caracterizado pela cor pre-ta-opaca do grão, o ardido pela cor pardaou marrom do grão e os verdes pela corverde-cana da película prateada.

Tabela de classificação oficial brasi-leira - para sedeterminar o tipode café é precisoanalisar umaamostra de 300 gde café benefici-ado ou rebenefici-ado e que aamostra seja re-presentativa dolote. Para se ob-ter um amostrafiel, faz-se ne-cessário retiraruma pequena

quantidade de cada saco que compõe o lotetotal.

O passo seguinte é separar os grãosdefeituosos e impurezas em grupos, depoiscontabilizá-los pela equivalência dos grãosimperfeitos e impurezas, chegando-se as-sim, a uma somatória de defeitos. Comesse número total de defeitos, busca-se naTabela o tipo correspondente ao total dedefeitos apurados na análise física do grão.Exemplo: após a análise física do grão, en-contra-se 12 defeitos, o que significa ser umcafé do tipo 3. Caso encontre 64 defeitoschegar-se-á a um tipo 5-25, ou 5/6, pois 64defeitos está entre o tipo 5 e o tipo 6.

16

CAFÉCAFÉManual deProcedimentos

TABELA OFICIALPARA CLASSIFICAÇÃO

DEFEITOS TIPOS PONTOS4 2 - + 1004 2 – 5 + 955 2 – 10 + 906 2 – 15 + 857 2 – 20 + 808 2 – 25 +759 2 – 30 +7010 2 – 35 + 6511 2 – 40 + 6011 2 – 45 + 5512 3 + 5013 3 – 5 + 4515 3 – 10 + 4017 3 – 15 + 3518 3 – 20 + 3019 3 – 25 + 2520 3 – 30 + 2022 3 – 35 + 1523 3 – 40 + 1025 3 – 45 + 526 4 + 526 4 BASE28 4 – 5 - 530 4 – 10 - 1032 4 – 15 - 1534 4 – 20 - 2036 4 – 25 - 2538 4 – 30 - 3040 4 – 35 - 3542 4 – 40 - 4044 4 – 45 - 4546 5 - 5049 5 – 5 - 5553 5 – 10 - 6057 5 – 15 - 6561 5 – 20 - 7064 5 – 25 - 7568 5 – 30 - 8071 5 – 35 - 8575 5 – 40 - 9079 5 – 45 - 9586 6 - 10093 6 – 5 - 105100 6 – 10 - 110108 6 – 15 - 115115 6 – 20 - 120123 6 – 25 - 125130 6 – 30 - 130138 6 – 35 - 135145 6 – 40 - 140153 6 – 45 - 145160 7 - 150180 7 – 5 - 155200 7 – 10 - 160220 7 – 15 - 165240 7 – 20 - 170260 7 – 25 - 175280 7 – 30 - 180300 7 – 35 - 185320 7 – 40 - 190340 7 - 45 - 195360 8 - 200

Classificação por cor - a coloração dosgrãos é de grande importância, influindo de-cisivamente no aspecto, pois varia de acor-do com o envelhecimento do café. Contri-buem para a variação da cor: o grau de se-cagem, o tempo de exposição ao ar livre ea luz solar, o método de preparo, as condi-ções de armazenagem, etc. São as seguin-tes denominações empregadas para defi-nir tonalidades do café: verde (café novo),verde-claro, esverdeado; amarelo (cafémuito velho), amarelado, chumbado, barren-to, claro (café velho).

Torração - a prova de torração é de fun-damental importância na classificação docafé. Defeitos que não são observados nocafé cru, aparecem na torração. Nesse pro-cesso os grãos verdes e ardidos ficamamarelados e os grãos pretos quebrados;os quebrados, conchas e mal granados tor-nam-se mais escuros.

A tor-ração éclassi f i -cada dea c o r d ocom o as-pecto oupela con-tagem degrãos quedeixaramde torrar oude mostrara cor carac-terística dosdespo lpa-dos.

A torra-ção de caféde terreiropoderá serconsiderada:

fina – apre-senta cor ho-mogênea esem imperfei-ção na totalida-de dos grãos;

boa – apre-senta poucasirregularidadesna cor e no aspecto do grão do café (máxi-mo de 2% de imperfeições);

regular – apresenta maiores irregularida-des na cor e no aspecto (máximo 10% deimperfeições);

má – apresenta irregularidades acimadesses limites.

A torração do café despolpado é carac-terística quando a maioria dos grãos apre-senta a membrana prateada clara e bemnítida no sulco ventral do grão.

Deve-se considerar ainda as seguintescaraterísticas decorrente de falha do agri-cultor, como também de beneficiamento :mofado, podre, mal seco, fermentado, chu-vado, escuro, barrento, etc. 17

CAFÉCAFÉManual de

Procedimentos

OS TIPOS DE DEFEITOSOS TIPOS DE DEFEITOS

OS

TIP

OS

DE

DEF

EITO

SO

S T

IPO

S D

E D

EFEI

TOS Grão preto

Black bean

VerdesUnripe beans

Brocados rendadosWell bored beans

Cascas pequenasSmall husks

Pau pequenoSmall twig

ArdidosSour beans

ChôchosQuakers

Verdes pretosDark green

CôcoPod

Pedra grandeLarge stone

MarinheirosIn parchment

QuebradosBroken Beans

Casca GrandeLarge husk

Pau grandeLarge twig

Pedra regularMediun stone

ConchasShells

Brocados limposBored beans

Casca regularMedium husk

Pau regularMediun twig

Pedra pequenaSmall stone

18

CAFÉCAFÉManual deProcedimentosAACC

MESA DE PROVA

lassificação por bebida - aboa aparência de um lote decafé nem sempre implicanuma boa bebida. Através daprova da xícara o provadoravalia as características degosto e sabor. Essa prova éde fundamental importânciapara se conhecer a qualida-de do café a ser comerci-

Análiseorganoléptica

alizado e definir as ligas ou blends que va-lorizam os lotes de café. A classificaçãodo café por bebida é um trabalho que exigebastante conhecimento, grande prática eprincipalmente paladar apurado, a fim dese poder distinguir com precisão as varia-ções da bebida.

O café brasileiro apresenta a seguinteescala de bebidas :

mole – sabor agradável, suave e doce;as demais classificações são dadas emfunção da mole;

estritamente mole – requisitos de aromae sabor da bebida mole, porém mais acen-tuados;

apenas mole – sabor levemente suave,inferior aos anteriores, sem adstringênciasou asperezas ao paladar;

duro - gosto acre, adstringente e áspero,sem apresentar paladar estranho;

riado – leve sabor de iodofórmio;rio – cheiro e gosto acentuado de iodo-

fórmio;rio zona – características bem mais acen-

tuadas que a da bebida rio.

rmazenar corretamente ocafé é guardar o produto porum determinado período, pre-servando suas característi-cas originais. O armazena-mento tem por finalidadecompensar as variações cí-clicas ou eventuais da produ-ção agrícola, assim como,nas intervenções dirigidas

Armazenamento docafé rebeneficiado

para um equilíbrio de preços ou combate àespeculação. Normalmente o café é arma-zenado em armazéns gerais ou cooperati-vas de produtor.

Na construção de um armazém deve serlevado em consideração a temperatura,condições climáticas e umidade relativa doar. É importante salientar que no armaze-namento o café não deverá conter mais que11 a 12% de umidade, se preparado por viaseca e 12 a 13%, se preparado por via úmi-da. O excesso de umidade nos grãos facili-tará o ataque de fungos e bactérias, que pre-judicam a qualidade.

A boa impermeabilização dos pisos evi-ta a deterioração dos lastros. A iluminaçãocontrolada, a ventilação, a cobertura sãoalguns fatores a serem observados parauma boa conservação do café. A norma téc-nica brasileira reco-menda que os ar-mazéns tenham umpé direito de 6,00metros.

A estocagem

19

Balança paraensacamentode café

CAFÉCAFÉManual de

Procedimentos

CCmais possibilidade de adquirir um produtode melhor qualidade, e de buscá-lo em di-ferentes regiões mantendo relativamenteconstantes o aroma e sabor de seu café,enquanto as pequenas que se abastecemnas suas vizinhanças, sofrem as influênci-as de secas e geadas da região.

Para atender o mercado consumidorquanto as características de aroma e sa-bor, e ainda objetivando reduzir o custo damatéria prima, as torrefadoras fazem umamistura de diferentestipos de café; essacomposição é dadapor uma liga tambémchamada blend.

O café pode sercomprado já previa-mente classificadopor peneira, tipo, be-bida ou o bica corrida(sem classificação);entretanto, ao adquirir o café a torrefadorafaz sua própria classificação para conhe-cer o seu valor comercial.

Na torrefação o café passa por novo be-neficiamento para retirada de impurezas, paranão prejudicar a bebida e não danificar os equi-pamentos; após esse rebeneficio é classifi-cado e armazenado para aguardar a torração.

Torração - na torração o café perdepeso devido a evaporação total da água,tendo início as reações químicas nas quaissão formados os componentes responsá-veis pelo aroma e sabor do café. Para seobter uma torração uniforme, o café deveser agitado constantemente e não podesofrer aquecimento direto.

O torrador é um grande forno em formade tambor giratório, provido de furos onde oar quente entra em contato com os grãosde café.

do café beneficiado, que aguarda o supri-mento dos mercados interno e externo, éfeita em sacaria de juta de 60 kg líquidos(60,5 kg brutos), sob forma de blocos tran-çados. Nos emblocamentos não se reco-mendam pilhas acima de 20 sacas de altu-ra quando o processo de empilhamento formanual e 25 para o empilhamento mecâni-co. Estima-se em 30 sacas de café benefi-ciado por metro quadrado de área útil dearmazenagem.

ompra do café - em geral astorrefações compram cafédas cooperativas, dos ma-quinistas, das empresas quecomercializam café e do pró-prio produtor. Ainda que o ta-manho da empresa não sejafundamental, as grandes tor-refadoras, pelo volume decafé que compram, têm

Na composição da liga, cafés semelhan-tes podem ser homogeneizados antes datorração, pois terão o mesmo ponto de tor-ra, o que não ocorre com os de caracterís-ticas diferentes que devem ser torrados se-paradamente, pois tem ponto de torra dife-rentes, e só depois misturados.

Ponto de torra - o ponto de torra podeser determinado por instrumentos eletrôni-cos ou por um especialista, através de aná-lise visual de diversas amostras com basena cor dos grãos. Ao alcançar o ponto de-sejado, interrompe-se o processo e o caféserá imediatamente resfriado em uma câ-mara, mesa ou peneira giratória.

Após o resfriamento o café precisará deum período de repouso para eliminar o gáscarbônico e evitar o inchamento e deforma-ção da embalagem. O resfriamento podeocorrer em câmaras ou no próprio resfria-dor, desde que fechado. Todo esse cuidadoé para impedir que o oxigênio comprometaa qualidade do café, e também, que acres-cente umidade, superando os 2 a 4% dese-jável.

Na indústria de café solúvel a torraçãoutilizada é a clara pois permite uma extra-ção maior de substâncias solúveis; as tor-rações média e escura são utilizadas nopreparo de café caseiro. Em média perde-se de 14 a 16% de peso na torração clara,16 a 18% na torração média e 18 a 20% natorração escura.

Moagem - existem dois processos demoagem: o moinho de disco ou de marteloe o sistema de roletes ou Melg.

No moinho de discos ou de martelo osgrãos são trituradosaté serem transfor-mados em pó. Temcomo desvantagensa possibilidade de pro-vocar um aquecimen-to no pó e a dificulda-de em se controlar agranulometria.

No sistema de ro-letes ou Melg os grãos

são amassados através dos roletes chan-frados, resfriados por circulação contínuade água. Nesse sistema a granulometria écontrolada pelo círculo intermediário forma-do por peneiras.

Após moído o café precisa de repousopara liberar gás carbônico; esse descansosegue as mesmas especificações do ante-rior após a torrefação.

O café caseiro em geral é moído fino, ocafé expresso médio e o café destinado àindustrialização grosso.

Embalagem - na embalagem do café tor-rado e moído utiliza-se sacos de papel oucelofane, que conservam as característicasde aroma e sabor do produto por um perío-do de 10 dias até embagagens mais mo-dernas para empacotamento a vácuo, quesão mais eficazes na conservação das ca-racterísticas do produto.

Torração e moagem

20

CAFÉCAFÉManual deProcedimentosOO café é comercializado nas vári-

as etapas de produção, desde ocafé em coco até o solubilizado.A comercialização ocorre entreo circuito do produtor ao comer-ciante intermediário, passandopelas empresas exportadoras epodendo finalizar no consumointerno ou no mercado externo.

padronizado pela catação eletrônica.As despesas que oneram a venda do

café em coco e beneficiado são:1 - 2,7% de Funrural;2 - frete;3 - 0,5% corretagem;4 - sacaria;5 - armazenagem;6 - despesas de manipulação.Comercialização externa - para o mer-

cado externo são reservados os cafés demelhor qualidade. A comercialização é fei-ta através de empresas exportadoras, quecompram café do produtor, de maquinistasou de cooperativas. São rigorosas as exi-gências para o café destinado ao mercadoexterno com relação aos aspectos de bebi-da, defeito, peneira e cor, respeitando aequivalência da tabela de Nova York.

As empresas exportadoras devem serregistradas na SECEX e a exportação docafé segue os trâmites normais de umaexportação, obedecendo à legislação vigen-te. O preço mínimo de registro do café éfixado em dólar americano por libra-peso(unidade de medida equivalente a 0,453 kg),e variam de acordo com a cotação das Bol-sas Internacionais de Café : Nova York prin-cipalmente para o café arábica e Londrespara o conillon.

Os cafés colombianos (suaves da espé-cie arábica) são considerados os melhorese os robustas africanos são os menos va-lorizados. O café brasileiro ocupa uma po-sição intermediária.

Comercializaçãodo café

Os preços, como qualquer mercadoria sãoregidos pela variação do mercado - lei daoferta e da procura e pelo tipo do café a sercomercializado. Além dessas regras demercado ainda está sujeito as variações cli-máticas, ocorrências de geada, períodosprolongados de secas e ainda, a ataquesde pragas.

A história mostra que a cafeicultura bra-sileira tem evoluído em ciclos – de expan-são e retração, onde influem os níveis depreços, a produção e os estoques. Baixasproduções e estoques escassos geramuma elevação de preço do café, que esti-mula novos plantios e melhores tratos naslavouras, ocorrendo após 4 ou 5 anos au-mento da produção de café. Com o aumen-to da oferta ocorre uma reversão no pro-cesso, e o ciclo é fechado com queda nospreços e desestímulo à lavoura.

Atualmente do café produzido no Brasil,70% sai para exportação e 30% fica paraconsumo no mercado interno. O consumono Brasil equivale a aproximadamente12.000.000 sacas.

Comercialização interna - no mercadointerno a comercialização pode ser feitacom o café em coco ou já beneficiado.

A comercialização do café em coco émenos usual, pois o café beneficiado alcan-ça um melhor preço no mercado. O caféem coco é comercializado em sacas de 40kg líquidos, com preço estipulado em fun-ção do rendimento e da classificação portipo e por bebida. Tanto para quem compracafé nessa modalidade, como para o pro-dutor que quer estocar o café para a co-mercialização futura, faz-se necessáriosaber a renda do café. A renda é obtida pelodescascamento de uma amostra de 400 gde café em coco, encontrando-se a relaçãoem quilo, entre o café em coco e o cafébeneficiado.

Para se obter 1 kg de café beneficiado,são necessários aproximadamente 2 kg (ou4l) de café em coco, podendo variar em fun-ção de fatores climáticos e das técnicas dopreparo na fazenda.

O café beneficiado é comercializado emsacas de 60 kg líquidos, sendo considera-da sua classificação através de uma amos-tra de 300 g para que possa ser analisadapor tipo, peneira, bebida, torração entre ou-tras características. A comercializaçãoocorre desde a fase de bica corrida até o

CLASSIFICAÇÃO DE CAFÉPELA BOLSA DE NOVA YORK

TABELA DE EQUIVALÊNCIA DOS GRÃOS IMPERFEITOS

GRÃOS IMPERFEITOS E IMPUREZAS DEFEITOS

1 Pau, Pedra, Torrão Grande...............................................2/3

2/3 Paus, Pedras Pequenas.......................................................1

5 Grãos Brancos........................................................................1

5 Verdes Claros...........................................................................1

1 Ardido.......................................................................................1

1 Coco.........................................................................................1

2 Marinheiros..............................................................................1

2 Meio Pretos..............................................................................1

2 Cascas Médias........................................................................1

3 Conchas..................................................................................1

5 Grãos Quebrados....................................................................1

2/5 Grãos parcialmente quebrados............................................1

5 Verdes Escuros........................................................................1

10 Grãos Brocados.....................................................................1

21

CAFÉCAFÉManual de

Procedimentos

TABELA OFICIAL DE NOVA YORK

DEFEITOS TIPO

6..................................................NY. 2

9.............................................NY. 2/3

13................................................NY. 3

21...........................................NY. 3/4

30................................................NY. 4

45...........................................NY. 4/5

60................................................NY. 5

90...........................................NY. 5/6

120..............................................NY. 6

180.........................................NY. 6/7

240..............................................NY. 7

CORRELAÇÃO ENTRETABELA OFICIAL BRASILEIRA E

TABELA DE NOVA YORKAo analisar a Tabela COB e a Tabela Ofi-

cial de Nova York, observa-se que há dife-rença entre as duas tabelas. Por exemplo,enquanto na Tabela COB o tipo 4 é formadopor 26 defeitos, na Tabela de Nova York otipo 4 é formado por 30 defeitos. O tipo 6COB é constituído de 86 defeitos, já a deNova York registra 120 defeitos e assimsucessivamente.

TERMINOLOGIAEMPREGADA NO

MERCADO DE CAFÉSão expressões empregadas para defi-

nir as variações do mercado nas cotações,que são feitas diariamente, tomando-se porbase o preço médio pelo qual se negociouno dia o café.

mercado firme – indica preço em altacom procura acentuada do produto;

mercado estável – indica bom movimen-to, com equilíbrio entre a oferta e a procura;

calmo – indica pequena oscilação no pre-ço;

frouxo – indica acentuada baixa no pre-ço ou elevada oferta, sem a corresponden-te procura;

paralisado – não registra negócios;normal – não define cotação quer pela

falta, quer pela abundância do produto.

22

Maquinaeletrônica

CAFÉCAFÉManual deProcedimentos

LEGISLAÇÃO DE ICMSAPLICÁVEL NAS OPERAÇÕES

COM CAFÉ(VIGENTE EM SETEMBRO DE 1997)

INCIDÊNCIAO ICMS incide nas operações de circu-

lação de café nas seguintes hipóteses:– saída de estabelecimento torrefador e

moageiro;– saída para outras unidades da Federa-

ção;– saída do produtor.

NÃO INCIDÊNCIANão incide o ICMS nas operações com

café destinadas ao exterior.A não incidência se aplica também às

operações realizadas com o fim específicode exportação (exportação indireta), desti-nadas a:

– empresa comercial exportadora, inclu-sive trading company;

– outro estabelecimento da mesma em-presa;

– armazém alfandegado ou entrepostoaduaneiro.

Nas exportações indiretas de café emgrão e café despolpado somente se aplicao benefício da não incidência na saída doproduto deste Estado já rebeneficiado prontopara a exportação, admitindo-se apenas re-acondicionamento para embarque. Para ob-tenção de credenciamento para exportaçãoatravés de intermediário é necessário Re-gime Especial dirigido ao diretor do DAT, de-vendo ser protocolizado na repartição fis-cal do seu domicílio.

Ressalte-se que nas operações com fimespecífico de exportação as prestações deserviço de transporte não estão desonera-das do ICMS, tem tributação normal, salvopara armazém alfandegado.

Observar as normas orientadoras refe-rentes às operações de importação e ex-portação constantes no Manual de Fiscali-zação de Importação e Exportação.

FATO GERADORConsidera-se ocorrido o fato gerador, no

momento das saídas internas e interesta-duais de café.

CONTRIBUINTEÉ qualquer pessoa física ou jurídica que

realize operações com café, tais como:– produtores;– compradores;– beneficiadores;– torrefadores;– moageiros;– exportadores.

LOCAL DA OPERAÇÃOO local da operação relativo à circulação

do café para a cobrança do ICMS é aqueleonde se encontrar a mercadoria no momen-to da ocorrência do fato gerador.

ALÍQUOTAAs alíquotas do ICMS nas operações

com café são as seguintes:– 17%, nas operações internas com café

cru;– 7%, nas operações internas de café tor-

rado ou moído;– 12%, nas operações interestaduais.

BASE DECÁLCULO DASO P E R A Ç Õ E SINTERNAS E IN-TERESTADU-AIS COM CAFÉCRU

Nas opera-ções interestadu-ais com café crua base de cálcu-lo para as saídasque ocorrem desegunda-feira adomingo de cadasemana é o valorresultante da mé-dia ponderadadas exportaçõesefetuadas do pri-meiro ao últimodia útil da segun-da semana ime-diatamente ante-rior, através dosportos de Santos,Rio de Janeiro,Vitória, Varginha eParanaguá, relati-vamente aos ca-fés arábica e conilon.

Compete à Secretaria da Fazenda deSão Paulo a divulgação da base de cálculoacima referida (pauta fiscal).

Nas operações que destine café cru di-retamente a indústria de torrefação e moa-gem e de café solúvel situada neste ou ou-tro Estado, a base de cálculo do ICMS é ovalor da operação.

Em se tratando de café em coco é o va-lor previsto acima, à proporção de três sa-cas de 40 kg de café em coco para umasaca de 60 kg de café em grão da melhorqualidade.

SUSPENSÃONão está suspensa a incidência do ICMS 23

CAFÉCAFÉManual de

Procedimentos

nas saídas interestaduais de café com o fimde industrialização.

DIFERIMENTOÉ diferido o lançamento do ICMS nas su-

cessivas saídas de café cru, dentro do Es-tado, para o momento em que ocorrer asaída:

– da mercadoria para outra unidade dafederação;

– da mercadoria para o exterior; ou– dos produtos resultantes de sua indus-

trialização inclusive torração e moagem.Deve-se observar que, para a fruição do

benefício é indispensável que o adquirenteou destinatário requeira e obtenha, previa-mente, sua habilitação para operar nesseregime.

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PORANTECIPAÇÃO

As operações internas com café torradoou moído, estão sujeitas a substituição tri-

butária por antecipação.

CRÉDITO FISCALConstituirá crédito fiscal do adquirente o

ICMS destacado na nota fiscal, desde queacompanhado do formulário Controle deSaídas Interestaduais de Café (CSIC) e daguia própria de recolhimento do ICMS (Conv.ICMS 71/90).

DA CIRCULAÇÃO DE CAFÉ CRU, IN-CLUSIVE EM TRÂNSITO PELO TERRI-TÓRIO BAIANO

Nas operações internas de circulação decafé cru, em cocos ou em grãos, deveráconstar na nota fiscal o número da habilita-ção para operar no regime de diferimento.Caso o contribuinte não tenha habilitaçãopara operar no regime de diferimento, a notafiscal deverá estar acompanhada do DAE.

Na circulação de café cru, em coco ouem grãos, tanto nas saídas como nos re-cebimentos ou simples trânsito das merca-dorias pelo território deste Estado, nas ope-rações interestaduais, o ICMS será pago

antes do início da remessa, mediante guiaprópria. Se não houver imposto a recolher,a nota fiscal será acompanhada de guianegativa emitida pela unidade federada deorigem, salvo existência de regime especi-al.

À vista do comprovante de pagamentodo ICMS, a fiscalização deverá confrontara documentação com a mercadoria, lacrara carga, emitir o Controle de Saídas Inte-restaduais de Café (CSIC) na forma da le-gislação e anotar os números dos lacresutilizados no campo de Informações Com-plementares nas notas fiscais e no espaçopróprio do CSIC.

Cabe à repartição fiscal do domicílio docontribuinte destinatário a deslacração dacarga, confrontando a mercadoria com adocumentação fiscal, conferindo o lacre elavrando o Termo de Deslacração de Café.

Quando houver necessidade de desla-cração intermediária, essa providência seráadotada pelo fisco da unidade federada onde

se encontrar a mer-cadoria, devendo pro-ceder nova lacração.

DO PRAZO DERECOLHIMENTODO IMPOSTO NASOPERAÇÕES COMCAFÉ CRU

O prazo de reco-lhimento do ICMS nasoperações com cafécru, em coco ou emgrãos, será o previs-to na legislação.

OUTRAS HIPÓ-TESES

Das vendas decafé cru ao governo

federal e das vendas de café em grãos lei-loado em bolsa pelo governo federal - nasvendas de café ao Governo Federal, a basede cálculo é o preço mínimo de garantia.

Nas vendas de café cru em grão efetua-da em bolsa de mercadorias ou de cereaispelo Ministério da Indústria do Comércio edo Turismo com a intermediação do Bancodo Brasil S. A., este é o responsável pelorecolhimento do ICMS, em prazos determi-nados pela legislação.

DOCUMENTAÇÃOA documentação estadual necessária

para as operações com café destinadas aomercado interno, interestadual e externo é:

Nota fiscal - nas saídas diretamentedo produtor, nota fiscal de entrada do ad-quirente ou nota fiscal avulsa e nas de-mais operações, nota fiscal emitida peloremetente. Nas operações interestaduaisdeve constar no quadro “Dados Adicio-nais” o número dos lacres utilizados nalacração da carga.24

CAFÉCAFÉManual deProcedimentos

DAE (Documento de Arrecadação Es-tadual) - nas saídas interestaduais e nasinternas, no caso de não haver habilitaçãopara operar no regime de diferimento.

Guia negativa - documento emitido pelaunidade federada de origem, que deveráacompanhar a nota fiscal, na hipótese denão haver imposto a recolher.

Habilitação para operar em regime dediferimento - habilita o contribuinte a ope-rar com diferimento. O número da habilita-ção deve constar na nota fiscal que dá trân-sito às sucessivas saídas de café cru den-tro do Estado.

DMD (Declaração de Movimentaçãode Produto com ICMS Diferido) - deveráser apresentado à Secretaria da Fazendaaté o dia 10 do mês subsequente ao dasoperações.

Toda a circulação de café deverá seracompanhada de nota fiscal. Em se tra-tando de operações interestaduais, a notafiscal deverá estar acompanhada do docu-mento de arrecadação ou guia negativa edo CSIC. O RICMS permite o trânsito semnota fiscal do produtor até o primeiro postofiscal do percurso.

Nas operações internas desoneradas deICMS, verificar se o contribuinte está habi-litado para operar no regime de diferimen-to.

Nas saídas interestaduais com café cru,observar se a base de cálculo adotada obe-dece à pauta fiscal.

Para usufruir o crédito fiscal destacadoem nota fiscal, é obrigatório que a mesmaesteja acompanhada do CSIC e do docu-mento de arrecadação do ICMS ou certifi-cado de crédito.

Quando da lacração das saídas de cafécru em coco ou em grãos, deverá ser con-ferida a documentação com a mercadoria,observando os dados referentes a quanti-dade, peso e especificações do café.

Os números dos lacres deverão cons-tar dos documentos CSIC e nota fiscal nocampo “Informações Complementares”.

Na deslacração deverá ser lavrado otermo TDC (Termo de Deslacração de

Pontos a observar nafiscalização de operações com café

Café) pela repartição fiscal do domicílio docontribuinte destinatário, conferindo a do-cumentação com a mercadoria.

No caso de deslacração intermediária,o fisco da unidade federada onde se en-contrar a mercadoria, deverá confrontar adocumentação fiscal com a mercadoria,proceder nova lacração, anotando nas viasda nota fiscal a ocorrência e o número dosnovos lacres utilizados.

Nas exportações indiretas, vendas inter-nas equiparadas a uma exportação, quesão desoneradas do ICMS, verificar se ocontribuinte possui regime especial ativo ese o número deste consta da nota fiscal.

Nas exportações indiretas observar seas especificações do café contidas na notafiscal, correspondem a um café rebenefi-ciado, pronto para a exportação, pois omesmo não pode sofrer no estabelecimen-to exportador nenhum outro benefício, sal-vo reacondicionamento para embarque.

Nas exportações indiretas verificar se oconhecimento de transporte que acobertao trânsito da mercadoria está com impos-to destacado, pois a não incidência só al-cança a operação de exportação e remes-sas para armazém alfandegado, sendo aprestação de serviço de transporte tributa-da normalmente.

CSIC (Controle de Saídas Interesta-duais de Café) - documento emitido em 3vias na forma de etiqueta adesiva, devendocada qual ser colada, respectivamente, noverso da 1ª, 2ª e 3ª vias da nota fiscal, sen-do obrigatória a sua autenticação. Para queo adquirente usufrua o direito ao crédito fis-cal destacado na nota, é obrigatório que amesma esteja acompanhada do formulárioCSIC e do DAE pago.

TDC (Termo de Deslacração do Café)- documento utilizado na deslacração dacarga pela repartição do domicílio tributáriodo contribuinte destinatário, ou no caso dedeslacração intermediária.

Quanto às normas de controle e circula-ção de café, além das citadas neste manu-al, observar os Regimes Especiais conce-didos, bem como as demais normas orien-tadoras.

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CAFÉCAFÉManual de

Procedimentos

GLO

SS

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IOG

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SS

ÁR

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CC

BB

AAAbanação – operação realizada após a co-

lheita, na qual o café é colocado em peneira elançado várias vezes para o alto, para que o ven-to retire as impurezas tais como paus, pedras etorrões nele contido.

Alinhamento em contorno ou curva denível – espaçamento adotado para a plantação,na qual a linha básica é determinada de acordocom a declividade do terreno e o tipo de solo,sendo as demais traçadas paralelamente às pri-meiras.

Ardido : grão de café proveniente da fermen-tação sofrida quando do contato com o chão.Prejudica o aspecto, a torração e a bebida.

Arruação – limpeza do terreno em baixo enas proximidades do cafeeiro, para evitar que ocafé ao ser derriçado se misture a impurezas.

Balanceiro – responsável pela pesagem dassacas e manutenção da balança.

Balão – máquina onde é feita a mistura ouliga de café.

Bica – calha ou canal por onde escoa o cafébeneficiado, após ter passado por uma colunade vento.

Bica corrida – café beneficiado que não foiseparado por peneiras.

Bica de jogo – maquinário localizado na par-te inferior das tulhas, que recebe o café e o con-duz através de canaletas com movimentos osci-latórios, separando as impurezas.

Blend - mistura de vários lotes de café.Bloco – conjunto de pilhas de café.Bóia – fruto de café seco que com a perda do

peso específico, flutua na água.Brocados : grão de café atacado pela broca.

O grão brocado prejudica o aspecto do café.Brunimento – polimento que se dá ao café

beneficiado.

Café cereja – nome dado ao fruto do caféquando maduro.

Café chato – grão normal do café que seapresenta com a forma plana e convexa.

Café despolpado – café que é preparado porvia úmida, do qual foi retirado a casca e a muci-lagem, ficando apenas uma membrana fina (en-docarpo ou pergaminho), envolvendo o grão.

Café em coco – nome dado ao fruto do caféapós ser seco.

Café moca – grão de café arredondado, dife-rente do normal.

Café passa – fruto do cafeeiro que já passoudo estágio de maduro.

Café pergaminho – grão de café preparadopor via úmida, que apresenta endocarpo ou per-gaminho.

Café verde – fruto de café ainda não maduro.Catação eletrônica – eliminação dos defei-

tos do café pela cor dos grãos, feita em máqui-nas eletrônicas através de células fotoelétricas.

Catação manual – eliminação manual dosprincipais defeitos encontrados no café.

Catador a vento – o mesmo que coluna deventilação.

Catador de pedra – componente da bica dejogo que separa o café das impurezas maiores.

Catador do torrão – cilindro de aço imanta-do, sob o qual passam os cafés provenientes dabica de jogo; os torrões com magnetita são atra-ídos pela imantação.

Chocho : grão de café conseqüente de adu-bação mal feita ou ainda, de pouca irrigação. Ochocho prejudica o aspecto e a torração do café.

Colheita a dedo – colheita apenas dos fru-tos já maduros, que são recolhidos numa penei-ra ou cesta.

Colheita de pano – derriça do café em pa-nos ou plásticos colocados sob o cafeeiro, pro-porcionando um produto mais limpo.

Colheita mecânica – colheita realizada pormáquinas apropriadas.

Coluna de ventilação – maquinário atravésdo qual o café separado no classificador recebe,em sentido contrário a sua queda, um jato contí-nuo de vento.

Concha - grão de café proveniente do café-cabeça, que é conseqüente da fecundação dedois óvulos em uma só loja. A concha prejudicao aspecto e a torração do café.

Defeitos – soma dos grãos imperfeitos edas impurezas encontradas em uma amostrade café.

Defeitos extrínsecos – decorrentes da pre-sença de elementos estranhos ao café benefici-ado, como cascas, paus, pedras.

Defeitos intrínsecos – existentes nos pró-prios grãos de café, tais como grãos pretos, cho-chos, quebrados ou brocados.

Derriça – retirada dos frutos pela sua derru-bada no chão ou em panos.

Descascador – maquinário que recebe o caféproveniente do catador de pedra e o descascapor fricção ou por percussão.

Despejo – retirada do café da sacaria.Despolpamento – retirada da polpa ou mu-

cilagem do grão do café pela passagem do frutoem despolpadores mecânicos, após o que o grãofica envolto em uma membrana chamada perga-minho ou endocarpo.

Emblocamento – arrumação das sacas decafé formando blocos.

Empilhar – arrumação das sacas de café emfiadas.

Endocarpo – membrana que envolve o grãode café, também chamada pergaminho.

Escolha – grão mais leves de pior qualidade.

EE

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CAFÉCAFÉManual deProcedimentos

VV

TT

SS

RR

PP

Fiada – disposição horizontal das sacas decafé de uma pilha.

Lastro – disposição dada às sacas na primei-ra fiada para formação e sustentação das pilhas.

Liga – mistura de cafés diferentes tambémchamada de blend (em inglês).

Lote corrido – lote de café em que não hou-ve separação por peneiras.

Mal granado - grão de café proveniente docafé-cabeça, que é conseqüente da fecundaçãode dois óvulos em uma só loja. O mal granadoprejudica o aspecto e a torração do café.

Maquinista – pessoa especialista no manu-seio de máquinas de beneficiamento e rebenefi-ciamento de café que, geralmente vende seu pro-duto para firmas exportadoras, torrefadores oucooperativas.

Marinheiro – grão de café que não foi total-mente descascado.

Meia-seca – estágio em que o café ainda nãocompletou a secagem.

Moca – grão de café que sofreu abortamentoem uma de suas lojas do ovário e desenvolveuum grão arredondado diferente do normal.

Peneira cilíndrica – peneira acoplada ao des-polpador para separar o café despolpado do ver-de ou separá-lo de acordo com o tamanho dosgrãos dos cerejas.

Pergaminho – membrana fina também cha-mada endocarpo que envolve o grão do café pre-parado por via úmida, da qual foi retirado a cascae a mucilagem.

Pilha – conjunto de sacas de café dispostashorizontalmente sobre o lastro, em várias fiadas.

Plantio em renque – plantação com menorespaçamento entre as linhas.

Preto - grão de café conseqüente de fermen-tação prolongada, quando do contato com ochão. O grão preto é defeito capital, pois, é oúltimo estágio de decomposição que um grão decafé pode atingir, estando praticamente podre. Opreto prejudica o aspecto, a torração e a bebida.

Quebrado –grão de café quebrado em con-sequência da má regulagem do descascador oudo excesso de secagem.

MM

LL

FF

QQ

Rastelo – espécie de rodo para revolver o caféespalhado no terreiro na fase de secagem.

Renda - relação entre o café beneficiado e ocafé em coco.

Sacaria – saca qualificada de acordo comseu estado de conservação em : nova de expor-tação, 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª viagem.

Sururuca – peneira acoplada à máquina debenefício, que trabalha com movimentos oscila-tórios, separando os grãos descascados dos nãodescascados.

Tulha – compartimento para armazenar osgrãos de café, enquanto aguardam beneficiamen-to.

Varrição – recolhimento do café caído natu-ralmente após a arruação e antes da derriça.

Ventilador – equipamento que separa a cas-ca dos grãos através do fluxo de ar.

Verde - grão de café conseqüentes de co-lheita prematura, por derriça. O verde prejudica oaspecto, a torração e a bebida do produto.

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CAFÉCAFÉManual de

Procedimentos

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○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○○

○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○

○○ ○ ○ ○

DERRIÇA NO PANO DERRIÇA NO CHÃO

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Þ

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Þ

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Þ

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COLHEITA MECÂNICACOLHEITA MANUAL

Esquema de preparo pós-colheita

LAVADOR/SEPARADOR

DESPOLPADOR

DEGOMAGEM

LAVAGEM

PRÉ-SECAGEM

SECAGEM

Terreiro ou Secador

ARMAZENAMENTO

Tulhas

BENEFICIAMENTO

REBENEFICIAMENTO

CLASSIFICAÇÃO

COMERCIALIZAÇÃO

EMPRESAS

MERCADO INTERNO

Torrefações

MERCADO EXTERNO

Grandes Dealers/Torrefações

CAFÉCAFÉManual deProcedimentos

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CAFÉCAFÉManual de

Procedimentos

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ABIC - AssociaçãoBrasileira dasIndústrias de Café- organiza o setorda indústria detorrefação do café.Defende oconsumidorbrasileiro,estabelecendopadrões dequalidade inclusiveo “Selo Pureza”.

ABICS -AssociaçãoBrasileira dasIndústrias de CaféSolúvel - organizao setor da indústriade café solúvel.

ABCAFÉ -AssociaçãoBrasileira dosExportadores deCafé - defende osinteresses dosexportadores decafé.AssociaçõesRegionais

CDPC - ConselhoDeliberativo daPolítica do Café -definefinanciamentos,pesquisas,marketing ediretrizes geraispara acafeicultura.Composto de 6membros dogoverno e 6 dainiciativa privada.

CNA -ConfederaçãoNacional daAgricultura -defende osinteresses de todoo setor rural

CNC - ConselhoNacional do Café -

entidade mantidapelas cooperativase associações deprodutores decafé.

DENAC -DepartamentoNacional do Café -é vinculado aoMinistério daIndústria eComércio.

EBDA - EmpresaBaiana deDesenvolvimentoAgrícola S/A -assistência epesquisa aosprodutores.

EMBRAPA -Empresa Brasileirade PesquisaAgropecuária -coordena oConsórcioBrasileiro dePesquisa eDesenvolvimentodo Café.

FEBEC -FederaçãoBrasileira dosExportadores deCafé - defende osinteresses dosexportadores decafé.

FUNCAFÉ -Fundo Nacional doCafé - recursosprovenientes doconfisco cambial edo estoque decafé do antigoIBC. Financia acafeicultura ,pesquisa,recuperação decafezais e novosplantios. É geridopelo CDPC edetermina aaplicação dos

recursos.

UESB -UniversidadeEstadual doSudoeste -desenvolvimentode pesquisa.

Cultivo de Caféna Bahia –InstruçõesTécnicas Sobre aCultura do Café noBrasilMinistério daIndústria e doComércio- InstitutoBrasileiro do Café(fevereiro de1989).Cultura do Caféno Brasil –Pequeno ManualdeRecomendaçõesMinistério daIndústria e doComércio -Instituto Brasileirodo Café – Diretoriade Produção(1986).Diagnóstico daCafeicultura naBahia 1995 – 1996Ministério daAgricultura –PROCAFÉASSOCAFÉ –Associação dosCafeicultores daBahiaManual deConhecimentos -CaféSecretaria daFazenda doEstado de SãoPauloRegulamento doICMS - BAaprovado peloDecreto 6.284/97

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

CAFÉCAFÉManual deProcedimentos

FOTOGRAFIAFotos cedidas pela AGRIBAHIA S/A

AGRADECIMENTOSAGRIBAHIA S/A

ASSOCAFÉ(Associação de Produtores de Café)

EBDA(Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S/A)

EQUIPE TÉCNICAISMÊNIA MAJDALANI DAMASCENO

ZILMAR DA SILVA VIEIRA

JOSÉ CARLOS DE JESUS LOPES(Consultor Técnico)

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