manejo de doencas do tomateiro - mariane m. oliveira - prof. milton l. paz lima
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MANEJO DE DOENÇAS DA CULTURA DO TOMATEIRO
(Lycopersicon esculentum)
Instituto Federal Goiano Câmpus Urutaí. Curso de Agronomia
Disciplina de Fitopatologia II
Apresentadora: Mariane M. Oliveira
INTRODUÇÃO • Originário da parte ocidental das Américas central e do sul
(MURAYAMA, 1983)
• Família solanácea
• O tomate é uma das “commodities” com maior potencial de produção
por área cultivada. (LOPES, 2005)
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INTRODUÇÃO• A cultura do tomateiro está sujeita a várias doenças que podem limitar sua
produção. (AMORIM et al., 2011)
• A importância de uma ou mais doenças em uma dada região depende de
vários fatores, tais como temperatura, umidade, época do ano, variedades e/
ou híbridos cultivados, condições de cultivo (campo aberto ou plasticultura)
e manejo da cultura. (AMORIM et al., 2011)
• Cerca de duzentas doenças e distúrbios fisiológicos já foram relatados
afetando a tomaticultura em todo o mundo. (LOPES, 2005)
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INTRODUÇÃO• As doenças de plantas podem ser transmissíveis ou não transmissíveis;
• Transmissíveis fatores bióticos: Causadas por fungos, bactérias, vírus e
nematóides;
• Não transmissíveis – distúrbios fisiológicos: causadas por fatores
abióticos, desbalanço nutricional, fitotoxidez de fitossanitários e
condições climáticas adversas ao desenvolvimento normal das plantas.
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INTRODUÇÃO
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OBJETIVO
O objetivo deste trabalho foi fazer uma revisão de literatura a
respeito do manejo de doenças da cultura do tomateiro (Lycopersicon
esculentum).
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DOENÇAS BACTERIANAS
Doença Agente causal Cancro-bacteriano Clavibacter michiganensis subsp.
michiganensis Mancha-bacteriana Xanthomonas spp. Mancha-syringae Pseudomonas syringae pv.
syringae Murcha-bacteriana ou
Murchadeira Ralstonia solanacearum
Pinta-bacteriana Pseudomonas syringae pv. tomato Necrose-da-medula Pseudomonas corrugata
Talo-oco ou Podridão-mole Erwinia spp.
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TALO-OCO OU PODRIDÃO-MOLE (Erwinia spp.)
• Sintomas:
- Amarelecimento da planta, seguido de sua murcha total ou parcial;
- Escurecimento externo do caule;
- Evolução leva a decomposição da medula e tecidos adjacentes, fazendo com
que o caule ceda quando pressionado pelos dedos;
- A bactéria também de desenvolve na parte exterior gerando a podridão mole;
- Frutos perfurados por insetos ficam sujeitos à infecção pela bactéria.
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TALO-OCO OU PODRIDÃO-MOLE (Erwinia spp.)
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Fonte:https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/
TALO-OCO OU PODRIDÃO-MOLE (Erwinia spp.)
• Controle:
- Evitar plantios em épocas muito úmidas e quentes;
- Plantar em solos bem drenados, não sujeitos a encharcamento;
- Aumentar o espaçamento e plantar em camalhões;
- Boa ventilação em cultivos protegidos;
- Adubação equilibrada, evitando o excesso de N (torna as plantas quebradiças e sombreadas);
- Evitar irrigação pesada;
- Evitar ferimentos nas plantas;
- Cuidar de ferimentos com pulverização de fungicidas cúpricos;
- Controlar brocas e traças, insetos que perfuram os frutos;
- Rotação de culturas, preferencialmente gramíneas. 10
DOENÇAS FUNGICAS Doença Agente Causal
Bolor-cinzento Botrytis cynerea Mancha-alvo Corynespora cassiicola
Mancha-de-cladospório Cladosporium fulvum Mancha-de-estenfílio Stemphylium solani e S. lycopersici Murcha-de-esclerócio Sclerotium rolfsii
Murcha-de-fusário Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici Murcha-de-verticílio Verticillium dahliae e V. albo-atrum
Oídio Oidium lycopersici e Oidiopsis sicula Pinta-preta Alternaria solani
Podridão-de-esclerotinia Sclerotinia sclerotiorum Podridão-olho-de-veado Phythophtora spp.
Requeima ou mela Phytophthora infestans Rizoctoniose Rhizoctonia solani Septoriose Septoria lycopersici
Tombamento de mudas Pythium spp., Rhizoctonia solani e Phytophthora spp.
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REQUEIMA OU MELA (Phytophthora infestans)
• Sintomas:
- Ataca toda a parte aérea do tomateiro;
- Pode-se se manifestar tanto no viveiro com nas plantas adultas;
- Sintomas iniciais aparecem na metade superior da planta;
- Folhas: Se inicia com manchas grandes de aparência úmida, ficando marrons quando secam;
- Sob alta umidade (> 90%) as manchas na superfície da folha se torna esbranquiçadas;
- As lesões podem levar à secagem de todo o folíolo;
- Caule: Lesões escuras, quase pretas tornando o tecido quebradiço;
- Frutos: Apresentam ligeira deformação e manchas marrons;
- Sob alta umidade, lavouras severamente atacadas apresentam cheiro característico de
decomposição das ramas. 12
REQUEIMA OU MELA (Phytophthora infestans)
13Fonte:h-p://www.diadecampo.com.br/zpublisher/materias/Materia.asp?id=21793secao=Sanidade%20Vegetal
Fonte:h-ps://sistemasdeproducao.cnpIa.embrapa.br/FontesHTML/Tomate/TomateIndustrial_2ed/doencas_fungo.htm
REQUEIMA OU MELA (Phytophthora infestans)
• Controle:
- Evitar plantios próximos a lavoura de tomate velhas ou mal cuidadas;
- Não plantar em terrenos de baixada, úmidos ou sombreados;
- Eliminar soqueiras de tomate de terrenos vizinhos;
- Plantar mudas de boa qualidade;
- Não irrigar com muita frequência, principalmente por aspersão;
- Bom arejamento, em cultivo protegido;
- Adotar espaçamento e modelo de condução compatível e evitar excesso de N;
- Eliminar os restos de plantas após a colheita;
- Aplicação preventiva de fungicida, preferencialmente sistêmicos em épocas de clima
frio e úmido, rotacionando princípios ativos. 14
DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS Doença Agente causal
Mosaico-amarelo (Pepper yellow mosaic vírus (PepYMV) Família Potyviridae, gênero Potyvirus
Mosaico-do-fumo (Tomato mosaic vírus (ToMV) e Tobacco mosaic vírus (TMV)
Gênero Tobamovirus
Mosaico-amarelo (Pepper yellow mosaic vírus (PepYMV) Família Potyviridae, gênero Potyvirus
Mosaico-do-fumo (Tomato mosaic vírus (ToMV) e Tobacco mosaic vírus (TMV).
Gênero Tobamovirus
Mosaico-do-pepino (Cucumber mosaic vírus (CMV) Família Bromoviridae, gênero Cucumovirus
Mosaico-dourado-do-tomateiro Várias espécies de vírus da família Geminiviridae, gênero Begomovirus
Risca-do-tomateiro (Potato vírus Y (PVY). Família Potyviridae, gênero Potyvirus
Topo-amarelo (Potato leafroll vírus – PLRV ou Tomato yellow top vírus – TYTV.
Família Luteoviridae, gênero Polerovirus
Vira-cabeça-do-tomateiro (Tomato spotted wilt vírus (TSWV), Tomato chlorotic spot vírus (TCSV)
Groundnut ringspot vírus (GRSV) e Chrysanthemum stem necrosis virus (CSNV)
Família Bunyaviridae, gênero Tospovirus
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VIRA-CABEÇA-DO-TOMATEIRO (Família Bunyaviridae, gênero
Tospovirus) • Sintomas:
- Variam em função da espécie do vírus e da idade em que a planta foi infectada,
- O ponteiro da planta se curva para baixo;
- Infecção precoce: A planta tem seu crescimento paralisado e apresenta arroxeamento ou
bronzeamento das folhas com anéis concêntricos e severa deformação foliar;
- Quando infectada por estirpe muito virulenta e em condições favoráveis, toda planta fica
necrosada e morre;
- Frutos: Podem ser aparentemente sadios, porem com tamanho reduzido. Quando atacados
ainda não maduros desenvolvem estrias e anéis necróticos que podem ser confundidos com
requeima. Quando maduros evidenciam-se anéis concêntricos ;
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VIRA-CABEÇA-DO-TOMATEIRO (Família Bunyaviridae, gênero
Tospovirus)
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Fonte:http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/tomate/arvore/CONT000fhj9rbo202wyiv801z2f4wxp245do.html
VIRA-CABEÇA-DO-TOMATEIRO (Família Bunyaviridae, gênero
Tospovirus)• Controle:
- Não plantar em áreas próximas a lavouras velhas ou abandonadas;
- Evitar plantios próximos a outras plantas hospedeiras do tripés vetor;
- Plantar cultivares ou híbridos resistentes;
- Produzir as mudas em local isolado e protegido com o controle de tripés;
- Aplicar inseticida granulado somente na sementeira;
- Pulverizar as mudas com inseticida na véspera do transplante;
- Pulverizar as plantas com inseticidas no campo somente nas três primeiras
semanas após o transplante;
- Destruir os restos de lavoura logo após a colheita; 18
DOENÇAS CAUSADAS POR NEMATÓIDES
Doença Agente causal Nematóide-de-galhas Meloidogyne spp.
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NEMATÓIDE-DE-GALHAS (Meloidogyne spp.)
• Sintomas:
- Crescimento retardado das plantas, geralmente em reboleiras;
- As plantas atacadas ficam raquíticas e amareladas morrendo prematuramente, devido à deficiência na absorção de água e nutrientes pelas plantas;
- Os sintomas podem ser confundidos com deficiência mineral ou como ataque de outros patógenos de solo;
- Algumas cultivares apresentam tolerância, mantendo a parte aérea normal, com pequeno reflexo na produtividade;
- Plantas infectadas, ao serem arrancadas, exibem raízes deformadas e apodrecidas, características da doença.
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NEMATÓIDE-DE-GALHAS (Meloidogyne spp.)
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Fonte:h-
p://www.infobibo
s.com/ArIgos/
2009_1/Tom
ateiro/in
dex.htm
Fonte:h-
ps://
sistemasde
prod
ucao.cnp
Ia.embrapa.br/
FontesHT
ML/To
mate/
TomateInd
ustrial_2ed/do
encas_ne
ma.htm
NEMATÓIDE-DE-GALHAS (Meloidogyne spp.)
• Controle:
- Limpar máquinas e implementos;
- Limpar poços e canais de irrigação;
- Solarizar o solo por vários meses com plástico transparente;
- Produzir mudas sadias;
- Plantio em épocas frias;
- Plantar cultivares resistentes;
- Uso de adubo verde (Crotalaria);
- Fazer adubação suplementar;
- Reduzir irrigação 30 à 45 dias antes da colheita, diminuindo a geração;
- Eliminar plantas daninhas, principalmente de folhas largas. 22
DOENÇAS PÓS-COLHEITA Doença Agente causal
Antracnose Colletotrichum spp. Mofo-preto Alternaria solani e A. alternata
Podridão-de-rizopus Rhizopus stolonifer Podridão-azeda Geotrichum spp.
Podridão-de-fitóftora Phytophthora spp. Podridão-de-fusário Fusarium sp.
Podridão-de-rizoctônia Rhizoctonia solani Podridão-mole Erwinia spp.
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PODRIDÃO-MOLE (Erwinia spp.)
• Mais comum no período de verão, quando a multiplicação bacteriana é
mais rápida, há maior incidência de insetos que danificam os frutos e as
chuvas juntamente com a alta umidade relativa do ar, facilitando a
disseminação.
• Sintoma característico: Desintegração aquosa dos frutos, normalmente a
partir de ferimentos mecânicos ou causados por insetos
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PODRIDÃO-MOLE (Erwinia spp.)
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Fonte: Lopes, 2005
CONCLUSÕES
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LITERATURA CITADA • KIMATI, H.; AMORIM, L. FILHO, A. B.; CAMARGO, L. E.A.; REZENDE, J. A.
M.. MANUAL DE FITOPATOLOGIA Volume 2: Doenças das Plantas
Cultivadas. 4 ed. São Paulo, Agronomica Ceres, 2011.
• LOPES, C. A. Doenças do tomateiro. Brasilia: Embrapa Hortaliças, 2005
• MURAYAMA, S. Horticultura. - 2 ed.- Instituto Campineiro de Ensino Agrícola.
Campinas, 1983
• SANSÃO, M. T. de M. Produção de Tomate para Industria. Viçosa – MG, CPT,
2003. 27
LITERATURA CITADA• <http://www.diadecampo.com.br/zpublisher/materias/Materia.asp?
id=21793secao=Sanidade%20Vegetal> Acesso em: 27 de agosto de 2016.
• <http://www.infobibos.com/Artigos/2009_1/Tomateiro/index.htm> Acesso em: 27 de
agosto de 2016.
• <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/> Acesso em: 27 de agosto de 2016.
• <https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Tomate/
TomateIndustrial_2ed/doencas_fungo.htm > Acesso em: 27 de agosto de 2016.
• <https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Tomate/
TomateIndustrial_2ed/doencas_nema.htm> Acesso em: 27 de agosto de 2016.
• <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/tomate/arvore/
CONT000fhj9rbo202wyiv801z2f4wxp245do.html> Acesso em: 05 de setembro de 2016 28
Obrigada! 29