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Angola 40 Anos em retrospectiva Paz, Unidade Nacional e Desenvolvimento INDEPENDENCIA Magazine Ocial da Embaixada de Angola nos EUA Outono-Inverno 2015 www.angola.org Página 33 Agostinho Tavares Embaixador de Angola nos EUA Página 17 Angola presente na Assembleia Geral da ONU Página 11

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Angola 40 Anos em retrospectiva

Paz,UnidadeNacional eDesenvolvimento

INDEPENDENCIAMagazine O!cial da Embaixada de Angola nos EUA Outono-Inverno 2015www.angola.org

Página 33

Agostinho TavaresEmbaixador de Angola nos EUA Página 17

Angolapresente na Assembleia Geral da ONU Página 11

Outono-Inverno 2015 > Imbondeiro > 3

Magazine O!cial da

Embaixada de Angola nos Estados Unidos da AméricaOutono-Inverno 2015

DirectorAgostinho Tavares da Silva Neto Embaixador de Angola nos EUA

Editor/Tradução Laurinda Santos Adida de Imprensa Embaixada de Angola nos EUA

Notícias Sector de Imprensa e Angop

Fotos Arquivo Sector de Imprensa, Angop Direitos reservados

Artista Grá!coAntónio Salsinha – www.antoniosalsinha.com

Impressão

Tim McClellan – Strategic Print Solutions

Capa “INDEPENDÊNCIA” Angola 40 Anos

Embaixada de Angola nos Estados Unidos 2100-2108 16th Street NW Washington, D.C. 20009 Tel: (202) 785-1156 Fax: (202) 785-1258 / 822-9049 Email: [email protected] www.angola.org

Sumário

Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4Segurança Marítima e Energética discutida em Luanda no mês de Outubro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5Manchetes Nacionais em DestaqueComunicado Final da Conferência Internacional sobre Segurança Marítima e Energética . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

Comandante da AFRICOM elogia visão do estadista angolano pela realização da conferência sobre segurança marítima . . . . . . . . . 7

Vice-presidente da República abordou segurança marítima com Comandante da AFRICOM . . . . . . . . . 9EconomiaSector petrolífero principal suporte do crescimento da economia . . . . . . . . . . 10Chegada de Vice-Presidente da República a Nova Iorque para participar na 70ª Sessão da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11PolíticaÍntegra do Discurso de S.E. Manuel Domingos Vicente, Vice-Presidente da República de Angola durante o Debate Geral da 70ª. Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

Agostinho Tavares da Silva Neto, é o novo Embaixador Extraordinário e Potenciário da República de Angola nos Estados Unidos da América. . . . . . . . . 17

Arquivos de ImprensaCumprimentos de boas-vindas a S.E. Sr. Embaixador e Família . . . . . . . . . 18Encontros com a comunidade residente nos EUA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Visita a New Jersey . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2013 Anos da Paz em Angola . . . . . . . . . . . . 20Visitas a Los Angeles - Califórnia & Phoenix-Arizona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21Maio 2015 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

Visita a Houston . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23Embaixador angolano encontrou-se em Houston com Presidente da Chevron . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24Visita a New Orleans, Louisiana . . . . . . . . 26Dia de África celebrado em Washington, D.C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27Visita a Miami . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28Visita a Jacksonville . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28Com a comunidade residente na zona metropolitana de Washington, D.C. . . . . 29Visita a Philadelphia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29Embaixador nos EUA e diplomata Americana analisam cooperação bilateral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30Embaixador nos EUA, mantém encontro com Associação de Geminação das cidades de Houston-Luanda . . . . . . . . . . . 32

Angola 40 AnosAngola tem 40 Anos de Idade . . . . . . . . . . . . 33Abertura do Ano Parlamentar . . . . . . . . . 35Mensagem sobre o Estado da Nação

Discurso pronunciado por Sua Excelência Manuel Domingos Vicente, Vice-Presidente da República de Angola, na Abertura da 4ª Sessão da Terceira Legislatura da Assembleia Nacional em Luanda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36Cubango Cubango As Terras do Futuro!Projecto Rio Okavango Zambeze Um projecto regional em prol da preservação do ambiente . . . . . . . . . . 40Embaixador dos EUA informado sobre resultados do Projecto em Washington, D.C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

Paz, Unidade Nacional e Desenvolvimento

4 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2015

EditorialPrezados Leitores,É meu prazer apresentar esta edição especial do Magazine O!cial da Embaixada de Angola nos EUA, “Imbondeiro”, dedicada aos 40 Anos da Independência Nacional, que se celebrou no dia 11 de Novembro de 2015.40 anos não é um longo período na vida de um país, mas os 40 anos da Independência Nacional da República de Angola são uma marca da qual, apesar de todos os constrangimentos, todos os Angolanos se podem orgulhar. O nosso país é ainda jovem, com uma democracia jovem e uma população que também é jovem. Hoje, nós podemos fazer um balanço absolutamente positivo.

Angola passou por um longo período de guerra civil.A rota foi difícil, com altos e baixos. Durante este período, um número considerável de !lhos de Angola pagaram com o seu sangue, deram as suas vidas para que nós pudessemos estar aqui.Hoje, podemos dizer com alegria que os nossos esforços não foram em vão e a persistência do nosso povo para a causa da Independência, a defesa da soberania nacional, digni!ca a nação inteira.Particularmente, temos de nos congratular e especialmente ao Presidente da República de Angola, Sua Excelência José Eduardo dos Santos, por conduzir o país a uma conclusão bem-sucedida, é claro, com muitos desa!os ainda, mas estamos no caminho certo e temos uma grande história para contar ao mundo.Angola tem vindo a desfrutar de Paz há treze (13) anos. Esta projecção tem a ver com a paz, a estabilidade, recontrução nacional e o fortalecimento da sociedade civil e das instituições democráticas.O crescimento económico contínuo que Angola regista, mantém o país de entre uma das economias que mais crescem no mundo. Isso dá-nos uma grande projecção para o investimento privado.Desde o con"ito civil em 2002, Angola tem trabalhado diligentemente para consolidar as conquistas da Paz, a !m de promover a unidade nacional e a inclusão social. Dessa forma, o nosso país empreendeu importantes reformas estruturais (judiciais, reforma !scal, de descentralização dos serviços) destinados a melhorar os serviços públicos e elevar a qualidade de vida para todos os Angolanos.Hoje temos o orgulho de dizer: “Sim, Angola é um Caso de Sucesso!”

Agostinho TavaresEmbaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola nos EUA

INDEPENDENCIA

Outono-Inverno 2015 > Imbondeiro > 5

O encontro internacional preparado pelo

Governo angolano com o apoio dos governos dos Estados Unidos da América e da Itália, permitiu aprovar a denominada “Declaração de Luanda sobre Segurança Marítima e Energética”. Segundo o Ministério das Relações Exteriores angolano,o encontro possibilitou “recolher ideias e experiências” para a posterior elaboração de uma Estratégia de Segurança Marítima Nacional mais consentânea com os interesses, as oportunidades e o papel regional de Angola.“A costa marítima de África, tanto do Atlântico quanto do Índico, continua a enfrentar grandes desa!os de segurança, não obstante um número considerável de países do continente

depender muito do mar, quer como a sua principal via para levar produtos aos mercados regionais e internacionais, quer como espaço de actividade económica estratégica como a exploração petrolífera”, disse o ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti na ocasião.O governante falava num encontro com Corpo Diplomático acreditado em Angola, precisamente para apresentar os termos de referência e o programa da Conferência Internacional sobre Segurança Marítima e Energética, que teve lugar em Luanda, de 07 a 09 de Outubro de 2015.De acordo com a diplomacia angolana, a realização desta conferência foi “estrategicamente necessária” e visou “contribuir para um reforço

das iniciativas nacionais e regionais na resposta às ameaças na costa atlântica, em especial no golfo da Guiné”.“Para Angola, é fundamental a de!nição e a aplicação de uma estratégia marítima que responda efectivamente às ameaças e oportunidades contemporâneas no quadro do desenvolvimento da denominada “economia azul” disse o Ministério das Relações Exteriores.A região do golfo da Guiné é afectada por fenómenos de pirataria e de trá!co de droga, de armas e de seres humanos, sendo utilizada por grupos terroristas subsaarianos que se misturam com imigrantes ilegais para alcançar a Europa, nomeadamente através do corredor da Líbia.Mais de uma dezena de ministérios angolanos estiveram envolvidos na organização desta conferência internacional.

Por despacho presidencial, foi criada uma comissão nacional para organizar e realizar esta conferência internacional, que debateu a segurança e pirataria no golfo da Guiné, envolvendo diretamente 12 ministérios, liderada pelo ministro das Relações Exteriores.O despacho defende que para o país “é fundamental a de!nição e aplicação de uma visão e estratégia marítima que responda efectivamente às ameaças e oportunidades contemporâneas”.O Presidente da República José Eduardo dos Santos anunciou a 21 de Julho passado o interesse de Angola em acolher a conferência sobre vigilância e segurança no golfo da Guiné, região afectada por actos de pirataria e trá!co de droga, associando-se à iniciativa dos Estados Unidos da América, que previa a realização deste encontro em 2015.

Segurança Marítima e Energética discutida em Luanda no mês de Outubro

Manchetes Nacionais em Destaque

Realizou-se nos dias 8 e 9 de Outubro de 2015, no Centro de Convenções de Talatona (CCTA), em Luanda, a Conferência Internacional sobre Segurança Marítima e Energética.

Paz, Unidade Nacional e Desenvolvimento

6 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2015

Manchetes Nacionais em Destaque

Comunicado Final da Conferência Internacional sobre Segurança Marítima e Energética

A Sessão de abertura da Conferência foi

presidida por Sua Excelência, Eng° Manuel Domingos Vicente, Vice-Presidente de Angola, em representação de Sua Excelência Eng° José Eduardo dos Santos, Presidente da República de Angola, e contou com a participação de Membros do Executivo angolano, de representantes de cerca de 30 países de África, América, Europa Ásia e Oceânia, de Organizações regionais e internacionais, bem como entidades angolanas ligadas ao sistema de vigilância marítima, companhias petrolíferas e de segurança. O Ministro das Relações Exteriores, apresentou os objectivos da conferência, realçando a importância da adopção de estratégias integradas e complementares sobre a Segurança Marítima e Energética. No seu discurso de abertura, o Vice-Presidente da República, sublinhou os esforços conjugados entre os governos de Angola, Itália e o dos Estados Unidos da América na realização do evento cujo objectivo foi o reforço das iniciativas nacionais e regionais em resposta às ameaças que pairam na costa atlântica, em especial no Golfo da Guiné.

A Conferência procedeu à análise e partilha de informações e experiências sobre questões de segurança marítima e energética numa perspectiva franca e aberta envolvendo entidades dos sectores público e privado.

Os participantes destacaram os constrangimentos enfrentados pelos países ribeirinhos, nomeadamente a pesca ilegal, pirataria, terrorismo marítimo, trá!co de seres humanos, poluição ambiental, imigração ilegal, narcotrá!co, bem como o branqueamento de capitais através das fronteiras marítimas.

Os participantes reconheceram que o Golfo da Guiné representa uma área de grande interesse económico e político para o continente Africano, pelo que há necessidade de se desenvolver uma plataforma de segurança marítima, como forma de manter o desenvolvimento sustentável e o crescimento desta região.

A Conferência reconheceu o grande potencial do sector marítimo para a promoção do desenvolvimento económico, e que o respeito pela soberania nacional e integridade territorial é condição sine qua non para a protecção dos espaços marítimos e os seus recursos.A Conferência sublinhou o papel importante das companhias petrolíferas, de empresas de segurança e outros actores na assistência à gestão do sistema de segurança das plataformas e da Zona Económica Exclusiva e na protecção do ambiente marinho. A Conferência reiterou a necessidade de um engajamento coordenado de todos os actores, para se encontrar uma solução duradoira para a paz, segurança e estabilidade na região do Golfo da Guiné, como parte das sinergias indispensáveis à utilização pací!ca e sustentável dos oceanos em geral e do Atlântico sul em particular.

Neste sentido, a conferência encorajou a República de Angola a prosseguir com iniciativas do género e a liderar o processo de estabelecimento de instituições ou mecanismos funcionais, dedicados ao estudo, investigação e acompanhamento de questões relacionadas com o mar, nas suas mais diversas valências.Os participantes exprimiram o seu profundo reconhecimento a S.E José Eduardo dos Santos, Presidente da República de Angola, pela iniciativa de realização desta conferência e a criação de condições institucionais que permitiram o seu êxito, contribuindo desse modo para a abordagem global e universal da problemática de segurança marítima e energética. De igual modo, agradeceram as autoridades angolanas pelas excelentes condições técnicas e logísticas postas à sua disposição e que proporcionaram um ambiente salutar de trabalho e de convívio. A sessão terminou com a adopção da Declaração de Luanda sobre Segurança Marítima e Energética, que sintetiza as discussões havidas e traça as metas a atingir no futuro.

INDEPENDENCIA

Outono-Inverno 2015 > Imbondeiro > 7

Manchetes Nacionais em Destaque

“Gostaria de agradecer ao Presidente dos

Santos e ao Governo de Angola por acolherem a conferência sobre este assunto de grande importância. Esta é uma zona de intersecção para a segurança, a prosperidade económica e para o ambiente. Um assunto em que os interesses nacionais, regionais e globais convergem”, a!rmou.David Rodrigues discursava no segundo e último dia da Conferência Internacional sobre segurança marítima e energética. Enalteceu ainda o empenho do Executivo angolano por patrocinar o evento e reunir muitos pro!ssionais marítimos, centrados numa causa comum.O comandante da força Americana considerou a segurança marítima como um imperativo internacional que não poderia ser mais impressionante. Adiantou

na oportunidade que o desa!o colectivo é “continuarmos a trabalhar juntos como uma comunidade internacional”.“O número de países aqui reunidos, representando todos os continentes, é uma clara con!rmação de que a segurança marítima é uma prioridade internacional”. disse.A!rmou que encara a conferência, bem como o número crescente dos esforços regionais e continentais para melhorar a segurança marítima, como um marco importante, numa contínua mudança no pensamento estratégico sobre a relevância do domínio marítimo de África.“Um domínio rico em recursos e desenvolvimento potencial para a energia, comércio, transportação, alimentos e turismo”, mas também uma área de insegurança que requer atenção cuidada e respostas perspicazes.

Declarou que as nações africanas têm trabalhado em conjunto para encontrar soluções para as ameaças e desa!os que as confrontam e que a América continua a buscar formas de as assistir e apoiar.O comandante da força norte-americana para a África (AFRICOM) defendeu na Conferência Internacional sobre Segurança Marítima e Energética, uma cooperação regional bem estruturada, estratégias marítimas nacionais com os recursos apropriados e uma indústria participativa para garantir a segurança marítima e energética.

O estratega militar americano, que discursava no certame internacional sobre segurança marítima e energética, considerou fulcral a cooperação entre os Estados para a garantia da segurança nos mares e oceanos.A!rmou que os Estados Unidos, no domínio da segurança juntam-se aos africanos e ao resto do mundo por estarem intrinsecamente ligados pelos oceanos e vias marítimas de comunicação.“Partilhamos o desa!o e as oportunidades devido ao nosso denominador comum que é a dependência que temos do mar.

Comandante da AFRICOM elogia visãodo Estadista angolano pela realização da conferência sobre segurança marítima O comandante da força norte-americana para a África (AFRICOM), David Rodrigues, valorizou a iniciativa de Angola, em especial do Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, na organização da conferência Internacional sobre segurança marítima e energética, que decorreu em Luanda no mês de Outubro.

Paz, Unidade Nacional e Desenvolvimento

8 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2015

A liberdade de navegação, a segurança dos marinheiros, a protecção do ecossistema marítimo, o uso sustentável dos recursos oceânicos são princípios marítimos fundamentais e porque a segurança e a prosperidade globais são do interesse de todas as nações.Salientou o facto de todos buscarem respostas adequadas nacionais, regionais ou globais, à pirataria, ao trá!co de seres humanos, de narcóticos e de armas, aos assaltos à mão armada e sequestros, a imigração, a pesca ilegal e a poluição marítima.Valorizou o facto dos líderes africanos terem criado em Junho de 2013 o Código de Conduta Para a Prevenção e a Repressão da Pirataria, Assalto à mão Armada contra Navios e Actividades ilícita, conhecido por “Código de Yaundé”.Valorizou a preparação, o treinamento e a preparação de pro!ssionais em

segurança marítima e promover a cooperação regional e realizar com êxito as suas missões, sublinhando que “o treinamento é a linha basilar dos exercícios e das operações”.O militar considerou que a cooperação regional é mais efectiva quando procurada dentro de uma estrutura abrangente e que englobe estratégias marítimas nacionais.Falou da importância da coordenação interministerial ou entre agências como parte da estratégia de desenvolvimento, bem como uma abordagem abrangente, que deve ser utilizada para implementar

uma estratégia marítima.Disse que o Comando americano para África encontra-se pronto a assistir e apoiar iniciativas nacionais por estar comprometido com os contínuos esforços para criar um ambiente seguro no sentido de desenvolver o imenso potencial de África.De acordo com o general americano, “para explorar com sucesso o potencial do ambiente marítimo de África, as estratégias nacional e regional devem olhar para além dos esforços governamentais e militares para incorporar o papel essencial da indústria civil”.Apontou um exemplo do Ghana, onde uma parceria inovadora entre indústrias e o Governo, apoiada !nanceiramente pelo sector dos transportes marítimos, composta por uma equipa multinacional de observadores da marinha regional, acelerou o desenvolvimento de uma imagem operacional regional que prevê o

aumento de segurança do tráfego marítimo, bem como a melhoria da capacidade de resposta das forças de segurança marítima.David Rodrigues a!rmou que o Governo e a indústria precisam de comunicar efectivamente e trabalhar em conjunto para a regulação responsável com base na ciência e na tecnologia, de modo que a saúde dos oceanos e os meios de subsistência que deles provêm, sejam protegidos para as gerações futuras, em simultâneo com a maximização do seu uso corrente.“A aquicultura, o turismo marítimo, a biotecnologia marinha, a energia marítima renovável, a mineração de recursos marinhos representam um visível crescimento e potencial desenvolvimento, mas precisam ser equilibrados com a melhoria da saúde dos oceanos, das costas e dos ecossistemas”, declarou o estratega militar americano.

Manchetes Nacionais em Destaque INDEPENDENCIA

Outono-Inverno 2015 > Imbondeiro > 9

Manchetes Nacionais em Destaque

Vice-Presidente da Repúblicaabordou segurança marítima com Comandante da AFRICOM

Em declarações à imprensa, à saída

da audiência, David Rodrigues estimou que os desa!os da segurança marítima e energética no Golfo da Guiné são enormes, daí a necessidade da conjugação de esforços por todas as nações Africanas para a promoção da estabilidade nesta zona.

Enalteceu as autoridades Angolanas pela e!ciente organização da Conferência sobre a segurança marítima e energética, que decorreu na capital do país em Outubro, tendo em conta as excelentes condições de trabalho criadas.Salientou que os EUA têm estado a trabalhar com as nações africanas, incluindo Angola, para a criação

de centros de operações de segurança marítima, visando uma plataforma de segurança no continente, estabelecendo mecanismos de trabalho comum.“Trabalhamos com muitas nações africanas para a plani!cação das estratégias de segurança e estamos neste processo de compreender as necessidades de Angola e se possível, darmos a nossa contribuição”, sublinhou.

No âmbito do evento, o vice-presidente da República, Manuel Domingos Vicente, recebeu em Luanda, o comandante da força norte-americana para a África (AFRICOM), David Rodrigues, com quem abordou questões relacionadas com a Conferência Internacional sobre a Segurança Marítima e Energética.

Paz, Unidade Nacional e Desenvolvimento

10 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2015

Segundo o governante, que falava na

abertura da II edição da Conferência de Petróleo e Gás, o facto de o petróleo ser ainda o principal produto de exportação, leva o Governo a tomar medidas económicas e jurídicas para garantir a mudança da estrutura económica de forma sustentável e acelerada, com base nas políticas públicas e seus instrumentos identi!cados no Plano Nacional de Desenvolvimento 2013/2017.Para o ministro, o Ministério dos Petróleos, como órgão responsável para o fomento de conteúdo nacional do sector petrolífero, propõem-se apresentar o projecto de estratégias para a inserção e fomento do empresariado nacional, com vista a redução das importações de bens e serviços e garantir a diversi!cação da economia, bem como identi!car as fragilidades e os riscos associados à política de

produção de conteúdo local de maneira que estas sejam sustentáveis.“Aproveitamos o ensejo para informar que a problemática do conteúdo local foi tema de análise no último Conselho do Ministério, o qual resultaram um conjunto de importantes recomendações que tem estado a merecer o devido tratamento”, disse.Acrescentou que o sector petrolífero, na perspectiva de incentivar os outros ramos da economia, tem vindo a identi!car as necessidades e capacidades das empresas nacionais em fornecer

bens e serviços, criando condições para promover parcerias, impulsionando a cooperação com as operadoras e prestadoras de serviços e com empresas de outros áreas interessadas e com capacidade para participar na actividade da indústria.Adicionalmente as essas medidas, prosseguiu Botelho de Vasconcelos, competirá ao sector promover e identi!car potenciais investidores estrangeiros, contribuir na capacitação do empresariado nacional, assim como identi!car, no mercado nacional, potenciais bancos

comerciais interessados em !nanciar as empresas nacionais e incentivar a formação de quadros nas áreas de geociências e outras que suportem a indústria petrolífera.Foram identi!cadas algumas áreas de actividades para o arranque do processo de forma sustentada e experimental, aproximando o sector da agricultura e das pescas como principais fornecedores de produtos às empresas de refeições ao serviço da indústria petrolífera para além de outros segmentos prestadores de serviços.O ministro considerou o conteúdo local como instrumento para a geração de riquezas, emprego, transferências, tecnologia, investigação e desenvolvimento, fortalecimento do parque industrial e promoção da competitividade, induzindo a redução dos custos dos empreendimentos e diminuição cadenciada da dependência externa.

Economia

Sector petrolífero principal suportedo crescimento da economiaO sector petrolífero angolano tem sido, nos últimos anos, o principal suporte para o crescimento da economia nacional, com um peso interno bruto de cerca de 35% e acima de 90% nas importações, disse em Luanda, o ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos.

INDEPENDENCIA

Outono-Inverno 2015 > Imbondeiro > 11

Política

À sua chegada, ao aeroporto

internacional John F. Kennedy, o Vice-Presidente recebeu cumprimentos de boas-vindas do ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, dos embaixadores de Angola nos EUA, Agostinho Tavares, na ONU, Ismael Martins, entre outras altas entidades do Estado angolano.No quadro das actividades, Manuel Vicente participou na Cimeira sobre o Desenvolvimento Sustentável Pós-2015, e durante a qual fez

uma intervenção para apresentação dos pontos de vista de Angola sobre o tema.A Cimeira sobre o Desenvolvimento Sustentável Pós-2015 teve como objectivo eliminar a pobreza e promover a prosperidade até 2030 e, durante a mesma foi adoptada uma Agenda que corresponde a um conjunto de programas, acções e directrizes que orientarão os trabalhos da ONU e seus países membros.A 70ª Sessão da Assembleia-Geral das ONU foi rodeada de

grande expectativa pelo actual contexto mundial. Participaram no evento internacional, cerca de 160 líderes mundiais, entre Chefes de Estado e de Governo.A Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada em 1945 e é hoje a maior tribuna política internacional, tendo entre os seus fundamentais propósitos, o de trabalhar para a manutenção da Paz.Actualmente é integrada por 193 estados e tem como órgãos principais a Assembleia-Geral,

da qual fazem parte todos os membros, e o Conselho de Segurança, integrado por 15 Estados.Desde 2014, para um mandato de dois anos, Angola é membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU, eleita com uma votação expressiva e onde tem trabalhado para o desenvolvimento harmonioso das nações.Neste órgão, Angola preside os grupos de trabalho de Prevenção de Con!itos em África e Documentação e Procedimentos.

Angola participou na Assembleia-Geral da ONU

Chegada de Vice-Presidente da Repúblicaa Nova Iorque para participar na 70ª Sessão da Assembleia-Geralda Organização das Nações Unidas

Paz, Unidade Nacional e Desenvolvimento

12 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2015

A delegação angolana à 70ª Cimeira das Nações Unidas

começou a sua participação na «Cimeira dos Chefe de Estados e de Governo para adopção da Agenda de Desenvolvimento para além de 2015».Ainda no mesmo dia 25 de Setembro de 2015, Angola e o Reino da Bélgica organizaram uma «Reunião do Grupo de Amigos sobre o Trabalho Decente para o Desenvolvimento Sustentável».Na sequência da presença de Angola naquela tribuna mundial, a delegação participou na «Cimeira sobre a importância das Operações de Manutenção da Paz e, Fórum de Alto Nível sobre a Condição da Mulher».A participação de Angola nestes eventos contou com a presença dos ministros das Relações Exteriores, Georges Rebelo Pinto Chikoti; do Planeamento, Job Graça; do Ambiente, Fátima Jardim, bem como da Família e Promoção da Mulher, Filomena Delgado, respectivamente.

Reuniões de alto nívelA Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo para Adopção da Agenda de Desenvolvimento Sustentável 2030, que teve lugar de 25 a 27 de Setembro de 2015, adoptou a nova Agenda para o Desenvolvimentom Sustentável 2030.

A agenda para o Desenvolvimento Sustentavel 2030 está consubstanciada num conjunto de programas, acções e directrizes que orientarão tanto as Nações Unidas como os seus !liados, na busca do desenvolvimento sustentável nos proximos 15 anos.O projecto de documento !nal derivou de um conjunto de consultas que tiveram como base a declaração do milénio e outros relatórios de conferências organizadas pela ONU nos últimos anos, e é tida como um marco nos esforços conducentes à erradicação da fome e da pobreza e no tratamento de desa!os novos e emergentes, que poderão eventualmente surgir.O referido instrumento será de capital importância para o mundo em geral e para os PMA´s em particular, pois permitirá a estes últimos refazer as suas políticas atinentes ao desenvolvimento, tendo sempre como base o referido Acordo com vista a implementar os programas e/ou projectos de acção

e estratégias de desenvolvimento, numa perspectiva sustentável.O documento mereceu algumas reservas do continente africano, mas, em termos gerais é bem-vindo inclusivamente para Angola, já que contribui sobremaneira para os esforços angolanos em prol do desenvolvimento, visto que poderá auxiliar na implementação do PND 2013-2017, bem como poderá funcionar como base para a elaboração de futuros programas de desenvolvimento e de!nição da estratégia nacional para a graduação a País de Renda Média.

Reunião do Grupo de Amigos sobre o Trabalho Decente para o Desenvolvimento SustentávelEste evento teve lugar no dia 25 de Setembro, com organização conjunta de Angola e do Reino da Bélgica, pelo facto destes Estados serem co-presidentes do Grupo de amigos sobre o trabalho decente. No decurso deste fórum de alto nível, avaliou-se o progresso alcançado pelos Estados membros no cumprimento dos objectivos sobre o trabalho decente, realizados no contexto do desenvolvimento sustentável.Assim, tendo em atenção os esforços que o Governo de Angola

Política

O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, integrou a delegação do Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, que participou na 70ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, que decorreu em Nova Iorque, EUA.

INDEPENDENCIA

Outono-Inverno 2015 > Imbondeiro > 13

Política

empreende na diversi!cação da economia e concomitantemente na criação de novos empregos, a referida reunião foi de carácter valioso para o país, pois permitiu a troca de experiências com outros países, que poderão contribuir para o alavancar das políticas nacionais referentes ao sector do Emprego e Segurança Social.

Reunião de Líderes Globais sobre Igualdade de Género e condição da MulherA reunião que foi co-presidida pela República da China e a ONU-Mulher, teve lugar no dia 27 de Setembro com o objectivo de angariar apoios, consensos e um compromisso político renovado,

ao mais alto nível possível, para a plena implementação da Declaração e Plataforma de Acção de Beijing, fortalecer os mecanismos para a realização dos objectivos sobre a igualdade de género e metas na agenda de desenvolvimento sustentavel 2030 e os objectivos de Desenvolvimento Sustentável.O evento estabeleceu ainda compromissos novos e concretos, bem como contribuições !nanceiras dos Estados-Membros para eliminar a desigualdade de género e a discriminação contra as mulheres

em conformidade com a iniciativa da ONU-Mulher: “Planeta 50-50 até 2030: intensi!car-se para a igualdade de género”.Angola vai juntar-se à mobilização internacional para a criação de sinergias entre os Estados com vista à promoção da igualdade e equidade de género, bem como empoderamento da mulher a todos os níveis.Angola é um dos 50 países que aceitaram ser monitorados no contexto da Agenda de desenvolvimento pós-2015 e, por este motivo participou activamente na de!nição das suas prioridades de desenvolvimento num processo de consultas levado a cabo no país com a colaboração das Nações Unidas e nos parâmetros de!nidos por esta organização.

Participaram no certame internacional

Chefes de Estado e de Governo dos 193 países-membros da Organização.Antes do debate geral deste ano, foi realizada a cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável 2015, entre os dias 25 e 27 de Setembro, na sede da Organização, em Nova Iorque, EUA.

Durante a cúpula, foi adoptada a Agenda 2030 e os Objectivos

de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) – um conjunto de 17 metas

para promover a acção da comunidade internacional e dos governos nacionais com o objectivo de alcançar a prosperidade e o bem-estar de todos até 2030.Fundada em 1945 sob a Carta das Nações Unidas, a Assembleia Geral ocupa uma posição privilegiada como o centro deliberativo, formulador de políticas e órgão representante da ONU.

O vice-presidente da República, Manuel Domingos Vicente, liderou a delegação Angolana à 70ª Sessão Anual da Assembleia-Geral das Nações Unidas, que decorreu de 25 de Setembro a 2 de Outubro en Nova Iorque em representação do Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos.

Paz, Unidade Nacional e Desenvolvimento

14 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2015

Senhor Presidente da 70ª. Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas,Senhores Presidentes e Chefes de Governo,Senhor Secretário-Geral das Nações Unidas,Minhas Senhoras e Meus Senhores.

Começo por felicitar, em nome do Presidente da República de Angola José Eduardo dos Santos, Sua Excelência Mogens Lykketoft pela sua eleição à presidência desta 70ª. Sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas. Felicito igualmente Sua Excelência Sam Kutesa, Presidente da 69ª. Sessão pela forma como conduziu os trabalhos da anterior sessão da Assembleia Geral, assim como o Secretário-geral das Nações Unidas pelo seu contínuo empenho na procura de soluções para as complexas questões que a"igem a comunidade internacional. Senhor Presidente,Na Conferência de São Francisco, na altura pretendia-se, construir um mundo fundado no Direito Internacional e na procura de soluções

pací!cas aos diferendos internacionais. Setenta anos decorridos, registamos progressos e retrocessos: a descolonização foi uma notável evolução re"ectida no número de países que constituem hoje a família das Nações Unidas. No entanto, não teve sucesso no que diz respeito a segurança colectiva, questão que esteve na origem da criação das Nações Unidas e permanece no centro das suas preocupações.Impõe-se uma re"exão conjunta sobre o papel e o futuro das Nações Unidas. Necessitamos de uma organização capaz de promover a paz e segurança internacional, de agir com celeridade e e!cácia em situações de con"icto e dar resposta aos desa!os actuais e emergentes. Sr. Presidente,Ao adoptar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, os Estados Membros e as Nações Unidas reiteram como prioridades absolutas a erradicação da pobreza e da fome; a promoção do desenvolvimento

social e económico; a protecção dos direitos de todos, a igualdade de género, empoderamento das mulheres; tratar das questões relativas ao meio ambiente; acesso a serviços de qualidade; e atenção especial aos grupos vulneráveis.A Agenda 2030 rea!rma o preceito emanado da Conferência Rio +20 de que é possível promover um desenvolvimento sustentável global e estabelece metas universais que evidenciam a necessidade de cooperação entre os povos e um caminho comum para a humanidade. Ela impõe uma parceria global e assumpção de compromisso de todos em relação as consequências nefastas das alterações climáticas, com a erradição da pobreza e da miséria e a criação de oportunidades para todos.Reitero, o compromisso de Angola em adoptar medidas adequadas que fortaleçam a agenda de desenvolvimento desta organização.Nos próximos tempos, as Nações Unidas, estarão

igualmente empenhadas, na avaliação de três processos de crucial importância: Mulher, paz e segurança; Operações de manutenção de paz; e a Arquitectura da consolidação da paz.Distintos Delegados,Conforme acima enunciei, o ideal que presidiu à criação da Organização das Nações Unidas, há 70 anos de preservar as gerações vindouras do "agelo da guerra, continua por se concretizar. Os povos de todo o mundo esperam que os líderes das 193 nações aqui representadas se unam num esforço colectivo para encontrar soluções apropriadas aos graves e múltiplos desa!os que a população mundial enfrenta.Ao assinalarmos este aniversário temos presente o papel e responsabilidades da Organização das Nações Unidas, enquanto fórum privilegiado na busca de soluções para os problemas internacionais, na preservação da paz, no reforço da segurança colectiva e renuncia ao uso da forca nas relações

Política

Íntegra do Discurso de S.E. Manuel Domingos Vicente, Vice-Presidente da República de Angola durante o Debate Geral da 70ª. Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas

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internacionais, no respeito pela soberania dos Estados, na defesa e promoção dos Direitos Humanos e na rea!rmação do primado do direito como princípios fundamentais do sistema internacional.Esta ocasião deveria constituir incentivo adicional para acelerar reformas visando a revitalização do sistema das Nações Unidas, em particular do Conselho de Segurança, através do alargamento do número dos seus membros permanentes e não permanentes, tornando este órgão mais representativo e melhor apetrechado para dar resposta aos desa!os e oportunidades que o Mundo enfrenta. Angola reitera o direito do continente africano a estar representado entre os membros permanentes do Conselho de Segurança.O deslocamento forçado de milhares de seres humanos espelha uma realidade confrangedora e um quadro degradante,

ofensivo da dignidade humana, que exige resposta imediata e abrangente por parte da comunidade internacional. Senhor Presidente,Angola irá celebrar, no próximo mês de Novembro, o Quadragésimo Aniversario da Independência Nacional, num ambiente de paz, tolerância e de reconciliação, corolário da vontade dos angolanos em trabalharem juntos para alcançar níveis mais elevados de crescimento económico e de maior inclusão social, de progresso e bem-estar para todos, num país mais democrático, próspero e moderno.O Governo de Angola, apesar da conjuntura mundial adversa, continua empenhado no crescimento sustentado do país. Para o efeito, procede à implementação do seu Plano Nacional de Desenvolvimento visando reabilitar e modernizar as infraestruturas económicas e sociais, promover o

investimento público e privado e intensi!car a formação, quali!cação e gestão adequada dos recursos humanos.Distintos delegados,O incremento das actividades terroristas, perpetradas por grupos extremistas em África e, noutras regiões do mundo, constitue um sério problema de segurança e torna imperiosa uma coligação mundial para combater tal "agelo.A criação da Task Force da Bacia dos Países do Lago Chade e Benim é um exemplo de resposta colectiva que merece o necessário respaldo da comunidade internacional, visando extirpar do continente africano o "agelo terrorista que tem causado indizível sofrimento aos povos por ele afectados. A situação na República Centro Africana permanece um desa!o, do ponto de vista da estabilidade política, económico-social e de segurança interna. Angola apoia os

esforços do governo de transição visando repôr a administração pública, e reestruturar as instituições do Estado e encoraja todas as partes a respeitarem os compromissos assumidos no Fórum de Bangui, como pressuposto fundamental para a realização de um processo eleitoral inclusivo, pací!co e transparente.Saudamos o recente compromisso obtido entre o Governo do Sudão do Sul e a oposição armada, sob mediação da IGAD e de outros parceiros internacionais, com vista à resolução da crise que assola o país. Encorajamos as partes signatárias do Acordo a honrarem os seus compromissos e a comunidade internacional a manter o seu apoio ao processo de Paz. Na Guiné Bissau, ultrapassada a crise institucional, os recentes desenvolvimentos políticos mantêm a expectativa no processo virtuoso de crescimento económico e de estabilização política e social. Apelamos a

PolíticaPaz, Unidade Nacional e Desenvolvimento

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todos os actores políticos e sociais guineenses ao máximo sentido de responsabilidade, e à comunidade internacional a prosseguir o apoio que a Conferência de doadores de Bruxelas consagrou. A questão do Sahara Ocidental continua a preocupar-nos, considerando a necessidade do exercício, pelo povo Saraoui, do seu direito à autodeterminação. Apelamos às partes a prosseguirem as negociações e encontrarem uma solução mutuamente aceitável no quadro dos princípios da Carta das Nações Unidas e pertinentes resoluções do Conselho de Segurança. Preocupa-nos o status quo que prevalece no processo de uma solução para o con"ito Israelo-Palestiniano. Defendemos o reatamento de negociações conducentes a uma solução pací!ca e duradoura, baseada em dois Estados, vivendo lado a lado em Paz e segurança.Os con"itos na Líbia, na Síria e no Iraque, exigem uma rápida resolução face às graves consequências humanitárias deles resultantes. As causas desses con"itos residem em violações graves de direitos fundamentais dos povos desses países, e em ingerências externas que se revelaram desastrosas com as tentativas ou mudanças

de regime, e a imposição arti!cial da democracia, a partir de fora, um logro total de trágicas consequências.Angola saúda vivamente o Acordo concluído entre as seis (6) potências e a União Europeia com a República Islâmica do Irão sobre o programa nuclear iraniano. Tal desenvolvimento é a evidência de que, qualquer controvérsia, por mais difícil e complexa, pode ter soluções políticas. Isso é particularmente notável, tratando-se de uma região em que a diplomacia tem sido, nos últimos decénios, sistematicamente preterida. Angola acompanha com grande interesse, e saúda a normalização das relações diplomáticas entre os Estados Unidos de América e Cuba. Entretanto, Angola reitera a necessidade do !m do embargo económico, comercial e !nanceiro imposto a Cuba, que limita o direito do povo cubano ao desenvolvimento e é contrário aos princípios e regras do Direito internacional.Senhor Presidente,Ilustres delegados,A República de Angola detém actualmente a presidência da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, e tem-se empenhado na procura de soluções aos problemas que afectam a região, tanto no quadro

bilateral como multilateral, bem assim como no âmbito do Conselho de Segurança das Nações Unidas e do Conselho de Paz e Segurança da União Africana. Neste contexto, rea!rmamos a nossa determinação para continuar a apoiar e a promover o diálogo, a paz, segurança e estabilidade, na África Central e no conjunto da Região dos Grandes Lagos.Ciente das suas responsabilidades, num contexto internacional cada vez mais "uido e complexo, e dos desa!os de segurança que os Estados ribeirinhos do Golfo da Guine enfrentam, o Governo angolano, com o apoio dos Estados Unidos da América (EUA) e da Itália, irá realizar nos próximos dias em Luanda, uma Conferência Internacional sobre Segurança Marítima e Energética, com vista a contribuir para uma resposta às ameaças do terrorismo e da pirataria no Golfo da Guiné.Senhor Presidente,As Alterações Climáticas são um dos maiores desa!os que enfrenta a humanidade. Por essa razão, a adopção de um Protocolo que irá reger a Acção Global de protecção do Sistema Climático, durante a 21a Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações

Climáticas, reveste-se de capital importância. Deste acordo, deverá constar um compromisso de limitar o aumento da temperatura média do planeta a 1.5 graus centigrados até ao !nal do século. De igual modo, o Novo Acordo terá de incorporar modelos de partilha das ferramentas viabilizadoras da protecção do direito ao desenvolvimento e fortalecimento da capacidade de resiliência nos países em vias de desenvolvimento. Senhor Presidente,A terminar, desejo rea!rmar a importância que o meu país concede ao papel do multilateralismo na resolução dos problemas globais, de acordo com uma lógica de responsabilidades e benefícios partilhados, no reconhecimento dos legítimos interesses de todos, e na concertação para soluções realistas e ousadas.Apelamos a todos os Estados membros a renovarem a con!ança nas Nações Unidas para o reforço do diálogo internacional como elemento chave da cultura da paz, do respeito pela diferença entre povos e da prevenção de con"itos, fundamentos do progresso e do desenvolvimento a que todos os povos do mundo têm direito.Muito obrigado pela atenção.

Política INDEPENDENCIA

Outono-Inverno 2015 > Imbondeiro > 17

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Biogra"a

O Embaixador Agostinho Tavares da Silva

Neto apresentou as Suas credenciais ao Presidente Barack Obama na Casa Branca, em Washington, D.C., aos 18 de Novembro de 2014, tornando-se o quinto Embaixador de Angola nos EUA.O Embaixador Agostinho Tavares da Silva Neto ingressou no Ministério das Relações Exteriores de Angola em Março de 1977 na Direcção dos Assuntos Económicos e Cooperação. Posteriormente, a Direcção dos Assuntos Económicos e Cooperação tornou-se Secretaria de Estado para a Cooperação em 1978

e assumiu a liderança do Departamento de Recursos Humanos.Antes de ser nomeado Embaixador de Angola nos EUA, Agostinho Tavares da Silva Neto, serviu como:

Adido Administrativo na Embaixada da República de Angola no Reino de Espanha, Madrid

Terceiro Secretário na Embaixada da República de Angola na Índia, Nova Deli

Chefe de Departamento da Direcção Ásia e Oceania do Ministério das Relações Exteriores de Angola

Primeiro Secretário da Embaixada da República de Angola para a República Federativa do Brasil, Brasília

Conselheiro na Embaixada da República de Angola para a República Federativa do Brasil, Brasília

Chefe da Ásia e Oceania Departamento de Cooperação Bilateral do Ministério das Relações Exteriores Angola (2007-2010). Foi promovido a Ministro Conselheiro em Junho de 2011

Desempenhou as funções de Embaixador da República de Angola no Canadá (2011-2014)

O Embaixador Agostinho Tavares da Silva Neto nasceu em Luanda aos 16 de Janeiro de 1954, possui uma Licenciatura em Relações

Internacionais pelo Centro Universitário de Brasília, Brasil. É membro de carreira do Ministério das Relações Exteriores de Angola e foi nomeado em 24 de Agosto de 2014 pelo Presidente José Eduardo dos Santos para liderar a missão diplomática em Washington, D.C., com o objectivo principal de melhorar as relações entre Angola e os EUA. Antes desta nomeação, serviu como Embaixador de Angola no Canadá (2011- 2014).O Embaixador Agostinho Tavares da Silva Neto, é casado com a Sra. Prudência de Sousa Carneiro da Silva e tem cinco !lhos. É "uente em Português, Inglês e Espanhol.

Agostinho Tavares da Silva Neto, é o novo Embaixador Extraordinário e Potenciário da República de Angola nos Estados Unidos da América

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18 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2015

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Actividade Diplomática em Retrospectiva18 de Novembro de 2014

Cumprimentos de boas-vindas a S.E. Sr. Embaixador e FamíliaInstalações da Embaixada de Angola em Washington, D.C.

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Outono-Inverno 2015 > Imbondeiro > 19

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Nos referidos encontros, com os representantes das diferentes Associações comunitárias o Diplomata

angolano tem apelado ao senso de responsabilidade que deve nortear todas as acções dos cidadãos angolanos, a residir fora do país, manifestando o seu desejo de manter contactos regulares com a comunidade residente nos EUA a !m de informar sobre as acções do Executivo e estar

ao corrente das possíveis di!culdades que enfrentam no sentido de prestar a sua assistência, sempre que necessário.Já esteve em New Jersey, Los Angeles, Estado americano da Califórnia, Phoenix, Arizona, Miami, Jacksonville e Orlando na Florida, e igualmente na Philadelphia, Estado da Pennsylvania.

Actividade Diplomática em Retrospectiva

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Encontros com a comunidade residente nos EUAApós Newark, Estado americano de New Jersey e Houston, Texas, desde que assumiu

as suas funções em Washington, D.C., Agostinho Tavares tem mantido encontros alargados renovados com a comunidade Angolana residente nos EUA para rea!rmar que tanto a embaixada como os consulados gerais têm a missão de ir ao encontro

da nossa comunidade e providenciar o seu apoio sempre que necessário.

Fevereiro de 2015

Visita a New Jersey13 Anos da Paz em Angola

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Outono-Inverno 2015 > Imbondeiro > 21

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O embaixador de Angola nos Estados Unidos

da América, Agostinho Tavares, visitou a cidade de Los Angeles, Estado da Califórnia na sequência dos encontros que tem estabelecido com a comunidade Angolana residente nos EUA e os parceiros americanos.De acordo com o programa da visita em Los Angeles, o diplomata Angolano, visitou na manhã do dia 3 de Abril, as instalações do Consulado Geral de Angola naquela cidade, onde recebeu informações pormenorizadas sobre o seu funcionamento.

De seguida o Embaixador de Angola nos EUA, partiu para a cidade de Phoenix, Arizona onde participou num Seminário de Negócios.

Abril de 2015

Visitas a Los Angeles - Califórnia& Phoenix-Arizona

Embaixador nos EUA celebra o Dia da Paz com a comunidade residente em Phoenix e participa em seminário de negócios para promoção de investimento

No certame, participaram representantes do Governo federal e local, empresários americanos e angolanos que se deslocaram aos EUA, para o efeito.

“Angola hoje está a desfrutar de paz, estabilidade e consolidação da sociedade civil e das instituições democráticas. O nosso país tem levado a cabo reformas estruturais, judiciais e !scais com vista à descentralização dos serviços para melhorar a qualidade de vida de todos os angolanos”, disse o dipomata angolano, enfatizando que Angola está aberta ao investimento estrangeiro e empenhada em diversi!car a sua actividade produtiva e económica, para além do petróleo e gás.

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22 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2015

Actividade Diplomática em Retrospectiva

Quanto à relação bilateral Angola-EUA, Agostinho Tavares fez menção na sua intervenção proferida na abertura do Seminário de Negócios, ao envolvimento de ambos os países num diálogo formal de parceria estratégica, que trabalha activamente para o aumento do comércio bilateral e do investimento, implementar o acordo quadro de comércio e investimento (TIFA) e prosseguir a transferência de tecnologia e iniciativas de saúde.O diplomata encorajou os homens de negócios de Phoenix, a investir em Angola com o seu Know-how e experiência dado o ambiente propício de negócios e as excelentes oportunidades de investimento que o

nosso país apresenta.No local, o diplomata Angolano, apresentou cumprimentos de cortesia a Christine K. Wilkinson, vice-presidente sénior da Universidade do Estado de Arizona, e a Hank Marshall, director para o desensolvimento económico da cidade de Phoenix.

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Ainda em Phoenix, o embaixador Angolano nos EUA, Agostinho Tavares, celebrou o décimo terceiro aniversário do Dia da Paz e Reconciliação Nacional, com a comunidade Angolana residente naquela região, numa actividade de confraternização organizada pelo consulado geral em Los Angeles, onde estiveram presentes representantes da associação comunitária e dos estudantes angolanos.A comunidade residente no Estado americano de Arizona, é composta por cerca de 200 imigrantes Angolanos, divididos entre as cidades de Phoenix e Tucson. Além disso, existem cerca de 100

estudantes angolanos a frequentar faculdades e universidades nesse Estado, incluindo a Universidade Estatal de Arizona e o Pima Community College.Phoenix, a capital do Estado mais populoso dos Estados Unidos, na costa oeste, é a sexta cidade com a maior densidade populacional em todo o país e um importante pólo de serviços da região, conhecida pela grande expansão da sua actividade industrial que faz dela um pólo de concentração, especialmente nos sectores da agricultura, alta tecnologia e indústria aero-espacial. A área metropolitana de Phoenix, é a 13º maior do país.

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Outono-Inverno 2015 > Imbondeiro > 23

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Agostinho Tavares, fez-se acompanhar nesta sua deslocação a Los Angeles e Phoenix, a

última no quadro dos primeiros contactos com a comunidade Angolana residente nos EUA, de

Martinho Codo, Cônsul Geral de Angola em Los Angeles, Califórnia, Eduardo Neto, Adido de Defesa na

chancelaria militar junto à embaixada de Angola nos EUA e de membros do seu seu sta#.

Maio 2015

Visita a Houston

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Neste primeiro encontro, os dois

interlocutores analisaram a contribuição da Chevron no processo de desenvolvimento em curso no país, desde o início da sua actividade em Angola há 60 anos, 25 dos quais pós-independência, que juntamente com a CABGOC e os parceiros do Blocos 0 e 14 investiram mais de USD 210 milhões no desenvolvimento social e comunitário nas 18 províncias angolanas.

“A Chevron para nós é um parceiro que tem igualmente jogado um importante papel também na divulgação da imagem positiva que queremos transmitir sobre a Nova Angola aos parceiros americanos seja à administração,

senado, congresso, ONGs e à sociedade americana em geral. Passámos em revista alguns dossiers concernentes às operações da companhia em Angola, sobretudo os projectos sociais que estão a ser implementados”, disse na ocasião o embaixador Agostinho Tavares.Por sua vez, Ali Moushiri enfatizou que o encontro foi bastante produtivo, ao serem abordadas questões de interesse comum, como a maneira como podem trabalhar juntos para melhor expandir os interesses económicos entre Angola e os EUA.Referindo-se particularmente ao

envolvimento da companhia em iniciativas sociais em Angola, o vice-presidente da Chevron para África e América Latina informou que a petrolífera americana e a Sonangol, nos últimos 10 anos investiram cerca de 200 milhões de dólares em projectos sociais em Angola, nomedamente nos domínios da saúde, educação, crescimento económico e meio ambiente. “A maior e a mais recente iniciativa foi o programa de combate ás células falciformes, uma iniciativa da Sra. Primeira-Dama de Angola, Ana Paula dos Santos, que tem como objectivo o teste de diagnóstico e tratamento preventivo das crianças com células falciformes.No âmbito do projecto que conta com a colaboração do Texas Childrens

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Embaixador angolano encontrou-se em Houston com Presidente da Chevron

O embaixador de Angola nos EUA, Agostinho Tavares, foi recebido em audiência, aquando da sua visita a Houston, Texas, por Ali Moshiri, Presidente da Chevron

para África e a América Latina, na sede da companhia, à margem da participação do diplomata angolano na edição 2015 da Conferência de Tecnologia O"shore (OTC),

que decorreu naquela cidade.

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Outono-Inverno 2015 > Imbondeiro > 25

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Hospital, com sede em Houston, cerca de 11.000 mil crianças já foram testadas e 3.000 mil já tratadas”, disse Ali Moshiri.Esta iniciativa é um exemplo de sucesso entre uma parceria

público-privada que a Chevron ajudou a estabelecer em Angola.A delegação angolana que representou o país na Conferência de Tecnologia O#shore em Houston participou igualmente no

Simpósio de Negócios organizado pelo Consulado Geral em Houston e no Fórum de Petróleo e Gás organizado pela Câmara de Comércio EUA-Angola, que contou com a presença de empresários Angolanos.

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26 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2015

O Embaixador de Angola nos EUA, Agostinho

Tavares, visitou de 6 a 7 de Maio de 2015, o porto da cidade de New Orleans, Estado americano de Louisiana tendo no local constatado a sua importância estratégica.A visita do diplomata angolano a New Orleans, enquadrou-se no âmbito das actividades programadas pela Câmara de Comércio EUA-Angola, à margem da Conferência anual de Tecnologia O#shore (OTC), que decorreu na cidade de Houston, Texas de 4 a 8 de Maio.Durante a sua curta estadia Agostinho Tavares assistiu

a uma sessão especial do Conselho Executivo da cidade de New Orleans, na qual os seus membros que representam os vários distritos da cidade homenagearam a República de Angola, pelo seu quadragésimo aniversário a ser celebrado no dia 11 de Novembro de 2015.A cerimónia foi seguida de um tour ao rio Mississippi, de uma visita ao porto de New Orleans bem como a pontos de interesse na cidade.Um dos maiores dos EUA e o único de águas profundas no país, o porto de New Orleans, Estado de Louisiana, movimenta cerca de 62 milhões de toneladas de carga por ano, além de cerca de 50 mil barcaças e 700 mil passageiros de cruzeiros devido ao potencial turístico e

cultural da cidade.Angola e Nova Orleans compartilham diversas áreas de interesse mútuo nomeadamente os sectores de petróleos, educação e cultura. De realçar que New Orleans é a cidade an!triã no mundo que reconheceu instituições educacionais, incluindo três universidades historicamente negras.Os seus programas incluem os cursos de engenharia de petróleos, medicina e farmácia, bem como agronomia.Na cidade de New Orleans, considerada a capital de indústria o#shore nos

EUA, estão sedeados os escritórios das maiores companhias de petróleo e prestadores de serviços que operam no Golfo de águas profundas do México, e em outros territórios marítimos internacionais.Na ocasião, o diplomata angolano agradeceu o gesto, e enfatizou que no âmbito da cooperação bilateral entre Angola e os EUA, mais propriamente no domínio dos transportes, muito pode ser feito em termos de partilha de conhecimentos tendo citado como exemplo o porto de New Orleans.

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Visita a New Orleans, LouisianaEmbaixador nos EUA constata importância estratégica do porto de New Orleans

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25 de Maio de 2015

Dia de África celebrado em Washington, D.C.

Embaixador Agostinho Tavares e Reverendo Jesse Jackson

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28 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2015

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Junho 2015

Visita a Miami

Visita a Jacksonville

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Outono-Inverno 2015 > Imbondeiro > 29

A comunidade Angolana residente

em Philadelphia, recebeu o embaixador de Angola nos EUA, Agostinho Tavares, sábado, dia 12 de Setembro de 2015, num evento organizado pelo Consulado Geral em Nova Iorque em colaboração com a Associação comunitária.O embaixador de Angola nos EUA, ressaltou a importância do conhecimento da história do nosso país. Enfatizou a celebração do 17 de

Setembro, Dia do Herói Nacional.Na ocasião, o diplomata Angolano agradeceu o gesto, informando os presentes sobre os últimos desenvolvimentos em curso no país, reiterando o apoio das instituições governamentais à

comunidade residente nos EUA, mais propriamente na cidade da Philadelphia, Estado Americano da Pennsylvania, através da Embaixada em Washington, D.C. e do Consulado Geral de Angola em Nova Iorque.Na ocasião um representante da

Associação comunitária, manifestou o seu regozijo pela presença de tão ilustre visitante. O diplomata Angolano ofereceu à Associação Comunitária algumas obras literárias de escritores angolanos e vídeos sobre as mais recentes acções do Executivo, para que mesmo longe a comunidade residente possa seguir o que se passa no país.O momento cultural da actividade contou com a presença do tenor internacional angolano Nelson Hebo.

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Com a comunidade residentena zona metropolitana de Washington, D.C.

Setembro 2015

Visita a PhiladelphiaDiplomata Angolano recebido calorosamente na Philadelphia

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30 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2015

Após ter visitado as instalações da Embaixada de Angola em

Washington D.C., a embaixadora americana em Angola participou num encontro presidido pelo diplomata angolano que contou com a presença dos cônsules-gerais nos EUA, nomeadamente Adão Pinto (Nova Iorque), Júlia Machado (Houston) e Martinho Codo (Los Angeles), coronel Eduardo Neto, adido de Defesa na chancelaria militar junto à Embaixada, bem como diplomatas seniores da missão diplomática e consulados gerais.

A embaixadora dos Estados Unidos em Angola, Helen La Lime, reconheceu a importância do papel e apoio que Angola está a prestar

às Nações Unidas, no âmbito da paci!cação da Região dos Grandes Lagos e da República Centro-Africana, e a consequente disponibilização de forças para a manutenção da paz

naquele país, tendo a diplomata americana considerado que Angola continua a ocupar a liderança em questões de segurança na região.Durante o encontro, os dois homólogos passaram igualmente em revista aspectos relacionados com os esforços e a contribuição do país para a paci!cação na RD Congo. Angola anunciou em Setembro de 2014 a sua disponibilidade em enviar para a República Centro-Africana uma força de cerca de dois mil efectivos.A diplomata mencionou o reconhecimento do enviado especial dos Estados Unidos para a Região dos Grandes Lagos, Russell Feingold,

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Embaixador nos EUA e diplomata Americana analisaram cooperação bilateral

O embaixador de Angola nos Estados Unidos da América, Agostinho Tavares, recebeu no início do mês de Abril do corrente ano, a sua homóloga norte-americana Helen

Meagher La Lime, com quem passou em revista aspectos ligados à cooperação bilateral, no âmbito da parceria estratégica existente entre Angola e os EUA.

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Outono-Inverno 2015 > Imbondeiro > 31

pelo “trabalho excepcional” de Angola na solução da crise política e militar da Região dos Grandes Lagos, com principal incidência na RD Congo e destacou também a participação de Angola nos exercícios do Golfo da Guiné para corresponder à vontade dos Chefes de Estado e Governo de garantir no mar e terra a segurança para todos os utilizadores.

No encontro foram igualmente abordados aspectos ligados a outras àreas do díalogo estratégico entre os dois países, nomeadamente nos domínios consular, agrícola, comercial, da saúde, energia e diversificação da economia do nosso país.

No que diz respeito ao sector do comércio, ambos analisaram assuntos relacionados com a Lei para o Crescimento e Oportunidade de África (AGOA) e concordaram que os Estados Unidos devem alargar o intercâmbio comercial com Angola, além deste instrumento, de modo a abranger o desenvolvimento do sector privado, pondo em contacto pequenas e médias empresas nos dois países.“Não se consegue desenvolver uma economia e um país estável sem uma classe média forte, signi!cativa. É preciso ter esta base tributária. Também não se consegue desenvolver uma base tributária se não houver emprego e negócios que possibilitem isso. Assim, o desenvolvimento de um sector privado viável é da maior importância”, a!rmou a embaixadora dos EUA em Angola, referindo que contactos permamentes têm sido mantidos com o Ministério do Comércio angolano ao mais alto nível.

Helen La Lime manifestou a sua satisfação pela revisão que o Executivo angolano fez ao OGE/2015 para ajustar a política !scal às novas perspectivas de programação

macro-económica, fundamentando-se nos mais recentes desenvolvimentos de enquadramento internacional, sobretudo a baixa do preço do petróleo.Agostinho Tavares considerou muito importante o envolvimento dos parceiros americanos na formação e capacitação de quadros angolanos, no sector agrícola, pois os EUA estão interessados na parceria estratégica em promover a troca de experiências entre estabelecimentos de ensino superior de ambos os países, o que vai criar emprego.A diplomata norte-americana entregou as cartas credenciais ao Presidente José Eduardo dos Santos, a 18 de Julho de 2014. Antes, exerceu a função de directora no Comando Militar dos Estados Unidos para África em Estugarda, Alemanha, onde trabalhou em programas de cooperação militar dos Estados Unidos para África. Helen Meagher La Lime foi con!rmada pelo Senado americano como embaixadora dos Estados Unidos para Angola em Maio de 2014.

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Júlia Machado, Cônsul Geral em Houston, Texas

Cônsules Gerais em Nova Iorque e Los Angeles, Adão Pinto e Martinho Codo

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32 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2015

No evento estiveram presentes a Cônsul

Geral de Angola em Houston, Júlia Machado, Diplomatas angolanos, empresários americanos, parceiros e amigos de Angola.Na sua intervenção Agostinho Tavares falou sobre os resultados da conquista da independência, da cooperação bilateral existente entre os dois países e encorajou a Associação de Geminação das Cidades de Houston-Luanda a continuar a trabalhar em prol do reforço das relações de ambas as cidades.

“Quarenta anos de Independência não é muito tempo na vida de um país, mas os 40 anos da independência de Angola são uma marca de sucesso que, apesar de todos os constrangimentos, nós, todos os Angolanos se podem orgulhar”, disse o diplomata Angolano ao falar sobre a efeméride maior do nosso país.”O embaixador nos EUA foi distinguido no encontro

com um diploma da cidade de Houston, pelo seu trabalho.No dia anterior, 19 de Outubro, Agostinho Tavares recebeu informações do responsável da Associação, sobre o seu funcionamento, que aproveitou a ocasião para fazer a apresentação do seu corpo directivo.A Associação de Geminação Houston – Luanda (HLSCA), é uma organização sem !ns lucrativos, criada no quadro dos acordos assinados pelas cidades de Luanda e Houston em Setembro de 2003, com o objectivo de conduzir a promoção e o fortalecimento da cooperação económica,

cultural, e educação entre as diferentes instituições e residentes das duas cidades.Tem ainda como objectivo a partilha de experiências no desenvolvimento de projectos sociais e económicos, congregando distintas entidades públicas e privadas encarregues de mobilizar apoios e estabelecer parcerias para o desenvolvimento da cidade capital do nosso país.

Embaixador nos EUA, mantém encontro com Associação de Geminação das cidades de Houston-Luanda

O embaixador de Angola nos EUA, Agostinho Tavares, participou no mês de Outubro de 2015, em Houston, num encontro de trabalho a convite da Associação

de Geminação Houston-Luanda (HLSCA), no âmbito das celebrações alusivas ao 40º aniversário da Independência Nacional.

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Outono-Inverno 2015 > Imbondeiro > 33

O país ganhou experiência e

destaca-se na região e no mundo como um importante elemento para a Paz e estabilidade mundial. Este reconhecimento explica,

também, a eleição com quase unanimidade como membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para os próximos dois anos, repetindo o feito de 2002 e 2003, altura em que o

país tinha acabado de concluir com sucesso e sem intervenção externa, o processo de paz que colocou !m a vários anos de con"ito armado.A independência foi o culminar de um processo

que começou com a luta de libertação nacional iniciada a 4 de Fevereiro de 1961, tendo o MPLA, como principal interveniente, na voz do seu Presidente, António Agostinho Neto, proclamado ao mundo

AngolaIndependência

Paz NacionalUnidade e Desenvolvimento

Angola 40 Anos

Angola tem 40 Anos de Idade

Em 11 de Novembro de 1975, Angola torna-se independente de Portugal. O cenário para a independência se desenvolveu meses após a derrubada da ditadura em Portugal pela Revolução dos Cravos em 25 de Abril de 1974, quando se abriram perspectivas históricas imediatas para a independência de Angola, uma das colónias

portuguesas na África Austral.

Paz, Unidade Nacional e Desenvolvimento

34 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2015

a independência de Angola, até então uma das colónias portuguesas em África. Alcançada a independência, o país mobilizou-se para pôr em funcionamento toda a máquina produtiva, saqueada com a retirada precipitada dos colonos. É lançada uma campanha massiva para a formação de quadros no país e no exterior. O país veio a conhecer um grande revés: a morte do Presidente António Agostinho Neto a apenas quatro anos após a Independência Nacional, em Setembro de 1979. Ao mesmo tempo, o país sofre a agressão de tropas invasoras no Norte e no Sul. José Eduardo dos Santos, então ministro do Plano, assumia a Presidência, no mesmo ano. De 1986 a 1992, o Presidente José Eduardo dos Santos empenhou-se na paci!cação do país e na região, que culminou com a retirada das tropas invasoras sul-africanas, o repatriamento do contingente cubano e a independência da Namíbia. O Presidente José Eduardo dos Santos lançou as pontes para uma solução negociada, dinamizou a abertura ao pluralismo político e à economia de mercado e organizou

eleições democráticas multipartidárias em Setembro de 1992 sob supervisão internacional, que o MPLA venceu com maioria absoluta. Na grave crise que se seguiu, provocada pela recusa da UNITA em aceitar o veredicto da ONU de que as eleições foram livres e justas, o Presidente José Eduardo dos Santos dirigiu pessoalmente a intensa actividade diplomática que culminou no reconhecimento do Governo angolano pelos EUA, em 19 de Maio de 1993, impulsionou a instituição dos órgãos de soberania eleitos e organizou a defesa das instituições democráticas, forçando os opositores armados a aceitarem uma solução negociada do con"ito, consubstanciada nos Acordos de Lusaka de Novembro de 1994.

Esforços de Paz Os 40 anos da Independência Nacional

acontecem num momento histórico para Angola. A União Africana e os restantes parceiros vêem em Angola a esperança para, com a sua experiência na resolução de conflitos internos, ajudar a dar solução à instabilidade que ainda reina em alguns países do mundo, principalmente na região dos Grandes Lagos, onde se destacam os conflitos na RDC e na República Centro Africana. Nas regiões em que está inserida, tem sido visível o contributo na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), CEEAC, Comissão do Golfo da Guiné e na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).Angola defende, igualmente, a reforma e revitalização do sistema das Nações Unidas, em particular a reforma do Conselho de Segurança, que deve ser mais consentânea

com o actual contexto internacional, re"ectindo uma representação geográ!ca equitativa, pelo alargamento dos seus membros permanentes. “Continuamos a cumprir as nossas obrigações na arena internacional, com especial ênfase para o continente africano e para os agrupamentos regionais nos quais estamos inseridos, nomeadamente a SADC, a CEEAC, os PALOP, o Golfo da Guiné e os Grandes Lagos, para a de!nição de mecanismos que visem a materialização das formas de cooperação com as Nações Unidas, a União Africana, a CPLP e outros parceiros internacionais”, disse o Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, no seu discurso na sede das Nações Unidas, em Setembro, onde reiterou o direito do continente africano ter assento entre os membros permanentes do Conselho.

Crescimento económicoAo mesmo tempo em que, a nível interno, aplica a estratégia de desenvolvimento assente no aumento do emprego, como a alavanca do crescimento económico, para fazer baixar os índices de desemprego fruto de mais de três décadas

Angola 40 Anos INDEPENDENCIA

Outono-Inverno 2015 > Imbondeiro > 35

de con"ito armado, o Executivo está a reforçar as instituições para consolidar a democracia. No seu Plano Nacional de Desenvolvimento (2013-2017), o Governo propõe, como grande objectivo de Angola, eliminar a fome e a pobreza extrema.O país granjeou prestígio internacional, graças à participação activa na manutenção da paz no continente e por ter juntado a sua voz nas questões sobre o género, mudanças climáticas, combate ao narcotrá!co, comércio ilegal de armas, pirataria e terrorismo. Por experiência própria, Angola é a favor de que a Paz e a segurança são condições essenciais para o desenvolvimento da democracia, do Estado de Direito e para promoção dos Direitos Humanos. O Executivo angolano manifesta o desejo de

edi!car em Angola uma sociedade que garanta o acesso generalizado das famílias à habitação condigna, à água potável, à energia eléctrica, aos serviços de educação e saúde e a outros bens públicos que contribuam para o seu bem-estar social.

Sociedade do conhecimentoA via escolhida para o desenvolvimento de Angola tem como pressuposto a melhoria da qualidade de vida das

populações, a promoção do desenvolvimento integrado das comunidades rurais de modo a reduzir as assimetrias existentes no desenvolvimento do país; a promoção da integração do território nacional e

a criação de um efectivo mercado interno.Esta via implica ainda o fortalecimento da competitividade internacional do território nacional, diversi!cando de forma sustentável, os seus vários espaços, bem como a modernização da agricultura e das produções rurais.O objectivo é tornar Angola numa sociedade do conhecimento, moderna, aberta ao exterior, com a presença de investimento nacional e estrangeiro directo e com uma maior intervenção do mercado, da iniciativa privada e da concorrência.

O Presidente da Assembleia

Nacional de Angola, Fernando da Piedade Dias dos Santos, procedeu no dia 15 de Outubro de 2015, à abertura da sessão solene da quarta sessão

Abertura do Ano Parlamentar

Angola 40 Anos

legislativa da Terceira Legislatura.Participaram na sessão 190 dos 220 deputados eleitos, além de convidados nacionais e representantes do corpo diplomático acreditado em Angola.

Paz, Unidade Nacional e Desenvolvimento

36 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2015

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Senhor Presidente da Assembleia Nacional,Caros Deputados,Distintos Convidados,Minhas Senhoras e Meus SenhoresAceitem mais uma vez as minhas cordiais saudações e votos de boa saúde e de um Ano Parlamentar recheado de factos e de acontecimentos ricos e frutuosos. Estamos na Casa da Democracia, local onde decorrem os principais debates sobre os assuntos mais candentes da vida nacional e onde os Partidos Políticos legitimados pelo voto popular expõem as suas ideias, discutem e procuram consensos no sentido de ajudar a concretizar os objectivos fundamentais da Nação.Construímos a Democracia e mantemos a unidade na diversidade. Esta é uma obra que nos orgulha e podemos dar-nos por felizes por ser realizada por uma geração que aqui está representada e que deu uma importante constribuição à nossa Luta de Libertação Nacional.Lutamos por uma Angola livre, sem divisões nem discriminações de qualquer espécie. Foi uma luta que causou muito sofrimento, mas o sacrifício valeu a pena. Que as divisões e a tentativa de resolver os problemas políticos pela via da violência e das armas

!quem de!nitivamente enterradas no passado e que a nossa geração e as vindouras trilhem sempre os caminhos da paz, da luta política e partidária pací!ca e democrática.Neste momento, convém sublinhar que a situação política do nosso país é estável. Registamos por isso com satisfação que, na generalidade, tem havido o cumprimento dos preceitos constitucionais e da Lei pelas instituições, pela sociedade e pelos cidadãos.De facto, as entidades competentes estão vigilantes e têm tomado as providências necessárias para se evitarem ou repararem todos os actos que signi!cam abusos do poder, violação dos direitos humanos ou do ordenamento jurídico estabelecido.Senhor Presidente da Assembleia Nacional,Dentro de cerca de dois anos, o país terá novas eleições gerais para a escolha do Presidente da República e do Parlamento. Temos de convir que a vida provou que é mais sensato concentrarmos a nossa atenção na criação de condições para a organização e realização de eleições gerais com êxito, lisura e transparência, ao mesmo tempo que se preparam as leis e se encetam os passos administrativos indispensáveis para as

eleições autárquicas em tempo oportuno.Neste exercício, o Parlamento e o Executivo devem fazer cada um a sua parte com responsabilidade e sentido de Estado. Não vale a pena procurarmos atalhos para chegar ao poder político, violando a Constituição e a Lei e provocando a desordem como está a ocorrer em alguns países africanos.Há entidades estrangeiras interessadas em instalar o caos e a desordem nalguns países do nosso Continente para provocar a queda de partidos políticos ou de dirigentes com os quais não simpatizam. Os angolanos nunca vão ceder diante de quem quer que seja, sempre que se tratar da defesa dos seus interesses essenciais e vitais.Assim, é fundamental que o nosso povo se mantenha unido e coeso. Que continue empenhado na construção de uma sociedade mais equitativa, assente num modelo de desenvolvimento sustentável e inclusivo, conforme preconiza a agenda das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável para o Horizonte 2030.De facto, Angola adoptou os 17 objectivos desta agenda e isso deverá estar consagrado nas próximas acções do Executivo e no próximo Plano Nacional de Desenvolvimento. Na actual

conjuntura, temos de fazer mais e melhor com menos. Isto signi!ca que temos de alterar modelos e práticas de mobilização e utilização de recursos.Na verdade, o Estado, as empresas, as famílias e a sociedade civil, todos temos de eliminar o desperdício e o supér"uo. Temos de saber poupar e trabalhar mais e melhor. A despesa tem de ser mais e!caz e e!ciente.Senhores Deputados,Distintos Convidados,Neste ano de 2015, a estabilidade da economia angolana tem sido perturbada pelos vários focos de incerteza que surgiram ao nível internacional e que têm afectado negativamente o preço do petróleo bruto, em virtude de um desequilíbrio entre a oferta e a procura nos mercados.O preço médio do petróleo está cerca de 55% abaixo do preço registado no início de 2014.Perante a queda abrupta do seu preço, o Governo apresentou rapidamente à Assembleia Nacional, em

Mensagem sobre o Estado da Nação

Discurso pronunciado por Sua Excelência Manuel Domingos Vicente, Vice-Presidente da República de Angola, na Abertura da 4ª Sessãoda Terceira Legislatura da Assembleia Nacional em Luanda

INDEPENDENCIA

Outono-Inverno 2015 > Imbondeiro > 37

Março do corrente ano, uma proposta de revisão do Orçamento Geral do Estado de 2015, tendo considerado 40 dólares como o preço de referência do barril de petróleo.Isto implicou, naturalmente, um corte de 50 porcento na despesa corrente do Estado e de 53% no investimento público, adoptando-se assim uma gestão mais cautelosa da despesa pública. Apesar desta redução de recursos e de despesa pública, o Estado continua a assegurar, sem rupturas, o essencial da prestação de serviços públicos e dos serviços sociais e a garantir o funcionamento normal das Forças de Defesa e Segurança, em particular a reintegração socio-económica dos ex-militares, dos quais 112 mil já estão neste momento reintegrados.Porém, o número de efectivos não integrados nas FAA, que pertenciam às forças do Governo e às da UNITA, era mais elevado. Calcula-se que sejam mais ou menos 110 mil, de um lado, e 120 mil do outro, isto é, cerca de 230 mil homens. Se tivermos em conta que muitos tinham mulheres e !lhos, o conjunto de pessoas a assistir ultrapassava certamente os 600 mil indivíduos.Não é realista pensar que o Governo pudesse resolver este tremendo problema com a atribuição de uma pensão a cada ex-militar, pois nunca teria dinheiro su!ciente para esse efeito. Os programas de integração social e produtiva adoptados não foram muito e!cazes e

os problemas permanecem por resolver.Dois caminhos poderiam ter sido seguidos:Primeiro, aprovar um imposto através do qual os trabalhadores e as empresas descontassem um montante do seu rendimento para alimentar um fundo para pagar as pensões;Segundo, arranjar trabalho ou pequenos negócios para que cada um pudesse gerar rendimentos para o sustento das suas famílias. Acho que a segunda opção é a mais justa e, por isso, os governos provinciais e os ministérios do sector produtivo deveriam adoptar e executar com celeridade programas para resolver esta situação.As Forças Armadas e a Polícia Nacional, por exemplo, devem igualmente adoptar e executar programas próprios que contribuam para a produção de alimentos, vestuário, calçado, etc., para satisfazer as suas necessidades, bem como para a construção de infraestruturas civis, utilizando as capacidades da engenharia militar para apoiar o Estado.Há experiências similares bem sucedidas no Egipto, em Cuba, na China e em França, nas quais nos podemos

inspirar. Não nos podemos esquecer que nos chamados Estados Providência, em que os governos davam quase tudo de graça aos cidadãos, os seus regimes entraram em crise ou foram à falência.Caros Deputados,Em 2015 prosseguimos também com a implementação de 195 projectos estruturantes de prioridade nacional que se centram, sobretudo, no reforço do sistema de abastecimento de água e saneamento, na melhoria de abastecimento de água no meio rural, na expansão da capacidade de produção e sistema de transporte de energia eléctrica, nas plataformas logísticas, na recuperação e conservação da rede de estradas e nas infra-estruturas hospitalares e do ensino.Destaca-se aqui a implementação do Programa Municipal Integrado de Desenvolvimento Rural e de Combate à Pobreza, incluindo, nomeadamente, os Programas de Cuidados Primários de Saúde nos Municípios, de Água para Todos e de Merenda Escolar.Deste modo, cumpriu-se 50 por cento das metas estabelecidas pelas Nações Unidas nos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio

até 2015, como por exemplo no acesso a empregos formais, cuja proporção subiu de 35,5 porcento para 55,4 porcento, entre os homens, e de 22,7 porcento para 45,9 porcento entre as mulheres. Essa expansão do emprego formal sinaliza de forma categórica o cumprimento de uma das metas do milénio.No sector das águas, durante o ano de 2015 foram concluídas as obras que permitiram servir 257 mil 851 habitantes, em resultado da construção de 463 pontos de água e 120 sistemas de abastecimento de água, no âmbito do Programa “Água para Todos”. Por isso, a taxa de cobertura da população rural servida com água cifra-se em 63 por cento.Deveremos, no entanto, continuar a prestar mais atenção à manutenção e reparação dos equipamentos a !m de se prolongar o seu tempo de vida útil.No que se refere à energia, foram realizadas acções de reabilitação e expansão das redes de distribuição nas principais cidades e municípios, tendo sido executadas 506 mil e 910 novas ligações. No âmbito do Programa de Expansão da Capacidade de Produção e Transporte de Energia Eléctrica, foram instalados mais 533 megawatts em diversas províncias.Na área da educação ganha relevo o facto do número de alunos matriculados no ensino primário ter atingido a cifra de 5 milhões e cem mil, o que representa 112,2 porcento da meta estabelecida para o ano de 2015. No ensino secundário,

Mensagem sobre o Estado da NaçãoPaz, Unidade Nacional e Desenvolvimento

38 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2015

no 1º ciclo, o número é de 1 milhão, 82 mil e 800 alunos, mais 16 porcento do que em 2014 e, no 2º ciclo, o número é de 621 mil e 700 alunos.Entretanto, ao nível do ensino superior, o número de estudantes matriculados situou-se em 203 mil 888, representando um aumento de 39,6 porcento em termos homólogos, justi!cado, em grande medida, pela entrada em funcionamento de novos cursos mais consentâneos com as necessidades de desenvolvimento do país.Registamos com agrado que no Sistema Nacional de Formação Pro!ssional são formados em média mais de 27 mil jovens por ano, nos 714 cursos existentes. Registamos também a inauguração de novas unidades de formação em vários municípios, que vão contribuir para que a capacidade formativa deste sub-sistema bene!cie mais de 1000 jovens por ano.Senhores Deputados,Na verdade, ao longo dos últimos anos, a nossa economia tem estado a reduzir a sua dependência face à exportação de petróleo. Contudo, têm surgido alguns desa!os, como a redução da acumulação de divisas que teve vários efeitos quase imediatos, quer na subida generalizada de preços, incluindo o preço da moeda nacional face ao dólar norte-americano, quer também no rendimento disponível da grande generalidade da população que sofreu uma quebra apreciável.

Enquanto em 2002 e 2008 a produção petrolífera representou, respectivamente, 46 e 58 porcento do PIB, em 2014 representou apenas 35 porcento, nível já inferior ao que se veri!ca em muitos países produtores de petróleo. Entre 2008 e 2014 duplicou a taxa de crescimento do produto não petrolífero.Todavia, o peso da receita tributária petrolífera na receita !scal ainda é muito grande, representando dois terços do total e cerca de 95 por cento das exportações. Por essa razão, temos de intensi!car a implementação da Reforma Tributária aprovada nesta Assembleia no ano transacto, por forma a alargar a base tributária e a reduzir a vulnerabilidade da despesa pública face às "utuações do preço do petróleo.A quebra do preço do petróleo, para além da redução substancial da despesa pública, implica também a redução das receitas de exportação, o que faz diminuir a oferta de cambiais para os agentes económicos e tem um impacto directo no

crescimento do PIB, gerando efeitos em toda a economia, em consequência das relações entre os diversos sectores.Assim, as projecções apontam este ano para uma taxa de crescimento do PIB real de 4 porcento, com o sector petrolífero a crescer 7,8 porcento, em consequência do aumento da produção, e o sector não petrolífero 2,4 porcento, re"ectindo os níveis de crescimento da agricultura (2,5 porcento), da indústria transformadora (2,6 por cento) e dos serviços mercantis (2,2 porcento).Contudo, o sector da energia deverá crescer 12 porcento, o da construção 3,5 porcento e o dos diamantes 3,2 porcento. A meta para a in"ação, no entanto, que havia sido estipulada para este ano, acabou por ser ultrapassada em Junho e Agosto, pois a taxa de in"ação acumulada situava-se nos 8 porcento e a taxa de in"ação homóloga em 11 porcento. Entretanto, convém frisar que esse indicador está sob controlo, pois têm sido levados a cabo amplos esforços para contrariar este quadro.

Esses esforços têm sido apreciados por várias entidades internacionais que acreditam que as medidas tomadas em plena crise, nomeadamente as políticas adoptadas pelas autoridades monetária, cambial e !scal têm permitido suavizar os efeitos sobre a economia.Neste momento, os indicadores macroeconómicos mostram-nos alguma estabilidade e perspectivas mais animadoras para o futuro, embora exijam uma continuidade do trabalho que tem sido desenvolvido até aqui.Importa referir que o choque externo ocorrido em 2009 permitiu-nos estar mais preparados para eventos idênticos.A boa coordenação entre a política monetária, !scal e cambial permitiu reagir de imediato para estancar efeitos de contágio gravosos de sector para sector.Temos assistido à condução de uma política !scal contraccionista, que se tem norteado por um OGE recti!cativo, consubstanciado na redução da despesa e numa gestão mais cautelosa da receita. Tudo isso foi possível graças à intervenção da política monetária e à injecção de recursos para fazer face à actual situação.Deste modo, recorremos ao endividamento interno e externo para captar recursos e aumentar a nossa capacidade de realização da despesa pública, incluindo o investimento público. Até ao presente momento, o valor da dívida corresponde

Mensagem sobre o Estado da Nação INDEPENDENCIA

Outono-Inverno 2015 > Imbondeiro > 39

a cerca de 45,8 porcento do PIB projectado para 2015.Contraímos também créditos à China no valor de aproximadamente 6 mil milhões de dólares, destinados ao investimento público nos domínios da educação, saúde, água, energia eléctrica e estradas, tendo sido já aprovado pelo Executivo um Plano Operacional para assegurar a execução de projectos identi!cados em 2016 e 2017.Por outro lado, foi aprovada uma nova Lei do Investimento Privado e reestruturada a área do Governo que executa a política do investimento privado. As diligências feitas apontam para o reforço do dinamismo e da e!ciência dos seus serviços e para uma previsão do aumento da captação do investimento privado estrangeiro de aproximadamente 10 mil milhões de dólares, nos próximos dois anos.Este montante, acrescido ao que for possível obter dos investidores angolanos, permitirá acelerar a diversi!cação da economia no sector não petrolífero, bem como o crescimento económico e o emprego em cifras que podem ultrapassar os 300 mil postos de trabalho.Um factor importante que pode contribuir para tornar realidade estas intenções é a conclusão, em 2016 e 2017, dos projectos estruturantes de energia que são, por um lado, o alteamento da barragem de Cambambe; a conclusão da Central do Ciclo Combinado do Soyo e da hidroeléctrica de Laúca e, por outro, a construção

das 81 centrais municipais de captação, tratamento e distribuição de água, assim como a das estradas identi!cadas.Só com o funcionamento regular e e!ciente dessas infra-estruturas podemos tornar a nossa economia competitiva no mercado regional e internacional. Em todo o mundo, as grandes empresas petrolíferas estão em fase de reestruturação por razões conjunturais e de outra natureza.O Executivo criou também uma Comissão de Avaliação para estudar a situação da Sonangol e do sector dos petróleos e propor as bases da sua reestruturação e um modelo de gestão mais e!caz e e!ciente.Senhores Deputados,No âmbito da política cambial tem-se trabalhado no sentido de estabilizar o mercado, estando a ser feitos todos os esforços para o equilibrar e, por conseguinte, reduzir os impactos até agora sentidos.Neste contexto, o Banco Central foi instruído no sentido de aplicar com criatividade a Lei das Instituições Financeiras, por forma a direccionar as

divisas para as necessidades prioritárias do nosso país, como as de bens alimentares essenciais, de saúde e outros, a !m de se garantir não só a estabilidade nos preços destes bens e serviços, mas principalmente não permitir que a população sinta os efeitos do choque da queda dos preços do petróleo no mercado internacional.Senhores Deputados,Angola é hoje um dos países africanos mais respeitados no plano internacional e um parceiro preferencial para se promover a paz, a estabilidade e o desenvolvimento na região em que se insere. Angola foi eleita como Membro Não Permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o período 2015-2016.Angola preside a Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos, sendo um parceiro fundamental para a construção da paz nesta tão perturbada região do Continente.Angola preside igualmente o Comité Consultivo Permanente da ONU para a Segurança na África Central.Angola tem vindo a reforçar as suas relações com a União

Africana, o Banco Africano de Desenvolvimento e com as instituições de Bretton Woods, tendo aderido ao Fundo Africano de Desenvolvimento. O nosso país tem sido cumpridor em termos de metas de convergência na área regional da SADC.Apesar da sua situação económica actual, o nosso país é, à excepção do Botswana, aquele que detém o rácio de cobertura de importações mais confortável, que neste momento se situa entre os 6 e 7 meses.Senhores DeputadosMinhas Senhoras e Meus Senhores,Acreditamos que este período de maior fragilidade económica nos fará olhar para o futuro de forma ainda mais ambiciosa, porque é com o surgimento de desa!os que se conseguem os feitos mais audaciosos e esse é o caminho do progresso.Todas as economias têm ciclos altos e baixos. A boa notícia é que não haverá recessão, mas apenas uma ligeira desaceleração do crescimento da economia, sendo essa uma boa base de trabalho para o próximo ano. Senhor Presidente da Assembleia Nacional,Senhores Deputados,Desejo que os trabalhos do Novo Ano Parlamentar da presente legislatura decorram com êxito e que os Senhores Deputados se empenhem cada vez mais na defesa dos superiores interesses do povo angolano.

MUITO OBRIGADO!

Mensagem sobre o Estado da NaçãoPaz, Unidade Nacional e Desenvolvimento

40 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2015

A ministra do Ambiente, Fátima

Jardim, assinou em Junho de 2015, no Cuito Cuanavale, província do Cuando Cubango, um memorando de entendimento com a “National Geographic” para a realização de investigação sobre a biodiversidade ao longo dos rios Cuito e Cubango.Com uma vigência de três meses de investigação, na primeira fase, o memorando prevê uma expedição numa área de cerca de 450 quilómetros desde a nascente do rio Cuito, na província do Bié, até à con"uente do Cubango, na fronteira com a Namíbia.O projecto prevê o estudo de espécies aquáticas dos rios Cuito e Cubango para a promoção do ecoturismo no quadro do Projecto Transfronteiriço

de Conservação Ambiental Okavango Zambeze (KAZA), que integra igualmente o Botswana, a Namíbia, a Zâmbia e o Zimbabwe.No !nal da pesquisa vai ser produzido um !lme e editado um livro sobre a biodiversidade ao longo dos rios Cuito e Cubango. A ministra Fátima Jardim a!rmou que a expedição vai dar um maior impulso ao projecto Okavango Zambeze, que constitui a maior área de conservação do Mundo, devido à sua riqueza em água e todos os outros ecossistemas. “Urge a necessidade de envidarmos esforços para que este projecto regional sirva de exemplo para o Mundo”, disse a ministra.Fátima Jardim defendeu o apoio das instituições internacionais para o desenvolvimento do Projecto Okavango Zambeze do lado angolano e manifestou a abertura das autoridades à cooperação em projectos que permitam um melhor conhecimento e a preservação da biodiversidade nacional.

Condições criadasO responsável da equipa de expedição da rede “National Geographic”, Steve Boyes, garantiu que estão criadas todas as condições para a expedição da biodiversidade nos rios Cuito e Cubango, que, sublinhou, são bastante ricas em espécies animais aquáticas e com uma água cristalina. Para o êxito da actividade, estiveram envolvidos 45 técnicos que trabalharam três semanas no terreno, entre cientistas, biólogos, professores e estudantes da Universidade de Pretória, na África do Sul, cineastas,

fotógrafos e sapadores da operadora de desminagem The Hallo Trust. Steve Boyes reconheceu que o Cuando Cubango tem uma “biodiversidade invejável”, caracterizada por muitas espécies de animais e árvores que deve ser revelada.A “National Geographic”, segundo Steve Boyes, já realizou estudos cientí!cos do género na Namíbia e Botswana, sobretudo no Delta do Okavango, que tem uma área protegida de 18 mil quilómetros quadrados. O director nacional da biodiversidade de Angola, Joaquim Manuel, disse que a expedição vai permitir o

Projecto Rio Okavango ZambezeUm projecto regional em prol da preservação do AmbienteGrande estudo ambiental nos Rios Cuito e Cubango

Cubango Cubango – As Terras do Futuro! INDEPENDENCIA

Outono-Inverno 2015 > Imbondeiro > 41

aproveitamento dos dados cientí!cos para futuros estudos, sobretudo para trabalhos de licenciaturas dos estudantes das Universidades Cuito Cuanavale e Agostinho Neto. O projecto é !scalizado por uma comissão, coordenada pela ministra do Ambiente, que integra peritos em biodiversidade, técnicos do Pólo de Desenvolvimento Turístico do Município do Dirico, da Reitoria da Universidade do Cuito Cuanavale e da Associação de Ecologistas e Biólogos de Angola, entre outras organizações.

National Geographic descobriu novas espécies de peixe no Cuando CubangoA organização National Geographic, com sede nos EUA, descobriu novas espécies de peixe no rio Cuito, no Cuando Cubango, e reencontrou aves que praticamente

desapareceram do Okavango na Namibia.Os cientistas navegaram o rio Cuito em pirogas, tendo feito o trajecto Cuito Kwanavale - Dirico, onde existe uma numerosa população de crocodilos e hipopótamos.O biólogo Steve Boyes,

da National Geogra!c, descreve a expedição como grande aventura, a!rmando que na zona onde estiveram “o rio Cuito tornou-se mais selvagem, mais perigoso, com muitos crocodilos e hipopótamos”.

“Um grande hipopótamo atacou-nos e a minha canoa virou, pensei que ia morrer, mas no !nal compreendi que devemos respeitar o rio Cuito, porque é totalmente selvagem,” disse.As 60 novas espécies de peixes são, segundo Boyes, uma valiosa riqueza, que atrai muitos pássaros que há muito sumiram do Okavango, mas que agora encontraram o seu habitat no rio Cuito.Adjani Costa, a única angolana integrante da expedição, é uma jovem

que cedo se revelou apaixonada pela vida selvagem. Ela disse que a expedição tinha sido em termos físicos “muito difícil, mas absolutamente espectacular.”“Em termos da biodiversidade, comunidades que encontramos no caminho, paisagem, a cascata do rio Cuito por si só compensou toda a exaustão,” acrescentou.O zoólogo John Hilton lançou um apelo para a preservação da biodiversidade e prometeu apoiar o Governo do Cuando Cubango no aproveitamento económico dessa riqueza natural.O governador Higino Carneiro congratulou-se com a descoberta e espera que as próximas expedições tenham mais cientistas angolanos.

Cubango Cubango – As Terras do Futuro!Paz, Unidade Nacional e Desenvolvimento

42 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2015

O Embaixador de Angola nos EUA,

recebeu em audiência no dia 29 de Outubro de 2015, John Hilton, Administrador do Projecto Rio Okavango Zambeze, que informou sobre os

resultados alcançados na primeira expedição que teve o seu início na província do Cuando Cubango e que conta com todo o apoio do Ministério do Ambiente e do Governador da província,

General Higino Carneiro.No dia 30 de Outubro, o diplomata Angolano participou numa cerimónia no Museu da “National Geographic”, em Washington, D.C., onde os presentes assistiram a um

documentário de curta metragem sobre a referida expedicão cientí!ca, no âmbito do projecto regional. Assistiu à mesma o Embaixador do Botswana acreditado nos EUA.

Cuando Cubango – As Terras do Futuro!

Embaixador dos EUA informado sobre resultados do Projecto em Washington, D.C.

INDEPENDENCIA

Outono-Inverno 2015 > Imbondeiro > 43

Cuando Cubango – As Terras do Futuro!Paz, Unidade Nacional e Desenvolvimento

Lista de Contactos e Localizações da Embaixada,Missão na ONU, Consulados

e Escritórios de Representação Angolananos Estados Unidos da América

Embaixada de Angola em Washington, D.C.2100-2108 16th St. NW, Washington, D.C. 20009 Tel.: 202-785-1156 - Fax: 202-822-9049Website: www.angola.orgMissão de Angola junto das Nações Unidas em Nova York820 Second Ave., 12th "oor New York, NY 10017 Tel.: 212-861-5656 - Fax: 212-861-9295Website: www.un.int/wcm/content/site/angolaConsulado Geral de Angola em Nova York866 United Nations Plaza, East 48th St 5th Floor, New York, NY 10017 Tel.: 212-223-3588 - Fax: 212-980-9606Website: www.consuladoangola.org

Consulado Geral de Angola em Houston 3040 Post Oak Blvd. Suite 780 Houston-Texas 77056 Tel.: 713-212-3840 - Fax: 713-212-3841Website: www.angolaconsulate-tx.orgEmail: [email protected]ção Comercial 1317 F St NW Suite 450 Washington, D.C. 20004 Tel.: 202-783-4740 - Fax: 202-783-4743Website: www.angolatradeusa.orgEmail: [email protected]

Representação da SONANGOL 1177 Enclave Parkway 2nd Floor Houston - Texas 77056 Tel.: 281-920-7600 - Fax: 281-920-7635Website: www.sonangol.co.aoEmail: [email protected]âmara de Comércio EUA/Angola 1100 17th St. N.W. Suite 1100-A Washington, D.C. 20036 Tel.: 202-223-0540Website: www.us-angola.orgEmail: [email protected]