EDITORIAL

São Paulo, 14 de setembro de 2007

Estamos lançando o número um de uma nova re-vista: MAIS-VALIA.

Como indica o próprio nome, a revista vai possuir como tema central esse monstro—a mais-valia—o monstro que movimenta e coman-da hoje o Brasil e o mundo capitalista.

Como revista crítica e dialética, a MAIS-VALIA vai combater a exploração do trabalho, a extra-ção vampiresca do trabalho realizada por esse Conde Drácula chamado Capital.

Dizia Marx que o capital é trabalho morto, tempo de vida dos homens coagulado e, para so-breviver, para continuar a sua rotação sombria e noturna, como um vampiro, precisa sempre su-gar mais e mais sangue, mais e mais trabalho, novo tempo de vida dos homens: mais-valia.

Para realizarmos esse combate, a denúncia da exploração do trabalho, em primeiro lugar, daremos a palavra à própria classe trabalhado-ra, aquela classe de quem se extrai o mais-valor, aquela classe que sente os dentes do Drácula sendo fincados no seu próprio pescoço, pois, é ela que sabe o que realmente acontece e é ela que sabe o caminho da defesa, da organização e da luta contra o vampiro.

Nesse sentido, neste número um, como nos próximos números da MAIS-VALIA, ouvimos e ouviremos os companheiros que têm algo a contar sobre as suas lutas passadas presentes e futuras.

Além dessa seção que mais diretamente do-cumentará as lutas, a revista MAIS-VALIA trará também reportagens e análises teóricas, cujo ponto de vista seja claramente a perspectiva mais universal de nossa época histórica, a pers-pectiva da classe trabalhadora.

Somente esta perspectiva, claramente con-tra o capital, pode abrir um caminho que não seja aquele da destruição, da barbárie e da de-vastação generalizadas.

Por um novo mundo, além do capitalismo e da extração de mais-valia!