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Manejo da Adubação Nitrogenada na Cultura do Milho 1 Loreno Egídio Taffarel 2 , Jeferson Tiago Piano 2 , Lucas Guilherme Bulegon 3 , Camila Ducati 4 , Deise Dalazen Castagnara 5 , Paulo Sérgio Rabello de Oliveira 6 1 Parte da Tese de Deise Dalazen Castagnara - Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Marechal Cândido Rondon, PR. 2 Acadêmicos do Programa de Pós-Graduação em Agronomia [email protected] e [email protected] . 3 Acadêmico de Agronomia [email protected] . 4 Acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia [email protected] 5,6 Centro de Ciências Agrárias – UNIOESTE 5 [email protected] e 6 [email protected] Resumo - O objetivo deste trabalho foi avaliar o parcelamento da adubação nitrogenada aplicado na cultura do milho. O trabalho foi desenvolvido em área experimental Prof. Antonio Carlos dos Santos Pessoa, pertencente à Universidade Estadual do Oeste Paraná - Campus Marechal Cândido Rondon, em Latossolo Vermelho eutrófico (LVe) e altitude de 400 m. O delineamento experimental adotado foi de blocos ao acaso, com três repetições. Os manejos da adubação nitrogenada estudados (100:0:0; 0:25:75; 0:50:50; 0:75:75; 0:100:0 e 50:50:0) consistiram da aplicação de nitrogênio na forma de uréia (45% N) em pré semeadura, semeadura e/ou cobertura, respectivamente, na cultura do milho. Na semeadura foi fixada a dose de 16 kg ha -1 de N para todos os manejos adotados, e as aplicações de cobertura foram realizadas nos estádios fenológicos V 4 e V 8. Estudou-se as características biométricas (nitrogênio foliar, comprimento de espiga, grãos por fileira de espiga, massa de mil grãos, diâmetro de espiga, índice de espigas, altura de planta, estande, diâmetro de colmo, altura de espiga e produtividade) das plantas de milho, o teor de nitrogênio foliar, os componentes de produção e a produtividade. Os manejos do nitrogênio adotados não promoveram efeitos significativos sobre as características estudadas e, portanto, podem ser adotados pelos produtores. Palavras-chave - Parcelamento de N, Zea mays L, uréia, componentes de produção. Introdução O milho (Zea mays L.) é o cereal mais cultivado do mundo (SEAB, 2012), em função de sua produtividade, composição química e valor nutritivo, fornecendo produtos largamente utilizados para alimentação humana, animal e matérias-primas para a indústria assumindo relevante papel socioeconômico (FANCELLI e DOURADO NETO, 2000). Ao planejar a adubação do milho, deve-se levar em consideração a fonte, a quantidade e quando aplicar N (COELHO et al., 2012). Para a cultura do milho, a extração de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio aumenta linearmente com o aumento na produção, e a maior exigência do milho refere-se a nitrogênio e potássio, seguindo-se cálcio, magnésio e fósforo (COELHO e FRANÇA, 1995). Entretanto, ainda não está totalmente definido qual o melhor manejo da adubação nitrogenada para a cultura do milho para as diversas condições de cultivo. A aplicação de N mineral em pré-semeadura na cultura do milho têm sido uma das alternativas estudadas, pois promove acréscimos no teor de N no solo e na absorção pelas plantas após o manejo da XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012 1475

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Page 1: Manejo da Adubação Nitrogenada na Cultura do Milho1 · Manejo da Adubação Nitrogenada na Cultura do ... Resumo - O objetivo deste trabalho foi avaliar o parcelamento da adubação

Manejo da Adubação Nitrogenada na Cultura do Milho1

Loreno Egídio Taffarel2, Jeferson Tiago Piano2, Lucas Guilherme Bulegon3, Camila Ducati4, Deise Dalazen Castagnara5, Paulo Sérgio Rabello de Oliveira6

1Parte da Tese de Deise Dalazen Castagnara - Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Marechal Cândido Rondon, PR. 2Acadêmicos do Programa de Pós-Graduação em [email protected] e [email protected]. 3Acadêmico de Agronomia [email protected]. 4Acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia [email protected] 5,6Centro de Ciências Agrárias – UNIOESTE [email protected] e [email protected]

Resumo - O objetivo deste trabalho foi avaliar o parcelamento da adubação nitrogenada aplicado na cultura do milho. O trabalho foi desenvolvido em área experimental Prof. Antonio Carlos dos Santos Pessoa, pertencente à Universidade Estadual do Oeste Paraná - CampusMarechal Cândido Rondon, em Latossolo Vermelho eutrófico (LVe) e altitude de 400 m. O delineamento experimental adotado foi de blocos ao acaso, com três repetições. Os manejos da adubação nitrogenada estudados (100:0:0; 0:25:75; 0:50:50; 0:75:75; 0:100:0 e 50:50:0)consistiram da aplicação de nitrogênio na forma de uréia (45% N) em pré semeadura, semeadura e/ou cobertura, respectivamente, na cultura do milho. Na semeadura foi fixada a dose de 16 kg ha-1 de N para todos os manejos adotados, e as aplicações de cobertura foram realizadas nos estádios fenológicos V4 e V8. Estudou-se as características biométricas(nitrogênio foliar, comprimento de espiga, grãos por fileira de espiga, massa de mil grãos, diâmetro de espiga, índice de espigas, altura de planta, estande, diâmetro de colmo, altura de espiga e produtividade) das plantas de milho, o teor de nitrogênio foliar, os componentes de produção e a produtividade. Os manejos do nitrogênio adotados não promoveram efeitos significativos sobre as características estudadas e, portanto, podem ser adotados pelos produtores.

Palavras-chave - Parcelamento de N, Zea mays L, uréia, componentes de produção.

Introdução

O milho (Zea mays L.) é o cereal mais cultivado do mundo (SEAB, 2012), em função

de sua produtividade, composição química e valor nutritivo, fornecendo produtos largamente

utilizados para alimentação humana, animal e matérias-primas para a indústria assumindo

relevante papel socioeconômico (FANCELLI e DOURADO NETO, 2000).

Ao planejar a adubação do milho, deve-se levar em consideração a fonte, a quantidade e

quando aplicar N (COELHO et al., 2012). Para a cultura do milho, a extração de nitrogênio,

fósforo, potássio, cálcio e magnésio aumenta linearmente com o aumento na produção, e a

maior exigência do milho refere-se a nitrogênio e potássio, seguindo-se cálcio, magnésio e

fósforo (COELHO e FRANÇA, 1995).

Entretanto, ainda não está totalmente definido qual o melhor manejo da adubação

nitrogenada para a cultura do milho para as diversas condições de cultivo. A aplicação de N

mineral em pré-semeadura na cultura do milho têm sido uma das alternativas estudadas, pois

promove acréscimos no teor de N no solo e na absorção pelas plantas após o manejo da

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

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cultura de cobertura, podendo também influenciar a taxa de decomposição dos resíduos

vegetais (BASSO e CERETTA, 2000).

Assim, o manejo da adubação nitrogenada a fim de aumentar sua eficiência, é fator

importante na busca de melhores produtividades, e tem sido a parte mais desafiante e

limitante na produção de milho (SILVA et al., 2005).

O presente trabalho teve por objetivo avaliar o parcelamento da adubação nitrogenada e

sua influência sobre as características agronômicas da cultura do milho.

Material e Métodos

O trabalho foi desenvolvido na fazenda experimental “Professor Dr. Antonio Carlos dos

Santos Pessoa” (latitude 24º 33' 22'' S e longitude 54º 03' 24'' W, com altitude aproximada de

400 m), pertencente à Universidade Estadual do Oeste Paraná - Campus Marechal Cândido

Rondon, em Latossolo Vermelho eutrófico (LVe).

O delineamento experimental adotado foi de blocos ao acaso, com três repetições e seis

manejos da adubação nitrogenada (Tabela 1). As dimensões dos blocos foram de 15 x 30 m, e

das parcelas de 5 x 15 m.

A implantação da cultura do milho foi realizada em 29 de outubro de 2009, utilizando-

se o híbrido triplo CD 384, com espaçamento entre linhas de 0,70 m, e 4,2 sementes por

metro linear, objetivando-se uma densidade populacional de de 60.000 plantas ha-1. Foi

utilizado o plantio direto sobre palhada de aveia. Como adubação de semeadura foi utilizado

200 kg ha-1 do fertilizante formulado 8-20-15. A adubação foi realizada atendendo as

recomendações para a cultura do milho da Comissão de Química e Fertilidade do Solo do RS

e SC (CQFS-RS/SC, 2004). Na semeadura foi fixada a dose de 16 kg ha-1 de N para todos os

manejos adotados, e as aplicações de cobertura foram realizadas nos estádios fenológicos V4 e

V8, conforme recomendado por Ritchie et al., 2003 (Tabela 1). A aplicação correspondente à

pré-semeadura foi realizada com sete dias de antecedência à semeadura do milho, e em todas

as aplicações a fonte de N foi a uréia (45%N).

Por ocasião do surgimento da inflorescência feminina foi realizada amostragem

segundo Malavolta (1997) para diagnose do teor de N foliar. As folhas amostradas foram

lavadas com água deionizada, tiveram a nervura central descartada e foram submetidas à

secagem em estufa com circulação forçada de ar sob temperatura de 55ºC durante 72 horas,

para moagem e determinação dos teores de N segundo a metodologia proposta por Embrapa

(2009).

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A colheita foi realizada em 05 de março de 2010 e determinou-se as características

biométricas em 10 plantas escolhidas ao acaso dentro da área útil de cada parcela. Foi

determinado o diâmetro do colmo, a altura de plantas, altura de inserção da espiga. Após as

avaliações biométricas foi realizada a colheita manual com a coleta de todas as espigas da

área útil de cada parcela. Destas, foram tomadas 10 espigas ao acaso para a determinação do

número de fileiras de grãos por espiga e número de grãos por fileira, diâmetro das espigas e

comprimento de espigas. Todas as espigas colhidas foram submetidas à trilha mecanizada. A

produtividade foi estimada por meio da pesagem dos grãos obtidos com a trilha e correção

para kg ha-1. A massa de 1000 grãos foi estimada a partir da contagem manual e pesagem de

oito amostras de 100 grãos (BRASIL, 1992). A umidade das amostras foi corrigida para 13%.

Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias foram

comparadas através do teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Resultado e Discussões

De acordo com os resultados encontrados não houve diferença significativa (p<0,05)

para o teor de N foliar e para as características agronômicas diâmetro espiga, comprimento de

espiga, grãos por fileira de espiga, massa de mil grãos, altura de planta, estande, diâmetro de

colmo, altura de inserção da espiga bem como para a produtividade do milho (Tabela 2). A

altura de planta, altura de inserção da espiga, diâmetro de colmo, número de fileiras por

espiga e massa de 1000 sementes são características que sofrem mais influência do genótipo

da planta do que pelo ambiente, desde que este não seja um fator limitante.

Entretanto, resultados semelhantes encontrados a este trabalho foram observados por

Meira et al. (2009), que não encontraram resultado significativo para altura de inserção de

espiga, diâmetro de colmo, número de grãos por fileira e massa de grãos em função do

manejo da adubação nitrogenada.

Para o teor de N presente na folha não houve resultado do manejo da adubação

nitrogenada. Resultado contrário a este foi observado por Meira et al. (2009), avaliando fontes

e épocas de aplicação do nitrogênio na cultura do milho irrigado, houve efeito significativo

das fontes e das combinações de épocas de aplicação sobre o N foliar. Para Santos e Pereira

(1994), plantas com maior teor de N proporcionaram maior crescimento e desenvolvimento e,

consequentemente maior índice de área foliar, conferindo maior síntese de carboidratos pela

fotossíntese. Assim, a planta torna-se mais apta para alocar carboidratos para o sistema

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radicular, tornando-o mais abrangente e capaz de melhor aproveitar o N disponível, seja o N

proveniente do solo ou do fertilizante (PAZIANI et al., 2009).

Silva e Silva (2002) constataram em seus experimentos que a aplicação de N (sulfato

de amônio) na forma parcelada totalizando 120 kg de N ha-1, aos 25 e aos 45 dias após a

semeadura, proporcionou plantas com maior altura de inserção da espiga. A aplicação de pelo

menos, parte do N aos 25 dias após a semeadura é importante para a obtenção de maiores

alturas de inserção de espiga.

A produtividade do experimento ficou acima da media nacional (4060 Kg ha-1;

CONAB, 2012), independente do tratamento. Já para Meira et al. (2009), a maior

produtividade de grãos foi verificada quando se aplicou metade do N na semeadura e metade

no estádio de 4 a 6 folhas (7.296 kg ha-1) e o menor valor quando se aplicou todo o N no

estádio de 8 a 10 folhas. Para Godoy (2002), as plantas que receberam apenas nitrogênio na

semeadura (26 kg ha-1) atingiram uma produtividade abaixo da média nacional (2350 kg ha-1),

entretanto, as plantas que receberam uma dose de 140 kg ha-1 de N em cobertura alcançaram

uma produtividade média de 9105 kg ha-1.

Correlacionando a produtividade com as outras variáveis, não foram constatados

coeficientes significativos. Diferentemente dos resultados encontrados por Silva (2005) que

reportou haver correlação positiva e significativa da produtividade de grãos com a altura de

planta, altura de inserção da espiga, teor de N na folha, grãos por espiga e massa de grãos.

Conclusões

Os diferentes manejos da adubação nitrogenada nas condições estudadas não

influenciam as características de nitrogênio foliar, comprimento de espiga, grãos por fileira de

espiga, massa de mil grãos, diâmetro de espiga, índice de espigas, altura de planta, estande,

diâmetro de colmo, altura de espiga e produtividade da cultura do milho. Os manejos

estudados podem ser adotados pelos produtores ao nível de propriedade.

Literatura Citada

BASSO, C. J.; CERETTA, C. A. Manejo do nitrogênio no milho em sucessão a plantas de cobertura de solo, sob plantio direto. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 24, p.905-915, 2000.

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Tabela 1. Parcelamentos do nitrogênio aplicado na cultura do milho.

Parcelamentos(kg ha-1) Pré-Semeadura* Semeadura**

CoberturaV4 V8

100:0:0 100 40 0 00:25:75 0 40 25 750:50:50 0 40 50 500:75:25 0 40 75 250:100:0 0 40 100 050:50:0 50 40 50 0

*Aplicação com sete dias de antecedência à semeadura; **Fornecido pelo formulado 8:20:15 (N:P2O5:K2O). V4; V8: estádios de desenvolvimento da cultura do milho.

Tabela 2. Influência do parcelamento da adubação nitrogenada sobre o teor de N foliar e sobre as características agronômicas da cultura do milho

N NF CE GFE MMG DE AP E DC AE P

100_0_0 31,08ns 20,73ns 36,20ns 317,96ns 50,51ns 2,51ns 60150ns 21,00ns 1,21ns 7414ns

0_25_75 30,22 20,17 36,70 323,92 52,97 2,51 57644 20,37 1,18 74620_50_50 31,06 19,67 36,07 335,26 54,38 2,43 60150 17,14 1,22 74550_75_25 31,06 19,67 36,07 335,26 54,38 2,43 60150 17,14 1,22 74550_100_0 28,20 20,45 35,00 323,82 52,11 2,56 62657 20,67 1,30 741750_50_0 30,62 19,95 35,07 316,66 52,94 2,54 56391 20,97 1,25 7271Média 30,87 20,11 35,85 325,48 52,88 2,50 59524 19,55 1,23 7412

CV (%) 4,82 5,19 3,94 3,70 4,13 2,78 5,71 12,30 5,13 1,60ns - não significativo a 5 % de probabilidade na coluna; N - doses nitrogênio;NF - nitrogênio foliar; CO-comprimento de espiga (cm); GFI - grãos por fileira de espiga; MMG - massa de mil grãos (g); DE - diâmetro de espiga (mm); IE - índice de espigas; AP - altura de planta (m); E - estande (plantas ha-1); DC - diâmetro de colmo (mm); AE - altura de espiga (m); P - produtividade (kg ha-1).

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