manuais escolares: 40 anos de profunda transformação

11
19 A coleção ideal para trabalhar a Educação Literária 2016 arranca com ações de formação Prémio Conto Infantil Ilustrado está de volta Porto Editora volta a percorrer o país com inúmeras ações de formação ministradas pelas suas equipas de autores. pág. 4 São cerca de 70 as obras de referência indicadas nas Metas Curriculares que a Porto Editora inclui na coleção Educação Literária. A oferta vai desde o 1.º ao 12.º ano e já estão previstos novos títulos para os próximos meses. pág. 5 Sétima edição do concurso promove as competências de escrita e desenho dos mais novos. pág. 6 Manuais escolares: 40 anos de profunda transformação Do preto e branco à utilização da cor até ao aparecimento do digital, o livro escolar foi evoluindo e adaptando-se às necessi- dades de professores e alunos. O ORE publicou um estudo que revisita as últimas quatro décadas e apresenta as mudanças verificadas nestes importantes recursos didático-pedagógicos. Pub JANEIRO 16 Acompanhe o percurso do seu educando Receba conselhos de especialistas Esclareça as suas dúvidas na altura certa www.portoeditora.pt/paisealunos

Upload: vodien

Post on 10-Jan-2017

221 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Manuais escolares: 40 anos de profunda transformação

19

A coleção ideal para trabalhar a Educação Literária

2016 arranca com açõesde formação

Prémio Conto Infantil Ilustrado está de volta

Porto Editora volta a percorrer o país com inúmeras ações de formação ministradas pelas suas equipas de autores. pág. 4

São cerca de 70 as obras de referência indicadas nas Metas Curriculares que a Porto Editora inclui na coleção Educação Literária. A oferta vai desde o 1.º ao 12.º ano e já estão previstos novos títulos para os próximos meses. pág. 5

Sétima edição do concurso promove as competências de escrita e desenho dos mais novos. pág. 6

Manuais escolares: 40 anos de profunda transformação

Do preto e branco à utilização da cor até ao aparecimento do digital, o livro escolar foi evoluindo e adaptando-se às necessi-dades de professores e alunos. O ORE publicou um estudo que revisita as últimas quatro décadas e apresenta as mudanças verificadas nestes importantes recursos didático-pedagógicos.

Pub

JANEIRO 16

Acompanhe o percurso do seu educando

Receba conselhos de especialistas

Esclareça as suas dúvidas na altura certawww.portoeditora.pt/paisealunos

Page 2: Manuais escolares: 40 anos de profunda transformação

Em plena era do conhecimento, os alunos portugueses têm acesso a manuais escolares que são, na verdade, projetos que se ramificam em diversos recursos impressos e digitais, o que os coloca em pé de igualdade, neste aspeto, com os alunos dos países mais avançados da Europa. Uma realidade muito diferente de tempos anteriores, sobretudo de há 40 anos, quando Portugal dava os primeiros passos em democracia e o livro escolar se libertava do controlo censório até então vigente e que impunha o livro único.

O caminho percorrido nas últimas quatro décadas está bem retratado no estudo “A evolução do manual escolar entre 1975 e 2014”, da responsabilidade de Adalberto Dias de Carvalho e Nuno Fadigas, investi-gadores do Observatório dos Recursos Educativos (ORE).

Para Adalberto Dias de Carvalho, a realização deste estudo era “fundamental para se analisar a evolução do livro escolar, especialmente num período marcado pela

democratização da escola e a secunda-rização do ensino seletivo, considerando também as próprias mudanças que se verificaram na sociedade ao longo do tempo”. Afinal, segundo o coordenador do ORE, o “livro escolar é um instrumento de trabalho importantíssimo para profes-sores e alunos.

Os manuais escolares foram sempre acom-panhando a evolução tecnológica

“Como amostra, o ORE considerou os manuais escolares do 8.º ano de escolari-dade para as disciplinas de História, Ciências Naturais e Português, tendo solicitado o acesso ao arquivo do Grupo Porto Editora que, pela sua longa e repre-sentativa experiência na área da edição escolar, assegurava à partida as condições essenciais para a realização da investi-gação.

Ao longo deste estudo são analisados aspetos quer de carácter técnico quer pedagógico, desde o tipo de capa usada, o número de páginas e a organização gráfica até ao número de componentes do manual, o número e tipo de atividades e de testes, entre outros, identificando-se as principais etapas evolutivas do manual.

Das conclusões deste estudo, desta-cam-se as seguintes:

a) Os manuais escolares foram sempre acompanhando a evolução tecnológica, não só no que se refere ao domínio das artes gráficas, mas também das tecnologias da informação e da comuni-cação, designadamente através da progressiva incorporação destas novas “linguagens” nos projetos finais – do VHS ao CD e DVD-ROM, até às mais recentes plataformas da Internet.

me 2

tema de capa | evolução dos manuais

Do preto e branco à utilização da cor até ao aparecimento do digital, o livro escolar foi evoluindo e adaptando-se às necessidades de professores e alunos. O ORE publicou um estudo que revisita as últimas quatro décadas e apresenta as mudanças verificadas nestes importantes recursos didático-pedagógicos.

Manuais escolares: 40 anos de profunda transformação

Page 3: Manuais escolares: 40 anos de profunda transformação

b) A transposição didática é uma realidade consolidada nos atuais manuais escolares que, progressivamente, foram abandonando a mera exposição com residual recurso à exercitação e à desco-berta, bem como o predomínio de uma linguagem vincadamente académica.

c) O projeto (escolar) de hoje, ao contrário do simples manual (escolar), constitui um recurso em condições de acompanhar sistematicamente a prática letiva. A disponibilização, por exemplo, de um teste de avaliação pedagógica faz retroagir a sua utilização para um momento anterior à exposição do programa; por seu turno, a oferta de testes globais, situados além da avaliação sumativa com testes “locais”, permite a sua aproximação ao que habitualmente se afirma ser um exame. A estas extensões acresce ainda um intuito de coordenação: as planificações globais e de aula, hoje universalmente disponibiliza-das com o manual, funcionam como esquemas organizadores e integradores dos vários elementos que constituem o respetivo projeto.

d) Ao longo dos anos os materiais desen-volvidos pelas editoras especificamente para os professores foram aumentando significativamente em termos de quanti-dade e de qualidade. Hoje em dia, os professores dispõem de imensos materi-ais com garantia de qualidade, o que lhes permite poupar muito tempo na pesquisa, desenvolvimento ou organização de materiais de apoio às suas aulas, propor-cionando-lhes a possibilidade de usar o tempo economizado numa maior dedicação à gestão da aprendizagem dos seus alunos.

e) A consulta direta efetuada junto dos editores, paralela à análise de manuais escolares, permite perceber que, curiosamente, os custos de produção dos materiais digitais são significativamente superiores aos dos livros impressos de que derivam.Consequentemente, a evolução verificada nos projetos escolares – considerando todos os materiais impressos e digitais – resulta de um esforço elevado ao nível de investigação e de produção de conteúdos, mas parece claro que, no período em análise, este investimento resultou na

possibilidade de diversificar e atualizar o processo de ensino-aprendizagem, tornando-o aparentemente mais motiva-dor e consentâneo com o que a evolução dos tempos parece determinar – o que será de se avaliar com maior pormenor em estudos futuros.

f) O manual escolar não pode assim ser considerado, hoje, face a tudo o que neste estudo foi analisado, simplesmente como um livro ou um livro como outro qualquer. Sendo naturalmente um livro, é também muito mais do que isso: é o centro de um feixe de conexões com outros disposi-tivos (conteúdos multimédia, livros, locais para visitas de estudo, etc.) por ele pedagogicamente sugeridos e regulados, os quais completam, entre outros desígni-os, o da disponibilização didaticamente organizada de um conjunto de conteúdos programáticos.

O resumo e a versão integral do estudo “A evolução do manual escolar entre 1975 e 2014” estão disponíveis no site do ORE, respetivamente aqui e aqui.

Ao longo dos anos os materiais desenvolvidos pelas editoras especifi-camente para os profes-sores foram aumentan-do significativamente em termos de quanti-dade e de qualidade. Hoje em dia, os profes-sores dispõem de imensos materiais com garantia de qualidade, o que lhes permite poupar muito tempo na pesquisa, desenvolvi-mento ou organização de materiais de apoio às suas aulas.

me 3

tema de capa | evolução dos manuais

me

Sobre o Observatório dos Recursos Educativos

O Observatório dos Recursos Educa-tivos (ORE) é uma entidade que tem como objetivos assegurar a recolha, compilação, tratamento, produção e divulgação de informação, bem como promover estudos relativos aos recursos educativos utilizados em Portugal e no estrangeiro.

O ORE apoia-se em trabalho de investi-gação desenvolvido pelo Doutor Adalberto Dias de Carvalho, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e pelo Dr. Nuno Fadigas, docente do Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo (ISCET).

observatório.org.pt

Page 4: Manuais escolares: 40 anos de profunda transformação

Pub

A Porto Editora iniciou, no princípio de janeiro, um périplo pelo país, convidando os professores a participarem em várias ações de formação, organizadas pelas suas equipas de autores, em torno de temas atuais como os novos Programas e Metas Curriculares.

Com um calendário que ocupa os sábados de manhã e alguns finais de tarde à semana, e que se estende até meados de março, esta oferta formativa abrange, no 2.º ciclo, as disciplinas de Português, Matemática, História e Geografia de Portugal, Ciências Naturais e Educação Musical; no secundário, Português, Matemática A e Física e Química A; e, no 1.º ciclo, as áreas de Português, Matemática e Inglês.

Procurando abordar temas atuais, que verdadeiramente interessem aos docentes, e fornecendo materiais de apoio úteis no dia a dia, a Porto Editora pretende materializar, desta forma, uma das suas principais missões: apoiar os professores num trabalho de constante atenção e proximidade.

A Porto Editora pretende materializar, desta forma, uma das suas principais missões: apoiar os professores num trabalho de constante atenção e proximidade.

Esta missão está, aliás, bem presente na campanha escolar deste ano, legendada pela assinatura “Juntos, abrimos horizon-tes”. Para além das ações de formação, a Porto Editora voltou a assumir o compro-misso de envio de materiais de apoio por newsletter, ao longo de todo o ano letivo, e renovou a sua presença nas escolas, através da rede de consultores pedagógi-cos.

Para os próximos meses estão já pensadas inúmeras propostas que vão desde o 1.º ciclo ao ensino secundário e que passam, entre outras, por

me 4

artigo | ações de formação

Porto Editora volta a percorrer o país com inúmeras ações de formação ministradas pelas suas equipas de autores.

me

2016 arranca com ações de formação

Juntos, abrimos horizontes.

uma renovação na comunicação e pela atualização dos seus materiais de apoio.

Consulte no Espaço Professor as datas e locais onde estas ações vão decorrer e não perca as novidades que a Porto Editora vai apresentar nos próximos meses.

Page 5: Manuais escolares: 40 anos de profunda transformação

A coleção ideal para trabalhar a Educação Literária agora com novos títulos

A Porto Editora iniciou, em 2014, a publicação de títulos na coleção Educação Literária, começando pelas obras recomendadas no 1.º ciclo. O objetivo, que se mantém atual, era garantir a todos os alunos e professores o acesso às principais obras de referência, portuguesas e univer-sais, a um preço acessível, num formato cómodo e com a qualidade editorial que estas obras merecem (sendo disso exemplo o investimento em ilustrações apelativas e adequadas a cada faixa etária).

Hoje são mais de 70 os títulos disponíveis e abrangem todo o percurso escolar, desde o 1.º até ao 12.º anos, permitindo, desta forma, o acesso às obras de leitura obrigatória e recomendada pelas Metas Curriculares do Ensino Básico e Secundário e pelo Plano Nacional de Leitura.

As Aventuras de Pinóquio, de Carlo Collodi, O Principezinho, de Antoine de Saint--Exupéry, Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, ou Mensagem, de Fernando Pessoa, são apenas alguns exemplos das várias obras que se podem encontrar na

na página especial da coleção Educação Literária em www.portoeditora.pt/educacao-literaria.

Com uma organização por ano de escolaridade, nesta página é possível encontrar toda a oferta atualmente disponível para trabalhar este domínio das Metas Curriculares. Mas a Porto Editora já anunciou, para este ano, a publicação de novas edições, pelo que o número de títulos vai, assim, aumentar.

Para além das obras inseridas na coleção Educação Literária, é possível encontrar, nessa mesma página, outras obras de referência e de leitura recomendada, como A Maior Flor do Mundo, de José Saramago, A Menina do Mar, de Sophia de Mello Breyner Andresen, A Pérola, de John Steinbeck, ou A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós.

me 5

artigo | educação literária

São cerca de 70 as obras de referência indicadas nas Metas Curriculares e no PNL que a Porto Editora inclui na coleção Educação Literária. A oferta vai desde o 1.º ao 12.º ano e já estão previstos novos títulos para os próximos meses.

Recorde-se que a introdução do domínio da Educação Literária nas Metas Curricu-lares de Português do 1.º ao 12.º ano foi uma das principais novidades introduzi-das pelo Ministério da Educação, em 2012. Conforme se pode ler no docu-mento oficial, esta decisão “corresponde a uma opção de política da língua e de política de ensino”, pretendendo, com a Educação Literária, “contribuir para a formação completa do indivíduo e do cidadão”, uma vez que a literatura “veicula tradições e valores e é, como tal, parte integrante do património nacional”. me

Page 6: Manuais escolares: 40 anos de profunda transformação

Vestir o papel de escritor e ilustrador e criar um conto inédito em língua portugue-sa. Este é o desafio lançado aos alunos do 4.º ano de escolaridade pelo Prémio Conto Infantil Ilustrado – Correntes D’Escritas / Porto Editora.

Esta é uma iniciativa com características únicas, que promove o gosto pela escrita, pela leitura e pelo desenho como expressão artística, estimulando ao mesmo tempo a partilha de ideias, de criatividade, o trabalho em equipa, uma vez que os trabalhos têm de ser obrigatoria-mente realizados pela turma com o apoio do docente.

Para Luís Diamantino, vereador da Cultura e da Educação da autarquia poveira, este é um dos aspetos que tornam o concurso “singular”: “Tem de haver uma união dos alunos da turma, entre os que escrevem melhor, os que têm mais imaginação ou mais jeito para o desenho, e todos colabo-ram na criação do conto, com a ajuda do professor”. E, assim, “ao criarem algo em comum, os alunos criam laços entre eles”,

resume o vereador, deixando um apelo ao envolvimento dos professores, que considera “a grande locomotiva” do concurso. “São eles que motivam os alunos e proporcionam experiências que nunca mais esqueceremos.”

Mais do que ganhar, diz ainda o vereador, “importa participar”. As escolas vencedo-ras, que alcancem, respetivamente, o primeiro, segundo e terceiro lugares, ganham vales no valor de mil, quinhentos e duzentos e cinquenta euros respetiva-mente, para serem gastos em produtos e edições da Porto Editora

Saiba mais sobre esta iniciativa aqui.

me 6

artigo | correntes d’escritas

Sétima edição do concurso promove as competências de escrita e desenho dos mais novos.

Artigo com o EDUCARE.PT

Prémio Conto Infantil Ilustrado está de volta

me

Pub

Page 7: Manuais escolares: 40 anos de profunda transformação

me 7

Pela Porto Editora, Cláudia Gomes começou por revelar a publicação de um livro póstumo de Luís Miguel Rocha, intitulado Curiosidades do Vaticano. Manuel Alberto Valente destacou os lançamentos de A Poeira que cai sobre a terra e outras histórias de Jaime Ramos, o livro de contos de Francisco José Viegas protagonizado pelo carismático inspetor, e de novos romances de Richard Ford e de John Banville. No que diz respeito ao catálogo infantil da Porto Editora, Sandra Lopes enfatizou Ulisses, de Maria Alberta Menéres, e A fada dos dentes, inédito de Luísa Ducla Soares..

Pela Sextante Editora, João Rodrigues destacou a publicação de O sexo inútil, um livro-testemunho de Ana Zanatti. São José Sousa anunciou, na Livros no Brasil, a edição do romance perdido de Malcolm Lowry, Em Lastro Rumo ao Mar Branco, e de A Última Noite e outras histórias, de James Salter.

Vasco David, pela Assírio & Alvim, salientou o lançamento das Cartas reencontradas de Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, por Pedro Eiras, e da poesia publicada em vida de Ruy Cinatti, para além de anunciar a estreia

de Filipa Leal e Kabir no catálogo de poesia da editora.

Vítor Gonçalves, da chancela digital Coolbooks, deu especial destaque à iniciativa Ler é Cool, que, em parceria com a Rede de Bibliotecas Escolares, visa promover os hábitos de leitura através de dispositivos móveis.

Foram apresentados mais de 90 títulos, distribuídos pelas chancelas Porto Editora, Sextante Editora, Assírio & Alvim, Livros do Brasil, Coolbooks, Albatroz e 5 Sentidos.

A Porto Editora apresentou as novidades editoriais para o primeiro semestre de 2016. Destacaram-se um livro póstumo de Luís Miguel Rocha, os contos de Francisco José Viegas e a grande ficção internacional.

me

artigo | novidades literárias

As novidades literárias da Porto Editora para o primeiro semestre de 2016

Page 8: Manuais escolares: 40 anos de profunda transformação

JOÃO PEDROMARQUES

Primeira sessão de 2016 do “Porto de Encontro” tem João Pedro Marques como protagonista

Autor do recentemente publicado Do outro lado do mar, João Pedro Marques estará à conversa com o jornalista Sérgio Almeida, numa sessão que contará ainda com a participação especial do jornalista Júlio Magalhães. As habituais leituras serão asseguradas por Manuela Leitão.

Depois de, em 2015, ter reunido perto de 3000 espectadores em 10 sessões – de entre as quais se destacam a de janeiro, com Gonçalo M. Tavares, que reuniu 600 pessoas no Teatro Nacional São João, e a de junho, com Mia Couto, que levou mais de 700 ao Teatro Rivoli –, o “Porto de Encontro” promete, em 2016, mais um conjunto de grandes conversas, e a que está agendada para o final de janeiro não será exceção.

João Pedro Marques nasceu em Lisboa, em 1949. Foi professor do ensino secundário e, depois, durante mais de duas décadas, investigador do Instituto de Investigação Científica Tropical e Presidente do Conselho Científico desse Instituto, em 2007-2008. Em 2010 a Porto Editora publicou o seu primeiro romance, Os Dias da Febre, ao qual se seguiu, em 2012, Uma Fazenda em África e, depois, em 2014, O Estranho Caso de Sebastião Moncada. Do outro lado do mar, publicado em 2015 é o seu mais recente romance.

me 8

artigo | porto de encontro

A 31 de janeiro, às 17:00, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, a Porto Editora dá início à segunda metade da 5.ª temporada do ciclo de conversas com escritores “Porto de Encontro”, uma iniciativa mensal oferecida à cidade do Porto desde 2011. O protagonista é João Pedro Marques.

Esta edição do “Porto de Encontro”, a 42.ª, conta com a colaboração da Câmara Municipal do Porto e tem o apoio do Jornal de Notícias, da Antena 1, do Porto Canal, das Livrarias Bertrand, da Porto Barros e da Arcádia.

Na página oficiail no facebook, www.facebook.com/portodeencontro serão anunciados em breve os protago-nistas e as datas das próximas sessões. me

Page 9: Manuais escolares: 40 anos de profunda transformação

Tolentino Mendonça e Valter Hugo Mãe encantaram no Funchal

Ambos poetas e, curiosamente, nascidos os dois em Angola, Tolentino Mendonça e Valter Hugo Mãe abordaram – por via da excelente moderação de João Paulo Sacadura – de forma intensa aspetos biográficos e detiveram-se brilhante-mente em assuntos de cariz espiritual, filosófico e literário.

Valter Hugo Mãe começou por falar da ligação que tem a São Bento e à espiritual-idade, mas também contou vários episódi-os divertidos dos seus conturbados tempos de advogado.

Tolentino Mendonça, filho de um pescador que sempre foi o seu herói, narrou as campanhas no barco do pai e explicou como era o seu espanto perante o mundo. A esse abandono ao que nos é dado, o poeta chamou felicidade. E evocou os pais, que, sabe-se lá com que força, o pouparam à desesperança no mundo, no futuro, oferecendo-lhe uma enorme crença no amanhã.

Valter Hugo Mãe, esclareceu, em resposta a uma questão do moderador, que nunca quis ser padre, mas afirmou que desejava ser santo. Segundo Tolentino Mendonça, Valter Hugo Mãe «está a caminho da santidade». O padre, poeta e professor

universitário esclareceu, ainda de forma bem-humorada, que Valter «não tem hipótese de não ser santo». Muito mais se disse nesta sessão, que a Porto Editora em breve disponibilizará em formato vídeo no Youtube e no site da Viagem Literária, em www.portoeditora.pt/viagemliteraria.

Depois do sucesso da sessão do Funchal, a Viagem cruza o Atlântico para efetuar a última paragem nas Regiões Autónomas.

Em Ponta Delgada, o emblemático Coliseu Micaelense recebe, no dia 20 de fevereiro, um nome que conhece bem: Sérgio Godinho, habituado a pisar palcos de grandes salas ao longo de uma carreira de cantautor com mais de 40 anos, partilha com o público a sua faceta de escritor, com 4 livros publicados. A viajar com o cantautor estará Valter Hugo Mãe, um dos mais destacados escritores portugueses da atualidade.

me 9

artigo | viagem literária

A sessão do Funchal da Viagem Literária ficará durante muito tempo na memória das quatro centenas de pessoas que esgotaram o Teatro Municipal Baltazar Dias para ouvirem José Tolentino Mendonça e Valter Hugo Mãe.

Recentemente incluído entre os finalistas do Prémio Oceanos (um dos mais presti-giados do Brasil) e com Contos de cães e maus lobos ainda na bagagem, esta dupla promete uma inesquecível última paragem.

Ao “volante” desta Viagem, o jornalista João Paulo Sacadura conduz as conversas por entre temas da atualidade, as afinidades e diferenças entre os convidados, os seus livros e a literatura. Pelo meio, há ainda espaço para as questões da plateia e, no final, para as já habituais sessões de autógrafos e contacto mais direto com os escritores.

Na estrada desde o dia 25 de abril de 2015, a Viagem Literária cumpriu já mais de metade do seu itinerário, tendo completado 10 etapas e enchido grandes teatros. Depois das paragens na Madeira e Açores, a Viagem Literária segue para Portugal continental e vai continuar a percorrer as capitais de distrito de Portugal até à sua etapa final, em Viana do Castelo, cumprindo a sua missão de levar os escritores ao encontro dos seus leitores, contribuindo para a descentralização e democratização do acesso à cultura. me

Page 10: Manuais escolares: 40 anos de profunda transformação

PALAVRA DO ANO 2015 é “refugiado” com acolhimento no horizonte

Em cerimónia realizada na Biblioteca Municipal José Saramago, em Loures, a Porto Editora anunciou a PALAVRA DO ANO® 2015 eleita pelos portugueses: “refugiado”. Foram mais de 20 000 os participantes nesta escolha, que decorreu através do site www.palavradoano.pt do dia 1 ao dia 31 de dezembro último.

A palavra “refugiado” foi eleita com 31% dos votos, seguida por “terrorismo” (17%) e “acolhimento” (16%). Abaixo do pódio ficaram as palavras “esquerda” (8%), “drone” (7%), ”plafonamento” (6%), ”bastão de selfie” (5%) ”festivaleiro” (4%), “superali-mento” 3% e, em último lugar, “priva-tização” (3%).

Rui Marques, coordenador da Plataforma de Apoio a Refugiados, esteve presente na cerimónia de apresentação e saudou a escolha feita pelos portugueses, vendo nela uma “atitude de acolhimento, respeito e empatia”.

De lembrar que a palavra “refugiado” foi integrada na lista das 10 candidatas considerando o impacto que teve, ao longo de 2015, o êxodo massivo de pessoas rumo à Europa, provenientes de regiões onde se verificam graves conflitos militares, em processos migratórios altamente perigosos e que muitas vezes têm um final trágico. No Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, a palavra “refugiado” apresenta-se como “pessoa que se refugiou ou abrigou”, “que abandonou o seu país para escapar a guerra, fome, condenação, perseguição, etc., e que encontrou refúgio noutro país”.

Assim, “refugiado” sucede como PALAVRA DO ANO® a “corrupção” (2014), “bombeiro” (2013), “entroikado” (2012), “austeridade” (2011), “vuvuzela” (2010) e “esmiuçar” (2009). Entretanto, já se iniciou o trabalho que conduzirá à definição das 10 palavras candidatas a PALAVRA DO ANO® 2016.Esta foi a sétima edição da PALAVRA DO ANO®, uma iniciativa com a marca

me 10

artigo | palavra do ano

Mais de 20 000 portugueses participaram na eleição da PALAVRA DO ANO e a escolha agradou a Rui Marques, da Plataforma de Apoio a Refugiados.

refugiado

registada da Porto Editora que tem como principal objetivo sublinhar a riqueza lexical e o dinamismo criativo da língua portuguesa, património vivo e precioso de todos os que nela se expressam, acentuando, assim, a importância das palavras e dos seus significados na produção individual e social dos sentidos com que vamos interpretando e construindo a própria vida.

A lista de palavras candidatas a PALA-VRA DO ANO® é produto do trabalho permanente de observação e acompa-nhamento da realidade da língua portuguesa, levado a cabo pela Porto Editora, através da análise de frequência e distribuição de uso das palavras e do relevo que elas alcançam, tanto nos meios de comunicação e redes sociais como no registo de consultas online e mobile dos dicionários da Porto Editora, tendo também em consideração as sugestões dos portugueses através do site www.palavradoano.pt. me

2015

Page 11: Manuais escolares: 40 anos de profunda transformação

Pub

EDITORIALSob o signo da mudança

Ano novo, vida nova. Todos nós experi-mentamos este sentimento sempre que o calendário avança para mais 365 dias. Desta vez, contudo, as primeiras semanas do novo ano anunciaram uma “vida nova” para quem trabalha no ensino.

Todos nós sabemos, por conhecimento e experiência de muitos anos, que há sempre uma forte probabilidade de sermos confrontados com novidades sempre que chega uma nova equipa ao Ministério da Educação. Foi o que aconteceu, mais uma vez, com o anúncio de um novo modelo de avaliação das aprendizagens para o Ensino Básico.

Começámos 2016, portanto, sob o signo da mudança. Para a Porto Editora, que, ao longo dos seus mais de 70 anos de atividade já testemunhou um sem número de transformações, o objetivo é responder de forma célere e sustentada às necessidades de professores e alunos, proporcionando-lhes um quadro de estabilidade.

É verdade que a nossa atividade editorial enfrenta desafios e constrangimentos difíceis, suscitados pela conjuntura económica, pelo decréscimo de alunos e por uma cultura mais superficialista que desvaloriza e secundariza os recursos didático--pedagógicos, nomeadamente o manual escolar, instrumento de trabalho de inegável importância para professores e alunos. Uma linha de pensamento que, de caminho, descon-sidera a exigência e a complexidade do trabalho diário que se faz nas escolas.

Ainda assim, estamos esperançados e confiantes que saberemos ultrapassar as dificuldades e, acima de tudo, que continuaremos a ser a editora que mais e melhor apoio dá aos professores e a toda a comunidade educativa.

Vasco Teixeira

Magazine de Educação é uma publicação da responsabilidade do Espaço Profes-sor da Porto Editora.

O Informação do seu interesse

http://www.portugal.gov.pt/media/18376406/20160108-medu-avaliacao-ensbas.pdf

Selecionámos um conjunto de informações úteis para a sua atividade docente.

Modelo integrado de avaliação externa das aprendizagens no Ensino Básico

O Ministério da Educação considera que a avaliação interna e externa das aprendizagens é essencial para o sucesso educativo dos alunos e para o bom desempenho das escolas, sendo, portanto, um dever da adminis-tração educativa monitorizar o desempenho do sistema, nomeada-mente no que respeita às aprendizagens..

http://www.ore.org.pt/filesobservatorio/pdf/Estudo_Manuais_1975_2014_2015.pdf

A evolução do manual escolar entre 1975 e 2014

Este estudo tem como objetivo central analisar a evolução do manual escolar em Portugal nos últimos 40 anos.

http://www.portoeditora.pt/espacoprofessor/eventos/eventos-2/cicloformativo-2016-2/

Ciclo Formativo Porto Editora – Educação 2016

Queremos estar ao seu lado, com ações especificamente concebi-das para a sua área disciplinar e pensadas para serem verdadeira-mente úteis ao seu dia a dia. Participe.

Leia o seu Magazine de Educaçãoem qualquer lugar.

Guarde ImprimaConsulte

19NÚMERO

JANEIRO2016