machado nacionalidade instinto literatura brasileira

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  • 7/25/2019 Machado Nacionalidade Instinto Literatura Brasileira

    1/5

    814

    '

    '

    .

    MACIIADO

    DE

    Assls

    /

    OBRA

    ctwzzswx

    /

    vog..

    s,

    .

    $

    ;'t

    '

    lhos

    experimentados

    faro

    muito

    pouco

    caso

    de

    um

    independncja

    que

    C'WWYX

    /

    INSTINTO

    DE

    NACIONALIDADE

    815

    ?

    )i

    '

    o

    t

    isa

    sair

    da

    sala

    para

    mostrar

    que

    existe.

    '

    i

    l

    t

    ,

    rec

    Moderao

    e

    urbanidade

    na

    expresso,

    eis

    o

    mellaor

    meio

    de conven.

    9'1)

    7

    cer;

    no

    ll

    outro

    que

    seja

    to

    eficaz.

    se

    a

    delfcadeza

    das

    maneiras

    41

    NOTICIA

    DA ATUAL LITERATURA

    BRASILEIRA i

    i

    ).

    ''m

    dever

    de

    todo

    homem

    ue

    vive

    entre

    homens

    com

    mais

    razo

    INSTINTO

    DE NACIONALIDADE

    i

    7

    um

    dever

    do

    crftico,

    e

    o

    crftlco

    deve

    ser

    dencado

    x'

    f

    excelncia.

    como

    i

    ir

    l

    a

    sua

    obrigao

    dizer

    a

    verdade

    e

    diz-la

    ao

    que

    h

    de

    mas

    susceptfvel

    '

    14

    neste

    mundo

    que

    a

    vadade

    d'os

    oetas

    cumpre-lhe

    a

    Ie

    sobretudo

    QCEM

    Bxawuxa

    a atual

    literatura

    brasileira

    reconhece-lhe

    logo, como

    k,

    1

    ,

    p

    no

    esquecer

    nunca

    sse

    dever.

    oe

    outro m'odo

    o

    crftic'o passar o

    nmite' primeiro

    trayo,

    certo

    instinto

    de

    nacionalidade. poesia, romance,

    tdas

    f

    p

    :

    da

    discusso

    literria,

    para

    cair

    no

    terreno

    da'

    s

    questaes

    pessais;

    mu-

    as

    formas llterrias

    do

    pensamento

    buscam

    vestir-se

    com

    as cres

    do

    t

    .

    ar

    o

    campo

    das

    idias,

    em

    campo

    de

    palavras,

    de

    doestos,

    de

    recri.

    pafs, e

    nu h ngar

    que semelhante

    preocupao

    sintoma

    de vitali-

    t

    t'l?

    naes,

    -

    se

    acaso

    uma

    boa

    dose

    de

    sangue

    frio,

    da

    parte

    do

    dade e

    abono de

    futuro.

    As tradies

    de

    Gonalves

    Dias,

    Prto Alegre

    i

    j

    ;

    dverslrio

    no

    tornar

    impossfvel

    sse

    espeuculo

    indecente.

    e

    Magalhes

    s:o assim

    continuadas

    pela

    gerao

    j

    feita

    e pela

    que ainda

    yt

    .

    '

    I

    Tas

    so

    as

    condies,

    as

    virtudes

    e

    os

    deveres

    dos

    que

    se

    destinam

    agora

    madruga, como

    aqules

    continuaram

    as

    de

    Jos

    Basflio

    da Gama

    ::

    anlise

    lterria;

    se

    a

    tudo

    fsto

    juntarmos

    uma

    ultima

    virtude,

    a

    vir-

    e santa

    Rita

    ouro.

    sscusado

    dizer

    a

    vantagem

    dste

    universal

    acrdo.ude

    da

    perseverana,

    teremos

    completado

    o

    ideal

    do

    crftieo.

    Interrogando

    a vida

    brasileira

    e a natureza

    americana, prosadores

    e

    y'

    aber

    a

    matria

    em

    que

    fala,

    procurar

    o

    espfrito

    de

    um

    Iivro,

    des-

    poetas

    acharo

    ali farto

    manancial

    de

    inspirao

    e

    iro

    dando

    fisionomia

    '

    .

    carnco,

    aprofund-lo

    at

    encontrar-ll,e

    a

    alma

    indagar

    constantemente

    Prpri

    ao pensamento

    nacional.

    Esta

    outra

    ,ndependncia

    no

    tem

    sete

    '1,

    s

    leis

    do

    belo,

    tudo

    so

    com

    a

    mo

    na

    conscncia

    e

    a

    conwco

    nos

    de Setembro nem

    campo

    de Ipiranga;

    no

    se

    fara

    num

    dia, mas

    pausa-

    ,

    iill.

    lbios,

    adotar

    uma

    regra

    desnida,

    a

    fim

    de

    no

    cair

    na

    contradio,

    ser

    damente,

    para sair

    mais

    duradoura; no

    ser

    obra de uma gerao

    '

    franco

    sem

    aspereza,

    independente

    sem

    injustia,

    tarefa

    nobre

    essa

    nem

    duas; muitas

    trabalharo

    para

    e1a at

    perfaz-la

    de

    todo.

    t

    ''e

    mais

    de

    um

    talento

    podia

    desempenhar,

    se

    se

    quisesse

    ayfcar

    exau-

    sente-se

    aqule

    instinto

    at nas

    manifestaes

    da

    oyinio,

    alis

    mal

    ,

    ,

    S'vamente

    a

    ela.

    xo

    meu

    entender

    mesmo

    uma

    obrigaao

    de

    todo

    formada

    ainda, restrita

    em

    extremo, pouco

    solfcita,

    e

    amda menos

    apai-

    qule

    que

    se

    sentir

    com

    fra

    de

    tentar

    a

    grande obra

    da

    annse

    Xonada nestas

    questes

    de

    poesia

    e

    hteratpra. H

    nela um

    instinto

    que ,

    onscinciosa,

    solfcita

    e

    verdadeira.

    uva

    a

    aplaudir

    principalmente

    as obras que trazem

    os

    toques nacionais.

    @,

    Os

    resultados

    seriam

    mediatos

    e

    fecundos.

    As

    obras

    que

    passassem

    ,

    *

    iuventude

    literria,

    sobretudo, faz

    dste ponto

    uma

    questo

    de

    legf-

    l

    do

    crebro

    do

    poeta

    para

    a

    conscincia

    do

    crftfco

    em

    vez

    de

    serem

    timo

    amor-prprio.

    Nem tda

    e1a ter

    meditado

    os

    poemas

    de

    vruguai

    )

    ratadas

    conforme

    o

    seu

    bom

    ou

    mau

    humor,

    seam

    sujeitas

    a

    uma

    e Caramuru

    com aquela

    atenxo

    qoue tais obras estao

    pedindo;

    mas

    os

    ''

    anlise

    severa

    mas

    utg;

    o

    conselho

    substituiria

    a

    intolerncia,

    a

    frmula

    nomes

    de

    Basflio

    da Gama

    e

    ourao so

    citados

    e

    amados, como pre-

    ',.;.

    'rbana

    entrana

    no

    lugar

    da

    expresso

    rustica,

    -

    a

    imparcialidade

    daria

    cursores

    da poesia brasileira.

    A

    razuo

    que les buscaram

    em

    roda

    de

    '.t

    leis,

    no

    lugar

    do

    capricho,

    da

    indferena

    e

    da

    superficlalidade.

    si

    os elementos

    de

    uma

    poesia nova,

    e deram

    os primeiros

    traos de

    .)

    Isto

    pelo

    que

    respeita

    aos

    qoetas.

    Quanto

    crftica

    dominante,

    como

    nossa

    fisionomia

    literria,

    enquanto

    yue outros,

    Gonzaga por

    exemplo,

    jlf

    ,

    O

    Se

    poderia

    sustentar

    por

    sI,

    -

    ou

    procuraria

    entrar

    na

    estrada

    dos

    respirando alis

    os

    ares da paria,

    nao

    souberam

    desligar-se das faixas

    /-

    ekeres

    diffceis,

    mas

    nobres,

    -

    ou

    scaria

    reduzida

    a

    conquistar

    de

    si

    da

    Arcdia nem

    dos preceitos

    dp

    tempo. Admira-se-lhes

    o

    talento,

    mas

    'rt.

    Prdpria,

    os

    aplausos

    que

    Ihe

    negassem

    as

    inteligncias

    csclarecidas.

    no

    se lhes

    perdoa

    o

    cjado e a pastra,

    e nisto

    h mais

    rro que acrto.

    ')p

    )

    e

    esta

    reforma,

    que

    eu

    sonho,

    sem

    esperanas

    de

    uma

    realizao

    Dado que

    as condies

    dste escrito

    o

    permitissem

    no

    tomaria

    eu

    ,

    P'-xima,

    viesse

    mudar

    a

    suao

    atual

    das

    coisas,

    que

    talentos

    novos

    Sbre

    mnn a

    defesa do

    mau

    yFto

    dos poe tas

    arcdicos

    nem

    o

    fatal .'i

    que

    novos

    escritos

    que

    estfmulos

    que

    ambies

    A

    arte

    tomaria

    novos

    .

    estrago

    que essa escola

    produzlu

    nas

    literaturas

    portugusa

    e brasileira.

    '')',

    aspectos

    aos

    olhos

    dos

    estreantes;

    as lefs

    poticas,

    -

    to

    confundidas

    N5.0 me parece,

    todavia,

    justa

    a

    censura

    aos nossos

    poetas' coloniais,

    .'tC

    htxe,

    e

    to

    caprichosas,

    -

    seriam

    as

    unfcas

    pelas

    quais

    se

    aferisse

    o

    iscados daquele

    mal; nem igualmente

    justa a

    de no

    haverem

    trabalhado

    ;7,

    E

    merecimento

    das

    produies,

    -

    e

    a

    steratura

    almentada

    ainda

    hoje

    para a independncia

    literria,

    quando

    a independncia

    polftica jazia

    '

    j'

    t

    POr

    algum

    talento

    corajoso

    e

    bem

    encaminhado

    -

    verfa

    nascer

    para

    ela

    ainda no ventre

    do

    futuro, e

    mais que

    tudo,

    quando

    entre

    a metrpole

    )

    T

    ''m

    dia

    de

    florescmento

    e

    prosperidade.

    Tudo'

    isso

    depende

    da

    crftica.

    e

    a colnia

    criara

    a

    histria

    a

    homogeneidade das

    tradies,

    dos cos-

    )

    f

    Que

    eIa

    aparea,

    convencida

    e

    resoluta

    -

    e

    a

    sua

    obra

    ser

    a

    mahor

    tumes

    e

    da

    educao.

    As

    mesmas

    obras

    de

    Basflio

    da Gama e olzro

    t

    obra

    dos

    nossos

    dfas.

    '

    kseram

    antes ostentar

    certa

    cr local

    do

    que

    tornar

    independente

    a

    ).

    '

    qu

    llteratura

    brasileira,

    literatura

    que no existe

    ainda,

    que mal poder

    3

    Didrio

    do

    Rio

    de

    Janaro,

    8

    outubro

    1865.)

    ir alvoreccndo

    agora.

    7'.

    Reconhecido

    o instinto de nacionalidade

    que

    se

    manifesta

    nas obras

    3

    dstes t ll timos

    tempos, conviria

    examinar se

    possufmos tdas as condi-

    :

    j

    es

    e

    motivos

    histricos

    de uma nacionalidade

    literria;

    esta investi-

    j

    .

    .

    (

    gao (porto

    de dikergncia

    entre literatos),

    alm

    de superior

    s miphas

    j

    k

    ti

    j

  • 7/25/2019 Machado Nacionalidade Instinto Literatura Brasileira

    2/5

    .' :;

    . .

    .

    .

    C

    .

    ..

    .

    r

    .

    )

    ;

    . .

    r

    y

    j;

    .

    .

    .

    1-

    .

    j

    y

    q

    316

    UACHADO

    ps

    Assgs

    y

    ossa

    coupupg

    g

    sgo.

    Lgj

    cpjvgcg

    j

    zxjswyxzg

    os

    wgcgoxxupxpz

    gj,

    )

    )

    )

    '

    j

    j

    fras,

    daria

    em

    resultado

    Ievar-me

    longe

    dos

    limites

    dste

    escrito.

    Mka

    '

    J.

    de Alencar, Macedo,

    Sflvio

    Dinarte

    (Escragnolle

    Taunay)

    ,

    Franklin

    l

    1

    l

    t

    rincipal

    objeto

    atestar

    o

    fato

    atual;

    ora

    o

    fato

    o

    instinto

    de

    que

    Tvora, e

    alguns mais.

    5

    '

    i

    '

    falei

    o

    geral

    desejo

    de

    criar

    uma

    literatur'a

    mais

    independente.

    Devo acrescentar que nest e ponto

    manifesta-se

    s

    vzes

    uma

    opinio,

    i

    1

    '

    .

    .

    yj

    A

    apario

    de

    Gonalves

    oas

    chamou

    a

    atenco

    das mwsaq

    1a.0011.;.0,

    nn.

    tenho

    nor

    errnea'.

    a

    aue

    s

    reconhece

    espfrito

    nacional

    nas obras

    C

    l

    .7

    t para

    a

    llistrfa

    e

    os

    costumes

    fndianos.

    os

    -w,.r,z/)suN

    vg-g-u

    -,.

    xn--;

    -;-.w,.,,-7

    xo-n-e

    -gatamrde

    assunto local,- doutrina

    que,

    a

    ser

    exata,

    limitaria

    muito

    ki

    6

    Tabra

    e

    outros

    poemas

    do

    egrgio

    poeta

    acenderam

    as*

    im

    '-a

    -gi-n

    J'l-e

    U.,

    1

    ''J-s

    cabedais da nossa literatura. Gonalves

    Dias,

    por exemplo ,

    com

    '

    '

    Vida

    das

    tribos

    vencidas

    h

    muito

    eIa

    civgizao

    foi

    estudyda

    nas

    poesias

    prprlas seria admitido no panteo

    nacional.

    se excetuarmos

    os

    LE

    '

    p

    '

    memrias

    que

    nos

    deharam

    os

    cronistas,

    e

    interrogada's

    dos

    poetas,

    tiran-

    Timbras,

    os

    outros poemas americanos,

    e

    certo

    nm'ero

    de

    composies,

    i

    l

    .

    '

    .

    .

    :

    d

    -o-lhes

    todos

    alguma

    coisa,

    qual um

    idflio,

    nual um canto

    Jruo,a

    ,wrtencem

    os seus

    versos nelo

    assunto a

    tda

    a

    mais

    humanidade, cujas

    :2

    t

    )

    Houve

    depois

    uma

    espcie

    de

    reao.

    Ent

    Jou

    a

    prevalece-rr-a

    M''opfnio

    ''a-s-pi-raes,

    entusiasmo, fr-aquezas

    e dores geralmente

    cantam'

    e

    excluo

    .

    .

    de

    que

    no

    estava

    tda

    a

    poesia

    nos

    costumes

    semibrbaros

    anteriores

    daf

    as

    belas Sextilhas de Frei

    Anto,

    que essas

    pertencem

    utnicamente

    )g

    ossa

    civilizao

    o

    que

    era

    verdade

    -

    e

    no

    tardou

    o

    conceito

    de literatura

    portugusa, no s

    pelo assunto que

    o

    poeta

    extraiu

    dos

    ,

    jt'

    que

    nada

    tinha

    a

    poesia

    com

    a

    existia

    da

    raca

    extinta

    to

    aifz-reno

    historiadores

    lusitanos,

    mas

    at

    pelo

    estilo

    que 1e

    hbilmente fz anti-

    :

    l

    da

    raa

    triunfante,

    -

    o

    que

    parece

    um

    rro.

    -

    '

    -

    -----'*

    ouado. o

    mesmo acontece

    com os seus

    dramas, nenhum

    dos quais

    tem

    7

    '

    E'

    zerto

    x-que

    a

    civilizao

    brasileira

    no

    est

    lieada

    a/a

    s-l,-m......

    :-.,:-

    -por

    teatro

    o

    Brasil.

    lria

    longe

    se

    tivesse

    de

    citar

    outros exemplos

    de

    y;

    no

    nem

    clele

    recebeu

    influxo

    algum.

    e

    isto

    b

    Oasta

    pq-ra--h-n

    '''/

    'o

    A

    )U

    'b

    'Jk's

    'cl-r

    asa,

    e

    no

    acabaria

    se fsse necessrio

    recorrer

    aos estranhos.

    Mas pois

    '.

    .

    )

    7

    '

    entre

    as

    tribos

    vencfdas

    os

    tftulos

    da'nossa

    personalidade

    literlria.

    Mas

    que

    isto

    vai

    ser impresso em

    terra

    americana

    e inglsa,

    pergun' tarei

    t',

    '

    p

    se

    isto

    verdade

    no

    6

    menos

    certo

    que'

    tudo

    maurfa

    de

    poesia

    uma

    simplesmente

    se

    o

    autor

    do

    song 0/

    uiawatha

    no

    o mesmo

    autor

    i

    '

    . F

    i

    '

    Vez

    que

    traga

    as

    condies

    do

    belo

    ou

    os

    elementos

    de

    que

    ee

    se

    da

    Golden

    Legend que nada tem

    com a terra

    que

    o

    viu nascer

    e

    cujo

    '.

    Li

    ;

    L

    '

    ;

    Compe.

    os

    que,

    como

    o

    sr.

    varnhagen

    negam

    tudo

    aos

    primeiros

    cantor

    admitvel

    J.

    e

    perguntarei mais se

    o

    Hamlet

    o otelo, 'o Jlo

    ?s

    i

    Povos

    dste

    pafs

    sses

    podm

    lgicamente

    'excluf-los

    da

    poesia

    contem-

    Csa'',

    a Julita e R'

    omeu tm

    ulguma

    coisa

    com

    a hlstria inglsa

    nem

    )

    ornea.

    parece-ke

    entretanto

    que

    depois

    ds

    memrias

    que

    a

    ste

    com

    o

    territrio

    britnico, e

    se, entretanto,

    shakespeare no alm

    '

    '

    .

    .

    y

    'p

    respeito

    escreveram

    os

    srs.

    Ma'galhazes

    e

    Goncalvae

    nlo.

    -a-

    z ,,-,..

    de

    um

    enio

    universal.

    um ooeta

    essencialmente ingls.

    '

    arredar

    o

    elemento indiano

    da nossa

    aplica

    fo

    i-n-tel-e

    J

    -t

    J'al.ntFrrco

    ' suel a

    No

    f

    dwida

    que 'uma

    li-teratura, sobretudo

    uma

    literatura

    nascente,

    r''

    Constituf-lo

    um

    exclusivo

    patrimnio

    da

    steratura

    brasjleira;

    rro

    igual

    deve

    principalmente alimentar-se

    dos assunt os

    que lhe

    oferece

    a

    sua

    )

    '

    fra

    certamente

    a

    sua

    absoluta

    excluso

    As

    trilms

    indfgenas

    cujos

    usos

    regio; mas

    no estabeleamos

    doutrinas t:o

    absolutas

    que

    a

    empobre-

    j.

    e

    costumes

    Joo

    y'rancisco

    usboa

    cojava

    com

    o

    Iivro

    d'e

    Tcito

    e

    am. o

    que

    se deve

    exigir do

    escritor

    antes

    de

    tudo,

    certo sentimento

    t

    '

    7

    OS

    achava

    to

    semelhantes

    aos

    dos

    antigos

    germanos,

    desapareceram,

    fntimo,

    que o torne homem do seu tempo

    e

    do

    seu

    pafs, ainda

    quando

    p

    Certo,

    da

    rexio

    que

    por

    tanto

    tempo

    fra

    sua.

    mas

    a

    raa

    dominadora

    trate de assuntos

    remotos

    no

    tempo

    e

    no

    espao. Um

    notvel

    crftico

    .ri

    .E

    l

    que

    as

    f .requentou,

    colheu

    inormaes

    oreosas

    e

    nruloe

    ..----=-

    da

    y'ranca.

    analisando h temoos um

    escritor

    escocs, Masson,

    com

    1.

    Como

    veruadeiros

    elementos

    poticos.

    A

    xxedade

    a

    umi-n

    'g-u-ar

    e

    kam

    r'ao'l

    't

    'r't'os

    muito

    a

    J 'rto

    dizia

    que

    do mes-mo modo

    que sc podia ser

    breto

    sem

    'k

    arurnentos

    de

    maior

    valia

    devera

    ao

    menos

    inclinar

    a

    imaginao

    dos

    falar sempre

    do tojo, assim Masson era

    bem

    escocs, sem

    dizer palavra

    Jt

    '

    j

    y

    '

    .

    Poetas

    para

    os

    povos

    que

    prfmeiro

    bebram

    os

    ares

    destas

    regies

    con-

    do

    cardo,

    e

    explicava

    o

    dito

    acrescentando

    que havia nle um

    scoucismo

    ?

    .

    '

    sorciando

    na

    Iiteratura

    os

    que

    a

    fatalidade

    da

    histria

    divorciou.

    '

    interior, diverso e melhor

    do que

    se

    fra apenas

    superficial.

    ''

    i

    ?'

    Esta

    laole

    a opinio

    triunfante,

    ou

    j

    nos

    costumes

    puramente

    india-

    Estes

    e outros pontos

    cumpria crftiea

    estabelec-los,

    se tivssemos

    t

    k

    nos,

    tais

    quais

    os

    vemos

    nw,

    nmbiras

    de

    oonalves

    oias

    ou

    j

    na

    uma crftica

    doutrinria,

    ampla,

    elevada,

    correspondente

    ao que

    e1a

    f

    '

    '

    luta

    do

    elemento

    brbaro

    com

    o

    civgiza-do

    tem

    a

    imaginao

    litersria

    em outros

    pafses. xzo

    a

    temos.

    H e tem havido

    escritos

    que tal nome

    'jt

    '

    do

    nosso

    tempo

    ido

    buscar

    alguns

    quadros

    'de

    singular

    efeito

    dos

    quais

    merccem, mas raros,

    a

    espaos, sem

    a influncia quotidiana

    e profunda

    l-'

    t

    f

    are

    ,

    por

    exemplo

    a

    Iracema,

    do sr.

    :..

    de

    Alencar

    uma

    da's

    rimeiras

    que

    deveram exercer.

    h

    falta

    de

    uma

    crftica

    assim um

    dps

    maiores

    .>'?

    obras dsse

    fecundo'

    brilhante

    escritor.

    '

    P

    7

    Commeendendo

    que

    no

    est

    na

    vida

    indiana

    todo

    o

    patrimnio

    da

    lnfls 2* 9t16 Pzdece a' nossa

    literatura',

    mister

    que a anslise

    corrija

    ou

    ,t'

    .

    tos de

    doutrina e

    de

    histria se investi-

    .i

    7

    literatura

    brasileira

    mas

    apenas

    um

    Iegado

    to

    brasgeiro

    como

    uni-

    guele

    Z

    'KVCKV 07 QKe

    OS

    7on

    :

    ,

    belezas

    se

    estudem, que os senes se

    apontem,

    que o

    .)

    '

    versal

    no

    se

    limitam

    os

    nossos

    escritores

    a

    e'ssa

    s

    fonte

    de

    inspirao.

    fsto'

    sezL1c ZS

    '

    a

    ure e

    eduque. e

    se

    desenvolva e caminhe aos altos destinos

    s

    costumes

    civgizados,

    ou

    j

    do

    tempo

    colonial,

    ou

    j

    do

    tempo

    dc

    que

    a

    esplram.

    .

    ?

    '

    hoje,

    igualmente

    oferecem

    imaginao

    boa

    e

    Iarga

    matria

    de

    estudo.

    i

    ')

    f

    No

    menos

    que

    les,

    os

    convida

    a

    natureza

    americana,

    cuja

    magnificncfa

    O

    ROMANCE

    )

    '

    ye

    esplendor

    naturalmente

    desafiam

    a

    poetas

    e

    prosadores.

    o romann,

    oe

    tdas as formas

    vrias

    as mais cultivadas

    atualmente no Brasil

    11

    obretudo

    apoderou-se

    de

    todos

    sses

    eletuentos

    de

    inveno

    a

    -'q

    'e

    so o

    romance e a poesia

    lfria;

    a

    mais apreciada

    o romance, como

    .

    .

    >

    devemos,

    entre

    outros,

    os

    lfvros

    dos

    srs.

    Bernardo

    Guimares,

    'que

    bri-

    alis

    acontece em tda a parte

    creio

    eu.

    so fceis

    de

    perceber ms

    .

    lhante

    e

    ingnuamente

    nos

    pinta

    os

    costumes

    da

    regio

    em

    que

    nasceu,

    causas

    desta

    preferncia

    da

    opiniaso

    e

    por isso

    no me

    demoro

    em

    aponu

    t

    .

    '

    1)

    j

    - i

  • 7/25/2019 Machado Nacionalidade Instinto Literatura Brasileira

    3/5

    .....

    ..

    .

    $

    .y

    ..

    I

    y

    .

    ...

    )

    .t

    tj

    s' $

    j7

    C

    IONAIJDADE

    S19

    '

    6

    7

    ) CRITICA

    I

    INSTINTO

    DF

    NAC

    t

    )

    818

    MxcnxDo ozi

    Assls

    /

    OBRA

    ctlwzzzlzu

    /

    voL. ?JJ

    '

    t

    t

    lospedes,

    mas

    no

    t

    fz'

    foom

    Ztmi

    bem-vindas

    e

    festejadas, como

    .

    ?

    ,

    i

    tklas.

    No se

    fazem

    agui

    (falo

    sempre

    genricamente)

    livros

    de

    filosofiw

    :

    Oe

    o

    govrno

    da

    casa. Os nomes gue

    r

    )

    t

    aliaram

    ,

    famflia

    nem

    tomaram

    $

    de

    lingfstica,

    de

    crlc,a

    histrica,

    de

    alta

    polica,

    e

    outros

    assim,

    que

    =$e

    :

    1........

    moanxem

    a

    nossa

    mocidade s5o os do

    periodo

    romntlco;

    L

    heios

    pafses

    acham

    fcil

    acolhimento

    e

    boa

    extrao; raras

    so

    PHZCPDO''LVMVV

    ''Y'**''*-''-

    *

    om OS

    nossos,

    'i

    'j

    '

    em

    a

    se

    vuo buscar para

    fazer

    comparaoes

    c

    os

    escritores que

    aqui

    essas

    obras e

    escasso

    o

    mercado

    delas.

    O

    romance

    pode-se

    dizer

    .

    ..,.,.

    la r

    saui

    muito

    amor a

    essas

    comparaes

    -

    s5o

    ainda

    agu

    -

    t

    i

    y

    7

    ue

    domina

    quase

    exclusivamente.

    No

    h

    nisto

    motivo

    de

    admirao

    -

    P0*Hk'*

    At'

    --'-

    vftor

    Hugos,

    os

    Gautlers,

    )

    j

    V

    2S 00m

    tltlf

    0

    DOSSO

    espirito

    se

    educou,

    os

    j

    :

    '

    nem

    de

    censura,

    tratando-se

    de

    um

    pafs

    que

    apenas

    entra

    na

    primeira

    Mussets,

    os

    Gozlans,

    os

    Nervals.

    E

    r

    '7

    E

    os

    q

    mocidade, e

    esta

    ainda

    no

    nutrida

    de

    slidos

    estudos.

    lsto

    no

    des-

    yooofta

    oor

    sse

    lado

    o

    romance brasileiro,

    no menos O est

    de ten-

    g

    y)

    ;

    erecer

    o

    romance,

    obra

    d'arte

    como

    qualquer

    outra,

    e

    que

    exige

    da

    *h-H--

    *-

    jjticas,

    e

    geralmente

    de

    tdas

    as

    questes sodais,

    -

    o

    que 7

    i

    do

    escritor qualidades

    de boa

    nota, , dncias

    PO

    2

    t

    2

    Parte

    logio nem

    ainda

    censura,

    mas

    nicamente

    para

    ,

    .

    o

    digo

    por

    fazer e

    ,

    )

    Aqui

    o

    romance,

    como

    tive

    ocasiso

    de

    dizer

    busca

    sempre

    a

    cr

    local.

    atvstar

    o

    fato. Esta

    casta de

    obras

    conserva-se

    agui

    no

    puro domfnio

    f

    1(

    .

    ida

    brasileira

    em

    seus

    dlferentes

    aspectos

    e

    situaes.

    Naturalmente

    s

    crises

    socials

    e

    filosficas. Seus

    principais

    elementos

    sso,

    como

    disse,

    s

    costumes

    do

    interior

    so

    os

    que

    cnservam

    melhor

    a

    tradilo

    nacio-

    a

    ointura

    dos

    costumes,

    a

    ltzta

    das

    palxes,

    os

    quadros

    da

    Jbattlr:ra,

    '

    l

    nal;

    os

    da

    capital

    do

    qafs:

    e

    em

    parte,

    os

    de

    algumas

    cidades,

    muitc

    al

    Sma vez

    o

    estudo

    dqs

    sentimentos

    e

    dos

    caracteres;

    com

    esses ele-

    '

    .

    .

    k

    E

    mais

    chegados

    intluencla

    europeia,

    trazem

    j

    uma

    feio

    mista

    e

    mentos,

    que

    s;o

    fecundlssimos,

    possufmos

    j

    uma

    galeria

    numerosa

    e

    i,

    ademanes

    diferentes.

    Por

    outro

    lado,

    penetrando

    no

    tempo

    colonial,

    va-

    a

    muitos

    respeitos notvel.

    w

    v

    .

    ,.

    .

    '

    y

    mos

    achar

    uma

    sociedade

    diferente,

    e

    dos

    livros

    em

    que

    e1a

    tratada,

    wn

    enero

    dos

    contos,

    maneira de

    Henri

    Murger, ou

    a

    qe 1

    rueoa,

    .,

    '

    t

    alguns

    h

    de

    mrito

    real.

    :

    --

    c'de

    ch.

    oickens,

    que

    to

    diversos

    so

    entre

    si,

    tm

    havido

    tenta-

    '

    '

    ou

    (jo

    citar:

    entre

    outros,

    No

    faltam

    a

    alguns

    de

    nossos

    romancistas

    qualidades

    de

    observao

    tivas mais ou

    menos

    fellzes,

    yorm

    raras:

    cumprin

    ,

    de

    anlise,

    e

    um

    estrangeiro

    no

    familiar

    com

    os

    nossos

    costumes

    o

    nome do

    Sr. Lufs

    Guimaraes

    Jlinior,

    lgualmente folhetlnista

    elegante

    ?

    Khal'

    muita

    Pgilla

    illstrtltiva,.

    DO

    fomallce

    ytlramente

    de

    anlise,

    e

    jovial.

    f

    Xnero

    difcil,

    a

    despeito da

    Stla

    aparent

    facilidade,

    e creio

    qj

    OFISSiITIO

    Cxemplar

    temosy

    ot1

    porque

    a

    nossa

    lndole

    nb

    nos

    chame

    i

    uc

    essa

    mesma

    aparncia

    1he

    faz

    mal,

    afastando-se

    dle

    os

    escritores,

    e

    .

    PZFR

    Zij

    O11

    POFQID

    Scja

    CSt3.

    Casta

    de

    ObFaS

    aiflda

    i1lCOmPat1VC1

    cOm

    a

    no

    1he

    dando,

    Penso

    ell,

    O

    Ptiblico

    tda

    a

    atenio

    de que

    1e

    muitas

    l.

    ,

    nossa

    adolescncia

    literria.

    vizes

    credor.

    (j

    (

    0

    romance

    brasileiro

    recomenda-se

    especialmente

    pelos

    toques

    do

    Em

    resumo.

    o

    rmance,

    forma

    extremamente apreciada

    e

    j

    cultiva

    a

    k

    '

    a

    5.0

    literria.

    ..

    '

    entimento, quadros

    da

    natureza

    e

    de

    costumes,

    e

    certa

    viveza

    de

    estilo

    com

    alguma

    extensio,

    um

    dOs

    thtllos

    da Presente

    ger

    ;

    t

    r

    a uma

    crftica mintlciosa

    E

    mui

    adequada

    ao

    espfrito

    do

    nosso

    povo.

    H

    em

    verdade

    ocasies

    em

    Nem

    todos

    os

    livros,

    repiio,

    deixam de

    Se pres

    :

    .

    a z

    a

    jEt

    '

    tme

    essas

    qualidades

    parecem

    sair

    da sua

    medida

    natural,

    mas

    em

    regra,

    e severa,

    e

    se

    a

    houvssemos

    em

    condies

    regulares, crelo

    que

    OS

    uelel-

    ;

    t

    .

    ida/es

    adquiririam

    maior rea lce.

    H

    lt

    conservam-se

    estremes

    de

    censura,

    vindo

    a

    sair

    muitg

    coisa

    interessante,

    tos

    se

    corrigiriam, e

    as

    boas qual

    muita

    realmente

    bela.

    O

    espetsculo

    da

    natureza,

    quando

    o

    assunto

    o

    geralmente

    viva

    imalinao,

    instinto do belo,

    ingnua

    admirao

    da

    yj

    .

    m

    de tudo isto

    agudcza

    e

    obser- )t.

    i

    pede,

    ocuta

    notvel

    lugar

    no

    romance, e

    d

    pginag

    animadas

    c

    pit

    natureza,

    amor

    s

    colsas

    ptrias,

    e

    al

    )

    rutos

    excelentes e

    os h

    de

    dar

    em

    y

    j

    rescas,

    e

    nao

    a:s

    cito

    por

    me

    no

    divertir

    do

    objeto

    exclusivo

    dste

    escrito,

    vao.

    Boa

    e

    fecunda

    terra,

    j

    deu

    t

    )

    ue

    indicar

    as

    excelncias

    e

    os

    defeitos

    do

    conjunto,

    sem

    me

    demorar

    muito

    maior escala.

    76

    '

    '

    (.

    em

    pormenores.

    H

    boas

    pginasg

    como

    digo,

    e creio

    at

    que

    um

    grande

    E j

    7

    A PoEslA

    ft

    k

    amor

    a ste

    recurso

    da

    descriao?

    excelente, sem

    dtivida, mas

    (como

    )

    '

    ;')

    dizem

    os

    mestres)

    de

    mediano

    efelto,

    se no

    avultam

    no

    escritor

    outras

    uo

    da

    crftica

    seria

    sobretudo

    eficaz

    em

    relao

    poes ia . Dos

    j

    t

    alidades

    essenciais.

    A

    a

    gj() a 1860,

    uns

    levou-os

    a

    'jt

    2

    taS

    tpe

    apareceram no

    decnio

    de

    1

    Pelo

    que

    respeita

    anlise

    de

    paixes

    e

    caracteres

    so

    muito

    menos

    P0e

    Ajvares

    de

    Azevedo, Junqueira

    l)j

    e

    alnda

    na

    flor

    dos anos,

    como

    )

    los que

    podem satisfazer

    crhica;

    alguns

    h,

    porm,

    frtor

    excitam

    na nossa

    mocidade

    ,(.

    .

    comuns

    os

    exemp

    j

    iro

    de

    Abreu,

    cujos

    nomes

    ,

    ade

    uma

    das

    partes

    mais

    Freire,

    Cas m

    (j:

    rso

    menor porte.

    ..21

    t

    de

    merecimento

    lncontestvel.

    Esta

    ,

    na

    ver

    ,

    ugftjmo

    e

    skncero entusiasmo,

    e bem

    assim

    outros

    ificeis

    do

    romance,

    e

    ao

    mesmo

    tempo

    das

    mais

    superiores.

    Natu-

    os que

    sobreviveram

    calaram

    as liras;

    e

    se

    uns

    voltaram

    as suas

    aten-

    '

    )

    r

    t

    ralmente

    exige

    da

    parte

    do

    escritor dotes

    no

    vulgares

    de

    observao,

    x

    c .,..0

    autrn

    gnero

    literrio,

    .

    como

    Bernardo Guimaries,

    outros

    t

    nda

    em

    literaturas

    mais

    adiantadas, no

    andam

    4

    rdo

    nem

    so

    '

    t'eo

    1''*'-

    ----

    -

    =

    e

    n;o

    preparam

    obras de

    maior tomo,

    y k

    't

    que,

    a

    wem

    dos

    louros

    colhidos,

    se

    qu

    ilha

    do

    maior

    nmero.

    V

    ja

    poeta que

    j

    pertence

    ao

    decnio

    de

    1860 a

    1870.

    )

    $'

    (

    a

    par

    (j

    vare

    ,

    y

    como

    se

    diz

    e

    basta

    E

    As

    tendncias

    morais

    do

    romance

    brasileiro

    so

    gerplmente

    boas.

    Nem

    jumo

    prazo

    outras

    vocaes

    apareceram e

    ntlmerosas,

    e

    Neste

    de

    Almeida

    '

    todos

    les

    sero

    de

    princfpio

    a

    fim

    irrepreensfveis;

    alguma

    coisa

    haver

    Itor

    um

    crsno.

    um

    Serra,

    um

    Trajano, um

    Gentil-Homem

    a

    j

    que

    uma

    crica

    austera

    poderia

    apontar

    e

    corrigir.

    Mas

    o tom

    geral

    .

    W*'*- -

    r

    '

    1 s um

    Lufs Guimares,

    um

    Rosendo Mo11lZ,

    Mm

    2

    raga,

    um

    Castro

    A

    ve

    ,

    strar

    y

    bom.

    Os

    livros

    de

    certa escola

    francesa,

    ainda

    qbe

    muito

    lidos

    entre

    jos

    Ferreiras

    um

    Ltcio de

    Mendona,

    e

    tantos mais,

    para mo

    Car

    jsa;

    e

    se

    algum dstes,

    i

    .

    ns,

    n;o

    contaminaram

    a

    literatura

    brasi leira, nem

    sinto

    nela

    tendncias

    sia

    contempornea

    pode

    dar

    muita co

    ,

    ue

    a

    poe

    ara

    adotar

    as suas

    doutrinas,

    o

    que

    j

    notsvel

    mrito.

    As

    obras

    de

    t

    ('

    1)

    ',,..

    .

    '

    :

  • 7/25/2019 Machado Nacionalidade Instinto Literatura Brasileira

    4/5

    ..t

    i

    (

    ,y,

    820

    'X

    6

    '

    SjAMCAADO

    DE

    Assls

    /

    OaRA

    ctwzzsza

    y

    vog..

    w

    cuvgcg

    y

    gxsvgyvo

    os

    NACIONAUDADE

    gc1

    '(

    t;

    j

    como

    castro

    Alves,

    pertence

    eternidade

    seus

    versos

    podem

    servir

    e

    Induuei

    os

    traos

    gerais. H

    alguns defeitos

    peculiares a alguns

    livros,

    E

    i

    t

    ervem

    de

    incantivo

    .s

    vocaes

    nascentes'

    ?

    j

    Competindo-me

    dizer

    o

    nue s'r-la.a

    -a- -.-'-1

    ----,-

    . .

    Como

    por

    exemplo,

    a

    antftese,

    creio

    que

    por

    imitaco de vftor

    Huco.

    t

    .'

    '

    poetas

    de

    recentfssima

    data

    )

    meff

    M'or-dAOiriel

    *Lo

    'an

    'm Ck'-''-

    i'-

    ', -

    tt- 0- K-

    l1O-m.

    C

    s.

    aos

    Nem por isso

    acho

    menos

    condenvel o

    abuso

    de

    Qma

    figura

    que, -se

    .'

    $

    cujos

    defeitos

    me

    parecem

    eraves. cnln-v- -aZAC'''/

    **

    %-OVJt?-

    l

    e7--'F

    Wa

    Uomlnante,

    nas

    mos do

    grande

    poeta

    produz grandes

    efeitos, n:o

    pode

    constituir

    i

    t

    dar

    muito

    de

    si,

    no

    caso

    d

    J

    adot'ar

    -la

    M'-ne-ct?e Ysh-s

    ''r-ia

    ovim

    'JZ

    S

    C

    QlO

    Poder

    'a

    abjeto.

    de

    imitao,

    nem

    sobretudo elemento

    de

    escola.

    'i

    :

    N0

    faltam

    nossa

    atual

    poesia

    fogo

    nem

    J

    Wstru.

    VG'os

    versos

    publi-

    cYr

    1o

    tclc,

    laF

    mKucitlz

    pzl'te

    da

    Poesia que, justamente

    preocupada

    com

    a

    )

    l

    dos

    so

    geralmente

    ardentes

    e

    trazem

    o

    cunho

    da

    inspirao.

    xc

    s

    porque

    insere

    1

    VCZCS

    numa

    funesta

    iluso.

    Um

    poeta

    no

    nacional

    j?a

    ins

    tsto

    na

    cr

    local;

    como

    acima

    disse.

    tdnq

    o

    ,----- -

    -- ,

    Os

    Seus

    versos

    muitos

    nomes

    de

    flres

    ou

    aves

    do

    )

    ;

    ls

    Ou

    menos brillaante

    resultado

    ; 'basta-nd

    J

    Q*J

    *

    i f't

    Jr

    'n'ecs

    I

    I

    itmcas

    J

    Omas

    P2A

    ipsr'e

    Ja-se

    ea

    POc

    J

    r

    j

    do

    J

    ,

    ''mm:

    Kzfionalidade

    de

    vocabulrio

    e

    nada

    mais.

    .

    q

    Lj)

    ,

    ma

    utr

    .as

    d

    .uas

    recentes

    obras,

    as

    uinuturas

    a.-

    n-x---,..,--

    0-.-

    s

    preciso que

    a

    imagina,o

    lhe

    d

    os

    seus

    f

    Ylmdros

    de

    J.

    serra,

    versos

    estremados

    dos

    Y'-aafulk',

    nn

    b'e

    **.,

    '-*-U

    k---r-eSP-

    0-..

    e

    ,

    os

    toques?

    e

    que

    stes

    sejam

    naturais, no de

    acarrto. os

    defeitos

    uue

    l

    ncres

    cent

    arei

    que

    t a

    m

    b

    m

    n o

    fal

    t

    a

    y

    o e '-s

    i

    U

    --

    -a

    I

    u

    a l

    *1

    7

    s'Jk'n

    ')

    Xm

    l

    S

    nnt

    Qo '

    2

    Cd

    'a

    1

    aZlri

    f

    ;

    'ZZnOa C Ka

    tlCt

    a

    Od

    Oe

    J

    aj

    t

    0mSp

    otens

    he

    Ospcor

    incorr

    igf

    veis

    ;

    a

    c

    rf

    t

    i

    c a o s

    em

    -en

    -

    t

    t'

    rooesuooeredopmuadaceuqDzvmona

    Xterior.

    Que

    precis

    a

    el

    a

    entao

    ?

    sna

    o

    ue

    oeca

    a

    gcraco

    melhores leis

    .

    com

    as

    bo

    as

    qu

    alidadelobir

    de

    trazer

    s

    vocaes

    as

    L'

    f

    '

    presente?

    y'alta-lhe

    um

    pouco

    mais

    de

    correo

    e

    Agsto-;

    peca

    n-a

    ntre-

    na

    recente

    escola

    de

    que falo

    basta

    a

    a

    '

    pidez

    s

    vzes

    da

    expresso,

    na

    impropriedade

    das

    imagens,

    na

    obscuri-

    apaiecesse

    uma

    grande

    vocaazo

    potica, qul

    dsO

    tempo' e Se

    entretanto

    '

    -

    l

    dade

    do

    pensamento.

    A

    imaginao,

    que

    a

    h

    deveras,

    no

    raro

    desvaira

    fora

    de

    dvida

    que

    os

    bons

    elementos

    entrarilmfizesse

    reformadora,

    j

    j

    e

    se

    perde

    chegando

    obscuridade

    hjprbole

    quando

    apenas

    buscava

    '

    e

    poesia

    nacional

    restariam

    as

    tradies

    do

    perfolm

    melhor

    Caminho,

    tk

    a

    novidade

    e

    a

    grandeza.

    Isto

    na

    aita

    poesia

    lfrica

    -

    na

    ode,

    diria

    eu,

    .

    0

    ''omntico.

    t

    E

    )

    j.

    .,

    yyse

    inda

    subsistisse

    a

    antiga

    potica;

    na

    poesia

    fntl'ma

    e

    elegfaca

    encon-

    o a'sx- ra.o

    il

    '

    tram-se

    os

    mesmos

    defeitos

    e

    mais

    um

    amaneirado

    no

    dizer

    e

    no

    sentir

    T

    que

    tudo

    nzostra

    na

    poesia

    contempornea

    grave

    doena,

    que

    i ssta par te

    pode

    reduzir-se

    a

    uma linha de

    reticncia.

    xo

    la

    atual-

    7,

    '

    fra

    combater.

    Bem

    sei

    que

    as

    cenas

    majestosas

    da

    natureza americana

    exgem

    do

    plente teatro

    brasileiro,

    nenhuma

    pea

    nacional

    se

    escreve,

    rarfssima

    '

    poeta

    imagens

    e

    expresses

    adequadas.

    o

    condor

    que

    rompe

    dos

    Andes,

    deilrllcional

    Se

    ''epresenta.

    As cenas

    teatrais

    dste

    pais

    viveram

    sempre

    h

    .

    o

    pampeiro

    que

    varre

    os

    campos

    do

    sul,

    os

    grandes

    rios,

    a

    mata

    virgem

    nacion/l

    9es'

    O

    Q''e

    no quer

    dizer

    que

    no

    admltissem

    alguma

    obra

    t,

    COm

    tdas

    as

    suas

    magnificncias

    de

    vegetao,

    -

    no

    I,

    dvida

    que grau da

    doellit''d'3

    ''PZ''*Cia'

    Hoie'

    que o

    gsto

    pblico

    tocou

    o

    ltimo

    :

    '

    so

    painis

    que

    desasam

    o

    estro,

    mas,

    por

    isso

    mesmo

    que

    so

    grandes,

    tisse

    com

    volancia

    e perverso,

    nenhuma esperana

    teria

    quem

    se

    sen-

    :?

    .'

    devem

    ser

    trazidos

    com

    oportunidade

    e

    expressos

    com

    simplicidade.

    Ambas

    beria,

    se

    o

    quil

    P'''-''

    COOPO''

    Obras severas

    de

    arte.

    Quem

    lhas

    rece-

    .

    essas

    condies

    faltam

    poesia

    contempornea,

    e

    no

    que

    escasseem

    mgica

    aparatosa,

    tlli''a

    a

    Cantiga burlesca

    ou

    obscena,

    o

    canc, a

    t')

    .

    modelos

    que

    af

    esto,

    para

    s

    eitar

    trs

    nomes,

    os

    srsos

    de

    Bernardo

    y,

    todavia

    a

    continulrooot''e fala

    aOS Sentidos

    e

    aos

    instintos

    inferiores?

    it

    c

    q;

    Guimaraes,

    varela

    e

    Alvares

    de

    Azevedo.

    um

    vnico

    exemplo

    bastar

    plos

    no

    remotos,

    que

    muilxo-

    teriam

    as

    voeaes

    novas alguns

    exem-

    .

    .

    '

    ara

    mostrar

    que

    a

    oportunidade

    e

    a

    smplicidade

    s,o

    cabais

    para

    repro-

    dias

    do

    Pena,

    talento sincero

    ezlrbiaviam

    de

    animar.

    xo

    falo

    da

    com-

    yl

    duzi/

    uma

    grande

    imagem

    ou

    exprimir

    uma

    grande

    idia.

    s-os

    nmbiras,

    aperfeioar-se

    e

    empreender

    obrlsinz'

    ' Q''cm

    S

    faltou

    viver

    mais

    para

    .?

    7,

    b

    ''ma

    Passagem

    em

    que

    o

    vellao

    ogib

    ouve

    censurarem-lhe

    o

    filho,

    tragdias

    de

    Magalhes e dos

    dramasdlemc/or

    V'Sto;

    nem

    tambm

    das

    'y

    j

    orque

    se

    afasta

    dos

    outros

    guerreiros

    e

    vive

    s.

    A

    fala

    do

    ancio

    Agrrio.

    Mais

    recentementea

    nestes

    ltimos

    Od''VYVeS

    Dias, Prto

    Alegre

    e

    'r)

    .

    P

    Comea

    com

    stes

    primorosos

    versos:

    j

    I

    ovimento.

    Apareceram

    entot'ze

    0b' Q''Z't0VZ*

    ''DOS'

    bot've

    l'

    '

    t

    ta

    ou qua

    rp

    os

    dramas e comdias

    do

    c

    q

    /)

    ;

    So

    torpes

    os

    anuns . ouo

    nm

    >.-.-a-- w-:---

    Sr.

    1.

    de

    Alencar, que ocupou

    o primeiro lugar

    na nossa

    escola

    realista

    ;.

    ,

    So

    maus

    os

    caitus

    '

    qnue-e

    --m

    v

    Q?a a

    Hask'kas'cilelYmiy''''

    CI.o0t1i2S

    Obras

    Demnio

    Famill'ar

    e

    Me

    so

    de

    notvel

    merecimento.

    r1f

    t

    smente

    o

    sabi

    aem

    szlnho

    go

    em

    seguida

    apareceram

    vrias outras

    composies

    dignas

    do aplauso

    u9

    E

    szinho

    o

    condor

    aos

    cus

    'remonta.

    que tiveram,

    tais

    como

    os

    dramas

    dos

    Srs.

    Pinheiro

    Guimares, Quin-

    'f

    '

    :

    j

    Nada

    mais

    oportuno

    nem

    mais

    singelo

    do

    que

    isto.

    a

    eseola

    a

    que

    ,

    tctndo Boeaittva

    e

    alguns

    mais;

    mas nada disso

    foi

    adiante.

    os

    autores

    .f.

    aludo

    o

    exprinuria

    a

    id:ia

    com

    to

    simples

    mejos,

    e

    faria

    ma,,

    por-

    garoasoe

    enfasuaram

    da

    cena

    que a pouco e

    pouco

    foi

    decaindo

    at

    che-

    ?

    .

    $

    .''

    que

    temos hoje,

    que

    nada.

    ;?

    q'e

    o

    sublime

    smples.

    sra

    para

    desejar

    que

    eIa

    versasse

    e

    meditasse

    A

    provfncia

    ainda

    no

    foi

    de todo invadida

    pelos espetculos

    de

    t

    on amente

    stes

    e

    outros

    modelos

    que

    a

    literatura

    brasileira

    llae

    oferece.

    feira;

    ainda l

    se representa

    o

    drama

    e

    a

    comdia,

    -

    mas no aparece,

    .

    t

    :

    erto,

    no

    lhe

    falta

    como

    disse,

    imaginao;

    mas

    esta

    tem

    suas

    regras

    que me

    conste, nenhuma

    obra

    nova

    e original.

    E com

    estas

    poucas

    .1

    o

    estro

    leis

    e

    se

    har

    casos

    em

    que

    les

    rompem

    as

    Ieis

    e

    as

    regras,

    J

    .

    lnhas fica

    liquidado

    ste

    ponto.

    '

    t).'

    Porque

    as

    fazem

    movas,

    porque

    se

    chamam

    Shakespeare,

    Dante, Goeyhe

    l l

    i

    Cames.

    ?

    t

    '

    .

    .

    '

    '

    2'

    ,

    i

    .

    j(

    .

    p

    :

    k

  • 7/25/2019 Machado Nacionalidade Instinto Literatura Brasileira

    5/5

    . . .

    .

    .

    y.j

    jg

    ..

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    .

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    .

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    .

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    '

    t

    g

    .

    ,

    8.z3

    )

    j

    .

    822

    MACHADO

    DE

    ASSIS

    j

    OSRX

    COMPLETA

    1

    VOL.

    lll

    x

    j

    z4

    Novx

    Geagfam

    k

    j

    CRJTIC

    .

    )

    l

    5*

    .

    z

    :

    1

    A

    LfNGUA

    :

    ,

    t

    '

    .

    .

    .

    )

    .

    '

    '..

    '

    Entre

    os

    muitos

    mritos dos

    nossos

    livros

    nem

    sempre

    figura

    o da

    '

    L

    A

    NOVA

    GERACAO

    '

    lt

    7

    pureza

    da

    linguagem.

    N5o

    raro

    ver

    interealado

    em

    bom

    estilo

    os

    rjj

    y

    olecismos

    da

    linguagem

    comum,

    defeito

    grave,

    a

    que

    se

    junta

    o

    da

    '

    '

    r t)

    xcessiva

    influncia

    da

    lfngua

    francesa.

    Este

    ponto

    objeto

    de

    diver-

    'p

    t

    gncia

    entre

    os

    nossos

    eseritcres.

    Divergncia

    digo,

    porque,

    se

    alguns

    I

    k

    $7

    '

    ?

    .

    .

    caem naqueles defeitos por

    ignorncia

    ou

    preguia,

    outros

    h

    que

    os

    j

    '

    adotam

    por

    princfpio,

    ou

    antes

    por

    uma

    exagerao

    de

    princfpio.

    jjj

    sx-as xs

    uma

    nova

    gerao

    Potica,

    gerao

    Viosa

    e

    galharda,

    .

    (

    o h

    dtvida

    quc

    as

    lfnguas

    se

    aumentam

    e

    alteram

    com

    o

    temm

    c lwka de

    fervor

    e

    convicio.

    MaS

    hav>r

    tambm

    uma

    poesia

    nova,

    uma

    )

    )kas

    necessidades

    dos

    usos e

    costumes.

    Querer

    que

    a nossa

    pare

    no

    tuntativa,

    ao

    menos? Fra absurdo

    neg-lo;

    h

    uma tentativa

    de

    poesia

    t

    ulo

    de

    quinhentos, um

    rro

    igual

    ao de

    afirmar

    que a

    sua

    trans-

    -

    uma

    expresso

    incompleta,

    difusa, transitiva,

    alguma

    coisa

    '

    s

    nova,

    o

    '

    ' ..

    plantao

    para

    a

    Amrica

    no

    lhe

    inseriu

    riquezas

    novas.

    A

    ste

    respeito

    ue

    se ainda no o futuro,

    n;0

    j

    o

    Passado.

    Nem

    tudo Our

    ,

    ,

    revela

    de bom

    il

    a

    influncia

    do

    povo

    decisiva.

    H,

    portantor

    certos

    modos

    de

    dizer,

    .

    xssa oroduo

    recente;

    e o

    mesmo

    Ouro

    nem Sempre

    se

    locues

    novas, que

    de

    fra

    entram

    no

    domfnio

    do

    estilo

    e ganham

    gat

    J,.

    no

    h um fleyo

    igual

    e constante;

    mas

    o

    essencial que um

    j

    '

    qtl

    t

    '

    ireito

    de

    cidade.

    7

    zto

    novo

    parece anlmar a

    geraxo qtle alvorece,

    O

    essencial

    que

    lt

    k

    esp

    d um

    Mas

    se isto

    um

    fato

    incontestvel

    e se

    verdadeiro

    o

    grincfpio

    sta gera:o

    nxao

    se

    quer

    dar ao

    trabalho de

    prolongar

    o

    ocaso

    e

    t

    5

    t

    ,j

    que

    dle

    se

    deduz,

    no

    me

    parcce

    aceitavel

    a opinio

    que

    admlte

    tdas

    dja que

    vertladeiramente

    acabou.

    t.

    t,t

    ?

    as

    alteraes

    da

    linguagem,

    ainda

    aquelas

    que

    destrem

    as

    leis

    da

    sintaxe

    J

    algunla

    coisa. tsse dia,

    que

    foi

    o

    Romantismo,

    teve

    as suas

    noras

    .j

    f.

    e a

    essencial

    pureza

    do

    idioma.

    A influncia

    popular

    tem

    um

    limite;

    ge

    arrebatamento,

    de

    cansao

    e pOr

    f

    iln de Sonolncia,

    at

    que sobreveio

    ,

    O

    escritor

    nO

    est

    Obrigado

    a

    receber

    e

    dar

    cllrso

    a

    tudo ()

    que

    ()

    ;

    a

    tarde

    e

    negrejotl

    a

    noite.

    A

    110Va

    geraqo

    Chasqtleia s Vzes

    do Roman-

    5

    .

    $

    abuso,

    o

    capricho

    e

    a

    moda

    inventam

    e

    fazem

    correr.

    Pelo

    ontrrio,

    timmn

    xo

    se

    oode

    exigir

    da

    extrema Juventude

    a

    exata

    ponderaio

    das

    .

    ,)

    f

    e exerce

    tambm

    uma grande parte

    de

    influncia

    a

    ste

    respeito,

    depu-

    u-ks

    Ya

    's;

    n:o h

    V

    impor

    a

    reflexo ao

    entusiasmo.

    De

    outra

    sorte,

    essa

    .t

    '

    do

    a

    linguagem

    do

    povo

    e

    aperfeioando-lhe

    a

    razo.

    QO

    jdo

    que

    a

    extinio

    de um

    grande

    movimento literrio

    1

    i

    ran

    j

    advert

    t

    geraso

    ter a

    u

    afirmou;

    ,

    .

    eitas

    as

    excees

    devidas

    n:o

    se

    lem

    muito

    os

    clssicos

    no

    Brasll'

    .

    no

    imnorta a

    condenao

    formal

    e

    absoluta de

    tudo

    o

    que.

    .

    .

    ,

    ntre as

    excees

    poderia

    eu

    citar

    at

    alguns

    escritores

    cuja

    opinio

    -algum

    r

    coisa

    entra

    e

    flca

    no

    Peclilio

    do

    espfrito

    humano. Ma1S

    tIO

    qtle

    q

    j

    ter-

    :

    '

    iversa

    da

    minha

    neste

    ponto,

    mas

    que

    sabem

    perfeitamente

    os

    clsssi-

    njngum,

    estava e la

    obrigada a

    no

    ver no

    Romantismo um

    simples

    n

    .

    S YSXOZ

    COiSa

    i

    cos.

    Em

    geral,

    porm,

    no

    se

    lem,

    o que

    um

    mal.

    Escrever

    como

    regno,

    um

    brilhante

    pesadelo,

    um

    efeito

    sem causa,

    ma

    q

    Azurara

    ou

    Ferno

    Mendes

    seria

    hoje

    um

    anacronismo

    insuportvel.

    Cada

    :

    ma is que,

    se

    n0 deu

    tudo o

    que

    Prometia, deixa

    quanto

    bas ta para legi-

    j

    rdades

    i

    tempo

    tem

    o

    seu

    estilo.

    Mas

    estudar-lhes as

    formas

    mais

    apuradas

    da

    tim-lo.

    Morre

    porque

    mortal.

    %A.s

    teorias

    yassam,

    mas

    as

    ve

    s

    da

    ''

    '

    linguagem,

    desentranhar

    dles

    mil

    riquezasa

    que,

    ,

    fra

    de

    velhas

    se

    nxessrias devem

    subsistir''.

    lsto

    que

    Renan (hzia

    h

    POtlCOS

    mese

    ia e

    tfte' A

    Poesia

    )

    '

    azem

    novas,

    -

    no

    me

    parece

    que

    se

    deva

    desprezar.

    Nem

    tudo

    tinham

    religio

    e

    (1a

    cincia,

    podemos

    aplic-lo

    poes

    r

    dito que

    ao

    periodo

    t

    os

    antigos,

    nem

    tudo tm

    os

    modernos;

    com

    os

    haveres

    de

    uns

    e

    outros

    nuo

    ,

    no

    pode

    ser

    eterna

    repetio; est

    dito e

    re

    i

    uece

    o peclio

    comum.

    tneo e

    original

    sucede

    a

    fase da

    convenso e

    do

    prlxesso tcnico,

    :'

    que

    se

    enr

    q

    qy

    .

    spon

    jy em

    forceja por

    que-

    y

    Outra

    coisa

    de

    que

    eu quisera

    persuadir

    a

    mocidade

    que

    a preci-

    e

    ento

    que a

    poesia,

    necessidade

    virtual

    do

    om

    ,

    c

    :

    Ta1

    O

    destino da

    musa

    romhntica.

    Mas

    :

    pitao

    no

    1he

    afiana

    muita

    vida

    aos

    seus

    escritos.

    H

    um

    prurido

    brar

    o

    molde

    e

    substituf-lo.

    -;.x

    of

    komyhgm

    t

    :

    de

    escrever

    muito

    e

    depressa;

    tira-se

    disso

    glria, e

    no

    posso

    negar

    que

    nuo h

    sts

    inadvertncia

    naquele

    desdm

    aos

    moos;

    vwm

    tu

    .'----

    ,

    ue

    os

    caminho

    de

    aplausos.

    H

    inteno

    de

    igualar

    as

    criaes

    do

    espirito

    um

    pouco de

    ingratido. A

    alguns

    dles, se

    a musa

    nova

    q

    GOU;

    e X

    0S h

    ;E

    .

    com

    as

    da

    matria,

    como

    se

    elas

    no

    fssem

    neste

    caso

    inconciliveis.

    amamenta,

    foi

    aquela

    grande

    moribunda

    que

    os

    g

    aa

    muito

    embora

    um

    homem

    a

    volta

    do

    mundo

    em

    oitenta

    dias;

    para

    que

    ainda

    cheiram ao

    puro

    leite

    romnticb.

    )

    oetas.

    Eles

    E

    ma

    obra-prima

    do

    espfrito

    so

    precisos

    alguns

    mais.

    contudo

    acho

    legftima

    explicao ao

    desdm dos

    nov'os

    13

    :

    lvas

    as

    excees,

    )

    Aqui

    termino

    esta

    noticia.

    Viva

    imaginao,

    delicadeza

    e

    fra

    de

    abriram os

    olhos ao

    som

    de t m

    lirismo

    pessoal, que

    sa

    is

    trivial

    e

    chcha. A

    r

    sentimentos,

    graas

    de

    estilo,

    dotes

    de

    observao

    e

    anlise,

    ausncia

    .r.

    a

    mais

    enervadora

    mlisica

    PIASSCVeI,

    a ma

    .

    .

    ,, ,w

    a-

    -,x..

    L.

    t

    s

    vzes

    de

    gsto,

    carncias

    s vzes

    de

    reflexo

    e

    pausa,

    lfngua

    nem

    *--

    ja

    subjetiva

    chegara

    efetivamente

    aos

    derracelros

    llmls

    ut

    wn-

    '(

    poes

    fiada de

    coisas

    piegas e

    vtll-

    r;

    semgre

    pura,

    nem

    sempre

    copiosa,

    muita

    cr

    lcal,

    eis

    aqui

    por

    alto

    os

    eno,

    descera

    ao

    brinco

    pueril,

    a

    uma

    en

    i

    itivamente

    acabado',

    e

    se

    )

    defeltos

    e

    as

    excelncias

    da

    atual

    literatura

    brasileira,

    que

    h

    dado

    ares;

    os

    grandes dias

    de

    outrora

    tinham

    7oS

    .

    V

    EY

    YZ

    Vinha

    aquecer

    a

    Poesia

    transida

    :

    bastante

    e

    tem

    certfssimo

    futuro.

    de

    lonye

    em

    longe,

    algum

    raio

    uto,

    j

    2

    Zo

    efz' O

    SO1.

    De

    envolta

    com

    debilltada,

    era

    talvez

    uma

    estr

    ,

    i

    j

    O

    Nt/i'o

    Mundo,

    Nova

    Iorque,

    24

    maro

    1873.)

    0

    ncia

    grave, o

    desenvolvimento

    daS

    cincias

    mO-

    '

    6

    tlma

    Circunst

    6

    ocorreu

    k

    j