“mais que nunca é preciso cantar

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    Unidade 4 - Mais quenunca preciso cantar...

    Unidade 4 - Mais que nunca preciso cantar...

    Site: EaD2 - SEaD/UFSCar

    Curso: Educao Musical - prtica e ensino 6 - G6 (EM)

    Livro: Unidade 4 - Mais que nunca preciso cantar...

    Impresso por: SAMUEL APARECIDO DOS SANTOS 540978

    Data: tera, 8 setembro 2015, 19:39

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    Sumrio

    Unidade 4 - Mais que nunca preciso cantar...4.1. Primeiras palavras4.2. Problematizando o tema4.3. Texto Bsico para Estudos

    4.3.1. Grupos Vocais4.3.2. Questes que se aplicam a todos os grupos vocais4.3.3. Reflexes sobre a aplicao nos grupos vocais das propostas dos educadores musicais da

    primeira gerao.4.4. Consideraes finais4.5. Atividades de aplicao, prtica e avaliao4.6. Estudos complementares4.6.1. Saiba mais...4.6.2. Outras sugestes de fontes de informao (links, revistas, filmes etc.)4.6.3. Referncias bibliogrficas

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    4.1. Primeiras palavras

    O ttulo desta Unidade foi baseado na Cano de Carlos Lyra e Vincius de Moraes, intituladaMarcha de quarta-feira de cinzas,

    E no entanto preciso cantar,

    Mais que nunca preciso cantar, preciso cantar e alegrar a cidade

    Nesta unidade vamos voltar o nosso olhar para os diversos grupos vocais que podemos formar evamos discutir maneiras de aplicar as abordagens e propostas dos diferentes educadores musicais, da

    primeira gerao, para desenvolver o nosso trabalho.

    Na Disciplina Introduo aos Mtodos, Tcnicas e Fundamentos em Educao Musical voc teve aoportunidade de conhecer diferentes abordagens relativas alfabetizao musical, musicalizao e educao musical.

    Espero que voc tenha compreendido a importncia destas abordagens que serviro de referencialterico para a construo do seu conhecimento enquanto educador musical.

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    4.2. Problematizando o tema

    O tema desta Unidade vai nos ajudar a pensar na possibilidade de realizarmos a difuso da culturamusical atravs de grupos vocais amadores ou profissionais, uma vez que cantar, participar de ensaiosou de apresentaes musicais proporcionar o fazer musical.

    A educao musical deveria ter tanta importncia no Brasil quanto teve na Grcia, que sempre temsido para ns do Ocidente, um ponto de apoio. No entanto a ausncia da msica na grade curriculartrouxe algumas perdas que, a meu ver, precisam ser recuperadas. Isto ser possvel se trouxermos aeducao musical de volta ao cotidiano das pessoas.

    Kodly, educador musical e compositor hngaro, afirma: A educao musical contribui para odesenvolvimento de diversas faculdades da criana, no afetando apenas suas atitudesespecificamente musicais, mas tambm sua percepo em geral, capacidade de concentrao,reflexos condicionados, horizonte emocional e cultura fsica. (SZNYI, 1996, p.18)

    Nesta Unidade apresentamos algumas idias, para o futuro educador, sobre a utilizao da voz queauxiliaro no desenvolvimento destes fatores proporcionando aumento da qualidade de vida.

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    4.3. Texto Bsico para Estudos

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    4.3.1. Grupos Vocais

    Como vimos anteriormente o canto uma forma de expresso, praticado por todas as culturas. uma atividade comunitria e deveria ser acessvel a todos. A esta atividade de Cantar em Grupo d-se o nome de Canto Coral. O termo Coro italiano e vem do original grego Chros. Em sua origemChros representava um conjunto de aspectos: Poesia, Canto e Dana.

    O Canto Coral uma atividade socializadora por excelncia, tendo como caracterstica principal aunio. Unio nas vozes, na harmonizao dos sons, dos ritmos, dos sentimentos e dos interesses.Sendo assim, deveria ser uma atividade bsica e um prolongamento da Educao Musical. Umaexcelente oportunidade de reunir e unir as pessoas para fazerem msica. Este um espao que ainda

    pode ser conquistado e ampliado em nossa sociedade.

    A pessoa que prepara e ensina o grupo coral recebe o ttulo de Regente Coral. O Regente Coral temgrande responsabilidade nos ensaios e deve saber cantar corretamente.

    Na prtica do canto coral faz-se necessrio a educao da voz. atividade de educao da voz d-se o nome de Tcnica Vocal e aos exerccios vocais, Vocalizes.

    A colocao da voz no pode ser esquematizada por regrassimplistas. Cada cantor deve achar, atravs do exerccio, o pontoexato onde sua voz esteja bem colocada. Isto no se consegue em

    poucos ensaios, nem dizendo teoricamente como faz-lo. (...) Comum trabalho paciente, sem exageros, consegue-se milagres.(ZANDER, 1979, p. 205)

    O Regente

    Um bom Educador Musical deveria ser um bom Regente Coral.

    O Regente precisa desenvolver uma comunicao no verbal com o Grupo Coral, para isso algunsaspectos tornam-se fundamentais e devem ser desenvolvidos.

    * Mantenha contato visual* Use as mos expressivamente* Reja os cantores e no a partitura* Trate a todos com amabilidade e no como ditador* Cuidado com maneirismos (aquelas coisas que podem distrair os cantores)

    Lembre-se que a atitude do regente pode causar tenso inconsciente nos cantores. Se o regenteestiver com uma postura tensa diante do grupo essa tenso pode se refletir no grupo.

    Classificao das Vozes

    Atualmente a classificao das vozes para um grupo coral a seguinte:

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    VOZES FEMININAS:Soprano voz agudaMeio-Soprano voz intermediria entre o Soprano e o ContraltoContralto voz grave

    VOZES MASCULINAS:Tenor voz aguda

    Bartono voz intermediria entre o Tenor e o BaixoBaixo voz grave

    Ao fazer uma classificao vocal necessrio observar o timbre e a tessitura1e no somente a

    extenso2. Para se fazer uma classificao exige-se muita observao e habilidade por parte doprofessor, pois esperado que o aluno esteja bem vontade, cantando com naturalidade. Aps umperodo conveniente fazer uma reviso geral na classificao das vozes, pois as vozes vo sedesenvolvendo conforme vo sendo trabalhadas.

    Cabe ao Regente fazer uma distribuio das vozes nos naipes buscando homogeneidade no som semperder as caractersticas de timbre de cada voz.

    No Brasil as vozes que predominam so as vozes de Meio-Soprano e Bartono, alguns afirmam queisto se d devido ao clima, mas inda no temos estudos mais aprofundados sobre o assunto. Noentanto, temos observado que as vozes que se destacam na Itlia so os Sopranos e Tenores e naRssia as vozes graves.

    Formao de Grupos

    Existem vrias possibilidades de formaes de grupos vocais. O nmero de participantes vaidepender das condies que se tem para o trabalho e do resultado que se espera alcanar.

    * Quanto ao nmero de elementos nos grupos vocais, podemos ter:

    1 cantor Solo2 cantores Dueto3 cantores Terceto ou Trio4 cantores Quarteto5 cantores Quinteto6 cantores Sexteto7 cantores Septeto8 cantores Octeto

    Um Coro de Cmara composto por um nmero entre 20 e 30 participantes, j um coro grandedeveria ter entre 60 e 80 pessoas. O nmero ideal para um conjunto simples de 32 a 40 cantores.

    * Com Vozes iguais ou mistas

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    So formados por vozes iguais quando renem apenas vozes femininas ou apenas vozes masculinas,ou ainda vozes femininas e vozes infantis.So considerados coros mistos aqueles formados por vozes femininas e vozes masculinas ou vozesinfantis e masculinas.

    No Brasil temos visto Coros Femininos, Coros Masculinos, Coros Universitrios, Coros de TerceiraIdade e Coros Profissionais.

    D-se o nome de Meninos Cantores ao Coro formado apenas por meninos. Esta uma tradioainda hoje mantida na Europa e quase inexistente no Brasil.

    Coro Infantil formado por meninas e meninos.

    Destacamos a seguir alguns aspectos que devem ser levados em considerao ao se trabalhar comum grupo vocal infantil.

    importante brincar e cantar com as crianas, pois com isso cria-se um vnculo afetivo eprazeroso

    O adulto deve servir de modelo vocal para a criana

    Ajudar a criana a perceber diferena entre cantar e gritar

    Adequar o canto s suas possibilidades vocais, enquanto educador, e s das crianas

    Oferecer s crianas possibilidades de:

    desenvolver sua expresso,seus gestos,seu carter,concentrao na interpretao da cano,experimentao sonora,aprender a ouvir o outro e o grupo,improvisar e inventar canes.

    * Com acompanhamento ou sem acompanhamento

    denominado Coro a cappella aquele sem acompanhamento instrumental. No entanto, pode-se terum Coro a cappella onde os instrumentos reforcem ou substituam uma das vozes do coro.

    O melhor posicionamento para os instrumentos, no caso de uma orquestra entre o Coro e o

    Regente.

    Um grupo vocal pode ser acompanhado por piano ou teclado, ou ainda por um violo e tambm porinstrumentos de percusso ou ainda pela guitarra e baixo eltrico.

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    * Profissional ou Amador

    Chamamos de Coro Profissional quele formado por vozes selecionadas e que so contratadas paraprepararem um repertrio artstico.

    Em sua grande maioria os Coros so amadores e podem ser formados pelos mais diferentes grupos:

    homens, mulheres, crianas, moos, operrios, sbios, poetas, camponeses e estudantes.

    1 Tessitura o conjunto de notas onde o cantor tem maior volume, pois a voz emitida em toda a suaplenitude com facilidade e homogeneidade.2 Extenso o limite de sons emitidos por uma voz , do grave ao agudo.

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    4.3.2. Questes que se aplicam a todos osgrupos vocais

    Abordaremos a seguir algumas questes importantes e que se aplicam a todos os grupos vocaisindistintamente.O Educador Musical deve priorizar as atividades do canto em conjunto.

    Se for possvel forme um grupo coral. Em primeiro lugar decida sobre um som coral ideal e trabalhepara desenvolv-lo. Parta de um som bsico que contenha:

    Variedade de cores (pense em timbres de instrumentos)

    Flexvel, mas com intensidade constante

    Com vibrato controlado

    Energia suficiente para sustentar cada frase

    Variao ampla de dinmica

    Gostaria tambm de lembr-lo de alguns elementos que afetam o som:

    Atitude

    Flexibilidade

    Equilbrio

    Fraseado

    Postura

    Controle respiratrio

    Qualidade vocal

    Juno das vozes

    Afinao

    Dinmica

    Dico

    Ritmo

    Expresso facial

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    Ateno ao conjunto

    Compreenso completa do texto

    Use tradues literaisEnfatize a importncia de palavras

    Desenvolva aquecimentos fluxo respiratrio constante em dinmica suave

    Use o piano (ou teclado) o mnimo possvel

    Inclua exerccios auditivos

    Trabalhe o unssono1do coro

    Preste ateno ao uso dos lbios e lngua

    Encoraje o coro a cantar com um som direcionado

    Execute os aquecimentos em andamento flexvel

    Vale a pena tambm chamar a ateno para alguns procedimentos de ensaio que afetam o som.

    Entusiasmo por parte da liderana

    Planejamento

    Condies fsicas (um local adequado, limpo e arejado)

    Posicionamento dos Cantores

    Mandar X Pedir

    Variedade nos exerccios e no repertrio

    Contraste entre as partes do ensaio

    Acompanhamento adequado ao grupo

    Expectativa

    Relacionamento do regente com os cantores e entre os cantores

    Cantando em grupo uma pessoa poder:

    Explorar vrios tipos de vozes (falar, cantar, sussurrar, gritar, zumbir, cantarolar)

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    Desenvolver o controle da voz (cantar as diferentes alturas de maneira afinada)

    Experimentar um repertrio variado de composies especficas para o canto coral

    Desenvolver a musicalidade

    Desenvolver sua capacidade auditiva

    Desenvolver o conhecimento do corpo para expressar-se corporalmente

    Desenvolver a habilidade de conviver com o grupo

    Repertrio

    A escolha das canes uma importante tarefa do Regente, no entanto esta tarefa poder sercompartilhada com o grupo. Cabe ao Regente a pesquisa de um repertrio adequado ao seu grupo,devendo ser rigoroso nesta seleo.

    Temos uma variedade muito grande com relao ao Repertrio para os grupos corais, pois todamsica que se escreveu desde o Renascimento est notada em pauta e os grupos vocais sempreforam contemplados com composies de diferentes pocas, estilos e gneros.

    As msicas folclricas podem ser utilizadas com o objetivo de transmitirem o conhecimento decostumes e experincias artstico-populares.

    O ensino do Repertrio pode acontecer por solfejo ou por audio. Mesmo que voc utilize ametodologia de ensino por audio interessante que aos poucos v introduzindo a partitura. A cadaensaio ou aula possvel apresentar novos elementos que compem a partitura.

    tambm funo do Regente realizar uma preparao do grupo fsica, psicolgica e musicalmente.Lembre-se que palavras de aprovao e de encorajamento so sempre bem-vindas!

    Planejamento de ensaio

    Para que se tenha um ensaio envolvente fundamental que haja um planejamento onde vriosaspectos devem ser observados.

    * Recepo - acolhimento

    importante lembrar que as pessoas vm dos mais diferentes lugares e atividades e trazem diferentesmotivaes e diferentes necessidades.

    * Atividades de relaxamento* Exerccios de respirao* Aquecimento Vocal - Vocalize* Afinao* Ensaio de Naipes

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    * Ensaio em conjunto* Desaquecimento Vocal* Avaliao do trabalho realizado e das apresentaes pblicas* Trace objetivos a curto, mdio e longo prazos* Busque a ajuda de um grupo de apoio

    1Voc tem um unssono quando todos esto tocando ou cantando na mesma altura de som. Em umcoro formado por vozes femininas e masculinas teremos o canto separado por uma oitava, neste casousa-se a expresso em unssono. A msica que cantada em unssono chamada de monofnica.

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    4.3.3. Reflexes sobre a aplicao nosgrupos vocais das propostas dos educadoresmusicais da primeira gerao.

    Dalcroze

    Lembra-se das propostas apresentadas por Dalcroze? Elas encaixam-se perfeitamente em umaatividade de um Grupo Vocal, pois ele sugere que o treinamento rtmico musical deve aconteceratravs da experincia corporal. O movimento corporal fundamental, pois atravs dele as pessoas,

    particularmente as crianas, gostam de explorar, experimentar e encontrar novas formas de animarseus corpos.

    Outro aspecto apontado por Dalcroze e que se encaixa em uma atividade vocal a de desenvolveruma escuta apurada. Segundo Dalcroze, um bom ouvido essencial para um bom msico e para

    desenvolver esta habilidade dada nfase ao canto.

    Da mesma forma que o corpo usado como instrumento natural rtmico, a voz usada comoinstrumento natural tonal, e por conseqncia disto como veiculo de expresso no treinamento desolfejo no Mtodo Dalcroze. (Edith Wax: Dalcroze Dimensions- traduo de Clises Mulatti)

    De acordo com Dalcroze, para que o processo de aprendizagem acontea, de fundamentalimportncia que o organismo todo esteja envolvido. preciso criar uma perfeita harmonia entre amente e o corpo.

    Willems

    Para Willems o canto desempenha um papel muito importante na educao musical. Mesmo aspessoas que mal conseguem repetir um som depois de um perodo de trabalho tm conseguidocantar. Elas devem ser estimuladas a desenvolver a audio atravs de canes muito simples.

    Em seu livro La Prparation Musicale ds Tout-petits ele apresenta exemplo de diversas espcies decanes que ajudaro ao educador musical a introduzir os elementos terico a partir da prtica,

    possibilitando ao educando um contato natural entre a teoria e a prtica.

    O que proposto para os iniciantes tem aplicao tambm para os mais adiantados no estudo damsica, pois as melodias que se encontram na literatura barroca, clssica, romntica, ou moderna

    podero ser trabalhadas, cabendo ao professor ajudar ao aluno a tomar conscincia dos diversoselementos musicais que esto ali presentes.

    Willems ressalta tambm a importncia da inveno de canes pelo aluno, qualquer que seja o seugrau de adiantamento no estudo de msica. muito interessante tambm quando isso se d atravs

    de certos ritmos corporais.

    A Prof. Carmem Maria Mettig Rocha estudou com Willems e tem contribudo para que ametodologia aplicada por ele seja conhecida no Brasil, atravs de cursos, palestras e livros. elaquem nos informa,

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    A Educao no mtodo Willems acessvel a todos, dotados ou no. Graas as suas basesordenadas e vivas, assegura o desenvolvimento do ouvido, do sentido rtmico, preparando a prticado solfejo, instrumento ou qualquer disciplina musical. Esta Educao permite influenciarfavoravelmente a Educao das crianas atrasadas ou deficientes. (ROCHA, 1990, p.22)

    Outros aspectos apresentados por Willems que podero ser desenvolvidos em outra ocasio: ritmo,

    harmonia, desenvolvimento auditivo (audio interior), memria musical, afinao, criao musical,interpretao e efeitos teraputicos da msica.

    Kodly

    Kodly apresenta a educao musical focada no canto, no entanto a utilizao de instrumentosmusicais e o movimento do corpo esto presentes em seus ensinamentos. Voc se lembra que elevalorizou o folclore de sua terra e resgatou, juntamente com Bla Brtok, as msicas hngaras

    transmitidas de forma oral? A partir deste resgate, foram disponibilizadas cerca de cem mil canes.

    Ele acreditava que a msica deveria ser uma experincia proporcionada criana pela escola, pois ocanto dirio, aliado aos exerccios fsicos, desenvolve o corpo e a mente da criana. Alm disso,entendia que a msica deveria ser levada para o cotidiano das pessoas, possibilitando sua realizaonos lares e nos momentos de lazer.

    Entendia que as melodias deveriam ser ensinadas primeiramente cantando-as e no as tocando aopiano e os cantores deveriam ser ensinados a ler msica. Para a leitura indicava o solfejo relativo,baseado no solfejo tnico, com o d mvel (tonic sol-fa), utilizado na Inglaterra. Apontava aimportncia do canto coral inclusive para os instrumentistas, pois entendia que particularmente til

    para a compreenso das vozes intermedirias.

    Em conferncia realizada em 1941 Kodly apontou as seguintes questes, que nos so trazidas porSZNYI (1996, p. 17 e 18):* A msica pertence a todos, e uma correta educao musical oferece os meios para apreci-la edela usufruir.

    * A cultura musical deve ser iniciada nos jardins de infncia, e to logo seja possvel, em lugar de ser

    feita tardiamente na escola secundria, como costuma acontecer.

    * A verdadeira base da cultura musical no consiste de modo algum no aprendizado obrigatrio deum instrumento, mas na prtica do canto.

    Em outra palestra realizada em 1946 Kodly aponta dois problemas enfrentados pelos msicosprofissionais:* Em um bom msico o ouvido deveria ser sempre o guia dos movimentos de seus dedos.

    * Poder ler facilmente uma partitura, sem a ajuda de um instrumento, prova de uma melhorcompreenso da interpretao musical.

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    Orff

    Mesmo tendo Orff estimulado a participao em grandes conjuntos instrumentais, a integrao queprope entre ritmo, movimento e improvisao so elementos facilmente utilizados no canto coletivo,bem como o eco, as perguntas e respostas e os ostinatos.

    Podemos utilizar o conceito apresentado por Orff, de que as pessoas aprendem msica criando,

    ouvindo e tocando e aplic-lo ao canto. A audio uma das habilidades principais a seremdesenvolvidas, uma vez que prope a criao em grupo. Para se criar ou improvisar em grupo necessrio ouvir e interagir com os outros participantes do grupo.

    Suzuki

    Aparentemente Suzuki no teria nenhuma contribuio para os grupos vocais, pois ele desenvolveu asua metodologia para o ensino do violino. Mas voc est lembrado de qual foi a sua motivao maior

    ao ensinar as crianas? O propsito primordial de Suzuki no era treinar msicos profissionais e simdesenvolver o carter, e a sensibilidade dos alunos. Tinha por meta trabalhar para a felicidade dascrianas, por isso incentivava o estmulo e participao da famlia.

    A Prof. Thais Nunes comentou com vocs que um bom estmulo familiar refletir no desenvolvimentodo ser humano, tornando-o mais seguro, criativo, interativo e mais bem preparado para enfrentar osconflitos da vida. Suzuki acreditava que para o processo de aprendizagem de uma criana ser bemsucedido, deveria incluir a participao direta dos pais. Estes ensinamentos caberiam perfeitamenteem uma proposta de coro infantil.

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    4.4. Consideraes finais

    Apresentamos nesta unidade as vrias possibilidades de formao de grupos vocais e a importnciado canto coletivo.

    Vimos tambm que o educador musical deve estar preparado para atuar como um Regente Coral,

    favorecendo s pessoas uma melhor compreenso de sua voz, da escuta, das atividades musicais quepossibilitaro um desenvolvimento pessoal equilibrado.

    Outra abordagem que foi feita diz respeito aos educadores musicais da primeira gerao e suascontribuies para a atividade do canto coletivo.

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    4.5. Atividades de aplicao, prtica eavaliao

    Confiram as orientaes detalhadas para as atividades prticas na sala do seu Plo.

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    4.6. Estudos complementares

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    4.6.1. Saiba mais...

    Apresento a seguir algumas frases ditas por compositores considerados importantes na Histria daMsica. Estas frases encontram-se no Livro As Bases Psicolgicas da Educao Musical, de EdgarWillems.

    Quanto ao canto:

    Wagner: O canto, o canto e ainda o canto. O canto de uma vez para todas a linguagem pela qualo homem se comunica aos outros musicalmente...O rgo musical mais antigo, o mais verdadeiro, omais belo, a voz humana e s a este rgo que a msica deve a sua existncia.

    Telemann: cantar o fundamento da msica em todos os seus aspectos.

    Mozart: Quem no sabe pois que a msica cantada deve ser em todos os tempos a finalidade detodos os instrumentistas, visto que, em toda a composio, necessrio que nos aproximemos donatural.

    Quanto melodia:

    Haydn: Inventai uma bela melodia e a vossa msica, qualquer que seja a sua natureza, ser bela eagradar certamente. a alma da msica, a vida, o esprito.

    Beethoven: A melodia a linguagem absoluta pela qual o msico fala a todos os coraes.

    Schumann: se se tiver um corao reto, se se tiver aprendido alguma coisa, e se se cantar comouma ave sobre o ramo, da sair a msica mais autentica.

    Ambros1: Apenas a melodia, mesmo se ela cantada a uma s voz, rene todos os elementos daarte musical, pois ela leva, alm do movimento rtmico, o contedo harmnico.

    Neste momento do curso, esta uma tima oportunidade para voc rever as refernciasbibliogrficas que foram apresentadas na Disciplina Introduo aos Mtodos, Tcnicas eFundamentos em Educao Musical.

    1Clebre historiador da msica

  • 7/23/2019 Mais Que Nunca Preciso Cantar..

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    08/09/2015 Unidade 4 - Mais que nunca preciso cantar...

    http://ead2.sead.ufscar.br/mod/book/tool/print/index.php?id=111825 22/25

    4.6.2. Outras sugestes de fontes deinformao (links, revistas, filmes etc.)

    Visite o site da Osesp, www.osesp.art.bre veja as diferentes formaes corais que elesdesenvolvem.

    Que tal acompanhar a programao do Teatro Municipal de So Paulo? Confira o sitewww.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/teatromunicipal

    Coral da UDESC realizando um Negro Spiritual

    Coral da UDESC / CEART Florianpolis

    e um Adoniran Barbosa

    https://www.youtube.com/watch?v=H_45e7CkmKYhttp://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/theatromunicipal/http://www.osesp.art.br/portal/home.aspx
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    08/09/2015 Unidade 4 - Mais que nunca preciso cantar...

    http://ead2.sead.ufscar.br/mod/book/tool/print/index.php?id=111825 23/25

    Coral da UDESC - Tiro ao lvaro

    Presentinhos do Youtube: piscando

    Cantata 147.1Concentus Musicus Vienna. Arnold Schoenberg Choir. Nikolaus Harnoncourt,conductor.

    Montserrat Figueras com Jordi Savall

    ESTAMBUL. Dimitrie Cantemir: "El libr...

    La Traviata - G. Verdi

    https://www.youtube.com/watch?v=jCq5GiqvMhUhttps://www.youtube.com/watch?v=C_BlYnFAWYUhttp://mlight.typepad.com/musiclectic/2008/11/cantata-bwv-1471-herz-und-mund-und-tat-und-leben---js-bach.html
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    08/09/2015 Unidade 4 - Mais que nunca preciso cantar...

    http://ead2.sead.ufscar.br/mod/book/tool/print/index.php?id=111825 24/25

    GIUSEPPE VERDI.-1813-1901- La Traviata pera. Compl...

    Vou Deixar - Samuel Rosa. adpt. Edu LakschevitzRegencia: Eduardo Lakschevitz / Solista: rica Toledo

    https://www.youtube.com/watch?v=_npLCGxA_Mo
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    08/09/2015 Unidade 4 - Mais que nunca preciso cantar...

    4.6.3. Referncias bibliogrficas

    FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira.De tramas e fios: um ensaio sobre msica e educao.So Paulo: Editora UNESP, 2005.ROCHA, Carmem Maria Mettig.Educao Musical Mtodo Willems. Salvador: Faculdade deEducao da Bahia, 1990.

    SZNYI, Erzsbet.A educao musical na Hungria atravs do Mtodo Kodly. Trad. MarliBatista vila. So Paulo: Sociedade Kodly do Brasil, 1996.WILLEMS, Edgar.As Bases Psicolgicas da Educao Musical. Sua: Edies Pro-Msica,1970.ZANDER, Oscar.Regncia Coral. Porto Alegre: Movimento, 1979.