macronutrientes do solo

Upload: emerson-vinicius-nascimento

Post on 19-Jul-2015

162 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

FACULDADES INTEGRADAS DE MINEIROS INSTITUTO DE CINCIAS AGRRIAS-ICA FACULDADE DE AGRONOMIA

NUTRIENTES

OUTUBRO/2007 MINEIROS-GO

FACULDADES INTEGRADAS DE MINEIROS INSTITUTO DE CINCIAS AGRRIAS-ICA FACULDADE DE AGRONOMIA

NUTRIENTESDiego Oliveira Ribeiro Laze Aparecida Ferreira Vilela

OUTUBRO/2007 MINEIROS-GO2

SUMRIOINTRODUO.......................................................................................................................06 1. OS ELEMENTOS MINERAIS.............................................................................................07 1.1 CRITRIOS DE ESSENCIALIDADE................................................................................08 2. NITROGNIO.....................................................................................................................10 2.1 INTRODUO.......................................................................................................................10 2.2 FORMAS DE FIXAO DO NITROGENIO.....................................................................102.2.1 FIXAO INDUSTRIAL...............................................................................................................10 2.2.2 FIXAO BIOLGICA................................................................................................................11

2.3 NITROGNIO NO SOLO.................................................................................................112.3.1 FORMAS DE NITROGNIO NO SOLO.......................................................................................11 2.3.2 TRANSFORMAES DO NITROGNIO NO SOLO..................................................................12 2.3.2.1 Amonificao.............................................................................................................................12 2.3.2.2 Nitrificao.................................................................................................................................12 2.3.2.3 Mineralizao............................................................................................................................12 2.3.2.4 Imobilizao...............................................................................................................................13 2.3.2.5 Desnitrificao...........................................................................................................................13

2.4 PERDAS DE NITROGNIO.............................................................................................13 2.5 NITROGNIO NA PLANTA..............................................................................................13 2.6 FUNES DO NITROGNIO NA PLANTA.....................................................................14 2.7 SINTOMATOLOGIA DE CARNCIA NA PLANTA...........................................................15 2.8 CICLO DO NITROGNIO................................................................................................16 2.9 ADUBOS NITROGENADOS............................................................................................16 3. FSFORO..........................................................................................................................19 3.1 INTRODUO.................................................................................................................19 3.2 FSFORO NO SOLO......................................................................................................193.2.1 FORMAS DE FSFORO NO SOLO............................................................................................19 3.2.2 MOVIMENTO DE FSFORO NO SOLO.....................................................................................20 3.2.3 DISPONIBILIDADE DE FSFORO NO SOLO............................................................................21 3.2.4 FATORES QUE AFETAM A DISPONIBILIDADE DE FSFORO...............................................21 3.2.4.1 Tipo de Argila............................................................................................................................21 3.2.4.2 Quantidade de Argila.................................................................................................................22 3.2.4.3 poca de Aplicao...................................................................................................................22

3

3.2.4.4 Aerao.....................................................................................................................................22 3.2.4.5 Compactao............................................................................................................................22 3.2.4.6 Umidade....................................................................................................................................22

3.3 PERDAS DE FSFORO..................................................................................................233.3.1 REMOO PELAS CULTURAS.................................................................................................23 3.3.2 PERDAS POR EROSO.............................................................................................................23 3.3.3 PERDAS POR LIXIVIAO........................................................................................................23

3.4 FONTES DE FSFORO..................................................................................................23 3.5 FSFORO NA PLANTA...................................................................................................24 3.6 FUNES DO FSFORO NA PLANTA..........................................................................24 3.7 SINTOMATOLOGIA DE CARNCIA NA PLANTA...........................................................25 3.8 CICLO DO FSFORO.....................................................................................................25 3.9 ADUBOS FOSFATADOS.................................................................................................263.9.1 FOSFATOS NATURAIS...............................................................................................................26 3.9.2 SUPERFOSFATO SIMPLES.......................................................................................................27 3.9.3 SUPERFOSFATO TRIPLO OU CONCENTRADO......................................................................27 3.9.4 ESCRIA DE THOMAS...............................................................................................................27 3.9.5 TERMOFOSFATO........................................................................................................................27 3.9.6 FOSFATO MONOAMONIO (MAP)..............................................................................................27 3.9.7 FOSFATO DIAMONIO (DAP)......................................................................................................28 3.9.8 PARCIALMENTE ACIDULADO...................................................................................................28

4. POTSSIO.........................................................................................................................29 4.1 INTRODUO.......................................................................................................................29 4.2 POTSSIO NO SOLO......................................................................................................294.2.1 FORMAS DE POTSSIO NO SOLO...........................................................................................29 4.2.2 INTERAO DO POTSSIO COM OUTROS NUTRIENTES.....................................................30

4.3 PERDAS DE POTSSIO.................................................................................................304.3.1 REMOO PELAS CULTURAS.................................................................................................30 4.3.2 PERDAS POR LIXIVIAO........................................................................................................31

4.4 FONTES DE POTSSIO.................................................................................................31 4.5 POTSSIO NA PLANTA..................................................................................................31 4.6 FUNES DO POTSSIO NA PLANTA.........................................................................32 4.7 SINTOMATOLOGIA DE CARNCIA NA PLANTA...........................................................32 4.8 CICLO DO POTSSIO.....................................................................................................33 4.9 ADUBOS POTSSICOS..................................................................................................34

4

5. CLCIO..............................................................................................................................35 5.1 INTRODUO.......................................................................................................................35 5.2 CLCIO NO SOLO...........................................................................................................35 5.3 CLCIO NA PLANTA.......................................................................................................35 5.4 FONTES DE CLCIO ....................................................................................................36 5.5 FUNES DO CLCIO NA PLANTA..............................................................................36 5.6 SINTOMATOLOGIA DE CARNCIA NA PLANTA...........................................................36 5.7 ADUBOS COM CLCIO..................................................................................................37 6. MAGNSIO........................................................................................................................39 6.1 INTRODUO.................................................................................................................39 6.2 MAGNSIO NO SOLO. ...................................................................................................39 6.3 MAGNSIO NA PLANTA.................................................................................................39 6.4 FUNES DO MAGNSIO NA PLANTA........................................................................40 6.5 SINTOMATOLOGIA DE CARNCIA NA PLANTA...........................................................40 6.6 ADUBOS COM MAGNSIO............................................................................................41 7. ENXOFRE..........................................................................................................................42 7.1 INTRODUO..................................................................................................................42 7.2 ENXOFRE NO SOLO.......................................................................................................427.2.1 TRANSFORMAES DO ENXOFRE NO SOLO........................................................................42

7.3 CICLO DO ENXOFRE......................................................................................................43 7.4 ENXOFRE NA PLANTA...................................................................................................43 7.5 FUNES DO ENXOFRE NA PLANTA..........................................................................44 7.6 SINTOMATOLOGIA DE CARENCIA NA PLANTA...........................................................44 7.7 ADUBOS COM ENXOFRE.............................................................................................44. 8. ALUMNIO..........................................................................................................................46 8.1 INTRODUO..................................................................................................................46 8.2 ALMINIO NO SOLO.......................................................................................................46 8.3 ALUMNIO NA PLANTA...................................................................................................468.3.1 TOXIDEZ DE ALMINIO NA PLANTA........................................................................................47

8.4 SINTOMATOLOGIA DE TOXIDEZ NA PLANTA..............................................................48 8.5 TOLERNCIA AO ALUMNIO..........................................................................................49 CONCLUSO.........................................................................................................................50

5

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS......................................................................................52

INTRODUOO solo, do ponto de vista agrcola, consiste numa mistura de materiais minerais e orgnicos presentes na superfcie da terra que serve de ambiente para o crescimento das plantas. O solo, visto como um fator de produo possui duas caractersticas produtividade. A fertilidade est relacionada com a capacidade que um solo tem de fornecer nutrientes s plantas em quantidades adequadas. Dessa forma, a fertilidade pode ser conduzida a condies ideais atravs de prticas de calagem e adubao fundamentadas em bases cientficas. A produtividade de um solo refere-se a sua capacidade em proporcionar rendimento s culturas, podendo ser melhorada apenas pela interveno humana.A prtica da adubao visa corrigir deficincias dos solos e, portanto, necessrio se conhecer o estado inicial dos mesmos, ou seja, suas caractersticas fsicas e propriedades qumicas. No se pode deixar de considerar tambm que os solos so ecossistemas complexos formados por microrganismos e outros organismos alm das prprias plantas. As principais propriedades qumicas dos solos so o pH, a CTC e a quantidade de matria orgnica (PERES, 2002, p. 01).

bsicas

que

revelam

seu

valor

agronmico:

fertilidade

e

De acordo com estudos de Guilherme (2000), a presena de nutrientes constitui-se em um dos aspectos fundamentais para garantir a boa qualidade do solo e seu adequado funcionamento, principalmente no caso de agroecossistemas. Em ecossistemas nativos, a ciclagem natural de nutrientes a grande responsvel pela manuteno do bom funcionamento do ecossistema como um todo. Essa ciclagem fundamental para manter o estoque de nutrientes nos ecossistemas naturais, evitando a perda da fertilidade natural do solo. Diversos elementos qumicos so indispensveis vida vegetal, j que sem eles, as plantas no conseguem completar o seu ciclo de vida (VAN RAIJ, 1991). O presente trabalho tem por objetivo mostrar a importncia desses nutrientes 6

s plantas, bem como seu ciclo na natureza, sua movimentao tanto no solo como na planta, os sintomas que estes podem vir a causar em casos de toxidez ou deficincia e suas fontes na superfcie da Terra.

7

1. OS ELEMENTOS MINERAISPara que uma planta se desenvolva normalmente, ela necessita de alguns requisitos indispensveis, tais como, local favorvel fixao de suas razes, temperatura adequada, luz, ar, gua, quantidade suficiente de elementos nutrientes, etc. Essas necessidades so atendidas, em maior ou menor proporo, pelas condies de clima e solo do local onde se encontra a planta. Quando essas necessidades bsicas so atendidas as plantas, partindo do Carbono (C), Oxignio (O) e Hidrognio (H), retirados do ar, da gua e de diversos elementos provenientes do solo, conseguem, com o auxlio da energia da luz solar, sintetizar a matria orgnica necessria sua prpria formao. Dessa forma, atravs da fotossntese, as plantas tm a capacidade de formar em suas clulas clorofiladas, inicialmente compostos orgnicos de estruturas simples e posteriormente compostos mais complexos, como celulose, amido, gorduras, protenas, enzimas, etc.

Figura 1. Fotossntese

Para sintetizar todas essas substncias, as plantas utilizam 18 elementos considerados indispensveis ao seu metabolismo e so denominados, nutrientes de plantas e so agrupados da seguinte forma: a) Orgnicos: so elementos originados da gua e do ar, os quais so responsveis pela formao de cerca de 90-96% dos tecidos vegetais. Incluem o carbono (C), hidrognio (H) e oxignio (O); b) Minerais: so elementos fornecidos pelo solo e so divididos em 8

macronutrientes (primrios e secundrios) e micronutrientes. Estes so responsveis por cerca de 4-10% dos tecidos vegetais. So considerados Macronutrientes Primrios o nitrognio (N), fsforo (P) e potssio (K); Macronutrientes Secundrios o clcio (Ca), magnsio (Mg) e o enxofre (S); Micronutrientes o boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), mangans (Mn), molibdnio (Mo) e zinco (Zn). Lopes (1937) afirma que os macronutrientes primrios geralmente tornam-se deficientes no solo antes dos demais, devido a maior utilizao desses nutrientes pela planta. Os macronutrientes secundrios so geralmente menos deficientes e usados em quantidades menores, porm, a planta precisa t-los a disposio quando e onde for necessrio. Camargos (2005) ressalta que embora sejam requeridos em menor quantidade, os micronutrientes so to necessrios s plantas quanto os macronutrientes, sendo esta separao meramente quantitativa (pelos teores encontrados nas plantas), podendo variar entre as diferentes espcies.

1.1 CRITRIOS DE ESSENCIALIDADEOs macro e micronutrientes exercem funes especficas na vida da plantas embora em uma ou outra possa haver certo grau de substituio (MALAVOLTA, 2006). Os elementos podem ser classificados de vrias formas, em relao sua funo, sua necessidade, etc. Quanto a sua essencialidade os elementos podem ser classificados em: a) b) Essenciais: so os minerais da planta, ou seja, sem estes a planta no vive; Benficos: so minerais no essenciais, ou seja, a planta pode viver sem eles. No entanto, sua presena capaz de contribuir para o crescimento, produo e, at mesmo, para a resistncia condies desfavorveis do meio, como clima, pragas e doenas; c) Txicos: so elementos prejudiciais s plantas e na se enquadram nas classificaes anteriores. No entanto, alguns elementos tidos como essenciais ou benficos podem se tornar txicos em caso 9

de altas concentraes no solo. Um elemento para ser considerado essencial deve satisfazer dois critrios de essencialidade: o critrio direto e o critrio indireto. a. Critrio direto: so elementos que fazem parte de algum composto ou participam de alguma reao, sem os quais a planta no vive; b. Critrio indireto: so elementos que, quando ausentes, impedem que a planta complete seu ciclo. Esses elementos tm funo especfica (sintomas caractersticos). De acordo com Filho (2007), para atestar que um elemento realmente essencial deve-se seguir os seguintes passos: 1- A planta cultivada em soluo nutritiva na presena e na ausncia do elemento cuja essencialidade se procura demonstrar. Se a planta mostrar anormalidades visveis e depois morrer, o primeiro passo ter sido dado; 2- Quando na falta do elemento e na presena de outros que apresentam caractersticas qumicas muito prximas, a planta tambm morre, isto significa que ele no pode ser substitudo; 3- Quando o elemento em estudo for fornecido s folhas, e estiver ausente da soluo nutritiva, e com isso garantir um crescimento normal da planta, fica evidente que participa diretamente da vida vegetal, no estando a sua presena anulando condies desfavorveis do meio, presentes por ventura no sistema radicular; Camargos (2005) destaca que todos os elementos essenciais devem estar presentes na planta, mas nem todos que esto presentes so essenciais. Os elementos podem ser classificados ainda quanto ao tipo de funo que exercem dentro da planta, sendo ento chamados de: estruturais, constituinte de enzimas ou ativadores enzimticos. a. Estrutural: o elemento faz parte da molcula de um ou mais compostos orgnicos. Ex: nitrognio em aminocidos e protenas, clcio em pectato e o magnsio na clorofila; b. Constituinte de enzimas: trata-se de um caso particular do anterior, referindo-se geralmente a metais ou elementos de transio (molibdnio) que fazem parte do grupo prosttico de enzimas; c. Ativadores enzimticos: so elementos que no fazem parte do grupo prosttico, so dissociveis da frao protica da enzima, porm so 10

necessrios atividade da mesma.

11

2. NITROGNIO 2.1 INTRODUOEntre os elementos essenciais para a vida da planta h mais tomos de nitrognio na matria seca do que de qualquer outro elemento, geralmente, cerca de trs vezes mais (MALAVOLTA, 1981). O nitrognio o nutriente mais utilizado, mais absorvido, mais exportado pelas culturas e de obteno mais cara (dificuldade na quebra de suas molculasN2). Esse elemento, por ser altamente requerido pela maioria das culturas, constituise no fator mais limitante de produo, com exceo das leguminosas que conseguem fix-lo de maneira diferente das demais plantas. O nitrognio constitui quase 78% da atmosfera, a qual a principal fonte do elemento, sendo encontrado na forma de N2 (gs nitrognio), no diretamente aproveitvel pelas plantas. Embora seja um dos elementos mais difundidos na natureza, o nitrognio, praticamente no existe nas rochas que do origem aos solos.

2.2 FORMAS DE FIXAO DO NITROGENIOPara que seja possvel o aproveitamento do nitrognio atmosfrico existem dois processos que fixam o elemento e o transferem para o solo deixando-o disponvel s plantas. Esses processos so: a fixao biolgica e a fixao industrial. 2.2.1 FIXAO INDUSTRIAL O processo de fixao industrial baseia-se em captar o N2 atravs da sua reduo por H proveniente de compostos derivados do petrleo, na presena de alta temperatura (450 C), alta presso (200 atm) e de catalisador, tendo como produto final o gs amnia (NH3), que o produto base para a obteno de adubos nitrogenados. Esse processo responsvel por 20% de todo o N fixado por ano e devido a 12

sua complexidade envolve um alto investimento.

2.2.2 FIXAO BIOLGICA A fixao biolgica responsvel por 80% do N fixado por ano, podendo ocorrer tanto em ambiente aqutico como terrestre. Filho (2007) classifica a fixao biolgica da seguinte forma: a) Sistema livre: ocorrem livres no solo, em condies aerbicas, dependem de um filme de umidade para proliferarem. Exemplos: Bactria - Beijerinckia (3-9 kg/ha. ano, consorciada com a cana); Azotobacter (6-8 kg/ha ano); Cianobactrias (3-12 kg/ha ano). b) Associaes menos ntimas: associaes com a finalidade de ajuda mtua. Exemplos: Lquen - Fungo + Alga + Bactria; Azolla - Cianobactria + Pteridfita. c) Sistema simbiticos: associao de plantas + bactrias, sendo bastante importante para o contexto agrcola. Exemplos: Leguminosas + Rhizobium e cana-de-acar + Acetobacter diazotrophicus. No sistema simbitico a planta e a bactria beneficiam-se mutuamente. A bactria recebe da planta carboidratos da fotossntese e a planta se beneficia com o N fixado pelas bactrias no interior dos ndulos. Os organismos responsveis pela fixao so as bactrias dos gneros Rhizobium (feijo), Bradyrhizobium (soja) e Azorhizobium (outras espcies)

2.3 NITROGNIO NO SOLO2.3.1 FORMAS DE NITROGNIO NO SOLO No solo, o nitrognio, apresenta-se ligado MO, sendo que somente cerca de 2% liberado ao ano na forma de NO3-, que prontamente aproveitado pela planta. 13

No entanto, pode ocorrer de diversas formas no solo. O nitrognio elementar (N2) encontrado em abundncia no ar do solo. Em formas inorgnicas combinadas o nitrognio ocorre nos solos como xido nitroso (N2O), xido ntrico (NO), nitrognio amoniacal (NH4+) e nitrato (NO3-) 2.3.2 TRANSFORMAES DO NITROGNIO NO SOLO O nitrognio no solo est sujeito a um grande nmero de processos, que resultam em transformaes de formas orgnicas em inorgnicas e vice-versa, e que podem resultar em ganhos ou perdas do sistema como um todo (VAN RAIJ, 1991). As principais transformaes que o nitrognio sofre no solo incluem os processos de amonificao, mineralizao, nitrificao, imobilizao, desnitrificao e a fixao biolgica (descrita anteriormente). 2.3.2.1 Amonificao: A amonificao refere-se a transformao do nitrognio orgnico em NH3;

2.3.2.2 Nitrificao A nitrificao compreende a passagem de NH4+ a NO3-, sendo dividida em dois processos: a) Nitritao: oxidao do NH4+ a NO2-, tendo como agentes os nitrossomomas;

b) Nitratao: reduo de NO2- a NO3-, tendo como agentes as nitrobacter.

2.3.2.3 Mineralizao A mineralizao um processo de transformao do nitrognio orgnico, no 14

sendo assimilvel pelas plantas dessa forma, para a forma mineral, assimilvel. Este processo compreende duas etapas: amonificao e nitrificao (j descritas). 2.3.2.4 Imobilizao A imobilizao um processo inverso mineralizao, ou seja, a transformao do nitrognio da forma mineral para a forma orgnica, devido a sua utilizao por microrganismos do solo. , portanto uma transformao do N da forma assimilvel para a forma no assimilvel pelas plantas. 2.3.2.5 Desnitrificao A desnitrificao o principal processo de perda de N e consiste na produo de formas gasosas de N a partir de NO2- e NO3-. Esse processo ocorre em condies de solo encharcado, ou seja, anaerobiose.

2.4 PERDAS DE NITROGNIOAlm da remoo pelas culturas, o nitrognio pode ser perdido por lixiviao, volatilizao e eroso. Trabalhos apresentados por Van Raij (1991) mostraram que o nitrognio o nutriente que mais se perde por eroso, devido a sua concentrao nas camadas mais superficiais do solo, onde o processo de eroso atua. Alm disso, as partculas de MO (sua maior concentrao) e de argila envolvidas com MO erodem mais facilmente do que as partculas minerais maiores do solo. De todo o nitrognio perdido por lixiviao cerca de 99% encontra-se na forma de nitrato. Isso se deve a sua alta solubilidade na gua e ao fato de possuir cargas negativas, ou seja, mesma carga do complexo de troca. As perdas por volatilizao referem-se s perdas quando ocorre a desnitrificao, mas a volatilizao mais temida pelo agricultor da amnia que pode ser originada da mineralizao do N da MO ou da adio de fertilizantes.

2.5 NITROGNIO NA PLANTANitrato e Amnio so as maiores formas de nitrognio inorgnico que podem ser absorvidos pelas razes de plantas superiores. A maior parte de amnia incorporada a compostos orgnicos nas razes, enquanto que o

15

nitrato devido sua mobilidade no xilema pode ser encontrado nos vacolos de razes, folhas e em rgos de armazenamento. O acmulo de nitrato nos vacolos so importantes para o balano ction-nion, para o equilbrio osmtico e para a qualidade de vegetais e de forrageiras em geral (FILHO, 2007).

A absoro de N via radicular ocorre em ordem decrescente de preferncia, nas formas de aminocidos (AA), amidas, uria, NH4+ e NO3-, sendo que as formas de NH4+ e NO3- dependem da mineralizao da matria orgnica e do pH do solo, pois se o pH cido h o predomnio de NH4+ e se o pH tende neutralidade, temos o NO3-.

O contato de nitrognio com a raiz da planta ocorre por fluxo de massa (99%) e somente 1% ocorre por interceptao radicular. O transporte do nitrognio dentro da planta ocorre pelo xilema na forma em foi absorvido (NH4+ e NO3-) e sua redistribuio feita atravs do floema na forma de aminocidos (AA) e amidas.

2.6 FUNES DO NITROGNIO NA PLANTAO nitrognio possui duas funes principais: estrutural e participao em processos metablicos. A tabela 1 relaciona os principais compostos nitrogenados que se encontram nas plantas e indica os processos que participam.Tabela 1. Compostos nitrogenados e sua participao em alguns processos.

ESTRUTURA Aminocidos Protenas Bases nitrogenadas cidos nuclicos Enzimas Coenzimas Vitaminas Glicoprotenas

CONSTITUINTE OU ATIVADORES ENZIMTICOS

PROCESSO Absoro inica Fotossntese Respirao

Todos (constituintes)

Sntese em geral Multiplicao e Diferenciao celular Herana Gnica

16

PigmentosFonte: Malavolta, 2006.

O nitrognio tambm est relacionado qualidade de produo atravs de: - estimulo ao crescimento de razes; - ajuda na absoro de clcio (NO3-); - estimulo a formao e o desenvolvimento de gemas florferas e frutferas; - maior vegetao e perfilhamento (gramneas); - aumento do teor de protenas em gros

2.7 SINTOMATOLOGIA DE CARNCIA NA PLANTAO principal sintoma da carncia ou falta de nitrognio nas plantas uma clorose generalizada nas folhas mais velhas, enquanto que as folhas mais novas se mantm verdes. A colorao amarelada est associada degradao da clorofila e com a modificao da forma do cloroplasto. Dentre os demais sintomas visveis pode-se citar: - folhas amareladas, inicialmente as mais velhas; - ngulo agudo entre caule e folhas; - dormncia de gemas laterais; - reduo do perfilhamento; - senescncia precoce; - crescimento em geral diminudo, com possvel aumento no comprimento das razes; Dentre os sintomas qumicos pode-se citar: - baixo teor de clorofila; - produo de outros pigmentos; Dentre os sintomas citolgicos pode-se citar: - pequenos ncleos; - cloroplastos pequenos; Dentre os sintomas metablicos pode-se citar: - reduo da sntese de protenas; - alto contedo de aucares e alta presso osmtica.

17

Em caso de excesso de nitrognio na planta, esta apresenta os seguintes sintomas: - aumento da fase vegetativa; - atraso no florescimento; - pode haver reduo na frutificao; Em geral, as principais causas de deficincia de nitrognio no Brasil so: - solos pobres em matria orgnica; - acidez - menor mineralizao; - lixiviao; - seca prolongada;

2.8 CICLO DO NITROGNIOMalavolta (2006) descreve o ciclo do carbono da seguinte forma: O nitrognio responsvel por 5% da matria orgnica do solo (MO). Cerca de 98% est em forma orgnica e somente 2% encontra-se em forma mineral. No deve-se esquecer a presena de formas gasosas (N2 do ar do solo e dos xidos de nitrognio). Os compostos nitrogenados so mineralizados pelos microrganismos do solo. A multiplicao e a atividade dos microrganismos que decompem os restos vegetais e animais, transformando-os em MO, exige a assimilao de N mineral em protoplasma microbiano. O nitrognio pode ser adicionado ao solo como fertilizante mineral, restos orgnicos, gua das chuvas (que arrastam o N da atmosfera combinado com oxignio) e pela fixao biolgica. Pela decomposio do nitrato, nitrito e volatilizao da amnia, parte do N fixado volta atmosfera de onde veio fechando o ciclo como mostra a figura 2.

2.9 ADUBOS NITROGENADOSA fertilizao nitrogenada uma complementao capacidade de suprimento de nitrognio dos solos, a partir da mineralizao de seus estoques de MO. Em funo de sua forma de atuao e das condies gerais de emprego habitual classificar os fertilizantes nitrogenados em orgnicos e qumicos, cuja 18

seleo de uma ou outra forma depende dos fatores e condies do solo, das condies climticas, da velocidade de atuao e do valor econmico. Devido sua alta mobilidade, a quantidade total de nitrognio adicionada com os fertilizantes nitrogenados deve ser aplicada de forma fracionada, a fim de que a planta possa encontrar no solo o nitrognio que necessita, nos perodos crticos do seu ciclo vital.

Figura 2. Ciclo do Nitrognio.

Os principais adubos nitrogenados minerais so divididos em quatro grupos: Amoniacais: apresentam o nitrognio na forma amoniacal. Ntricos: apresentam o nitrognio na forma ntrica. Ntrico-amoniacais: apresentam o nitrognio na forma ntrica e amoniacal. Amdicos: apresentam o nitrognio na forma amdica (uria). Os fertilizantes nitrogenados orgnicos so provenientes da mineralizao dos resduos vegetais e animais, atravs da ao efetiva da microbiota do solo.

19

Tabela 2. Principais fertilizantes minerais e orgnicos nitrogenados.

FERTILIZANTES MINERAIS Fertilizante Amnia anidra gua amoniacal Nitrato de sdio Uria Nitrato de amnio Sulfato de amnio Cloreto de amnio Nitrato de sdio Nitrato de potssio Nitrato de clcio Nitrato de amnio e clcio Nitrosulfoclcio % de N 82 10 15 44 32 21 25 16 13 16 20 25 Forma do N NH4+ NH4+ NO3NH2 NO3NH4+ NH4+ NO3NO3NO3NH4+ e NO3NH4+ e NO3-

FERTILIZANTES ORGNICOS Fertilizante Esterco eqino Esterco bovino Esterco suno Esterco de galinha Torta de amendoim Torta de coco Torta de soja Sangue seco Bagao de cana Torta de algodo Torta de mamona Borra de caf % de N 1,44 1,67 1,86 2,76 7,65 4,37 6,56 11,80 1 5 5 2,30

20

3. FSFORO 3.1 INTRODUODentre os trs macronutrientes primrios, o fsforo o menos exigido pela plantas e, contraditoriamente, o nutriente mais utilizado em adubaes no Brasil. Essa situao resultante da carncia generalizada de fsforo nos solos brasileiros e, principalmente devido sua forte interao com o solo, especialmente solos argilosos.Assim, ao estudar o fsforo, torna-se necessrio reconhecer as interaes do elemento com o solo e compreender a dinmica das formas disponveis para as plantas. Tal conhecimento indispensvel para a avaliao da disponibilidade do nutriente no solo e para orientar a prtica da adubao fosfatada (VAN RAIJ, 1991).

3.2 FSFORO NO SOLO3.2.1 FORMAS DE FSFORO NO SOLO

O fsforo (P) encontra-se na soluo como ons ortofosfatos, o qual uma forma derivada do cido artofosfrico (H3PO4). Este elemento pode ocorrer no solo em formas inorgnicas ou orgnicas, sendo que o ltimo se eleva com o aumento da MO e com a diminuio do pH. A forma qumica do P no solo depende do seu pH, sendo que na faixa entre 4 e 8 predomina a forma H2PO4-, sendo esta a forma preferencial de absoro pela planta. Este elemento fortemente influenciado pela concentrao de Mg2+ , ou seja, sinergismo. Pode ainda ser encontrado nas seguintes condies: Fsforo fixado: encontra-se na forma inorgnica e est fortemente adsorvido ao solo, geralmente ligado ao Al, Fe e Ca dos minerais de argila; Fsforo disponvel: encontra-se na forma inorgnica e est fracamente adsorvido ou presente na soluo do solo; 21

Fsforo solvel: encontram-se na forma inorgnica, disponvel s plantas e est nas formas H2PO4-, HPO42-, PO43-; Fsforo orgnico: refere-se ao fsforo ligado aos compostos orgnicos, como cidos nuclicos, fosfolipdeos, etc.

Figura 3. Formas de Fsforo no sistema solo-planta.

3.2.2 MOVIMENTO DE FSFORO NO SOLO

O fsforo se movimenta pouqussimo na maioria dos solos, sendo que geralmente permanece onde colocado, seja por intemperismo dos minerais seja por adubao. Dessa forma, raramente ocorrem perdas de fsforo por lixiviao, mesmo que este tenha maior mobilidade em solos arenosos. Quase todo o fsforo movimenta-se no solo por difuso, sendo um processo lento e de pouca amplitude, o qual depende da umidade do solo. Devido baixa mobilidade do fsforo a sua absoro pode ficar ainda mais 22

comprometida em solos compactados, devido ao fato da resistncia mecnica do solo reduzir a habilidade das razes em absorver o fsforo alm de favorecer a sua adsoro especfica.

3.2.3 DISPONIBILIDADE DE FSFORO NO SOLO

As plantas absorvem P da soluo do solo. Sob esse ponto de vista, o nico P imediatamente disponvel, um dado momento, ria aquela em soluo (VAN RAIJ, 1991). Infelizmente, os teores de P presentes na soluo do solo so, geralmente, muito baixos, fazendo com o P seja um fator limitante de produo, principalmente em solo tropicais. Grande parte dos solos brasileiros so intemperizados e apresentam xidos de Fe e Al e argilas do grupo da caulinita como principais constituintes da frao argila, minerais caracterizados pela presena de cargas de superfcie variveis segundo a reao do solo. Nas condies de reao cida a moderadamente cida, os xidos de ferro e alumnio apresentam-se preferencialmente com cargas positivas, sendo assim capazes de reter em sua superfcie vrios tipos de nions, predomnio de ons fosfatos, esse fenmeno conhecido como adsoro especfica1. Este tipo de adsoro de baixa reversibilidade e constitui-se no principal responsvel pela fixao de P no solo, principalmente nos solos descritos acima. 3.2.4 FATORES QUE AFETAM A DISPONIBILIDADE DE FSFORO Quando fosfatos so adicionados ao solo, a maior parte do fsforo passa para a fase slida atravs. De acordo com Lopes (1989), a disponibilidade do fsforo pode ser afetada por diversos fatores: 3.2.4.1 Tipo de Argila

1

Adsoro especfica: reteno de nions pela fase slida, por meio de ligaes fortes (covalentes), passando a fazer parte da estrutura da micela.

23

Solos com altos teores de argilas cauliniticas ou xidos de Fe e Al fixam mais fsforo adicionado do que qualquer outro solo. 3.2.4.2 Quantidade de Argila Solos com alto teor de argila fixam mais fsforo do que solos argilosos. 3.2.4.3 poca de Aplicao Quanto maior for o perodo de contato do solo com o fsforo adicionado, maiores so as chances para fixao. Em solos com alta capacidade de fixao, a cultura precisa absorver o fsforo antes que este seja adsorvido pelo solo, sendo necessrias adubaes em linha que reduzam ao mximo as chances dessa fixao ocorrer. 3.2.4.4 Aerao O oxignio necessrio para o crescimento da planta e para a absoro dos nutrientes. Isso se deve por que o oxignio tambm essencial para decomposio biolgica da matria orgnica, a qual fonte de P. 3.2.4.5 Compactao A compactao reduz a aerao e o espao poroso na zona radicular, reduzindo a absoro de fsforo e o crescimento das plantas. Dessa forma, diminui o volume de solo que as razes podem penetrar limitando o acesso das mesmas ao fsforo do solo e favorecendo sua adsoro nas micelas do solo. 3.2.4.6 Umidade O aumento da umidade do solo at nveis timos torna o P mais disponvel para as plantas, mas o excesso de umidade exclui o O2, limitando o crescimento das razes e reduzindo a absoro de P.

24

3.3 PERDAS DE FSFORO3.3.1 REMOO PELAS CULTURAS Todas as culturas removem muito pequenas quantidades de fsforo do solo. Dos trs macronutrientes principais, o menos absorvido pelas plantas. A mdia de remoo em torno de 5kg/ha/ano (COELHO, 1973). 3.3.2 PERDAS POR EROSO A eroso um tipo de a perda mais drstica do que a remoo pelas culturas. Entretanto, o P removido pelas plantas est em forma disponvel, enquanto o removido pela eroso possui pequena proporo das formas de fsforo disponvel. As perdas por eroso so grandes porque o P contido em grande parte pela MO, a qual concentrada na camada superficial. 3.3.3 PERDAS POR LIXIVIAO Os fertilizantes fosfatados solveis reagem rapidamente com o solo, permanecendo, em sua maior parte, perto do local de adio. Em conseqncia da baixa solubilidade e limitado movimento do P no solo, sua perda por lixiviao desprezvel na maioria dos solos.

3.4 FONTES DE FSFOROAs fontes minerais de fsforo so todas originadas de rochas fosfticas, conhecidas como fosfatos naturais, que so encontrados na forma de compostos de ferro, alumnio e de clcio. Os fosfatos de ferro e de alumnio tm sua solubilidade aumentada com a elevao do pH do solo. Os fosfatos de clcio (apatitas e fosforitas), por sua vez, so mais solveis em solos com pH cido.

25

No comrcio, so encontradas fontes naturais de fsforo e fontes industrializadas, obtidas a partir das naturais. Existem trs grupos de rochas fosfticas ou fosfatos triclcicos: Fluorapatitas: Ca10(PO4)6F2; Hidroxiapatitas: Ca10(PO4)6OH2; Carbonatoapatitas: Ca10(PO4)6CO3. A reatividade do fosfato natural est diretamente relacionada com o grau de substituies isomrficas, ou seja, quanto maior substituio do PO4-3 pelo CO3-2+Fmaior a reatividade do mesmo.

3.5 FSFORO NA PLANTAAo contrrio do nitrato e do sulfato, o fosfato no reduzido na planta a um estado de oxidao diferente daquele em que foi absorvido. O caminho mais importante para sua entrada em combinaes orgnicas atravs da esterificao de um grupo OH da pentose ligada adenosina (base + ribose = adenosina) para dar o monofosfato de adenosina, AMP, e depois o ADP e o ATP, o mais importante e o responsvel pelo armazenamento e transferncia de energia da fotossntese e da respirao (FILHO, 2007).

O P o elemento que exigido em quantidades cerca de 10 vezes menores que a do N, por exemplo, mas essencial para a formao da semente e do fruto. Nas sementes encontrado em grandes quantidades, tendo influncia tambm na formao e no desenvolvimento dos primrdios vegetativos e no crescimento de razes. O contato do P com a planta ocorre, em sua maioria, pela difuso, sendo 3% por fluxo de massa e 2% por interceptao radicular, sendo um processo ativo. Seu transporte na planta ocorre via xilema e se faz principalmente nas formas de H2PO4- e steres simples de fosfatos. Sua redistribuio acontece mais rapidamente pelo floema, sua forma de fosfato bastante mvel na planta, podendo ser redistribudo para cima e para baixo, por exemplo, folhas jovens so supridas por P atravs da raiz ou de P das folhas velhas.

3.6 FUNES DO FSFORO NA PLANTA

26

O P participa dos seguintes processos nas plantas: fotossntese, sntese de amido e de gorduras, absoro inica, respirao (ATP), multiplicao e diferenciao celular, herana gnica, acmulo de P nos frutos, principalmente nas sementes (garantindo o vigor), armazenamento e transferncia de energia, fixao simbitica do N, melhora no crescimento da plntula vencendo o solo na procura de luz e crescimento radicular. Em relao qualidade de colheita: facilita a formao de razes, aumenta a frutificao, apressa a maturao dos frutos, aumenta o teor de carboidratos, leos e protenas.

3.7 SINTOMATOLOGIA DE CARNCIA NA PLANTADevido ao papel do P na sntese de protenas, carboidratos e lipdeos, sua falta reflete em um menor crescimento da planta. Os frutos e sementes acumulam quantidades menores de P (acompanhado pelo Mg). A rpida redistribuio do P dos rgos mais velhos para os mais novos faz com que os sintomas apaream em folhas velhas, na forma de uma colorao verde-azulada e freqentemente com a tonalidade roxa de antocianina; em plantas anuais h reduo do poder germinativo, reduo do sistema radicular e produo de m qualidade. Os sintomas visveis so: cor amarelada das folhas, pouco brilho, ngulos foliares mais estreitos, menor perfilhamento em gramneas, gemas laterais dormentes, nmero reduzido de frutos e sementes, atraso no florescimento, maturao de gros desuniformes. Os sintomas qumicos so: aumento de pigmentos vermelhos e roxos (antocianina), aumento do contedo de carboidratos livres e aumento da relao Porgnico/P-inorgnico; Os sintomas anatmicos so: restrio na diferenciao dos caules. No entanto, o P quando presente no solo em altas concentraes pode diminuir a disponibilidade de micronutrientes. As causas mais comuns de deficincias so: pobreza natural do Solo, menor disponibilidade, baixo pH, excesso de Fe e Al e eroso.

3.8 CICLO DO FSFORO27

O fsforo entra no sistema do solo atravs de resduos vegetais e animais ou por fertilizantes. Os resduos liberam o P para o solo ao sofrerem mineralizao e os fertilizantes disponibilizam-no diretamente para a planta. No entanto, esse P adicionado perdido por inmeros motivos, podendo ser retirado pela colheita, pela lixiviao (pouco significante) e principalmente pela eroso, ocorrendo assim a sua sada do sistema solo-planta.

Figura 4. Ciclo do fsforo.

3.9 ADUBOS FOSFATADOS

Figura 5. Origem dos adubos fosfatados.

28

3.9.1 FOSFATOS NATURAIS Os fosfatos naturais de maior ocorrncia so as apatitas. Esses fosfatos possuem um teor considervel de fsforo total (24 a 27% de P2O5 total), contudo, de baixa solubilidade. A solubilidade desses materiais aumentada em meio cido. 3.9.2 SUPERFOSFATO SIMPLES Obtido por meio da mistura estequiomtrica de H2SO4 com fosfatos naturais (apatitas). Possui, no mnimo, 18% de P2O5 solvel em soluo de citrato neutro de amnio (CNA), 11% de S e 19% de Ca. 3.9.3 SUPERFOSFATO TRIPLO OU CONCENTRADO Obtido a partir da mistura estequiomtrica de H3PO4 com fosfatos naturais (apatitas). Possui 43% de P2O5 solvel em CNA e 13% de Ca. 3.9.4 ESCRIA DE THOMAS um subproduto da indstria do ao. Possui 17% de P2O5 total, 12% de P2O5 solvel em cido ctrico (AC) a 2%, 25% de Ca e pequenas quantidades de Si, Mg, Fe e Mn. 3.9.5 TERMOFOSFATO Obtido pela fuso a 1450oC de fosfato natural (apatita ou fosforita) com uma rocha magnesiana (serpentina). Contm 18% de P2O5 total, 16,5% de P2O5 solvel em AC a 2%, 20% de Ca e 9% de Mg. 3.9.6 FOSFATO MONOAMONIO (MAP) Obtido por meio da neutralizao parcial de H3PO4 pela amnia. Possui 48% de P2O5 solvel em CNA e 9% de N. 3.9.7 FOSFATO DIAMONIO (DAP) 29

Obtido por meio da neutralizao parcial de H3PO4 pela amnia. Possui 45% de P2O5 solvel em CNA e 16% de N. 3.9.8 PARCIALMENTE ACIDULADO Obtido pela reao do fosfato natural (apatita) com uma quantidade de cido sulfrico inferior necessidade estequiomtrica para a reao completa. Contm 26% de P2O5 total, 10% de P2O5 solvel em CNA, 25% de Ca e 6% de S.

30

4. POTSSIO 4.1 INTRODUOO potssio (K) o segundo macronutriente presente em maior quantidade nas plantas. Esse elemento, depois do P, o mais consumido como fertilizante pela agricultura brasileira. Segundo Van Raij (1991), o comportamento do nutriente em solos tropicais aparenta ser muito mais simples do que em solos de clima temperado. Alm disso, s h praticamente um adubo potssico de grande importncia.

4.2 POTSSIO NO SOLOO K um elemento muito abundante em rochas e em solos, sendo que grande parte encontra-se em minerais que contm o elemento nas estruturas cristalinas. 4.2.1 FORMAS DE POTSSIO NO SOLO De acordo com Filho (2005), o potssio pode ser encontrado no solo nas seguintes formas: Rede cristalina (90 a 98%): presente nos minerais que deram origem aos solos como os feldspatos, micas e argilas miccias; Fixado: (1 a 10%): imobilizao do potssio pelas lminas de argila 2:1 (vermiculita e montmorilonita); Trocvel: todo K adsorvido nos colides do solo; Solvel: presente na soluo do solo; Matria orgnica (0,5 a 2%): liberado pela mineralizao da MO, sendo a principal fonte de K orgnico.

31

K absorvido pela planta

K aplicado

K na soluo do solo

K trocvel

K no trocvel

K mineral

K lixiviado

Figura 6. Formas de potssio no solo.

4.2.2 INTERAO DO POTSSIO COM OUTROS NUTRIENTES Potssio e Nitrognio: normalmente a presena de N aumenta a absoro de K, resultando em aumento de produo e diminuio de acamamento (principalmente em gramneas); Potssio e Magnsio: a elevao do K na adubao diminui o teor de Mg na planta e vice-versa; Potssio e Clcio: a elevao do K na adubao diminui o teor de Ca na planta. A elevao de Ca na soluo do solo diminui a absoro de K e Mg pela planta e a elevao do K na soluo leva a uma diminuio na absoro do Ca e Mg; Potssio e Fsforo e Enxofre: o K promove um melhor aproveitamento do H2PO4- e do SO42-, com melhora na qualidade de produo; Potssio e Zinco: adubaes com Zn levam a uma diminuio do teor de K na planta e deficincia de Zn eleva os teores de Ca, Mg e K; Potssio e Boro: a presena de H3BO3 na adubao do solo aumenta o teor de K na planta, porm, isso no ocorre inversamente; Potssio e Sdio: competem pelo mesmo stio ativo de absoro; Potssio e Alumnio: a presena de Al no solo desloca o K do colide, resultando em uma maior lixiviao do K no perfil do solo.

4.3 PERDAS DE POTSSIO4.3.1 REMOO PELAS CULTURAS 32

Segundo Van Raij (1991), em condies normais de solo e com adequado suprimento de nutrientes, elevada a remoo de K pelas culturas. Quando tm disponveis grandes quantidades de K, as plantas possuem a tendncia de assimilar K em quantidades que excedem suas necessidades. Esse fenmeno chamado de consumo suprfluo ou de luxo, pois sua absoro em excesso no aumenta o rendimento das culturas. 4.3.2 PERDAS POR LIXIVIAO Grandes quantidades de K so perdidas atravs da gua de drenagem, nos solos minerais, principalmente quando tenham sido adubados com este elemento. Solos arenosos sofrem grandes perdas de K, no entanto, solos argilosos, mesmo sem receberem adubaes potssicas sofrem maiores perdas devido a sua maior quantidade do elemento.

4.4 FONTES DE POTSSIOOs minerais primrios mais importantes como fontes de potssio so aqueles encontrados em rochas gneas, tais como feldspatos e as micas muscovita e biotita. Os minerais secundrios so as argilas 2:1 ilita e vermiculita. O intemperismo do material de origem e o grau de intemperismo do prprio solo afetam os minerais e, consequentemente, as formas e as quantidades de K existentes no solo (VAN RAIJ, 1991). No caso das micas, ao sofrerem intemperizao formam as ilitas tambm chamadas de micas hidratadas. Estas, por sua vez, medida que o grau de intemperismo avana, do lugar caulinita, que no possui K em sua estrutura.

4.5 POTSSIO NA PLANTAO K caracterizado pela sua alta seletividade no momento de absoro e, est intimamente ligado atividade metablica na planta. Apresenta uma alta mobilidade na planta, tanto no xilema como no floema. O K est ligado tambm ao controle osmtico da clula (bombas de K). 33

Sua absoro pela planta ocorre na forma predominante nos colides e na soluo do solo, ou seja, na forma K+. Seu contanto com a raiz ocorre, em sua maioria por difuso, sendo que h 25% por fluxo de massa e 3% por interceptao radicular. Tanto no xilema como no floema, o K caminha na forma de K+, sendo rapidamente transportado pelo xilema aos rgos novos, onde se relaciona com as citocinas e com o metabolismo de N na planta. Sua redistribuio muito rpida pelo floema.

4.6 FUNES DO POTSSIO NA PLANTAA funo do Potssio de natureza cataltica e osmtica, sendo essencial para as diversas funes vitais na planta. O K tem como caracterstica a baixa afinidade por ligantes orgnicos, sendo necessrio altas concentraes para que ocorram poucas ligaes. Em relao a funo osmtica, o K regula a turgidez dos tecidos, controlando os movimentos estomticos que essencial para o processo fotossinttico. Sua atividade cataltica refere-se a ativao enzimtica, pois o K ativa cerca de 60 enzimas participando de reaes de Fosforilao, sntese de protenas, metabolismo de N e carboidratos, transporte de carboidratos e outros produtos da respirao no floema e fixao simbitica do nitrognio. Participa ainda dos seguintes processos: Promoo do crescimento dos tecidos meristemticos, Resistncia seca, geadas e salinidade, Resistncia doenas e ao acamamento (gramneas), qualidade do produto: atua na cor, tamanho, acidez, resistncia ao transporte e melhoria no valor nutritivo (N, Vitaminas e aucares).

4.7 SINTOMATOLOGIA DE CARNCIA NA PLANTAOs sintomas de deficincia de K aparecem primeiro nas folhas mais velhas, com clorose das bordas para o centro da folha, com posterior necrose. A deficincia de K diminui a fotossntese e aumenta a respirao, reduzindo o suprimento de carboidratos e, por conseguinte o crescimento da planta. 34

Os sintomas visveis so: clorose e posterior necrose das margens e pontas das folhas, inicialmente as mais velhas, interndio mais curto em plantas anuais, diminuio da dominncia apical, menor tamanho dos frutos em laranjeiras, deficincia de ferro induzida (acmulos de ferro nos ns inferiores). Os sintomas anatmicos incluem a diferenciao prejudicada dos tecidos condutores e perda da atividade cambial. Os sintomas qumicos so: aumento das fraes de N-alfa amdicos e amnicos, alto contedo de cidos orgnicos e menor teor de acares e amido em rgos de reserva; Em caso de altas concentraes de K no solo, as plantas apresentam deficincia de Magnsio induzida, alm da absoro de luxo j descrita.

4.8 CICLO DO POTSSIOO K entra no sistema do solo atravs de resduos vegetais e animais (adubao orgnica) e via fertilizantes minerais. Esse K adicionado pode ser absorvido pelas plantas, perdido por lixiviao ou tornar-se indisponvel devido a sua fixao nos minerais do solo.

Figura 7. Ciclo do Potssio.

35

4.9 ADUBOS POTSSICOSA fertilizao potssica tem que garantir uma concentrao de K na soluo do solo suficientemente alta para satisfazer as necessidades da planta nos perodos em que o elemento mais exigido. Este objetivo poder ser alcanado quando forem evitadas perdas por lixiviao e fixao. A eficincia dos fertilizantes potssicos depende sistematicamente da maneira de como so aplicados e das condies do solo a ser fertilizado. Diante disso, podem-se inferir algumas sugestes quanto ao uso do potssio no solo: a) Solos naturalmente pobres em potssio requerem adies freqentes e moderadas; b) Prticas culturais que melhoram as condies de aerao do solo (arao, gradagem, drenagem), bem como aquelas que evitam as perdas por lixiviao (adio de matria orgnica e calagem) e por eroso (plantio em nvel, terrao, etc) tendem a promover um melhor aproveitamento do K no solo; c) A tendncia para o equilbrio entre o K no trocvel, trocvel e em soluo e as perdas s quais o K solvel est sujeito, sugerem dois princpios bsicos para a adio de K como fertilizante: o primeiro que o elemento deve ser aplicado parceladamente em lugar de toda a quantidade necessria de uma s vez; o segundo que se deve concentrar o K no sulco ou na cova de plantio, sempre que possvel. Os adubos potssico mais utilizados so:Tabela 3. Principais fertilizantes fosfatados comercializados no Brasil.

Fertilizantes Cloreto de K Sulfato de K Sulfato de K e Mg Nitrato de KFonte: Lopes (1989).

Garantia mnima 58% de K2O 48% de K2O 18% de K2O e 4,5% de Mg 44% de K2O 13% de N

Forma do nutriente K2O solvel em gua (cloreto) K2O solvel em gua (sulfato) K2O e Mg solvel em gua (sulfato) K2O solvel em gua N na forma NO3-

Observaes 45-48% de Cl. 15-17% de S 0-1,2% de Cl 22-24% de S 1-2,5 de Cl

36

5. CLCIO 5.1 INTRODUOO Clcio (Ca) de fundamental importncia dentro da planta, pois o elemento formador de parede celular, garantindo o desenvolvimento da parte area e do sistema radicular. o elemento que juntamente com o Boro no apresentam caminhamento no floema, gerando problemas de morte de meristema apical de galhos, ramos e frutos (FILHO, 2007).

O Ca est intimamente ligado aplicao de calcrio no solo, sendo este uma de suas principais fontes.

5.2 CLCIO NO SOLOA forma predominante de Ca no solo em sua forma inica Ca2+ ou nas formas de CaCO3, CaSO4, CaHPO4, Ca(PO4)2. No entanto, pode ser encontrado em vrias formas no solo. So elas: Minerais primrios: o Ca est presente principalmente na augita, anortita, epidoto e apatita; Matria Orgnica: funo do material de origem e das condies climticas, podendo ocorrer como quelatos e/ou complexos; Ca-trocvel: este se encontra ligado aos colides do solo; Ca-disponvel: todo Ca livre na soluo do solo na sua forma inica Ca2+.

5.3 CLCIO NA PLANTAPara a maioria das culturas, a retirada de Ca encontra-se abaixo das quantidades extradas em N e K, entretanto para culturas como citros e eucalipto, e retirada de Ca supera a retirada de N e K. O Ca possui muitos efeitos no crescimento e desenvolvimento da planta, atrasando seu amadurecimento, a senescncia e a absciso, melhorando a qualidade dos frutos e das hortalias, a fotossntese e outros processos como a diviso celular, etc. 37

Sua absoro pela ocorre totalmente por fluxo de massa e, geralmente, nas formas de Ca2+, Ca-quelato e Ca-glutamato. O mecanismo de absoro pela planta pode ser passivo ou ativo (somente em condies de extrema deficincia). Sua distribuio ocorre pelo xilema atravs de fluxo de massa e por trocas eletrnicas com Mg, Zn e Mn na superfcie da parede do floema. No h distribuio do Ca na planta pelo floema.

5.4 FONTES DE CLCIOO Ca tem sua origem primria nas rochas gneas, estando contido em minerais como a dolomita, calcita, apatita, feldspatos clcicos e anfiblios, que ocorrem tambm em rochas sedimentares e metamrficas. Em solos especialmente, cidos de clima tropical esses minerais so intemperizados e o Ca , em grande parte, perdido por lixiviao.

5.5 FUNES DO CLCIO NA PLANTAO Ca um nutriente extremamente importante na nutrio das plantas sendo o mais abundante, depois do K. Grande parte deste nutriente est localizada nas folhas, sendo que as mais velhas apresentam os maiores contedos. muito importante no desenvolvimento e funcionamento das razes e necessrio na formao de folhas normais. Influencia, tambm, a translocao e armazenamento de carboidratos e protenas. O Ca essencial para manter a integridade da membrana estrutural e das paredes celulares: quando h deficincia, as membranas comeam a vazar, a compartimentao celular rompida e a ligao do Ca com a pectina da parede celular afetada. O pectato de Ca da lamela mdia atua como cimento entre uma clula e outra, sendo depositado durante a citocinese. Sua funo estrutural integrar o Pectato de Clcio na Lamela Mdia, conferindo rigidez parede celular e controlando o aumento do volume celular.

5.6 SINTOMATOLOGIA DE CARNCIA NA PLANTA

38

Os sintomas visveis incluem: Amarelecimento de regio limitada da margem das folhas mais novas; Crescimento no uniforme da folha do qual resultam formas tortas e s vezes com um gancho na ponta da folha; Murchamento e morte de meristema apical, gemas laterais dormentes; Deformao de tubrculos acompanhada de desintegrao interna; Murchamento das folhas e colapso do pecolo; Razes com aparncia gelatinosa das pontas, plos inchados, cessao do crescimento apical; Pequena frutificao ou produo de frutos anormais (podrido apical no tomateiro e pimento, podrido amarga e bitter pit na ma); Produo pequena ou nula de sementes, mesmo com flores normais (cereais); Menor nodulao de leguminosas. Os sintomas anatmicos incluem mitocndrias menores e com menos protenas, clulas radiculares no se diferenciam, dificuldade para mitoses. O Ca em excesso pode provocar deficincia de K e de Mg.

5.7 ADUBOS COM CLCIOOs calcrios constituem-se nas principais fontes de altos teores Ca, os qual est presente tambm no gesso agrcola.Tabela 4. Tipos de calcrio e quantidade de Ca.

TIPOS Calctico Magnesiano Dolomtico

% DE Ca 49 39 30

O gesso agrcola contm cerca de 26% de Co, mas o Ca pode ser encontrado ainda em outros fertilizantes:

39

Tabela 5. Fontes de Clcio.

Fertilizantes Super simples Super triplo Termofosfato Nitrato de Ca Nitroclcio Calcrio calcinado Cal virgem Cal hidratada

% de CaO 20 10 30 26 10 42 68 50

40

6. MAGNSIO 6.1 INTRODUOO magnsio (Mg) o constituinte central da molcula de clorofila, sendo que este representa 10% de todo o magnsio foliar. considerado um ativador enzimtico por excelncia, e grande parte do Mg presente na planta encontra-se envolvido na regulao do pH celular e do balano ction-anion.

6.2 MAGNSIO NO SOLOO Mg encontrado no solo em menores quantidades que o Ca, estando presente ligado a: Mineral primrio: os principais so os piroxnios, anfiblios, olivinas, turmalinas, muscovita e biotita; Mineral secundrio: vermiculita, montmorilonita, ilita e clorita; Carbonatos e sulfatos: MgSO4, MgCO3, CaMg(CO4)2; Matria orgnica: encontra-se num teor dez vezes maior que o K; Colides: Mg trocvel; Soluo: todo Mg em forma imediatamente disponvel planta.

6.3 MAGNSIO NA PLANTAReconhecidamente, o papel mais importante do Mg a sua presena na molcula de clorofila, em que ocupa o centro de uma estrutura planar formada por um anel tetrapirrlico e uma cauda de fitol. Sua absoro via radicular ocorre na forma qumica presente na soluo do solo, Mg2+, sendo o contato do on com a raiz atravs do fluxo de massa atravs de mecanismo passivo. O Mg est relacionado ao transporte de P na planta, sendo que um bom suprimento deste pode aumentar a utilizao do P dos fertilizantes. O transporte do Mg na planta ocorre pelo xilema na forma Mg2+, 41 e sua

redistribuio realizada pelo floema e ocorre em todas as direes.

6.4 FUNES DO MAGNSIO NA PLANTAA principal molcula de quem o Mg participa a clorofila, representando 2,7% de seu peso molecular, e representa 10% do total de Mg presente na folha. O restante do Mg+2 est envolvido com a ativao enzimtica dentro da clula, em quantidades semelhantes ativao enzimtica proporcionada pelo K+. O Mg participa dos processos: Ativador enzimtico (Tioquinases, Quinases, Hexoquinases, Enolase, Desidrogenase, Descarboxilases, Carboxilases, Sintetases e Transferases entre outras); Absoro inica e trabalho mecnico, principalmente na emergncia de plntulas e no crescimento de razes; Fotossntese; Respirao (glicolise e ciclo dos cidos tricarboxlicos); Armazenamento e transferncia de energia (ATPases, fosforilases, etc); Snteses orgnicas (sintetases); Balano eletroltico (juntamente com K+, Cl-, H+, Na+, OH-, HCO3-); Garante a estabilidade dos ribossomas (no permitindo a modificao da seqncia gnica da molcula que poderia afetar a codificao de enzimas e protenas para o desenvolvimento da planta); O Mg tido como o carregador de P por excelncia, garantindo principalmente o aumento da absoro do H2PO4-, devido a sua atuao nas reaes de fosforilao.

6.5 SINTOMATOLOGIA DE CARNCIA NA PLANTAO Mg por ser um nutriente com grande mobilidade dentro da planta ir apresentar deficincia em folhas velhas. Os sintomas visveis incluem clorose em folhas velhas - clorose internerval, s vezes seguida de necrose ou pelo desenvolvimento de cor alaranjada(presena de carotenos e xantofilas em substituio clorofila), vermelha(antocianina) ou roxa; 42

Os sintomas anatmicos so numerosos cloroplastos pequenos e paredes celulares muito finas. Os sintomas qumicos incluem menor teor de clorofila, carregador de P ou simplesmente uma conseqncia do papel do Mg em sistemas enzimticos implicados no metabolismo do P. Em situaes de excesso de Mg ocorrer uma possvel carncia de Ca e K .

6.6 ADUBOS COM MAGNSIOComo principais fontes de Mg tm os calcrios citados anteriormente, mas existem ainda outros fertilizantes:Tabela 6. Fertilizantes com Magnsio.

Fertilizantes Sulfato de Mg K-Mag Termofosfatos Hidrxidos de Mg Fosmag (multifosfato magnesiano) Magnesita (MgO) Silicato de Mg

% MgO 16 18 19 69,1 5 90-100 40,2

43

7. ENXOFRE 7.1 INTRODUOO enxofre (S), juntamente com o N e P, participa de compostos orgnicos no solo. Na atmosfera o S aparece na forma de dixido de enxofre (SO2), gs sulfdrico e outros.

7.2 ENXOFRE NO SOLOA maior fonte de S para as plantas no solo a MO, a qual possui cerca de 80 a 90% do S total do solo. Na MO, o S encontra-se ligado a compostos fenlicos (S no ligados a C) e ligados a aminocidos (S ligado a C). Em solos arejados, o S encontra-se na forma oxidada, ou seja, na forma de sulfatos (SO4-2) que aproveitvel pela planta. 7.2.1 TRANSFORMAES DO ENXOFRE NO SOLO No solo, o S passa por diversas transformaes: a) Mineralizao: esse processo ocorre juntamente com a decomposio da MO, que consiste na transformao do S-orgnico para S-mineral, disponibilizando-o na forma de SO4-2. A mineralizao ocorre na presena dos microrganismos Thiobacillus denitrificans e Thiobacillus thioxidans. b) Imobilizao: o processo inverso da mineralizao, ou seja, o S-mineral assimilado pelos microrganismos, sendo incorporado em seus tecidos, tornando-se temporariamente indisponvel pela planta; c) Oxidao: existem no solo microrganismos que, em boas condies de aerao do solo, convertem as formas SO32-, S2O32-, S0, S2- para SO4-2. d) Reduo: processo contrrio a oxidao, ou seja, reduo das formas oxidadas para H2S, s ocorre em solos com problemas de aerao ocasionados poma drenagem ou compactao.

44

7.3 CICLO DO ENXOFREAs adies de enxofre no solo ocorrem por deposio atmosfrica, resduos vegetais e animais (adubo orgnico) e fertilizantes minerais. O S presente na MO torna-se disponvel atravs de sua mineralizao. Parte do S absorvido pelas plantas ocorre via foliar e a outra parte entra no solo transformando-se em sulfato, o mesmo ocorre pelas demais entradas de S. Esse sulfato sofre vrias transformaes no solo, se sofrer imobilizao passa a fazer parte dos tecidos microbianos, se no, pode ser absorvido pela planta, perdido por lixiviao, volatilizao ou eroso ou atravs da exportao pelas culturas.

Figura 7. Ciclo do Enxofre.

7.4 ENXOFRE NA PLANTAO S absorvido ativamente pelas razes principalmente na forma de SO4-2. No entanto, as folhas tambm podem absorver o gs SO2 existente na atmosfera, porm pouco eficaz. As razes so capazes de absorver S orgnico como aminocido (cistina e cistena). O contato do nutriente com a raiz ocorre, em sua maioria, por fluxo de massa, 45

ocorrendo 5% por interceptao radicular. O seu transporte e redistribuio ocorrem principalmente numa direo ascendente e pelo xilema.

7.5 FUNES DO ENXOFRE NA PLANTAO S na planta participa de: aminocidos, grupos prostticos, protenas, atua como catalisador orgnico de algumas enzimas, ou at mesmo, compostos volteis que contribuem para o odor caracterstico de plantas como o alho, a cebola e o abacaxi.

7.6 SINTOMATOLOGIA DE CARENCIA NA PLANTAA carncia de S causa vrios sintomas visveis. Dentre eles: Clorose: primeiro nas folhas mais novas com colorao adicional (vermelha, rocha ou laranja) em algumas plantas; Folhas pequenas; Enrolamento das margens das folhas; Necrose e desfolhamento; Interndios curtos; Reduo do florescimento; Menor nodulao em leguminosas; O S pode alterar ainda nos processos metablicos das plantas: Diminuio da fotossntese e atividade respiratria; Queda da sntese de protenas; Reduo no teor de gorduras; Diminuio da fixao biolgica de N. As principais causas de deficincia de S nos solos ocorrem devido a pobreza de MO, alta acidez (menor mineralizao), lixiviao e seca prolongada.

7.7 ADUBOS COM ENXOFREOs principais adubos com enxofre comercializados no Brasil so: 46

Tabela 7. Principais fontes de enxofre.

Fertilizantes Enxofre Elementar Sulfato de Clcio (Gesso ou fosfogesso) Superfosfato Simples Sulfato de mnio Sulfato de Potssio e Magnsio Sulfato de Potssio Sulfato de Magnsio Sulfonitrato de mnio Fosfato Parcialmente Acidulado

% de S 99 16 10 12 22 24 22 23 15 17 12 14 13 15 0-6

47

8. ALUMNIO 8.1 INTRODUOSegundo Machado (1997), o alumnio (Al) considerado como o terceiro elemento qumico mais freqente na crosta terrestre, onde compreende aproximadamente 7,1%. Os minerais de argila primrios e secundrios so, em grande parte, estruturalmente formados por Al2O3, juntamente com SiO2. O Al um dos principais fatores acidificantes, especialmente em solos de regies tropicais. Em geral, seu contedo muito maior nas razes do que em outras partes da planta.

8.2 ALMINIO NO SOLOO Al no solo pode ser encontrado ligado aos minerais de argila, complexado em compostos solveis da MO (cidos hmicos e flvicos) ou encontrado na soluo do solo nas seguintes formas:Al3+ 2+ +

Al(OH)

Al(OH)2 AlSO4 AlF2+

[Al(OH)3]+

AlCl3 Al-org

O Al tambm o responsvel por insolubilizar o P, fixando nas micelas dos minerais de argila, sendo este, um dos seus principais prejuzos causados planta.

8.3 ALUMNIO NA PLANTAUm grande nmero de observaes experimentais indica que a ao txica do alumnio , por excelncia, um fenmeno que ocorre no sistema radicular, que poderia ser sintetizado da seguinte maneira: 48

Diminuies no elongamento radicular: so os primeiros sintomas de toxicidade observveis; Produo de biomassa radicular normalmente mais sensvel toxicidade do Al que a produo de biomassa da parte area; Filho (2007) afirma que no h evidncias de que o Al venha a ser um elemento essencial s plantas, entretanto, existem muitos relatos de que o Al em baixas concentraes promove um incremento no desenvolvimento de beterraba aucareira, algumas leguminosas tropicais e principalmente na cultura do ch. Sua absoro pela planta ocorre principalmente em sua forma mais txica, Al3+, podendo tambm absorver nas outras espcies inicas presentes na soluo do solo, no entanto, estas causam pouco ou nenhum dano a planta. Seu contato com a planta ocorre por fluxo de massa constituindo um mecanismo passivo. 8.3.1 TOXIDEZ DE ALMINIO NA PLANTA Os efeitos fitotxicos so observados principalmente nas razes das plantas, sendo o local de maior acmulo, servindo como um filtro impedindo a subida do Al at a parte area da planta, onde este se encontra na forma neutra. Filho (2007) classificou as injrias causadas pelo efeito fitotxico do Al em trs grupos: a) Injrias Primrias Diretas: o Al pode causar efeito negativo na integridade e na funo da membrana plasmtica. Pode ser encontrado ligado s protenas ou aos fosfolipdeos nas mesmas e fluxo de ons (K+). Pode afetar os carregadores da membrana atravs da inibio pelo Al s atividades das enzimas Mg2+_ATPase, K+_ATPase e Ca2+_ATPase. b)Injrias Primrias Indiretas: causa desbalano inico interno clula, afetando o funcionamento das organelas e do citoplasma, inibe a diviso e o crescimento. Provoca desarranjo metablico, alterando a fotossntese, a respirao e atividades enzimticas; c) Injrias Secundrias: antagonismo com os nutrientes P, K, Ca e Mg, gerando deficincias de nutrientes;

8.4 SINTOMATOLOGIA DE TOXIDEZ NA PLANTA49

O Al pode afetar negativamente na plantas principalmente no sistema radicular, da seguinte forma: Razes peculiarmente curtas ou grossas; Inibio do crescimento das razes; Razes laterais engrossadas e pequena formao de plos radiculares; Maior predisposio da planta ao ataque de fungos; Reduo na absoro de P, K, Ca, Mg. As membranas celulares da raiz so tidas como os locais onde ocorrem as leses primrias de toxicidade por Al3+. Segundo Machado (1997), o Al3+ pode alterar as propriedades da membrana plasmtica e vacuolar resultando, assim, numa diminuio da permeabilidade para a gua. Outro sintoma da ao txica do Al a perda de camadas celulares perifricas e degenerao do citoplasma. A ao txica do Al tambm pode se dar pela inibio direta da diviso celular onde seces da dupla hlice de DNA so capturadas por polmeros de Al, atravs da forte ligao entre fosfato com carga negativa e a carga positiva do polmero. Muitos associam a toxicidade do Al com a diminuio na absoro de vrios nutrientes, especialmente Ca e P. Entretanto, no se sabia exatamente se estes efeitos estavam intimamente associados ao mecanismo da toxicidade propriamente dita ou se eram meras conseqncias de um distrbio anterior ocorrido ao nvel celular. O Al pode afetar a absoro de fsforo diretamente pela precipitao de fosfato de Al na superfcie da raiz impedindo-o de participar de processos de transferncia de energia. Para Machado (1997), devido competio catinica por stios de troca na raiz, a presena do alumnio pode inibir a absoro de clcio e magnsio, onde as relaes molares entre Ca:Mg e Mg:Al no solo so consideradas como parmetros mais adequados para predizer a deficincia de Ca ou Mg induzida pelo Al do que a concentrao individual do elemento. O alumnio pode diminuir a fixao biolgica de nitrognio atravs de danos diretos na planta hospedeira do rizbio ou pela interferncia nos vrios estgios do processo de nodulao e fixao. O processo de infeco, assim como a necessria

50

curvatura dos plos radiculares para a formao dos ndulos, reduzido pela presena do Al.

8.5 TOLERNCIA AO ALUMNIOEmbora o Al seja normalmente considerado como um elemento txico para as plantas cultivadas, existem vrios trabalhos que demonstram sua essencialidade para algumas plantas. Machado (1997) cita em seu trabalho um experimento em vasos com a cultura do ch que indicou a possibilidade do Al atuar como estimulante do crescimento de razes. Segundo o mesmo autor, o ch absorve alumnio ao longo de seu ciclo e a concentrao de Al nas folhas aumenta com a idade. Sob certas condies e para espcies de plantas com alta tolerncia ao alumnio, baixos nveis deste metal podem causar efeitos benficos ao crescimento de plantas superiores. Entretanto, estes efeitos so considerados como exceo, onde a regra o efeito negativo do alumnio no crescimento de plantas em solos de baixo pH. Algumas plantas so consideradas altamente sensveis presena de Al no solo: alfafa, beterraba e aspargos. No entanto, outras so consideradas tolerantes: aveia, batata, azalia e eucalipto.

51

CONCLUSOO solo essencial ao desenvolvimento de organismos que nele vivem, assim um solo deve ser bem estruturado para o crescimento destes organismos. Organismos estes que podem ser plantas que servem de alimento para os animais, microorganismos plantas. Um solo bem estruturado com boas capacidades de crescimento dos vegetais apresenta a seguinte composio: 25% de Ar, 25 % de gua, 2 a 5 % de Matria Orgnica e 45 % de Minerais. Diversos elementos qumicos so indispensveis vida vegetal, pois sem estes as plantas no conseguem completar o seu ciclo de vida. Entre os elementos qumicos que compem o solo podese destacar: O Nitrognio, Fsforo, Potssio, Enxofre, Clcio e Magnsio, estes nutrientes so classificados como Macronutrientes primrios e secundrios devido a maiores quantidades exigidos pelos vegetais. O micronutrientes que so elementos qumicos exigidos pelas plantas em menores quantidades pelas plantas so: Boro, Cloro, Cobre, Ferro, Mangans, Molibdnio e Zinco. O nitrognio o primeiro nutriente em quantidade exigido pela maioria das culturas. essencial para o crescimento das plantas, pois faz parte da clula viva. Este nutriente convertido em aminocidos, protenas e enzimas, faz parte tambm da clorofila, que em caso de deficincia a planta responde na forma de falta de colorao verde tornando as folhas amareladas. O nitrognio est presente na atmosfera retirado desta atravs de descargas eltricas ou por fixao de bactrias do gnero Rizhobium que fazem simbiose com os vegetais leguminosos. O fsforo o terceiro nutriente exigido pelas culturas, porm, nas adubaes o elemento mais recomendado, devido a carncia deste elemento nos solos, que tambm pode ser adsorvido pelos solos, como os solos ricos em xidos de Ferro e Alumnio. O fsforo atua na fotossntese, na respirao, no armazenamento e transferncia de energia, atua tambm nos crescimento do sistema radicular. O fsforo tem sua origem nas rochas (apatita), sendo retirados destas atravs de processos industriais da rocha apatita. O potssio constitui-se num nutriente imprescindvel para a planta, visto que 52 como fungos, bactrias, minhocas que participam na decomposio da matria orgnica e na disponibilizao de nutrientes novamente s

o segundo mais requerido pelas mesmas. Sua importncia est relacionada s suas diversas funes, tais como, promoo de crescimento dos tecidos meristemticos, aumento da resistncia das plantas s doenas, alm de atuar diretamente na qualidade da produo. Esse elemento essencial na sntese protica, alm de auxiliar no uso mais eficiente da gua atravs do controle osmtico das clulas. O clcio extremamente importante para a nutrio das plantas e o mais abundante nelas, depois do potssio. Este elemento estimula o desenvolvimento das razes e folhas e principalmente, atua na estrutura das paredes celulares reforando as plantas. essencial para o desenvolvimento dos gros de diversas culturas, ajuda a reduzir a acidez dos solos, melhora o desenvolvimento das razes atravs do estmulo atividade microbiana. O magnsio um mineral constituinte da molcula de clorofila, sendo esta sua principal funo. No entanto, este elemento possui ainda diversas funes ajudando no metabolismo do fosfato, na respirao das plantas e na ativao de inmeros sistemas enzimticos. O enxofre essencial na formao e produo de protenas nas plantas, principalmente da clorofila. Sua importncia est relacionada ao crescimento das plantas, visto que quando ocorre deficincia estas se apresentam com crescimento retardado e manchas clorticas semelhantes aos sintomas de deficincia de nitrognio. O alumnio constitui-se no grande problema dos solos de regies tropicais, pois sempre se encontra em altas quantidades sendo o principal responsvel pela acidez desses solos. Este elemento, devido a sua alta concentrao, dificulta o cultivo de diversas espcies que so altamente sensveis a ele. um elemento difcil de manejar, sendo possvel somente atravs da prtica de calagem, e ainda sim, com o passar do tempo este volta soluo do solo. Dessa forma, pode-se observar que as plantas constituem um sistema bastante complexo e exigente para sobrevivncia. Estes elementos constituem a base do processo de produo e, portanto, necessitam estar presentes nas quantidades e momentos adequados para que as plantas possam se desenvolver normalmente e com alta produo

53

REFERNCIAS BIBLIOGRFICASCAMARGOS, S.L. Conceitos de Fertilidade e Produtividade, 2005. Disponvel em: http://www.ufmt.br/famev/gemt/disciplinas/SolosII/Teorica/Apostila_Capitulo_1.pdf. Acesso em: 28 set. 2007. COELHO, Fernando S. Fertilidade do solo. 2.ed. Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrcola, 1973. 384p. FILHO, Hlio Grassi. Introduo nutrio mineral de Plantas. Disponvel em: http://www.solos.esalq.usp.br/arquivos.html. Acesso em: 28 set. 2007. GUILHERME, L.R.G. Causas da baixa fertilidade. DBO Agrotecnologia, 2000. Disponvel em: http://www.anda.org.br/artigos/solos_FERTILIDADE.pdf. Acesso em: 28 set. 2007. LOPES, Alfredo Scheid. Manual de Fertilidade do Solo. Traduo e Adaptao: Alfredo Scheid Lopes. So Paulo: ANDA / POTAFS, 1989. 155p. MACHADO, Pedro Luiz Oliveira de Almeida. Consideraes gerais sobre a toxicidade do Alumnio nas plantas. Rio de Janeiro: CNPS, 1997. 22p (Documentos 2). ISSN 14148153. MALAVOLTA, Eurpedes. Manual de Nutrio Mineral de Plantas. So Paulo: Agronmica Ceres, 2006. 638p. __________. Manual de Qumica Agrcola: adubos e adubao. 3. ed. So Paulo: Agronmica Ceres, 1981. 596 p. PERES, L.E.P. Nutrio Mineral de Plantas. 12 dez. 2002. Disponvel em:

http://www.sbfv.org.br/materialdidatico/download/NutricaoMinerallazaro.pdf. em: 28 set. 2007.

Acesso

VAN RAIJ, Bernardo. Fertilidade do Solo e Adubao. Piracicaba: Ceres / POTAFOS, 1991. 343 p.

54