magazine 2ªed

26

Upload: miguel-oliveira

Post on 03-Apr-2016

238 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Magazine 2ªed
Page 2: Magazine 2ªed

EDITORIAL

É sempre um prazer colocar uma ideia em prática que se obteve em conjunto com amigos numa conversa de café. Significa que existe vontade mútua de dar continuidade ao projecto e que tudo não passou de um entusiasmo momentâneo. No nosso caso não foi uma conversa de café mas foram alguns comentários no YouTube que, como já havia falado, deram origem a esta comunidade. Desde o seu nascimento já assisti a muitas mudanças no grupo constiuinte responsável pelo site e fórum. Mudanças essas que foram benéficas para ambas as partes e aconteceram por várias razões – ou porque tinham muito que fazer, ou porque já não tinham paciência – enfim, cada um com a sua razão. O que ficava, e ainda persiste, é a vontade de os actuais membros darem tudo para que cresçamos e nos possamos comparar a outras comunidades internacionais. Embora haja essa vontade, o crescimento repentino das redes sociais originou uma grande centralização da informação e, hoje em dia, temos tudo o que precisamos saber do nosso círculo, no facebook e afins. É por esta razão que os fóruns dedicados, principalmente num país tão pequeno, estão a ficar despopulados e a perderem o interesse. Já não é preciso ir a um site específico para ficar a saber as últimas, basta ir ao facebook e se não nos aparece imediatamente à frente é porque não se passou nada. O nosso objectivo como equipa é tentar acompanhar a tendência actual mas, mesmo aqueles que nada conquistaram e que não sabem quão difícil é arrancar um projecto do zero quando as palavras “redes sociais” ainda não ressoavam na cabeça de ninguém, e, devido à facilidade de criar um grupo ou página nestas redes, prosperam agora sem mérito nenhum. Da nossa parte existirá sempre vontade de fazer mais e melhor e é difcíl pois todos os factores jogam contra nós. A banda mudou radicalmente a sua base de fãs, uma legião mais jovem apoderou-se da histeria nos últimos álbuns que outrora perteceu a uma faixa etária mais velha. Nesta edição damos algum ênfase a esse assunto. A acrescentar à ascenção das gigantes sociais, torna-se inevitável uma depleção quase total dos membros mais antigos que lhes falta agora uma razão para ficarem. E por que razão não se juntam agora estes membros mais novos? Porque estes não conhecem o conceito daquilo que era a internet há uns anos atrás e só a conhecem como ela é actualmente.As redes sociais são um grande feito. Uma ferramenta fantástica. Contudo, e porque na vida real tudo vem com um preço, esse é aquele que agora se paga com a extinção lenta dos mais pequenos.

EDITORIAL

MUDANÇAS

Nuno Gouveia, membro fundador da Comunidade Linkin Park PT

Page 3: Magazine 2ªed

NOTÍCIAS | 06TEMÁTICAS | 10

LIVE IN TEXAS: ONZE ANOS DEPOIS, O QUE MUDOU? | 12RETROSPECTIVA: THE ROOT, FRAT PARTY AT PANKAKE FESTIVAL | 17 DISTINÇÕES: UMA CARREIRA REPLETA DE PRÉMIOS | 20CARNIVORES TOUR: REVIEW DE CONCERTOS | 31

ENTREVISTA | 34UMA PERSPECTIVA DE THE HUNTING PARTY COM JOANA OLIVEIRA | 36

AGENDA | 38FALL EUROPEAN TOUR COM OF MICE & MEN | 40DATAS E LOCAIS DOS CONCERTOS | 41

PROJECTOS | 42FORT MINOR | THE RISING TIED | 44

MUSIC FOR RELIEF | 46ORIGEM, VALORES E CAUSAS DEFENDIDAS | 48

Page 4: Magazine 2ªed

NOTÍCIAS | 06

Confere as principais e mais recentes notícias, destaques e novidades do universo dos Linkin Park que se encontram nesta secção, dispostas de forma cronológica. Este mesmo conteúdo também está disponível, de forma mais desenvolvida, nas plataformas da Comunidade Linkin Park PT (site,

fórum e redes sociais).

Redacção:Tiago Rodrigues

Page 5: Magazine 2ªed

08

09

#1 Linkin Park: It’s Time To Get Heavy Again!, RockSound

Questionado por Ryan Bird sobre o porquê de terem feito um álbum como The Hunting Party, Mike Shinoda, sem quaisquer segundos de hesitação, respondeu imediatamente ao jornalista “Fizemos este álbum porque queríamos ouvir algo que ainda não existisse lá fora, e porque não nos preocupamos com o que os outros pensam”. Chester acrescenta: "Honestamente, penso que este seja um álbum que muitos fãs irão dizer 'Fuck, finally!'. Este é um álbum que os fãs merecem!". "Se há coisa que ninguém pode tirar aos Linkin Park é o que mais recentemente redescobriram: a sua atitude.", finaliza Ryan.

//24.07.2014

#2 Hybrid Theory, Sucesso de Vendas

14 anos depois, Hybrid Theory continua ainda a somar conquistas. No mês passado, o álbum de estreia dos Linkin Park recebeu a quíntupla platina ao atingir 1.5 milhões de cópias vendidas no Reino Unido, vendendo, apenas este ano, mais de 100 mil unidades.

//08.08.2014

#3 Como Surgiu Drawbar?Tom Morello é dos nomes que mais chama a atenção dos vários que se juntaram aos Linkin Park em The Hunting Party. O guitarrista dos Rage Against The Machine é conhecido pelas suas técnicas revolucionárias na guitarra. A colaboração entre Tom e os Linkin Park começou com uma pequena conversa nos bastidores de um festival. Reunidos sobre o que haviam de escrever para a música que os juntaria, Tom propôs algo inovador: algo incomum para a banda - entrar em estúdio e tocar tudo o que lhes viesse à cabeça. Em entrevista, Tom conta ainda que é assim muitas músicas dos Rage Against The Machine são produzidas e que não estava habituado a outro modo de composição, como o dos Linkin Park que "têm um grande conhecimento teórico-musical e compõem as suas músicas em partituras, no papel ou em computadores", como refere a Warner Music." É o estilo do Tom. E nós alinhámos. Mudou o nosso estilo de trabalho, resultou bem" - Mike Shinoda. A banda tentou acrescentar vocais à décima faixa de The Hunting Party, mas não correu bem. Em estúdio, a tocar tudo o que lhes viesse à cabeça, foi assim que nasceu "Drawbar".

//11.08.2014

#4 Ice Bucket ChallengeO desafio que ultimamente tem estado na ordem do dia também chegou a Chester Bennington e Mike Shinoda. O jogo é simples: nomear três pessoas para que, num prazo estipulado, publiquem um vídeo de si mesmas a tomarem um banho com água gelada. Porém, esta moda tem, no fundo, um acto nobre, um acto de caridade para uma instituição de apoio à esclerose lateral amiotrófica. Começou quando Mike Shinoda foi nomeado por Steve Aoki, que colaborou com os Linkin Park no álbum Recharged em A Light That Never Comes e brevemente uma nova parceria com Horizon no novo álbum do DJ. No fim do sétimo concerto da Carnivores Tour, Mike foi a banhos. Nomeou Chester Bennington e, entre outros, Austin Carlile – o vocalista dos Of Mice & Men. O vocalista dos Linkin Park, logo no dia seguinte, cumpriu o legado deixado pelo colega, também no fim do concerto. Os seus filhos Tyler, Lily e Lila subiram ao palco.

//19.08.2014

#5 "Perdemos fãs intencionalmente!"

Mike ShinodaNuma recente entrevista, Mike Shinoda afirmou que os Linkin Park perderam, intencionalmente, alguns fãs." Nós continuamos a crescer. Não vamos estar sempre a fazer o mesmo tipo de álbum, não esperem isso de nós. Nós perdemos fãs há muito tempo intencionalmente, deixámo-los ir. Se é tudo o que querem ouvir [música pesada], então nós fizemos dois álbuns para vocês [Hybrid Theory e Meteora]. Têm esses 2 álbuns e podem sempre ouvir. Se decidirem acompanhar-nos, as boas notícias é que podem esperar várias surpresas da nossa parte, o que é bom", afirma.

//21.08.2014

PERDEMOS FÃS INTENCIONALMENTE!

NÃO ESTAMOS PREOCUPADOS COM O QUE OS

OUTROS PENSAM!Chester Bennington

Page 6: Magazine 2ªed

TEMÁTICAS | 10

Em cada edição da Magazine Linkin Park PT são desenvolvidas novas temáticas, sob a forma de artigos, com o objectivo de dar a conhecer ao pormenor a biografia da banda e os seus elementos, os seus trabalhos musicais e artísticos, os principais concertos e alguns dos momentos

mais marcantes na carreira dos Linkin Park.

Page 7: Magazine 2ªed

LIVE IN TEXASONZE ANOS DEPOIS, O QUE MUDOU?

Já passou uma década desde o mítico concerto em Texas, no ano de 2003, que ficou imortalizado naquele que foi o primeiro DVD de uma performance ao vivo da banda. Desde então, quais foram

as principais mudanças que se verificaram nos Linkin Park?

Redacção:Miguel Oliveira

13

Já passou mais de uma década desde que os Linkin Park assinaram uma das suas melhores actuações ao vivo de sempre e que deu origem ao primeiro DVD de um concerto da banda, produzido por Matt Caltabiano, Josh Abraham e David May. Gravado nos dias 02 e 03 de Agosto de 2003 e lançado a 18 de Novembro do mesmo ano, Live in Texas foi uma das performances da Summer Sanitarium Tour 2003, que decorreu no estádio Reliant (Houston, Texas) e no estádio Texas (Irving, Texas). Como as gravações decorreram em dois estádios diferentes, em dois dias distintos, todos os membros dos Linkin Park foram obrigados pela produção a vestir as mesmas roupas nas duas actuações. Apesar de tudo, uma olhar mais atento detecta algumas diferenças que passam totalmente despercebidas para quem está completamente imerso na experiência Live in Texas: Mike Shinoda usa duas t-shirts quase idênticas mas diferentes ou até mesmo a camisa de Chester que, em determinados momentos, está ensopada de suor, e na música seguinte já aparece seca.

De uma perspectiva técnica, a performance dos Linkin Park é absolutamente divinal e roça os píncaros da perfeição! O som que ecoa de cada instrumento é irrepreensível e as vozes de Mike e Chester são genialmente soberbas e estão rigorosamente alinhadas e coordenadas. À medida que os temas se vão sucedendo a um ritmo energético e vibrante, fica a sensação de que quase não há diferença entre as versões de estúdio e as versões ali tocadas, tal é a qualidade musical apresentada em Texas. O alinhamento continha 17 músicas (do Hybrid Theory e do Meteora), com destaque para alguns temas que foram tocados na versão Reanimation, casos de Pushing Me Away e One Step Closer. Para além deste concerto inesquecível, há dois momentos que ficam na retina: a aparição de Hulk em From the Inside e já mesmo na parte final em que Joe Hahn destrói a sua mesa de mistura.

Mas o que é que mudou nos Linkin Park depois deste magnífico concerto? Muita, muita coisa. Se se realizar um simples exercício de visualizar o Live in Texas e, logo de seguida, assistir a um concerto actual, são imensas as diferenças que saltam à vista. Ao comparar estes dois momentos separados no tempo por cerca de uma década, constata-se imediatamente que os Linkin Park de hoje são uma banda que adoptou um estilo pessoal mais cuidado, menos arrojado e que tenta seguir, minimamente, os padrões da moda. Também neste aspecto das evidências físicas nota-se claramente que a presença em palco, hoje em dia, é significativamente menos agressiva, irrequieta e frenética. Provavelmente, a maturidade acumulada ao longo deste tempo e o facto de estarem a caminhar, a passos largos, para os 40 anos de idade exige algumas restrições a nível físico, para impedir níveis de cansaço excessivamente altos durante as digressões. Outra das evidências físicas que sofreu alterações foi o grafismo. Se nos primeiros anos a banda utilizava um grafismo que se caracterizava pela presença de parênteses rectos, letras ao contrário (a letra N, em Linkin e a letra P na sigla LP) e um estilo tipográfico muito associado ao graffiti, desde o lançamento de Minutes to Midnight, em 2007, que o grafismo (ainda que com ligeiras modificações ao longo dos anos) ficou mais condensado, definido e num estilo mais rock. Neste mesmo âmbito, também foi visível que os Linkin Park, nos primeiros tempos, recorriam frequentemente aos dotes artísticos de Mike Shinoda e Joe Hahn para compor as ilustrações gráficas dos álbuns, algo que já não se verifica actualmente. No entanto, noutros campos, inverteram-se os papéis. Por exemplo, Mike Shinoda participou na produção de todos os álbuns originais que sucederam ao Meteora (algo que não se verificou antes) e o mesmo aconteceu a Joe Hahn, que dirigiu quase todos os videoclips da banda a partir do Minutes to Midnight.

Page 8: Magazine 2ªed

14

Outra das diferenças facilmente detectável é a composição das setlists dos concertos. A partir de determinada altura, os Linkin Park começaram a introduzir pequenos mash-ups dos seus temas. Hands Held High com Crawling, A Place For My Head com Bleed It Out, temas dos Fort Minor no início da Points of Authority ou até o medley que aglutina Shadow of the Day, Leave Out All The Rest e Iridescent são alguns dos exemplos mais flagrantes. Ainda recentemente, na European Tour e na Carnivores Tour, os alinhamentos estavam repletos de mash-ups, bridges e short versions. Esta foi uma medida que a banda encontrou para conseguir tocar um pouco de todos os álbuns e que, de algum modo, reflecte a veia inovadora e criativa dos Linkin Park.

Mas o grande contraste perfeitamente visível reside no registo musical. A banda abandonou o legado nu metal que tanto marcou e revolucionou a música, através dos dois primeiros álbuns lançados, e optou por seguir um trajecto com vários desvios no que diz respeito ao tipo e ao género de música produzida. Os álbuns que foram lançados após Live in Texas aparentemente têm pouca ou nenhuma relação entre si. Cada novo álbum representou uma tentativa (bem sucedida) de os Linkin Park mostrarem ao mundo que não estão ancorados a um só estilo de música. Ora vejamos:

- Em 2007, e após um longo período de inactividade, é lançado Minutes to Midnight. Foi claramente um sinal inequívoco de que a banda rompeu com as suas raízes ancestrais. Este trabalho, co-produzido por Mike Shinoda e Rick Rubin, é uma autêntica mescla de diferentes géneros musicais. Há rock puro e duro em Given Up ou No More Sorrow, há baladas em Leave Out All The Rest, Shadow of the Day ou The Little Things Give You Away, há pop/rock em What I've Done ou Bleed It Out e até hip-hop em Hands Held High.

- Em 2010, é dado a conhecer o quarto álbum de originais, A Thousand Suns. Novamente uma grande

surpresa que, decerto, poucos estariam à espera. Uma sonoridade mais electrónica, com músicas carregadas

de sintetizadores e teclados e com pouca presença de guitarra. Neste trabalho, os Linkin Park distanciam-se

totalmente do género musical que esteve na génese e nos primeiros tempos da banda e continuam a inovar e a apresentar

material criativo que não encontra qualquer paralelo no seu antecessor, Minutes to Midnight.

- Dois anos volvidos e novo álbum. Living Things pode ser encarado como uma continuação e/ou evolução do trabalho desenvolvido em A Thousand

Suns, uma vez que a matriz e conceito musical de ambos não diferem muito. A presença electrónica mantém-se, ainda que com significativas mudanças face

ao álbum anterior.

15

- Finalmente, já no decorrer do presente ano, a banda anuncia aquele que é o seu mais recente álbum, The Hunting Party. Não é, nem de perto, nem de longe, um regresso às origens, como alguma comunicação social afirmou e garantiu. É um álbum consistentemente composto por temas pesados e agressivos e que, uma vez mais, volta a romper quer com o passado recente marcado pela electrónica, quer com o passado longínquo do nu metal. É um álbum declaradamente rock que, em muitas circunstâncias, quase chega a ser punk!

Naturalmente, todas estas divergências quanto ao estilo musical acarretaram uma consequência óbvia e lógica: a base de fãs que suporta a banda mudou drasticamente desde o concerto em Texas. Muito poucos serão aqueles que se mantêm fieis à banda desde a sua origem. Minutes to Midnight marcou essa mudança e, muito provavelmente, A Thousand Suns foi a "estocada" final para muitos dos seguidores mais antigos. Em contrapartida, os Linkin Park rejuvenesceram a sua falange de apoio com novas gerações de fãs mais identificadas com os géneros musicais apresentados em cada novo álbum. Estratégico ou não (a julgar pelas recentes declarações de Mike Shinoda, esta foi uma decisão premeditada), o sucesso dos Linkin Park nunca esteve em perigo. Muito pelo contrário. Parece que, desde Minutes to Midnight, a banda atingiu um patamar de importância e reputação no panorama da música mundial ainda mais consistente do que aquele que já havia atingido até então. Os álbuns têm recebido boas críticas e vendem-se a bom ritmo (ainda que Hybrid Theory e Meteora tenham vendido muito mais - porventura, naquelas épocas, as vendas digitais eram quase inexistentes e, hoje em dia, uma grande percentagem dos álbuns da banda são comercializados através deste meio), os concertos estão sempre ao rubro e, actualmente, os Linkin Park são frequentemente cabeças-de-cartaz de grandes e importantes festivais a nível mundial. Aparentemente, todas estas mudanças foram responsáveis por consolidar o conjunto proveniente da Califórnia como uma das maiores bandas do mundo. Ainda no final do mês passado, a Kerrang! colocou os Linkin Park no primeiro lugar (numa lista de 50 bandas) do ranking das melhores bandas da actualidade. Pode-se questionar as decisões da banda quanto ao rumo tomado. O que é inquestionável é o seu sucesso e a reputação que goza no seio da indústria musical. E, tendo em conta que há 15/16 anos atrás os Linkin Park passaram por muitas dificuldades, inclusivé a rejeição por parte de várias editoras, foi, sem sombra de dúvida, um trajecto meteórico e sempre em crescendo.

Continuando neste desafio de comparar o antes e o depois, e tendo como ponto de partida a actuação em Texas, actualmente também se observa que a influência de alguns elementos na banda sofreu variações. Joe Hahn, por exemplo, é cada vez menos influente na produção musical (os efeitos da mesa mistura, abundantes no Hybrid Theory e no Meteora, são praticamente inexistentes nos álbuns mais recentes). Brad Delson e a sua guitarra pouco participam nos trabalhos mais electrónicos, sendo que o guitarrista acaba por ser reaproveitado para tocar teclas nas actuações ao vivo, durante alguns temas do A Thousand Suns e Living Things. Brad voltou novamente a ter bastante destaque em The Hunting Party, no qual a guitarra é um instrumento sempre presente e bastante influente, acumulando igualmente a função de produtor deste último álbum. O baixista Phoenix teve ainda uma participação fugaz e efémera como vocalista no tema The Little Things Give You Away que foi composto para Minutes to Midnight. Por fim, Mike Shinoda assumiu-se definitivamente como a principal "arma criativa" da banda. Começou apenas como vocalista em Hybrid Theory, alargou o seu leque de funções com Meteora onde também passou a tocar guitarra, orgão e teclas e, depois disso, teve sempre um papel muito activo e decisivo na produção.

Page 9: Magazine 2ªed

RETROSPECTIVATHE ROOT: FRAT PARTY AT PANKAKE FESTIVAL

Após o lançamento do Hybrid Theory, os Linkin Park tiveram uma ascenção absolutamente meteórica. Foi um início de carreira fenomenal, marcado por um álbum que viria a ser considerado um dos mais influentes da primeira década do novo milénio. Vamos recordar esses tempos através de uma retrospectiva do primeiro documentário produzido pela banda, em Novembro de

2001, Frat Party At Pankake Festival.

Redacção:Cláudia Lupin &Mónica Amorim

16

As diferenças e os contrastes são imensos. É natural que uma banda, à semelhança de qualquer outra coisa, evolua à medida que o tempo vai passando. Mas houve aspectos em que os Linkin Park não acusaram qualquer modificação, mantendo-se fiéis a alguns dos seus princípios e valores. Continuam a ser uma banda bastante acessível aos seus fãs. Neste sentido, é importante realçar que o acesso ao Meet&Greet com a banda requer a subscrição da anualidade do clube de fãs oficial que varia entre 15€ e 90€, valores muito mais baixos comparados com os passes para Meet&Greet com outros artistas que podem ascender aos milhares de euros. A interacção com os fãs foi sempre uma constante ao longo da carreira da banda e, em alguns casos com elementos inovadores. Exemplos disso mesmo foram a distribuição de cd's durante o Rock in Rio, os quebra-cabeças antes do lançamento de Living Things, o vídeo interactivo de Lost in the Echo ou até mesmo a participação de fãs nos concertos (o guitarrista que saltou da plateia para tocar Faint, num concerto em Candem, ou um outro fã que também subiu ao palco para servir de tradutor durante A Place For My Head, no Rock Am Ring 2004).

A responsabilidade social e ambiental é mais uma característica que não mudou nos Linkin Park. Projectos como a Music For Relief ou a Power The World ilustram a vertente altruísta da banda que manteve sempre uma postura pró-activa no combate aos principais problemas que afectam o planeta e a sua população.

A união e a amizade que une os membros dos Linkin Park foi, desde o início, um dos principais pilares do seu sucesso e que, ainda hoje, se mantém inalterável. Não são conhecidos (nem nunca foram) episódios de mau-estar ou de ambientes pouco saudáveis do seio do grupo. Para além de ser evidente a boa disposição que reina na banda, os seus elementos acabam por funcionar como uma espécie de família, que serve de apoio e conforto emocional quando algum membro atravessa um período mais problemático à semelhança do que aconteceu com Chester Bennington nos anos de 2004 e 2005 que, mais tarde, viria a assumir publicamente que Mike Shinoda foi um dos seus principais suportes para ultrapassar os problemas que o apoquentaram e que quase ditaram o seu suicídio.

Por fim, os Linkin Park continuam a ser uma banda bastante morosa na produção de novos trabalhos. O intervalo de tempo mais curto que se verificou entre o lançamento de um álbum e o lançamento do álbum subsequente foi de dois anos. É certo que os Linkin Park já justificaram esse facto, alegando que preferem dedicar mais tempo para concertos e que o processo produtivo é composto por várias fases que exigem tempo e dedicação. Depois do lançamento de A Thousand Suns (mais de 3 anos após o último lançamento), Chester Bennington deixou a promessa de novos álbuns a cada 18 meses. No entanto, desde essa altura, a média está fixada em 24 meses. Embora a quantidade não seja propriamente sinónimo de qualidade, as longas esperas por novos álbuns foi sempre um dos poucos aspectos negativos apontado pelos fãs.

Como foi possível constatar, uma década após esse mítico concerto com que a banda brindou o público de Texas, os Linkin Park são uma banda muito diferente, da qual já só restam ténues vestígios do período retratado em Live in Texas. Resistiram àerosão do tempo, reinventaram-se de forma original e gravaram o seu nome para a eternidade da indústria musical! Como serão os Linkin Park daqui após mais uma década de música?

Page 10: Magazine 2ªed

18

19

SOMOS UMA ESPÉCIE DE FUSÃO DE VÁRIOS ESTILOS

MUSICAIS!Frat Party At Pankake Festival foi o primeiro DVD documentário dos Linkin Park, lançado em 20 de Novembro de 2001 e produzido por Joe Hahn, Bill Berg-Hillinger, David May e Angela Smith.

Numa perspectiva geral, este DVD documenta as rotinas dos elementos da banda durante uma

das tours realizadas para promover o seu álbum de estreia, Hybrid Theory. Os excertos do documentário

alternam com discursos directos de cada membro, videoclips lançados naquela época (In The End, One Step

Closer, Papercut e Crawling), vídeos promocionais de Cure For The Itch e Points of Authority e ainda performances

ao vivo. Este documentário é um retrato perfeito da faceta extrovertida, irreverente e descontraída de uma banda jovem

e ainda numa fase prematura da sua carreira musical.

Logo a abrir, o primeiro discurso directo pertence a Chester Bennington que assume a sua admiração pelos restantes

companheiros, ao afirmar que "nesta banda, cada elemento é único!", enquanto que Rob Bourdon e Mike Shinoda comparam o

grupo a uma família, destacando que reina um forte espírito de grupo e união no seio da banda e que todos estão inteiramente disponíveis

para se apoiarem e auxiliarem uns aos outros.

De seguida, Phoenix fala sobre as potencialidades do uso da internet para divulgar o trabalho da banda. Segundo o baixista, a grande vantagem é o

facto de esta ser gratuita e atingir um grande número de pessoas, para além de ser uma ferramenta bastante útil de comunicação com os fãs e com outras

bandas e também de feedback sobre as músicas criadas.

Posteriormente, seguem-se dois momentos caricatos. Primeiro, Phoenix e Brad Delson protagonizam uma cena hilariante, durante um meet&greet, em que ambos angariam algum

dinheiro e objectos (como pulseiras ou anéis) que são depois entregues a uma fã, de forma aleatória. Por sua vez, Chester Bennington relata o incidente no qual uma aranha lhe mordeu o rabo,

durante a noite, enquanto dormia.

Chester intervém novamente para revelar que a ideia original para o nome da banda, Hybrid Theory, era uma forma de transmitir um registo musical híbrido, que englobava vários estilos. Esta ideia teve que ser abandonada. Perante esta circunstância, Linkin Park foi o nome escolhido e, ao contrário do que se

pensa, não está relacionado com o Lincoln Park (local onde supostamente a banda se encontrava com frequência nos tempos iniciais). Chester explica que o nome Linkin Park não tem, na verdade, nenhum significado. É indefinido, tal como a banda pretendia ser. Única e sem definição quanto ao tipo de música produzida. Joe Hahn e Brad Delson reforçam, de forma bastante convincente, esta ideia avançada por Chester. O DJ aborda a imagem que o grupo tem de si próprio e é peremptório ao declarar que "não nos vemos como uma nova banda de rock pois somos uma espécie de fusão de vários estilos musicais!", enquanto que o guitarrista apresenta a seguinte explicação: "... o nosso objectivo, desde o início, era criar um misto de estilos musicais, como a electrónica, o hip-hop ou o rock alternativo, e misturá-los de forma a criar um registo indistinguível. Não queremos que as pessoas ouçam as nossas músicas e digam que pertencem a um determinado género de música. Queremos que ouçam e digam «isto é Linkin Park!»".

Frat Party At Pankake Festival continua e após um pequeno excerto de mais um momento divertido, em que alguns membros dos Linkin Park aparecem vestidos "à punk" e com perucas no Oz Fest, e o videoclip de Crawling, assiste-se a uma cena que hoje seria impensável: durante a tour pela Europa, a banda passeia pelas ruas de forma totalmente descontraída. Nesta altura os Linkin Park ainda eram, para muitos, perfeitamente desconhecidos, visto que andavam por grandes cidades, cheias de gente, de câmara em punho, e ninguem os reconhecia.

Para o final do documentário estão ainda reservadas partes interessantes. Rob Bourdon é o guia de uma visita detalhada pelo autocarro da tour, onde é possível ver as divisões destinadas ao descanso e à diversão, os dormitórios, a cozinha, a casa de banho e ainda um pequeno estúdio improvisado. De seguida, surge um Like Counter que contabiliza o número de vezes que Brad Delson repete a palavra like, uma passagem do documentário que antecede o momento em que alguns membros da banda recordam a forma como o grupo se originou e desvendam um pouco do seu processo criativo/artístico. Mike Shinoda refere que "apenas quero fazer algo de que, daqui a algum tempo, olhe para trás e sinta orgulho!". Por fim, é revelado um pequeno extracto do instrumental daquilo que viria a ser o primeiro single do Meteora, Somewhere I Belong.

Curiosamente, no Making Of Minutes to Midnight, Mike Shinoda e Chester Bennington destacam o Frat Party At Pankake Festival como um exemplo de que ambos têm pouco talento para colocar um nome aos produtos da banda.

Para além de várias emissões ao vivo de alguns concertos, este DVD contém ainda bónus especiais (Making Of In The End, Crawling filmado no Dragon Festival em Los Angeles, a arte de Mike e Joe e a história e o significado das tatuagens de Chester, My December ou a cover de Crawling realizada Bryson Jones And The Sweethearts Of The Rodeo All-Star Band) e seis bónus extra que estão "escondidos", como Easul (demo de A Place For My Head) ou o incidente da mesa partida em Londres. O modo de acesso a estes extras pode ser consultado na plataforma wiki.lpassociation.com onde está disponível um tutorial com todos os passos para descobrir cada um dos bónus extra presentes em Frat Party At Pankake Festival.

Page 11: Magazine 2ªed

DISTINÇÕESUMA CARREIRA REPLETA DE PRÉMIOS

Desde que se mostraram ao mundo com o Hybrid Theory, os Linkin Park já acumularam 14 anos de carreira e uma colecção interminável de prémios e distinções! Tudo por mérito próprio! Nesta secção vamos rever, por ordem cronológica, os diversos

momentos marcantes da carreira dos Linkin Park.

Redacção:Miguel Oliveira

Avaliar a carreira e o percurso de uma banda somente com base em estatísticas, registos de vendas e bilheteira e a quantidade de nomeações e prémios ganhos é redutor. Bastante redutor, até. São números. Apenas e só números. E os números não traduzem a dimensão emocional e afectiva que, muitas das vezes, uma banda estimula na sua legião de fãs. Provavelmente, o indicador mais fidedigno para calcular a qualidade do trabalho desenvolvido e de uma carreira musical seria mesmo a relação dos fãs com a banda. O fervor e a adrenalina que emanam quando se ouve as músicas; o êxtase, a loucura e a ansiedade de assistir a um concerto; a frequência com que se consome conteúdo difundido pela banda; as iniciativas levadas a cabo para divulgar a banda e o seu trabalho; ou, simplesmente, a paixão e o orgulho com que se assume o fanatismo por uma banda são, de forma inequívoca, sintomas muito mais explícitos e evidentes do que propriamente estatísticas desprovidas de sentimento. E é este sentimento que vincula fãs e banda que origina um fenómeno paralelo e correspondente: os fãs seguem e suportam a banda e banda tem nos seus fãs uma fonte de motivação para continuar a progredir e a desenvolver o seu portfólio musical. Sem fãs, não há bandas e sem bandas, não há fãs.

No caso particular dos Linkin Park, se tivermos em conta o período que decorreu desde a explosão de rap/rock com o álbum de estreia, Hybrid Theory, até ao momento, já lá vai quase década e meia. E, durante todo este tempo, os Linkin Park acumularam um número interminável de nomeações, prémios e distinções. Tudo por mérito próprio, fruto do seu trabalho, da sua dedicação e, principalmente, de um talento divinal que catapultou os Linkin Park para uma das melhores e mais vibrantes bandas do planeta! Ainda recentemente, o sexteto norte-americano eternizou as suas impressões digitais na famosa RockWalk, como uma marca da sua inovação, irreverência e influência que ficou gravada para sempre. Ryan Broderick, membro do staff da plataforma BuzzFeed Music, define os Linkin Park como "a banda mais influente da última década". Sintético e assertivo. Esta descrição é o mote para uma revisão completa e em formato cronológico de todas as nomeações, distinções e prémios com que os Linkin Park foram galardoados ao longo de quase 15 anos repletos de sucessos musicais que nunca serão apagados pela erosão do tempo, como Numb, In The End ou What I've Done, para citar alguns exemplos.

Nota: na secção das nomeações, apenas foram contabilizadas aquelas que não resultaram em prémio. Na contabilização final, o número total de nomeações engloba não só as nomeações (nas quais os Linkin Park não saíram vencedores) mas também os prémios, já que a banda estava nomeada nas categorias em que se sagrou vencedora.

SÃO A BANDA MAIS INFLUENTE DA

ÚLTIMA DÉCADA!!Ryan Broderick, BuzzFeed Music

21

Page 12: Magazine 2ªed

#1 MTV VMA, nas categorias Best Rock Video e Best Directed Video com Crawling; #2 BillBoard Music Awards, nas categorias Rock Band of the Year e New Band of the Year; #3 MTV EMA, na categoria Best Rock;#4 Kerrang! Awards, nas categorias Best Band in the World e Best Single com Crawling.

#1 American Music Awards, na categoria Best Alternative Band;#2 Brit Awards, na categoria Best International Newcomer;#3 Grammy Awards, nas categorias Best Revelation e Best Rock Album com Hybrid Theory; #4 BillBoard Music Awards, nas categorias Band/Duo of the Year e Modern Rock Music of the Year com In The End;#5 Web Awards (com www.linkinpark.com);#6 BRIT Awards, na categoria Best International Newcomer;#7 Echo Awards, na categoria International Newcomer of the Year;#8 MTV Asia Awards, na categoria Favorite Rock Act;#9 MTV VMA, nas categorias Best Group Video com In The End e Video of the Year com In The End;#10 MTV VMA Japan, na categoria Best New Artist;#11 Los Premios MTV Latinoamérica, nas categorias Best New Artist - International e Best Rock Artist - International.

#1 American Music Awards, na categoria de Pop/Rock Band; #2 BillBoard Music Awards, nas categorias Band/Duo of the Year e Modern Rock Band of the Year; #3 MTV EMA, na categoria Best Rock;#4 Los Premios MTV Latinoamérica, na categoria Best Rock Artist International;#5 Echo Awards, na categoria International Artist/Group of the Year;#6 Kerrang! Awards, na categoria Best Single com Faint.

#1 Grammy Awards, na cateogoria Rock Instrumental com Session;#2 BillBoard Music Awards, na categoria Band/Duo of the Year; #3 MTV VMA, na categoria Best Rock Video com Breaking the Habit;#4 MTV VMA Japan, nas categorias Best Rock Video com Somewhere I Belong e Album of the Year com Meteora;#5 Echo Awards, nas categorias International Artist/Group of the Year e International Group of the Year; #6 Kerrang! Awards, na categoria Best Single com Breaking the Habit.

REGISTOS DE VENDAS

NOMEAÇÕES

2001

2002

2003

2004

22 23

#1 Hybrid Theory: 27 milhões de cópias. #2 Reanimation: 2 milhões de cópias. #3 Meteora: 20 milhões de cópias. #4 Live in Texas: 440.000 cópias. #5 Collision Course: 5 milhões de cópias. #6 Minutes to Midnight: 15 milhões de cópias. #7 Road to Revolution: 250.000 cópias. #8 A Thousand Suns: 2.6 milhões de cópias. #9 Living Things: 2.5 milhões de cópias. #10 Recharged: 50.000 cópias vendidas. #11 The Hunting Party: 390.000 cópias.

Page 13: Magazine 2ªed

#1 MTV VMA Brazil, na categoria Best International Video com Jigga What/Faint; #2 MTV VMA Japan, na categoria Best Rock Video com Breaking the Habit;#3 International Dance Music Awards, na categoria Best Alternative/Rock Dance Track com Numb/Encore;#4 Radio Music Awards, na categoria Artist of the Year/Alternative and Active Rock Radio.

#1 American Music Awards, nas categorias Best Pop/Rock Band e Best Pop/Rock Album com Minutes to Midnight;#2 MTV EMA, nas categorias Rock Out e Album of the Year com Minutes to Midnight;#3 MTV VMA, nas categorias Best Editing in a Video e Best Director, ambas com What I've Done e Best Group; #4 BillBoard Music Awards, nas categorias Band/Duo of the Year e Modern Rock Music of the Year com What I've Done;#5 mtvU Woodie Awards, nas categorias The Good Woodie e Viral Woodie com What I've Done;#6 Kerrang! Awards, na categoria Best Video com What I've Done;#7 Planeta Awards, nas categorias Rock Artist of the Year, The Megaplanet of the Year e Rock Song of the Year com What I've Done e Bleed It Out;#8 TMF Awards, nas categorias Best Rock e Best Album com Minutes to Midnight;#9 Choice Awards, nas categorias Choice Rock Group e Choice Rock Track com What I've Done.

#1 Grammy Awards, nas categorias Song of the Year com Shadow of the Day e Record of the Year com Minutes to Midnight; #2 MTV EMA, nas categorias Rock Out e Headliner; #3 MTV Asian Awards, na categoria Bring Da House Down;#4 MTV VMA, nas categorias Best Direction com Shadow of the Day e Best Special Effects com Bleed It Out;#5 MTV VMA Japan, nas categorias Best Rock Video e Best Video From A Film, ambas com What I've Done;#6 Teen Choice Awards, nas categorias Choice Rock Group e Choice Rock Track com Shadow of the Day;

#7 Echo Awards, na categoria International/National Album of the Year com Minutes to Midnight;#8 Nickelodeon Kids' Choice Awards, na categoria Favorite Music Group;#9 People's Choice Awards, na categoria Favorite Song From a Soundtrack - Transformers, The Album com What I've Done;#10 NJR Music Awards, na categoria International Group/Duo of the Year.

#1 Nickelodeon Kids' Choice Awards, na categoria Favorite Music Group;#2 Teen Choice Awards, na categoria Choice Rock Group; #3 MTV EMA, na categoria Best Rock;#4 Los Premios MTV Latinoamérica, na categoria Best Rock Artist - International.

#1 Grammy Awards, na categoria Best Hard Rock Performance com What I've Done Live at Milton Keynes; #2 MTV EMA, na categoria Best Rock;#3 Nickelodeon Kids' Choice Awards, na categoria Favorite Music Group.

#1 People Choice Awards, na categoria Favorite Rock Band;#2 BillBoard Awards, nas categorias Best Rock Band, Best Alternative Band, Best Group/Duo, Best Alternative Album com A Thousand Suns e Best Alternative Music com Waiting For The End;#3 MTV VMA Japan, nas categorias Album of the Year com A Thousand Suns, Best Rock Video e Best Group Video, ambas com The Catalyst;#4 MTV EMA, na categoria Best World Stage Performance; #5 Teen Choice Awards, nas categorias Choice Rock Band e Choice Rock Track com Waiting For The End;#6 MTV VMA, na categoria Best Special Effects com Waiting For The End;#7 MTV Fan Music Awards, nas categorias Best Group e Best Group Video com The Catalyst;#8 International Dance Music Awards, na categoria Best Alternative/Rock Dance Track com The Catalyst.

2005

2007

2008

2009

2010

2011

2524

Page 14: Magazine 2ªed

#1 People Choice Awards, na categoria Favorite Band; #2 MTV VMA, nas categorias Best Rock Video com Burn It Down e Best Special Effects com Burn It Down; #3 MTV EMA, na categoria Best North American Act;#4 Spike Video Game Awards, na categoria Best Song In A Game com Castle of Glass em Medal of Honor: Warfight;#5 Teen Choice Awards, na categoria Choice Rock Group.

#1 People Choice Awards, na categoria Favorite Band;#2 MTV VMA Japan, na categoria Best Album of the Year com Living Things; #3 XBOX Entertainment Awards, na categoria Best Artist.

#1 International Dance Music Awards, na categoria Best Alternative Rock/Dance Music Track com A Light That Never Comes (feat. Steve Aoki);#2 World Music Awards, nas categorias Best Group, Best Live Performance, Best Video com Burn It Down e A Light That Never Comes, World Best Album com Living Things e Recharged e World Best Song com Burn It Down e A Light That Never Comes; #3 MTV VMA, na categoria Best Rock Video com Until It's Gone.

#1 BillBoard Music Award, na categoria Best Modern Rock of the Year; #2 Kerrang! Award, na categoria Best International Newcomer;#3 Rockbjornen Award, nas categorias The Year's Foreign Group e The Year's Foreign Album com Hybrid Theory; #4 Emma Award, na categoria Best Foreign Artist of the Year.

2012

2013 2014

PRÉMIOS E DISTINÇÕES

2001

#1 Grammy Award, na categoria Best Hard Rock Performance com Crawling;#2 World Music Award, na categoria World's Best Selling Rock Group; #3 MTV VMA, na categoria Best Rock Video com In The End; #4 MTV EMA, nas categorias Best Band e Best Hard Rock Performance com Crawling; #5 Sweedish Hit Music Award, na categoria Best Foreign Rock;#6 MTV VMA Brazil, na categoria Best International Video com In The End;#7 MTV Asia Award, na categoria Favorite Breakthrough Artist;#8 Echo Award, na categoria International Artist/Group of the Year.

#1 MTV VMA Award, na categoria Best Rock Video com Somewhere I Belong; #2 World Music Award, na categeoria World's Best Selling Rock Group; #3 American Music Award, na categoria Favorite Alternative Band;#4 Os leitores da revista Rolling Stones elegeram os Linkin Park como a melhor banda de Metal/Hard Rock;#5 MTV VMA Brazil, na categoria Best International Video com Somewhere I Belong;#6 MTV Asia Award, nas categorias Favorite Video com Pts.Of.Athrty e Rock Act;#7 Kerrang! Award, na categoria Best International Act;#8 Mnet Asian Music Award, na categoria Best International Artist;#9 IFPI Hong Kong Top Sales Music Award, na categoria Top 10 Best Selling Foreign Albuns com Meteora.

#1 MTV VMA, na categoria Viewer's Choice Award com Breaking the Habit; #2 American Music Award, na categoria Favorite Alternative Band;#3 MTV EMA, na categoria Best Rock;#4 MTV VMA Brazil, na categoria Best International Video com Numb;#5 MTV Asia Award, nas categorias Favorite Video com Somwhere I Belong e Favorite Rock Act;#6 MuchMusic Video Award, na categoria People's Choice: Favorite International Group; #7 Radio Music Award, nas categorias Artist of the Year: Rock Radio e Song of the Year: Alternative Rock Radio com Numb.

2002

2003

2004

2726

Page 15: Magazine 2ªed

#1 MTV VMA Japan, nas categorias Best Group Video e Best Collaboration, ambas com Numb/Encore; #2 IFPI Hong Kong Top Sales Music Award, na categoria Top 10 Best Selling Foreign Albuns com Collision Course.

#1 Grammy Award, na categoria Best Rap Collaboration com Numb/Encore.

#1 American Music Award, na categoria Best Alternative Band;#2 MTV EMA, na categoria Best Group; #3 Planeta Award, nas categorias Group of the Year e Best Male Interpretation em Bleed It Out (com Mike Shinoda e Chester Bennington);#4 World Music Award, na categoria World's Best Selling Rock Group;#5 IFPI Hong Kong Top Sales Music Award, na categoria Top 10 Best Selling Foreign Albuns com Minutes to Midnight.

#1 Guy's Choice Award, na categoria Balssiest Band; #2 Much Music Award, na categoria Best International Group Video com Bleed It Out;#3 MTV VMA, na categoria Best Rock Video com Shadow of the Day; #4 American Music Award, na categoria Best Alternative Band; #5 MTV Asian Award, na categoria Favorite International Artist of Asia;#6 Echo Award, na categoria International Group of the Year.

2005

2006 2007

2008

2009 #1 MTV EMA, na categoria Best World Stage Performance;#2 Kerrang! Award, na categoria Classic Songwriter Award;#3 Scream Award, na categoria Scream Song of the Year com New Divide.

#1 MTV EMA, na categoria Best Live Act.

#1 MTV EMA, na categoria Best Rock;#2 MTV Game Award, na categoria Best Song In A Video Game (FIFA 11) com Blackout;#3 Echo Award, na categoria Best International Rock/Alternative Group.

#1 MTV EMA, na categoria Best Rock;#2 American Music Award, na categoria Best Alternative Rock Band.

#1 O Music Award, na categoria Best Interactive Video com Lost In The Echo; #2 MTV EMA, na categoria Best World Stage Performance;#3 Echo Award, na categoria Best International Rock/Alternative Group.

2010 2011

2012 2013

2928

Page 16: Magazine 2ªed

CARNIVORES TOURDepois da European Tour, nos meses de Maio e Junho, os Linkin Park voltaram às actuações ao vivo com um novo projecto intitulado Carnivores Tour que conta ainda com a presença de outras bandas como os 30 Seconds to Mars e os AFI. Aqui ficam alguns testemunhos de fãs que marcaram presença neste digressão pelo norte do continente americano.

Redacção:Débora Pereira*

* Em parceria com Linkin Park Fan Corner (http://lpfancorner.com) e ainda com os contributos de Davide Guerreiro e Rúben Gonçalves.

30

Findada esta analepse, que nos levou a viajar no tempo até 2000, o currículo dos Linkin Park apresenta a seguinte contabilização:

1 DISCO DE DIAMANTE: Hybrid Theory90 DISCOS DE PLATINA: Hybrid Theory x36 | Meteora x29 | Minutes to Midnight x20 | A Thousand Suns x535 DISCOS DE OURO: Hybrid Theory x5 | Meteora x6 | Minutes to Midnight x7 | A Thousand Suns x8 | Living Things x9 TOTAL DE ÁLBUNS VENDIDOS: 75 milhões

x178

x62Um pecúlio nada mau para uma banda que ainda vai a caminho dos 15 anos de carreira (uma vez mais, destaque-se que se considera o início de carreira apenas em 2000, pois só a partir desta altura é que os Linkin Park estavam elegíveis para prémios e distinções). Para uma noção mais realística da grandiosidade destes números, a média dos parâmetros contabilizados é a seguinte: por cada ano, os Linkin Park são nomeados 12 vezes, arrecadam 4 prémios e vendem cerca de 5.3 milhões de cópias. Estes números são ainda mais impressionantes se se constatar que foram alcançados com praticamente cinco álbuns de originais, pois The Hunting Party, último álbum da banda, tem pouco mais de dois meses de existência. Ao transitar de uma perspectiva global para uma perspectiva detalhada por épocas de álbuns (o período entre o lançamento de um álbum até ao lançamento do seu sucessor), observa-se que foi com o Meteora que acumularam mais prémios e distinções (25,8% do total), o Minutes to Midnight foi o álbum que mais nomeações gerou (12,9% do total) e o Hybrid Theory foi o álbum mais rentável com cerca de 25 milhões de cópias vendidas.

Números são apenas e só números e as estatísticas valem o que valem. As gerações de fãs, apesar de se renovaram, serão o testemunho mais fidedigno de um património musical que marcou e irá continuar a marcar a indústrial musical! E isso é bem mais valioso que números ou estatísticas que acabarão, inevitavelmente por cair no esquecimento.

NOMEAÇÕES

PRÉMIOS

Page 17: Magazine 2ªed

32

33O conceito ecológico e ambientalista ultrapassou o conceito de tour conjunta e actualmente o propósito primário destes eventos está esquecido. É do conhecimento comum a preocupação que os Linkin Park têm para com as questões ambientais, climáticas e, no fundo, sustentabilidade para um mundo melhor e mais equilibrado. Esta preocupação já se repercutiu em diversas actividades e instituições criadas e a Carnivores Tour foi mais uma dessas actividades pensadas em prol de um economia mais sustentável do ponto de vista ambiental. Jim Digby, director das digressões dos Linkin Park, e Mike Shinoda explicaram, em diversas entrevistas, a logística integrada que se consegue com tours conjuntas, a poupança de energia e os recursos poupados. Podemos imaginar que, contas somadas, transportes, alimentação, recursos humanos diversos (técnicos de som, luz, palco, audiovisuais, catering, logística, entre tantos outros) partilhados com 3 bandas podem tornar estes eventos muito mais rentáveis e "amigos do ambiente". Um tipo de

sinergia que, não só encaixa na perfeição no actual paradigma global como também pode ser uma excelente

alternativa para bandas com menos recursos.

Decerto que os leitores estão recordados da Projekt Revolution (iniciada em 2002) que foi uma inovação na altura em que foi

lançada. Unindo e juntando diversas bandas numa única tour, promovendo espectáculos para diferentes franjas de estilos musicais.

Sempre com a coerência estilística que garanta o sucesso do evento. Neste enquadramento de consciência ambiental, tanto a Projekt Revolution como a

Carnivores Tour têm o mesmo conceito e objectivo ecológico, embora com conceitos musicais e artísticos distintos. Ou seja, este tipo de digressões acabam por ser uma simbiose

perfeita: economia logísitica, música e diversão, e responsabilidade ambiental!

Jim Digby é quem está à frente do projecto (Carnivores Tour) de forma operacional. Já galardoado pelo excelente trabalho que desenvolve, é já uma presença habitual em conferências relativas à área de actividade. Questões logísticas tratadas, passamos à parte mais interessante: os concertos.

Comecemos por Samantha Fern, uma das responsáveis pelo projecto Linkin Park Fan Corner (www.lpfancorner.com), que teve uma experiência a triplicar. Samantha teve o privilégio de ter assistido aos ensaios que decorreram dois dias antes do concerto de abertura da Carnivores Tour (06/08), em West Palm Beach, onde escutou temas que, posteriormente, não foram incluidos no alinhamento como Given Up ou o medley LOATR/SOTD/Iridescent. Marcou presença neste primeiro concerto da digressão (como já referido anteriormente, em West Palm Beach, no dia 08 de Agosto) e ainda foi uma das seleccionadas para participar no Meet&Greet. No que diz respeito aos concertos, nas palavras de Samantha, os AFI não desiludiram e os 30STM são suficientemente bons para entreter. Já os Linkin Park submeteram os seus fãs a um longo período de espera até que, por entre cânticos e vaias, lá subiram ao palco. Após as duas primeiras músicas, Chester Bennington dirige-se ao público para pedir desculpa pelo atraso, explicando que este teve foi causado por um bom motivo mas que não interessava divulgá-lo (sabe-se agora que o atraso se deveu a uma lesão grave nas costas que afectou o vocalista e que quase ditou o cancelamento do espectáculo). Chester terminou o seu discurso agradecendo a paciência do público presente. Samantha, no global, mostrou-se satisfeita com a performance e que, apesar do Chester se ter movimentado muito pouco em palco (por causa da já mencionada lesão), a sua voz esteve irrepreensível. Da setlist apresentada, Samantha destacou Crawling pela emotividade que este tema desperta. Por fim, Samantha adiantou mais algumas notas sobre este concerto ao referir que,

em virtude das limitações físicas de Chester foram feitas alterações cirúrgicas na setlist (Crawling foi um exemplo dos modificações) e que no fim do concerto Mike Shinoda ajudou Chester a movimentar-se para sair do palco.

A nacionalidade portuguesa também esteve representada em alguns dos concertos da Carnivores Tour, casos de Virginia (13/08) e Montreal (23/08). Davide Guimarães, mora em Maryland, estado vizinho da Virgínia e não podia deixar escapar o seu sétimo concerto de Linkin Park: "O concerto foi óptimo como sempre e a setlist estava sólida. Eles não pararam, literalmente. Eu prefiro os álbuns mais recentes, mas houve alguma mistura. Cantaram 5 músicas do novo álbum. Contando com as introduções das músicas e os solos foram 27 músicas". Davide acrescenta ainda que "começaram com Guilty All The Same e terminaram com Bleed It Out. A voz do Chester continua perfeita, e só posso esperar pelo próximo concerto!". Em tom genérico, Davide insurge-se sobre as restantes bandas: "os AFI e os 30 Seconds To Mars também actuaram. Quanto aos primeiros, pouco tenho a dizer, o concerto foi muito banal, a arena ainda não estava cheia então foi um pouco estranho. Quanto aos segundos apesar de gostar algumas músicas, continuo a achar que o Jared Leto não tem grande voz. Nas notas mais altas dava o microfone ao público para cantar. Mas têm uma grande energia em palco e interagem bastante com o público". Já Rúben Gonçalves é emigrante canadiano e esteve no concerto de Montreal. Parco nas palavras, constatou que estar de férias no Canadá já era bom e que assistir ao concerto dos Linkin Park revelou-se um bónus absolutamente fantástico! Rúben diz ainda que os Linkin Park chegaram com a setlist pouco modificada em relação à European Tour "tocando o set B com Dirt Off Your Shoulder/Lying From You, Somewhere I Belong e mais duas músicas do novo álbum nomeadamente Final Masquerade e Rebellion". No final, destacou Dirt Off Your Shoulder/Lying From You como o clímax do concerto de Montreal.

Imagens gentilmente cedidas por

Samantha, Davide e Rúben.

Page 18: Magazine 2ªed

ENTREVISTA | 34

A entrevistada desta segunda edição chama-se Joana Oliveira, tem 18 anos, é de Leiria e está no 12º ano de escolaridade. Toca guitarra (e às vezes baixo) e um dos seus maiores interesses é, sem

dúvida a música, e a arte em geral.

Page 19: Magazine 2ªed

UMA PERSPECTIVA DE THE HUNTING PARTY37

36

Linkin Park PT (LPPT): 1. Quando e como foi o teu primeiro contacto com os Linkin Park? Joana Oliveira (JO): Não tenho bem a certeza mas penso que o meu primeiro contacto com a banda foi quando ouvi a Shadow of the Day pela primeira vez, tinha 11 anos. Adorei a música, fiquei com ela na cabeça durante bastante tempo.

LPPT: 2. Qual(is) a(s) característica(s) dos Linkin Park que estimularam o teu interesse pela banda e que estão na origem do teu fanatismo? JO: Talvez a cumplicidade que têm entre si, são uma banda muito unida e isso nota-se nas suas actuações ao vivo, e também o facto de não se prenderem ao mesmo estilo, estão sempre a inovar e a experimentar coisas diferentes, mantendo sempre as suas próprias características.

LPPT: 3. Recentemente, a banda lançou o seu sexto álbum original, The Hunting Party. Em traços gerais, o que achaste deste

novo trabalho dos Linkin Park? JO: Achei genial porque adoro rock. Desde que soube que os Linkin Park estavam

a trabalhar em algo mais pesado que fiquei expectante quanto ao álbum e não me desiludiu. Adorei os resultados das participações de Rakim, Page Hamilton e Daron Malakian.

Talvez estivesse à espera que a música composta pela banda com o Tom Morello soasse como os Rage Against The Machine, mas a Drawbar ficou excelente, mesmo assim.

LPPT: 4. Dos temas de The Hunting Party, quais aqueles que gostas mais?JO: Escusado será dizer que gosto de todos, mas talvez escolheria All for Nothing, Mark the Graves, A Line in the Sand, War e Rebellion como os meus preferidos.

O novo álbum veio dar uma nova esperança a quem gosta

de música mais «pesada»!

LPPT: 5. Tendo em conta todos os álbuns dos Linkin Park, em que lugar classificas The Hunting Party? JO: É difícil classificá-lo já que a banda adoptou diferentes estilos nos seus álbuns. Considero o The Hunting Party como um dos grandes álbuns da banda mas arriscaria em classificá-lo como o 4º melhor álbum, tendo em conta todos os outros álbuns.

LPPT: 6. Uma das principais características deste novo álbum é a sua ruptura com o passado recente dos Linkin Park, ao adoptar um registo musical pautado pelo rock/metal. Achas que esta foi uma decisão acertada por parte da banda? Porquê? JO: Penso que foi a decisão mais acertada que a banda poderia fazer. Há uma coisa que o Mike Shinoda tem dito em várias entrevistas e que eu concordo plenamente: o rock nos dias de hoje é “fraco”, já não tem a agressividade que tinha anteriormente. Acho que o álbum veio dar uma nova esperança a quem gosta de música mais “pesada”, como é o meu caso. Espero que o álbum sirva para inspirar outras bandas.

LPPT: 7. Surpreendeu-te esta nova sonoridade ou já estavas à espera? JO: Surpreendeu-me bastante, pensei que a banda fosse optar por seguir o estilo de A Thousand Suns e Living Things, algo mais direccionado para a eletrónica, visto que, hoje em dia, grande parte da música tem influências desse estilo, mas arriscaram em seguir um género que muitos julgam morto e penso que foram muito bem-sucedidos!

LPPT: 8. De tudo aquilo que tens visto até agora, como é que achas que a legião de fãs portugueses dos Linkin Park recebeu este The Hunting Party? JO: Acho que o receberam bastante bem. Tenho falado com alguns amigos que também gostam dos Linkin Park e adoram as novas músicas.

LPPT: 9. Qual(is) das novas músicas mais gostaste de ouvir ao vivo? JO: Tenho um enorme orgulho em dizer que fui das primeiras pessoas a ouvir algumas das músicas do novo álbum ao vivo já que estive no concerto dos Linkin Park, em Maio passado, no Rock in Rio. Gostei bastante da Guilty All the Same e especialmente da Wastelands, por ainda não ser conhecida na altura.

LPPT: 10. Para terminar, o que esperas dos futuros álbuns da banda? Que continuem neste registo de The Hunting Party? Que regressem ao nu metal de Hybrid Theory e Meteora? Que voltem ao electro/pop de A Thousand Suns e Living Things? Ou algo totalmente diferente e inovador? JO: Seria muito bom que seguissem este novo registo. Apesar dos meus álbuns preferidos dos Linkin Park serem os primeiros, também gosto bastante do A Thousand Suns e Living Things. Por isso, qual seja o caminho que eles decidam seguir, tenho a certeza de que vou gostar!

Page 20: Magazine 2ªed

AGENDA | 38

Os Linkin Park ainda dedicam uma parte considerável do seu tempo para actuações ao vivo, um pouco por todo o mundo. As próximas digressões, os convidados especiais, as datas e os locais dos concertos. Está tudo aqui, neste espaço

dedicado à agenda dos Linkin Park.Redacção:

Miguel Oliveira

Page 21: Magazine 2ªed

Depois dos concertos pela Europa em Maio e Junho, os Linkin Park estão de regresso para uma nova digressão que contará com a presença dos Of Mice & Men como banda de suporte (curiosamente, os Of Mice & Men também são originários da Califórnia).

A escolha dos Of Mice & Men não foi aleatória. O facto de serem um conjunto de metalcore, com um registo mais pesado e violento, enquadra-se na perfeição não só no novo conceito musical que caracteriza The Hunting Party mas também na filosofia de concertos enérgicos e vibrantes idealizada por Mike Shinoda para a Carnivores Tour e que se estende agora para a Fall European Tour. Neste sentido, os Of Mice & Men manifestaram o seu entusiasmo pela oportunidade de integrarem a digressão europeia dos Linkin Park: "Estamos muito contentes por anunciar a nossa tour, neste Outono, com os Linkin Park, uma banda que revolucionou o padrão da música pesada na última década! Estamos honrados e extremamente ansiosos por esta incrível digressão e para ver os nossos fãs no Reino Unido e na Europa". Ainda recentemente Austin Carlile, vocalista dos Of Mice & Men, voltou a reforçar a sua admiração pelos Linkin Park numa entrevista a Rick Florino na qual revelou que ficou surpreendido quando ouviu os Linkin Park pela primeira vez! Carlile acrescentou ainda que Hybrid Theory foi uma das suas principais influências musicais. Nesta mesma entrevista, também Oliver Sykes, vocalista dos Bring Me The Horizon, admitiu ser fã dos Linkin Park, afirmando que as suas músicas são intemporais e transversais a várias gerações.

Esta, portanto, parece ser uma parceria perfeita para uma tour que está já a gerar uma expectativa muito elevada no seio dos fãs de ambas as bandas. O facto de, no final da primeira quinzena de Agosto, os bilhetes para alguns dos concertos (Bercy, em França, e O2 Arena, em Inglaterra, por exemplo) já se encontravam esgotados, um sinal inequívoco de que muitos são aqueles que não querem perder esta oportunidade de ver e ouvir ao vivo Of Mice & Men e Linkin Park.

É certo que, depois da Carnivores Tour, que termina sensivelmente a meio do mês de Setembro, os Linkin Park têm o bilhete reservado para a Europa. No entanto, ao que parece, a banda ainda vai fazer uma breve escala pela América do Sul, mais concretamente na Argentina e no Brasil. Na Argentina, a banda actuará no dia 10 de Outubro em Buenos Aires enquanto que no Brasil os concertos estão marcados para os dias 18 e 19 do mesmo mês, em Belo Horizonte e em Brasília, respectivamente. Um regresso certamente muito ansiado, principalmente pelos fãs brasileiros.

A Fall European Tour será a primeira oportunidade para os fãs europeus ouvirem, ao vivo, os novos temas que compõem o mais recente trabalho The Hunting Party. Isto já depois de terem tocado Guilty All The Same, Wastelands e Until It's Gone durante a última passagem pela Europa em Maio e Junho. A estas três músicas juntaram-se Final Masquerade e Rebellion na Carnivores Tour, pelo que será de prever novas inclusões nos alinhamentos para os novos concertos que se avizinham.

Suiça será o palco de abertura de uma digressão que se inicia no dia 03 de Novembro e termina no dia 24 do mesmo mês, desta feita em Inglaterra. Ao todo estão marcados 16 concertos que, para além das já mencionadas Suiça e Inglaterra, terão lugar também na Alemanha, na Holanda, na Áustria e em França.

FALL EUROPEAN TOUR 2014 | OF MICE & MEN

40 41

ESTAMOS MUITO CONTENTES POR ANUNCIAR A NOSSA TOUR, NESTE OUTONO, COM OS LINKIN PARK,

UMA BANDA QUE REVOLUCIONOU O PADRÃO DA MÚSICA PESADA NA

ÚLTIMA DÉCADA! Of Mice & Men

DATAS CONCERTOS | FALL EUROPEAN TOUR

DATAS

03.11.201404.11.201406.11.201407.11.201409.11.201410.11.201412.11.201413.11.201414.11.201416.11.201417.11.201419.11.201420.11.201422.11.201423.11.201424.11.2014

CIDADE/PAÍS

Zurique/SuiçaEstugarda/Alemanha

Colónia/AlemanhaAmesterdão/Holanda

Oberhausen/AlemanhaHamburgo/Alemanha

Leipzig/AlemanhaMunique/Alemanha

Viena/ÁustriaParis/França

Frankfurt/AlemanhaBerlin/Alemanha

Bremen/AlemanhaManchester/Inglaterra

Londres/InglaterraLondres/Inglaterra

LOCAL

HallenstadionSchleyerhalleLanxess Arena

Ziggo DomeKoeing-Pilsener Arena

O2 WorldLeipzig ArenaOlympiahalle

StadthalleBercy

FesthalleO2 World

OVB ArenaPhone 4U Arena

O2 ArenaO2 Arena

Page 22: Magazine 2ªed

Ao longo da carreira, os Linkin Park já efectuaram várias parcerias que resultaram na produção de novos álbuns e temas, para além do seu portfólio musical contar com várias demos e músicas raras que são divulgadas através dos cd's anuais do

Linkin Park Underground.

Redacção:Débora Pereira

PROJECTOS PARALELOS | 43

Page 23: Magazine 2ªed

Mike Shinoda disse ainda em diversas entrevistas "para os fãs de Linkin Park que apenas gostam do lado rock, espero que gostem mas nunca se sabe".

O único álbum do grupo foi um sucesso contido que não vingou nos charts. As críticas foram dispersas entre o mediano e o medíocre, algumas parabenizam a capacidade lírica de Shinoda, outras colocam o rapper num patamar de desilusão com poucas skills verbais. Há os que elogiaram a produção do álbum, apelidando-o de surpeendentemente divertido e bem feito aos que definem a capacidade lírica de Mike como "verdadeiramente má". Não é consensual a crítica de The Rising Tied, porém o álbum atingiu a posição nº51 da Billboard Hot200, e um dos singles, Where'd You Go, com Holly Brook, chegou a ocupar o quarto lugar da Billboard Hot100. De destacar que as vendas nos Estados Unidos chegaram às 300.000 cópias e 400.000 no resto do mundo.

PORQUÊ FORT MINOR? Fort representa a força quase militar, o discurso agressivo e violento. Minor, por outro lado, é a nota (musical) mais pequena. Mike Shinoda não quis atrair as atenções para si e enfatiza isso variadas vezes. O rapper quis apenas ter o seu espaço para se expressar através do seu lado hip-hop sem o misturar com outros ritmos ou elementos (como o faz com os Linkin Park).

44

45FORT MINOR | THE RISING TIED

Mike Shinoda é o responsável por este projecto, tendo escrito todas as letras e tocado todos os instrumentos em estúdio. Sendo que seria impossível multiplicar-se no Live Act, tem alguns convidados que o acompanham vocalmente no

álbum e nos espectáculos que se seguiram. Estes convidados vêm de

diversas alas da música e remetem- -nos para a descrição que o próprio Mike

Shinoda faz do seu álbum: "Não é hip-hop puro, mas não é de todo rock". Convidados

como Kenna, Jonah Matranga, Joe Hahn, Eric Bobo dos Cypress Hill, Styles of Beyond, Holly Brook

(actualmente Skylar Grey) e John Legend são alguns dos nomes que participaram na concepção de The Rising

Tied, primeiro e único trabalho do projecto paralelo de Mike Shinoda.

NÃO É HIP-HOP PURO, MAS NÃO É DE TODO ROCK.

De forma genérica, e dado que as letras são da responsabilidade de Mike Shinoda, todos os conteúdos têm referências pessoais do rapper. Opiniões pessoais, leituras sociais e crítica política trazem ao de cima a veia mais reivindicativa e socialmente activa de Shinoda. As suas experiências no início da banda Linkin Park também trouxeram uma leitura diferente da indústria musical e do esforço criativo e humano necessário para defender projectos. Exemplo disso é a Get Me Gone que fala do cepticismo e da crítica a que a banda foi sujeita inicialmente. Em termos estéticos, o álbum é marcado também pela inserção de vários momentos de conversa informal em estúdio. Ouvem-se excertos de conversas com Brad Delson e Jay Z, sobre o álbum, sobre as músicas, sobre os Linkin Park, sobre Mike Shinoda. Essas conversas encaixam entre músicas e em momentos introdutórios de melodias. Destaque natural para a música Kenji, que conta histórias das suas origens japonesas. É a história de um emigrante japonês nos Estados Unidos que é obrigado a deslocar-se para um campo de concentração após o ataque de Pearl Harbor. História verídica que resulta das informações e histórias que Mike reuniu junto do seu pai e tia. Remember The Name e Believe Me são os temas mais populares e conhecidos do público em geral. São músicas que decerto se tornaram "gritos de ipiranga" em diferentes circunstâncias pela força das palavras e convicção do beat. As parcerias trouxeram a qualidade e experiência do hip-hop que Mike quis imprimir a esta sua incursão a solo pela música. Styles of Beyond acompanham Mike Shinoda nesta aventura e, segundo ele, esta cumplicidade nasce de muitos anos de amizade. Styles of Beyond, naturais de San Fernando Valley (Los Angeles), é apreciado pelo estilo de hip-hop underground dos seus elementos: Ryan Patrick Maginn (Ryu) and Takbir Bashir (Tak).

Em entrevista recente, Chester Bennington revelou e explicou o episódio em que é aconselhado pelos agentes a tomar as rédeas da banda pois o mix com o hiphop/rap não era do agrado de quem coordenava a aprovação de projectos e a saída de Mike Shinoda do grupo era uma opção clara.

Por fim, as guerras entre artistas, editoras e representantes são assunto comum na indústria que determinam muitos contratos, fins e inícios de projectos. Neste sentido, um excerto da letra da música Believe Me (ver abaixo) transmite um claro desabafo de Mike Shinoda sobre as contingências de responder às exigências comerciais de quem gere um negócio que vive de criatividade musical.

«I used to have a little bit of a planUsed to have a concept of where I stand

But that concept slipped right out of my handsNow I don't really even know who I am»

Page 24: Magazine 2ªed

MUSIC FOR RELIEF | 46

Para além da qualidade musical indiscutível, os Linkin Park são uma das bandas mais filantrópicas e com maior sentido de responsabilidade social. Foi neste âmbito que nasceu o projecto Music For Relief, cujas angariações se destinam a ajudar as

populações mais necessitadas.

Redacção:Inês Louro

Page 25: Magazine 2ªed

49

ORIGEM, VALORES E CAUSAS

48

A Music For Relief é uma organização de caridade e responsabilidade social fundada, em 2004, pela banda norte-americana Linkin Park, com o intuito inicial de ajudar as vítimas do tsunami no Oceano Índico, sendo que mais tarde esse objectivo viu o seu raio de actividade ser alargado a outras causas humanitárias. Actualmente, o propósito da Music For Relief consiste na prestação de ajuda às vítimas de catástrofes naturais em todo o mundo e despertar a consciência das pessoas para as consequências do aquecimento global.

Desde a sua criação, a Music For Relief já angariou por volta de 6 milhões de dólares destinados a ajudar as vítimas e os sobreviventes das seguintes catástrofes naturais que deixaram um rasto de destruição em vários locais do globo:- Sismo e tsunami no Oceano Índico em 2004;- Furacão Katrina e Rita; - Terramoto Wenchuan na China; - Surto de cólera no Zimbabué; - Terramoto no Haiti em 2010; - Terramoto e tsunami no Japão em 2011; - Tufão Haiyan nas Filipinas em Novembro 2013;- Inundações nos Balcãs em Maio 2014.

ALGUMAS ACTIVIDADESA Music For Relief já organizou alguns concertos solidários com vários artistas e celebridades de renome. O primeiro concerto realizou-se a 17 de Janeiro de 2005 que contou com a presença de Tenacious D (um dos organizadores do evento), Beck, Will Ferrell, Dave Grohl, Josh Homme, e Eddie Vedder. O segundo concerto aconteceu no dia 15 de Fevereiro de 2005, na Califórnia, sendo que os artistas convidados foram

Story of the Year, The Crystal Method, Linkin Park, No Doubt, Camp Freddy e Jurassic 5.

A 19 de Janeiro de 2010, os Linkin Park lançaram uma nova música intitulada Not Alone como parte de uma compilação da

Music For Relief chamada Download to Donate for Haiti, em apoio à crise do terramoto no Haiti. A compilação consiste num conjunto

de músicas, feitas por vários artistas e esta iniciativa visava não só incentivar a doação de verbas como também o valor por cada download

revertia a favor da Music For Relief (cerca de 270 mil dólares em 115 mil downloads), para ajudar as vítimas da população sobrevivente do terramento

que assolou o Haiti. Ainda para auxiliar o povo haitiano, Mike Shinoda desenhou duas t-shirts, cuja receita de vendas também revertia a favor da Music For Relief.

Noutras iniciativas de caridade, Chester Bennington, juntamente com uma fábrica local de snowboard na Califórnia, projectaram uma prancha de snowboard feita de discos de vinil dos Linkin Park, com intuito de angariar donativos para ajudar as vítimas do terramoto/tsunami que devastaram o Japão, em 2011.

A 8 de Novembro de 2011, os Linkin Park foram galardoados com o prémio de Liderança Global no jantar da Leadership Awards da Fundação das Nações Unidas e da Associação das Nações Unidas dos Estados Unidos da América, pelos seus esforços no intuito de destacar a importância da ONU e por utilizar a sua base de fãs para ajudar os mais necessitados através da Music For Relief. A banda anunciou ainda a campanha Power the World, que incentiva os seus fãs a efectuar donativos com o objectivo de disponibilizar energia a milhões de famílias no Haiti, uma vez que o país enfrenta uma grave pobreza a nível energético. Este projecto apoia o conceito de energia sustentável para todos, iniciativa igualmente defendida e suportada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Neste âmbito, os Linkin Park lançaram vários videos no Youtube para promover Power the World.

Como foi referido no início do presente artigo, a Music For Relief também defende uma consciencialização sobre os problemas que podem advir do aquecimento global e, neste sentido, já foram plantadas quase um milhão de árvores na América do Norte com o "selo" da Music For Relief e dos seus apoiantes. Para colocar em marcha este plano de reflorestação, a Music For Relief utilizou algum dinheiro proveniente das vendas dos cd's do Linkin Park Underground.

Outras das estratégias adoptadas pela Music For Relief para angariação de verbas passa pela repartição do preço dos bilhetes dos concertos dos Linkin Park em que, por norma, uma determinada percentagem do preço pago por cada bilhete reverte a favor de uma das causas em que a Music For Relief está envolvida. Foi precisamente neste formato que nasceu a Music For Relief quando, em 2004, 5 dólares de cada bilhete adquirido para a Projekt Revolution tinha como destino auxiliar as pessoas afectadas pelo furacão Katrina. Depois disso, esta estratégia já foi replicada várias vezes em concertos da banda, como na Projekt Revolution, nas edições de 2007 e 2008, e também noutros concertos pontuais.

Page 26: Magazine 2ªed

CRÉDITOS EDITORIAISEdição nº 2: Setembro de 2014Gestão e Desenvolvimento de Conteúdos: Linkin Park PTPaginação, Design e Layout: Miguel OliveiraCapa: Miguel OliveiraAgradecimentos: Linkin Park PT agradece a Cláudia Lupin, Mónica Amorim, Joana Oliveira, Samantha Fern, Davide Guerreiro e Rúben Gonçalves pelos respetivos contributos no desenvolvimento da Magazine Linkin Park PT.

Linkin Park PT, Comunidade Portuguesa de Fãs dos Linkin Park desde 2007.

Website: www.linkinparkpt.comEmail: [email protected]: #1: facebook.com/LinkinParkPortugalFans#2: facebook.com/LinkinParkPortugalTwitter: twitter.com/linkinparkptfInstagram: instagram.com/linkinparkptf

"Linkin Park has the best fans in the world!"

Chester Bennington