mães - fiéis guardadoras

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O que dizer às mães, mulheres tão especiais que se doam para seus filhos com amor incondicional?(..) Mas todas elas merecem o nosso respeito, o nosso carinho e, principalmente, as nossas orações.

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Edição maio de 2009

Gerência de Comunicação

Ana Paula Costa

Copidesque:

Jussara Fonseca

Revisão:

Adriana Santos

Capa e Diagramação:

Junio Amaro

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ApresentAção

O que dizer às mães, mulheres tão especiais que se doam para seus filhos com amor incon-dicional? Todos os anos, no dia que lhes é dedi-cado, elas são parabenizadas, recebem presentes e a família para o almoço. Outras, infelizmente, não têm nada disso, ao contrário, estão choran-do pela falta dos filhos que não as consideram ou pelos que estão perdidos em vícios e tão longe de Deus. Mas todas elas merecem o nosso respei-to, o nosso carinho e, principalmente, as nossas orações.

Palavras seriam insuficientes para expressar tudo que elas representam não somente para a família, mas para toda a nação, pois todo país é

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constituído por famílias. Mas podemos fazer uma linda e poderosa oração e, com ela, resumir todo o nosso amor: “O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz” (Números 6.24).

E foi com o objetivo de abençoar todas as mães, que o Pr. Márcio Valadão escreveu este li-vro. Inspirado pelo Espírito Santo, ele se baseou em uma história muito bonita e tocante contada pelo Pr. Peter Marshall. Ela se chama O guarda das fontes.

A simplicidade da narrativa nos cativa e, no decorrer da mensagem, somos tocados profun-damente pela importância do trabalho de um anônimo guardador de fontes. Com a autoridade de quem conhece a Palavra de Deus, o autor traça um paralelo entre esse homem e mães heroínas da Bíblia. O Pr. Márcio descortina uma autêntica galeria de retratos de mães que souberam guar-dar, desde a nascente, as fontes que jorrariam águas abundantes e preciosas para a glória de Deus: seus filhos.

Que o exemplo destas mulheres bíblicas, mais heroínas ainda por terem se conservado no ano-nimato após cumprirem a sublime missão que Deus lhes confiou, seja incentivo para você, mãe.

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Que esses exemplos possam inspirá-la, incentivá-la e fortalecer a sua fé para que persevere com fé e alegria nesta linda e grandiosa caminhada como fiel guardadora dos seus filhos.

Se você é mãe biológica ou adotiva; se não tem filhos, mas se doa cuidando dos filhos de outras mulheres, saiba que você é agraciada por Deus. Ele lhe confiou uma grande missão e está com você todo o tempo para que possa cumprir com êxito o que lhe foi designado realizar

Que você possa ver os filhos dos seus filhos e que todos eles sejam homens e mulheres de Deus, para a sua alegria e para a glória do próprio Deus.

“O SENHOR te abençoe desde Sião, para que vejas a prosperidade de Jerusalém durante os dias de tua vida, vejas os filhos de teus filhos. Paz sobre Israel! (Salmo 128.5.)

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UmA nArrAtivA

bem A propósito

O amor de mãe é algo tão grandioso que Deus se referiu a ele em sua Palavra: “Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, to-davia, não me esquecerei de ti.” (Isaías 49.15.)

O pastor irlandês Peter Marshall morava nos Estados Unidos e foi para a glória no ano de

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1949. Um de seus sermões, que se tornou muito famoso, é o intitulado O guarda das fontes. Nessa mensagem, o pastor Peter conta esta história:

Havia uma pequena cidade construída no sopé de uma montanha muito verde, com muitas árvores, flores e extensa folhagem. Aquela cida-de era abastecida pela água das fontes da mon-tanha.

A água que brotava das fontes ia para as casas e provia os moradores da cidadezinha. Havia ali muita prosperidade, alegria e comunhão. A água era sempre muito limpa. Naquela montanha, mo-rava um homem conhecido como o guardador das fontes. Ele quase não era visto, mas tinha um trabalho muito singular e de extrema importân-cia naquelas montanhas. O guardador das fontes cuidava de desobstruir qualquer impedimento que existisse nas fontes. Tirava o lodo, a lama, as folhas que caíam na água, enfim, ele era respon-sável por conservar a qualidade daquelas águas. O trabalho dele, aparentemente simples, era vital para aquela cidadezinha.

Em uma das reuniões dos componentes da Câmara Municipal da cidade, durante a qual era verificado o orçamento do município, eles deci-diram que o salário do guardador das fontes era algo desnecessário. Então, decidiram demiti-lo.

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“Este homem não faz nada que seja de real im-portância. Não tem qualquer sentido continuar pagando um guardador de fontes. O trabalho dele é totalmente sem importância. Estamos jogando dinheiro fora”.

Chamaram o guardador das fontes e o demi-tiram com a justificativa de que construiriam um reservatório de água. De fato, construíram um grande reservatório de concreto.

A água que abastecia o reservatório não era pura, pois no percurso das fontes até eles, muitas folhas e outros detritos iam sendo levados com ela. Portanto, a água que ficava nos reservatórios era suja, barrenta e cheia de lodo. Os moinhos da cidade não mais podiam trabalhar como antes por causa da água que estava cheia de detritos. Houve grande epidemia naquele lugar, muitas crianças adoeceram e algumas até morreram. Os cisnes que antes moravam ali foram para outros lugares em busca de água limpa.

Então, os administradores da cidade reconhe-ceram o erro que haviam cometido. Chamaram aquele homem e lhe disseram: “Queremos que o senhor nos desculpe por considerar o seu trabalho insignificante. Constatamos que ele é imprescindí-vel para a saúde de nossa população. O senhor é muito importante para todos nós. Por favor, aceite

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novamente o emprego.” Voltando à sua ativida-de, ele cuidou das fontes, tirou o barro, o lodo, as folhas velhas e os troncos apodrecidos. A água ficou novamente límpida e voltou a correr pura nos riachos, abastecendo aqueles grandes reser-vatórios com água de boa qualidade. A epidemia acabou, a situação da cidade melhorou, o verde voltou e tudo ficou como antes por causa do tra-balho do guarda das fontes.

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pArAlelo oportUno

O pastor Peter Marshall compara o traba-lho das mães com o do guardador das fontes. O serviço que as mães executam é de fundamen-tal importância, mas assim como o trabalho do guardador de fontes, muitas vezes ele não é reco-nhecido como deveria. E, muitos filhos e maridos, assim como os componentes da Câmara Munici-pal daquela cidadezinha, menosprezam as mães e o trabalho delas. Suponhamos que, a exemplo da Câmara daquela cidade, também resolvês-semos dispensar o trabalho das mães alegando que o trabalho delas é insignificante. Então, de-

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cidíssemos que já não precisávamos delas e não justificaria tê-las em nosso lar. Com certeza, assim também como todos aqueles moradores, nós te-ríamos um grande problema. São as mães que ti-ram a sujeira dos filhos, e eu não estou falando de dar um bom banho neles, mas de lhes ensinar a amar a Deus, a discernir o bem e o mal, a fazer as escolhas certas, a perdoar, a não prejudicar os ou-tros e tantas outras coisas que as mães ensinam aos filhos durante toda a vida. Relevar o trabalho das mães seria um grande desastre, como o que aconteceu na cidadezinha das montanhas quan-do o guardador das fontes foi demitido.

A poetisa e escritora Zulmira Braga disse que “a mão que embala o berço é a mão que rege o mundo”. Isso significa que a missão de uma mãe tem relevância muito mais abrangente do que se costuma pensar. Ao educar os filhos, as mães es-tão preparando homens e mulheres para Deus, para a família, para a nação e o mundo. Quantos missionários estão espalhados por este mundo afora? Quantos homens e mulheres estão de-sempenhando funções fora do seu país? Quan-tos filhos e filhas estão sendo bênçãos em sua família e na sua igreja, levando o nome de Jesus por onde passam? E esta educação, que abran-ge as coisas naturais e as espirituais, vem de ber-

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ço. Desde quando as mães começaram a cantar louvores para seus filhos dormirem; e depois contar-lhes histórias bíblicas, e levá-los à escola dominical, ao culto, ao repreendê-los pela disci-plina de Deus... Enfim, esta educação não é algo que se obtém em escolas e universidades secu-lares, mas no convívio diário entre mães e filhos. Podemos dizer que tudo isso começa quando as mães oram por seus filhos ainda no ventre. E os pais não podem se omitir de estarem junto com a esposa nesta caminhada de formação do cará-ter dos seus filhos. A Bíblia declara que os filhos são como flechas nas mãos do guerreiro (Salmo 127.4). Que grande responsabilidade têm os pais! E também está escrito:

A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe. A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela. – “É natural que as crianças façam tolices, mas a correção as ensinará a se comportarem” ( NLTH – Provérbios 29.15; 22.15). Mãe, o seu ministério é uma missão que interfere não apenas na existên-cia dos seus filhos, mas na vida de muitas e mui-tas gerações: filhos, netos, bisnetos...

Muitas mulheres dizem não ter ministério algum apenas porque não trabalham na igreja.

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Embora chamemos o templo onde nos reunimos de igreja, temos de entender que nós somos a Igreja de Cristo. Assim, a Igreja deve ser também a sua família. A sua casa, um templo do Senhor. Você, querida mãe, tem o ministério fundamen-tal de levar seus filhos a ser fontes límpidas para o Senhor e conservá-las limpas, desobstruídas de toda impureza. E, para a glória de Deus, você faz isso de coração, com a sua própria vida. Ao agir assim, todo o curso desta água que se tornou abundante no Senhor fica ainda mais belo, cheio de sorrisos, de poesia e de bênçãos. O seu traba-lho como guardadora das fontes é fundamental!

Veja-se como uma guardadora de fontes! Olhe para si mesma e reconheça-se como uma pessoa muito especial a quem Deus confiou este traba-lho tão importante. É você quem dá o amor, o ca-rinho, a compreensão, os cuidados e tudo o mais de que seus filhos precisam para crescerem feli-zes. É você que lhes oferece o suporte para serem pessoas de bom caráter, bons filhos e bons cris-tãos, cuja vida honra seus pais e glorifica a Deus, nosso Senhor. Se você não se vê assim, considere as palavras do Senhor:

“Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas jóias [...] A força e a digni-dade são os seus vestidos, e, quanto ao dia de ama-

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nhã, não tem preocupações. Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua língua. Atende ao bom andamento da sua casa e não come o pão da preguiça. Levantam-se seus filhos e lhe chamam ditosa; seu marido a louva, dizendo: Muitas mulhe-res procedem virtuosamente, mas tu a todas sobre-pujas. Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada. Dai-lhe do fruto das suas mãos, e de público a louvarão as suas obras.” (Provérbios 31.10, 25-31.)

Muitas mulheres se julgam “apenas uma dona-de-casa”, como se essa função fosse algo medío-cre. Uma dona-de-casa acumula várias funções como a arrumação da casa, a economia do lar, o cuidado com as roupas e a alimentação diária dos membros da família entre outras. Contudo, a mais importante é a educação dos filhos. Não que os pais estejam isentos de serem atuantes neste trabalho, ao contrário, eles são parte fundamen-tal nesse processo, mas como as mães terminam por ficarem mais tempo com os filhos, elas assu-mem mais integralmente a criação deles.

Você pode ter uma empregada doméstica, mas ninguém cuida melhor da sua casa do que você mesma e é você quem vai orientá-la nos serviços a ser desenvolvidos. E, se trabalha fora de casa, você, mãe, estará acumulando funções,

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porque ainda terá de manter o funcionamento da casa e cuidar da educação dos seus filhos. Está vendo como jamais pode se considerar “apenas uma dona-de-casa? O seu ministério de mãe é tão importante quanto o de um pastor. Deus a honrou com esta missão sublime.

Esse ministério deve dominar sua vida, seu coração para que a fonte seja conservada lim-pa. E, desta forma, não apenas a cidade, mas o mundo inteiro será impactado por pessoas que comunicam a glória, a graça e o amor de Deus, nosso Pai.

Na Bíblia existem algumas guardadoras de fontes e vamos conhecê-las, fazendo um passeio pelas páginas do Livro Sagrado.

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AgAr e A fonte

rejeitAdA

Encontramos a primeira destas grandes mu-lheres no livro de Gênesis, capítulo 21, versos 15 e 16: “Tendo-se acabado a água do odre, colocou ela o menino debaixo de um dos arbustos e, afas-tando-se, foi sentar-se defronte, à distância de um tiro de arco; porque dizia: Assim, não verei morrer o menino; e, sentando-se em frente dele, levantou a voz e chorou”.

A primeira mãe que será focalizada chama-se Agar. Ela teve um filho com Abraão. Esse filho foi

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chamado Ismael. Houve uma série de conflitos porque Ismael não nascera segundo a vontade de Deus no seu sentido pleno, mas apenas por sua vontade permissiva. A essência da fé que Abraão e Sara tinham naquele momento era deficiente, não no que se referia à promessa, mas no modo como ela seria cumprida. Sara providenciou sua serva Agar para seu marido, Abraão, para que ela lhe desse um filho. Contudo, depois que conce-bera, Agar passou a humilhar Sara.

Depois disso, Sara ficou grávida e deu à luz um filho a Abraão, que já tinha cem anos. Isso aconteceu no tempo determinado sobre o qual Deus lhe falara. E a ele chamaram Isaque. No dia em que Isaque foi desmamado, Abraão deu um banquete, mas Ismael caçoava de Isaque. Sara pediu que seu marido expulsasse Agar e Ismael de sua casa:

“Levantou-se, pois, Abraão de madrugada, to-mou pão e um odre de água, pô-los às costas de Agar, deu-lhe o menino e a despediu. Ela saiu, an-dando errante pelo deserto de Berseba.” (Gênesis 21.14.) Tendo acabado a água do odre, Agar deixou Ismael debaixo de um dos arbustos e se afastou porque não tinha coragem de vê-lo mor-rer de fome e de sede. Situação dramática aquela! Vemos, hoje, muitas mães, guardadoras de fonte,

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que tiveram um filho incompreendido, não acei-to, não programado. Um filho que não nascera segundo a vontade diretiva de Deus, que viera no momento em que o casal não se via em condições de cuidar de um filho. E, exatamente naquele mo-mento, o filho veio e, com ele, as circunstâncias, as opressões, as confusões, as dificuldades. Pare-ce que ele não nascera para usufruir um jardim, mas para morrer num deserto. Talvez, se estives-se como Agar, num lugar seco e ermo, vendo seu filho naquela situação, você também pensasse: “Não tem jeito!” E quantas vezes você quis fazer o mesmo que Agar: colocar seu filho debaixo de um arbusto e se afastar para chorar e dizer: “Assim não verei morrer o menino...” e sentar-se em frente dele, levantar a voz e chorar. E levantar a voz sig-nifica orar e chorar.

É interessante como a maioria quase absolu-ta das mulheres tem o coração muito mais que-brantado diante de Deus do que normalmente os homens possuem. Existem momentos duran-te os quais não se consegue dialogar com o es-poso, com o filho rebelde, com a sogra... Tempo em que a única opção é o quebrantar-se diante do Pai. Então, você abre o coração diante de Deus e clama por sua intervenção, clama por seu po-der e sua misericórdia.E, quando abrimos o cora-

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ção diante de Deus e clamamos, algo poderoso acontece: “Deus, porém, ouviu a voz do menino, e o Anjo de Deus chamou do céu a Agar” (v.17) A Bíblia não diz que Deus ouviu a voz da mãe, mas sim a voz do menino. Podemos entender que, naquela hora, mãe e filho se identificavam. Aquele rapaz e a mãe eram um só. E isto, a unidade da família, é algo que você precisa sempre entender. Quan-do a família é unida, quando marido e esposa se tornam um, seus filhos também são um com eles, não há separação, não existe divergência, confli-tos, desarmonia e desunião. A dor do filho é a dor da mãe; a alegria do filho é a alegria da mãe. A Pa-lavra de Deus diz que “Deus ouviu a voz do menino e o Anjo de Deus chamou do céu a Agar e disse-lhe: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí onde está. Ergue-te, levanta o rapaz, segura-o pela mão, porque eu farei dele um grande povo” (v.17-18).

Quantas vezes você tem ouvido esta voz de-pois de olhar à sua volta e dizer que não há mais esperança? Se você vir apenas tristeza e dor, se considerar que não tem mais jeito para a sua vida, lembre-se de que Deus é aquele que a cha-ma pelo nome no deserto. Ele é o Deus que faz e cumpre suas promessas (Jeremias 1.12). Revigo-re suas esperanças no Deus todo-poderoso para

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quem não existem impossíveis (Lucas 1.37).Você pode estar hoje com o coração apertado

por causa de um filho ou de todos os seus filhos que ainda estão longe do Senhor, frustrados nos desertos deste mundo, sem Deus, sem esperan-ça... Quem sabe estão no mundo das drogas, do alcoolismo, da prostituição... Mas a Palavra do Senhor lhe diz, “Mãe, ergue-te, não fiques frustra-da; ergue-te, ergue-te! Levanta o teu filho! Levanta aquele que está caído, segura-o pela mão, porque Eu farei dele um grande povo”. Aleluia! Porque Je-sus veio buscar e salvar os perdidos e os doentes! (Lucas 5.32-33) Deus deseja fazer algo maravilho-so na vida dos seus filhos e por intermédio deles. O Senhor quer que eles sejam grandes homens e mulheres para o bem deles e para sua própria glória, para que o nome de Jesus seja exaltado.

Agar foi uma guardadora da sua fonte. Ela não entregou os pontos até mesmo quando pensou que tudo estava perdido. Agar clamou, chorou diante do Senhor e o seu clamor foi ouvido. No momento em que você acreditar que não tem jeito e pensar em cruzar os braços, dizendo que nada mais pode fazer, que nada mais poderá dar certo, lembre-se de que para Deus não existem impossíveis, que todos os impossíveis dos ho-mens são possíveis para Deus (Lucas 1.37; 18.27).

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Você se lembra de quando estava grávida? Quantos sonhos, planos, esperanças, alegrias... Ainda que seu filho não tenha sido programado, mesmo que ele não esteja no caminho do Senhor, acredite que tudo é possível para Deus, que tudo é possível ao que crê (Marcos 9.23). Seja uma guardadora da fonte e, com suas orações, retire todos os detritos da água. Clame a Deus, porque Ele, pela sua fidelidade e misericórdia, suprirá em Cristo Jesus cada uma das suas necessidades (Fi-lipenses 4.19). Se seus filhos são águas limpas, se eles estão no caminho perfeito de Deus, continue sendo esta guardadora da fonte para que do inte-rior deles continuem jorrando rios de água viva, porque Jesus disse: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (João 7.38).

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A gUArdAdorA do menino sAlvo dAs

ágUAs

No Egito, a situação era muito difícil. Faraó ha-via baixado uma lei segundo a qual toda criança do sexo masculino que nascesse teria de ser mor-ta. Por isso, o fato de uma mulher estar grávida não gerava nela alegria, mas medo e apreensão.

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“Foi-se um homem da casa de Levi e casou com uma descendente de Levi. E a mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que era formoso, escon-deu-o por três meses.” (Êxodo 2.1-2.)

A esse menino foi dado o nome de Moisés. Quando ele nasceu, Joquebede deveria tomar seu filhinho nos braços, acariciá-lo e amamentá-lo com alegria. Entretanto, tolhida desse prazer porque havia a lei de Faraó, ela pôde ficar com seu bebê por apenas três meses, foi o tempo que conseguiu escondê-lo. Então, o que fez Joque-bede? Ela teceu um cesto de junco, calafetou-o com betume e piche, colocou Moisés ali dentro e o largou nas águas do rio Nilo. Podemos imagi-nar como estava o coração daquela mãe ao pegar seu filhinho tão amado e abandoná-lo, dentro de um cesto, nas águas do rio Nilo. Mas Deus tinha um plano para vida de Moises.

Não existe uma pessoa sequer que nasça nes-te mundo por acidente. Ninguém nasce sem o consentimento de Deus. Todos os seres humanos são alvo da graça de Deus, do seu amor e da sua vontade. Algumas pessoas se revoltam com cer-tas situações e lamentam: “Meu Deus, por que isto está acontecendo?” Joquebede também deve ter se inquietado e sofrido muito por ser obrigada a viver aquela situação. Contudo, em vez de se re-

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voltar, ela acreditou que Deus tomaria conta do seu filho e certamente orou: “Senhor Deus, meu filho está inteiramente em tuas mãos”. E colocou o menino no rio. O Espírito do Senhor iria guiar aquele pequeno cesto.

Há muitos pais e mães que não querem sol-tar seus filhos e, assim, deixam-nos morrer. Como isso acontece? Deus é um Deus criativo e usa situações paradoxais para nos ensinar e até para salvar pessoas. Quando os pais querem que seus filhos sejam salvos, que sejam libertos, mas não permitem que Deus aja de acordo com a sua perfeita vontade, é como se dissessem: “Os filhos são meus. Eu não os largo de jeito nenhum. Se eles tiverem de sofrer, prefiro que Deus não trate com eles.” Esses pais, até mesmo sem terem consciên-cia disso, estão dedicando seus filhos a falsos de-uses. Por isso, eles vão crescendo com a maldição advinda daqueles deuses. Desse modo, haverá morte ao invés de vida (Provérbios 14.12).

Se a mãe de Moisés quisesse ficar com o neném em casa, teria de abafar seu choro. Daí a pouco, ele cresceria mais e não seria fácil es-condê-lo. Moisés, inevitavelmente, seria morto. Mas, no momento em que ela abriu mão de seu filho, quando ela o colocou no rio e orou “Pai, em tuas mãos está a vida do meu filho, em tuas mãos

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entrego o meu filho”, o que aconteceu? Ela deu liberdade para o Senhor agir. E Deus agiu. Ele nos deu o livre arbítrio, por isso, porque temos o dire-ito de dizer: “Senhor, não quero sua interferência”, muitas pessoas não recebem as bênçãos que Deus tem para elas.

Quando retemos nossos filhos como se fôsse-mos donos deles, pensamos que os temos, mas na verdade nós os perdemos a cada dia. Quando, porém, abrimos mão deles para o Senhor, aí é que os temos realmente, porque Deus trata com cada um e permite que convivamos com eles e desfrutemos uma linda vida em família.

Foi a própria mãe de Moisés quem cuidou dele até a fase adulta, porque a filha de Faraó se ban-hava no rio quando viu o cesto. Então, mandou sua criada buscá-lo e viu que era uma criança:

“Desceu a filha de Faraó para se banhar no rio, e as suas donzelas passeavam pela beira do rio; ven-do ela o cesto no carriçal, enviou a sua criada e o tomou. Abrindo-o, viu a criança; e eis que o menino chorava. Teve compaixão dele e disse: Este é menino dos hebreus. Então, disse sua irmã à filha de Faraó: Queres que eu vá chamar uma das hebréias que sir-va de ama e te crie a criança? Respondeu-lhe a filha de Faraó: Vai. Saiu, pois, a moça e chamou a mãe do menino. Então, lhe disse a filha de Faraó: Leva

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este menino e cria-mo; pagar-te-ei o teu salário. A mulher tomou o menino e o criou. Sendo o menino já grande, ela o trouxe à filha de Faraó, da qual pas-sou ele a ser filho. Esta lhe chamou Moisés e disse: Porque das águas o tirei.” (Êxodo 2.5-10)

Joquebede, mãe de Moisés, cuidou dele e, mais do que isso, recebia salário da parte da fil-ha de Faraó. Nada faltava para Moisés. A criança cresceu como filho de Faraó. Que bênção Deus preparou para aquela família! Moisés foi coloca-do em um cesto, nas águas do rio Nilo; e aquelas águas o levaram ao cumprimento da vontade de Deus para ele.

Hoje, você não vai pôr seu filho em um cesto e colocá-lo em um rio. Há dois mil anos, o Filho de Deus foi colocado em um madeiro, numa rude cruz – este é o lugar onde você deve colocar seu filho diariamente.

Aquele cesto simboliza a cruz; as águas do rio Nilo, a presença do Espírito Santo. É quando navegamos nas águas do Espírito que a perfeita vontade de Deus se cumpre em nossa vida.

Quantos pais agem assim na certeza de que, consagrados ao Senhor, seus filhos crescerão para honra e glória de Deus, nosso Pai, para a fe-licidade deles e da família. Consagre seus filhos ao Senhor!

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AnA, A tecedeirA de

túnicAs

Vamos falar agora de outra guardadora de fontes. Esta se chamava Ana. Ela era estéril e sof-ria muito por não poder ter filhos. Deus, porém, por seu poder, sua bondade e misericórdia, con-cedeu a Ana engravidar e dar à luz um menino. A ele, Ana deu o nome de Samuel e o consagrou ao Senhor. Era o único filho que possuía, mas ela fez um voto:

“Levantou-se Ana, e, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente. E fez

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um voto, dizendo: Senhor dos Exércitos, se benig-namente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por to-dos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha. Levantaram-se de madrugada, e adoraram perante o Senhor, e voltaram, e cheg-aram a sua casa, a Ramá. Elcana coabitou com Ana, sua mulher, e, lembrando-se dela o Senhor, ela concebeu e, passado o devido tempo, teve um filho, a que chamou Samuel, pois dizia: Do Senhor o pedi. Subiu Elcana, seu marido, com toda a sua casa, a oferecer ao Senhor o sacrifício anual e a cumprir o seu voto. Ana, porém, não subiu e disse a seu marido: Quando for o menino desmamado, levá-lo-ei para ser apresentado perante o Senhor e para lá ficar para sempre. Respondeu-lhe Elcana, seu marido: Faze o que melhor te agrade; fica até que o desmames; tão-somente confirme o Senhor a sua palavra. Assim, ficou a mulher e criou o filho ao peito, até que o desmamou. Havendo-o desmama-do, levou-o consigo, com um novilho de três anos, um efa de farinha e um odre de vinho, e o apresen-tou à Casa do Senhor, a Siló. Era o menino ainda muito criança. Imolaram o novilho e trouxeram o menino a Eli. E disse ela: Ah! Meu senhor, tão certo como vives, eu sou aquela mulher que aqui esteve

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contigo, orando ao Senhor. Por este menino orava eu; e o Senhor me concedeu a petição que eu lhe fizera. Pelo que também o trago como devolvido ao Senhor, por todos os dias que viver; pois do Sen-hor o pedi. E eles adoraram ali o Senhor.” (1 Samuel 1.10-11; 19-28.)

Ana cumprira a sua promessa e Deus a aben-çoava. Ela era uma boa guardadora da fonte que o Senhor lhe confiara.

Samuel ministrava perante o Senhor, sendo ainda menino, vestido de uma estola sacerdotal de linho. Sua mãe lhe fazia uma túnica pequena e, de ano em ano, lha trazia quando, com seu mari-do, subia a oferecer o sacrifício anual. Eli aben-çoava a Elcana e a sua mulher e dizia: O Senhor te dê filhos desta mulher, em lugar do filho que devolveu ao Senhor. E voltavam para a sua casa. Abençoou, pois, o Senhor a Ana, e ela concebeu e teve três filhos e duas filhas; e o jovem Samuel crescia diante do Senhor.” (1 Samuel 2.18-21.)

Ana não podia ter filhos, mas Deus a abençoou dando-lhe um filho. Ana o consagrou a Deus, deu a Ele o seu filho único. Aparentemente, Ana perd-era o que mais queria, o que tanto buscara diante de Deus. A casa ficara vazia, não mais se ouvia o choro da criança, tudo estava como era antes do nascimento de Samuel. Mas Ana persistiu, todos

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os anos, ela ia ao Templo. Aquela mulher forte, guardadora de fonte, não ia resmungando nem reclamando. Ia alegremente, levando uma veste nova que seu filho usaria quando fosse ministrar ao Senhor. E Deus a abençoou dando-lhe três fil-hos e duas filhas. Deus é aquele que pode fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensa-mos, conforme o seu poder que opera em nós (Efésios 3.20).

Deus não fica devedor de ninguém. O que você precisa fazer é entregar seus filhos a Ele, é dedicá-los ao Senhor. Talvez o Senhor leve sua filha jovem e bonita para trabalhar no meio dos índios lá na Amazônia. Ela aprenderá costumes diferentes e viverá outro modo de vida. Vocês es-tarão vivendo geograficamente separadas, mas unidas no Senhor. Ela estará levando a luz de Cris-to, o amor e a Salvação que somente Ele pode dar. Sua filha estará servindo ao Senhor. Quem sabe, trabalhando em hospitais, cuidando de pessoas feridas no corpo e na alma. Pode ser que seu filho venha a ser um enfermeiro e tratará de pessoas com doenças contagiosas. Você, mãe, que tanto sonhou outra profissão para ele, lembre-se sem-pre de que onde quer que seu filho esteja, seja qual for a sua ocupação, se ele estiver a serviço de Deus, estará levando o amor do Senhor, sendo

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luz, sendo o sal da terra e, por isso, estará feliz e realizado.

Samuel foi um homem de Deus, foi a boca de Deus, aqui na Terra. Entregue-se e à sua família nas mãos de Deus e Ele agirá poderosamente. E você, mãe, será muito feliz por ver seus filhos honrando o Senhor e sendo felizes por isso.

Rispa, a que enfrentou feras e intempéries A história de Rispa é uma das histórias mais co-moventes que encontramos na Bíblia sobre o amor de mãe.

Muitas são as mães que, conscientes do valor de orar em favor da nação, sofrem porque não veem essa disposição no coração de seus filhos. Elas se entristecem porque seus filhos não se cur-vam para buscar a vontade de Deus para a nação! Quantas mães sofrem pela ausência de um filho que morreu numa guerra estúpida e imoral! Mas, também, existem mães que não gastam tempo algum para buscar a orientação de Deus para os nossos governantes! E um dos ministérios que as mães devem exercer é o de orar pelo nosso governo porque se a situação do país, aliás, do mundo, continuar não andando bem, nossos fil-hos também sofrerão as consequências. Como sabemos que a nossa luta não é contra homens, contra as autoridades estabelecidas por Deus,

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mas sim espiritual, contra as potestades que re-gem as nações, temos de usar armas espirituais.

“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a car-ne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a prepa-ração do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos.” (Efésios 6.11-18.)

No capítulo 21 do livro de 2 Samuel, versos de 1 a 14, encontramos um relato que descreve bem essa responsabilidade. Em Provérbios 26.2, está escrito que “como o pássaro que foge, como a andorinha no seu voo, assim, a maldição sem cau-sa não se cumpre”, mas pesava sobre Israel uma

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maldição de fome e de seca. Existia, no entanto, uma razão oculta para isso e que o povo não conhecia. Durante o tempo em que Saul fora rei, ele havia matado um gibeonita. Anteriormente, o Senhor havia feito um pacto com os gibeoni-tas por intermédio de Josué: eles seriam sempre preservados por Israel, nunca haveriam de ser as-sassinados pelo povo de Deus. Entretanto, Saul quebrou aquele pacto, matando o gibeonita.

Depois de tantos anos, veio a consequência: três anos de fome.

“Houve, em dias de Davi, uma fome de três anos consecutivos. Davi consultou ao Senhor, e o Senhor lhe disse: Há culpa de sangue sobre Saul e sobre a sua casa, porque ele matou os gibeonitas.” (2 Sam-uel 21.1) Davi agiu certo ao consultar a Deus, bus-cando nele a causa daquela maldição. Mas Davi cometeu um terrível erro. Em vez de perguntar ao Senhor o que Ele queria que fosse feito, Davi per-guntou a homens: “Perguntou Davi aos gibeoni-tas: Que quereis que eu vos faça? E que resgate vos darei, para que abençoeis a herança do Senhor?” (v.3). Isso é loucura! Daí surgiu o sofrimento para muitos em Israel. Se nós não estivermos sustentando os nossos governantes em oração, eles errarão muito, tomarão decisões impensa-das que poderão comprometer toda a nação. E

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nós, todos os cidadãos, vamos sofrer as conse-quências. Repito que nossa batalha é espiritual e que por isso temos de sempre abençoar nossos governantes, sustentando-os com orações. As-sim, eles poderão governar mais justa e acerta-damente. Davi deu um passo certo ao buscar do Senhor a causa da maldição, mas errou por recor-rer aos gibeonitas para encontrar a solução para o problema. Os gibeonitas lhe deram uma res-posta absurda: “Então, os gibeonitas lhe disseram: Não é por prata nem ouro que temos questão com Saul e com sua casa; nem tampouco pretendemos matar pessoa alguma em Israel. Disse Davi: Que é, pois, que quereis que vos faça? Responderam ao rei: Quanto ao homem que nos destruiu e procurou que fôssemos assolados, sem que pudéssemos subsistir em limite algum de Israel, de seus filhos se nos deem sete homens, para que os enforquemos ao Senhor, em Gibeá de Saul, o eleito do Senhor. Disse o rei: Eu os darei.” (vv.4-6)

A Bíblia conta que quando os filhos de Saul foram enforcados nos primeiros dias da ceifa e os seus corpos ficaram insepultos, uma mulher entrou em ação: “Então, Rispa, filha de Aiá, tomou um pano de saco e o estendeu para si sobre uma penha, desde o princípio da ceifa até que sobre eles caiu água do céu; e não deixou que as aves do céu

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se aproximassem deles de dia, nem os animais do campo, de noite” (v.10). Rispa era uma das mul-heres que teve filhos com Saul. Ela tivera dois fil-hos com ele. Agora, naquela circunstância, emb-ora experimentasse frio, chuva e calor, ela estava ali junto aos cadáveres de seus filhos. Este é um quadro muito tocante e que nos retrata o amor de mãe. Os filhos estavam mortos, mas a mãe ainda cuidava deles. Ela não permitia que as aves e os animais selvagens devorassem seus corpos. Aquela cena tocou o coração do rei, que ficou to-talmente quebrantado diante da atitude daque-la mãe. Então, ele deu ordem para que aqueles corpos fossem sepultados junto com os ossos de Saul e do filho Jônatas, que também estavam insepultos até então. Querida mãe, se seus filhos ainda não têm Jesus, eles estão mortos espiritual-mente. Poderão ser os jovens mais belos ou as moças mais formosas, mas, se não tiverem Cristo na vida, estarão mortos (Efésios 2.1). E qual é o seu dever de mãe? Seria simplesmente “sepultar” seu filho e falar: “Acabou, morreu. Meu filho não se converte, nunca vai ser salvo, não tem jeito?” Então, cruzar os braços e deixar que as aves venham e o devorem? Essas aves são símbolos de Satanás. Je-sus disse que a ave vem e arranca a semente que é lançada (Mateus 13.4). Você não pode descui-

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dar. Terá de ser como Rispa, que durante o dia e a noite vigiava para que as aves e os animais não devorassem seus filhos mortos. O rei mandou sepultar os filhos de Rispa, mas os seus filhos não serão sepultados sob a terra. Eles serão sepulta-dos com Cristo, vida de pecados, para ressurgir com Ele em uma nova vida, santa e sem pecados (2 Coríntios 5.17). Não será a terra a cobrir seus filhos, mas o sangue de Jesus que vai purificá-los de todo pecado (Tito 2.13-14; 1 João 1.7).

Para algumas famílias a conversão dos filhos é tão fácil! Todos recebem a Jesus, é tudo tão boni-to! Mas para tantas outras é muito difícil. Se essa for a sua situação, não desista, esteja na brecha! Não adianta você ter vitória em todas as outras áreas da vida, e permitir que as aves de rapina devorem seus filhos. Se seu filho está morto em seus delitos e pecados, clame por eles, vigie em oração e apóie-se na Rocha, que é Jesus. Você ob-terá a vitória, porque está escrito que a nossa fé é a vitória que vence o mundo (1 João 5.4).

Existem na Bíblia vários outros exemplos de mulheres que souberam guardar sabiamente os filhos que o Senhor lhes confiou. Entre elas, cita-remos apenas mais três modelos de mães segun-do o coração de Deus.

No livro de 1 Reis, temos a história das duas

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mães cuja causa Salomão julgou. E vemos que a vencedora foi aquela que abriu mão de estar com o filho para que ele pudesse viver.

“Então, vieram duas prostitutas ao rei e se puser-am perante ele. Disse-lhe uma das mulheres: Ah! Senhor meu, eu e esta mulher moramos na mesma casa, onde dei à luz um filho. No terceiro dia, depois do meu parto, também esta mulher teve um filho. Estávamos juntas; nenhuma outra pessoa se acha-va conosco na casa; somente nós ambas estávamos ali. De noite, morreu o filho desta mulher, porquan-to se deitara sobre ele. Levantou-se à meia-noite, e, enquanto dormia a tua serva, tirou-me a meu filho do meu lado, e o deitou nos seus braços; e a seu filho morto deitou-o nos meus. Levantando-me de madrugada para dar de mamar a meu filho, eis que estava morto; mas, reparando nele pela manhã, eis que não era o filho que eu dera à luz. Então, disse a outra mulher: Não, mas o vivo é meu filho; o teu é o morto. Porém esta disse: Não, o morto é teu filho; o meu é o vivo. Assim falaram perante o rei. Então, disse o rei: Esta diz: Este que vive é meu filho, e teu filho é o morto; e esta outra diz: Não, o morto é teu filho, e o meu filho é o vivo. Disse mais o rei: Trazei-me uma espada. Trouxeram uma espada diante do rei. Disse o rei: Dividi em duas partes o menino vivo e dai metade a uma e metade a outra. Então, a mul-

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her cujo filho era o vivo falou ao rei (porque o amor materno se aguçou por seu filho) e disse: Ah! Senhor meu, dai-lhe o menino vivo e por modo nenhum o mateis. Porém a outra dizia: Nem meu nem teu; seja dividido. Então, respondeu o rei: Dai à primeira o menino vivo; não o mateis, porque esta é sua mãe.” (1 Reis 3.16-27).

Que fantástica demonstração de amor! Esta grande guardadora de fontes estava preser-vando a água para que não fosse impedida de prosseguir o seu curso. E o resultado foi que o rei reconheceu o amor dessa mãe e lhe devolveu o filho que a outra queria não apenas roubar, mas iria permitir ser morto, partido ao meio. Mãe, o di-abo quer roubar, matar e destruir seu filho (João 10.10), mas se o entregar ao rei Jesus, você não o perderá, e ele viverá.

Conhecemos outra guardadora de fonte, aquela mulher cananéia que se humilhou aos pés de Jesus para conseguir a libertação da sua filha que estava possessa.

“E eis que uma mulher cananéia, que viera daquelas regiões, clamava: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está horrivel-mente endemoninhada. Ele, porém, não lhe respon-deu palavra. E os seus discípulos, aproximando-se, rogaram-lhe: Despede-a, pois vem clamando atrás

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de nós. Mas Jesus respondeu: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me! En-tão, ele, respondendo, disse: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. Ela, con-tudo, replicou: Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos. Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aque-le momento, sua filha ficou sã” (Mateus 15.22-28).

A guardadora de fonte não tem vergonha de se expor, de se humilhar para garantir a pureza das águas. Ela tem uma única preocupação: a fonte, que é seu filho. Ela paga o preço para ver o filho salvo, investe em oração e jejuns. Ela enfren-ta o caminho por mais árduo que seja, porque confia no Senhor. Tudo para ver o filho bem, salvo e feliz.

Mãe, adore o Senhor, coloque seus filhos di-ante dele em oração, com súplica e ações de gra-ças e seja perseverante. E Deus lhe concederá a Salvação deles: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (Atos 16.31).

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Como último exemplo de guardadora de fonte, citaremos Maria, a mãe de Jesus. Desde a gestação de Jesus, passando pelo nascimento dele, seu ministério terreno e sua morte, ela esta-va ali, junto dele, guardando a fonte que o Deus Altíssimo lhe confiara: a Fonte das águas vivas.

Durante toda a vida terrena de Jesus, Maria estava sempre solícita, atendendo-o, orando por aquele que o Pai enviara para morrer pelo mun-do. E Maria tinha consciência de tudo o que iria

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acontecer, pois fora profetizado que uma espada de dor traspassaria a sua alma (Lucas 2.35).

“Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe do menino: Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos em Israel e para ser alvo de contradição (também uma espada traspassará a tua própria alma), para que se manifestem os pensamentos de muitos cora-ções.” (Lucas 2.34-35.)

Maria enfrentou preconceitos e correu o risco de ser rejeitada pela sociedade e abandonada por José, seu noivo, para cumprir a missão de guarda-dora de uma Fonte muito especial. Ela seria a mãe de Jesus, a mãe do Filho de Deus. Você consegue imaginar quantas situações difíceis Maria enfren-tou como mãe de Jesus? O quanto ela sofreu ao ver o sofrimento do seu filho a caminho da cru-cificação e toda a dor que Ele enfrentou na cru-cificação? No Calvário, o Filho querido, seminu, pendurado no madeiro, feito maldição em nosso lugar (João 19.16-35). Maria estava ao pé da cruz guardando-o, mas também aguardando a vitória, que viria três dias após, com a ressurreição de Je-sus, glorioso, imbatível, soberano, Rei dos reis e Senhor dos senhores:

“Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia. A este ressuscitou Deus no

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terceiro dia e concedeu que fosse manifesto.” (Ma-teus 28.6; Atos 10.40.)

Que belo perfil de guardadora de fonte! Um lindo exemplo de mãe, digno de ser seguido: zelosa, solícita, disponível e amorosa. Acima de tudo, Maria confiava na promessa de Deus que dizia que o fruto do seu ventre viria para salvar o mundo e perpetuar o trono de Davi, seu pai. E para Deus não há impossíveis em todas as suas promessas.

Mãe, vale a pena guardar a fonte que o Sen-hor lhe confiou. Vale a pena consagrar seus filhos a Deus e investir tempo em orações, ministrando bênçãos à vida deles. Seja você também mais uma guardadora de fontes, companheira e ami-ga fiel, que fala com sabedoria e em cuja língua está a instrução da bondade (Provérbios 31.26). Ensine seu filho, ainda pequeno, no caminho em que deva andar para que, mesmo velho, não se desvie dele (Provérbios 22.6).

Que Deus tenha acesso ao seu coração para que permaneça como autêntica guardadora de fontes para o seu bem, o bem da sua família e para a glória de Deus. “Eis que Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei, porque o Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós,

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com alegria, tirareis água das fontes da salvação. Direis naquele dia: Dai graças ao Senhor, invocai o seu nome, tornai manifestos os seus feitos entre os povos, relembrai que é excelso o seu nome. Cantai louvores ao Senhor, porque fez coisas grandiosas; saiba-se isto em toda a terra. Exulta e jubila, ó habi-tante de Sião, porque grande é o Santo de Israel no meio de ti.” (Isaías 12.2-6.)

Mãe, sê tu uma bênção, e que Deus a abençoe!

Pr. Márcio Valadão

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jesUs te AmA e qUer

vocÊ!

1º PASSO: Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Fi-lho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.)

2º PASSO: O Homem é pecador e está separado de Deus. “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.)

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3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, para o conflito do homem. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.)

4º PASSO: É preciso receber a Jesus em nosso coração. “Mas, a todos quan-tos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a.) “Se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu co-ração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.” (Rm 10.9-10.)

5º PASSO: Você gostaria de receber a Cristo em seu coração? Faça essa oração de decisão em voz alta:

“Senhor Jesus eu preciso de Ti, confesso-te o meu pecado de estar longe dos teus ca-minhos. Abro a porta do meu coração e te re-cebo como meu único Salvador e Senhor. Te agradeço porque me aceita assim como eu

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sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para minha vida, amém”.

6º PASSO: Procure uma igreja evan-gélica próxima à sua casa.

Nós estamos reunidos na Igreja Batista da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG.

Nossa igreja está pronta para lhe acom-panhar neste momento tão importante da sua vida.

Nossos principais cultos são realizados aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 18h horas.

Ficaremos felizes com sua visita!

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Gerência de Comunicação

Rua Manoel Macedo, 360 - São Cristóvão

CEP 31110-440 - Belo Horizonte - MG

www.lagoinha.com