mãe... lê pra mim! luiz poeta

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Luzia 07-10-2016

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Me... L Pra Mim! Luiz Poeta

Luiz Gilberto de Barros Me... L Pra Mim! Luiz Poeta Luzia07-10-2016

So me e filho pelas ruas da cidade, buscando algo de valor em cada porta, como objetos reciclveis, quem se importa? um trabalho feito com dignidade.

Entre esses tantos utenslios recolhidos, para o menino, um mais especial: um livro roto que guardou num embornal, que tem palavras e desenhos coloridos.

- Me, l pra mim... o livro velho que eu achei! Ela o olha com ternura, esconde o pranto e lhe sussurra, numa espcie de acalanto: - Eu no sei ler, meu filho, eu nunca estudei.

- Ento, mezinha, l sem ler, inventa a histria! ...olha as figuras, assim que eu tento ler. Ela procura sua lgrima esconder E busca um flash nas esquinas da memria.

Lembra que quando era criana, s dormia, ouvindo os contos infantis que a me contava- Como era bom ! ela relembra eu adorava Voar nas asas de uma nova fantasia...

O filho insiste: - Conta me! ela se anima e inicia a historinha: - Era uma vez um cavalinho que voava o portugus imperfeito, mas a fala... se sublima.

E a exemplo dos que sabem declamar sem ler o texto, essa me analfabeta d ao seu filho, os mesmos olhos de um poeta que se completa quando o sono quer sonhar.

- Promovido pela Academia de Letras de Maring e pela Unio Brasileira de Trovadores de Maring composto s 21 horas e cinco minutos do dia 7 de maro de 2016 do Rio de Janeiro Marechal Hermes poesia feita especialmente para o tema Me Leitora Concurso de Versos Livres de Maring 2016

Luiz Gilberto de Barros Luiz Poeta

So me e filho pelas ruas da cidade, buscando algo de valor em cada porta, como objetos reciclveis, quem se importa? um trabalho feito com dignidade.

Entre esses tantos utenslios recolhidos, para o menino, um mais especial: um livro roto que guardou num embornal, que tem palavras e desenhos coloridos.

- Me, l pra mim... o livro velho que eu achei! Ela o olha com ternura, esconde o pranto e lhe sussurra, numa espcie de acalanto: - Eu no sei ler, meu filho, eu nunca estudei.Me... L Pra Mim!

- Ento, mezinha, l sem ler, inventa a histria! ...olha as figuras, assim que eu tento ler. Ela procura sua lgrima esconder E busca um flash nas esquinas da memria.

Lembra que quando era criana, s dormia, ouvindo os contos infantis que a me contava- Como era bom ! ela relembra eu adorava Voar nas asas de uma nova fantasia...

O filho insiste: - Conta me! ela se anima e inicia a historinha: - Era uma vez um cavalinho que voava o portugus imperfeito, mas a fala... se sublima.

E a exemplo dos que sabem declamar sem ler o texto, essa me analfabeta d ao seu filho, os mesmos olhos de um poeta que se completa quando o sono quer sonhar. Luiz Poeta

Formatao: Luzia GabrieleE-mail: [email protected]: Luiz Gilberto de Barros Luiz Poeta Montagens: Luzia GabrieleImagens: Internet e Arquivo PessoalMsica: Ernesto Cortazar - Moonlight Sonata - Instrumentalhttp://www.slideshare.net/luziagabrielehttps://youtu.be/rL509RlrrZAData : 07 de Outubro de 2016No repasse texto sem autoria Texto sem autor no possui almaLuiz Poeta